OJB Edição 09 - Ano 2015

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 01/03/15

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIV Edição 09 Domingo, 01.03.2015 R$ 3,20


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EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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Dia da Esposa de Pastor

o calendário de atividades denominacionais da Convenção Batista Brasileira consta que o primeiro domingo de março é o “Dia da Esposa de Pastor”. Sim, é isso mesmo, mas confesso que poucas vezes pude ver uma ou outra igreja fazendo menção a esta data. Acredito que pela proximidade do Dia Internacional da Mulher, acaba o Dia da Esposa de Pastor passando despercebido. Contudo, o que não dá para passar despercebido é a eficiente atuação destas mulheres vocacionadas - tanto quanto os seus maridos - para um ministério nem sempre reconhecido, nem sempre lembrado. Mas, quando elas não atuam, é logo percebido. Em seu Livro “Mulher sem nome”, Nancy Dusilek trata

muito bem deste assunto ao abordar que muitas vezes nem o nome da esposa do pastor é lembrado, daí o título do livro. Nesta edição de O Jornal Batista nós queremos render graças ao Senhor por estas mulheres e, ao mesmo tempo, homenageá-las reconhecendo a importância que elas exercem na vida dos seus maridos como pastores. Ainda que não haja festas e celebrações neste dia, isso em nada diminui a importância de suas vidas e trabalho silencioso ou oculto que fazem. Muitas têm atuação bem visível, e são reconhecidas publicamente. Em muitas ocasiões, elas são desafiadas a assumirem o púlpito como pregadoras. Outras, estão sempre por trás do piano conduzindo a música ou

Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

dirigindo a União Feminina da Igreja, ou cuidando da Educação Religiosa; não raro vê-las conduzindo as questões de alimentação, para que ninguém deixe de ser atendido. Além de todas essas tarefas, não descuidam de acompanhar o marido e controlam com o olhar onde estão os filhos. Quase sempre são procuradas por membros da igreja, que gostariam de abordar algum assunto com o pastor; elas funcionam como porta- vozes. Outras não parecem tão ativas como essas, mas não menos importante, muitas vezes silenciosas a tudo, estão atentas e mantém os maridos informados dos diversos sentimentos percebidos. Há aquelas que estão sempre buscando informações do dia a dia da vida ou nas notícias da cidade,

estado, mantendo os maridos informados e indicando temas que eles podem abordar na igreja. Sem dúvidas, podíamos usar todas as páginas desta edição fazendo uma descrição do quanto estas mulheres abnegadas contribuem com o ministério pastoral, ou melhor, a importância da esposa no ministério pastoral. Mas, vamos nos limitar a lembrar de cada uma delas dia a dia em nossas orações, para que elas continuem firmes e constantes, abençoando nossas vidas. Usamos a capa para publicar uma pequena homenagem, publicando algumas fotos que representam as milhares por este nosso Brasil Batista afora. Dê um abraço na esposa do seu pastor neste domingo em que celebramos o Dia da Esposa de Pastor. (SOS)

Quem são os cristãos evangélicos

“Nossa mensagem como cristãos evangélicos é: Deus ama a todos e tem um plano especial de salvação e transformação”. “Agora, se preciso for, em garantia de nossa sã consciência e obediência a Deus, resistiremos bravamente, não com armas nas mãos, ou discursos desrespeitosos, mas com firmeza de que, se necessário for, nos levará para a prisão se algum dia o Estado estabelecer”. “Preferimos uma cela fria de uma prisão do que a insanidade da violência já visto na história da humanidade”. Meus parabéns ao nobre colega, pastor Guilherme, por essa valiosa colaboração.

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eporto-me ao artigo “Quem são os cristãos evangélicos”, do pastor Guilherme Amorim Ávila Gimenes, titular da Igreja Batista Betel, publicado no mui querido OJB de 29/06/2014, página 15, evidenciando as acusações contra os cristãos evangélicos que acreditam piamente na Palavra de Deus como única regra de fé e de prática: “Nós, cristãos evangélicos, somos radicalmente contra a violência do ser humano”. “Preferimos sofrer perseguições e retaliações do que promovê-las; pois aprendemos com Jesus que é inerente a nossa fé uma série de injustiças e afrontas”. “Não obrigamos a ninguém crer como nós”.

Arnaldo Nunes, pastor jubilado pela Junta de Missões Nacionais Campinas - SP


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MÚSICA Rolando de Nassau

A Paixão de Cristo, sentida por Bach (Dedicado ao leitor Joe Musgrave, de Arlington, Texas, USA)

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“Paixão de Cristo, segundo São Mateus”, de Johann Sebastian Bach (1685-1750), foi executada na Igreja de São Tomás, em Leipzig, na Alemanha, na sexta-feira da chamada Semana Santa de 1727, 1728 e 1729 (BWV-244-b), de 1736 e 1740 (BWV-244). Depois da morte de J.S.Bach, em 1750, a música sacra protestante declinou. Ficou negligenciada até o dia 11 de março de 1829, quando Felix Mendelssohn (18091847) a recuperou e regeu na “Singakademie” de Berlim. Estava presente o filósofo Friedrich Hegel (1770-1831), que escreveu: “O gênio erudito, robusto e verdadeiramente protestante de Bach, que só recentemente conhecemos, pudemos apreciar em seu completo valor”. Em 1820, Ludwig van Beethoven (1770-1827) tinha escrito: “Nicht Bach. Meer sollte er heissen” (Seu nome não deveria ser “riacho“ e, sim, “mar”). A “Paixão” foi executada em Breslau (atualmente Wroclaw, na Silésia polonesa), importante centro do reavivamento religioso que fazia restrições à música bachiana, em 1830. Só voltou a ser apresentada em 1841, em Leipzig, onde Bach foi ministro de música (1723-1750). Esta “Paixão”, na opinião de Karl Geiringer (18991989), “Representa o clímax da música de Bach para a Igreja Protestante” (J.S.Bach – The culmination of an era. London: Allen and Unwin, 1967; J.S.Bach – O apogeu de uma era. Rio de Janeiro: Zahar, 1985). A obra é uma meditação profunda e apaixonada de Bach sobre a morte de Jesus.

Escrito por Christian Friedrich Henrici (1700-1764), jovem poeta de Leipzig, inicialmente era um diálogo entre a Filha de Sião e o Fiel. Ouvindo o coro introdutório, descobrimos que ele usou o método literário da interpolação e uma técnica de reportagem até hoje ensinada nas escolas de jornalismo. Essa técnica requer que o repórter responda a certas perguntas de possíveis leitores: quando?,quem?, como?, o que?, onde?, por quê? Sob o pseudônimo “Picander”, escreveu o texto abaixo, pelo qual verifica-se que, com perguntas concisas e respostas categóricas, foi um bom repórter. 1) - “Kommt, Ihr Tochter, helft mir klagen” (Vinde agora, vós filhas, ajudar-me no pranto); 2) - “Sehet! Wen? Den Brautigan” (Vede! Quem? O Noivo); 3) - Seht ihn! Wie? Als wie ein Lamm“ (Vede-o! Como? Como um Cordeiro); 4) - “Sehet! Was? Seht die Geduld” (Vede! O que? Vejam a paciência); 5) - “Seht! Wohin? Auf unsre Schuld” (Vejam! Onde? Em nossas culpas); 6) “Seht ihn! Aus Liebe und Huld” (Ve-de-o! Por amor e clemência); 7) “Holz zum Kreuze selber tragen” (A madeira da cruz Ele mesmo carrega). O “libreto” foi constituído com: 1) - o relato de Mateus, capítulos 26 e 27; 2) - poemas de Picander; 3) - versículos de corais. Em 15 de abril de 1729, ninguém em Leipzig jamais tinha ouvido uma composição musical tão inusitada, que impôs ao público uma imagem tão elevada e luminosa do compositor, pois irradiava ao mesmo tempo gênio e piedade. A Ordem do Culto previa: 1) - toque de sinos; 2) - canto coral; 3) - “A Paixão de Cristo”, oratório, 1ª parte, pelo coro; 4) hino “Herr Jesu

Christ, dich zu uns wend”, pela congregação; 5) - sermão; 6) - 2ª parte do oratório, pelo coro; 7) – hino “Nun danket alle Gott”, pela congregação. O coro ocupava as duas tribunas laterais, à esquerda e à direita. Christian Gerber registrou, em 1732, o evento em sua história. A “Paixão” começa com um monumental trecho coral, que impressiona por sua estrutura musical e sua temática teológica. Desde os primeiros compassos, Bach nos submerge abaixo de um clima espiritual de amargura. A introdução orquestral, musicada por Bach, cria um ambiente sonoro de sofrimento e dor, sendo realizado por meio de figuras instrumentais que representam, para nossa surpresa, a Ascensão, e de um cânone vocal: os baixos imitados pelos tenores, enquanto as vozes femininas cantam um contra-cânone; o efeito é incomparável; o coro adulto executa duas antífonas, seguido pelo coro de meninos, que canta “O Cordeiro de Deus”. Tudo isso é altamente dramático e profundamente teológico: o justo sofrendo pelo injusto, o inocente morrendo pelo culpado. Picander, na quarta frase do coro introdutório, induz-nos à imitação do paciente e inocente sofrimento de Cristo, ressaltando a palavra alemã “Geduld” (paciência) para rimar com a palavra “Schuld” (culpa). Bach, por sua vez, arranjou a música para confirmar a tese de que a paciência de Cristo deve ser imitada pelos seus seguidores. A palavra “Unschuldig” (inocente) é inequívoca em seu significado; no coral é composta nas notas mais longas e mais altas. Quando Bach vai para a quinta frase (“Onde?”), ele se demora na pessoa do pecador; é o mais duradouro segmento, quando

