OJB EDIÇÃO 03 - ANO 2022

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ANO CXXI EDIÇÃO 03 DOMINGO, 16.01.2022

R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

FUNDADO EM 1901

Durante 24 horas, nos dias 07 e 08 de janeiro, os Batistas brasileiros se uniram em oração pelos trabalhos da 101a Assembleia da CBB, em Vitória (ES). Conheça todos os motivos de oração na página 9.

Dicas da Igreja Legal

Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

Regimento interno para Igrejas

Alcançando a nova geração

Ajude a Bahia

Até logo

Coluna fala sobre importância de documento no ambiente eclesiástico

Trabalho da JMN em Maceió-AL beneficia crianças no Projeto VIVER

CB Baiana atua nas cidades atingidas pelas enchentes no estado

Junta de Missões Mundiais homenageia pastor Geraldo Rangel

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 16/01/22

EDITORIAL

Ainda não é sobre a Assembleia

Apesar de esta ser a edição do domingo 16 de janeiro, ainda não é a edição que vai falar especificamente da 101a Assembleia da Convenção Batista Brasileira. Isso porque, entre outros motivos, o prazo para que este material fosse enviado à gráfica, era o dia 10 de janeiro, ou seja, o início da chamada Semana Batista. Então, não teríamos tempo, nem conteúdo. Mas, mesmo assim, temos bons des-

taques para a terceira edição de OJB em 2022. Temos novidade na denominação. O primeiro destaque é a Vigília de Oração pela 101a Assembleia da CBB. Ao todo, 24 horas de muita oração por esse grande movimento dos Batistas brasileiros, suas organizações e outros motivos. O evento aconteceu do dia 7 para o dia 8 de janeiro e separamos a página 9 para apresentar todos os motivos

de intercessão lembrados nesses dias. Outra informação importante é a divulgação do coordenador interino da Juventude Batista Brasileira (JBB), Sérgio Almeida, informado no dia 5 de janeiro. Ele já fazia parte da equipe da JBB, como coordenador de Comunicação e Marketing. Na página 12 apresentamos mais informações sobre o líder. Esperamos que a 101a Assembleia da CBB esteja abençoando a sua vida,

através dos louvores, mensagens, testemunhos e decisões. Muito em breve, as páginas de OJB contarão a história deste capítulo importante de nossa história. Que Deus te abençoe! n Estevão Júlio

jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade

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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA


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DICAS DA IGREJA LEGAL

A importância do Regimento Interno para a Igreja local Jonatas Nascimento Lá se foi o tempo que as Igrejas podiam nomear dentre os seus membros pessoas leigas para elaborar o seu estatuto, o seu regimento interno e outros documentos. Os tempos mudaram e com eles as legislações pertinentes às Igrejas e demais organizações religiosas, de modo que um pequeno descuido pode ensejar grandes dificuldades para a Igreja, tanto interna quanto externamente. Antes de prosseguir, recomendo às Igrejas que não deixem de atualizar o seu estatuto e também o seu regimento interno, evidentemente contando com a assessoria jurídica de um profissional especialista em Direito Religioso - aquele que sabe separar temas estatutários de temas regimentais; que conheça sistemas de governo das diferentes denominações; aquele que sabe o que é cláusula de segurança ou cláusula pétrea; que saiba abordar no estatuto questões novas, tais como a) inserção de atividades típicas das organizações da sociedade civil (saúde, educação e assistência social), sem risco de perda da imunidade tributária, b) possibilidade de realização de assembleias presenciais, virtuais ou

híbridas; c) regras parlamentares; d) serviço voluntário em espaços eclesiásticos etc. Não raras vezes chegam à minha mão estatutos eivados de erros que mais expõem do que protegem as Igrejas. Estatutos mal elaborados, cheios de temas regimentais, mal redigidos, cheios de erros ortográficos e de pontuação; cheios de ambiguidades e despojados dos requisitos essenciais previstos especialmente no Código Civil, em seu artigo 46, que diz: I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores e dos diretores; III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. Portanto, não é o leigo membro da Igreja ou mesmo o profissional do Direito sem conhecimento de causa que produzirão o melhor estatuto e o melhor regimento interno para a sua Igreja.

No dizer do competente Gilberto Garcia, mestre em Direito e especialista em Direito Religioso, estatuto deve ser feito sob medida, tal como um terno. Portanto, nada de copiar estatuto alheio. Cada Igreja tem lá suas particularidades. Recentemente fui convidado para comparecer ao cartório competente de registro para discutir uma questão vista como controversa pela sociedade pós-moderna. A questão tratava de uma Igreja que estava atualizando o seu estatuto para se proteger contra temas polêmicos. Convidei para me acompanhar o pastor presidente da Igreja interessada. A certa altura sugeri uma redação mais amena para o estatuto e outra mais contundente para o regimento interno, com o que concordaram a oficial de registro e o pastor. A meu juízo, o estatuto deve ser enxuto. Deve-se limitar a questões exigidas pelas leis pertinentes, ressalvando que a Igreja terá regimento interno e este deve contemplar questões internas da forma que bem entender, obviamente observando o bom senso, a ética, a civilidade, a urbanidade e outros princípios que devem nortear a boa convivência. Para ilustrar a nossa conversa na-

quela oportunidade, lembrei-lhes que esse tempo está tão complicado que até mesmo aquela tradicional cláusula estatutária presente em todos os estatutos de Igrejas Batistas, que diz que “a igreja admitirá como membros pessoas que aceitam voluntariamente a Bíblia como regra de fé e prática” ou que tenham como dever “manter uma conduta compatível com os princípios espirituais, éticos e morais, de acordo com os ensinamentos da Bíblia Sagrada”. Mas aí vem a pergunta: Qual Bíblia Sagrada, se há dezenas de versões e muitas delas falsificadas? Não seria prudente às Igrejas especificarem as versões confiáveis? Nota: um bom exemplo vem da Primeira Igreja Batista em Itaipuaçu, no município de Maricá, região litorânea do Rio de Janeiro: em apenas duas reuniões a Igreja estudou em profundidade ponto por ponto e aprovou por unanimidade o seu estatuto. Levado ao cartório, o registro se deu em tempo recorde. n Empresário contábil, diácono Batista e autor da obra “Cartilha da Igreja Legal” E-mail: jonatasnascimento@hotmail.com WhatsApp: (21) 99247-1227


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REFLEXÃO

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João Batista, o servo que exaltou Jesus! Olavo Feijó

pastor & professor de Psicologia

Ano Novo: Deus está conosco “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco” (Mt 1.23). Marinaldo Lima

pastor, colaborador de OJB

Hoje os homens dão vivas a São João Sem se importarem com esta idolatria. Fazem as imagens e acendem velas E o homenageiam com pirotecnia. Soltam os fogos e queimam as fogueiras; Fazem suas preces e andam em procissões. Não estão buscando o Onisciente Deus; Não sabem que só Ele ouve as orações.

João Batista viveu em simplicidade E cumpriu a missão; anunciou Jesus. Foi o precursor do Filho de Deus, Aquele que trouxe a verdadeira luz. Ensinou as verdades do Reino de Deus E apresentou Jesus como o Cordeiro Que tira o pecado de todo o mundo E apresenta o caminho que é verdadeiro.

