ANO CXXI EDIÇÃO 07 DOMINGO, 13.02.2022
R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
FUNDADO EM 1901
98a Assembleia da UFMBB elege nova diretoria e comemora centenário do CIEM
Mais de 700 mulheres estiveram no Centro de Celebrações da PIB em Jardim Camburi (ES) para participar da 98a Assembleia da União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB). Nas páginas 08 e 09, todas as informações deste tempo de reencontros e gratidão ao Senhor.
Missões Nacionais
Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista
Observatório Batista
Hábitos saudáveis
Posse adiada
Visita do presidente
Cristolândia Feminina de Pernambuco recebe estudantes de Nutrição
CBG muda a data de posse do novo diretor executivo
Pr. Hilquias Paim visita sede da CBB
Igrejas ou orfanatos espirituais?
pág. 07
pág. 10
pág. 12
Coluna comenta fragilidade espiritual, bíblica e doutrinária nas Igrejas pág. 15
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REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 13/02/22
EDITORIAL
98a Assembleia da UFMBB
Há um mês nos aproximávamos do fim da Semana Batista para iniciar os trabalhos da 101a Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB). E, geralmente, no último dia desta semana, e no mesmo espaço da Assembleia da CBB, acontece a Assembleia da União Feminina Missionária
Batista do Brasil (UFMBB). E, como sempre, nossas irmãs realizaram um trabalho abençoador e muito inspirativo, com destaque para a eleição da nova diretoria e o início das comemorações do centenário do Centro Integrado de Educação e Missões o famoso CIEM. Por isso, o
destaque da capa desta edição vai para a 98a Assembleia da União Feminina. O Centro de Celebrações da Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi, em Vitória-ES, ficou repleto, assim como nos dias 13 a 16 de janeiro, na Assembleia da CBB. As páginas 8
e 9 trazem todas as informações da 98a Assembleia da UFMBB, “Busquemos a paz com misericórdia” Que todo o conteúdo de O Jornal Batista nesta semana seja relevante e edifique a sua vida. Deus te abençoe! n
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O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901
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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA
REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 13/02/22
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BILHETE DE SOROCABA
Quando eu era criança Pr. Julio Oliveira Sanches Não há como apagar as lembranças que foram gravadas na memória do nosso tempo de criança. São lembranças alegres, outras tristes, que deixaram marcas indeléveis que o tempo não consegue apagar. Algumas geram arrependimento sincero e o desejo de voltar no tempo e corrigir o que foi feito. A vida não nos permite retornar, ainda bem! Ser criança é uma dádiva divina que não pode ser desprezada. Algumas são lembranças que nos levam à gratidão. Preocupa-me o que está sendo gravado nas mentes infantis neste tempo de pandemia. O cerceamento de espaço físico, a convivência com pais nervosos, que não conseguem esconder a insegurança gerada pelo tempo de pandemia e medo redobrado. A ausência de colegas das classes nas escolas, do convívio livre com outras crianças, do libertar-se da incômoda máscara. Não é fácil ser criança neste tempo de pandemia, onde todos estão irritados e com medo, inclusive os pais
e mestres. Quais experiências ficarão gravadas nas mentes infantis e como serão lembradas no futuro? Haverá aumento de desequilíbrio social e como isto marcará a atual geração infantil? São perguntas que precisam de respostas bem elaboradas e carecem ser analisadas com amor e seriedade pelos pais e mestres. Presenciei uma experiência que me deixou traumatizado. Um menino de apenas três anos “bateu” na mãe por não ser atendido no seu desejo infantil. Atitude normal nesta tenra idade. O pai foi defender a mãe e bateu com força no menino. Após a correção obrigou o filho a pedir desculpa à mãe. Cometeu dois erros graves. O peso da mão de um adulto pesa mais que uma tonelada, especialmente quando com raiva. Não se agride um menino de três anos. Primeiro erro. Depois obrigou o menino a pedir desculpa à mãe. Segundo erro: não se humilha, na presença de terceiros, uma criança que não tem noção dos atos cometidos. O diálogo e o carinho sempre são objetos de sabedoria.
As marcas ficam e o medo pelo pai cresce de modo assustador. As boas experiências do tempo da infância dão suporte sólido para enfrentar os dissabores da vida, quando jovem, adulto ou até mesmo na velhice. O apóstolo Paulo, ao escrever I Aos Coríntios 13.12 rememora o seu tempo de menino. A transição de menino para a adolescência e desta para homem. Tudo isso na escola de Gamaliel, professor que deixou na mente do menino Saulo lições e experiências que o tempo não conseguiu apagar. “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” É possível ver o menino Saulo acumulando conhecimento que lhe seriam úteis por toda existência. O que está sendo acumulado na mente de nossas crianças hoje? Não sabemos. Só o tempo será capaz de revelar. Serão adultos melhores que os atuais? Difícil responder e prever. As crianças precisam de carinho e amor
redobrado. Elas não conseguem entender porque o papai está nervoso e as tratam com agressividade. Ficam os traumas que no futuro gerarão reações descontroladas. Pais, esforcem-se por gerar amor e compreensão e redobrado carinho aos seus filhos pequenos, que não sabem explicar o que significa pandemia. Os que chegamos à maturidade temos saudades do nosso barquinho de papel a navegar nas enxurradas, após a torrencial chuva de verão. “Lembrança quanta lembrança dos tempos que já lá vão! Minha vida de criança, minha bolha de sabão! Infância que sorte cega, que ventania cruel, que a enxurrada te carrega, meu barquinho de papel!” (Guilherme de Almeida.) Hoje, os pais não mais fabricam barquinhos de papel para os filhos. O celular substituiu a enxurrada que a seca levou, deixando-nos apenas as marcas do medo. Ame seu filho porque o amor tudo pode e só ele pode garantir que o amor prevalecerá após estes tempos difíceis. n
é/foi atendido? Certamente já nos pegamos pensando assim. A questão é que Deus faz aquilo que está de acordo com a Sua soberana vontade. A própria Bíblia nos orienta quanto aos nossos pedidos: 1º: Devemos pedir; 2º: Que este pedido esteja de acordo com a vontade Dele (Tiago 4:2,3). Compreendemos que o desejo de Abraão e Sara era agradável ao Senhor e, por isso, foi concedido, além, claro, de ser motivo de glorificação do nome de Deus. Isso significa que todos nós precisamos buscar estar alinhados com os propósitos de Deus e, se, caso ainda não saibamos qual,
devemos orar pedindo esclarecimento do Senhor. Sendo assim, cabe a nós algumas reflexões, como: – Nossa compreensão de quem é Deus é limitada? – Os pedidos que temos levado ao trono estão sendo feitos e submetidos a vontade de Deus? Lembremos sempre que Ele pode ouvir nossas orações. Ele pode atender os nossos pedidos. Ele pode realizar um feito milagroso, Ele pode refazer situações, Ele pode transformar mentes e corações, Ele pode curar. Isso tudo porque Ele é Deus, o Deus que faz. Creiamos nisso! n
Deus faz
Carolina Terra
membro da Primeira Igreja Batista em Araruama-RJ (extraído do Escudeiro Batista online, da Convenção Batista Fluminense)
Dentre várias narrações bíblicas, que revelam a ação e o poder de Deus, encontramos no Antigo Testamento um dos episódios mais conhecidos: a história de Abraão e sua família. Imaginar Sara, que era estéril, e já de idade gerar uma vida em seu ventre é um tanto quanto desafiador, mas não para quem crê no Deus que faz. No livro de Jeremias, capítulo 32, verso 27, está: “Eu sou o Senhor, o Deus
de toda a humanidade. Há coisa difícil pra mim?” Que afirmação! Ao ler isso, nossa alma se enche de regozijo porque esta afirmativa está pertinente a quem é o nosso Deus. Ele é o Senhor de tudo (Salmos 24.1), o Todo Poderoso (Apocalipse 1.8). Portanto, pensar na promessa que Abraão recebeu de Deus, a qual ele teria um herdeiro e nas reais possibilidades do casal, não é apenas enxergar a manifestação do poder de Deus, é mais: consiste em entender e aceitar que tendemos a julgar a capacidade de Deus através do olhar das nossas próprias capacidades. No entanto, se Deus faz as coisas acontecerem, por que meu pedido não
