OJB Edição 13 - Ano 2015

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 29/03/15

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIV Edição 13 Domingo, 29.03.2015 R$ 3,20


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

O valor de um abraço

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ma grande dificuldade que vejo hoje em dia é a ausência de pessoas preocupadas com o bem-estar emocional uma das outras. Com a correria do dia a dia e a evolução da tecnologia, ouvir o desabafo de uma pessoa ou ter tempo para disponibilizar um abraço, um carinho - sem nenhum interesse - parece ser algo que demanda muito tempo para ser gasto com alguém. Resolvi abordar esse tema porque li uma postagem na rede social Facebook que chamou bastante a minha atenção. O “post” contava a

história verídica de um pequeno menino que estava sentado ao lado de sua irmã em um ônibus e pediu a ela algo muito simples: um abraço. A menina, para a nossa surpresa, nega o pedido. O garoto continua insistindo, mas, a irmã, se recusa e ainda diz que isso era falta do que fazer, e o trata com grosseria. E a pessoa que publicou essa mensagem finalizou da seguinte forma: “É, desci do ônibus e vi aquela criança, com cerca de quatro anos, cheio de tristeza no olhar por não ter recebido o que mais queria naquela hora: um abraço!”. Você pode achar essa história um absurdo e recriminar

Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

essa menina, mas quantos de nós não tomamos essa atitude todos os dias sem perceber? Existem diversas pessoas passando por nós diariamente precisando de um abraço, precisando ser ouvidas, precisando apenas de uma atitude de amor e que mostre que elas são importantes, que elas têm valor. Tem uma frase que sempre digo e luto para que seja verdade em minha vida: “Ame mais as pessoas do que as coisas”. Você não precisa esperar uma atividade evangelística ou um motivo de comemoração para oferecer um abraço a alguém, para oferecer solidariedade, para dar

carinho, sem desejar nada em troca. Ame, seja uma pessoa amável, com certeza sua vida será outra, pois quando fazemos o bem ao próximo, estamos fazendo o bem a nós mesmos. E a própria Bíblia afirma que viemos a este mundo para amar e servir ao próximo, assim como Jesus o fez. “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45). Ame as pessoas como se elas fossem raros diamantes, pois cada um é único, não existem dois modelos exatos de ninguém. Pense nisso. (PF)

Assinatura de O Jornal Batista

Na assinatura do meu avô, depois da minha mãe, li OJB de 1940 a 1960. Em Brasília, desde 1961, dominicalmente leio o OJB. Continuem nesta obra maravilhosa de espalhar as Boas Novas!

Quando o pastor Nilson Dimarzio era diretor de O Jornal Batista fui autorizado a folhear a coleção encadernada do Jornal, de 1901 a 1930. Li todas as edições. Se tivesse continuado essa enorme tarefa, teria sido o mais antigo leitor de OJB.

Roberto Torres Hollanda (Rolando de Nassau), Igreja Memorial Batista de Brasília - DF


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Vida exemplar

Antonio Pirola, colaborador conforme está escrito em Daniel 6.1-3. Para nós, de OJB cristãos, a Bíblia diz: “Vós, profeta Daniel servos, obedecei a vossos v i v e u a m a i o r senhores segundo a carne, parte de sua vida com temor e tremor, na sinem um ambiente ceridade de vosso coração, hostil, mas viveu de forma como a Cristo; Não servindo exemplar. Sua experiência à vista, como para agradar de vida é para nós uma gran- aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de de inspiração. Daniel foi exemplar na coração a vontade de Deus” vida profissional - Era uma (Ef 6.5-6). Ele também foi exemplar pessoa confiável e eficiente. O rei pensava constituí-lo na vida moral - A Bíblia diz sobre todo o reino. Havia que não havia manchas em nele um espírito excelente, seu caráter e contra ele nada de tal forma que sobrepu- podia ser dito. Seus próprios java a todos os presidentes inimigos reconheceram que e príncipes da Babilônia, sua conduta era irrepreen-

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sível, de acordo com o que diz Daniel 6.4-5. Para nós, cristãos, a Bíblia fala: “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Fp 2.14-15). E, finalmente, Daniel foi exemplar na vida espiritual - Era, sobretudo, um homem de oração. Tinha lugar próprio para orar e orava regularmente, segundo o que se lê em Daniel 6.10-11. Seus inimigos fo-

ram testemunhas da sua devoção. Eles o viram dar graças e suplicar diante de Deus. Além disso, dava bom testemunho acerca do seu Deus. Foi fiel a Ele mesmo correndo risco de morte, como exemplifica Daniel 6.16. E, por sua causa, o nome de Deus foi exaltado em todo o reino da Babilônia, de acordo com Daniel 6.25-27. Para nós, a Bíblia diz: “A Palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantan-

do ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3.16). O resultado de uma vida como a de Daniel não podia ser outro. A Bíblia diz: “Este Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario e de Ciro, o Persa” (Dn 6.28). Essa é exatamente a promessa do Salmo primeiro. Falando acerca dos que têm o seu prazer na Lei do Senhor e não andam no caminho dos ímpios, o salmista afirma que ele será comparado à árvore plantada junto às correntes de águas, que dá o seu fruto no tempo certo e cuja folhagem não murcha. E tudo que ele fizer prosperará.


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O amor que independe GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE do objeto amado OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Amor e conduta Celson P. Vargas, pastor da Igreja Batista Monte Moriá - Volta Redonda - RJ “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).

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texto bíblico em referência fundamenta a afirmação de que Deus, para exercer o Seu amor para conosco, independe de nossos merecimentos. A prova disso foi a doação do seu filho Jesus para se oferecer como sacrifício vicário para que todos obtivéssemos o perdão dos nossos pecados. Mas a manifestação deste amor de Deus por nós não se encerrou na cruz, ela continua e continuará enquanto o mundo existir, independentemente de nossos merecimentos.

Quero, para isso, destacar salvação). Apesar disso, Ele dois pontos importantes para continua nos amando. a nossa meditação: 2) - Evidências do fiel amor 1) - Evidências da nossa de Deus para conosco: Sua infidelidade para com Deus: predisposição e prontidão em Elas acontecem em nossas fu- nos perdoar, sua longanimidagidas da Sua presença ou ten- de para com todos na expectatativas disso para práticas que tiva de que se arrependam e secontrariam os princípios do jam salvos. Seu empenho para Deus que nós cremos, e que oferecer a todos a oportunidaàs vezes buscamos para ado- de de serem salvos (a pregação ração ou petições. Mentimos da Palavra). A dádiva de todos sabendo que isso fere o Seu os recursos de sobrevivência coração, maltratamos o nosso para todos (justos e injustos). semelhante sabendo que Ele Vejamos os textos abaixo: “Para que vos torneis filhos nos recomenda o contrário; deixamos de dar ouvidos a do vosso Pai celeste, porque Ele para dar ouvidos ao tenta- Ele faz nascer o seu sol sobre dor, à semelhança de Eva. Al- maus e bons, e faz vir chuvas ternamos o nosso amor com sobre justos e injustos” (Mt o Deus Único e com deuses 5.45). “Não retarda o Senhor construídos por nós mesmos. a sua promessa, como alguns Blasfemamos, insultamos julgam demorada; pelo conDeus com nossos injustos trário, ele é longânimo para reclames. Não consideramos convosco, não querendo que o alto preço que Ele pagou nenhum pereça, senão que com Jesus para nos salvar todos cheguem ao arrepen(temos renegado aceitar essa dimento” (II Pe 3.9).

“Meus filhinhos, não ame- amor se manifesta quando a mos de palavra, nem de lín- injustiça é corrigida e o negua, mas por obra e em ver- cessitado é atendido. Foi isso que João quis nos dade” (I Jo 3.18). ensinar, alertando-nos a amar apóstolo João é “Por obra e em verdade”. o escritor bíblico Por causa da tradição de ler que mais profun- e pregar a Bíblia, em nossos damente nos tem cultos, aos poucos, muitos revelado o amor de Deus. de nós limitamos a prática Além de nos explicar a teo- do amor a apenas repetilogia do amor, ele enfatiza ções de versículos bíblicos. a sua prática diária: “Meus Para alguns, “bom crente” é filhinhos, não amemos de aquele que tem a Bíblia “na palavra nem de língua, mas ponta da língua”. Talvez, por obra e em verdade” (I por esta razão o apóstolo João 3.18). enfatize: “Não amemos de O Senhor Jesus, na conhe- palavra nem de língua”. O cida parábola do “Bom sama- amor de Cristo tem o poder ritano”, já havia explicitado o de mudar a motivação do lado prático, coerente, da ati- nosso comportamento diário. tude cristã do amor. Na Sua Tocados por Seu amor, nossa história, o Mestre deixa claro conduta se sente responsáque ser “religioso” não basta. vel pelas necessidades dos O amor que Ele ensinou deve outros. É como escreve João ter expressão prática, visível, – “Amemos...por obra e em concreta. A conduta cristã do verdade”.