A Bíblia nos revela que o Universo foi criado por Deus: “No começo, Deus criou os céus e a Terra” (Gn 1.1). A complexidade do Universo precisou de uma entidade que o administrasse de acordo com os critérios divinos. “Deus disse: agora, vamos fazer os seres humanos, que serão como nós,

João Batista foi obediente a Deus, Viveu como servo e testemunhou. Quando perguntaram se ele era o Cristo Ele respondeu dizendo: “Eu não sou.”

Batizou o Mestre nas águas do Jordão. Falou sobre a justiça que o Senhor exige, Sobre o arrependimento e a salvação.

Andou pela Judeia e pregou no deserto;

“É necessário que Ele cresça e eu di-

que se parecerão conosco. Eles terão poder sobre os animais domésticos e selvagens e sobre todos os animais que se arrastam pelo chão. Assim, Deus criou os seres humanos, Ele os criou parecidos com Deus” (Gn 1.26-27). Cristo é o maior presente: Ele descreve como o eterno amor de Deus veio ao mundo garantindo, em Cristo, a nossa vida eterna, com Ele. No Novo Ano que se inicia, vivamos a eternidade do “Deus conosco”.

minua” Falou João Batista em sua humildade. Pois só Jesus Cristo, Senhor dos senhores É digno de louvor por toda eternidade. n

Buscar em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça Davi Nogueira

pastor, colaborador de OJB

No evangelho de Mateus, capítulo 6, versículo 33, está recomendado que devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e Sua justiça. Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus significa pensar mais em Deus. Buscar a

justiça de Deus significa obedecer as leis de Deus. As demais coisas nos são acrescentadas ao fazermos isso. Deus cuida das nossas vidas. Estamos no começo de um novo ano. Os nossos corações estão cheios de expectativa. Temos emoções, anseios, sonhos e Deus sabe das nossas necessidades. Façamos a nossa parte

e o Senhor fará a dEle. Que possamos orar mais, adorarmos, servirmos na obra. As leis de Deus, os Seus ensinamentos, vamos obedecer. Significa uma vida aonde não vamos celebrar o pecado, mas uma vida de santidade. Ser santo é ser amável. Ser santo, santificado é ser um pacificador. É isso que devemos buscar em 2022.

Deus acrescentará bênçãos em nosso viver. Nas nossas famílias, em nossas Igrejas, na sociedade. Vamos buscar a Deus no início, no meio e no final de 2022. Ou seja, durante a integralidade do ano de 2022 estaremos conectados com Deus. Nada poderá nos afastar do amor de Deus. Que eu e você sejamos cheios desse profícuo amor. n


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Consagre ao Senhor seus dias Jeferson Rodolfo Cristianini pastor, colaborador de OJB

Mais um novo ano chegou. Muitas oportunidades. 365 novos dias, caso o Senhor permita. Teremos muito tempo para administrar em 2022 e nossos valores poderão ser vistos a partir da escolha em relação ao tempo. Nossa gestão dos dias que recebemos de Deus revela nossos valores e nossas escolhas diárias revelam quais são nossas prioridades. É difícil entendermos que o tempo é um dom divino, pois Ele nos dá a vida, mas que nós não podemos voltar no tempo. O que precisamos aprender e reaprender sempre é fazer uma boa gestão do tempo que Deus nos dá. É claro, que nossa existência depende do Senhor e que a vida está em Suas mãos, por isso, sempre falamos, antes de qualquer planejamento “se o Senhor quiser” (cf. Tiago 4.15). Se o Senhor quiser nos abençoar com a vida em 2022, teremos 365 oportunidades para cuidarmos bem dessa preciosidade que recebemos dEle. A forma como cuidamos do que recebemos do Pai revela nossa maturidade espiritual, nossa sabedoria e nossa reverência ao Senhor. Nossa vida contemporânea é agitada e marcada pela pressa, mas vale lembrar que Deus não está com pressa, pois Ele faz tudo em seu determinado tempo (cf.

Eclesiastes 3.1). Vivemos na correria desenfreada. Todos os dias precisamos escolher como administrar nosso tempo e como investi-lo. Temos muitas coisas para fazer e falta-nos tempo. Alguém sabiamente já disse que a questão do tempo tem a ver com a prioridade, e por isso a desculpa “não tenho tempo” revela que aquela demanda não é prioridade. Nós priorizamos algumas coisas em nosso dia a dia que não são, de fato, importantes e relevantes para nossa vida, e deixamos de lado tantas outras coisas importantes no final da lista. Dessa forma, os dias vão se acumulando e desperdiçamos o tempo precioso que Deus nos deu para viver e ficamos frustrados com o padrão de vida que estamos levando, meses após meses. A procrastinação é uma das formas de desperdiçarmos nosso tempo precioso, pois ficamos “ensaiando” em fazer as coisas, em tomarmos posturas ou em promovermos mudanças, mas sempre relegamos para outro dia e os dias vão se acumulando, o que vai gerando frustração. O apóstolo Paulo afirma que precisamos “remir o tempo, porque os dias são maus”. Remir é um termo jurídico, que tem a ver em “readquirir algo” ou “tornar a obter”, dessa forma, precisamos ter o controle do tempo que recebemos do Senhor em nossas mãos. A orientação paulina é importante, pois Paulo

nos diz que os dias são maus, e por vivermos em dias assim, precisamos de discernimento espiritual para tomarmos o controle de nossa agenda para que não sejamos tragados por tantas distrações e não valorizemos os dias de vida que o Senhor nos dá. Se não assumirmos o controle do tempo que temos disponível, não valorizaremos o tempo dado por Deus e seguiremos desperdiçando nossos dias com demandas fugazes e efêmeras. Precisamos ser donos de nossa agenda e clamar ao Pai, sabedoria para usar o tempo precioso que recebemos. Não podemos desperdiçar o tempo que recebemos do Senhor, pois ele não volta mais. O teólogo e pastor Batista John Piper, nos aconselha assim: “Lembre-se, você tem apenas uma vida e foi feito para Deus. Não a desperdice”. Esse conselho de Piper nos leva a reflexão de como devemos viver. É um desperdício um dia em que não tiramos tempo para amar a Deus e ao nosso próximo, quando gastamos tempo querendo saber da vida das pessoas, quando gastamos energia com a ira e raiva, quando focamos na carreira e nos negócios em detrimento da espiritualidade e família, quando vivemos intensamente a procura de entretenimento e não temos tempo para as coisas realmente importantes. Os dias são maus, e por isso precisamos reas-

sumir o controle e a gestão do nosso tempo, pois cada segundo é precioso segundo a sabedoria bíblica. O teólogo Warren E. Wiersbe diz assim: “Na Bíblia, podemos encontrar pessoas bem-sucedidas que aprenderam a colocar seu tempo nas competentes mais do Altíssimo”. Coloque seu tempo, seus dias nas mãos do Senhor e Ele te ajudará você a ter uma vida de plenitude e você encontrará satisfação em seus dias. Que a nossa oração seja a mesma de Moisés que disse: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12). Aprendemos com Moisés a almejarmos um coração sábio, mas esse coração sábio é fruto da disciplina de contar os dias. Contar os dias tem a ver com o reconhecimento que cada dia é dádiva de Deus e que devemos viver de acordo com a Sua vontade. Contar os dias é sinal de temor a Deus, reverência e sabedoria. Só conta os dias, aqueles que valorizam o dom da vida, que buscam a sabedoria e que querem agradar a Deus. “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos” (Pv 16.3). Coloque seus dias nas mãos de Deus. Consagre ao Senhor os seus dias de 2022 e todos os seus dias. Feliz ano novo. Feliz 2022. n

