OJB Edição 08 - Ano 2018

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 25/02/18

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXVII Edição 08 Domingo, 25.02.2018 R$ 3,20

Fundado em 1901 Fotos: DENAER

ANVER 2018 comemora os 70 anos dos Embaixadores do Rei no Brasil Páginas 12 e 13

Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Jovens de SP multiplicam o bem em Assaí - PR durante o Carnaval

JBB celebra Teen Brasil 2018 com o tema “O que faria Jesus?”; confira!

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Páginas 08 e 09

Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

Santa Luzia de Caratinga - MG recebe o Projeto IDE Jesus Transforma

EU SOU: Campanha 2018 da JMM é lançada oficialmente

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o jornal batista – domingo, 25/02/18

reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com

Os planos ainda estão de pé?

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odos nós, na virada de um ano para o outro, fazemos planos. É a conquista da casa própria, carro novo, o sonho de casar, de realizar a viagem dos sonhos, a vaga na melhor universidade, etc. A expectativa é que o ano que chega vai trazer tudo o que queremos rapidamente. Desejamos que tudo aconteça em nosso tempo, à nossa maneira. Caso não seja assim, logo ficamos desanimados. Na pri-

meira dificuldade pensamos em desistir e esquecemos que o tempo de Deus não é o nosso. Esquecemos que a vontade dEle é o que sempre vai prevalecer em nossas vidas e nos frustramos. “Muitos são os planos no coração do homem, mas o que prevalece é o propósito do Senhor” (Pv 19.21). É necessário descansarmos em Deus, esperarmos o tempo dEle para o cumprimento das promessas em nossas vidas. A missão é difícil, mas se tiver-

mos com o coração voltado para o Senhor e para a Sua vontade conseguiremos alcançar. Prova disso é o que está escrito em Mateus 6.33, que diz: Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Lembre-se que o Senhor trabalha em favor daqueles que O amam (Romanos 8.28). Ele tem preparado o melhor para os Seus filhos, e no momento oportuno a

benção do Senhor repousará sobre você. M a ntenha a es per a nç a . Durante 2018, muita coisa ainda vai acontecer; estamos finalizando apenas o segundo mês do ano. Viva de forma consagrada ao Senhor, busque a Sua presença. Ele cuida de você! “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos.” (Pv 16.3) Que Deus abençoe a sua vida!

REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

! Aviso importante

A partir da primeira edição de O Jornal Batista do ano de 2018, todas as Igrejas vinculadas à Convenção Batista Brasileira passarão a receber o OJB apenas em formato digital. Pedimos que a liderança das Igrejas atualizem os seus cadastros de e-mail, para evitarmos equívocos.


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

À procura da felicidade sonhada

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ão há como mensurar a decepção gerada por um casamento infeliz e uma família desestruturada. O ciclo de pessoas atingidas pela infelicidade de alguém aumenta todos os dias. São muitas as vítimas: o próprio infeliz, a família e o outro ou outra, que se considera traído e se constitui em rolo compressor que alimenta mágoas e ressentimentos pelo caminho. É muito difícil a restauração total de um casamento frustrado. Os sonhos de felicidade mantidos ao longo do flerte, namoro, noivado e da cerimônia nupcial com suas pompas, não admitem ruptura. Em algumas pessoas, os ferimentos são tão profundos que só a eliminação do outro

consegue extravasar o desejo de vingança. Mesmo não ocorrendo essa fatalidade, mata-se com o ódio alimentado todos os dias. A misteriosa unidade familiar não admite qualquer cisão. Quando ocorre, não há como evitar o ódio por quem a promoveu. Duas pessoas que foram unidas por acreditar nas declarações de amor mútuo, no dizer bíblico, tornam-se uma só carne. Quando a unidade se rompe ou deixa de existir, as duas partes sofrem a dor da separação. Não há como desfazer a unidade e apenas uma das partes sofrer as consequências. Cremos que Deus assim procede para manter o casamento indissolúvel. Claro que o inimigo inocula na relação de amor, o ódio, o desprezo, a dor, as lágrimas.

Quando o ser humano tenta separar, por vários motivos, o que Deus ligou, não há como fugir dos resultados amargos e dolorosos da separação. Não fomos criados para quebrar a ordem estabelecida por Deus. Não há lugar para a infelicidade no plano original do Criador. Impossível admitir um casal a viver pacificamente em desavença. Quando isso ocorre, e ocorrem inúmeras vezes, é preciso parar e descobrir onde Satanás encontrou brechas para atormentar o relacionamento conjugal. Quando os filhos não se constituem em fonte de alegria, algo maligno está acontecendo no lar. Joelhos dobrados a buscar a orientação do Espírito Santo é o único caminho para restaurar

a paz e harmonia na família. Não é possível manter a beleza do lar com desavenças. O diálogo sugerido pelo amor sincero, envolto na oração e capacidade de perdoar, põe fim aos dissabores cotidianos. Nunca desista do seu sonho de felicidade conjugal ou familiar. É preciso investir na vida a dois. Restaurar o diálogo do tempo de namoro onde tudo era romântico e lindo é necessário. As pequeninas flores na caminhada a dois sempre emitiam mensagens de alegria e esperança. As flores continuam existindo; seus aromas e suas pétalas multicores não mudaram com o tempo. Apenas os olhos que as admiravam no passado deixaram de enxergar a beleza da vida. O pecado

gera o distanciamento e esse produz cataratas que precisam ser removidas. Mudar as lentes e restaurar o foco ajuda a redescobrir o que foi esquecido no caminho. O casal precisa realimentar o amor que os uniu outrora. Quando necessário, buscar ajuda externa. Desistir, jamais. Inclua na restauração do seu relacionamento os filhos que chegaram, olhando-os como herança concedida pelo Senhor e Criador da família. O lar sempre será um lugar de alegria. A felicidade sonhada há que ser materializada na capacidade de aceitação mútua e total dependência das orientações do Espírito Santo. Jamais desista de sua família, do seu cônjuge, dos seus filhos e dos seus antigos sonhos de felicidade.

Interessante em tudo isso é que o louvor e a adoração andam sempre juntos, pois louvar é glorificar, enaltecer e exaltar a Deus. Adorar é submeter-se com humildade a Deus como Soberano, para servi-lO e obedecê-lO. Quando temos uma vida espiritual profunda e equilibrada desenvolvemos elementos essenciais da adoração, quais sejam: submissão, que é característica do verdadeiro adorador; ação de graças, que deve ser um elemento constante na vida do cristão e deve estar presente na adoração

verdadeira; e, por último, a adoração exige que o adorador respeite profundamente ao Senhor, pois tem consciência da Sua santidade; isso chama-se reverência. Tudo isso tem finalidades na nossa vida espiritual, e uma delas, segundo o nosso texto em Romanos 15.9, é para que também os gentios adorem e glorifiquem a Deus através da Sua misericórdia. Que o mês de fevereiro não seja ritual de purificação, mais do aprofundamento de nossas vidas através da adoração e o louvor para com o Senhor.

Anunciando o Reino com o Poder de Deus através do louvor e adoração Levir Perea Merlo, pastor, colaborador de OJB “E para que os gentios glorifiquem a Deus por causa da Sua misericórdia, como está escrito: por isso, eu te glorificarei entre os gentios, e cantarei louvores ao teu nome.” (Rm 15.9)

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evereiro, na mitologia romana, é o deus Término. Por isso, dizem, celebram-se no mês de fevereiro as festas terminais, em que realizam a cerimonia da purificação,

chamada Fébruo, que deu nome ao mês (“A Cidade de Deus”, capítulo VII, pág. 345). No entanto, para nós, o mês é o segundo do nosso calendário gregoriano e estamos apenas no início do ano e não celebramos nenhum rito de purificação, até porque somos e fomos lavados pelo Sangue de Jesus. Neste mês, muitas Igrejas realizam retiros espirituais no período da festa da carne chamada de “carnaval”. Contrapondo com a festa da carne, esse mês também é denominado pela preparação espiritual,

é claro que preparo espiritual deve ser uma constante em nossas vidas. Para desenvolver o Reino pelo Poder de Deus através do louvor e adoração, os salvos pela graça são chamados a proclamar esse louvor e adoração através de suas vidas, aos pés da cruz. A essência da verdadeira adoração é o amor. O mandamento de Jesus é que O amemos acima de todas as coisas, de todo o coração (Deuteronômio 6.5; Mateus 22.36-37) e que O obedeçamos (Deuteronômio 10.12-13).


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Vivendo e aprendendo

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

Vinícius Vargas, pastor de jovens da Igreja Batista Fonte Carioca - São João de Meriti - RJ

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aulo nos fala em II Timóteo 3.14-17, de coisas que aprendemos e nas quais devemos basear a nossa vida, lembrando do exemplo da vida de quem ensina. São esses ensinamentos, baseados na Bíblia, que nos levam a conhecer a Deus, a Salvação em Jesus e como viver uma vida cristã que agrade a Deus. Para isso, a gente precisa viver para aprender. A vida tem muitas fases. Tem coisas que as crianças conseguem aprender com extrema facilidade. A melhor idade para iniciar na música, na prática de esportes, em outros idiomas, por exemplo, é a infância. Embora a coordenação motora só esteja perfeitamente aplicável na adolescência e juventude, que é quando essas habilidades podem se desenvolver em sua plenitude. Algumas outras coisas necessitam da maturidade para serem aprendidas. Jovens são impulsivos, muitas vezes, falam sem pensar. Quem ensina a gente a controlar os impulsos, a segurar a vontade de falar é a maturidade.

É preciso viver para aprender. E em cada fase da vida estar aberto a novos aprendizados, nunca se conformar com o que se sabe. Querer melhorar e evoluir sempre, aprender constantemente. Nunca achar que chegou ao máximo do seu desenvolvimento cognitivo, psicológico, motor e nem mesmo espiritual. Somos seres em constante aperfeiçoamento. Nosso treinamento inicia nesta vida e só termina no céu. Não podemos nos esquecer que: “Aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.” (Fp 1.6) Outra coisa que devemos entender é que é preciso aprender para viver. De nada adianta passar a vida aprendendo, se esse aprendizado não servir para nada. Podemos passar pelas fases da vida, viver uma vida na Igreja repletos de possibilidades e oportunidades, ouvir muita coisa, participar de congressos, assistir conferências, ler livros, interagir em debates, frequentar a Escola Bíblica, acumular muito conhecimento e usar onde? Em que? Para quê? A maior parte usa muito pouco do que aprende na Igreja nas atividades e tarefas da própria Igreja. E muitos não usam o que aprendem em lugar nenhum,

nem na Igreja, nem em casa, nem no trabalho. Se não tem serventia, para que aprender tanta coisa? Acontece que tem serventia! A Bíblia é, e tem que ser, nossa regra de fé e prática. É preciso aprender para viver, é preciso extrair da Bíblia os conceitos básicos para que se possa aprender as regras de relações humanas, de como trabalhar e viver para a Glória de Deus. Precisamos entender o que é ser um cristão, e viver uma vida digna de cristão. Precisamos entender que a nossa vida não mais pertence a nós (Gálatas 2.20), que não pertencemos mais às coisas deste mundo, que vivemos com outros objetivos e finalidades. Somos cidadãos do Reino, e devemos viver de forma que lhe faça jus. Isso é aprender a viver. Precisamos estar cientes da responsabilidade que temos enquanto crentes. Cientes dos desafios e das renúncias que estão atreladas à nossa decisão de seguir a Jesus. Cientes de que a nossa vida não mais nos pertence, mas a Ele. Aprender a viver, e buscar na Bíblia e na vida de quem compartilha ela conosco que desejamos e pessoas de Deus, caminhando para a perfeição e sendo instruídos para toda boa obra.

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

O discípulo usa bem a Bíblia “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (II Tm 2.15)

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a sua Segunda Carta a Timóteo, Paulo estabelece um critério rigoroso, no reconhecimento dos verdadeiros discípulos de Jesus: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (II Tm 2.15). Essa recomendação aparece como a luz positiva no meio da confusão vivida pela Igreja. Preso pela segunda vez, Paulo exorta Timóteo a continuar a Obra de Cristo, apesar de todas

as perseguições, dentro e fora da Igreja. A postura própria dos discípulos não é o debate improdutivo das interpretações humanas. O que garante o servo de Cristo é a absoluta submissão à revelação do Espírito, através da “palavra da verdade”. Somos o povo da Bíblia. Somos aqueles que se alimentam da Palavra do Cristo. Somos as testemunhas da Palavra do Cristo “Até os confins da Terra”. O mundo precisa da Bíblia e, para transmiti-la, o Senhor nos convocou. O que dá autoridade espiritual ao testemunho do cristão é o seu conhecimento da Bíblia e a honestidade da sua pregação. É para nós, hoje, a exortação de Paulo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado”.

A sabedoria do alto é sem hipocrisia Rubin Slobodticov, pastor, colaborador de OJB “A sabedoria que vem do alto, é sem hipocrisia”.

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o referir-se a hipocrisia, Tiago estava dando figura à representação de um papel, a uma pessoa falsa, fingida que faz algo que na prática não faria como representa. Deus sempre revelou suas palavras, ideias e intenções. Pode até demorar, mas Ele enviou Sua Palavra que se encarnou e a Sua revelação teve início sem hipocrisia porque é sincera a toda a prova, basta observar os eventos do seu nascimento, vivência, morte e ressurreição.

Sabedoria sem hipocrisia como se mostra essa pessoa? Em um primeiro momento, ela age na sua própria individualidade. Jesus chamou nominal e pessoalmente seus seguidores. Quem procede com a sabedoria que vem do alto é leal e confiável porque o hipócrita finge ser o que não é, e ter o que não tem, ou seja, ele se estima como o melhor entre tantos. Um hipócrita pode até enganar pessoas, mas não a Deus. Jesus disse: “Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação” (Lucas 16.15).

Em um segundo momento, ela procede exatamente como é. Sábia que é, não critica outros, especialmente quando age por saber que não é prudente mostrar que tem vantagem sobre os outros. Sem sabedoria, certa vez, os discípulos de Jesus relataram que impediram outros que não O seguiam como eles, de propagar Sua mensagem, ao que Jesus disse: “Não as empeçais pelo fato delas não nos seguirem” (Mc 9.38-39). Sabedoria sem hipocrisia não tem motivos duvidosos. Jesus disse: “Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sina-

gogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade, vos digo que já receberam a sua recompensa” (Mt 6.2). Em um terceiro momento, ela não dissimula. Um dissimulado esconde os seus verdadeiros sentimentos e reais intenções, e o faz com habilidade a ponto de esconder sua incapacidade (de sorrir quando não quer). Quem procede com a sabedoria que vem do alto não precisa dissimular, ser demagoga, não precisa fingir algo que não é. No capítulo 23 de Mateus, Jesus condena veementemente a hipocrisia dos fariseus e dos Mestres da Lei (Mateus 23.5-37). O hipócrita conhece a verda-

de, mas não a obedece, como ao dizer que Cristo é o Senhor, mas não O segue. Jesus disse: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais aos homens o Reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar” (Mt 23.13). O exemplo de sabedoria sem hipocrisia a ser seguido é Jesus: ele revelou toda a verdade de Deus ao dizer que todos pecaram e precisam da graça Dele para serem salvos; quem confessar seus pecados e a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida tem seus pecados perdoados e sua vida salva. Você concorda com a prática dessa sabedoria? Então, venha para Ele, em oração.


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Igreja: comunidade singular Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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Igreja do Senhor Jesus é singular, é uma comunidade sem igual. A singularidade da Igreja é o Evangelho. Não há nada comparado a ela e a mensagem que ela anuncia. Já tentaram fazer a Igreja de comércio, mas não conseguiram minar suas forças. Já tentaram fazê-la de clube social, onde a convivência era a única ênfase, mas a Igreja é maior do que a comunhão e

convivência. Já tentaram fazê-la de palanque político, mas não conseguiram retirar dela sua voz profética e sua contundente pregação da mensagem da cruz, loucura para os gentios e Poder de Deus aos salvos. “Uma Igreja não é uma empresa bem-sucedida. Não é simplesmente mais uma instituição filantrópica, nem um clube social. De fato, uma Igreja saudável é bem diferente e qualquer organização que o homem já idealizou, porque não foi o homem quem a ide-

alizou” (Mark Dever, “Igreja Intencional”, pag. 37). A Igreja já sofreu muito, mas, pela Graça do Senhor Deus, permanece cumprindo a sua missão ao longo dos anos. A cada geração emergem situações, crises e dificuldades que tentam frear e sufocar a voz e apagar o brilho da comunidade cristã, mas a Igreja é forte, poderosa. A Igreja como comunidade dos discípulos de Jesus tem a promessa dos lábios do Seu dono Jesus, de que “As portas do inferno

não prevalecerão contra a Igreja” (Mt 16). Ela nasceu e se desenvolveu com a vocação triunfante de prevalecer e com a nobre missão de anunciar a salvação em Jesus. A singularidade da Igreja é um ímã para o mundo em trevas. O que nos une na Igreja é o Sangue de Jesus vertido na cruz, o plano redentor de Deus revelado na exposição do Evangelho, na conexão que temos com o Pai através de Jesus, na condução do Espírito Santo. A Igreja é singular porque ela não precisa

de prédio para existir e sim de dois ou mais discípulos de Jesus, e assim, Ele se faz presente. A Igreja é singular porque todos os seus componentes foram alcançados e nivelados pela Graça de Deus. A Igreja é singular porque é a comunidade dos pecadores remidos, das pessoas que foram lavadas pelo Sangue de Jesus, comunidade de pessoas que outrora estavam perdidas, mas que foram resgatadas. Siga os passos de Jesus e ame a Igreja de Deus, da qual Ele é O cabeça.

Nem sempre... Edson Landi, pastor, colaborador de OJB

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ecebi, por meio de uma rede social, a seguinte frase: “Ele permitiu a cova, mas proibiu os leões de abrirem a boca. Permitiu a fornalha, mas proibiu o fogo de queimar. Ele permite, mas protege!”. Confesso que meu coração não encontra a verdadeira paz quando leio ou ouço esse tipo de frase. Jamais duvidei do poder e da ação de Deus em nossas vidas, mas, ao mesmo

tempo, nunca consegui fugir da realidade, mesmo ela não sendo tão bela quanto desejamos. A realidade a qual me refiro e que sabemos muito bem, seja através da Bíblia ou por nossas experiências, é que nem sempre o servo de Deus recebe o livramento de seus problemas. O Senhor sempre age em nosso favor, todavia, a ação divina nem sempre significa o livramento que tanto esperamos. O capítulo 11 do livro de Hebreus é conhecido como a “galeria dos heróis da fé”,

pois narra os grandes relatos de alguns fiéis. Se você notar, o capítulo não fala somente de livramentos e conquistas. Os versos finais nos levam a refletir no fato de que há uma realidade não tão bela. O autor diz que “Outros, por sua vez, passaram pela prova de escárnios e açoites, sim, até de algemas e prisões” (Hb 11.36). Isso nos lembra José (Gênesis 39.20), Eliseu (II Reis 2.23) e Jeremias (Jeremias 20.1-6;37.15). O autor segue dizendo que alguns foram “apedrejados” (Hebreus

11.37). O profeta Zacarias (II Crônicas 24.20-22) e Estevão (Atos 7.59) foram apedrejados até a morte. Outros foram “serrados ao meio” (Hebreus 11.37), de acordo com a tradição; o profeta Isaías morreu dessa forma. Outros foram “mortos ao fio da espada” (Hebreus 11.37), o profeta Urias (Jeremias 26.23) e Tiago, irmão de João (Atos 12.1-2) morreram assim. Dos 12 apóstolos de Jesus, apenas Judas e João não se tornaram mártires. O apóstolo Paulo passou por vários sofrimentos (II Coríntios

11.23-28) e depois também teve sua vida ceifada. Bom, não somos adeptos do sofrimento. Todos os dias oramos ao Senhor pedindo proteção e livramento, mas jamais nos deixemos levar por frases de efeito. Não coloquemos a nossa confiança em frases bonitas. Confiemos em Deus. Em muitos casos, Ele age de modo extraordinário nos concedendo o livramento, a cura e grandes vitórias. Mas caso isso não ocorra, saibamos que a graça divina será suficiente em nossa vida e também em nossa morte.


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Graça na desgraça Natanael Cruz, pastor, colaborador de OJB “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” (II Co 12.9)

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texto em apreço mostra a Graça de Jesus nos momentos mais turbulen-

tos na vida do apóstolo Paulo. Podemos entendê-la de duas maneiras: Primeira: como um tipo de enfermidade que atormentava Paulo no dia a dia de sua vida. Deus não o curou, mas o cobriu com Sua graça. Segunda: mostra a luta de Paulo contra Satanás, que o afligia diariamente procurando tragar-lhe. Não podemos e nem devemos entrar nessa luta confiando em nós mesmos. Devemos, sim, entender e aceitar

que a Graça de Jesus nos basta em quaisquer circunstâncias. Nosso combate é contra as forças espirituais da maldade, por isso, precisamos do Poder de Jesus para enfrentá-las resolutamente. Temos que nos apropriar das armaduras de Deus, conforme Efésios 6.1020. É desse modo que enfrentamos a fortaleza do mal. O intuito do maligno é nos jogar no turbilhão da desgraça; ele é homicida, traidor, pai da mentira.

O plano satânico é atingir o Povo de Deus, ao iniciar por quem lhe der lugar. Paulo diz: “Não deis lugar ao Diabo” (Efésios 4.27). “Resisti ao Diabo e ele fugirá de vós” (Tiago 4.7). É bom destacar também que a desgraça humana começou depois do pecado. Foi isso que levou o homem à condenação, sofrimentos e morte. Para livrar o mundo dessa desgraça, se faz necessário a Graça de Deus. A salvação é obra exclusiva

da Graça Dele. O homem não pode alcançá-la por seus próprios esforços, nem contribuir para ela com seus méritos. A salvação é pela graça, mediante a fé. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. (Ef. 2.8-9). Não somos salvos pelas nossas obras, mas pela graça. De modo que, quando somos alcançados por ela, não há desgraça.

O tempo passa, o fim se aproxima Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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locutor Fiori Gilhioti transmitia os jogos de futebol pronunciando essa frase. Depois dizia: “Fecham-se as cortinas e termina o espetáculo!” De fato, o tempo passa, e terminou o espetáculo, pois ele já se encontra na eternidade. São impressionantes as mudanças acontecidas neste tempo, que já se prenuncia muito curto para todos nós. O planeta já dá mostras que

o tempo que lhe resta é bem curto, e o ser que mais se abala com a brevidade do tempo é Satanás. Sabendo que o tempo que lhe resta é curto, ele trabalha a todo vapor para fazer a sua obra. A influência satânica sobre este mundo atinge todas as áreas: a política, a economia, os costumes, e todas as demais, sem exceção. Vejamos, por exemplo o que acontece entre os Batistas. Somo um povo que, pelo modelo cooperativo (bendito modelo), nos tornamos muito unidos, e assim sendo, a

convivência mutua é muito extensa. Um Batista sabe o que nas Igrejas Batistas de norte a sul e de leste a oeste. Ouvem-se notícias absurdas acontecendo no mundo, e, vez por outra, o fenômeno atinge uma Igreja. O que é isso? É Satanás aproveitando o tempo que lhe resta. Em Apocalipse 20.10 está escrito que ele será aprisionado para sempre. No tocante a sua ação em termos doutrinários, ela é devastadora. Na Alta Sorocabana, uma heresia, imitadora do extinto Retiro de Casais,

dos católicos, tenta pescar em águas Batistas. A história que doutrina não é importante é falsa. Se não fosse não teríamos livros tão extensos no NT corrigindo heresias. Há crentes catalogando doenças conforme os pecados. Cópia de heresia americana. Quem nasce cego teve tempo de pecar? Crentes iniciando negócios na base de profecias. Quando o negócio quebra a fé também quebra. O PCC (Partido dos Cristãos Cobiçosos), é fortíssimo no meio evangélico. Recebi anos atrás um obreiro que tudo que tinha pertencia

a sua denominação. Os líderes desgostosos o deixaram totalmente na rua. Não tinha dinheiro nem para viajar com a esposa e a filha de volta a casa de seus genitores. Desumanidade completa, e, é hoje, um império que se denomina evangélico. Ao finalizar, Deus nos colocou no mundo para que o conheçamos e o glorifiquemos. (Leia Romanos 8.30). No pouco tempo que nos resta, vivamos e preguemos o Evangelho puro. Deus jamais falha, “aos que justificou também glorificou”. Amém?


missões nacionais

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Jovens de São Paulo multiplicam o bem em Assaí - PR durante o feriado de Carnaval

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m grupo de 73 jovens da Primeira Igreja Batista de Ourinhos - SP aproveitou o feriado de Carnaval para realizar uma caravana missionária em Assaí - PR, onde atuam os missionários Alexandre Takao Katayama e Alécia Nomura, com a plantação de Igrejas entre os imigrantes japoneses. O período foi marcado também pelo batismo de dois novos irmãos, frutos da evangelização discipuladora naquela região. Os jovens da PIB de Ourinhos decidiram realizar a caravana após uma visita do pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, quando ele incentivou que o grupo usasse o período de Carnaval como ocasião para fazer missões. O Projeto, intitulado “Multiplicando o Bem em Assaí”, aconteceu entre os dias 10 e 13 de fevereiro, com a realização de diversas ações de compaixão e graça. Foram distribuídas cestas básicas às famílias e realizados 62 atendimentos médicos. Durante os dias, muitas pessoas da região foram alcançadas com o Evangelho. Dessas, 17 aceitaram a Cristo como Salvador e 23 serão evange-

lizadas através do relacionamento discipulador. Os missionários Alexandre e Alécia celebraram com alegria o batismo dos jovens moradores da cidade, Jhones e Kleber, além de Isadora, que veio com a caravana e sentiu o desejo de confessar publicamente sua fé em Cristo através do batismo. Jhones, de 32 anos, é morador de Assaí e foi alcançado através do relacionamento discipulador. Ele passou a frequentar um Pequeno Grupo Multiplicador e conheceu a Cristo. Também fruto do relacionamento discipulador, o jovem surdo Kleber foi alcançado depois de sua mãe pedir ajuda

aos missionários, já que o filho se sentia muito nervoso e solitário. Ele foi evangelizado em Libras pelo filho dos missionários, tornou-se frequentador do PGM e também recebeu a Cristo como Salvador. O Projeto “Multiplicando o Bem em Assaí” terminou com uma grande festa em gratidão a Deus por tantas vidas que estão conhecendo o Evangelho naquela região. Louvamos a Deus pelos missionários que atuam naquela localidade e pelos membros da PIB de Ourinhos que abençoaram o Projeto durante esses dias. Você pode ser um parceiro em Assaí, acessando <https:// -takao-e-alecia-nomura>. do trabalho de evangelização www.atos6.com/missoesna- Deus quer fazer grandes coisas entre os imigrantes japoneses cionais/projetos/alexandre- no Sul do Brasil!


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notícias do brasil batista

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JBB celebra Teen Brasil 2018 com o tema “O que faria Jesus?”; confira a matéria!

Fotos: Lucas Trivilin

Foto oficial do Teen Brasil 2018

Choque de Realidade sobre Racismo com Ronan Lima

Banda Solk

JV na Estrada

Yuri e Banda

Momento de Decisão

Jualiane Lira, equipe JBB

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os dias 24 a 28 de janeiro de 2018, nós, da Juventude Batista Brasileira (JBB), nos reunimos no Acampamento Batista Capixaba, na cidade de Viana - ES, para mais um Teen Brasil. Foram dias de intensas atividades, muito aprendizado e um sentimento maravilhoso de saudade. Ali, adolescentes da região Sudeste puderam celebrar, aprender, cantar e debater “O que faria Jesus?” nas mais infinitas questões de âmbito pessoal e comunitário. Desde a primeira noite, fomos impactados com o pastor Alécio Hartuique e Banda (PIB em Goiabeiras, em Vitória ES), com um louvor ardente e saudoso, relembrando os hinos mais antigos entoados pela Igreja Batista ao longo dos anos. Ainda naquela noite - e também nas celebrações seguintes - seríamos confrontados pelo pastor Hugo Campos (PIB em Alcântara, em São Gonçalo - RJ) sobre a nossa visão de Reino e a visão de Reino que Deus, através da Pessoa de Cristo, demonstrou antes, durante e posterior ao ministério junto aos discípulos. No contexto da prática,

como ser íntegro em um mundo corrupto e tão incoerente? Como fazer o Reino de Deus “vir”, senão fazendo Sua vontade? Pelas manhãs, ouvimos a palavra contundente e realista do pastor Calebe (JMM), que através do seu envolvimento e experiência pessoal com missões transculturais, despertou em nós o engajamento urgente em prol de uma Igreja relevante e atuante nas questões pertinentes da nossa sociedade. Ele relembrou os tempos em que a campanha norte-americana “What would Jesus do?” (O que faria Jesus?) enfeitou os punhos de toda uma geração, mas não parecia ser real nos corações de quem as usava. Qual a distância entre o que você diz e o que é, de fato, a sua vida? Nossa programação também contou com o “Choque de Realidade”: debates dinâmicos sobre as questões em voga nas redes sociais e na boca do povo. Nosso amigo Ronan Lima (JBB) levou uma discussão sobre o tema do Racismo, suas consequências dentro e fora da militância negra e como esse pecado histórico divide a nossa sociedade. Ele ainda nos confrontou sobre os estereótipos que criamos em

nossas mentes e como eles seguem um mesmo padrão. Também contamos com a participação dos pastores Anna Eliza e Héleender Francisco (PIB em Goiabeiras) em um debate contundente sobre o machismo, o de dentro e fora da Igreja, como ele mata física, psicológica e gradualmente através das gerações, e de como ele está inserido nas pequenas falas e ações do dia a dia. Nossas tardes foram dirigidas pelos queridos Israel Magalhães e Allan Ruggiero, do JV na Estrada (Ministério Jovens da Verdade, de Arujá - SP), abraçando a galera com tanto carinho, desde as famosas “ginastiquinhas” até a troca de experiências com nossos meninos e meninas ao longo do tempo em que passamos ali. Levaram ainda o teatro às nossas programações, com peças tão tocantes que nos abraçaram, acolheram, fizeram-nos chorar e repensar. Contamos ainda com a animada participação do querido Yuri Reis e Banda, ministro de louvor da PIB em Goiabeiras, que colocou nossos adolescentes para cantar de um Deus vivo, real e musical. Relembramos, cantamos e dançamos a

Ele, a quem queremos seguir e imitar. Como não lembrar dos sorrisos de alegria dos nossos adolescentes ao ouvirem o som da Banda Solk (PIB em Goiabeiras e PIB de Linhares)? Eles que nos inspiram a fazer um louvor diferente, engajado, misturado ao Soul e ao Folk, e que tanto nos tocou e ensinou. Ainda conseguimos ouvir o eco das vozes cantando junto a vocês. Concluímos nosso acampamento com a Festa Flashback, com direito a comidinhas gostosas, desfile e show de talentos. A galera se divertiu demais! Como não poderia deixar de ser, com um time desses de voluntários e cooperadores, não haveria como sairmos de lá sem uma mudança radical de mente. A cada um que trabalhou, serviu, se dispôs a ajudar, o nosso muito obrigada. Ao pastor Diego Bravin, diretor Executivo da Convenção Batista Capixaba, pastor Yamasaki (OPBB), ao Gilnei Gil, missionário mobilizador da JMM, por todo apoio e suporte ao longo do caminho, o nosso muito obrigada por acreditar e investir em nós. À querida PIB em Goiabeiras, na pessoa dos pastores Héleender, Anna Eliza, Alécio

e outros dessa comunidade, obrigada por emprestar seu talento, tempo e pessoal em prol desse projeto e por se colocarem na brecha a todo o tempo, desde em oração até as rondas da madrugada. À Bia Bastos, nossa fotógrafa/ decoradora e ao Lucas Trivilin por registrarem em imagens aquilo que ficou no coração e na saudade. Sua disposição em usar sua arte a serviço do Reino é celebrada por nós e nós louvamos a Deus por suas vidas. A cada adolescente, menino e menina, que acreditou, investiu e abriu seu coração para o Teen Brasil 2018: nada disso teria sentido se você não escolhesse estar lá. Nós nos alegramos por cada um de vocês e oramos para que tudo o que foi aprendido ali saia da esfera da mente e repercuta em práticas do viver. Obrigada por querer fazer parte da JBB, obrigada por querer seguir Jesus! Se quiser saber mais sobre a coordenadoria de Adolescentes da JBB, #TBR, acesse a nossa página no Facebook, e nosso perfil do Instagram - @ teenbrail.tbr . Temos muitas coisas boas pra vivermos pela frente! Que Cristo seja sempre a nossa Razão.


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Depoimentos “Quando assumi a liderança dos adolescentes, coloquei em meu coração que eles iriam ter muitas oportunidades que eu não tive e uma delas foi participar do Teen Brasil. Quando decidi que iríamos, tentei não pensar nos empecilhos que iriam aparecer, pois sabia que Deus já estava cuidando de tudo. E cuidou tão bem que eu ganhei uma parceira pra ajudar na liderança e sonhar alto comigo, louvo a Deus pela vida da Daniela! Vivemos dias marcantes, com certeza, mas o melhor para mim era olhar para cada um dos meus adolescentes e perceber o quanto eles estavam felizes por estar ali. Tenho certeza de que todos saíram de forma diferente, marcados pelo que Deus falou conosco naqueles dias. Mas, uma das minhas adolescentes me chamou atenção desde o início, percebi que seus olhos brilhavam ao ouvir o que Deus podia fazer através dela, sua mudança é notável em tudo o que faz. Ao perguntar para ela sobre sua experiência ela me disse que agora ela sabe o que é viver ao lado de Cristo de verdade e que só quer viver praticando tudo o que aprendeu. Minha oração é para que isso seja uma verdade presente na vida de todos os adolescentes que estavam presentes ali.” - Débora Blenda - Líder de Adolescentes Igreja Batista Alvorada “Ouvir e aprender mais sobre Jesus é sempre incrível. Foram dias divertidos, e põe diversão, mas também foram dias de crescimento espiritual, de encontro com Deus. A história do pastor Caleb foi uma das coisas que muito me marcou. Ele em si é um exemplo de vida, pois tem uma vida totalmente entregue a Deus. Largou sua zona de conforto e foi levar a Palavra e dar amor. Sabemos que não é algo tão fácil. Temos um chamado, uma vocação, e pude compreender isso ainda mais. Foram quatro dias inesquecíveis, e a palavra que define tudo isto é gratidão. Gratidão a Deus, as minhas líderes, e a toda equipe do Teen Brasil. Foi de mais. Uma linda e emocionante despedida da minha adolescência, e levando aprendizados incríveis para minha juventude!” - Nathany Santana - Igreja Batista Alvorada

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uita coisa boa está para acontecer! Estamos aproveitando este início de caminhada para estruturamos nossa equipe e traçarmos as estratégias para o cumprimento da nossa missão, que é auxiliar a juventude a viver os valores do Evangelho a partir da Igreja local em toda a sociedade. Nossa missão é pregar a Cristo com palavras e ações, com voz e ato. E queremos caminhar juntos nisso. Mas tem muita coisa já acon-

Novidades sobre a JBB tecendo, e queremos aqui adiantar algumas informações para vocês: • Estamos renovando e atualizando o nosso site. No segundo bimestre deste ano já estará no ar, com novos conteúdos, nossa proposta de trabalho, e muita coisa bacana para você acompanhar. Lá você poderá se cadastrar pra receber o nosso material e trabalhar mais de perto com a gente. • Mês da Juventude - Em agosto, teremos nosso mês da juventude. Se você quiser,

pode envolver sua galera na mesma temática que a nossa. Teremos um canal em que você terá acesso às ideias de dinâmicas, atividades, programações para o decorrer do mês, assim como exemplos de músicas, ordens de culto e o que mais for preciso para auxiliar no trabalho da Igreja local. • Trabalho com Adolescentes - Hoje, a coordenadoria de adolescentes se chama #TBR (TeenBrasil), e vai rolar muita coisa bacana aí para frente. Dá uma olhada lá no perfil do

instagram @teenbrasil.tbr, e fique por dentro. • Página de O Jornal Batista - Todo mês teremos uma página da Juventude em OJB. Será sempre na última semana do mês. Será uma página inspirativa e também comunicativa, para todos saberem o que está acontecendo com as juventudes dos nossos estados. Então, se você quiser que as notícias da sua JUBA sejam publicadas aqui no Jornal, entre em contato com a gente: Tel: (21) 2157-5599 / E-mail: contato@ juventudebatista.com.br.

Palavra do coordenador

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, chegamos ao final do segundo mês do ano, o que significa que ainda temos dez meses para perceber o que Deus está fazendo no mundo, para levarmos nossa juventude a vivenciar coisas incríveis ao lado Dele. Por isso, hoje, gostaria de começar uma conversa com vocês, sobre a “Atividade do Criador”. Quando lemos a Bíblia, e parto do pressuposto de que a Bíblia é a Palavra de Deus, enxergamos Nela a imagem do Deus que está sobre todas as coisas, e que é o Criador de todas as coisas. A ideia de que Deus dá forma a partir do “nada”, e faz existir a partir da “não existência”, deve ser, no mínimo, inspiradora para nós. A arte é divina, porque Deus é um artista. Deus arquitetou o mundo, planejou, aperfeiçoou e, ao final, viu que era bom. A

Carta aos líderes de jovens: sobretudo, criAtividade arte do Criador é perfeita. Do fundo do Oceano, até toda a extensão do Universo, tudo o que Deus criou é perfeito, e em tudo vemos Sua graça e majestade. E quando nós, humanos, somos criados, Ele diz que somos feitos à Sua imagem e semelhança, ou seja, somos seres essencialmente criativos. Caminhando e convivendo com líderes de juventude, é comum ouvirmos muitas queixas quanto às dificuldades para o ministério. Essas dificuldades geralmente são dinheiro (no caso, a falta dele) e engessamento na estrutura da Igreja. A maioria dessas conversas é em tom de lamento, e expressam cansaço e estresse demasiado pela falta de agilidade nas ações. Neste caso, nossa fala é uma tentativa de reanimação e encorajamento. Talvez, você também esteja desta forma, e nossa resposta é: “Quando tudo lhe faltar, que

lhe sobre criatividade”. Nós não precisamos de dinheiro sobrando (é bom quando tem, mas não essencial). Não precisamos esbanjar equipamentos, e nem pessoas técnicas em todas as áreas de atuação. Tudo isso é muito bom, mas não é a base do trabalho. O que nós precisamos, de fato, é de coragem, força de vontade e criatividade. A juventude é dotada de força, e todo ser humano é dotado de arte, com isso, só o que precisamos é um meio de despertarmos o uso dessa força e de sua arte. Quantos exemplos nós temos de pessoas e empresas que cresceram em meio à crise? Quantos casos já vimos de comunidades (às vezes, países), que se reergueram após tragédias e catástrofes? A crise é uma oportunidade de crescimento, para aqueles que conseguem perceber o contex-

to em que estão, e criar a partir do caos. Pense no Deus que criou tudo a partir do nada. Pense no quão perfeito Ele é, e como tudo foi planejado. Agora, pense, que você é dotado de capacidades e habilidades, e seus liderados também são dotados de outros dons e talentos, e vá viver o “Novo de Deus” para a sua vida. Para finalizar esse pequeno escrito, eu desejo a você a força da Juventude, a arte do povo, amigos valiosos que te ajudem na missão e, sobretudo, criatividade. Não desanime e não culpe as condições de funcionamento do seu ministério. Quando tudo lhe faltar, que lhe sobre criatividade. Amnom de Souza S. Lopes Coordenador Juventude Batista Brasileira


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Santa Luzia de Caratinga - MG recebe o Projeto IDE Jesus Transforma José Carlos, pastor, missionário Mobilizador Voluntário da JMN

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ntre os dias 20 e 28 de janeiro de 2018 foi realizado em Santa Luzia de Caratinga - MG o Projeto IDE Jesus Transforma, quando 65 missionários foram às ruas do local e ofereceram várias atividades envolvendo crianças, jovens, adultos e idosos. Durante a Caminhada de Oração podemos verificar a carência do Distrito de Santa Luzia em relação a Palavra de Deus e a falta de carinho. Realizamos estudos bíblicos nos lares e vimos várias decisões em Cristo Jesus. Houve também reconciliações e famílias reestruturadas e saudáveis em Jesus. Agradecemos a Deus, a todos os missionários, e as Igrejas que disponibilizaram os irmãos para este grande Projeto e para o avanço do Reino de Deus!

Mulheres da Congregação em Novo Pastor toma posse na Igreja Mirinzal - MA comemoram Batista em Vila Verde formação da MCM - Itaquera - São Paulo

Adenilson Almeida, membro da Congregação em Mirinzal - MA

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Congregação Batista do Bairro Santo Antônio, na cidade de Mirinzal, no litoral ocidental do Maranhão, comemora a formação da MCM. A comemoração foi realizada no dia 25 de novembro de 2017 no templo da Congregação e contou com a presença de irmãos da Primeira Igreja Batista de Mirinzal, que além de somarem com a presença, contribuíram de forma direta e indireta para que o grupo se formasse. As mulheres sempre tiveram o desejo de se organizar e formar o grupo. Com o encontro sempre nas quartas-feiras e com o trabalho de evangelismo, levam a Palavra do Senhor a todos os

Mulheres Cristãs em Missão da Congregação em Mirinzal - MA

lares do bairro desde a construção do templo. Em 2016, decidiram formar e organizar o grupo, que foi só crescendo e, como resultado, muitas vidas já foram salvas por Cristo por meio do trabalho evangelístico. Para Maria Helena, atual coordenadora da MCM, tudo o que tem acontecido é fruto de uma busca constante por fazer a vontade de Deus. “Todas as irmãs se alegraram com a for-

mação do projeto. O trabalho não para, pois isso é fruto de muita oração, evangelismo e dedicação com a obra.”, afirma, a coordenadora. As irmãs relatam que é motivo de gratidão e alegria fazer parte da MCM. “Me sinto muito feliz no projeto, pois foi por meio dele que hoje louvo e adoro ao nome do Senhor.”, relata a irmã Laicy Miranda , membro da Congregação .

Posse do pastor Eliel Leão contou com a participação de diversos representantes da denominação em São Paulo - SP

Eliel Leão de Oliveira, pastor

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o dia 06 de janeiro de 2018, o pastor Eliel Leão de Oliveira tomou posse na Igreja Batista em Vila Verde, em Itaquera - SP. Pastor Eliel também é diretor Executivo da Associação das Igrejas Batista do Extremo Leste da Capital de São Paulo (AIBELEC). Na ocasião, 33 pastores

da Associação estiveram presentes, além de representantes da denominação Batista do estado de São Paulo. A mensagem foi ministrada pelo pastor Natanael Mendonça, da Primeira Igreja Batista de Indaiá - SP. A entrega da Bíblia foi feita pelo pastor Epaminondas, da Igreja Batista Central do Itaim, e a oração de posse por Abiezer Correia, pastor Jubilado da Igreja Batista Nova Jaraguá.


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EU SOU: Campanha 2018 é lançada oficialmente Willy Rangel - Redação de Missões Mundiais

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m grande culto marcou o lançamento oficial da Campanha 2018, “EU SOU, Esperança às Nações”. Foi em 05 de fevereiro no templo da Igreja Batista Itacuruçá, no Rio de Janeiro, que ficou lotado. O público presente ouviu do diretor executivo de Missões Mundiais, pastor João Marcos Barreto Soares, a explicação do conceito da Campanha, que pelo segundo ano seguido teve a música oficial composta e produzida por Alexandre Magnani. O orador foi o pastor João Luiz Melo, da Primeira Igreja Batista de Vila da Penha, no Rio de Janeiro. O link da transmissão ao vivo do culto contou com mais de 2 mil visualizações. O culto começou com uma palavra da Igreja anfitriã, representada por Alcenir Ancelmé Mota, pastor de missões da IB Itacuruçá. Segundo ele, que representou o pastor titular, Israel Belo, receber o culto de lançamento oficial da Campanha anual de Missões Mundiais é um privilégio. “E nosso templo lotado mostra a importância desse momento para os Batistas brasileiros”, frisou o pastor Alcenir, que em seguida convocou a Banda Kerygma, da IB Itacuruçá, para um momento de louvor. Antes de apresentar o conceito da Campanha, o pastor João Marcos agradeceu a presença de quem estava participando do culto e também assistindo à transmissão ao vivo pela internet. Também mencionou a presença de membros da diretoria e organizações da Convenção Batista Brasileira (CBB). “A ideia da Campanha é relembrar algo fundamental. Deus está em missões. Quando Deus revelou seu nome, EU SOU, ele o fez a Moisés. Ele contou claramente a Moisés para este dizer ao povo: ‘EU SOU me enviou’”, disse o pastor João Marcos. “Jesus usa esse mesmo termo para falar de si próprio. Por isso ele foi perseguido e acusado de heresia,

Culto de lançamento da campanha 2018 aconteceu na IB Itacuruça, no Rio de Janeiro

Diretor geral da CBB, pastor Sócrates Oliveira de Souza, orou após o momento de dedicação de vidas e ofertas

por se identificar como o próprio Deus, dizendo ‘EU SOU’. Foi Jesus que disse: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim’. Entendemos, portanto, que ao falar isso às nações, nós mostramos a elas a esperança que há nele”, completou. Na sequência, o pastor João Marcos convidou Alexandre Magnani ao púlpito para, além de apresentar a música oficial da Campanha 2018, “Eu Sou”, falar sobre a composição, resultado de mais um ano de parceria com o cantor. (Em 2017, Magnani compôs a música “Até que Ele venha”.) “Quando recebi o convite, eu estava em uma viagem, ministrando em alguns lugares, porém, confesso que fiquei temeroso, mas também com muita expectativa do que poderia acontecer. Aceitei o desafio, porque ‘EU SOU’ é o próprio Deus falando, e entendemos que, à luz da Palavra, podemos ser esperança às nações”, afirmou Magnani. “Orei: ‘Senhor, me dê graça e me use mais uma vez’. A canção deste ano tem falado comigo e ao meu coração. Já tenho recebido algumas mensagens, e louvado seja Deus por tudo isso”, desta-

Executivo de Missões Mundiais, pastor João Marcos, apresentou o conceito da campanha 2018

Pastor João Luiz Melo, da PIB Vila da Penha, foi o orador oficial do culto de lançamento da campanha de Missões Mundiais

cou o cantor e compositor, antes de conduzir a congregação a cantar “Até que Ele venha” seguida da música oficial deste ano, “Eu Sou”. Houve também um momento muito especial de dedicação de vidas e ofertas para Missões Mundiais. A Banda Kerygma tocou uma música enquanto as pessoas se dirigiam à frente para depositar suas ofertas. Em seguida, o pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor geral da CBB, fez uma oração de dedicação. Para ele, o culto de lançamento da Campanha de Missões Mundiais é uma amostra do que vai acontecer nas Igrejas Batistas brasileiras este ano. “O Brasil vai abraçar essa Campanha, o hino é muito lindo, muito gostoso de cantar. Acho que esse é o pontapé inicial da grande campanha que vai ser este ano”, contou pastor Sócrates após o culto. Durante a mensagem, o pastor João Luiz Melo afirmou que falar sobre missões é algo muito especial, pois “O próprio Deus se manifestou na humanidade de uma forma missionária, já enviando e vindo, como o próprio Jesus encarnado”.

Alexandre Magnani compôs pelo segundo ano seguindo a música oficial da campanha de Missões Mundiais

“E Jesus é o nosso maior exemplo como missionário”, destacou o orador, que pregou com base no texto de João 8.58 (“Respondeu Jesus: Eu lhes afirmo que, antes de Abraão nascer, Eu Sou”), quando Jesus é questionado pelos fariseus. “Jesus atribui a ele mesmo a expressão ‘EU SOU’. O EU SOU que leva esperança às nações nos lembra de quem é o Senhor e quem são os seus servos. Se temos a dimensão disso, surge a seguinte questão sobre uma palavra que usamos na Igreja, e entendo o aspecto legal disso, que é a palavra ‘voluntário’. E tenho criticado muito essa palavra, porque parece que o voluntário não tem compromisso”, disse o pastor João Luiz Melo. “E a Bíblia nunca falou em voluntário, mas de servo. O servo não diz o que o seu senhor precisa fazer, simplesmente obedece”, completou. “São inúmeros os exemplos na Palavra, e o exemplo clássico é o de Jonas, cuja vida Deus precisou tratar. E foi algo extraordinário. Jonas foi engolido, vomitado e precisou pregar. Quando Jonas vai às nações para falar de esperança, ele prega o sermão mais curto de

toda a história. Entre os dentes, Jonas diz assim, em sete palavras: ‘Ainda quarenta dias e Nínive será subvertida’. Jonas pregava com raiva porque ele queria mais era que o povo de Nínive morresse, mas precisava pregar a uma nação que ele odiava. E sabe o que aconteceu quando Jonas pregou o Amor de Deus, mesmo sem amor? Deus salvou uma nação. Imagine se nós falarmos do Amor de Deus amando uma nação”, destacou. O orador também compartilhou um pouco sobre sua experiência no campo missionário, durante uma visita que fez ao Oriente Médio para conhecer a Igreja sofredora. Sobre isso, declarou o seguinte: “Eu não consigo mais começar uma celebração na Igreja sem antes orar: ‘Senhor, abençoe os nossos irmãos que neste momento não podem fazer o que nós estamos fazendo aqui’”. Após a mensagem, o pastor João Marcos convidou novamente Alexandre Magnani para cantar a música “Eu Sou” com a congregação. Saiba mais sobre a nova Campanha de Missões Mundiais acessando www.missoesmundiais.com.br/campanha.


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Saiba como foi o Acampamento Nacional de Verão dos Embaixadores do Rei SECOM / DENAER

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ano de 2018 é extremamente especial para a Organização Embaixadores do Rei no Brasil, pois completa 70 anos que a mesma chegou ao país trazida pelo missionário pastor Willian Alvin Hatton e sua esposa Kate Hatton. Além da celebração pelos 70 anos Embaixadores no mundo. Iniciamos o ano com o Acampamento Nacional de Verão de Embaixadores do Rei (ANVER), que há 67 anos acontece no “Quartel General dos Embaixadores do Rei no Brasil”, o Acampamento Batista Sítio do Sossego, localizado na cidade de Casimiro de Abreu, na região Serra - Mar do Rio de Janeiro. Foram quatro semanas de Acampamento profundamente abençoadas. Tivemos cerca de 1.500 pessoas, entre embaixadores, conselheiros e líderes que colaboraram para realização de um acampamento que realmente marcasse a história de seus participantes; cerca de 163 embaixadas se fizeram presentes. Tivemos embaixadores representando as seguintes convenções: Carioca, Fluminense, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Brasília, Rondônia e uma caravana do estado do Acre, que levou quatro dias de ônibus para participarem do ANVER.

1ª semana

2ª semana

3ª semana

4ª semana

O tema do ANVER 2018 foi “Embaixadores do Rei, 70 anos frutificando com o Reino de Deus” e a divisa trabalhada foi o texto de Salmos 1.3: “É como a árvore plantada a ribeiros de águas correntes, que dá o seu fruto em tempo certo, cujo as folhas não caem, e tudo que ele faz prospera”. Em todas as semanas foi ce-

PIB em Jardim Mariléa, Embaixada campeã da 4ª semana

lebrada uma festa com bolo, para marcar os 70 anos da Organização. O Sítio do Sossego foi preparado para receber cada um dos acampantes. Foram realizadas diversas intervenções para manutenção e melhorias do local Foi oferecida uma alimentação de qualidade, com excelente café da manhã, e refeições com

bastantes legumes, verduras e carnes. Em uma parceria histórica, tivemos durante as quatro semanas de acampamento a Cruz Vermelha cuidando da saúde dos nossos meninos. Foi um acampamento de qualidade de estrutura, alimentação e programação. Cada semana ficou marcada por ações especiais, um ver-

Fernandinho participou da 2ª semana do ANVER

Muitos Embaixadores foram batizados durante o ANVER

dadeiro presente para cada embaixador. Na primeira semana houve batismos, celebração da ceia e a presença dos nossos líderes históricos, Paulo de Azevedo e Misael Gomes. Na segunda semana recebemos a presença do cantor Fernandinho, que fez a alegria dos meninos, cantando as músicas da Orga-


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anos da Organização Embaixadores do Rei no Brasil: • 25 de abril - Celebração dos 70 anos - Poços de Caldas - MG; • 31/05 a 02/06 - ERER Nordeste - João Pessoa - PB; • 22 a 24/06 - Congresso Nacional de Conselheiros de ER - Sítio do Sossego - RJ; • 25/08 - Celebração dos 70 anos - Centro Batista - Tijuca - RJ.

nização, relembrando assim seu tempo de embaixador. Na terceira semana recebemos a ilustre visita do pastor Edson José Machado, colaborador de primeira hora do nosso pioneiro pastor Alvin Hatton. Na quarta semana recebemos a visita dos nossos líderes David Mariano, Jória Nascimento e Celso Mendes e cada menino recebeu uma Bíblia na saída da manhã da decisão, isso sem contar a presença da Cristolândia Alcântara, que esteve presente na primeira e quarta semana. Um grande marco deste ANVER foram as ações promovidas pela Junta de Missões Mundiais (JMM) e Junta de Missões Nacionais (JMN). A presença dos missionários ao falar com os embaixadores nos cultos e nos núcleos foi gratificante e inspiradora. Não podemos deixar de destacar a ação coordenada pela Junta de Missões Mundiais, denominada “Vamos mudar o mundo”, com a montagem de um quebra-cabeça em formato de um Mapa-múndi missionário, onde o grande desafio era a montagem do mapa com cooperação, mostrando aos meninos que a obra missionária é feita com a colaboração e envolvimento de todos. Tudo que acontece no acampamento é muito especial, a recreação, a alimentação, as provas bíblicas, mas o ponto alto de cada semana é a “Manhã da decisão”, que é um culto voltado exclusivamente para que os meninos sejam confrontados com o Evangelho e possam tomar uma decisão, primeiramente ao lado de Jesus, e para aqueles que já têm a Jesus possam dar outro passo, indo ao batismo ou para ser um

crente melhor. É também um momento marcante para aqueles que aceitam o chamado de Deus para alguma missão especial, seja para missões, para ministério pastoral ou outro ministério. Este ano obtivemos os seguintes resultados: • 119 embaixadores aceitaram a Jesus; • 83 embaixadores querem ser batizados; • 144 embaixadores querem ser melhores cristãos; • 195 embaixadores querem ser Conselheiros de ER; • 101 embaixadores querem ser missionários; • 82 embaixadores querem ser pastores; • 40 embaixadores tomaram outro tipo de decisão. Houve competições bíblicas e esportivas, onde as seguintes Embaixadas sagraram-se campeãs: 1ª Semana 1º lugar: Igreja Batista do Rio da Prata - RJ/BC; 2º lugar: Igreja Batista Central do Redentor - RJ/FL;

3º lugar: Igreja Batista Central 4ª Semana de São João de Meriti - RJ/FL; 1º lugar: Primeira Igreja Ba4º lugar: Primeira Igreja Ba- tista em Jardim Mariléa - RJ/FL; tista no Grande Rio - RJ/FL; 2º lugar: Igreja Batista Vila 5º lugar: Primeira Igreja Ba- Entre Rios - RJ/FL; 3º lugar: Primeira Igreja Batista Nova Jerusalém - RJ/BC. tista em Areia Branca - RJ/FL; 2ª Semana 4º lugar: Primeira Igreja Ba1º lugar: Primeira Igreja Ba- tista de Moça Bonita - RJ/BC; tista Nova Esperança - RJ/FL; 5º lugar: Igreja Batista do 2º lugar: Igreja Batista Monte Centenário Em Colubandê Horebe - RJ/BC; RJ/FL. 3º lugar: Terceira Igreja BaEmbaixadas destaque: tista em Planaltina - PC; 1ª Semana 4º lugar: Primeira Igreja BaIgreja Batista Central de São tista em Jardim Pernambuco João de Meriti - RJ/FL. - RJ/FL; 5º lugar: Igreja Batista Cen2ª Semana tral em Taguatinga - PC. Primeira Igreja Batista Nova Esperança - RJ/FL. 3ª Semana 1º lugar: Primeira Igreja Ba3ª Semana tista de Dourados - MS; Primeira Igreja Batista de 2º lLugar: Primeira Igreja Batista de Nova Iguaçu - RJ/FL; Nova Iguaçu - RJ/FL. 3º lugar: Igreja Batista Ma4ª Semana nancial de Campo Grande - RJ/ Primeira Igreja Batista em BC; 4º lugar: Primeira Igreja Ba- Jardim Mariléa - RJ/FL. Muitas atividades ainda setista Santa Cruz - RJ/BC; 5º lugar: Igreja Batista Nova rão realizadas em 2018 reAurora - RJ/BC. ferentes à celebração dos 70

Em julho de 2018 sai o regulamento do ANVER 2019, mas algumas informações já estão disponíveis: Tema: Forasteiro Divisa: II Pedro 2.11 - “Amados, insisto em que, como estrangeiros e forasteiros no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma.” Hino Oficial: Mensagem Real Livro a ser estudado: Neemias (Livro histórico /Antigo Testamento) Biografia Missionária: “De escravo a cientista - Biografia de George Washington Carver” Semanas 1ª semana: 07 a 11 de janeiro; 2ª semana: 14 a 18 de janeiro; 3ª semana: 21 a 25 de janeiro; 4ª semana: 28 de janeiro a 1º de fevereiro. Saiba mais sobre o que o DENAER tem feito: Facebook: DENAER Brasil E-mail: denaer@embaixadoresdorei.org YouTube: Embaixadores do Rei Oficial


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ponto de vista

Refletir

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pensar com moderação. Pesar bem as coisas que ouve. Focar bem no que está ouvindo e/ou vendo. Reagir com prudência. Comparar. Refletirmos com a mente e com o coração. Refletir bem pode levar a boas atitudes e ações. É meditar. É um sinal de maturidade. É a antessala das respostas coerentes. Revela sensibilidade, atenção e compenetração. Refletir amadurece, enriquece o caráter, trabalha o temperamento, evita decisões precipitadas. O simples refletir produz calma. É uma atitude de quem

deseja ajudar o próximo de modo substancial. Contribui para criar um ambiente de consenso, corrobora para a construção de uma sociedade melhor, mais equilibrada. Tiago nos ensina: “Todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar” (Tg 1.19). Um espírito manso tem facilidade na reflexão. Deus trabalha no coração do homem reflexivo, prudente e diligente. Todavia, vivemos em um mundo não-reflexivo, alienado, robotizado, frio, insensível e superficial. Quem não reflete se precipita. A reflexão é para o

homem coerente. Não compactua com a inércia. Refletir acerca das coisas de Deus traz crescimento pessoal. Quem falha em refletir, falha na sua compreensão do ambiente onde está inserido. Precisamos nos calar diante de Deus e da Sua Palavra. Refletir produz renovação da mente e do coração. Aprendamos a refletir em nossos relacionamentos, a agir com acuidade. A reflexão nos leva a medir as nossas palavras. Refletir, na perspectiva de Cristo, é agir de forma produtiva. Refletir pode trazer segurança, redobrar a atenção, aguçar

a percepção. É uma das armas da prudência. Revela equilíbrio, consideração, prevenção, recato, siso, prumo, serenidade, presença de espírito, cautela, pessoa de tino, etc. Significa jogar seguro, proceder ajuizadamente, tomar o pulso e sondar o terreno. Jesus nos ensinou a ser simples como as pombas e prudentes como as serpentes (Mateus 10.16). Os mansos geralmente são reflexivos. Usar de reflexão antes de responder é sinal de sabedoria. Salomão advertiu: “Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado” (Pv 19.2). Quantas vezes

somos precipitados em nossas atitudes e em nossas ações. Em inúmeras ocasiões reagimos sem reflexão. Em nossas devocionais, em nossos relacionamentos e em nossas atividades, a reflexão é essencial. Deus é glorificado quando paramos para pensar, refletir e agir com a sensibilidade do Espírito Santo. Sejamos tomados pela prudência de Jesus! Que o mundo veja em nós pessoas altamente sensíveis às necessidades dos que mais precisam. Sejamos tomados da compaixão de Cristo, da Sua reflexão solidária em favor dos que sofrem.

Redes sociais - o que importa? Fernando Silvado e Luiz Roberto Silvado, presidente da CBB

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se eu te contar que pessoas entre 35 e 49 anos, a geração X, passam mais tempo nas redes sociais do que a geração seguinte, o que você pensaria sobre isso? Foi o que o Nielsen Institute concluiu depois de um estudo recentemente publicado. No total são, em média, 06 horas e 58 minutos por semana. Quando olhamos a geração mais jovem, a geração Y, ou Milênios (18-34 anos), descobrimos que eles gastam em média 06 horas e 19 minutos navegando pelas redes sociais durante a semana. O que mais me chamou a atenção é que mesmo aqueles que tem mais de 50 anos, estão conectados ao mundo virtual e passam, semanalmente, 04 horas e 09 minutos conectados nas mídias sociais. Mas o que isso tem a ver com a Igreja, missões, ministério? Tem tudo a ver! Seja a sua Igreja jovem ou uma com muitos adultos, saiba que eles estão investindo muito tempo, mas muito tempo mesmo, nas mídias sociais e no mundo

virtual. Sua Igreja está presente onde as pessoas das diversas gerações estão, membros e não membros? Um dos grandes desafios da Igreja tem sido manter-se presente na vida dos seus membros além do culto dominical. É cada vez mais comum membros frequentarem apenas um culto e não dois, como acontecia em um passado não tão distante. Talvez, sua comunidade tenha alguma outra atividade durante a semana, um pequeno grupo ou um culto de oração. Se formos otimistas, podemos dizer que, em média, nossos membros estão envolvidos cerca de 03 horas por semana em atividades onde nós líderes exercemos algum tipo de influência no que estas pessoas ouvem, veem e falam. O que as pesquisas indicam é que elas gastam o dobro disso em redes sociais. Somos confrontados aqui com um dos maiores desafios da nossa geração: ficaremos dentro das Igrejas de portas abertas esperando que entrem, ou iremos onde as pessoas estão? O apóstolo Paulo sempre pregou onde ele seria visto e ouvido. Os novos tempos nos trouxeram novos locais de pregação - o

mundo virtual, as várias mídias sociais. Desde Gutemberg, com a revolução da palavra impressa, não víamos uma transformação na comunicação humana tão significativa como a gerada pela internet. As redes sociais mudaram a forma como as pessoas se comunicam e, por consequência, como se relacionam. Crescer conectado com o mundo virtual criou, na nossa sociedade, novas gerações, que têm uma forma única de pensar, refletir e avaliar os fatos e circunstâncias. Se a sua Igreja deseja sobreviver nas próximas décadas já deve incluir estas gerações em posições estratégicas de liderança para permitir que a instituição seja adequadamente customizada para servir a sociedade com a mensagem eterna de Cristo Jesus. Se nós não entendermos isso, nos tornaremos cada vez menos relevantes na sociedade. Se nossas Igrejas e ministérios não desenvolverem a habilidade de usar as mídias sociais, serão anacrônicos com a sociedade. Talvez, você não goste disso e tenha inúmeras razões que justifiquem e expliquem o porquê dessa mudança ser ruim. Nenhuma

delas muda o fato de que esta é a realidade em que vivemos e que este processo é irreversível. Os tempos mudaram. Nos dias de hoje, a Igreja precisa estar presente não apenas com um “site imóvel” na internet, mas com uma página no Facebook, Instagram, Twitter e tudo mais que surgir no mundo virtual para atingir eficientemente as várias gerações que devem ser alcançadas. Alguns exemplos da realidade da Igreja no mundo virtual: Um membro da minha Igreja compartilhou que durante o ofertório lembrou que não tinha feito a transferência bancária do seu dízimo durante a semana. Com um sorriso nos lábios, ele disse: ainda bem que dá para fazer no celular. Durante o momento do ofertório, ele acessou a sua conta bancária e fez a transferência para a conta da Igreja, enviando o comprovante para a tesouraria. Esta é a realidade cada vez mais presente nas Igrejas. Cada vez menos cartas são enviadas pelo correio e mais e-mails e mensagens pelo WhatsApp. Nossa equipe de pastores tem seus documentos de trabalho na nuvem em um drive virtual para que todos

de qualquer lugar possam acessar a qualquer momento e trabalhar. Nossos líderes de pequenos grupos acessam um aplicativo para passar o seu relatório de reuniões do pequeno grupo. Muitos membros fazem sua leitura bíblica usando aplicativos no celular, outros ouvem a Bíblia no mesmo aplicativo. Muitos ouvem podcasts de sermões e palestras regularmente enquanto outros assistem sermões e cultos gravados ou ao vivo. As inscrições para nossos acampamentos, encontros de casais e congressos são feitas virtualmente. A pergunta que fica então é: o que faremos com essa informação? Existe uma gama infinita de possibilidades. Desde complexas transmissões ao vivo do culto, a simples postagem de um versículo bíblico no Facebook. Independentemente de qual escolha você faça e quão grande seja o seu envolvimento, faça alguma coisa e comece a viver no presente esta realidade, marcando presença no mundo da internet. Sua presença virtual faz uma diferença real. (Se desejar ler mais sobre o assunto, você pode consultar: https://goo.gl/Xd4g3D


o jornal batista – domingo, 25/02/18

ponto de vista

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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

A maior prioridade de Deus - a vida (parte 3):

discipulado como “A” estratégia divina para nos suprir da vida

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a sequência da compreensão do Plano divino total pudemos observar que, em primeiro lugar e prioritariamente, vem o Plano da Criação, que tem como ponto essencial dar vida em nível relacional total com Deus, com a própria pessoa, com o próximo e com a natureza criada, ao que a Teologia chama de vivermos para a Glória de Deus. Com o afastamento deste original Plano da Criação, o ser humano foi lançado em um território oposto - a morte. Em seguida, Deus mesmo providenciou O Plano Redentor para trazer o ser humano de volta onde temos o trinômio “CCR” - Cristo, cruz e ressurreição - que explicamos no artigo passado, demonstrando que este Plano foi criado como um conserto, um meio para que o ser humano fosse recuperado para o Plano original da Criação. Então, o Plano Redentor tem efeito “instrumental” e não principal para a história humana, pois corrige o erro humano para que ele possa ser reposicionado na ordem da criação, das coisas criadas. Veja que agora a salvação, que podemos chamar de recuperação, passa a ter significado mais profundo do que normalmente se lhe tem dado, pois tem importantes implicações cosmológicas - a recuperação não apenas aponta para a volta e Jesus, mas para todo Universo, para o Plano da Criação. Assim, precisaremos revisar e aprofundar, por exemplo,

nossa compreensão do chamado Plano da Salvação, que, com o tempo, passou apenas a ser um conjunto conceitual de frases que devem ou não ser aceitas pela pessoa e que, em geral, focaliza a vida celestial no futuro e no aspecto jurídico da salvação - a morte substitutiva de Cristo por nós. Precisaremos revisar também a própria redução que, ao longo do tempo, foi feita do Cristianismo a atividades, eventos e estruturas eclesiásticas ou mesmo a transformação do culto em “meio de graça”, “sacramento” e, porque não, em “show pirotécnico” pincelado por uma espécie de “aeróbica gospel” litúrgica. Vamos avançar nisto aprofundando nossa compreensão da chamada Grande Comissão (Mateus 28.19-20) que, ao longo do tempo, pela influência salvacionista (colocação da salvação como fim e não como meio), ficou centralizada no verbo IR (como se fosse no original grego um imperativo) e se a pessoa não tivesse o “dom” ou coragem de ir, então poderia ficar com a consciência mais leve pagando a conta com a oferta missionária. Analisando o texto original, descobriremos que o verbo no imperativo, isto é, a voz de comando de Jesus está no verbo discipular, que, em português, traduzimos “fazer discípulos”, implicando em vida transformada e transformadora que visa dar vida com significação a quem é recuperado pelo Evangelho ao estado original das coisas criadas.

As implicações que aqui se apresentam são gigantescas. Enquanto que o apenas “IR” ou “contribuIR” não exige necessariamente vida transformada, bem como o exercício da maior parte das funções eclesiásticas, o ser discípulo, o discipular, requer vida exemplar, vida alinhada aos ideais do Evangelho, vida que volta atrás onde houve o afastamento do plano original de Deus e se coloca em um estado de recomeço, pois, como já mencionamos, para Deus não há atalho, devemos retornar ao caminho de onde O deixamos. O discipulado não é mera estratégia ou programa eclesiástico, mas A estratégia divina para suprir a pessoa recuperada de vida, que foi perdida, quando a queda do ser humano se fez presente na história. Iremos ter estruturas, programas, atividades e eventos no Cristianismo, mas isso deverá ser resultado de vida aos pés do Mestre (Efésios 1). O discipulado como estratégia divina para suprir-nos de vida tem como ponto de partida fluir a vida e exemplo de Cristo em nossa vida (João 13.15), pois quando a vida Dele, em termos de valores e princípios, se replica em nossa vida, em nossa estrutura mental e emocional, pode ser reproduzida em outras vidas (I Coríntios 11.1). Por isso, podemos chamar essa estratégia de “transfusão vivencial”, quando os ideais, valores e princípios de vida cristã que adotei passam a ser reproduzidos em meus discípulos.

Cada um terá sua personalidade, sua característica pessoal, mas todos seguirão estes mesmos ideais. Por isso que o discipulado não é despersonalização. Estes ideais, princípios e valores cristãos nada mais são do que os mesmos presentes no original Plano da Criação. Por isso mesmo, o discipulado nos supre de vida - a prioridade de Deus. É nesse sentido que o chamado de Jesus aos seus discípulos se torna compreensível - o “vinde a mim” (Lucas 9.23). Tomar diariamente (estilo de vida) a cruz e seguir a Jesus, não apenas até a crucificação do seu “eu”, mas prosseguindo como Ele prosseguiu, foi sepultado e ressuscitou. Daí Paulo (Romanos 6), nos ensinar que nosso compromisso não é apenas com o nosso estado de crucificados com Cristo, mas também nos considerarmos ressuscitados Nele, oferecendo nossos membros (nosso corpo - Rm 12.1 - e tudo o que o compõe) como instrumentos da justiça (no grego: retidão, aquilo que é correto - então, aquilo que é compatível com o Plano Criador). Ao escrever nesta Coluna uma série de artigos sobre a Igreja dediquei dois artigos exclusivos sobre este tema que poderão ser consultados para ampliar a compreensão do seu significado (veja OJB 12/06/2016 e 26/06/2016 “Estudos sobre a Igreja (6) discipulado - A estratégia de ação e vida da igreja”). Desde a década de 80 temos observados inúmeros “mode-

los de Igreja” que surgem e, em um prazo médio de 07 a 08 anos, desaparecem. No Brasil, especialmente, muitos de nós Batistas, temos demonstrado ser ávidos consumidores (e pagantes por literatura, viagens, conferências) destes modelos. Onde a maioria deles está hoje? Até quando vamos deixar de lado A estratégia divina do discipulado, deixando de, acertadamente, suprir de vida ao povo de Deus? Compreendo que é mais fácil ter apenas estruturas, programas, eventos e atividades, transformando a vida da Igreja em “ponto de encontro” de fim de semana, mas onde está “a vida” que foi originalmente inserida no Plano da Criação? Em resumo, fomos criados para a vida, nos rebelamos em Adão contra este Plano da Criação. Deus providenciou um modo de corrigir isso por meio do Plano Redentor para nos trazer de volta ao Plano da Criação, à ordem das coisas criadas. Pelo discipulado, Deus providencia A estratégia para convivermos com aqueles que foram alcançados pelo Plano Redentor para aprendermos os ideais, valores e princípios originais do Plano da Criação, e termos o caminho para vivermos conforme este Plano. Enfim, isso muda muita coisa, inclusive, a maneira como compreenderemos o motivo da nossa existência pessoal e a da Igreja. Neste último caso, chamamos de “Missão da Igreja”, tema para nosso próximo artigo. Até lá.



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