OJB Edição 01 - Ano 2018

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 07/01/18

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXVII Edição 01 Domingo, 07.01.2018 R$ 3,20

Fundado em 1901

Integrantes da terceira turma do Radical Haiti voltam para o Brasil Um culto de gratidão a Deus recepcionou os jovens no dia 14 de dezembro de 2017, na sede de Missões Mundiais. Elen, Sarah, Mariana, Ruth, Viviane, Calene, Paulo e Lucas chegaram ao Rio de Janeiro um dia antes e participaram de uma série de atividades internas antes do tão aguardado reencontro com a família e suas Igrejas. Confira a matéria na página 11 Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Operação Jesus Transforma em Roraima alcança dezenas de famílias venezuelanas

Atuação paulista coopera para levar Evangelho pelo mundo; confira!

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Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

PIB em Jardim - MS recebe mais de 1500 crianças no “Oficina Kids 2017”

Saiba como se tornar um colaborador de O Jornal Batista

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Ano novo, vida nova?

Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

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uando pensamos no ano que se findou e no que esperamos viver no ano que se inicia somos levados a avaliar e sonhar. Avaliar é saudável quando o fazemos para crescer, para aprender com as experiências vividas, para recomeçar. Alguém transformou esta experiência em um poema anônimo chamado “Oração de Ano Novo”: À minha mesa, com tremor nos lábios, feita estava a lição. Querido mestre, dá-me outra folha nova, nesta só fiz borrão. No lugar da primeira tão suja, tão manchada, Deu-me outra limpa, imaculada. E em Seus olhos tristes eu vi um novo brilho. - Faça agora melhor, com mais cuidado meu filho - disse o Mestre. Com coração temente a Deus, vi passar o velho ano Erros, pecados, negligência e maldade... Perdoados e esquecidos pela Sua grande bondade. - Meu filho querido, faça um novo propósito, Venha andar comigo cada dia do novo ano! Sonhar faz parte da necessidade humana de esperar algo maior e melhor para o futuro. Viver com expectativa de crescer e melhorar é saudável e uma característica do discípulo de Cristo. Deus tem reafir-

! Aviso importante

mado o Seu compromisso de sempre nos ajudar a crescer e melhorar através da Sua Palavra: “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.”(Fp 1.6) Ao começarmos mais um ano dado por Deus podemos olhar para a vida de uma forma mais objetiva. Após ler as perguntas abaixo, coloque, em atitude de oração, uma ou duas frases que expressem o seu plano de crescimento para o novo ano que se inicia.

já lutou contra a depressão? Você costuma ficar com raiva por um período de tempo desproporcional? Você acha que possui um espírito crítico, ou uma atitude geralmente negativa? Você tem procurado amadurecer emocionalmente?

Vida Devocional - Você sabe para onde irá quando morrer? Você é controlado pelo Santo Espírito de Deus ou pelo espírito pecaminoso? Como está a sua vida devocional? Você tem estudado a Bíblia, a sós e em grupo? Você tem um filho na fé, um discípulo? Você tem um companheiro de fé com quem você ora e compartilha? Você tem regularmente adorado a Deus, participando dos cultos da sua Igreja? Você deseja experimentar mudanças para melhor em 2018? Escreva alvos maiores do que sua capacidade, alvos de fé para a sua vida. Guarde-os junto com sua Bíblia para orar diariamente por eles. Transforme seus alvos em ações práticas e compartilhe com seu pequeno grupo, irmãos e amigos, discípulo e discipulador, para eles orarem e ajudarem você a conseguir a vitória. E lembre-se: “Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá.” (Sl 37.5).

Relacional - Como está seu relacionamento com seus pais, seu cônjuge e seus filhos? Você tem amigos íntimos? Membros da sua família desejam passar tempo com você? Você tem feito novos amigos ultimamente? Como é seu reFísica - Você está com sobre- lacionamento com seus irmãos peso? Você está cansado, es- em Cristo? tressado ou sem forças? Como Vocacional - Como você você avaliaria sua nutrição pessoal e frequência de exer- avaliaria sua carreira até aqui? cícios físicos? Você é inten- Você está realizado profiscional na forma como trata e sionalmente? Será que é o momento para realizar algucuida de seu corpo? ma mudança? Você exerce Mental - Você acha que ain- sua profissão com “senso de da está aprendendo, não ape- missão cristã” ou só trabalha nas profissionalmente, mas para ganhar dinheiro e pagar também de forma mais ampla as contas? Como está o seu e geral? Você continua tendo ministério na Igreja? Você tem uma curiosidade intelectual produzido frutos? Desejo a você um feliz e sobre a vida? Você investe abençoado ano novo em que Finanças - Suas finanças você veja os seus sonhos transtempo significativo lendo livros e artigos que não fazem estão equilibradas? Se você formados em realidade! parte de suas áreas de interes- tem dívidas, como planeja se, apenas para “ampliar suas reduzi-las e eliminá-las? Você Seu pastor amigo, perspectivas”? Como vão seus tem reservas para cobrir um L. Roberto Silvado, estudos? Quais são os planos imprevisto ou algo inevitável? presidente da CBB Você tem sido fiel e regular para crescer? na entrega dos dízimos ao * Na página 09, você terá Emocional - É você quem Senhor? Você tem abençoado acesso a uma ficha de auxílio controla suas emoções ou são missionários, obras sociais e para a elaboração de novas elas que o controlam? Você sua Igreja com suas ofertas? metas para 2018.

A partir da primeira edição de O Jornal Batista do ano de 2018, todas as Igrejas vinculadas à Convenção Batista Brasileira passarão a receber o OJB apenas em formato digital. Pedimos que a liderança das Igrejas atualizem os seus cadastros de e-mail, para evitarmos equívocos.


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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU

“Som do Céu” (Dedicado à leitora Daisy uma reflexão sobre a questão Dias Ribeiro, de Brasília - DF) musical no meio evangélico brasileiro, talvez, relembranmbora tenha sido lan- do a hinodia tradicional. O çado em Brasília, em surgimento, em meados da 2009, o que demons- década de 80, do “gospeltra a falta de interco- -rock” (roque santeiro) alterou municação entre as Igrejas as formas, os estilos, os instrue instituições evangélicas mentos e os participantes da na Capital do Brasil é que, hinodia evangélica. somente agora, graças à gentiO 25º aniversário do evento leza da amiga Lourdes Lemos foi dedicado à discussão e deAlmeida, tomei conhecimen- bate por músicos de questões to do livro, contendo as opi- que interessavam à identiniões expressas, em palestras dade da música evangélica e debates, por 16 artistas, brasileira. No primeiro dia, as dentre os quais destacamos, palestras tiveram como tema devido à exiguidade do nos- “A música e os músicos na so espaço, Nélson Bomílcar, Igreja”. Jorge Rehder e João AlexanInicialmente, Nélson Bomíldre (São Paulo), Aristeu Pi- car (São Paulo) afirmou que res Júnior e Carlinhos Veiga “Perdura ainda uma mentali(Distrito Federal); ocorreram dade retrógrada e preconceino acampamento promovido tuosa, sem base bíblica e sem pela Mocidade para Cristo base histórica, de que existe (MPC), em 07 e 08 de abril uma música chamada sacra de 2009, com cerca de 120 ou profana para se executar, pessoas presentes. ouvir ou apreciar”; ele estava Rick Szuecs, para significar a contrariando o profeta Ezeorigem do Som do Céu, dese- quiel 22.26. nhou na capa um gramofone, Preferiu citar de Frank Schae não um computador. effer o livro “Viciados em MeO evento musical “Som diocridade”; este é o mesmo do Céu” surgiu em 1984 na autor de “Why I am an Atheist cabeça de Marcelo Gualberto Who believes in God” (Porda Silva, diretor executivo que sou um ateu que acredita da Mocidade para Cristo, em Deus), e não o seu pai, com o propósito de promover Francis August (1912-1984),

