ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 28/02/16
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
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Ano CXV Edição 09 Domingo, 28.02.2016 R$ 3,20
Projeto evangelístico no Carnaval promove crescimento espiritual em São Miguel do Araguaia - GO
Nos dias 06 a 08 de fevereiro de 2016, a Primeira Igreja Batista em São Miguel do Araguaia - GO, Igreja liderada pelo pastor Joel Vicente Fernandes, aproveitou o feriado de Carnaval para trabalhar na Obra do Senhor e evangelizar a modesta cidade no extremo norte goiano. (Página 10)
Batistas fazem a diferença em Artur Nogueira - SP Diversas Igrejas Batistas uniram-se a fim de proclamar o Evangelho através do Projeto IDE-M. (Página 10)
Vidas são impactadas no Carnaval do Rio de Janeiro
Conheça o Projeto “Jesus Água da Vida” (JAV) Veja como foi a 16ª edição do JAV, projeto de evangelismo realizado na Primeira Conheça o projeto da Convenção Batista I g r e j a B a t i s t a e m Carioca que tem feito diferença no Rio de Arraial do Cabo, no Janeiro no feriado de Carnaval. Neste ano, período de Carnaval. a ação contou com 350 participantes. (Página 08) (Página 09)
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EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional,
Viva para a Glória de Deus!
doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
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ocê já parou para pensar por que ainda está na terra? Essa parece ser até uma pergunta sem lógica, porém, ela tem martelado em minha mente. Para tudo existe um propósito e um tempo certo, segundo a Palavra de Deus. Se ainda estou viva, assim como você que está lendo este Editorial, é porque Deus ainda quer realizar algo em nós e através de nós. O Senhor, em Sua infinita graça e misericórdia, trouxe-nos à terra para que fôssemos colaboradores dEle. Então você questiona: “Mas Paloma, como assim colaborador de Deus? Ele não precisa de mim para nada, Ele é Deus!”. Sim, de fato, Ele não precisa. Contudo, Ele nos trata
como filhos e deseja que participemos do que Ele tem para realizar na vida de muitos. Por enquanto, Ele não vai descer aqui para falar de Si, pois já deixou Sua palavra e livre acesso a Ele através da oração. Porém, nos deu a missão de proclamar essa Palavra aonde ela ainda não chegou. A nossa missão aqui é trazer o Reino de Deus para a terra, pois somos cidadãos dos céus, como a própria Bíblia relata em Filipenses 3:20. Se ainda estamos aqui é para sermos cooperadores de Deus, não por impotência dEle, mas para que, por meio de nós - pessoas falhas e pecadoras -, a Glória dEle seja revelada. Isso significa que devemos viver para a
Glória de Deus em todo o tempo e sermos luz onde existem as trevas. É amar as pessoas, literalmente, como se não houvesse o amanhã. Não podemos esperar para conhecer a Deus somente quando Ele vier pela segunda vez. Pois Ele já está no meio de nós diariamente, seja através do Seu Espírito Santo que em nós habita, ou através do nosso próximo. “Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e
visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? Ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.34-40). Seja hoje a resposta que o mundo precisa; Seja luz! Viva para a Glória de Deus! Paloma Furtado, jornalista, secretária de Redação de OJB
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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES
Eta, mosquitinho teimoso!
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uem já foi vítima da dengue e quase passou daqui para o além treme só em ouvir o nome do mosquito Aedes aegypti. Você não o vê, às vezes escuta o zumbido. Pode ser de um pernilongo inofensivo, se é que pernilongos são inofensivos, mas a experiência é traumática. Hospital, transfusões, injeções, dor (E que dor!), febre. E às vezes você tem alucinações e perde o controle da mente e provoca acidentes. Aconteceu comigo. Dois acidentes de carro em um espaço de três horas, além do prejuízo financeiro. A morte e o mosquito não
conseguiram me levar porque sou mais teimoso que o mosquito. Resistente, não me deixo convencer com facilidade. Mas estive quase lá, no túmulo. Ao ver o carnaval nas últimas semanas montado pelo governo para combater o mosquito, confesso que dei boas gargalhadas. Caso o mosquito, além de zumbir, também sorrisse, faria o mesmo. E bem no íntimo do mosquito ele pensou (Mosquito não pensa), bobos! Vocês jamais me vencerão nesta guerra com tais carnavais. A razão é bem simples, e o mosquito entende disso. Haveria erradicação apenas
usando a higiene. Coisa que sanitarista entende, mas não consegue realizar, pois o governo não destina verba para educação da população e erradicação da sujeira que infesta as cidades. É fácil combater o mosquito. Basta ensinar educação comportamental ao povo. Não jogar lixo em terrenos baldios. Tolerância zero para os donos de terrenos e imóveis que não os limpam. Ensinar os motoristas dos carrões e seus ocupantes a não jogar em vias públicas copos e restos de lanches. O governo está preocupadíssimo em ensinar sexo às crianças do berçário, mas não tem um
programa educacional que leve as crianças a zelarem pela limpeza da cidade. Não há verba. Verba existe apenas para propaganda mentirosa. Que tal algumas novelas imorais, que destroem a família e o caráter das pessoas, inserirem no enredo “Como manter o ambiente limpo?”. A erradicação da febre amarela no passado, antes da vacina, passou por processo sanitário. Removido o entulho e o lixo, fica mais fácil eliminar o mosquito. Tal proceder continua válido hoje. O mosquito não entende de limites geográficos. Mas pode ser limitado em sua infestação se todos elimi-
narmos o seu ambiente de proliferação. Como salvos, somos vítimas de uma sociedade suja. De governos que não investem na canalização e o reaproveitamento de esgoto. Não providenciam água potável para os mais pobres. Que se comprazem na miséria, sujeira e analfabetismo de boa parte da população, para tê-la como fonte de votos. É hora de reagir, a começar por nossos lares. Façamos guerra à sujeira, aos maus políticos, à fanfarra com fins eleitoreiros, e, especialmente, ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Deus ama a limpeza.
