ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 02/04/17
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXVI Edição 14 Domingo, 02.04.2017 R$ 3,20 Foto:Rafa Bernardo
Wake Up acamp promove intercâmbio entre Igrejas Batistas do litoral e interior de São Paulo
Evento realizado pela Associação das Igrejas Batistas do Litoral Norte (AIBLIN), reuniu mais de 200 jovens no feriado de Carnaval, em Ilhabela - SP Página 12 Coluna Vida em Família
Missões Nacionais
Cuide da sua saúde emocional e mental antes de se casar; leia a matéria!
Instituto Batista de Carolina - MA completa 81 anos com linda festa para a comunidade
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Notícias do Brasil Batista
Ação Social
CB de Pernambuco capacita líderes em Administração Eclesiástica
Violência doméstica é uma realidade nos lares cristãos; saiba mais!
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reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo
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O desafio de ser a Igreja de Cristo
stamos vivendo um momento sem comparação. A cada dia surge uma nova forma eletrônica de nos comunicarmos. As chamadas mídias sociais têm dominado a todos, independente das condições sociais, idade ou localidade; todos, em todos os lugares, estão de uma forma ou outra sendo impactados com estas tecnologias, e por mais que alguns resistam, elas afetam a todos, pois se alguém não as utiliza, as pessoas que a cercam usam e as mantém envolvidas. Se por um lado isto traz benefícios, de igual modo traz também inúmeros malefícios. Isto pode ser comprovado pelas inúmeras informações que não são verdadeiras e acabam por circular e produzir danos na vida de pessoas, organizações e etc. A Igreja também tem sido afetada por este processo e, muitas vezes, tem se deixado levar pela onda das mídias sociais. Não podemos perder de vista que O desafio de ser Igreja de Cristo implica em: ser coluna e firmeza da verdade. “casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade.” I Timóteo 3.14 - 15. Implica também em ter uma
visão das necessidades do homem de hoje de forma integral. Conforme encontramos em Efésios 3.10, “a igreja é o agente terreno da reconciliação cósmica desejada por Deus. Isto significa que a missão da Igreja é mais abrangente do que a evangelização. Este é o papel central da Igreja como agente de reconciliação, e, portanto, a prioridade inicial do ministério eclesiástico ao mundo.” Segundo Efésios, o objetivo é que Deus possa glorificar-se na união de todas as coisas em Cristo através da Igreja. Não só a reconciliação do homem com Deus, mas reconciliação de todas as coisas, “as coisas do céu e da terra” Efésios 1.10. A redenção do homem é o centro do plano de Deus, mas não a circunferência desse plano. Não podemos, como Igreja, deixar de atender todas as necessidades do homem. Um dos maiores desafios a ser enfrentado pela Igreja nos dias de hoje é a questão da identidade. “A questão identidade da igreja é colocada como um desafio a ser enfrentado ...a igreja encontra-se num processo de sincretismo acrítico muito perigoso. Tem assumido valores e desenvolvido comportamentos
que se encontram longe dos padrões do Novo Testamento. Tem utilizado métodos que, se têm a vantagem de facilitar a comunicação com as pessoas de um modo geral, apresentam a desvantagem de comprometer a radicalidade e diferença que devem marcar a identidade do seguidor de Jesus Cristo. Parece que a síndrome do sucesso tem subido à cabeça de líderes e grupos que, por causa do sucesso, deixam de observar as demandas da fé... devemos viver de acordo com os valores que Jesus nos ensinou. ” Devemos estar concisos da missão da Igreja, devemos fazer uso de todos os recursos possíveis para alcançar a todos sem, contudo, mudar a mensagem salvadora, pois os homens encontram-se mergulhados em uma das mais profundas frustrações e mais confusos do que em qualquer outro tempo da história da humanidade. As pessoas estão buscando intensamente soluções para o vazio que invade suas almas. Recursos materiais, educação, cultura, satisfação do apetite carnal não bastaram para preencher esse vazio e como resultado desta desesperança, vem o ceticismo, o
envolvimento com drogas, o crescimento da violência e da imoralidade. “Necessitamos, com base na Palavra de Deus e somente nela viver os valores ensinados e vivenciados por Jesus, assumir o compromisso de obedecê-lo e vivencia-los mesmo que isto signifique a impopularidade. Pois “Fidelidade e não popularidade deve ser o critério de nossa fé e comportamento como discípulos de Jesus. Nesse sentido, todo o artificialismo de programas que pretendam levar uma Igreja a ser bem sucedida fora dos padrões do Novo Testamento, ainda que bem intencionados, devem ser rejeitados por todos nós.” Pois o mundo precisa de uma Igreja de visão, proprietária das doutrinas de Deus, mensageira do Evangelho, mestra dos ensinos de Cristo; pois uma Igreja com estas qualidades pode dar à humanidade uma visão real, uma noção adequada da vida, um conceito justo dos destinos humanos. Sejamos esta Igreja, útil ao mundo e fiel a Deus. Sócrates Oliveira de Souza, pastor, diretor executivo da Convenção Batista Brasileira
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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU
O oratório “Luther”, de Kunze e Falk (Dedicado à leitora Miriam tistas jovens, sob a regênSilva Gomes, de Brasília – cia de Andreas Gergen. O DF) coro, cantando em alemão (mas o DVD disponibiliza a i s u m a v e z , a tradução simultânea em graças à gene- inglês), foi preparado por r o s i d a d e d o Christoph Spengler e Matcasal Lourdes thias Nagel. e Rosber Almeida, fomos Entre os personagens, presenteados com um disco foram destacados: Frank DVD; desta vez, um orató- Winkels (no papel de Marrio no estilo popular, com tin Luther), Giulio Riccitelli letras de Michael Kunze (como Martin menino), Ane música de Dieter Falk, dreas Kammerzelt (como em comemoração dos 500 pai de Martin), Paul Falk anos da Reforma Protestan- (como imperador Carlos te. Michael Kunze (1943-), V), Stefan Stara (como o tede origem tcheca, é letrista ólogo Philipp Melanchton) do teatro musicado; em e Leon Van Leeuwember 2015 decidiu escrever as (como o banqueiro Fugger letras deste oratório sobre e Johannes Froben, editor tema religioso. O alemão dos livros de Erasmo de Dieter Falk (1959-) é pianista e compositor de mú- Roterdam), além de Benita sica popular, mas aprecia Niessen (como depoente no interrogatório de Lutero). Johann Sebastian Bach. O disco foi gravado em Trata-se de uma obra de 31 de outubro de 2015, música religiosa popular; no ginásio da Vestfália, em não sendo de música sacra, Dortmund, Alemanha, que não é apropriada para a tem sido palco para “sho- liturgia. Kunze e Falk preferiram ws” de “rock”, com capacidade para 16 mil pessoas. A elaborar um oratório, que gravação foi realizada pelo permite recorrer a cenáDepartamento Midiático da rios, figurinos, danças e Igreja Criativa, sediada em encenação; para compor Witten, próxima de Wit- uma cantata, sem esses retenberg, conhecida como cursos, só mesmo o gênio a cidade de Lutero, porque de Johann Sebastian Bach. é a que está mais estreita- Será apresentado, em 29 de mente vinculada à figura do outubro, na Arena “MerceReformador. des-Benz”, em Berlim. O Participaram 3.023 can- libreto compõe-se de 20 toras e cantores, acompa- partes, as quais comentarenhados por 36 instrumen- mos a seguir.
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“Wer ist Martin Luther?” (Quem é Martin Luther?) Aparece o menino “Martin” e seu pai “Herold”, que o espancava e o deixava permanentemente com medo e sentimento de culpa. Ouve-se a melodia de “Chapeuzinho Vermelho”, a mesma no libreto de “Contos que não são de fadas”, de Glênio Cabral. Jovem, escapou de morrer por um raio; ficou marcado pelo sentimento de pecaminosidade. Desfilam pessoas para testemunhar sobre o caráter de Lutero. Honrando-o ou a ele se opondo, ninguém pode negar seu lugar na história da Igreja. “Am Anfang war das Wort” (No princípio era a Palavra) Foi para Wittenberg, em 1508, para estudar teologia e aprofundar-se no estudo da Bíblia. “In Worms ist Reichstag” (Parlamento em Worms) Acusado de heresia, o príncipe Frederico conseguiu que Lutero fosse ouvido em Augsburg; ele tinha afixado, em 31 de outubro de 1517, em Wittenberg, suas memoráveis 95 Teses. “Martins Ankunft” (A chegada de Lutero) Protegido por salvo-conduto, em 1521 compareceu perante o Parlamento. No ritmo agitado de “jazz”, os figurantes querem ver o mon-
“Erstes Verhör” (Primeiro ge. Lutero se explica: “nunca interrogatório) serei um herói”. Lutero hesita e treme; os “Multiplikation” (Multipli- acordes da guitarra, lancinantes, perguntam: “este é o cação) A invenção da tipografia, verdadeiro Lutero?”. c.1440, por Johannes Gu“Luthers Hammerschläge” tenberg, era o futuro da civilização; “cada livro é uma (A martelada) Com o seu hino “Castelo flecha”. O papa ordenou a queima dos livros de Lute- forte”, Lutero despertou o mais apático cristão: “Deus é ro. “Weg mit dem Mönch!” escudo e boa espada. A nos(No caminho dos monges) sa força nada faz. O Inimigo O imperador Carlos V ti- cairá por uma só palavra”. Devido à exiguidade do nha declarado: “A solução é nosso espaço, apenas menciolivrar-nos do monge!”. naremos as partes seguintes: “Das Heilige Geschäft” (O “Selber denken!” (Pensa Santo Ofício) por ti mesmo) “Anfechtung” (A ContesLutero respondeu: “Trazem-me a um tribunal, mas tação) “Hier steh ich” (Aqui eu não podem tirar-me a liberpermaneço) dade de pensar!”. “Nichts hören, nichts sagen, nichts sehn” (Não ou“Ablass” (Indulto) Lutero demonstrou o que a vem, não falam, não vêem) propaganda dizia: “quando a “Mut!” (Coragem!) moeda cai no cofre da Igreja, “Zweites Verhör” (Segundo o ofertante é enganado e pen- Interrogatório) “Flucht und Zuflucht” (Fuga sa que foi salvo do Inferno”. E e Abrigo) esperou pelo indulto. “Finale” (Final) Sob intensos aplausos de “Machtspiel” (Jogo do poder) Começou um jogo, no qual mais de 13 mil pessoas no os reis da Europa estavam in- estádio de Dortmund, initeressados, mas os alemães é ciaram-se as comemorações dos 500 anos da Reforma que pagariam a conta. Protestante. “Luther” é uma excelente “Gottes Kinder” (Filhos de e grandiosa obra de arte muDeus) Em estilo de “negro spiritu- sical e divulgação histórica al”, a solista Bonita Niessem que merece ser exibida nas cantou “Somos pecadores, principais Igrejas evangélicas mas agora temos esperança”. do Brasil.
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Lições da pesca maravilhosa
José Manuel Monteiro Jr, pastor da Igreja Batista do Paiva - RJ
O
texto da pesca maravilhosa, registrado em Lucas 5, não pode ser confundido com os relatos de Mateus 4.18-22 e Marcos 1.16-20. Aqui, o apóstolo Pedro, após uma longa noite de trabalho, vê seus esforços não terem resultados (v.5) “Mestre, esforçamo-nos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, porque és tu quem está dizendo isto, vou lançar as redes”. A frustração do apóstolo Pedro se dá, basicamente, por conta de dois motivos. Primeiro, o desperdício de tempo. Ele e seus companheiros se esforçaram a noite inteira, e como nós sabemos, tempo é dinheiro. Segundo, eles não teriam dinheiro para suprir suas necessidades. O texto diz que eles não apanharam nada. Eles não tinham peixes para vender e, desta forma, não teriam como suprir naquele dia, ou naquela semana suas necessidades. Diante deste quadro de frustração em que Pedro e seus
companheiros se encontravam, Jesus aparece, e o dia, que aparentemente seria de fracasso, torna-se um dia abençoado e de sucesso. Jesus dá a Pedro uma ordem de ir para as águas mais fundas e ali lançar as redes. A princípio, Pedro questiona o que Cristo diz, mas faz o que ele pede. Ele lança a rede ao mar, e quando puxa, vem literalmente abarrotada de peixes. Quais as lições que podemos aprender com esta narrativa? Em primeiro lugar, precisamos colocar o que temos a disposição do Mestre (v.3) “Entrou num dos barcos, o que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se, e do barco ensinava o povo”. Jesus pede emprestado o barco a Simão a fim de ensinar a multidão. Ele prontamente empresta. Este fato mostra a alegria de Simão Pedro em colocar o que era seu a disposição do Mestre. O que você pode colocar a disposição do Mestre hoje? Em segundo lugar, saia do ordinário e colha o extraordinário (v.4)
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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia “Tendo acabado de falar, disse a Simão: Vá para onde as águas são mais fundas, e a todos: Lancem as redes para a pesca”. O extraordinário acontece quando superamos o que nos impede de sair daquilo que é ordinário (rotineiro). Pedro precisou vencer dois obstáculos para obedecer ao que Jesus mandava. O primeiro foi o cansaço. Ele se esforçou e trabalhou a noite inteira. O segundo foi a incredulidade. Ele nada pegou na noite em que trabalhou. Para chegar a alguns patamares maiores na vida, precisamos superar o cansaço e a incredulidade. Por último, aprendemos que mais importante do que as bênçãos é o Senhor das bênçãos (v.11) “Eles então arrastaram seus barcos para a praia, deixaram tudo e o seguiram”. Os barcos estavam cheios de peixes. Pedro e os demais teriam o suficiente para se manter durante um bom tempo. Ao deixar tudo para seguir a Cristo, eles deixaram para nós uma mensagem extraordinária. Que Jesus é muito mais valioso e importante do que aquilo que Ele pode nos dar.
Permanecer no ensino de Cristo “J esus dizia, p ois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeira mente sereis meus discípulos;” Jo 8.31
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ouve ocasiões em que Jesus achou necessário declarar que Ele não estava apenas fundando uma nova seita judaica. Nessas ocasiões, Ele deixou bem claro que Sua mensagem provinha do Pai celestial, em nome de Quem Ele veio ao mundo. “Então, Jesus disse para os que creram Nele – Se vocês permanecerem na Minha palavra, verdadeiramente serão Meus discípulos. E conhecerão a verdade e a verdade libertará vocês” (João 8:31-32). O co njunto do e nsino de Jesus não se destina a fundar uma religião, com um conjunto de doutrinas
te ológic a s. A ê nf a s e d e Jesus foi a de transformar vidas: “Eu vim pa ra que tenham vida e vida com abundância” (João 10:10). Permanecer na Sua palavra, então, contém o significado de por em prática, via vida diária, a maneira cristã de viver. Cristão é o que encontra na Bíblia o ensino de Jesus. E, quando se depara, fora da Bíblia, com afirmações humanas sobre o Mestre, simplesmente as rejeita. Permanecer em Cristo, ent ão, não é invent a r ma neiras agradáveis de “ser cristão”. O mundo rejeita aqueles que procuram ser fiéis a Cristo. Jesus, entret anto, ao mesmo te mp o que nos alerta sobre o ódio do mundo, garante que Sua verdade nos liberta do poder do mundo. Vale a pena permanecer em Cristo.