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REFLEXÃO
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A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra Gerson Mello de Oliveira
pastor, membro do colegiado da Primeira Igreja Batista de Búzios – RJ (extraído do Escudeiro Batista online, da Convenção Batista Fluminense)
O texto bíblico da nossa meditação se encontra em Provérbios 12.25. “A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra”. Esse é considerado o mal do século, as pessoas se preocupam em demasia com o dia de amanhã, e, muitas vezes, aquilo com que nos preocupamos quase sempre não acontece. “A ansiedade é um peso na vida de todo ser humano, pois ela é um tratamento emocional com consequências tanto no aspecto psíquico quanto físico. Trata-se de um desequilíbrio hormonal provocado por um comportamento frente aos desafios da vida que leva a pessoa a um sofrimento intenso”. (Extraído
do livro “Trocando a ansiedade pela paz”, pág.18). Não se deve, em alguns casos, descartar o tratamento com um médico, terapia com um profissional da área; mas também confiar no que a palavra de Deus nos orienta acerca do assunto. O grande apóstolo Paulo, Pedro e, principalmente, o Senhor Jesus já nos prevenia sobre esse mal. Paulo diz, em Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica com ações de graça”. Em resumo, o que Paulo nos ensina aqui, é o seguinte: você é muito ansioso ou ansiosa, se preocupa com tudo, então ore sobre tudo. É bom que até vamos orar um pouco mais, já que nós oramos muito pouco. Eu tinha uma preocupação muito grande sobre a minha velhice, o que seria da minha vida, se teria recursos, se
Olavo Feijó
pastor & professor de Psicologia
A Grande Comissão “Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis quem ficar firme até o fim será salque eu sou?” (Mt 16.15). vo” (Mt 9.22). A ressurreição de Cristo é a proAo pregar o “Sermão do Monte”, va final do poder redentor de Jesus Jesus declarou: “Felizes as pes- Cristo, bem como a garantia de que soas que sofrem perseguições por teremos “um novo céu e uma nova fazerem a vontade de Deus, pois o terra” (Ap 21.1). A história do CristiaReino do Céu é delas” (Mt 5.10). Por nismo tem sido a comprovação divina razões que estão além do nosso en- de que fomos chamados para a vida tendimento, a Bíblia nos afirma que eterna, garantida pela obra poderosa o mundo odeia a Cristo e odeia Seus do Cristo. Nossa tarefa, então, é “ir adoradores: “Todos odiarão vocês, por todo mundo e pregar o Evangelho por serem Meus seguidores. Mas a toda criatura” (Marcos 16.15).
iria sofrer com doenças etc. Hoje estou com 63, e me sinto como um garoto, amo realizar a obra de Deus, amo estar com a minha família e amo jogar futebol e assistir meu fluzão jogar; mas, e daqui para frente? Está nas mãos do
Pai, se Ele está sempre acordado, então para que dois ficarem acordados a noite sem dormir. Eu durmo pois basta apenas um cuidando de tudo. Amanhã continuo a tratar mais desse assunto. Graça e paz! n
Refazendo o vaso José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB
Jeremias 18 é um dos textos mais belos que encontramos nas Sagradas Escrituras. O profeta é convocado por Deus a descer a casa do oleiro para ver como este molda o barro informe e faz dele um vaso belo, útil e precioso. O que chama atenção é o fato de que oleiro não descarta o vaso estragado (Jeremias 18.4). Observe que o oleiro não jogou fora o vaso que se estragou em suas mãos - ele refez o vaso segundo bem lhe pareceu. Por mais que ao longo da nossa existência tenhamos com todas as forças ficar longe de Deus – Ele, por meio de Sua graça e misericórdia, não desistiu de nos amar. O apóstolo João, em letras garrafais, nos informa - que “nós o amamos porque Ele nos amou primeiro” (I João 4.19). Com propriedade, Charles Haddon Spurgeon diz: “No planeta não existe luz, a não ser aquela que vem do sol; e no coração não existe amor verdadeiro por Jesus, a não ser aquele que vem do próprio
Senhor Jesus. Nós o amamos por nenhuma outra razão além da que Ele nos amou primeiro”. Sabemos que o amor do Pai Celestial por nós é incondicional, perseverante, eterno. A nossa salvação está garantida, pois Jesus garante que aqueles que se achegam a Ele, não são jogados fora. Entretanto, em nossa caminhada com Deus, Ele precisa nos moldar, nos refazer. O texto do profeta Jeremias retrata o que é necessário para que o Senhor possa nos moldar e refazer a nossa existência. Vamos elencar alguns pontos para a nossa reflexão. Em primeiro lugar, não há como Deus refazer o vaso se não houver relacionamento com o oleiro (Jeremias 18.1-2). As expressões “Palavra do Senhor que veio a Jeremias” - “ouviras as minhas palavras” denota que o Oleiro conhecia o profeta e que ele também O conhecia. O oleiro só pode se revelar a quem mantém relacionamento com Ele. Como todo relacionamento, o relacionamento com Deus cresce com o tempo e com dedicação. A medida que
você conhece mais de Deus e tem mais experiência com Ele, seu relacionamento se torna mais profundo e firme. Em segundo lugar, não há como Deus refazer o vaso se não houver de nossa parte obediência (Jeremias 18.2-3). É muito interessante perceber que o Oleiro dá o comando: dispõe-te e desce. Prontamente, o profeta desce a casa do Oleiro e como resultado, ele ouve as palavras do Oleiro. Com isso aprendemos que só é possível ouvir e discernir o que Deus quer via obediência. O caminho da obediência gera recompensa. É fato, o que caracteriza um discípulo de Cristo é sua obediência a seu ensino. O pastor e escritor Luciano Subirá diz: “À semelhança dos fariseus dos dias de Jesus, nós também pecamos hoje pela nossa religiosidade. Aprendemos a falar e a nos comportar com ares de bons cristãos, e, com isso, encobrimos a nossa desobediência”. Em terceiro lugar, não há como Deus refazer o vaso se Ele não nos quebrar (Jeremias 18.4). É lindo ver e perceber que o oleiro só refez o vaso porque o vaso que estava em suas mãos primei-
ro se quebrou. E ao refazer, Ele o fez segundo bem parecia a seus olhos. Enquanto o Oleiro não nos quebrar, não será possível sermos refeitos. Para nos quebrar Deus, muitas vezes, nos coloca na escola da necessidade, na fornalha para queimar todas as amarras de nossa vida. Em último lugar, não há como Deus refazer o vaso se não estivermos completamente em Suas mãos (Jeremias 18.6). O que fica patente aos olhos do profeta é que assim como o oleiro tem o poder sobre a argila, também Deus tem autoridade soberana sobre as nações e consequentemente sobre a nossa vida. O servo de Deus só possui autoridade porque esta é derivada de Deus. Quanto mais o servo se sujeita e se coloca nas mãos do Deus Todo Poderoso, mais autoridade e unção ele terá. Quem se coloca nas mãos de Deus consegue resistir ao diabo e suas investidas (Tiago 4.7). Luciano Subirá diz: “Resistir ao diabo é uma ordem que foi dada a cada cristão, mas ela está condicionada a uma atitude de submissão a Deus”. n
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A Missão da Igreja na evangelização mundial Jeferson Cristianini
pastor, colaborador de OJB
A doutrina cristã nos ensina que todos os cristãos fazem parte do corpo de Cristo, fazem parte da Igreja universal de Jesus Cristo, a Igreja de todos os tempos. O autor dos Hebreus nos fala dessa única Igreja de Jesus assim: “[...] a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia e a igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos” (Hb 12.22-23). Ao mesmo tempo que a Bíblia nos ensina que fazemos parte da Igreja universal; enquanto aqui estamos, fazemos - ou devemos fazer - parte de uma Igreja local. Sabemos da importância da comunhão para nosso exercício dos dons espirituais, para nosso crescimento, para nossa comunhão e para nosso encorajamento espiritual. O autor aos Hebreus estimula os cristãos a não se renderem ao movimento dos “sem Igrejas”, que ensinam não ser necessária a convivência cristã numa Igreja local, pois o texto diz: “Não deixemos de congregar-nos como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quando vedes que o Dia se aproxima” (Hb 10.25). O autor aponta que, desde o primeiro século, alguns cristãos têm o costume de viverem afastados da convivência cristã comunitária da Igreja local, e a exportação traz um apelo para que estimulemos nossos irmãos a congregarem localmente.