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Cuidado: não abandone o primeiro amor! José Laurindo, pastor da Primeira Igreja Batista de Niterói – RJ “Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se de onde caiu. Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar” (Ap 2.4-5 – NVI).

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assim que o Senhor adverte a Igreja de Éfeso. O abandono ao primeiro amor só tem solução quando nos arrependemos dos nossos pecados. Em que áreas podemos abandonar o primeiro amor?

1) - Podemos abandonar o primeiro amor a Deus quando não obedecemos aos seus mandamentos. Jesus Cristo tomou todos os mandamentos da lei judaica e os resumiu em dois, ou seja: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”. Esse é o primeiro e grande mandamento. E, o segundo, semelhante a esse, é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-39), a fim de que tivéssemos condições de obedecê-los. Quantas pessoas hoje em dia não têm a mínima noção da necessidade de acatar e obedecer a esses dois mandamentos deixados pelo Senhor para

os seus seguidores? Quantos que frequentam a Igreja, mas há muito abandonaram o primeiro amor a Deus e ao próximo por não seguirem esses mandamentos? 2) Podemos abandonar o primeiro amor ao próprio Senhor Jesus. Esse é outro perigo que enfrentamos na vida cristã. Alguns a iniciam declarando que amam a Jesus e depois se acostumam com uma vida religiosa descomprometida com esse amor. Não mais participam do Corpo de Cristo como outrora. Perdem a consciência da mensagem que o Hino 303 do Cantor Cristão traz em sua terceira estrofe: “Eu te amo na vida, na morte também;

sempre hei de louvar-Te na glória de além. Agora e pra sempre por Ti viverei; A Ti, ó meu Cristo, me submeterei!”. Esse abandono do primeiro amor a Jesus é o que vem acontecendo com alguns membros das igrejas chamadas evangélicas no mundo. Só chegam aos pés da cruz quando têm alguma necessidade material. Não colocam a vida à disposição do Senhor, não oferecem o seu tempo, talentos e bens para a causa do Mestre. 3) Podemos abandonar o primeiro amor quando decidimos não servir ao Senhor. Servir não se confunde com ativismo religioso. Vai muito além disso. O comentaris-

ta Ray Summers explica: “Quando o amor de Cristo deixa de ser o motivo capital da vida e do culto cristão, as atividades e esforços do cristão significam muito pouco” (A Mensagem do Apocalipse: Digno é o Cordeiro. 4ª Ed. Rio de Janeiro, JUERP, 1980, p. 112). Que a nossa motivação para não abandonar o primeiro amor não se confunda com a participação em atividades e programas religiosos. O Senhor quer mais do que isso. Ele quer que nos arrependamos dos nossos pecados e voltemos a praticar o primeiro amor servindo-Lhe com toda a nossa alma, força e entendimento. Para tanto, que Ele nos abençoe.


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Missões e suas perguntas Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

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pós o quadro dramático contemplado por Isaías a respeito de como o Senhor agiria diante da rebeldia do povo escolhido, veio o chamado. O impacto do chamado, é afetado pelo estado espiritual e moral dos receptores da mensagem. Olhemos para a situação dos que receberiam a mensagem através de Isaías, o jovem que, sabendo do que aconteceria a Judá, se oferece para tão difícil missão. A primeira pergunta cabível é: como estão aqueles a quem serei enviado? Vejam a situação. O rei havia mor-

rido. Como morreu? Leproso por afrontar a santidade de Deus. Isso não causou nenhuma impressão ao povo. Deus havia rejeitado todas as expressões de religiosidade. A impiedade e a idolatria (sempre andam juntas), dominava corações e mentes, e até a própria adoração. Pergunta-se: a quem somos enviados hoje? Como estão nossos vizinhos? Distantes. Ainda mais se percebem que somos cristãos. E o exemplo que vem da liderança secular? Em nosso Brasil é uma calamidade. Principalmente quando crentes brasileiros, militando na política, sujam-se da cabeça aos pés. Acreditarão em nossa mensagem? Em que situação

moral? Asiáticos, europeus, orientais, nossos vizinhos de continente? Agora, outra pergunta mais dolorosa ainda: por que estão nessa situação? As causas são muitas. O humano de hoje tem a cabeça feita pelo existencialismo, pós-modernidade, humanismo, e tantos outros ismos, todos enganosos. Dizem que o nosso problema é a educação. Muito bem. Assistam uma classe cujas idades vão de 11 a 14 anos. E o colegial? O que lemos do ambiente das universidades? Morte por dosagem de álcool, estupros, e tantos outros desvios feitos às ocultas. O individualismo, apregoando a liberdade irrespon-

sável (o homem é livre para escolher o que ele quer ser - Sartre), disseminada pelo existencialismo, a negação da diferença entre o falso e o verdadeiro (pós-modernismo), e o humanismo apregoando que a solução vem do próprio homem. Qual método usar no entregar a mensagem, diante desse quadro? Agora a pergunta que já surgiu, provavelmente, na mente do leitor. Bem, o articulista só complicou. Vamos ao contexto de Isaías 6. O jovem profeta foi purificado logo após confessar sua condição. Ah! Então, estamos precisando de purificação? Entendamos algo importante: somos justificados, mas,

continuamente, precisamos ser purificados. Ouvi de um missionário que trabalha na China, que os culpados do mundo estar como está são os próprios crentes. Finalmente, não pergunto aos irmãos, mas a mim mesmo. Resultado: decidi orar muito mais por mim mesmo. Preciso fazer a oração de Isaías: “Sou um homem de lábios impuros, e vivo no meio de um povo de lábios impuros” (Is 6.5a). Ele fez essa oração na base do grito. Precisamos muito, muitíssimo, da mesma ação que Deus tomou com Isaías. Comecemos a clamar por nós mesmos, talvez aí esteja a melhor reposta a respeito de Missões em nossos dias.

O que somos e temos é para a glória de Deus Conceição Silva, jornalista

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de praxe, no meio batista, chegarmos ao final do ano e, entre outras atividades, a atenção ser também voltada para levantar, sondar e avaliar nomes de irmãos que por ventura possam assumir cargos na igreja no ano seguinte. A maioria das igrejas batistas trabalha, por meio de uma comissão denominada “indicações”, para escolher nomes que, posteriormente, serão referendados pela igreja em uma assembleia. Há alguns domingos, a igreja em que estou me congregando em Brasília realizou uma assembleia para votação do parecer número dois da Comissão de Indicações. Evidentemente, não fiquei para a reunião. Logo após a oração final e declarada pelo pastor presidente aberta a reunião, retirei-me juntamente com outros congregados e visitantes e me perguntei: “Em uma igreja tão grande como esta, com tantos membros, há mais dificuldade ou não para a comissão de indicação?”. Sinceramente, não sei responder. Como em toda instituição, embora no meio evangélico, há também uma política. Digo assim, não no sentido pejorativo, embora saibamos que há pessoas que “adoram” um

cargo eclesiástico. Alguns acreditam que trabalhar para o Reino se resume a assumir um cargo ou que seja uma questão de status, afinal, vai ser sempre um dos citados ou estará em evidência muitas vezes. Alguém duvida? Mas, olhando por outro aspecto, uma comissão de indicação pode encontrar dificuldades nas duas circunstâncias sim, se não levar em conta os “pré-requisitos” bíblicos, seja em uma igreja com muitos membros, seja em uma com poucos. Vamos começar pelos dons ou pelas habilidades necessárias para cada função ou cargo. Para melhores resultados, a comissão deverá conhecer a membresia nesse aspecto. Acreditamos que Deus capacita, mas há pessoas que não se encaixam ou se adaptam em determinados cargos, mas se prontificam, mostram que estão aptas e, dessa forma, não conseguem, muitas vezes, desempenhar bem a sua função. Leiamos Romanos 12.3-8 e I Coríntios 12. Permitam-me abrir uns parênteses. Lembro-me de quando assumi pela primeira vez, na Igreja Batista do Natal, o cargo como primeira secretária estatutária (deixo registrado que fui eleita por unanimidade). Apesar de, pela questão da profissão, ter certa facilidade para escrever, não redigi com a técnica ne-

