OJB Edição 05 - Ano 2018

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 04/02/18

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXVII Edição 05 Domingo, 04.02.2018 R$ 3,20

Fundado em 1901

Primeiro domingo de fevereiro:

Dia da Aliança Batista Mundial A Aliança Batista Mundial, que foi fundada em 1905, é uma associação de 235 Convenções, em 122 países e territórios, que compõem 40 milhões de membros em 177.000 Igrejas.

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

PIEB Pinda - SP realiza Workshop sobre carreira profissional e vida acadêmica

Convenção Batista Carioca chega aos 113 anos de existência

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Missões Mundiais

Notícias do Brasil Batista

Culto marca lançamento da campanha de Missões Mundiais

Conheça o trabalho da Igreja Batista Mosaico - PE

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o jornal batista – domingo, 04/02/18

reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Dia da Aliança Batista Mundial

Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

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este domingo celebramos entre os Batistas ao redor do mundo o “Dia da Aliança Batista Mundial”. Com certeza, em muitas línguas, dialetos, nações e povos estaremos cantando, orando e proclamando a mensagem das Boas Novas do Evangelho e também suplicando e agradecendo ao Senhor pela Aliança Batista Mundial. A sigla em inglês, como é conhecida, é BWA (Baptist World Alliance). A BWA, que se estende por todas as partes do mundo, existe como uma expressão da unidade essencial do povo Batista no Senhor Jesus Cristo, para inspirar a comunidade e para fornecer canais para compartilhar preocupações e habilidades em testemunho e ministério. A Aliança reconhece a autonomia e a interdependên-

cia tradicionais das Igrejas e dos órgãos associados. A declaração de missão da BWA diz: “Reunindo a família batista para impactar o mundo por Cristo” e como visão: A Aliança Mundial Batista é um movimento global de Batistas compartilhando uma confissão comum de fé em Jesus Cristo unidos pelo amor de Deus para apoiar, encorajar e fortalecer-se mutuamente ao proclamar e viver o Evangelho de Jesus Cristo no poder do Espírito Santo antes de um mundo perdido e dolorido. Normalmente, a Aliança se reúne em um Congresso Mundial a cada cinco anos, com o propósito de companheirismo, inspiração, informação, enriquecimento, encorajamento e gestão. O próximo congresso da Aliança Batista Mundial será no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, que em 1960,

Ca do rtas s le ed ito r@ ba ito tis tas re .co s m

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

! Aviso importante

recebeu pela primeira vez o congresso no estádio do Maracanã. Os objetivos da Aliança Batista Mundial são descritos a partir da seguinte expressão: Sob a orientação do Espírito Santo, os objetivos da Aliança serão: 1. Promover a comunhão cristã e a cooperação entre os batistas em todo o mundo. 2. Dar testemunho do evangelho de Jesus Cristo e ajudar os corpos membros em sua tarefa divina de levar todos os povos a Deus através de Jesus Cristo como Salvador e Senhor. 3. Promover a compreensão e cooperação entre os corpos batistas e com outros grupos cristãos, de acordo com a nossa unidade em Cristo. 4. Atuar como uma agência para a expressão da fé bíblica e princípios e práticas batista historicamente distintivos. 5. Atuar como uma agência

de reconciliação buscando a paz para todas as pessoas e defender as reivindicações dos direitos humanos fundamentais, incluindo a plena liberdade religiosa. 6. Servir como um canal para expressar a preocupação social cristã e aliviar as necessidades humanas. 7. Trabalhar em cooperação com os órgãos membros como recurso para o desenvolvimento de planos de evangelismo, educação, crescimento da igreja e outras formas de missão. 8. Fornecer canais de comunicação que lidam com o trabalho relacionado a esses objetivos através de todos os meios possíveis. Celebremos, então, neste domingo, o “Dia da Aliança Batista Mundial”. SOS

Olá, caros irmãos de O Jor- eu o compartilho com ounal Batista. A paz do Senhor! tras pessoas. No prédio onde moro, na faculdade, no terÉ com muita alegria e grati- minal de ônibus, etc. - e fico dão que renovo a assinatura feliz, pois tenho percebido a deste jornal. receptividade e aceitação por Queria compartilhar com parte das pessoas. E, assim, vocês que esse jornal tem este jornal também se torna sido uma benção em meu lar, um instrumento de evangelipois, semanalmente, somos zação. agraciados com textos e artiAgradeço a Deus pela vida gos mui relevantes ao nosso de vocês e peço a Ele que os crescimento como cristãos, proteja e abençoe a vida de que abordam vários temas cada colaborador deste jornal atuais, sempre sob a ótica e abençoado! ética cristã. Um abraço fraterno da irmã Em tempos de tanta “frieza” em Cristo, espiritual, este veículo ajuda a manter “aquecida” a fé cristã. Maria Giovana E sempre depois que o leio, Laurentino Pegorer

A partir da primeira edição de O Jornal Batista do ano de 2018, todas as Igrejas vinculadas à Convenção Batista Brasileira passarão a receber o OJB apenas em formato digital. Pedimos que a liderança das Igrejas atualizem os seus cadastros de e-mail, para evitarmos equívocos.


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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU

“Som do Céu” (parte II)

(Dedicado aos leitores Ma- musical à parte, chamado gosnuella e Carlos Torquato, de pel, que serve exclusivamente Brasília - DF) à Igreja” ... “que reproduz os valores da indústria cultural…” inda no primeiro dia Citando Michael S. Horton, do acampamento da ressaltou o fato de J.S.Bach e Mocidade Para Cristo F.Mendelssohn se movimenta(MPC), em 07 de abril rem “entre o secular e o sagrado de 2009, uma palestra teve como esferas legítimas e divicomo tema “A Igreja como pro- namente ordenadas, mas não motora da cultura”. confundiam as duas.” Carlinhos Veiga (na época, Algo muito importante e imresidente no Distrito Federal) pactante foi a constatação de começou relembrando que “a Carlinhos Veiga: “o esvaziaIgreja cristã no Brasil sempre mento de conteúdo de nossas enfrentou dificuldades de se canções é resultado do esvaziarelacionar adequadamente com mento de conteúdo dos nossos a cultura local”(usando os parâ- púlpitos”. metros de H.Richard Niebuhr) Durante o debate, ficou clara e que “a farta produção musical a importância da participação dos protestantes históricos, pen da Igreja nas ações relacionadas tecostais e neo-pentecostais é à cidadania e à cultura; se a Igrebasicamente “transplantada” de ja “se envolvesse mais com as outras culturas e outros contex- necessidades sócio-econômicas tos históricos”, para enfatizar o brasileiras, abriria caminho para fato de “uma separação entre o que fosse fortalecida uma cidaque se produz na Igreja e os as- dania” e, consequentemente, suntos do cotidiano”. Observou “se relacionaria mais com a que foi criado “um mercado população brasileira”.

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Para o pastor catarinense Gladir da Silva Cabral, “secularismo é, na verdade, transformar a fé em algo mercadológico”. No segundo dia, 08 de abril de 2009, sobre o mesmo tema falou Aristeu Pires Júnior, baiano radicado em Brasília por muitos anos, transferiu-se na época para o Rio Grande do Sul. Aristeu afirmou que alguns hinos importados no século 19 pelas missões evangélicas estrangeiras eram músicas populares; hoje, “tornou-se modelo de santidade o estilo e a forma de adoração adotado por grupos do Canadá, Austrália e Estados Unidos”. Nos anos 90, descobriu-se que “a Igreja evangélica se tornou um mercado atraente e promissor”. Também surgiu o fenômeno da “levitização” dos músicos, os adoradores profissionais. Entre as sugestões apresentadas por Aristeu Júnior, consideramos entre as mais importantes “investir na formação musical

de crianças e adolescentes”. Nos debates, Sérgio Pereira, presbiteriano de Ribeirão Preto - SP, observou que gravadoras “santificam” estilos para vender mais e que Igrejas adotaram padronizações musicais. Aristeu Pires Jr. assinalou que músicos profissionais perderam alguns palcos profanos e estão se dirigindo aos púlpitos das Igrejas; que até emissoras evangélicas de rádio e televisão adotaram o “jabá” (pagamento pelos interessados em que suas músicas sejam transmitidas – é a “propina musical”); que tem sido fomentada nas Igrejas a mediocridade. Bomílcar, Rehder, João Alexandre e Aristeu Pires Júnior começaram suas carreiras artísticas no grupo musical “Vencedores por Cristo”. No “Hinário para o Culto Cristão” (HCC) encontramos contribuições de Bomílcar (no. 23), Rehder (no. 496) e Aristeu (no. 401). Esses hinos tiveram o condão de revelar uma

modernização da Salmodia, uma popularização do relato evangélico e uma canção, que era romântica, ser convertida numa prece religiosa. O acampamento teve um resultado positivo com a redação de uma Carta; pareceu-nos muito importante, ainda na atual conjuntura, “dedicar atenção e reflexão às canções que são introduzidas no culto de adoração e nas demais atividades da Igreja, evitando, de todas as formas, que heresias e desvios teológicos adentrem sutilmente em nossas comunidades”. Em 1989 comentamos a mesa-redonda realizada na Chácara “Flora” (sede da Igreja Metodista do Brasil), com a participação de Nélson Bomílcar, Jorge Rehder e outros (OJB, 30 outubro de 1988 e 12 fevereiro de 1989). Esperávamos que no Acampamento da MPC o debate tivesse sido mais diversificado e mais profundamente debatido.


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Vivendo o Reino de Deus

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Carlos Elias de Souza Santos, favor de um assunto assume o compromisso de ser usado pastor da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ por Deus no processo divino de atendimento da oração. “Mas buscai primeiro o seu Quando pedimos ao Senhor reino e a sua justiça, e todas “venha o Teu Reino”, nós nos essas coisas vos serão acres- alistamos no exército que o Senhor vem usando para a centadas.” (Mt 6.33) instalação da “Nova Terra”, o principal sermão revelada no Apocalipse. Orar pedindo “venha o Teu proferido por Jesus, foi possível perce- Reino” implica, obrigatoriaber o tema princi- mente, uma postura de obepal do Seu ministério. Em diência à vontade de Deus todo lugar em que proclamava “aqui na Terra, como é feita as Boas Novas, Ele dizia: “O no Céu”. É neste momento tempo está cumprido, e o que passamos a viver o Reino Reino de Deus está próximo.” de Deus. Porque Deus nos ensinou: diante da Sua nature(Mc 1.15) Para Jesus, o Reino de Deus za – que é amor – e diante da sempre foi o tema principal. Sua soberania – que é Senhor Ele ensinou Seus discípulos a – nossa resposta, no contexto orar dizendo: “Pai nosso, que do Reino, é amar e obedecer: estás nos céus, santificado seja “Se vocês me amam, obedeo Teu nome; Venha o Teu çam aos Meus mandamentos.” Reino, seja feita Tua vontade (João 14.15) É através da vida cristã que assim na terra como no céu”. buscamos, em primeiro lugar, (Mt 6.9-10). Jesus quer que oremos pelo o seu Reino. “Então, acresprojeto de Deus que vem es- centou: Eis aqui estou para tabelecendo Seu Reino aqui fazer, ó Deus, a tua vontade” na Terra. E por que Ele nos (Hebreus 10.9). “Não seja, manda orar neste sentido? pois, vituperado o vosso bem. Porque aquele que ora em Porque o reino de Deus não

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é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Rm 14.16 -17) Justiça, paz e alegria são frutos do Espírito, um resultado da fé e da obediência à vontade de Deus. Vivemos o Reino de Deus em nossos corações e vidas quando nos submetemos humildemente em obediência à vontade de Deus. Quando obedecemos ao Evangelho, somos transportados “para o reino do Filho do seu amor.” (Colossenses 1.13) Como muito bem disse Martinho Lutero: “Esta vida, portanto, não é justiça, mas crescimento em justiça. Não é saúde, mas cura. Não é ser, mas se tornar. Não é descansar, mas exercitar. Ainda não somos o que seremos, mas estamos crescendo nessa direção. O processo ainda não está terminado, mas vai prosseguindo. Não é o final, mas é a estrada. Todas as coisas ainda não brilham em glória, mas todas as coisas vão sendo purificadas.” “Buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6.33)

Cristo em nós: uma grande luz té onde podemos perceber, o grande projeto do Criador é o estabelecimento definitivo, eterno, do “novo céu e da nova Terra” (Apocalipse 21). Até chegar lá, entretanto, aqueles que aceitaram ser “sal da terra e luz do mundo” continuarão envolvidos nas batalhas constantes contra as forças das trevas. Por que não desistimos? Dentre outras realidades, por causa da garantia dada pelo Senhor, através da profecia de Isaías: “O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz. Sobre os que viviam na terra das trevas, raiou uma luz.” (Is 9.2) Jesus, que veio para cumprir as promessas divinas escritas em Isaías, nos disse a palavra final sobre a luz: “Jesus disse – Eu sou a luz

do mundo. Quem Me segue nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo 8.12) Hoje, como então, as forças das trevas desmerecem a postura messiânica de Jesus e zombam da luz espiritual prometida pelo Cristo. Como discípulos do Cristo, recebemos Sua luz, com a responsabilidade de testemunhar, àqueles que sofrem nas trevas, o poder libertador da Luz. Ser “o sal da terra e a luz do mundo” (Mateus 5.1314) é a nossa missão. Jesus conta conosco e o mundo depende também de nós. O segredo da vitória é continuar conectado com a eterna fonte de luz. É preciso sempre lembrar: Aquele que nos garantiu “Eu sou a luz do mundo” é o Mesmo que nos delega a responsabilidade, hoje em dia, de ser a luz deste mesmo mundo. Ele concluiu, dizendo: “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem o Pai de vocês, que está nos Céus.”

o papel sexual de mulher ou vice-versa, quando Deus o fez homem ou mulher, odiar, não perdoar; nos impossibilita de herdarmos o reino de Deus, preparado por Ele para nEle vivermos eternamente ao final de tudo. “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.” (I Co 6.9- 10)

Nem sabendo disso somos capazes de interromper nosso viver pecaminoso, portanto, conclui-se que somos escravos do pecado e que isso não é liberdade; e que a liberdade verdadeira é a que está em Jesus, enviado por Deus a esse mundo para nos libertar dessa camuflada escravidão. Aceite a verdadeira liberdade que Jesus quer te dar. A liberdade humana, na verdade, é uma aparente legalidade para pecar, pelo que, pagaremos um alto preço.

“O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.” (Is 9.2)

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A verdadeira liberdade Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” (João 8. 32)

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conceito de liberdade dado pelo homem é exatamente oposto ao conceito dado por Jesus. Para o homem, ser livre é fazer tudo o que lhe agrade, obviamente respeitando as legalidades jurídicas. Para Jesus, liberdade é ser liberto da servidão que o

homem impõe para satisfazer suas vontades pessoais. Somos servos de nossas vontades pessoais. Considerando que vontades quase sempre não são necessidades, podemos concluir que labutamos por aquilo que, na maioria das vezes, são meras vaidades. Devemos considerar que a satisfação de vontades pessoais ou vaidades quase sempre são conseguidas através de atos contrários aos princípios divinos, consequentemente gerando o pecado. O pecado é atrativo ao nosso lado huma-

no, mas repulsivo ao espiritual, por isso, a Bíblia afirma que somos escravos do pecado: “Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado.” (Jo 8. 34) Pare e pense agora: quantas coisas, que apesar de saber que é pecado, o homem continua praticando? Sabemos que o pecado nos afasta de Deus e condena nossa alma ao sofrimento eterno; que mentir, roubar, adulterar, ingerir bebidas fortes, adorar ídolos feitos por mãos humanas, assumir


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Sabedoria da compreensão Rubin Slobodticov, pastor, colaborador de OJB

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sabedoria que vem do alto é, primeiramente, (1) pura, depois (2) pacífica, (3) amável (moderada), (4) tratável (compreensiva), (5) cheia de misericórdia e de bons frutos, (6) sem parcialidades (imparcial), e (7) sem hipocrisia (sincera).”

Agora, a ênfase é: sabedoria tratável, isto é, compreensiva. A sabedoria depende do material que é colocado na mente, e, consequentemente, do uso que se faz desses materiais. Os componentes de uma mente sábia devem ser verdadeiros, honestos, justos, puros, amáveis, de boa fama, e tudo mais que for excelente ou digno de louvor (Filipen-

ses 4.8). Coração limpo tem sabedoria e, por isso, é feliz (Mateus 5.8). É preciso ter uma sabedoria tratável, isto é, compreensiva. Essa sabedoria não é uma referência a autocompreensão, mas ao modo como os integrantes do seu contexto são considerados. Pessoas que guardam certo grau de “pureza” nos relacionamentos, certamente têm dificuldades

de serem entendidas porque “para as pessoas puras, tudo é puro; no entanto, para os corrompidos e descrentes, nada é puro; pelo contrário, tanto a razão quanto a consciência deles estão pervertidas.” (Tt 1.15) Temos, portanto, que lutar para ter uma sabedoria tratável, isto é, de compreensão. Esta sabedoria deve ser compreensiva a ponto de conver-

gir discordantes a um ponto comum, de acordo. Com essa sabedoria, a comunhão se estabelece. Por isso, deve começar com a pureza da sabedoria que vem do alto. A Igreja tem se esforçado para ter e viver sua sabedoria na forma mais tratável e compreensiva possível. E, para tanto, que alimentemos nossa mente com “coisas que vem do alto.”

e como não dava para saber quem era quem, a solução mais fácil era não receber ninguém! Aí, João escreve outra carta, que a gente conhece como III João, para dizer que não era para proibir a acolhida, mas que era necessário ter critério. Em nome da verdade não podiam sacrificar o amor. O equilíbrio entre amor e verdade me parece um assunto importante nas duas cartas. II João alerta para o perigo dos falsos mestres que apelam para o amor, mas negam a verdade, e mostra um aspecto negativo da hospitalidade: o risco de hospedar falsos mestres. Por sua vez, III João fala do perigo dos falsos líderes, aqueles que apelam para a verdade, mas negam o amor, e ressalta o

lado positivo da hospitalidade: a necessidade de receber pregadores fiéis. Um dilema se apresentava. O que era mais importante: o amor ou a verdade? III João diz que ambos são importantes. Mas tinha gente que queria ser mais justo do que devia. Queria fazer com que a vida tivesse um rigor que ía além do necessário. E tinha gente do bem. Os dois são colocados como exemplos opostos. Na Igreja onde a carta devia ser lida, João identifica dois grupos: o grupo dos que recebiam os pregadores, e dos que negavam hospedagem. Ambos os grupos eram formados por membros da mesma Igreja, mas tinham posturas bem diferentes. Eram duas

formas antagônicas de viver o Cristianismo. Em vez de sacrificar o amor em nome da verdade ou sacrificar a verdade em nome do amor, era importante que houvesse equilíbrio. Era necessário receber os pregadores itinerantes, mas certificando-se de sua procedência. Ainda hoje, muita coisa chega a nós e a nossas Igrejas. Muitas novidades e ideias que tendem a ser recebidas ou rejeitadas. Não podemos perder de vista o conselho do apóstolo. Nem o amor pode matar o que é a Verdade, nem o zelo pela Verdade nos impedir de agir com amor, mas equilibrar as coisas, comprovar a procedência e acolher com alegria ou recusar prudentemente aquilo que se apresenta a nós.

O equilíbrio entre o amor e a verdade Vinicius Vargas, pastor de jovens da Igreja Batista Fonte Carioca - São João de Meriti - RJ

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o apóstolo João são atribuídas três cartas. Uma bem grande e duas bem pequenas. Comparadas com a primeira carta, as duas seguintes mais parecem bilhetes. E elas nascem em um contexto parecido: ambas falam de pregadores que iam de cidade em cidade pregando o Evangelho. Em uma época em que as hospedagens eram poucas, ruins e perigosas, era um costume dos crentes das Igrejas receberem esses pregadores em suas casas. A questão é que eles estavam tendo um problema

sério: nem todas as pessoas que apareciam nas Igrejas se apresentando como pregadores estavam pregando o Evangelho de verdade. Tinha muito pregador enganado e enganando os outros. Mesmo assim estavam sendo acolhidos, porque os crentes agiam com o amor e recebiam os pregadores. Mas nem sempre os que eram recebidos faziam jus à acolhida. Então, João escreve uma carta que conhecemos como II João para dizer que não dava para ficar recebendo qualquer um, afinal, em nome do amor não dava para sacrificar a verdade. Aí, a solução encontrada por algumas pessoas foi radical: já que não dava para ficar recebendo qualquer um,


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Livres das sombras bem parecido com a Igreja João Marcos Bezerra, pastor de juventude da Igreja Batista atual que recebe influência da Praia do Suá - Vitória - ES de filosofias e ideologias e de doutrinas antibíblicas criadas por ditos apóstolos conColossenses 2.6-23 temporâneos. Daí, podemos c a r t a d e P a u l o à entender porque Paulo disse Igreja em Colossos nos versos 8, 16, 18, 20 e 21. O apóstolo chama a atenfoi escrita quando o apóstolo estava na ção dos irmãos no verso 6 prisão em Roma. Ele não co- para continuarem a viver em nhecia esta Igreja pessoalmen- Cristo e assim também não se te, apenas o seu líder Epafras, deixarem levar pela teoria do que estava com ele quando gnosticismo e do legalismo escreveu o livro (4.12). Esta judeu. Assim também, ele carta tem como mensagem chama a atenção dos irmãos central a pessoa de Cristo e a atualmente para não serem relação Deste com a Igreja e influenciados por filosofias, ideologias e doutrinas falsas. o cristão. No contexto desta epístola Em algumas versões fala em estava uma comunidade que “andar em Cristo”, que sigrecebia influência de heresias nifica “viver uma vida que é gnósticas e de aspectos do le- modelada segundo a Dele.”¹ galismo judeu1. Um cenário Por isso, no verso 7, Paulo usa a expressão “enraizados 1 Bíblia de Estudo MacArthur. Comentários em Colossenses 2.6-23. Barueri, e edificados nele, firmados SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2010. na fé”.

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Quando Paulo fala que os irmãos deveriam continuar a viver em Cristo, enraizados e edificados nEle, firmados na fé, faz-me relacionar que o Senhor é a rocha sobre quem devemos edificar a nossa fé, mas também que, além de construir a nossa edificação sobre este fundamento (Mateus 7.24), devemos enraizar a nossa fé na rocha. Isso não permitirá que haja um desgaste na fundação da casa e ocorra um deslizamento, ou seja, que a nossa fé venha a falhar no futuro, pois está edificada, firmada e enraizada em Jesus. Nos versos 9 a 15, o apóstolo nos permite entender quem é Cristo para que a nossa fé seja colocada sobre Ele: Jesus homem é também Deus ao mesmo tempo (v.9); é o Cabeça, Soberano, sobre todo poder e autoridade

(v.10); no ato da conversão “somos libertos do poder da natureza pecadora” (v.11); também somos “sepultados com Jesus no batismo (símbolo) e ressuscitados mediante a fé no poder de Deus” (v.12); mesmo estando mortos no pecado, “Deus nos vivificou com Cristo”, perdoou todas os nossos pecados e cancelou toda a nossa dívida como se apagasse com o sangue de Cristo toda a tinta das letras do “Título de Dívidas” (vs.13,14); e foi na cruz que Cristo humilhou o poder dos governos e autoridades espirituais por meio do triunfo Dele (v.15). Acho que estes aspectos de Jesus são suficientes. Todavia, ainda existem aqueles que se deixam influenciar pelas filosofias inúteis. Paulo advertiu os irmãos “colossenses sobre

trocar a liberdade que eles tinham em Cristo por um conjunto de regras inúteis, legalistas e feitas pelo homem, que não tem poder para salvar ou reprimir o pecado”¹. Atualmente, alguns irmãos ainda não entendem que estas coisas são sombras da realidade da vida e promessa de Cristo. Por mais que as teorias, ideologias, regras e rituais aparentem dar um entendimento do divino e terem aparência de sabedoria, elas não são suficientes “para controlar as paixões que levam à imoralidade” (v.23), isto é, não tem poder sobre o pecado, pois somente Jesus Cristo tem este poder. Com isso, precisamos nos livrar das sombras que tentam nos escravizar para poder andar no Senhor, viver como Ele viveu e estar livre do pecado.

12 e 13: “abandonemos as obras das trevas”; “não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavenças e invejas”; e que no 14 ele chama de “idealizar como satisfazer os desejos da carne”; ele apresenta um caminho totalmente contrário, mostrando um outro desafio ao crente: “discernir o tempo que vivemos”; “é hora de despertarmos do sono”; “nossa salvação está mais próxima” (v 11); “a noite vai passando e o dia logo alvorecerá”; “revistamo-nos da armadura da luz” (v 12); “vivamos de modo decente, como em ple-

na luz do dia”; “revesti-vos do Senhor” (v 14). Amados, aí estão dois desafios opostos, como tão bem ilustrou o mesmo apóstolo escrevendo aos crentes gálatas: “Porquanto a carne luta contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne. Eles se opõem um ao outro, de modo que não conseguis fazer o que quereis” (Gl 5.17). Mas, como também escreveu este mesmo servo do Senhor: “Contudo, se sois guiados pelo Espírito, já não estais subjugados pela Lei” (Gl 5.18); e, ainda: “Portanto, vos afirmo: Vivei pelo Espírito, e de forma alguma satisfareis as vontades da carne!” (Gl 5.16)

Dois desafios opostos Genevaldo Bertune, pastor, colaborador de OJB “Ao contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo; e não fiqueis idealizando como satisfazer os desejos da carne.” (Rm 13.14)

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aulo está concluindo os capítulos 12 e 13 de Romanos, onde diversos desafios são apresentados aos crentes, como consequência da solução universal do problema do pecado de judeus e gentios, através, exclusivamente, da justificação pela fé no sacrifício de Cristo.

Ele inicia fazendo um apelo à santificação, onde devemos fazer de nossas vidas um “sacrifício vivo” a ser apresentado continuamente no altar do Senhor, que é nossa não conformidade ao mundo, mas uma transformação permanente na busca da vontade “boa, agradável e perfeita de Deus”. Continuando, ele fala que podemos fazer isso através da humildade e do serviço contínuo que devemos prestar uns aos outros através dos dons que recebemos, em uma edificação mútua; mas, acima de tudo, exercendo o dom supremo do amor

em todas as esferas da vida, derrotando o mal, tal como fizera Cristo em absoluta submissão ao Pai. Não escapa, aos olhos do apóstolo, uma vida social regada e controlada por este “Espírito de Cristo”, cuja consequência será submissão às autoridades constituídas, honestidade, justiça em todas as áreas da vida e proatividade em favor do bem comum. É, então, que ele fecha com este versículo apresentando dois desafios opostos ao crente. Em vez de ceder, abrir brechas à carne, às suas paixões, como ele fala nos versículos


missões nacionais

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Ampliação do projeto Cristolândia - ES é desafio para nova coordenação

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á quase 20 anos em Missões Nacionais, ela tem se dedicado, incansavelmente, na conquista da Pátria para Cristo mobilizando Batistas de Norte a Sul do Brasil. Já passou por diversos departamentos e funções e agora assume um novo desafio como coordenadora de duas das 39 unidades do projeto Cristolândia, localizadas no Espírito Santo. A indicação foi feita pelo conselho gestor da JMN. A missionária, que é capixaba,

estava na gerência de mobilização, no Rio de Janeiro, e coordenava estrategicamente o avanço do trabalho no campo missionário em todo o país. A história dela inspirou a jornada de grande parte da equipe ao longo desses anos de atuação. O comissionamento aconteceu no dia 21 de janeiro, no Templo da Primeira Igreja Batista de Campo Grande, em Cariacica - ES, e foi um momento especial com a presença da família e de amigos de trabalho do Rio

de Janeiro. Muitas pessoas prestigiaram o culto que teve a participação do Coral da Cristolândia. A nova coordenadora, Fabíola Molulo, além de mobilizar, esteve à frente do projeto por seis meses e atuou diretamente na implementação dele no Estado, em 2013. “Eu já tinha vínculo com a Cristolândia. Esse projeto já está no meu coração. É uma alegria imensa poder retornar e assumir essa função. O projeto é apaixonante, porque a gente lida diariamente com

o que Deus está fazendo de mudança na vida dos jovens. É um momento muito emocionante para mim”, afirma. Fabíola compartilhou alguns alvos de fé para esse novo tempo: “um deles é a implantação da Unidade feminina no Espírito Santo, com a previsão de inauguração em abril, e o outro será a instalação de uma segunda unidade para tratamento de homens”. O projeto Cristolândia está perto de completar 10 anos de lançamento, e alcança

hoje oito Estados. Em 2018, Missões Nacionais deseja abrir novas unidades para que mais pessoas tenham a história transformada pelo agir de Deus. Todo o povo Batista brasileiro é protagonista dessa mobilização e se você quer conhecer mais sobre os projetos e investir no Reino entre em contato e se torne um parceiro. Acesse www.missoesnacionais. org.br ou ligue para (21) 2107-1818 (Rio de Janeiro) e 4007- 1075 (demais localidades).


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Mães Unidas em Oração promovem Dia Mundial de Jejum e Oração

Rosângela Vianna, assessora de Imprensa do Ministério Mães Unidas em Oração Brasil

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dia 10 de janeiro foi uma data memorável para todas as mães que fazem parte de Moms In Prayer International. Um Ministério silencioso, mas muito poderoso. Presente em 153 países, incluindo o Brasil, também participamos de 24 horas de jejum e oração, em uma Rede Mundial de clamor pela vida dos filhos e escolas. De norte a sul do país, todas as líderes se mobilizaram para este momento especial já no início do ano. A adesão foi grande e os testemunhos maiores ainda. “Derrama o teu coração como águas perante o Senhor, levanta a Ele as tuas mãos pela vida dos teus filhos” (Lm 2.19). Seguindo o que diz o versículo bíblico, a poderosa Rede Mundial contou com um relógio de oração, de modo que a cada 5 minutos tinha uma mãe orando em um só clamor, em um só coração: pela vida dos filhos, além de milhares

Mães unidas em oração

de mães que fizeram o jejum em período de 24h, 12h, 6h e 3h. O jejum é um sacrifício. É abrir mão de algo necessário em prol do que seja mais importante. Que nossos filhos tenham um verdadeiro encontro com o Deus vivo. E uma mãe não mede esforços para isso. A coordenadora nacional, Jane Esther Monteiro de Souza de Paula Rosa ressaltou o êxito o Dia Mundial de Jejum e Oração, onde recebeu centenas de mensagens de líderes espalhadas pelo Brasil inteiro,

Jane Esther, coordenadora Nacional do Mães unidas em oração

que ficaram impactadas com o mover de Deus através da Rede Mundial de Oração. Recebeu também vários testemunhos do agir de Deus na vida de mães de todas as formas possíveis. A coordenadora Nacional explica que após esse dia “estaremos preparadas para o ano de bênçãos incontáveis no Ministério Mães unidas em Oração.” Um dos propósitos do Ministério Internacional Mães Unidas em Oração é encorajar e apoiar mães que carregam fardos pesados por causa dos

Fern Nichols e Jane Esther em Dallas - Texas - EUA

filhos e familiares pródigos. A união de mães, orando em conjunto, cumpre um mandamento recíproco de “levar os fardos pesados uns dos outros”. (Gálatas 6.2) O Ministério Moms in Touch teve início em 1984, criado por Fern Nichols. Hoje, Moms in Prayer International, depois de 34 anos de existência, já se espalhou por 153 países do mundo. O Livreto Mães Unidas em Oração já foi traduzido para mais de 60 idiomas. No Brasil, o Ministério che-

gou no ano de 1994. Hoje, sob a liderança de Jane Esther Monteiro de Souza de Paula Rosa, está presente em todos os Estados e no Distrito Federal. O Ministério é um sacerdócio, uma missão para mães que buscam alento dentro dos dias difíceis que a sociedade moderna criou. Existe uma esperança e Jesus é essa resposta. E-mail: contato@maesunidasemoracao.org www.maesunidasemoracao. org

PIEB Pinda realiza 1 Workshop sobre Carreira Profissional e Vida Acadêmica o

Elias Rivelle, jornalista, membro da Primeira Igreja Evangélica Batista em Pindamonhangaba - SP

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Primeira Igreja Evangélica Batista em Pindamonhangaba - SP (PIEB Pinda), por meio do Ministério de Juventude, promoveu o “1º Workshop sobre Carreira Profissional e Vida Acadêmica”, realizado na noite do dia 20 de janeiro (sábado), a partir das 19h00, na sede da referida Igreja Batista, localizada à Trav. Marquês do Herval, Nº 96, Centro (em frente ao Estacionamento do Banco Itaú). O Workshop foi aberto ao público. O objetivo do evento foi conscientizar adolescentes, jovens e pessoas de todas as

idades sobre a importância de buscarem a direção do Senhor Deus para as escolhas cruciais da vida, principalmente decisões quanto a faculdade, profissão e carreira a se seguir. O evento também enfatizou atitudes e posturas que as pessoas devem adotar em meio a desafios durante uma graduação ou um determinado emprego em uma empresa. Na oportunidade, o palestrante foi Antônio Miotto Júnior, que possui graduação e pós-graduação na área de Gestão. O pastor Ésio Moreira, ministro titular da PIEB Pinda, e a liderança do Ministério de Juventude, composta pelo casal Jéssica Marinho e Matheus Salgado, agradeceram a participação de todos os que estiveram presentes no evento. Juventude no 1º Workshop sobre Faculdade e Profissão


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Convenção Batista Carioca completa 113 anos de organização Tiago Monteiro, Comunicação e Marketing da Convenção Batista Carioca

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Convenção Batista Carioca realizou, na noite de 16 de janeiro de 2018, um culto onde celebrou seus 113 anos de atuação junto às Igrejas Batistas da cidade do Rio. O evento aconteceu na Zona Norte, lotando o templo da Primeira Igreja Batista em Parque Anchieta. Belos louvores, acompanhados por uma orquestra, conduziram os presentes ao clima de adoração. Textos bíblicos e orações inspirativas honravam a Deus pelos grandes feitos realizados através da CBC. “É uma alegria receber a CBC, sabendo da razão pela qual estamos aqui, que é para agradecer pelos seus 113 anos de existência. A data é verdadeiramente grandiosa e remete as grandes coisas que, à mercê da graça de Deus, a Convenção tem feito” destacou Valmir Claudino, pastor da Igreja anfitriã.

Pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos foi o preletor da celebração

Marcaram presença irmãos de várias Igrejas do Rio de Janeiro, entre eles líderes que já passaram pela diretoria da CBC, autoridades públicas e representantes de organizações importantes no contexto evangélico, como a Associação Brasileira de Mídias Evangélicas e a gravadora MK Music. O deputado federal Arolde de Oliveira, representando a MK, em momento específico homenageou a Convenção Batista Carioca, entregando ao

presidente da CBC, pastor José Maria de Souza, um certificado de gratidão e uma medalha comemorativa dos 30 anos da gravadora gospel . O aniversário também foi o momento de rever os frutos da unidade denominacional no último ano. Projetos missionários, impactos evangelísticos, atividades sociais e de capacitação de líderes foram apresentadas pelo diretor-geral da Convenção Batista Carioca, pastor Nilton Antonio de Sou-

za. Ele pontuou a importância da unidade para o andamento dessas ações. “É mister que cada um de nós, pastores e Igrejas, compartilhemos uns com os outros o nosso amor, ardor, corações, visões, bondade e recursos. Mesmo que sejam proporcionalmente pequenos para que sejamos um como CBC.” Pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos, que, em ocasiões passadas, assumiu a presidência da CBC, foi o mensageiro da noite. Sua palavra, baseada no tema “Foi Ele”, teve como base bíblica Salmos 100.1-5. Remontando o passado da Convenção, sua importância para a denominação e os grandes acontecimentos realizados na capital carioca, direcionou a Deus o crédito pelas realizações. “Foi Ele quem nos deu esta visão e os Batistas cariocas souberam aproveitar essa visão. Foi Ele quem fez isto entre nós. Que nestes 113 anos nos tem concedido e agraciado com oportunidades cada vez maiores de serviços e ministé-

rios aos Batistas e evangélicos no mundo todo. Foi ele quem deu aos Batistas cariocas a oportunidade de sediarmos a primeira campanha nacional de evangelização com aquele grande desfile pelo centro da cidade do Rio, no sábado, 30 de janeiro de 1965, e no domingo, com uma grande concentração no Maracanã, quando 150 mil pessoas se reuniram para ouvir sobre Cristo, a única esperança”, lembrou o pastor em sua mensagem. “A nós cabe o privilégio de nos colocarmos à disposição dEle. Batistas cariocas, vamos continuar! Se foi Ele até aqui, será Ele daqui por diante”, finalizou. O culto de gratidão foi encerrado com um período de homenagens a 11 líderes que, com suas vidas, marcaram as organizações da Convenção Batista Carioca e suas Igrejas. Entre eles, o saudoso pastor Sebastião Ferreira – falecido em novembro de 2017 – que por várias vezes liderou a denominação como presidente da CBC.

“Projeto Josué” é apresentado aos pastores paulistas em retiro da OPBB-SP Foto: Selio Morais / CBESP

Foto: Chico Junior / CBESP

Chico Junior, jornalista da Convenção Batista do Estado de São Paulo

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Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP) apresentou o “Projeto Josué” no início de janeiro durante o encontro anual dos pastores paulistas no Acampamento Batista em Sumaré, interior de São Paulo. A iniciativa prevê capacitação continuada e complementação financeira com um salário-mínimo aos pastores de Igrejas menores. Em abril, o Acampamento Batista “Mary Elizabeth Vaughan”, em Sumaré, vai receber o primeiro módulo semestral do programa, que inclui mentoria dos pastores. O projeto conta ainda com revitalizar

Diretor executivo do CAM-CBESP, pastor Adilson Santos fez apresentação do projeto aos pastores em Sumaré - SP

trabalhos missionários, plantar novas Igrejas e capacitar líderes nas macrorregiões do Estado. Para avançar e abençoar ministros e ministérios, a parceria em oração e adoção de Igrejas e crentes Batistas é essêncial, comenta o diretor executivo do CAM-CBESP, pastor Adilson Santos. “Alguns pastores

não conseguem receber um sustento digno, e o apoio dos irmãos ao ‘Projeto Josué’ vai ajudar as Igrejas e os pastores a ficarem firmes no trabalho pelo Evangelho”, disse. O “Projeto Josué” nasceu com a meta de investir em pessoas, e isso foi destacado pelo pastor Sócrates Oliveira, dire-

Pastor Adilson Santos (CAM-CBESP) fez apresentação do projeto no 76º Retiro dos Pastores, em Sumaré - SP

tor executivo da Convenção Batista Brasileira (CBB). “Um projeto dessa natureza é algo que abençoa profundamente, e, com certeza, os resultados de crescimento da Igreja, de relacionamento, da denominação, vão acontecer”, declarou. Diversos pastores ficaram impactados ao ouvir a expla-

nação sobre os quatro objetivos da proposta e pelo convite à cooperação. Entre os 400 ministros presentes no retiro, dezenas chegaram a adotar financeiramente. Para saber mais sobre o “Projeto Josué” e ser um adotante, visite o site da CBESP ou entre em contato pelo telefone (11) 3866-6710.


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Pastor Juarez Duarte Lima comemora 6o aniversário de consagração ministerial Linaldo de Souza Guerra, pastor

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o dia 21 de janeiro de 2018, no Templo da Igreja Evangélica Batista no Castelo Branco, na cidade de João Pessoa - PB, aconteceu o Culto de Gratidão a Deus pelo transcurso do 6º aniversário de Consagração ao Ministerial Pastoral do pastor Juarez Duarte Lima. Na oportunidade, o pastor Juarez Duarte Lima se expressou: “neste dia festivo, de celebração a mais um culto ao Senhor, quero de antemão, manifestar minha gratidão a Deus, por ter pela Sua infinita misericórdia me escolhido pastor e, em seguida, pastor desta Igreja, bem assim, a toda membresia da Igreja, pela confiança depositada em minha pessoa na condução do pastoreio” O pastor Linaldo de Souza Guerra, orador na ocasião, no sermão, destacou o Chamado, o Compromisso e a Missão Pastoral. Aniversário é um marco no

Pastor Linaldo de Souza Guerra, orador oficial, Keyla Magda Paulino Lima, esposa do pastor Juarez Duarte Lima, e pastor Juarez Duarte Lima, homenageado no evento

tempo entre o passado e o futuro, portanto, não se pode apagar o passado, mas ao mesmo tempo não podemos viver apenas dele; a partir da história construída no passado precisamos prosseguir dando voos altos para o futuro, fazendo com que a Igreja local

cresça e cumpra os propósitos de Deus. Durante os seis anos de ministério pastoral, não tem sido fácil manter a obra em funcionamento e ter projetos para o futuro, mas Deus tem feito milagres, manifestando Sua abundante Graça, ao

ponto de nesses seis anos, a Igreja Evangélica Batista no Castelo Branco ter adquirido a propriedade de duas casas, as casas do lado direito e esquerdo, apesar que para tanto, foi necessário tomar um empréstimo a Comissão Predial Batista de R$ 100,000,00 (cem mil reais), com prestações pagas em dia, e após sua quitação iniciaremos a construção de um novo templo, com uma estrutura e acomodações melhores, tudo para glória de Deus. Não nos esqueçamos do que está escrito em Hebreus 13.17. “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” Quando a Igreja obedece e se submete à autoridade do pastor, naturalmente ela o reconhece como mensageiro de Deus, portanto, como ministro de Cristo e encarregado de administrar e realizar os planos de Deus para a sua Igreja, conforme Paulo escreveu

na Primeira Carta aos Coríntios 4.1: “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus.” Não fui chamado sozinho para fazer a obra, nem Jesus Cristo agiu dessa forma, escolheu 12 apóstolos para o ajudarem. Cada cristão tem uma função no corpo de Cristo (I Co 12.27) e nossa missão é conseguir pessoas para Jesus e integrá-las à família de Deus, tornando-as discípulos. Seja fiel dizimista e ofertante, procure servir a Deus e a Igreja, não deixe de vir aos cultos e a Escola Bíblica Dominical, traga seus filhos e filhas a casa do Senhor, para serem instruídos na palavra, afinal, a ordem do Senhor é “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns...” (Hebreus 10.25). O maior presente que gostaria de receber no meu aniversário é a sua presença na Casa do Senhor e atender o seu chamado dizendo “Eis-me aqui, Senhor”. Vamos em frente, unidos em um só corpo, fazendo desta Igreja uma grande obra para Deus.

Igreja Batista em Vila Natal reorganiza grupo de Homens Batistas Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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o dia 21 de janeiro, a Igreja Batista em Vila Natal-Mogi das Cruzes-SP reorganizou a Sociedade Missionária de Homens Batistas. Após um ano de ministério o pastor Cleverson Pereira do Valle convocou os homens para voltarem a reunir-se. Foi uma tarde de apresentação a respeito do que é uma Sociedade Missionária de Homens Batistas, seu propósito e como ser benção para a Igreja. Os homens escolheram o irmão Ezequiel Bráz para ser o presidente e o mesmo falou da alegria e privilegio

Primeira reunião aconteceu em janeiro

Homens Batistas da Igreja Batista em Vila Natal - SP

de dirigir os homens da Igre- Missionária Masculina BaOs homens Batistas de Vila mo domingo, às 17h. A Deus toda honra e toda ja. O irmão Ezequiel Braz é tista do Estado de São Paulo Natal decidiram reunir-se uma vez por mês, todo últi- a glória. o atual presidente da União (UMMBESP).


missões mundiais

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Culto marca lançamento da campanha de Missões Mundiais Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

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contece nesta segunda-feira, 05 de fevereiro, o culto de lançamento da campanha “EU SOU, Esperança às nações”. Missões Mundiais apresentará de forma oficial às Igrejas Batistas brasileiras suas ações, metas e desafios para este ano de 2018. A cerimônia será realizada a partir das 19h30, na Igreja Batista Itacuruçá, na Tijuca, Rio de Janeiro - RJ. Além de conhecer um pouco mais sobre o tema e todos os materiais produzidos para mobilizar as Igrejas da Convenção Batista Brasileira, os presentes também ouvirão a mensagem do pastor João Luiz Melo, da Primeira Igreja Batista da Vila da Penha - RJ, e a música tema “Eu Sou”, com Alexandre Magnani. A entrada é franca. Quem não puder comparecer ao culto, poderá acompanhar a transmissão ao vivo em www. youtube.com/canaljmm. No dia 12 de janeiro, os colaboradores da sede de Missões Mundiais puderam conhecer mais detalhadamente toda a campanha, a fim de melhor atender às Igrejas. Na ocasião, nossas

Você é nosso convidado

equipes da Gerência de Comunicação e Marketing e da coordenação de Promoção e Mobilização conduziram o culto. Em momento de dedicação a Deus desta campanha, nosso gerente de Missões declarou: “Nós sabemos qual é a verdadeira esperança para as nações. Nossa esperança está no EU SOU”.

Jesus veio ao mundo e disse várias vezes a expressão “EU SOU”. Ele a utilizou para falar daquilo que Ele faz, daquilo também que Ele pretendia fazer com as pessoas. Em todas elas, está a ideia da libertação. O pastor João Marcos Barreto Soares, nosso diretor executivo, condensou essa ideia em nossa divisa para este

Alexandre Magnani, autor da música EU SOU, também estará presente

ano: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6) Os kits com os materiais da campanha já foram en-

viados às Igrejas da Convenção Batista Brasileira. Eles também estão disponíveis para download em www. missoesmundiais.com.br/ campanha.

Código penal boliviano é revogado Marcia Pinheiro - Redação de sos, e a redação caracterizava como crime “o recrutamento Missões Mundiais de pessoas para participação om intuito de evitar em organizações religiosas ou mais protestos, o pre- de culto”, prevendo prisão de sidente da Bolívia, 07 a 12 anos para quem fosse Evo Morales, afirmou pego evangelizando. Missões Mundiais trouxe a no dia 21 de janeiro que vai enviar nota ao Legislativo do questão ao público brasileiro, país para revogar por comple- e vários irmãos se propuseram to o Código do Sistema Penal a orar pela liberdade religiosa Criminal. Lideranças religio- na Bolívia, já que se o novo sas, médicos e imprensa, entre código penal fosse à frente, o outros profissionais bolivianos trabalho missionário na Bolíprotestaram contra a nova lei. via estaria ameaçado. Segundo o nosso coordeO texto do decreto, proposto em dezembro de 2017, previa nador missionário para a uma série de mudanças na América, pastor Ruy Oliveira legislação do país. Uma delas Jr., Missões Mundiais segue dizia respeito a líderes religio- acompanhando os desdobra-

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mentos do novo código penal boliviano, que entre muitos tópicos polêmicos possui um em especial que tem trazido preocupação e inquietude por abrir margem em comprometer a atuação de Igrejas e Organizações cristãs em suas atividades no país. “Foi o próprio presidente que publicou mensagem no Twitter dizendo que iria suspender o novo código. Na manhã do dia seguinte, a notícia já estava sendo publicada em jornais do país”, conta o pastor Ruy Oliveira. O pastor revela ainda que Missões Mundiais mobilizou seus obreiros das Américas

e as frentes missionárias nas quais estão envolvidos a levantarem um clamor pela Bolívia. “Louvamos a Deus por esta decisão e seguimos orando para que não se estabeleça qualquer restrição ou perseguição religiosa no país”, diz. Em pronunciamento oficial, a União Batista Latino-Americana (UBLA) declarou, entre outras coisas, que “como organização baseada na fé, inspirada por valores do Reino de Deus, da vida e do Evangelho de Jesus e respeitando as leis dos países, compreendem e garantem o direito e dever que todo Esta-

do tem de prevenir e penalizar a violação dos direitos e a dignidade da vida humana. E entende, portanto, que o artigo 88 [do referido código penal boliviano] é moldado, mais do que em matéria de culto e consciência, na penalização de crimes contra os direitos humanos”. Continue orando por esta situação. Queremos seguir anunciando o Grande EU SOU na Bolívia e em todas as nações. E que nenhum regime político, homem ou qualquer outra condição adversa atrapalhe nossa missão de levar a verdadeira esperança aos povos.


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Igreja Batista Mosaico - PE chega ao segundo ano de trabalho Reportagem: Gilciane Abreu

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o mês de janeiro (10/01), a Igreja Batista Mosaico - PE comemorou dois anos de sua plantação na cidade de Recife - PE. Essa iniciativa fez parte da visão da Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem - PE de entender a plantação de Igrejas como estratégia e como ferramenta de evangelização da cidade, em especial o bairro de Boa Viagem que, com uma população de quase 130 mil pessoas, é carente de comunidades protestantes que tenham relevância e seriedade na Palavra de Deus. A ideia era começar o projeto não como um ponto de pregação alugado para convidar o máximo de pessoas, mas começar de forma simples, com grupos nas casas e, na medida em que se tornasse necessário, alugar um local para reunir todos que participam. Primeiro investir em pessoas para depois constituir estruturas. Nesse sentido, os mecanismos da Igreja Multiplicadora têm abençoado demais nossas vidas.

Igreja Batista Mosaico, uma comunidade jovem crescendo em amor para servir e abençoar a cidade de Recife

Nesses dois anos de trabalho, em uma área residencial de pouquíssimo acesso ao Evangelho, pudemos perceber a carência de pessoas que fisicamente tem tudo, mas que de tudo tem falta, principalmente existencial e relacional. Mas apesar dos desafios, temos muitas coisas das quais podemos celebrar: Deus tem nos dado oportunidade de ter contato e proclamar o Evangelho de forma enérgica e muito impactante através dos encontros aos domingos e nos pequenos grupos. E através dessa experiência, temos testemunhado transformações de vida e restauração de relacionamentos, e aprendido a ser casa e referência de comunidade em um grande centro urbano.

O suporte da Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem tem sido essencial para o que estamos vivendo e ainda sonhando, pois “quem tem dois anos ainda usa fraldas”. As orações, o investimento estrutural, financeiro e de liderança, nos impulsionam a confiar no propósito e a saber que não estamos sozinhos nessa caminhada, mas somos parte da expansão do Reino através de outros que vieram antes de nós e que são inspiração para nós. Somos muito gratos a Deus por essa visão de Reino e proclamação do amor de Jesus que a Igreja Batista Emanuel tem posto em prática para abençoar não só nossas vidas, mas a nossa cidade.

Igreja Batista Mosaico reunida em Pequeno Grupo, uma das bases do vida em comunidade

Vivemos em um tempo em que o prazer e desejos egoístas são os deuses da nossa sociedade, e onde muitas vezes o contato com a religião nos distancia do verdadeiro Evangelho. Esta realidade coloca para a Igreja o desafio de entender e expressar o amor de Cristo na linguagem dos nossos dias e de se esforçar para atingir, de forma contextualizada, as nossas cidades. Por isso, novas plantações de Igrejas em grandes centros urbanos é uma das estratégias centrais para alcançar a cidade e mudar essa realidade. Nossas cidades precisam co-

nhecer a Jesus, e a Igreja local continua sendo o ambiente de maior potencial de transformação de vidas através do evangelho de Jesus. Somos gratos a Deus por sermos usados nesta iniciativa missionária, e sonhamos que muitas outras aconteçam, para que Cristo seja tudo em todos. “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” (Ef 4.15) Instagram: @mosaicoigreja/ Facebook: facebook.com/mosaicoigreja/ Pregações: www.soundcloud. com/mosaicoigreja

Primeira Igreja Batista em Vilar Novo - RJ realiza culto para comemorar 38 anos de atividades Alcely Valério, pastor da Primeira Igreja Batista em Vilar Novo - RJ

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om o tema: “Ebenézer! Até aqui nos ajudou o Senhor”, estivemos a celebrar os 38 anos da Primeira Igreja Batista em Vilar Novo, na cidade de Belford Roxo - RJ. O profeta Samuel, na sua liderança, enfrentava mais um desafio, desta vez com um inimigo destemido e poderoso, que por várias décadas subjugava a nação israelita. Foram vencidos somente no reinado de Davi, séculos depois. O profeta contava com a direção de Iavé. Com a vitória sobre os filisteus, reconhece a ação divina, pega uma pedra em especial e coloca entre as duas cidades, como símbolo de ajuda e declara:

“Ebenezer! Até aqui nos ajudou o Senhor”. Ao fazermos uma retrospectiva da história da Igreja, temos a certeza da ajuda divina em todos os momentos vividos até aqui, como expressa o salmista: “Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Sl 126.3). A alegria é contagiante ao chegarmos no presente e podermos expressar, talvez, o mesmo sentimento do salmista e agradecermos a pedra de ajuda. Separamos o dia 07 de janeiro para realizar o culto de gratidão. Contamos com a presença de muitos convidados, especialmente o conjunto “Comunhão”, da Igreja Central em Belford Roxo - RJ. O preletor da noite foi o pastor Ezequias dos Santos Garcia, pastor da

Igreja com os convidados, pastor Ezequias e o conjunto Comunhão

Igreja Central em Vilar dos Teles, São João de Meriti - RJ. Neste dia, foram homenageados os irmãos fundadores que estavam presentes e também o pastor da Igreja, que por 19 anos está à frente desta amada Congregação. Relato aqui uma bênção es-

pecial: após 32 anos no endereço antigo, o Senhor nos deu um novo templo, inaugurado há seis anos, com mais espaço e, principalmente, fácil acesso. Estamos avançando para o objetivo para qual o Senhor da Pastores Alcely, Wagner e pastor Igreja a plantou neste bairro e Valdemir, pregador pelos 19 anos como disse Samuel: “Ebenézer”. de ministério


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ponto de vista

Longevidade abençoadora Cláudio Lísias

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ão é difícil dizer ou escrever sobre alguém que tanto admiro e respeito por viver a prática do que diz. Há 59 anos conheço o pastor Francisco Mancebo Reis, meu pai, meu amigo, meu exemplo. Levei um tempo para perceber, com profundidade, o que meu pai significava e significa para mim e minha

querida irmã Ana Lúcia. Passamos juntos muitos momentos difíceis, com poucos recursos financeiros, conforto ausente, mas fé e esperança sem limites dentro de casa. Foi fundamental para a minha vida cristã crescer presenciando a coerência de meu pai. O que era dito no púlpito seria praticado em casa, nos “bastidores” tão imprevisíveis e desafiadores de todos os dias. As palavras não eram vazias, mas vali-

dadas pela prática do cristianismo. Minha saudosa mãe, Hilda Nogueira Mancebo, foi um suporte essencial realizando com meu pai muitas visitas que permitiram um pastorear mais completo. Outra virtude de meu pai é a humildade, sempre muito marcante em suas atitudes e decisões. Trabalhou como diretor da Faculdade Batista Mineira por cerca de 14 anos mantendo a mesma postura discreta,

simples e próxima das pessoas. Conselheiro profundo, sábio em suas colocações não só dentro de casa como também nos demais ambientes que frequenta, continua atuante. Agradeço sempre a Deus esse especial presente que me deu: meu pai. Peço a Deus que mantenha a sua saúde, o seu discernimento, sua alegria e a paz que o alimenta a cada dia. A Bíblia apresenta, em Provérbios 4.5-6, um conselho

especial: “Adquire a sabedoria, adquire a inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca. Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a e ela te conservará.” A longevidade abençoada e abençoadora de meu pai se resume nisso: ele seguiu o conselho! Parabéns, pai, pelos 90 anos vividos com grande sabedoria; um presente pra nós!

