ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 21/01/18
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Ano CXVII Edição 03 Domingo, 21.01.2018 R$ 3,20
Fundado em 1901
Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista
Veteranos da Juventude do Mato Grosso do Sul lançam livro histórico
CB do Pará realiza mais uma edição do Radical Cobapa
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Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista
CBB divulga convocação para a 98a Assembleia
Congresso da OPBB-BA reúne esposa e filhos de pastores
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reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida
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Vivendo o Reino de Deus
uito mais do que uma expressão temática, “Vivendo o Reino de Deus” define um estilo ou melhor, nosso modo de vida. Nosso desafio é vivermos como Reino de Deus. Este ano continuaremos trabalhando dentro do planejamento global temático da Convenção Batista Brasileira para o quinquênio 2015 - 2020, que em 2017 tem como expressão temática “Vivendo o Reino de Deus”. Em cada um destes anos temos estudado, refletido e trabalhado um dos aspectos do Reino de Deus; longe da liderança da denominação pensar em esgotar este tema, mas o principal objetivo é ampliar nosso conhecimento e levar as novas gerações a conhecerem e refletirem e viverem este importantíssimo aspecto bíblico doutrinário. O capítulo VII de nossa De-
! Aviso importante
claração Doutrinaria trata do tema Reino de Deus: “O reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus e é eterno. É também o domínio de Deus no coração dos homens que, voluntariamente, a ele se submetem pela fé, aceitando-o como Senhor e Rei. É, assim, o reino invisível nos corações regenerados que opera no mundo e se manifesta pelo testemunho dos seus súditos. A consumação do reino ocorrerá com a volta de Jesus Cristo, em data que só Deus conhece, quando o mal será completamente vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para a eterna habitação dos remidos com Deus.” O Reino de Deus é uma doutrina que transcende a nós. A compreensão deste tema envolve a compreensão de que a Igreja é única, é a representação visível do Reino de Deus. À nenhuma outra organização foi entregue a ordem de evangeli-
zar o mundo. Este dever é da Igreja, por ser o corpo de Cristo presente no mundo, consumando o restante do ministério de Jesus. Não é possível o crescimento do Reino de Deus se a Igreja falhar em sua missão. Adorar significa viver o que cremos; viver é proclamar, como não se pode adorar sem viver. Não podemos permitir que a tensão do dia a dia a que estamos naturalmente submetidos faça-nos perder a visão de Igreja como organismo vivo, que tem como objetivo expandir o reino de Deus. Todo nosso esforço como Igreja, como organizações criadas pelas Igrejas deve atuar na direção única de fazer expandir o reino de Deus. Nosso desafio é voltarmos para a Palavra de Deus. É sermos profundamente bíblicos. Nosso desafio é sermos Igrejas contextualizadas, ou seja, falar e viver uma mensagem que o homem sem Deus da atualidade possa
compreender e entender, mas sem comprometer a mensagem e vivência como Igreja de Jesus Cristo. É fundamental que haja fidelidade como Igreja em vivermos o Reino. É impossível viver o Cristianismo sem que haja fidelidade. Pode-se viver aspectos e eventos eclesiásticos sem fidelidade, mas cristianismo é a expressão de nossa fidelidade ao senhorio de Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor. Portanto, é fundamental cultivarmos a fidelidade se desejamos ser eficazes, eficientes e efetivos, tal como foi a Igreja primitiva, como podemos comprovar nos registros bíblicos constantes do livro de Atos e das cartas apostólicas. É importante cultivarmos a fidelidade se desejamos continuar a expansão do Reino de Deus anunciando as Boas Novas do Evangelho através da ação de cada um de nós súditos que somos do Reino de Deus.
A partir da primeira edição de O Jornal Batista do ano de 2018, todas as Igrejas vinculadas à Convenção Batista Brasileira passarão a receber o OJB apenas em formato digital. Pedimos que a liderança das Igrejas atualizem os seus cadastros de e-mail, para evitarmos equívocos.
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Priorizando a vontade de Deus Flávio Chaves, pastor, membro da Igreja Batista do Jardim Oriental – RJ
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egundo nossos irmãos ingleses, o fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e alegrar-se nEle para sempre. O salmista Asafe concordaria com este princípio:“A quem tenho nos céus senão a ti? E a terra, nada mais desejo além de estar junto a ti.” (Sl 73.25) A passagem bíblica de Mateus 26.1-16 nos reserva um episódio bastante interessante: em um ambiente recheado de intrigas, contendas e traições por parte dos religiosos judeus e dos próprios discípulos de Jesus, o Mestre destaca o exemplo de dedicação, sensibilidade e testemunho de uma mulher durante uma refeição
na casa de um homem chamado Simão. Uma vida de muitas atividades religiosas sem a devida preocupação em andar na companhia de Deus nos faz sérios candidatos a cometer pecados extremamente grosseiros. Como imaginar um grupo de homens, conhecedores da palavra de Deus, intentarem contra a vida do próprio Filho de Deus? Sim, é possível essa “grosseria espiritual” quando se está envolvido em um ativismo religioso, porém, longe da comunhão com Deus. Ele nos chama para vivermos uma mudança de vida: “Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados” (At 3.19). Somente por Jesus é possível a cada um de nós caminharmos na companhia de Deus, de modo que não
sejamos engolfados por este ambiente nebuloso de intrigas, contendas, traições, etc. “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas.” (II Co 5.17) Cristo morreu na cruz para que não vivamos mais dominados pelo “eu”, mas, vivamos para Ele, em dedicação, compaixão e testemunho do Evangelho. Portanto, avalie seu coração. Você é sensível à voz do Espírito Santo? Consegue discernir o que realmente importa nesta vida? Aquela mulher que ungiu o Senhor Jesus com um perfume caríssimo não tinha dúvidas de que a coisa mais importante a fazer naquele momento era expressar sua adoração ao seu Senhor. Reordene o seu coração, de modo
que a vontade do Senhor ocupe, de fato, o primeiro lugar em sua vida.“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (I Co 10.31). Algo que precisamos entender é que, se não estivermos dispostos a perder, jamais encontraremos aquilo que tanto procuramos (Mateus 16-2425). Paulo considerou como perda toda a sua biografia religiosa por causa de Cristo. Sua meta era conhecer a Cristo: “Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos” (Fp 3.10-11). Você já pensou no que as pessoas dirão a seu respeito daqui a 500 anos? Qual o
testemunho que darão de sua vida? Corações dedicados e sensíveis à voz do Espírito Santo impactam não apenas a sua geração, como também as gerações futuras. Qual a sua responsabilidade histórica para com a sua geração? Esse pensamento tem sido objeto de sua preocupação? Escute o que Deus tem a falar por meio de Sua palavra: “Atente bem para a sua própria vida e para a doutrina, perseverando nesses deveres, pois, agindo assim, você salvará tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem” (I Tm 4.16). Priorize a vontade de Deus, ou melhor, torne exclusiva a vontade de Deus em sua vida. Essa disposição de seu coração é uma clara evidência de que você realmente teve um encontro vital com Cristo.
Dois veementes pedidos de Deus Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.” (Pv 23. 26)
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odos nós, em alguma ocasião de nosso viver, já emitimos pedidos veementes ou calorosos, fervorosos, a alguém. Quais foram nossas reações diante de suas respostas? Se aceito, nos alegramos, ao contrário, nos entristecemos.
O texto fala sobre isso com referência ao Senhor Deus e a nós, seres a quem Ele distintamente ama e nos deseja o melhor. Vejamos isso mais detalhadamente, analisando o texto bíblico: O primeiro apelo do Senhor a nós é pelo nosso coração. “Dá-me, filho meu, o teu coração...” Nosso coração seria como uma central de definições de ações, e nosso cérebro, como um gerador da energia para produzir tais ações. Tendo o Senhor nossos corações sobre Seu controle,
certamente Ele os levaria a ordenar ações de caráter unicamente benéficas. Lembrando-nos de que, nossos corações, por força de nossas naturezas, universalmente corrompidas pelo pecado, não são de Deus, portanto, são perigosos. Por isso, o Senhor deseja obter o controle deles. O segundo apelo do Senhor é para que nossos olhos se agradem de Seus caminhos. Esse pedido se prende ao fato de a Bíblia afirmar que nossos caminhos, também por força de nossas naturezas,
não são os de Deus: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor”. (Is 55. 8). Para nos agradarmos de algo, é necessário que atentemos para Ele; portanto, precisamos conhecer os caminhos de Deus, analisá-los com humildade e profundidade, para que, então, tenhamos a possibilidade de decidirmos se deles nos agradaremos. Os caminhos de Deus podem ser comparados a variantes
que fluem para uma única estrada ou caminho, que nos leva até a reconciliação com Ele mesmo. Esse caminho é Jesus, e suas variantes são: reconhecer que somos pecadores, nos arrependermos, crermos em Jesus como nosso suficiente perdoador, nos prostrarmos a Seus pés e clamarmos por perdão. “… Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14. 6). Em que situação você está com referência a esses pedidos do Senhor?
