ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 27/03/16
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
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Ano CXV Edição 13 Domingo, 27.03.2016 R$ 3,20
Fundado em 1901
Igrejas unidas para levar esperança Todos os anos, Igrejas de norte a sul do Brasil se unem para orar e ofertar em favor de Missões Mundiais, e este ano, em especial, a tarefa de levar esperança às nações está mobilizando cada vez mais gente para atender a esse chamado de Deus. Confira! (Página 11)
Instituto Batista Carolina celebra 80 anos de existência Mantida pelos Batistas brasileiros e dirigido pela missionária da JMN, Adriana Dias, o IBC está localizado em Carolina, no Maranhão, e oferece bolsas de estudo integrais e parciais para crianças carentes da região. Atualmente são atendidas 290 crianças no Ensino Fundamental. (Página 07)
Barra do Piraí - RJ sedia 5a edição da Caminhada da Família Como acontece todo ano, no dia 10 de março, há uma festa na cidade de Barra do Piraí - RJ, pois nessa data comemora-se o aniversário do município, e como parte dos festejos, a família tem sido lembrada. (Página 13)
Joan Larie Sutton - A hinista e mestra de todos nós, os músicos brasileiros!
Conheça um pouco mais da história de dona Joana, como era conhecida por seus alunos brasileiros. (Páginas 08 e 09)
OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA
Estudos sobre a Igreja - II
Qual é a missão da Igreja? Para que existe a Igreja? Você já parou para pensar nessa pergunta? Será que os membros de sua Igreja sabem qual a finalidade da existência da Igreja? Esta questão é uma das mais importantes para o cristianismo, pois a sua resposta nos levará à resposta de outras questões também importantes, tais como: “Por que devo ser membro da Igreja?”. Confira o texto. (Página 15)
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reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA
Páscoa: A verdadeira liberdade
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.32-36).
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ivemos neste domingo, dia 27 de março de 2016, a celebração da Páscoa, que é celebrada em muitos países ao redor do mundo, principalmente, àqueles com influência do cristianismo. Etimologicamente, o termo Páscoa se originou a partir do latim Pascha, que, por sua vez, deriva do hebraico Pessach/ Pesach, que significa “A passagem”. Mas nem todos que celebram a Páscoa comemoram o verdadeiro significado. A Páscoa instituída entre os judeus – Pessach - é comemorada pela conquista da liberdade dos hebreus, que viviam como escravos no Egito. Essa libertação
coincidiu com a Primavera, que ocorria no mês hebraico (nissan), que corresponde mais ou menos aos últimos dias de março e meados de abril. As comemorações fundiram-se com as tradições religiosas de seu povo. Com vinda de Jesus Cristo ao mundo, a Páscoa teve significado ampliado, mas manteve o sentido de liberdade. Se até o advento da vinda do Messias celebrava-se a liberdade do cativeiro egípcio, agora celebramos a verdadeira liberdade através ressurreição de Jesus Cristo, que venceu e quebrou o cativeiro da morte eterna, concedendo-nos liberdade. Liberdade é definida nos dicionários como: “Faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação; Poder de agir, no seio de uma sociedade organizada, segundo a própria determinação, dentro
dos limites impostos por normas definidas; Supressão ou ausência de toda a opressão considerada anormal, ilegítima, imoral, ou ainda, estado ou condição de homem livre”. A liberdade é desejada por todos, ou seja, ninguém quer perder o direito de liberdade. Ninguém quer ser escravo de absolutamente nada, todavia, nem sempre esta é a realidade. Existem muitas pessoas que estão profundamente escravizadas simplesmente pelo desconhecimento da verdade. A falta da verdade é uma outra característica que todos nós rejeitamos, não ninguém que goste da falta da verdade. Jesus Cristo é a verdade que liberta, Jesus é a Verdade absoluta, mas também a Verdade que liberta. A inversão dos valores leva fatalmente o homem à escravidão e ele estará sempre
escravo da sua inverdade, terá que promover formas de sustentar sua inverdade. A Escravidão inicia-se com uma inverdade, veja o que aconteceu no início da criação, relatado em Gênesis 3.1 (inversão de valores). Jesus Cristo é a Verdade que permanece. Uma verdade que não permanece é uma verdade relativa, por isso Jesus é a verdade absoluta. Só Ele permanece, pois, é o mesmo ontem, hoje e eternamente, de acordo com Hebreus 13.8. Jesus Cristo oferece a possibilidade da verdadeira libertação da escravidão. É só permanecer em sues ensinos para conhecer a verdade de Deus. Pois Ele é o poder dinâmico que pode tornar livres todos os homens. Nosso desafio é, neste dia e em todos os outros, anunciar Jesus Cristo, a verdade que liberta. Páscoa, verdadeira liberdade!
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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES
Celebramos a Ceia do senhor, não a Páscoa
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o longo da história do cristianismo, Satanás conseguiu introduzir nas praticas cristãs muitos elementos que empobreceram a essência da fé. A simplicidade do Evangelho pregado por Jesus recebeu conotações espúrias, que não integravam, e tampouco, interagiam com os ensinos originais do Senhor. É difícil catalogar todos os elementos místicos e materialistas da fé cristã hoje. Na verdade, não temos mais o Evangelho genuíno pregado por Jesus em seu ministério. Muitos adoram a cruz em vez de prestar culto a Cristo Jesus. Outros portam crucifixos, desprezando a cruz e o túmulo vazios. Um dos ensinos de Jesus que mais sofreu interferência do inimigo é a Ceia do Senhor. Alguns a denominam “Santa Ceia”, expressão estranha ao ensino de Jesus.
Seu significado bíblico hoje não é o mesmo proposto por Jesus ao instituí-la. Há os que participam dos elementos da Ceia do Senhor, crendo que pão e vinho possuem poderes miraculosos. Ao serem ingeridos conseguem liberar perdão, são curados de enfermidades. Santidade automática é gerada na vida do participante. Há os que recomendam a prática do jejum antes da participação para receber os elementos da Ceia. Esquecem os que assim creem e ensinam que o sacrifício de Cristo no calvário não precisa ser acrescido de adereços especiais. O Sangue de Cristo é suficiente para o perdão dos pecados aos que se arrependem. A Ceia do Senhor não perdoa pecados e não possui poder miraculoso capaz de mudar a vida do participante. A confusão maior se estabelece quando os “cristãos”
confundem Ceia com a Páscoa. Trazem para a Ceia o simbolismo que a Páscoa transmitia aos israelitas. A comemoração da Páscoa pelos cristãos chega a ser ridícula. Alguns mais afoitos enviam cartões, oferecem ovos de chocolate às crianças, acrescido do coelhinho. Dizem “Feliz Páscoa”, seguindo o exemplo da sociedade materialista e pagã. O coelho entrou na Páscoa no final do século XVII com os alemães em substituição ao culto à deusa Ostara, deusa da fertilidade. Os confeiteiros franceses introduziram o ovo de chocolate durante o século XVIII. O comércio aproveitou a oportunidade para lucrar. Os denominados cristãos, sem firmeza doutrinária e conhecimento bíblico, aderiram à imposição do mercado, aceitando tais elementos como válidos para aos cultos.
Não há pecado no chocolate, nem em comer chocolate, mas há uma diferença mui grande quando chocolate se torna objeto de culto. Estabelecida a confusão e a fusão entre Páscoa e Ceia, ficou fácil para Satanás descaracterizar o verdadeiro significado da Ceia do Senhor. A propaganda fala mais alto do que a fé simples. A Páscoa foi instituída no Egito, no início da história da nação israelita, para celebrar a libertação do povo da escravidão egípcia. Seus ingredientes lembravam a amargura da escravidão. O sangue do cordeiro nas vergas das portas era a proteção dos primogênitos dos filhos de Israel. O cordeiro assado e o pão asmo (sem fermento) lembravam que o povo saiu às pressas do Egito. Não houve tempo para a fermentação.
Jesus celebrou a última Páscoa seguindo ao modelo do povo judeu. A partir desse momento nenhum seguidor de Jesus precisaria celebrar ou comemorar a Páscoa, de acordo com Lucas 22.15-18. Ao finalizar a celebração da Páscoa, Jesus instituiu a Ceia do Senhor, segundo Lucas 22.19-20, como memorial. Recomendou aos seus seguidores que a partir daquele momento a cerimônia se repetiria em memória dEle. Jesus não recomendou que continuassem a celebrar a Páscoa. Recomendou a Ceia como memorial que anunciaria que Seu Corpo e seu sangue derramado na cruz nos liberta da escravidão do pecado. Ao participar da Ceia, anunciamos que Jesus vai voltar. Até que venha (I Coríntios 11.26 e Mateus 26.29), não há feliz Páscoa para os salvos. Mas sim, Jesus voltará!