Epidemia do medo Paulo Francis Jr., colaborador de OJB
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ntigamente, quando alguém “batia palmas” em nossos portões, mesmo sem saber quem era, autorizávamos a entrar. Hoje, atrás de muros que são verdadeiras fortalezas ou penitenciárias, nos assustamos quando a campainha é acionada. Quem será a esta hora? Algumas vezes acontece no meio da manhã ou da tarde, e achamos o horário inconveniente. Por receio, nem mesmo parentes estão visitando outros, sem aviso prévio. É preciso coragem para admitir que isso já se transformou em doença que, cá entre nós, ocorre com intensidade. Interfones com pequenas câmeras são instalados estrategicamente apontando para a entrada dos nossos lares podem representar um estágio ainda mais avançado da inquietude. Neste contexto, espiar com hesitação pelo “olho mágico” também significa certo distúrbio. Com governos relapsos e corruptos, a insegurança é
atualmente o grande terror da sociedade brasileira. O Estado também tem medo. Já ocupei este espaço para explanar sobre a falta de verdadeiras lideranças no país. A maioria no poder não quer mais enfrentar os problemas de frente. Por quê? Porque também tem medo e quer somente o dinheiro “disponível” no setor público. Alguns têm pavor de se indispor com alguém ou até com grupos. Mal sabem eles que foram eleitos para isso. Quem está no poder e quer ser bonzinho com todo mundo é porque tem medo. Os grandes estadistas que lideraram este país no passado o fizeram também pela intrepidez. Você, por acaso, está vendo isso em algum governante atualmente? Milhões de pessoas têm medo da velhice, do futuro. Outras simplesmente têm medo do escuro, de altura, de baratas ou de pererecas. Perguntei a um grupo de crianças quais eram os seus temores. Resposta ampliada: Furacão, terremoto, tempestade e injeção. Al-
guns se manifestaram com pavor de perder alguém da família, de sofrer acidente ou até de não se casar. De qualquer forma, senti que alguns medos foram aposentados. Ninguém sente mais nada quanto ao “Boi da cara preta”, Lobisomem, Bicho-papão ou pela Cuca. Esta última, a “jacaroa” do Sítio do Pica-pau-amarelo não apavora ninguém mais com estas palavras: “Remelentos e remelentas, preparem-se porque a Cuca vai te pegar!!!”. Nem com a ajuda de outro personagem criado para auxiliá-la, o “Pesadelo”, a quem ela espancava e chamava de “Estrupício”. A “sugerida” violência da Cuca não causa medo mais. Passei parte de minha infância sempre observando se tinha alguém embaixo da cama na hora de dormir. Embora meus pais me explicassem que nada havia, não sabia como mudar este hábito. Tem gente com receios simples, como o de verificar duas ou três vezes se o registro do botijão de gás está desligado. É uma
espécie de mania obsessiva e compulsiva bem ao estilo do rei Roberto Carlos. O principal temor, que já virou epidemia, é o receio da morte. Vemos a todo instante na televisão, pessoas que saem de casa e são alvejadas nas ruas sem nenhuma explicação. A insegurança leva a isso. Todavia, parte deste temor não tem fundamento. Os meios de comunicação fizeram que isso aumentasse em nossa mente. As TVs, principalmente, colocam seus apresentadores a bradar, espernear, xingar contra determinados crimes, mas, dia após dia, fazem da morte um comércio tal como as funerárias. Um show “espetacular”. As cenas que mais amedrontam os cidadãos são postas à exaustão na tela. É informação, sem dúvida, mas também traz consigo a proliferação não só do medo, mas, também, do mal em suas mais terríveis perspectivas. Em termos mais abrangentes, por falta de vida espiritual firme, a mente humana já não está diferenciando a fantasia da realidade. O
excesso de autopreservação, de autoproteção, tem criado uma geração de covardes. São palavras impactantes, fortes, mas reais. Quer ver? O mimo exagerado com os filhos determina dependência quase eterna para com os pais. Nem parece que criamos filhos para o mundo. Na essência disso está o medo. O receio de que os filhos sofram ou fracassem. Negar que possam enfrentar dificuldades ainda jovens pode ser um despreparo para a vida. Na Bíblia, um dos exemplos de como vencer o medo está na vida do rei Ezequias. No ano de 701 a. C., sentiu-se ameaçado pelas campanhas militares assírias. A fama de mal dos invasores vinha com uma estratégia de sedução do povo a se entregar em troca de resguardar suas vidas. Por medo da morte, Ezequias se derramou a orar perante o Senhor e foi atendido. O que quero dizer é simples: “Muitos de nossos temores só acabam quando recorremos ao Senhor”. Não é o amigo, o parente ou um conhecido que conseguirá fazer isso. Creia!
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Menos lamentação, mais gratidão Edgar Silva Santos, pastor da Primeira Igreja Batista Jardim Mauá - Manaus - AM
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e quisermos, podemos transformar a nossa vida em um poço de lamúrias, ficando ali submersos. Podemos também, elevando-nos dos queixumes mesquinhos, transformá-la em um hino de gratidão, em um canto sublime ao Deus Criador, cujas mãos não se acham encolhidas para nos abençoar. “Bem nenhum sonega aos que andam retamente” (Sl 84.11). Robinson Crusoe passou 27 anos como náufrago em uma ilha tropical. Parafraseando uma parte da introdução do seu diário, chamaríamos as suas listas: “lista de queixas” e “lista de agradecimentos”. Queixa: “Encontro-me desiludido e sem esperança, nesta ilha deserta”. Agradecimento: “Não me afoguei como o resto de meus companheiros de barco”. Queixa: “Não tenho roupa”. Agradecimento: “O clima é quente; se tivesse roupa, não poderia colocá-la”. Queixa: “Não tenho
modos de proteger-me dos homens e das feras”. Agradecimento: “Aqui não vejo nenhuma besta selvagem que me possa ferir, ainda que as tenha visto na costa africana. O que teria acontecido comigo, se houvesse naufragado ali?”. Queixa: “Não tenho ninguém a quem pedir socorro”. Agradecimento: “Deus levou o barco para tão perto da costa que tenho podido tirar todo o necessário para sobreviver durante o resto da minha vida”. Que pelo resto de nossa vida e, além dela, possamos cantar para sempre as misericórdias do Senhor, nosso Deus, como está escrito em Salmos 89.1. Há outra história que merece destaque. A do notável músico Frederick Handel. A rejeição pelos músicos de sua época, a morte do pai, a enorme dificuldade de publicar as suas composições, a falência que experimentou quando transferiu-se da Alemanha para a Inglaterra não abateram o genial artista. Pelo contrário, no seu cabal desespero, clamou a Deus e a resposta foi a inspiração
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
para compor músicas maravilhosas, entre as quais, “O Messias”, que encanta o mundo todo. Que nos falte tudo, menos a gratidão, como bem expressou a sempre admirada poetisa Stela Câmara Dubois: “Oh, que me falte amparo nos escolhos / Falte-me o pão e a luz dos próprios olhos / Porém, nunca me falte a gratidão”. E esta gratidão uma vez concebida no coração, na vida, redundará, é certo, em amor a Deus e ao próximo. Resultará em ações altruísticas que operem no sentido de corrigir as desigualdades sociais. “É somente no amor que o desigual pode ser feito igual”, afirmou o filósofo Kierkegaard. Portanto, que não fiquemos prostrados, chorando às margens dos rios da Babilônia, mas nos levantemos, retomando as harpas dependuradas, para exaltar a Deus e abençoar o próximo, pois, com efeito, “Grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso, estamos alegres” (Sl 126.3).
Doar com alegria não faz falta
stando no Templo, Jesus observava os doadores de ofertas, os quais procuravam prestígio religioso, em função da riqueza de suas dádivas. De repente, para uma pobre viúva, que doou duas moedinhas sem valor: “Todos deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver” (Mc 12.44). Na Sua avaliação do episódio, Jesus começa lamentando a postura daqueles que entregam ao Reino de Deus as suas sobras. Porque nossa vida espiritual significa, na realidade, o melhor que existe. Consequentemente, é
um erro muito sério dedicar insignificâncias em nossas relações com as dimensões que exigem nossa mais sofisticada energia. Portanto, o tamanho das nossas ofertas não deve ser avaliado como tendo importância. O que vale é a motivação que nos leva a entregar nossos bens ao Senhor. No Seu comentário, Jesus termina com um elogio à coragem da pobre viúva. As duas moedinhas entregues ao Senhor constituíam uma corajosa postura de confiança em Deus. Sua atitude nos declara: “O Senhor proverá”. Foi neste contexto que Paulo declarou: “Deus ama ao que dá com alegria”. Nem Jesus, nem Paulo nos ensinam que doar a Deus é um bom investimento financeiro. Mas ambos concordam ser um excelente exercício espiritual.
o povo foi proibido de trazer mais” (Ex 36-1-6). Será que o mesmo acontece em nossos dias? É claro que não. A não ser em algum caso excepcional de liberalidade. O que há, na maioria das vezes, é sonegação dos dízimos e ofertas, omissão quanto a contribuir financeiramente para a mantença da Obra de Deus, em uma demonstração de egocentrismo que destoa frontalmente do espírito do Evangelho, que é de doar, ajudar e colaborar, visando o progresso do Reino de Deus aqui na terra.
As desculpas, por mais aparentemente corretas que se apresentem para tal omissão, não a justificam, mas somente demonstram o apego demasiado às coisas materiais em alheio ao que concerne à causa do Evangelho. Daí, a necessidade de um reestudo da doutrina da mordomia cristã, à luz da Bíblia, por parte das nossas Igrejas. Ao meu ver, a iniciativa para tal reestudo depende das lideranças. Sob a bênção e direção de Deus, vamos mudar o quadro que está diante dos nossos olhos.
“Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento” (Mc 12.44).