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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
O nosso dever
Tudo o que eu quero... Deus quer? “E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito não lho permitiu.” At 16.7
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Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB
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e você acha que pode viver de qualquer jeito, você está muito enganado. Uma vida sem compromisso, sem deveres, não combina com as atitudes de um cristão. Como cristãos, precisamos estar submissos à vontade de Deus, fazer o que Ele manda, o que Ele quer. Não podemos ser insubmissos, insubordinados, rebeldes contra as leis de Deus. O povo de Israel pagou
caro quando foi rebelde a Deus; eles foram extintos, o reino do Norte deixou de existir, foram levados para o cativeiro Assírio e deixaram de existir. Gosto do final do capítulo 12 de Eclesiastes, nos versículos 13 e 14, que diz: “Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é todo o dever do homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Qual é o dever do cristão?
Todo o dever do homem é temer a Deus e guardar os Seus mandamentos. Temer a Deus não significa ter medo dEle, pelo contrário, é ter respeito, reverência, fazer a Sua vontade. Qual a consequência de não cumprirmos os nossos deveres? O texto continua e diz que Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau. O nosso dever é temer a Deus e guardar os Seus mandamentos, então, cumpramos o nosso dever.
udo aquilo que eu planejo fazer e visando estabelecer o Reino de Deus: só por causa da minha boa intenção, isto significa que o Senhor quer a mesma coisa? Paulo, Silas e Timóteo descobriram que, na vida cristã, as coisas funcionam diferente. É o que nos relata o historiador Lucas: “Quando chegaram perto do distrito da Mísia, tentaram ir para a província da Bitínia, mas o Espírito de Jesus não deixou.” (At 16.7) É de suma importância lembrar que Lucas não está descrevendo a intimidade espiritual de um recém-convertido, superentusiasmado em pregar aos outros a bênção recém-recebida do Cristo. O texto está descrevendo a intimidade espiritual do maior
missionário da história do cristianismo. Não há, então, como não perguntar: ‘Até mesmo os primeiros apóstolos tiveram a experiência de interpretar erroneamente a vontade de Deus para com eles?’ Felizmente, a resposta sempre deverá ser um grande SIM. O contexto de Atos 16 nos revela um Deus não limitado aos critérios humanos, por mais dedicados que os tais humanos sejam. Não por acaso, Lucas acrescentou: “Naquela mesma noite, Paulo teve uma visão...”. O Senhor, através da visão, fez os Seus servos sinceros decidirem, de coração reforçado, a pregarem na Macedônia. Nem tudo aquilo que eu quero significa que é da vontade de Deus. Todavia, tudo aquilo que Deus quer, de uma maneira ou de outra, o Senhor nos faz entender que a porta está sendo aberta realmente por Ele.
O que te satisfaz? Edson Landi, pastor, colaborador de OJB “Como de banha e de gordura farta-se a minha alma; e, com júbilo nos lábios, a minha boca te louva.” (Sl 63.5)
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anha e gordura? Pobre Davi, certamente seria mal compreendido nos dias atuais, onde o que está na moda são as dietas mirabolantes. Bem, antes que eu me perca falando
de dietas (nada contra, pois reconheço que estou precisando), vamos entender o que Davi está dizendo. Banha e gordura eram os alimentos gostosos da época. Isso era o que despertava desejo em qualquer pessoa. Nós temos a pizza e o chocolate. Eles tinham banha e gordura. Mas o Salmo 63, que para mim é um dos capítulos mais belos da Bíblia, não é um cardápio de restaurante. É um salmo que expressa o intenso amor de Davi pelo
seu Senhor. Sendo assim, o que o homem segundo o coração de Deus está dizendo é que a presença de Deus o deixava totalmente satisfeito. Deus preenchia a alma de Davi. O que te satisfaz? O que preenche a sua alma? Muitos não se satisfazem com o próprio Deus, por isso vivem buscando novidades. Novas experiências, novos tipos de cultos, novas Igrejas, novas revelações, etc. E isso se torna uma busca desenfreada; que-
rem sempre algo mais. Todavia, não existe algo mais além de Deus. Ele é tudo, pois não há nada que possa preencher o vazio que há em nós a não ser Aquele que nos criou. Como dizia o teólogo Agostinho de Hipona: “O vazio em nós é do tamanho de Deus”. Somente Ele pode nos preencher e nos deixar satisfeitos. Por se fartar de Deus, Davi o louva alegremente: “com júbilo nos lábios, a minha boca te louva” (v.5b). Para muitos, o
louvor é pular, dançar e gritar. Mas aqui vemos que louvor é, na verdade, a consequência de uma vida satisfeita em Deus. Biblicamente falando, o louvor que agrada a Deus é aquele que brota de um coração que está cheio de Sua presença. A nossa intimidade com o Senhor nos leva a louvá-lo. Sem comunhão, não há louvor. Sem relacionamento, não há motivo para louvá-lo. O que te satisfaz? O que preenche a sua alma?
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DIFICULDADES BÍBLICAS
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Ebenézer Soares Ferreira
Diretor-geral do Seminário Teológico Batista de Niterói – RJ
E OUTROS ASSUNTOS
A historicidade do profeta Jonas
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arra a Bíblia a história de um profeta por nome Jonas, que foi engolido por um peixe e permaneceu três dias e três noites no ventre desse peixe. Após os três dias saiu daí ileso, quando o peixe o vomitou na praia. Muitos querem interpretar a narração como uma parábola e não como realidade histórica. Terá isso cabimento? Aliás, diga-se de passagem, as dúvidas lançadas sobre a historicidade do livro de Jonas não são de agora. Elas surgiram há muitos séculos. Agostinho, que viveu no século V, narra que os fiéis inquiriam: o que devemos pensar de Jonas, do qual está escrito que passou três dias no ventre de um peixe, coisa a que não se pode dar crédito? E Agostinho ainda aduz: observei que esta questão é escarnecida pelos pagãos com
veemência e muita galhofada. Afinal, com quem está a razão? Com aqueles que escarnecem da narração como sendo inverídica ou com aqueles que aceitam o episódio como real? Há argumentos a favor da historicidade e da possibilidade de alguém viver dentro de um peixe três dias e três noites? Sim. O autor do livro Sixty Three Years of Engeneering, na página 295, livro publicado em 1924, narra um acontecimento que vem provar que o que se deu com Jonas não era impossível. Leiamos: Em fevereiro de 1891, o baleeiro “Star of the East” achava-se nas proximidades das Ilhas Falkland, quando os pescadores perceberam a existência de uma baleia a cinco quilômetros de distância. Na caça então dada ao animal, verificou-se o desaparecimento de um dos homens,
a saber, James Bartley. Após algumas horas de combate, porém, a baleia morta caía em poder dos marujos, que logo se puseram a dissecá-la. Grande foi a sua surpresa quando, dentro do estômago da presa encontraram o companheiro encolhido e desmaiado. Com a devida medicação, este recuperou os sentidos, mas ainda sofreu das faculdades mentais por duas semanas. A pele lhe fora alterada pela ação dos sucos digestivos do animal; rosto, pescoço e mão eram semelhantes a pergaminho muito alvo. Mais tarde, Bartley contou suas impressões: lembrava-se de que do bote em que se achava, caíra no mar; ouviu um tremendo sibilar que lhe parecia devido à percussão das águas pela cauda da baleia; e sentiu-se envolvido de densas trevas; a seguir, tem a impressão de ser impelido por
um canal escorregadio, não muito longo, que o levou a um recanto mais amplo; procurava agarrar-se às paredes, mas, cada vez que fazia isso, topava com uma massa que se encolhia ao contato. Por fim, percebeu que a baleia o havia tragado, e foi tomado de espanto; podia respirar, sim, mas o calor o incomodava terrivelmente (o sangue da baleia é dois graus e meio Celsius mais quente que o do homem) os poros pareciam rebentar-lhe e deixar evaporar-se a vida do corpo. Sem esperança de escapar, contava com a morte certa, quando perdeu os sentidos, só os recuperando a bordo, na cabine do capitão, onde estava sendo medicado. Após uma cura de três semanas, Bartley voltava ao trabalho. Mesmo que não tivéssemos esse fato acontecido há um pouco tempo e publicado em
revistas de ciência, nós admitiríamos a verossimilhança do episódio, porque o Senhor se referia a ele como real. Eis o que o Senhor Jesus disse: “Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal, senão o sinal do profeta Jonas; Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra. Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é maior do que Jonas” (Mt 12.39-41). A mensagem de Jonas pregada em Nínive foi valiosa. A sua mensagem ainda encontra eco hoje. Os que não parecem crer na historicidade de Jonas não querem aceitar sua mensagem.