são feitas várias repetições da questão “Wohin?”; é, como salientou Jaroslav Pelikan (Bach Among the Theologians. Philadelphia: Fortress Press, 1986), “O inocente Cordeiro de Deus x humanidade culpada”. Essas palavras eram bem conhecidas no século 18 pelos luteranos de Leipzig, como são atualmente conhecidas pelos Batistas do Brasil; mas eles, e nós, não refletimos sobre sua importância. Durante o julgamento de Jesus (trecho nº. 46 da “Paixão”), o mesmo coral aparece pela terceira vez, quando a turba quer que Ele seja crucificado; Bach e Picander põem na boca da soprano solista “Er hat uns allen wohlgetan” (Ele fez o bem a todos nós). Logo em seguida, Bach ressalta o amor de Jesus, na ária para soprano (nº. 49) “Aus Liebe will mein Heiland sterben” (Por amor meu Salvador quer morrer), exprimindo uma dor quase infinita. A “Paixão” termina por um coro fúnebre para representar a deposição do corpo de Jesus na sepultura, por isso Bach foi criticado. Mas, convenhamos, trata-se de um oratório passional com finalidade litúrgica: fazer com que os ouvintes contemplem a profundidade do seu pecado, e a profundidade, muito maior, do amor do Salvador. Friedrich Nietzsche (18441900), quem diria?, em 1870 escreveu: “Durante esta semana ouví três vezes a “Paixão” do divino Bach e a cada vez com o mesmo sentimento de infinita admiração”. A primeira vez em que ouvimos esta “Paixão” foi em 13 de setembro de 1957, por meio de gravação em disco LP (“Westminster”, WAL-401) realizada em 1953 no “Konzerthaus” de Viena (Áustria), com os maiores cantores solistas da época,

acompanhados por coro e orquestra sinfônica, e regidos por Hermann Scherchen. Durante quase 30 anos foi nossa preferida fonte de música. Depois de 1985 passamos a ouví-la com os discos LP (“Deutsche Grammophon”, 2711-012) gravados pela orquestra filarmônica de Berlim (Alemanha), regida por Herbert von Karajan. Uma gravação muito elogiada na década de 80 foi a de Karl Münchinger, com a orquestra de Stuttgart. Em 1998 a evolução tecnológica da fonografia levou-nos à gravação em discos CD realizada pela “Philips”, com a orquestra real do “Concertgebouw”, de Amsterdã (Holanda), dirigida por Eugen Jochum, que, no dizer de Rogério Cerqueira Leite, “Consegue conciliar expressividade e autenticidade”. Esses discos vinham acompanhados por folheto contendo os textos, algumas vezes bilíngues (alemão e português), outras vezes multilíngues(alemão, português, inglês e francês), o que permitia ao discófilo acompanhar o canto, mesmo sem conhecer alguma dessas línguas. Nunca frequentamos curso de aprendizado da língua alemã, mas, de tanto ouvir as obras corais de Bach, em 2012, quando fomos à Alemanha, estávamos em condição de ler livros, folhetos, jornais e revistas na língua de Lutero. Você quer ler em alemão? Então, ouça Bach. Pretendemos ouvi-la, pela 48ª vez, no próximo dia 03 de abril, quando serão comemorados os 288 anos de sua existência, sempre tendo em vista “A maior glória de Deus e a melhor instrução dos homens”. (Rolando de Nassau, “Introdução à Música Sacra”. Rio de Janeiro: edição do Autor, 1957).


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O que não quero para mim, não posso querer para meu semelhante Dinelcir de Souza Lima, colaborador de OJB

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m dia desses fui visitar um casal de amigos. Crentes em Cristo, dedicados em sua igreja, estão sempre falando de vida cristã, de vitórias em Cristo, de confiança em Deus. Confesso que às vezes se tornam enfadonhos. Mas são amigos de verdade. Chegamos, eu e a minha esposa à casa deles, e encontramos dificuldades em estacionar o carro. A rua era muito estreita e havia muitos carros parados ao longo do meio-fio (ou da guia). Se

deixasse meu carro na rua impediria a passagem de outros veículos. Fiquei sem saber o que fazer e buscamos a ajuda dele. Abriu o portão da sua casa e pensei que mandaria que eu estacionasse lá dentro, porque havia muito espaço. Ao invés disso, foi até a calçada de um vizinho e mandou que eu colocasse o carro nela. Fiquei preocupado, ele percebeu e pediu autorização à vizinha que, imediatamente, permitiu. Deixei o carro ali e fui andando com ele até a sua casa. Percebi que na calçada dele havia plantas estrategicamente colocadas para que

ninguém pudesse estacionar. A língua “coçou” e não pude deixar de dizer: “Pois é, você colocou meu carro na calçada de um vizinho, mas na sua calçada você colocou plantas para impedir que carros estacionem”. A reunião foi boa, agradável, mas não pude deixar de pensar em como pequenas atitudes nossas podem demonstrar desvios de caráter que possuímos, que são encobertos por estardalhaços religiosos. No entanto, a lição que ficou muito forte para mim foi que não posso agir com meu semelhante de alguma maneira que eu não gostaria que agissem comigo.

Pais virtuais Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

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urante uma palestra em uma escola aqui em Presidente Venceslau - SP no final dos anos “90”, fui questionado sobre a formação familiar onde já imperava a forte tendência da figura da mãe como única tutora familiar. O debate não se referia a isso propriamente dito, mas dava margem a uma colocação inerente ao assunto a partir da produção independente de filhos de uma renomada apresentadora de televisão ainda em atividade por aí. Como incentivadora inconsciente ou não do novo retrato da célula mais importante da sociedade, a artista não mantinha relacionamento afetivo com o pai, como foi exposto ao público no programa “Essa é a sua vida”, comandado pelo saudoso jornalista Jota Silvestre, em um tempo razoavelmente distante. De lá até esta data, a sociedade brasileira continua seu processo cambaleante e ébrio de desestruturação, infelizmente sem volta.

Como pessoas comuns, vivemos uma transformação interessante. Sempre reclamamos que a modernidade nos tirou um tempo apropriado para a família e para os filhos, deixando-os à mercê de uma educação independente, quase sempre falha. Prova disso são as prisões lotadas de jovens que mal iniciaram a vida porque se dispuseram a ficar “independentes” antes da hora. Outra: os pais apoiaram a educação influenciada diretamente pelos meios de comunicação, especialmente da TV. Agora, honestamente: quando nos interessamos por algo, sempre encontramos um espaço na agenda para nos dedicar a isso. É ou não uma verdade? Ou seja: não abrimos mão do que é importante para nós, para nosso ego, para nosso prazer. Nem em relação aos filhos. A autoridade paterna de 50 anos atrás, exercida com imposição e austeridade, já não pode mais retornar aos nossos dias. E nem tem como. Permitam-me, contudo, discordar desta liberalidade social que vemos hoje. Baseamos tudo no relativo e desprezamos o absoluto.

Tudo pode, tudo é aceito, tudo é bonito. Até creio que existam “obrigações filiais”, embora estejam sendo negligenciadas sem qualquer peso de consciência. Por isso, pagamos altíssimo preço: cada vez mais vemos famílias sem pais, grupos de um segundo casamento e famílias cujos pais e mães vivem em casas diferentes. Pode isso? Resumo da ópera: embora alguns entendam como sendo uma colocação exagerada, nada impede que a família seja analisada como portadora de certa enfermidade, notadamente, no campo espiritual. Outra consequência: desde quando o divórcio foi instituído, há mais de 30 anos, o número de separações aumentou mais de 200%. Expandiu também o casamento em que um dos cônjuges ou ambos são divorciados. Mais recentemente, com a aprovação da Lei 11.441, que permite o divórcio em cartórios, a família sofreu um novo baque: aumento de mais de 40% nos serviços de partilha de bens herdados. Trocando em miúdos: uma pequena discussão entre os pais pode desencadear o desmembramento familiar, deixando

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Família dividida, família destruída

uando questionaram Jesus sobre Sua autoridade para expulsar demônios, o Mestre declarou que a explicação estava na união entre Ele e o Pai. Para ilustrar, diz o texto: “Mas Jesus, conhecendo os pensamentos dele, disse: o país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será destruído. A família que se divide em grupos que lutam entre si também será destruída” (Lc 11.17). Na dinâmica do Reino de Deus, os demônios são as entidades do mal, inimigas do Criador. Uma das técnicas

usadas por eles é a de causar divisão e discórdia entre os filhos de Deus. É incalculável o número de seres humanos que aceitaram o ateísmo, diante do mau testemunho dos “religiosos”. Neste contexto, Jesus ensina que os demônios usam a mesma tática para destruir as famílias: gerando “grupos que lutam entre si”. Qual é a reação de uma esposa, quando ela sente que seu marido a ama, “Como Cristo amou Sua Igreja, dando Sua vida por ela”? Certamente, não será a de amá-lo, do mesmo jeito? Família dividida é família destruída. Quando os membros da família escolhem viver o amor de Cristo, este amor constrói a unidade espiritual e emocional da família. Família construída em Cristo é sempre família unida.

os filhos à disposição do destino. De certo modo, isso é ingratidão. Surge aí outro sinal da modernidade: a terceirização da criação das crianças. Normalmente a cargo de avós, tios e até conhecidos. Outras são “cuidadas” por duas ou até três babás. O que apavora: isso acontece em uma escala ainda não avaliada claramente. Beira à irresponsabilidade, essa é a verdade. A diferença entre ontem e hoje: a covardia. Muitos pais se acostumaram a recuar diante dos filhos. Não se trata especificamente de usar “da vara”, ainda que, biblicamente, para a correção é permitido por Deus. Refiro-me a impor limites. Não quero ser o dono da verdade, porém, assista aos programas que tratam do assunto filmando o cotidiano das famílias por dentro. Neles muitos pais “levam” tapas dos filhos. No futuro certamente serão agredidos, literalmente. Isso demonstra falta de personalidade dos genitores. Os desvios que advém desta total ausência de disciplina podem chegar ao extremo com o encarceramento de alguns filhos na idade adulta.

Não existe nada mais terrível. Minha saudosa avó, se viva fosse, chamaria estes tipos de pais de “pamonhas”. Reitero o que já explanei aqui há poucos meses. Além de ensinos bíblicos, a influência maior que exercemos sobre os filhos vem através dos bons exemplos. A nossa conduta é observada em detalhes pelas crianças. Se você se acha despreparado para o casamento, imagine para a criação dos filhos. E tem mais: uma das coisas mais importantes na conduta de homens e mulheres que aceitaram esse desafio envolve principalmente o exemplo da fidelidade entre ambos. Uma pesquisa britânica informa que um entre 25 homens está cuidando de filhos que não são seus. Um número que parece insignificante. Contudo, transfira esse levantamento para a sociedade brasileira que é menos conservadora e menos instruída. A notícia esclarece ainda que 20% das mulheres com relações estáveis naquele país mantêm “casos” amorosos com outros homens. E agora, o que pensar sobre o que acontece no Brasil?

“Mas, conhecendo ele os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino, dividido contra si mesmo, será assolado; e a casa, dividida contra si mesma, cairá” (Lc 11.17).

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Uma vida nova

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

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o participar da Convenção Batista Brasileira em Gramado - RS, ao ver os batismos de 27 novos irmãos, meu coração quase não aguentou de tanta emoção. Lembrou-me dos anos idos quando as nossas Igrejas batizavam grandes números de convertidos; não sei qual a razão que hoje os batismos estão se reduzindo. Com a responsabilidade de trazer a mensagem para a Igreja, fiquei perguntando a Deus como estes novos irmãos viverão esta nova vida, quando lemos o Evangelho de Lucas 14.26;27 e 33. O Espirito Santo me levou a analisar as expressões que o apóstolo Paulo escreveu aos Romanos, no capítulo 6, versículo 4. Que um

novo convertido já nasceu de novo, que o seu homem velho já morreu e foi sepultado, ressuscitando para que possa viver em novidade de vida, isto é, uma vida nova. O apóstolo Pedro na sua Primeira Carta diz que eles precisam receber um tratamento como recém-nascidos. Um leite não falsificado, que os fará crescer. Em nosso meio temos tantas marcas de leite que são colocados veneno, que não permitem que eles cresçam na doutrina que Paulo denomina de sã doutrina. Creio que o primeiro passo para uma nova vida é assumir a posição de pecador remido. Fiz parte de uma doutrina que quando o irmão se afasta, sua foto é colocada ao contrário. No conceito de Jesus e dos apóstolos, nós, os que já estamos alistados, também entendemos que precisamos viver irrepreen-

síveis, como filhos de Deus sinceros e inculpáveis, no meio de uma geração perversa e corrompida. Paulo explica que os pecadores foram destituídos da glória de Deus, e que o salário do pecado é a morte, mas, como a morte foi tragada na vitória, o novo convertido vai viver uma vida vitoriosa se ele crescer em duas direções, se ele for ensinado a viver uma vida de humildade diante de Deus e dos homens. Jesus disse que a Igreja é a luz do mundo, mas, não uma luz colocada debaixo do orgulho, para que Deus possa exaltá-lo. Também ele precisa aprender que todas as circunstancias deverão ser lançadas sobre o Cristo crucificado. Ele precisa aprender aos pés de Jesus como Maria, e não preocupado com os afazeres de Marta. Outra doutrina que deve ser ensinada é que

ele foi plantado com Cristo. Jesus disse que se o grão cair na terra e ficar ele só, vai morrer, mas se ele ressuscitar em uma nova vida, ele vai produzir cem por um. O que tem que ser ensinado ao novo convertido é que ele agora foi liberto da vã maneira em que vivia como tradição. Ele não mais faz parte da roda dos escarnecedores, não anda mais sob o conselho dos ímpios, e não se detém no caminho dos pecadores não redimidos. Paulo entendeu a nova vida da maneira em que se expressou, quando disse que ele agora estava morto para o mundo e vivo para Deus, de acordo com Romanos 6.10. O pecado não reina mais no seu corpo mortal para obedecer as concupiscências. Ele agora não mais apresentará seus membros ao pecado como instrumentos

de iniquidade, pelo fato que agora faz parte de um grupo que foi escolhido, nomeado, para dar frutos que permanecem para a vida eterna, segundo João 15.16. Agora ele não é mais inimigo de Deus, ele é amigo, como relata Tiago 4.4. E como amigo, ele pode ser um intercessor pelos outros, junto com a Igreja. Vida nova é uma vida de renúncia dos desejos da carne e dos pensamentos. Agora, ele tem a mente de Cristo. Sua velha natureza morreu. Agora, ele é feitura de Cristo para as boas obras as quais Deus preparou para que andássemos nelas. Paulo escreve em Gálatas: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do filho de Deus, o qual se entregou por mim” (Gl 2.20).


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Cássia Virginia Guimarães Cavalcanti, presidente da UEPBB

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o dia 04 de fevereiro aconteceu na cidade de Gramado - RS mais uma Assembleia das Esposas de Pastores Batistas do Brasil, no Espaço Cultural da FAURGS. Foi o maior encontro já realizado com a presença de 281 mulheres em nossa reunião. Teve início com um momento devocional e a professora Iracy Leite trouxe para todas nós uma meditação bem atual: “Luz, energia da vida”, baseada em Mateus: “Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 5.14-16). A apresentação das caravanas e das presidentes estaduais foi realizada pela 3ª vice-presidente, Ilka Mendonça dos Anjos Duarte, sendo um momento de descontração e muita alegria.

notícias do brasil batista

Esposas de pastores: sozinhas, nunca mais O tema do encontro, “Mulheres mentoreando mulheres”, foi desenvolvido o dia todo pela missionária Ilaene Schuller – SEPAL. Sua missão foi nos convocar a não sermos sozinhas e, sim, a formar grupos de apoio onde cada uma possa falar das suas dificuldades, sonhos e realizações. Cada participante adquiriu um livreto de orientação para o mentoreamento. No período da tarde, o grande grupo permaneceu interessado e por isso bastante participativo. Após esse momento, a Comissão de Análise de Atas e de Exames de Contas apresentou seu relatório, que foi aprovado por todas. A nova diretoria da União de Esposas de Pastores Batistas do Brasil (UEPBB) foi eleita, ficando assim constituída: diretora-presidente - Cassia Virginia Guimarães Cavalcanti – PE; primeira vice-presidente - Ilka Mendonça dos Anjos Duarte – Fluminense; segunda vice-presidente - Vanda Redhed Martim – GO; terceira vice-presidente - Waltemira de Souza Nogueira – RS; primeira secretária - Débora Silva Lins e Silva – SP; segunda secretária - Dayse Vespasiano de Assis – SE; primeira tesoureira - Edna Barreto Antunes dos Santos – Fluminense; segunda tesoureira - Ailda Lima

Lemos – SE. A posse ocorreu com a oração da irmã Dulce Purim Consuelo. Querida, convocamos você - esposa de pastor - a participar da Associação do seu estado e da próxima Assembleia Nacional, que acontecerá em Santos - SP. Neste primeiro domingo de março, Dia da Esposa do Pastor, parabenizamos a todas pela passagem do nosso dia! Para você meditar: • “Feliz o pastor que tem na esposa uma companheira fiel, mãe exemplar, crente dedicada, que compreende o seu ministério e o estimula a exercê-lo com proficiência” - pastor Júlio Sanches • “Que possamos, como esposas de pastores, crescer, a cada dia, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Tudo o que temos e o que somos, nossa existência, nossa história pessoal, nossa singularidade, nossa identidade, ão únicos, criados pelo Pai. Que Ele possa nos usar para Sua honra e glória no ministério da Palavra, como ajudadoras, primeiras-damas reconhecidas, ou não, pelos homens, mas aplaudidas pelo Pai” - Vera Vilar


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missões nacionais

Mulheres do Projeto Alma Livre fazem ação social em asilo Redação de Missões Nacionais

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ulheres que participam do Projeto Alma Livre passaram uma tarde cuidando dos idosos do Asilo Dona Paula, em Belo Horizonte – MG. As jovens se dispuseram a cuidar dos senhores e senhoras que vivem no lugar, oferecendo refeição e prestando serviços estéticos, como pintar o cabelo e fazer as unhas. A ação das jovens representou para os idosos um tempo de confraternização muito especial entre as gerações. O projeto da Casa Alma Livre

Solidariedade de alunas que sabem a importância de receber ajuda

faz parte do ministério da missionária Mônica Peixoto, e oferece auxílio e amparo à mulheres egressas do sistema prisional ou em situação de risco social, juntamente com seus filhos.

UFMBB faz doação para Cristolândia de Alcântara - RJ

Alunos recebendo doações, acompanhados pelo pastor Exequias Santos, coordenador da Cristolândia Rio de Janeiro

Redação de Missões Nacionais

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o último fim de semana, uma significativa doação chegou ao Centro de Formação Cristã (CFC) Cristolândia de Alcântara - RJ. A União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB) doou lençóis, que já estão sendo utilizados no CFC.

Essa organização de mulheres batistas tem sido uma grande parceira de Missões Nacionais, apoiando e visitando diversos projetos. Outra grande ajuda que elas têm dado é no campo espiritual, por meio das orações que mobilizam mulheres em todo o país. Que Deus continue dando visão a cada uma de suas servas.

Em Fortaleza - CE, reuniões de oração em lares resultam em conversões

CFC Cristolândia de Campinas - SP: Festa pelo aniversário da filha de uma das alunas do Projeto

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Redação de Missões Nacionais

“G

randes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres”, declara a missionária Geane Campos, fazendo uso do versículo que se encontra no Salmo 126.3. Ela atua na liderança do Centro de Formação Cristã Cristolândia, em Campinas – SP, onde as mães e seus filhos são acolhidos com o intuito de que permaneçam juntos durante o período de tratamento contra a dependência química. Graças ao apoio de parceiros e amigos do Projeto, foi possível realizar uma linda festa para a filha de uma das alunas. Marcela, mãe da pequena Vitória (a aniversariante), emocionou-se e confessou que tinha sido a primeira comemoração de aniversário da menina, que completou quatro anos de idade. Antes, Marcela não se fazia presente na vida de Vitória. Ela não acompanhava o crescimento e não interferia na educação da filha, mas, hoje, ela cuida e também compartilha amor com sua outra filha, a pequena Nicolly, de três meses. “Deus seja louvado e engrandecido. As três vivem um relacionamento de mãe e filhas”, diz Geane. Continue orando e participando desta obra, que é tão importante para as vidas que têm sido alcançadas e transformadas por Cristo.

Grupo reunido para orar

Redação de Missões Nacionais

S

emanalmente, os missionários Izaías Emídio e Ariene Machado realizam culto de oração em lares. Durante os cultos, eles também realizam, em um ambiente separado, um trabalho evangelístico para crianças. Vidas têm sido impactadas pela Palavra de Deus e,

como resultado, mais duas pessoas aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador. As duas novas convertidas continuarão sendo acompanhadas pelos missionários a fim de que sejam discipuladas e continuem firmes em Cristo. Interceda por este ministério, para que os missionários continuem fortalecidos no Senhor a fim de que mais vidas sejam alcançadas.

Projeto Água Viva: batismos marcam realização do Projeto na Bahia Redação de Missões Nacionais

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conteceu o primeiro batismo do Projeto Água Viva em Juazeiro - BA, onde atuam os missionários Rafael e Joselina Lucchiari. Cinco pessoas foram batizadas e cerca de 60 assistiram ao culto de batismo. Louvamos a Deus pelo trabalho realizado nessa região, que precisa tanto de Deus. Interceda por esse projeto missionário. Para apoiar por meio de ofertas, escreva para pambrasil@missoesna-

Cinco pessoas foram batizadas

cionais.org.br ou entre em contato com a nossa Central de Atendimento: Do Rio de Janeiro – (21) 2107-1818 / Outras capitais e regiões metropolitanas – 4007-1075 / Demais localidades – 0800707-1818.


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notícias do brasil batista

Gramado - RS sedia a 95 Assemble Integralmente su a

Sandra Natividade, jornalista, membro do Conselho Editorial

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sentimento que nos cabe neste momento é de júbilo pela realização da 95ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) não só pelo número de inscritos – 2.229 -, mas pela participação e entusiasmo de seus mensageiros. Esta foi, sem qualquer dúvida, pela sua peculiaridade, uma das mais representativas Assembleias já vista no quadro cronológico das nossas convenções; na verdade, esse número de inscritos foi suplantado pelas Assembleias 47ª e 51ª, 53ª, 64ª, 65ª, 67ª a 80ª, 82ª, 83ª, 85ª, 89ª e 92ª, historicamente realizadas em Niterói-RJ respectivamente, Campos-RJ, Salvador-BA (a recordista 6.020), Porto Alegre-RS, Campo Grande-MS, Vitória-ES, Brasília-DF, Fortaleza-CE, Belo Horizonte-MG, Niterói-RJ, Londrina-PR, São Paulo-SP, Aracaju-SE, São Luis - MA, Natal - RN, Salvador-BA, Goiânia-GO, Serra Negra-SP, Olinda-PE, Vitória-ES, Rio de Janeiro-RJ, Brasília-DF, Foz do Iguaçu-PR. Contudo, em Gramado-RS a situação foi atípica, pois inexiste imóvel próprio, há apenas uma congregação, essa cheia de graça e gente que trabalhou diuturnamente para receber Batistas de todos os estados brasileiros. Essa Assembleia, cujo período foi de 06 a 10 de fevereiro nas dependências do Centro de Convenções Serra Park – Gramado - RS, é considerada por nossas estatísticas como a maior dos últimos 12 anos. A ênfase trabalhada pelos Batistas neste ano convencional é “Desafiados a ser padrão de submissão a Cristo”. Tema: “Integralmente submissos a Cristo” e divisa em Romanos:

Novo presidente da Convenção Batista Brasileira: pastor Vanderlei Batista Marins

“Libertados do pecado, transformados em servos de Deus tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Rm 6.22). A Convenção Batista do Rio Grande do Sul, divulgadora e hospedeira local da 95ª ACBB, tem uma história marcante. O trabalho de evangelização naquele estado remonta 1881 pela

Concentração para o impacto evangelístico nas ruas de Gramado-RS

argúcia e constância de imigrantes alemães residentes no interior de Santa Cruz do Sul. Em 1910 houve a organização do primeiro trabalho de língua portuguesa, capitaneado pelo missionário Albert Lafayette Dunstan, integrante da Junta de Missões Nacionais (JMN). A Convenção foi organizada oficialmente em 17 de dezembro de 1925

com o objetivo precípuo de cooperar, evangelizar e fazer em todo o tempo missões e beneficência. À época estava entre nós, o casal Harley e Alice Bagby Smith. As carências de evangelização no estado são enormes, com uma população de 11 milhões de habitantes e 497 municípios. Os Batistas se inserem nesse contexto com

10.853 membros e 90 Igrejas espalhadas em apenas 81 municípios; diante de nós, os Batistas, abre-se um vasto e fértil campo missionário e um imenso desafio – entre os evangélicos, em geral, há 18 para cada 100 pessoas no Rio Grande do Sul, quanto à denominação Batista - 1 Batista para cada 1000 pessoas no Rio Grande do Sul, portanto, vidas precisam ser transformadas, e o Evangelho de Cristo necessita avançar naquela região. Nas boas-vindas do pastor Carlos Lopes, do Rio Grande do Sul, lemos: “Como igrejas e Convenção Batista do Rio Grande do Sul, nossa oração é que os céus se abram sobre nossa nação e juntos sejamos resposta de Deus nessa geração em Cristo Jesus”. Gramado-RS é uma das cidades mais floridas do país, é a cidade das hortênsias, esbanja natureza, comércio e cordialidade. Foi neste contexto que os Batistas brasileiros se encontraram neste 2015 para a sua 95ª Assembleia Convencional. Vimos muito esmero, vontade de servir e trabalho, muito trabalho. Os relatórios mais esperados da Assembleia: Conselhos Geral e Fiscal - foram recebidos com a costumeira atenção - é ali que reside a vida material e financeira da denominação. Para trabalhar nesse mundo financista, necessitamos de recursos e não são poucos, mas Deus tem honrado com graça o crescimento numérico e econômico da denominação. Essas convenções anuais são, na verdade, um grande congresso Batista de vanguarda, é abençoador, dá maior visibilidade ao trabalho global das igrejas, naturalmente, perenizando os princípios denominacionais. É um grande trabalho gerido pela direção-geral da CBB na

Ministração do pastor Tércio Ribeiro de Souza - AL na Noite Missionária


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eia da Convenção Batista Brasileira ubmissos a Cristo liderança do pastor Sócrates Oliveira de Souza. Do primeiro dia 06, ao último dia 10, muito trabalho. A abertura, instalação oficial pelo seu presidente na data, pastor Luiz Roberto Silveira Silvado, as apresentações da Associação dos Músicos Batistas do Brasil, os recitais, momentos devocionais e inspirativos, as mensagens de homens de Deus talhados para o ministério do púlpito e o Encontro de Parceiros do PAM Brasil, que mostra o modo Batista de evangelizar. E o trabalho segue célere, nomeação das comissões de trabalho, bem como as diretorias das Quatro Câmaras Setoriais - Área Missionária que abrange: Juntas de Missões Mundiais e Nacionais da CBB; Área de Educação Ministerial - contemplando os Seminários Teológicos Batistas: Equatorial, Norte do Brasil, Sul do Brasil, como também a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil; Área de Educação Religiosa – que reúne Juventude Batista Brasileira, União Feminina Missionária Batista do Brasil, União de Homens Batistas do Brasil, Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil, Associação de Diáconos Batistas do Brasil e Associação dos Músicos Batistas do Brasil; Área de Ação Social, envolvendo o Departamento de Ação Social da CBB e a Associação Nacional de Escolas Batistas. No antepenúltimo dia tivemos a apresentação dos Relatórios das Câmaras Setoriais sempre com um auditório atento às informações, sugestões e resoluções assumidas pelas respectivas câmaras. Nas comunicações literárias houve informação de que a Convicção Editora continua produzindo literatura de boa qualidade. A Assembleia contou com a presença de representantes denominacionais

