ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 01/01/17
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXVI Edição 1 Domingo, 01.01.2017 R$ 3,20
Missões Mundiais
Notícias do Brasil Batista
Missões Mundiais apresenta Campanha 2017
PIB em Poço Verde-SE celebra 2o aniversário de organização
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reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo
“Venha o Teu reino, seja Ao longo deste ano, o aspecto feita a Tua vontade, assim na que será enfatizado é a anunterra como no céu” (Mt 6.10). ciação do Reino. Porque é um aspecto bíblico doutrinário, é p l a n e j a m e n t o um dos capítulos de nossa temático da Con- Declaração Doutrinária, e venção Batista totalmente bíblico, como Brasileira para o podemos ver: “O Reino de quinquênio 2015 a 2020 tem Deus é o domínio soberano e como expressão temática o universal de Deus e é eterno. “Reino de Deus”; em cada É também o domínio de Deus um desses anos estudaremos, no coração dos homens que, refletindo e trabalhando um voluntariamente, a ele se subdos aspectos do Reino de metem pela fé, aceitando-o Deus. Longe da liderança como Senhor e Rei. É, assim, pensar em esgotar este tema, o reino invisível nos corações mas o principal objetivo é regenerados que opera no ampliar o nosso conhecimen- mundo e se manifesta pelo to e levar as novas gerações testemunho dos seus súdia conhecerem e refletirem tos. A consumação do Reino sobre este importantíssimo ocorrerá com a volta de Jesus aspecto bíblico doutrinário. Cristo, em data que só Deus Em toda a Bíblia encontra- conhece, quando o mal será mos 522 referências à palavra completamente vencido e “Reino”. Dessas, 156 estão surgirão novo céu e nova no Novo Testamento e 69 terra para a eterna habitação referem-se ao Reino de Deus. dos remidos com Deus”. O Reino de Deus é uma A coerência existente nestas 69 citações é impressionante. doutrina que transcende a
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Cartas dos leitores editor@batistas.com As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).
nós. Em relação a algumas, os Batistas não apresentam novidades. A doutrina de Deus com Pai, Filho e Espírito é um exemplo. É uma doutrina Batista, mas não é um princípio distintivo dos Batistas. Em outros casos, os Batistas têm princípios aceitos por outras denominações. Por exemplo: O princípio da competência de cada indivíduo, que existe implicitamente na doutrina do sacerdócio do crente. As doutrinas sempre foram alvo de rejeição por parte dos que gostam de viver com indefinições. Sempre que há alguma iniciativa de aprofundamento e aprimoramento doutrinário, há os que consideram um assunto ultrapassado. O doutor James Orr Sidelights, em sua obra “On Christian Doctrine”, escreveu: “Todos devem estar cientes de que há, nos dias de hoje, um grande número de preconceitos contra as doutrinas – ou como é muiPoemas e Poesias no O Jornal Batista
tas vezes chamada – dogma – na religião; uma grande desconfiança e aversão ao pensamento claro e sistemático a respeito de coisas divinas. Os homens preferem, não se pode deixar de notar, viver em uma região de nebulosidade e indefinição com relação a estes assuntos. Querem que seu pensamento seja fluido e indefinido – algo que possa ser mudado com os tempos, e com as novas luzes que eles acham estarem constantemente aparecendo para iluminá-los, continuamente adquirindo novas formas e deixando o que é velho para trás”. Muito mais que doutrina, o Reino é definição bíblica e, como discípulos de Jesus Cristo, somos desafiados a viver e anunciar o Reino. Abramos os nossos corações e mentes para estudar, refletir, ensinar e viver Anunciando o Reino com o Poder de Deus.
praça da cidade com a leitura de Gênesis a Apocalipse, dos dias 07 a 10 deste mês. Prezada irmã Paloma Fur- É sempre bom ver o Jornal tado, Saudações em Cristo! Batista publicando poemas Quero parabenizá-la e a e fomentando a arte literária todos de O Jornal Batista entre os Batistas brasileiros. pelos poemas sobre a Bíblia publicados no domingo, Fraternalmente, dia 11/12/16, Dia da Bíblia. Marinaldo Lima, Aqui, em Olinda – PE, copastor da Igreja Batista em memoramos a data em uma Sítio Novo - Olinda - PE
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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU
“O Peregrino”
(Dedicado ao leitor Ado- John Milton (1608-1674), na nias dos Reis Santiago, de opinião do crítico literário Otto Maria Carpeaux. Este Brasília) erudito intelectual compa“A verdadeira felicidade só rou o começo da alegoria é encontrada quando defi- de Bunyan (“As I walked nimos o propósito da nossa through the wilderness of this world”) com o da obra existência.” (W.Cowper) de Dante (“Nel mezzo del ntes, durante e de- camin di nostra vita”), fazenpois da Segunda do um paralelismo moral Guerra Mundial, os entre a Itália (século XIII) e a evangélicos brasi- Inglaterra (século XVII). Lembrou o dramaturgo irleiros foram incentivados a ler “O Peregrino”, de John landês George Bernard Shaw Bunyan (1628-1688), a maior que o inglês Bunyan foi afasobra alegórica da literatura tado do teatro pelo Puritainglesa. nismo. Presenteado por Frederica Segundo o poeta Samuel Torres (1897-1981), tia e Coleridge (1772-1834), a mãe adotiva, li “O Peregrino” obra foi escrita “No mais em 1939, quando tinha 10 vulgar estilo; se você quiser anos de idade. Esse livro me melhorá-lo, deverá destruir orientou em alguns passos a realidade da visão”. O reaimportantes. lismo de muitos personagens Lembro que era fácil encon- pode ser reconhecido na extrar nos lares evangélicos um periência diária, decorridos quadro intitulado “Os dois 350 anos da elaboração da caminhos”, talvez inspirado alegoria. pela alegoria de Bunyan, O estilo literário, no início que, simbolicamente, dizia: do século XVII, ainda era “O cristão não pertence a douto (William Shakespeaeste mundo; está marchando re, 1564-1616) e realizou a para o Céu”. Bunyan tinha versão do rei Tiago para a uma nova “visão de mundo” Bíblia inglesa; no fim, a prosa (ver: Bunyan, John. O Pe- simples de Bunyan tornouregrino. São Paulo: Impren- -se a característica da língua sa Metodista, 1972; Editora inglesa moderna. Devemos ponderar que os Mundo Cristão, 1981). Os meninos dos nossos dissidentes (Batistas e outros dias podem assistir ao filme evangélicos) sofreram sob o “Pilgrim’s Progress – Journey código de Edward Clarendon to Heaven”, produzido em (1609-1674): foram excluídos 2008 por Danny Carrales, da vida política, da adminiscom Terry Jernigan. É uma tração municipal e das uniadaptação para as crianças versidades. Apesar disso, foi do livro de Bunyan. uma época muito importante Bunyan, ao escrever “The da literatura inglesa. Pilgrim’s Progress” (entre Bunyan escreveu “O Pe1667 e 1672), igualou-se a regrino” durante o período
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que passou na prisão (16601672), no reinado em que Carlos II (1660-1685) era pastor da Igreja Batista em Bedford e favorecia o canto congregacional. No “Baptist Hymnal” (1975) figura seu hino “He Who Would Valiant be”, escrito em 1684, um dos mais antigos da hinodia Batista. Apelando à classe média inferior inglesa, Bunyan transmitiu para a posteridade muito do que era nobre no Puritanismo britânico. Em seu livro, Bunyan descreve a viagem de “Christian” (Cristão), da Cidade da Destruição para a Cidade de Deus, passando pelo Desfiladeiro do Desespero, a Aldeia da Moral, a Colina da Dificuldade, o Vale da Humilhação, a Feira das Vaidades e o Rio da Morte, usando citações e alusões bíblicas. Em 1987, em São Paulo, tomamos conhecimento da existência de uma gravação, em disco LP, da “moralidade” de Vaughan Williams, baseada na alegoria de Bunyan, feita sob a regência de Adrian Boult. Agora, graças ao mecenato praticado pelo nosso amigo Rosber Neves Almeida, temos a gravação, em disco CD de 20-bit, realizada em 1997, com o Coro e a Orquestra da Royal Opera House, regidos por Richard Hickox. O compositor britânico Ralph Vaughan Williams (1872-1958) tinha compilado canções folclóricas e organizado edições de música religiosa inglesa, além de compôr sinfonias e óperas.
Impressionado pela busca de Bunyan, VW refletiu sobre a fé puritana e a ética evangélica em seus dias; podemos comparar a arenga evangélica e a ideologia burguesa do século 21. VW teve a ideia de compor uma ópera baseada em “O Peregrino”; ela surgiu em 1906, quando compôs uma melodia para a canção “Who would true valour see, let him come hither”, que Bunyan pôs na boca do personagem “Cristão”. Outros episódios foram compostos entre 1925 e 1936, quando VW parece ter decidido que alguns temas seriam aproveitados em sua Quinta Sinfonia (1943); vários temas da sinfonia aparecerão na “moralidade” (1951). Depois de 45 anos, VW viu concretizar-se o seu sonho: em 26 de abril de 1951, no Covent Garden, em Londres, ocorreu a estreia da obra, dividida em prólogo, quatro atos e epílogo. O compositor insistiu que a obra destinava-se ao palco, e não ao templo. Apesar de suas deficiências dramáticas, a obra oferece esplendor musical: no prólogo, quando o Peregrino entra e grita: “Que farei?”; nas cenas da “House Beautiful” (Ato I) e da “Vanity Fair” (Ato III); no monólogo do Peregrino na prisão; no episódio das “Delectable Mountains” (Ato IV); nos “aleluias” do Peregrino. Os “quatro vizinhos” de Bunyan contrastam com os “três amigos” de Jó.