Todas as pessoas têm virtudes e defeitos. Não há um que escape das imperfeições. Nos iludimos quando achamos que alguém é perfeito. Que uma família é perfeita. Que uma Igreja é perfeita. Somos pobres e miseráveis pecadores, como disse Paulo, e carecemos diariamente da graça de Deus que nos perdoa de todo pecado. Devemos ter graça uns para com os outros. Perdoarmos uns aos outros. Orarmos uns

pelos outros. Ajudarmos uns aos outros. Compreendermos uns aos outros. Acreditarmos uns nos outros. Se você deseja construir relacionamentos, é preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã. Não espere a pessoa melhorar, mudar, ser diferente, para poder amá-la. Hoje, agora, é tempo de amar! Não perca o momento. Aquele que ama, faz a vontade de Deus, pois Deus é amor.

Relacionamentos

Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

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s relacionamentos são como bolhas de sabão. Eles estouram, arrebentam, se fragmentam. Isso ocorre, pois temos defeitos e as nossas falhas interagem nos nossos relacionamentos, causando decepções, frustrações, divisões, mágoas. Eis aí a necessidade do perdão; ele

é capaz de corrigir tudo que o nosso pecado danificou nas nossas relações familiares, com os irmãos em Cristo, com os amigos. Peço misericórdia aos irmãos pelas minhas falhas como pastor, como ser humano. Tenho muitas coisas que precisam ser aprimoradas. A intenção do meu coração sempre é positiva, mas sou suscetível ao erro. A pessoa mais criticada em uma Igreja

é o pastor! Nenhuma Igreja, que não seja perdoadora para com o seu líder, conseguirá ter um ministério pastoral longânimo. Pessoas perdem o encanto umas pelas outras. Muitos casamentos terminam por isso; a admiração acaba. Como vencer estes obstáculos? Só com muito amor! E fomos criados por Deus para amar. A principal missão do ser humano é amar ao seu próximo.


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ponto de vista

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Graça Carlos Alberto S. de Morais, pastor da Primeira Igreja Batista de Primavera do Leste - MT

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erta vez, Charles Swindoll disse que “viver na graça é perigoso!” Concordo com ele pela compreensão que temos de viver na graça ser errada. Para alguns, quando escutam outras pessoas dizerem que vivem na graça é a mesma coisa que ter dito “Posso fazer o que quiser porque estou na graça!”. E este pensamento é errado. A graça de Deus realmente é algo maravilhoso, mas não me dá permissão para viver na libertinagem. E isso não é viver na graça. Creio que viver na graça é saber que a nossa salvação não depende de nenhum dos nossos esforços. O apóstolo Paulo disse isso em Efésios 2. 8 e 9: “porque pela graça sois salvos

mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não de obras para que ninguém se glorie”. A salvação não é por mérito. Isso quer dizer que não é pelo que faço ou deixo de fazer, que vou ganhar ou perder a salvação. Mas sim por entender que de modo nenhum conseguiria alcançar um favor da parte de Deus, se Ele assim não quisesse me dar. Graça é um favor totalmente imerecido da parte de Deus para cada um de nós. E viver na graça é a consciência de que precisaria deste presente de Deus. O apóstolo Paulo reconhece o que seria da vida dele sem Jesus; e o que seria da sua vida sem Jesus? Quando começo a entender que viver na graça é a certeza que preciso de um favor de Deus, passamos a compreender que não posso viver na libertinagem. Uma vida sem regras não é graça, uma vida que não se esforça em viver

o que Deus pediu é uma vida de pecado. E achar que posso pecar e depois pedir perdão, é viver uma graça barata! É negar todo o amor que Deus tem por nós, dando-nos a oportunidade de uma vida melhor, dentro dos seus planos. Paulo, mais uma vez em Romanos 6, faz um alerta a Igreja, de que embora a graça ultrapasse qualquer pecado cometido, ou seja, a graça é muito maior do que o meu pecado, portanto, existe sim perdão para qualquer ato errado que tenha cometido. Porque, uma vez que vivo na graça, não preciso mais continuar a viver no pecado. Porque a graça me restaura para uma nova vida. Pela sua graça, Deus nos aceita do jeito que estamos, mas ela é tão grande que nos transforma a cada dia. Logo, não vivemos mais no pecado, não por obrigação, mas agora em um relacionamento de amor a Deus.

Infelizmente, a Igreja do nosso tempo, tem feito muitos cumpridores de regras, como o jovem rico. Ficam à procura de mais um mandamento a cumprir: “o que posso fazer para herdar a vida eterna?”, esta foi a pergunta daquele rapaz para Jesus, e ainda hoje pessoas vivem assim. Pensam que por frequentar todos os cultos, dar o dizimo, participar de todos os eventos da Igreja, pregar, cantar, expulsar demônios, fazer milagres estarão nos céus. São pessoas que pensam que o fazer as coisas para Deus é o mais importante. Jesus contou que muitos naquele dia chegarão até Ele pensando que por terem feito algo a Deus, pelo seu merecimento tentarão entrar nos céus, mas Ele responderá: “Nunca te conheci”. Relacionamento com Deus é o mais importante para nós. Quando perguntaram qual era

o maior mandamento a ser cumprido, Jesus respondeu: “Ame a Deus e ao teu próximo”. O Senhor nos chamou para amá-lo acima de tudo; obedecer a Deus é como sua atitude para com seus filhos e esposa, você faz de tudo porque os ama, assim, amando a Deus Jesus nos ensina que, com certeza, faremos a Sua vontade. Porque descobriremos a cada dia o Seu amor por nós. Teremos a real noção de quem somos. Uma vida na graça do Senhor é aquela que procura fazer a Sua vontade a cada dia. Uma vida que se esforça e muito em agradar Àquele que nos presenteou com um favor, não para bajular ou conseguir outro favor, mas por amor. Por entender que Deus me ama e muito. Por isso, a cada dia viva na graça do Senhor, com o coração agradecido por tão grande favor dispensado a cada um de nós.

mim não o são; porque aonde vou, me amam”. Aquele jovem foi ganho pelo amor. Como a nossa Igreja é conhecida? O que dizem sobre a nossa Igreja? O que as pessoas falam sobre nós? Estas são perguntas que não podem ficar sem respostas. Precisamos saber se a nossa Igreja desempenha um papel relevante na nossa comunidade, se está sendo um farol para dissipar as trevas, se está sendo o sal que conserva e dá sabor à vida das pessoas, se está sendo um abrigo para o aflito e se está cumprindo a sua missão de fazer discípulos.

Estes alvos são importantes e devemos persegui-los e alcançá-los. Porém, o maior título que devemos conquistar é o de uma Igreja conhecida pelo Amor. Uma boa mensagem, uma boa música, boas acomodações e boa localização podem atrair pessoas, mas elas só ficarão conosco quando sentirem que são amadas. Um sorriso e um abraço acompanhados de cordialidade, respeito, simpatia e gentileza tornarão esta Igreja irresistível e inesquecível. Eu e você somos responsáveis por isso. Vamos receber

bem nossos irmãos e nossos visitantes. Compartilhe a sua Bíblia, ocupe os lugares da frente, e se a Igreja estiver lotada, ceda seu lugar para os idosos, para as mulheres e para os visitantes. Assuma o compromisso de abraçar pelo menos cinco pessoas no final de cada culto. Cumprimente os visitantes e apresente-os aos seus amigos. Ore por eles e convide-os a voltarem outras vezes. Isto é ser Igreja, esta é a nossa missão, este é o nosso alvo: sermos conhecidos pelo Amor. Que assim seja.

Uma Igreja conhecida pelo amor Dener Maia, pastor da Primeira Igreja Batista em São Vicente - SP “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.” (Jo 13.35)

O

grande pregador e conferencista americano Dwight Lyman Moody (1837-1899), em uma de suas mensagens compartilhou um fato acontecido na cidade de Chicago - EUA. Havia em Chicago um rapaz que frequentava uma deter-

minada Igreja. Certo dia, sua família mudou-se para outra parte da cidade que distava cinco quilômetros da sua Igreja. Depois de haver mudado de residência, para ir à sua antiga EBD, ele passava em frente de outras Igrejas onde havia EBD e outras atividades muito boas. Em um domingo de manhã, uma jovem o convidou para ir à Igreja dela, pois era mais perto, e lhe perguntou por que ia tão longe, sendo que havia outras Igrejas tão boas por perto. Aquele jovem respondeu: “Talvez todas sejam boas para as outras pessoas, mas para



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