OJB EDIÇÃO 04 - ANO 2022

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ANO CXXI EDIÇÃO 04 DOMINGO, 23.01.2022

R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

FUNDADO EM 1901

Foto: Selio Morais

Batistas brasileiros elegem nova diretoria durante 101a Assembleia

Entre os dias 13 e 16 de janeiro, a Convenção Batista Brasileira realizou sua 101a Assembleia, no Centro de Celebrações da Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi, em Vitória (ES). Após dois anos sem um encontro presencial, Batistas brasileiros elegeram nova diretoria. Leia a matéria completa nas páginas 08, 09, 12 e 13. Reflexão

Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

Observatório Batista

Cobertura da 101a Assembleia

Novas diretorias

Viva a compaixão

Conheça as diretorias eleitas pelas organizações em Vitória

JMM promove lançamento da campanha durante a Semana Batista

Ministério pastoral insalubre?!

pág. 10

pág. 11

Editorial comenta como foi a cobertura do encontro dos Batistas brasileiros pág. 02

Coluna fala dos dilemas e desafios do ministério pastoral pág. 15


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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 23/01/22

EDITORIAL

A cobertura da 101a Assembleia da CBB Jornalista gosta de estar em grandes coberturas “in loco”, como dizemos no meio. As possibilidades de entrevistas, ideias e conteúdos são bem maiores quando você está no local, como um participante de tudo aquilo que acontece, como uma testemunha podemos dizer. Foi assim durante a histórica 100a Assembleia da CBB, no estado de Goiás. Estive presencialmente e foi uma experiência única e enriquecedora. Para a 101a Assembleia da CBB, em Vitória-ES, a cobertura foi diferente. Semana Batista e Assembleia acontecendo a todo o vapor na capital capixaba e, desta vez, vimos tudo a distância, através das transmissões ao vivo, redes sociais das nossas organizações e muitos colaboradores que colaboraram nestes dias (propositalmente

redundante para deixar em evidência o quanto a ajuda deles foi importante neste processo). Nesta edição de OJB publicamos a matéria completa da 101a Assembleia da Convenção Batista Brasileira, que aconteceu de 13 a 16 de janeiro, no Centro de Celebrações da Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi. Escrever estas palavras me faz lembrar dos dias inteiros, na sede da CBB no Rio de Janeiro, acompanhando em todo o tempo as transmissões e até mesmo home office, em alguns períodos, para adiantar a edição desta matéria que ocupa quatro páginas desta edição especial: 08, 09, 12 e 13. E na página 10 divulgamos todas as diretorias das nossas organizações, que foram eleitas durante a Semana Batista, de 10 a 12 de janeiro.

Além do conteúdo para O Jornal Batista mantivemos, quase que em tempo real, nossas redes sociais atualizadas com o que acontecia em Vitória através de publicações e stories no Instagram, a maioria deles repost (compartilhamento) de irmãos e irmãs que estavam participando da programação e marcavam o nosso perfil. Como eu disse no início, jornalista gosta de cobrir o evento presencialmente, mas, desta vez, não foi possível. Mas a missão foi cumprida. Recebemos a seguinte mensagem, via redes sociais: “Gostaria de parabenizar o responsável por alimentar o Instagram da CBB durante a Assembleia. Foi capaz de nos colocar na Assembleia com atenção para as informações a tempo e hora! Obrigada!”

Deixo aqui meu agradecimento a todos os fotógrafos, produtores de conteúdo, jornalistas, líderes de organizações e voluntários que colaboraram com fotos, vídeos e informações para que a cobertura da Assembleia fosse feita com muita qualidade, para que os Batistas recebessem o melhor. Que Deus abençoe vocês! O conteúdo da Assembleia não se esgota nesta edição, mas esperamos que a partir dela você “mergulhe” em tudo o que aconteceu nesses dias que refletimos sobre a busca da paz com a misericórdia. Boa leitura! n Estevão Júlio

jornalista no Departamento de Comunicação da CBB

( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901

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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA


REFLEXÃO

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BILHETE DE SOROCABA

Já leu todos esses livros? Pr. Julio Oliveira Sanches Já ouvi essa pergunta centenas de vezes. Ao entrarem em meu gabinete pastoral, as pessoas revelam curiosidades pela quantidade de livros existentes nas estantes. “O senhor já leu todos esses livros.” A resposta é: NÃO. Porque tantos livros então? A explicação é sempre a mesma. Não há biblioteca especializada na cidade para consultas. Fui obrigado, no exercício do ministério, a montar minha própria biblioteca. Os livros foram adquiridos seguindo um critério específico: auxiliar nas pesquisas concernentes ao ministério pastoral. Algumas, centenas já foram lidos, relidos e anotados várias vezes. Outros são livros de pesquisas, necessários no exercício do ministério pastoral. Alguns são especiais. Marcaram a minha caminhada com Cristo. Servem de inspiração e ânimo nos momentos con-

fusos. Foram presentes de amigos. Há várias bíblias em traduções diferentes, que são cotejadas na preparação das mensagens e estudos bíblicos. Não saberia conviver sem a presença desses amigos silentes. As bíblias usadas nas aulas de Novo Testamento no Seminário, bem assim a Bíblia em hebraico do amado e inesquecível professor Purim, com sua característica especial. Não há como esquecer o professor de história eclesiástica, José dos Reis Pereira. Alguns desses livros são especiais, marcaram o meu ministério e caminhada com Cristo. Servem de inspiração e ânimo nos momentos confusos. Mas, com o passar dos anos, minha biblioteca tem diminuído em seu número de exemplares. Os primeiros a serem doados foram os relacionados ao Direito ou Ciências jurídicas. Foram doados a Universidade local, UNISO. Lembro-me bem, do dia em que par-

tiram. Eram como filhos queridos que deixavam o lar. Seguiram seus próprios caminhos. Outros me deixaram sem a minha permissão. Foram emprestadados a amigos, ovelhas queridas, colegas de ministério, e nunca mais voltaram aos seus lugares nas estantes. Alguns foram substituídos por novas aquisições. Dois deles, de uma coleção em espanhol, de sociologia, foram levados por um pastor missionário que dava aulas em um seminário da denominação, que os levou e nunca os devolveu. Não sei se no céu haverá um momento de prestação de contas do dinheiro emprestado que nunca foi pago. Dos livros surrupiados que não mais voltaram às estantes de origem. Uma boa parte dos meus ex-livros os doei a um Seminário em Angola. Ofereci oportunidade ao reitor para selecionar os que desejasse. Ele escolheu os melhores entres os melhores. Não

sabia que o amado irmão entendia de livros. Às vezes sinto saudades e necessidades de alguns raros exemplares. Ao sentir saudades me alegro na minha tristeza por saber que esses livros estão enriquecendo a vida e ministérios de muitos estudantes no país amigo. Sempre adquiri livros por seus conteúdos. À proporção que os lia, fazia anotações à margem. Escrevia alguns comentários. Ao discordar do autor colocava ao lado do texto um NÃO grifado em vermelho. Faz bem à alma discordar dos autores. Por isso prefiro livros que possam expressar a minha aprovação ou não ao autor. Não consegui ler todos os livros de minha biblioteca, mas não me esqueci da recomendação de Paulo ao jovem Timóteo “persiste em ler…” (I Timóteo 4.13). Bons livros são bons amigos em todos os momentos. Vale tê-los como companheiros de jornada. n

O estigma de Zaqueu Senhorinha Gervásio

extraído do site da Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil

“Zaqueu, porém, levantando-se, disse ao Senhor: Vê, Senhor, darei aos pobres metade dos meus bens, e, se prejudiquei alguém em alguma coisa, eu lhe restituirei quatro vezes mais” (Lc 19.8). Resumo A desconsideração de uma pequena expressão como a conjunção condicional se, pode, ao longo do tempo, estigmatizar e deteriorar a identidade de uma pessoa. Comparando os livros da Bíblia aos clássicos da literatura mundial, podemos classificá-los como long-sellers. Para entender melhor o fenômeno é preciso conhecer também as características dos best-sellers. Em termos comerciais, estes são livros que fazem muito sucesso e depois somem do mercado; em termos literários, são livros de uma história só, apenas a visível, a superficial, que uma vez lida não se consegue ler de novo. Já os long-sellers,