Retrospectivas que nos dão esperanças Celson Vargas

pastor, colaborador de OJB

“Tomou então Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenezer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor” (I Sm 7.12). O findar de cada ano é o tempo das retrospectivas. Normalmente são promovidas pelas mídias, que via de regra as dirigem para as catástrofes ocorridas porque, infelizmente, ainda é o que produz maior atenção. Quero, entretanto, convidá-los a uma retrospectiva diferente. Vamos trazer às nossas memórias tudo o que o Senhor nos concedeu, não somente

no ano de 2021, mas também em todo o tempo de nossas existências. Começando pelo ano que se findou, quando passamos todos por momentos de grandes apreensões frente à COVID-19, que devastou o mundo como grande e mortífera praga. O que podemos ver nisso como boas lembranças? Primeiro, uma conscientização mundial de nossas fragilidades e limitações, pois, todos nos rendemos diante de um inimigo invisível, portanto, inatingível, esperando a qualquer momento sermos por ele alcançado. Notável é que essa rendição ocorreu em ordem decrescente, os maiores e mais poderosos foram os primeiros a irem a lona, suas poderosas armas

se mostraram totalmente ineficientes. Essa consciência deveria levar o mundo a ver as mãos de Deus nos balançar para crermos que em tudo dependemos Dele, e que nossas vidas, mesmo supostamente amparadas por nossos grandes recursos, são perfeitamente frágeis e instantâneas em se esvanecer. Segundo, devemos trazer à memória que estamos vivos, sobrevivemos a essa e a outras tantas catástrofes de ordem pessoal. Isso não pelas nossas defesas próprias, mas pela graça e misericórdia de Deus, que não tem preferências para manifestar Sua bondade aos bons e maus. “…porque Ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons,

e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mateus 5.45). Finalmente, pensemos nas misericórdias e longanimidade de Deus para com esse mundo de pessoas que cada vez mais se esquecem Dele, O maltratam com seus pecados, promovendo tantas coisas horrendas aos seus semelhantes. Ele já poderia ter colocado fim em tudo isso, como o fez na era diluviana. Não o fez até hoje, porque, por amor espera que todos se arrependam e aceitem a salvação por Ele enviada ao mundo para o salvar. Essa salvação é Jesus. “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Que essa retrospectiva te proporcione esperanças para o ano de 2022. Abraços. n


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Jesus no Templo José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB

Uma das percepções perdidas por nós e que tem afetado e muito a nossa forma de cultuar e adorar a Deus é a de que Jesus está no templo. Justamente por perdermos esta concepção que nos tornamos tão irreverentes, apáticos e cínicos diante de Sua presença. Ao lermos o evangelho de Marcos vemos que Jesus entrou no templo e passou a observar tudo o que se passava ali (Marcos 11.11). Nada fica oculto diante do escrutínio de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ao entrar no templo, o que Jesus percebeu? Em primeiro lugar, as falsas razões de alguns no ajuntamento de adoração (Mateus 21.12). Que triste espetáculo surge ante aos olhos de Jesus. Ele percebe que o templo estava sendo profanado. O templo parecia um mercado. Com muita tristeza que percebemos que alguns fizeram do ajuntamento do

povo de Deus apenas um bom negócio. Os cambistas não estavam para adorar, mas para negociar. Alguns entram no templo para fazer um “bom negócio com Deus”. São pessoas que veem ao templo para obter prosperidade, cura, milagres, mas não param para adorar e rasgar o coração diante do Deus Todo Poderoso. Hernandes Dias Lopes diz: “A casa de Deus havia perdido a razão de ser. Os sacerdotes a tinham transformado num mercado. O lucro tinha substituído o relacionamento com Deus”. Em segundo lugar, a atividade mecanicista dos religiosos no templo (Mateus 21.12). Já vimos que Jesus percebeu alguns fazerem do ajuntamento religioso um bom negócio. Entretanto, havia no templo não só aqueles que faziam os negócios, mas também aqueles que no templo se serviam do bom negócio. Havia os que vendiam, mas também os que compravam. O que eles compravam? Compravam o culto. A lei estabelecida no Antigo Testamento

determinava que quando alguém ía ao templo para cultuar devia levar alguma coisa. Pombinhos, animais para serem sacrificados. O adorador deveria investir e cuidar do animal para oferecê-lo em culto ao Senhor. Os que se serviam do bom negócio eram pragmáticos, eles não pensavam no que era certo, mas no que dava certo. Por que investir, cuidar de um animal se posso comprar pronto? O pragmatismo tem invadido de forma galopante os arraiais evangélicos. No intuito de ver a Igreja crescer, muitos capitulam-se ao que dá certo para vê-la cheia, e não aquilo que é certo. Prega-se o que as pessoas querem ouvir e não que precisam ouvir. Esse pragmatismo tem feito com que o evangelho fique desconfigurado. O pastor e escritor John MacArthur diz: “Nossa época é de pragmatismo, obcecada com o que funciona e menos preocupada com o que é verdadeiro”. Em último lugar, os que estão no

ajuntamento só para discutir doutrina e teologia (Mateus 21.15). Antes de mais nada quero dizer-lhes que pensar doutrinariamente e teologicamente é bom. O problema é que muitas vezes no ajuntamento religioso nos preocupamos em demasia com a teologia e a doutrina e nos esquecemos de contemplar as maravilhas de Deus. Os sacerdotes e escribas estão no templo muito mais preocupados em questionar a teologia de Jesus do que se deliciar com as maravilhas de Deus. Gente que está no ajuntamento somente teologizando perde a oportunidade de se encantar com a beleza das crianças. Perde a capacidade de se deliciar na adoração, de ver e sentir a manifestação do Espírito de Deus, porque está obcecado em encontrar alguma coisa que possa criticar assim como os sacerdotes e escribas fizeram. Que nosso conhecimento doutrinário e teológico não apague em nosso coração o fervor. n

Clube de crentes Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB

Existem muitos crentes em Jesus que parecem não saber o que é Igreja e pensam que estão numa espécie de “clube de crentes”. Um local em que todos vêm para colocar o papo em dia, rir e que nem precisa prestar culto. Para quê, né? Quem age dessa forma, não en-

tendeu nada o real sentido de Igreja: adoração ao Deus único e misericordioso, edificação através da porção de Palavra e evangelização dos que não conhecem a mensagem salvadora de Cristo. Cada pessoa pode guardar inúmeros segredos que somente o Senhor sabe, mas o segredo que o Evangelho nos contou, precisa ser revelado aos quatro cantos da Terra, para que toque

no coração dos incrédulos, através da ação do Espírito Santo. Quanta gente que caminha para a perdição eterna e não teve um encontro real e verdadeiro com Jesus Cristo? Preferem seguir os prazeres que o mundo oferece e dar as costas para quem pode ajudar em tudo nesta vida. A vida de comunhão entre os irmãos é válida e fundamental, mas não é o principal motivo de você, eu e todos

nós estarmos aqui. O amor de Deus que enviou Cristo para nos salvar é o motivo que nos une e, por isso, amar ao próximo é mais que um mandamento. “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor”, diz o Salmo 122.1. Peça a Deus essa alegria sem medida para que sua mente e coração se encha de louvor para adorar ao único e verdadeiro Senhor de nossas vidas: Cristo. n


MISSÕES NACIONAIS

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Trabalho missionário abençoa nova geração de Maceió