cessária ou com aptidão a minha primeira ata. Comparei-a, posteriormente, a um tratado, graças a um pastor visitante do meio batista que acompanhou a assembleia e que, ao final, conversou comigo e me deu algumas sugestões. Foi muito válido e, a partir daí, não fiquei só com aquelas sugestões, fui em busca de conhecer mais a linguagem e as técnicas para redação de uma ata, que se diferem da técnica jornalística, sobre a qual tenho um pouco mais de conhecimento. Ainda nessa caminhada, deparei-me com uma situação de alta complexidade na Igreja, nos anos de 2007 e 2008. Naquele período, a Igreja era regida por um estatuto registrado no ano de 1959, o qual rezava que, na substituição do pastor, quem assumiria era a primeira secretária. Veja, então, a responsabilidade e o desafio. Foram momentos difíceis. Eram necessárias qualidades e habilidades a altura do cargo, tais como conhecimento estatuário, bíblico e doutrinário, compromisso com a Igreja e com o Reino, além de discernimento e sabedoria - uma soma de qualidades e conhecimento que resultam em uma palavra: maturidade, na acepção mais ampla. Foi uma experiência que promoveu um marco na minha

vida espiritual, eclesiástica e pessoal. Ninguém imagina o quanto foi doloroso o processo para mim. Cresci em meio às lágrimas. Conto esse fato só para lembrar que não é apenas um cargo que a pessoa assume. O cargo ou a função a ser desempenhado na igreja, seja qual for, exige responsabilidade, certo conhecimento na área e maturidade cristã. Isso sem esquecermos que devemos ter o perfil de servo alinhado à ética cristã, com a vontade de servir com amor, dedicação e zelo. Esse perfil de servo, algumas vezes, é despercebido pela comissão e, ao final, é ratificado pela própria Igreja em assembleia. Será que, ao final, os resultados fluem em relação às igrejas que são alheias a esse processo? Para fazermos o melhor, é necessário, antes de tudo, amar a Jesus e a Sua obra e agirmos como Ele, que é o nosso modelo. Como Paulo diz, devemos ser “...Imitadores de Deus...” e andar “...Em amor, como Cristo nos amou...” (Ef 5.12). Muitas vezes, não consideramos, por exemplo, o ato de dizimar como pré-requisito para assumirmos algum cargo ou função. Algumas pessoas chegam a dizer que o “não dizimar” é uma questão pessoal entre ela e Deus, mas todas as nossas atitudes são questões entre nós e Deus,

realmente. O problema é que as nossas atitudes não condizem, na maioria das vezes, com o que pregamos. Como, na condição de líderes, podemos ser exemplo? Como podemos falar do compromisso e da importância em dizimar se tal ato não faz parte da nossa vida cristã? Essa é uma atitude incoerente com os princípios bíblicos, pois dizimar é, antes de tudo, um ato de amor e de fé, pois amar é um mandamento e sem a fé é impossível agradar a Deus, como diz Hebreus 11.6. Quanto àqueles que têm capacidade ou habilidades para algumas funções ou cargos e dizem não ao chamado, pode-se dizer que ainda estão alheios em relação à consciência do seu papel de servo. Assusta-me quando leio a parábola dos talentos, descrita em Mateus 25.14-30. Quantos de nós teremos multiplicado os nossos talentos? Se entregamos as nossas vidas nas mãos de Deus, tal entrega deverá ser por completo e juntamente com os nossos dons e as nossas habilidades. Jesus nos convida a viver com inteireza, por completo. A entrega de tudo aquilo que somos e temos nas mãos de Deus é para a glória dEle. Então, “É necessário que façamos as obras daquele que nos enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9.4).


6 vida em família

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reflexão

Gilson e Elizabete Bifano

Família saudável O futuro namorado (a) Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

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iver em uma família unida e saudável”. Esse foi o desejo de muitas pessoas entrevistadas por uma agência de pesquisa de opinião da cidade de São Paulo. Em uma outra pesquisa, essa feita nos EUA, com três mil famílias estáveis e unidas, os pesquisadores descobriram sete características comuns presentes nessas famílias. 1 – Apreciação mútua Famílias unidas e saudáveis cultivam a apreciação entre os seus membros. Então, o segredo para cultivar uma saúde familiar é elogiar sempre. Nunca perder uma oportunidade para elogiar e enaltecer o cônjuge, os filhos, irmãos e pais. “O princípio mais profundo da natureza humana é o anelo de ser apreciado”, escreveu William James. 2 – Capacidade para resolverem juntos os conflitos Os conflitos, em qualquer relação humana, são inevitáveis. A grande questão é saber identificar e resolvê-los de uma maneira em que todos saiam vencedores. Muitas vezes, famílias se tornam frágeis e problemáticas porque na resolução de um conflito há perdedores e vencedores. 3 – Comunicação aberta Em uma família unida, a comunicação é valorizada. Os assuntos são conversados sem tabus, os sentimentos são externados sem rancor. Não há acusações ou críticas. Os cônjuges sentem liberdade para expor suas ideias e sentimentos. Pais conversam com os filhos livremente. 4 – Compromisso mútuo Em uma família saudável, há um forte sentimento de

compromisso entre os seus membros. Os cônjuges sentem-se compromissados pelo bem-estar e crescimento um do outro. Os pais sentem-se compromissados com o crescimento integral dos filhos e assim por diante. 5 – Dedicação de tempo Famílias unidas e competentes investem tempo e energia na construção e manutenção de um relacionamento construtivo. Os cônjuges conversam mais entre si, os pais brincam mais com os filhos, há mais caminhadas de mãos dadas. Há quantidade e qualidade de dedicação de tempo. 6 – Compartilhamento de tradições Famílias saudáveis valorizam os almoços à mesa, as férias são momentos inesquecíveis, os aniversários, mesmo com simplicidade, são comemorados, os dias festivos são lembrados e vividos intensamente, a participação nos cultos torna-se importante. “Essas tradições, pequenas e grandes, são o que estreita os nossos laços, nos renova e nos dá uma identidade enquanto família”, diz Stephen R. Covey. 7 – Compartilhamento da fé Sabemos que, quando todos os membros de uma família compartilham a fé em Deus, têm a Bíblia como manual de vida e partilham a fé em Jesus como Salvador, esta passa a ter totais condições de ser feliz e saudável. Que cada um de nós seja responsável pelo cultivo dessas atitudes em nossas famílias. Fazendo isso, construiremos, no novo milênio, famílias que sejam esteio e colunas da sociedade.

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nossa vida é feita de escolhas, aliás, do começo ao fim da vida precisamos tomar decisões. Quando nascemos, os nossos pais tomam a decisão de escolher o nosso nome, onde vamos estudar, onde vamos morar. Ao completarmos 18 anos já podemos decidir quanto ao nosso futuro, pois com essa idade alcançamos a maioridade. Uma das decisões mais sérias que devemos tomar é quanto ao nosso futuro cônjuge. Sim, devemos decidir com quem queremos passar o resto das nossas vidas. Se você é cristão, teme a Deus e vive em função dEle, é necessário seguir alguns conselhos

sábios. Sendo assim, quero destacar cinco verdades a respeito do nosso futuro cônjuge, ou cinco decisões sérias que devem ser tomadas. O primeiro conselho é: o futuro namorado (a) precisa ser crente em Jesus. A Bíblia diz: “Crê no Senhor Jesus e será salvo tu e a tua casa” (At 16.31). Ele precisa estar bem resolvido espiritualmente, saber o que quer. O segundo conselho é: aquele que age como um cristão verdadeiro. Infelizmente, muitos dizem ser cristãos e não honram a palavra que eles defendem. “Devemos ser santos”, é um imperativo bíblico. “Sede santos, porque eu sou santo” (I Pe 1.16). O terceiro lugar diz respeito a aprovação dos pais. Os pais precisam conversar com

o noivo (a) e os filhos devem conversar com os pais. O quarto conselho que devemos colocar em prática é: ser aprovado por Deus. Não esqueçam desta verdade, é preciso a aprovação de Deus. Muitos casamentos não duram, sabe por quê? Porque Deus deixou de ser o centro na vida do casal. E o quinto conselho é: compromisso com a pureza. A Bíblia recomenda: “Sede santos, porque Eu sou santo” (I Pe 1.16). Viver uma vida de santidade, respeitar o futuro cônjuge, não dar motivos para desconfiança. Seguindo esses conselhos, vamos ser vitoriosos, vamos viver um casamento feliz. Então, não esqueçam desses cinco conselhos práticos na escolha de um futuro namorado (a).