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famoso escritor, teólogo e pastor presbiteriano. Pouco tempo depois do acampamento da MPC, escrevemos: “O Protestantismo tomou posição contra o Humanismo, quando procurou a simplicidade nos atos de culto, para restaurar o equilíbrio entre Religião e Arte”. Francis Schaeffer censurou “A entrada do conceito humanista na Igreja Protestante” (ver: OJB, 02 maio 2010). Bomílcar repete uma ideia errônea a respeito do hino “Castelo forte”, de Lutero: era música popular em sua época (ver: OJB, 02 set 2007). Depois, citou Francis August Schaeffer (“O Deus que Intervém”), para reconhecer o quanto o Evangelho e a Igreja influenciaram as artes. Acabou por reconhecer também a necessidade de discernimento no uso dos gêneros musicais, apregoada pelo profeta Ezequiel. Afirmou que mais de 70% dos músicos das orquestras e dos coristas saíram de Igrejas evangélicas. Por que? Jorge Rehder (São Paulo) começou bem sua palestra ao salientar o fato de que “A maioria das Igrejas brasileiras usam excessivamente músicas importadas”. “A globalização,

a relativização da verdade, a pluralização de valores e crenças estão fazendo com que a Igreja corra o risco de perder o seu referencial histórico e profético”. Teve a coragem de dizer que “Nas últimas décadas, o ministério de música na Igreja local se tornou muito visível, resultando, muitas vezes, na autopromoção do dirigente ou de determinado músico ou grupo, onde a comunidade, não raramente, passa a ser um trampolim”. “A estética e a linguagem podem levar a uma emotividade exagerada, resultando, muitas vezes, em manipulação.” Concluiu, com ênfase: “A Igreja está fazendo o que dá certo, e não o que é certo”. Quais foram as reações do público às palestras de Bomílcar e de Rehder? Ficou evidente (ver: pp. 4951) a opinião de que grande parte das Igrejas, em todas as denominações, está seguindo o forte vento do mercado e da mídia. Os dirigentes do culto e da música estão à mercê dos “sucessos” (pessoas, grupos e estilos) e correm o risco de perder membros da Igreja. Quanto ao “sagrado x profano”, foi questionada a posição

de alguns músicos e cristãos que apreciam ou trabalham com músicas ditas “seculares”, para não dizer “profanas”. A conclusão foi que “Se deve analisar e apreciar a música a partir de suas qualidades estéticas”. No segundo dia, em continuação do tema, o palestrante principal foi João Alexandre (Campinas - SP). Com muita sinceridade afirmou: “O músico cristão não tem qualquer obrigação de tocar gratuitamente na Igreja, tem a liberdade de desempenhar, ou não, este ou aquele cargo dentro da Igreja local”. “O que tem surgido é um comércio voraz por parte de muitos aproveitadores”. A “oferta” não tem valor estipulado; o “cachê” é cobrado de acordo com as condições de cada trabalho.” A palestra de João Alexandre envolveu outros aspectos da vida profissional do músico. Quais foram as reações do público à palestra? Ele acha que devemos valorizar os hinos; eles não envelhecem. O momento vivido pela música evangélica, em 2009, foi muito criticado. Para João Alexandre, o melhor caminho é o diálogo com o pastor da Igreja. (continua)


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Dicas de sucesso para 2018, a partir do Pai Nosso! Roberlan Julião, pastor da Igreja Batista Teles de Menezes, São João de Meriti - RJ “Venha o teu Reino; seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mt 6.10) 1 - Evite a busca do reconhecimento humano. Deus vê você! (Mateus 6.5-6). Jesus demonstra ser contra a “ostentação de espiritualidade”. Faça o que deve ser feito, mesmo sem ser compreendido. Jogar para galera sempre vai ser uma incógnita. Pois quem está do seu lado, hoje, pode ser o seu maior inimigo, amanhã. As pessoas são voláteis. Quem vive de aplausos, dificilmente sobrevive às vaias que virão! 2 - Evite o superficial. Foque no essencial! (Mateus 6.7-8). Somos muito tentados a falar com Deus sem nos comunicarmos com Ele. Um pouco de quietude, meditação e contemplação pode fazer nossa oração nos ajudar a ver o que repetidamente oramos. Oração é relacionamento e relacionamento transforma! Que tal abrirmos mais o nosso coração para Deus, para per-

cebermos melhor como está o nosso coração? 3 - Você tem um pai no céu, para honrar com a sua vida! (Mateus 6.9). Que nossas orações não sejam meras palavras repetidas, cheias de interesses particulares. Mas, que desejemos honrar a Deus com as nossas vidas. Assim, vamos mostrar a grandeza do nosso Pai que está nos céus, quando as pessoas ficarem impressionadas com o nosso nível de excelência. 4 - Avance no Poder de Deus! (Mateus 6.10). Precisamos desejar o governo de Deus, a Sua vontade sobre nós; e buscar isso. Onde queremos chegar e que Igreja nós precisamos ser, para anunciar o Reino com o Poder de Deus? Não pela nossa condição, mas, pela nossa obediência. Não pelo nosso poder, mas, pelo poder do nosso Deus. Não por causa de quem somos, mas, de quem Deus é. Que Deus faça, através de você! 5 - Relaxe. Um dia de cada vez! (Mateus 6.11). Em vez de ficar preocupado com o dia seguinte, com o mês seguinte ou com o ano seguinte, que tal confiar que Deus vai cuidar do nosso “hoje”? Que tal, em vez

de pedir pelo “meu” pão, pedir pelo “nosso” pão. Que tal, em vez de ficar desesperado pela abundância de bens, vivermos contentes com o suficiente e necessário? Ter empatia, pensar no hoje e pensar no básico é melhor do que ser egoísta, ansioso e descontente. 6 - Perdoe. A vida segue! (Mateus 6.12). Já fomos salvos pelo que Jesus fez por nós, mas, precisamos renovar nossa pureza pessoal diariamente. Que tal nos importarmos mais com a nossa relação com Deus, arranhada pelos nossos pecados diários? Pessoas nos ferem com frequência. Entretanto, se queremos viver em comunhão com Deus, precisamos cancelar as dívidas de quem nos ofendeu. Quem não perdoa, está com sua comunhão prejudicada. 7 - Confie. Deus é maior! (Mateus 6.13). Sempre seremos tentados pelo maligno para desonrarmos, em vez de santificarmos o nome de Deus. É uma tentação confiar no poder humano em vez de desejar o Reino de Deus e a Sua vontade. O maligno nos tenta a querer sempre mais, em vez de nos contentarmos com uma vida simples. Somos

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Nada por mero interesse pessoal “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Fp 2.3)

ste texto de Paulo nos ensina sobre maturidade espiritual. A pessoa imatura é egocêntrica e, até, egoísta.

Seu interesse nunca é o bem do outro, mas seus próprios interesses. O imaturo acha que os outros sempre devem ajudá-lo. E que as próprias necessidades são as únicas que merecem atenção. O cristão maduro espiritualmente aprendeu de Jesus Cristo que, de acordo com Paulo, “Abriu mão de tudo o que era Seu”, por amor de nós. somente podemos imitar a Cristo quando nos submetemos ao Seu Espírito, que habita em nós. Viver o Amor de Cristo é viver uma vida dadivosa, sempre buscando o bem-estar do próximo. Nada por interesse pessoal.

tentados a ver as pessoas que nos ferem pagando pelo que nos fizeram. Só Deus para nos ajudar nesta luta. Ele tem poder para isso. Vamos continuar avan-

çando, submissos ao governo de Deus, perseguindo o querer de Deus, treinando aqui a vida de lá. Que 2018 seja um tempo novo para as nossas vidas!

que devemos nos purificar de toda impureza, tanto da carne quanto do espírito. “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si; Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Gálatas l 5.17; Romanos 8.8). Devemos bem entender que essa purificação é um processo contínuo em nossas vidas, desenvolvido por Deus, através de sua disposição em nos perdoar, mediante o nosso arrependimento e confissão de pecados

a Ele. Agindo assim, fazemos parte desse processo, com o Senhor, no trabalho do aperfeiçoamento da nossa santidade no temor do Senhor, como por Ele estabelecido no texto. Se você ainda não se entregou a Jesus para ser purificado dos seus pecados, faça isso o mais rápido possível. Não sabemos qual é o tempo da nossa vida. E seja, a partir daí, um participante ativo da purificação de suas impurezas e do aperfeiçoamento de sua santidade no temor ao Senhor.

“Não façam nada por interesse pessoal ou desejos tolos de receber elogios, mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos. Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros” (Fp 2.3-4).