6 vida em família
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Gilson e Elizabete Bifano
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O segredo das famílias fortes - (Parte 3)
emos abordado aqui o tema importante para que construamos, em nossas práticas diárias na vida familiar, famílias fortes. No artigo introdutório, listamos as nove características de uma família forte, segundo pesquisadores e sociólogos americanos. Para relembrar, são elas: 1 - Comunicação: em famílias fortes há uma boa comunicação entre os seus membros; 2 - Encorajamento de individualidade: nas famílias saudáveis, há um respeito a singularidade de cada pessoa; 3 - Comprometimento com a família: nas famílias saudáveis há um forte sentimento de pertença; 4 - Bem-estar espiritual : nas famílias fortes, a espiritualidade é cultivada; 5 - Conexão social: nas famílias fortes, os seus membros
estão sempre fazendo novos relacionamentos; 6 - Capacidade de adaptação: estrutura e flexibilidade andam juntas; 7 - Capacidade de apreciação: os membros estão sempre encorajando, apoiando e elogiando mutuamente; 8 - Papéis bem definidos: todos sabem suas responsabilidades e papéis no contexto familiar; 9- Tempo juntos: os membros das famílias não negligenciam em dedicar tempo uns aos outros. No último artigo da série, abordamos sobre o comprometimento com a família, o sentimento de pertença que os membros da família devem cultivar para que esse ponto seja forte. Neste artigo, desejo abordar sobre a importância da capacidade de apreciação. Em
famílias saudáveis e fortes, os seus membros estão sempre procurando encorajar, apoiar e elogiar uns aos outros. No livro “As Cinco Linguagens do Amor”, de Gary Chapmam, o autor aborda, com maestria, essa necessidade de cultivarmos esta marca na família. Gary Chapmam chama essa linguagem de “palavras de afirmação”. Nossas palavras são poderosas, para destruir ou edificar. Provérbios tem várias passagens que abordam o valor das palavras. Em nossas relações familiares podemos e devemos proferir palavras que vão fortalecer a família. Gary Chapmam diz em um dos seus livros: “Você pode esmagar o espírito do seu cônjuge (pais, filhos, noras e sogras) com palavras negativas – aquelas que depreciam, desrespeitam ou desconsertam.
Você pode dar vida por meio de palavras positivas – palavras que incentivam, afirmam ou fortalecem”. Em minhas palestras, às vezes brinco com os pais e pergunto: “como vocês acordam seus filhos pela manhã?”. Com palavras do tipo “acorde, vagabundo” ou “acorde, campeão”? Palavras de elogio, de apoio, de afirmação, de consolo, de empatia são “santos cimentos” para construir famílias fortes. São também aquelas palavrinhas mágicas que nos esquecemos, quando se trata de alguém de casa. Às vezes, nos esquecemos de dizer “muito obrigado”, “por favor”, “de nada”, “com licença” em nossas famílias. Palavras de afirmação como “você ficou muito bem com essa roupa”, “você vai conseguir ser bem-sucedido nessa prova”, “você é um bom pai”,
“você é um filho muito bom” ajudam na construção de famílias fortes. Foi Marl Twain quem afirmou: “Posso sobreviver dois meses com um elogio”. Como afirmei, Provérbios está cheio que recomendações sobre o valor de nossas palavras. Uma das mais significativas é a que diz que “A língua benigna é árvore de vida.” (Pv. 15.4) Que nos apropriemos de nossas palavras para darmos nossa contribuição no fortalecimento de nossas famílias Gilson Bifano é diretor do Ministério OIKOS. Palestrante, escritor e coach na área de família e casamento. oikos@ ministeriooikos.org.br Siga-me no Instagram: @gilsonbifano Facebook.com/gilsonbifano
missões nacionais
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Aluno da Cristolândia retorna ao mercado de trabalho após 50 anos de drogadição
Sr Gilmar antes e depois da Cristolândia
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ilmar da Conceição tem 63 anos e conheceu as drogas ainda na adolescência. Parou de estudar e chegou a passar 25 anos nas ruas por conta do vício. Há dois anos, ele foi resgatado pela Cristolândia e, desde então, tem vivido uma grande transformação em sua vida. No último ano, ele realizou o sonho de voltar a estudar após 50 anos e agora celebra a vitó-
ria de ter conseguido retornar ao mercado de trabalho! Ele foi contratado pelo Colégio CET Rio, do empresário Luiz Marcello Carvalho, que é membro da Igreja Batista Atitude e parceiro da Cristolândia. Gilmar é o quarto aluno da Cristolândia que se tornou funcionário da empresa. Ele comemora a oportunidade recebida. “Estou me adaptando bem, as pessoas estão gostando do meu serviço. Estou dando o
Sr Gilmar recebeu a visita do pastor Fernando Brandão em seu novo emprego
melhor de mim. Tenho que agradecer muito a Deus. Esse foi o prêmio que Ele me deu por intermédio da Cristolândia. Eu agradeço a Deus pela Cristolândia e por todas as pessoas que trabalham aqui.” Para Luiz, tem sido surpreendente poder acompanhar histórias como a de Gilmar e ver o potencial de pessoas regeneradas. “Ele está muito contente de ter essa oportunidade. Eu já
conhecia ele há um ano e há muito tempo eu queria dar uma oportunidade para ele. Quando ele chegou na escola, ele chegou muito feliz. Hoje, são quatro alunos da Cristolândia contratados lá e todos eles são pessoas que valorizam muito o trabalho, que agarram a oportunidade, são responsáveis. Com o sr. Gilmar não foi diferente. Ficamos muito felizes de poder ajudar, de fazer parte disso.”
Em 2018, Missões Nacionais quer escrever mais histórias como a do sr. Gilmar. Cremos que podemos avançar ainda mais, retirando pessoas da rua e atuando como agentes de transformação através do evangelho de Cristo. Você pode fazer parte disso investido em vidas através da Cristolândia. Acesse o link <https://www. atos6.com/missoesnacionais/ projetos/cristolandia> e torne-se um parceiro!
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notícias do brasil batista
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Veteranos da Juventude Batista de Mato Grosso do Sul lançam livro histórico
Vera Tylde de Castro Pinto é a autora do livro
Joelson Chaves de Brito e Jemima Leite de Brito
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o dia 08 de dezembro de 2017 aconteceu em Campo Grande-MS o lançamento do livro “Adorando o Deus de Daniel e Seus Amigos – Centenário dos Jovens Batistas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, de autoria da escritora Vera Tylde de Castro Pinto, membro da Primeira Igreja Batista de Campo Gran-
Joelson Chaves de Brito realizando a entrega oficial do livro
de - MS e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul. Ela também é neta de Henrique do Nascimento Gonçalves, organizador e presidente da primeira União de Mocidade do estado de Mato Grosso (Uno), em 1916, na cidade de Corumbá - MS, e pioneiro participante da Primeira Assembleia da Convenção Batista Brasileira, realizada em Salvador - BA, em 1917, como membro da Comissão da União de Moci-
dade Batista, com R.E. Pettingrew, Zacarias Clay Taylor e Salomão Ginsburg. A pesquisa de conteúdo, realizada pelos veteranos Joelson Chaves de Brito e Laurênio Vieira Ramos, trouxe à realidade o sonho de deixar impresso esse legado histórico que ajudaram a construir. Para o lançamento do livro e noite de autógrafos, foi promovida uma suculenta peixada com a participação de mais de 200 pessoas prestigiando o
Joelson Chaves de Brito, Jemima Leite de Brito e Vera Tylde de Castro Pinto
evento, abrilhantado também com a presença de convidados das cidades de Cuiabá-MT, Dourados-MS, Bauru-SP, Rio de Janeiro-RJ, e diversas autoridades eclesiásticas, especialmente, o representante da história da juventude de Mato Grosso, pastor Francisco Jaildo Santana e sua esposa, atualmente residentes em Bauru-SP. A solenidade de lançamento do livro foi o encerramento da programação especial realizada
pelo grupo dos veteranos, em 2017, alusiva à celebração do centenário do trabalho da juventude, tendo como ênfase também o Jubileu de Ouro dos Retiros de Carnaval, realizados no Acampamento Batista em Piraputanga. “É com imensa alegria que compartilhamos essa obra que, até onde temos conhecimento, é inédita no meio Batista. A Deus, toda a nossa gratidão, honra e glória”. Romanos 11.36.