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Excesso de ofertas (II) Nilson Dimarzio, pastor, colaborador de OJB
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Tabernáculo, entre os israelitas, era um templo portátil, onde se realizavam os cultos públicos durante a peregrinação no deserto, até o reinado de Salomão. Era não só o templo de Deus, mas sua habitação, o lugar marcado para o encontro do Senhor com o seu povo. A partir do capítulo 25 de Êxodo, temos a narrativa minuciosa da campanha e construção do novo
santuário. Eis um trecho: “Então, toda a congregação dos filhos de Israel saiu da presença de Moisés. E veio todo homem cujo coração se moveu, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a tenda da revelação”. Os mais preciosos e diversos materiais passaram a ser trazidos para a campanha: Ouro em grande quantidade, prata, bronze, madeira de acácia, além de broches e anéis, braceletes, etc. E, como toda campanha dirigida por Deus é vitoriosa, aquela não foi diferente.
O povo, entusiasmado e motivado, trouxe ofertas além do necessário. Houve excesso de ofertas. Liberalidade em grau superlativo. Tanto que, quando os artífices da obra, tendo à frente Besaleel, perceberam o que estava acontecendo, disseram a Moisés: “O povo traz muito mais do que o necessário pra o serviço da obra para a oferta do santuário. E o que Moisés deu ordem que se propalou pelo arraial: “Nenhum homem, nem mulher faça mais alguma obra para a oferta do santuário. Assim,
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Vamos viver para fazer o bem? Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva – RJ
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ocê está ligado nas notícias, seja através da TV, da internet, dos jornais impressos ou de outras formas? Se a resposta for sim, já deve ter percebido como o nosso mundo é mau. A Bíblia fala sobre isso: “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (I Jo 5.19). O maligno está aparecendo cada vez mais através de diversas formas e uma delas é a violência. As pessoas brigam por nada. Tudo é motivo para uma discussão, um desentendimento e, infelizmente, um assassinato. É o fim dos tempos, não tenho dúvidas. As pessoas brigam no trânsito, marido e mulher brigam sei lá por que, uma pessoa olha para a outra e já quer “voar no pescoço
dela”. Lamentável! E quando vão praticar a justiça é sempre com violência, com uma faca, um revólver. Em um tempo como o nosso, cabe bem lembrar aos cristãos que podemos fazer a diferença. Vou melhorar isso: Temos que fazer a diferença. Você concorda? “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos...” (Gl 6.10). É bíblico. Nós podemos mudar esse quadro. Nós podemos fazer deste mundo, um mundo melhor. Como? Fazendo o bem. Sim, fazendo o bem! Não vamos agir do jeito que agem as pessoas sem Deus. Se você é cristão, não pode entrar no jogo do maligno. Se o maligno quer briga, morte, confusão, o cristão quer paz, harmonia, relacionamentos saudáveis. O cristão quer fazer o bem. É impressionante quando vivemos para fazer o bem; as pessoas ficam espantadas.
Fazer o bem é muito bom! Lembro-me de algumas coisas que já fiz pelas pessoas, penso nas que tenho feito e isso me deixa feliz. Já me ajoelhei no corredor de uma Universidade para falar bobeiras para uma amiga que estava mal e só me levantei quando ela riu para mim. Isso é muito bom! Um dia, entrei na sala e só vi uma aluna. Não lembro se era intervalo ou outra coisa, mas lembro-me que ela estava chorando muito. Fui perto dela, abaixei-me e falei: “Olha, sei que nós mal nos conhecemos, não somos amigos (eu estava começando o curso ali), mas se precisar desabafar, pode contar comigo”. Ela não quis falar nada, só me agradeceu através de gestos. No outro dia ou dias depois (não lembro), ela chegou perto de mim e agradeceu por ter colocado-me à disposição de ouvi-la. Isso não é bom?
Lembro-me de ter escutado um dia, quando uma colega de turma que eu também mal conhecia estava falando que precisava criar um e-mail para ela, mas ela não sabia como fazer. Eu me prontifiquei: “Olha, se você quiser, criamos um e-mail agora para você”. “Sério? Você faria isso por mim?”, disse ela. Eu disse que sim e, se não me engano, fomos criar o e-mail. Detalhe é que estava na hora de começar a aula. Eu não me importei com isso. Não quero ficar enjoando ninguém com minhas histórias, mas se você chegou até aqui, o texto não deve estar tão ruim (risos). Um dia, ao chegar à secretaria da escola na qual trabalho, ouvi uma professora reclamando de um aluno dela, que ele era muito bagunceiro e ela não estava aguentando mais. Nós dávamos aula para turmas da mesma série, então, disse a ela que podia mandar o
aluno para minha turma, se a nossa chefe concordasse. Ela ficou espantada por eu querer um aluno bagunceiro, mas o que eu queria era ajudá-la. A chefe aceitou, o aluno foi para minha turma e a professora trabalhou mais tranquila naquele ano. Já está cansado? Prometo que vou encerrar! Se todas as pessoas do mundo resolvessem fazer o bem, o nosso mundo seria muito melhor. Pequenos gestos, pequenas atitudes podem significar muito para quem está precisando. Tente murmurar menos, sorrir mais e fazer o bem a quem precisa. Se você colocar isso como um dos seus objetivos de vida, verá como sua vida será mais agradável. Além disso, você contribuirá para que a violência diminua, será exemplo de boa conduta e agradará a Deus. Vamos viver para fazer o bem? Deus te abençoe!
tudo vai bem é fácil, agora, ter bom ânimo quando tudo parece perdido, não é fácil. Como cristãos devemos agir assim, fazer a nossa parte, o que depende de nós; sempre ter bom ânimo. Deus dá a cada um de nós inteligência, saúde, portas são abertas para que aproveitemos com sabedoria. Então, diante de problemas, diante de situações compli-
cadas, vamos reagir, vamos com muito esforço e bom ânimo atravessar o mar revolto. O que não depender de nós, Deus agirá. A Palavra de Deus afirma: “Agindo eu, quem impedirá?” (Is 43.13). Deus age nos impossíveis, então fique tranquilo. Vamos fazer a nossa parte e descansar nos braços do nosso bom Deus.
Esforça-te e tem bom ânimo Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB
À
s vezes, o desânimo toma conta da nossa vida. Desemprego, perda de um ente querido, doença, tudo isso leva ao desânimo. Às vezes, o desânimo é tanto que chega a desenvolver depressão, doença que deixa a pessoa sem vontade de reagir.
A vida nunca foi fácil para ninguém, temos que lutar para conseguir os nossos objetivos. Jesus, certa ocasião, falou que no mundo teríamos aflições, problemas, teríamos que enfrentar os obstáculos da vida. Quando Josué foi escolhido para ficar no lugar de Moisés ele recebeu uma responsabilidade enorme, teria que conduzir o povo de
Israel até a terra de Canaã. A palavra de Deus para Josué foi: “Esforça-te”. A palavra “esforça-te” significa que temos que fazer algo, temos que agir e reagir diante de situações adversas. Diante de situações difíceis é necessário ter bom ânimo, que significa estar contente em toda e qualquer situação. Ter bom ânimo quando
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missões nacionais
Adriana Dias, missionária Instituto Batista de Carolina
“Porque a melhor prevenção é educar!”
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“E disse: Dai ouvidos todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Jeosafá. Assim vos diz o Senhor: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, porque a peleja não é vossa, mas de Deus” (II Cr 20.15).
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esde minha chegada em Carolina - MA, esse tem sido o versículo que tem acompanhado-me. E realmente Deus tem pelejado por nós. E esse será o tema que trabalharemos esse ano em relação a todas as questões que envolvem a escola: Bullying*, drogas, alimentação desregrada, pedofilia, sexualidade acelerada e etc. Começamos o ano muito bem: Fizemos uma reforma na escola, que está a cada dia mais bonita, mais limpa e com um ambiente mais organizado. Reformamos a secretaria, que estava terrível, pintamos a área interna e externa, compramos mais duas estações de ar-condicionado e pintamos o auditório. Além disso, os professores decoraram todas as salas. Está bem bonito. Além da reforma na escola, também está sendo feita a reforma das casas da Junta. Uma já havia sido feita assim que cheguei e logo foi alugada. As outras duas estão sendo finalizadas (Uma eu moro e a outra logo será alugada também; já tem pessoas interessadas).