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Alonso S. Gonçalves, pastor da Igreja Batista Central em Pariquera-Açu - SP
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mesa da comunhão é um dos temas centrais no Evangelho de Lucas. Temos a mesa de Levi (o cobrador de impostos); a mesa do fariseu e a mulher pecadora; a mesa de Marta e Maria e tantas outras. Mas a mesa principal em Lucas (capítulo 22) é a mesa da Páscoa, da Última Ceia. Há um paralelo entre a Páscoa da mesa (dos discípulos) e a Páscoa do templo (dos sacerdotes). Ambos têm algo em comum, a Páscoa – A celebração do povo de Israel por conta da saída do Egito – mas têm também compreensões diferentes. A Páscoa do Templo tem sacrifícios, tem comida em abundância. É sinônimo de alegria, de celebração. Há pessoas, a priori, consagradas por Deus para levar o povo à adoração e conduzir uma das festas mais importantes do povo de Israel, a Páscoa. Em outro cenário está Jesus e seus discípulos para comer a Páscoa em uma casa ao redor de uma mesa. Lucas coloca uma diferença peculiar aqui.
reflexão
Entre a mesa e o altar – A Páscoa no Evangelho de Lucas Há a Páscoa do Altar (sacerdotes) e a Páscoa da mesa (discípulos). A Páscoa do Templo e a Páscoa da mesa há um contraste proposital colocado por Lucas – aliás, Lucas faz esse paralelo no capítulo um também, quando faz uma ponte entre o sacerdote Zacarias, que recebe a visitação do Senhor (anjo) no Templo e duvida, e a moça camponesa (Maria) recebe a visitação do Senhor (anjo) em um casebre e aceita a mensagem. No capítulo 22, Lucas coloca a Páscoa do Templo (sacerdotes) com sua preocupação cerimonial, com sua santidade, com suas leis, seus sacrifícios. O Templo é um lugar onde os sacerdotes estão a serviço de Deus e a favor do povo, pelo menos deveria ser assim. Tudo isso é uma prerrogativa do Templo, da instituição. Está dentro da legalidade; está dentro da concepção teológica de Israel. Portanto, o Templo era o lugar (ou deveria ser) legítimo da celebração pascal. Mas é no Templo que ocorre a trama da traição em troca de dinheiro. Isso se dá porque o sistema religioso quando perde o seu propósito tenta eliminar qualquer ameaça a sua estrutura. A religião
quando institucionalizada, geralmente se preocupa em arrumar o altar, em preparar o sacrifício, mas também desconsidera a vida, o ser humano quando pretende defender o sistema religioso. Em outras palavras, Lucas está dizendo: O Templo não serve mais para celebrar a Páscoa. Por outro lado ele está dizendo: não é mais um Templo, e sim uma casa; não é mais um altar e sim uma mesa; não é mais um sacrifício e sim um pão repartido; não são sacerdotes, mas sim irmãos. É na mesa que os discípulos são testados; é na mesa que se descobre o traidor; somos testados na mesa, quando discutimos quem é o maior (vs. 24-27); na mesa só deveria haver irmãos. Mateus e Marcos colocam essas palavras quando Jesus está indo para Jerusalém (Mt 20,25-28; Mc 10,42-45). Já Lucas coloca essas palavras na mesa, ou seja, na celebração da Páscoa. Lucas está dizendo entre o altar e a mesa, a comunidade fica com a mesa; não é mais o sacrifício, agora é um pão; não são reis, agora são irmãos. Que tenhamos uma celebração da Páscoa em torno da mesa e não do altar.
Páscoa comercial ou real? Rogério Araújo (Rofa), escritor, jornalista e diácono da Igreja Batista Neves - São Gonçalo – RJ, colaborador de OJB
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que mais observamos por aí nestes dias em que se aproxima a Páscoa é a propaganda desenfreada de ovos de chocolate e de coelhinhos, sejam para comer ou de pelúcia. Mas será esse mesmo o sentido real da Páscoa ou seria apenas um apelo comercial em
busca de lucro? Foi na “Festa da Páscoa”, que já existia desde o Velho Testamento, em um domingo, que Jesus Cristo ressuscitou como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, para nos salvar. Ele morreu pelos nossos erros e sofreu por isso. Pagou com Seu sangue inocente a culpa de todos nós. “Ora, havendo Jesus ressuscitado cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete
demônios”. (Mc 16.9). Ele voltou da morte para a vida unicamente pelos homens. Assim, o sentido verdadeiro da Páscoa foi sendo modificado aos poucos, tirando Cristo e colocando coelhinhos e chocolates. Quase ninguém lembra mais o que é Páscoa devido a essas “modificações”. Cristo, o Cordeiro que morreu por você, que é a nossa Páscoa. Basta que o aceitemos como Senhor e Salvador para que Ele entre em nosso coração.
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
A Ceia no Reino do Pai “Disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás” (Mt 26.29)
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esus Cristo fez da Sua última Ceia o anúncio solene da nossa intimidade com Ele na eternidade pós-ressurreição. “Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei deste furto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês, no Reino do Meu Pai” (Mt 26.29). A última Ceia de Jesus com Seus discípulos nos ensina a comemorar o grande objetivo do Seu ministério terreno: O corpo, em que Ele esteve conosco, com o qual sofreu todas as tribulações do mundo,
por amor de todos os Seus discípulos. O Messias na Terra foi tão “Deus conosco” quanto a realidade daquele pão, símbolo universal do sustento diário de nossa vida. A Ceia, ainda, constitui promessa solenemente profética: O poder incompreensível do Sangue de Jesus é a garantia de que nosso destino final é o “Reino de Meu Pai”. Nós, que aceitamos que Jesus é o Cristo, recebemos do Seu Espírito a capacitação de sermos “filhos de Deus” por toda a eternidade. Cada vez que, na celebração da Ceia, bebemos do cálice, vivemos antecipadamente a realidade da nossa ressurreição. É a singela e poderosa promessa de Jesus, na Sua última Ceia na Terra.
Sublime doação Francisco Mancebo Reis, colaborador de OJB Da incomparável glória, Jesus se despojou. Entrou, assim, na História e a vida nos doou. O Deus se fez humano a ao bem se dedicou. Ao mundo mau, profano, a vida ele doou. Num serviço intenso, em nada se poupou. Como precioso incenso, a vida ele doou. Ovelhas sem pastor que o mundo desgarrou Buscou com grande amor e a vida ele doou. Por fim, o seu suplício na cruz que suportou: Supremo sacrifício. A vida ele doou. Por nós ofertou a vida, por nós a retomou. Por ser Autor da vida, Jesus ressuscitou. Louvemos ao Deus-Homem por essa doação Jamais por nós medida, tamanha ela é. Seu nome enalteçamos com ardor e fé. Acaso merecemos “Tão grande salvação”?
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E aí, quem “paga o pato”? Leonardo César Inácio, membro da Igreja Batista Central do Rio da Prata Campo Grande – RJ
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agar o pato” é uma expressão que significa que alguém arca com as consequências dos atos de outra pessoa. Ou seja, ocorre quando uma atitude nossa afeta o outro. Gostaria de compartilhar com os amados leitores algo que Deus tem falado ao meu coração com relação ao contexto citado acima. Será que existe alguém “pagando o pato” pelas atitudes relacionadas a nossa vida espiritual? Reflitamos. A Bíblia diz o seguinte em Mateus: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Jesus profere tais palavras em meio ao ensinamento sobre não andarmos ansiosos em nosso dia a dia, pois a ansiedade evidencia falta de confiança e de fé que seremos agraciados caso busquemos ao Senhor
em primeiro lugar. Cristo chega a usar o exemplo do lírio, que não trabalha para se vestir, no entanto, nem mesmo o rei Salomão vestiu-se com a beleza tal dos lírios. É bem verdade que devemos perseguir nossos objetivos, ficar só esperando não dá. A fé nos chama à ação. Não confundamos as coisas. Não adianta querermos triunfar em uma prova sem estudarmos. Porém, qualquer que seja nosso plano, Deus deve fazer parte dele, e devemos ter certeza de que não precisamos deixá-lO em segundo lugar para alcançar o objetivo. Porém, o que temos visto em nossos dias é que se há a tal prova, por exemplo, é justamente o tempo de dedicação ao nosso Deus é que será “cortado”. A televisão e a internet dificilmente saem da nossa agenda para sobrar mais tempo para os estudos; já aquele tempinho de oração, de leitura da Bíblia, de participação em uma atividade da Igreja, aquele “cortamos” sem titubear. Aí fica a pergunta: “Quem pagou o pato”?