Centenário do Seminário de Educação Cristã Marinaldo Lima, pastor, colaborador de OJB
Sob a orientação da competente Diretora. Os alunos antigos unem-se aos colegas que chegam Abre as portas mais uma vez o SEC, a Casa Formosa. E iniciam as atividades, difíceis, mas deleitosas Recomeça seu ministério de tantas vidas transformar, E esta Casa, formando servas e servos do Senhor, Inspirando, ensinando, burilando a quem Deus chama É muito abençoada e cada dia mais formosa. Para o Seu trabalho, onde e quando Ele designar. E neste ano abençoado de dois mil e dezessete A Casa Formosa chega ao primeiro centenário Seu passado glorioso é de lutas e vitórias, E merece as homenagens dos Batistas brasileiros Despertando vocações para o serviço do Senhor. Por manter vivo o santo e divino ideário. Por aqui já passaram servas e servos de Jesus Que receberam o chamado e aceitaram com fervor. Desde Josefa Silva, a aluna pioneira Até às turmas atuais, o importante é a vocação. Novamente acolhe entre os seus belos jardins Mais uma turma que chega em busca de formação: E o SEC prepara os seus alunos e alunas A servirem a Deus com fiel dedicação. Alunas e alunos enviados por suas Igrejas Desejam se preparar em total consagração. A Convenção Batista Brasileira confiou A administração do SEC à União Feminina Mesmo vindo dos mais diferentes recônditos, Missionária Batista do Brasil e acertou; Trazendo costumes e sotaques tão diferentes Foi decisão tomada sob direção divina. Alegram-se e unem-se em fraternidade cristã Criando laços de amizades sinceros e permanentes. Cem anos de educação para o Reino de Deus Preparando gerações para a seara do Senhor: A Casa Formosa recebe a todos com o carinho Educação religiosa, serviço social cristão, Dos funcionários, professores, professoras. Em missões e música, para o perfeito louvor. Todos da equipe trabalham com eficiência
Agradeçamos a Deus pelas milhares de vidas Que já trabalharam, ensinaram ou estudaram No glorioso Seminário de Educação Cristã; E nos campos do Senhor obedientes labutaram. Servindo em missões, educação cristã e música Em Igrejas locais ou pelas Juntas Missionárias. Marcaram a História da Igreja do Senhor Com demonstrações de fé extraordinárias. O SEC tem uma grande obra de ação social Notavelmente através da Casa da Amizade. E também com o Lar Batista Elizabeth Mein, Outra grande obra respeitada na cidade. O Centro de Estudos Transculturais e Missão Já inspirou, preparou e treinou várias gerações De missionários desejosos de ampliar as tendas, Cumprindo a ordem de Deus, abraçando missões. Ao longo de sua história o SEC já capacitou Líderes incontáveis para a nossa Convenção E Anunciando o Reino Com o Poder de Cristo, Comemora o centenário com eterna gratidão. Adaptação e ampliação do meu poema Casa Formosa, escrito em 1982
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Somente Deus pode mudar totalmente a realidade de uma vida! Carlos Alberto Martins Manvailer, membro da Igreja Batista Nova Jerusalém, em Porto Velho - RO “Então Josué, filho de Num, enviou secretamente de Sitim dois espiões e lhes disse: “Vão examinar a terra, especialmente Jericó”. Eles foram e entraram na casa de uma prostituta chamada Raabe, e ali passaram a noite.” (Js 2.1)
A
soberania do nosso Deus é algo extraordinário. Ele usa quem quer, da forma que quer para realizar os seus propósitos. Nós, seres humanos decaídos e falhos, somos peritos em selecionar as pessoas. Dividimos em grupos aquelas que estão dentro do padrão aceitável, e aquelas que vivem uma vida
reprovável. E, com raríssimas exceções, essa ordem é quebrada. Exatamente porque o nosso critério de avaliação é segundo as aparências e atitudes. Mas, o nosso Deus, por ser onisciente, não olha para as aparências e nem por aquilo que pode, aparentemente, impressionar ou mesmo reprovar. Ele conhece o coração, razão pela qual ao longo da história tem usado pessoas e até mesmo animal para a realização de seus propósitos. Assim aconteceu no episódio narrado no capítulo acima, em que Deus orientou seu servo, Josué, para enviar espias a Jericó. Os espias sabiam claramente do risco de morte que corriam, caso fossem descobertos, exatamente em razão do motivo pelo qual ali estavam. E, conforme está descrito no
versículo acima, eles buscaram refúgio na casa de uma prostituta chamada Raabe. Amados, quando analisamos uma situação dessa, sob a ótica humana, no mínimo, é constrangedora, pois, dois homens pernoitaram na casa de uma prostituta. Entretanto, quando se trata da ação de Deus, Ele inverte todas as “lógicas humanas”. E foi exatamente sob o teto de uma mulher de vida fácil que eles foram acolhidos. Por certo, ela não tinha dúvidas do risco que corria, caso os espias fossem descobertos em sua casa. Mas, o incrível é que ela não apenas acolheu eles durante a noite, mas os escondeu com segurança, pois, o rei soube da presença dos espiões na casa dela e enviou seus emissários em busca deles. Raabe teve a coragem e o destemor em des-
pistar aqueles que buscavam em sua casa os espias, salvando estes da morte certa. A atitude dessa mulher, que certamente vivia uma vida de tristeza, humilhação e desprezo pela sociedade de Jericó, foi algo extremamente positivo e elogiável. Certamente o fez, exatamente porque Deus já estava agindo em seu coração. Ela, então, apenas e tão somente faz um pedido aos espias: que firmassem um compromisso com ela de que a sua vida e de sua família fosse salva. E fez esse pedido em uma demonstração de fé que deve ser destacada, pois reconheceu e declarou nos versículos seguintes os feitos e o poder do Deus de Israel, convicta de que a destruição de Jericó era algo certo e irreversível. E essa mulher, usada por Deus, foi honrada. Pois Deus
faz muito mais do que pedimos ou pensamos. Não apenas teve a sua vida e de sua família salva, mas o resultado dessa atitude louvável, mesmo sendo uma prostituta, foi o fato de que, a partir daquele momento, ela passou a habitar no meio de Israel para sempre e teve a sua vida transformada. Agora, não mais uma prostituta, mas sim uma senhora digna e honrada; mesmo na qualidade de estrangeira, passa a desfrutar do grande privilégio de viver no meio do povo de Deus - Israel, e ser inserida na genealogia de Jesus. Seu nome consta na galeria dos heróis da fé. Esse é o Deus que nós servimos. A Sua soberania muda a trajetória de qualquer ser humano. Foi assim e continua dessa maneira. Glórias ao Senhor. Amém.
ERRATA
Na edição de OJB 12, de 19/03/2017, foi publicado o edital de Convocação para a Assembleia Geral Extraordinária da UFMBB. No entanto, ele não contemplava em seu texto a eleição da nova diretora executiva. A seguir, você confere o novo texto:
EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA UFMBB UNIÃO FEMININA MISSIONÁRIA BATISTA DO BRASIL - CNPJ no. 33.973.553/000180 - CONVOCAÇÃO - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA - Nos termos do disposto nos Artigos 10, 11, 12, 14, 16, 17, 30, 41 e 42 do Estatuto da União Feminina Missionária Batista do Brasil e em consonância com os artigos do Regimento Interno da União Feminina Missionária Batista do Brasil, ficam as representantes devidamente credenciadas pelas Uniões Femininas locais, convocadas a reunirem-se em AGE, a ser realizada no dia 19/04/2017, às 9 horas, no Hangar – Convenções e Feiras da Amazônia, localizado na Cidade de Belém, PA, na Avenida Dr. Freitas s/n - Marco, a fim de discutir e deliberar sobre: 1) Eleição da nova diretora executiva; 2) Reforma dos Estatutos das Instituições de Ensino, CIEM - Centro Integrado de Educação e Missões e SEC - Seminário de Educação Cristã, apresentação das alterações e aprovação do Regimento Interno da União Feminina Missionária Batista do Brasil com a seguinte ordem do dia: (I) apresentação das alterações dos artigos dos Estatutos; (II) aprovação dos Estatutos das Instituições de Ensino CIEM e SEC; (III) apresentação das alterações do Regimento Interno da UFMBB; (IV) Aprovação do Regimento Interno da UFMBB. Rio de Janeiro, 06 de março de 2017. Neusa Maria Resende Soares - Presidente da União Feminina Missionária Batista do Brasil.