Capacitação pedagógica
Sala decorada
Revitalizar os imóveis da Junta de Missões Nacionais traz benefícios para a imagem do colégio também, pois as pessoas têm visto que estamos em processo de mudança e movimento. Isso tem sido bom. Na parte administrativa estamos colocando as coisas em ordem e queremos ter um administrativo gerido com excelência. Fizemos também nossa semana de capacitação pedagógica. Foi uma semana maravilhosa! Aprendemos muito com outras escolas brasileiras e estrangeiras, debatemos muitos temas importantes e tomamos decisões para
Café da manhã promovido pela equipe do IBC
o ano de 2016. Deus nos abençoou. Também tivemos nosso Primeiro Café de Boas Vindas, quando tomamos café da manhã com nossos pais e responsáveis e fizemos a primeira reunião do ano, apresentando nossa proposta pedagógica. Em um dos comentários no Facebook, uma das mães disse que foi uma programação como há muito tempo não via e parabenizou toda a equipe. Isso nos alegra. Estamos conseguindo diminuir a inadimplência. Muitos pais foram surpreendidos por não poderem renovar a matrícula e muitos pagaram os débitos. Glória a Deus!
Estamos também buscando padrinhos para os nossos bolsistas de 100%. Dessa forma, forneceremos a bolsa, mas teremos a receita e isso nos deixará mais saudável financeiramente. Após o Carnaval, quero começar a fazer agenda e levantar o PAM para o colégio. Queremos colocar nosso auditório para funcionar: O IBC é um campo muito fértil. Aqui, temos várias possibilidades de trabalho e portas para evangelizar, e queremos usar as atividades artísticas e esportivas para movimentar nossa escola. Esse ano temos o nosso aniversário de 80 anos e a história do IBC mistura-se a história de Ca-
rolina. Queremos fazer uma linda festa de celebração ao Senhor! Estou muito animada com o ano de 2016 e muito feliz por estar aqui. Deus me deu um grande presente, que tem sido revitalizar esse colégio. Não tem sido fácil para mim. Tenho achado mais difícil do que trabalhar na Cristolândia, mas tenho aprendido muito, e espiritualmente tem sido um grande momento com Deus, pois sei que Ele é quem tem me capacitado. Orem por nós! * Ato de violência física ou psicológica, intencional e repetido contra uma pessoa.
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notícias do brasil batista
Conheça o JAV, Projeto evangelístico da Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo - RJ
Isabella Pires, membro da Segunda Igreja Batista em Santa Luzia - São Gonçalo - RJ
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urante os dias de Carnaval, cerca de 70 jovens aceitaram um desafio: Pregar o Evangelho pelas ruas, praças, semáforos e praias de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, cidade que durante essa época recebe grande quantidade de turistas e que apresenta praias lotadas e ruas com inúmeros blocos carnavalescos. Em deparo com o cenário espiritual da cidade, esses jovens enxergaram a necessidade do Evangelho ser pregado naquele local através do Projeto evangelístico Jesus Água da Vida (JAV), realizado pela 16ª vez pela Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo, com a finalidade de proclamar a respeito da salvação em Cristo para as pessoas que encontram
pelo caminho. O nome “Jesus Água da Vida” baseia-se em João 4.13-14, no qual entendemos que Jesus é Água da vida, o Único que pode saciar a sede espiritual do ser humano. Nesse Projeto os voluntários - que vêm de diferentes Igrejas e estados do país - trabalham no sábado, domingo, segunda e terça. A rotina começa pela manhã, quando todos os voluntários, vestidos com a camisa do JAV, saem pelas ruas, alguns tocando latas e tambores para chamar a atenção dos transeuntes, outros girando swing poi (fitas coloridas usadas no malabarismo), outros cantando e outros intercedendo até chegarem nas praças ou praias. Ao chegar ao local programado, são realizadas apresentações artísticas para o público. Logo após, os participantes são divididos em grupos para a abordagem pessoal, quando os voluntários conversam,
explicam o que é o JAV e falam a respeito de Jesus, e tudo que Ele fez pela humanidade. Logo após, todos retornam à Igreja para almoçar e descansar. No período da tarde, os voluntários saem novamente às ruas e retornam para a Igreja a fim de preparem-se para o culto, que ocorre todos os dias no período da noite. O JAV de 2016 contou com menor número de voluntários e com a estrutura menor do que nos anos anteriores, mas nada impediu que o poder de Deus agisse. Todos os voluntários voltaram diferentes para as suas casas e Igrejas locais. Diversos feitos foram realizados, como: Entrega de água no sinal para os motoristas, cartazes expostos com as frases “Jesus te chama”, “Deus tem saudade de você”, tudo isso com o intuito de que o Amor de Deus fosse anunciado. Graças a Ele, pessoas foram salvas, outras reconciliadas
e algumas edificadas. As estudantes Isabella Pires e Raquel Bastos tiveram uma experiência marcante a respeito. “Eu vi que Deus queria que eu falasse com uma menina que estava na praia, quando eu e a Raquel falamos com ela descobrimos que ela já é cristã e que sentia-se envergonhada por não evangelizar ninguém. Conversamos com ela e ela entendeu que nunca é tarde demais para evangelizar e vimos que Deus acendeu no coração dela o desejo de falar de Jesus para as pessoas”, afirma Isabella. O cansaço e o sol forte não foram suficientes para impedir que a boa Obra fosse realizada. O que os voluntários - e todas as pessoas envolvidas no Projeto – podem afirmar é que por mais que eles estivessem no local para abençoar o próximo, no final são os próprios voluntários que saem mais abençoados, porque para eles, pregar o
Evangelho é uma honra, e algo que eles se alegram em fazer, como afirma Jéssica Oliveira. “Nunca havia participado de um Projeto evangelístico no Carnaval. As pessoas estavam abertas e sensíveis para ouvir a Palavra de Deus. Foi gratificante e ano que vem estarei novamente falando do Amor de Deus para aqueles que necessitam, junto com meus amigos da Pibac!”, declara a voluntária. O JAV é um desafio, é quando os voluntários quebram as paredes do conformismo e desbravam as ruas em uma época difícil, para compartilhar sobre o Salvador. Para quem participou, só resta a saudade dos momentos incríveis vividos ali, mas também a certeza de que a aventura de viver com Deus apenas começou e que foi dada a largada: O Ide é para todos, em qualquer lugar e em qualquer época do ano.