Sendo bem sinceros com nossa consciência, normalmente é isso que acontece. Infelizmente, sem generalizar, é claro, é o que temos visto. Quando o assunto é priorizar, nem sempre temos colocado Deus como a prioridade. Não deveria ser assim, amado leitor, pois Deus deve ser o centro da nossa vida, da nossa atenção, e não Aquele a arcar com as consequências da nossa “falta de tempo” - Ou seria “Má administração do nosso tempo?”. Como justificar não conseguirmos separar uma parte do nosso dia para busca ao Senhor? Aquele que nos criou e nos dá vida e tudo mais que necessitamos. Será que justamente Ele tem que “pagar o pato”? A Bíblia diz que “Há tempo para todo o propósito debaixo do céu (Ec 3.1). Sendo assim, haverá um tempo em que Deus nos pedirá contas sobre como conduzimos a vida que Ele nos deu. Às vezes, nos valemos de expressões como “Deus te abençoe” ou “Graças a Deus” para externar que acreditamos em Deus. Mas será que isso bas-
ta? Não! Precisamos crer em Deus, e isso significa ir além. Significa descansar nEle e confiar em Sua vontade. Significa aceitar e seguir a Sua Palavra, a Bíblia. E uma das muitas coisas que a Bíblia nos ensina é que devemos ter Jesus como nosso Senhor e Salvador. O que seria tê-lO como Senhor? Não seria entregar verdadeiramente nossas vidas em Suas mãos para sermos por Ele cuidados? Mas para isso precisamos ter fé nEle. Precisamos descansar e confiar em Sua provisão. É tempo de deixarmos que Deus pare de “pagar o pato” pelas nossas escolhas. Um dia Ele pedirá contas de todos os nossos atos, de como usamos a vida que Ele nos deu. Não seria uma atitude sensata chamarmos a responsabilidade para nós e, a partir daí, mudarmos nossa maneira de viver se ainda não o fizemos? Vivemos em mundo de constante correria. Mas não podemos deixar que nossos muitos afazeres nos afastem do alvo correto: Jesus! Ele não pode “pagar o pato” pelas nossas decisões em termos de
vida espiritual. Precisamos ter tempo para Jesus. É como li certa vez em um adesivo: “Não ter tempo para Deus é viver perdendo tempo”. Chegará o momento em que cada um arcará com sua responsabilidade perante nosso Pai. Aí não haverá como passar para alguém as consequências de uma decisão nossa. Não nos esqueçamos jamais: Deus é amor, é misericordioso, e nos dá a chance de mudarmos a todo instante. Basta querermos. Basta, em oração, crendo, falar a Ele que desejamos ser novas criaturas e, consequentemente, fazer e viver a Sua vontade para nós. Isso é confiar! Isso é fé! Isso é assumir a nossa responsabilidade e fazer a escolha correta. Não deixemos Deus em segundo plano, não andemos ansiosos. Confiemos sim nEle, que nos ama, nos oferece de graça a vida eterna por meio de Seu Filho Jesus, e não merece “pagar o pato” por nossas escolhas equivocadas, ou seja, aquelas nas quais Ele não está presente. Que o Senhor nos abençoe!
“Quem dera termos morrido!”, mas quando veio a praga, foram tomados de terror! O que falamos a Deus e contra Deus é sempre uma hipocrisia. A advertência de Moisés é um rico ensino a cada um de nós. Ele diz: “Se o Senhor se agradar de nós”. Se pudéssemos agradar ao Senhor, Ele não precisaria enviar Seu Filho. É profético o que ele fala. Jesus foi o único que o agradou. Ele tomou, como Arão, o incensário, e veio para nosso meio como intercessor. Ele ofereceu “sacrifício de aroma suave”, como está escrito em Efésios 5.1;
jamais poderemos alcançar essa perfeição. A queixa que Deus faz a Israel é a que ele pode fazer a nós, quando diz: “Apesar dos sinais”. Vendo a gravidade da situação, Moisés intercede por Israel. Que argumento ele apresenta. Só um homem muito espiritual pode apresentar tal argumento. Ele demonstra preocupação pela Glória do Senhor. Somente um homem muito sábio, piedoso, e ciente de quão misericordioso é o Senhor poderia apresentar tal argumento. O castigo até que foi suave. Arão, com seu incensário, an-
dou entre vivos e mortos, assim como Cristo andou neste mundo. Apesar dos sinais que fez, somente depois da ressurreição - A maior de todas as manifestações da Glória do Senhor - é que muitos creram. Aquela geração não entrou em Canaã, exceção feita a Josué e Calebe. Quem não vê a misericórdia e a glória do Senhor, em Cristo, não entrará na Canaã Celestial. O livro de Números nos ensina que falta de fé é desprezo ao poder, e a misericórdia de Deus. Que seu rico ensino seja o alimento que tanto nossas almas precisam.
Cuidando da glória Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB
“N
úmeros” é o nome de um livro tão esquecido, e tem tanto a ver com cada um de nós, servos e, ao mesmo tempo, filhos de Deus, que deveria ser lido e relido. O ensino é tão rico, que, lido no espírito de temor, antecipa a nós o retrato espiritual de cada cristão de nossos dias. A mensagem de que aquele que não obedecer morrerá é muito séria e atual. Depois do todos os sinais que Deus
lhes dera, acusam a Moisés, e também a Deus, de ainda estarem no deserto. O único culpado de estarmos no deserto, em termos espirituais, somos nós mesmos. Após Israel ser advertido do seu pecado, Deus dá instrução a Moisés, que envie Arão com o incensário no meio do povo, e dá o aviso: “A praga já começou”. Deus nunca deixa sua ira contra o pecado passar em branco. O pecado nos cega a tal ponto de não percebermos que somos pecadores. Os filhos de Israel confessam que não temiam a morte, pois afirmam:
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missões nacionais
Quanto vale um sorriso?
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Projeto da JMN promove saúde bucal às crianças ribeirinhas
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umprindo o princípio de Compaixão e Graça da Visão de Igreja Multiplicadora, a Junta de Missões Nacionais desenvolve o Projeto Novo Sorriso da Amazônia, que tem como finalidade implantar uma cultura de cuidado com a saúde bucal nas comunidades ribeirinhas. O Projeto surgiu a partir da observação dos nossos missionários e radicais que atuam na região. Eles notaram a precariedade na saúde bucal das crianças, como, por exemplo, uma escova dental sendo usada por 14 pessoas da mesma família. Diante dessa situação, a gerência de Missões com a gerência de Ação Social da
JMN, desenvolveram um programa de educação, prevenção e intervenção na saúde bucal das famílias ribeirinhas. O Programa Novo Sorriso da Amazônia é desenvolvido em quatro etapas: Capacitação dos missionários por profissionais voluntários; orientação às famílias com palestras educativas e lúdicas; distribuição regularmente dos Kits para as famílias cadastradas no programa e a disponibilização de atendimentos odontológicos. Alunos do Projeto Radical Amazônia terão as atividades como uma disciplina inserida na estrutura curricular do curso. Eles desenvolverão um plano de ação que será a
próxima etapa do programa: Educar as Famílias. Os radicais Diago e Roni já estão ensinando às crianças, na comunidade de Mato Grosso. Na comunidade Moreira, no município de Codajás, o missionário voluntário Gutemberg e Raquel já colocaram o Projeto em prática, dando às famílias ribeirinhas a perspectiva de um novo sorriso. Os dentistas André da Silva Matheus e Germana Alexandrino Matheus, da Igreja Batista no Jardim Odete, em Itaquaquecetuba - SP, nomeados como missionários voluntários da JMN, mobilizarão os Batistas brasileiros nessa causa. Por meio de doação de Kits e profissionais
Criança ribeirinha escovando os dentes
Voluntários atendendo ribeirinhos
Crianças ribeirinhas com o kit de higiene bucal
voluntários, as Igrejas Batistas para que novos sorrisos naspoderão investir diretamente çam entre os ribeirinhos.
Instituto Batista Carolina celebra 80 anos de existência
Adriana Dias, missionária da JMN e diretora do IBC
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ouvor, glórias e honra. Essa é a forma de descrever o dia de celebração de aniversário dos 80 anos do Instituto Batista de Carolina (IBC). A programação mostrou a grandeza do trabalho dos missionários que atuaram no Instituto Batista na cidade de Carolina. Pela manhã realizamos uma Exposição com 80 anos de história do colégio: Fotos de diretores, professores, alunos e responsáveis foram expostos em um casarão da Junta que antes estava abandonado. O casarão se transformou em um grande centro histórico e surpreendeu e emocionou a muitos que se reconheceram como parte daquela história.
Durante a exposição, o Instituto Batista de Carolina, foi presenteado com uma poesia escrita pelo escritor carolinense, João Falcão. A exposição foi encerrada com um almoço missionário que permitiu a comunhão e angariou recursos para o IBC. Na programação da noite, uma apoteose histórica que contou em 80 minutos, 80 anos de história. A apoteose foi narrada por professoras e alunos e teve a participação de todas as turmas que formaram coros falados, realizaram encenação de balé, cantaram o hino da escola e fizeram entrada de bandeiras. Um dos pontos marcantes dessa apoteose foi a apresentação de um coro de 80 vozes que cantou a música “Jamais deixei o meu louvor” e representou a
Apresentação do Ballet
Equipe de funcionários da IBC
perseverança dos missionários mesmo em meio às lutas. Em um segundo momento, o coro cantou um Medley de gratidão, exaltando a Deus. A Palavra de Deus foi trazida pelo pastor Euzimar Nunes, presidente da Convenção Sul Maranhense. Vidas renderam-se ao Senhor. Para finalizar o culto da noite, a Banda Promessas, da Assembleia de Deus de Carolina nos abençoou com louvores que animaram a todos que
alegremente celebraram os 80 anos do IBC. Instituto Batista em Carolina é homenageado pela Câmara de Vereadores O Instituto Batista Carolina (IBC) recebeu uma homenagem da Câmara de Vereadores da cidade alusiva ao 80° aniversário da Instituição. Mantida pelos Batistas brasileiros e dirigido pela missionária da JMN, Adriana Dias, o IBC está localizado em Caro-
lina, no Maranhão, e oferece bolsas de estudo integrais e parciais para crianças carentes da região. Atualmente são atendidas 290 crianças no Ensino Fundamental. Leia abaixo o texto do documento emitido pela Câmara de Vereadores: “Requeiro, ouvido o Plenário, na forma regimental, que esta Casa faça constar na Ata dos nossos trabalhos Legislativos um Voto de Felicitações ao INST (Instituto Batista de Carolina) por seu 80° aniversário de fundação. Esse Educandário por 80 anos vem dando sua contribuição para a educação carolinense, dentro de valores éticos e morais dos mais altos padrões”. Palácio Vereador “Celecino Carlos Pereira”, 08 de março de 2016.