Associação Nacional das Escolas Batistas Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira www.aneb.com.br
CONVOCAÇÃO Mario Jorge Castelani, Presidente da ANEB - Associação Nacional de Escolas Batista, CNPJ 09.471.962 0001-01 com sede e foro na cidade de São Paulo – Estado de São Paulo CEP 05.007001 a Rua Dr. Homem de Mello, 537 e domicílio na cidade do Rio de Janeiro - RJ, convoca os Associados,nos termos do item III do Art. 13 do Estatuto registrado no 1º Registro Civil das Pessoas Jurídicas - Cartório Maia, sob o número 13834, em 15-01-2004, a participarem da Assembleia Ordinária a realizar-se no dia 19 de Abril de 2017, às 09H00 horas, em primeira convocação, em não havendo quórum fica convocada em segunda convocação 30(trinta) minutos da primeira com qualquer número de associados, na Primeira Igreja Batista do Pará – PIB/PA a Av. Assis de Vasconcelos, 817 – Bairro da Campina – Pará-Belém, para deliberar sobre os seguintes assuntos: Relatórios de Atividades do Presidente; Relatório da situação Fiscal da ANEB; Encontro de Diretores 2016; Proposta para a Assembleia da CBB; Eleição da Diretoria 2017/2018; Eleição do Diretor Executivo; Representação Denominacional. Rio de Janeiro, 19 de março de 2017.
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Gilson e Elizabete Bifano
Cuide da sua saúde emocional e mental antes de se casar
O
casamento é um marco na vida de uma pessoa que, com certeza, podemos contar o antes e o depois. E nunca é demais lembrar que, segundo os nossos princípios bíblicos e cristãos, é para toda a vida. Para tão grande passo, é importante conhecer-se para poder se cuidar e, consequentemente, garantir sua saúde conjugal. Para ter saúde no seu casamento é preciso que você tenha a autoimagem equilibrada. Sua autoestima não pode ser nem depreciada, nem muito elevada. Você precisa reconhecer suas potencialidades e suas limitações, reconhecer a pessoa que, de fato, você é. A maneira como você se vê e se sente interfere diretamente em seu desempenho profissional e em seu
relacionamento interpessoal. Aceitando-se e gostando-se, você terá muito mais facilidade de aceitar e gostar do seu cônjuge do jeito que ele é. Todas as pessoas possuem qualidades e defeitos. É inerente do ser humano. Entretanto, há defeitos que levam à infelicidade pessoal e relacional. Para ter saúde conjugal é preciso reconhecer se há em você algum defeito de caráter e tratar a doença. Alguns defeitos de caráter são: autopiedade, raiva, rebeldia, intolerância, orgulho, egoísmo, sempre pôr a culpa nos outros, indiferença, insatisfação, ódio de si mesmo, vaidade, inveja, etc. Se você percebe que algum destes sintomas fazem parte frequente em sua vida, procure ajuda profissional imediatamente. Os defeitos de caráter levam ao afastamento,
estresse, depressão, tensão, ansiedade, etc. Outro problema que certamente arruína a saúde da vida conjugal é o vício. Vício é um hábito repetitivo que causa prejuízo à pessoa e aos que com ela convivem. E aqui não nos referimos somente às drogas ilícitas, como também às lícitas, como os medicamentos. Além de que comer demais, falar demais, sexo demais, pornografia, ciúmes, preocupações, entre outros, podem ser vícios não detectados que precisam ser tratados e abandonados para que você tenha uma vida conjugal saudável. Assuntos familiares mal ou não resolvidos também podem trazer prejuízo ao casamento. Se a vida na família de origem não foi satisfatória, é possível que também não seja na vida
conjugal. É difícil sentir harmonia e paz com o cônjuge se com sua família de origem você não sente harmonia e paz. Caso a inquietação e a insatisfação sejam contínuas, será necessário saná-las com o membro ou membros da sua família, a fim de viver em harmonia em seu casamento. A depressão é uma doença de causa emocional ou física, que traz sérias consequências à saúde conjugal. A pessoa afetada pela depressão pode viver constantemente triste, irritada ou entediada. A pessoa sente angústia, ansiedade, desânimo, falta de energia, entre tantos outros sintomas. O tratamento consiste em terapia, uso de medicamentos, acompanhado por um neurologista ou psiquiatra e a compreensão e apoio dos familiares.
Além da falta de qualidade na vida do depressivo, medicamentos que inibem a libido também podem trazer prejuízo à vida conjugal. Ajustar a terapia e os medicamentos são passos básicos para se tomar antes do casamento. Saúde conjugal. Este é o lema. Para você ter um casamento saudável, é preciso que reconheça os problemas e os enfrente. Se uma doença emocional ou mental está a espreita para arruinar sua vida conjugal, procure meios de resolvê-los ou de lidar com eles da melhor forma possível. Elizabete Augusta de Souza Bifano, psicóloga clínica, pós-graduada em terapia de casal e família. Missionária do Ministério OIKOS. betebifano@ ministeriooikos.org.br
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missões nacionais
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3o Congresso Nacional Somos UM promove reflexão sobre posicionamento do jovem no meio acadêmico
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odo universitário cristão é um missionário. Esse é o mote do Projeto Somos UM, coordenado pela Gerência de Evangelismo da Junta de Missões Nacionais. Realizado de 10 a 12 de março, na Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba - PR, a 3º edição do Congresso Nacional Somos UM levou cerca de 300 jovens a uma reflexão acerca do seu posicionamento enquanto cristãos no meio acadêmico. participação dos preletores ja Batista Paulistana, Denny O evento contou com a Alex Uemura, pastor da Igre- Souto, pastor de jovens da
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Segunda Igreja Batista de Palmas e o doutor Thiago de Melo Pereira, doutor em Ciências Fisiológicas pela Universidade Federal do Espírito Santo. E o tom foi de desafio. “Seus amigos na universidade aguardam que você se posicione”, afirmou o pastor Denny em uma das plenárias, deixando claro que o papel do jovem cristão é de protagonismo frente ao chamado de revelar Cristo no ambiente universitário. A unidade de pensamento
foi percebida nas outras plenárias. Em sua fala, o pastor Alex Uemura defendeu o anúncio da mensagem de boas-novas tal como é, sem máscaras ou subterfúgios. “Nos últimos anos, aconteceu uma domesticação do Evangelho, para torná-lo aceitável à nossa sociedade”, afirmou. Ao final do culto, dezenas de jovens assumiram o compromisso de serem usados por Deus em suas universidades. Este foi o melhor resultado que poderíamos esperar.