O apóstolo Paulo, por exemplo, escreve a um grupo de irmãos, para Igrejas locais, pois, falou aos romanos, aos coríntios, aos efésios, aos tessalonicenses, aos gálatas, aos filipenses e colossenses. O apóstolo Pedro escreveu aos “forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitinia” (I Pedro 1.1). O apóstolo João, em Apocalipse, escreve cartas às Igrejas da Ásia; assim podemos entender que eram Igrejas locais: Éfeso, Pérgamos, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. O Novo Testamento mostra claramente que as Igrejas locais estão inseridas em um contexto geográfico específico, sem se esquecer de sua nobre missão da evangelização mundial. Com a chegada da pandemia, as Igrejas locais foram desafiadas em várias áreas, entre elas, a comunicação digital, com a necessidade da transmissão de seus cultos. É claro que as transmissões dos cultos revelou a fragilidade doutrinária e teológica de algumas Igrejas, mas também a firmeza na sã doutrina de outras. As Igrejas, em sua maioria, que eram locais, agora estão nas redes sociais, com maior visibilidade. Aquelas que já faziam suas transmissões e já tinham o “culto online” tiveram impactos, mas, pela experiência nas transmissões e equipamentos, tiveram que se adaptar e continuar o trabalho. Já as Igrejas pequenas, que não possuíam equipamentos e conhecimentos técnicos,
sofreram muito com a imersão digital e com as comparações com aquelas que já tinham experiência e equipamentos que ofereciam boa qualidade. As pequenas Igrejas tiveram que se desdobrar para poder falar com seu povo, uma vez que por uma questão de saúde, foi necessário o distanciamento social. A pandemia “forçou” as Igrejas a se adaptarem em várias coisas. As Igrejas locais ficaram na “vitrine virtual” e as pessoas começaram a procurar conteúdo bíblico. Como vivemos num mundo globalizado, as Igrejas locais sérias e bíblicas se tornaram Igrejas “glocais”. Glocalização é um neologismo resultante da fusão dos termos global e local. Refere-se à presença da dimensão local na produção de uma cultura global. “Glocal” é um conceito missionário moderno, que estimula as Igrejas locais olharem as carências missionárias do mundo todo. É um chamado à Grande Comissão, dado por Jesus, de que “recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria até os confins da terra” (At 1.8). Precisamos ser testemunha de Jesus, e pregar o Evangelho, em nossa localidade, em nossa região e estado, em nosso país e no mundo (“até os confins da terra”). Algumas Igrejas locais, que eram circunscritas a um bairro, a uma região, agora têm seus cultos transmitidos on-
line e um alcance mais amplo em sua região, em seu estado, em seu país e no mundo. A comunicação da mensagem do Evangelho para todos os povos é urgente. Ao verem o cenário mundial, e “ouvindo o clamor” das nações, as Igrejas locais com a visão global precisam pregar e anunciar o Evangelho para sua localidade, visando alcançar o maior alcance possível. Nesse tempo em que vivemos, precisamos de muita sensibilidade espiritual e não podemos nos tornar indiferentes quanto à situação do mundo que vive mergulhado na maldade e distantes do Senhor. É mais fácil ignorar o que acontece e fingirmos que nada nos afetará, mas Deus quer que oremos, ofertemos e trabalhemos para alcançar o mundo todo. Num tempo tão digital como o nosso, onde as pessoas estão online boa parte do tempo, precisamos divulgar o Evangelho na nossa localidade e orar para que Deus leve nossa pregação e ensino até os confins da terra. Vamos, com alegria, cumprir a missão de Deus de divulgar o Evangelho, visando que mais pessoas se convertam e tenham seus nomes escritos no Livro da Vida e arrolados nos céus na Igreja de Jesus. Que nossa motivação seja saber que pessoas de todas as tribos, povos e raças estarão diante do trono de Deus louvando ao Senhor Deus e ao Cordeiro para sempre. Vamos cumprir nossa missão “glocal”. Aproveitemos as oportunidades! n
Celebrando a paz em união Levir Perea Merlo
pastor, colaborador de OJB
“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Sl 133.1) “Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão de anjos louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade” (Lc 2.13,14). Os anjos saudaram o nascimento de Cristo com louvor a Deus e com a expressão do desejo de paz para todos os que têm um compromisso com a graça de Deus. A paz nunca será resultante
das boas intenções humanas. Deus iniciou o processo de paz, vindo ao mundo na pessoa bendita de Jesus Cristo! Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo. Somente pessoas que se dedicam a adorá-lo podem ser instrumentos de paz, pois Ele é a única fonte da paz verdadeira. O ano de 2022 nunca precisou de tantos apelos à paz mundial: pestes pandêmicas, princípios de guerra entre potências mundiais, decadência moral e ética de forma avassaladora, aumento da miserabilidade no Brasil e no mundo, destruição da natureza, a ganância de poder e de ganhar e por
aí vai. E, por isso, precisamos celebrar a paz verdadeira, que é Jesus Cristo, com atos concretos. O salmo 133, de Davi, escrito há mais de 1000 anos antes de Cristo, nos lembra de como é bom, saudável e necessário vivermos em união, e isso pressupõe também a presença da paz que sempre foi o desejo da humanidade. Embora nem sempre sendo alcançada na realidade, a relação familiar é aquela em que há unidade de propósito e de ação. Isso é válido não só para a família imediata, mas também para a família de Deus. Celebrar a paz em união é uma ne-
cessidade para toda a humanidade, que só alcançará esse ideal com a presença real, constante e verdadeira do Príncipe da Paz, Jesus Cristo! Isso está longe de acontecer, na verdade uma utopia, apesar de sabermos que para Deus tudo é possível, o problema é o coração humano, porque nem todos abrirão o coração para o Senhor em um ato de fé. Então, o bom exemplo da paz e da união verdadeira tem que começar conosco que um dia reconhecemos quão pecadores somos e nos entregamos à graça maravilhosa do Senhor! Que o mês de fevereiro seja de muita paz, alegria e união no Senhor! n
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REFLEXÃO
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Deus nos ama independentemente de quem somos!
Carlos Alberto Martins Manvailer colaborador de OJB
“O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias são sobre todas as suas obras” (Sl. 145.9). A bondade do Senhor é de geração a geração. Quanta maldade o ser humano tem idealizado e materializado! Basta observarmos diariamente a mídia, e nos depararemos com tanta perversidade e atrocidade. Ações de maldade essas que retratam a natureza má do homem. Ou seja, cada ano, século que avança, o que presenciamos é o ser humano se tornando mais cruel, mesmo com todo avanço do conhecimento tecnológico e científico que o homem desfruta. No entanto, nós, que conhecemos a palavra de Deus, não devemos nos impressionar com esse volume tão acentuado de atrocidade, pois, a Bíblia já nos informa que o mundo vai de mal a pior. Agora, o que me surpreende e me encanta é a forma misericordiosa como o nosso Deus trata o homem pecador e mau. Essa bondade divina, tão grande e inexplicável, é algo que retrata de
forma cristalina o infinito amor de Deus pela raça humana (João 3.16). Assim foi desde o início e continuará. Deus não muda, nEle não há sombra de variação. Embora, na perspectiva divina, o homem deveria ter outra essência, outra natureza, a qual foi alterada por iniciativa exclusiva e rebelde do próprio homem. Porém, o que mais me admira nesse Deus criador e sustentador, amoroso e misericordioso é a forma como reage diante da afronta. Ele ao criar os nossos pais - Adão e Eva - os orientou, detalhadamente, como deveriam agir, inclusive, adiantando qual seria o resultado, caso houvesse desobediência. O que, aliás, é a característica essencial do nosso Deus, a transparência. A verdade é a bússola que orienta Suas ações. Pois Ele mesmo é a Verdade. E o interessante é que desde o início, no relacionamento criador e criatura, esta última, normalmente, se posiciona de forma contrária a vontade e as orientações positiva e construtivas de Deus. Desde que o homem foi criado, essa tem sido a tônica no decorrer dos séculos. Mas, Deus continua sendo Deus. Isto é, amando e demonstrando misericórdia a sua criatura, formada
por Suas mãos, sendo a sua imagem e semelhança. E a preocupação de Deus para com o homem é tamanha, que tudo mais que Ele criou foi para bem-estar de sua principal criatura. Mas, o homem, em sua grande maioria, além de não reconhecer esse infinito amor, muitas vezes vai além, chega ao ponto de não apenas desobedecer ao Seu criador, passa a afrontá-lo. Assim foi e continua sendo no relacionamento Deus/homem. É incrível como o ser humano, em sua essência, é rebelde. Também somos sabedores da razão disso. É o resultado do pecado. Aliás, toda a ação contrária a vontade de Deus, perpetrada pelo homem é fruto dessa herança Adâmica. Ao longo de toda a história, nos deparamos com rebeldia e afronta ao Deus único e verdadeiro. Mas, o que me chama a atenção e fica patente é a forma misericordiosa desse Deus maravilhoso. Isto é, a sua reação diante da afronta. Em vez de agir como nós normalmente agimos, Ele paga o mal com o bem. E a maior prova disso, foi possibilitar a restauração do homem pecador e caído, cumprindo, assim, a Sua promessa feita no Éden, ao enviar
Jesus Cristo ao mundo, na plenitude dos tempos, para oferecer a Sua vida por amor a esse homem pecador e mau. E a forma como Jesus Cristo foi martirizado e morto, retrata claramente o ápice da maldade e crueldade humana. Nem por isso, Deus recuou em Seu intento; ao contrário, Jesus permitiu mansamente a todo aquele sofrimento até ser imolado como um cordeiro, e cumprir, com Sua morte no calvário, um só propósito: possibilitar a todo homem a restauração da plena comunhão com Deus Pai. Somente um Deus infinitamente amoroso e misericordioso, que é criador e sustentador de todas as coisas, pode agir dessa forma. Esse amor e essa misericórdia estão à disposição de todo homem, por mais cruel e perverso que seja. Basta que reconheça o sacrifício vicário de Jesus Cristo no calvário e o aceite como Senhor e Salvador de sua Vida. Esse é o único preço a ser pago para desfrutar do grande amor de Deus e ter a sua plena comunhão restaurada. Portanto, cabe a nós compartilharmos desse amor e misericórdia a todos os homens. Amém. n
tudo normal. Exames de imagem do coração, carótidas, vertebrais todos normais. Exames de imagem da parte gástrica e vias urinárias tudo normal. Mas por que tantos sintomas físicos? O motivo é o fato do seu emocional estar desregulado. Muita pressão que tem recebido está te fazendo sucumbir. Você não tem conseguido dar conta. Milhares de pessoas no mundo passam por isso. É a hora de pedir ajuda. O primeiro passo é a marcação de uma consulta com o médico psiquiatra e relatar a ele tudo que vem sentindo, para que ele dê um diagnóstico. Emita
o seu laudo com a sua prescrição de medicamentos. Não seja relutante aos medicamentos, eles salvam vidas. Em segundo lugar, procurar uma terapia. Eu recomendo a análise. E diante do analista você falar, falar, falar, falar etc. Despejar tudo que está dentro de você. Através disso haverá gradativamente um amortecimento dos sintomas e naturalmente o cenário mudará para melhor. Os sintomas físicos serão controlados, redimidos, e você alcançará alívio, paz, regulação interior, harmonia, equilíbrio e terá qualidade de vida. n
O que acontece quando não damos conta emocionalmente? Davi Nogueira
pastor, psicanalista, colaborador de OJB
Nunca foi tão difícil viver como na atualidade. Muitos escritores dizem que nos tempos atuais não vivemos, mas somos sobreviventes. Ou seja, tudo foi feito para retirar a nossa vida, mas resistimos. Quando vivemos é o oposto, é quando temos todas as condições favoráveis em prol da gente, o que não é o caso na maioria esmagadora da população, das pessoas. Somos ainda mais prejudicados por vivermos em um país emergente, aonde decréscimos
sociais muito nos atrapalham, diferente contexto observamos em países de primeiro mundo. O que acontece quando não damos conta emocionalmente? A primeira coisa: adoecemos emocionalmente. Vem muita tristeza, carência, vazio etc. Confusão mental, agitação, insônia, ansiedade etc. E aí começam a aparecer vários sintomas físicos. Sudorese, tremores, dores as mais variadas, alteração na pressão arterial, alteração no sistema digestivo, alteração no sistema urinário etc. Você vai ao médico e organicamente não há infecção; hemograma, hepatograma,
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Cristolândia Feminina de Pernambuco recebe visita de estudantes de nutrição
Wagner Junior
Redação de Missões Nacionais
O trabalho missionário nas unidades da Cristolândia por todo o Brasil objetiva o cuidado integral do ser humano. Esse é o local onde muitas pessoas em situação de rua e ex-dependentes químicos conhecem uma alternativa de vida. Nas unidades são desenvolvidos diversos trabalhos para que os acolhidos e acolhidas conheçam o Senhor
Jesus, tenham uma vida digna, sejam recuperados e reinseridos na sociedade. Como parte desse trabalho, a Cristolândia Feminina de Pernambuco recebeu estagiários da turma de nutrição da faculdade Unibra, que desenvolveram atividades com as acolhidas da unidade. Foi um tempo muito proveitoso, em que elas puderam conversar, receber orientações nutricionais e aprender sobre hábitos saudáveis. Nesse en-
contro, elas aprenderam mais sobre a alimentação, os benefícios de alguns alimentos e saúde no geral. “Foi muito enriquecedor e proveitoso tanto para os estudantes passarem e, consequentemente, fixarem o que estão aprendendo, quanto para as acolhidas locais, que aprenderam mais sobre uma vida saudável. Obtivemos um excelente retorno. As acolhidas interagiram bastante”, conta a nutricionista Flávia Pereira.