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notícias do brasil batista
Joan Larie Sutton - A hinista e mestra
Westh Ney Rodrigues Luz, professora da FABAT/ STBSB - Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, assessora da comissão executiva da AMBB, relatora da comissão de Assuntos, Base Bíblica e Organização do HCC e membro da Igreja Batista Itacuruçá - RJ “O Cântico reflete a fé, as tradições, os valores, as preferências, as doutrinas, os rumos e a espiritualidade de cada um de nós. Nosso cântico reflete quem somos e onde estamos, na peregrinação cristã”. (Joan Sutton, 1991) Joan Riffey Sutton Houston (26/07/1930 - 05/03/2016) Nasceu em Louisville, KY, EUA e em 1935 veio para o Brasil (com 05 anos) acompanhando os pais, que foram designados como missionários da Junta de Richmond - John e Esther Rifley -, e que serviram em oito estados do Brasil. Seu pai foi diretor do Curso por Extensão do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, de 1938 a 1954. Sua mãe, dona Esther, além do trabalho na Igreja local no Rio de Janeiro, foi também autora e compositora para crianças trabalhando no Curso de Obreiras (mais tarde IBER, hoje CIEM). Estudou nos Colégios Batistas de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro até o 2º grau, voltando para os EUA para estudar licenciatura em Violino e bacharel em Letras e Literatura inglesa e francesa na Baylor University e mestrado em Música Sacra no Seminário Teológico Batista do Sul dos EUA. Viúva bem jovem - com apenas um mês de casada com Stanley Johnson -, conheceu no curso de mestrado em Música Sacra o doce e amado professor John Boyd
Sutton (já nos braços do Pai) com quem ficou casada por 53 anos. Em 1959 volta para nosso país como missionária, após três anos de trabalho com seu esposo na Carolina do Norte (Hendersonville). Filha de missionários, criada nas cercanias do STBSB, volta, em 1961, para lecionar música no STBSB e, em 1963, junto com seu esposo, iniciam o Curso de Música Sacra do Seminário do Sul. John Edwin (1954), Laura (1957) e Cecília (1960, nascida no Brasil), são os três filhos amados deste casal de músicos/professores/missionários. Edith Mulhond, no livro Notas Históricas do HCC (pág. 36) escreve: “Bem cedo revelou o seu talento musical. Desde os seis anos estudou piano, adicionando, depois, o violino. Em seu sermão oficial no VI Congresso Nacional da Associação dos Músicos Batistas do Brasil, realizado em Fortaleza, CE, dona Joana recordou a sua formação espiritual e musical. Realçou as suas experiências nos corais da sua Igreja e escola, as capelas, os cultos, os orfeões. Sobretudo, ela se lembrou dos hinos, que ajudaram a formar esta líder que mais tarde teria forte influência na música sacra brasileira”. Após 20 anos abençoados no STBSB, em 1983, seguiu para outro campo missionário no Sul do Brasil, onde professor Boyd dirigiu o departamento de Música da Convenção Batista do Rio Grande do Sul. Lá, professora Joana continuou sua produção musical como tradutora e assessora de Música da JUERP. Muito cooperou com a Associação de Músicos Batistas do Brasil (AMBB) e, em 1987, foi designada pela Convenção Batista Brasileira (CBB) como a coordenadora do
Projeto HCC – que não era só mais um hinário, mas um projeto com cinco volumes para o auxílio às Igrejas Batistas brasileiras, para apoio e uso no Culto Cristão: Um Hinário com harmonização em vozes SCTB; um com cifras para violão; um sem música e só com letra grandes; um facilitado com 80 hinos do HCC e com Notas Históricas sobre todos os hinos do HCC (autores, compositores, tradutores e arranjadores). Conviver com ela nas mesas lotadas de Hinários de diversos países e denominações, manuscritos, rascunhos, com sua disciplina, fé, perseverança e metodologia de trabalho foi uma pós-graduação para todos da Comissão do Projeto HCC. Nós, seus alunos (ex), sentíamos grande orgulho de sentar com a mestra em volta da mesa de trabalho. Como aprendemos! Em Janeiro de 1991, entregou à denominação Batista brasileira (CBB) o Hinário para o Culto Cristão, sendo oradora oficial nesta mesma Assembleia (72º) sobre “Adoração, Oração e Ação”. Em outubro de 1992, o amado casal missionário, nossos professores da década de 70 e 80 (para quem estudou no STBSB), após trabalhar, servindo durante 33 anos no Brasil, voltou à sua terra natal, onde em 1993, o professor Boyd assumiu o Ministério de Música da Igreja Batista de Shaw Creek. Lá em Hendersonville, Carolina do Norte, EUA continuaram a exercer com dignidade o que sempre fizeram neste nosso país – Servir. Após grande enfermidade, o Senhor Deus chamou para si, para seus braços nosso amado professor Boyd. Joan Sutton – compositora/ autora – e tradutora (músicas para coros e para o ensino de Canto) tem sido considerada por muitos estudiosos
como dona de um vasto e importante patrimônio musical sacro no Brasil (E isto é comprovado no material que doou para a mesma Universidade que estudou, a Baylor University). Com todo seu material, - usado, criado e ensinado no Curso de Música do Seminário do Sul, no Rio de Janeiro – estão os manuscritos pessoais, partituras (arranjos musicais e composição), cantatas, papéis com anotações de aulas, materiais de ensino, coleções e outros itens por ela doado, foi então criado na Biblioteca da Universidade a Coleção de Música Sacra Brasileira. Esta homenagem que a Baylor University fez, nos EUA, foi no dia 28 de outubro de 2010, e na ocasião do jantar solene, o ex-missionário e pioneiro na Música Sacra no Brasil, – Bill Icther – fez um discurso em homenagem à dona Joana, falando do Brasil. Perguntou Bill para dona Joana quanto tempo poderia dispor para falar, e ela respondeu: “No máximo 5 minutos”. Impossível isto, mas esta era a professora Joan - simples, humilde, direta e clara. Dona Joana, como nós brasileiros a chamavam, era perfeita como tradutora - seu excelente dom -, e de uma simplicidade na escrita impressionante, além do seu conhecimento, bem, acho que por isto mesmo era assim. O interessante na vida da professora é que não guardava para si o que sabia, mas prodigamente repartia. Ela traduziu grandes obras como “O Messias”, de Handel; “Elias e Cristus”, de Mendelssohn; “Réquiem”, de Brahms; “As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz”, de Dubois; “Glória”, de Poulenc e “Oratório de Natal”, de Bach (1º cantata). Sua obra hinológica é vasta e está registrada em alguns hinários e também de forma avulsa. Traduziu as cantatas de Natal - “Eis! A estrela” (Graham) e “Um menino nos nasceu” (Williams); de Páscoa - “Pela
manhã vem a alegria” (Danner); Missionárias - “Maior amor” e “Eu Vos Envio” (Peterson) e “Testemunho” (Reynolds). Também cantata para adolescentes e jovens - “Escuta outra vez” (Burroughs) e “Boas novas” (Oldenburg). Celebração de Buryl Red fez um sucesso nos anos 70 como um dos primeiros musicais feitos pelo país. Elas são dos anos 70 e foram publicadas pela JUERP. No HCC temos 52 contribuições entre poesias, metrificação, músicas e traduções (33). “E Habitou entre nós” (SCTB) e “Presente de Natal” (infantil) são duas cantatas publicadas pela JUERP. A “Trilogia da Vida”, dedicada ao Coro Jovem de Itacuruçá (Igreja Batista no Rio de Janeiro) não foi publicada e entreguei os manuscritos que tinha em meus arquivos quando da homenagem em Baylor. Além da música vocal (coro, solo), ela escreveu para violino e piano. Aliás, na Coleção de Música Sacra Brasileira, em Baylor University, inaugurada por ela, estão todas as suas obras que valem uma busca minuciosa para registrarmos aqui no Brasil, para conhecimento dos alunos de hinologia. No curso de Música, do Seminário do Sul, ela foi a nossa querida professora de coros graduados, hinologia, contraponto, harmonia, composição, arranjo, tradução,
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a de todos nós, os músicos brasileiros! Depoimentos sobre Joan Sutton: “...Fui aluna desta doce e grande mulher, Joan Sutton, nos anos 70, e pude traduzir muitos temas e letras de hinos do espanhol para o português (a seu pedido) e nem sabia que Deus iria um dia me chamar para ser missionária na Argentina, e isto me ajudou muito. (...) Tive a honra de ser sua aluna de Composição e aprendi muito. E uma das coisas que tenho bem nítido em minha memória foi quando me convidou para tomar um chá em sua casa ao saber que ao sair do Seminário eu iria me casar com o Eli, e me deu conselhos de como ser uma esposa amável e também como ser uma esposa de pastor que agrada a Deus. Que privilégio! Jamais esqueci esta atitude e muito contribuiu para minha vida matrimonial e de ministério. Fui aluna do seu amado esposo professor Boyd Sutton (de canto) e ainda posso ver seu rosto amável me ensinando com carinho (...) sinto-me gratificada ter conhecido esse casal maravilhoso”. - MM Maria Cristina Correia, organista servindo em São Paulo.