VW compilou o libreto; à alegoria de Bunyan, fez várias adições, extraídas dos Salmos e outras fontes bíblicas; usou o nome “Peregrino”, em vez de “Cristão”, porque concebia o personagem principal como alguém muito interessado na vida espiritual. O propósito de sua obra era alcançar todos os que se preocupam com a vida espiritual. Alguns versos foram escritos por Ursula Vaughan Williams. Ela admitiu que seu marido tinha sido ateu durante o curso na universidade de Cambridge, e que mais tarde tornara-se agnóstico. Embora trate de assunto religioso, a obra de VW não pertence ao gênero sacro (ver: Herbert Murrill, “Vaughan Willi-ams’s Pilgrim”, Music & Letters, XXXII, 1951, p. 324). Filho de pastor anglicano, VW conhecia bem as tradições musicais; compôs melodias para hinos do “The English Hymnal” (1906) e “Songs of Praise”. “O Peregrino” termina quando o personagem “Bunyan” chega ao centro do palco e apresenta um livro aos espectadores, dizendo: “Este livro fará de ti um viajante; ele te conduzirá à Terra Santa, se quiseres entender as suas instruções; então, vem, e põe o meu livro junto à tua cabeça e ao teu coração”. Recomendamos esta obra de Vaughan Williams alertando para a circunstância de que, embora seja religiosa, não é sacra.
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A porta que Deus abre ninguém fecha Juvenal Mariano de Oliveira Netto, membro da Primeira Igreja Batista em São Pedro da Aldeia - RJ
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o meio cristão, é muito usual ser utilizada a afirmativa de que a porta que Deus abre ninguém fecha. Não há nada de errado com esta frase, pois, todos entendem e creem que Deus é soberano sobre tudo e sobre todos; ninguém consegue abortar os Seus planos. O grande problema é apreciar esta verdade apenas por um determinado ângulo. A maior parte das vezes em que se ouve esta frase é apenas no sentido material da coisa; no sentido de conseguir um novo emprego, uma nova casa, uma oportunidade de conquistar algo no plano horizontal ou, ainda, conseguir ascender financeiramente.
No livro de Apocalipse aparece a seguinte descrição: “Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.” (Ap 3.8). Jesus ordena a João que escreva sobre os acontecimentos futuros, neste caso, a palavra foi direcionada para a Igreja em Filadélfia. A “porta” aqui está se referindo ao próprio Cristo, assim como Ele também fez uso desta figura de linguagem descrita no Evangelho de João quando disse: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.” (Jo 10.9). Esta revelação direcionada não apenas a Filadélfia, mas, a Igreja, na sua totalidade e em todos os tempos, tem um sentido totalmente
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
Que Teu amor nos acompanhe espiritual. Jesus está garantido para os cristãos fiéis, ou seja, aqueles que guardarem a Sua Palavra e jamais negarem o Seu nome, que apesar de possuírem pouca força, certamente passarão pela porta, que é Ele mesmo, e entrarão no reino dos céus. Jesus promete guardá-los mesmo em meio as provações que há de vir sobre o mundo nos últimos dias do fim. Em vista disso, compreende-se que a melhor interpretação a ser dada para a frase “A porta que Deus abre ninguém fecha” é a espiritual, pois, quando a empregamos em outros sentidos, os benefícios são meramente transitórios, enquanto aquele será eterno. Jesus garante que a porta da salvação jamais poderá ser fechada para aqueles que O confessam como Senhor.
“Seja a tua misericórdia, so da adoção, entretanto, Senhor, sobre nós, como em não é impositivo. Ele soti esperamos.” (Sl 33.22) mente produz efeito na pessoa daqueles que, diante da vida do rei Davi realidade histórica de Jesus, sempre experimen- decidem aceitá-lO como o tou a pressão das Cristo. Aceitar Jesus como o maldades humanas, Deus Conosco é fazer como como também a realidade do Davi: “Pois nós pomos em Ti amor divino. É isso que ele a nossa esperança”. O Amor de Deus nos escreveu em um dos seus salmos: “Ó Senhor Deus: que “acompanha” sempre. Aceio Teu amor nos acompanhe, tar o amor divino, porém, pois nós pomos em Ti a nos- impõe uma postura de vida com disciplina espiritual. Esta sa esperança” (Sl 33.22). O contexto geral da re- postura nos ensina que os vavelação bíblica não deixa lores e os poderes humanos margem para dúvida: Deus nunca substituem o incomama o mundo criado por Ele. preensível poder restaurador A virulência dos pecados do Amor de Deus revelado humanos nunca invalidou em Cristo. Se quisermos viver o poder e a eficiência do o Amor de Cristo, Deus nos amor divino. Escrevendo aos garante. Não fomos chamaEfésios, Paulo nos ensinou dos para as humilhações do que, desde antes da criação pecado. Nosso privilégio é do mundo, o objetivo do viver sempre encorajados Senhor sempre foi nos adotar pelo poder que Deus atribui como Seus filhos. O proces- à nossa fé em Cristo.
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O poder da oração Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “...Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tg 5.16)
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ntes de tudo, é necessário entendermos o termo “justo” citado no texto, sendo que a própria Bíblia afirma que: “Não há justo, nem sequer um” (Rm 3.10). Isso, pelo fato de não haver ninguém que não seja pecador, portanto, indignos de serem atendidos por um Deus absolutamente
santo. De quem é, então, a eficaz oração anunciada no texto? São de todos que, esclarecidos pelo Evangelho, reconhecem e se arrependem de sua condição de injustos, e aceitam a orientação desse, para irem a Jesus para serem justificados de seus pecados. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). Posto isso, quero destacar que Deus nos concede a oportunidade de chegarmos a Ele em súplicas e orações, diante de situações que, aos
nossos olhos, são de impossíveis resoluções por nossos limitados recursos. Mais do que nunca, estamos vivenciando realidades no Brasil e no mundo, que tem nos levado a constantemente balbuciar a já comum frase: “Não tem mais jeito”. Não tem mais jeito para nós, mas para o Senhor, Deus Criador e Sustentador de todas as coisas do universo, há solução. Ele é o Deus dos impossíveis “... Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus” (Lc 18.27). É, sim, possível para Deus, que nosso país venha
a ter governantes dignos e tementes a Ele; que nossos jovens tenham uma educação gratuita e eficiente para bem prepará-los para viverem com dignidade; que nossos hospitais possam atender bem a todas as camadas de nossa sociedade; que possamos andar nas ruas com total segurança; que sejamos um povo educado e empenhado em preservar nossas fontes de vida, bondosamente dadas pelo Criador; que governantes e cidadãos resolvam seus entraves através do diálogo racional, e não pelas armas. Eu
creio nisso, por ser promessa de Deus, que soa como peso de responsabilidade para seus justos. Veja isto: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua a sua terra” (II Cr 7.14). Está, portanto, condicionado ao cumprimento da parte dos justos, para o agir de Deus. Se você ainda não é um justo nos padrões divinos, venha a sê-lo por meio de Jesus.
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Credo para o novo ano Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista Itacuruçá - RJ 1. Como eu creio que o Evangelho de Jesus Cristo “É o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16), vou pregar e viver o Evangelho, sabendo que é minha intransferível tarefa ir por todo o mundo para fazer discípulos (Mateus 29.19-20). 2. Como eu creio que “É feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!” (Sl 1.1), procurarei seguir sempre o conselho de Deus, imitarei a Jesus Cristo e adorarei a Deus junto com os que creem como eu creio. Como Deus
espera que eu seja santo (Le- 3.10), embora seja “o cosvítico 11.44-45; 20.7; I Pedro tume de alguns” deixá-la 1.15-16); farei da santidade a (Hebreus 10.25). minha prioridade. 6. Como eu creio que sou 3. Como eu creio que a Bí- um vaso de barro que conblia “É lâmpada que ilumina os tém o tesouro do Evangelho meus passos e luz que clareia de Jesus, poderei ser pressioo meu caminho” (Sl 119.105), nado, mas não desanimarei; vou lê-la toda e sempre, para poderei ficar perplexo, mas ser capacitado a viver de modo não me desesperarei; podesábio, santo e saudável. rei ser perseguido, mas não abandonado; poderei ficar 4. Como eu creio que “A abatido, mas não destruído, oração de um justo é po- tudo por causa do poder que derosa e eficaz” (Tg 5.16), “provém de Deus” (“não de vou orar “continuamente” (I nós”) “e a tudo excede” (II Coríntios 4.7-9). Confiarei Tessalonicenses 5.17). que “O Senhor Deus é o meu 5. Como eu creio que “O pastor e nada me faltará” (Sl plano eterno de Deus” é tor- 23.1), quando tudo estiver nar conhecida a sua “multi- bem, gargalhando na monforme sabedoria”, “mediante tanha, e também quando esa Igreja”, vou encorajar e tiver passando “Por um vale ser encorajado nela (Efésios de trevas e morte” (Sl 23.4).