Thatiana Cordeiro

Redação de Missões Nacionais

Crianças e adolescentes de regiões mais vulneráveis do país estão constantemente expostas a situações que nem deveriam existir. Violência, falta de lazer, de estudo e até de alimentos e roupas. Dessa forma, um tempo importante e precioso da vida passa sem ser vivido em sua plenitude. Pela graça de Deus, iniciativas missionárias têm abençoado muitas famílias e levado qualidade de vida

para a nova geração. Esse é o caso do Programa VIVER, que apresenta três objetivos gerais: fortalecimento de vínculos sociais e familiares; prevenção ao uso de drogas, bullying, depressão, suicídio e exploração e violência sexual, através da construção de ambientes seguros e saudáveis; e evangelização discipuladora baseada nos princípios cristãos. No VIVER Maceió-AL, uma das ações acontece dentro das escolas, alcançando alunos, professores e demais funcionários, além das famílias

de cada um deles. Outra atividade é a inserção da prática esportiva na rotina de crianças e adolescentes, como forma de cuidado com a saúde e focando no aprendizado de disciplina e compromisso, por exemplo. As aulas de informática também têm sido uma grande bênção na capacitação dos alunos do projeto para os estudos e para o mercado de trabalho. Os computadores são utilizados como instrumento didático para estimular a aprendizagem, por meio de jogos interativos e de outros meios criativos.

Logo que começam a fazer parte do VIVER, crianças e adolescentes aprendem também a se relacionar com Deus. Eles descobrem que são amados e que existe uma vida de qualidade e esperança de dias melhores. Eles são discipulados, participam de estudos bíblicos e oram ao Senhor. Todas essas atividades são a demonstração do cuidado e do amor infinito do próprio Deus. Ore pelo VIVER, pelos missionários que atuam no programa e pelas crianças e adolescentes do Brasil! n


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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28 anos do Ministério de Comunicação da IB Neves-RJ: da criação ao boom digital, na pandemia Conheça a trajetória do ministério. Ministério de Comunicação da Igreja Batista de Neves, em São Gonçalo - RJ A Igreja Batista de Neves, em São Gonçalo-RJ, passou em 2020 por um momento difícil, até mesmo com o impedimento das comemorações de seus 90 anos, justamente em março, quando tudo parou devido à pandemia de COVID-19. De março a agosto, permaneceu apenas com as transmissões online pelo canal do Youtube e Facebook, dos cultos dominicais e durante a semana. Ao retornar, devagar, reunidos no Ginásio Pastor Alberto Araújo, em suas dependências, com todos os protocolos de segurança e distanciamento social, aproveitando o espaço que já foi em 2019, sede da 111ª Assembleia da Convenção Batista Fluminense. Durante este complicado período da pandemia de Covid-19 houve um saudável boom na ampliação digital nas redes sociais e transmissões dos cultos. Tudo que ainda engatinhava, cresceu de maneira mais rápida: o canal do Youtube (com cultos, vídeos), o Instagram (fotos e chamadas que atinge em cheio a juventude) e o Facebook, que já era mais utilizado há alguns anos, para divulgação das atividades, fotos das programações etc.

Pastor Leandro Ferreira e o diácono Rofa: gratidão pelos 28 anos no Ministério de Comunicação Ministério de Comunicação 28 anos: da criação ao boom digital O Ministério de Comunicação da IB Neves foi iniciado em abril de 1993 sob a coordenação do então jovem irmão Rogério Araújo, conhecido posteriormente como “Rofa”, que foi escolhido como “alguém para a área e muito criativo”, mesmo sem formação específica. Criando do zero, pôde desenvolver tudo como laboratório de estágio do Curso de Bacharelado em Educação - Teologia Cristã (Comunicação Social), do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (1996-1998): noticiário, correio mano a mano, mensagens especiais de datas mensais para a comunidade, boletim, Pare e Pense, Flashes Históricos Neves 70, Jornal Neves 8.5+, concursos

Noticiário dos cultos: apresentação do diácono Rofa

passou por quatro ministérios da Igreja, como coordenador do Ministério de Comunicação: pastor Alberto Araújo (1993-1996), pastor Luiz Roberto dos Santos (1996-2007), pastor Valtair Miranda (2008-2018) e pastor Leandro dos Santos Ferreira (2019-2021) e, conforme disse Eclesiastes 3, “Tudo tem o seu tempo determinado...”, deixou a coordenação, após todo esse período, porque o Senhor o direciona a outros desafios que Ele tem para sua vida e a de sua esposa Cristina, também vocacionada. Somos gratos a Deus pelo pioneirismo do trabalho desenvolvido e que Deus sempre dê a todos a oportunidade de contar com irmãos que coloquem o Reino de Deus adiante, de Neves até os confins da terra, para honra e glória do Senhor Jesus. E para que todos do Brasil Batista conheçam o trabalho nas redes sociais da IB Neves, seguem os respectivos endereços: Facebook: @ibn1930; Instagram: @ibaneves; Youtube: Igreja Batista de Neves.

literários, até chegar, mais recentemente, aos meios digitais que dinamizaram o trabalho e com uma dedicada equipe, com as transmissões online e redes sociais que aproximaram a todos, mesmo distantes fisicamente. Um envolvimento de toda a Igreja e outros ministérios no trabalho local, interno e externo. Rofa, escritor, jornalista, colaborador de O Jornal Batista, diácono consagrado e vocacionado por Deus, buscou os estudos seculares para suas formações, além de religiosa: Propaganda e Marketing, Letras (Língua Portuguesa/ Literatura), Filosofia, bacharel em TeoE para contato direto com o diácono logia (FABAT), Jornalismo, Pedagogia, Rogério Araújo (Rofa): pós-graduações teológicas e, mais, reE-mail: rofa.jornalista@gmail.com; centemente, conseguindo o título de Instagram/Facebook: @rofarogemestre em Estudos Literários (UERJ). rioaraujo  E, ao longo desses 28 anos e meio, n

Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE, celebra aniversário de 87 anos Comemoração aconteceu em novembro de 2021. Alzeni Duarte

primeira secretária da Igreja Batista em Sítio Novo, em Olinda - PE

Nos dias 20 e 21 de novembro de 2021 passado foi realizada série de conferências comemorando o aniversário de 87 anos da Igreja Batista em Sítio Novo em Olinda-PE, liderada pelo pastor Marinaldo Lima. O pregador foi o pastor Abimael Sena, co-pastor da Primeira Igreja Batista em Socorro, em Jaboatão dos Guararapes-PE. O tema foi “Jesus Cristo é a única esperança”, o hino oficial foi “A Única Esperança” (581 do Cantor Cristão) e a divisa Atos 4: 12: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Na programação musical participaram Fábio, Alessandra e Melissa Souza,

Ao centro, pastor Marinaldo e Alcione Lima (Bodas de Pérola) da Igreja local; Ana Clara e Samuel Nascimento, da Igreja Evangélica Batista em Casa Amarela, em RecifePE, e o Grupo de Louvor liderado pelos irmãos Elias Batista, da Primeira Igreja Batista em Rio Doce, e Luiz Guilherme da Igreja Batista Filadélfia no Alto Sol Nascente, ambas em Olinda-PE.

