2 minute read

O que me faz bem

Larissa marcou, em dois jogos, 14 gols pelo Torneio Relâmpago de Futsal Feminino, em Ouro Preto.

Fotos: Joice Valverde e Tainara Torres.

O time feminino de futebol Unidos de Bento Rodrigues (U.B.R.) tem como integrantes não só moradoras da comunidade de Bento, mas também Paracatu de Baixo. O esporte, que vem passando de geração em geração, é sinônimo de amor, companheirismo e de persistência para muitas delas. Por Larissa Sena e Valéria de Souza Com apoio de Joice Valverde e Tainara Torres

Advertisement

Lá era diferente, a quadra era nossa. Podia marcar jogo o dia e a hora que fosse que a gente conseguia. Aqui não, aqui é burocrático. Para ter um patrocínio pro nosso time é mais difícil. Eles entendem que a gente, por ser do Bento, recebe algum auxílio.

Valéria, moradora de Bento Rodrigues

Eu jogo bola desde pequena em Paracatu. Quando a barragem estourou e eu vim para Mariana, fiquei muito tempo parada, não conseguia fazer nada. Aí, busquei superação no futebol. É onde eu busco força pra superar tudo. Eu falo com minha mãe: “Pode me proibir de qualquer coisa, mas não meu futebol, é a única coisa que me faz bem”.

Larissa, moradora de Paracatu de Baixo

Minha vida é movida pelo futsal. Eu deixo de ir numa festa para poder jogar bola. Se você falar assim: “Valéria, tem um jogo e a festa de Fulano não sei aonde”, eu vou no jogo. Me faz bem e ocupa meu tempo, minha cabeça fica mais leve. É uma válvula de escape.

Valéria, moradora de Bento Rodrigues

Aqui em Mariana, eu sou conhecida como Paracatu e tenho orgulho imenso de carregar o nome em todo lugar que vou jogar. É um apelido que vou levar pro resto da vida. É bom que, pelo menos, Paracatu não fica esquecido.

Larissa, moradora de Paracatu de Baixo

Valéria joga no time feminino de Bento Rodrigues, desde os 13 anos, seguindo os passos da mãe e da tia.

Fotos: Joice Valverde e Tainara Torres

This article is from: