OJB Edição 09 - Ano 2017

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 26/02/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 09 Domingo, 26.02.2017 R$ 3,20

“Meu propósito está firme”

Retorno ao Sítio do Sossego - RJ reúne 500 acampantes no ANVER-SS

Página 09 Coluna Contando a Nossa História

Missões Nacionais

Como o trabalho Batista chegou ao Recife? Confira o texto!

Trabalho do Radical Amazônia avança na comunidade ribeirinha

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Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Luau dos Adolescentes Batistas Cariocas atrai cada vez mais participantes

Pés no Arado 2017, projeto da JBB, é realizado em Brasília e Goiás

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

“Uma vez Embaixador, sempre Embaixador do Rei”

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ocê sabe o que significa ser um Embaixador do Rei? De acordo com o Manual de Candidato da Organização, Embaixador do Rei é aquele que representa Jesus Cristo aqui na Terra. Será que temos feito a nossa parte da maneira correta? Talvez, você não tenha reparado a profundidade da frase citada no título deste texto, mas como está escrito lá, é sempre. Não é só na Igreja, nas reuniões de Embaixadores do Rei ou em algum ministério que você participe. É muito mais. É na rua, no trabalho, na escola, faculdade. Nosso testemunho deve ser diário.

O mesmo Manual traz o Compromisso da Organização. Há um trecho que diz: “Guardar meus lábios da mentira, da impureza...”. Outra parte diz: “Conservar meu corpo limpo”. Já no trecho final, que é destinado aos batizados, diz que devemos ser leais a Jesus Cristo, viver para Ele e servi-lO sempre. Ter uma vida pura, dizer sempre a verdade e corrigir os nossos erros. Vivemos em um tempo onde tudo é normal, onde tudo é relativizado. Por isso, é necessário nos revestirmos da Palavra de Deus e buscarmos a Sua presença cada vez mais, como está descrito em Efésios 6.11-20. Pensando em cuidar dos nossos meninos e dar a eles

suporte no desenvolvimento físico, moral e espiritual, despertando o sentimento missionário de todos os participantes, o Departamento Nacional de Embaixadores do Rei (DENAER) promove, todos os anos, o Acampamento Nacional de Verão dos Embaixadores do Rei (ANVER-SS), evento destinado aos Embaixadores do Rei de todo o Brasil e que é realizado pela União Missionária de Homens Batistas do Brasil (UMHBB) /DENAER. Este ano, o evento voltou a ser realizado no Sítio do Sossego, em Casimiro de Abreu - RJ, após um período de inatividade da área. Através da Campanha “De volta para casa”, a Or-

ganização arrecadou fundos e reestruturou o local para receber os Embaixadores. Nesta publicação, você terá acesso a tudo o que aconteceu nesta edição do ANVER, que teve como tema “Embaixadores anunciando o Reino de Deus” e reuniu cerca de 500 acampantes de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal, entre os dias 09 e 20 de janeiro. Que Deus abençoe a sua vida e que você seja um Embaixador do Rei todos os dias da sua vida! Estevão Júlio Decom


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

League Of Legends (LOL)

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sse é o título de um game comum entre os adolescentes, que sugere ao perdedor do jogo o enforcamento. Na web é denominado como Chocking Games (Jogo da Asfixia), brincadeira de mau gosto que pode causar sérios prejuízos aos jogadores, especialmente ao perdedor. No dia 15 de outubro de 2016, feriado escolar, quatro amigos jogavam o LOL. À distância, com suas Webcans ligadas, não podiam prever que um deles pagaria com a vida ao perder a partida; o perdedor cumpriu o que determinava o game e enforcou-se com cordões existentes no quarto. Resta saber se os ami-

gos sugeriram a asfixia ou, como perdedor que cumpre a palavra, o adolescente de 13 anos tomou a iniciativa. Os colegas, ao notarem que o desmaio do amigo ultrapassava a brincadeira, acionaram uma menina no quarto ao lado, que chamou os pais. Levado ao hospital, não resistiu. A morte sempre gera transtorno, especialmente quando a vítima é um adolescente e tem um futuro promissor pela frente. O choque na família e nos colegas que ficam deixa marcas terríveis, que o tempo jamais apagará. As lições, que nunca são aprendidas, levam-nos a refletir sobre algumas verdades desprezadas pelos pais e

pela sociedade. É característica do adolescente cumprir a palavra, não importam as consequências. Um game que sugere a morte do perdedor da partida jamais poderia ser comercializado. Os órgãos fiscalizadores não levam em conta a existência de pessoas influenciáveis ao que veem e ouvem. A liberdade de adquirir há que possuir limites. Os que produzem tais jogos devem ser incriminalizados. Os pais de adolescentes não têm tempo para dialogar com os filhos, fiscalizar suas brincadeiras e estar atentos a fragilidade dos filhos. Colocam um computador de última geração nas mãos das crianças e não se preocu-

pam se viram a noite jogando. Acomodam-se ao fato de que o filho ou a filha está no quarto; portanto, seguros. A brincadeira do desmaio avisa que o perigo não está apenas nas ruas, na escola, mas, no quarto de dormir. O adolescente, por natureza, é prepotente. Sempre acha que sabe tudo e pode tudo. Como pais e educadores sabemos que são imaturos, sujeitos à decisões perigosas. Precisam de acompanhamento, monitoramento e vigilância contínua. Incitá-los à boa leitura, a ouvir boa música, a compartilhar seus sonhos e temores, sem medo de repreensões, manter diálogo aberto e franco; isso exige

tempo, muito tempo, que a sociedade materialista não está disposta a oferecer às famílias no relacionamento com os filhos. Você sabe quais tipos de games seus filhos jogam com os amigos? Sabe quem são os amigos dos seus filhos? Já analisou as consequências futuras que virão? Como pais salvos e comprometidos com Jesus, reserve tempo para conversar com seus filhos adolescentes; envolvê-los com amor. Especialmente, amor à vida. Diga-lhes que a vida é uma dádiva divina que não pode ser colocada como prêmio a um diabólico game que sugere desprezá-la ou até mesmo destruí-la.

Erro por causa da ignorância Wanderson Miranda de Almeira, colaborador de OJB

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ê uma olhada em sua vida e responda: você já errou alguma vez? Se você disse sim, ótimo! Todos os seres humanos erram. Você é humano, certo? Então, você já errou. Eu também sou ser humano, então, já errei também. Se nós não errássemos, estaríamos no céu, não precisaríamos passar por todas as circunstâncias que envolvem nossa vida aqui, no planeta Terra. Tendo isso em mente, você consegue lembrar-se de algum erro que tenha cometido? Pode ter sido um erro que não prejudicou ninguém ou algo que fez muito mal a alguém, até mesmo pode ter ofendido a Deus. Se errou com Deus, precisa arrepen-

der-se e pedir perdão, para que sua comunhão com Ele não seja prejudicada. Muitos dos erros que cometemos são fruto da nossa ignorância (falta de conhecimento) a respeito do que falamos ou fazemos. Vou dar um exemplo bem simples: certa vez fui fazer uma sopa de macarrão - eu nunca tinha feito isso antes, estava estreando. Bem, olhei para o macarrão, ele olhou para mim e o que veio a minha mente? Vou lavá-lo! Foi o que fiz, pensando que estava indo no caminho correto. Se você cozinha, já sabe o que aconteceu, né? A sopa virou um creme, um negócio que eu nem sei descrever, mas ficou muito estranha, acredite. Não deu ânimo para comer aquele trem, não! Sabe por quê eu errei? Pela minha ignorância sobre o assunto. Eu deveria ter perguntado à minha mãe sobre como fazer

uma sopa que ficasse boa, mas não fiz isso. O resultado foi catastrófico! Esse erro não prejudicou ninguém, mas alguns erros podem causar grandes problemas. E o maior erro que alguém pode cometer é não buscar na Bíblia as respostas para as questões espirituais. “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29). A palavra de Jesus ainda serve para hoje. As pessoas estão vivendo de forma torta e, muitas vezes, até são cristãs, mas não conhecem “as Escrituras” (Bíblia). Eu conversava com uma moça cristã um dia desses e ela me disse que não precisa ler a Bíblia, pois seu líder lê na Igreja para todos. Isso é ignorância! Na conversa, não só nessa, pude perceber que ela não conhece nada de Bíblia e quando não conhecemos a

Bíblia, erramos muito porque ficamos na mão de quem nos ensina e, recebendo o ensinamento errado, agiremos errado e pecaremos. Essa questão é tão grave, que há muitos cristãos que não gostam de receber questionamentos bíblicos. Dizem que são cristãos, mas se apenas citarmos passagens bíblicas que condenam suas práticas, ficam ofendidos. Que raio de cristão é esse que não aceita as advertências bíblicas? “Errais, não conhecendo as Escrituras...”. Não conhecer a Bíblia, seu conteúdo, é um erro grave que pode afastá-lo de Deus, querido! Acho que serei repetitivo, mas leia esse texto: “E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Bereia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica,

porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17.10-11). Os bereanos são um ótimo exemplo do que devemos fazer. A pregação do Evangelho de Jesus era muito questionada naquela época - e ainda é -, no entanto, os bereanos ouviam a pregação e examinavam nas Escrituras (Bíblia) para saber se pregação (a mensagem) de Paulo e Silas era verdadeira. Vamos fazer como os bereanos? Não sejamos ignorantes a respeito dos assuntos espirituais. Se você, realmente, quer saber sobre pecado, céu, inferno, salvação, Jesus, Maria, Paulo, Pedro, abra a Bíblia e vá conferir para ver se o que falam é o que a Palavra de Deus ensina e, se não for, a verdade é a Bíblia, não o líder, seja ele quem for. Deus nos abençoe!