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missões nacionais

Missionários realizam ações evangelísticas entre motociclistas

Missões Nacionais recebe a 11a turma de Radicais Cristolândia

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Redação de Missões Nacionais

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culto de comissionamento realizado na Primeira Igreja Batista de Madureira - RJ reuniu a 11ª turma de Radicais da Cristolândia. Os jovens voluntários participarão do treinamento de três meses no Rio de Janeiro. Após o período, eles serão enviados para as unidades da Cristolândia de todo o Brasil, onde atuarão por um ano no resgate de Culto dos motociclistas em Recife - PE pessoas que vivem nas craSobral Lima é responsável colândias. Redação de Missões pela realização do culto. Nacionais Eles são novos parceiros m R e c i f e - P E , o da Junta de Missões Nacio“36° Motoculto” foi nais e já vêm atuando em u m a g r a n d e b e n - projeto com motociclistas. ção. Junto com os O “Motoculto” é um tra- Redação de Missões Ouriços do Asfalto, a qua- balho que alcança não só Nacionais dra do Colégio Americano homens, mas, sim, toda a Batista reuniu 70 motos família. Toda a última terouvamos a Deus e c e r c a d e 1 5 0 p e s s o a s ça-feira do mês os enconpelos 90 anos de pa r a ouv i r a Pa lavr a de tros acontecem e, cada vez existência da PriDeus e trocarem histórias mais, tem gerado frutos. meira Igreja Batista Louvamos a Deus pela de São João de Meriti - RJ. e experiências enquanto iniciativa dos missionários A celebração pela data tão motociclistas. O casal missionário Moi- e o r a m o s p a r a q u e e s t e relevante aconteceu neste sés Augusto Sobral Lima Projeto possa crescer e im- final de semana e contou e Tereza Cristina Ribeiro pactar muitas vidas. com a presença do diretor

Gerência Executiva da Ação Social da JMN apresenta voluntários

Agradecemos a Deus pela vida desses voluntários, que se colocaram a disposição para servir e multiplicar no

Reino. Oramos para que esses jovens sejam exemplo e façam a diferença por onde passarem.

Missões Nacionais participa dos 90 anos da PIB de São João de Meriti - RJ

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L

executivo da JMN, pastor Fernando Brandão, como um dos preletores. Na ocasião, também foi celebrado o aniversário de 50 anos de vida do pastor Cláudio José Farias e cinco anos na liderança desta preciosa Igreja. Nossa gratidão a Deus pela vida de todos que fazem parte desta história. Pastor Fernando Brandão

Crianças do Projeto Novos Sonhos recebem o Dia da Saúde Redação de Missões Nacionais

O Crianças do Projeto Novos Sonhos no Dia da Saúde

Projeto Novos Sonhos realizou o Dia da Saúde. A proposta era que os missionários, junto com os voluntários, atendessem 100 crianças para cuidados básicos de saúde, entre consultas médicas e dentista.

A realidade foi ainda melhor do que a expectativa. Ao todo, os médicos atenderam 110 pessoas e os dentistas 80 crianças. E ainda foram distribuídos um kit de limpeza (escova de dente, creme dental e sabonete) e um kit de alimento (suco, pão, bolo, doces e salgadinhos). O Projeto, que é filiado a Cristolândia, é sustentado

pelos parceiros que oram e contribuem para que ações como essa sejam realizadas. A finalidade do Projeto é atrair as crianças e adolescentes da região da cracolânida de São Paulo, para que elas não se envolvam com as drogas. Missões Nacionais agradece a esses irmãos que se preocupam em ajudar nossos os projetos e missionários.


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Pastores e igrejas conectados com

Missões Mundiais Marcia Pinheiro e Willy Rangel Redação de Missões Mundiais

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astores de todo o Brasil reconhecem a importância de sua igreja dentro desta “máquina” chamada missões, cujo combustível é o amor. Amor ao Senhor, pela Sua obra e pelos povos que Ele deseja alcançar. São homens e mulheres que se juntam à JMM para chegar até aqueles que ainda precisam ouvir a voz de Deus. Pastores como Vagner Vaelatti, há 20 anos à frente da Igreja Batista Boas Novas, em Parque Vila Prudente/SP, um apaixonado por missões e que tem investido na mobilização de sua igreja, abrindo suas portas para a JMM. Ele sabe que uma igreja missionária é uma igreja vencedora. “Logo depois que a nossa igreja perdeu o Pr. Waldemiro Tymchak, deixou de amar a obra de Missões Mundiais e Nacionais. Foi um tempo difícil. A igreja foi decaindo, decaindo até chegar ao número de 40 membros. Ao assumir, montei um projeto de seguir 10 anos nutrindo a semente da obra transcultural, principalmente entre os indígenas. Depois desse momento, quando a igreja já estava soerguida, forte, decidimos que teríamos um ano de Missões Mundiais, um ano dedicado a Missões Nacionais e um ano para Missões Estaduais. Abraçamos toda esta obra”, declara o pastor. Segundo Vagner, a Boas Novas é sustentada por este tripé: comunicação do Evangelho através da mídia, a obra missionária que precisa ser feita em todos os níveis e a obra social. “Nossa igreja sempre esteve pronta a apoiar a obra missionária em qualquer necessidade. Mas agora nós vamos ter definitivamente um orçamento missionário, uma contribuição mensal para Missões Mundiais”, alegra-se. Para ele, uma grande alegria é poder ver o contato da igreja com missionários. O pastor traduz isso como algo inacreditável, realmente forte e que mexe com a igreja, colocando na mente e coração dos seus membros as necessidades daquela nação representada pelo missionário. “Sei que trazer um missionário de bem longe não é fácil, pois tem o seu custo, mas acho que é necessário para as campanhas missionárias. Peço a todos os pastores que, ao receberem o envelope da oferta do Dia Especial, o coloquem em cima de sua mesa imediatamente e leve ao seu povo esta necessidade, mobilizando corações a estabelecerem um alvo para

missões. Essa obra não é dos batistas brasileiros, essa obra é da igreja local. Missões Mundiais deve ser prioridade para a igreja”, diz. Pastores de todo o Brasil têm enviado à JMM seu apoio, mobilizando suas igrejas. Confira o pensamento de alguns deles: “Graças a Deus aqui em Pernambuco podemos desfrutar de um bom relacionamento com as instituições missionárias de nossa convenção. Trabalhamos em parceria com a JMM através do Pr. Adriano Borges. Pernambuco é um estado missionário, e esse amor por missões é perceptível em nossas igrejas por meio da mobilização, da oração e das ofertas. Pernambuco é um celeiro de vocacionados. Temos pessoas atuando em várias regiões do estado, no Brasil e no mundo. Pernambuco se importa com a evangelização dos povos não alcançados. Eu também me importo.” Pr. Neilton Ramos Coordenador da AME – Área de Missões Estaduais da Convenção Batista de Pernambuco “No Amazonas trabalhamos juntos pelo Reino de Deus, fazendo missões em todo o tempo. A ênfase por Missões Mundiais é sempre muito forte no primeiro trimestre do ano. Temos um relacionamento bastante próximo com o missionário mobilizador local e apoiamos os missionários e as ações em nosso estado. Frequentemente incentivo nossas igrejas e organizações missionárias a orar, contribuir, fazer uma Parceria na Ação Missionária (PAM) e participar do Dia Especial. Mas principalmente as incentivo a seguirem ao campo fazendo missões.” Pr. Teodorio Soares de Souza Diretor Executivo JME/CBA “É através da parceria que nós fizemos com Missões Mundiais que temos levado a possibilidade de unir a visão denominacional em prol de um desafio único de testemunhar em Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da Terra. E isto está nos abençoando grandemente nas viagens representando a Junta de Missões. Esses desafios têm aquecido o coração dos paulistanos e dos paulistas. Louvo a Deus por tudo o que Ele está fazendo, porque através disso, com certeza, o coração do nosso es-

tado irá crescer cada vez mais pela evangelização. E isso a gente tem recebido como testemunho dos pastores, que, graças a Deus, por causa de visitas que JMM tem feito, junto com a nossa Conveção, à OPBB-SP e ao Lar Batista, pastores também estão sendo motivados a participar de uma forma integrada. Espero que isso aconteça em todo o Brasil.” Pr. Salovi Bernardo Junior Presidente da OPBB-SP “Participar da obra missionária mundial é um privilégio que temos como crentes em Cristo e discípulos dispostos a obedecer o ide do Mestre, seguindo até aos confins da Terra. As igrejas da Convenção Pioneira historicamente contribuem com a obra de Missões Mundiais através de uma participação efetiva nas campanhas anuais, levantando expressivas ofertas e utilizando o material promocional com muito zelo. Campanhas de oração em favor de missões transculturais têm sido feitas por segmentos das igrejas como MCA e EBD. Também temos participado de projetos e viagens missionárias. Destaco ainda a presença de promotores de missões nos acampamentos anuais e também dos pastores nos congressos missionários promovidos pela JMM, além de expressiva participação de nossas igrejas no Conexão Missionária. Temos também um grande número de irmãos que fizeram uma Parceria na Ação Missionária (PAM).” Pr. Samuel Esperandio Diretor Executivo da CB Pioneira Missões Mundiais é grata pelo envolvimento de tantas outras amadas igrejas e organizações na obra de evangelização. Sabemos, no entanto, que essa representatividade ainda é tímida diante de um Brasil que se mostra cada vez mais evangélico. Segundo o mais recente Censo do IBGE, divulgado em 2010, o país tem 42,3 milhões de evangélicos. O comprometimento verdadeiro destas pessoas com a Palavra de Deus, honrando o que um dia disseram ao receberem o Senhor Jesus como seu único e suficiente Salvador, de fato aceleraria a volta de Cristo, uma vez que rapidamente a sua mensagem alcançaria o mundo todo. Desperte sua igreja para este compromisso missionário, que não é dever de Missões Mundiais, mas de todos aqueles que se dizem cristãos.


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ristãos de norte a sul do Brasil se mobilizam para ser voz de Deus a todas as nações. Assim como em anos anteriores, milhares de crentes se unem para orar e ofertar em prol da Campanha de Missões Mundiais, que em 2015 tem como tema Meu Chamado, Voz de Deus às Nações. Igrejas inteiras têm se envolvido na obra de evangelização mundial através da Campanha da JMM, cujo um dos objetivos é mostrar o papel de cada no cumprimento da Grande Comissão. Afinal, o chamado é para todos os crentes. Na Missão Batista de Jateí/MS, filha da Igreja Batista da Glória de Dourados/MS, a promotora voluntária de missões Josiane Rodrigues Vieira da Mota escreveu para a JMM para nos contar que a igreja promove um leilão em favor de Missões Mundiais. Mas não é um leilão qualquer. “É um leilão de talentos, no qual toda a igreja doa seus talentos, aquilo que sabe fazer de melhor. É muito lindo e contagiante”, diz Josiane. A terceira edição desse leilão aconteceu em 8 de março, Dia Especial de Missões Mundiais. No ano passado, a igreja levantou a quarta maior oferta missionária entre as igrejas filiadas à Convenção Batista de Mato Grosso do Sul, e a promotora de missões Josiane destaca que as expectativas para a Campanha deste ano são ainda maiores. Eric Abreu, da Igreja Batista Getsêmane, em Camaçari/BA, contou que sua igreja realizou momentos de intercessão por Missões Mundiais e exibiu os vídeos do DVD da Campanha. Além disso, membros da igreja assumiram o compromisso de ajudar no sustento dos nossos missionários no campo, através do programa de Parceria na Ação Missionária (PAM). A Primeira Igreja Batista em Parque Jurema, Guarulhos/SP, está realizando cultos missionários todos os domingos à noite. “Em todos os cultos, as apresentações, ofertas e mensagens são sobre Missões Mundiais e para Missões Mundiais. Tem sido bênção”, diz Talita Messias, da PIB Parque Jurema.

PIB Parque Jurema - Guarulhos, SP

Débora Acyole, da Igreja Batista Balneário Meia Ponte, em Goiânia/GO, relata que o culto missionário realizado em 15 de março, com a mensagem do Pr. Ilton Cezar Dourado, foi abençoador. “Foi uma noite de bênçãos com várias participações. Teve poesia, Mensageiras do Rei, vídeos da Campanha e um momento do ofertório dedicado a missões”, conta.

PIB Bairro das Graças - Belford Roxo, RJ

No estado do Rio de Janeiro, as igrejas também estão mobilizadas em torno da Campanha 2015. Em Belford Roxo/RJ, na PIB Bairro das Graças, o promotor de missões Vinicius Fagundes conta que a igreja organizou no dia 14 de março a Festa Missionária, cuja arrecadação foi inteiramente destinada a Missões Mundiais.

Missão Batista de Jateí, MS

IB Balneário Meia Ponte - Goiânia, GO

A PIB Parque Real, no bairro carioca de Realengo, realizou no dia 15 de março a abertura da Campanha 2015 na igreja. O Pr. Albadias Ferreira pregou, e os Amigos de Missões, além de toda a igreja, tiveram participação especial, segundo nos contou Elisa Ferreira, membro da igreja. Luiza Vieira, da Comunidade Batista do Rio, na capital fluminense, disse que o ministério infantil da igreja está bastante envolvido com Missões Mundiais, assim como a PIB Penha, também no Rio, que abriu a Campanha no dia 8 de março, segundo seu promotor de missões Marco Marins. E como a sua igreja está se envolvendo com Missões Mundiais? Como ela tem respondido ao chamado de Deus para ser Sua voz às nações? Conte para a gente! Envie a foto da sua igreja acompanhado de um breve relato para campanha@jmm.org.br. Este é o canal da JMM com a sua igreja. Confira também o álbum com fotos de outras igrejas em www.facebook.com/missoesmundiais. Todo o material da Campanha, como revistas, cartazes e os vídeos que compõem o DVD, estão disponíveis para download em www.especialjmm.com.

IB Getsêmane - Camaçari, BA

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Maria Helena Leão Santos, gerente Regional de Alianças Estratégicas para o Rio de Janeiro

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Projeto Cristolândia continua sendo um dos projetos que Deus tem usado para transformar vidas. Dia 14 de março, sábado especial, constatamos mais uma vez que Deus é o mesmo ontem hoje e eternamente. Nosso coração vibrou de alegria ao poder participar do casamento de Lodemir e Edilene, realizado na missão Cristolândia em São Paulo. Ele, que viveu nas ruas da Cracolândia por muitos anos sem nenhuma perspectiva de vida, se acabando nas drogas, vivendo como trapo humano, onde ninguém dava nada por ele. Ela, da mesma forma, sendo segurada pelas mãos do inimigo, vivendo nas ruas da cracolândia se drogando e fazendo tudo o que é contrário ao que Deus planejou para nós como pessoas. Ela vivia na porta da Missão querendo um prato de comida, um banho, uma roupa limpa. Mas o povo batista, entendendo que Deus determinou através de Jesus que continuássemos a Obra dEle na terra, atendendo a ordem de ir onde as pessoas estão, através de Missões Nacionais abraça o Projeto Cristolândia, abrindo Centros de Formação Cristã Cristolândia em várias partes do Brasil, para resgatar essas vidas que são tão preciosas para Deus. Lodemir e Edilene foram alcançados pela graça de Deus, aceitaram o

Fotos de Sélio Morais

Milagres continuam em nossa geração tratamento oferecido pela Cristolândia, deixaram as drogas e receberam Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas. Deus encaminhou a história desse casal, começaram a namorar, entenderam que Deus confirmou essa união e dia 14 de março receberam a benção na presença do pastor Humberto Machado e missionária Soraya - coordenadores do Projeto Cristolândia em São Paulo -, outros missionários de Missões Nacionais, pastores, irmãos das igrejas e muitas testemunhas. Foi realizada a cerimônia de casamento através de um culto de louvor e adoração a Deus. O pastor Carlos Eliseu, pastor da Igreja Batista do Bom Retiro - SP, foi quem realizou a cerimônia das alianças. Após, saímos em passeata pela cracolândia de São Paulo onde, diante de muitos que estavam nas ruas, no mesmo local que Lodemir foi resgatado, paramos e cantamos o hino “Eu sou Livre”, o pastor Humberto e a missionária Soraya deram uma palavra, o casal Lodemir e Edilene cumprimentou os drogados que estavam pelas ruas e foi feita uma oração, onde suplicamos a Deus que continue usando a nós, como Igreja de Jesus na terra, a continuarmos na missão de ir às ruas em busca de pessoas. Não temos dúvidas de que milagres continuam em nossa geração. Deus quer fazer muito mais. Existem muitas pessoas aguardando por nossas atitudes. Deus quer nos usar. Diga para Deus: usa-nos, Senhor.