Instituto Batista de Carolina - MA completa 81 anos com linda festa para a comunidade
Instituto Batista de Carolina - MA completou 81 anos em março! A festa de aniversário foi uma grande Feira Missionária com Ação Social. O dia começou com um desfile com alunos e professores a pé, alunos e professores de bicicleta e pais em seus carros, que atravessaram as ruas do centro proclamando as bênçãos realizadas na cidade através do Instituto Batista de Carolina. Foi sem dúvida um momento muito marcante para todos nós. O dia seguiu com os atendimentos da Ação Social (Pedia-
tria, Fisioterapia, Odontologia, Serviço Social, Orientação jurídica, Enfermagem, Psicologia e Corte de Cabelo e Maquiagem). Os pais abraçaram o evento e a alegria estava estampada no rosto dos professores e alunos que fizeram apresentações maravilhosas, incluindo jogral, balé e coral de preparar jovens sertaneem Libras. Foi maravilhoso! jos que ficassem no próprio sertão. Nascia assim a Escola História do IBC Em 16 de março de 1936, Batista Rosalee Appleby, que a fundadora, Lígia de Castro em 1972, passou a chamar-se Câmara deu início ao sonho Instituto Batista de Carolina. Em artigo publicado em A do então diretor executivo da JMN, Dr. L. M. Bratcher: Pátria Para Cristo na época, abrir uma instituição a fim o pastor Helcias Câmara de-
monstra o seu entusiasmo pelo preparo de obreiros na região sertaneja, quando escreve sobre o Instituto: “Um ministério preparado no Sertão para servir ao Sertão. [...] E quando o filho da terra deixa o Sertão para estudar fora, não volta mais para o Sertão. Um
Seminário no Sertão supre a escassez de obreiros de fora.” Atualmente, o Instituto Batista de Carolina tem como prioridade educar e evangelizar as crianças e adolescentes para que se tornem adultos íntegros e conhecedores do Evangelho. A Junta de Missões Nacionais, como entidade mantenedora, tem se preocupado grandemente ao longo dos anos com a criança brasileira, especialmente com aquelas que, longe dos grandes centros, precisam de ajuda para se desenvolverem intelectualmente e, principalmente, seu lado espiritual.
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reflexão
Valorizemos a EBD Francisco Mancebo Reis, pastor, colaborador de OJB
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uvi de um senador evangélico, recentemente, que a Igreja não tem o papel de educar, mas os pais. Certo? Ainda que a base seja o lar, a Igreja que não educa merece o nome de Igreja? Quando se afirma que o púlpito deve ser também cátedra, que isso significa? E o que dizer da Escola Bíblica Dominical? Sua função é apenas informar? Por que a EBD reclama especial atenção e prática? Vão aqui ligeiras considerações.
produzem literatura didatica- da chamada Escola Tradiciomente diversificada. nal, em que o professor era o “dono da verdade” e somente 3 - Propõe leituras diárias ele falava. Nem as crianças relacionadas aos diferentes aceitam esse monopólio hoje. assuntos, favorecendo a in- O debate enriquece o ensino. terpretação e maior proveito O questionamento também. em cada estudo dominical. Ouvi, de certo professor, que Convém dar atenção a essa declarou: “Só gosto de um provisão que aparece nas aluno”. Perguntaram: “Como é possível, se o senhor tem revistas. muitos alunos?” Resposta: “É 4 - Propicia participação dos que somente um me questioalunos, sem discriminação. na, e me constrange a pesquiTodos têm direito à palavra, sar mais e aprender mais”. mesmo para dar palpite errado. Por vezes, ajudando a 5 - Não oferece férias. De 2 - Abrange todas as idades. classe a crescer. Não deve janeiro a dezembro, ocupa Para atender a cada faixa ser, portanto, aula apenas a mente dos discípulos com etária, editoras evangélicas expositiva. Passou o tempo assuntos sempre inacabados, 1- A EBD tem como livro-texto as Escrituras, sem dispensar leituras complementares como auxílio na aprendizagem. E não faltam ótimos livros devocionais e exegéticos. Recorde-se que a Bíblia informa e forma. Informando sobre valores da vida cristã, contribui para a formação do caráter. É um compêndio de educação cívica, moral e religiosa. Jesus mandou fazer discípulos, o que inclui ensino, educação (Mateus 28.19,20).
em um processo crescente e constante. Nunca se sabe tudo da Bíblia. Nenhum aluno matriculado espera diploma de formatura. Por que menosprezar a EBD? Rompimento com o tradicional? Receio de rotina? Busca de alternativas mais atraentes? Há mesmo substituto melhor? Fica subentendido que os professores hão de ser capazes de ministrar com o máximo de dedicação e habilidade, a fim de cativar seus alunos e nem um deles vá buscar capim mais verde em outros pastos.
Bíblia: A Verdade Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB
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Bíblia é a Palavra de Deus. Ela não contém a Palavra de Deus, ela é a Palavra Eterna de Deus. Há pessoas que ainda insistem em dizer que a Bíblia contém a Palavra de Deus, que ela sofreu alteração ao longo dos séculos. A Bíblia ainda é o livro mais produzido e comercializado no mundo, por mais que campanhas céticas dos ateus digam que ela nada tem de sagrada. Por mais ataques que a Bíblia sofra, ela se mantém cumprindo os propósitos de Deus, levando homens e mulheres para mais perto do Senhor e
promovendo libertação na vida daqueles que a leem. A Bíblia ainda sofre ataques daqueles que dizem que ela é apenas um conjunto de regras e preceitos morais forjados pelos primeiros cristãos, que ela é uma cartilha de moralidade e cabresto social e sexual. Outros ainda afirmam que a Bíblia é apenas um conjunto de histórias inventadas por homens que os cristãos ignorantes acreditam ser verdade. Para muitos, nesse contexto relativista, a Bíblia não é e nem contém a única verdade, pelo contrário, eles dizem que a Bíblia pode até ser verdade para os cristãos fanáticos, mas que não é a verdade absoluta para a
humanidade. Na realidade, o pastor C.H Spurgeon nos adverte assim: “A Bíblia contém o que os homens odeiam: a verdade”. Para nós, a Bíblia é a verdade, é a Palavra de Deus imutável e sem erros. O Senhor Jesus afirmou isso em Sua oração por nós dizendo assim: “Santifica-os na verdade, a tua Palavra é a verdade”. A Palavra de Deus promove santificação e retira de nós o desejo de Satanás, a desobediência. A verdade da Bíblia remove o nosso desejo pecaminoso e nos ensina a vivermos de acordo com a vontade Soberana de Deus. A Verdade nos santifica, ou seja, nos leva para perto de Deus. Essa verdade nos
liberta, nos mostra novos horizontes, nos leva a crer nas promessas de Deus, nos leva a crer no amor do Senhor por nós. Em uma sociedade onde a verdade é questionada e onde há muitas verdades, nós podemos, com fé e convicção, olhar para a Bíblia, a Palavra de Deus, e afirmar que ela é a Verdade. Verdade que cura, resgata, liberta e promove salvação. Semeemos a Palavra, a Verdade, que é semente de Deus, que não volta vazia; ela atinge o propósito de Deus, quando lançada com fé e esperança (cf. Isaías 55.11). Em uma sociedade onde a verdade é questionada e onde há muitas verdades,
nós podemos, com fé e convicção, olhar para a Bíblia, a Palavra de Deus, e afirmar que ela é a verdade. Verdade que cura, resgata, liberta e promove salvação. Paulo, o Apóstolo, diz que a “fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus”, ou seja, as pessoas precisam ouvir a Palavra de Deus (cf. Romanos 10.17). Elas terão fé em Deus e irão aceitar a Jesus quando conhecerem o Evangelho, as Boas Novas, através da Palavra. A Palavra é a semente de Deus que não volta vazia, ela atinge o propósito de Deus, quando lançada com fé e esperança (cf. Isaías 55:11). Jesus nos chama para sermos semeadores de Sua Palavra.