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Impactando vidas no Rio de Janeiro
Tiago Monteiro, jornalismo da Convenção Batista Carioca
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or muito tempo a Igreja deixou de aproveitar as oportunidades de evangelização durante o Carnaval. Mas há cerca de 20 anos essa visão mudou e, entre os Batistas cariocas, existe um grupo crescente de pessoas que estão decidindo impactar vidas, levando o Evangelho durante a Festa da Carne. O Impacto de Carnaval, realizado pelo departamento missionário da Convenção Batista Carioca (Missões Rio), contou com a participação de 350 inscritos neste ano de 2016. Divididos em cinco equipes de evangelização e de intercessão, eles desafiaram as trevas e, como prometido pelas Escrituras, venceram o domínio do mal com a verdade que liberta. Durante o Carnaval, quem passou pela região do sambódromo viu gente de todas as idades impactando vidas. No uniforme, uma frase chamava a atenção: “Eu sou a fonte da vida”. A princípio, uma frase solta, mas que aguçou a curiosidade e abriu portas para a evangelização. Cada oportunidade foi aproveitada como se fosse a última. O brilho nos olhos dos impactantes contagiou e foi canal de bênçãos para muitos que estavam sedentos da Água da Vida. Falando em brilho, destaque para a irmã Cenira Meira, que, aos 72 anos, deu exemplo de vida cristã e com-
promisso com o Reino para os voluntários mais jovens. Incansável, ela evangelizou e testemunhou do que Cristo pode fazer por quem aceita seu convite de salvação. Ao contrário de irmã Cenira, esta foi a primeira vez em que Juliana Alves, da Igreja Batista Monte Horebe, em Campo Grande - RJ, participou do Impacto de Carnaval. Ela, que nutre fortes expectativas com relação ao ministério de missões, lembra que se “apaixonou de cara” ao ouvir as experiências de uma amiga que já tinha participado do Projeto. “É uma experiência perfeita porque ali a gente vê o que Jesus quis dizer com o Ide, com o amar o próximo e a importância disso”, afirma. Ela, que no início sentiu alguma dificuldade nas abordagens diretas, notou a grande carência que as pessoas possuem, mesmo em meio ao Carnaval, de conversar sobre os grandes dilemas da vida e a esperança de mudança a partir do contato com Cristo. “Como as pessoas estão sedentas de amor! E a Palavra de Deus é realmente a única que pode mudar tudo!”. Além de provocar mudanças na vida daquele que é alvo do Projeto, o Impacto muda a perspectiva de quem participa. Marianna Von Kruger, da Igreja Batista Nova Jerusalém, em Sampaio, afirma que o evento também tem uma proposta de edificação que gera crescimento. “Saber que temos um objetivo desses (de evangelizar) nos faz
crescer em Cristo e conhecer Sua Palavra para passar vida para essas pessoas. Tudo que sabemos é muito pouco e lá (no Impacto) a gente quer crescer e conhecer mais de Deus”, afirma Marianna. Porém, em alguns momentos, a lógica do impacto se inverte. Ou seja, o próprio folião vai ao encontro do voluntário e abre seu coração, como lembra o pastor Cleudair Godoi, da Igreja Batista Itacuruçá - RJ. “As pessoas começaram a observar nossa chegada e um casal que estava desviado (do Evangelho) viu a frase da camisa e aquilo chamou a atenção deles. Esse casal chamou um trio de impactantes para conversar e disse que tinha colocado Deus à prova, pois já estavam incomodados com o estilo de vida que estavam vivendo. Os voluntários puderam dizer que eram a resposta de Deus naquela ocasião e aquelas pessoas se reconciliaram com Cristo, aos prantos”. As abordagens de rua contaram com uma força-tarefa especial, que priorizou a evangelização de crianças durante o Carnaval. Dessa maneira, enquanto adultos eram alcançados, meninos e meninas também recebiam atenção especial, em uma linguagem acessível. A responsável pela estratégia, Vania Carvalho, explica que as crianças também carecem de Deus e estão sedentas de Cristo. “Sabemos que o mundo jaz no maligno e que as crianças são o futuro do nosso país. Portanto, precisamos investir nelas.
Nesse ano sentimos a sede dessas crianças e percebemos que isso aumenta a cada ano. Elas estão nos procurando”, comenta. A oração constante foi um elemento fundamental para a realização das ações desse ano. Um dos líderes de intercessão, Filipe Zappala, da Segunda Igreja Batista de Petrópolis - RJ, explicou que parte dos impactantes intercessores permaneciam na base – o Colégio Batista Shepard, na Tijuca - RJ – enquanto outros seguiam ao campo, como integrantes de equipes. Dessa forma, foi possível uma cobertura espiritual completa. “Oramos e cuidamos dos voluntários. Quando a gente chega e começa a orar, as pessoas param e prestam atenção. Muitos afastados do Evangelho também voltam e vemos nisso o agir de Deus”. Sobre o desafio de levar a Igreja a sair das quatro paredes, Filipe afirma: “A gente tem passado por um momento difícil na Igreja brasileira. Temos discutido isso
em congressos e seminários. Vemos que a Igreja tem deixado de cumprir o Ide, tem se prendido apenas a projetos internos. Mas todos os anos temos recebido uma nova geração de inconformados. Uma geração que está sim dentro das Igrejas, mas que sabe que precisa trabalhar lá fora, evangelizando”. O coordenador do Impacto 2016, pastor Miguel Kopanishin, avaliou a ação missionária como abençoadora para as vidas que foram alcançadas e para os voluntários participantes. “Esse é o nosso desafio: Levar a mensagem e a esperança que há em Cristo Jesus. Este é o impacto: Preparação de vidas, Igrejas envolvidas, jovens envolvidos para que Cristo Jesus seja levado a todos”. Você pode conferir vídeos e fotos sobre o Impacto de Carnaval 2016 pela rede social facebook.com/impactodecarnaval ou pelos sites batistacarioca.com.br e missoesrio.com.br
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Batistas fazem a diferença em Artur Nogueira - SP
Cleverson Pereira do Valle, pastor da Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira - SP
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s dias 06, 07 e 08 de fevereiro de 2016 ficarão marcados na cidade de Artur Nogueira, em São Paulo. A Igreja Batista Memorial de Jundiaí, Primeira Igreja Batista de Franca e Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira juntaram as forças e fizeram diferença na cidade com o Projeto IDE-M Artur Nogueira 2016. O IDE-M é um Projeto que começou na Igreja Batista Memorial de Jundiaí-SP em
2006. Através do apoio de instituições públicas e privadas tem mobilizado mais de 300 voluntários a cada edição, durante o período de Carnaval, a fim de prestar serviços gratuitos de saúde preventiva, educação, lazer, recreação infantil, entre outros, levando esperança a comunidades mais carentes. Cerca de 300 voluntários trabal haram durante três dias, cada um na sua área, mostrando o amor de Cristo Jesus por pessoas. Cerca de 3.948 pessoas na cidade foram alcançadas, sendo: 59 pessoas atendidas pelo Jurídico; 108 pessoas atendidas na nutrição; 329 pessoas
atendidas com medição de glicose; 423 pessoas atendidas na medição de pressão; 81 crianças foram ensinadas a escovarem os dentes; 68 pessoas ouviram a história bíblica do Livro sem Palavras; 374 pessoas atendidas no corte de cabelo; 36 pessoas fizeram o teste de visão; 173 pessoas passaram pela manicure; 583 crianças participaram do Culto Infantil; 554 pessoas passaram pelo teatro e 960 casas foram evangelizadas. No dia 08 (Segunda-feira) a Associação de Idosos Desamparados (AIDAN) de Artur Nogueira foi visitada e foi realizado um culto com os
idosos. A AIDAN recebeu as seguintes doações dos irmãos da Igreja Batista Memorial de Jundiaí-SP: 1.200 fraldas, 1 cadeira de rodas, 200 pastas de dentes, bolachas, doce, arroz, feijão, macarrão, produtos de limpeza, shampoo, condicionador, sabonetes, aparelhos de barbear. Todas as noites aconteceram programação com música, proclamação da Palavra de Deus e distribuição de lembranças. Na primeira noite, sábado, o pastor Cleverson Pereira do Valle trouxe a mensagem; no domingo, foi o Palhaço Juninho (Bebedouro-SP) e, no encerramento, na segunda-feira, o
pastor Manassés de Oliveira. Todos os dias uma equipe de Teatro de Rua saia pelas ruas de Artur Nogueira anunciando o Evangelho de Jesus Cristo. Também um grupo de pessoas passou de casa em casa cumprindo o Ide de Jesus. Queremos agradecer aos pastores Aderson Cardoso, Manassés Gottschlish de Oliveira (Igreja Batista Memorial de Jundiaí - RJ), Claudinei Araújo (Primeira Igreja Batista de Franca), pelo investimento em nossa cidade. A Deus toda a honra e toda a glória por tudo o que foi feito e visto nestes dias na cidade de Artur Nogueira.
Projeto evangelístico no Carnaval promove crescimento espiritual em São Miguel do Araguaia - GO; confira!