11 Bodas de diamante – sessenta anos abençoados o jornal batista – domingo, 29/03/15

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Othon Ávila Amaral, jornalista, colaborador de OJB

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conteceu no dia 20 de dezembro de 2014 as celebrações comemorativas do Jubileu de Diamante do casal Acyr e Lecy no Sítio Esperança, na localidade de Patrimônio, em Paraty - RJ. Na ocasião, pregou o pastor Edson Pinheiro Pedersane que, acompanhado da sua esposa Solange Cardoso Pedersane e do seu pai Emílio Pedersane, prestigiaram a solenidade que reuniu os 16 filhos do casal, 57 netos, 47 bisnetos e uma trineta, Hadassa. Na mesma ocasião foi consagrado a Deus a cobertura construída pela perícia dos próprios filhos para acolher os membros da grande e notável família, bem como assim servir de local para as reuniões da congregação que foi ali organizada pela Igreja Batista de Perequê-Açu, bairro da cidade de Ubatuba - SP. Vale a pena mencionar algumas informações sobre o casal Acyr e Lecy. Ele era filho de José Conceição de Oliveira e de Armenda de Oliveira. Seus pais foram batizados pelo pastor Virgílio Faria na Igreja Batista de Boa Ventura - RJ, que na história dos batistas fluminenses foi sempre uma igreja singela e modelar. Ela era filha de Raimundo Menegatti e Zilda Barbosa Menegatti. Seus ascendentes, Augusto Menegatti e Betasoli, chegaram ao Brasil em 1889. Seus avós foram Francisco Menegatti e Maria Teresa Menegatti. Os crentes da família Menegatti foram batizados pelo pastor Alfredo Reis na Igreja Batista de Aperibé - RJ, outra Igreja cujos laços históricos estão vinculados ao surgimento da Convenção Batista Fluminense e as obras sociais que deram início ao Lar Batista Pastor Antônio Soares Ferreira. Acyr se converteu e foi batizado pelo pastor Samuel Sheidegger na Igreja Batista de Mimoso do Sul - ES. Lecy passou pela mesma experiência de Acyr e foi batizada pelo pastor Francisco Joaquim de Mendonça na Igreja Batista de Éden - RJ. Os dois vieram a se conhecer por ocasião de um intercâmbio entre as Primeiras Igrejas Batistas de Saracuruna e Piabetá, ambas da Convenção Fluminense. Casaram-se no dia 18 de dezembro de 1954 no templo da Igreja Batista de Saracuruna, em cerimônia ministrada pelo pastor Francisco Joaquim de Mendonça. Líder rural e líder sindical O irmão Acyr exerceu grande atividade na região de Duque de Caxias, Magé, São João de Meriti, e Teresópolis, alcançando centenas de trabalhadores

Organizadores das bodas de diamente do casal

O casal Acyr Soares e Lecy Menegatti

O casal Acyr e Lecy em frente a Igreja onde casaram, a Primeira Igreja Batista de Saracuruna - RJ

Filhos do Casal

rurais daquelas imediações. Cooperou de forma marcante para a organização do movimento campesino, presidiu o Sindicato de Trabalhadores Rurais e foi exatamente entre os anos de 1964 e 1974 que sua atuação foi realçada. Chegou a ser hostilizado pelas forças de segurança. Assistiu ao espancamento de um trabalhador rural, crente, que acabou falecendo em vista das atrocidades que veio a sofrer. Foi ameaçado e teve em seu favor o testemunho do General Luiz Braga Mury, na época ocupante de uma secretaria de governo do antigo Estado do Rio de Janeiro. Diante da pressão que começou a sofrer, mudou-se, de forma inesperada, para a região de Paraty – RJ, onde também exerceu funções sindicais com resultados mais alentadores. Foi graças a atuação de Acyr Soares que o general presidente João Batista Figueiredo o recebeu no Palácio, em Brasília, e depois de ouvir o relato das lutas sindicais naquela cidade acabou

Árvore Geneológica de Acyr Soares e Lecy Menegatti Soares

desapropriando as fazendas de Taquari, Barra Branca e São Roque, em benefício da comunidade. Pioneiros em uma região inóspita Com os recursos da propriedade vendida em Caxias, na Baixada Fluminense, o irmão Acyr adquiriu uma boa área de terra, em região distante do centro de Paraty, cercada de matas inexploradas, onde era grande a presença de animais silvestres, repteis dos mais peçonhentos e fontes de águas cristalinas. Construiu sua casa bem rústica e ali abrigou a família, educou e encaminhou seus 16 filhos, à luz de lampião ou de velas, ministrando para eles as porções da Palavra de Deus que balizou suas vidas através dos anos. O culto gratulatório O pastor Ciraudo César Alves de Souza, pastor da Igreja Batista de Perequê-Açu, bairro

de Ubatuba - SP, com o apoio de Débora Menegatti Soares, filha do casal e o neto, Murício Menegatti Romano de Paula, articulou a programação que redundou no culto gratulatório dos 60 anos de vida conjugal do casal no dia 20 de dezembro de 2014. Na ocasião, foi reconstituída a árvore genealógica da família, tomando como marco inicial o enlace matrimonial de Acyr e Lecy. Nos galhos da árvore genealógica foram colocados retratos dos descendentes do casal sexagenário. Convidado pelo pastor Ciraudo e pela família, inspirou a congregação com uma mensagem fundamentada em João 2.1-11, texto que narra as Bodas de Caná e que registra o primeiro milagre operado por Jesus. Destacou o pregador que a presença do Senhor Jesus Cristo desde o início foi a razão de sucesso do casal ao longo de tantos anos. Na ocasião, um lindo solo de Solange Cardoso, esposa do pregador, inspirou ainda mais a solenidade. Repre-

sentando O Jornal Batista falou também o autor destas linhas. Registramos nas páginas do nosso órgão oficial os feitos do irmão Acyr na vida cristã e na vida comunitária, bem-sucedidas, porque ele sempre teve para ajudá-lo nas semanas e até meses que passava ausente do lar, tratando dos interesses dos trabalhadores, em viagens constantes ao Rio de Janeiro, a Niterói e a Brasília, a irmã Lecy, esposa fiel, crente consagrada e mãe que deu conta de seu ministério maternal. O culto, com a participação de dezenas de parentes e vizinhos do casal, quando chegou ao seu fim, já estávamos vivendo as primeiras horas do domingo. Valeu o esforço e a cooperação de todos porque o Senhor foi adorado e glorificado. No rosto, nos lábios e no coração de cada presente via-se, ouvia-se e sentia-se o perfume da gratidão pelas vidas singelas e maravilhosas do irmão Acyr e da irmã Lecy.


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PIB em Arraial do Cabo - RJ - realiza o o 15 Jesus Água da Vida

Ministério de Comunicação da Pibac

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Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo (Pibac), localizada na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, realizou no período do Carnaval o Projeto de evangelismo “Jesus Água da Vida”, o JAV, como é tradicionalmente conhecido. Essa foi a 15ª edição do evento, que contou com a participação dos membros da Igreja e também com voluntários de diversos lugares do país. Em 2015, cerca de 170 pessoas entre jovens, adolescentes, adultos e até mesmo crianças participaram. Teve até gente que saiu do Distrito Federal e Santa Catarina para ser voluntário no Projeto, como contam os participantes Victor Henrique e Luiza Teixeira. “Sem dúvidas foi a experiência mais intensa, jovem e alegre que vivi. Senti grandiosamente o mover de Deus naquele lugar. O que são 2.600 Km percorridos frente a oportunidade de ganhar almas para Cristo e ser tratado? Fazer parte deste grupo jovem disposto a servir a Deus não tem preço”, declara Victor Henrique, morador do Distrito Federal. “Foi incrível passar esse tempo com um povo tão alegre. Nada do que eu fizesse nas minhas férias seria mais gratificante do que fazer a Obra de Deus, e essa foi minha maior motivação para ir ao JAV: o desejo de estar no centro da vontade de dEle a qualquer hora e em qualquer lugar”, comenta Luiza, membro da Igreja Batista do Campeche - SC. Por ser uma cidade praiana, o campo missionário do Projeto são as praias e ar-

redores. Tanto na parte da manhã, como à tarde, os participantes saem para as ruas munidos de violão, latas personalizadas e muita disposição rumo a esses locais. Ao chegarem às orlas, eles realizam um espetáculo composto de dança, música, malabares, acrobacias e outras artes circenses. Usam e abusam da criatividade para chamar a atenção dos banhistas e transeuntes e alcançar a todos com a Palavra de Deus. O mineiro Cirilo Gonçalves, que interpreta o palhaço Batata, comenta a importância desse primeiro contato antes da abordagem direta. “Com certeza o espetáculo faz diferença, principalmente porque chama a atenção das pessoas e torna o ambiente mais descontraído. Porém, como artista, discordo do uso da arte simplesmente como atrativo. Creio na criatividade dada por Deus como instrumento para transmitir a mensagem da Boa Nova por meio das artes”, afirma Cirilo. Após as apresentações, o grupo se divide em trios para evangelizar. Para essa abordagem são utilizadas diversas estratégias, como a distribuição de pulseiras e chaveiros que apresentam o Plano da Salvação, folhetos com mensagens bíblicas, mágicas e o principal: o diálogo. É através do relacionamento com o próximo que a Palavra de Deus pode ser levada ao outro em sua essência, como bem exemplifica o voluntário Leonardo Silva. “As estratégias foram excelentes, melhores do que eu poderia imaginar. Tivemos a liberdade de expressar o amor de Deus de várias formas e ver o quanto as pessoas que estavam naque-

le local estavam carentes do amor de Deus, pessoas que ao ouvir apenas um: ‘Jesus te ama’, já começavam a chorar, e eu pensava: ‘Como uma frase tão simples pode ter mexer tanto com um ser humano?’. Foi maravilhoso falar de Deus, falar do seu Plano de Salvação, e dizer que Ele se importa com a dor, com o sonho e com vida de cada um de nós”, ressalta o participante. No período noturno, são realizados cultos externos em um palco montado em frente ao templo. Este ano a programação ficou por conta do cantor Salomão do Reggae; Bruno Theophilo e Banda; Família Acris Soul; Ministério Sarando a Terra Ferida; Banda da Juventude Batista Litorânea - Jubal -; e Pastor Rodrigo e Banda. Para levar a Mensagem de Cristo de forma descontraída através do teatro e circo, o evento contou também com a trupe circense “CircusFé”, de Montes Claros - MG. “Natural de Minas Gerais, eu nunca havia ido a uma praia para trabalhar como palhaço, portanto foi uma experiência incrível, e o melhor disso era poder desfrutar da receptividade das pessoas que estavam passeando pelas praias, e também da abertura de cada uma delas em ouvir aquilo que fomos chamados para fazer: anunciar as Boas Novas. O maior diferencial dos outros trabalhos que realizamos por aqui foi o local e a data. Em pleno Carnaval na praia, eu imaginava que ninguém iria nos dar atenção, mas fui surpreendido quando me deparei com muitas pessoas sendo tocadas pelo amor de Cristo. Durante as noites ainda pudemos apresentar um teatro e tentar levar um

pouco de alegria para aqueles que paravam para nos assistir ao passarem em frente ao templo. De fato, Deus não escolhe hora, nem lugar para fazer a Sua Obra, nosso papel é tão somente nos dispor para sermos usados por Ele, seja como um pregador ou como um mero palhaço cristão”, afirma Matheus Alkimim. O encerramento foi único, repleto de saudade, aprendizado e muitos novos amigos, como destaca a participante Natália Sochaczewski. “O encerramento do JAV 2015 para mim foi o fechamento de um Projeto magnífico, onde vivi dias incríveis, e o começo de uma nova fase em minha vida espiritual. Deus não só me usou de forma inexplicável, mas me fez transpor barreiras que jamais imaginei conseguir ultrapassar, me ajudou a vencer meus medos e minha timidez, curou feridas que nunca achei que pudessem cicatrizar e me presenteou com amigos que são verdadeiros anjos e que hoje se tornaram essenciais em minha caminhada. Sem dúvidas, o JAV foi um marco para mim. Só tenho a agradecer a Deus e a cada um que esteve presente por terem me proporcionado um Carnaval que ficará eternizado em minha história. E que venha o JAV 2016!”, acrescenta a jovem. Cada um que teve a oportunidade de participar do Projeto carrega agora consigo - mais do que nunca - a responsabilidade de pregar sobre o verdadeiro Evangelho de Cristo. Eles aprenderam que se pode falar de Jesus em qualquer lugar ou circunstância. Muitos, que só conheciam o JAV de ouvir falar, surpreenderam-se com a simplicidade e liberdade

que o Projeto propõe na hora de evangelizar, como é o caso da voluntária Débora Brasil, moradora de Duque de Caxias - RJ. “Logo no primeiro dia me apaixonei por tudo. Encantei-me com todas as oficinas e pude perceber como tudo era válido para ser usado mais tarde no evangelismo. Quando fomos, de fato, para as ruas, vi como era fácil poder colocar em prática o que haviam ensinado sobre evangelismo. Vi que, mesmo com tantas pessoas ao redor, as mágicas que eu fazia prendiam a atenção das pessoas que estavam sendo evangelizadas. O JAV me ensinou muito sobre o que é evangelizar, o que é o verdadeiro Evangelho e como evangelizar. Voltei para casa com uma vontade imensa de ensinar tudo o que aprendi. E, graças a ida ao JAV, minha Igreja agora terá mais conhecimento sobre evangelismo criativo e artes. Definitivamente, o JAV não foi importante só para as pessoas que foram evangelizadas, mas para todos os que participaram”, frisa a voluntária. Para quem esteve à frente da organização, o JAV foi especial. Além das vidas que assumiram um compromisso com Deus - um total de 90 decisões e 13 reconciliações - foi também um momento de crescimento espiritual para quem participou. “Para mim, o JAV 2015 foram dias especiais, quando vimos o poder de Deus sendo manifestado na vida de cada participante. Foi muito além do que imaginávamos e superou todas as nossas expectativas”, conta Rita de Cássia, membro da Primeira Igreja Batista de Arraial do Cabo – RJ.


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Nosso filho saiu de casa

Neemias Lima, pastor da Igreja Batista do Braga Cabo Frio - RJ

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ponto de vista

á datas especiais na vida de todo ser humano. Por exemplo, não me esqueço de 22 de novembro de 1987, dia em que eu e Ilcimar começamos o namoro. Do dia 02 de agosto de 1989, posse na Igreja Batista do Braga, marcante. Do dia 20 de janeiro de 1990, memorável, nosso casamento. Os dias 11 e 23 de novembro de 1991 e 1994, inesquecíveis, João Marcos e Raquel chegaram para nos alegrar. Não dá para alistar todas as datas importantes. Mas uma, a partir deste tempo, fará parte de nossa vida: 02 de março de 2015. Eu, Ilcimar e seu Lair, meu sogro, deixamos João Marcos no internato da Faculdade Latino Americana de Teo-

logia Integral (FLAM), em Arujá - SP. Choramos. Pensamentos me vieram à mente. Lembrei-me do dia em que peguei a mala, despedi-me dos meus pais e fui para o Seminário, 300 Km de distância, há 32 anos. Imaginei como eles ficaram naquele dia. Lembrei-me das experiências vividas por pais que precisam se despedir de filhos por outras razões, algumas dolorosas demais, como necessidade de internação em função de desvios de conduta. E agradeci a Deus a graça de estar ali por outro motivo. O choro não é de tristeza, é de saudade antecipada, se isso é possível. Estamos felizes, ele foi atender a um chamado. E não se trata de qualquer chamado, é um chamado do Senhor Jesus. E me lembro do dia em que voltávamos, eu e ele, de Rio Bonito-RJ, de uma reunião da Convenção Batista Flu-