Faculdade Batista Pioneira forma mais uma turma de bacharéis em Teologia Claiton André Kunz, pastor, diretor da Faculdade Batista Pioneira
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o dia 16 de dezembro de 2017 formou-se mais uma turma de bacharéis em Teologia da Faculdade Batista Pioneira (Ijuí - RS). A Instituição, que é credenciada junto ao Ministério da Educação (MEC) desde 2008 e que completou, em 2017, seu cinquentenário, já ministrou seus cursos para aproximadamente 1000 alunos nestes 50 anos. Na formatura de 2017, 11 estudantes foram graduados como bacharéis em Teologia. A cerimônia contou com a presença de familiares, amigos, pastores, membros das Igrejas e liderança da Convenção Batista Pioneira. O culto de formatura aconteceu no templo
Bacharéis em Teologia
da Primeira Igreja Batista em Ijuí - RS O professor Josemar Valdir Modes foi o patrono da turma e o diretor da Faculdade, doutor Claiton André Kunz, foi o paraninfo da turma. A mensagem proferida pelo mesmo enfatizou que a missão confiada por Deus a cada um: a) deve ser
Formandos e professores
cumprida com todas as forças; b) deve ser cumprida com fidelidade; c) deve ser cumprida com excelência; d) deve ser cumprida glorificando a Deus. A professora Hariet Wondracek Krüger e o administrador da Instituição, pastor Enylson Nahor Peno, foram homenageados pela turma. Após a
cerimônia, todos participaram de um coquetel oferecido pela Organização. Os estudantes que colaram grau neste dia foram: Abner Lara de Souza, Ana Karenina Maia Barbosa, Anderson Scholz, Daniel Augusto de Oliveira, Douglas Laubenstein, Lucas Augusto Herter, Maxieli
Karine Krüger Araujo, Michelle Bueno da Gama, Rodrigo Possa, Tiago de Lima Araujo e Willian Franklin Morell. A seu tempo, cada um dos formados está encaminhando seu ministério, no qual irá servir a Deus, servindo pessoas. Que o Senhor os abençoe grandemente nos novos desafios ministeriais.
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Convenção Batista do Pará realiza mais uma edição do Radical Cobapa Assessoria de Comunicação
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Radical Cobapa é um projeto de impacto missionário criado pela atual diretoria Executiva da Cobapa, utilizado como ferramenta de mobilização e gestão de voluntários no fortalecimento e plantação de Igrejas em várias cidades e regiões do Pará, com o objetivo de servir nossas Igrejas em prol do Reino de Deus. A cada edição são envolvidos vários voluntários nas áreas da alimentação, saúde, esporte, teatro, entre outros. São três a cinco dias de intenso trabalho realizados pela manhã, tarde e noite, com as seguintes ações: cuidados com a saúde e estética; teatro de rua; evangelismo criativo; e Kid’s Game para crianças da comunidade. Destacamos a realização do Projeto Radical Cobapa no Conjunto Tapajós em Belém, realizado nos dias 10 a 12 de novembro de 2017; com muita alegria nos regozijamos no Senhor pelas bênçãos recebidas. Deus nos comissionou e ele tem aberto portas para realizar tal missão. Foram 36 estudos marcados, 560 folhetos entregues, 56 pessoas evangelizadas pelo Conecta e muito
Moradores da região de Tapajós puderam ouvir a palavra de Deus
Crianças da comunidade também foram alcançadas
População local recebeu assistência em diversos seguimentos
Equipe é formada por voluntários de todo o estado do Pará
mais. São riquezas dadas por Deus para o exercício do trabalho cristão, tendo em vista que a presença atuante da Igreja no mundo nos faz exercer um chamado que nasceu no próprio coração do Criador. O Radical Cobapa é composto por missionários voluntários das Igrejas Batistas do Pará. Além dos milagres e
transformações de vidas, Deus tem despertado em muitos Radicais o desejo de não voltarem da mesma forma para sua Igreja; temos visto, com o passar do tempo, o despertamento missionário e pastoral em muitos casos. Jovens e adultos, recomendados por suas Igrejas e lideranças, com a realidade vivida no campo,
voltam com o entendimento que é necessário fazer muito mais, levando-os a um maior compromisso com suas Igrejas locais. “Afirmo com toda certeza que o Radical para mim foi um divisor de águas. Quando um seminarista do interior chega no seminário, no primeiro momento o mesmo fica um
CONVOCAÇÃO À 98ª ASSEMBLEIA DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA O Sr. Presidente da CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA, Luiz Roberto Soares Silvado, no desempenho de suas atribuições, de acordo com o ESTATUTO, art. 5º e seus parágrafos, art. 9º inciso I e II e REGIMENTO INTERNO, art. 6º e seus parágrafos, CONVOCA as Igrejas Batistas do Brasil, a ela filiadas, a fim de enviarem os seus mensageiros, devidamente credenciados, para a 98ª Assembleia da CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA, a realizar-se na cidade de Poços de Caldas – MG durante os dias 26 a 29 de abril de 2018, no CENACON – Centro Nacional de Convenções, sito à Av. Vereador Edmundo Cardillo, 3500 - Jd. Del Reyna.
Rio de Janeiro, 02 de janeiro de 2018. Pr. Luiz Roberto Soares Silvado Presidente
pouco alheio a vida denominacional da capital; o Radical abriu portas para que me sentisse útil na obra do Senhor. A oportunidade de participar de experiências no campo é inexplicável. Agradeço a equipe do Radical Cobapa a oportunidade em contribuir para o Reino de Deus.” Seminarista Natanael Moraes – Fatebe/STBE
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notícias do brasil batista
Alberto de Mattos, um gênio na educação artística infantil
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ocê vai amar esta matéria! Trata-se da oportunidade de sabermos mais sobre um dos maiores artistas na área infantil, meu amigo e irmão querido, Alberto de Mattos, carinhosamente conhecido como Xuxu. Vamos a matéria. RM - Quem é o Xuxu? E como começou seu amor pela arte? AM - Eu sou o Alberto de Mattos, gaúcho, nascido em 1964, filho de João Alberto de Mattos e Maria Luíza Passos de Mattos. Casado com Rose e pai de Lucas e Thainan. Meu amor pela arte veio por influência da minha família. Minha mãe e meus tios já eram artistas; eu tinha um tio com muita expressão musical também, e eu amava tudo isso. Meu pai, homem rude do campo, depois se tornou fotógrafo. Minha mãe, envolvida com artes já desde nova, dava aula de piano e canta ópera até hoje; minha família tem vários artistas que trabalharam na Rede Globo de Televisão. Hoje sou músico, compositor, missionário, produtor artístico e empresário. RM - Conte um pouco de como começou sua jornada com Jesus. AM - Conheci o Senhor Jesus, em uma praça, aos 15 anos de idade, em um culto desses ao ar livre, onde havia um pastor pregando. Ali entreguei meu coração para o Senhor. Aos 17 anos fui para a JOCUM e lá eu conheci a Rose, que é minha esposa. RM - Como nasceu a Turma do Printy? AM - Bem, eu fui tocar guitarra em uma banda chamada Novo Mandamento; eles eram americanos, mas moravam no Brasil. E aprendendo o repertório em uma dessas idas aos Estados Unidos que eles sempre faziam, (eu não ia, né) eles trouxeram de lá um material, que era do Kids Praise, Louvores da Garatada, do Salty,(um hinário em forma de boneco
de corpo inteiro) e resolveram fazer isso no Brasil. Então eles (banda Novo Mandamento) precisaram da minha ajuda para adaptar as canções para o Português. Eles traduziam e eu adaptava. E ouvindo aquela voz do Salty muitas vezes eu fui assimilando. O rapaz que faria o personagem (Salty) não foi aprovado; trouxeram um outro, que também não foi aprovado, porque eles precisavam aprovar isso lá nos Estados Unidos, e como o estúdio já estava marcado e eles iriam perder o espaço se não tivessem ninguém para gravar naquele dia, eu falei: “olha, eu acho que eu posso fazer essa voz aí.” E aí eles falaram: “tenta aí, vai.” E foi aprovado! E foi assim que começou. Depois de três álbuns gravados do Salty com a Maranata Music, o Salty migrou de uma gravadora para outra; não sei exatamente de onde ele saiu e para onde ele foi; me parece que era entre Maranata Music e Integrity, na época, ou Word, não sei. Eu sei que eles terminaram saindo, e essa próxima gravadora que pegou o projeto proibiu a sequência de gravações. Nós até já havíamos feito o quarto álbum, mas pegou fogo na Bom Pastor e perdemos tudo. Então, quando fomos solicitar novos play-backs, eles não permitiram. Então nasce o Printy, no meio desse incêndio. Esse era um projeto musical que eu já vinha criando. O Printy, um boneco de corpo inteiro em forma de violão e seus