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Eu sou devedor Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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ão é errado alguém declarar que é devedor; aliás, um devedor, que reconhece sua dívida e dá o prazo de que quitará, é um sujeito de bom caráter. Agora, um devedor que está sempre em dívida e nunca paga, é um sujeito de mal caráter, não é confiável. O apóstolo Paulo, certa vez declarou que era devedor, observe o que diz o texto bíblico de Romanos: “Eu

sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes” (Rm 1.14). Se o versículo terminasse no verso 14 teríamos a imagem de um Paulo devedor, mas ele prossegue no verso 15: “De modo que, quanto está em mim, estou pronto para anunciar o Evangelho também a vós que estais em Roma” (Rm 1.15). A dívida do apóstolo Paulo era pelo fato de não pregar o Evangelho, mas ele toma uma decisão “Estou pronto”, dizendo que não ficaria em

dívida, pelo contrário, pagaria sua dívida. Você está em dívida? Você tem anunciado o Evangelho de Cristo em todos os lugares onde frequenta? Se o evangelismo não é algo natural na sua vida, se você não evangeliza como estilo de vida, você é um devedor. Chegou a hora de reagir, hora de dizer que está pronto. Cristo conta com cada um de nós para anunciar o Evangelho; que possamos, então, obedecer às Suas ordens.

Somos estrangeiros neste mundo

edro, na sua Primeira Carta, chama a nossa atenção sobre nossa conduta neste mundo. “Queridos amigos, lembrem que vocês são estrangeiros de passagem por este mundo” (I Pe 2.11). Ao enfrentar a natureza de nossa cidadania definitiva, o apóstolo explica o significado de sermos embaixadores do Reino de Deus. O embaixador é estrangeiro e tem a obrigação de representar bem seu próprio país. Por isso, uma de suas obrigações é a de viver em um nível de

tal excelência, que sua nação de origem seja respeitada e bem representada. Somos embaixadores do Rei, do Rei Jesus Cristo. Nossa passagem pela Terra tem objetivos bem definidos pela Bíblia. Um dos objetivos foi explicitado por Jesus: “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. Por causa disso, Paulo declarou: “Não vos conformeis com este mundo”. Imitar o mundo é renegar os valores da nossa cidadania celeste. É dizer a este mundo que tanto faz ser cristão ou não ser de Cristo. Daí a insistência de Pedro: “Lembrem que vocês são estrangeiros de passagem por este mundo”. Estrangeiros neste mundo, porque embaixadores do Rei.

aumenta cada vez mais em nosso tempo. Por isso, quero dar algumas características dos verdadeiros profetas: 1) Falam tão somente da parte de Deus: são meros canais da voz de Deus para os povos, nada acrescentando, nem omitindo. “A Ti, pois, filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lhe darás aviso da minha parte” (Ez 33.7). 2) Persistem em falar, apesar da rejeição à sua mensagem: assim sempre foi e tem sido. As pessoas têm fugido dela, se negado a atender seus apelos para o arrependimento e a busca a Jesus para

salvar suas almas. “Eis que Tu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e tange bem; porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra” (Ez 33.32). O texto base diz: “Mas, quando vier isso”, ou seja, o fim de todas as coisas na volta de Jesus, a mensagem dos verdadeiros profetas, então será reconhecida, “Então saberão que houve no meio deles um profeta”. Se você ainda não deu ouvidos à mensagem dos verdadeiros profetas, não espere o fim para fazê-lo; lá, será tarde demais. O Senhor te abençoe para esta decisão. Cuidado com os falsos profetas!

“Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem” (I Pe 2.11).

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Marcas de um verdadeiro profeta Celson de Paula Vargas, pastor, colaborador de OJB “Mas, quando vier isto, e aí vem, então saberão que houve no meio deles um profeta” (Ez 33.33).

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rofeta é alguém chamado por Deus para falar aos homens aquilo que Deus quer falar-lhes, e o faz na íntegra, sem nenhuma violação, mesmo que a mensagem não seja agradável aos ouvintes. Paralelamente, há os que se propõem a profetas, sem serem chamados por Deus, falam em nome dEle, só que a mensagem por eles pregada, não vem de Deus, mas deles

mesmos, e, assim, proferem seus discursos com conteúdo adequado às suas almejadas plateias. Falam o que as pessoas querem ouvir, atraindo, dessa forma, grandes multidões, e essas, são então conduzidas a rumos que não as levam ao conhecimento verdadeiro de Deus e ao seu plano de, primeiro, salvar suas almas mediante o arrependimento de seus pecados e confissão de fé em Jesus para justificá-las, e, na sua volta, recebê-las, levá-las ao céu, à eternidade com Deus. “E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (Jo 14.3).

A mensagem desses focam tão somente às coisas desse mundo e nunca a renúncia a elas como condição essencial para se entrar no Reino de Deus. “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem, e me segue” (Mt 19.21). Eles pregam o contrário a isso, enganando espiritualmente as multidões que a eles vão. Isso não é de Deus, e dessa forma, é de seu maior opositor, o diabo, que quer que nossas almas não sejam justificadas e salvas. Precisamos, portanto, saber identificar os verdadeiros profetas para não cairmos na rede dos impostores, que


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O quinto Evangelho Edson Landi, pastor, colaborador de OJB

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or que o Evangelho cresceu tanto na Coreia do Sul? Há algumas décadas, não havia uma Igreja sequer nesse país. Hoje, as maiores Igrejas evangélicas do mundo estão lá. Igrejas locais com 10 mil, 20 mil membros e algumas outras maiores ainda. Recentemente, ouvi em pregação o relato de um pastor sul-coreano.

Ele explica esse crescimento estrondoso da Igreja evangélica em sua Nação da seguinte forma: “Quando terminou a guerra das Coreias e houve a divisão do país, a região Sul ficou destruída e nós tivemos inúmeros problemas. Então, chegaram os norte-americanos. Eles foram e levaram médicos, enfermeiros e medicamentos, levaram também pedreiros e engenheiros. Cuidaram da nossa saúde e reconstruíam o nosso

país, nossas casas, escolas e hospitais. Eles nos atendiam. E quando nós perguntamos porque eles estavam fazendo isso, já que não tínhamos dinheiro para pagar por aqueles serviços, eles diziam: ‘Nós estamos fazendo isso por amor a Cristo’. E foi assim que nós, coreanos, quisemos conhecer a Cristo”. O amor dos norte-americanos por Cristo fez com que eles amassem e abençoassem os sul-coreanos. E isso fez com que os coreanos sentis-

sem o desejo de conhecer a Jesus Cristo. “Primeiro nós vimos Cristo na vida dos cristãos e depois nós ouvimos falar de Cristo”, completou o pastor. Irmãos, precisamos compreender que muitas pessoas que convivem conosco não têm o hábito de ler a Bíblia. Não conhecem os milagres de Cristo narrados por Mateus, Marcos, Lucas e João. Contudo, não podemos nos esquecer que essas pessoas podem enxergar o milagre

que Deus fez em nossas vidas. Podemos afirmar que nós somos o quinto Evangelho e, certamente, o que mais as pessoas leem. Que a nossa vida seja a nossa maior pregação. Que as pessoas possam olhar para nós e enxergar Jesus Cristo através das nossas atitudes. Sabemos que nós mesmos não temos poder para tal feito. Todavia, recebemos o poder que vem do Senhor quando, sobre nós, desceu o Santo Espírito.