Bandeirada final Claudio Humberto de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista de Alegre - ES
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m uma corrida de Fórmula 1, os pilotos fazem o mesmo trajeto dezenas de vezes. Uns ficam pelo caminho por causa dos imprevistos (problemas nos pneus, defeitos nos carros, acidentes, etc.), mas há os que completam o percurso. De todos os que completam a prova há um felizardo, o vencedor da corrida que vê tremular a bandeira primeiro que os demais. A bandeirada final significa vitória, que a prova foi concluída! Quando os pilotos ultrapassam a linha de chegada, eles diminuem a velocidade, celebram os resultados, descansam e se preparam para a próxima corrida. Estamos como em uma corrida de Fórmula 1: na vida percorremos o mesmo caminho (tarefas, atividades, compromissos...) dezenas de vezes, ano após ano. Uns ficam pelo caminho porque são surpreendidos por imprevistos, como a perda de um emprego ou a reprovação em um curso, e sua chance é a próxima corrida (esses terão que recomeçar!). Há os que ficaram pelo caminho e não poderão mais correr porque foram pegos de surpresa pela imprevista previsível chamada
morte (“a única certeza da vida é a morte”, dizem por aí). Mas a maioria sempre completa o percurso e, à meia-noite do dia 31 de dezembro, se alegra por ver mais uma vez tremular a bandeira, a bandeirada final. Alguns diminuem o ritmo, celebram e descansam para revigorar a alma e começar uma nova corrida; outros, mal terminam a corrida, e para eles a corrida continua. Na nossa experiência religiosa não é diferente: o caminho é o mesmo (tarefas, compromissos...) dezenas de vezes, o ano todo. Há os que não completam a corrida: uns porque são vencidos pelo pecado, outros porque diante da fragilidade da sua fé se frustram com os imprevistos e desistem de persistir. Pela graça de Deus há os que completam o percurso. Esses, à meia-noite do dia 31 de Dezembro, se alegram pela bandeirada final. É tempo de celebrar e revigorar a alma. A corrida termina, mas outra começa imediatamente. Elas só terminarão quando Deus nos chamar ao pódio celestial, onde seremos coroados ou quando o nosso Senhor Jesus voltar para pessoalmente nos levar ao pódio e nos premiar. Nas corridas de Fórmula 1 há um escape do percurso da prova chamado pit stop, uma área onde se faz uma parada
rápida para consertos, abastecimento e troca de pneus. O final do ano também tem um pit stop chamado Natal. Há uma pausa no percurso, uma parada rápida onde o amor e a solidariedade se destacam. É um tempo de mais ternura, brilho e colorido; de troca de presentes; de maior sensibilidade e afeto nos relacionamentos. Como seria diferente se as regras da Fórmula 1 mudassem e a maior parte do tempo fosse para consertar o que está estragado, ajustar o que está desajustado e encher o tanque. Não é com a Fórmula 1 que estou preocupado. E mesmo que estivesse, não está em nosso poder mudar as suas regras. Mas, podemos mudar as regras da corrida da qual você e eu participamos. Sim, nós podemos gastar mais tempo no pit stop onde o amor e a solidariedade se destacam. Podemos ser mais amáveis no trato, mais sensíveis às necessidades do outro, mais prontos a agradar o outro, a reconhecer seu valor ou seu esforço, e mais bem-humorados. Feliz fim de corrida para você, feliz pit stop! Que o fim de ano seja um feliz momento de celebração, abençoado por Deus, com a paz e a alegria da Sua presença. E que o ano novo seja repleto de bênçãos, sucesso e realizações.
7. Como eu creio que “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” e que “O conhecimento de Deus é entendimento” (Pr 9.10), abrirei mão de ser sábio aos meus próprios olhos (Provérbios 3.7).
minha vida, amarei a minha família e dela cuidarei.
10. Como eu creio que “O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade” (Pr 17.17), celebrarei a amizade e encontrarei tempo para estar com 8. Como eu creio que o eles. meu corpo é “Santuário do Espírito Santo” que habita 11. Como eu creio que Jeem mim (I Coríntios 6.19), sus Cristo voltará em breve, cuidarei do meu corpo, sen- continuarei cantando: “Vem, do disciplinado nos horá- Senhor! (Maranata!)” (I Corínrios, comendo corretamen- tios 16.22). te e, se possível, fazendo exercícios regulares, para 12. Como eu creio que glorificar a Deus (I Coríntios Jesus é o bom pastor (João 6.20). 10.11 e 14), eu me deixarei pastorear por Ele, para ser 9. Como eu creio que a guiado pelo Espírito Santo família é uma dádiva de Deus como filho de Deus que sou (Gênesis 2.24 e Marcos 10.8) (Romanos 8.14) e membro e um meio de graça para a da Sua família (Efésios 2.19).
Ano velho Eusvaldo Gonçalves, colaborador de OJB Estamos terminando o ano que passou. Como tudo teria sido diferente Se eu tivesse mais prudência, Se eu tivesse um pouco de mais paciência, Se eu tivesse controlado o meu temperamento, E prontamente tivesse me desculpado Como teria sido diferente, Se eu tivesse mais cuidado. Por certo teria evitado o incidente, Se eu tivesse mais amor no coração, Se eu tivesse usado a razão, Como teria sido diferente. Não teria causado nenhuma decepção, Teria evitado tanto desgosto, Seria tão diferente, Talvez reconciliado aquele irmão. Como teria sido diferente, Se eu tivesse usado as palavras certas, Controlado mais o meu ser, Eu teria mostrado Cristo no meu viver. Teria mostrado que Cristo morreu em nosso lugar, Para nos dar vida eternamente, Se eu tivesse amado mais, Teria sido bem diferente. Eu posso, tu podes, nós podemos, Fazendo a diferença vivendo em amor, Neste novo ano queremos ser diferentes Senhor, Queremos viver o Teu amor.
6 vida em família
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Família de férias
Gilson e Elizabete Bifano
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mês de janeiro chegou e, com ele, para muitas famílias, um período esperado, as férias. É um tempo para repousar, descansar e relaxar. Férias (na Bíblia, usa-se a palavra “descanso”) é algo que Deus quer que valorizemos. A teologia do descanso está presente em toda a Bíblia. Começa em Gênesis, quando fala que Deus descansou no sétimo dia (Gênesis 2.3), passa pela lei de Moisés (Levítico 25.4), está nos Evangelhos (Marcos 6.31), é enfatizada no livro de Hebreus (Hebreus 4.9) e termina com o repouso eterno prometido aos salvos por Jesus, no livro de Apocalipse, capítulo 14, versículo 13. Não valorizar as férias, o período de repouso, é pecar
contra o próprio Deus, contra o próprio corpo e contra a própria família. Se há um período para a família se fortalecer, acrescentar lembranças no baú de memória familiar é, sem dúvida, o período das férias. Quando (de vez em quando faço isso), pego os álbuns de fotografias da nossa família, e me recordo dos bons momentos das férias que já desfrutamos. Já passamos as férias em casas de parentes, em hotéis, casas alugadas, em casas emprestadas de amigos, no Sesc e até mesmo em casa. Já tivemos períodos de férias com chuvas o tempo todo, mas também com muito sol. Já tiramos férias com um pouquinho mais de dinheiro, mas também com dinheiro contadinho. São muitas as nossas
memórias familiares em torno das férias. Hoje, nossas filhas já são casadas e com filhos e já não passam as férias conosco. Elas construíram suas próprias famílias, mas é muito bom ver que elas levaram para suas próprias famílias o valor das férias. Neste exato momento, enquanto escrevo este artigo, uma delas está com seu marido, pastor Elthom, e seu filhinho (meu neto querido Theo) passando férias em São Lourenço-MG. Fiquei muito feliz ao receber, via Whatsapp, uma foto de um passeio de charretes que eles fizeram com meu netinho. Tenho a certeza de que aquele passeio ficará, para sempre, no baú de memórias dele. Quando ele crescer, um dia ele vai
perguntar: “Mamãe, papai, vocês se lembram daquele passeio de charretes que fizemos em uma cidade quando estávamos de férias?”. Às vezes custo acreditar quando ouço alguém dizer que não tira férias com a família. Nesse período podemos brincar mais com a família, podemos dormir até mais tarde, meditar em textos bíblicos, ver bons filmes, ler um bom livro (geralmente gosto de levar para minhas férias um livro ligado a relatos de aventura, como os de Amyr Klink ou um bom devocional). Não se esqueça de fotografar! Hoje, infelizmente, as famílias tiram muitas fotos, mas muitas delas se perderão nos HDs dos celulares e computadores. Mesmo no
Facebook elas vão se perder. Para guardar as memórias das férias, ainda vale a pena ir em uma dessas lojas e imprimir as principais fotos e colocá-las no velho álbum de fotografias. Para terminar, uma última palavra. Não deixe que aplicativos, como Whatsapp, tire o tempo que você tem para construir as memórias familiares. Não se construirá essas memórias digitando mensagens para amigos que estão distantes e esquecendo daqueles que Deus colocou bem perto de nós.
Esse é um exemplo da importância do desenvolvimento de boas atitudes na vida de nossas crianças que podem ser cultivadas pelos pais em casa, através de atividades simples, mas essenciais. Nesse “Dia das mães”, circulou nas redes sociais um vídeo em homenagem às mães que vale a pena ser visto: (https://www.facebook. com/4LifeResearchBrasil/vi deos/979360358785209/ ?pnref=story ). Nele, uma senhora está à procura de emprego e seu currículo é questionado em relação a um período em que ela dedicou-se a cuidar dos filhos. Depois de passar por experiências malsucedidas em seu objetivo, ela decidiu incluir no currículo as competências que desenvolveu
no período que ficou em casa: 1) - capacidade de assumir riscos; 2) - capacidade de esforço e sacrifício; 3) - comunicação e oratória; 4) - gerenciamento de recursos; 5) - capacidade de motivação; 6) - organização e planejamento; 7) - perseverança e constância e 8) - trabalho em equipe e liderança. Tudo devidamente ilustrado no vídeo. Por essas e outras, valorizemos mais o tempo em família. Nenhum investimento financeiro feito nos filhos será capaz de superar o tempo investido com eles em atividades que aparentemente nada significam, mas que, na verdade, são determinantes no desenvolvimento de atitudes essenciais ao sucesso na vida.