minense quando, na estrada, disse que precisava falar algo sério comigo. Preocupei-me. Disse-lhe que estava atento. Ele informou que estava decidido a atender ao chamado. Levei um susto. Não que fosse indesejado por nós, mas por seu perfil, jovem antenado com a modernidade. Foram oito meses de amadurecimento. Pedi a alguns pastores e líderes amigos que nos ajudassem em oração. E chegou o dia dele se apresentar. Em um dos trechos dos 600 Km em que viajamos, perguntei-lhe se estava feliz. Sua resposta, com muita convicção, foi “sim”. Isso nos consola. Sua apresentação se deu um dia depois da celebração de abertura da Campanha de Missões Mundiais. No culto, preguei sobre o chamado, tema da Campanha. Destaquei: cada cristão tem um chamado, devemos cumprir o chamado com alegria e

daremos contas ao Senhor de nosso chamado. Em tudo isso vemos a bondosa e graciosa mão do Senhor; nenhum mérito em nós. Pastores muito mais dedicados não desfrutam de tal privilégio. Mas continuaremos dependentes dessa ação divina e muito mais João Marcos. Quem se lança a desafio como este se envolve em uma batalha espiritual nem sempre percebida. Forças contrárias farão de tudo para que desista, propostas tentadoras aparecerão para que perca o foco. Ele, e nós, precisamos de oração. Ao voltarmos da viagem, caiu a ficha: nosso filho saiu de casa! Embora sempre os estimulássemos, investindo para isso, a participarem do Retiro de Filhos de Pastores (Refipa), sendo marcante a carta que recebeu dos conselheiros pastor Sócrates e professora Lúcia, dias depois em casa. Congressos,

acampamentos, temporadas e outras atividades faziam parte da agenda deles, mas o tempo era curto e sabíamos que voltariam. Agora, é diferente, só o abraçaremos e beijaremos de dois em dois meses e, provavelmente, morando, nunca mais voltará para casa. Estamos felizes, está se cumprindo o que diz a Bíblia: “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade” (Sl 127.3-4). No mais, filhão querido, você nos proporcionou uma das maiores alegrias da nossa vida. Ela veio com choro, choro de alegria. Conte com a gente, Deus te fará vencedor. Permaneça firme diante das lutas e temporais; o dono da natureza e de sua vida cuidará de tudo. Deus te abençoe!

1º Encontrão Henrique Liebich O Lar da Criança, em seus 53 anos de existência, acolheu e foi o lar provisório de mais de 700 meninos e meninas. Muitos entraram pequenos e saíram adultos, outros permaneceram menos tempo, mas, para todos, ficaram as lembranças das amizades e brincadeiras, de um tempo que marcou suas vidas. E pensando em rever as pessoas que fizeram parte desta época tão especial, alguns ex-acolhidos do Lar, através do Facebook, lançaram a ideia da organização de um evento que promovesse o encontro de ex-acolhidos e ex-funcionários (e seus familiares) do Lar da Criança. Assim nasceu o 1º Encontrão Henrique Liebich. O evento acontecerá nos dias 01, 02 e 03 de maio de 2015, no Acampamento Batista Pioneiro, em Bozano - RS, com preleção do pastor Helmuth Matschulat, ex-diretor do Lar da Criança Henrique Liebich, além de diversas outras atrações, como gincana, mateada, noite da fogueira, noite dos talentos, visita ao Lar da Criança, programação especial para crianças e adolescentes, esporte e outros. O período de inscrição é do dia 20 de novembro de 2014 até o dia 28 de fevereiro de 2015, no site larliebich.org.br. A Comissão Organizadora convida a todos os ex-acolhidos e ex-funcionários (e seus familiares) do Lar da Criança para participarem deste momento que, certamente, será marcado por muita emoção e alegria. Liane Hartmann Secretária - 55-3332-1095/3333-3412 Lar da Criança Henrique Liebich - Sociedade Batista de Beneficência Tabea


o jornal batista – domingo, 29/03/15

ponto de vista

15

Muitos pastores chamados e menos chamados pastores Elias Gomes de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Missionária em Parque das Missões – Duque de Caxias – RJ

O

pastor é quem pastoreia, quem cuida do rebanho, o responsável pelas ovelhas. Bastante lógico e simples, não é? É isto que a Bíblia quer passar com a função de pastor, em todas as suas figuras, tanto no Antigo, como no Novo Testamento. Observe o exemplo de Davi, que era pastor de ovelhas e usa essa figura no Salmo 23 para mostrar como se sentia como ovelha, em relação a Deus, que é o seu Pastor. Também Jesus usa a figura de pastor se colocando como o Bom Pastor, conforme o Evangelho de João: “Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). Ser pastor de acordo com a ótica bíblica nos dias de hoje não é tarefa fácil. Tempos de crise, de avanços cibernéticos, da falta de relacionamento interpessoal, de avanço científico, dentre

outros, são alguns pontos que podemos enumerar que contribuem para essa dificuldade. Em nosso contexto eclesiástico, a não valorização da comunhão dos irmãos na igreja, a falta de devocional diária com Deus, a falta de compromisso e de ganhar almas para Cristo, são elementos constantes observados. Somente aqueles que possuem o verdadeiro chamado é que suportam tais situações. No desafio de pastorear vidas em meio ao caos, creio que um dos grandes obstáculos que encontramos na atualidade é a visão errônea de que cabe a nós, pastores, a tarefa de resolver problemas, conforme diz o pastor Ricardo Agreste da Silva. Assim, espera-se que “bons pastores” sejam pessoas prontas para responder a qualquer questão, para dar o palpite certo em tempos de indefinição e para orar com “eficácia” diante da enfermidade, desemprego, crise familiar, entre outras coisas. Pastores que não estão nos holofotes, que não almejam grandes ajudas pas-

torais, que não criam regras de benefício próprio, mas que se dedicam quase que exclusivamente à Obra de Deus por amor aos perdidos. Pastores que trabalham em todo e qualquer lugar por terem a convicção do seu chamado, mesmo diante das lutas e necessidades. Os dias de escassez e de falta de recursos não são obstáculos para levarem o avanço da Palavra de Deus. É o amor ao chamado e ao propósito de Deus na vida daquele que entende as renúncias do pastorado, mas que sabem aproveitar as benesses espirituais vindas de Deus. O que mencionamos até aqui pode ser resumido em uma verdade ampla: não existe chamado pastoral distante dessas realizações, bem menos algum pastor usado pelo Espírito Santo com apenas uma dessas indicações, ou seja, se algum ministro está em falta em algum desses princípios, com certeza o seu chamado ministerial está em desenvolvimento, mas, se lhe falta todos esses valores, com certeza jamais foi chamado por Deus para pastorear.

Dentro desse raciocínio ainda, desejo expor duas situações: pastores que creem no chamado, mas passam por experiências frustrantes, e pastores que sabem realmente que não possuem o chamado, mas entraram “acidentalmente” no ambiente ministerial. No primeiro caso, é de grande importância saber que o início ministerial com experiências dolorosas não significa algum tipo de erro no chamado, mas pode revelar um agir e preparo exclusivo de Deus para algo bem maior. Já no segundo caso, temos alguém sem o chamado na função pastoral, mesmo assim pastoreando. A falta de êxito maior desse líder não está em seu realizar, de certo, ele sempre fará algo em suas condições, mas sua situação revela que suas ações pastorais serão limitadas por lhe faltarem os elementos essenciais que preenchem sua ordem vocacional e seu chamado divino. Portanto, oremos a Deus para continuar chamando pastores segundo o Seu coração e não segundo o coração dos homens, pois caso contrário,

teremos somente obreiros que não possuem o chamado de Deus para o ministério, mas que aceitarão serem chamados de pastores por terem alguma promoção pessoal. Que Deus nos conceda discernimento e graça a cada dia. Que nossa oração seja voltada para não termos escassez de pastores verdadeiros. Deus te abençoe em seu ministério, inclusive o pastoral. “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto (I Pe 5.2). Referências Bibliográficas: http://clubedeusefiel.comunidades.net/index.php? pagina=1825570409_12. Acesso em: 11 de Jan. 2015 http://www.napec.org/ reflexoes-teologicas/como-nasce-um-pastor/. Acesso em: 11 de Jan. 2015 http://www.jacuipenoticias.com/religiao/marco/ pastor.htm. Acesso em: 11 de Jan. 2015


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