mergulhadas na digitalidade e não desgrudam dos smartphones. As mensagens e as chamadas são intensas e as atualizações das redes sociais ficam nos chamando o tempo todo. À mesa, as pessoas querem tirar a foto do prato e já postá-las e marcam o restaurante, pois isso, para essa geração hedonista e vaidosa, “agrega valor”. Enquanto os alimentos esfriam, nós fotografamos e postamos, e depois de postar a foto do prato vem a foto das pessoas que circundam a mesa. Quando começamos a comer, e poderíamos interagir com as pessoas, afinal de contas, comer junto é um ato social que sugere interação e boa conversa, nós estamos preocupados com nossa vida digital. E como tudo na vida

digital é urgente e imediato, temos que atualizar as nossas conversas digitais e nos esquecemos de valorizar quem está diante de nós. Uma pesquisa publicada pela “Folha de São Paulo” diz que cerca de 62% dos americanos concordam que usar celular no restaurante “não é OK” (segunda-feira, 07 de setembro de 2015. A14 Folhainvest). Os americanos são os mais conectados do mundo e são os mais presentes nas redes sociais, e mesmo com essa demanda digital, eles não aprovam essa prática comum de se alimentar e ficar atento ao celular. Até parece que não conseguimos mais nos desvencilharmos dos aparelhos e focar nos relacionamentos saudáveis. A geração digital é cada vez mais hedonista, narcisista e

egoísta e, no fundo, sente falta de relacionamentos sólidos e duradouros, mas não valoriza as pessoas presentes e, sim, as pessoas que estão online. Valorizemos, pois, a boa comida, o cheiro agradável do prato, a mistura de sabores, da amizade e da companhia. Desconecte e viva a interação social e aproveite para fazer uma refeição com seus familiares e amigos, e depois você volta para a vida digital, que é fácil de acessar. Contudo, a vida social precisa de investimento. Aproveite as pessoas e deixe a vida digital para depois do almoço. O mundo não vai parar só porque você desligou seu smartphone para almoçar. Desligue, desconecte-se e ore. Celebre a amizade e bom apetite.

Refeição conectada Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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ivemos na era digital e esta geração está cada vez mais conectada. Os aparelhos tecnológicos são sedutores, os smartphones e os tablets são alvos das compras dos brasileiros. A cada dia, as pessoas querem se atualizar e, por isso, ficam ligadas nas telas à procura de informação e interação social. A internet está provocando muitas possibilidades de contato, encurtamento das distâncias, facilidade de comunicação e tem favorecido a busca pelo conhecimento. Quem nunca, em nossos dias, não ficou irritado com alguém sentado à mesa mexendo no smartphone? Os donos dos restaurantes e

lanchonetes se dividem. A maioria disponibiliza senhas do wifi para que os clientes possam estar conectados; outros não disponibilizam acesso à internet e colocam placas dizendo: “Não temos wifi, conversem entre vocês”. Estamos tão conectados, mas tão conectados, que não sabemos mais viver sem os smartphones. Eles estão em nossas mãos em todos os lugares. Nossa dependência é tanta, que hoje há pessoas ensinando, através de vídeos, como higienizar os aparelhos, pois a maioria leva os aparelhos para o banheiro. As mulheres aproveitam o espelho e tiram foto, e os homens ficam vendo as últimas notícias de futebol. Já na mesa, nas horas das refeições, as pessoas ficam


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Contando a Nossa História Pr. Francisco Bonato Pereira, historiador, da Comissão de Historia da CBPE e do IAHGP - Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano

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PIB do Recife (1886): O Cristianismo Batista no Recife - PE

rganizada a Igreja Batista de Santa Bárbara, em São Paulo (1871), por imigrantes do Sul dos Estados Unidos, o espírito missionário despertou neles o desejo de pregar a Mensagem de Cristo aos habitantes da nova pátria. Nesse sentido, enviaram pedidos à Convenção Batista do Sul (Betty Antunes de Oliveira, 141-143), foram atendidos com o envio dos missionários Ann Luther e William Buck Bagby (1881) e Kate Crawford e Zacarias Clay Taylor (1882). Encontraram o pastor Antonio Teixeira de Albuquerque na Igreja Batista em Santa Bárbara e, com ele, aprenderam a Língua Portuguesa e os hábitos da terra. Viajaram pelo país, buscando orientação divina para iniciar a divulgação da Grande Comissão no Brasil. O Espírito de Deus, quando em Minas Gerais, os orientou a se dirigir a cidade de Salvador, na Bahia, a antiga capital da colônia. Os Bagby – Ann e William – os Taylor – Kate e Zacarias -, acompanhados de Antonio Teixeira de Albuquerque e da família se

transferiram para Salvador, na Bahia, em junho de 1882, onde iniciaram a pregação da Palavra Sagrada, e em 15 de outubro de 1882, organizaram a Igreja Batista na Bahia. Era a terceira agência do Reino de Deus fundada pelos Batistas no Brasil, depois da Igreja Batista Santa Barbara e da Igreja Batista Estação. Dois anos depois, os Bagby mudaram para a capital do Império, onde organizaram a PIB Rio de Janeiro, com quatro membros (1884). Enquanto Bagby e Taylor pregavam em Salvador, Albuquerque fazia contato com amigos de Alagoas, enviando noticias da sua vida e um texto expondo sua situação: “Três Razões porque deixei a Igreja de Roma”. O panfleto gerou curiosidade e abriu espaço para Teixeira vir a Alagoas pregar. Seis pessoas se converteram e foram batizadas por Taylor, sendo organizada a Primeira Igreja Batista Maceió (1885), a quarta do Brasil. Taylor, antes de ir Maceió, foi ao Recife, em busca de um amigo de Teixeira de Albuquerque - Wandragesilo

de Mello Lins, de convicções cristãs, mas não batizado. O contato foi feito e Taylor indagou de suas convicções cristãs e obtendo a declaração de fé, o batizou por imersão, no Rio Morno, em Beberibe e o levou a Maceió para organizar a PIB Maceió, em 17 de maio de 1885, com dez membros (“Asa Routh Crabtree”, 1937, pág. 64-66). Mello Lins foi consagrado ao Ministério da Palavra em Maceió (maio/1886). Mello Lins foi enviado ao Recife para pregar o Evangelho e plantar a Congregação Batista. Esta foi organizada na Rua Direita, nº 120, bairro de São José, em novembro 1885, por Melo Lins, com quatro pessoas: ele, a esposa Luiza Mello Lins e dois convertidos - João Francisco de Souza e João da Cruz Lima (“Leonice Ferreira”, 2003, pág. 21). A chegada dos missionários Lena Kirk e Charles David Daniel ao Recife se deu em 30 de março de 1886. Empolgado com a obra, o missionário Daniel organizou a Igreja Batista do Recife em 04 de abril de 1886, tendo por membros

Charles David Daniel, Lena Kirk Daniel, Wandrejasello de Mello Lins, Luiza do Nascimento Mello Lins, João Francisco de Souza e João da Cruz Lima, com o nome de Igreja de Cristo no Recife, denominada Baptista, com templo na Rua Direita, 120, São José, Recife - PE. Três meses depois Daniel transferiu-se para a Bahia e Mello Lins assumiu o pastorado. Mello Lins, em 1886, batizou 13 convertidos e o rebanho alcançou 30 membros (1889). Um incidente com um membro da Igreja levou Taylor a afastar Mello Lins do pastorado (1889). Sem pastor, o rebanho se dispersou. Três anos após a Igreja ficar sem pastor, apesar das visitas de Taylor, os membros se dispersaram (1888). William Entzminger e Salomão Ginsburg foram enviados ao Recife, onde buscaram as ovelhas e recuperaram 20 dos membros. O conhecimento de Ginsburg e sua experiência da cidade ajudaram na pregação do Evangelho e acresceram nove convertidos ao grupo novo. O rebanho, reunidos por Entzminger e Ginsburg

foi reorganizado como Igreja Batista do Recife em 25 de julho de 1892, sendo eleito William Edwin Entzminger como pastor, Antonio Pacheco como secretário, Manuel Henrique como tesoureiro e João Batista de Oliveira como diácono. (“Ferreira”, 2003, pág. 35). A Igreja foi reorganizada no Cais do Ramos, depois mudou para a Rua das Hortas, nº 18 e para Rua da Aurora, 43 e, finalmente, para a Rua Formosa, 21, hoje Avenida Conde da Boa Vista, nº 163, Boa Vista. Entzminger trouxe a esposa e fixou residência no Recife na Rua da Intendência, nº 20. Entre o rebanho, recrutou cinco auxiliares com os quais expandiu a pregação do Evangelho nos bairros e nas cidades de Goiana, Nazaré da Mata e Paudalho. Ao deixar o Recife (1900), deixou no estado seis Igrejas e várias Congregações. Entzminger foi sucedido por Salomão Ginsburg (19001909), que expandiu a obra no estado e em Alagoas. O Evangelho, proclamado aqui, alcançou a Paraíba e o Rio Grande do Norte.

Salomão Ginsburg

William Edwin Entzminger

Wandragesilo de Mello Lins

Zacarias Taylor

PIB Recife, Templo 1903


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missões nacionais

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Relacionamento discipulador facilita evangelização na comunidade ribeirinha

s missionárias do Radical Amazônia Hanna Caroline Barros e Maria Eliza Gaia relataram um pouco da grande obra que Deus tem feito entre os ribeirinhos. O trabalho feito pela Junta de Missões Nacionais na Amazônia tem transformado vidas, levando a mensagem de salvação às pessoas que moram distantes dos grandes centros urbanos. “O que Deus tem feito no estado do Amazonas através da vida de cada missionário, radical e voluntário tem revelado para este povo o grande Amor do Senhor”, comparti-

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Crianças ribeirinhas têm sido evangelizadas por radicais

lhou Maria Eliza. O trabalho na comunidade de Nogueira, no município de Tefé, está crescendo conforme

a vontade do Senhor. Ele tem feito brotar a semente do Evangelho nos corações e é gratificante ver pessoas interessadas

no Evangelho e que abrem suas portas para compartilhar o Amor de Deus com nossos missionários. As radicais trabalham com as mulheres da comunidade, ensinando técnicas de artesanato e, através dessas reuniões, elas têm a chance de compartilhar a Palavra de Deus. Além disso, é uma forma de dar nova oportunidade de renda para algumas dessas mulheres. “Deus tem nos dado o Seu poder e graça para discipular aqueles que estão a nossa volta. Através do lado a lado com as pessoas e da comunicação do Evangelho, temos visto o agir

de Deus na vida das pessoas, muitos têm se rendido aos Pés do Senhor e realmente têm se tornado verdadeiros discípulos de Cristo”, contou Hanna. As missionárias também têm a oportunidade de trabalhar com as crianças da comunidade, transmitindo, além do Evangelho, valores familiares e educacionais. Somos gratos a Deus pelos que contribuem com essa obra e têm ajudado para que o Nome de Jesus continue a ser levado a cada comunidade ribeirinha e cidade da Amazônia Brasileira. Seja um parceiro do Projeto Amazônia!

Funcionando ao ar livre, Igreja multiplica discípulos em Barreiras, sertão da Bahia

êm sido tempos de lutas e muitas vitórias no Sertão Nordestino. O missionário da JMN Márcio Kleber Miranda tem visto os grandes feitos de Deus com o povo de Barreiras-BA. Em dois anos no trabalho de plantação de Igrejas, 14 comunidades foram alcançadas, 40 pessoas batizadas, 10 líderes locais foram treinados e diversos projetos sociais foram iniciados. “Sem bancos, sem púlpito, sem mesa, sem instrumentos. Mas Deus tem derramado

Plantação de Igrejas no Sertão Nordestino tem dado resultados

do seu Espírito e hoje as lágrimas de temor e incapacidade cessaram. Carrego no meu coração a gratidão a Deus pelo cuidado e pela capacidade de fazer a dife-

Igreja em Barreiras - BA funciona ao ar livre

rença na vida de dezenas de pessoas no sertão, que antes tinham seus corações secos, endurecidos pelas situações petrificantes vividas”, relatou o missionário.

Os projetos sociais têm abençoado a comunidade. Nesse tempo de trabalhos, os missionários desenvolveram a escolinha de futebol, escola de dança e teatro, promoveram

aulas de alfabetização para a 3ª idade, reforço escolar e oficinas de pintura em tecido, além do “Projeto Identidade”, que tem o objetivo de resgatar a identidade da mulher sertaneja. “Hoje, as minhas lágrimas são de emoção, de felicidade. Não consigo conter a explosão de sentimentos que vivo em acompanhar cada sertanejo sendo alcançado pelo poder do Evangelho, reconstruindo suas famílias, suas vidas e reconquistando os sonhos”, completou o missionário Márcio.


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o jornal batista – domingo, 26/02/17


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Acampamento Nacional de Verão dos Embaixadores do Rei -

ANVER -SS 2017 - volta para o Sítio do Sossego - RJ

Fotos: Lucas Tavares e Junior Moraes

Acampantes da primeira semana

Conselheiros do Mato Grosso do Sul e o pastor Vanderlei Marins, presidente da CBB

Culto ao redor da fogueira

Missionário Diego, da JMM, compartilhando experiências com os ERs

DENAER

A

frase “Não existe lugar como nosso lar” expressa o verdadeiro sentimento que invadiu o coração dos Embaixadores do Rei e conselheiros que estiveram presentes no Acampamento Nacional de Verão dos Embaixadores do Rei (ANVER 2017). Depois de um ano longe, o ANVER volta a ser realizado no Quartel General dos Embaixadores do Rei, o Acampamento Batista Sítio do Sossego, situado na cidade de Casimiro de Abreu, no Rio de Janeiro. Sob o tema “Embaixadores anunciando o Reino de Deus”, acampantes de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal se fizeram presentes, contabilizando cerca de 500 acampantes, que estiveram presentes em duas semanas de acampamento. A Primeira semana aconteceu entre os dias 09 e 13 de janeiro de 2017 e foi dirigida pelo CER Jairo Peixoto (Distrito Federal) e CER Filipe Nasser

(Espírito Santo). A segunda semana aconteceu entre os dias 16 e 20 de janeiro e foi dirigida pelo CER Raphael Sobrinho (Carioca) e CER Tiago Pedra (Paraná). Divididos por faixas etárias, os meninos participaram de uma programação bem extensa durante o ANVER. Os acampantes realizaram atividades espirituais e esportivas, com momentos missionários, quando são compartilhadas experiências missionárias dos campos. Este ano, a prova do livro missionário foi sobre a vida da missionária Marcolina Magalhães. Nas celebrações noturnas, tiveram momentos de louvor e mensagem, além do concurso de peças bíblicas. Os melhores Embaixadores do Rei de cada núcleo etário são condecorados com a medalha de “Acampante de Honra”, e dentre os acampantes são destacados aqueles meninos que foram, dentre os acampantes, os melhores, que são condecorados com placas de “Az do núcleo”. Outra atividade é a gincana entre as embaixadas, que ao final do

acampamento, são premiadas as cinco melhores embaixadas por semana. Este ano, a colocação ficou a seguinte: 1ª semana: 1º lugar: Igreja Batista Central de Taguatinga - DF 2º lugar: Terceira Igreja Batista de Planaltina - DF 3º lugar: Primeira Igreja Batista no Setor O - DF 4º lugar: Segunda Igreja Batista do Rio de Janeiro (Carioca) 5º lugar: Igreja Batista Central em São João De Meriti (Fluminense) 2ª semana: 1º lugar: Primeira Igreja Batista de Nova Iguaçu (Fluminense) 2º lugar: Primeira Igreja Batista em Jardim Mariléa (Fluminense) 3º lugar: Primeira Igreja Batista de Dourados - MS 4º lugar: Igreja Batista Monte Sinai - MS 5º lugar: Igreja Batista Nova Aurora (Carica) Destacamos também que, neste tempo, a nossa denominação tem voltado seu

olhar para a Organização Embaixadores do Rei. Tivemos a presença dos pastores Vanderlei Marins e Sócrates Oliveira (presidente e diretor executivo da Convenção Batista Brasileira, respectivamente), pastor Silvio Camilo, pastor Kelson Franco e o missionário Diego (Junta de Missões Mundiais), pastor Samuel Moutta e pastor Renato Ouverney (Junta de Missões Nacionais). Ainda não estamos onde queremos e podemos chegar, porém, com a condução de Deus, e com o nosso coração disposto a trabalhar, levaremos a Organização Embaixadores do Rei a lugares inimagináveis, e faremos cada vez mais que meninos confessem a Jesus Cristo como Salvador. Ainda temos muito o que fazer pelo Sítio do Sossego. Nossa campanha de arrecadação de recursos continua, contamos com sua oferta e adoção a este projeto. Estamos desafiando as Igrejas, Departamento Associacional de Embaixadores do Rei (DAERs), Departamento Convencional de Embaixadores do Rei (DCERs), a adotarem a reforma de um

dos nossos núcleos. Fale com seu coordenador, mobilize as embaixadas do seu FORTE, DAER ou DCER, levante os recursos e mão de obra, e venha fazer a sua parte, pois o Sítio do Sossego é nosso! Continuaremos a investir os recursos oriundos da campanha e de locação nas reformas, adequações e ampliações do Sítio do Sossego. Caminharemos para regularização plena e adequação do nosso QG às exigências das legislações vigentes. Em 2018, realizaremos o ANVER do Jubileu de Vinho da Organização Embaixadores do Rei no Brasil - 70 anos. Será uma grande festa! Onde contamos com a presença da sua Igreja, FORTE, DAER e DCER para celebrarmos 70 anos, a serviço do Senhor Jesus, o nosso Rei. “Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (I Co 15.58 - NVI). Uma vez Embaixador?! Sempre Embaixador do Rei!


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Luau da ABC reúne 800 pessoas na praia do Recreio - RJ Tiago Monteiro, comunicação e marketing da Convenção Batista Carioca

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o primeiro fim de semana de fevereiro, centenas de adolescentes e jovens se aglomeraram nas areias da praia do Recreio dos Bandeirantes, na altura do posto 9, no Rio de Janeiro, para momentos de comunhão e celebração a Deus no evento anual dos Adolescentes Batistas Cariocas, conhecido como Luau da ABC. Brinquedos, equipe de louvor animada e mensagem edificante foram os ingredientes de uma receita que vem dando certo há dez anos, quando o Luau ainda dava seus primeiros passos. O evento vem ganhando notoriedade a cada edição e, por conta disso, há um claro aumento de público, mostrando que a programação atinge a necessidade de socialização entre os adolescentes. Neste ano, 800 pessoas participaram, entre adolescentes de várias Associações Batistas, seus pais, líderes e amigos.

Programação contou com brincadeiras, louvor e Palavra

Quem esteve presente notou que, embora o evento aconteça em local aberto, a capacidade de concentração e organização é de impressionar. O momento devocional abriu a programação. A equipe de louvor, formada pelos próprios adolescentes, deu conta do recado e conduz com maestria a adoração, mesmo com recursos sonoros limitados. Em seguida, vem o momento de reflexão com um pastor convidado. Este ano, a mensagem ficou a cargo de Rafael Rocha, pastor de juventude da Igreja Batista Monte Tabor, em Campo Grande-RJ. Usando o texto de Hebreus 12, Rafael incentivou os adolescentes a buscar pessoas que os inspirem a ter uma vida de acordo com o Evangelho. “Quando a Palavra diz que estamos cercados por uma

nuvem de testemunhas, o autor não queria dizer que tem gente fiscalizando sua vida. Ele quer dizer que há homens honrados, que viveram uma grande realidade de fé e que se transformaram em vidas inspiradoras. Deveríamos olhar para essas pessoas, que viveram uma causa, e nos inspirarmos nelas. Olhem para elas porque existe uma proposta, uma carreira para ser corrida”, disse o mensageiro. O adolescente Daniel de Castro afirma que eventos como o Luau precisam acontecer para facilitar o contato com pessoas de mesma fé, já que encontrar aceitação social ainda é uma tarefa difícil. “A época de escola é desafiadora. Você é cristão e está ali para falar para as pessoas o que você ouve na Igreja. Isso é muito difícil! Acho que o

preconceito e a falta de aceitação para com o evangélico é grande”, comenta Daniel. Segundo ele, a chave está na estratégia do discipulado, ou seja, na forma natural de aprender e ensinar os princípios do Evangelho. “Se você não tiver isso, você não tem uma base para explicar sua fé nos ambientes que vivemos”. Foi a primeira participação de Pablo Tavares no Luau da ABC. Ele, que neste ano assumiu a liderança dos adolescentes na Comunidade Batista Vida, aprova a utilização de estratégias atrativas para este público, especialmente se o foco está no relacionamento. “O mundo é tão atraente para o adolescente e aqui nós temos uma forma atrativa para que eles encontrem pessoas de mesmo foco. De maneira geral, creio que o principal desafio está no discipulado porque a gente tem que aprender a andar junto deles. Eles querem e precisam ser ouvidos. Às vezes a família deixa de ouvi-lo e a gente, como líder e pai espiritual, tem que aprender a ouvir e mostrar que

eles são importantes”. O coordenador do departamento Adolescente Batista Carioca, Marcus Vinicius Cabral, afirma que o luau se tornou um marco entre os adolescentes. Depois de tantas edições, continua sendo um evento forte e bastante cobrado. “O luau, além de promover a unidade, acaba sendo um evento de abertura das atividades das Associações. Do luau, o líder da Associação já marca as atividades regionais. Safira e Ilha do Governador, por exemplo, fizeram assim. Isso marca a união das Igrejas, como Corpo de Cristo, falando de Jesus e apoiando umas às outras”. As atividades do departamento de Adolescentes da Convenção Batista Carioca costumam ser comunicadas, primeiramente, pelo Facebook. A página www.facebook.com/adolescentecarioca não é apenas uma central de informações para a faixa etária, mas acaba sendo também um espaço para comunhão e edificação. A galeria de fotos do Luau da ABC já se encontra disponível nesta fanpage.

Ensino de Educação Religiosa avança em Pernambuco

Fotos: Acom/ Adec CBPE

Acom CBPE Região Metropolitana Com o tema “Anunciando o Reino com o Poder de Deus”, alinhando-se assim a Convenção Batista Brasileira (CBB) em 2017, a Convenção Batista de Pernambuco, através de sua Área de Desenvolvimento de Educação Cristã (Adec), deu início ao seu calendário de capacitações. A primeira do ano foi o Encontro Pedagógico – Capacitando líderes para uma ação estratégica – Região Metropolitana do Recife, no dia 14 de janeiro. O evento aconteceu no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Ao todo, 327 pessoas de 60 Igrejas e Congregações de 14 Associações Batistas estaduais participaram da capacitação, que abordou os grupos: Capacitação para Ministério Infantil nas faixas etárias de 0 a 4 anos, 5 e 6 anos, 7 e 8 anos, 9 aos 12 anos; Confecção de Material Didático; Ministério com Adolescentes; Jovens; Adultos e 3ª idade. Em parceria com

Sertão – Treinamento para EBF alcançou 34 líderes e abençoou 189 crianças

a Área de Missões Estaduais (AME), houve a oficina para Promotores de Missões e Capacitação para Ministério com Surdos. Já na Área de Comunicação (Acom), foi ministrada a oficina Ministério de Comunicação na Igreja – design e diagramação. Houve também Ministério de Ação Social na Igreja, tendo à frente a Associação Batista de Ação Social (Abas). Ainda houve também capacitações de Projeto Pedagógico para a Igreja, tesoureiros e Pequenos Grupos Multiplicadores. Região Agreste Já no dia 28 de janeiro, a CBPE/Adec pegou a estrada rumo a cidade de Caruaru, Agreste pernambucano. Lá também foi realizado o Encon-

Recife – No Recife, 327 líderes ministeriais estiveram presentes

tro Pedagógico – capacitando líderes para uma ação estratégica, na PIB Caruaru. Na ocasião, 140 líderes de 21 Igrejas e Congregações de três Associações puderam se capacitar para melhor desenvolver seu ministério em suas Igrejas locais. Entre as capacitações, houve grupos de interesses para professores de crianças entre 0 e 4 anos, 5 e 6 anos, 7 e 8 anos, 9 aos 12 anos; Adolescentes; Jovens; Adultos e Terceira Idade; Projeto Pedagógico para a Igreja; Tesoureiros; Uso de Recursos didáticos com crianças de 0 a 6 anos; Confecção de Material Didático para Crianças de 7 a 8 anos e 9 a 12 anos; Planejamento de EBF; Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs); Promotores de

Caruaru – Em Caruaru, capacitação alcançou 140 lideranças de 21 Igrejas

Missões; Ministério de Ação Social na Igreja e Ministério de comunicação na Igreja. O pastor Fernando Roque, da Igreja Batista Memorial em Caruaru e presidente da Associação Batista Agrestina, hoje composta por 29 Igrejas da região, reforça que o encontro “Superou as nossas expectativas” e que é preciso “Valorizar mais o trabalho da nossa denominação” e assim fortalecer “Nossa doutrina, princípios”. Sertão pernambucano Avançando pelo estado, a CBPE/ Adec esteve de 18 a 22 de janeiro, na cidade de São José do Belmonte, Sertão pernambucano. Na ocasião, foi oferecido um mutirão de Educação Religiosa, especifi-

camente para a realização de Escola Bíblica de Férias (EBF). Nos dias 18 e 19, as lideranças ministeriais puderam realizar Oficinas de Capacitação para Líderes do Ministério Infantil e realização de uma EBF. Ao todo, foram capacitados 34 líderes de várias denominações, inclusive, até do estado do Ceará. Já nos dias 20, 21 e 22, os capacitados puderam colocar a teoria em prática com a realização de uma EBF na PIB em São José do Belmonte, com a participação de 189 crianças de todas as idades. Momentos de aprendizado da Palavra de Deus e muita diversão. Parabenizamos a professora Aparecida Diniz, coordenadora da Adec e sua equipe pela realização.