Gilson Bifano Palestrante e escritor na área de casamento e família e Coach para família. gilsonbifano@ mininisteriooikos.org.br
Atitudes e o sucesso na vida Edvar Gimenes de Oliveira, pastor da Igreja Batista da Graça, SSA e presidente da Convenção Batista Baiana “Professores das primeiras séries nos dizem que precisam que as crianças cheguem a eles prontas para se sentar, se concentrar, lidar com as próprias emoções, ouvir orientações, colaborar e fazer amizades”, explicou Truglio. “Só então eles podem ensinar letras e números” (Daniel Goleman, em “Foco, a atenção e seu papel fundamental para o sucesso”).
A
falta de educação é, sem dúvida, o principal problema da nossa sociedade. Não digo a falta de educação que se revela em maus feitos,
em “malcriações”, mas aquela que dificulta a construção de caminhos desejáveis para nós mesmos e à coletividade. A falta de investimento no desenvolvimento de atitudes saudáveis em nossos filhos revela nossa ignorância. Investimos dinheiro oferecendo-lhes cursos diversos que, acreditamos, possibilitaria a eles se tornarem competitivos no mercado de trabalho e a terem seu sustento econômico-financeiro garantido, sem perceber que são as atitudes que eles aprendem a desenvolver em casa que os ajudarão a serem bem-sucedidos naquilo que se propuserem a fazer na vida. Goleman, citado acima, exemplifica sua tese mencionando o “teste do marshmallow” realizado pelo
psicólogo Walter Mischel, na Universidade de Stanford. Nele, crianças de quatro anos foram colocadas em uma sala, diante de guloseimas, e receberam a seguinte informação: “Você pode comer o seu doce agora, se quiser. Mas se não comer até eu voltar depois de resolver um problema, você poderá escolher dois doces”. Tais crianças nada tinham a fazer na sala, senão olhar às tentadoras guloseimas. Cerca de 1/3 delas teriam pego imediatamente, 1/3 teriam esperado por intermináveis 15 minutos e as demais ficado entre um tempo e outro. Tais estudos prosseguiram e identificou-se que, na idade adulta, os mais bem-sucedidos eram os que manifestaram maior autocontrole.
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missões nacionais
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Nosso alvo: vidas transformadas por Cristo Jesus
Conferência Nacional Multiplique 2017
Sertanejo sendo evangelizado
Batismo dentro do presídio no Paraná
Funcionários em frente à nova sede da JMN
Caravana no Barco O Missionário
omos imensamente gratos ao Senhor por todas as vitórias alcançadas no ano que passou. Diante da grave crise econômica e moral pela qual o Brasil passa, fomos impulsionados a avançar e a multiplicar o Amor de Deus. Isso foi possível porque as Igrejas Batistas em todo o Brasil investiram na obra missionária com orações, ofertas e voluntariado. Isso nos permitiu alcançar e abençoar milhares de pessoas com a Palavra que liberta e transforma. A JMN coor-
denou o trabalho missionário, mas quem efetivamente plantou novas Igrejas, tirou pessoas das cracolândias, evangelizou nos presídios, no interior da Amazônia, no sertão, no sul, nos grandes centros, foram as Igrejas Batistas que ofertaram para o sustento desta grande obra. Avançamos na disseminação e consolidação do movimento Multiplique, um retorno aos princípios ensinados por Jesus e vividos de maneira simples e poderosa pela Igreja do primeiro século. A visão de Igreja Multiplicado-
ra tem motivado os Batistas brasileiros à multiplicação de discípulos e ao avanço do Evangelho de Cristo, cumprindo o chamado primordial da Grande Comissão (Mt 28.18-20). Pela Graça de Deus estamos colhendo os frutos dos investimentos realizados nos projetos sociais. O VIVER - Programa Nacional de Prevenção ao Uso de Drogas, vem trazendo uma conscientização significativa em nossa denominação, no que tange à urgência na implementação de ações preventivas em
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Projeto Novo Sorriso da Amazônia
Inauguração da Casa Viver, em Costa Barros (RJ)
nossas Igrejas. Através desta conscientização, as Igrejas têm compreendido seu papel quanto à aplicação do programa em escolas, comunidade e dentro de suas organizações, principalmente entre crianças, adolescentes e jovens. Damos graças a Deus pelos avanços, mas precisamos fazer muito mais! Como cristãos, não podemos recuar nem omitir o Evangelho àqueles que precisam experimentar o Amor de Deus na sua plenitude. Em 2017, contamos com cada cristão na tarefa de ga-
nhar a nossa Pátria para Cristo. Não podemos arrefecer, nem desanimar diante dos obstáculos! Torne-se um parceiro do PAM Brasil, monte uma caravana no Barco O Missionário e seja bênção entre os ribeirinhos, conheça nossas unidades da Cristolândia, visite nossos projetos de plantação de Igreja. Ore, contribua, vá! Vamos continuar firmes e focados na multiplicação de discípulos, plantação de Igrejas, formação de líderes, compaixão e graça, e orando sem cessar pela nossa Nação.
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reflexão
Casa Edson Landi, pastor, colaborador de OJB
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a sabedoria bíblica, “casa” é sinônimo de família e/ou lar, mas no nosso contexto, a expressão “casa” está mais ligada a construção e ao imóvel do que aos relacionamentos e laços que unem uma família. Deus criou a família, por isso, ama a família e deseja que as famílias sejam abençoadas e abençoadoras. O desejo do Senhor em ver as famílias da terra abençoadas e sendo abençoadoras está registrado no cerne da vocação do nascimento do povo de Deus, em Abraão (Gênesis12). Deus deseja que as famílias do Seu povo sejam abençoadas por Ele e abençoadoras. Todas as famílias podem desfrutar das bênçãos
de Deus e da paz. Deus, para provar Seu amor redentor pela humanidade, enviou Jesus, Seu Filho Unigênito, para resgatar e redimir nossas vidas. Assim sendo, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, deve ser prioridade para a família. Só Ele pode restaurar nossa família com a graça poderosa de Deus. Nosso Senhor viveu, humanamente falando, em uma boa família, que ensina os princípios divinos; mas, nosso Mestre e Senhor se deparou com várias famílias em frangalhos ao longo de suas peregrinações na Galiléia. Jesus viu de perto a calamidade de algumas famílias. Ele aconselhou, orientou e mostrou o valor da família, criando um grupo de amigos ao seu redor, que se tornou sua família. Jesus mesmo nos orientou
que em muitos casos “O inimigo do homem são os da sua própria casa” (Mt 10.36). Jesus disse essas palavras no contexto em que falava sobre paz. Jesus trouxe paz e quer que a paz habite em todas as casas, ou seja, que todas as famílias desfrutem do Shalom de Deus. Nesse contexto, Jesus nos ensina que ninguém pode ocupar o lugar de Deus em nossas vidas. A pessoa mais importante para nós e para nossa família é Deus. Quando aprendemos amar a Deus acima de tudo e de todos, consequentemente, amamos as pessoas que desfrutam do mesmo teto que nós. Aprendemos a amar a nossa família quando amamos profundamente o Senhor, pois Ele idealizou, criou e instituiu a família.
Rosto de anjo Arnaldo Nunes, pastor, membro da Igreja Batista Betel em Bairro Santana – SP “Então todos que estavam assentados no sinédrio, fitando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo” (At. 6.15). “Vemos que houve uma transformação em Estêvão. Um raio de luz que saíra do semblante de Jesus. Os membros do Sinédrio não perceberam.” (Theodoro P. Ferris, in loc). Estêvão recebeu o mesmo sinal do favor divino que havia sido conferido a Moisés, servo do Senhor. Ocorreu que Arão e todo o povo ficaram com muito medo de chegar perto de Moisés quando viram o seu rosto brilhando (Êxodo 34.30). Essa alusão histórica confirma a validade e o caráter inusitado desse fenômeno que se manifestou na pessoa de Estêvão. Os crentes em Jesus Cristo não têm o rosto de anjo. No entanto, obtém a proteção. “O anjo do Senhor fica em volta daqueles que o temem.” (Sl. 34.07). Estêvão demonstrou um belo exemplo de fé; foi um servo muito abençoado por Deus e cheio de poder. “Antes de morrer apedrejado, orou: “Senhor, não condene essa gente por causa deste pecado”.
Ano Novo, novo tempo; com Jesus do nosso lado! D ‘Israel (Israel Pinto da Silva), membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro, colaborador de OJB I Ano Novo; novo tempo; hora de renovação Tempo de reflexão na palavra do Senhor Hora de analisarmos que fizemos pra Jesus Se nós fomos sal e luz; se por Ele fomos vistos Como justos, separados, servos úteis, não nocivos Se servimos ao Deus Vivo; se Seu nome proclamamos Se buscamos por primeiro o seu Reino, realmente, Sem qualquer hipocrisia; fingimento; falsidade... Se amamos nosso próximo como nos mandou amarmos Se aqui sempre fazemos toda a Sua vontade Se cumprimos a missão que a nós foi ordenada De pregar Seu Evangelho para toda criatura... II Ano novo; novo tempo; de sair do nosso muro Da inércia; do silencio; deste nosso esconderijo Esperando apagar-se nossas velas, lamparinas Acabar o nosso azeite da candeia do Senhor A palavra do amor dentro do coração do homem E deixando que não saibam como é maravilhosa Seu efeito quando age numa alma entristecida Desolada, depressiva, caminhando sem Jesus Sem vigor; quase sem vida; de Jesus necessitada Tão perdida na estrada; na escuridão das trevas Que está acorrentada; enlaçada; obstruída Cheia da necessidade de ouvi-la urgentemente Pois estava esquecida numa Bíblia abandonada Toda aberta sem ser lida; sem também ser estudada Nem tampouco explicada para seu entendimento... III Ano novo; novo tempo; com Jesus do nosso lado Libertados, realmente, cheios da convicção Da certeza em que nós cremos e que sempre deveremos Confessar com nossa boca que Jesus é o Senhor! Tempo de escutar Sua voz; atender o Seu chamado De falar pra todo mundo que só Ele é quem salva Quem nos tira do pecado; quem nos lava toda alma E que a Ele, tão somente, nós devemos obediência Toda nossa reverência; e dobrar nossos joelhos... IV Ano novo; novo tempo de pedir a Ele fé; Para se ficar de pé, sustentado,plenamente, Exaltando o Seu nome; toda hora; todo tempo Com seu canto em nossa boca cheios de sinceridade Entoando lindos cantos do Hinário do Senhor: “Quero o Salvador comigo Só com Ele eu posso andar Quero conhecê-lo perto No Seu braço descansar Confiado no Senhor; Consolado em Seu amor Seguirei o meu caminho Sem tristeza e sem temor” (Hino 350 do Cantor Cristão) Feliz Ano Novo!