comercialmente são livros que, continuam sendo vendidos ao longo dos anos, nos diversos países onde foram publicados. São livros de várias histórias entranhadas nas entrelinhas da história visível. Literariamente, estes podem ser lidos várias vezes ao longo da vida e, em todas as vezes encontramos detalhes significativos, lições não aprendidas nas leituras anteriores. São histórias de várias camadas, profundas, capazes de nos transformar para melhor à medida que nos confronta como leitores. Em ambos os sentidos, a Bíblia é um long-seller, adicionando uma terceira característica, pois além do aspecto comercial e literário carrega em si o aspecto espiritual, ela é a Palavra de Deus. A história de Zaqueu é uma das narrativas da Bíblia conhecidíssimas no meio cristão, desde os púlpitos à classe de crianças, com suas ilustrações de um homem barbudo com roupas longas em cima de uma árvore. Abrindo um parêntese só para esclarecer, essas ilustrações podem ser chamadas de “figuras”, nunca de “gravuras”, pois as gravuras pertencem ao campo das Artes, são feitas por um artista, de forma

manual, com pequena tiragem, vendidas em galerias de arte. Fechando o parêntese, acontece que, quando lemos uma história várias vezes, ficamos tentados a achar que a conhecemos muito bem. E é aí que corremos o risco de não enxergarmos detalhes, pequenas palavras que fazem toda a diferença no entendimento e ensino, na hermenêutica e exegese. Todas as vezes que tenho oportunidade de falar ou escrever para professores de crianças apresento um argumento recorrente: “não importa o quanto você conheça uma história bíblica, você precisa prepará-la de novo para ensinar”. Faço isso não somente por causa dos detalhes que nossa mente esquece, mas, também, por causa do objetivo do encontro e do ensino principal que se deve extrair do texto. Retornemos ao título do artigo e ao verso 8, parte b, do capítulo 19 de Lucas: … “[…] e, se prejudiquei alguém em alguma coisa, eu lhe restituirei quatro vezes mais”. Vejamos o que acontece com essa parte do texto. O se, como conjunção condicional, expressa uma hipótese, uma condição necessária para se realizar uma ação. Zaqueu

afirma que vai dar a metade dos seus bens aos pobres e, na hipótese de ter extorquido alguma coisa de alguém, ele restituirá. Ao longo da minha vida cristã tenho visto pregadores e professores, estigmatizando Zaqueu, deteriorando sua identidade ao afirmarem categoricamente que ele era desonesto, ladrão. Uma das definições dadas pelo sociólogo Erving Goffman para a palavra estigma é “comportamentos não convencionais”, quando uma pessoa não possui atributos importantes para um grupo social. Zaqueu sabia como os moradores de sua cidade viam os publicanos funcionários do governo romano. Apesar do seu nome significar “justo”, ele carregava a marca social de inabilitado para a aceitação plena. Ao desconsiderarem o se que expressa uma hipótese, pregadores e professores generalizam o fato de que todos os cobradores de impostos da época de Jesus eram desonestos. Mateus também era, também, desonesto em sua profissão de coletor de impostos? Zaqueu falou demais? Zaqueu merece essa má fama? Vale a pena continuar omitindo a importância do se? n


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REFLEXÃO

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O cuidado de Deus Jeferson Cristianini

pastor, colaborador de OJB

Ao ver algumas fotos antigas na casa do meu pai, me deparei com uma foto onde estou com meu irmão e meu pai, no Mercado Municipal de Rio Claro-SP, jogando milho para as pombas. Meu pai me disse que desde criança, sempre gostei de pássaros. Ele me disse que me levava no Mercado Municipal e comprava quirela de milho para eu ver as pombas. Depois, meu pai começou a criar alguns pássaros e sempre cuidei deles com carinho e amor. Quando minha mãe trabalhava na biblioteca da Unesp de Rio Claro, eu gostava de ver os lindos livros coloridos sobre pássaros. Hoje, quando cuido dos meus canários de estimação que ganhei, eu fico preocupado com a alimentação deles. Compro rações diferenciadas e ofereço alimentação adequada aos meus pássaros. Enquanto eles se alimentam, algumas sementes caem no chão, e as rolinhas e os pardais fazem a festa. Comem do que cai da gaiola dos canários. Quando eu limpo as gaiolas jogo um pouco de sementes e os pardais e rolinhas se aglomeram para comer. Lembro-me todo dia das duas palavras de Jesus em relação aos pardais. Jesus disse que não precisamos ficar ansiosos quanto as necessidades básicas da vida e nos chamou a observarmos as aves dos céus: “Observai as aves dos céus; não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mt 6.26).

A verdade é que Deus criou e sustentou a Sua obra até aqui e sustentará até o fim. Precisamos, como cristãos, crer e confiar que o Deus que nos criou e nos formou, nos trouxe à existência, é o mesmo Deus que proverá todas as nossas necessidades. Jesus, na oração modelo, também chamada de “Pai nosso”, nos ensina a chamarmos Deus de Pai; assim, como filhos, seremos amparados e sustentados pelo Pai Fiel, que é Deus. Na mesma oração, Jesus nos ensina a pedir pelo “pão nosso de cada dia”, ou seja, o suprimento para as nossas necessidades diárias, sabendo e crendo que essas necessidades serão supridas pelo Pai bondoso. A figura paterna de Deus que Jesus nos ensina é fantástica. Falando sobre necessidades, Jesus disse assim: “[...]porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidades, antes que lho peçais” (Mt 6.8). Ao falar sobre o cuidado do Pai, Jesus disse assim: “Ora, se vós sois maus, sabei dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mt 7.11). Veja que o Pai cuida das nossas necessidades e que Ele vê tudo o que de fato precisamos. Ele está atento. Seu cuidado é real. O teólogo e pastor batista John Pipper disse assim: “O mesmo Deus, que alimenta bilhões de pássaros a cada hora ao redor do mundo, vai cuidar de você”. Deus cuida atentamente dos pardais, e certamente cuidara de nós, pois somos a “coroa da criação”. Na Sua santa soberania, Deus cuida de todos os detalhes da criação, desde a alimentação dos pardais, dos insetos das florestas, nos animais nos mares,

Olavo Feijó

pastor & professor de Psicologia

Dimensões da vida cristã “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (I Pe 1.3). Viver em sociedade é um fenômeno complexo e abrangente. Algumas das suas dimensões ocorrem de forma definitiva, como no caso da guerra entre os participantes. Daí o provérbio histórico: “Se queres paz, prepara-te para a guerra”. Em outras palavras: “brincar de guerra” sempre nos ensina o preço social que manter a paz significa. até das nossas necessidades como seres humanos. O excesso de preocupação com a nossa subsistência, o que a Bíblia chama de ansiedade, é um padrão dos gentios nas palavras de Jesus, mas o padrão dos discípulos é de confiança na provisão divina. Numa sociedade marcada pela ansiedade e preocupação com o amanhã, somos chamados a descansar no cuidado de Deus. Ele cuida dos bilhões de pássaros do mundo todo e não se esquecerá de ti, que carrega a Sua imagem e Sua semelhança. Lembre-se que somos alvo do amor de Deus, que Ele nos amou com amor eterno, e uma das facetas mais lindas do

O preço social da paz exige a compreensão e a valorização das diferenças que, naturalmente, existem entre os participantes dos vários grupos humanos. Ao nos escrever sua Primeira Carta, Pedro nos revela: “Que vocês tenham, mais e mais, a graça e a paz de Deus” (I Pe 1.2). “Louvemos ao Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo! Por causa da Sua grande misericórdia, Ele nos deu uma nova vida pela ressurreição de Jesus Cristo. Por isso, o nosso coração está cheio de uma esperança viva. Assim esperamos possuir as ricas bênçãos que Deus guarda para o Seu povo” (I Pe 1.3-4). amor é o do cuidado. Deus demonstra Seu amor a nós diariamente cuidando de todas as nossas necessidades. Neste ano, seja sensível e grato. Sensível para reconhecer as intervenções de Deus, para perceber as misericórdias derramadas sobre a sua vida e manifeste gratidão ao Senhor. Reconheça que Deus está cuidando de sua vida e isso trará muita paz aos seus dias. Que em 2022, você veja e sinta o cuidado de Deus. Seja grato pelo cuidado do Senhor que vela por sua vida, mesmo quando você não vê e não reconhece. O cuidado de Deus é uma das formas que Ele tem para nos mostrar Seu amor. n