sobrinhos, representados pelas sete notas musicais (também bonecos de corpo inteiro. Foi então que você, Roberto Maranhão, entrou nessa parceria, dando vida aos sete sobrinhos, criando as vozes para cada um dos personagens e participando nos dois primeiros CD’s . Em 1992, o lançamento do Printy com a participação de Roberto Maranhão e seus bonecos Juninho e Ana Maria, na canção “Doce nome é Jesus” e fazendo vozes de bonecos pra gente; porque eu não sabia fazer e ainda não faço nem próximo do que você faz, mas essa é a minha história, eu conto para todo mundo que aprendi o que eu sei contigo, né. E daí, você foi embora pra América e eu tive que ficar me virando sozinho. Aí, você já sabe da história, né. Inclusive meu pescoço já andou a prêmio algumas vezes por conta desses desdobramentos aí... (rsrsrs) RM - kkkkkkk. Ter te conhecido e poder fazer parte da tua vida e ministério foi e é uma grande honra para mim. Meus 20 anos na América foram abençoados na propagação do Evangelho, e ficava feliz sempre que ouvia suas músicas sendo cantadas lá. Sou orgulhoso de você por ser um empreendedor de qualidade para o Reino de Deus. O bom é que estamos próximos para novos projetos. RM - Como foi para você a primeira apresentação do lançamento do primeiro CD
Louvores da Garotada série Printy? AM - A primeira apresentação com a Turma do Printy, que na verdade é o Louvores da Garotada volume 4, foi lançado pela Bom Pastor. A festa de lançamento foi em 12 de Outubro de 1990, na Sede da Comunidade da Graça na Vila Carrão em São Paulo (pastor Carlos Alberto Bezzera e Adhemar de Campos). Pra gente foi uma experiência marcante, pois tratava-se de um marco no segmento infantil no Brasil. A experiência de ver aquele espaço lotado com crianças de todas as idades, denominações e classes sociais diversas foi maravilhosa, pois ali estava sendo o que é a Turma do Printy hoje. Viajamos por todo país e nos apresentamos para qualquer público, independente de número, classe social ou tamanho de Igreja. Hoje, entramos em todas as denominações que professam a fé no Senhor e Salvador Jesus Cristo,
Meus filhos, desde criança, já se envolveram e estão até hoje, tanto nos eventos, interpretando os personagens, como no trabalho de divulgação e gravações na TV e nos CD’s. RM - Quais são os seus atuais projetos? AM - Estamos trabalhando muito na formação de líderes e professores do ministério infantil, bem como a capacitação dos mesmos. Nosso projeto para o próximo ano é visitar todas as capitais brasileiras, a fim de expandir com mais excelência a obra e o Reino de Deus. Estamos trabalhando também com pequenos quadros para TV que serão disponibilizados no YouTube, os quais os professores poderão acessar para usarem nas classes da EBD ou PGM. RM - Como você se utiliza da Arte para beneficiar o Reino de Deus? AM - Sobre a influência da arte. A Turma do Printy trabalha com uma linha de produtos que apresenta cantatas para datas especiais (Dia das mães, pais, Natal...etc.). O nosso objetivo é trazer a criança para a Igreja e envolvê-la com outras crianças, utilizando a música, o teatro, além de trabalhar a desenvoltura dessa criança, quebrar a timidez e fazer com que ela sinta que faz parte de um núcleo de sociabilização, de comprometimento, de serviço, e assim, criar nesse ambiente o crescimento espiritual de cada uma delas e, certamente, será um legado para a vida.
RM - Nos conte um momento marcante no seu ministério. AM - Um que foi bem marcante é que uma criança em São Paulo, brincando na rua, passou alguém da Igreja e o convidou para assistir uma programação da Turma do Printy. Ele disse que não iria, pois estava jogando bola. Passou um tempo e ele se sentiu mal em não aceitar o convite e resolveu ir. Quando chegou, já estávamos apresentando e ele foi muito tocado pelo Senhor e se decidiu no momento do apelo. Anos mais tarde, estávamos na mesma Igreja e ele me abraçou Maravilha, não? Que Deus chorando muito no fim do culto, pois o seu filhinho, de cinco possa usar a sua vida da foranos havia acabado de entregar ma que usou e tem usado o o seu coraçãozinho pra Jesus. Alberto. Estamos aguardando a sua RM - Qual o envolvimento história, queremos compartida sua família no seu minis- lhar como Deus tem lhe usado através da Arte. tério? AM - Minha família está totalmente ligada ao ministério. Escreva para: Minha esposa é responsável Arte e Cultura-CBB por toda a logística de eventos, Roberto Maranhão. produção de bonecos e todo o marapuppet@hotmail.com material da Turma do Printy. WhatsApp: +351 965103556
missões mundiais
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Amor pelas crianças Márcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais
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amor de Cristo que cada um carrega em si nos move a fazer coisas extraordinárias. No caso da irmã Lúcia Margarida, ex-diretora executiva da União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB), ele a conduz em direção às crianças. Em seu mais recente trabalho, Lúcia visitou nosso projeto com meninos e meninas no Sul da Ásia, o Lar da Paz. A viagem foi um presente da UFMBB pelos 30 anos que a missionária dedicou à instituição. Sim, Lúcia Margarida também foi missionária e adivinha qual era o seu alvo? Claro, as crianças. “Eu fui missionária no Brasil. Eu sou apaixonada por crianças. O alvo que Deus colocou no meu coração são as crianças. Antes mesmo de ir para o Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM) ainda adolescente, eu trabalhava com elas em uma comunidade no Rocha, na zona norte do Rio de Janeiro”, comenta Lúcia Margarida. Cerca de 40 anos depois, a missionária ouviu falar sobre o drama de meninos e meninas no Sul da Ásia, que são vendidos pelos próprios pais para sustentar a família. Os olhos dela não se contiveram em
lágrimas ao lembrar histórias de meninas que são oferecidas até a falsos deuses nesta região do mundo, considerada pela ONU como a pior para uma criança viver. Levadas pela polícia local, as crianças chegam bem fragilizadas ao Lar da Paz. Comovida com esta situação, a missionária decidiu então arrecadar “Missionecas” para levar para as meninas e bolas para os meninos. As Missionecas são bonecas com o plano da salvação; são confeccionadas por irmãs de várias partes do Brasil. Foram ofertadas cerca de 500 Missionecas. “Se você pode dar um presente, dê algo que a criança possa abraçar e até mesmo dormir com ele. Eu falo no sentido de levar amor a essas crianças; o amor de Jesus”, comenta Lúcia. Ela conta ainda que a região em torno das casas do projeto é de grande pobreza, mas, que ao entrar no espaço do Lar da Paz, o que se vê é organização, limpeza e sorrisos. Durante o período em que esteve lá, a missionária pôde dar e receber muitos abraços. Uma troca de amor que só que ela só consegue expressar através do brilho em seus olhos. “Conhecer o trabalho de Missões Mundiais no Sul da Ásia, um campo fechado, foi maravilhoso. Aquele povo,
Forças renovadas através de um abraço
acostumado a adorar milhares de deuses, precisa conhecer o único e verdadeiro Deus. E nós estamos lá através das nossas ofertas e orações”, alegra-se. Lúcia Margarida pede orações pela região, não só por causa deste apelo. Seu coração anseia que façamos esta oração diariamente, em nossos cultos íntimos ou em nossas Igrejas. “Estejamos em oração por todos esses povos espalhados pelo mundo. Eles precisam! É a maneira que temos para sustentá-los e não custa nada. Ou melhor, custa apenas o nosso amor, o nosso desejo ardente de ver o mundo salvo Irmã Lúcia Margarida se emociona com crianças no Sul da Ásia por Jesus”, pede Lúcia.
Crentes, mas nem tanto... Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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oçambique é uma antiga colônia portuguesa na costa leste africana, onde o componente multirreligioso está presente no dia a dia das pessoas. O islamismo tem força ali, e religiões orientais, como o budismo, tem ganhado espaço, muito devido ao grande fluxo de chineses em direção à África, sobretudo em investimentos. Desde 1984 em Moçambique, a missionária Noemia Cessito diz que isso não é tudo, pois também é grande a necessidade de evangelizar os cristãos nominais, pessoas
que se dizem cristãs, mas que não vivem plenamente o Evangelho e estão amarradas a antigos costumes. É o que ela tem observado em uma localidade próxima ao Dondo, onde atua. “Visitamos Caia, um distrito que fica a seis horas de onde estamos. Ali funciona nossa missão, que será organizada em Igreja neste ano. Um trabalho bonito e, graças a Deus, forte”, conta Noemia. “Mas em um momento de oração pelas mulheres, uma delas veio com cordas no pescoço, disse que tinha sonhos ruins e que sabia que tinha feito muitas coisas que não agradavam a Deus e começou a citar algumas, frisando que estava arrependida”, relata.
