SERRANA FILETTI
Sábado, 01 de Novembro de 2014
UM COMPANHEIRO DE MUITAS VIAGENS O Dia Nacional do Livro foi comemorado na quarta-feira. Quem gosta de ler fala sobre a experiência de viajar por muitas histórias. SERRANA FILETTI sfolhadocaparao@gmail.com
O Dia Nacional do Livro foi comemorado na quarta-feira. A data é lembrada no Brasil em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional, em 1810, devido o livro ser um meio importante de adquirir conhecimento e contribuir com o desenvolvimento da linguagem e da escrita. Há pessoas que não abrem mão de um bom livro e contam sua experiência com a leitura. O educador, escritor e diretor escolar, de Guaçuí, Weber Muller conta que, aos 6 anos de idade, leu um livro pela primeira vez. A obra foi “O Menino do Dedo Verde”, de Maurice Druon, o qual fez parte da sua
alfabetização. “Meu processo de alfabetização teve início em casa, pois minha mãe era professora e sempre incentivava a desenhar e estabelecer um estreito contato com o universo das letras, através dos livros”, lembra. Segundo o educador, na época de sua alfabetização, a primeira professora, Lourdinha Valadão, adotava, em suas aulas práticas docentes, dinâmicas que despertavam o crítico e o artístico do aluno. “Era nessas aulas que tinha a contação de histórias, onde éramos motivados a desvendar mistérios, criar finais para as histórias, ilustrá-las e dramatizar trechos dos livros”, recorda. Com o livro “O Menino do Dedo Verde”, Weber conta
que se identificou com a história de um garoto diferente de todos, com uma vida inteiramente sua e um talento oculto. “Identifiquei-me com a história de um menino que foi capaz de transformar corações e eliminar conflitos em sua cidade. Talvez, a maior lição do livro é transformar a sociedade com adoção de práticas simples, porém, eficazes e convincentes”, ressalta. Segundo o professor, sua vida mudou após ler o livro. “Ao ler e reler esta obra com seriedade, percebi um tema importante que é a preservação da vida. O destino quis que eu a relesse outras vezes, num curto espaço de tempo, e que pudesse depreender ensinamentos que eu
“O Menino do Dedo Verde” foi o primeiro livro que Weber Muller leu.
carrego em minha bagagem como pessoa”, completa.
LEITURA PROMOVE O CONHECIMENTO A estudante Bianca Gonçalves, 19 anos, também de Guaçui, está no segundo período de História. Ela conta que lê muito e tem preferência por livros de ficção, mas devido à área que escolheu, tem se dedicado mais às leituras sociais e da área. Em relação ao primeiro livro, Bianca lembra que o ganhou de sua mãe. “Minha mãe me presenteou com o livro ‘O Alquimista’, de Paulo Coelho, e com isso, sempre me incentivou a ler”, completa. Dos livros que já leu, a estudante cita o que
mais lhe marcou. “Amo o Harry Potter, foi o que mexeu comigo”, enfatiza. O pastor Reginaldo Rodrigues, 53 anos, também gosta de ler. Ele frequenta sempre a Biblioteca Municipal de Guaçuí e comenta que, atualmente, se dedica às leituras específicas, como filosofia. O gosto pela leitura começou ainda na infância, incentivado por seu pai. “Meu pai tinha o costume de ler a revista Cruzeiro, a Manchete. Sempre li de tudo, romance e livros religiosos. Leio a Bíblia, um livro completo. Lá, você encontra romance, geografia e história, entre outras coisas”, destaca. Dos livros que já leu, o pastor destaca “A volta ao mundo em 80 dias” e o “Conde de Monte Cristo”. Sobre a importância da leitura, o pastor comenta que “a leitura deve ser incentivada desde a infância, pois ela promove o conhecimento”.
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Pastor Reginaldo frequenta a Biblioteca Municipal de Guaçuí e se dedica a leituras específicas.
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Bianca diz que ama o “Harry Potter” e que a história mexeu com ela.