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Primeira Igreja Batista em Nova Aurora – RJ celebra 66 anos de vida Estevão Júlio, membro da Primeira Igreja Batista em Nova Aurora – RJ
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Primeira Igreja Batista em Nova Aurora, em Belford Roxo – RJ, comemorou os seus 66 anos nos dias 11 e 12 de março. A Igreja escolheu o tema e a divisa oficial da Convenção Batista Brasileira para o ano de 2017: Anunciando o Reino com o poder de Deus, que tem como base Mateus 6.10: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” A programação contou com as participações dos grupos locais, entre eles Ministério de louvor Geração de Adoradores, Santo Tabernáculo, coro masculino, coro feminino, Novo Alvorecer e os grupos de dança Adorart e Escolhidos pela Fé. As participações especiais do evento foram o Ministério Trino, no sábado à noite e a cantora Érika Anjos, no domingo pela manhã. O preletor escolhido para o aniversário foi o pastor Renato Reis. Ele é irmão do
Pastor Renato Reis foi o preletor oficial do evento
pastor Ricardo Reis (presidente da Igreja), é membro da Primeira Igreja Batista em São João de Meriti - RJ e já atuou na Junta de Missões Mundiais como coordenador da JMN para Missões na Ásia. Na primeira noite de ministração, falou a respeito das “Estratégias para não cair nos modismos”. Ele alertou sobre alguns métodos que hoje são utilizados em muitas Igrejas. “Não são os métodos, mas sim o Espírito Santo. Nenhum deles funciona sem o Espírito Santo”, afirmou o pastor. Ele ainda lembrou que há muito a ser feito no bairro através da
Igreja realizou almoço para comemorar o aniversário
Igreja. “Ainda há desafios. Ainda há pessoas que precisam se converter. Se eles virem o milagre de uma comunidade que caminha no poder do Espírito Santo, que depende dEle, toda Nova Aurora há de ver a glória do Deus de vocês”, encerrou. No domingo pela manhã, a PIB Nova Aurora foi orientada a ser uma Igreja normal, anunciar o Reino, olhar para além dos seus limites. Vocês não podem ser mais a mesma Igreja que eram quando tinham 65 anos”, declarou. Para o pastor é necessário estar atento às mudanças que acontecem na socieda-
de, pois elas interferem na Igreja. O preletor deixou cinco dicas para que a PIB seja uma Igreja normal: Olhe para Jesus apenas; Valorize e acolha as novas gerações; Ter um compromisso sério com a recuperação das pessoas; valorizar as pessoas mais do que as estruturas e olhar para o mundo. Domingo à noite, a palavra foi sobre o Poder de Deus. Segundo o pastor, o Evangelho não atrai o mundo, pois sua mensagem é simples e inverte a ideia de que os mais importantes são os mais inteligentes, mas, mesmo assim, atinge a todo o mundo.
Homenagens O corpo diaconal da PIBNA decidiu homenagear o diácono Alípio Modesto pelos serviços prestados ao Reino de Deus. Atualmente, ele está impossibilitado de exercer sua função, devido a problemas de saúde. Por isso, ele passa a ser um diácono jubilado. Como forma de agradecimento ele recebeu uma placa comemorativa. As irmãs Alindair, Nere e Raquel também foram homenageadas pela Igreja. “Guardem a nossa gratidão no coração de vocês. Os seus cabelos brancos nos ensinam muita coisa”, declarou o pastor Ricardo Reis Comunhão Os membros da Igreja se uniram e realizaram um grande almoço após o culto da manhã. A ideia era que cada um trouxesse o seu prato predileto para que uma grande mesa fosse criada. O resultado foi melhor do que o esperado. Para ter acesso ao álbum de fotos completo acesse: www.facebook.com/ 1igre jabatistaemnovaaurora
Educação Cristã da CB de Pernambuco capacita líderes em Administração Eclesiástica Texto e fotos: Acom CBPE
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Convenção Batista de Pernambuco, através da Adec – Área de Desenvolvimento de Educação Cristã, realizou no dia 18 de fevereiro de 2016, a Capacitação para a área da Administração Eclesiástica – capacitando líderes para uma ação estratégica. O local foi o STBNB – Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. O encontro contou com a participação de 351 lideranças de 73 Igrejas Batistas que atuam nas áreas propostas. Ao todo, 12 Associações Batistas foram representadas.
Centenas de lideranças participaram da Capacitação
De acordo com a coordenadora da Adec, professora Aparecida Diniz, a capacitação veio para atender uma demanda feita pelas próprias Igrejas, que solicitaram oficinas com uma carga horária maior nas áreas comtempladas. Durante todo o encontro, foram abordadas as áreas
Capacitações atendem a realidade da Igreja local
de sonoplastia, recepção, tesoureiro, secretário de atas, ministério diaconal, elaboração de ordem de culto, rol de membros e secretária de expediente. José Ironildo Nunes, da IEB em Sucupira, Jaboatão dos Guararapes, fez a oficina Ministério Diaconal e aprovou. “É muito interessante porque
capacita cada vez mais a gente [...] e ajudar a desenvolver o ministério e compartilhar com os irmãos o que aprendemos aqui”. Cristina Oliveira, da Igreja Batista Boa Esperança em Abreu e Lima, fez a de Rol de Membros e Secretária de Expediente. Ela é esposa do pastor e está atuando nas
duas áreas. “Este ano estou tentando organizar o rol de membros da Igreja. Então, foi perfeito quando eu cheguei e encontrei essa capacitação”, explica. “Eu me surpreendi quando eu cheguei e vi aquilo que eu estava precisando, que a minha Igreja estava tendo necessidade”, diz Cristina. Já Tulio Vila Nova, da Igreja Batista Memorial em Jardim Paulista, fez a capacitação de sonoplastia, já que trabalha com isso na Igreja. E agradece a iniciativa da CBPE. “Quando a Convenção oferece esses tipos de cursos, ela dá a oportunidade a pessoas que, às vezes, não têm recurso ou tempo de ter acesso a esse tipo de material”, finaliza.
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Departamento de Ação Social da CBB
Violência doméstica nos lares cristãos: Mito ou verdade? Nadiedja Souza, assistente social, secretária executiva da ABAS, defensora de Direitos Humanos e cidadania pelo Instituto Maria da Penha, coordenadora do Fórum de mulheres cristãs e políticas públicas da Diaconia.
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esde 2011, tenho me preocupado com essa questão desafiadora, principalmente na prevenção a essa problemática, que é a violência contra a mulher nos espaços religiosos. Comecei com palestras nas Igrejas Batistas e também em outras denominações que nos convidavam, junto com o Departamento de Policia à Mulher (DPMUL). Existiam muitas dificuldades para encontrar espaços nas Igrejas para abordar esse tema. Regras religiosas às vezes falam mais alto do que a prática e conhecimento sobre a Justiça de Deus. Na Bíblia há mais de 3 mil versículos
que falam sobre a pobreza e justiça mas, infelizmente, não são de conhecimento de todos, entre eles, muitos líderes. A violência doméstica é uma triste realidade no Brasil. Uma pesquisa descobriu uma informação alarmante: 40% das mulheres que se declaram vítimas de agressões físicas e verbais de seus maridos são evangélicas. Infelizmente, o índice de mulheres evangélicas vitimas de violência tem crescido e acredito que o percentual é ainda maior que os atuais 40% registrados pela pesquisa, porque muitas mulheres se envergonham de dizer que pertencem a algum seguimento religioso. Esse dado alarmante precisa motivar uma séria discussão sobre o papel da Igreja na prevenção desses casos. A descoberta é resultado de uma pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a partir de relatos colhidos por organizações não-governamentais (ONGs)
que trabalham no apoio às vítimas desse tipo de violência. “Não esperávamos encontrar, no nosso campo de pesquisa, quase 40% das atendidas declarando-se evangélicas”, diz um trecho do relatório divulgado, de acordo com informações da Rede Super. A surpresa não é maior do que a preocupação com o que existe sobre o contexto das agressões: muitas vítimas dizem sentirem-se coagidas por seus líderes religiosos a não denunciarem seus maridos. “A violência do agressor é combatida pelo ‘poder’ da oração. As ‘fraquezas’ de seus maridos são entendidas como ‘investidas do demônio’, então, a denúncia de seus companheiros agressores as levam a sentir culpa por, no seu entender, estarem traindo seu pastor, sua Igreja e o próprio Deus”, denuncia o documento. Os responsáveis pelo estudo ressaltam no relatório que as comunidades de fé onde essas mulheres que sofrem de
violência congregam precisam agir de maneira diferente: “O que era um dever, o da denúncia, para fazer uso de seu direito de não sofrer violência, passa a ser entendido como uma fraqueza ou falta de fé na provisão e promessa divina da conversão e transformação de seu cônjuge”, constatam. Em 2013, foi criada a campanha de enfrentamento à violência à mulher “EU Sou Uma Mulher de Coragem”, promovida pela Diaconia (http://www.diaconia.org.br/ justicadegenero/campanha-mulher-de-coragem.php), onde atuamos com representantes de mais duas Igrejas na coordenação do Fórum de Mulheres Cristãs e Políticas Públicas, tanto em Igrejas, como nos demais espaços religiosos que nos convidam. Nosso objetivo é empoderar as mulhes através do conhecimento de seus direitos previstos na Legislação Brasileira, motivando-as a participarem das incidências
nas políticas públicas para as mulheres, encorajando-as a denunciarem, e assim mudarem suas histórias. Cabe lembrar que em uma pesquisa realizada entre 218 mulheres Batistas em eventos denominacionais no ano de 2015, 18% delas (39 mulheres) declararam que sofriam violência doméstica (os dados foram publicados na edição 38, de O Jornal Batista, em 2015). Depoimento de uma mulher cristã vitima de violência, acolhida pela Casa Sofia, em São Paulo, que atende mulheres vitimas de violências “Quem mais sofre é a mulher, depois as crianças e idosos (fica pensativa, sempre olhando para o chão) só a mão de Deus para nos proteger... Eu só queria que ele melhorasse.” “Deus me dá tanta força que antes eu tinha medo, mas agora eu não dou bandeira. Eu pego o cabo de vassoura e vou pra cima dele também, não pra bater, pra me defender.