SUA OFERTA TRANSFORMA VIDAS
CHAVE 33.574.617/0001-70 CNPJ MISSÕES NACIONAIS
Na Cristolândia Feminina de Pernambuco, as acolhidas têm conhecido Deus e sua Palavra, e têm sido impactadas pelo carinho e cuidado de toda a equipe missionária. Lá, muitas mulheres têm descoberto seu verdadeiro valor em Cristo e podem, então, sonhar e planejar uma vida diferente. Ore por esse trabalho, para que muitas vidas outras vidas possam ser transformadas pelo poder de Deus! n
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Juventude Batista da Mata Centro de PE promove acampamento “Fortalecer” Programação marca novo tempo de unidade entre a juventude da região. João Vitor de Lima Ferreira
membro da Igreja Batista em Bela Vista-PE; e coordenador do ministério de Intercessão da Juventude da Associação Batista da Mata Centro
Com o intuito de revigorar ainda mais nossas forças, a diretoria da Juventude da Associação Batista da Mata Centro de Pernambuco organizou o Acampamento Fortalecer 2022, realizado nos dias 28, 29 e 30 de janeiro, no qual aproximadamente 10 juventudes estiveram representadas. O local onde o evento foi realizado é o Centro de Eventos Cristão 3R, no município de Bezerros-PE, espaço de estrutura impecável e envolto a uma belíssima paisagem. Cuidados foram tomados por parte da organização para evitar contaminações, e em cada lugar do acampamento foram disponibilizados álcool em gel. Oramos por este momento e nos consagramos para que o Senhor Jesus nos enchesse e capacitasse com seu Espírito Santo, e que esse acampamento fosse um instrumento nas mãos do Altíssimo para fazer com que a obra dos Batistas pernambucanos cresça, levando a transformação de vida que só o Evangelho pode dar. Em nossas atividades fizemos gincanas, tivemos palestras, momentos de oração e uma equipe de irmãos voluntários que se dispuseram a fazer a alimentação deliciosa que foi servida. Certamente, nunca antes houve um evento deste porte, com tantas Igrejas participantes. Outrora, éramos bastante dispersos, e a interação entre as juventudes era escassa; apesar de inúmeras tentativas de uni-las, nunca houve um êxito tão grande. Pode-se dizer que foi um verdadeiro mover de
Acampamento “Fortalecer” foi o primeiro para muitos jovens da Mata Centro de Pernambuco
Momentos de oração, gincanas e outras atividades fizeram parte da programação do acampamento “Fortalecer” Deus; uma parte bastante considerável de jovens, nunca antes havia participado de um acampamento, sendo este o primeiro para muitos deles. É claro que a experiência foi inesquecível, e os testemunhos de renovação da fé e experiências de intimidade com Deus foram inúmeros, e a grande maioria dos nossos jovens, não veem a hora de poderem participar do acampamento Fortalecer, no próximo ano. A Associação Batista da Mata Centro é composta por cerca de 30 Igrejas e Congregações, mas, infelizmente, nem todas possuem juventudes estabeleci-
das, e, por isso, o irmão Samuel Batista, presidente da Juventude, tem se empenhado sobremaneira, para que em todas estas Igrejas tenham um ministério de jovens de maneira ativa e independente na comunidade. Temos visto a atuação de Deus entre nós de maneira notável, pois o progresso que temos vivenciado em meio ao período da pandemia, tem sido, por incrível que pareça, maior que anteriormente, e quando as probabilidades estavam muito menos favoráveis, Deus nos agraciou. Estamos testemunhando um belíssimo tempo de comunhão e trabalho cristão.
Louvamos ao Deus e Pai de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que claramente tem se manifestado entre seu povo Batista pernambucano. Em meio ao período pandêmico decorrente pela COVID-19, tem-se visto o notável avanço da Juventude da Associação Batista da Mata Centro de Pernambuco, atuando em diversos locais. Agradecemos a todos que se dispuseram a ajudar nessa obra que é do Senhor. Esperamos o próximo, sabendo que Deus tem reservado grandes coisas para seus filhos da JUBA Mata Centro-PE. n
Convenção Batista Goiana adia posse de novo diretor executivo Avanço da COVID-19 é o motivo; veja a nova data. Em suas redes sociais, a Convenção Batista Goiana (CBG) informou que a posse de seu novo diretor executivo, pastor Newton Bastos, foi adiada por conta da COVID-19. Além disso apresentou uma nova data para a solenidade. Leia a nota completa. Aos Batistas Goianos Estimados irmãos, “Tudo tem o seu tempo determinado para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3.1). Devido ao momento que ainda estamos vivendo por causa da pandemia do Coronavírus achamos por bem suspender o Culto de Posse do novo diretor
executivo da Convenção Batista Goiana marcado Contamos com a compreensão e cooperação para o dia 19/02/2022. A posse formal acontecerá de todos. na Reunião do Conselho Geral da Convenção Batista Fraternalmente em Cristo, Goiana, convocada para o dia 19 de março de 2022 e o Culto de Posse constará no programa da 77ª Pr Carlos Enrique Santana Rocha Assembleia da CBG, cuja data é de 19 a 22 de maio, Presidente na PIEB em Rio Verde.
MISSÕES MUNDIAIS
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Inscrições abertas para viagens voluntárias O Voluntários Sem Fronteiras (VSF) é um programa de Missões Mundiais, que tem por finalidade enviar vocacionados para assistir e apoiar o trabalho da organização no campo missionário, através das suas habilidades, dons, talentos e tempo disponível. Em razão da pandemia do novo coronavírus, as viagens do VSF estiveram suspensas nos últimos dois anos. Mas, seguindo os protocolos de segurança sanitária de todos os países, retomaremos as atividades neste ano de 2022. Acesse o caderno de viagens 2022 do VSF em missoesmundiais.com.br. “Como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). Veja a seguir quais são as possibilidades oferecidas pelo programa. Coloque-se à disposição, ore e já garanta a sua vaga. VSF CARAVANAS Nesta opção, você poderá integrar uma de nossas caravanas missionárias formadas por voluntários brasileiros e/ ou estrangeiros que seguirão para diferentes países. A proposta é servir e auxiliar nos projetos de Missões Mundiais no campo missionário. Nesta opção, você não precisa ser fluente em outro idioma. Os valores serão enviados para o e-mail cadastrado. VSF INDIVIDUAL Esta é a opção que oferece ao voluntário uma experiência individual. Se você deseja servir através desse programa, poderá seguir para um dos campos descritos abaixo ou nos procurar para conhecer outros possíveis locais. FAMÍLIAS SEM FRONTEIRAS Esta é a opção que permitirá ao voluntário seguir ao campo com sua família (cônjuge e filhos). Se você e sua família nuclear desejam servir através desse programa, poderão escolher entre um dos países descritos abaixo. VSF GRUPO DE VIAGEM Esta opção é para líderes que desejam organizar a sua própria equipe de viagem. Ela pode ser formada por voluntários da sua ou de diferentes Igrejas, ou até mesmo por voluntários da sua organização. Você os levará a ter uma experiência transcultural, onde servirão e auxiliarão os projetos de Missões Mundiais no campo missionário. Você poderá escolher o campo que sua equipe deseja servir.
VSF EXPERIÊNCIA TRANSCULTURAL E APRENDIZADO DA LÍNGUA Esta opção oferece a você a oportunidade de viver uma experiência missionária transcultural, onde você poderá conciliar seu tempo entre estudo de um idioma e a realização de ações voluntárias em um campo de Missões Mundiais. VSF INTERCÂMBIO Serviço, experiência transcultural, fluência do Inglês e Espanhol. Além de ganhar fluência no idioma que você aprendeu ou que está aprendendo, através desta modalidade você, como um voluntário intercambista, poderá servir a comunidades, aldeias, vilarejos, famílias e Igrejas, adquirindo assim uma experiência inovadora que mudará sua forma de ver o mundo a sua volta. Conheça as oportunidades no site de Missões Mundiais e inscreva-se. Verifique a validade do seu passaporte e não se esqueça: para passar um ano fora do Brasil, seu passaporte precisa ter, pelo menos, este tempo de validade. Para mais informações sobre as ações do programa Voluntários Sem Fronteiras, entre em contato através dos números abaixo: • Jovem: (81) 9785-5317 (Rayssa) • Adolescentes: (27) 99689-6876 (Samira) e (27) 9 9986 6050 (Pr. Khalil) • Mulheres: (21) 98336-9860 (Melina) • Esporte: (27) 99768-4990 (Jonathan) • Intercessores: (22) 99922-0978 (Ester) e (21) 98896-7205 (Ana) • Refugiados (Oriente Médio - maio e setembro): (19) 98174-1132 (Lucas Jandrey) • Refugiados (Oriente Médio - outubro e novembro): (21) 96676-7685 (Joana) • Apoio à Igreja Perseguida: (27) 99689-6876 (Samira) e (27) 9 9986 6050 (Pr. Khalil) • Equipes fechadas e ações na Europa: (22) 99922-0978 (Ester) • Equipes fechadas e ações na América do Sul: (21) 98896-7205 (Ana) • Equipes fechadas e ações na África: (79) 9198-2005 (Amanda) • Intercâmbio experiência Transcultural: (21) 98055-5558 (Luciana) • Intercâmbio fluência de idiomas: (21) 98055-5558 (Luciana) • Programa na Gâmbia: (21) 980555558 (Luciana) • Coordenação, Saúde, Viagem Individual e Emergencial: (21) 98055-5558 (Luciana) n
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Membros da diretoria e líderes Batistas visitam a sede da Convenção Batista Brasileira Pr. Hilquias Paim, novo presidente, também esteve no Centro Batista.