Juntamente a uma equipe, Noemia perguntou à mulher se ela queria confessar pecados, e assim o fez. A missionária perguntou sobre uma corda que a mulher carregava presa ao pescoço, pois sabia que era um amuleto. No entanto, ela respondeu afirmando que era apenas um colar. Voltou ao lugar e veio outra pessoa, que contou estar muito doente, ia ao hospital e não se curava, tinha pesadelos e não sabia o que era paz. “Perguntamos se tinha alguma coisa em seu corpo. Ela respondeu: ‘O amuleto que o profeta deu’. Profeta é um curandeiro disfarçado. Então, pedimos a ela para confessar Jesus e tirar o amuleto, explicando que aquilo era uma
amarra do inimigo na vida. Se a fé dela estava naquela corda, não adiantaria orar. Ela precisava renunciar àquilo para ser livre, senão nunca teria paz”, diz Noemia. Enquanto a mulher ouvia tudo isso, a primeira que veio até a equipe confessou Jesus e arrancou o amuleto do pescoço. Mas a segunda resistiu, dizendo que morreria se tirasse o amuleto. “Falamos da vida que Jesus oferece aos que creem em seu nome, apresentamos novamente Jesus como Salvador a ela, que disse que o tiraria sozinha e não nos permitiu orar por sua libertação”, conta a missionária. No domingo seguinte, as mulheres tiveram uma progra-
mação especial, dançando e cantando, mas aquela mulher preferiu ir embora sem se libertar, como ressalta Noemia. “Ela agora sabe da verdade, mas prefere viver na duplicidade. Doeu-nos o coração ver alguém que se diz cristã, que participa nos cultos, estar amarrada ao inimigo. Falamos com o líder local da missão e pedimos a ele que fosse ao encontro dela”, diz. “Fica um alerta para nós, pois com as ocupações do dia a dia, acabamos esquecendo a quem servimos. Mas se você já fez a sua escolha, resolveu seguir a Jesus de perto, a propagar o Evangelho e orar por nós, estamos aqui para que outros, como aquela mulher, sejam livres”, conclui a missionária.
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Edson Silveira, pastor, presidente da OPBB-BA
Saiba como foi o congresso da OPBB-BA 2018
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ntre os dias 02 a 06 de janeiro de 2018, foi realizado o 8º Congresso de Pastores, assim como o 53º Acampamento de Pastores, Esposas e Filhos. O local foi o aprazível Acampamento Batista Teosópolis, pertencente à Igreja Batista Teosópolis de Itabuna - BA, liderada pelo pastor Genilson Souto. Localizado no KM 10 da Rodovia BA 001, que liga Ilhéus–Itacaré, o Teosópolis tem estrutura para grandes eventos; próximo da praia e com três piscinas, bons alojamentos e confortáveis suítes com ar-condicionado e/ou ventiladores. Toda a alimentação foi preparada e servida pela equipe da Igreja que nos recebeu com muito carinho e cuidado especial. O ambiente foi muito agradável e o acolhimento de primeira. Nossos patrocinadores (CBBA, JMN, Embracon, Centraltec, Bomfim Contabilidade, Damas-
Congresso também reuniu esposas e filhos de pastores
ceno & Tosto Advocacia, Teosópolis e JMM) mostraram-se grandes parceiros, amantes da causa social e, sobretudo, dos pastores e Igrejas Batistas, posto que facilitaram a redução de custos ao evento e, consequentemente, o acesso de servos de Deus sem tantas condições financeiras Os momentos de culto foram regados de boa música ministrada por Orlando Camarini e mensagens de profundo conteúdo e sublime inspiração, através dos ilustres preletores: professora Cacilda Lourenço, falando às esposas; pastor Eli Fernandes, falando aos pastores e aos filhos; e o pastor Luiz Roberto Silvado, presidente da Convenção Batista
Brasileira, como orador oficial. Os temas estiveram atrelados à santidade e mundo virtual. Foram momentos de muita edificação, reflexão e tomada de posição. Durante o Retiro, não só o presidente, pastor Edson Silveira, mas toda a diretoria mostrou grande empenho para oferecer a todos o melhor da Ordem. Na sexta-feira (5), pela manhã, fomos tomados de surpresa com um acidente envolvendo o veículo que transportava o pastor Eli Fernandes e o pastor Luiz Roberto Silvado. Conduzido pelo pastor Cesar Brito, na cabeceira da ponte, em uma subida íngreme, o veículo não obstante
novo, desceu de ré, vindo a tombar lateralmente, ficando bastante danificado. Segundo os mais experientes, perda total. Nesta hora vimos a atuação do Deus a quem servimos – O milagre: nada aconteceu; nem fraturas, nem sequer uma gota de sangue foi derramada dos três ocupantes do veículo, senão o grande susto e dores musculares no corpo. Logo após o acidente, o pastor Eli Fernandes dirigiu-se ao acampamento, noticiando o ocorrido, pregando em seguida inspiradora e alegre a mensagem, que não foi diferente à noite, quando o pastor Silvado foi instrumento de Deus com mensagem cheia da unção, encerrando o Congresso. A serenidade do nosso diretor Executivo, pastor Márcio Chagas, ao saber e ver o estado em que ficou o seu recém-comprado veículo, foi, sem dúvidas, mais uma das demonstrações da Graça Divina, revelando-nos com seu exemplo o que é um homem cheio de graça.
Comprovamos, mais uma vez, a presença do Deus que opera milagres, atuando no meio deste Retiro 2018. Agradecemos aos pastores baianos que, por algum motivo, não estiveram presente neste retiro espiritual, pois cremos que com toda certeza, estiveram a interceder por nós. Agradecemos também à Igreja Batista do Bacacheri - PR, onde o pastor Luiz Silvado apascenta, por ter nos emprestado seu pastor, certos de que estavam conosco em oração. Não podemos deixar de manifestar também gratidão ao povo Batista baiano e brasileiro, que tão logo tomaram conhecimento, na sua preocupação, intercederam em nosso favor. Somos gratos ao nosso Deus que nos abençoou e nos poupou de sofrimento e dor maior, dando-nos prova de sua real presença e misericórdia. Este foi o nosso retiro 2018, esta foi a nossa colheita mercê de Deus, a quem rendemos o nosso preito de gratidão.