Marcos José Rodrigues, seminarista da Igreja Batista Israel - GO
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os dias 06 a 08 de fevereiro de 2016, a Primeira Igreja Batista em São Miguel do Araguaia - GO, Igreja liderada pelo pastor Joel Vicente Fernandes, aproveitou o feriado de Carnaval para trabalhar na Obra do Senhor e evangelizar a modesta cidade no extremo norte goiano. Veterano no trabalho Batista de implantação de Igreja no campo goiano, o pastor Joel Fernandes levou a Igreja onde pastoreia, em parceria com irmãos da Primeira Igreja Batista em Anápolis (Congregação Batista Betel no Vívian Parque) e da Igreja Batista Israel a promoverem um projeto evangelístico intitulado “Eu escolho Deus”. A esco-
lha do tema pareceu ter sido bem acertada, pois foi usado na mesma ocasião por outra denominação na cidade. O trabalho foi constituído por etapas e desenvolveu-se em diferentes momentos: Visão, missão, planejamento, mobilização e execução. A Igreja separou cinco dias para oração, este período culminou na sexta-feira, 05 de fevereiro, com uma vigília de oração, um dia antes da primeira ação evangelizadora do grupo, um culto ao ar livre na Praça Vereador Ovídio Martins, no coração da cidade. No domingo, dia 07, após o culto matutino e a realização da Escola Bíblica Dominical (EBD), foi servido um delicioso almoço para toda a Igreja. O cardápio foi um típico prato da culinária goiana, galinhada com pequi. No período vespertino ocorreu
distribuição de folhetos com evangelização na Rua 07, setor Oeste, localidade onde a Igreja pretende começar um trabalho com crianças e famílias, o Projeto “Geração futuro”, e abrir uma Congregação em breve. A celebração do primeiro culto no terreno destinado a abertura do trabalho foi um momento histórico na vida da Igreja. Deus abençoou sobremaneira a semeadura naquele dia, ao ponto de conceder uma decisão ao lado de Cristo, a do senhor José Ferreira, que adentrou no local de culto, mascarado de caveira, fantasia que utilizava na festa de Carnaval em curso na cidade. Ainda no dia 07, no culto da noite, vários irmãos da Igreja consagraram suas vidas a Cristo e fizeram votos de maior dedicação ao Ide do Mestre. A Graça do Senhor
foi manifestada abundantemente trazendo quebrantamento e restauração espiritual através da Obra do Espírito Santo de Deus naquele dia em sua Igreja. Realmente vale a pena investir em ações que buscam ganhar almas para Cristo. Como bem disse o pastor e colaborador de OJB, Manoel de Jesus The (OJB – Ed. 06, ano 2016, pág. 14): “(...) A partir dessa experiência passei a acreditar que, o melhor, no Carnaval, em vez de nos isolarmos, é sair para enfrentar o inimigo no seu próprio território...”. Realmente tudo o que Deus faz é maravilhoso, e sem medida a Sua bondade. Além de nos salvar da condenação eterna, Ele nos chama a nos juntarmos com ele naquilo que Ele já está fazendo em sua obra de redenção do homem. A alegria de servir a Deus é
contagiante e não existe nada comparável a ela. É muito prazeroso servir ao Senhor, assim como diz o poeta sacro na letra do Hino 382 do Cantor Cristão: “Tenho gozo e alegria celeste / Quando vou adorar ao Senhor / Com os crentes em Cristo, na Igreja, Quando juntos rendemos louvor”. É de estranhar a existência do grupo de pessoas que se contenta apenas com a experiência da salvação e não entregam-se por completo à Obra do Senhor. Que todos possamos compreender e praticar a orientação do Mestre onde diz: “Mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (Lc 11.28). “Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração” (Sl 37.4). “O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio” (Pv 11.30).
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missões mundiais
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Capacitação teológica em missões Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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templo da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro recebeu no dia 15 de fevereiro o culto da cerimônia de formatura do Master of Theological Studies (MTS), um curso de teologia com ênfase em missões, do qual participaram os pastores Paulo Pagaciov e Renato Reis de Oliveira, de Missões Mundiais. Também estão no mesmo curso, porém, se formarão mais à frente, o missionário mobilizador Luis César Queiroz e a missionária Vládia Soares. A primeira turma do MTS, oferecido pelo Southeastern Baptist Theological Seminary em parceria com a International Mission Board (IMB, agência missionária da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos) e as Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da Convenção Batista Brasileira (CBB), teve 23 formandos. Eles foram prestigiados por representantes de suas famílias e Igrejas durante a formatura. O presidente da CBB, pastor Vanderlei Marins, saudou
Pastor Paulo Pagaciov recebe certificado das mãos do doutor John Ewart, diretor do Seminário que ofereceu o MTS
os formandos e presentes à cerimônia, dirigindo-se especialmente aos representantes do Southeastern Baptist Theological Seminary, enfatizando que a capacitação oferecida aos formandos está “pautada na Palavra de Deus” e será bênção para as Igrejas e o Reino de Deus. Representando Missões Mundiais, o diretor executivo, pastor João Marcos Barreto Soares, lembrou o início do curso e como o que chamou de sonho se tornou realidade. “Dirijo-me especialmente aos formandos desta primeira turma do MTS, dizendo que, quando sonhamos com isso,
Pastor João Marcos, diretor executivo da JMM
sonhávamos em enviar pessoas mais capacitadas. Agora vemos isso como realidade, sendo possível através das ações que vocês empreenderão”, afirmou. “Por isso estamos felizes, sabedores de que agora temos mestres que poderão utilizar a formação que receberam para que mais pessoas tenham acesso ao conhecimento e, desta forma, preparem ainda melhor aqueles que seguirão para os campos”, acrescentou. Durante o momento de homenagens, o pastor João Emílio Cutis Pereira, da Primeira Igreja Batista de Irajá – RJ, deu uma palavra de agradecimen-
Pastor Renato Reis, coordenador do Cuidado Integral do Missionário, foi um dos formandos
to em nome dos formandos às Igrejas locais e também às agências missionárias da CBB, citando nominalmente o pastor João Marcos. “Queremos expressar nossa gratidão às agências missionárias da CBB. E pastor João Marcos, receba o abraço da nossa turma pelo empenho da JMM em pensar em nós, por nos ter apontado para o Southeastern Baptist Theological Seminary e por termos essa oportunidade, bem como pela riquíssima oportunidade que tivemos de conviver com aqueles que estão ligados a Missões Mundiais, irmãos nossos que honram nossa agência mis-
sionária e honraram nossa turma”, disse. Ainda em sua palavra, o pastor João Emílio fez deferência ao pastor Ebenezer Soares Ferreira, referindo-se a este como uma “Pessoa que uniu e conseguiu viver a reflexão teológica, o pensar a vida acadêmica por ser um mestre, mas que nunca deixou de ser um plantador de Igrejas e pastor de Igreja local”. O diretor geral da CBB, pastor Sócrates Oliveira de Souza, fez a oração final, após a qual os formandos receberam os cumprimentos de familiares e amigos presentes à solenidade.
Criança vive mais um milagre de Deus em projeto da JMM Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais
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ampliação do Centro Médico Esportivo Fábrica da Esperança, na África Ocidental, segue em ritmo acelerado. Segundo os missionários que coordenam o projeto, Timóteo e Ester, algumas salas já estão pintadas, aguardando apenas a colocação das portas e janelas, já compradas. Assim como já acontece com a pré-escola e a escolinha de futebol Fábrica de Esperança, este centro médico leva esperança a centenas de famílias da região, hoje considerada área de risco à pregação do Evangelho de Cristo. Timóteo e Ester estão neste país de maioria islâmica há cerca de 10 anos. Ele, como fisioterapeuta, e ela, como dentista, testemu-
nham sobre Cristo com seus dons e talentos. Uma das vidas alcançadas é a do menino Mefibosete, de apenas cinco anos de idade. Este garoto estava condenado a ser um deficiente físico pelo resto dos seus dias até que Deus colocou em seu caminho estes missionários que o ajudaram a ter uma nova história. Mefibosete estava aleijado quando foi abandonado pelo próprio pai com sua tia. Agora, dois anos depois, este pai retornou e encontrou o filho andando, quase como uma criança normal. “A tia dele, que é quem o cria, nos relatou que o en c o n tr o d os dois foi emocionante. Ao ver o filho andando, ele deve ter se perguntado: ‘De onde vem esse milagre?’. Nós sabemos que só pode ser a ação de Deus na vida dos Seus filhos que integram o
centro médico Fábrica de Esperança”, conta Timóteo. O pai, que já não tem boa saúde, foi até os missionários agradecer-lhes pela cura do seu filho. Contrariando uma cultura que diz que homem não chora, ele se colocou aos prantos. Então, Timóteo e Ester aproveitaram a oportunidade para revelar àquele senhor o amor de Deus em Cristo. Vidas como estas têm sido transformadas porque pessoas têm se comprometido em levar a esperança de Cristo ao mundo. Se você ainda não participa do que Deus está fazendo na África Ocidental e nos outros mais de 85 países onde Missões Mundiais está presente, faça parte hoje mesmo. Escreva para centraldeatendimento@ jmm.org.br e peça mais informações sobre o projeto Fábrica da Esperança ou outro que deseja apoiar.