“Dona Joana era muito simples. Tratava a todos com a mesma atenção, sem distinção de classe social. Era uma líder competente em todas as áreas em que atuava. Na Igreja, além de musicista (pianista, violinista e participante de corais), foi uma das melhores professoras de EBD que já tive (...) Era uma mulher de oração e sempre se preocupava com os membros doentes ou faltosos, indo visitá-los sempre que possível. Por sua influência, escrevi uma tese de doutorado sobre hinologia. Dona Joana gostava ainda de contribuir para a sociedade e, durante alguns anos, atuou como “spalla” (primeiro violino) da orquestra da PUC de Porto Alegre, trabalho esse completamente voluntário. Em 1992, quando o casal se aposentou e voltou para os EUA, nós, no Rio Grande do Sul, ficamos órfãos. O casal Sutton deixou marcas profundas de um trabalho muito responsável e competente por todo o estado. (...) Em 2014 falei ao telefone com dona Joana e ela me disse que pensava muito em nós aqui do Brasil, “Mais do que imaginávamos’”. Sou grata a Deus por tê-la conhecido. Sem dúvida alguma, dona Joana fez a história da música dos Batistas e evangélicos no Brasil ser elevada a um patamar memorável. Seremos eternamente devedores à obra dela em solo brasileiro”. - Doutora Denise Cordeiro de Souza Frederico, membro na Comissão do HCC. “O Departamento de Música da JUERP, muito deve a esta irmã pela sua valiosa colaboração em muitas publicações. Ela foi a coordenadora da comissão que preparou o “Hinário para o Culto Cristão” e este hinário apresenta 52 contribuições dela: Oito letras, uma metrificação, 36 traduções, e sete músicas”. - Bill Ichter, missionário pioneiro na área musical no Brasil. “Gostaria de destacar lembranças das aulas de Harmonia e Contraponto, ou as aulas de Hinologia ou, principalmente, a orientação que ela nos dava em sua casa, quando levava os alunos do último ano para fazer traduções de músicas para uso de nossos coros e congregações. Falar de dona Joana é lembrar de sua garra e determinação em relação a qualidade e excelência que devemos ter no trabalho em nossas Igrejas. É também falar na postura e elegância de uma grande mulher. Ela é um exemplo!” - Marilene Coelho, ex-aluna do STBSB e regente do Coro Novo Canto, da Igreja Batista Itacuruçá – RJ.
“Dona Joana é uma pessoa de múltiplos talentos e, somada à fantástica experiência de tê-la como professora em diversas matérias, pude acompanhar de perto seu trabalho no Centro de Traduções do Curso de Música Sacra do STBSB, hoje inativo. Preocupada com a proliferação de diferentes traduções para o mesmo hino e na falta de registro dos diversos trabalhos de tradução que eram produzidos nos Cursos de Música Sacra do Brasil, organizou o Centro de Traduções para servir como um acervo e referencial que ajudasse aos cursos dos outros seminários, bem como aos missionários e musicistas do Brasil e também do exterior. Esse acervo serviu, por muito tempo, como fonte para as publicações da JUERP na área da música, como centro de pesquisa e consulta de comissões de hinários de diferentes denominações. Ainda hoje podemos encontrar obras traduzidas que nunca foram publicadas por qualquer editora, mas que alguns ministros de música tiveram a oportunidade de conhecer e ensaiar seus coros”. - Professora Leila Gusmão, membro na subcomissão de textos do HCC e membro da Igreja Batista Itacuruçá – RJ.
“A tristeza é inevitável, afinal é próprio da nossa humanidade sentir fundo a partida dos queridos. Mas o legado de dona Joana, não só o literário, mas também o emocional e, sobretudo, o espiritual ajuda a pensar que este é um momento de glória para aquela que foi recebida pelo Senhor de braços abertos. (...) Quando vim para o Seminário com 17 anos, dona Joana praticamente me adotou. Ela e Boyd me chamaram para trabalhar com eles às tardes. Ao corrigir o português das traduções dela, mal sabia que tudo fazia parte do plano de Deus para a minha vida. Por isso e, só por isso, anos depois, quando a denominação deu a ela a tarefa de coordenar a produção do HCC, ela se lembrou de chamar seu antigo secretário para compor o grupo. Como aprendi com ela. Conselheira de primeira, ajudou-me a saltar as barras pesadas que a vida jogou na minha estrada. (...) Confiava em mim. Recomendou-me depois como professor de português para os missionários que vinham para o Rio. Difícil resumir em poucas linhas mais de 40 anos de impacto recebido por essa vida preciosa. Como disse David Hodges, outro ex-missionário que integrou com muita competência a Comissão do HCC, ‘Ela estava preparada para nos deixar, mas nós não estávamos preparados para ficar sem ela’. Que o Senhor abençoe a memória dela entre nós!”. - João Soares Fonseca, pastor da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro e membro da Subcomissão de textos do HCC).
“Quando precisei parar o STBSB, faltando apenas um ano para a formatura (estava grávida de meu primeiro filho), dona Joana ficou triste, preocupada e, olhando nos meus olhos, disse: ‘Tenho medo que você não volte. Você não vai voltar’. Essa palavra ficou ecoando nos meus ouvidos e, após quatro anos, com os dois filhos já no maternal, voltei e foram momentos maravilhosos com essa educadora que olhava para nós como pessoas inteiras, totais. Tive o privilégio de caminhar mais tempo com a dona Joana após minha formatura quando participei da construção do grande Projeto do HCC durante alguns anos. Ela confiou em mim e me convidou para trabalhar como relatora da Comissão do HCC de assuntos, índices, bases bíblicas e organização. Foi meu maior prêmio esta convocação”. - Professora Westh Ney R. Luz, do STBSB/FABAT, relatora da subcomissão de Assuntos, Base Bíblica e Organização do HCC e membro da Igreja Batista Itacuruçá - RJ.
forma e análise, violino, piano, órgão e foi também uma conselheira, uma mentora de quase todos que estão espalhados por este país na Educação e no Ministério de música. Muito dela está nos nossos corações, marcas em cada um que teve o privilégio de estudar com ela. Sempre muito exigente, mas também muito competente. Os que não estudaram com ela receberam dos que tiveram este privilégio, o jeito firme de encarar a Obra de Deus, o desejo de fazer um trabalho, bem feito e correto, a amabilidade, o sorriso suave, o esmero em procurar a excelência em tudo. Uma americana de alma brasileira. Gostaria de lembrar um hino (480 HCC) de protesto que fez em 1965 – “Seguir a Cristo não é sacrifício” – no
primeiro período de férias nos EUA. Presente em grande assembleia ficava triste quando alguém ao abraçá-la dizia do sacrifício que sua família estava fazendo no campo missionário, e em resposta, então, ela compôs este hino em inglês e que foi traduzido em 1966. Foi o seu primeiro hino a ser publicado, entrando na Coletânea “Vinde, Cantai” (1980). Foi também o hino oficial da União Feminina Batista do Brasil em 1985. Diz ela: “Este hino expressa bem como sinto a chamada e a bênção suprema de obedecer a Deus. Gosto muito do estribilho”. Não nos promete honras nem riquezas, mas ele diz: Convosco eu estarei. Seguir a Cristo não é sacrifício,
Até 2014, dona Joana (nós é triunfar com Deus, é ser feliz. (estrib. do Hino 480) sempre a chamávamos assim) foi membro ativo dos Joy SinJoan Sutton deixa entre gers – Cantores da Alegria nós a sua linda prole, sua em Carolina Village, atuando especial família: Três filhos na Capelania do Hospital e - John Edwin, Laura e Cecí- no Coro de Hendersonville. lia. Cinco netos, filhos do Seu filho John (Jes) Sutton John Edwin: Leslie Sutton escreveu: “...A vida dela é Lewis, Lora Lynn Sutton, um exemplo do verdadeiro John Ryan Sutton, Matthew ministério de encorajamento. William Sutton; e Samantha Ela tocou a vida de sua famíLee Anne Floyd, filha da Lau- lia, seus alunos, e amigos de ra. Deixa também dez bisne- uma tal forma que a influêntos: Alexis e Marcus Allison, cia dela vive através deles. A Shelby, Peyton, e Annalynn Deus seja a glória!”. Os cultos em Ação de GraLewis, Madison, James, e William McSwain, e Ava e ças por sua vida foram reaGrabriella Sutton. Em julho lizados no dia 11/03/16 na de 2013, aos 82 anos, casou Providence Baptist Churcom Reagan (Rick) Houston, ch, Hendersonville e no e com este vieram também: dia 12/03/16 em Carolina Uma filha Lynn Houston Village, Hendersonville onde Baskett, duas netas: Heather viveu por alguns anos e sere Holly Baskett; e um bisne- viu ajudando e cantando no coro. to: Jameson Baskett.