O novo e o velho Francisco Mancebo Reis pastor, colaborador de OJB

Início de ano é ocasião oportuna para recordar o que passou, avaliar o que se fez e o que ficou por fazer. Costuma haver sentimento de culpa pelas omissões. O ano que surge parece portador da esperança de compensar algumas perdas sofridas no ano findo. Daí o desafio do novo. Que significa o novo? 1. Sentido cronológico. As diferentes idades identificam as pessoas mais novas. O filho mais novo faz contraste com o mais velho. Na família cristã há os crentes mais novos na fé, visto que a

evangelização produz essa experiência coisas não depende, necessariamente, nas Igrejas. do tempo. Pode haver um crente idoso e com muitos anos de Igreja, mas com 2. Sentido ético. Aqui realça a ideias novas e sempre adaptado a siquestão dos valores e compromissos. tuações novas, assim como um crente Quando a Bíblia menciona “nova cria- jovem e preso a conceitos ultrapassatura”, “nascer de novo” e “novidade de dos e radicais. Então, paradoxalmente, vida” está cobrando dos cristãos os o velho pode ser novo e o novo pode padrões do Evangelho. Virtudes que ser velho. devem adornar a vida cristã. Note-se a relação entre o novo em 3. Sentido teológico. Mateus 9.17 relação ao antigo e ao antiquado. Te- estabelece uma relação entre o judaísmos casa velha, roupa velha, método mo e o cristianismo, na figura do odre velho, podendo não ser antiquados. velho que não suporta o vinho novo. O E casa antiquada, roupa antiquada, judaísmo é vasilha imprópria para recemétodo antiquado, podendo não ser ber o conteúdo da mensagem evangélivelhos. Noutras palavras: o valor das ca. Coincide que o velho é inadequado,

nessa ilustração. Convém fazer a passagem para o novo rompendo com o legalismo, não apenas o jejum, que motivou esse oportuno ensino do Mestre. Mateus 13.52 registra a expectativa de Cristo ligada aos intérpretes do Reino, que devem saber lidar com as “coisas novas e velhas”. Um apelo aos escribas cristãos. Estejamos abertos ao novo, avaliando-o, não simplesmente rejeitando-o por ser novo. E não menosprezemos o velho por ser velho. Que as velhas ideias sirvam às novas, e as novas tenham o que oferecer às velhas. Esse intercâmbio promove crescimento. n


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O negócio é semear

Davi Nogueira

pastor, colaborador de OJB

A gente precisa plantar para colher. Estamos no início de 2022. Temos a oportunidade de plantarmos muitas coisas para que tenhamos uma ótima safra, uma excelente colheita. Vamos plantar coisas boas na família, nos es-

tudos, no trabalho, na vizinhança, na Igreja aonde congregamos etc. Plantar dá trabalho, mas a recompensa da colheita vale muito a pena. Como é bom colhermos frutos viçosos. Termos bênçãos em nossas vidas sendo alcançadas, conquistadas como resultado do nosso empenho e da bênção de Deus sobre a nossa semeadura.

Espalhe as sementes. A terra está fértil, preparada para a plantação. No tempo certo os frutos virão. Iremos celebrar, agradecer a Deus a colheita maravilhosa que estamos tendo. Força, foco e fé. Nesse sentido, nessa direção teremos um ano de 2022 frondoso. É tempo de plantar. O negócio é semear, espalhar as sementes. Irmos ao

encontro dos nossos objetivos. Buscarmos os resultados que almejamos. Que o ano de 2022 seja recheado de bênçãos para a sua vida. Que você tenha uma excelente semeadura e uma extraordinária colheita. É tempo de plantar. Façamos isso e logo virá a colheita como resultado do nosso trabalho. n

Jubileu de Pérola da revista Educador

Marinaldo Lima

pastor, colaborador de OJB

Jubileu de Pérola da Revista Educador; Uma revista criada para o serviço do Senhor. Batistas brasileiros reconheçamos seu valor! Irradia a sã doutrina, com convicção e primor; Leitura estimulante que agrada o leitor. Em suas páginas, textos de elevado teor; Uma publicação séria, que é feita com amor. Desde que foi criada mantém sua qualidade E cada edição é feita com seriedade.

Pérola é o Jubileu; trinta anos de eficiência! Épocas se passaram, mas mantém sua coerência. Revista comprometida com a fé, em sua essência. O seu conteúdo tem ensino de excelência, Lapidado pela Bíblia, fonte de toda sapiência. Agora comemora três décadas de existência! Da Editora Convicção é esta publicação; A editora dos Batistas, pertencente à Convenção. Revista Educador teu o seu editorial E uma entrevista em cada edição trimestral. Vale a pena ler a resenha excepcional Indicando a leitura de um livro magistral.

São excelentes artigos teológicos e de educação geral; Também sobre educação cristã, tão essencial. A coluna Última Palavra dá a palavra final. Educador em Destaque é uma coluna elegante; Da Mesa da Redação traz e-mails de leitores exultantes. Uma coluna sugere livros; que ideia relevante! Cada página que se lê é sempre gratificante. A coluna Para Pensar traz temas muito instigantes. Do passado, trazendo assunto sempre impactante, O Vale a Pena Ler de Novo reedita artigo importante. Revista Educador seguirá sempre brilhante! n


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MISSÕES NACIONAIS

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Obra missionária abençoa comunidade ribeirinha da Amazônia

Missionária Millena Nascimento missionária Adaptação: Redação de Missões Nacionais

A Congregação Batista Missionária da Comunidade do Punã foi abençoada por diversos irmãos que têm se envolvido com o trabalho missionário. Recebemos doações de alimentos para uma ceia Natalina e a placa da Congre-

gação. Foi muito especial sentirmos o cuidado de Deus sobre nossas vidas também por meio dessas ofertas. O ano novo também foi um momento muito especial em Punã, pois pela primeira vez foi realizado na congregação o “Culto do Virada”. Além dos membros, o culto teve um casal visitando pela primeira vez, casal esse que é alvo de orações, pois são pais de uma das mensageiras do Rei. Eles

demonstraram estar muito alegres e emocionados de estarem ali conosco. Louvado seja Deus! A comunidade também vinha se preparando e orando há meses para a realização do 2º festival de dança, que nesse ano teve como tema “Nele Vivemos”, no qual por meio das apresentações foi propagada a Vida em Cristo Jesus. Foi uma noite linda! Tivemos a apresentação das meninas com as

coreografias, que tanto ensaiaram. Nessa ocasião, estiveram presentes mais de 80 pessoas conosco. O missionário Douglas trouxe a reflexão bíblica sobre o Natal e a vida em Cristo Jesus, e pudemos nesse mesmo dia distribuir evangelhos de João após o culto. Ainda há muito trabalho para ser feito com as comunidades ribeirinhas e em 2022 vamos continuar avançando, para a Glória de Deus! n


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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Batistas brasileiros refletem sobre a busca da paz com misericórdia durante a 101ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira Após 19 anos, capital capixaba voltou a receber uma programação dos Batistas brasileiros. Fotos: Selio Morais

Estevão Júlio

jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

Após dois anos sem um encontro presencial, os Batistas brasileiros, com muita expectativa, viajaram até a cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, para participarem e realizarem a 101a Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), de 13 a 16 de janeiro, no Centro de Celebrações da Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi-ES. Durante os quatro dias, os mensageiros refletiram sobre o tema da CBB para 2022, “Busquemos a paz com misericórdia”, com base bíblica em Efésios 4.32: “Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. Os preletores foram: pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos, presidente da CBB e pastor da Igreja Batista da Liberdade (SP); pastor Hilquias Paim, presidente da Convenção Batista Paranaense (CBP) e da Igreja Batista Lindóia (PR) - orador oficial; pastor Ronaldo Robson Luiz, coordenador acadêmico do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) e pastor da Igreja Batista em Campo Grande, em Recife (PE); Érika Checan, capelã, musicoterapeuta e membro da equipe pastoral Primeira Igreja Batista de Curitiba (PR); e pastor Raphael Abdalla, da Primeira Igreja Batista em Guarapari (ES). Programada para acontecer em 2021, mas adiada por conta do avanço da COVID-19 no Brasil e no mundo, a 101a Assembleia da CBB teve como um dos destaques a eleição da nova diretoria, que ficou assim disposta: Presidente: pastor Hilquias Paim (PR) Primeiro vice-presidente: pastor Michel Piragine (PR) Segundo vice-presidente: pastor Doronézio Andrade (ES) Terceiro vice-presidente: pastor Raphael Abdalla (ES) Primeira secretária: Iracy Leite (PE) Segundo secretário: pastor Márcio Soares (RJ) Terceiro secretário: pastor Erivaldo Barros (BA) Quarta secretária: Jane Célia da Silva Rodrigues (SP) A Assembleia da Convenção Batista Brasileira foi dividida em 10 sessões. Três na quinta (13), três na sexta (14), três no sábado (15) e uma no domingo