ERRATA Na edição 08, do dia 21/02/2016, na página de Missões Mundiais (Pág 11), foi publicada uma imagem que não condiz com a matéria “Esperança aos chineses de Cabo Verde”. A fotografia com a legenda “Primeira unidade do PEPE no Timor-Leste começou a funcionar em janeiro” não faz parte da publicação desta página, mas de outra matéria que ainda não foi publicada.
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ponto de vista
Aposentadoria, um desafio para o século XXI Samuel Rodrigues de Souza, pastor, especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Seção RJ
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onhecemos algumas pessoas que ao se aposentarem ficaram deprimidas. Os relatos de incidência de separações conjugais, doenças severas e até suicídios nos primeiros anos ou meses após a aposentadoria não são poucos. Qual a solução? No momento, devido ao achatamento do salário dos aposentados, muitas pessoas passaram a fazer novos cursos e conseguir outros trabalhos, até diferentes daqueles a que dedicaram suas vidas. Isso é muito importante para trabalhar os neurônios dos que foram abençoados por Deus com a longevidade. Mas a aposentadoria pode gerar prejuízos para a saúde física e mental, revela uma nova pesquisa. O estudo, publicado pelo centro de estudos Institute of Economics Affairs (IEA), com sede em Londres, descobriu que a aposentadoria leva a um
“drástico declínio da saúde” no médio e longo prazos. Segundo a IEA, a pesquisa sugere que as pessoas devem trabalhar por mais tempo por razões de saúde e também financeiras. O estudo, realizado em parceria com a entidade beneficente Age Endeavour Fellowship, comparou aposentados com pessoas que continuaram a trabalhar mesmo após terem alcançado a idade mínima para a aposentadoria e também levou em conta possíveis fatores. Philip Booth, diretor da IEA, disse que os governos deveriam desregular os mercados e permitir que as pessoas trabalhassem por mais tempo. “Trabalhar mais não será apenas uma necessidade econômica, mas também ajudará as pessoas a viverem vidas mais saudáveis”, disse ele. Edward Datnow, presidente da Age Endeavour Fellowship, acrescentou: “Não deveria haver uma idade ‘normal’ para a aposentadoria no futuro”. Na Grã-Bretanha, o governo já planeja elevar a idade mínima para a aposentadoria. “Mais empresários precisam pensar sobre como podem capitalizar em cima da po-
pulação mais velha e aqueles que querem se aposentador devem refletir duas vezes sobre essa questão”. O estudo, focado na relação entre atividade econômica, saúde e política pública de saúde na Grã-Bretanha, sugere que há uma pequena melhora na saúde imediatamente depois da aposentadoria, mas constata um declínio significativo no organismo desses indivíduos no longo prazo. Segundo a pesquisa, a aposentadoria pode elevar em 40% as chances de desenvolver depressão, enquanto aumenta em 60% a possibilidade do aparecimento de um problema físico. O efeito é o mesmo em homens e mulheres. Já as chances de ficar doente parecem aumentar com a duração da aposentadoria. De acordo com Hendricks (2000), “A aposentadoria que deveria ser uma chance de entrar no círculo dos vencedores, acabou ficando mais perigosa do que automóveis ou entorpecentes. É a chance de fazer tudo que leva a nada”. A aposentadoria muitas vezes é uma transferência para a “terra de ninguém”, tremendamente inadequada
para a cultura contemporânea, produzindo uma pessoa repentinamente desempregada e sem uma missão. Não há na Bíblia nenhuma designação arbitrária de um tempo para parar de trabalhar, assim como a ideia de sustento financeiro federal. A Lei Mosaica fixou a idade para aposentadoria de levitas em 50 anos: “Mas desde a idade de cinquenta anos desobrigar-se-ão do serviço e nunca mais servirão, porém ajudarão aos seus irmãos na tenda da congregação, no tocante ao cargo deles; não terão mais serviço” (Nm 8.25-26). Isso significa que eles não se aposentavam da vida e do ministério, pois passavam a orientar os sacerdotes mais jovens. Moisés concluiu sua carreira espetacular com 120 anos de idade em boa saúde, como foi registrado nos últimos versos de Deuteronômio. Josué, semelhantemente, trabalhou até a sua morte aos 110 anos de idade. O Novo Testamento relata sobre Zacarias, o sacerdote, pai de João Batista, sobre o apóstolo Paulo e sobre João, o discípulo amado, todos
os quais são exemplos para trabalhar até o fim da vida. Deus tem planos para as pessoas de idade mais avançada, o Senhor não criou ninguém para ficar de braços cruzados, esperando a morte chegar. É necessário que haja um grande despertamento entre a população ociosa dos idosos brasileiros. Aposentadoria não é parar, é um estágio, uma fase. Nossas Igrejas devem tratar com carinho e amor o seu grupo de idosos, formando ministérios e grupos, com a finalidade de desenvolvimento, pois atende às necessidades de associatividade do ser humano. Predispõe sentimentos de identidade e preserva a autoestima. Estimula a união para superar problemas. Reduz inseguranças e ansiedades. Favorece a discussão de aspectos da realidade. Permite revisar conceitos. Serve como suporte para a obtenção de informações, amizade e afeto. “Levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso descanso; por causa da corrupção que destrói, sim que destrói grandemente” (Mq 2.10).
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ponto de vista
Onde está a nossa glória?
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udo o que somos e o que temos pertence ao Senhor. Somos do Senhor por direito de criação e por direito de redenção. Somos feitura Sua, obra de arte, poema, criados em Cristo Jesus para as boas obras, nas quais devemos andar sempre, segundo lemos em Efésios 2.10. A nossa glória, portanto, está nAquele que nos criou e nos redimiu em Cristo Jesus (João 1.3; Colossenses 1.13-16). Seja a benção de ser pai ou mãe; receber um presente muito valioso; comprar imóveis, carros; auferir um título acadêmico ou qualquer outro; a performance dos nossos filhos; o reconhecimento
no que fazemos ou qualquer outra coisa, a glória é sempre do Senhor. Somos apenas coadjuvantes. Paulo testemunhou: “Longe de mim orgulhar-me ou gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 6.14). Toda a glória do velho apóstolo estava na cruz, no sacrifício de Cristo. Por que razão? Porque para ele a obra da cruz era vital, central, insubstituível e completa. Para ele, o viver era Cristo e o morrer, lucro (Fp 1.21). Eugene Peterson na sua tradução livre de Gálatas 6.14, diz: “Quanto a mim, não vou me orgulhar de nada a
não ser da cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Por causa daquela cruz, fui crucificado aos olhos do mundo, libertado da atmosfera sufocante da necessidade de agradar os outros e me encaixar nos padrões mesquinhos ditados por eles”. 1 A proposta do apóstolo é viver para Cristo e não para agradar os outros, para fazer média com as pessoas e colher os frutos da promoção ou glória pessoal. Nada deve nos impressionar, tomar o nosso coração e a nossa mente mais do que a cruz, a obra redentora de
Cristo, a Sua morte e a Sua ressurreição por nós. Diante dos apelos do mundo e da religião, do desejo ser relevante aos olhos humanos, devemos dizer como Paulo, “Já estou crucificado com Cristo e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Isso significa não viver na dependência da glória deste mundo, mas viver na dependência de Cristo e me satisfazer nEle. Um servo do passado, citado por Tozer, orou: “Rogo-te que purifiques os intentos do meu coração com a indizível dádiva da Tua Graça, 1 PETERSON, Eugene. A Mensa- a fim de que te possa amar gem. Bíblia em linguagem con- de modo perfeito e louvartemporânea. São Paulo: Editora -Te de um modo que seja Vida. 1ª. edição, 2011, p. 1662. digno”.