Gostaria que as gerações de hoje ou vindouras a tivessem conhecido, e por isso não quero perder a oportunidade de escrever e deixar registrada a minha gratidão e de tantos irmãos que conviveram com ela e que ainda hoje cantam seus hinos ou arranjos. Ao Senhor seja a Glória e a honra por sua vida preciosa! Referências: MULHOLLAND, Edith Brock. Notas históricas do Hinário para o Culto Cristão (HCC): Rio de Janeiro: JUERP, 2001 Hinário para o Culto Cristão. Rio de Janeiro: JUERP, 1991 p.vii (apresentação) Dados fornecidos pelos filhos John Sutton (Jes) e Laura Sutton Floyd e amigo Bill Icther.
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Igrejas unidas para levar esperança
Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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odos os anos, Igrejas de norte a sul do Brasil se unem para orar e ofertar em favor de Missões Mundiais, e este ano, em especial, a tarefa de levar esperança às nações está mobilizando cada vez mais gente para atender a esse chamado de Deus. Seja na abertura da Campanha “Leve Esperança”, na realização de eventos para levantamento de oferta, e até no envolvimento de colaboradores da sede da JMM, no Rio de Janeiro, na promoção missionária em suas Igrejas, a constatação é uma só: Todos estão unidos para cumprir a Grande Comissão. A Igreja Batista em Cotia - SP realizou a abertura da campanha de Missões Mundiais no dia 06 de março. “Nossas crianças tiveram participação com o cântico infantil, ‘Leve Esperança a Todos’, e toda a Igreja com o hino oficial”, conta Marcio Fuji, da IB Cotia. “Hoje já adotamos missionários em Moçambique, Chile e Filipinas. Assim, podemos colaborar com uma pequena parte e levar esperança”, acrescenta. No Norte do Brasil, a juventude da Igreja Batista Central de Macapá - AP realizou a primeira Noite Missionária Jovem, evento realizado no sábado, 05 de março, e que, segundo nos informou Aline Ramos, teve como objetivo despertar a Igreja para as grandes coisas que o Senhor tem feito por meio de Missões Mundiais através de apoio em oração, oferta e mobilização. De acordo com Aline Ramos, foi uma imersão total no universo de Missões Mundiais, com apresentação de materiais das campanhas da JMM desde 2010, leitura de cartas e oração pelos missionários, além da presença da
missionária Larissa Borges, atuante na África e que neste mês está no Brasil em período de promoção e mobilização de Igrejas. Larissa compartilhou seu testemunho de chamado, experiências transculturais, além de responder a perguntas dos jovens amapaenses. A Primeira Igreja Batista de Sirinhaém - PE realizou um acampamento no qual enfatizou a Campanha Leve Esperança em um dos cultos. “Passamos um pouco do trabalho de Missões Mundiais, louvamos, oramos pelos missionários que estão no campo, passamos as dificuldades que eles sentem e incentivamos a igreja a orar e contribuir”, informa Euze Sueide França Santana, da PIB Sirinhaém. A igreja sofredora foi lembrada pela Primeira Igreja Batista em Itanhém - BA, no domingo, 13 de março, Dia de Oração por Missões Mundiais. “Foi celebrado um culto nesse sentido, com orações, hinos, leitura bíblica, louvor, pregação e uma coreografia”, conta Islândia Oliveira. “Cada irmã se vestiu com roupas típicas de um país diferente onde os desafios para nossos irmãos missionários são grandes”, acrescenta. A Missão Batista de Jateí - MS fez a abertura da Campanha Leve Esperança com uma conferência missionária, segundo informa Josiane Rodrigues Vieira Mota. “Montamos barracas típicas. Foi uma bênção e vamos fazer mais eventos para alavancar a Campanha. Deus é fiel”, diz Josiane. Mobilização voluntária Os colaboradores da sede de Missões Mundiais também estão em ação mobilizando suas Igrejas de forma espontânea. Eles falam com propriedade sobre projetos e missionários, uma vez que
“respiram” missões em seu dia a dia. Um exemplo é Matheus Vieira, que nos dias 12 e 13 de março ajudou a juventude a promover um bazar missionário na Igreja Batista Betel em Mesquita - RJ. “Foi com o objetivo de levantar uma oferta para o projeto Meninas da Índia, adotada pela classe de jovens. Através das doações realizadas por membros da Igreja, o bazar começou às 09h de sábado indo até 17h e se estendendo no domingo após os cultos”, conta Matheus. “Em um estande, as pessoas fizeram adoções de projetos e missionários, além de saber mais sobre a JMM”, completa. Na Igreja Batista Memorial da Tijuca, no Rio de Janeiro - RJ, a colaboradora Juliana Gonçalves falou sobre a importância das ofertas, enfatizando a confiança do trabalho que tem sido realizado e a participação ativa dos membros em se informar e orar por missões. Juliana também falou durante o acampamento de promotores de missões realizado em Rio Bonito – RJ, em fevereiro. O colaborador Edgard Araújo, da Primeira Igreja Batista de Irajá, no Rio de Janeiro - RJ ajudou a montar um estande de Missões Mundiais no domingo, 13 de março. E a esposa também o ajudou; ao final, eles auxiliaram membros a enviarem ofertas para a JMM e outros no compromisso de ajudar a manter missionários e projetos através do Programa de Adoção Missionária (PAM). E como sua Igreja está cumprindo a missão de levar esperança às nações? Conte para a gente! Envie a foto ou vídeo da sua Igreja acompanhado de um breve relato para redacao@jmm.org.br. Confira também o álbum com fotos de outras Igrejas em www.facebook.com/missoesmundiais.
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Igreja Batista Novo Prado-BA realiza evangelismo nas ruas da cidade
Reinaldo Amorim, pastor da Igreja Batista Novo Prado, em Itamaraju-BA
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Igreja Batista Novo Prado, em Itamaraju-BA, realizou no sábado, dia 27 de fevereiro deste ano, nas ruas da cidade, um evangelismo criativo. Levamos para as ruas placas imitando as de trânsito com mensagens, faixa e folhetos com a mensagem da salvação. Nosso alvo neste evangelis-
mo eram os motoristas, tanto da BR 101, que passa pela nossa cidade, como aqueles que estavam dirigindo dentro do local naquele dia. Aproveitamos para falar do amor de Jesus para os pedestres da cidade também. Ficamos nas ruas e fomos para uma das praças mais movimentadas da cidade. Muitas pessoas receberam a palavra com coração aberto, elogiaram a iniciativa e levaram consigo os folhetos especialmente feitos para aquele evangelismo.
Para as pessoas que participaram daquela ação evangelística ficou a experiência e o sentimento de dever cumprido. Foram momentos marcados não só pelo trabalho de levar a Palavra de Deus, mas também pela diversão e comunhão uns com os outros que tivemos naquelas horas trabalhadas de forma direta para Jesus. O Ide de Cristo em Mateus 28.19-20 precisa ser cumprido, necessita ser realizado emergencialmente, não
apenas nas regiões remotas de nosso país, mas também nas regiões onde cada Igreja está inserida. Não podemos afirmar que nossa cidade já está conquistada para Jesus só porque existem muitas Igrejas espalhadas pelas ruas do local, é preciso ainda trabalhar, pois a corrupção está presente, as drogas continuam viciando muitos, o álcool está destruindo muitas famílias e muitos outros problemas sociais estão vivos, e só a Palavra de Cristo e seu
Espírito conseguem derrubar todas essas correntes que prendem os homens no pecado. Por isso, não podemos esmorecer na tarefa de espalhar a Mensagem de Cristo. Não podemos paralisar frente as dificuldades do nosso tempo. Precisamos avançar e conquistar cada vez mais vidas para Jesus no bairro e na cidade onde as Igrejas estão fincadas. Avancemos então! Porque Jesus nos fez pescadores de homens, como diz o texto de Marcos1.17.