Membros e congregados da Igreja após o culto do sábado à noite

No sábado à noite houve a participação do irmão Luiz Aureliano, da Igreja Batista em Salgadinho, em Olinda-PE, com declamação de poesias. No domingo à noite, o corpo diaconal da Igreja (Alcione A. Ribeiro Lima, Ivanilda Alves Duarte, Isaura Laurentino Cavalcanti, Manoel José de Lima e Margarida

Ramos da Silva) e a diretora de Música, Adriana Duarte, foram homenageados. E no dia 25 de dezembro, o Culto de Natal teve um momento especial de gratidão pelos 30 anos de casamento (Bodas de Pérolas) do casal pastor Marinaldo e Alcione Lima, completados no dia 22 do mesmo mês. n


NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 16/01/22

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Vigília de Oração pela 101a Assembleia da CBB Programação teve 24 horas de duração. Iniciada às 07:00 da manhã de 07 de janeiro, a Vigília de Oração pela 101a Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) teve o encerramento no dia 08 de janeiro, no mesmo horário. A programação teve diversos momentos de oração, que foram transmitidos nos canais da CBB, Junta de Missões Nacionais (JMN) e na Rede 3.16. Lideranças Batistas de todo o país participaram do encontro Confira toda a programação: VIGÍLIA DE ORAÇÃO PELA ASSEMBLEIA DA CBB 2022 07 de janeiro (sexta-feira) 07:00: PELOS LÍDERES BATISTAS ABERTURA GERAL DA VIGÍLIA 07:15: para que tenham cada vez mais visão. 07:30: para que permaneçam firmes na Palavra de Deus. 07:45: para que tomem decisões sempre alinhadas com a vontade de Deus. 08:00 - PELA CONVENÇÃO BATISTA DO ESPÍRITO SANTO 08:15: pelo voluntariado envolvido na realização da Assembleia. 08:30: pelas Igrejas parceiras que atuarão no evento. 08:45: pela liderança da Convenção. 09:00 - PELA PROGRAMAÇÃO DA ASSEMBLEIA 09:15: para que todos os presentes sejam inspirados a avançar na evangelização do país. 09:30: para que toda programação aconteça segundo a direção do Espírito Santo. 09:45: pela eleição da nova diretoria da CBB. 10:00 - POR TODOS AQUELES QUE PARTICIPARÃO DA ASSEMBLEIA 10:15: por segurança nas viagens. 10:30: por saúde e bem-estar durante o evento. 10:45: para que sejam usados por Deus para trazer edificação aos outros. 11:00 - PELA CIDADE DE VITÓRIA 11:15: pela segurança de todos no período da Assembleia. 11:30: por oportunidades para evangelização de moradores de Vitória. 11:45: por todos aqueles envolvidos direta ou indiretamente no evento. 12:00 às 13:00 - SALA DE ORAÇÃO COM O PASTOR FERNANDO BRANDÃO E LÍDERES BATISTAS

23:30: para que sejam fortalecidas no Senhor. 23:45: pela nova geração de mulheres Batistas. 08 de janeiro (sábado) 00:00 - PELOS MÚSICOS BATISTAS BRASILEIROS 00:15: em gratidão a Deus pela vida de cada um deles. 00:30: por seu ministério na Igreja local. 00:45: pelos Ministros de Música. Lideranças Batistas participaram da vigília de oração em prol da 101a Assembleia da CBB em Vitória-ES

01:00 - PELAS NOVAS GERAÇÕES

12:00 - PELO ESTADO DO ESPÍRITO 17:45: pela formação de uma nova ge- 01:15: para que sejamos capazes de transmitir a fé em Jesus aos novos SANTO ração que siga amando a Bíblia. Batistas. 12:15: pelo avanço do Evangelho. 18:00 às 19:00 - SALA DE ORAÇÃO 01:30: para que os Batistas do futuro 12:30: pelas Igrejas e seus pastores. COM O PASTOR FERNANDO BRANDÃO perseverem em nossos princípios teológicos. 12:45: pela liderança da Convenção, das associações e organizações. 19:00 - PELA JUNTA DE MISSÕES NA- 01:45: para que a denominação cresça ainda mais nas próximas décadas. CIONAIS 13:00 - PELOS PASTORES 19:15: pelos desafios e oportunidades 02:00 - PELOS SEMINÁRIOS TEOLÓGICOS 13:15: para que sejam sempre cuida- de missões no Brasil. 19:30: pela liderança da JMN. dos por Deus. 13:30: para que Deus guarde a família 19:45: para que os Batistas mante- 02:15: por novos vocacionados ao ministério pastoral. pastoral. nham acesa a chama missionária. 02:30: para que formem pastores com 13:45: para que tenham reuniões cheias da presença de Deus. 20:00 - PELA JUNTA DE MISSÕES excelência. 02:45: por saúde financeira e espiritual. MUNDIAIS 14:00 - PELA JUVENTUDE 20:15: pelos desafios e oportunidades 03:00 - PELOS FILHOS DOS BATISTAS 14:15: pela liderança da Juventude Ba- de missões no exterior. 03:15: para que cresçam no temor do tista Brasileira. 20:30: pela liderança da JMM. 14:30: em gratidão pelos jovens nas 20:45: para que o ardor missionários Senhor. Igrejas. dos Batistas brasileiros nunca se esfrie. 03:30: para que amem a obra Batista. 03:45: para que sejam salvos e se ba14:45: pelo despertamento de vocacionados. 21:00 - PELAS DECISÕES QUE SERÃO tizem no momento certo. TOMADAS 04:00 - PELAS IGREJAS 15:00 - PELO AVANÇO NA EVANGELIZAÇÃO 21:15: para que toda a Assembleia seja 04:15: para que permaneçam firmadas conduzida pelo Espírito Santo. 15:15: para que Deus envie mais obrei- 21:30: para que haja discernimento e na verdade. 04:30: para que avancem na evangeliros para a seara. sabedoria em todas as decisões. 15:30: para que as Igrejas locais conti- 21:45: pelo futuro de nossa denomi- zação local. 04:45: para que sigam crescendo em nuem cumprindo sua missão. nação. quantidade e qualidade. 15:45: por um avivamento missionário entre os Batistas brasileiros. 22:00 - PELOS HOMENS BATISTAS 05:00 - POR AVIVAMENTO BRASILEIROS 16:00 - PELOS VOLUNTÁRIOS DA ASSEMBLEIA 22:15: para que permaneçam firmes, 05:15: para que o Espírito Santo concumprindo seu papel na igreja e so- duza nossa denominação. 05:30: por despertamento espiritual e 16:15: para que sejam guardados de ciedade. todo mal. 22:30: para que sejam fortalecidos no missionário. 05:45: por mais santidade e amor à 16:30: para que trabalhem sempre com Senhor. alegria e forças renovadas. 22:45: pela nova geração de homens Palavra de Deus. 16:45: em gratidão pela vida de cada Batistas. 06:00 - POR UNIDADE um deles. 23:00 - PELAS MULHERES BATISTAS 06:15: para que sejamos capazes de 17:00 - PELA EDUCAÇÃO BATISTA BRASILEIRAS discernir a vontade de Deus juntos. 17:15: pelos educadores. 23:15: para que permaneçam firmes, 06:30: para que andemos em coope17:30: pelo avanço na educação cristã cumprindo seu papel na Igreja e so- ração sempre. 06:45: para que sejamos um em Cristo. n nas Igrejas. ciedade.


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O JORNAL BATISTA Domingo, 16/01/22

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Convenção Batista Baiana envia missionários para ajudar cidades atingidas por enchentes Batistas baianos se mobilizaram e outras convenções ajudaram a população da Bahia.