A nossa glória, portanto, está no Senhor e na Sua obra perfeita por nós na cruz e na ressurreição. Aprecio muito a adoração paulina: “Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos! Pois, quem conheceu a mente do Senhor? Quem se tornou o seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu alguma coisa, para que lhe seja recompensado? Porque todas as coisas são dele, por ele e para ele. A Ele seja a glória eternamente! Amém” (Rm 11.33-36). Aqui está a nossa glória e o nosso contentamento. Que O sirvamos com essa motivação!
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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA
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Viver para a glória de Deus – o que significa isso?
á é consenso entre os estudiosos da Bíblia que fomos criados para a Glória de Deus. Leia Isaías 43.7: “A todo aquele que é chamado pelo meu nome, e que criei para minha glória, e que formei e fiz” (Is 43.7). Em Efésios, no capítulo 1, temos expressões que seguem também o mesmo rumo: “... Para o louvor da glória da sua graça...Para a dispensação da plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra...Com o fim de sermos para o louvor da sua glória...” Veja também I Coríntios 10.31. E poderíamos citar outros textos, mas estes já nos ajudam a dar início ao assunto. Viver pra a glória de Deus é uma expressão afirmativa teológica que resume o motivo para o qual fomos criados por Deus. Mas, é uma expressão um tanto abstrata necessitando ser um pouco mais clareada para que possamos colocar este alvo divino em prática em nosso cotidiano. Depois de pensar muito tentando encontrar uma resposta mais clara e didática, cheguei à conclusão de que poderia partir da discussão de Jesus sobre os dois grandes mandamentos (Marcos 12.28ss), afinal, se são os grandes mandamentos considerados por Jesus, seriam eles o clímax da vontade de Deus e, portanto, poderiam nos indicar com segurança o que é viver para a Glória de Deus. Percebi que, embora sejam dois mandamentos, incluem três níveis de relacionamentos. Assim, viver para a Gló-
ria de Deus envolveria, como ponto de partida, os seguintes itens e, nesta ordem – Amar, viver em harmonia e comunhão com:
ção que damos a nós mesmos. Paulo, em Romanos 12.3, fala em termos uma percepção e consideração equilibrada de nós mesmos. Na Psicologia fala-se de autoimagem equilibrada, que evita o sentimento de superioridade ou de inferioridade. Infelizmente, no Cristianismo, isso foi, por muito tempo, considerado narcisismo, mas amar o próximo depende do amor-próprio, segundo Jesus. A autoimagem equilibrada nos leva a valorizar o próximo, a reconhecer suas necessidades, como também reconhecemos as nossas. Na queda, Adão e Eva envergonharam-se, pois descobriram que estavam nus, esconderam-se de Deus, autodesvalorizaram-se, sentiram-se culpados. Doenças ocupacionais começaram na queda (Gênesis 3.19), assim também o sofrimento físico foi amplificado (Gêneses 3.16).
é nosso socorro (do hebraico ezrah, de ezer) bem presente (Salmo 46.1). Significa “socorrer” e aqui no contexto indica que veio trazer o que faltava para completar a humanidade e não necessariamente o homem macho (ish). “Kenegdo”, no hebraico é “diante de”. Então, a mulher foi formada para completar o que faltava para a humanidade ser humanidade, de fato, e foi colocada diante do homem para que houvesse comunicação no mesmo nível, comunicação colegiada e colaborativa. Em Gênesis 1.27ss temos que Deus criou os dois à sua imagem e lhes deu o poder de gerenciar a Criação. Na queda, o homem culpou a mulher, rompendo assim com essa harmonia. O poder hierárquico, de cima para baixo, de comando e subjugação vem depois da queda – O teu desejo será para teu marido e ele te dominará (Gênesis 3.16), antes o relacionamento era de parceria e consenso (uma só carne – 2.24). Começam as crises relacionais e sociais.
• Deus: (E aqui penso na Trindade) tendo-o como modelo de vida para nossas decisões e escolhas diárias. O teólogo Emil Brunner define a ética como “A ciência da conduta humana na medida em que ela é determinada pela conduta divina”. Deus é o nosso ponto de partida e chegada. Nascemos como seres dEle e dependentes dEle para a vida, seja para a nossa manutenção, seja para nossas escolhas. Na ética chamamos isso de “heternomia” (Do grego “hetero” = outro e “nomia” de “nomos” norma, lei). Não fomos criados como seres eticamente autônomos, mas heterônomos, isto é, seres que dependem de princípios externos para suas decisões. A queda de Adão e Eva consistiu exata- • O próximo: Em Gênemente no desejo de serem sis 2.28, Deus declarou como Deus, autônomos, que não era bom que a buscando o conhecimento humanidade (Adam – no do bem e do mal (certo e hebraico: gênero ou raça errado no vocabulário da humana) estivesse só, ética) por si mesmos (Gênecomposta de um gênero – dos machos. Fomos cria- • A natureza criada: Embosis 3). A queda, muito mais do que uma ação digestidos como seres sociais. ra não esteja necessariaInfelizmente, muitas verva, foi uma declaração de mente incluída no texto independência e rebeldia dos dois mandamentos, sões da Bíblia traduzem a contra o Criador, por isso vivemos sobre a natureza expressão hebraica “ezer eles foram expulsos do Jarcriada por Deus e devekenegdo” como “auxiliadim do Éden, romperam dora que lhe fosse idômos viver em harmonia e com Deus e seus propósirespeito com ela. Veja que nea”. A palavra “ezer” não na queda a Terra passou a tem significado semântico tos para a Criação. produzir ervas daninhas e de hierarquia, pois é aplivenenosas (Gênesis 3.17cada também a Deus, que • Comigo mesmo: Amar o 18). Começam os dilemas vem nos socorrer e trazer próximo tem como refeambientais. o que está faltando (Deus rencial o amor e valoriza-
Veja que cada um dos quatro itens foram afetados com a queda, e o ser humano se rebelou contra Deus, querendo ser o próprio Deus e foi expulso do Jardim, perdendo a vida eterna (Gênesis 3.22ss). Tudo isso é importante conhecer, pois a salvação nada mais é do que fazer-nos retornar a este estado original da Criação, por isso que, quando salvos, nos tornamos novas criaturas (II Coríntios 5.17), para retornarmos posicionalmente ao Éden e recomeçarmos a nossa vida de lá, da origem, do plano original de Deus. Assim, a salvação é muito mais do que apenas perdão de pecados (aspecto jurídico) ou uma esperança escatológica que devemos visualizar para o futuro somente. A salvação é um meio de nos trazer de volta para o plano original de Deus e não um fim em si mesma. A salvação não é o centro da mensagem bíblica, mas um recurso, um conserto de nosso estado de rebeldia para nos dar condições de viver para o que fomos criados – para a glória de Deus – viver em amor e harmonia com Deus, comigo mesmo, com o próximo e com a natureza criada. O centro é Deus e sua glória. Por isso é que a Grande Comissão (Veja artigo anterior desta Coluna) é fazer discípulos, que envolve levar a pessoa a viver integralmente para a Glória de Deus. Veja que o desafio é muito maior do que apenas dar às pessoas um bilhete para o céu. Precisamos ampliar e aprofundar nossa mensagem de salvação e missionária.