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Igreja Batista em Vila Natal, em Mogi das Cruzes - SP, dá posse ao novo pastor
Família Pastoral
Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB
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ia 10 de dezembro de 2016, o pastor Cleverson Pereira do Valle assumiu como pastor presidente a Igreja Batista em Vila Natal, em Mogi das Cruzes-SP. O culto foi conduzido pelo pastor interino, Osmar Teles Dias. O Quarteto da Primeira Igreja Batista Suzano e o Coral da Igreja Batista Vila Natal, em Mogi das Cruzes – SP, abrilhantaram a programação. O 3º vice-presidente da Convenção Batista do Estado
Igreja estava lotada para receber o novo pastor
de São Paulo (CBESP), pastor Carlos Eliseu, representou o presidente. O pastor Silvestre, da Primeira Igreja Batista Franco da Rocha, representou a OPBB-SP. O presidente da Associação Batista de Mogi das Cruzes (Abragram), pastor Almeida Segundo e o pastor José Ribeiro Rocha Filho, da PIB em Mairiporã, também fizeram uso da Palavra. Os pastores Nino, da Igreja Batista Cesar de Souza; Marcelo, da Igreja Batista Brás Cubas; pastor Jair Braz, da Igreja Batista Biritiba Mirim; pastor Arão e Daniel Guimarães, da Primeira Igreja
Batista Poá; pastor Cícero, da Igreja Batista Vila Medeiros; pastor Joel de Lima, da Igreja Batista Vila Esperança, e o pastor André também compareceram representando suas Igrejas. Uma caravana da Primeira Igreja Batista Mairiporã, Igreja onde o pastor Cleverson e família são membros, esteve presente na posse, assim como os familiares do pastor, amigos, colegas e diversas Igrejas Batistas da região. Pastor Osmar Teles Dias foi o orador ocasional e pregou em Romanos 4.18, a respeito de esperança.
Oração de posse
Após a mensagem, o vicepresidente da Igreja, irmão Ezequiel Braz, fez uma homenagem ao pastor Osmar entregando-lhe uma placa de gratidão pelo tempo em que serviu como pastor interino. As esposas dos pastores Osmar e Cleverson também foram homenageadas; Maria Célia Dias e Ivani Marcelina Silva Pereira do Valle receberam um vaso de flores da MCA. Em seguida, o pastor Cleverson foi convidado a ler o Termo de Posse, e os pastores vieram à frente, onde o pastor empossado ajoelhouse ao lado de sua esposa e
recebeu a oração do pastor Carlos Eliseu. Em suas palavras como novo pastor da Igreja, ele agradeceu a presença de todos os seus familiares, apresentou sua mãe Iraci Pereira de Oliveira Valle, seu irmão Cleriston Pereira do Valle, esposa e dois filhos, agradeceu o carinho que tem recebido da Igreja, os colegas e amigos pastores presentes e todos os visitantes. Ele disse que chegou para somar junto a sua esposa e filha, pediu orações e enfatizou o desejo de ver o nome de Cristo sendo exaltado no bairro de Vila Natal. A Deus toda honra e toda a glória!
Pastor é empossado na Segunda Igreja Batista em Marcílio de Noronha - ES
Momento da leitura do Termo de Posse
Hélio Costa, vice-presidente Igreja Batista em Marcílio de da Segunda Igreja Batista em Noronha, em Viana – ES (SIMarcílio de Noronha - ES BMN). A cerimônia de posse e o momento da Palavra fio dia 12 de dezembro de 2016, cou sob a responsabilidade o pastor Marival- do pastor Charles, da Igreja do Rocha Zeferino Batista no Bairro Industrial, tomou posse na Segunda em Viana – ES.
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Cerimônia de posse foi conduzida pelo pastor Charles, da Igreja Batista no Bairro Industrial, em Viana - ES
O culto foi dirigido pela irmã Aparecida Moreira Gonçalves e teve a participação do Grupo de Louvor da SIBMN, que é liderado pelo irmão Christiano, e a apresentação de coreografia do Grupo Consagradas para
Cristo, liderado pelas irmãs Tereza, Aparecida, Luciana e Priscila. Houve também a participação especial do Quarteto Luz. O pastor Marivaldo foi homenageado pela SIBMN com a entrega de uma Bíblia,
pelas mãos da irmã Neide Zanelatto. A família pastoral também foi homenageada e recebeu as boas vindas da Igreja, que também a presenteou com uma cesta natalina, entregue pelas irmãs Ilma e Rogéria.
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Departamento de Ação Social da CBB
Um choque de realidade Olavo Dias da Silva Filho, pastor, coordenador Geral da Convenção Batista de Carajás – Pará (COBAC)
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m choque de realidade”. Foi esse o sentimento de um grupo de irmãos da Igreja Batista Luz do Evangelho, em Marabá, sudeste do Pará, liderada pelo pastor Pedro de Oliveira Tavares, quando, nos dias 04 a 06 de novembro de 2016, realizaram ações de impacto social no bairro onde a Igreja fica localizada. As ações fazem parte do Projeto Grão de Trigo, desenvolvido pela Rede Evangélica de Marabá (REMAR), uma filiada do RENAS que, em parceria com a COBAC, oferece capacitação e treinamento na elaboração de projetos sociais para as Igrejas. Foram formadas três equipes que se dividiram pelas ruas do bairro para entrevistarem os moradores e se informarem sobre as principais deficiências
nos serviços públicos, observarem as necessidades na infraestrutura do bairro (ruas, escolas, postos de saúde), ouvirem as histórias das pessoas e conhecerem a realidade das famílias. De posse dessas informações, as equipes organizaram algumas ações que, embora simples e rápidas, pudessem sinalizar a presença do Reino de Deus e o interesse da Igreja em estar mais próxima da comunidade. Os irmãos descobriram situações que, de tão comuns, haviam se tornado imperceptíveis, como um calo no pé que secou e deixa de incomodar,
trazendo acomodação e uma resignação diante de um estado de coisas que simplesmente “são assim mesmo”; para as quais não há solução; culpa dos políticos corruptos, dos meninos mal criados e do vizinho que insiste em jogar o lixo na porta da casa dos outros. Parece que, às vezes, a Igreja fica assim, sem conseguir ver como resolver uma situação de injustiça, de miséria, desordem, sujeira, abandono, enfim, desestruturação social; vamos nos anestesiando ou familiarizando com a realidade. Foram definidas três ações. Uma delas resultou na limpeza
e capinação de uma área, cujo mato estava servindo para acúmulo de lixo e esconderijo para usuários de drogas e assaltantes. Outra, a equipe ofereceu um café da manhã em uma rua onde a maioria dos moradores é de idosos que moram sozinhos, alguns deles com filhos portadores de enfermidades crônicas, e ali gastaram o tempo todo ouvindo histórias e conversando. A terceira ação trabalhou na medição de pressão arterial, nível de glicemia e uma massagem realizada por uma profissional de fisioterapia, resultando no atendimento de mais de 80
pessoas no período da manhã somente. Quando as equipes se reuniram para relatório de avaliação das ações, os irmãos estavam gratos a Deus pela maneira como Ele se manifestou. Como resultado, novas ações se desdobrarão a partir dessas que foram realizadas: atendimento frequente aos idosos e acompanhamento do seu estado de saúde e direitos sociais; manutenção da limpeza da área e incidência junto aos órgãos públicos para a finalização de uma creche que foi construída em 2014 e até hoje não entrou em funcionamento.