Algumas cidades como Teolândia, Presidente Tancredo Neves, Ubatã e Barra da Rocha foram atingidas pelas enchentes Extraído das redes sociais da Convenção Batista Baiana Os Batistas baianos estão reagindo e ajudando as cidades atingidas pelas fortes chuvas nos últimos dias. No dia 27 de dezembro de 2021, a Convenção Batista Baiana (CBBA) esteve nos municípios de Teolândia (onde atuam os missionários da CBBA pastor Valmir e Ma-

ria Luiza), Presidente Tancredo Neves, Ubatã e Barra do Rocha, passando por outras cidades ao longo do caminho. O cenário é de pistas interditadas, deslizamentos de terra, ruas alagadas, “Reaja! Vamos Reconstruir”, tema de Missões Estaduais 2021, casas invadidas pela água e lama. virou frase de inspiração para ajudar o estado da Bahia Em julho de 2021, lançamos a Campanha de Missões Estaduais 2021 com tema, colocando em prática aquilo que ajudar as pessoas atingidas pelas enchentes. Envie uma oferta específica: o tema “Reaja! Vamos Reconstruir!”. Em aprendemos. Participe da nossa campanha para cbbaiana.transforme.tech/doeagora n dezembro, relembramos esse mesmo

PIB de Rio Verde - GO comemora 60 anos em parceria com o Seminário Teológico Batista Goiano Igreja implantou campus do STBG em 2009 na cidade de Rio Verde. Genivaldo Félix

diretor geral do Seminário Teológico Batista Goiano

“Celebrai com júbilo ao Senhor” (Salmos 100.1a). A comunidade acadêmica do Seminário Teológico Batista Goiano (STBG) vem a público e, junto com a liderança da Primeira Igreja Batista de Rio Verde-GO, celebrar com júbilo a Deus, o Deus da obra missionária, realizada por meio de Seu Filho, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e, através de sua Igreja, pelos 60 anos de organização e da obra de evangelização na cidade de Rio Verde e demais municípios da região do sudoeste goiano, no estado de Goiás. A PIB de Rio Verde vem se tornando uma referência importante no estado de Goiás e para o Brasil batista, na plantação de novas Igrejas, na formação teológica e ministerial das novas gerações de obreiros, com a implantação

do Campus do STBG, desde 2009. Ou seja, 13 anos. Uma ação exitosa e de excelência no Senhor. Tem sido uma Igreja que tem investido no acolhimento (como o projeto da casa acolhedora) e no cuidado dos seus membros, obreiros e demais Congregações por décadas. A Deus toda honra e glória seja dada sempre. Enquanto isso, “vamos avançando”. Aos obreiros do Senhor, bem como suas famílias, de ontem e de hoje, que por décadas têm dedicado suas vidas, talentos e dons para o crescimento da obra de evangelização e discipulado, por meio de uma Igreja viva, nossa mais profunda gratidão. Diante das maravilhas que Deus tem feito por meio dos irmãos, o STBG se regozija, no Senhor. Nossa oração é para que Deus continue lhes abençoando grandemente, mantendo a Igreja sempre unida e vitoriosa, até a volta de Cristo. PIB de Rio Verde - 05.01.1962 – 05.01.2022 - 60 anos. n

PIB de Rio Verde se tornou referência de implantações de novos templos e na formação teológica


MISSÕES MUNDIAIS

O JORNAL BATISTA Domingo, 16/01/22

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Adeus ao pastor Geraldo Rangel Jamile Barros

Redação de Missões Mundiais

É com grande pesar que Missões Mundiais se despede do pastor Geraldo Rangel, que veio a falecer no dia 03 de janeiro. Ele estava internado na UTI há algumas semanas lutando contra complicações de uma cirurgia. Chegou a sair Unidade de Terapia Intensiva, com o quadro de saúde estável, contudo, aprouve ao Senhor levá-lo para descansar na eternidade. O pastor e sua esposa, Elvira Rangel, foram nomeados missionários de Missões Mundiais em 1974, seguindo para o Uruguai no ano seguinte. No país, eles permaneceram por aproximadamente 30 anos. Sempre em cooperação com a Convenção Batista Uruguaia, eles atuaram na organização e revitalização de Igrejas, na liderança denominacional e também criaram a Escola de Missões que tem mandado missionários locais para o exterior. O casal Rangel retornou ao Brasil em 2004, encerrando suas atividades no campo. Embora longe do Uruguai, os dois prosseguiram trabalhando em prol da obra missionária. Entre 2004 e 2011, o pastor Rangel foi missionário mobilizador da JMM no estado de Mi-

nas Gerais. Enquanto que em 2005 a irmã Elvira Rangel, se tornou diretora executiva da União Feminina Missionária Batista de Minas Gerais, cargo no qual permanece até hoje. Na ocasião da volta ao Brasil, Missões Mundiais fez um culto de homenagem e agradecimento pelos esforços deles no Uruguai; e o pastor Rangel, emocionando, disse as seguintes palavras:

“Quando nós estávamos nos preparando para ir ao Uruguai, me lembrei da Grande Comissão. O Uruguai é um país onde os missionários ficam uma média de cinco anos. Outros ficam muito menos devido aos resultados muito lentos, mas Deus nos deu a graça de permanecer ali por muito tempo. A missão de Cristo é grande. Jesus é suficiente e se faz presente nas horas mais difíceis. Portanto devemos con-

fiar no Senhor perpetuamente porque Ele é uma Rocha Eterna”. O pastor Rangel e a missionária Elvira mantiveram seu ministério baseado na passagem bíblica de Mateus 28.18-20 que, segundo o pastor, é o momento em que foi apresentado aos homens o maior e melhor programa de proclamação das boas-novas e de fazer discípulos em todas as nações. “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28.18-20). A base deles, nas palavras de Jesus e no poder do agir do Espírito Santo, foi o que permitiu que tantos uruguaios fossem tocados e transformados através do testemunho de vida do casal. Missões Mundiais agradece mais uma vez a Deus pela vida do pastor Rangel e sua parceria missionária no Uruguai; e ora para que a missionária Elvira, bem como todos os seus familiares e amigos tenham seus corações consolados pelo Senhor. n

Viva a Compaixão: Defesa teológica João Marcos Barreto Soares

pastor, diretor executivo de Missões Mundiais

“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20). A escolha do tema da campanha de Missões Mundiais para 2022 está diretamente ligada ao momento em que a humanidade viveu nos últimos dois anos. Lidar com a pandemia da COVID-19, que nos trancou em casa, nos afastou de pessoas queridas e nos fez enxergar a morte mais de perto, nos levou a pensarmos menos em nós e mais em Cristo e enxergarmos como Deus opera milagres em nosso cotidiano. E o que é viver a compaixão, senão vivermos em favor do próximo? No final da sua carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo escreveu: “Sem mais, que ninguém me perturbe, pois trago em meu corpo as marcas de Jesus” (6.17). É impossível viver a compaixão de Cristo sem ter Suas marcas em nossas vidas. Paulo as teve. Agora é a nossa vez de carregarmos as marcas de Jesus em nossas vidas. O dicionário nos diz que “compaixão” significa compreender o estado emocional de outra pessoa. O senti-

mento de compaixão está associado a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de alguém, bem como demonstrar especial gentileza para com aqueles que sofrem. Ou seja, é um sentimento que nos leva à ação de ajudar. Quando vivemos a compaixão de Cristo, o serviço vem naturalmente e as pessoas se abrem para o Evangelho. A compaixão é uma das principais características de Cristo evidenciada na Bíblia. A compaixão era o que movia Cristo às multidões, como em Marcos 6.34, “Pois Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles”. E assim como um vírus, a compaixão também é contagiosa. Mas, em