Primeira edição do “Conecta” mobiliza os jovens do sul de Minas Ilimani Rodrigues, jornalista da Convenção Batista Mineira
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mês de novembro foi impactante para quase 450 jovens, que participaram do Conecta 2017. O evento, realizado pela Juventude Batista do Sul de Minas (JUBASUL), em parceria com a Associação Batista da região (ASSIBASUL), aconteceu simultaneamente em 03 cidades, e teve como tema “Simplesmente Cristo”, em alusão ao ano em que se comemora os 500 anos da Reforma Protestante. A intenção de realizar o evento surgiu nos corações do pastor Natan Nogueira Costa, da Primeira Igreja Batista em Guaxupé e do pastor Aleksander Prouse, da Primeira Igreja Batista em Itajubá. “Nossa intenção foi mobilizar a JUBASUL. Queríamos abençoar os adolescentes e jovens da região por meio de uma programação
relevante, com uma boa palavra. O tema ‘Simplesmente Cristo’ surgiu da ideia de usar um dos ‘Solas’ da Reforma, repaginado”, comentou o pastor Natan. “O nome ‘Conecta’ surgiu pelo objetivo maior do evento, que é unir as juventudes. Queremos caminhar em mais projetos ao longo dos anos, mas primeiro precisávamos unir estes adolescentes e jovens”, comentou o pastor Aleksander. As cidades de Alfenas, Varginha e Pouso Alegre foram escolhidas de forma estratégica, permitindo que jovens de toda a Associação participassem. “A escolha de três locais diferentes permitiu que mais jovens pudessem participar. Se você faz um evento deste em apenas uma cidade, acaba restringindo a participação para os que estão mais próximos. Quando você descentraliza, você permite que mais pessoas participem”, comentou o pastor Daniel dos
Evento aconteceu simultaneamente em três cidades
Santos Ribeiro, Coordenador da ASSIBASUL. O evento foi uma ótima oportunidade para que os jovens do sul de Minas se aproximassem. Quem participou pôde rever amigos, fazer novas amizades, conhecer pessoas de outras Igrejas, além do principal, adorar a Deus, aprendendo mais sobre o exemplo de Jesus Cristo. “Creio que o tema escolhido foi relevante e atual. Quando o jovem perde o ‘Somente Cristo’ de foco, todas as outras escolhas de sua vida colapsam. O tema também se torna ainda mais
relevante, pois em minha experiência tenho percebido que a maioria dos jovens não faz a conexão entre Jesus e seu dia a dia, eles precisam ser ajudados nesse sentido”, comentou o pastor Samuel Stroppa, da Primeira Igreja Batista em Extrema, e preletor do evento na cidade de Pouso Alegre. Para os participantes, o evento foi “uma benção! Oportunidade de fortalecer amizades, conhecer gente nova e, principalmente, de adorarmos ao nosso criador como juventude”, comentou Patrícia Ferraz Apo-
linário da PIB de Itajubá. Foi também “extremamente importante, pois pude ouvir e avaliar minha vida com Deus, de como tenho vivido e agido diante de diversas áreas. Também me senti agradecida de ver que ainda existem tantos jovens dispostos a lutar para buscar a santidade, estando firmes nos caminhos do Senhor”, falou Naara Nogueira, da PIB em Cambuí. Além de ter “um bom passo para uma nova caminhada para o trabalho do Senhor no Sul de Minas”, comemorou Vanessa Oliveira, líder dos Jovens da PIB em Alfenas. As próximas edições do Conecta já tem data marcada: 10 de março de 2018 – Conecta Regional 25 de agosto de 2018 – Conecta Sul de Minas 10 de novembro de 2018 – Conecta Regional Mais informações entre em contato com o pastor Natan Costa, pelo telefone (35) 988295882
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OBITUÁRIO
Morre o professor Roberto Alves
Levy de Abreu Vargas, pastor da Primeira Igreja Batista em Nilópolis - RJ
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aleceu, no último dia 06 de janeiro de 2018, o professor Roberto Alves. Ele era membro da Primeira Igreja Batista em Nilópolis - RJ, da Academia Evangélica de Letras e de uma organização conhecida como “Poço de Jacó”, que funciona nas dependências da Sociedade Bíblica do Brasil no centro do Rio de Janeiro. Além de membro destas instituições era também professor, pesquisador e autor de várias obras como veremos abaixo. Dono de uma vitalidade extraordinária, aos 90 anos ainda circulava de ônibus pela cidade para cumprir uma agenda que sempre incluía aulas, palestras, ou representar uma das muitas organizações que fazia parte. Era bacharel, mestre e doutor em Teologia. Seu doutorado tem a marca da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC - RJ), onde também lecionou hebraico em cursos livres. Era Psicanalista, fluente em Inglês, Francês, Grego
e Hebraico. Publicou uma gramática Grega do Novo Testamento, uma Gramática do Hebraico Clássico e moderno, um livro de Exegese ( arte de interpretar a Bíblia) e trabalhou como tradutor da Bíblia para a Alfalit Brasil. Lecionou também em nosso querido Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, tanto na sede quanto em alguns campus avançados. Mas, sua grande paixão era a história e a cultura Judaica, da qual era uma autoridade reconhecida internacionalmente. No “Poço de Jacó” (Confraria que reúne os amantes da língua hebraica) era uma figura icônica e admirada, tendo feito vários discípulos. Alguns deles compareceram ao seu sepultamento e cantaram o hino de Israel em hebraico. Foi comovente. Apesar de todos esses títulos e relacionamentos era uma pessoa extremamente simples. Em nossa Igreja ele foi e será para sempre lembrado como “Professor Roberto da classe de Inglês”. Esse era seu epíteto identificatório. Não precisava de mais, bastava isso e todos se lembravam daquele idoso paciente e simpático que sempre tinha uma boa história a cada domingo. Lembro-me dele de muitas maneiras, mas em especial por conta de uma viagem que fiz a África. A Junta de Missões Mundiais havia me designado como pregador em uma Cruzada na Cidade de Benguela, em Angola. Passagem por conta da Junta, hospedagem por conta da organização local, mas faltava dinheiro para provar subsistência; então, fiz uma campanha para a Igreja me ajudar nas despesas. Precisava, à época, (2001)
de $1.500,00. No domingo anterior à viagem, ele veio a mim e colocou um envelope em meu bolso dizendo: “Não posso fazer muito, mas isso é tudo que tenho”. O envelope tinha em dólares o equivalente a pelo menos dois meses de sua pequena aposentadoria. No culto memorial realizado
nas dependências da Igreja, muitas homenagens e muitos testemunhos de sua generosidade. Professor Roberto era casado com a irmã Shirley dos Santos Ventura, que foi sua companheira por mais de 60 anos de vida comum. Ela foi um anjo colocado por Deus
em sua vida para que ele pudesse produzir tanto, por tantos anos, mesmo ganhando tão pouco. Sua partida já era esperada em razão da idade avançada e das sucessivas internações hospitalares. Ele não deixou filhos nem bens, mas deixa um legado difícil de ser superado.
ERRATA Na edição do dia 14/01/2018, na matéria sobre o “Projeto Josué”, na página 10, as fotos são de projetos da Junta de Missões Nacionais, e não do projeto em questão.
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ponto de vista
A Igreja que ora José Manuel Monteiro Jr, pastor, colaborador de OJB
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m atos capítulo 12 temos a história da prisão do apóstolo Pedro. O rei Herodes investiu ferozmente contra a Igreja, e por suas mãos morreram Tiago e seu irmão João. A Igreja, por sua vez, ao ver irmãos queridos sendo dizimados, e seu líder encarcerado, decide orar. Lucas nos informa que havia oração incessante da parte da Igreja por Pedro. Na vida cristã, a oração é impor-
tantíssima. O teólogo e pastor Ed. René Kivitz afirma: “O maior fruto da oração não é o atendimento do pedido ou da súplica, mas a maturidade crescente da pessoa que ora”. Como resultado da oração fervorosa da Igreja, Deus enviou um anjo e libertou Pedro da prisão. O que esta Igreja tem a nos ensinar acerca da oração? Em primeiro lugar, a Igreja, por meio da oração, demonstrava grande carinho pelo seu líder (Atos 12.5). Os pastores estão na linha de frente do exército de Deus, e,
por isso, sujeitos a sofrerem mais ataques das linhas inimigas. Se o pastor for ferido, as ovelhas serão dispersas. Precisamos orar pelos pastores, para que seu trabalho não seja um fardo. Existem obreiros que estão fazendo a obra gemendo e com profundas feridas por conta das lutas ministeriais. Em segundo lugar, a Igreja, por meio da oração, se associa ao mais forte (Atos 12.5). Orar é falar com Aquele que está no trono, que tem todo poder, autoridade e controle
sobre todas as coisas. Não há causa perdida quando colocada diante de Deus em oração. Ele ainda liberta os cativos. Ele dá força ao que não tem nenhum vigor. Ele faz da estéril mãe de filhos. Ele é o Deus dos impossíveis, que continua agindo em nossas vidas. Em último lugar, a Igreja ora de forma incessante (Atos 12.5). Pedro estava preso, mas a Igreja orava por ele incessantemente! Eles não desistem, não duvidam, não se cansam, nem se fatigam. Quantas vezes começamos em um propó-
sito de oração e paramos no meio do caminho? Falta-nos constância e disciplina para perseverar em oração. Jesus ressaltou para seus discípulos a importância de não desanimarmos na oração (Lucas 18.1). “Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar”. Termino com as palavras de Sir Thomas Buxton: “Conheceis o valor da oração: é preciosa e está acima de todo preço. Nunca, nunca a negligencieis”.
ansiedades: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós (I Pe 5:7). Quando fazemos isso, ficamos mais leves e podemos viver uma vida mais tranquila, mais ”leve”, porque Deus está nos conduzindo, mesmo diante de tantos problemas. Como é bom contemplar o belo, como diz Augusto Cury. Partindo da ideia de que Deus está cuidando da minha vida e de que eu não preciso ficar preocupado, posso contemplar o belo. Você já experimentou isso? Se não, desligue-se de tudo de ruim que está acontecendo à nossa volta e faça isso: contemple o belo! Olhe para a natureza. Vou melhorar: gaste tempo com a natureza! A questão não é se você é do tipo que gosta de plantas, árvores, flores ou não. A questão é que Deus criou a natureza, você se lembra disso? Pois é! Deus criou a natureza de uma forma
genial. A natureza é linda, maravilhosa e quando paramos para contemplá-la, podemos sentir o toque criador de Deus. Podemos ver além do que os homens estão vendo. Podemos sentir além dos que os homens estão sentindo. Não estou falando de auto-ajuda, mas, sim, da ajuda do alto, que são coisas totalmente diferentes. Contemplar o belo está além de olhar apenas para a natureza. Que tal olhar para as coisas simples que o rodeiam? Vida com simplicidade. Amo isso! Trabalho com crianças e aprendi a rir com elas. O tempo vai passando e, às vezes, perdemos o nosso “lado criança”. Isso é triste! As crianças se divertem com coisas pequenas, e nós? Temos a tendência de complicar tudo. Vamos parar com isso! Vamos rir mais! Como diz Augusto Cury, rir de nossas mazelas,
de nossos erros. Eu aprendi a fazer isso. Faço piadas com meus erros, brinco quando estou passando mal ou quando faço algo que não deveria ter feito. É uma forma “light” de encarar a vida. Tenho plena consciência da seriedade nos assuntos sérios, mas me divirto muito com coisas bobas para alguns, mas fantásticas e importantes para mim. Além de me divertir, tenho levado essa diversão adiante. Pergunte aos meus alunos - rs. Que fase boa! Estou debaixo da mão poderosa de Deus, sinto-me tranquilo, Ele luta por mim, contemplo o belo e vou vivendo minha vida, sem me esquecer de que devo testemunhar sempre desse Deus maravilhoso, que me salvou e quer lhe salvar também. Jesus me deu uma vida em abundância e eu não vou abandoná-la nunca. Isso vai durar até a eternidade. Que fase boa da minha vida!