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missões mundiais
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Igrejas mobilizadas por Missões Mundiais até que Ele venha
Igreja Batista Centenário dos Batistas Duque de Caxias - RJ
Primeira Igreja Batista em Itatiaia - RJ
Primeira Igreja Batista do Belmonte - Volta Redonda - RJ
Segunda Igreja Batista em Búzios - RJ
Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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e todas as partes do país, Igrejas entram em contato com Missões Mundiais para mostrar um pouco de como tem sido a mobilização que têm realizado em prol da campanha “Leve esperança até que Ele venha”. Seja através de vídeos ou fotos e um pequeno relato, ninguém quer ficar de fora do que Deus está fazendo no mundo. Na Igreja Batista Betânia, em Santo Antônio de Jesus - BA, Uelington Rocha disse que o missionário mobilizador Luis César Queiroz esteve lá no culto de abertura da campanha e que o grupo de coreografia também participou. De Salvador - BA, Antonieta Silva enviou uma foto com a entrada das bandeiras dos países na Primeira Igreja
Primeira Igreja Batista em São Caetano Salvador - BA
Primeira Igreja Batista em Cocal PI
Igreja Batista no Barro Branco - Duque de Caxias - RJ
Batista em São Caetano. A Primeira Igreja Batista em Muriaé - MG abriu a campanha no dia 12 de março, segundo informou o promotor voluntário de missões Janir Martins, que está em seu primeiro ano neste ministério. Um vídeo com as crianças cantando a música oficial “Até que Ele venha”, de Alexandre Magnani, fez bastante sucesso em nossas redes sociais, como Instagram e Facebook. O dia 12 de março também foi escolhido pela Primeira Igreja Batista em Itaporanga - PB para abrir a campanha de Missões Mundiais em 2017, como informou Izaack de Assis. “Nas fotos que foram enviadas, registramos o momento de apresentação das nossas crianças e da pregação da mensagem por nosso pastor, Roberto Manoel de Andrade. Oramos para que Deus os
Primeira Igreja Batista em Itaporanga - PB
Igreja Batista Betânia - Santo Antônio de Jesus - BA
Primeira Igreja Batista em Franca - SP
Primeira Igreja Batista em Mutuá São Gonçalo, RJ
ajude cada vez mais nesse trabalho e que possamos juntos alcançar vidas para Cristo”, disse Izaack. A Primeira Igreja Batista em Várzea Nova, em Santa Rita - PB, também está em campanha de Missões Mundiais, como informou a promotora voluntária de missões Cristiane Araujo. As crianças estão promovendo Missões Mundiais na Primeira Igreja Batista em Cocal PI, como nos contou Patricia Matos. A Igreja Batista no Barro Branco, em Duque de Caxias - RJ, começou a campanha de Missões Mundiais no dia 12 de março com uma peça teatral sobre a Igreja sofredora. “Estamos orando por vocês. Nossos líderes estão com campanhas para levantar uma oferta para Missões Mundiais, pois sabemos que existem pessoas clamando por ajuda em todo o mundo”,
disse Tatiana Gonçalves, da IB Barro Branco. A Igreja Batista Centenário dos Batistas, também em Duque de Caxias - RJ, realizou uma caminhada de mobilização em prol da campanha de Missões Mundiais, como nos relatou Igor Aguiar. Algumas Igrejas, como a Primeira Igreja Batista em Itatiaia - RJ, começaram cedo a campanha. Nesta Igreja, a abertura aconteceu no dia 19 de fevereiro, segundo disse Andrea Branco. Na Primeira Igreja Batista em Franca - SP, a Rebeca Caroline nos enviou fotos da abertura da campanha de Missões Mundiais. Na Primeira Igreja Batista do Belmonte, em Volta Redonda - RJ, a promotora voluntária de missões Rosileia Viana conta que todos estão se envolvendo com a campanha “Leve esperança até que Ele venha”.
Primeira Igreja Batista em Muriaé - MG
Denise Knust, da Primeira Igreja Batista em Mutuá, São Gonçalo - RJ, também enviou fotos da decoração especial feita para a campanha de Missões Mundiais. A classe Amigos de Missões da Segunda Igreja Batista em Búzios - RJ está mobilizando as crianças com os estudos da revista do líder infantil preparada especialmente para a campanha 2017, como nos relatou Marcelle Paes. E como sua Igreja está cumprindo a missão de levar esperança às nações? Conte para a gente! Envie a foto da sua igreja acompanhado de um breve relato para redacao@ jmm.org.br. Confira também o álbum com fotos de outras igrejas em www.facebook. com/missoesmundiais. E todo o material do kit da campanha enviado às Igrejas está disponível para download em www.missoesmundiais.com.br/campanha.