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Diante das promessas do Senhor para nós Celson de Paula Vargas, pastor, colaborador de OJB “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne quanto do espírito, aperfeiçoando nossa santidade no temor de Deus.” (II Co 7.1)

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estacando a promessa maior de Deus para todos nós, de nos justificar dos nossos pecados, que Dele nos afasta e condena, mediante

o reconhecimento e admissão, pela fé, de que a morte sacrificial de Jesus é a oferta suficiente ao Senhor para nos purificar e nos reconciliar com Ele, somos, a partir desse posicionamento, responsabilizados a nos submetermos as ações contínuas do Espírito Santo sobre o nosso ser, com o objetivo de nos reformular espiritualmente, para um viver condigno com a nova criatura em nós, criada a partir da nossa rendição a Cristo Jesus como nosso Salvador e Senhor. Essa

reformulação consiste em admitirmos, de forma humilde e contínua, a purificação de todas as nossas impurezas. Apesar da nossa confissão de fé em Jesus, continuamos a portar um corpo corrompível por ofertas atrativas a ele, que contrariam aos princípios espirituais intrínsecos em a nova criatura formada em Cristo Jesus. A proporção que cedemos a essa corrupção, comprometemos o nosso ser espiritual, impossibilitando o agir de Deus em nós. Por isso, o texto diz


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A grande prioridade para 2018 Edson Landi, pastor, colaborador de OJB “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6.33)

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ano de 2017 chegou ao fim, e imagino que muitos já preparam aquela famosa lista de planos e promessas que, de fato, “não medirão esforços” para cumpri-la neste ano de 2018.

Imagino também que muitos ainda não compreenderam que o ano não é mágico, que o calendário não tem poder. Não há mudanças de hábitos se não houver esforço. Não há aprendizado ou crescimento se a diligência estiver sendo negligenciada. Antes que houvesse esse nosso calendário o ser humano já existia com os seus defeitos, sonhos, obstáculos e superações. A mudança que tanto almejamos depende de nós, de nossa postura diante de

Deus. Seremos melhores pessoas em 2018 dependendo da nossa obediência às Escrituras. Para que tenhamos uma vida diferente no ano vindouro precisamos definir qual será a nossa grande prioridade. Queremos melhorar, conquistar, crescer, estudar, trabalhar, etc. Mas se Cristo habita em nossos corações, é certo que nessa lista também se encontra os verbos perdoar, partilhar, entender, amar, orar, cultuar, amadurecer, contribuir, participar. Ou estou equivocado?

Jesus nos diz que a cada instante de nossa vida o que deve ser buscado primeiramente é o Reino de Deus e a Sua justiça. Se fizermos isso, com certeza as demais coisas as quais necessitamos nos serão dadas pelo próprio Deus, como: ânimo e saúde para trabalhar, sabedoria para educar os filhos, amor e respeito pelo cônjuge, sabedoria para controlar as finanças, autocontrole nos momentos de turbulência, compaixão para com os perdidos, tempo investido na leitura da Bíblia,

contribuição para a expansão do Reino de Deus, envolvimento nos projetos da Igreja e outras coisas que farão de nós pessoas melhores, nos ajudando a crescer como cristãos. Sendo assim, que em 2018 o seu coração almeje primeiramente que o Senhor reine sobre você. Tenha certeza que ao viver sob a autoridade, poder e graça do Rei dos reis, as demais coisas lhe serão acrescentadas. Que Cristo reine soberanamente em sua vida. Feliz ano novo!

Que o próximo minuto seja melhor do que o anterior

Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

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ssa frase nos remete um tom otimista. De preferência, devemos viver assim, com sentimento de esperança, confiando que dias melhores virão. O amanhã é um novo dia e

tudo poderá ser diferente. Não podemos viver olhando o retrovisor, mas o nosso foco deve ser o para-brisa. Olhar para frente, caminhar adiante. O doutor William Douglas é um juiz federal. Antes de ter alcançado essa função, atuou em diversas outras áreas. Ele relata que teve 14 empresas

e todas faliram. As pessoas olhavam para ele e não davam mais credibilidade. Mas ele olhava para frente, tinha foco, determinação; preparou-se e foi aprovado no concurso para juiz federal. É um exemplo de alguém que creu que o próximo minuto seria melhor do que o anterior.

Não perca o gás. Disse Jesus: “Tende bom ânimo”. Os problemas são fases, são transitórios, e nós os superaremos. Continue sonhando, Deus pode fazer um milagre em sua vida. Se uma porta se fecha aqui, outra porta se abre ali. Viva de forma progressi-

va, de modo maximizado, caminhando para o próximo ponto e superando os obstáculos. Fazendo isso, o próximo minuto será melhor do que o anterior. Deus é contigo! Jesus estará sempre com você até a consumação dos séculos; Ele nos fez essa promessa.


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A sabedoria do alto é tratável Rubin Slobodticov, pastor, colaborador de OJB

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ênfase é: sabedoria tratável, isto é, compreensiva: “A sabedoria que vem do alto, é, primeiramente, (1) pura, depois (2) pacífica, (3) amável (moderada), (4) tratável (compreensiva), (5) cheia de misericórdia e de bons frutos, (6) sem parcialidades (imparcial), e (7) sem hipocrisia (sincera)”. Sabedoria tratável é aquela se caracteriza como excessivamente afável, amável, benévola. Tratável é o que pode

ser tratado, simplesmente. O que não é tratável é entendido como sabedoria grosseira, desatenciosa, descortês, inacessível, indelicada. Tiago diz que a pessoa que é revestida da sabedoria que vem do alto, mostra, em suas palavras, mansidão, gentileza, moderação, paciência no encaminhamento (do caso). Por isso, sabedoria compreensiva é aquela que sabe distribuir seu conhecimento de modo apropriado, de modo que quem tem uma sabedoria tratável mantém seus laços com pessoas que desejam seguir as suas ideias, sugestões,

conselhos. Então, como é uma pessoa que possui esse tipo de sabedoria? Primeiro, é a que procura assemelhar-se a Jesus; ser parecido com Ele. Jesus sempre estava disposto a ajudar pessoas que precisavam Dele. Sempre O encontramos a demonstrar amor, praticando boas obras, a ponto de ser agradável; dificilmente, alguém O persuadia de deixar de realizar as obras a que fora enviado. Sabedoria tratável tem condições de cuidar, dar atenção ao seu próximo a ponto de influenciá-lo positivamente.

Segundo, é a que sabe tratar bem o seu semelhante. A sabedoria compreensiva sabe associar-se, transitar entre as pessoas; é acessível, tal como ensina Tiago: “Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras.” (Tg 3.13) É necessário entender que o coração é a fonte da vida que nos faz agir com sabedoria em qualquer situação. A Palavra é suficiente para nos orientar a evitar o erro, a incompreensão. Por isso, precisamos criar o hábito de ter uma vida

íntegra em todo e qualquer procedimento, de modo que a intenção do coração seja sempre agradável e de acordo com a vontade do Senhor, tal como está escrito: “Ouvi o ensino, sede sábios e não o rejeiteis.” (Pv 8.33) O rei Salomão recebeu a presença do Senhor, que lhe perguntou: “O que queres que Eu lhe dê”, e sabemos o que Ele recebeu e como procedeu com a sabedoria que veio do alto (I Reis 3.514). Que a Igreja proceda sempre com a sabedoria do alto, de forma tratável, compreensiva.

Deus sempre será conosco Silvio Alexandre de Paula, colaborador de OJB “O Senhor é quem vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te atemorizes.” (Dt 31.8)

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uantas vezes ficamos inquietos por um problema que estamos passando, por uma ocasião difícil, por um período angustiante? Quantas vezes deixamos que

o nosso medo cegue a nossa fé e nos faça perder o rumo da confiança em Deus? Não importam as circunstâncias, Deus é maior que tudo. Ele nos livra de toda e qualquer adversidade, precisamos confiar, ter fé. Devemos lembrar que Deus é bom e amável e, em todas essas vezes, Ele sempre nos acolhe e nos faz lembrar que nada é impossível para Ele e que o controle de nossas vidas está em Suas mãos. O Senhor irá nos ajudar, não por nosso merecimento, mas por Seu

infinito amor e misericórdia. Deus sabe que somos falhos e, nem por isso, desiste de nós. Ele sempre estará conosco para nos guiar, proteger e abençoar. Em Efésios 3.20, Paulo escreveu: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais infinitamente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.” O nosso Deus pode fazer infinitamente mais! Tal afirmação do apóstolo confirma uma verdade expressa nas