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missões mundiais

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Centro Batista em Camaragibe-PE recebe promotores de Missões Mundiais Assessoria de Comunicação - Convenção Batista de Pernambuco

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issões Mundiais promoveu de 03 a 05 de fevereiro, em Camaragibe-PE, o Acampamento de Promotores da Região Nordeste 2017. O encontro aconteceu no Centro Batista de Treinamento e Lazer e contou com a participação de 160 promotores voluntários de missões de Igrejas dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe. Abraçando o tema “Leve esperança até que Ele venha”, o acampamento buscou oferecer aos participantes “Ferramentas para ajudá-los na promoção na sua Igreja local”, explica o pastor João Marcos Florentino, missionário mobilizador da JMM. Na ocasião, foram discutidas técnicas e metodologias para a melhor aplicação do kit da Campanha, de forma

a potencializar seu uso e seu alcance evangelizador. O acampamento também ofereceu a oportunidade de ter contato diretamente com missionários da JMM e assim “Conhecer a realidade do campo missionário”, reforça o pastor Florentino. “É um encontro onde trabalhamos o coração deles para que possam mobilizar a Igreja”, diz. De acordo com o pastor Adriano Borges, também mobilizador da JMM, “Muitos de nós não temos as informações reais do que ocorre no campo. Então, quando o missionário chega e fala de todo esse contexto, isso enriquece muito o promotor”. Participaram o missionário Caleb Mubarak (Oriente Médio), Silvia Lima (Radical África) e o casal Abinadabe e Mirella Pires, da Igreja Batista Capunga (Recife-PE) e ambos médicos que atuaram em viagens do Tour of Hope. “A figura do promotor é

Foto: Paula Basso

Ao todo, 160 promotores de cinco estados do Nordeste participaram de acampamento em PE

fundamental para que a gente tenha forças”, como também para “Tirar realmente as pessoas do banco da Igreja para estarem indo e fazer missões”, enfatiza Mirella. Para Abinadabe, “Só o Amor de Deus para fazer com que a gente saia do conforto do nosso lar, do amparo da família, da terra que a gente conhece, da língua que a gente fala para uma terra totalmente desconhecida em nome do Senhor Jesus, para levar o amor dEle”. Também estiveram presentes os pastores Israel Guerra Filho (segundo vice-presidente da Convenção Batista de Pernambuco), Maurício Manoel (coordenador de Missões Estaduais da Convenção Batista de Pernambuco), Jo-

nas Bispo (secretário executivo da Convenção Batista Alagoana) e João Félix (coordenador de Missões da Convenção Batista Paraibana). A JMM trabalha com quatro pilares: orar, ofertar, ir e mobilizar. É na figura do promotor que isso se torna possível a partir da realidade da Igreja local. “Eles precisam ser a nossa voz, o nosso coração, os nossos desafios. Eles precisam ser o rosto da JMM. Nós encaramos o promotor como um missionário nosso, fazendo missões no Brasil, para que missionários possam ir pelo mundo desenvolver o seu chamado de tempo integral”, avalia o pastor Alípio Coutinho, coordenador de

Promoção e Mobilização Missionária da JMM. Durante todo o evento, os participantes foram desafiados a interceder por missões em todo o mundo, ouviram palestras e testemunhos edificantes e puderam ficar por dentro dos desafios e conquistas da JMM. “Está sendo muito importante para mim, pois é uma oportunidade de reacender a chama de missões e levar para nossas Igrejas essa importância”, reflete Mariza Ferreira, da Igreja Batista Queimadas-PB. “É um despertar. Estamos vivenciando experiências únicas, e eu acredito que assim nós vamos poder levar nossa Igreja a vivenciar missões”, reforça Renata Marinho, da Primeira Igreja Batista Carpina-PE. “Nós consideramos o promotor de missões na Igreja como aquele que alimenta os corações dos que amam missões”, finaliza pastor Adriano Borges.

Ucrânia: missão de ir e fazer ir Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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reparar uma nova geração de missionários tem sido algo presente no ministério de Lyubomyr Matveyev, que busca cumprir o Ide de Cristo, mas também contribui para que mais vocacionados façam o mesmo. O ucraniano Lyubomyr, que veio ao Brasil de 1998 a 2004, quando voltou a seu país para pregar o Evangelho, agora prepara jovens e adolescentes líderes para alcançar novas nações. E assim também foi com a família missionária Konstantinniki, de ucranianos atuantes na Papua Nova Guiné. Há quatro anos, nesse país da Oceania, alguns resultados foram alcançados. E para compartilhar com o público essa experiência, o casal Ievgueniy e Irina Konstantinniki reuniu em um livro as principais experiências desse tempo no campo. A obra é fruto de um incentivo de Lyubomyr, que

Lyubomyr em capacitação de jovens missionários na Ucrânia

há aproximadamente sete anos disse ao casal, mesmo antes de ir definitivamente para o campo, escrever algo a cada dia ou, pelo menos, manter um diário com as histórias mais marcantes. “Hoje, em 2017, nós temos nas mãos o tão sonhado livro, com o título ‘Os sonhos acontecem quando cremos: a incrível história do ministério de uma família missionária na Papua Nova Guiné’. Eu escrevi o prólogo, incentivando os leitores a se unir à obra missionária das mais diversas formas”, conta Lyubomyr. A publicação do livro se torna ainda mais especial pelo fato de ser o primeiro a contar

as experiências de missionários ucranianos em um país distante em toda a história dos Batistas da Ucrânia, que já tem mais de 150 anos. E ele é para o contexto local. A primeira edição contou com cerca de 2 mil exemplares, e o valor de venda é quanto o leitor puder contribuir, “Porém, com a explicação de que os recursos da venda serão usados para arcar com os estudos na escola missionária para três irmãos em Cristo papuásios que foram batizados há pouco tempo por nossos missionários: Djoshua, Manacia e Djeremaiya”, diz Lyubomyr. “As pessoas têm pago pelo livro preços muito mais eleva-

Igreja ucraniana investe em missões na Papua Nova Guiné

dos do que o custo e transformado esses valores em suas ofertas missionárias”, destaca. Lyubomyr também tem se dedicado ao treinamento e capacitação de jovens e adolescentes líderes nacionais através de encontros, palestras, aulas, mensagens e conferências. O acontecimento mais recente nesse sentido durou cinco dias, quando Lyubomyr foi a Lviv (cidade no oeste da Ucrânia e que fica a mais de 600 quilômetros de Kiev, a capital e onde mora o missionário) para dar aulas de missiologia a 24 alunos de quatro estados ucranianos, todos jovens vocacionados.

“Pela primeira vez na vida, eu me senti um homem maduro e com idade respeitável, porque a idade média de meus alunos era de apenas 18 anos”, relata Lyubomyr, de 40 anos, casado e pai de dois filhos. “O que mais alegrou meu coração foi o fato de que eles vieram não para terminar o curso e receber a melhor nota, mas sim com seu chamado, e eu pude servir para eles como instrumento na tomada da decisão final: tornar-se um missionário em uma cultura e país distantes da terra natal”, ressalta. Logo após essa capacitação, dois alunos foram ao Quênia, país no leste africano, para uma viagem de um mês. “Eles desenvolveram muitos projetos com os mais variados focos, juntamente com outros cinco jovens de outras Igrejas Batistas ucranianas. Agora estão de volta fazendo promoção missionária nas Igrejas de todos os estados do país. Nossa Igreja, em Kiev, se envolveu para sustentá-los em oração e jejum nesse período”, conclui.


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Reino avança! Projeto Pés no Arado 2017 é realizado em Brasília-DF

Comunicação JBB

“Até que toda a terra ouça sua voz, Até que soe a trombeta, Até que todos os povos sobre a terra conheçam sua salvação, Continuaremos trabalhando.”

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os dias 06 a 16 de janeiro de 2017, Brasília-DF recebeu o Projeto Pés no Arado, criado pela Juventude Batista Brasileira (JBB). O evento contou com a participação de 56 voluntários. O objetivo é compartilhar o Amor de Deus nas diferentes comunidades e também sentir de perto a necessidade local. Jovens de várias partes do País participaram nos dois primeiros dias de um treinamento. Este ano, a base para o treinamento foi a Primeira Igreja Batista do Guará, cidade-satélite de Brasília. Os vo-

Participantes compartilharam o Amor de Deus

luntários foram divididos em quatro equipes e distribuídos para cidades próximas como Brazlândia, no Distrito Federal; Águas Lindas, Formosa e Pôr do Sol, em Goiás. As equipes foram muito bem recebidas por cada Igreja nesses locais e aplicaram tudo que aprenderam durante o treinamento. Foram oferecidos à comunidade serviços, como Dia da Beleza, EBF, Kids Game, Espaço Saúde, Dia da Bondade, entrega de

fraldas descartáveis para um bebê, serenatas em hospitais e praças, festas de aniversários, evangelismo pessoal e muitas ações onde o Amor de Deus pode ser demonstrado. Foram dias intensos onde não só a comunidade ganhou, mas os voluntários também, que se dispuseram em sair das suas Igrejas e viver uma experiência maravilhosa em cada campo. Servir a outras pessoas que nunca antes tinham visto fez com que cada jovem sen-

Evangelismo pessoal foi uma das ações desenvolvidas

tisse a necessidade de ajudar quem tem menos condições e anunciar o Evangelho de Jesus que salva e liberta do pecado. Em algumas cidades de Goiás, os jovens também vivenciaram a realidade do racionamento de água e da escassez de recursos. Todas as experiências vividas durante o Projeto em cada campo missionário foram compartilhadas no Culto da Vitória, na PIB do Guará, no dia 16 de janeiro. Um momento único, de agra-

decer ao Senhor pelos dias de desafios e vitórias nos campos de atuação missionária. O Projeto ainda ganhou uma música oficial criada por uma das equipes, que ressaltou a importância de servir e viver o Amor de Jesus. Se você gostou de saber sobre o Projeto, ore por ele e fique de olho no site da JBB para se inscrever para o próximo “Pés no Arado”, uma oportunidade para sentir o sobrenatural de Deus!

JUBERJ realiza Projeto Missionário PROMISS 2017

Fotos: Gabriel Oliveira

Amnom Lopes, presidente da JUBERJ

“O meu lugar será onde Deus quiser me levar”.

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os dias 21 e 22 de janeiro de 2017 aconteceu o PROMISS, Projeto Missionário da Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro (JUBERJ) - em parceria com o departamento de Evangelismo e Missões (DEM) da Convenção Batista Fluminense, na Primeira Igreja Batista em Bairro São João, na cidade de Casimiro de Abreu - RJ (divisa com Rio das Ostras). O Projeto contou com 27 missionários, alguns destes pastores, de diversas cidades do estado, das regiões Centro, Baixada-Fluminense, Sul e da própria Região dos Lagos, além dos próprios membros da Igreja envolvidos por inteiro na evangelização de sua comunidade. As estratégias de atuação foram planejadas e coordenadas pelo pastor Alexandre So-

Trabalho atendeu mais de 70 crianças

ares, missionário da Convenção Fluminense, e Amnom Lopes, presidente da JUBERJ. Os missionários chegaram na manhã de sábado, e com um simples culto onde todos se conheceram e receberam as instruções iniciais, foram enviados em grupos de serviço. De porta em porta, dezenas de famílias foram abordadas e centenas de pessoas foram convidadas ao arrependimento através da mensagem de esperança, o Evangelho de Jesus Cristo. Cerca de 10 visitas pré-agendadas a famílias com enfermos ou pessoas em

desespero ouviram sobre a Verdade que liberta. O trabalho infantil aconteceu na tarde de sábado e manhã de domingo. Os voluntários assistiram cerca de 75 crianças, dentro destes dois dias. Na noite de sábado, foi realizado um luau em que a comunidade pôde participar junto à Igreja e os missionários. E na noite de domingo, durante o culto de encerramento do Projeto, com a participação da equipe de trabalho e pregação do pastor Alexandre, três pessoas aceitaram Jesus.

Missionários de diversas áreas do Rio de Janeiro colaboraram com o evento

A Primeira Igreja Batista em Bairro São João é liderada pelo pastor Robson Lourenço e sua esposa, irmã Alda dos Santos. Possui menos de um ano de existência, tendo sido ordenada em meados de 2016. Sua membresia é quase toda formada por novos convertidos, e conta com as orações e apoio dos irmãos e irmãs espalhados por todo o nosso País. “Foram dois dias vividos de forma bem intensa, conhecendo a necessidade de pessoas sedentas pela Palavra de Deus. Em contrapartida, conhecemos pessoas feridas

com a Igreja, e quando me refiro a Igreja, me refiro a pessoas, que tem deixado de cumprir o seu papel, o Ide. Estamos enclausurados dentro de um templo, esperando o pecador entrar. Como primeira vez em um trabalho missionário, foi grande experiência, e a confirmação do meu papel no Reino de Deus. Que nossa juventude se volte para missões, que seja além de um mês na Igreja, mas seja a nossa realidade de vida”, declara a participante Jéssica Alves, membro da Primeira Igreja Batista de Paracambi-RJ.


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ponto de vista

Viver é Cristo “Porque para mim o viver reina em sua vida. Agora, o é Cristo, e o morrer é lucro” seu viver é o viver de Cristo Jesus. Ele é o discípulo que (Fl 1.21). negou-se a si mesmo, tomou aulo estava em Roma, a cruz e seguiu a Cristo (Mapreso e condenado à teus 16.24-27). O que mais morte, quando com- lhe interessa é fazer a vontapartilhou este belís- de do Mestre neste mundo. simo verso aos irmãos da A sua linguagem é do amor Igreja em Filipos, na região que tudo sofre, tudo crê, da Macedônia. Este texto nos tudo espera e tudo suporta (I ensina que, para o cristão, Coríntios 13.4-8). Os seus reviver é uma experiência do lacionamentos são marcados alto, de uma vida governada pela mansidão, humildade e pelo Senhor. É ser absorvi- perdão. A vida que ele vive é do pela vida de Cristo. Ele uma vida de fé na suficiência foi crucificado, morto e res- de Cristo (Romanos 1.17). O seu viver é Cristo. Os surreto com Cristo (Gálatas 2.20; Cl 3.1-4). O seu ego foi seus interesses são os de Crisdescentralizado e deu lugar to. Ele é um súdito do Rei a Cristo. É o Salvador que a servir com amor aos que

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sofrem, aos maltrapilhos, aos alijados pela sociedade espartana. A sua percepção do sofrimento do próximo não o deixa omisso e nem postergar a ajuda. Ele foi alcançado pela graça e deseja ardentemente buscar outros com a mesma graça, transmitindo-lhes o Evangelho de Jesus. Ele crê que Deus pode operar tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua vontade (Filipenses 2.13). Sabe que a obra no coração do homem só o precioso Espírito pode realizar (João 16.8-11). Para o cristão, o viver é Cristo, revelando ao mundo o Seu amor incondicional e insubstituível. Como o sama-

ritano da parábola de Jesus, ele vê o ferido e o socorre com o Amor de Cristo. O seu interesse é que Cristo seja engrandecido em tudo o que ele faz. Para ele, a glória é sempre de Cristo. O Senhor Jesus é a sua suficiência e o seu prazer. Ele possui a alegria do alto, do céu, que vem do trono da graça do Pai. O seu prazer é servir, mesmo que isso lhe custe a vida. Ele sabe que a sua vida pertence a Cristo, pois é o seu Salvador e seu Senhor. Como escravo de Cristo ele não tem direito sobre a sua vida, pois ele vive a obediência incondicional. Neste mundo tão egoísta, consumista, estilista e

seletivo, o cristão genuíno anda na contramão, vivendo uma vida de amor, liberalidade, doação, simplicidade e compaixão. Quando Cristo é o centro da vida, tudo o mais obedece às Suas prioridades. Viver para o cristão autêntico é servir em vez de ser servido; amar em vez de ser amado, perdoar em vez de ser perdoado e aceitar incondicionalmente em vez de buscar aceitação. Viver em Cristo é andar em contentamento e liberalidade. Viver Cristo é morrer a cada dia para si mesmo. Que cada um de nós diga: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1.21).

Conversão do último apóstolo Marinaldo Lima, pastor, colaborador de OJB Ele era dedicado, zeloso e leal À sua religião histórica e milenar. Na sua Nação não havia um igual; Em consagração era sem par. Nascido em Tarso, colônia romana, Foi instruído aos pés de Gamaliel. Aprendeu toda a lei e os profetas E a Iavé julgava ser fiel. Aos seguidores de Jesus ele odiava; Sentia pelos cristãos verdadeiro asco. Mas uma grande transformação ocorreu Quando ele estava indo para Damasco. Responsável fora pela cruel morte De Estevão, o primeiro mártir cristão. Apedrejado a mando dos judeus Por uma impiedosa multidão. Pedira cartas ao sumo sacerdote E a Damasco estava se dirigindo Para prender os discípulos do Senhor Alimentado pelo seu ódio infindo. Quando caminhava veio subitamente Do céu um resplendor, com grande luz. Caiu, e ajoelhado na estrada, Ouviu a voz do Senhor Jesus: “Saulo, Saulo por que me persegues?” Atônito, respondeu: “Quem és Senhor?” “Eu sou Jesus a quem tu persegues”; Ouviu a resposta do Redentor.