vez de levar ao fim, ela produz vida! É como se para cada gesto de compaixão, 10 vidas fossem transformadas para a glória do Senhor e cheias de compaixão, numa multiplicação infinita. Ao caminhar com Cristo, os discípulos tiveram suas próprias características transformadas. Eles passaram a ser mais sensíveis às necessidades daqueles que os cercavam. Jesus, como bem sabemos, é onisciente. Ele sabe de tudo o que precisamos e Seus seguidores de certa forma passam a desenvolver esta sensibilidade. Em Marcos 6.34-36 Jesus se compadeceu daquilo que era espiritual. Mas os

discípulos se compadeceram do que era físico, pois ainda não tinham todo o entendimento daquilo sobre o qual Jesus sempre compreendeu. Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas. Já era tarde e, por isso, os Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Este é um lugar deserto, e já é tarde. Manda embora o povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar algo para comer” (Mc 6.34-36). Talvez, hoje, você não possa demonstrar sua compaixão por pessoas de outros países de forma presencial, assim como têm feito os missionários de Missões Mundiais, mas pode concretizá-la através de suas ofertas e orações. Ou quem sabe falando a outras pessoas com grande amor pela obra missionária. A sua demonstração de compaixão pelo próximo pode mobilizar muitos. Em cada situação, Deus nos traz uma lição. E na pandemia não foi diferente. Aprendemos que para viver a compaixão fora de casa, temos que vivê-la dentro de casa. Ao longo desta campanha, você e sua Igreja serão motivados a viver a compaixão de Cristo de forma prática, amando e servindo ao próximo. É tempo de deixar Cristo viver em você. Viva a compaixão! n


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PONTO DE VISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 16/01/22

Por uma liderança transformadora Miriam Ferreira Nascimento

(extraído do site da Associação dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil)

Vivemos em um mundo acelerado, onde as pressões e a ansiedade têm se tornado os protagonistas da história da humanidade. Esta triste realidade vem consumindo o ser humano, tornando-o frágil, depressivo, e em alguns casos, afetando até o seu emocional/intelecto, implicando em sérios problemas comportamentais. Com isto, percebe-se que o nível de preocupação das instituições vem se elevando por buscas de treinamentos específicos para educar ou até mesmo tratar seus líderes com a finalidade de tê-los curados, motivados, prontos para serem desenvolvedores de outras pessoas e ainda permanecerem dedicados, apresentando crescimento contínuo em suas respectivas carreiras, revestidos de bom ânimo, esperança, erguendo-se fortemente, ocupando-se de estruturas ousadas, capaz de provocar mudanças

extraordinárias, conforme apresenta BOCCANERA: “Seus ensinamentos chegam às empresas como referência para que dirigentes e funcionários aprendam a pensar com disciplina” (BOCCANERA, apud VERGARA 2000, p.11). Deduz-se que uma instituição focada em habilitar seu capital intelectual, aspira elevar a qualidade de uma liderança fraca ou mediana para um nível supremo, pois, constata-se que o indivíduo altamente treinado tem a possibilidade não apenas de crescer como profissional, mas também de tornar-se uma pessoa melhor, como afirma Hendricks (1991, p.58) “Quanto maior o nível de envolvimento no processo de aprendizagem, maior o volume do conteúdo apreendido”. Entre outros pré-requisitos, dois aspectos importantes que poderão contribuir para agregar valor em lideranças são: resiliência e competência. Distingue-se que uma liderança que tem acesso à educação corporativa, principalmente nos parâmetros

da inteligência emocional, exercitando a prática da resiliência com seus colaboradores, poderá ser capaz de superar problemas, tornando-se forte, para resistir pressões, estresse e com otimismo saberá planejar e gerenciar magníficos projetos com maestria. No que tange o elevar competência: também é outro fator essencial em lideranças, pois líderes capacitados, inovadores e com a saúde emocional blindada, possivelmente contribuirão para o progresso da corporação já proferido por HUNTER: “Homens e mulheres desejam fazer um bom trabalho. Se lhes for dado o ambiente adequado, eles o farão” (HEWLETT, apud, HUNTER, 2004, p.97). Finalmente, recomenda-se então: as empresas que almejam expandir-se e consolidar-se diante de tanto antagonismo organizacional, importem-se em cuidar de seus colaboradores, encaminhando-os a treinamentos focados para áreas de: elevação de competência e resiliência, zelando por lideranças que

exibam mudanças comportamentais, evolução profissional e crescimento pessoal, capaz de gerar transformação continuada. Consolida-se este artigo com a citação de Vergara, (pg,170) “imagina um lugar para trabalhar onde o medo foi substituído pela esperança e confiança”. Efetuando-se também a contribuição de Hill, (pg, 221) “Que cada ocasião seja uma grande ocasião, pois você não tem como saber quando o destino pode estar tirando suas medidas para um lugar maior”.

rança de dias melhores e que este ano que fica para trás é somente para ser observado, pois não será continuado. Esperar no nosso Deus, não é só fazermos nossos planos e depois chegarmos diante dEle e pedirmos que Ele abençoe o que planejamos, mas é, com a fé gerada em nós, nos entregarmos, inclusive no próprio planejar, a Ele e ter tranquilidade de que o melhor será feito para nós. E isto trará paz ao nosso coração, uma paz que nos dará a certeza de que somos cuidados e uma mente que, embora não compreendendo todas as coisas, ficará tranquila, que se deita e dorme, sem qualquer ansiedade, porque sabe que Deus está cuidando de tudo. E o que vem depois? Vem o amor! O amor que permeia tudo! Nosso amor por Deus aumenta e ultrapassa os aspectos da religião. Nosso amor pelo próximo torna-se presente e traz consigo a alegria do serviço, do doar-se. Como nos diz o apóstolo Paulo, o amor é maior do que a fé e a esperança, pois jamais acaba. Enquanto estivermos

aqui podemos amar e ser amados, mas quando estivermos com o Senhor isso não mudará, também amaremos e seremos amados. Lá não precisaremos mais de ter fé e nem esperar, pois nada nos faltará e só o amor preencherá tudo, pois Deus é amor. Como diz o poeta “Rompe a aurora, vai-se embora mais um ano de labor; /não temamos, prossigamos, a lutar com mais ardor. / O ano findo nunca mais veremos; o ano novo hoje recebemos! / Vê, vê o belo dom que Deus nos dá!”; é assim que devemos olhar para o ano de 2022 e recebê-lo com fé, esperança e amor; na certeza de que Deus proverá tudo o que precisamos. Rogamos ao Senhor que encha o nosso coração com a esperança de dias melhores no novo ano que começa, e que isso gere amor por Ele e por nossos semelhantes e um coração grato. E que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês (II Coríntios 13.14). Amém! Feliz Ano de 2022! n

Bibliografia HENDRICKS, Howard. Ensinando Para Transformar Vidas. Betânia 1991 HILL, Napoleon. Atitude Mental Positiva. Porto Alegre: Citadel 2018 HUNTER, C. James. O Monge e o Executivo. Rio de Janeiro: Sextante 2004 VERGARA, Silvia Constant. Gestão de Pessoas São Paulo: Atlas 2000 n