Escrituras Sagradas: Deus não depende de situações adequadas para realizar seus milagres. Ele pode todas as coisas e a Bíblia contém exemplos maravilhosos deste poder: a) Abraão gerou um filho tendo quase cem anos de idade e Sara, aos 90 anos! (Gn 17.17); b) O Mar Vermelho se abriu e o povo de Israel passou em seco. (Ex 14.21); c) Josué orou e o sol e a lua se detiveram por quase um dia. (Js 10.12-14);

d) Elias orou e o fogo caiu do céu sobre o altar no Monte Carmelo (IRs 18.38); e) Ezequias orou, foi curado e o relógio de Acaz retornou dez graus (Is 38.7-8); A maior prova de que Deus pode todas as coisas foi o envio de Jesus Cristo, o Seu Filho, para morrer a nossa morte e ressuscitar dentre os mortos. Em Jesus, o Deus Eterno demonstrou a grandeza do Seu Poder. Por conta disso, Ele deve receber toda hora e toda glória.


missões nacionais

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Compaixão e graça aos venezuelanos: voluntários participam de ação em Roraima

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Operação Jesus Transforma em Roraima alcançou dezenas de famílias venezuelanas com compaixão e graça entre os dias 08 e 17 de dezembro de 2017. Voluntários de todo o país promoveram atendimentos médicos e odontológicos, atividades com as crianças, além de levar o Evangelho aos imigrantes. Os venezuelanos têm buscado abrigo no estado, fugindo da crise econômica e política em seu país e tentando encontrar melhores condições de vida no Brasil. As famílias têm vivido em condições precárias nas ruas e abrigos. O Jornal da Globo em Roraima destacou o trabalho de Missões Nacionais entre os venezuelanos, mostrando os atendimentos feitos por médicos e dentistas. Muitos não tinham mais acesso ao sistema de saúde em seu país e careciam de assistência básica. Assista no link: https://youtu. be/VaHy7umfay4. Foram cerca de 50 voluntários, que se concentraram em um ginásio do bairro Tancredo Neves, em Boa Vista, onde cerca de 700 venezuelanos estavam abrigados no pátio e em barracas, dividindo apenas uma cozinha e alguns banheiros. Além dos atendimentos da área

de saúde, eles carecem de roupas, colchões e comida. No lado externo do ginásio, barracas da Defesa Civil abrigavam mais famílias, que viviam em condições precárias. Os imigrantes formavam filas para receber água, comida, medicamentos e itens de higiene pessoal. A missionária Germana Matheus, que coordena o Projeto

Novo Sorriso da Amazônia, participou dos atendimentos. Quatro dentistas, três médicos e três enfermeiras também fizeram parte da equipe. “As pessoas vivem no meio do pátio e algumas têm barracas. Quando chegamos tinha muito lixo, banheiros entupidos, precisamos limpar tudo, trocar canos. São muitas crian-

ças dormindo em lonas e redes. À noite, durante as refeições, foi um grande tumulto, com cerca de 900 pessoas. Elas têm vivido de forma muito difícil. É muito triste. À noite fica impossível de transitar e, infelizmente, lembra muito as cracolândias. São muitas pessoas e elas passam o dia inteiro dentro do ginásio”, relatou a missionária.

A Operação Jesus Transforma em Roraima terminou com uma ceia para os venezuelanos. Louvamos a Deus pelos voluntários e Igrejas parceiras da região e todo o Brasil que reuniram esforços para promover melhor qualidade de vida durante esses dias. Veja as fotos das ações em Roraima: https://goo.gl/nXrkFG.


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notícias do brasil batista

Atuação paulista coopera para levar Evangelho pelo mundo Redação CBESP

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ação missionária paulista sempre possuiu destaque no cenário Batista internacional, principalmente nas áreas de evangelismo e capacitação de suas lideranças”. Essa é a declaração do pastor Fausto Vasconcelos, titular da Igreja Batista da Liberdade, zona central da capital, e reconhecido por seu período nas lideranças da Aliança Batista Mundial (ABM) e da Junta de Missões Nacionais (JMN), ao ser questionado sobre a influência da obra do estado de São Paulo no resto do mundo. Pastor Fausto enfatizou ainda como o processo missionário dos Batistas do estado é significativo e mobilizador, citando inúmeras referências que ouvia durante seu ministério na ABM e líderes que foram destaque por seus trabalhos no estado, como os pasto-

res Rubens Lopes, Waldemiro Tymchak, Paulo Roberto Sória e João Marcos Barreto Soares. “Somos respeitados pela família Batista em todo o mundo”, declarou pastor Fausto sobre a presença do estado de São Paulo para o avanço do Evangelho. Além da participação missionária no exterior, a obra paulista é destaque também dentro do país. Segundo dados da JMN, existem hoje 9.468 parceiros paulistas da organização, com 92 missionários do estado atuando em diversas áreas do Brasil. No interior paulista, Bariri é um exemplo da missão estadual levando o Evangelho cada vez mais longe. Promotora da Igreja Batista do Estoril, em Bauru, Sandra Oliveira visitou algumas pessoas, intercedeu por elas e compartilhou a Palavra. Além de conhecer mais a cidade para plantação de uma futura Igreja. “Conseguimos entrar em algumas casas e orar com as pessoas.

ribeirinhas, na Amazônia. Ela e seu marido nasceram em São Paulo, e, ao perceberem a necessidade dessas comunidades, dedicaram suas vidas a esse trabalho. A equipe de 28 voluntários atende entre 20 a 30 crianças, em média, por comunidade, locais com inúmeras histórias de doenças. “Além do atendimento, podemos cuidar e apresentar o Plano da Salvação e o cuidado do Senhor para essas crianças”, afirmou a missionária, que está no projeto há quase dois anos. “Lutamos para que todos os paulistas percebam a necessidade do trabalho e do apoio à obra missionária”, declarou Germania, ao citar a importância da atuação do Germania atende criança Amazônia estado de São Paulo em MisEsperamos voltar lá para criarmos Fora do estado, a missionária sões mundo afora. mais relacionamentos”, afirmou da JMN, Germania AlexandriCom reportagem de GuiSandra. O município, com qua- no, participa do projeto Novo se 35 mil habitantes, ainda não Sorriso, oferecendo tratamen- lherme Soares, estagiário de possui uma Igreja Batista filiada à to médico e odontológico a jornalismo da Convenção BaConvenção. residentes das comunidades tista do Estado de São Paulo.


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PIB em Jardim - MS recebe mais de 1500 crianças no “Oficina Kids 2017”

Carlos Alberto Denardi, pastor da Primeira Igreja Batista em Jardim - MS

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Primeira Igreja Batista em Jardim - MS, junto aos integrantes do ministério infantil, liderados pela irmã Andréia Cuellar, realizaram no 25 de novembro de 2017 mais um evento “Oficina Kids 2017”, projeto missionário visando a evangelização de crianças e adolescentes na cidade de Jardim - MS. Mais de 1500 crianças, adolescentes e jovens estiveram presentes na “Oficina Kids 2017”, ouvindo e participando de toda programação evangelística apresentada pela Igreja.

Evento tem o objetivo de evangelizar crianças e adolescentes

O evento também contou com a participação musical da “Turminha dos Pequenos Atos do Rio de Janeiro”. Todos ficaram maravilhados com a apresentação, o que tornou o evento um grande marco no município.

Além de uma programação infantil bem organizada, os pais participaram de atendimentos sociais, o que abrilhantou ainda mais a programação. A Igreja investiu nesses serviços a fim de aproximar as famílias,

Pais das crianças receberam atendimentos sociais

em um dia de lazer e muitas brincadeiras para todos. “Foi um dia pra ficar marcado na história da nossa cidade”, relatou uma das mães que participou do evento. “Ficamos maravilhados com

ação do nosso Deus em nossa cidade”, disse Carlos Denardi, pastor da PIB em Jardim. Agradecemos a Deus por tudo o que nos proporcionou nesse dia, e todas as orações do povo Batista brasileiro.