Convenção de Pernambuco amplia sede e comunicação é priorizada
Fotos: Francisco Bonato e Acom/CBPE
Erika Travassos, coordenadora de Comunicação da CBPE
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amigos, com destaques para a diretoria da CBPE, na pessoa do seu presidente, pastor Emanuel Alírio de Araújo; pastor Baruch da Silva Bento - presidente Emérito; a homenageada – professora Daisy Santos Correia de Oliveira; pastor Vanderlei Marins – presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB); pastor Adriano Borges – Junta de Missões Nacionais; e representantes das Instituições: Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, Seminário de Educação Cristã e Colégio Americano Batista. A solenidade foi dirigida pelo secretário Geral da CBPE, pastor João Marcos Florentino.
o local funcionam um auditório para 120 pessoas, estúdio de rádio, ambiente para reunião, redação jornalística e, em breve, um estúdio de TV. A Convenção Batista de Pernambuco (CBPE), cumprindo com a missão de expandir o Reino de Deus, tem avançado em seus projetos para a proclamação do Evangelho de Cristo. Um bom exemplo disso foi a ampliação do edifício sede, no bairro da Boa Vista, no Recife. Para oficializar a entrega, uma solenidade foi realizada Sobre a ampliação em 30 de outubro de 2015, do Edifício Batista com a presença de pastores, A obra teve início na gestão líderes, seminaristas, membros organizacionais, familiares e do pastor Ney Silva Ladeia,
sendo finalizada com o pastor Emanuel Alírio de Araújo. O edifício agora oferece melhores condições de desenvolvimento do trabalho e de acomodações. Destaque para o auditório Daisy Santos Correia de Oliveira, com capacidade para cerca de 120 pessoas. O local é pensado para a realização de cursos e conferências, para que Igrejas de todo o estado possam ter acesso a uma educação cristã fiel e atualizada; e ainda as assembleias do conselho Geral da CBPE. O prédio segue regras de acessibilidade. O espaço também foi pensado para viabilizar a produção dos meios
de comunicação. No local funciona um moderno estúdio de rádio, onde é gravado o programa “Voz Batista de Pernambuco”. Para a produção audiovisual, um novo estúdio deve ser montado em breve. No espaço, uma redação também funciona para a produção do Jornal impresso “O Batista Pernambucano” e o gerenciamento das redes sociais. A meta é fazer uma comunicação eficiente, utilizando as mais variadas mídias. “Visando atender as macrodiretrizes do planejamento estratégico 2011-2015, a Convenção decidiu ampliar a sua sede do Edifício Batista de Pernam-
buco criando um espaço para capacitações e comunicação”, explica pastor João Marcos Florentino. “O objetivo final é melhorar e ampliar a integração entre a igreja, a Convenção e a sociedade, através dos meios de comunicação. E também, servindo as Igrejas dando a elas equipamentos e espaço, para que elas mesmas possam desenvolver a comunicação nas suas igrejas, usando os estúdios e serviço que está sendo oferecido”, finaliza o secretário Geral. A sede da Convenção Batista de Pernambuco localiza-se na Rua Dom Bosco, 1308 Boa Vista - Recife – PE.
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V Caminhada da Família é realizada em Barra do Piraí - RJ
Ângela Ávila, ministério de Comunicação SIBBP
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udo começou quando foi divulgado pela TV que Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, está entre os municípios que tem um dos maiores índices de lares desfeitos, ou seja, a cada 10 casamentos, 05 terminam em separação, 50%, índice que preocupa os líderes religiosos local. Em uma tentativa de despertar a população para a seriedade do problema, pas-
tores e autoridades se uniram para alertar as famílias e, como em um só brado, levá-las à reflexão, por isso, toda a programação foi voltada para o tema, “Família eu Acredito”. Como acontece todo ano, no dia 10 de março, há uma festa na cidade de Barra do Piraí - RJ, pois nessa data comemora-se o aniversário do município, e como parte dos festejos, a família tem sido lembrada. Em 2012 aconteceu a primeira e, a partir de então, esse evento passou a fazer
parte do calendário oficial de Barra do Piraí, que esse ano completou 126 anos e, no segundo domingo, dia 13 de março, aconteceu a celebração. A caminhada que tem como tema “Família eu acredito” é organizada pela comissão de pastores de várias Igrejas evangélicas de Barra do Piraí e conta com a participação inúmeras pessoas, que entendem que família é ideia de Deus e buscam através de Jesus Cristo resgatar os princípios básicos desta instituição.
A concentração foi no Largo da Feira, seguindo para a Praça Nilo Peçanha, onde louvores foram entoados ao Senhor com a participação do coral da Segunda Igreja Batista em Barra do Piraí - RJ e a orquestra da Igreja Assembleia de Deus, seguido da meditação na Palavra de Deus, culminando com a participação do Ministério Sarando a Terra Ferida. O pregador, pastor Marcos Batista, presidente da Sociedade Bíblica do Brasil, a quem Deus usou trouxe uma mensagem poderosa baseada
no livro de Êxodo, onde relata a luta de Joquebede para preservar a vida de seu filho Moisés, sendo ouvido por uma verdadeira multidão, que independente do grupo religioso ao qual pertence, saiu às ruas vestindo a camisa dizendo a uma só voz que família é plano de Deus. O que aprendemos e vivemos nesse encontro é que hoje mais do que nunca temos que clamar ao Senhor pelas famílias de nossa cidade, nosso estado, enfim, que Deus olhe pelas famílias do nosso país.
PIB em Nova Aurora – RJ: 65 anos transformados pelo poder do Reino de Deus Estevão Júlio, membro da Primeira Igreja Batista em Nova Aurora - RJ
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os dias 27 e 28 de fevereiro, a Primeira Igreja Batista em Nova Aurora - RJ comemorou o seu 65° aniversário. Organizada em 25 de fevereiro de 1951 é também a primeira Igreja cristã consolidada no bairro. Toda a Igreja participou efetivamente da programação: Ministérios de louvor, coros feminino e masculino, ministério infantil, entre outros. A alegria estava estampada no rosto de cada um em participar de um momento tão significativo na história da Igreja. Um momento muito especial foi a palavra dada pelo diácono Benedito Brás, um dos membros fundadores da Igreja. Ele falou, com saudosismo, da sua juventude na mesma, a dificuldade para ir aos cultos, devido às péssimas condições das estradas e dos amigos que já dormem no Senhor. Os preletores convidados foram o pastor Alexandre e a pastora Gleice, ambos da
Primeira Igreja Batista em Magé - RJ. Segundo o pastor, vivemos em um tempo “esquisito”, mas de oportunidade para a propagação do Evangelho. “Ir pra rua, evangelizar, ser resposta pra esta geração. Mesmo que as pessoas não queiram ouvir, temos que pregar. Enquanto estivermos aqui, Deus quer nos usar”, afirmou o pastor. Em tempo de festa, ele tam-
bém ressaltou a importância de lembrar-se de tudo o que aconteceu ao longo destes 65 anos. “É tempo de lembrarmos o que Deus fez em nós e por nós. Refletir sobre a vida e sobre a caminhada”. “O que é o Reino? De quem é o Reino?” Essas foram as perguntas feitas pela pastora Gleice em sua palavra. Um dos textos usados para respondê-las foi o Salmo
145.13: “O Teu reino é um reino eterno; o Teu domínio dura por todas as gerações”. No domingo pela manhã, a Igreja ofereceu um café da manhã para os seus membros, como uma singela homenagem. Cada um deles contribuiu de maneira significativa para a história da Igreja até aqui. Você deve estar se perguntando: Ainda há o que fazer depois após 65 anos? A
resposta é: Sim! Deus chama uma Igreja de servos, pessoas transformadas e com atitude. Ao longo de sua história, a PIB em Nova Aurora formou diversos pastores, educadores religiosos e ministros de música. Muitas vidas foram transformadas nesta casa de oração. A missão continua. O poder do Reino de Deus continuará nos transformando.
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Que os homens nos considerem ministros de Cristo
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ssa afirmação paulina está na contramão do que temos visto hoje no ministério pastoral. Ser ministro do Evangelho (há exceções à regra) se tornou status e um trabalho para quem não deu certo na vida secular. Homens despreparados, rasos, dispersos, artificiais, interesseiros, frios, arrogantes e alguns até com boa oratória, fazendo muito barulho, mas sem conteúdo de vida. Há aqueles que estão na crista da onda, mas enganado a si mesmos e ludibriando o povo incauto. Temos visto os ministros do Evangelho apreciando o pódio em detrimento do chão ou húmus. Elementos arrogantes, disputando politicamente lugares na denominação. Homens capazes de fazer as piores manobras para exercerem cargos, mas que não querem cargas. Estas são para os outros. Não querem ser servos, mas senhores. Influenciados pelo elitismo e pelo estilismo. “Que os homens nos considerem ministros ou servos
de Cristo encarregados ou administradores, mordomos dos mistérios de Deus” (I Co 4.1). A palavra grega para ministros ou servos é υπερετης (huperetes), isto é, “Auxiliar, alguém que presta serviços a outra pessoa”1; ministro, ajudante, ‘assistente’, ‘súdito’, servo ou remador inferior, de terceira categoria”.2 Essa palavra é muito forte e agressiva para boa parte dos ministros de hoje. Para muitos é um termo ofensivo. Choca com o triunfalismo e a prosperidade tão presentes e arrasadores no ministério pastoral. Há um personalismo estabelecendo o tom ministerial. Líderes ditadores, que não admitem posicionamentos contrários, ideias novas e outras contribuições pertinentes. Eles se assentam no trono do autoritarismo. No 1 RIENECKER, Fritz. ROGERS, Cleon. CHAVE LINGUÍSTICA DO NOVO TESTAMENTO. São Paulo: Edições Vida Nova, 1ª. edição, 1985, p. 292. 2 TAYLOR, W. C. DICIONÁRIO DO NOVO TESTAMENTO GREGO. Rio de Janeiro: Juerp, 5ª. edição, 1978, p. 232.