Após longo tempo, Batistas brasileiros voltam a se encontrar presencialmente

Oração de posse pela nova diretoria da CBB (16). Na noite de domingo ainda tivemos a realização do Culto Evangelístico, realizado pela Junta de Missões Nacionais. Primeira sessão Iniciada às 08:30 da manhã, a primeira sessão da 101a Assembleia da CBB relembrou a marca de 150 anos dos Batistas no Brasil. Mas, antes disso, o pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da CBB, chamou a diretoria para a composição da mesa e, em seguida, o pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos instalou a Assembleia. “Que sintamos sempre o Reino da paz em nosso coração”, disse o pastor. Após a leitura do tema, divisa e Hino Oficial, “Se o teu coração estiver em paz”, o programa da Assembleia foi aprovado e foram compostas as equipes das Câmaras Setoriais e Comissões. De Itaperuna, no interior do estado

do Rio de Janeiro, o pastor Heitor Silva falou do convênio da Agathos Play, uma plataforma de conteúdo cristão, com a CBB, e que também está disponível para as Igrejas. Na sequência, a então segunda secretária da CBB, Tárcia Jackeline Souza de Oliveira Figueiredo, leu uma carta de saudação aos Batistas brasileiros da Associação das Igrejas Batistas Brasileiras da América do Norte (AIBBAN). Líderes que marcaram a história da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES) e da CBB foram homenageados pela convenção hospedeira. Pastor Orivaldo Pimentel Lopes, que atuou como executivo da CBB e foi o primeiro presidente da CBEES, e o pastor Oliveira Araújo, que presidiu as duas Convenções. Ambos já descansam no Senhor e, por isso, suas famílias foram convidadas para receber as placas comemorativas. Os Batistas capixabas também homenagearam o pastor Sócrates Oliveira de Souza, e o

pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos lembrou a mobilização de oração pela saúde do executivo, que contraiu a COVID-19 em 2020: “É uma prova do poder e da vontade de Deus”, declarou. Em sua palavra de gratidão, pastor Sócrates afirmou que “Deus faz a diferença”. As lideranças da Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi, que proporcionou o espaço da 101a Assembleia foram apresentados e deram as boas-vindas ao povo Batista brasileiro. Eram eles: Eli Júnior, pastor sênior da PIB em Jardim Camburi (ES); pastora Suene, do ministério de serviço; e pastor Vander Borges, administrador da Igreja. O primeiro momento de Visão e Vocação Ministerial da 101a Assembleia da CBB foi com o Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB), representado pelo seu diretor-geral, o diácono Lyncoln Araújo. Há 11 anos na direção disse que tem sido uma “jornada abençoadora” e agradeceu a todos os que oram e ao seu corpo docente. Ele ainda lembrou quem em 2022, a instituição vai comemorar 120 anos de fundação e que nesse período foram formados cerca de 4400 pastores, 2000 missionários e mais de 1500 músicos. Conduzido pela ministra de Música Alzira Bittencourt, que era a presidente da Associação de Músicos Batistas do Brasil (AMBB), o momento de celebração do sesquicentenário dos Batistas no Brasil teve a exibição de oito vídeos, que falavam sobre o passado, presente e futuro da denominação. Diversos líderes Batistas apareceram, entre eles, Lúcia Margarida, pastor Edvar Gimenes, pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos, pastor Sócrates Oliveira de Souza, pastor Israel Belo de Azevedo; descendentes dos pioneiros, como a irmã Lovie Pitrowsky; os missionários Guenther e Wanda Krieger, que deixaram a seguinte mensagem: “não devemos deixar de refletir da nossa parte como Batistas brasileiros nesse projeto redentor de Deus”; a história de Eurico Alfredo Nelson, o “Apóstolo da Amazônia” e, para finalizar, crianças, filhos de líderes Batistas, dizendo que amam a Igreja local e a denominação. A mensagem da primeira sessão foi ministrada pelo pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos. Com base em Zacarias 4.10a e no Salmo 48, convidou os mensageiros no Centro de Celebrações e aqueles que assistiam a transmissão ao vivo a manterem firme a esperança em Deus, a lembrar das pequenas coisas, pois elas foram a base do que somos hoje. “Estamos observando a


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história, revisitando, para mostrar às gerações futuras quem somos, quem é nosso Deus”. Lembrou que vivemos diferentes momentos, mas “Deus continua o Senhor da história” e que “no poder de Deus vamos vencer”. Segunda sessão A tarde do dia 13 de janeiro, no Centro de Celebrações da PIB em Jardim Camburi (ES) foi de relatórios e deliberações. Conduzida pelo pastor Vanderlei Marins, então primeiro vice-presidente da CBB. O relatório do Conselho Geral foi apresentado pelo pastor Sócrates Oliveira de Souza, executivo, que falou sobre o Departamento de Comunicação, Educação Religiosa, entre outros assuntos. Ele ainda informou de um grupo de trabalho sobre autonomia de Igrejas e a criação de áreas estratégicas novas. O pastor Samuel Lopes, relator da Comissão de Novas Igrejas, informou que 15 Convenções estaduais solicitaram a filiação de um total de 58 Igrejas à CBB. Na Comissão de Indicações indicou os nomes para a Comissão de Renovação de Conselhos (11 membros titulares e cinco suplentes), Oradores e Assuntos especiais (cinco membros) e Escrutinadora (25 membros). O último relatório da sessão foi com o Conselho Fiscal, através do pastor Romes Pires de Araújo, relator. Foram apresentados os pareceres sobre a CBB e todas as suas organizações executivas e auxiliarees, até o fim de 2020. Para encerrar a programação, o testemunho missionário, da Junta de

Pastor emérito da CBB, pastor Irland Pereira de Azevedo falou às autoridades presentes

Novo presidente da CBB, pastor Hilquias Paim foi o orador oficial

Pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos e pastor Raphel Abdalla, terceiro vice-presidente da CBB

Momento Visão e Vocação Ministerial do Seminário do Sul; em destaque, pastor Valtair Miranda e pastor Fernando Brandão

Missões Mundiais, com o pastor João Marcos Barreto Soares, executivo da organização. Lembrou de missionários e ex-missionários que faleceram em 2021 e 2022. Ele falou do tema “Viva a compaixão”, da campanha 2022, os desafios no campo e desafiou os Batistas a viverem, cada vez mais, a se envolverem na missão.

musical da Família DAVS. O coro da AMBB participou virtualmente, através de um mosaico, devido às restrições contra a COVID-19. O pastor Irland Pereira de Azevedo, presidente emérito da CBB, foi convidado pelo pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos, a compor a mesa. Representada pelo pastor Lemim Lemos, seu presidente, a CBEES disTerceira sessão se estar “honrada em receber nossa convenção” e que tem “muito apego Na condução da AMBB, a terceira institucional”. sessão teve início com a participação Diversas autoridades compareceram à terceira sessão da 101a Assembleia da CBB, entre eles, Renato Casagrande, governador do estado Espírito Santo; Lorenzo Pazolini, prefeito de Vitória-ES; Davi Esmael, vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Vitória-ES; e o deputado federal Neucimar Fraga. Na palavra de saudação às autoridades, pastor Irland Pereira de Azevedo lembrou que “nós aprendemos nas Sagradas Escrituras a honrar as autoridades”, oramos por elas e “queremos o bem comum”. Ressaltou também a separação Igreja/estado, um de nossos princípios e que “toda fonte de poder vem de Deus”. Para finalizar destacou a contribuição dos Batistas em questões Mensageiros acompanharam relatórios, deliberações da sociedade, como a ajuda ao povo e momentos de louvor e adoração baiano, por conta das enchentes. Lorenzo Pazolini, prefeito de Vitória-ES, disse que a 101a Assembleia da CBB era um “momento especial da nossa cidade” e que o Centro de Celebrações foi um dos pontos de vacinação contra a COVID-19 na capital capixaba. “Muito obrigado pelas orações”, declarou o prefeito. Renato Casagrande, governador do estado, destacou a “espiritualidade (dos Batistas) que é referência para todos nós cristãos” e agradeceu o trabalho da Cristolândia no estado. O orador oficial da 101a Assembleia da CBB, pastor Hilquias Paim, foi apresentado pelo pastor Izaias QueriNova diretoria da Convenção Batista Brasileira

no, diretor-geral da Convenção Batista Paranaense (CBP). Através do tema “Compartilhemos graça e misericórdia” apontou, através da história de Jonas no capítulo 3.1-10, o que se espera de alguém que deve compartilhar graça e misericórdia. O pastor ressaltou que precisamos “perceber a limitação daqueles que não conhecem a graça de Jesus”, que devemos estar preparados para levar a paz e misericórdia, nos convidou a olhar mais para aqueles que não conhecem a graça e a misericórdia de Deus. Em cinco pontos apontou o que se espera daqueles que compartilham graça e misericórdia: 1. Que perceba Deus no seu cotidiano; 2. Que tenha encontros transformadores com a Palavra de Deus; 3. Que tenha uma visão verdadeira da graça de Deus; 4. Que tenha consciência real da misericórdia em seu viver; 5. Que creia na promessa do Senhor para os que proclamam. Quarta sessão Nosso início de sexta-feira teve as representações denominacionais da União Batista Latino-Americana (UBLA), com o pastor Sócrates Oliveira, que é vice-presidente da instituição, e da Aliança Batista Mundial (BWA) em um vídeo do presidente, Thomás Mackey. Foi apresentado ao público um projeto da CBEES para a produção de uma Bíblia manuscrita; todos que quisessem poderiam escrever, com as devidas orientações. O testemunho missionário da JMN, com o pastor Fernando Brandão, lembrou da atuação da nossa organização em vários projetos e momentos, como as enchentes que assolaram o estado Continua nas páginas 12 e 13