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Recepção calorosa ao Radical Haiti Willy Rangel - Redação de Missões Mundiais

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pós 11 meses, os oito integrantes da terceira turma do Radical Haiti voltaram ao Brasil, e um culto de gratidão a Deus recepcionou os jovens no dia 14 de dezembro de 2017, na sede de Missões Mundiais. Elen, Sarah, Mariana, Ruth, Viviane, Calene, Paulo e Lucas chegaram ao Rio de Janeiro um dia antes e participaram de uma série de atividades internas antes do tão aguardado reencontro com a família e suas Igrejas. Viviane dirigiu o culto, que contou com a participação dos colaboradores da sede de Missões Mundiais. Ela disse que, embora o coração ainda esteja no Haiti, foi muito bom saber que havia pessoas no Brasil prontas para receber a equipe. Sarah, que é a mais jovem do grupo, compartilhou um testemunho de como Deus fortaleceu sua fé Nele. Foi durante uma semana em que, junto a equipe, auxiliou voluntários de um orfanato. Esses voluntários participavam de pequenos grupos, e a voluntária que Sarah ajudou morava em uma comunidade bem humilde perto do orfanato. Mas além de ser simples, faltava o mínimo de estrutura, como água encanada e saneamento. Foi a primeira vez que teve contato com o contexto de pobreza em que vivem muitas pessoas no Haiti. “A voluntária, que estava bastante sorridente, levou um presentinho para as crianças e começou a cantar uma música, e com a ajuda de um tradutor local, leu um Salmo sobre confiar no Senhor. E eu pensava: ‘Meu Deus, confiança no Senhor e uma situação dessa’”, contou Sarah, que nesse dia reparou em uma senhora que observava tudo de longe. A Radical diz que aquela situação a fez ter raiva de si mesma, com uma mistura de sentimentos e indagações de como poderia alguém ir a um lugar onde as pessoas não têm nem o mínimo e dizer a elas para confiar em Deus. “Foi muito difícil para mim, e aos poucos o Senhor foi me confortando”, lembra Sarah.

Jovens do Radical e colaboradores da sede de Missões Mundiais participaram de culto de gratidão

Momento de louvor e oração

Paulo compartilhou testemunho

Terceira turma do Radical Haiti

No domingo seguinte à visita àquele lugar, a senhora que estava de longe atendeu, para a surpresa de Sarah, ao convite de ir à Igreja para o culto de Dia das Mães. E nesse mesmo dia, a equipe e outras pessoas

da igreja realizaria uma visita a um hospital, e a senhora também se ofereceu para ir e dar uma palavra de conforto e esperança aos enfermos. “Deus deu um tapa na minha cara. Você não pode di-

zer: ‘Eu não acreditaria [em Deus] se fosse aquela mulher’, pois quem convence do juízo e do pecado é o Espírito”, afirmou. “O Senhor me mostrou que, mesmo em meio àquela realidade, muitas

pessoas estão dispostas e acreditam nele de coração para levar uma palavra de amor a outras. Não precisamos fazer nada, pois somos apenas cooperadores do que Deus já faz”, destaca. Outro testemunho foi compartilhado pelo jovem Paulo, do Radical Haiti e segundo quem até pequenos gestos de cortesia e compaixão podem abrir portas para compartilhar o Evangelho. “Eu sempre vou me lembrar do Haiti porque foi lá onde aprendi a viver realmente uma vida de santidade”, diz Paulo. “A cultura haitiana não mostra muita gentileza para os outros, e é raro ver atitudes de compaixão”, destaca, antes de começar a contar seu testemunho. “Logo no começo, nós da equipe estávamos indo para um lugar, eu ainda não falava a língua, mas sabia dizer a alguém para tomar o meu assento. O transporte coletivo estava muito cheio, e havia uma senhorinha, porém, não havia lugar para ela. E ninguém mais perto se levantou para dar o lugar a ela”, relata Paulo. “Eu me compadeci daquilo e ofereci meu assento. Ela se recusou, pois foi um choque para ela, um estrangeiro oferecer lugar. Então eu a puxei e a fiz tomar o assento. Para ela, aquilo foi tão marcante que me abraçou depois e disse: ‘Ninguém me deu o lugar, e essa atitude foi de amor’. O abraço foi importante para mim, porque me vi confortado por ela, e ela se viu confortada por Deus”, ressalta. A mensagem foi trazida por Elen, a única integrante que já tinha ido ao Haiti antes do projeto, em 2013, pelo Tour of Hope. “Chamado” foi o tema da reflexão ministrada por Elen, para quem o servir deve ser feito com excelência. “Nossa comunhão precisa estar em dia, caso contrário, não conseguiremos entender o que o Espírito está mostrando no momento do chamado. E, então, cumpriremos o chamado com excelência”, concluiu. Para conhecer mais sobre o programa Radical, de Missões Mundiais, acesse: www.missoesmundiais.com.br/radical.


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Seja um colaborador de O Jornal Batista!

Envie notícias sobre a sua Igreja ou Congregação

O

Jornal Batista (OJB), órgão oficial da Convenção Batista Brasileira (CBB), existe desde 1901, e durante todo esse tempo conta o que os Batistas têm realizado no Brasil e no mundo. São aniversários de Igrejas, ordenação de pastores, trabalhos missionários e muito mais. Talvez você não saiba, mas também pode ser colaborador de O Jornal Batista. Todos os que são membros de Igrejas Batistas vinculadas à CBB podem enviar textos de reflexão, opinião ou notícias sobre sua Igreja, Congregação ou Organização que faz parte. Na seção de reflexão, os textos tratam dos mais variados assuntos, como família, Igreja, missões, até assuntos do cotidiano, como política e economia, por exemplo. Também se enquadra nesta parte textos alusivos a datas comemorativas, como Dia das

Mães, Dia das Crianças, entre outros. Diversos pastores e irmãos colaboram com O Jornal Batista nessa área, entre eles, Edson Landi, pastor da Igreja Batista no Jardim Guanabara, em Campinas - SP. Segundo ele, as colaborações para o periódico tem fortalecido a sua vida espiritual. “Tem me ajudado muito na minha caminhada com Cristo”, diz o pastor. A decisão de enviar suas contribuições para a redação de O Jornal Batista veio após um período apenas como leitor. “Depois de muito tempo sendo um leitor, senti no coração o desejo em ser um colaborador, enviando para o Jornal aquilo que entendo ser relevante e que possa abençoar os meus irmãos em cada canto desse país. Assim, passei a enviar os meus escritos e, para a honra e glória do nosso Deus, os mesmos foram (e ainda estão sendo) publicados”, completa o colaborador.

Outro irmão que passou pela mesma trajetória foi Wanderson Miranda de Almeida, que se diz abençoado por fazer parte da história dos Batistas através do envio de textos para OJB. “Ser um colaborador de O Jornal Batista é gratificante. É abençoador saber que estou ajudando a abençoar pessoas de todo o Brasil com minhas meditações. Enquanto for a vontade de Deus, continuarei escrevendo e pedindo que ‘minhas’ meditações possam abençoar vidas”, ratificou. Com um tom mais opinativo, a seção Ponto de Vista abre espaço para aqueles que querem expressar suas opiniões sobre determinado assunto, seja ele de cunho eclesiástico ou não. Nessa parte, também temos as colunas Fé para Hoje e Observatório Batista, dos pastores Oswaldo Jacob e Lourenço Stellio Rega, respectivamente. Já em Notícias do Brasil Batista, publicamos o que tem

acontecido ao redor do Brasil. Não precisa ser jornalista ou pastor para escrever, basta seguir as orientações dadas pela redação de OJB, através do e-mail que consta no expediente do Jornal. Paloma Furtado, responsável de OJB, é quem edita os textos que são publicados semanalmente no Jornal. Segundo a jornalista, um texto para ser publicado precisa ter as seguintes características: “Em primeiro lugar, não fugir das Escrituras, é preciso que o texto esteja pautado no que diz a Palavra de Deus, assim como, que esteja dentro da visão dos Batistas e de sua doutrina”, diz a editora. De acordo com ela, um segundo aspecto muito importante é a clareza nas palavras e frases. “Muitas vezes, escrevemos como falamos, mas a linguagem escrita tem as suas peculiaridades e a gramática precisa ser respeitada. O ideal é que cada leitor, seja uma

criança ou um idoso, consiga ler e entender a ideia que o autor quis passar no texto. Na vontade de explicar detalhadamente, às vezes, o autor torna-se repetitivo”. E ela dá a última dica: “A melhor forma de escrever um bom texto é colocar-se no papel de leitor, ler e reler o texto diversas vezes e, claro, não deixar de lado o nosso querido amigo dicionário, inclusive, de sinônimos, para nos ajudar a elaborar um texto rico em vocabulário e conteúdo”, finaliza. Além disso, o texto deve seguir o seguinte padrão: Texto entre 1500 e 3500 caracteres (contando os espaços); Créditos (nome, cargo e Igreja onde é membro) - somente membros das Igrejas Batistas filiadas à CBB; Até quatro fotos (todas com legenda). O conteúdo deverá ser enviado para decom@batistas. com ou editor@batistas.com

Aviso importante As inscrições para a 98ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, que será realizada em Poços de Caldas - MG, entre os dias 26-29 de abril de 2018, deverão ser feitas pelo site www.convencaobatista.com.br. Para esta edição do evento, não teremos a ficha de inscrição publicada em O Jornal Batista. Fique atento para não perder o prazo das inscrições!