CBPE capacita liderança para atuar com evangelismo em Libras nas Igrejas locais
Fotos: Acom CBPE
Acom CBPE
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om o tema “Rompendo as barreiras do silêncio”, a Convenção Batista de Pernambuco (CBPE), ofereceu no dia 10 de dezembro de 2016, o culto em ação de graças pela conclusão do Curso de Capacitação para Líderes do Ministério com Surdos. As aulas aconteceram entre os meses de julho e novembro, fruto de uma parceria entre as Áreas de Desenvolvimento de Educação Cristã (Adec) e Área de Missões Estaduais (AME). Assim como as aulas, o momento festivo aconteceu no Seminário de Educação Cristã (SEC), que, em 2017, completa 100 anos. Na ocasião, os 42 concluintes e participantes puderam, junto aos seus familiares e amigos, render graças ao Senhor pela conquista e reforçar o compromisso com a evangeli-
Alunos, professores e coordenadores celebram conclusão do curso
zação dos surdos. “O ministério com surdos tem crescido dentro das Igrejas. E nós, como interpretes, sentimos a necessidade de capacitação. E uma vez que a CBPE promove esses cursos, ajuda bastante nas interpretações dos cultos e na propagação do Evangelho”, explica Wajda Vasconcelos, aluna. O culto foi marcado por momentos de oração e louvores denominacionais. A mensagem oficial foi trazida por um dos professores, o pastor Joaz
do Amaral, da Primeira Igreja Batista Macaparana. A noite ainda reservou momentos emocionantes, como a apresentação do Coral ‘O clamor do silêncio’, formado pelos próprios alunos do curso, e a entrega dos certificados. Sorrisos de alegria pelo reconhecimento do esforço e dedicação de cada um dos formandos. Para representar a Convenção Batista de Pernambuco, estiveram presentes a professora Aparecida Diniz, coordenadora da Adec; a irmã Rosemária Pal-
Apresentação do coral O Clamor do Silêncio, composto pelos próprios alunos
meira, 1ª secretária e membro do Comitê de Educação Cristã; e o 2º vice-presidente, pastor Israel Guerra Filho. “Essa é uma iniciativa da CBPE que demonstra, na prática, o nosso compromisso com todos os segmentos da sociedade”, sendo também “Uma grande oportunidade para nós de inclusão e levar o Amor de Jesus a essas pessoas”, enfatiza pastor Israel. O Curso para Líderes do Ministério com Surdos teve como objetivo fortalecer e ampliar o
evangelismo discipulador em Libras e assim atender a demanda das Igrejas Batistas, no campo pernambucano. Ele teve nível básico e atendeu 24 Igrejas e 12 Associações da CBPE. Para a missionária Wellenice Lima, professora de Libras, a iniciativa é “Muito importante para o despertamento das Igrejas”, reforçando que “O surdo precisa ser alcançado pela parte do evangelismo da Igreja”. Ao final, houve uma recepção para alunos, professores e familiares.
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missões mundiais
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Campanha 2017: Leve Esperança Até que Ele Venha Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais
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m breve, todas as cerca de 10 mil Igrejas da Convenção Batista Brasileira receberão o kit da Campanha 2017 de Missões Mundiais: “Leve Esperança Até que Ele Venha”, cuja divisa encontra-se em Mateus 28.19 e 20. Desde dezembro, os envelopes contendo revistas, cartazes, fichas de oração e DVD estão prontos para seguir pelos Correios às Igrejas. Mas já é possível ter uma prévia do que nossa equipe de Comunicação e Marketing preparou para esta mobilização, acessando o site www.missoesmundiais. com.br/campanha. Ao longo de todo este semestre, novos conteúdos estarão disponíveis.
Nosso diretor executivo, pastor João Marcos Barreto Soares, lembra que está na hora de fazermos um grande esforço para ver a Grande Comissão realizada plenamente. “Jesus afirmou em Mateus 24.14 que ‘Este Evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim’. Precisamos fazer nossa parte, pois a volta de Cristo está próxima. Pessoas de todas as nações precisam ser alcançadas e discipuladas”, comenta o diretor. Neste momento de transição, aproveitamos para agradecer a todos que participaram da Campanha Leve Esperança. “Queremos manifestar nossa gratidão a todos que
compreenderam a visão e se juntaram a nós, orando, contribuindo e indo. E sem falar do esforço de inúmeras pessoas que, em meio a uma enorme crise econômica no Brasil, se mobilizaram, fizeram a Campanha e levantaram uma oferta significativa, possibilitando o sustento da obra. A cada um, nossa gratidão sincera”, agradece o pastor Cláudio Andrade, missionário mobilizador. Para 2017, preparamos um material inspirador com ênfase no que todos aqueles que participam da obra missionária transcultural têm alcançado nos campos. Mostramos a alegria em servir e a certeza de que vale a pena fazer missões, porque vidas têm sido alcançadas através do envolvimento das Igrejas.
Apesar de manter a qualidade, o kit também foi econômico. Buscamos alternativas que pudessem reduzir os custos, o que já havíamos alcançado em 2016, sem comprometer a qualidade dos materiais. Eles foram preparados para serem usados pelos pastores e promotores voluntários de missões para envolver ainda mais nossas Igrejas com o compromisso de anunciar Cristo às nações, àqueles que ainda vivem sem esperança. É importante que você lembre ao pastor e ao promotor de sua Igreja sobre a importância de desenvolver a Campanha de Missões Mundiais. Caso sua Igreja ainda não tenha um promotor, converse com seu pastor a respeito disso. Quem sabe você não possa ser um? Acesse www.
missoesmundiais.com.br/ mobilize e saiba como é possível se tornar um promotor voluntário da JMM. Todas as Igrejas da CBB deverão receber o kit da Campanha até o fim de janeiro. Caso isso não ocorra, o pastor ou o promotor deverá entrar em contato com a gente através do e-mail campanha@jmm.org.br. Cada um de nós precisa fazer sua parte, orando, contribuindo, mobilizando e indo. Devemos fazer isso até a volta de Jesus. Diante desta reflexão, relembramos às pessoas e às Igrejas sobre a importância do cumprimento contínuo da missão. Nosso privilégio, enquanto cristãos, missionários e agência missionária, só terminará quando Cristo voltar.
Acampamentos 2017: agenda atualizada Redação de Missões Mundiais
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onfira nesta edição de O Jornal Batista a lista completa, até o momento, com os eventos que a JMM está preparando para mobilizar as Igrejas Batistas brasileiras para a Campanha 2017, “Leve Esperança Até que Ele Venha”, através dos promotores voluntários de missões. As inscrições estão abertas no site www.missoesmundiais.com.br/relacionamento. Datas sujeitas a alteração. • 28/01/2017 - Piauí Segunda Igreja Batista Teresina Rua Coelho Resende, 780 Teresina - PI Contato: Evaldo e Vanete Teixeira - evaldoevanete@ jmm.org.br • 03 e 04/02/2017 - Rondônia Acampamento Batista Onna Bell Cox Av. Rio Madeira, Nova Porto Velho - Porto Velho - RO Contato: Erik Rafael – (14) 99143-6123 erik.rafael@ jmm.org.br
namento e Lazer (Sítio Silvânia) Estrada do Borralho, s/nº, loteamento 052, km 8, Aldeia - Camaragibe - PE Contato: Adriano Borges (81) 98209-8718 adriano. borges@jmm.org.br • 04/02/2017 – Minas Gerais Primeira Igreja Batista Governador Valadares Rua Afonso Pena, 2.826, Centro - Governador Valadares - MG Contato: José Rene Toledo - (31) 98744-1239 / 984855746 rene.toledo@jmm.org.br • 10 e 11/02/2017 – Amapá Igreja Batista Manancial Rua Sebastião Lamarão, 2.445, Novo Horizonte – Macapá - AP Contato: Luiz Henrique Carvalho - (91) 98449-7548 / 981462346 luiz.carvalho@jmm.org.br • 10 a 12/02/2017 – São Paulo Acampamento Batista Mary Elizabeth Vaughan em Sumaré Rua Projetada Dez - Sumaré - SP Contato: Cleverson Kauffman Bigarani - (11) 96622-5901 cleverson.kauffman@jmm.org.br
• 03 a 05/02/2017 - Nordeste • 10 a 12/02/2017 – Rio de CTBL – Centro Batista de Trei- Janeiro
• 18/02/2017 – Minas Gerais Segunda Igreja Batista em João Monlevade Av. Getúlio Vargas, 5.797, Carneirinhos - João Monlevade - MG Contato: José Rene Toledo - (31) 98744-1239 / 98485• 10 a 12/02/2017 – Região 5746 rene.toledo@jmm. Sul (Promotores) org.br Instituto e Acampamento Boa Terra • 18/02/2017 – Espírito Santo Rua Pr. Adolfo Weidmann, Acampamento Batista Capi2.514 - Piraquara - PR xaba Contato: Claudio Andrade - Rod. Pres. Costa e Silva, (41) 9216-1445 / 9185-8886 2.399 - Viana -ES claudio.andrade@jmm.org.br Contato: Gilnei Gil - (27) 99254-5273 gilnei.gil@jmm. • 11/02/2017 – Minas Ge- org.br rais Primeira Igreja Batista de • 25/02/2017 – Pará Seminário Teológico Batista Muriaé Rua Benedito Valadares, 106, Equatorial Rodovia BR-316, km 1, 6.241, Barra - Muriaé - MG Contato: José Rene Toledo Castanheira - Belém - PA – (31) 98744-1239 / 98485- Contato: Luiz Henrique Car5746 rene.toledo@jmm. valho - (91) 98449-7548 / org.br 98146-2346 luiz.carvalho@ jmm.org.br • 17 e 18/02/2017 – Norte Fluminense • 04/03/2017 – Tocantins Acampamento Rancho Bom Primeira Igreja Batista de Jesus Palmas Ernesto Machado - São Fi- Rua 504 Sul Al, 14, Plano Diretor Sul - Palmas - TO délis - RJ Contato: Alceir Inácio Fer- Contato: Luiz Henrique Carreira - (22) 99708-2031 / valho - (91) 98449-7548 / 99257-5849 alceir.ferreira@ 98146-2346 luiz.carvalho@ jmm.org.br jmm.org.br Acampamento Batista Fluminense em Rio Bonito Rodovia BR-101, s/nº, Zona Rural - Rio Bonito - RJ Contato: Silvio Camilo - (22) 99735-1157 / 99738-1264 silvio.camilo@jmm.org.br
• 10 a 12/03/2017 – Amazonas CAC – Completo de Adoração e Comunhão da Igreja Batista Constatinópolis Av. Leopoldo Peres, 419, bairro Educandos - Manaus - AM Contato: Elaine Barbosa - (92) 99261-2565 / 99607-6585 utakaroshan@gmail.com • 14 a 16/03/2017 – Região Sul (pastores) Hotel Renar Av. Beira do Lago, 150 - Centro, Fraiburgo - SC Contato: Claudio Andrade (41) 9216-1445 / 9185-8886 claudio.andrade@jmm.org.br • 24 a 26/03/2017 – Mato Grosso do Sul ACAMBAPI – Acampamento Batista em Piraputanga Contato: Marcia Carrilho - (67) 99323-8198 / 99620-2727 marcia.carrilho@jmm.org.br • 25/03/2017 – Minas Gerais Igreja Batista Central em Uberlândia Av. João Pinheiro, 2.001, Aparecida - Uberlândia - MG Contato: José Rene Toledo - (31) 98744-1239 / 984855746 rene.toledo@jmm.org.br