Nova diretoria da CBB para o biênio 2015-2016: Nancy Gonçalves Dusilek, Josué Mello Salgado, Eli Fernandes de Oliveira, Vanderlei Batista Marins, Daisy Santos Correia de Oliveira, Damares Beatriz de Luna Rodrigues, Edgard Barreto Antunes e Jane Célia da Silva Rodrigues

da Aliança Batista Mundial (ABM) e da União Batista Latino Americana (UBLA). O período de 06 a 10 foi intercalado por Mensagens e Estudos Bíblicos facilitados por teólogos e seminaristas: pastor Luiz Roberto Silveira Silvado - presidente da CBB, pastor Russel Sheed - SP; pastor João Reinaldo Purin Júnior; pastor Evaldo Carlos dos Santos - ES; pastor Paige Petterson - SWBTS; pastor Paulo Fernando Cabral - RS; pastor Luiz Sayão - SP; seminarista Alexsander Cleyton de Souza - MS. Todas as mensagens e estudos continuam ressoando, promovendo as transformações e aplicações necessárias, algumas até intermitentes não podem calar. Pastor Silvado replicava: “Saia do monte de transfiguração com as forças renovadas”, – pastor Sayão “A graça de Jesus cancela as adversidades”, pastor Tércio “Cuidado com o muito tempo falando e pouco tempo orando”. Verdades que por certo nos acompanharão. Ouvimos pronunciamento de líderes acerca de maior participação jovem nas Assembleias, pas-

tores Sócrates e Silvado se destacaram em comentários amistosos deixando claro que existe um objetivo comum, tudo redunda no empenho de juntos ganharem almas para Cristo. Entrevistando o jovem Filipe Lima Lemos, 23, universitário, SE, perguntamos sua impressão sobre a Convenção, prontamente o jovem respondeu que discordava de que “O modelo das Assembleias não era atrativo ao jovem, a meu ver deve ser assim, o jovem é que deve amadurecer para se tornar público-alvo da Assembleia. O único ítem que deve ser revisto é a inscrição, ela está cara”, concluiu. No domingo, 08 de fevereiro, na preparação para o impacto evangelístico, ministrou o pastor Ney Ladeia - PE; à tarde, o impacto evangelístico concentrou-se na rua aberta de Gramado-RS, de onde centenas de convencionais saíram de três em três visitando lojas, galerias, rodoviária e residências, convidando a população para a noite evangelística. O espaço utilizado todas as noites se

96ª Assembleia da CBB foi a maior em número de mensageiros dos últimos 12 anos

tornou pequeno. O pregador, pastor Tércio Ribeiro de Souza - AL, foi contundente na entrega do recado de Deus. Ali muitas vidas se renderam ao Salvador Jesus. Antes da Assembleia convencional, a cidade já recebia a Trans Gramado, impactando e conhecendo a situação espiritual daquela gente, mais de 100 voluntários colocaram a mão no arado evangelizando os gaúchos que serão discipulados, posteriormente, por Renato e Kênia Florêncio, missionários da JMN. A Trans Gramado apresentou seus resultados: 213 decisões a Cristo, entrega de 20 mil evangelhos de João, formação de 30 pequenos grupos de evangelização, realização de 32 batismos, e a necessidade de deixar 10 líderes para permanecer ajudando os voluntários por mais algum tempo. Nessa 95ª Assembleia Convencional houve eleição para as novas diretorias das Organizações. Na noite de encerramento houve a apresentação oficial e oração por essas diretorias: UMHBB, OPBB, AECBB, AMBB, ADBB, AEPBB, ABIBET E ANEB. A posse da nova diretoria da CBB ocorreu naquela sessão; são seus novos diretores - Presidente: pastor Vanderlei Batista Marins, da PIB de Alcântara-RJ; 1º vice-presidente: Eli Fernandes de Oliveira, da Igreja Batista da Liberdade - SP; 2º vice-presidente: Josué Mello Salgado, da Igreja Batista Memorial de Brasília - DF; 3º vice-presidente: Nancy Gonçalves Dusilek - RJ. Na secretaria: Daisy Santos Correia de Oliveira, Damares Beatriz de Luna Rodrigues, Edgard Barreto Antunes e

Jane Célia da Silva Rodrigues, compreendendo os cargos de primeira e segunda secretárias, terceiro secretário e quarta secretária, respectivamente. O presidente Vanderlei Marins demonstrou seu reconhecimento e gratidão à diretoria que o antecedeu nas pessoas do pastor Roberto Silvado e na direção-geral da CBB, pastor Sócrates Oliveira, como também a todos pela eleição, dizendo que seu mandato terá como base confiar no Senhor e depender dele, caminhar com Ele integralmente submisso a Cristo, valorizar a Bíblia palavra imutável de Deus, fazer cumprir os documentos da CBB, respeitar as igrejas como vitrines do Senhor no mundo. Continuou dizendo que, para a glória de Deus, dará o tom da gestão para o progresso da obra Batista brasileira com cordialidade, porque o que é de Deus deve ser cuidado com desvelo. Finalizou exaltando o nome de Jesus, recitando textos diversos das escrituras sagradas, entre eles: “Se Deus é por nós quem será contra nós”; “Eis que não dormita nem dorme o guarda de Israel”, “O Senhor te guardará de todo o mal, na tua entrada e na tua saída”. A 96ª Assembleia convencional será na cidade de Santos, em São Paulo, no período de 13 a 19 de abril de 2016 no Mendes Convention Center. Assim, a CBB realizará a 13ª Assembleia no estado São Paulo e a segunda na cidade de Santos, vez que a 21ª Assembleia da CBB foi realizada naquela cidade em 1934. A Deus, senhor absoluto dos Batistas brasileiros, toda a honra pela realização da 95ª ACBB.


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notícias do brasil batista

Departamento de Ação Social da CBB

Histórias que animam e desafiam Simone Heimann Almeida, coordenadora do Núcleo Social de Diadema-SP

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Núcleo Social de Diadema-SP é uma das sete unidades da Sociedade Batista de Beneficência TABEA, Junta de Serviço Social da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil. O Núcleo Social de Diadema desenvolve um trabalho filantrópico com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social

em Diadema - SP. O Núcleo atende de 550 a 600 pessoas ao ano entre crianças, adolescentes, jovens e familiares. As atividades e programas visam a transformação social e a expansão do Evangelho. A missão do Núcleo é resgatar a dignidade dos seus atendidos e, para isso, oferece atendimento no contraturno escolar, oficina de esportes, cursos de capacitação profissional (informática, marcenaria, panificação e administração), além de atendimento aos familiares.

Dentre as pessoas que tiveram sua dignidade resgatada e conheceram Jesus através das ações do Núcleo, destacamos a Sâmella, criança que vivia em situação de grande vulnerabilidade quando começou a participar das atividades oferecidas pelo Núcleo. Passava por grandes dificuldades com sua mãe e irmãos. No Núcleo recebeu alimentação, cuidados, instrução, ensino bíblico, conheceu Jesus e ganhou uma nova perspectiva de vida. Hoje, com 19 anos, é membro de uma Igreja Batista,

trabalha e cursa a faculdade de Nutrição. Sâmella, reconhecendo a importância do Núcleo em sua vida, relatou que “Se não tivesse frequentado as atividades do Núcleo Social provavelmente estaria perdida no mundo. Mas Deus me escolheu e tem trabalhado na minha vida desde o dia em que entrei no Núcleo, e hoje me alegro por ver que esse lindo trabalho, de muita dedicação e amor dos diretores e toda a equipe, tem crescido e abençoado muitas vidas”, disse.

Além da alegria com a conversão e transformação da vida de Sâmella, ela também nos alegra com sua iniciativa: desde 2013, ela apadrinha uma criança e contribui fielmente com nosso trabalho. Relatos que nos permitem dizer: “Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (I Co 15.58 NVI).

O conceito de “Batista Sangue Limpo” tem a ver com a qualidade de vida dos crentes salvos por Jesus Cristo que estão em nossas Igrejas, por estarem distantes dos elementos impeditivos, [em especial os sexuais

e relações extraconjugais e homoafetivas), para ser reprovado como doador na entrevista. “Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo?” (I Co 6.15a)]. Foi um tempo de muita

alegria e descontração entre os participantes e a inquestionável demonstração de amor ao próximo e testemunho do verdadeiro cristão. Nosso desejo é que, agora motivadas, a Igrejas tenham suas campanhas.

Associação das Igrejas Batistas do Nordeste Paulista (AIBANOP) promove campanha de doação de sangue na região Valdenir Albarral, presidente da AIBANOP

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o dia 31 de Janeiro as Igrejas Batistas do Nordeste Paulista (AIBANOP) estiveram mobilizadas com a Campanha de Doação de Sangue e cadastro para Transplante de Medula. A Campanha de Doação de Sangue “Batista Sangue Limpo”, que já vem sendo re-

alizada pela Igreja Batista do Jardim Redentor - SP há dois anos com três campanhas anuais, no mês de Janeiro 2015 teve sua ampliação para todas as Igrejas Batistas da Região trazendo grande movimentação nos Hemocentros, mas, principalmente, muita comunhão entre os irmãos. Também quero destacar minha alegria em ver o envolvimento de vários pastores e Igrejas da nossa região envolvidas na Campanha.


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missões mundiais

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Missionários atuam para traduzir a Bíblia em Burkina Fasso

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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evar a Palavra de Deus escrita ao povo marka, em Burkina Fasso: esta é a missão do casal Thiago e Alline Rosendo, de Missões Mundiais. Os missionários, há pouco mais de um ano no campo, têm pela frente uma grande missão: contribuir com a tradução da Bíblia para a língua dafim, idioma falado pelos markas. O desafio se torna maior ainda por se tratar de uma língua ágrafa, ou seja, sem registro escrito. “A etnia marka conta com cerca de 300 mil falantes

espalhados pelo nordeste de Burkina Fasso, e a língua dafim ainda possui status de língua ágrafa. Há, no mínimo, cinco variações do dafim, e nossa tarefa este ano será identificar qual variante é a mais compreensível, atingindo todo o território marka e, a partir de então, junto com a comunidade e seus líderes, realizar uma proposta ortográfica abrangendo toda a estrutura da língua, como tons, nasalização, alongamentos, entre outros aspectos”, explica Thiago Rosendo. O coordenador da JMM para a África, pastor Hans Udo Fuchs, explica que existe em Burkina Fasso uma

associação dedicada à tradução da Bíblia que designou um obreiro nacional para trabalhar com nossos missionários. “Eles formaram uma equipe com líderes das aldeias e estão na fase de visitar os lugarejos e tomar nota das várias maneiras de usar as palavras que estão aprendendo. Essa equipe vai se reunir durante anos, traduzindo e revisando versículo por versículo da Bíblia. É o trabalho de uma vida. À medida que os livros bíblicos vão ficando prontos, são impressos e distribuídos, para apressar a circulação da Palavra de Deus”, esclarece o pastor Hans.