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Diretorias eleitas durante a Semana Batista da 101ª Assembleia da CBB Convenção Batista Brasileira (CBB)

União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB)

Presidente: Rosemeire Santos Marinho Colégio Americano Batista de Aracaju (SE) Primeiro vice-presidente: André Israel da Silva - Colégio Batista Daniel de La Touche - São Luís (MA) Segunda vice-presidente: Magnólia Lobo de Oliveira - Colégio Batista Inspire - São José dos Campos (SP) Primeira secretária: Marta Cristina Soares - Colégio Batista Brasileiro - Bauru (SP) Segundo secretário: Alexandre Aló - Colégio Batista Shepard - Rio de Janeiro (RJ) Conselho Fiscal da ANEB

Primeiro membro: Jader Menezes Teruel - Colégio Batista Fluminense (RJ) Presidente: Hilquias Paim (PR) Segundo membro: Ludmila Almeida de Siqueira CamPrimeiro vice-presidente: Michel Piragine (PR) Presidente: Cássia Virgínia Guimarães Cavalcanti pos - Colégio Batista de Brasília (DF) Segundo vice-presidente: Doronézio Andrade (ES) (PE) Terceiro membro: Luciano Estevam Gomes - Colégio Terceiro vice-presidente: Raphael Abdalla (ES) Primeira vice-presidente: Jane Barros Braga da Silva Batista de Aracruz (ES) Primeira secretária: Iracy Leite (PE) (PA) Segundo secretário: Márcio Soares (RJ - Convenção Segunda vice-presidente: Wilma da Costa Ferreira União Missionária de Homens Batista Fluminense) (RJ - CB CARIOCA) Batistas do Brasil (UMHBB) Terceiro secretário: Erivaldo Barros (BA) Terceira vice-presidente: Irany Oliveira Freitas Souza Quarta secretária: Jane Célia da Silva Rodrigues (SP) (MT) Primeira secretária: Enílima da Cruz Moraes Braid Associação dos Diáconos (CE - CIBUC) Batistas do Brasil (ADBB) Segunda Secretária: Marisa Janaina Costa Vieira (GO) Ordem de Pastores Batistas do Brasil (OPBB)

Presidente: Jorge Souza (PE) Primeiro vice-presidente: Antônio Domeni (SP) Segundo vice-presidente: Justino (PB) Primeira secretária: Terezinha (ES) Segunda secretária: Wilma (PE) Primeiro tesoureiro: José Ayres Segunda tesoureira: Ildegard Herr (MS) União de Esposas de Pastores Batistas do Brasil (UEPBB)

Presidente: José Maria de Souza (RJ) Primeiro vice-presidente: Marcio Alexandre de Moraes Santos (MG) Segundo vice-presidente Mãnu Mezabarba Alves (ES) Terceiro vice-presidente: Riedson Alves de Oliveira Filho (BA) Primeiro secretário: Linaldo de Souza Guerra (PB) Segunda secretária: Ioneida Petinati Bastos da Rocha (RJ) Terceiro secretário: Ismael Anderson Gomes da Silva (ES)

Região Norte: Jorge Aparecido de Carvalho (RO) Região Nordeste: Paulo Marinho (SE) Região Centro-Oeste: Wivaldo Junqueira de Souza (GO) Região Sudeste: Antonio Marcos (RJ - CB Fluminense) Região Sul: Jamil Dias Alves (PR) Associação dos Músicos Batistas do Brasil (AMBB)

Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB)

Presidente: Iracy Leite (PE) Primeira vice-presidente: Denise (ES) Segunda vice-presidente: Marisa (Planalto Central) Primeira secretária: Marisa (GO) Segunda secretária: Débora (SP) Primeira tesoureira: Marli (MG) Segunda tesoureira: Luciana (ES)

Presidente: Samuel Vieira Barros (PR) Vice-presidente: Ery Herdy Zanardi (RJ) Primeiro secretário: Antônio Henrique Lino Melo e Silva (DF) Segundo secretário: Paulo dos Santos Queiroz Júnior (SP) Diretor Executivo da ANEB: Jean Sandro Silveira Rede Batista de Educação (MG)


MISSÕES MUNDIAIS

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Lançamento da campanha 2022

Jamile Barros

Redação de Missões Mundiais

O Lançamento Oficial da Campanha 2022 de Missões Mundiais, Viva a Compaixão, aconteceu no dia 10 de janeiro, segunda-feira, na Primeira Igreja Batista de Vitória-ES, com a presença de vários capixabas e Batistas de outras regiões do país que estavam na cidade para a 101ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB). O culto foi um momento especial e, principalmente de reencontros e comunhão, já que o último lançamento feito de forma presencial foi em 2020, dois anos atrás. Além das cerca de 1000 pessoas presentes, milhares de pessoas acompanharam a transmissão ao vivo pelo Canal JMM no YouTube. A CBB e a Primeira Igreja Batista de Vitória-ES também transmitiram o evento e,

juntos, os três canais alcançaram mais de 14 mil pessoas durante a noite deste grande evento. Maurício Bastos, gerente de Mobilização da JMM, e o pastor Alexandre Peixoto, gerente de Missões da JMM, iniciaram o culto com uma saudação alegre e oração. Após, houve também uma palavra do pastor Doronézio Andrade, titular da PIB de Vitória-ES, do pastor Lemim Lemos, presidente da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES), do pastor Fausto Vasconcelos, presidente da CBB, do pastor Diego Bravim, executivo da CBEES e do pastor Sócrates Souza, executivo da CBB. A adoração, guiada e ministrada pelo grupo de louvor, conduziu a todos para um momento especial de comunhão com Deus. Foi apresentada também a música tema da campanha,

Viva a Compaixão (Teu Reino Vem), composta por Alexandre Magnani. Houve ainda uma proposta inédita para a prática da inclusão, quando todos aprenderam a cantar o refrão da música oficial em LIBRAS, seguindo umas das intérpretes voluntárias. Os missionários mobilizadores Jorge Nascimento, Rodrigo Pedra, Henrique Davanso e Sandro Rocha falaram aos irmãos através de testemunhos marcantes sobre a importância de se praticar os Pilares de Missões Mundiais: Ore, Oferte, Mobilize e Vá. Para falar sobre a mobilização, contamos com a participação especial da promotora Renata, da Primeira Igreja Batista em Aribiri (Vila Velha-ES). E a líder do ministério infantil da Igreja Batista em Itacibá - Cariacica-ES, Anna Lyvia, trouxe dicas de como ensinar às crianças a importância sobre missões.

O pastor João Marcos Barreto Soares, diretor executivo de Missões Mundiais, saudou a todos dizendo como era bom estarmos juntos de forma presencial. Ele falou sobre o tema da campanha e explicou a escolha do versículo de Gálatas 2.20 para a divisa: “Não há salvação sem misericórdia. Não há salvação sem compaixão. (...) Embora o texto (Gálatas 2.20) que nós usamos não fale diretamente a palavra compaixão, o texto expressa a compaixão.” E assim, ele seguiu envolvendo e convidando os Batistas brasileiros a viverem a compaixão. A noite foi encerrada com a apresentação do clipe oficial da campanha com todos louvando a Deus em comunhão. Em 2022, venha viver e praticar atos de amor ao próximo com Missões Mundiais. Viva a Compaixão. n

Missões Mundiais no Retiro dos Pastores de São Paulo-SP Cléverson Bigarani

pastor, líder da equipe de mobilização em São Paulo

O tradicional Retiro da OPBB-SP voltou a acontecer de modo presencial neste início de 2022. A pandemia impôs o cancelamento dos encontros nos últimos dois anos, o que parecia muito mais tempo. Pela graça de Deus, cerca de 250 participantes puderam celebrar in loco, de 03 a 06 de janeiro, no Acampamento Batista em Sumaré, o 80º Retiro dos Pastores Batistas do Estado de São Paulo. As celebrações também foram transmitidas pelo canal da OPBB-SP no YouTube. O orador oficial foi o pastor Luiz Roberto Silvado, da Igreja Batista do Bacacheri-PR, que ministrou aos colegas sobre o tema: “Pastores Comprometidos com a Palavra”. Eu estive representando Missões