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Batistas sergipanos em Poço Verde - SE comemoram aniversário Culto de louvor e adoração
Sandra Natividade, membro do Conselho Editorial de OJB
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os dias 03 e 04 de dezembro de 2016 os Batistas poço-verdenses estiveram em festa celebrando o segundo aniversário de organização da Primeira Igreja Batista em Poço Verde - SE. As comemorações deste segundo ano como Igreja foram baseadas no tema: “Bendizei ao Senhor porque Ele é bom”, e a divisa em Salmos 100.4. O preletor oficial foi o pastor Sérgio Luis, da Primeira Igreja Batista em Heliópolis - BA, com participação do grupo da MCA local, grupo de louvor da Primeira Igreja Batista em Estância e Coral Retrô Master da Primeira Igreja Batista de Aracaju (PIBA) - este formado por jovens e adolescentes das décadas de 1980 e 1990 - apresentando musical sertanejo que tem levado pessoas a Cristo em praças públicas e Igrejas da capital e interior do estado de Sergipe
Participação do Coro Retrô Master
Há uma grande satisfação nessa celebração, pois o município, localizado na mesorregião Agreste sergipano, há aproximados 145 Km da capital Aracaju, enfrenta anualmente seca inclemente, presenciada não somente no campo, prejudicando a lavoura e os rebanhos, mas o ser humano, que sofre um calor extremo beirando a marca do insuportável. Em meio a esse fenômeno climático, a Primeira Igreja Batista de Aracaju (PIBA) foi instalar naquele município uma agência do Evangelho; já dizia Euclides da Cunha que “...O sertanejo é, antes de tudo, um forte”. O sertanejo enfrenta as adversidades com honra. Foi conhecendo essa realidade, que a instrumentalidade e visão missionária do líder Jabes Nogueira, pastor da PIBA, à época 1985, concretizou o ponto de pregação na residência de um sertanejo não evangélico, que assentiu sua casa como referência cristã
Batista até, naturalmente, a PIBA conseguir comprar um terreno para instalar-se. O município de Poço Verde fica na fronteira de Sergipe com a Bahia e quem delimita essa posição é o Rio Real. Apesar da localização na região que conhecemos como oeste (sertão), Poço Verde dominou por anos consecutivos a posição de maior produtor de feijão do estado de Sergipe e o 12º do país. Assim, os Batistas venceram mais uma vez as distâncias geográficas e continuam proclamando o Evangelho de Cristo nas cidades, povoados e vilas. Vencer enquanto Congregação, 29 anos pregando o Evangelho do Reino naquelas redondezas contou com a disponibilidade e compromisso de alguns abnegados, entre eles: missionárias Marinete, Nadja Matos, Sônia Cristina; evangelistas Jorge Marques e Décio Gueiros e os pastores Uzair, Paulo Sérgio dos Santos (por dois
Templo da Primeira Igreja Batista em Poço Verde - SE
períodos), Leilton, sua esposa missionária Yone, Damião Timóteo, José Geraldo Teodoro de Oliveira e Nelson Martins. Após esse período de mais de duas décadas, a Congregação tinha se firmado e estava com status de Igreja, nada a impedia de solicitar a PIBA seu concílio organizacional. É bom frisar que o implemento das benéficas Trans promovidas pela Junta de Missões Nacionais da CBB, no caso específico a Transergipana e, os impactos evangelísticos da Igreja-mãe, muito contribuiu para a edificação do trabalho em Poço Verde. O ato de organização oficial, através de Concílio, teve a seguinte composição: Paulo Sérgio dos Santos, pastor da Igreja-mãe PIBA (presidente e orador oficial); Antonio Cláudio Barreto Soares (examinador); Anamira Silvino Santos (secretária); diácono Antonio Fernando dos Santos (entrega da Bíblia) e diaconisa Laurita Santana Santos (oração consagratória). A
organização da PIB em Poço Verde aconteceu, portanto, em 06 de dezembro de 2014, pouco mais de um ano após as comemorações do centenário da denominação Batista em terras sergipanas. Foram eleitos para a primeira diretoria da novel Igreja: pastor Nelson Martins dos Santos (presidente); José Adriano de Góis (1º vice-presidente); Vilson de Oliveira Sousa (2º vice-presidente); Gildevan Pereira dos Santos (1º secretário); Aline Gardênia Matos Reis (2ª secretária); Maria de Lourdes dos Santos Góis (1ª secretária) e Jovenice Santos (2ª tesoureira). A estrutura da aconchegante Igreja demonstra o esmero de seus líderes; na área de sua propriedade vê-se duas belas construções o templo e, ao lado, um edifício que abriga auditório, cantina e salas destinadas às necessidades de espaço de suas promoções. A PIB em Poço Verde é um exemplo marcante de trabalho que prospera.
Conheça os Projetos sociais “Ensinai” e “Lar Batista”, que são realizados no Espírito Santo
Lar Batista em Serra - ES
Matheus Ramos, jornalista da Convenção Batista do estado do Espírito Santo
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esde fevereiro de 2015, o Projeto Ensinai tem mudado a realidade de várias crianças que moram na região do bairro da Penha, em Vitória – ES. O Projeto nasceu em uma parceria da Igreja Batista Monte Sinai e a
Local serve de amparo para as crianças da região
Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES), que enxergaram a necessidade de criar um local que pudesse servir de amparo para as crianças da região. “Nosso objetivo é dar suporte a essas crianças, evitando que elas fiquem na rua ou até mesmo em casa sozinha no horário em que não estão estudando”, relata Gecy Mary, coordenadora do Projeto.
Na base do Ensinai, as crianças aprendem sobre valores, comportamentos e, principalmente, sobre o Amor de Deus. O ensinai funciona de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, e recebe crianças de 04 a 06 anos de idade. Outro importante Projeto é o Lar Batista; fundado em 1949 por um grupo de mulheres Batistas, ainda hoje atua de forma relevante no
No Projeto Ensinai, crianças aprendem sobre o amor de Deus
acolhimento de meninas de 0 a 21 anos, que foram retiradas de suas casas pela justiça por alguma violação de direito. O Lar Batista fica no município da Serra, região metropolitana de Vitória, e é composto por duas casas, uma para crianças e outra para adolescentes, além de uma república para as meninas entre 18 e 21 anos. As meninas ficam no Projeto até que sejam adotadas ou
reintegradas às suas famílias. Enquanto isso, recebem toda assistência necessária para uma boa qualidade de saúde e educação, tudo fornecido de forma gratuita. Hoje, o Projeto é mantido pela CBEES e apoiado pela Prefeitura da Serra e algumas Igrejas. É o Plano Cooperativo investindo em vidas e ajudando a mudar a realidade de crianças do nosso estado.
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notícias do brasil batista
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ABIBET realiza 22a Conferência e aborda o tema “Centralidade da Bíblia na formação ministerial” Antonio Lazarini, professor, doutor, diretor da Faculdade Teológica Batista de Campinas - SP, segundo secretário da ABIBET
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ntre os dias 09 e 11 de novembro de 2016, nas dependências do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil em Recife-PE, aconteceu a 22ª Conferência da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET). O tema proposto focou na “Centralidade da Bíblia como elemento essencial na formação ministerial” e teve abordagens diferentes por três preletores que têm estado envolvidos com a Educação Teológica em diferentes estados de nosso país. O professor e doutor Antonio Renato Gusso, coorde-
nador do Programa de Mestrado da Faculdade Batista do Paraná, enfatizou em suas palestras a importância do despertamento vocacional fundamentado nas Sagradas Escrituras e que cabe às Igrejas, através de sua liderança, reconhecer, separar e encaminhar os vocacionados para uma preparação adequada e à altura do que Deus espera de cada um. Também enfatizou que os cursos de teologia devem prezar por um bom currículo, direcionados pelos objetivos do curso que, “Se for preparar para o Ministério da Palavra, a mesma tem que aparecer nele com muita força”. O professor e mestre Marcelo Ximenes, docente do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, trouxe uma apropriada palestra acerca da “Bíblia e a Espiritualidade do
Cerca de 100 pessoas participaram do evento e 20 instituições foram representadas
Pastor”, ressaltando a importância do pastor como “teólogo público”, isto é, aquele que é capaz de tratar de todas as áreas da existência humana com base nas verdades apresentadas nas Escrituras Sagradas. Segundo ele, o iluminismo é o fundamento do nosso tempo, que divide o mundo em duas realidades distintas: uma espiritual e outra material, transformando a Bíblia em um Livro que é
apenas confiável no âmbito religioso. Outra contribuição extremamente relevante foram as palestras ministradas pelo professor e mestre Luiz Sayão, que foi reitor do Seminário Batista do Sul – RJ, e que levou os participantes à reflexão acerca da necessidade de que o púlpito esteja alinhado com a exegese bíblica para promover a saúde das Igrejas, realçando a importância das
casas de formação teológica para a promoção da doutrina e da referência bíblica para o cristão da atualidade, até para saber viver em unidade e ser capaz de lidar com a diversidade presente em nosso tempo. Esses e alguns outros como o doutor David Bledsoe e doutor Reinaldo Arruda, trazendo informações denominacionais, fizeram da 22ª Conferência de Teologia da ABIBET um encontro muito significativo que concentrou cerca de 100 participantes e 20 instituições representadas de vários estados do nosso país. A diretoria da ABIBET registra uma nota de gratidão ao Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, na pessoa do seu reitor, doutor Lincoln Araújo, pela forma tão carinhosa e acolhedora com que recebeu este evento.