Nossos missionários ressaltam o desafio de alcançar o povo marka com o Evangelho de Cristo, uma vez que quase sua totalidade é seguidora do islamismo, além de sua cultura ser extremamente animista há séculos. “Porém, o nosso projeto surge em meio a um forte movimento de evangelização desse povo, permitindo que igrejas venham a nascer, apesar da forte oposição que elas enfrentam. É o surgimento dessas igrejas que nos motiva ainda mais, pois sabemos que a maturidade e o crescimento delas precisam ser arraigados ao conhecimento da Palavra de Deus em sua língua materna”, diz Thiago.

A tradução das Escrituras para a língua do povo marka já foi tentada no mínimo três vezes no passado, porém, os missionários tradutores pioneiros tiveram que deixar o campo nessas vezes anteriores, nos anos 1970. O casal Thiago e Alline tenta resgatar um pouco do material remanescente e precisa de muitas orações para seguir em frente nessa empreitada. “Juntamente com minha esposa, Alline, e nosso filho Lucas, de um ano e meio, decidimos lutar para que nossa família, em sua maneira de viver no meio do povo marka, venha ser voz de Deus para esse povo e essa nação”, conclui.

Voz de Deus entre refugiados Násser Mussa – missionário da JMM no Oriente Médio

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ou técnico mecânico e também fiz curso para ser técnico de futebol, uma grande ferramenta de trabalho e interação com a comunidade na qual tenho anunciado o Evangelho. Também fiz cursos na área de desenvolvimento comunitário, plantação de igrejas e liderança. Tudo isso tem sido muito edificante no meu ministério e no da minha esposa, Yasmin Mussa, aqui no Oriente Médio. Aqui se encontra a maioria do povo curdo. É uma região quase que independente do resto do país, o qual não posso citar o nome por questões de segurança. Nesta nação temos um presidente, um primeiro-ministro, um Parlamento, uma bandeira, um hino próprio e um Exér-

cito. Nos últimos cinco anos vimos um desenvolvimento acelerado com investimento vindo de todos os lados. Tenho trabalhado com pessoas vindas de mais de 20 países. Elas estão frequentando a Primeira Igreja Batista Internacional, que plantamos há três anos aqui na cidade onde estamos. São médicos, babás, professores, domésticas. Com esse trabalho, alcançamos quase todas as esferas da sociedade local. Eu e Yasmin também trabalhamos com crianças através da TOP Brazilian Sports Academy, ministério esportivo no qual usamos o futebol para ensinar valores da Palavra de Deus. Nesse ministério, tenho inúmeras oportunidades de parcerias, tanto com os ministérios do governo local, como com igrejas e organizações não-governamentais.

A fim de levar periodicamente socorro e esperança aos necessitados, adotamos, como Igreja, alguns campos de refugiados. Tenho tentado levantar recursos para suprir necessidades básicas das pessoas que por lá tentam sobreviver. É uma forma que encontrei para testemunhar o amor de Cristo, estreitando relacionamentos e compartilhando também o Evangelho. Tenho visto milagres acontecerem e algumas dessas pessoas já estão sendo alcançadas por Jesus. O objetivo é poder continuar esses relacionamentos mesmo após esses cidadãos retornarem para suas cidades. Assim, poderemos pensar em plantarmos novas igrejas pelo país. Neste tempo de crise, tenho experimentando um avivamento e espero uma grande colheita. Povos que eram completamente fecha-

dos e de difícil alcance agora estão próximos e abertos para receber todo tipo de ajuda. Conto com o apoio de nossos irmãos em Cristo no Brasil para avançar nesta missão. As dificuldades são muitas. Sozinho é impossível continuar. Sou grato a todos aqueles que já participam do meu ministério e faço um apelo para que mais pessoas se juntem a nós com suas orações e ofertas. Já estávamos sofrendo com refugiados vindo da Síria, com a invasão dos terroristas do Estado Islâmico à cidade no segundo semestre de 2014. O influxo de refugiados é enorme, e as necessidades são assustadoras. Precisamos urgentemente de recursos financeiros e humanos para podermos, de alguma forma, aliviar o sofrimento de parte desses refugiados.

Consegui levantar recursos com a PIB Internacional, e, com isso, compramos alimentos, colchões, cobertores, medicamentos. Artigos de primeira necessidade para distribuirmos nestes campos que adotamos. Boa parte das doações que recebemos tem sido usada na locação de um veículo para transportarmos estas doações até os refugiados. Se tivéssemos uma van própria, a economia seria incrível, e mais pessoas poderiam receber ajuda. E mesmo quando os refugiados tiverem retornado para suas casas, essa van servirá em meu ministério esportivo e na PIB Internacional. Ore para que alcancemos o valor necessário para a compra desse veículo através de ofertas específicas. Esta é a minha história aqui no Oriente Médio. Para que ela continue, sua participação é fundamental.


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notícias do brasil batista

Vai acontecer em São Paulo...

Genivaldo Andrade de Souza, presidente da CBESP

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período de 2015 e 2016 é um tempo para orar, pois tudo depende de Deus. Porém, é também o momento de trabalhar, como se tudo dependesse de nós. Independente de quais sejam as pessoas eleitas para as próximas diretorias, a Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), na direção do Espírito Santo, definiu o seu Plano Estratégico, que vai até 2018. Nos dois próximos anos especialmente, está diante de todos nós, povo Batista de São Paulo, intensos desafios; e aqui destaco três deles: Pré-congressos de despertamento espiritual organizados pelas macrorregiões da CBESP Ainda embevecida pelas impactantes mensagens proferidas pelo pastor Billy Kim em nossa última Assembleia, a diretoria atual levou ao Conselho Geral o desfio de em 2016 termos o Grande Congresso de Despertamento Espiritual, sendo que este será precedido por diversos Pré-congressos

nas macrorregiões ao longo deste ano de 2015, como preparo e chamada ao povo, e deverá ter como divisa: “Insensato! O que tu semeias não é vivificado se primeiro não morrer!” (I Co 15.36); e tema: “Cultivando a Santidade como estilo de vida”. Isto porque entendemos que santidade é viver cotidianamente cultivando a presença de Deus. Como dissemos, não se trata de uma corrida de longa distância, mas de revesamento, ou seja, contamos com cada um dos 16 coordenadores das macrorregiões (missionários itinerantes), com cada uma das 46 associações, com cada uma das quase duas mil igrejas e congregações, para que estes congressos aconteçam em todo o estado. E você, que está em outros locais, informe-se, envolva-se, participe! Programa de Incentivo para Igrejas em Crescimento Existe um mito de que não devemos pensar em crescimento numérico e de que não precisamos planejar. Nós, todavia, cremos que: Se não planejarmos para o sucesso, não precisaremos planejar para o fracasso e que

a quantidade é uma consequência natural da qualidade. Reconhecemos que sem alvos e metas corremos o risco de ficar rodando no deserto, sem sairmos do lugar. Termos um planejamento também faz com que todos trabalhem de forma sincronizada para alcançar os alvos preestabelecidos. O planejamento não significa jamais excluir a ação livre do Espírito Santo, que invocamos tanto na elaboração, como em todo o trajeto, avaliando se estamos ou não indo na direção certa. Sempre devemos estar prontos para realinhar o projeto, o alvo, segundo a orientação do Espírito. Está em nosso calendário a realização deste encontro para os dias 02 a 04 de novembro deste ano. Não importa quantos membros tenha a igreja que você participa, ela pode e precisa crescer um pouco mais. Neste encontro serão oferecidas ferramentas, que submetidas a Deus, serão veículos para que a igreja cresça em todas as direções. Desde já, organize-se, faça inscrição de representantes da sua igreja, mesmo que seja de outros estados. Haverá um custo simbólico; será um investimento.

Realização da 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira nos dias 13 a 19 de 2016 na cidade de Santos Receber a Convenção Batista Brasileira será um Marco Histórico nas comemorações dos 112 anos da Convenção Batista do Estado de São Paulo; esta será a de nº 13. A última foi em 1999 na cidade de Serra Negra. Em Santos, será a segunda; a primeira foi realizada em 1934, quando ocorreu a 21ª Assembleia. Portanto, depois de 82 anos esta região terá o privilégio de ser mais uma vez a anfitriã dos Batistas brasileiros. Depois de viagens e reuniões buscando todas as possibilidades e avaliando as opções, entendemos que o Litoral Paulista, representado pela cidade de Santos, oferece as melhores condições para hospedar a 96ª Assembleia. Santos é a cidade litorânea com o maior jardim à beira mar do mundo, privilegiada pelo sol e pelo mar de águas calmas, mas com infraestrutura de metrópole. Contando com mais de 7.000 leitos em sua rede hoteleira, é repleta de belezas e atrações para todas as idades o ano todo. Além de tudo isso, o muni-

cípio de Santos está cercado por dez outras belas cidades, como: Guarujá, São Vicente, Praia Grande, etc. São cidades acolhedoras, de forte apelo turístico, com grande rede hoteleira, fazendo do Litoral Paulista uma região que acolherá bem os brasileiros de perto e de longe. O local escolhido é o moderno e espetacular Mendes Convenction Center, com quase 5.000 assentos e com espaço que acomodará todas as reuniões das áreas e departamentos da CBB no mesmo local. Possui praça de alimentação, estacionamento para quase mil automóveis, pavilhão de 10.000 m², construído estrategicamente na região nobre da cidade, estando perto das praias, dos shoppings, dos hotéis e restaurantes com heliponto para até seis aeronaves. Um total de 25.000 m² de área construída para atender megaeventos. É isto, foi dada a largada! Contamos com o envolvimento de cada Batista do estado de São Paulo e aproveitamos para convidar a todos os Batistas do Brasil para que venham celebrar conosco na 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira. Contamos com a sua participação!