“Duro é para ti recalcitrar Contra os aguilhões”; continuou Jesus. Foi então que Saulo compreendeu Por que Cristo padeceu na cruz.

A Jerusalém Paulo voltou E com desconfiança foi recebido Pelos discípulos do Senhor, Pois era extremamente temido.

“Senhor que queres que eu faça?” Já convertido o homem perguntou. “Levanta-te e entra na cidade”; Foi assim que Jesus orientou.

Por Barnabé foi acolhido E levado à presença dos irmãos. Ouviram seu grande testemunho E foi contado entre os cristãos.

Ao levantar-se Saulo estava cego; Seus companheiros o conduziram à cidade. Três dias passou sem alimentar-se, Mas feliz por conhecer a Verdade.

Voltou à sua Terra Natal E ali em Tarso permaneceu. Mas quando o Senhor o chamou Prontamente ele atendeu.

Ficou na casa de um certo Judas. Por um irmão em Cristo foi procurado. Tratava-se de Ananias, morador da cidade, Pelo Senhor Jesus, já orientado:

Foi levado a Antioquia Pelo amado irmão Barnabé E lá exortaram os irmãos, Aumentando-lhes a fé.

“Irmão Saulo, o Senhor Jesus, Que te apareceu na viagem Enviou-me para te explicar O poder da Sua mensagem.

A Igreja daquela cidade Cresceu; foi extraordinário! E enviaram Saulo e Barnabé Como os primeiros missionários.

Neste momento voltarás a ver; Pelo Espírito Santo serás batizado. Eu te batizarei nas águas; Alimente-se e fique confortado.

Desde então pregou bastante; Foi viagem após viagem. Missionário aos gentios; Proclamando a real mensagem.

Ali mesmo na cidade de Damasco Paulo falou de Cristo com fervor. Tornou-se um cristão perseguido, Aquele que fora perseguidor.

O perseguidor do Evangelho Saiu das trevas para a luz. E tornou-se o último apóstolo Conforme o chamado de Jesus.


o jornal batista – domingo, 26/02/17

ponto de vista

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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

S

er líder sempre requer cuidados, não apenas voltados para o planejamento, técnicas e ferramentas de gestão, supervisão, avaliação continuada, etc., mas também para a maneira como o próprio líder se autoconsidera em relação ao cumprimento da missão da organização em que trabalha e aos parceiros de trabalho. Neste sentido, há um tempo, estudos sobre liderança buscam valorizar o líder-servo, isto é, já não se considera mais o líder como alguém que vive em um pedestal dando ordens soberanas a espera de obediência servil a toda prova, um tipo de líder autocrata e mandão que não se interessa em ouvir seus liderados e, muito menos, acredita no potencial, inteligência e criatividade deles. Líderes altivos, arrogantes, com sentimento de superioridade desenvolvendo um ambiente em que os outros

“Síndrome de artista!” precisam ser tutelados e devem viver com o pires na mão pedindo favores e o agradando em tudo (na linguagem popular “puxando o saco”). Em outras palavras, não há mais lugar para o conceito de “homem/mulher forte” de punho-de-ferro. Aliás, essa descoberta do “líder-servo” não é privilégio dos estudiosos contemporâneos de liderança (veja o livro “O monge e o executivo”), mas figuram como princípios ético-bíblicos da liderança há muito tempo. Precisamos reaprendê-los. No ministério da Igreja, este estilo de liderança altiva, arrogante, pode ser chamado de “síndrome de artista”, isto é, o líder, pastor, ministro de educação ou mesmo o de música, por ter (ou achar que tem) elevada capacidade técnica, acredita que tudo deve ser centralizado em seu comando e a partir do seu “trono”. A agenda da

Igreja, do departamento ou dos outros existe a partir de sua agenda, as prioridades são as suas, os sentimentos ou emoções válidas são as suas. Ele/ela é a medida de todas as coisas e vive “além do bem e do mal”. O pior é que, por causa de sua performance técnica, a soberba pode passar a ser o seu maior impulsor para os relacionamentos e convivência com os outros. Tudo gira em torno da ideia de que “sem mim nada podeis fazer”, pois acredita ser indispensável os seus toques mágicos, artísticos ou técnicos e, por causa disso, passa por cima da realidade dos fatos, que devem ser interpretados a partir de sua visão de mundo e de sua conveniência. A vida de quem tem a síndrome de artista não é movida por princípios elevados de altruísmo, respeito e diálogo, mas movida a partir de seus impulsos soberbos e arrogan-

tes, beirando a paranoia, a ponto de, se alguém discordar ou lhe der uma negativa, poderá se sentir imediatamente vítima e perseguido fazendo que a realidade dos fatos se converta aos seus caprichos e soberba. O portador da síndrome de artista, ao trabalhar para o Reino de Deus, não serve a Deus reconhecendo ser servo como seu instrumento, por meio do qual tem o desafio de motivar e mobilizar pessoas a também servir, pois o rei é o próprio Deus e não a técnica, a habilidade, o seu cargo. Em vez disso, sempre esperará ser reconhecido como “o grande”, o “magistral”, necessitando ser abastecido constantemente por agradecimentos, reconhecimentos e homenagens sem fim para aquecer e inflacionar o seu ego. A técnica e a arte substituem a espiritualidade, a piedade, o respeito aos ou-

tros, que apenas serão seus “capachos” e “escravos”. Os sentimentos ideais e as virtudes cristãs e bíblicas vão para o lixo, pois o sentimento válido é só desse líder arrogante e soberbo. Se você concorda com esse tipo de líder vai para a “casa grande”, se não concorda vai para a “senzala”. Por outro lado, apesar de ser hábil no que faz, o líder-servo reconhece sua pequenez. Reconhece que é apenas um instrumento nas mãos de Deus para abençoar vidas, que sua vida só tem valor diante de suas misericórdias, nutrindo humildade, respeito e diálogo, conscientes também de que são ovelhas sob o comando do Grande Pastor e Mestre Jesus Cristo, o Proprietário das nossas vidas, dons, talentos e habilidades. A cura para quem tem a síndrome de artista passa por esse replanejamento de vida. Fica lançado o desafio!

para o Brasil, dado a postura deste juiz no exercício da magistratura: não aceitava pressão, era imparcial - na medida do possível -, possuía um grande saber jurídico, se mantinha distante dos interesses conflitantes com o exercício do seu trabalho, etc. Mas o propósito do meu artigo não é defender seu legado, mesmo porque não tenho conhecimento, condições e competência para isso. Para todos nós, leigos, quanto ao mundo das leis e suas aplicações, especialmente nas altas esferas do poder, isso sempre será uma incógnita. O meu propósito é chamar a atenção para o fato de que, mesmo

sendo um representante da mais alta corte de justiça e poder do país, ele será julgado por um Juiz ainda maior, infalível; que na linguagem de Paulo em Romanos 2.16, julgará levando em conta até os segredos dos nossos pensamentos, as intenções dos nossos corações. Tudo isso só fala da grande necessidade que todos nós temos de um grande Advogado, Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou, pagando o preço da nossa dívida, do nosso pecado, para que naquele momento Deus possa nos considerar inocente, se aqui nesta vida entregamos a ele nossa causa – nossa própria vida.

Ministro do Supremo diante do Juiz Supremo Genevaldo Bertune, pastor adjunto na Igreja Batista da Família, em Higienópolis SP “Porquanto, todos nós deveremos comparecer diante do tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba o que merece em retribuição pelas obras praticadas por meio do corpo, quer seja o bem, quer seja o mal. Perfeita reconciliação com Deus” (II Co 5.10 - BKJA). “Por isso, Deus também o exaltou sobremaneira a mais elevada posição e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome; para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que

estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fl 2.9-11 - BKJA). O título deste artigo é somente um recurso didático, uma figura de linguagem, quando lançamos mão de uma ilustração do cotidiano para ilustrar uma verdade espiritual de uma forma mais contundente; já que Deus não faz acepção de pessoas; e, assim, quem chegará diante do Senhor para ser julgado não será o ministro do Supremo Tribunal Federal; mas tão somente Teori Zavaski. É claro que o fato de ter sido ministro do STF trará suas

consequências em função das obras que praticou, da prestação de contas da “sua mordomia” como tal. O Brasil inteiro não esperava por tal notícia! Apesar da morte ser uma realidade irreversível, irremediável na vida de todos os seres humanos, não escolhendo idade, sexo, posição social, status de religiosidade; mas, neste caso, ela chegou como uma intrusa, uma estranha; como alguém fora de hora – um ponto fora da curva -; como algo que não poderia acontecer neste momento do país. Passei a ler e ouvir os noticiários e pareceram a mim todos unânimes de que fora uma grande perda



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