Que fase boa! Muitos “cristãos” não sentem Wanderson Miranda de Almeida, colaborador de OJB essa vontade. A comunhão com Deus é essencial para alvez, alguém olhe ficarmos “numa boa”. Estamos rodeados por muita para o título e pense que estou em um mo- coisa ruim e, assim sendo, mento de ausência de precisamos de algo que nos turbulências, mas a história faça olhar para a vida com otinão é bem assim. As turbulên- mismo. Quando estamos em cias estão no caminho, mas comunhão com Deus, temos não estou nem aí para elas. esse olhar. Estamos em um moQue fase boa da minha vida! mento onde o Brasil é motivo Agora, você pode ter ficado de chacota, nossos políticos intrigado mesmo: “Por que essa só fazem leis para a própria fase boa?”. Essa fase boa vem, satisfação, são corruptos, praem primeiro lugar, da minha ticamente em sua totalidade, comunhão com Deus. Não se a maldade é cada vez maior, a espante, sou cristão desde o insegurança tomou conta dos nascimento, mas estou em um corações, a violência só aumomento muito bom de comu- menta, catástrofes acontecem nhão com o Pai. Como é bom em diversos países, governanestar em comunhão com Deus tes estão procurando guerra. e no centro da Sua vontade! Ufa! Dá para desanimar, não Como é bom pegar a Bíblia e dá? Mas quando estamos em ler com vontade de aprender comunhão com Deus, deixae viver o que ali está, em cada mos esse fardo com Ele. Deus linha. Aliás, como é bom ter nos dá o alívio. Devemos lanvontade de ler a Bíblia, certo? çar sobre Ele todas as nossas
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o jornal batista – domingo, 21/01/18
ponto de vista
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2018, ano de pagar dívida Rubens Araripe Pimpim, pastor Adjunto na Igreja Batista Parque Industrial São José dos Campos - SP
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amos começar o Ano Novo perguntando: 2018 será diferente? Ah, para muita gente será sim. Mas diferente como? Diferente na esperança de mais prosperidade financeira depois de 02 anos de recessão. Diferente na expectativa de que as eleições trarão um novo tempo ao país. Diferente na visão que as outras nações terão de nós, porque a gente acha que vai crescer muito. Diferente na emoção, porque vamos ganhar a Copa da Rússia, e daí em diante. Interessante. Se observarmos todas estas colocações veremos que o desejo é o de
um ano muito diferente, e aí é onde está o problema. Uma coisa é o ano ser diferente, outra é quando a diferença acontece em nós. Geralmente queremos que tudo mude, as circunstâncias, os outros, mas, e nós? Quando se fala de mudança pessoal, a conversa fica séria. E não há lugar onde toda conversa seja tão séria como a Bíblia. Só nela vamos encontrar a única fonte da mudança de verdade, o único poder capaz deste milagre: o evangelho de Jesus. Uma das grandes passagens onde esta maravilha é anunciada encontra-se em Romanos 1.13-16. Aqui, Paulo fala do desejo de encontrar seus amados em Roma e anunciar o Evangelho (v13). Até aí, tudo bem. Afinal, ele é um apóstolo, alguém convocado
para esta missão. Mas, o que chama a atenção, mesmo, é o motivo dele. O versículo 14 nos diz que ele se via como “devedor” dos que não conheciam a Cristo. O que significa isso? Vejamos: Há dois modos de alguém dever a outro. Um é pedindo emprestado. O segundo é entregar a alguém alguma coisa que recebeu de outro. Este último caso é a situação de Paulo. Ele era devedor, não porque pediu emprestado alguma coisa aos gregos e bárbaros, e, sim, porque recebeu de Jesus a tarefa de entregar o Evangelho salvador a todas as pessoas fora do mundo judaico. Enquanto esta entrega não ocorresse, Paulo era um devedor. Agora, observe que em Romanos 13.8 Paulo dirá que “a ninguém fiqueis devendo
coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros”. Podemos sentir certa ansiedade em Paulo em não ficar com esta dívida, quando ele diz que estava “pronto a anunciar o evangelho” (v15). A passagem nos fala muito acerca de nós e do mundo. Quem somos nós? Bom, segundo Paulo, que recebeu do Espírito Santo o correto entendimento acerca da Missão da Igreja, nós somos aqueles que devem ao mundo o evangelho salvador. E o mundo, quem é? O mundo é a quem devemos entregar o Evangelho que recebemos do Senhor. Ninguém nos deve nada, nós é que devemos ao Evangelho, que é o poder de Deus para salvação do mundo (v16). Em todo começo de ano há sempre o desejo de se colo-
car as dívidas do anterior em ordem e não dever nada a ninguém, não é mesmo? Sim, este é um bom pensamento, mas, se ele ficar apenas no dinheiro é materialismo. Aproveitemos este início de ano e façamos a diferença. O mundo está pedindo paz, saúde, segurança, dinheiro, coisas que não temos e nem devemos buscar para dar, porque o mundo não conhece sua verdadeira necessidade. Além disso, o mundo não está precisando de uma Igreja que faça as suas vontades, mas da nossa liderança espiritual. O que o mundo mais precisa e, acima de tudo, devemos a ele é o evangelho de Jesus Cristo, o poder de Deus que opera a mudança de verdade, a salvação. Igreja do Senhor, neste 2018, vamos saldar esta dívida?
Babilônia e suas faces Jacqueline Rodrigues, membro da Igreja Batista Cidade Jardim
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i v e m os a Ba b ilô nia do século XXI. Uma de suas caras é a face apóstata. Luxúria com cara de liberdade, imoralidade com cara de modernidade, perversões com cara de normalidade, profanação com cara de arte moderna. Facilmente identificamos a independência de Deus, a falta
de temor e amor ao Criador: atacam a família tradicional, defendem a homossexualidade e união entre pessoas do mesmo sexo, propõem educação infantil com base em escolha de gênero, negam o sexo biológico, cultivam o hedonismo. Sem base, sem regras, sem limites, sem conhecimento de Deus; cheios de paixões infames, cheios de desonra, inflamados em sensualidade. Cometem torpezas ignorando o Caminho, a Verdade e a
Vida; ignorando o absoluto Cristo. A face apóstata está nas mídias e se propaga com a velocidade da luz, se fazendo conhecer pelas crianças, adolescentes, moços e velhos; uma cara normal, a cara do mundo! A Babilônia do século XXI tem outra face, a face ecumênica. Fé sem entendimento, lágrimas sem arrependimento, moral sem espiritualidade, obras sem santidade. Religiosidade sem salvação, Igrejas
mercadejando um evangelho falsificado, cultivando pecados de estimação em nome da fraqueza da carne. Idolatria gospel, liturgia semelhante às baladas, culto sem proclamação das Escrituras e sem entendimento da suficiência de Cristo. A mornidão contemporânea e a permissividade ignorante causam ânsia de vômito ao Senhor. Babilônia cairá e com ela suas faces: face apóstata, face ecumênica, faces satânicas. Cabe à Igreja de Jesus, coluna
e esteio da verdade, revelar o único caminho de salvação ao mundo concupiscente. Cabe à Igreja, sal e luz do mundo, conservar os valores eternos e imutáveis do Reino de Deus em meio a uma geração corrupta e perversa. Cabe à Igreja do Senhor proclamar em sua vivência o poder do Evangelho para a salvação de todo aquele que crê. Cabe à Igreja revelar uma única face: a de Jesus, o Filho de Deus! Diante da qual todos comparecerão inexcusáveis.
AviSO imPOrTanTE As inscrições para a 98ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, que será realizada em Poços de Caldas - MG, entre os dias 26-29 de abril de 2018, deverão ser feitas pelo site www.convencaobatista.com.br. Para esta edição do evento, não teremos a ficha de inscrição publicada em O Jornal Batista. Fique atento para não perder o prazo das inscrições!