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OBITUÁRIO

Recordações de uma amiga: Dorotha Dell Lott, a amiga Doth Audiva Barbosa Sanches

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m 14 de junho de 1935, na Geórgia, nos Estados Unidos, nascia uma futura missionária. Filha de Edgar Allen e Lola Lott, Dorotha Dell Lott estudou, buscou preparo, escolheu o Brasil para ser o seu campo missionário e sua segunda Pátria. Deixou os pais, a irmã, muitos amigos e um amor que não tinha vocação missionária. Depois de algum tempo estudando a nova língua, ela chegou à Igreja Batista em Cachambi - RJ no dia 25 de maio de 1966, por carta da Igreja Batista Bonfim, em Campinas - SP. Liderou os jovens da Igreja, foi professora da Escola Bíblica Dominical (EBD), preparou e apresentou lindas peças teatrais. Seu fusca ajudou aos seminaristas da Igreja na locomoção da Tijuca até Cachambi, onde a Igreja Batista era conhecida como um local que amava os seminaristas e os tinha em seu rol de membros. Os maridos iam de ônibus e, na época, as três esposas grávidas e dois filhos menores iam todos em seu fusquinha. Muitas alegrias, risadas e muitas histórias foram vivenciadas naquele fusquinha missionário. Logo nos tornamos muito amigas. Passei a receber aulas de inglês e a dar a ela aulas da nossa língua portuguesa.

São ricas lembranças da nossa amiga Doth em Cachambi, que enchem o nosso coração de saudades. Em 08 de janeiro de 1974 Doth se mudou para Brasília, acompanhando, a serviço, o missionário Kolb. Visitou a Primeira Igreja Batista do Guará - DF, sob a liderança do casal pastor Alfon e Norma Kruklis. Foi muito bem recebida. Como em Cachambi, logo fez profundas amizades e integrou-se no trabalho dos jovens, quando ajudou a muitos a seguirem os caminhos da verdade em seu preparo para a vida. Várias foram suas atividades na Igreja, inclusive, pregações nos cultos dos anos 1974 a 1976. De Brasília, mudou-se para Goiânia, passando a cooperar com a Igreja Batista da Vila Coimbra 0 GO, sob a liderança do pastor Edivaldo Batista. No campo Goiano, atuou como secretária Executiva da JUBEG e diretora Executiva do departamento de Educação Religiosa da Convenção Goiana. Foi coordenadora estadual da JCA - UFMBG, professora e coordenadora acadêmica do Seminário Teológico Batista Goiano e conselheira das Uniões de Mocidade e Educadora Religiosa da PIB Vila Coimbra. Transcrevemos aqui parte do texto de Carmelita Graciana, por ocasião de sua despedida do Brasil, publicado no Batista Goiano, exemplar número 91, de 1999.

“No dia 03 de dezembro, às 20 h, no templo da Igreja Batista em Vila Coimbra, teve lugar o culto de despedida da missionária Dorotha Del Lott, que deixa Goiás após 35 anos de trabalho pela Junta de Richmond, retornando aos Estados Unidos da América, por ocasião de sua aposentadoria. O trabalho de Doth na denominação foi sempre marcado pela disciplina e organização, tendo como traços inerentes ao seu caráter, verdadeiramente cristão, a sinceridade e equilíbrio, o que lhe possibilitou uma atuação firme e constante, sempre abundante na obra do Senhor.” O adeus a Doth reuniu cerca de 300 pessoas para se despedirem de sua querida missionária. O ponto alto foi quando um dos seus ex-pastores indagou: “O que levas menina? Nunca pediste para ensinar ou pregar. Fizeste discípulos, mas não batizastes, mas, deixaste aqui o exemplo de uma crente. Tomara que em tua lápide tumular gravem esta inscrição: ‘Dorotha Del Loth, sobretudo, crente. Porque foi o que foste pequena’”. Todos os testemunhos sobre Dot salientaram o caráter discreto e incansável de seu trabalho, conformando-se nos bastidores, onde edificou vidas, que hoje atuam tanto na denominação como na sociedade goiana em geral. Após o voo 309 da Varig, às 17h25, do dia 15 de dezembro de 1999, a denominação

Batista neste estado terá vivido dois momentos em sua história. Um antes e outro depois de Dot. A amiga, mãe e avó de uma grande família que jamais lhe dirá Good Bye. Desejará apenas dizer até logo, enxugando uma última lágrima de eterna gratidão pelo amor inexplicável de Deus que chamou aquela jovem, há 35 anos, há milhares de quilômetros do nosso país para executar uma obra proposta em seu próprio coração, no coração de Deus e no coração do Brasil. Ao que ela respondeu: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. De 08 a 17de maio de 2006 fui visitar Doth em sua casa, em Savannah. Foram momentos alegres e tristes, ao mesmo tempo. Ela estava se desfazendo de suas coisas pessoais para mudar-se para um abrigo de idosos. Suas economias e salário não davam mais para manter sua casa, carro e cuidar da saúde. Senti a tristeza em seus olhos, ao se despedir de amigos e colegas de trabalho na Igreja, onde exercia a função de professora da EBD. Esses amigos foram sua família que a visitavam e a acompanhavam no abrigo até seus últimos dias, já que seus pais e irmã faleceram durante o tempo em que trabalhou no Brasil. Chorei ao retornar ao Brasil, sentindo a dor da amiga. Ainda tive o privilegio de visitá-la mais uma vez no abrigo, acompanhada do meu

esposo, pastor Julio Sanches, e meus amigos, o casal pastor Isac e Helena Silvano. Já estava bem esquecida da nossa língua, porque só tinha à sua volta amigos americanos. Levou-nos ao seu quarto. Que emoção! O armário estava forrado de fotos da nossa família e cartões de Natal que enviávamos a cada ano. A doença já a consumia. Eliminou o computador porque seus dedos entrevados não lhe permitia mais digitar; não poderia mais enviar suas cartas com notícias. Permaneci fiel a nossa amizade, enviando, em seu aniversário e no Natal, uma lembrança e nosso cartão familiar. Dos Estados Unidos, recebemos a notícia, através de sua amiga missionária Margaret Johnson e de Janilda Ichter: “Dot Lott foi promovida à glória hoje, dia 04 de agosto de 2017, às 06h15, no Medical Hospital of Geórgia”. Segundo informações do amigo e ex-missionário no Brasil, David Hodges, seu culto memorial foi dia 11 de agosto de 2017, na Bull Street Baptist Church Savannah GA. Muitos amigos estiveram presentes, como pastor David e sua esposa, a ex missionária no Brasil, dona Hilda Cowsert, com seus 88 anos. Fica para nós a saudade e gratidão pela vida profícua dessa grande missionária. Obrigada, Senhor, pelos anos que Doth dedicou ao nosso povo brasileiro.


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Eusvaldo G. dos Santos, colaborador de OJB

O

Hino 560, do Cantor Cristão, é especial para a noite da passagem de ano, pois diz: “Rompe aurora, vai embora, mais um ano de labor, não temamos, prossigamos a lutar com mais ardor”. Coragem, o ano novo vem aí, eu e você teremos muita coisa a fazer, pastor, diácono, professor, leigo que compõe a Igreja de Jesus Cristo. Com a permissão do pastor Hernandes Dias Lopes, para usar o capítulo I do seu livro “Vencendo gigantes”, cito: “Os gigantes que nos assustam existem e são reais, estão espalhados por toda parte; eles cruzam os nossos caminhos para nos desafiar e instalar medo em nossos corações. Esses gigantes podem ser, pessoas, hábitos, sentimentos, circunstancias, criticas, e, até mesmo, o próprio trabalho cristão, e o próprio ministério. (O grifo é meu) Fabricamos esses monstros em nosso laboratório do medo e eles se levantam contra nós

ponto de vista

O ano de 2018

para nos atormentar, tomam conta da nossa mente, assentam-se no trono dos nossos corações e nos castigam impiedosamente. Muitos podem sofrer, como Elias, a síndrome do medo. Em 2018 teremos que vencer o gigante do pessimismo e do humanismo, que tem tomado conta das nossas Igrejas, e o pecado vai sendo substituído por conta da conveniência em geral. Pedro andou sobre as águas, enquanto seus olhos estiveram fixos em Jesus. O milagre estava debaixo dos seus pés, mas, no instante que ele sentiu o vento, o barulho das ondas, seu coração encheu-se de medo e ele começou a afundar. Não podemos desviar os olhares do Autor e Consumador da nossa fé. Enfrentaremos o gigante da crise econômica, o mercado de trabalho será mais escasso, nessa ideia global onde os ricos tornar-se-ão mais opulentos e os pobres mais desesperados. Consumimos hoje cinco vezes mais do que a geração passada, o luxo de ontem é a necessidade de hoje. Coisas