pódio da promoção pessoal, em uma posição de destaque. Apreciam ser ovacionados, reconhecidos e premiados. São homens com a volúpia do ter em detrimento do ser em Cristo Jesus. Que os homens nos considerem ministros vivendo a simplicidade de Cristo. Ele nos ensinou a ser mansos e humildes de coração. O Mestre nos ensinou a perdoar e não perseguir os que nos ofendem, a amar os nossos inimigos e bendizer os que nos perseguem (Mateus 5.4348). Em determinadas reuniões associacionais e convencionais fico impressionado com a bajulação, a tietagem e a busca pelo poder. São elementos que não querem largar o osso. Gostam de mandar, determinar e manipular as pessoas. Eles não exercem autoridade, mas o autoritarismo. Sejamos considerados ministros, escravos, prontos para morrermos pelo Senhor (Atos 20.24). Que o Senhor e a Sua obra sejam mais preciosos do que a nossa própria
vida. Que valorizemos as pessoas, os nossos encontros, a nossa comunhão, a nossa abençoada fraternidade cristã. Em uma formatura recente, um executivo de uma de nossas Organizações estava no celular o tempo todo. Quando não estava no celular, conversava com o outro executivo. É uma verdadeira falta de respeito, consideração, apreço, honra aos que estavam falando, aos formandos, ao auditório e, principalmente, ao Senhor. Há pessoas que são assim, absortas em si mesmas, desqualificadas para a missão de liderar. Homens vazios, sem respeito e consideração pelos seus irmãos. Líderes que fazem acepção de pessoas. Homens viciados em desatenção, em dispersão. O seu foco é outro. Mente e coração voltados para os interesses meramente pessoais. Que sejamos encontrados fiéis, íntegros, corretos, puros em nossa liderança. Administradores comprometidos com o caráter de Cristo. Sejamos ministros, escravos, cheios
do amor do Pai, da Graça de Jesus Cristo, o Filho, e do poder do precioso Espírito Santo. Não usemos a nossa posição para sermos servidos, mas para servirmos às pessoas no amor de Cristo. Ele é o nosso modelo de servo (Mateus 20.28). Que a simplicidade de Cristo inunde as nossas entranhas e, consequentemente, o ministério que recebemos dEle. Valorizemos as pessoas mais simples. Ouçamos as ovelhas de Cristo. Aprendamos com a Igreja, com os membros do Corpo vivo de Cristo. Sim, que os homens nos considerem apenas servos, humildes e mansos como o Sumo Pastor, que com amor incomparável, deu a Sua vida por nós. Que a Glória de Deus seja o centro do nosso ministério. Que a nossa boca esteja no pó. Dia a dia peçamos misericórdia a Deus para o exercício do ministério que nos foi conferido por Cristo, o Senhor. Que os homens vejam Cristo em nós, a esperança da glória (Colossenses 1.27).
o jornal batista – domingo, 27/03/16
ponto de vista
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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA
Estudos sobre a Igreja - II
Qual é a missão da Igreja? Para que existe a Igreja?
V
ocê já parou para pensar nessa pergunta? Será que os membros de sua Igreja sabem qual a finalidade da existência da Igreja? Esta questão é uma das mais importantes para o cristianismo, pois a sua resposta nos levará à resposta de outras questões também importantes, tais como: “Por que devo ser membro da Igreja?” Por que devo trabalhar na Igreja?” O que devo esperar dela?”, etc. Na Teologia, a resposta à nossa pergunta é descoberta no estudo da missão da Igreja. É bom não confundir missão com missões. Missão tem a ver com a finalidade da existência da Igreja. Missões, com a obra missionária da Igreja. Quando perguntamos a algum irmão qual a missão da Igreja, geralmente a resposta tem sido: A missão da Igreja é evangelizar o mundo perdido (fig 1). Dessa forma, o seu crescimento é medido numericamente. A vida da Igreja local, suas tarefas, enfim, sua mensagem acaba sendo direcionada neste enfoque, de apenas evangelizar o mundo perdido. Isto faz com que a compreensão da história humana comece com a queda (Gênesis 3) e não desde antes da fundação do mundo, no coração de Deus.
eclesiástica e assim podemos concluir que a comunidade dos salvos existe prioritariamente (como finalidade principal) para glorificar a Deus. (fig. 2). Ora, glorificar a Deus inclui muito mais que adoração e louvor. E, sobre isso, já escrevi nesta Coluna que, em termos práticos e concretos, isso significa viver em comunhão e harmonia com Deus, comigo mesmo, com o próximo e com a natureza criada. Esse era o nosso papel na criação. Essa é a missão principal da Igreja. Inclui vida submissa à Sua vontade, vida de serviço, de cooperação e convivência comunitária. Embora esse aspecto da vida seja desenvolvido pelo indivíduo, na somatória acaba envolvendo a própria comunidade e não é difícil deduzir que isso acabe requerendo constante manutenção. Desta forma, podemos concluir que a missão da Igreja inclui mais um aspecto que está diretamente relacionado com a sua própria vida de comunidade (fig. 3).
Figura 1 - Missão da Igreja para com o mundo
Figura 3 - Missão da Igreja para consigo mesma
Analisando mais a fundo a Bíblia, poderemos concluir que a missão da Igreja é mais abrangente, uma vez que a salvação é um meio para levar as pessoas de volta para o plano original de Deus para a criação, e não um fim em si mesma. Sendo assim, não podemos deixar de relacionar a finalidade da existência da Igreja com a finalidade da nossa salvação. Para que fomos salvos? Só para possuirmos uma apólice de seguro contra o incêndio do inferno? A resposta é encontrada quando retornamos na história até a ocasião da criação para descobrirmos para que (finalidade) fomos criados. Fomos criados para glorificar a Deus! (Isaías 43.7). A queda consistiu na declaração de independência e rebeldia do ser humano contra Deus, de modo a nos distanciarmos do propósito original para o qual fomos criados. Agora está “carente” (melhor tradução do grego) da Glória de Deus (Romanos 3.23). A salvação, por intermédio de Jesus Cristo,t em como finalidade nos recolocar de volta no estado original do qual nos desviamos em Adão. Se é vontade de Deus que vivamos neste estado renovado de vida, é vontade de Deus também que ele se concretize coletivamente Figura 2 – Missão da em nossa comunidade Igreja para com Deus
É a Igreja promovendo a sua própria manutenção e fortalecimento para que seus membros tenham uma vida equilibrada de glorificação a Deus, de autocrescimento (amar a si mesmo) e uma vida dedicada à comunidade (amar ao próximo), ao seu trabalho e desenvolvimento. Aqui está incluído a capacitação operacional dos crentes, a administração, o ensino e pregação da Palavra, a assistência espiritual e material aos domésticos na fé (Gálatas 6.10), a manutenção da própria convivência ou comunhão entre os irmãos, o serviço (diakonia), etc. É isso que encontramos na Igreja do primeiro século (Atos 2.42-47; 4.32-35).
Desta forma, poderemos concluir que no conjunto a missão da Igreja em vez de única – evangelizar, por exemplo – é tríplice, é tridimensional É direcionada a Deus (missão principal), e, como missão consequente, direcionada a si mesma e direcionada ao mundo (fig. 4).
Figura 4 - Visão tridimensional da missão da igreja Teologicamente, essa maneira tridimensional de encarar a missão da Igreja pode ser chamada de missão holística da Igreja. A expressão holística vem da palavra grega holos, que significa todo, inteiro. Essa visão holística representa uma visão integral da missão da Igreja, pois abrange outros aspectos e implicações que uma visão polarizada (parcial) deixa de lado. Infelizmente, conceito de missão integral acabou sendo reduzida à visão social, por isso, tenho preferido a expressão “missão integral ampla”. Uma implicação sumamente prática da aceitação da missão holística da Igreja é a ampliação da visão ministerial, pois assim teremos na Igreja não apenas evangelistas, missionários, pastores e “leigos serviçais”. Desta forma, a Igreja terá um ciclo de atividades contínuas envolvendo diversas áreas de atuação, bem como uma descentralização operacional e, consequentemente, maior contingente de pessoas. Não é difícil concluir que o crescimento da Igreja será integral envolvendo diversas áreas e não apenas umas poucas, como evangelização, pregação, missões, ensino, etc. Veja a seguir uma tabela ilustrativa das atividades contínuas da Igreja. Compare-a com o gráfico a seguir:
ATIVIDADES CONTÍNUAS DA IGREJA Atividades Contínuas da Igreja
Textos Atos 2.42ss I Coríntios 10.31
Exemplos de áreas ministeriais envolvidas Música Sacra (diaconia, profecia, etc) – Pastoral
Hebreus 10:25
Pregação – Ensino
Mateus. 28.20
Ensino – Pastoral
Efésios 4.11-12
Ensino – Pastoral
Gálatas 6.1-10
Pastoral – Aconselhamento (exercer misericórdia), Assistência Social – Diaconato
Atos 2.42-47; 4.32
Pastoral, exercer misericórdia
g. Administrar suas atividades
Romanos 12.8 I Coríntios 12.28
Administração, Diaconia
h. Proclamar o Evangelho aos não-crentes
Mateus 28.19
Apostolado (missões) Evangelização Todos os crentes (como testemunhas - At. 1:8)
a. Adorar a Deus b. Admoestar aos crentes quanto à vontade de Deus c. Ensinar os crentes d. Capacitar aos crentes para uma vida operacional frutífera e. Dar assistência a todos 1. Espiritualmente 2. Materialmente f. Promover comunhão ou convivência (no gr. koinonia) entre os crentes