Mundiais, com outro missionário mobilizador, o Anderson Barros. Após chegar recentemente da Itália, pude apresentar informações do campo e testemunhei sobre o trabalho de missionários como Fabiano Nicodemo, em Cesena, que participa de um programa de assistência às pessoas que enfrentam fome naquele país. Sim, há italianos que necessitam não só de apoio espiritual, mas também de ajuda humanitária. Houve bastante interesse dos irmãos em saber mais sobre a obra missionária na Itália. Por fim, todos foram encorajados a participarem do Culto de Abertura da Campanha de Missões Mundiais, que aconteceu no dia 10 de janeiro, na Primeira Igreja Batista de Vitória-ES, e a continuarem juntos, multiplicando as ações missionárias nos cinco continentes a partir da Igreja local. n


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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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da Bahia. Outro destaque foi a participação de Débora Medeiros, uma das líderes do projeto Sons da Missão, que em pouco tempo já tem conseguido grandes resultados. “O nosso Deus é um Deus de excelência”, afirmou a líder. Entre eles, Yuri, aluno do projeto no Espírito Santo há pouco mais de seis meses, que fez um solo de violino. O sonho do projeto é montar uma orquestra completa. “A mão de Deus que está abrindo essas portas”. A Convenção Batista Goiana, (CBG) através de seu presidente, o pastor Carlos Enrique S. Rocha, entregou à diretoria e a líderes de organizações, uma medalha alusiva ao centenário Batista no estado, marca alcançada em 2020. O pastor Fabrício Freitas convocou o povo Batista a fazer download do Aplicativo da Rede 3.16, rádio idealizada pela Junta de Missões Nacionais (JMN) a continuar ouvindo e compartilhando a rádio do povo Batista brasileiro. “Nosso sonho como povo Batista agora é realidade”. Tivemos a formação das câmaras setoriais de Educação Ministerial, Educação Cristã e de Missões, que estiveram reunidas na quinta sessão. O momento de Visão e Vocação Ministerial na quarta sessão foi com o Seminário Teológico Batista Equatorial (STBE). Seu diretor-geral, pastor Benildo Veloso Costa, comentou que foi aluno da instituição e também é professor. Contou aos mensageiros que a casa já formou muitos pastores e missionários e que a visão é ser um centro de excelência. Falou ainda da expansão do STBE através de pólos e

a parceria com a Convenção Batista do Pará (COBAPA). Para a mensagem “Busquemos a paz com misericórdia através da formação ministerial” tivemos o pastor Ronaldo Robson Luiz, coordenador acadêmico do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) e pastor da Igreja Batista em Campo Grande, em Recife (PE). Ele foi apresentado por Daisy Santos Corrêa de Araújo, que era primeira secretária da CBB. Ele destacou a importância de investirmos nos vocacionados, avançarmos progressivamente e lembrarmos que o Deus da obra é grande. Tendo como base o texto de Êxodo 3. 1-12, disse que a busca da paz com misericórdia através da formação ministerial é marcada pela vida dos vocacionados e investimento na vida deles; e que toda vez que investimos na vida dos vocacionados, o resultado é relevante. O preletor lembrou de algumas realidades que precisamos estar cientes, como a vocação de Deus gerando em nós a perfeita noção de quem realmente somos, saber que a dimensão da obra de Deus que está diante de nós é grande demais e que a vocação de Deus em nossas vidas revela como somos pequenos, como os desafios são enormes, mas, sobretudo, a grandiosidade de quem nos chamou. Para finalizar trouxe algumas características de uma boa formação ministerial: A formação ministerial aponta para uma vida de serviço a Deus; Gera homens e mulheres que são servos e servas de Deus.

Marcada pela diversidade de ministérios Marcada pelo testemunho Ainda tivemos a participação do músico Josimar Bianchi, que encantou a todos com seu talento, a leitura das primeiras atas da 101° Assembleia da CBB e a CBEES presenteando a diretoria da CBB com uma panela de barro, uma característica do estado, e chocolates Garoto, também fabricados no Espírito Santo. Quinta sessão Na parte da tarde, as Câmaras setoriais estiveram reunidas em espaços anexos do Centro de Celebrações e no templo sede da PIB em Jardim Camburi-ES para apresentação de relatórios e pareceres das organizações executivas e auxiliares. Conheça as câmaras e suas organizações: Educação Cristã Juventude Batista Brasileira (JBB) União Missionária de Homens Batistas do Brasil (UMHBB União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB) Convicção Editora Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil (AECBB) Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB) Missões Junta de Missões Mundiais (JMM) Junta de Missões Nacionais (JMN) Associação Evangélica Denominada Batista do Rio de Janeiro

Educação Ministerial Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB) Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) Seminário Teológico Batista Equatorial (STBE) Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET) Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB) Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB) Associação de Músicos Batistas do Brasil (AMBB) Sexta sessão O destaque da sexta sessão da 101a Assembleia da CBB, na sexta, 14 de janeiro, à noite, foi a Celebração Missionária da Junta de Missões Nacionais (JMN). A organização trouxe a Rede 3.16 para o púlpito do Centro de Celebrações e falou dos trabalhos da Cristolândia, Carreta do Sertão, Sons da Missão e testemunhos. Em um dos momentos, o pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos participou e lembrou da Campanha Nacional de Evangelização, o Congresso da Aliança Batista Mundial e as visitas de Billy Graham ao Brasil. O preletor foi o pastor Joás Máximo de Oliveira, da Segunda Igreja Batista em Cachoeiro de Itapemirim-ES, ressaltando que é impossível ficarmos indiferentes ao sofrimento do nosso povo e a nossa responsabilidade de reconhecermos as necessidades espirituais da nossa nação e do nosso tempo; e mais do que isso, agirmos e proclamarmos que Jesus Cristo é a única esperança.

Diretoria anterior da CBB durante Hino Nacional Brasileiro

Diretor executivo da CBB, pastor Sócrates apresentou relatórios e recebeu homenagem da CBEES

Protocolos sanitários contra a COVID-19 foram respeitados durante a Assembleia

Momento de oração pela Juventude Batista Brasileira


NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 23/01/22 cursos. Através de alguns vídeos apresentou o testemunho de pessoas ao redor do mundo abençoadas pelo trabalho da JMM. O pastor João Marcos Barreto Sores, executivo da JMN, em sua mensagem, disse que Jesus viveu a compaixão através de três atitudes: através de um olhar, através de uma fala e através de uma ação.

Érika Checan, preletora da 7a sessão da Assembleia Sétima sessão A manhã de sábado tinha no seu programa a eleição da nova diretoria da Convenção Batista Brasileira. Mas, antes disso tivemos momentos de louvor e oração no Centro de Celebrações. Logo após, Comissão de Apoio Parlamentar explicou o processo de votação e eleição da nova diretoria da CBB. No primeiro escrutínio tivemos a eleição para o cargo de presidente da CBB. Diversos nomes foram indicados e concorreram ao cargo, mas apenas os dois mais votados foram ao segundo escrutínio: pastor Hilquias Paim (PR) e pastor Doronézio Andrade (ES). 628 mensageiros votaram no primeiro escrutínio. Já no segundo escrutínio, o pastor Hilquias Paim foi eleito com 388 votos. A mensagem da 7a sessão foi ministrada por Érika Checan, membro da equipe pastoral da Primeira Igreja Batista em Curitiba-PR, que foi apresentada pelo pastor Paschoal Piragine, pastor da mesma Igreja. Ao falar do tema proposto, ““Busquemos a paz e misericórdia na convivência dia a dia”, Érika Checan falou da sua experiência como capelã hospitalar, a importância de cuidarmos uns dos outros, generosidade e de estarmos disponíveis a consolar a quem precisa.