Jubileu de coral – 35 anos – da Primeira Igreja Batista em Vilar Novo - RJ Eliane da Silva Pedrosa da Rocha, primeira-secretária da Primeira Igreja Batista em Vilar Novo – Belford Roxo - RJ

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o dia 06 de janeiro de 2015 a Primeira Igreja Batista em Vilar Novo (PIBVN), situada no município de Belford Roxo – RJ, comemorou o seu 35º aniversário. Com muita alegria, nos dias 10 e 11 do mesmo mês nos reunimos para celebrar o jubileu de coral, com o tema: “35 anos adorando ao Senhor” e divisa: “Agradeçam a Deus, o Senhor, anunciem a Sua grandeza e contem às nações as coisas que Ele fez. Cantem a Deus, cantem louvores a Ele, falem dos Seus atos maravilhosos” (Sl 105. 1-2 NTLH). Tivemos a honra de receber como mensageiros os pastores Narciso Braga e Claudionor Reis. Participaram conosco também a orquestra da Primeira Igreja Batista no Bairro das Graças - RJ e alguns irmãos fundadores que ainda estão em nosso rol de membros. Toda Igreja esteve

Membresia reunida em frente ao templo

em festa louvando e engrandecendo a Deus por esta tão grande benção. Participaram também das celebrações os irmãos Reginaldo de Souza Cruz, Paulo Roberto de Souza e o grupo de coreografia Nascidas para Adorar, todos usando seus dons e talentos para o louvor e glória do Senhor Jesus, assim como o pastor da Igreja, Alcely Valério de Oliveira, mensageiro do segundo dia. Foram duas noites maravilhosas com mensagens edificantes e louvores prestados ao nosso Deus, sendo a

Equipe de trabalho dos 35 anos

programação dirigida pelos nossos vice-moderadores: Márcio Ferreira e Sandro Borges. Ao findar o segundo dia, participamos de uma calorosa confraternização entre irmãos, familiares e visitantes da comunidade. Somos gratos a Deus por esses 35 anos e também a todos os irmãos que participaram desta data tão expressiva e histórica da PIBVN. Que possamos continuar sendo farol a iluminar essa comunidade. Toda honra e toda glória sejam ao nome do Senhor. Parte dos irmãos fundadores presente na celebração


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ponto de vista

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OBITUÁRIO

Aurelina: um exemplo de mulher cristã Ellen Priscila Louzeiro Vilca, filha, membro da Igreja Batista de Água Branca - SP

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o dia 25/09/1945 nasceu em Salvador – BA a menina Aurelina. Aos 17 anos, já na cidade de São Paulo, se converteu ao Senhor Jesus Cristo, e passou a frequentar a Igreja Batista do Imirim - SP. Conheceu anos depois o jovem Moysés, com quem se casou e que se tornou o grande amor de sua vida. Desta união nasceram quatro filhos – Moysés Junior, Silas e os gêmeos Elias e Ellen Priscila, que foram criados com carinho à luz da Palavra de Deus. Aurelina, sempre envolvida nos trabalhos da Igreja, cooperou em diversos departamentos – Educação Religiosa, secretaria da

Igreja, música, Mensageiras do Rei e Mulher Cristã em Ação (MCA). Fiel apoiadora do ministério diaconal do seu esposo, acompanhava-o em visitas, aconselhamento, discipulado e evangelismo. Sua visão de Evangelho ia além dos trabalhos da igreja local, por isso se envolveu com afinco em atividades promovidas pela Associação Batista Norte da Capital, Convenção Estadual e Brasileira. Muito jovem sentiu o chamado para a obra missionária; porém, não podendo ir, decidiu sustentar. Passou a contribuir em diversas juntas de missões. O seu sonho missionário foi realizado ao participar de viagens evangelísticas, chegando a integrar os grupos das Trans Paulista e Trans Piauí nos anos de 2012 e 2013. Por conta do seu amor por missões e

constante participação na obra, a Irmã Aurelina foi nomeada, já em seus últimos dias de vida, missionária voluntária da Junta de Missões Nacionais. Em novembro de 2013 completou 50 anos de conversão, fato que a encheu de grande contentamento, pois durante esse período havia trabalhado incansavelmente, com alegria e dedicação, na Obra do Senhor, ao lado do seu esposo, família e Igreja. Mesmo durante o período de enfermidade, ensinava por meio do seu sorriso, suas palavras e sua fé. Foi chamada à presença do Senhor no dia 02 de setembro de 2014. Como filha, irmã, esposa, mãe e membro de Igreja, deixou a todos um grande exemplo de mulher cristã, pautado por sua simplicidade e dependência do Espírito Santo.

Glória e honra a Deus pela vida da irmã Irene Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

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rene Té Pellegrini, nasceu no menor município do Brasil. Enquanto suas duas irmãs, e seu irmão mais velho foram registrados em Quatá, interior de São Paulo, ela foi registrada em Borá. Moravam em um local distante chamado Cristal, e como Borá tornara-se município, seu pai, José Augusto The,

resolveu registrá-la no município mais perto. Borá, hoje, tem 780 habitantes. Nasceu em 21 de novembro de 1940. Aos cinco anos veio para a capital paulista. A família foi trazida por um tio, que era membro da Igreja Batista do bairro do Belém - SP, o que as levou ao Evangelho. Irene foi batizada pelo pastor André Peticov no dia 10 de abril de 1955. Em 19 de janeiro de 1963

casou-se com João Pellegrini Neto, com quem viveu 52 anos. O casal teve três filhos: Reynaldo, Maurício e Danilo. Reynaldo casou-se com Vania Bação, tendo o casal a filha adolescente, Rebeca. Maurício e Danilo, continuam solteiros. Irene dava uma nota de alegria a qualquer grupo que compartilhava sua companhia. Sempre alegre, foi membro de uma só Igreja, onde foi membro durante

60 anos e 11 meses. Seu esposo, convertido pelo seu testemunho, é tesoureiro da Igreja há mais de 40 anos, graças a experiência de contador geral do conglomerado Matarazzo por longos anos. A família The está espalhada pelo Paraná e interior de São Paulo. Irene era irmã do pastor Manoel de Jesus The, jubilado, e prima do pastor Nivaldo Pereira The, da Igreja Batista de Vila

Americana, em Curitiba - PR. Louvado seja Deus pelo privilégio que nos deu, com a companhia de uma irmã que tantas alegrias nos trouxe. Agora, seu corpo aguarda o dia da ressurreição, e seu espírito desfruta a companhia dos santos de todos os tempos, à espera do estabelecimento do Reino eterno de Cristo. A Deus toda glória, de Cristo seja toda honra, e do Espírito venha todo consolo.


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o jornal batista – domingo, 01/03/15

ponto de vista

Você perdoa a infidelidade? Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

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os dias atuais a traição é um dos principais motivos para o fim do relacionamento entre casais. Tem gerado grande amargura no íntimo das famílias, já que os filhos acabam sendo, em muitos casos, brutalmente atingidos. Há até os que ficam com sequelas permanentes. As chamadas “vítimas” destes acontecimentos têm a autoestima bastante abalada. A confiança que se tinha anteriormente, jamais será a mesma. Na verdade, perdoar de coração é esquecer. Aí está a dificuldade. Para escrever os textos procuro também ouvir as pessoas. Pela primeira vez, para esta opinião, não senti firmeza entre os inquiridos nesta circunstância, isto é, quem afirma que “Se isso acontece comigo, faço isto ou aquilo!”, pode estar falando, no mínimo, da boca para fora. Não há certezas nestas condições, principalmente quando se é a parte prejudicada. O que percebi na nossa sociedade é que, de algu-

ma maneira, alguém tem conhecimento de fatos desta natureza que acabaram tanto em perdão como em desgraça. Ouvi um sujeito que perdoou a esposa três vezes. Depois, sob forte estado emocional, acabou tomando a pior decisão: matou a infiel. Está encarcerado. O que eu aprendo? O perdão faz maior mal a quem se nega a praticá-lo: o atingido. Remoer o resto da vida com certo ódio de alguém é um dos mais destruidores sentimentos que possam existir. Enquanto determinado fato acontece com o outro e não com a gente é, deveras, fácil de ser solucionando. Entretanto, basta vivenciarmos tal circunstância e nos encontramos em grande apuro. Por isso, muitas vezes agimos contra aquilo que parecia a resposta ou forma correta, ou clara maneira para resolver a situação. Ficamos embaraçados. Mas, por que as pessoas traem? São vários os motivos, entre tantos se destaca a relação de não atingir as expectativas desejadas. Trocando em miúdos, pode ter origem em uma escolha duvidosa do

parceiro ou parceira no passado, ou seja, em uma opção de escolha sem o amor puro. Não há matrimônios que não tenham problemas. Duas coisas faço questão de pôr aqui: sem amor é impossível a sobrevivência da relação. Segundo: se a mãe ou pai orienta os filhos que tal pessoa não é a ideal, o melhor é abandonar o namoro antes do casamento. Se você não é capaz de renunciar ou se adaptar a outra pessoa, nem pense em continuar. Pelos caminhos bíblicos a grande orientação é: não há casamento sem perdão e sem restauração; e o mesmo é uma instituição divina. Na permissividade vergonhosa dos dias atuais, há os que raciocinam que a traição até ajuda a manter o relacionamento. Quem inventou isso? Na verdade, o que existe mesmo é preconceito. “É isso que aprendi e pronto. Está certo”, dizem muitos por aí. Com franqueza, qualquer posição moralista soa como hipocrisia. O que se vê são pessoas dizendo uma coisa e fazendo o oposto. Senti isso. Dentro destes fatos, o espantoso são as novas mo-