Pr. Sócrates Oliveira de Souza apresentou a sala dos presidentes ao pastor Hilquias Paim, eleito em Vitória-ES Estevão Júlio
jornalista no Departamento de Comunicação da CBB
Na sexta-feira, dia 04 de fevereiro, a sede da Convenção Batista Brasileira (CBB), na Tijuca-RJ, recebeu alguns membros da diretoria, eleitos na 101a Assembleia, em Vitória-ES, de organizações e da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo. Os membros da diretoria eram o pastor Hilquias Paim, presidente da CBB, da Convenção Batista Paranaen-
se (CBP) e da Igreja Batista Lindóia; e pastor Raphael Abdalla, terceiro vice-presidente da CBB, pastor da Primeira Igreja Batista em Guarapari-ES e relator da Comissão Jurídica da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES). Estavam conosco também Sergio Almeida, coordenador interino da JuDa esquerda para a direita: pr. Raphael Abdalla, pr. Hilquias Paim, pr. ventude Batista Brasileira (JBB) e o Ismael Anderson, pr. Sócrates Oliveira de Souza e Sergio Almeida pastor Ismael Anderson, primeiro seAcompanhado do pastor Sócrates a sala da presidência, local onde temos cretário da CBEES, terceiro secretário da Ordem de Pastores Batistas do Bra- Oliveira de Souza, pastor Hilquias Paim as fotos de todos os presidentes, execonheceu toda a sede da CBB, inclusive cutivos e eméritos da CBB. n sil (OPBB).
Projeto missionário da JUBERJ leva amor às pessoas PROMISS acontece desde a década de 1960.
Temoteo Santos
coordenador de adolescentes e Teologia da Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro
Dos dias 17 a 21 de janeiro de 2022 aconteceu o Projeto Missionário da JUBERJ, (PROMISS) na cidade de Campos dos Goytacazes, no bairro de Estância da Penha. Esse projeto missionário ocorre todos os anos desde a década de 60 e é a atividade missionária da Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro, a JUBERJ. Éramos cerca de, oficialmente, 14 voluntários dispostos a realizar a obra de Deus e levar o seu Evangelho a comunidade da Penha, através da Igreja Batista em Estância da Penha, pastoreada pelo pastor Diekson, que não deixou que nada faltasse aos missionários, além do tratamento de excelência e cuidado com cada um de nós. Apesar dos esforços da Igreja local, apenas ela abraçou o projeto. Sendo assim, diferente de outros, fizemos
Liderança da JUBERJ e voluntários do PROMISS 2022 apenas nesta localidade, atingindo 175 casas, mais de 100 fichas, 30 pedidos de culto no lar, mais de 10 conversões e 15 reconciliações, isso em quatro dias intensos para a glória de Deus! Nessa caminhada, a JUBABE Betel esteve representada com o seu presidente, o irmão Felipe do Valle. Uma caravana nos apoiou e fez aumentar e
muito o alcance da exposição do evangelho na localidade. A Igreja local deu um verdadeiro show, com cultos todos os dias na direção da própria Igreja. Tivemos a casa cheia, não só de membros, mas de visitantes, dentre eles muitas crianças, que recebiam o evangelho e já iam para a Igreja. Inclusive, ela ia
junto ao campo sendo encabeçada por seu pastor Diekison e sua esposa Soraya que não nos deixaram um único dia. Durante os dias muitos pediam estudos nos lares e, pelo pouco número de jovens, às vezes ficava difícil conciliar. Porém, Deus, que supre todas as necessidades, fazia multiplicar o número de voluntários e conseguimos alcançar a todos! Presente estavam, Filipe Tavares (presidente da JUBERJ); Temoteo Santos (vice-presidente da JUBERJ); e o pastor Diego Fagundes (secretário-executivo da JUBERJ). Os irmãos voluntários Clara, Gabriel Tadeu, Lorraine Peres, Melissa, Nathan Cardim (missionário da Jocum - Deus abençoe a organização!) e Rai, todos jovens e adolescentes, fora a Igreja local. Agradecemos a todos os envolvidos, e que o amor ao evangelho de Cristo os impulsione a doar cinco dias do seu janeiro a Cristo no ano de 2023! Graça e Paz! n
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Embaixadores do Rei realiza Noite da Decisão Tradicionalmente no ANVER, programação foi adaptada devido à COVID-19.
Departamento Nacional de Embaixadores do Rei O Departamento Nacional de Embaixadores do Rei (DENAER) realizou no dia 28 de Janeiro, no templo da Primeira Igreja Batista em Casimiro de Abreu-RJ, o culto denominado “Noite da Decisão”. O culto foi denominado assim em alusão a tão famosa manhã da decisão, culto realizado na quinta-feira pela manhã, durante o Acampamento Nacional de Verão dos Embaixadores do Rei (ANVER), onde os Embaixadores e Conselheiros são desafiados a tomar uma decisão diante do apelo realizado pelo preletor. Infelizmente, por questões relacionadas à pandemia da COVID-19 e suas variantes, não foi possível realizar o ANVER 2022, no Acampamento Batista Sítio do Sossego, Quartel General dos Embaixadores do Rei no Brasil. A condução da celebração foi feita por Fabiano Lessa, coordenador Nacional de ER, que trouxe uma palavra de acolhimento e saudação aos presentes e aqueles que assistiam a programação online. Jairo Peixoto, coordenador da Secretaria Nacional de Homens Batistas, também saudou os participantes do culto. O momento cívico foi conduzido pelo pastor Antônio Marcos. Sob o tema “Discípulo”, fomos conduzidos pelo coordenador de ER Fluminense, André Machado. O momento adoração foi guiado pela banda Novo Código, da Igreja local. Um momento marcante da celebração foi a entrevista com o pastor Camilo Caldas, pastor Batista há 50
anos, pastor por 42 anos da Sétima Igreja Batista de Campos-RJ. Ele foi o primeiro conselheiro de ER do Rio Grande do Sul e primeiro coordenador do DCER Gaúcho. Pastor Camilo trabalhou junto ao pioneiro do trabalho de ER no Brasil, pastor Willian Alvin Hatton, promovendo o trabalho por todo nosso país. Ele também destacou que uma das experiências mais marcantes em sua história como líder era a então “Tarde da Decisão”. A mensagem foi trazida pelo pastor Felipe Mercadante, pastor da Primeira Igreja Batista em Congonhas-MG, que desafiou a todos os presentes, através da mensagem no texto bíblico do livro de Lucas 9.23, sob o tema “Discípulo”. O preletor apresentou o que significa o termo Discípulo e afirmou que o discípulo é aquele que caminha com o mestre e desenvolve um relacionamento com ele. Nós somos desafiados a seguir a Jesus, e sermos discípulos Dele. A celebração terminou com Fabiano Lessa agradecendo aos líderes que coordenariam as duas semanas do ANVER 2022, e reafirmou que em 2023 teremos nosso ANVER com o mesmo tema. A banda Novo Código terminou louvando ao Senhor, junto com todos os presentes com o cântico “Compromisso Real”. Não deixe de acompanhar as atividades do DENAER em 2022; acesse o site e redes sociais. Site: www.denaer.org.br Facebook: denaer brasil Youtube: embaixadores do rei oficial Instagram: embaixadordoreioficial n
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PONTO DE VISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 13/02/22 FÉ PARA HOJE
Palavras que curam Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob Deus nos fez novas criaturas em Cristo Jesus para O amarmos de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento e com todas as nossas forças e ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22.3440). O Seu amor por nós nos motiva a amar o nosso próximo. A natureza de Deus é amor (I João 4.8). Aprendemos com Ele a amarmos e a perdoarmos com o Seu perdão. Nossas palavras devem ser carregadas de remédio que cura. Como é maravilhoso podermos semear palavras de amor e carinho; perdão e graça; justiça e verdade; aceitação e alegria; gratidão e fidelidade. O nosso falar deve ser sempre temperado com sal para edificar o outro. O que falamos deve ser fruto de um coração amoroso e perdoador. Palavras que curam são coerentes e devem ser colocadas no momento certo, a partir do coração centrado em