tista em Jardim Paulista Baixo-PE Proposta para que o pastor Edgard Barreto Antunes, da Primeira Igreja Batista em Nova Iguaçu-RJ, fosse incluído na lista de pastores eméritos da CBB. Todas as propostas foram aprovadas. Nona sessão O pastor Sócrates Oliveira de Souza convidou ao púlpito algumas lideranças da Convenção Batista de Pernambuco (CBPE) para a promoção da 102a Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), que será realizada de 19 a 23 de janeiro, em Recife. O diretor executivo da CBB recebeu a primeira inscrição. Os Batistas pernambucanos esperam, pelo menos, quatro mil mensageiros. Na ocasião, um vídeo foi exibido, mostrando o que o estado de Pernambuco tem de melhor. Foi também o dia da Celebração Missionária da Junta de Missões Mundiais (JMM), que através de uma encenação teatral da famosa passagem dos “Cinco pães e dois peixes”, levou os mensageiros a refletirem sobre viver a compaixão, mesmo com poucos re-

construção da 101a Assembleia, Igrejas, pastores etc. Foi encerrado também o período de mandato da diretoria e a posse da nova, que atuará no próximo biênio. Em seu primeiro discurso como presidente, o pastor Hilquias Paim destacou que Deus dirigiu esse momento e que não imaginava ser o presidente da CBB. “Surpreso e consciente da responsaDécima sessão bilidade, do privilégio que Deus confiou a nós”. A diretoria ainda realizou um Teve o parecer da Comissão de re- momento de oração pela Juventude novação dos Conselhos, que apresen- Batista Brasileira (JJB). tou todos os nomes (apresentaremos posteriormente em OJB). Celebração Missionária O último momento de Visão e Vocação Ministerial da Assembleia foi O culto foi uma parceria da PIB em com o Seminário Teológico Batista do Jardim Camburi-ES e a JMN, e fechou Sul do Brasil (STBSB), com o pastor a semana Batista da 101ª Assembleia Fernando Brandão, seu diretor- geral. da CBB. A programação foi voltada Ele agradeceu a oportunidade que os para a transformação de vidas, que é seminários tiveram. “É uma forma que fruto da ação do Espírito Santo. Pastor a diretoria da CBB destacar a relevância Fernando Brandão, executivo da JMN, e importância estratégica dos nossos foi o preletor, e contou com o apoio seminários. Apresentou a missão e os do Coro da Cristolândia do Estado do resultados de alunos que estão fazen- Espírito Santo. A Igreja e convidados do a diferença no Reino. ficaram impactadas com os testemuA última mensagem da 101a Assem- nhos de Jandira e Marcus Vinicius, que bleia foi com o pastor Raphael Abdalla, receberam vida nova em Cristo após da Primeira Igreja Batista em Guarapa- passarem pela Cristolândia. ri-ES. Ele foi apresentado pelo pastor Diego Bravim, diretor-geral da CBEES, Assista todas as sessões da 101a e ministrou a mensagem “Busquemos Assembleia da Convenção Batista Braa paz e misericórdia através de ações sileira em nosso canal no Youtube e celebrativas”, em II Reis 7.3-9. De acor- página no Facebook. do com o pastor, ações celebrativas Youtube: www.youtube.com/condemandam de nós movimento, con- vencaobatistabrasileira fiança e partilha. Durante a mensagem Facebook: www.facebook.com/ ressaltou que Deus pode nos curar em ConvencaoBatistaBrasileira um ato ou através de um processo. A história dos quatro leprosos também Veja toda a cobertura nas redes ensinou que Deus, muitas vezes agiu sociais de maneira sobrenatural e o movimento Facebook: www.facebook.com/ humano e que devemos compartilhar com aqueles que mais precisam, pois ConvencaoBatistaBrasileira Instagram: www.instagram.com/ fé também é partilha. Tivemos ainda um momento de cbboficial Twitter: www.twitter.com/batistasgratidão do pastor Diego Bravim a todos que participaram no processo de dacbb n

Oitava sessão Foi o momento de ouvir os relatórios das Câmaras Setoriais, que aconteceram na quinta sessão da 101a Assembleia da Convenção Batista Brasileira. Relatório Câmara Setorial de Educação Ministerial: pastor Elildes Fonseca (RJ) Relatório da Câmara Setorial de Educação Cristã: pastor Hugo Santos Zica (MA) Relatório da Câmara Setorial de Missões: Marcos Vieira Monteiro (CE) Todos os relatórios foram aprovados. A Comissão de Assuntos Especiais, com o pastor Edvar Gimenes como relator, trouxe as seguintes propostas: Orador oficial da 102a Assembleia da Convenção Batista Brasileira: pastor Antonio Renato Gusso, da Igreja Batista Ágape, no Paraná: Oradora substituta: professora Renildes de Jesus, da Primeira Igreja Ba-

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Pastor Ronaldo Robson Luiz, preletor da 4a sessão

Pastor Raphael Abdalla, preletor da 10a sessão

Por conta da pandemia, mandato da última diretoria foi prorrogado

Assembleia teve diversos momentos de louvor


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PONTO DE VISTA

O JORNAL BATISTA Domingo, 23/01/22 FÉ PARA HOJE

Não faça nada por obrigação, mas por prazer em Deus! Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob Não faça as coisas de um modo geral por obrigação, mas por prazer em Deus. Não vá à igreja por dever, mas com alegria e satisfação! Por exemplo, nos dízimos e nas ofertas, na ajuda às pessoas; “Deus ama ao que dá com alegria” (II Coríntios 9.7). Se não for com alegria e com gozo, por favor, não dê. Não é bênção! As coisas que fazemos para Deus, não podem ser feitas por constrangimento, mas com profunda alegria, prazer, contentamento e com nobreza de caráter. O Senhor deve ser sempre o motivo do nosso louvor, da nossa verdadeira adoração e celebração em Cristo Jesus. Se você vai à Igreja por obrigação religiosa, por favor, não apareça lá. Se vai com intenção de troca, não se desloque para o santuário. A casa do nosso Pai é a casa da celebração, da plena alegria nEle. Se Ele não é a sua prioridade, fique em casa. Jesus não nos obrigou a segui-lo e a servi-lo. Veja o que diz Mateus 16.24-27. Deus apre-

cia a voluntariedade do coração. Adorar a Deus, pessoal e coletivamente, demanda profundo gozo, intenso contentamento! A casa do Pai não é a casa do mau humor de uma agenda obrigatória, de um acerto religioso, mas de pleno contentamento nEle e para a glória dEle (I Coríntios 10.31). Nós não O glorificamos quando fazemos as coisas para Ele de qualquer maneira, a toque de caixa. O Autor da nossa salvação merece o nosso melhor pensamento, sentimento e a nossa melhor intenção. Para Ele, o nosso melhor serviço. Ele deseja de nós as primícias e não resto, as sobras, migalhas. A casa de Deus é casa da celebração, festa, harmonia, sintonia, sinergia e revelação do Seu amor em Cristo Jesus derramado nos corações e relacionamentos pelo Espírito Santo (Romanos 5.5). No ambiente da revelação de Deus, não cabe gente mau humorada, enfezada, que O serve por obrigação e constrangimento. Medite em Isaías 1.1-18 e veja como Deus analisa o culto e os ajuntamentos solenes e mecânicos, sem prazer, sem adora-

ção sincera, coerente. Ele deseja de nós um culto racional, lógico, coerente (Romanos 12.1,2). De acordo com o texto de Isaías, o Senhor está cheio, cansado, pelas tabelas, de culto sem coração, sem amor, sacrifício e sem sinceridade. Ele ordena: “Lavai-vos e purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante de meus olhos: cessai de fazer o mal” (Is 1.16). Se nós não O amamos de todo o coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento e com todas as nossas forças (Mateus 22.34-40), não há razão para estarmos em Sua casa de oração, de participarmos da comunhão dos santos, da obra do ministério de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Realizemos as coisas para Deus não pelo que Ele oferece, dá, mas por quem Ele é. O nascido de novo, salvo pela graça, regenerado, não entra na casa do Pai ressentido, amargurado, raivoso, sem um profundo arrependimento, sem contrição e quebrantamento. O Pai se agrada quando olha para um coração quebrantado e contrito (Salmos 51.17).

