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O que me faz bem
O time feminino de futebol Unidos de Bento Rodrigues (U.B.R.) tem como integrantes não só moradoras da comunidade de Bento, mas também Paracatu de Baixo. O esporte, que vem passando de geração em geração, é sinônimo de amor, companheirismo e de persistência para muitas delas. Por Larissa Sena e Valéria de Souza Com apoio de Joice Valverde e Tainara Torres
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Lá era diferente, a quadra era nossa. Podia marcar jogo o dia e a hora que fosse que a gente conseguia. Aqui não, aqui é burocrático. Para ter um patrocínio pro nosso time é mais difícil. Eles entendem que a gente, por ser do Bento, recebe algum auxílio.
Valéria, moradora de Bento Rodrigues
Eu jogo bola desde pequena em Paracatu. Quando a barragem estourou e eu vim para Mariana, fiquei muito tempo parada, não conseguia fazer nada. Aí, busquei superação no futebol. É onde eu busco força pra superar tudo. Eu falo com minha mãe: “Pode me proibir de qualquer coisa, mas não meu futebol, é a única coisa que me faz bem”.
Larissa, moradora de Paracatu de Baixo
Minha vida é movida pelo futsal. Eu deixo de ir numa festa para poder jogar bola. Se você falar assim: “Valéria, tem um jogo e a festa de Fulano não sei aonde”, eu vou no jogo. Me faz bem e ocupa meu tempo, minha cabeça fica mais leve. É uma válvula de escape.
Valéria, moradora de Bento Rodrigues
Aqui em Mariana, eu sou conhecida como Paracatu e tenho orgulho imenso de carregar o nome em todo lugar que vou jogar. É um apelido que vou levar pro resto da vida. É bom que, pelo menos, Paracatu não fica esquecido.
Larissa, moradora de Paracatu de Baixo