Cristo Jesus (Provérbios 15.1). Aprendamos com o Senhor Jesus a falar os termos certos, que atinjam as várias dimensões do outro. Que as palavras ministradas sejam carregadas de unção que ajudarão o aflito, aliviarão o peso do cansado, orientarão o perdido e levantar o caído, como fez o Samaritano na parábola contada por Jesus (Lucas 10.25-37). Como diz David Seamands, “através da cura interior, Deus pode quebrar as correntes que nos prende às experiências dolorosas do passado”. Não podemos perder a oportunidade de ministrar a cura por meio de Cristo àqueles que precisam. Verbalizarmos sentimentos sinceros, honestos e carregados de amor são desafios diários. Dizermos às pessoas que Deus as ama é um privilégio, uma honra. O Pai é glorificado à medida que compartilhamos o Seu plano redentor por meio de Cristo Jesus, Seu Filho, antes dos tempos eternos. Narrarmos os grandes feitos de Deus na História a favor
do homem é maravilhoso. Falarmos às pessoas coisas que edificam é um ministério sublime. Utilizemos palavras que são um remédio poderoso para o coração ressentido pelas experiências traumáticas da vida. Aproveitemos todas as oportunidades que nos são dadas pelo Senhor para repartirmos o Seu amor e perdão. Expressemos sinceramente a nossa afetividade e aceitação amorosa aos que estão feridos. Sejamos imitadores do Mestre que sempre falou palavras construtivas, que curam. Aprendamos com Jesus a confrontar as pessoas com amor incondicional e a olharmos para elas cheios de compaixão. Lembremos sempre que palavras que curam são aquelas que chegam ao coração e produzem mudanças profundas. Elas são de coração para coração. O seu ambiente é o da graça salvadora. Palavras curativas vêm da nossa experiência com Cristo Jesus, o Médico dos médicos. A nossa nova natureza em
Cristo nos motiva a trabalhar como agentes curadores. O nosso desafio é criarmos ambientes de amor e aceitação. Desenvolvermos uma comunidade terapêutica, cujo Médico é o Senhor Jesus Cristo. É neste contexto que as pessoas são motivadas a rasgar o coração, expor o seu interior com confiança. O ambiente da cura deve ser ético, pois há de preservar a sinceridade e a confiança das pessoas. É na confiança do amor fraterno que as decepções e mágoas são compartilhadas. A cura é real à medida que Cristo se torna a razão das ações terapêuticas. Busquemos os feridos para que sejam curados pelo Senhor. A orientação de Paulo é muito segura: “Toda amargura, cólera, ira, gritaria e blasfêmia sejam eliminadas do meio de vós, bem como toda maldade. Pelo contrário, sede bondosos e tende compaixão uns para com os outros, perdoando uns aos outros, assim como Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.31,32). Então, verbalizemos palavras que curam! n
Para os cansados e sobrecarregados
(Isaías 40.29-31 e Mateus 11.28-30) Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob 1. Para os cansados e sobrecarregados há refrigério, ânimo, vigor e renovação da mente e do coração. Alguém disse que “a disposição do coração traz firmeza num tempo de aflições”. O sábio de Provérbios diz que o coração alegre aformoseia o rosto. Pura verdade! 2. O texto de Isaías 40.29-31, diz que o Senhor faz forte ao cansado e multiplica as forças aos que não têm nenhum vigor [...] os jovens se cansam e se fadigam e os moços de exaustos caem, mas o que esperam pelo Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas de águia, correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão (Isaías 40.29-31). 3. Na vida, temos experiências alegres e tristes, pois são contrastes que fazem parte da nossa realidade. São as faces de uma moeda: cara - enfrentamento; coroa - recompensa. Todos temos tensões. Somos pressionados muitas vezes. Somos tomados pela an-
siedade, angústia, expectativas frustradas, traumas, decepções, tempestades, crises, luto … 4. Há um maravilhoso convite de Jesus de Nazaré: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim porque sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30). 5. Deus tem muitas maneiras de nos mudar. Ele fala conosco nas nossas circunstâncias, mas como diz C.S. Lewis, “ele grita conosco na nossa dor”. Como diz John White, pastor e psiquiatra cristão, “Deus sofre com você. Se você entender isso e se você realmente conseguir confiar que ele sabe o que faz e que você está em Suas mãos muito competentes, a dor não vai se acabar por completo, mas ficará reduzida à metade. O medo duplica a dor. A confiança corta-a pela metade”. Cremos
que o Senhor tem todo o poder para cortar toda a dor. 6. O convite de Jesus é atual, incisivo, forte, compassivo, terapêutico e é para todos os que se deixam ser curados, tratados por Ele. Ele promete alívio, cumplicidade, aprendizado e uma vida abundante, que vale a pena ser vivida. Paulo, apóstolo e o maior intérprete de Jesus, disse: “Mesmo que o nosso homem exterior esteja se desgastando (envelhecendo), o interior se renova dia a dia, pois a nossa leve e momentânea tribulação produz um peso de glória mui excelente ou acima de toda a comparação (II Co 4.16-18). 7. “Em meio às tristezas há consolo, em meio às trevas há luz, em meio ao desespero há esperança, no centro da Babilônia há um pouco de Jerusalém, em meio ao exército de demônios que quer nos jogar para baixo, está o Espírito Consolador que deseja nos soerguer. O cálice da tristeza, inconcebível como parece, é também o cálice da alegria. Somente quando descobrimos isso em
nossas próprias vidas é que podemos pensar em bebê-lo” (Henri Nouwen). 8. A jornada de Jesus não terminou na cruz. No caminho de Emaús, após a Sua ressurreição, vemos o quadro mudar do desespero para a esperança. Todas as vezes em que Jesus apareceu a Seus discípulos, vitorioso sobre a morte, vemos a figura de outro caminho: uma certeza que nos permite não mais desesperar. É uma certeza que nos leva a confiar em que a jornada da vida para a morte há de nos conduzir, finalmente, da morte para a vida (Henri Nouwen). 9. Para os cansados e sobrecarregados, o Senhor Jesus promete descanso, leveza, bálsamo, direção, ânimo, encorajamento, nova visão, graça, contentamento e harmonia plena. Seja qual for o nosso problema, temos o Senhor, o Redentor, que não nos desampara. Ele prometeu a Sua companhia todos os dias até a consumação dos séculos (Mateus 28.18-20). Confiemos em Sua fidelidade! n
PONTO DE VISTA
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OBSERVATÓRIO BATISTA