Não nos esqueçamos de que Deus examina o nosso coração, as nossas reais intenções (Salmo 139). O cristão genuíno tem prazer nas coisas de Deus. É patente nele. E este é um testemunho contundente do Evangelho! O crente em Jesus Cristo, não vai empurrado ao templo ou a um pequeno grupo de estudo bíblico, mas vai com muita alegria, com efusiva celebração e muito contentamento. O seu maior prazer é o Senhor - o Seu Criador e o Seu Redentor! O nosso prazer em Deus traz saúde nas dimensões espiritual, ética, emocional e física. É muito bom fazer as coisas com integridade de coração e regozijo! Até nos momentos de perseguição, agressão o cristão tem exultação no Senhor (Mateus 5.11,12). Então, sirva ou adore a Deus com grande prazer, contido no contentamento! Por favor, misericórdia, não faça as coisas para Deus ou para qualquer outra pessoa por obrigação, mecanicamente, mas por prazer no Pai que é amoroso em extremo (Isaías 49.15; João 3.16; Romanos 5.8). n


PONTO DE VISTA

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OBSERVATÓRIO BATISTA

Pastorado - uma atividade insalubre?! Lourenço Stelio Rega Ao falar em pastorado aqui, neste artigo, penso também nos mais variados ministérios exercidos por pessoas vocacionadas que dedicam tempo para a atuação numa igreja, organizações religiosas e denominacionais. A palavra insalubridade significa a condição de existência de atividades que, por sua natureza, circunstâncias ou métodos, exponham a pessoa a situações ou agentes nocivos à saúde física, mental, emocional e espiritual, acima dos limites de tolerância. Sempre ouvimos notícias de filhos de pastores que estão afastados, esposas de pastores que vivem deprimidas e amarguradas, pastores que sofrem pressão na liderança da Igreja e/ou pelo corpo diaconal. Minha esposa, que é psicóloga com especialização em terapia familiar sistêmica, já pode ajudar muitas esposas de pastores. Se pensarmos em todos os dilemas que um pastor ou ministro tem de enfrentar e dar conta, o volume de atendimento, as pressões das decisões e conflitos que tem de gerenciar, podemos afirmar que o ministério é insalubre. Mas, também, necessitamos considerar que qualquer atividade de trabalho tem seus níveis de insalubridade, mesmo fora do mundo religioso. Atualmente, quase todas as atividades duplicaram seu nível de insalubridade. Colegas, então tenhamos ânimo, pois não estamos sozinhos! A questão não é a insalubridade em si, mas como nós pastores, ministros e executivos fazemos frente a este componente de nosso trabalho. Passadas mais de quatro décadas de ministério atuando em Igrejas, denominação e instituições, posso confessar que ainda estou aprendendo a lidar com a insalubridade ministerial, especialmente ouvindo conselhos de colegas mais experientes, profissionais da saúde, minha esposa e filhos. Neste tempo todo, o volume de amizade com colegas ministeriais é incontável e tenho notado que muitos encaram o ministério com uma atitude conhecida como workaholic, expressão americana que indica pessoa viciada em trabalho. Confesso que por muitos anos tive esse vício e tive de ouvir os conselhos que acima mencionei e mudar radicalmente a visão de vida, família e ministério. Os profissionais da saúde nos en-

sinam que nosso corpo, em casos de elevada tensão e exigências da vida, produz certas substâncias que agem nos receptores opioides neuronais, produzindo ações de insensibilidade à dor (analgesia) e até senso de euforia e onipotência. Aliás, um destes profissionais, amigo, que tratou muitos pastores, me disse que muitos de nós pastores temos Síndrome de Onipotência Simbiótica, pois achamos que somos insensíveis à dor e sofrimento, imunes a doenças e tudo podemos. A ação do corpo, neste caso, tem um limite, pois se estamos expostos constantemente a tensões, falta de repouso, volume excessivo de trabalho, há redução da produção destas substâncias e podemos ter Síndrome de Pânico, depressão e entrar em um estado chamado de Síndrome de burnout (palavra que significa queimar sem deixar condições de recuperação), caracterizado por um esgotamento físico, mental, emocional e espiritual intenso, requerendo a ajuda imediata de profissionais especializados da saúde, psicoterapia e aconselhamento. Para evitarmos isso será necessário desenvolver um senso que é chamado resiliência, uma palavra que vem da Física e que indica a resistência de um material a pressões e estresse sem que sofra ruptura. Na Medicina do Trabalho há diversos estudos sobre a resiliência indicando que todos os profissionais de sucesso conseguem absorver os impactos, estresse e pressões profissionais. É claro que há um limite para a resiliência, ninguém é onipotente como Deus o é. Por isso, se não aprendemos estratégias para enfrentar a vida e o trabalho, em vez de resiliência, caímos no burnout. É possível citar alguns caminhos que poderemos tomar na vida ministerial para reforçar nossa resiliência. • Estabelecer prioridades para a vida. O apóstolo Paulo ensina as escalas de prioridade em Efésios (5.16-6.20): Eu e Deus, eu e meu matrimônio, eu e minha família, eu e minha profissão/trabalho (ministério), eu e a batalha espiritual. Em primeiro lugar, cuidar de meu eu com Deus (vida devocional, piedade, vida pessoal), depois vem o matrimônio e a família e só depois é que vem o meu trabalho. Aliás, Paulo já indicava que os pastores/bispos/presbíteros deveriam saber cuidar bem da sua família antes de quererem cuidar do povo de Deus (I Timóteo 3.4,5; Tito 1.6). • Estabelecer momentos de repouso. Este é um princípio da Criação. Com

tanta gente para atender, Jesus notou que Seus discípulos precisavam descansar (Marcos 6.31). Nós pastores, muitas vezes, abusamos nisso; nem férias queremos ter e nunca nos desligamos de nosso ministério, vivemos como um workaholic. Não há corpo, mente, emoções e espírito que aguente. Vivemos, muitas vezes, um frenesi de atividades, sentimos culpa se ficarmos sem fazer nada. É o pragmatismo, a centralização, a falta de ensino para a Igreja de que não somos onipotentes e precisamos de repouso. Que tal desligar o celular da Igreja no seu dia de repouso ou deixá-lo com o vice-presidente da Igreja, fazendo o mesmo em época de férias? O filósofo Sócrates disse certa vez: Tomem muito cuidado com o vazio de uma vida ocupada demais. O repouso, antes de ser meramente ócio, é necessário para a reposição de nossas energias físicas, mentais, emocionais e espirituais, que serão úteis no exercício da resiliência. Por muito tempo, minha natureza era dormir poucas horas; pedi ajuda a muitos profissionais da saúde, até que finalmente um deles me ajudou. O repouso serve também para estarmos com nossa família, a sós meditando, descansando, nos desconectando das atividades normais. Vamos lembrar que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6.19) e nos é dado para ser bem cuidado. • Aprenda com os ensinos da Bíblia a confiar em Deus nos momentos de ansiedade. Uma jovem, que trabalha no escritório da CBB, um dia me enviou pelo Facebook a frase: “A soma de todas as responsabilidades, nos deixa debilitados e não percebemos. Aí Deus nos presenteia, com aquele sonho, que somente Ele conhecia todos os detalhes. Complementa dizendo: “Filhos, descansem...eu cuidarei das demais coisas”. Você poderá ter uma característica mental e emocional ansiosa que pode ter causa em sua natureza ou sua constituição genética. Procure ajuda com profissionais competentes. O que fazer em momentos de crises ou dificuldades. Há uma palavra chinesa para crise que é composta por dois hierogramas “Wei-ji”. “Wei” significa risco, perigo, enquanto de “ji” significa oportunidade. Veja se Deus não está lhe dando uma oportunidade para aprender algo, desenvolver uma característica pessoal que ainda não está adequada. Vamos lembrar, Deus usa a didática do

deserto (Deuteronômio 8), da prática. Adão se sentiu só, Abraão teve o seu deserto, Elias na caverna, Pedro, Paulo e tantos outros heróis da fé (Hebreus 11). O desenvolvimento do caráter, de nossa personalidade, de nosso estilo de relacionamento, nossa maneira de enfrentar pressões passa por esta didática divina. Quando um dente dói vamos logo ao dentista, quando há um dilema em nossa vida, devemos analisar a crise, mas também a oportunidade que Deus está nos dando e tomar as providências para o aprendizado. • Vamos estar atentos aos riscos do exercício de nossa atividade ministerial. Em Medicina há o que é chamado de iatrogenia que indica efeitos adversos provocados pelo próprio tratamento a que o paciente é submetido. Já ouvi médicos se referindo também que a iatrogenia pode ser aplicada ao médico que sofre estes efeitos adversos ao ministrar a terapia ao paciente. Se isto é correto, nós pastores, ministros e executivos, muitas vezes sofremos de iatrogenia ministerial, isto é, efeitos adversos próprios do exercício de nossa atividade de trabalho. Alguns exemplos: há pastores que, ao aconselharem alguém, acabam se envolvendo com esta pessoa; um momento de tensão numa reunião ou assembleia que coloque em risco algum plano prioritário que o pastor deseja tocar em frente pode eclodir numa explosão de raiva etc. Poderia acrescentar outras sugestões, mas deixo para que outros colegas se sintam encorajados a colaborar nesse processo. Queridos colegas, é urgente que aprendamos a lidar com as situações do ministério, que tenhamos amigos para compartilhar nossos desafios e tensões, que voltemos a valorizar nosso matrimônio, nossa família, que tenhamos tempo para meditar na Palavra de Deus para nossos corações, que isso possa ir além do preparo de sermões, precisamos aprender a descansar, repousar, a descentralizar. Creio que muitas vezes precisaremos fazer uma REVISÃO DE VIDA, reaprender a viver, como se fosse uma “realfabetização” de vida, emocional, espiritual e ministerial. Vamos nos entregar ao nosso Mestre e aceitar este desafio? “E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham” (Mc 6.31). n



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