materiais estão tomando conta das pessoas; hoje a filosofia é ter e não ser. A vida cristã não vai ser uma colônia de férias, mas um verdadeiro campo de batalha, onde o gigante maior será a ausência de Jesus Cristo, na vida e nos lares. Mas, lembre-se que você e eu fomos alistados nas fileiras daquele que saiu para vencer. A corrupção dos valores, a delinquência, o paganismo cultural, a desmoralização da família, a moral denuda, a falta de motivação pelas coisas espirituais, serão mais fortes. Mas, o apóstolo João disse que é maior o que está em nós, do que o que está fora de nós. Paulo disse aos Colossenses que Cristo em nós é a esperança da glória. Pastor Shedd tem um livro, cujo título, é: “O Mundo, a carne e o Diabo”. Em 2018, esses três monstros atacarão a Igreja com maior intensidade, por isso, precisamos estar de arma em punho, não para cortar a orelha, mas a cabeça do gigante. Deus convocou um jovem para vencer os midianitas. Ele

convocou o povo e foi muita gente, Deus disse para os covardes e os medrosos voltarem para casa, restou apenas 300 e a vitória foi total. Paulo nos ensina que temos que lutar contra as potestades, contra o príncipe das trevas deste século e contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais. O ministério vem sendo atacado pelo gigante da ganância. A música, na liturgia, parece não ter sentido de glorificação. Não estamos contribuindo como o plano de Deus foi programado, os crentes sonegam o dízimo e os líderes têm que fazer parte dos meios ante bíblico para sustentar a obra. Toda visão é em reais. Por exemplo, uma cantora pediu R$ 25 mil para apresentação de uma noite. Gastamos mais com a máquina administrativa, do que no campo missionário. Vivemos a síndrome da megalomania dos templos suntuosos, cada um maior que o outro. Mas não devemos nos preocupar, Deus, na pessoa de Cristo, vai separar o trigo e o joio. Para os demais dirá:

“Nunca vos conheci”. O pastor Dami Ferreira, diz: “a identidade é indispensável e inevitável. Para isso, cada pessoas tem um nome, com característica única”. Lembre-se, em 2018, de que o comprometimento com Cristo e com a Igreja nos dará força para vencer o que nos sobrevier. Não podemos desviar os olhares do nosso objetivo, que é glorificar e honrar o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Lembre-se cada pessoa significa algo diferente para você e para Deus. Tem um livro, com o título: “Floresça onde está plantado”. Mesmo que você não faça parte da constelação de líderes, ou nem queira ser um carvalho, seja uma “pequenina onze horas”, que quando amanhece louva a Deus pela noite de sono. O Salmista diz: “Deitei e dormi por que o senhor me sustentou” (Sl 3.5). Não esqueça que você foi salvo pela graça, que é o favor que não merecia, e que Deus prova o seu amor para conosco de tal forma, que Cristo morreu por nós sendo nós ainda pecadores.

Placas de advertências aos pais Silvio Lamêgo, pastor da Segunda Igreja Batista de Aracaju - SE “Por isso, Paulo os advertiu: ‘Senhores, vejo que a nossa viagem será desastrosa e acarretará grande prejuízo para o navio’. Mas, o centurião, em vez de ouvir o que Paulo falava, seguiu o conselho do piloto e do dono do navio. Começando a soprar suavemente o vento sul, eles pensaram que haviam obtido o que desejavam; por isso, levantaram âncoras e foram navegando ao longo da costa de Creta. Pouco tempo depois, desencadeou-se da ilha um vento muito forte” (At 27.9-14)

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oda viagem exige o mínimo de segurança. Para isso, precisamos obedecer à sinalização. Em nosso compromisso como pais, Deus também nos mostra placas de advertências às quais devemos ficar atentos. Deus usou Paulo para advertir a tripulação do navio em que

viajava. Uma tempestade estava se aproximando, mas aqueles homens não deram ouvidos à voz do apóstolo. Atos declara que “Começando a soprar suavemente o vento sul” (Atos 27.13), eles não foram capazes de perceber o perigo iminente. Nesse ponto é que o cenário da viagem muda radicalmente. O que era uma brisa suave, transformou-se em um vendaval implacável, uma tempestade voraz. De forma semelhante, alguns pais se descuidam da realidade à sua volta, confiantes em si mesmos, em suas posses, em suas conquistas materiais. Confiam em sua vaidade pessoal, em seu tempo de Igreja, prosseguem em sua caminhada sem perceber os sinais, sem notar que a sua volta seus filhos estão gemendo. Sim, eles estão sofrendo logo ali perto deles. A bordo do “barco família”, talvez, alguns pais estejam como aqueles tripulantes, confiando em uma suposta segurança. Muitos pais, afirmam: “Sou membro da Igreja e levo meus

filhos à EBD todo domingo”. Sim, é verdade. Porém, podem vir grandes tempestades e revezes na família. É preciso que os pais aprendam a usar o “botão de desligar”, nenhum filho menor de idade paga internet, nem também compra jogos eletrônicos, nem celulares. Tudo que passa pela porta de casa os pais devem saber e ficar atentos. Se assim for feito, não haverá ameaças externas. O vendaval pode estar tão perto de nós, que é preciso observar as placas de advertências, por isso, aquela desculpa de que: “Meu filho não desliga o celular, ele não sai da internet” ou ainda “Não sei mais o que fazer com meu filho, ele não quer mais ir à Igreja”. A culpa pode ser dos próprios pais. Infelizmente, muitos não discipulam os filhos para Deus. Eles “terceirizam” essa tarefa apenas levando os filhos à Igreja e pronto. Mas é em casa que os pais devem discipular os filhos. Como disse Moisés, o discipulado de filhos acon-

tece assim, com todas “Essas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração” (Dt 6.6). Deus disse para Moisés que eram todas as palavras que Ele, o Senhor ordenou e que estão no coração dos pais. Ou seja, para que pais sejam discipulares dos filhos, eles devem ter as palavras de Deus em seus corações primeiro, pois somente assim poderão ensinar aos filhos em todo o tempo. Ensine com persistência; isso é lutar pelos filhos, entregar a Cristo. Ensinar sobre Deus aos filhos não deve ser uma tarefa pesada, deve, sobretudo ser em todo tempo, e de maneira agradável, conversando quando em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar (Deuteronômio 6.6-7). Se os pais não forem corajosos, determinados e decididos o suficiente para usar o “botão de desligar”, para voltarem aos princípios bíblicos, determinados a buscar mudança de vida, investir tempo com qualidade na vida

dos filhos, com o discipulado integral, talvez, o “barco família” não suporte o primeiro vendaval. Precisamos discipular os nossos filhos em todo o tempo. Com Deus, estamos certos de que a nossa viagem pode ter intempéries e até mudança de rota, mas, o destino final jamais será alterado. Essa é uma verdade que deve nortear o nosso coração. Minha oração é para que os pais aprendam a enxergar as placas de advertência apresentadas por Deus, tomando a decisão de usar o “botão de desligar”. Que o “barco família” não naufrague diante dos desafios da vida, que os pais percebam que discipular os seus filhos é mais importante do que presenteá-los com coisas materiais, que os filhos aprendam a confiar em Deus, preparando-se, assim, para dias tempestuosos e que os nós, pais, sejamos corajosos e determinados para investir tempo de qualidade na vida dos nossos filhos.


o jornal batista – domingo, 07/01/18

ponto de vista

Vanderson Garcia da Silva, psicólogo - analista do comportamento, psicoterapeuta cognitivocomportamental, membro da Segunda Igreja Batista em Cabo Frio - RJ

Dicas para fortalecer os teus relacionamentos intencionais

“A vida é difícil, e nós podemos torná-la ainda mais difícil através dos nossos déficits comportamentais!”.

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ivemos hoje um momento maravilhoso no meio da nossa denominação Batista. Os princípios da Igreja Multiplicadora têm se expandindo para cada estado e cidade do nosso país. Não iniciou-se agora e, muito menos, é um assunto novo, mas, hoje, é enfatizado e partilhado entre a maioria dos Batistas. Quando falamos de relacionamento com pessoas não cristãs, o relacionar poderá ser fácil para alguns, mas muito difícil para outros. Talvez, ao ler sobre isso, você esteja se identificando ou tenha feito, alguma vez, a seguinte questionamento: “Eu sei o que preciso fazer, mas não consigo me relacionar”. Talvez, esteja com dificuldade de quebrar paradigmas e, até mesmo, colocar em prática aquilo que tem aprendido. Afinal, em muitas situações somos ensinados sobre o que deve ser feito, mas não somos ensinados em como fazer.