O ano findo nunca mais veremos! Raimundo Ribeiro Passos

(extraído do site da Associação de Educadores Batistas do Brasil)

“Não andeis ansiosos por coisa alguma; pelo contrário, sejam os vossos pedidos plenamente conhecidos diante de Deus por meio de oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6-7). Este título eu peguei emprestado de um verso do Hino 560 do Cantor Cristão. Recordo que era comum todos os anos cantarmos esse hino na virada do ano. Para mim, a ideia era de um novo começo e o que ficava para trás era passado. No início deste ano de 2021 escrevi um artigo, chamado “2021”, que foi publicado no blog da Associação dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (AECBB), que foi um grito de socorro! Parecia que o ano de 2020 não havia

acabado, que não havia tido a transição comemorativa que costumava fazer e cantar. Na verdade, o ano todo de 2021 parece ter sido um adendo de 2020. Ao olhar para trás, vemos sofrimento, tristeza, desemprego, dor, luto, falta de esperança e, muitas vezes, falta de amor. Mas a mudança de ano deve trazer consigo a ideia de dias melhores. É um deixar para trás para um renovar de fé, esperança e amor. Não se preocupar com nada envolve a fé, pois é necessariamente depender de Deus em toda e qualquer situação. A fé gera confiança de que Deus trará toda a provisão. Mas não é confiança cega e, sim, uma certeza de que Deus vai suprir tudo o que temos necessidade. Assim, confiamos que Deus mudará a situação de calamidade de nosso País, confiamos que Deus restaurará as condições de trabalho e renda, confiamos que ele usará os meios e capacitação dada ao homem e a mulher para trazer saúde e tranquilidade. Isso tudo acontecerá se com fé pedirmos a ele. A fé também gera esperança. Espe-


PONTO DE VISTA

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A prática racional de Princípios Batistas

Rubin Slobodticov

pastor, colaborador de OJB

O meio Batista cultiva a trilogia “soberania, autonomia e independência”. É de Shakespeare, “O Mestre”, a fala: “Um dia você aprende ... Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança”. Esse é o texto de “O Menestrel” (in” O Menestrel - Shakespeare (recantodasletras.com.br). Diz-se que a razão de ser de uma Igreja Batista reside em sua soberania, autonomia e independência para com as demais. Observem-se a prática racional desses princípios quando conjugados com os princípios da cooperação, colaboração e associação. Primeiro - na soberania impera o empoderamento funcional sem discernimento de sua extensão. Aqui, a superioridade surge da autoridade e poder inerentes ao líder da Igreja que a ele se submete, por doutrinamento. Percebe-se, pois, que nesse princípio existe delegação de autoridade local. E isso é típico do poder político do Estado. Então, neste princípio, a bem ver, todos são soberanos. Entretanto, a soberania não elimina para com a cooperação. Líderes hábeis sabem manejar seus objetivos para um bem maior comum. Então, a cooperação é alinhavada entre organizações distintas onde todas têm os mesmos ideais, ao mesmo tempo em que competem entre si e em face de outras agremiações congêneres.

Segundo - O princípio da autonomia exige mais compreensão porque é preciso ter capacidade para conduzir a instituição. Neste sentido, é preciso manter satisfatoriamente seu contingente tal como o condutor de um veículo: deve abastecer, manter pneus bem calibrados e óleo no nível etc. Caso contrário, não terá autonomia para ir longe. O mesmo ocorre à capacidade de um indivíduo: se ela age de acordo com sua compreensão, atenta para as pressões externas, certamente terá autonomia suficiente para se livrar dos embaraços comuns. Então, a autonomia se determina pela capacidade do livre arbítrio em tomar as próprias decisões por livre iniciativa, e isto com consciência, liberdade e independência. Assim, o afastar empecilhos que interferem na direção própria denota autonomia de desejos próprios de realização. Então, autonomia se traduz pelo exercício das próprias vontades, desde o nascimento. Por outro lado, na colaboração, a autonomia esbarra necessariamente em atividades realizadas em cooperação obrigatória com outras pessoas. E, a exemplo, o casamento une autonomias que se predispõe a cooperar uma com a outra, sob pena de não haver casamento algum satisfatório, pois ambos têm o dever de realizar algo comum com o objetivo de terem uma vida mais harmônica e, sobretudo para o desejo feliz de criarem seus filhos. Então, com a colaboração, o plano de união dá certo. O mesmo fato ocorre no cotidiano das atividades via internet, onde a colaboração forçosamente obriga as pessoas a trabalharem em

conjunto para a realização de seus objetivos. Neste caso, até com desconhecidos, a colaboração é bem-vinda, o que reforça o princípio da autonomia, pois a pessoa escolhe livremente seus parceiros para a realização de objetivos próprios. Autonomia e colaboração são parceiras que exigem pessoas inteligentes, racionais, caso desejem realizar um trabalho ou atividade qualquer, de êxito. E, assim, é que poderão enaltecer a capacidade individual de cada participante como ao dizer: “Graças a sua colaboração solidária pude concretizar meu sonho”. Terceiro - A independência não se festeja solitariamente, assim como a associação não se faz tão somente ao se celebrar a soberania e autonomia próprias. O princípio da independência sugere o rompimento de uniões; de algo que não se deixa influenciar, que procede independente de ideias ou regras preestabelecidas. Em suma, independente é a pessoa que não segue o fluxo normal das regras, costumes e convenções sociais, religiosas ou políticas do seu tempo. Tal independência se percebe no campo das artes, onde o ator executa com total independência seu ofício. Assim, pois, no campo da atuação eclesiástica, a independência apregoa a insubordinação, isto é, a independência para com suas congêneres. Entretanto, ao lado desse princípio dissemina-se o associativismo. Este, cria dependência e o dever da solidariedade obrigatória. Então, a independência há de ser trabalhada sem exclusivismos. Entende-se, pois, que

determinados mecanismos administrativos devem ser aplicados para fazer cumprir regulamentos e princípios adotados pelas associadas. É assim que o aparelhamento das Igrejas vinga e produz, desde que absorvam o aporte dado por suas instituições. As Igrejas Batistas investem no espírito associativo ao utilizarem as mais variadas nomenclaturas. Entretanto, a combinação de esforços determinados por regras fundamentadas nos seus princípios bíblicos deve servir de balizamento na realização de atividades que objetivam o crescimento em todos os sentidos. Afinal, a associação formal ou informal entre as Igrejas, força a dependência recíproca, promove proteção pela correlação doutrinária entre elas e, sobretudo, a associação complementa os objetivos de cada uma das Igrejas. Assim, pois, o associativismo ganha força. Uma associação gera parâmetros para uma organização. Então, soberania e cooperação não se anulam em face da autonomia e colaboração. E, essa simbiose reforça independência inteligente capaz de produzir associações para o progresso de todas as Igrejas e membros em particular. A prática racional de princípios Batistas caminha aos pares. As Igrejas e organizações têm objetivos comuns; agrega pessoas que professam a fé que produz obras sustentadas por seus princípios; se unem como um Corpo em Cristo interpretado pelas unidades de suas Igrejas, sem jamais perder de vista da aproximação necessária para a manutenção da obra pertencente a cada uma delas. n

ERRATA Na edição de 09 de janeiro, quando trouxemos um guia sobre as programações da 101a Assembleia da Convenção Batista Brasileira, não incluímos as informações sobre a Ordem de Pastores Batistas do Brasil (OPBB) por um erro de edição. Pedimos desculpas.



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