Igrejas ou orfanatos espirituais? Lourenço Stelio Rega Tem sido comum vermos e ouvirmos sobre situações pelas quais muitas Igrejas têm passado na atualidade, que sinalizam para enorme fragilidade espiritual, sem contar fragilidade no conhecimento bíblico e doutrinário. Já foi o tempo em que a maior preocupação eram os desvios doutrinários que, cada vez mais, vão dando lugar por manifestação de condutas que não encontram sustentação nos ideais, princípios e valores éticos bíblicos. Mágoas não curadas que acabam promovendo raízes de amarguras (Hb 12.15), inveja, contendas, ciúmes, maledicência e tantas outras mazelas que estão marcando o “normal” no comportamento de crentes por toda parte. Por outro lado, a busca por Deus me parece tem sido cada vez por autoajuda em uma espécie de evangelho mercantilizado. Ministros e pastores em muita conta buscam ampliar o número de seguidores nas redes sociais no lugar de fazer discípulos com modelos saudáveis de vida transformada e transformadora. Se, em passado não tão distante, convertidos foram transformados em aderentes à Igreja, agora discípulos são transformados em seguidores em redes sociais. Reuniões e assembleias de Igrejas poderão parecer reuniões de condomínio ou de clubes sociais em que vale mais quem consegue votos e convencer pelos seus argumentos e até mesmo manipulação. A lista destes desvios bíblicos é interminável. Paulo já previa tudo isso ao lidar com a difícil Igreja de Corinto (I Co 3.13): Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo a natureza humana? O autor do livro de Hebreus segue o mesmo diagnóstico (Hb 5.11-14): A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes
como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal. Juan Carlos Ortiz, autor do livro “O discípulo”, contou sua experiência quando estava de férias em uma ocasião e orando a Deus agradecia o crescimento de sua Igreja de 200 para 600 membros. A resposta que ele diz ter ouvido de Deus era que na realidade ele estava atuando como que um gerente de uma fábrica e na realidade o que ele tinha em sua Igreja era o crescimento de 200 para 600 crianças espirituais, na realidade um grande orfanato espiritual. Aquele momento virou a página de seu ministério quando ele, então, descobriu o sentido e o valor do discipulado e do crescimento cristão após a conversão de suas ovelhas. É muito curioso ver como, em geral, nós pastores nos cumprimentamos em um encontro denominacional ou eclesiástico. A maioria das perguntas é quantitativa, quantos membros tem nossa Igreja (nossa ou de Jesus?), quanto é o orçamento, quantos batismos etc. Por que não perguntamos a duração do tempo entre o deslize e a confissão de pecados que deveria ocorrer com nossas ovelhas? O quanto estão estudando a Palavra de Deus? O quanto o estudo da Palavra de Deus tem transformado sua vida no lar, entre amigos, no exercício profissional? Isso revela o quanto de uma filosofia pragmática e fabril tem sido o impulsor do ministério pastoral. Já escrevi sobre isso inúmeras vezes aqui nesta coluna do Jornal. A expressão de Paulo aos coríntios e a do autor do livro de Hebreus apontam para o fato de que havendo entre nós ciúmes, contendas, divisionismo, enfim, atitudes que se distanciam dos ideais e valores bíblicos, temos entre nós infância espiritual, crianças em Cristo. Uma Igreja será orfanato espiritual na medida em que seus membros deixam de ser objeto de amadurecimento, não apenas doutrinário, mas também espiritual, de vida transformada e transformadora. Não basta reunirmos muita gente nos cultos públicos, termos até mesmo bons resultados financeiros, se a vida dos membros da Igreja não reflete
essa maturidade, essa transformação. Precisamos de tudo isso para o Evangelho completo (At 20.27) e nem falamos sobre a ação satânica na vida dos crentes e da Igreja (será que esquecemos de nosso arqui-inimigo? Ef 6.10-20). Não posso deixar de, pelo menos, rascunhar uma discussão sobre a etiologia (estudo das causas) desse cenário. Me lembro ainda quando iniciava meus estudos no seminário, ao ouvir Billy Graham e outros líderes da época que estamos fazendo um trabalho de obstetrícia espiritual ao levarmos pessoas a se converterem, mas raramente um trabalho de pediatria. Isto é, estamos colocando no mundo eclesiástico mais e mais crianças em Cristo, sem darmos o devido cuidado em seu crescimento à vida adulta espiritual, ética e comportamental. O pior de tudo isso é que ouvi isso na década de 1970 e me parece que continua como estratégia forte e crescente. Assim, uma das causas de tudo isso, mas não a única, tem sido a visão empobrecida que nutrimos do que seja a missão que Deus tem dado à sua Igreja (Missio Dei). Chegamos até mesmo enfatizar que o nosso DNA é missões. Já escrevi sobre isso também aqui nesta coluna, demonstrando que, apesar de ser uma frase bonita, reflete a visão salvacionista de que a salvação é um fim em si mesmo, em vez de ser o meio de Deus para nos trazer de volta ao Éden para a reconstrução de nossa vida à luz do Seu Plano da Criação de modo a nos tornarmos novas criaturas (II Coríntios 5.17), não simplesmente novos membros eclesiásticos. Na verdade, é observável que, em geral, a prática tem sido esta: depois de salva, a pessoa é colocada no banco do templo para, muitas, vezes ser como que “domesticada” na cultura da Igreja, ser servil, contribuinte, frequentante das reuniões, “conviteira” de amigos para ouvirem algum “profissional da fé” apresentar o plano da salvação e o ciclo continua. Até mesmo para a chamada Grande Comissão (Mateus 28.19,20) demos um inexistente imperativo que é o IR e se o crente não se sente chamado para ir, então pelo menos pague a conta dando oferta missionária. O FAZER DISCÍPULOS, o verdadeiro imperativo, acabou indo para o rodapé das preocupações. Mas, convenhamos, fazer discípulo não dá mesmo muita audiência, pois além de exigir transformação de
vida do discipulador, conduz o discípulo à vida transformada que se distancia de uma vida infantilizada na fé. Em meu livro sobre Igreja (“A dinâmica da Igreja autêntica ...”), publicado pela Editora Convicção, demonstrei que no Novo Testamento temos oito tipos de crescimento da Igreja e não apenas dois, exatamente para demonstrar a necessidade que temos de recuperar o Evangelho inteiro, integral, deixando de lado o evangelho diet. É errado, então, investirmos em missões e evangelização? De modo algum, o que não podemos continuar é defender que essa é a única missão da Igreja e que a salvação seja um fim em si mesmo. A missão da Igreja é muito mais ampla que apenas missões e evangelização. Na verdade, precisamos recuperar e praticar o todo do Evangelho (Atos 20.27) e sobre isso também já escrevi diversos artigos aqui nesta coluna. Precisamos recuperar o prejuízo que esse evangelho e missão diet da Igreja que pregamos e priorizamos, pois está construindo Igrejas infantilizadas, em que pastores e líderes estão a espera de um novo projeto ou modelo de igreja venha a trazer algum método ou estratégia nova para manter o povo animado e frequentante. Há urgente necessidade de nos aprofundarmos nas Escrituras e redescobrir a integralidade do Evangelho, ampliar a nossa visão da missão da Igreja, não confundindo-a com tarefas, pois missão tem a ver com algo a ser alcançado, finalidade para a qual existe algo. Tarefas são os processos que deverão ser executados para que esses alvos sejam alcançados. E sobre isso é notório que tem havido confusão entre missões e Missiologia, que ficará para outro artigo desenvolvermos. E há ainda outras causas do surgimento de orfanatos espirituais que têm tomado conta de muitas Igrejas que deixam, assim, de cumprir seu papel de revolucionar o mundo (Atos 17.6) que também ficará para futura reflexão. Cabe-nos agora refletirmos se a Igreja em que estamos como membros, se a Igreja em que somos pastores é, de fato, madura, que expressa vida transformada e transformadora, ou um orfanato espiritual com membros, ainda que adultos fisicamente, mas infantes espiritualmente. Cabe-nos buscar no Novo Testamento os caminhos para essa transformação. n