José Manuel Monteiro Jr., pastor, colaborador de OJB “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.” (Ap 2.4)

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essa passagem, Jesus aponta essa realidade para os irmãos da Igreja de Éfeso. Eles, na caminhada cristã, haviam perdido este fogo, a chama do primeiro amor. Quais são as razões que nos levam a abandoná-lo? Perdemos o primeiro amor quando passamos a ler os outros e não detectamos a nossa falência espiritual (Apocalipse 2.2). Os crentes de Éfeso conseguiam discer-

Entendemos por muito tempo que não podemos “ser do mundo” e, com isso, confundimos a importância de estar perto do que é do mundo. Logo, nossos relacionamentos ficaram muito restritos as amizades do contexto eclesiástico. Com a Junta de Missões Nacionais (JMN) investindo e dedicando-se a resgatar esses princípios da evangelização discipuladora, que envolve o relacionamento “intencional e discipulador”, é exigido um desenvolvimento não só espiritual, se é assim que posso dizer, mas também de aprendermos a desenvolver habilidades sociais. Habilidades, essas, que muitos não desenvolveram através do seu histórico familiar social e outros que deixaram de praticar pelos motivos apresentados acima. O não relacionar-se com outras pessoas de forma intencional, não se restringe somente as explicações espirituais, mas, também, ao desenvolvimento de habilidades psicológicas para alcançarmos esses objetivos. Sabemos que alguns terão essas dificuldades ao se relacionar com pessoas que nunca viram ou que precisarão resgatar relacionamentos antigos. Inclusive, relacionar-se com pessoas inconvenientes, corações duros e com baixa tolerância a frustração. Portanto, exigirá de cada um

de nós habilidades, como: saber iniciar e manter conversa, conquistar pessoas, empatia, resolução de problemas, autorregulação emocional, sensibilidade e tolerância a frustração. Por isso, darei algumas dicas de como tornar seus relacionamentos intencionais mais saudáveis e consistentes. As dicas não esgotam e nem substituem trabalhos complementares, como: Treinamento de Habilidade Social ou psicoterapia. 1. Mostre interesse pela pessoa - Faça com que a pessoa sinta-se importante, mas faça com sinceridade. As pessoas gostam de se sentir importantes. Em uma conversa, pergunte e mostre interesse por aquilo que ela faz, gosta, etc. Cabe um autoconhecimento das tuas necessidades emocionais, também. Perceba se você não fica com desejo de falar sobre você. Talvez, a necessidade de reconhecimento e atenção poderá atrapalhar o início dessa relação. Saiba que haverá outros momentos para você falar de você. Mas não esqueça que nos primeiros momentos você deverá mostrar interesse pela pessoa e por aquilo que ela faz. 2. Mostre interesse por aquilo que a pessoa fala - É comum quando alguém está contando algo que fez, o ouvinte cortar e contar uma outra novidade por cima. Talvez, você esteja lembrando-se de alguém que

age assim; não é ruim? Então, evite fazer o mesmo. Isso faz com que o assunto não se desenvolva e torna você uma pessoa chata. Vamos ao exemplo: - “Olá, fui ao cinema ontem”; - “Ah, que legal! Também fui semana passada”. Assunto encerrado. Pessoas com necessidades de reconhecimento e atenção costumam contar o que fizeram sem que ninguém tenha perguntado. No diálogo acima, o assunto poderia ter sido desenvolvido e demonstrado interesse pelo ouvinte, fazendo perguntas do tipo: “Qual filme você viu?”; “O que mais gostou?”; “Foi com quem?”; “Qual cinema?”; “Que horas?”. 3. Não critique, não condene, não se queixe - A ansiedade de querer ver o nosso discipulando tendo um encontro com Jesus é muito grande. Mas, se houver excessos quanto a essa espera, provavelmente atrapalhará todo o processo. Para qualquer tipo de relacionamento, antes de intervir, devemos conquistar as pessoas para nós. Às vezes, fazemos o contrário. Então, ouça. E, quando ouvir, ouça novamente o seu discipulando. Promova um ambiente acolhedor. Lembre-se que acolher não é aceitar os erros e concordar com eles, mas torne essa relação atraente para eles sendo um bom ouvinte. Incentive os outros a falar sobre eles mesmos.

4. Baixa tolerância a frustração - A nossa expectativa diante de um resultado poderá trazer grandes frustrações para nós. Não confunda frustrações com fracassos. A vida é feita de frustrações e com elas aprendemos. Além de nos relacionarmos com pessoas com baixa tolerância, nós mesmos, os discipuladores, poderemos agir da mesma forma, quando nossos discipulandos não aceitarem os convites de ir aos cultos, quando aquilo que foi falado durante a semana não foi cumprido por eles, enfim, todas as atitudes que seu discipulando tiver ao contrário do que a Bíblia diz e aquilo que você tem ensinado poderá fazer com que você desista pelo caminho e acabe rotulando, como, por exemplo: “Ele não quer nada”, “Tem gente que não quer, não adianta forçar”. Mas como praticaremos a fé, o perdão, o amor, a esperança e tantos outros valores sem as circunstâncias? Entenda que todas elas vêm para moldar o seu caráter, também. Talvez, o coração duro do seu discipulando servirá para que você exercite mais sua fé, a oração, o amor, a misericórdia e a graça. Então, veja as circunstâncias difíceis que você tem passado nos seus relacionamentos discipuladores como algo a ser tratado e desenvolvido por você. Relacionamento discipulador é uma via dupla.

nir, na comunidade, os mentirosos, os que agiam contra a doutrina, mas não percebiam que eles estavam sem ardor, sem paixão. Eles já não se deleitavam no Senhor. Perdemos o primeiro amor quando caímos no ativismo sem vida com Deus (Apocalipse 2.2). João diz que Jesus conhecia o trabalho, as obras daqueles irmãos. O teólogo Russel Shedd, diz que os irmãos de Éfeso formavam uma “colmeia industriosa”. Por vezes, nos envolvemos em diversas atividades na Igreja, sem nos preocuparmos em nutrir a nossa vida espiritualmente. Vida com Deus precede trabalho para Deus. Perdemos o primeiro amor

quando valorizamos a ortodoxia sem a ortopraxia (Apocalipse 2.6). Enquanto a ortodoxia - “orthos” (reto) e “dóxa” (opinião) é a crença correta, a ortopraxia -“órthos” (reto) e “praxe” (pratica) é a prática correta da crença. Não basta ter a doutrina certa, é necessário colocar todo esse conhecimento em prática, para abençoar o próximo. Crentes que só tem a ortodoxia tornam-se pessoas áridas, religiosas. Existe a possibilidade de voltarmos ao primeiro amor? Creio que sim. De que maneira? Em primeiro lugar, é necessário estar nas mãos do Pai (Apocalipse 2.1). Hernandes Dias Lopes, diz: “O verbo

(conserva), no grego Kratein, significa: ‘Segurar com firmeza, ter totalmente dentro das mãos’”. Só está nas mãos do Pai aquele que tem prazer em estar em Sua presença. Quem está nas mãos do Pai não perde o fogo, a paixão, o ardor pelo Senhor e Sua obra. Em segundo lugar, caindo em si. “Lembra-te, pois, de onde caíste” (Ap 2.5a). O filósofo ateniense Sócrates, certa feita, afirmou: “A vida não examinada não vale a pena ser vivida”. É fácil enxergar o cisco no olho do outro e não perceber a trave que está em nossos olhos. Esse autoexame é importantíssimo, é enxergar o que somos e reconhecermos que necessitamos da graça

bendita e redentora do nosso Deus. Em último lugar, arrependimento. “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te” (Ap 2.5a). Não há libertação, cura, restauração onde não há arrependimento. O pastor e escritor Ed. René Kivitz, diz: “Quem se arrepende passa interpretar de maneira diferente as coisas que sempre enxergou, e também passa a enxergar o que antes era incapaz de perceber. Arrependimento é a experiência de enxergar o Reino de Deus e com ele todas as implicações das exigências da vontade de Deus”. Atentando para esses princípios, voltaremos ao primeiro amor.

Voltemos ao primeiro amor


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