dalidades de infidelidade. Entre os entrevistados, ouvi uma jovem senhora cujo esposo “fugiu” com outro homem. Senti nos seus olhos, profundo sofrimento, amargura. O marido “fugir” com outra mulher denota algo menos chocante. Agora, “se mandar” com outro é algo que quase ninguém imagina. Não há qualquer respaldo bíblico para isso. É um afronto a Deus. A história dos casais que se separam demonstra erros bilaterais. Antes da chamada “Guerra dos Sexos”, há 30 ou 50 anos, a mulher tinha uma postura mais submissa. A sua independência, o trabalhar fora, deixou-a em condições de vida iguais as dos homens, cometendo os mesmos lapsos. Contudo, embora ninguém esteja livre de percalços, a verdade é que a família ainda é a maior instituição da humanidade. Sem ela estruturada, não há continuidade das gerações com a paz espiritual de que se precisa. Para parcela considerável de cidadãos, o perdão é uma palavra demagoga. Muitos perdoam, mas exigem drástica repa-

ração. Sem contar os que, estrategicamente, em termos conjugais, confabulam a vingança, o que é algo ainda mais terrível. A tentação da carne é superior à vontade e o caráter de muitos, principalmente em uma atualidade onde a Palavra de Deus, que nos pede perdoar “Setenta vezes sete vezes”, está sob escasso uso ou pelo menos pequeno número de obedientes. Nos depoimentos mais marcantes, ouvi de uma pessoa a seguinte declaração: “O perdão é uma machadinha enterrada com o cabo para fora, pronta para ser usada”. Dentro da Palavra do Altíssimo é oportuno citar Mateus: “Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério” (Mt 19.9). É a passagem bíblica que permite um novo casamento à “Parte inocente”. Todavia, há outras considerações recomendando o oposto. Só há permissão para um novo casamento caso haja o falecimento de um dos cônjuges”.

Errata Onde se lê: “Confira algumas fotos da 95ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) em Gramado – RJ” - (Edição 08, de 22/02/2015, página 09). Leia-se: “Confira algumas fotos da 95ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB) em Gramado – RS”


o jornal batista – domingo, 01/03/15

ponto de vista

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Os chamados e os equivocados Geraldo Terto, pastor, colaborador de O Jornal Batista

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título é do mestre, pastor José Reis Pereira. Ele o escreveu em seu Editorial & Tópicos de 23/03/80. Comentou um dos pareceres discutidos na Convenção em Goiana, naquele ano. O parecer era: “Que se apele às igrejas que exerçam maior vigilância na recomendação ao seminário de candidatos que mereçam crédito como vocacionados”. O comentário do pastor José Reis Pereira, em resumo foi: “Não basta que um membro da igreja diga que é vocacionado; não basta que ele tenha facilidade em falar em público; é necessário que o candidato tenha frutos para apresentar que demostre sua chamada: como interesse pela salvação das almas perdidas,

preocupação pelo trabalho evangelístico e missionário, mostre fidelidade no seu comportamento como membro da igreja, seja assíduo aos trabalhos, tenha costume de orar em publico, seja dizimista, entre outras qualidades”. Como se pode ver não diz nada sobre equivocados, mas se entende que evitaria equívocos tanto por parte do candidato, da igreja que o recomendasse e da convenção que o prepara em seu seminário. Em todas as carreiras têm equivocados. Pois bem, o que é um equivocado? É uma pessoa que depois de estudar anos para exercer uma profissão descobre que não era aquilo que ele queria. No ministério pastoral acontece também o mesmo. Quantos jovens que se preparam durante anos, chegam a assumir pastorados de uma igreja e descobrem que estão no lugar errado. Quando ele é hones-

to, confessa publicamente à Desculpem a igreja e entrega o pastorado, experiência própria quando não o é, fica matando a igreja aos poucos até não Pastorei de 1971 a 1974 a poder mais. Igreja Batista em Itarantim, na Bahia. Quando assumi o Hoje, vivemos pastorado, a Igreja estava há outra realidade um ano sem pastor presidente. Era da Convenção Batista BraA cidade de São José dos sileira, mas não participava. O Campos - SP tem mais 750 pastor que me antecedera era habitantes; inúmeras igre- simpatizante do movimento jas evangélicas e dezenas de Renovação Espiritual e sede Igrejas Batistas ligadas à dia o púlpito a qualquer pregaConvenção Batista Brasileira, dor itinerante que aparecia na algumas só de nome. A maio- cidade; da Renovação ou não. ria dos pastores é formada A liderança estava dividida. Meu primeiro desafio foi em instituições interdenominacionais. Mesmo dirigindo levar a Igreja a cooperar com Igrejas Batistas, alguns são 10% para o Plano Cooperaalheios às programações da tivo; depois alugamos uma CBB porque não vão às con- casa em um dos bairros da venções, não vão aos retiros cidade e abrimos uma Conde pastores, etc. E os pionei- gregação, que funcionava às ros são chamados de “Velha sextas-feiras. Como a maioria Guarda”, como um despre- dos membros morava em fazo. Não sabem eles que no zendas, chegamos a ter nove passado nós fomos aonde pontos de pregação na zona ninguém queria ir. rural e cada um deles tinha um irmão responsável para dirigir cultos nas tardes de domingo. No primeiro domingo do mês, os irmãos vinham à sede para a celebração da Ceia do Senhor e assembleia regular. Era um dia de festa! Nos demais domingos, o pas-

Ovelhas e pastor Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

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om nove anos de idade fui batizado em uma Igreja Batista; há 35 anos sou Batista. Este ano completo 20 anos de ministério pastoral. Neste período fui pastor em Terra Preta - Mairiporã, Severínia, Barrinha e, atualmente, Artur Nogueira, quatro amadas Igrejas que o Senhor permitiu e permite pastorear. Sou envolvido com a denominação, participo de reuniões da Associação e Convenção sempre que eu posso. Tenho servido a Deus em nossa denominação em diferentes funções, já presidi associação, subseção da Ordem de Pastores, membro de conselhos na Convenção; procuro divulgar

na Igreja o papel das juntas missionárias, enfim, sou Batista e amo servir a Cristo nesta denominação. O que me chama a atenção nestes 35 anos como membro de uma Igreja Batista são os relacionamentos entre pastor e ovelhas e ovelhas e pastor. Já ouvi muitas histórias alegres e tristes quando o assunto é o relacionamento pastor e ovelhas e vice-versa. Muitas igrejas têm honrado os seus pastores, tem tratado com respeito, carinho, consideração, em alta estima. Infelizmente, há casos e mais casos de igrejas que maltratam seus líderes, fazem ele e sua família sofrerem. Pensando na figura do pastor em relação às ovelhas, acontece o mesmo, muitos pastores demonstram amor, carinho,

cuidado, são pastores que choram com elas, oram, visitam, procuram conhecer o estado delas, conforme Provérbios 27.23 e cuidam bem do seu rebanho. Mas, infelizmente, há pastores autoritários, pastores que levam a ovelha ao sofrimento, muitas abandonam a igreja porque não suportam mais tanta opressão. Creio que devemos viver em harmonia, pastores e ovelhas, juntos, pelo mesmo propósito. Temos uma missão a cumprir como Igreja de Cristo. Não podemos deixar que os relacionamentos se quebrem, pois com certeza será um obstáculo para não avançarmos.Oremos pelos pastores e suas ovelhas, para que haja entendimento, compreensão e o amor de Cristo possa ser uma constante.

tor depois de dirigir o culto da manhã, quando chegava à casa, já tinha uma mula selada para ir a um dos pontos de pregação, que ficava entre nove e 12 quilômetros de distancia; quase sempre voltava sozinho, muitas vezes com a mula escorregando no massapê por causa da chuva; chegava em casa na hora de dirigir o culto da noite. O resultado era fantástico, pois em todas as assembleias tinha gente dando profissão de fé e batizávamos, em média, 40 novos crentes por ano. Na semana, pela manhã, dava aula de Educação Moral e Cívica em todas as classes do ginásio da prefeitura, com mais de 300 alunos. Depois que expulsamos um espírito maligno de uma adolescente na sala de aula, muitos outros foram à Igreja e se converteram. Foram quatro anos de muita oração e trabalho e eu tive a felicidade de contar com o apoio de crentes fieis e de Valdete, minha esposa, com quatro filhos pequenos. Deixei a Igreja integrada na denominação e com 260 membros em seu rol. No começo do ano de 1975, nos mudamos para o estado de São Paulo.

Saudações em Cristo Jesus, esperança nossa. A Segunda Igreja Batista do Rio de Janeiro, localizada na rua Adolfo Bergamini, 158, Engenho de Dentro-RJ, tem o prazer de lhe convidar para o Concílio e Culto Consagratório ao Ministério Pastoral do irmão Rômulo de Paulo Borges, formando no curso de Bacharel em Teologia, pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, com vistas ao ministério auxiliar nesta Igreja. O Concílio se reunirá no dia 07 de março de 2015 (sábado) na Igreja (endereço acima). A programação seguirá a seguinte ordem: 16h - Concílio Examinatório; 19h30 - Culto Consagratório; Certos de contar com sua preciosa presença, desde já agradecemos. Cordialmente, em Cristo. Itamar Cerqueira Scarabelli Pastor presidente



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