Batistas celebram o Dia da Bíblia em Anápolis - GO Marcos José Rodrigues, seminarista da Primeira Igreja Batista em Anápolis - GO
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omo bem escreveu o pastor Josué da Silva Andrade: “Dia da Bíblia - 2º domingo de dezembro - Dia de gratidão! Dia em que os cristãos agradecem a Deus pelas bênçãos. As bênçãos da Palavra eterna. A Palavra que é consolo nos momentos de aflição, que é luz nas horas incertas da vida, Palavra que é lâmpada para os nossos pés, que são vacilantes nos caminhos escuros... A Bíblia (...)”. Com o mesmo sentimento e convicção das palavras citadas acima, em 11 de dezembro de 2016 a Congregação Batista Betel no Vívian Parque, em Anápolis - GO, comemorou o Dia da Bíblia. A referida Congregação é dirigida pelo evangelista José Joaquim e pela esposa Maria Lima de Santana e faz parte do ministério da Primeira Igreja Batista em Anápolis-GO. Apesar do pequeno número de membros e congregados, a futura Igreja realizou uma linda homenagem a
Seminarista Marcos Rodrigues anunciando a Palavra de Deus no primeiro culto do dia.
2º culto - irmãos da Congregação em frente da casa da Missionária Maria Marques.
Evangelista José Joaquim entregando exemplares do evangelho de João.
Culto na casa da irmã Kaylla - 3º culto ao ar livre em comemoração ao Dia da Bíblia.
Palavra de Deus, em sua data comemorativa, o 2º domingo de dezembro. A homenagem teve início às 15h com uma mobilização em frente ao templo da Congregação e seguiu para outros pontos do bairro Vívian Parque e arredores do templo. A programação durou cerca de duas horas e envolveu vários irmãos da Congregação, que comemoraram o Dia da Bíblia evangelizando o bairro
através da entrega de vários exemplares do Evangelho segundo escreveu João, e da distribuição de folhetos evangelísticos. Ao todo, foram realizados três cultos ao ar livre e nas frentes de casas de irmãos e famílias da Congregação. Durante a programação foram entoados hinos do Cantor Cristão, a apresentação de um jogral e a pregação da mensagem da Palavra de Deus.
O evento chamou a atenção de muitas pessoas que estavam pelo caminho e nas ruas por onde percorreu o grupo de irmãos em Cristo. Algumas pessoas se aproximavam e vinham ouvir a Palavra de Deus. Atendendo ao convite Divino: “Ó terra, terra, terra, ouça a Palavra do Senhor!” (Jeremias 22.29). “Sim, a Palavra do nosso Deus permanece para sem-
pre, é o livro da humanidade...”. Disse o Imperador D. Pedro II: “Eu amo a Bíblia. E quanto mais leio a Bíblia, mais a amo!” (Jogral: “Salve o Dia da Bíblia” - pastor Josué da Silva Andrade). George Washington disse: “É impossível governar bem o mundo sem Deus e sem a Bíblia” (James C. Denison, 1995, p.11). Livro divino, dizemos nós, a Bíblia!
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ponto de vista
Os felizes Genivaldo A. Silva, pastor da Primeira Igreja Batista em Avaré-SP
“E
, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas” (Mt 5.41). Nos dias de Jesus, o seu povo era dominado pelos romanos, e havia uma lei que ditava: qualquer cidadão romano que estivesse carregando um fardo, e que encontrasse no caminho um judeu, poderia obrigá-lo a carregar o fardo por uma milha. Na Olimpíada do Rio, o atleta egípcio, o judoca Islam El Shehaby, após ter sido derrotado nas oitavas de final, recusou-se a cumprimentar o judoca israelense. O judoca justificou dizendo: “Apertar a
mão do oponente não é uma obrigação escrita nas regras do judô. É algo que acontece entre amigos, e ele não é meu amigo”. A intolerância é irmã da vingança, ambas são filhas do ódio, e geram filhos e netos com os mesmos sentimentos de ódio, rancor e vingança. Pessoas assim são intolerantes, não sabem o que é amar, não sabem mais nada sobre a importância de perdoar o próximo, de reverter, mudar, não conseguem levantar a bandeira da paz, do cessar fogo. Na Síria, os combates se intensificam em muitas cidades, principalmente em Aleppo, cidade que foi bombardeada novamente com bombas incendiárias, matando e ferindo dezenas de inocentes.
A intolerância está livre. Na cidade de São Paulo, um trabalhador humilde e honesto que ganhava a vida catando papelão e empurrava o seu carrinho (carroça) pelas ruas do Centro, acidentalmente, atingiu o carro de um jovem coreano. Foi o bastante para que esse jovem tirasse a vida do trabalhador com uma flecha que lhe acertou em cheio o pescoço. Jesus, com a voz suave e meiga, ensina algo novo, ensina sobre o amor, o perdão, a tolerância. No monte, cercado por milhares de pessoas e também por seus discípulos, Jesus propõe a eles um novo estilo de vida. Ele rejeita o que foi dito por várias gerações: “Olho por olho e dente por dente”, um
comportamento que gera um desejo de fazer justiça com as próprias mãos, de saciar uma sede que não passa nunca. Ele diz: “Não resista ao perverso”. Se alguém der um tapa na sua face, dê-lhe a outra também; se alguém quiser te processar e tirar a túnica, deixa que leve também a capa. Em outras palavras, não se vinguem, não odeiem, não sejam intolerantes. Confiem em Deus. Davi declarou no Salmo 36, “Quão precioso é Teu amor, ó Deus! À sombra das tuas asas os filhos de Adão encontram refúgio” (Sl 36.7). No monte, Jesus diz que “Felizes são os pobres de Espírito, pois deles é o Reino dos Céus; felizes são os que choram, porque eles serão consolados, felizes são os
humildes, porque herdarão a terra; felizes são os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia; felizes são os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus” (Mt 5.1-12). Essa é a recompensa para quem consegue ser tolerante, para aqueles que conseguem perdoar, que lutam contra os seus próprios sentimentos humanos, naturais e, normalmente, muito comum em nós. Jesus nos ensina sobre a importância de caminhar com um fardo que não é nosso por um percurso maior, mas com a firme convicção de que a pessoa que está do nosso lado não é o inimigo a ser odiado, mas sim, ser amado. Quando se entende isso, você é feliz.
realidades sem se acomodar, evolui e se transforma para buscar soluções sem perder a sua dignidade, atitudes próprias da fé em Cristo e visíveis nos filhos de Deus. Pensando em resiliência também como resultado de aprendizado e como algo que se desenvolve com a vida em comunidade, a Igreja é, sem dúvidas, uma comunidade de resilientes que aprendem e ensinam uns com os outros em amor (Colossenses 3.16). Essas pessoas resilientes encontraram na fé em Cristo o sentido para vida e experimentaram mudanças e transformações antes inimagináveis, ajudando e sendo ajudadas como partes do Corpo de Cristo. Por ser uma
comunidade da esperança e da mudança de vida, na convivência da Igreja, a troca de experiências e o testemunho de vida são ingredientes indispensáveis para a ajuda mútua que anima e fortalece indivíduos para que resistam nas crises, vençam as pressões da vida, não deixem de sonhar por causa de perdas e fracassos, recomecem sempre que for necessário, confiando sempre na Graça de Deus sobre elas e contando com a sua comunidade de fé. Crendo assim, que sejamos todos resilientes, vivendo e sendo transformados diariamente pelos valores do Reino de Deus, pois, em Cristo, somos sempre mais do que vencedores. Amém! Amém! E amém!
Igreja, comunidade de resilientes Javan Ferreira, pastor da Igreja Batista em Bela Vista, em Osasco - SP “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; e assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal” (II Co 4.8-11).
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nfrentando várias lutas e sofrimentos para superar obstáculos e vencer desafios, após experimentar decepções e frustrações, você não se abateu e nem desistiu, está vivo, é um vencedor pronto para começar mais um ano com propósito de vitórias afirmando em alto e bom som: “Grandes coisas vivenciei, graças ao Deus que é a minha força, louvado seja o Senhor da minha salvação!”. Se você assim exclama, você é uma pessoa resiliente e tem na sua fé em Deus o poder que lhe move na realização dos seus objetivos; e, para você, as dificuldades não são razão para desistir dos seus propósitos, mas oportunidades para desenvolver matu-
ridade emocional e espiritual encontrando novas soluções, superando-se. Hoje, fala-se muito de resiliência, capacidade que a pessoa tem de se recuperar com ou sem ajuda, característica de quem sobrevive em meio aos muitos desafios e dificuldades que fazem parte da realidade de todos os seres humanos. Assim, sabemos que resiliente é aquela pessoa que enfrenta as aflições com resistência e ânimo, suporta pressões, nunca desiste, demonstra capacidade de superação e de recuperação, adequa-se às circunstâncias adversas de forma criativa, cresce nas crises, aprende com as experiências negativas, posiciona-se convenientemente nas novas
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