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Igreja Batista em Vila Natal - SP prepara líderes
Turna do curso de capacitação
Cleverson Pereira do Valle, pastor da Igreja Batista em Vila Natal - SP
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Igreja Batista em Vila Natal, em Mogi das Cruzes-SP realizou nos meses de fevereiro e março um Curso de Capacitação em Liderança. O Curso foi
Cleverson Pereira do Valle é o pastor da Igreja Batista em Vila Natal - SP
ministrado pelo pastor da Igreja, Cleverson Pereira do Valle, e abordou os seguintes temas: A pessoa do Líder, O Líder e sua vida com Deus, O Líder e o seu Projeto de Vida e Montando a Equipe dos Sonhos de Deus. No dia 19 de Março, foram entregues os Certificados de Conclusão para 17 líderes; o
Dia escolhido para a entrega dos certificados
objetivo foi capacitá-los para a obra do Senhor. No primeiro encontro, o destaque foi sobre a pessoa do líder, quem é o líder, suas expectativas, seus sonhos. O curso teve a participação de todos, com dinâmicas de grupo e atividades individuais. No segundo encontro, enfatizamos sobre a vida do
líder e a vida com Deus. É preciso ter uma vida de oração, meditação nas Escrituras e andar com Deus. O terceiro encontro teve como objetivo falar de planejamento pessoal, também sobre o projeto do líder para o grupo. E por fim, o curso trouxe o assunto da formação da Equipe, como montar um
bom time, uma equipe que funciona. Louvamos a Deus pela vida dos líderes que estão dispostos a trabalhar mais para a glória de Deus. Nossa oração é que Deus continue levantando mais e mais pessoas dispostas a serem treinadas para atuar na liderança da Igreja de Cristo
Wake Up acamp promove intercâmbio entre Igrejas Batistas do litoral e interior de São Paulo Foto: Divulgação AIBLIN
Camila Garcêz, jornalista, membro da Igreja Batista no Jaraguá - SP
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ovens de diversas cidades do litoral paulista e Vale do Paraíba participaram do “Wake up acamp”, evento realizado pela Associação das Igrejas Batistas do Litoral Norte (AIBLIN), de 25 a 28 de fevereiro, em Ilhabela-SP. Essa foi a segunda atividade organizada pela Associação dentro de um projeto maior que visa o despertamento da juventude para a vida cristã. A experiência durante os quatro dias de feriado possibilitou a construção de novos relacionamentos e principalmente a integração entre as Igrejas envolvidas. “O objetivo foi alcançado, pois o evento despertou nesses jovens o compromisso do Evangelho como estilo de vida”, destacou o pastor Alexander Cunha, da Igreja Batista no Jaraguá. Além de oração, louvor e estudo da Bíblia, os partici-
Evento reuniu mais de 200 jovens durante o feriado de carnaval em Ilhabela - SP
pantes desfrutaram de momentos ao ar livre. Os passeios permitiram o contato com a natureza, entre eles a caminhada pela trilha da Cachoeira da Água Branca, acompanhada pelo guia do Parque Estadual de Ilhabela, Joãzinho. O grupo ainda aproveitou para conhecer as praias da Pedra do Sino e Barreiros. Jantares temáticos, gincanas, show de talentos e atividades esportivas completaram a programação. “Eu sou quase recém-chegado aqui no Litoral Norte e foi muito bom conhecer tanta gente
de tanta Igreja legal. Percebi que os lendários eventos da AIBLIN, de que tanto ouvi falar, ainda podem ser realizados no presente”, contou Patrick Pina. Temas motivacionais como “Evangelização e inclusão” e “O jovem e a vocação ministerial” foram ministrados respectivamente pelos convidados Arthur Figueira Marins Coutinho, da Missão Cena – Comunidade Evangélica Nova Aurora e Diego Turato, seminarista no Seminário Batista do Litoral Paulista. Mensagens enriquecedoras
também foram passadas pelos pastores Marcelo Ferreira, da PIB Piracicaba; Thiago Cursi, da PIB São Sebastião; Daniel Simões, da IB Memorial em São Paulo; Vagno Teixeira, da PIB Ubatuba e pelo coach Ademir de Jesus, da PIEB Pindamonhangaba. O acampamento foi além do tratamento espiritual e trabalhou com os jovens a responsabilidade social. Como parte das gincanas, as Igrejas arrecadaram alimentos não perecíveis que foram doados para o Fundo Social de Solidariedade de Ilhabela, em um gesto de amor para com as famílias menos favorecidas do município que tão bem acolheu o grupo. Prestigiaram o “Wake up acamp” o prefeito de Ilhabela, Márcio Tenório, o vereador de São Sebastião, Onofre Neto, o secretário adjunto de Saúde de São Sebastião, Henrique Simões; o presidente da Juventude Batista do Estado de São Paulo, Estevão Júnior, acompanhado de sua esposa e o secretário
Executivo da AIBLIN, pastor Jorque Albuquerque, da PIB Caraguatatuba. Os projetos da Juventude da AIBLIN estão sob a coordenação de Josimar Bernado, que já presidiu a Juventude das Igrejas Batistas do Cone Leste Paulista (JUBACOLESP), com representação dos 39 municípios da região. A equipe ainda conta com o pastor Alexander dos Santos Cunha, da IB no Jaraguá, Henrique Simões, da PIB em Ilhabela e Luiz Antonio Romão, da PIB em Caraguatatuba. Confira o que vem por aí! O acampamento foi tão bom que deixou os jovens querendo mais, por isso já existe uma mobilização para o “Culto da saudade” que será definido pela organização. A AIBLIN também já está trabalhando para a realização do “Wake up Beach Games”, marcado para o dia 20 maio, na praia de Boissucanga, em São Sebastião. Mais informações pelo e-mail aiblinjuventude@gmail.com.
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OBITUÁRIO
Pastor Samuel Oliveira dos Santos – Homem de Deus Daisy Santos Correia de Oliveira, sobrinha
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amuel Oliveira dos Santos nasceu no dia 10 de junho de 1926, em Tatuamunha, Vila do Município de Porto de Pedras - AL. Filho de Félix Francisco dos Santos e Eliza Oliveira dos Santos, foi o caçula dos seis irmãos. Seus pais foram alcançados pelo Evangelho através da vida do missionário, pastor John Mein; e dessa família, os três homens se tornaram pastores: Hermes, Abel e Samuel. Vale ressaltar que da pequena cidade de Tatuamunha saíram muitos pastores da família Santos e, hoje, podemos contabilizar, além dos três filhos de Félix, primos, sobrinhos e esposos de sobrinhas. Família abençoada. Aos 15 anos converteu-se e foi batizado na Igreja Batista da Rua Imperial, Recife, onde seu irmão (Hermes) era pastor. Estudou no Colégio Americano Batista. Chamado pelo Senhor para o Ministério Pastoral, foi estudar no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB), sendo seminarista na sua Igreja. Concluiu o curso de Teologia em 1954, foi ordenado ao ministério em 14 de abril de 1955 e graduou-se, também, em Filosofia, pela Universidade Católica de Pernambuco. Em janeiro de 1956, contraiu matrimônio com Edla de Barros Santos e desse casamento nasceram Sandla Wilma, Sueli Emília e Eneida, esta, casada com Paulo
Sérgio. A família foi acrescida com três netas: Camila, Luíza e Marina. Seu primeiro pastorado foi na Igreja Batista de Lage - BA (1955-1957). Em junho de 1957 assumiu o pastorado da Igreja Batista de Itapetinga, também na Bahia, até 30 de setembro de 2007. Foram 50 anos de um ministério abençoado nesta cidade e no campo baiano. Tornou-se pastor Emérito com o reconhecimento de toda a cidade, onde recebeu o título de Cidadão, em 1988, e muitas honrarias, inclusive a mudança do nome da rua onde residia, ao lado do belo templo da Igreja, que antes era Rua Dois de Julho e passou a ser chamada Rua Pastor Samuel Santos, isso, muito antes de deixar o pastorado. Teve um ministério grandemente abençoado tendo batizado 2.354 pessoas. 77 pastores e missionários (filhos da Igreja) se prepararam e foram exercer seus ministérios em várias cidades no Brasil, com marcas profundas da vida desse servo do Senhor. Para o STBNB e SEC, encaminhou quarenta vocacionados; construiu quatro templos na cidade de Itapetinga e em muitas cidades circunvizinhas manteve Congregações. Organizou, durante seu ministério as seguintes Igrejas: Segunda Igreja Batista de Itapetinga, Igreja Batista Boas Novas, Igreja Batista de Macarani, Igreja Batista Betel, Igreja Batista Vila Izabel e Igreja Batista de Firmino Alves.
Foi pastor interino de diversas Igrejas e participou do processo de escolha de seus pastores. Cuidava do seu rebanho com amor, alimentando uma profunda amizade com todos que estavam ao seu alcance. Desenvolveu na Igreja o espírito missionário, sempre com grandes ofertas para nossas Juntas Missionárias, dando apoio ao trabalho e a adoção missionária. No campo baiano, sua história de serviço foi marcante. Durante 25 anos foi presidente da Junta Executiva da CBBa e também presidente
em várias gestões do Conselho de Coordenação da CBBa desde a sua criação (1996-2015). Como presidente dessa Convenção teve vários mandatos: Orador Oficial da CB Baiana em várias Assembleias e presidente da Comissão Local do Centenário dos Batistas Brasileiros em 1982, em Salvador. Tornou-se presidente Emérito da CB Baiana; na Ordem dos Pastores (Secção Bahia), exerceu várias funções: fundou o Colégio Batista Albert Schweitzer, em 1968, sendo seu diretor por
30 anos e 13, como vice-diretor; foi vice-coordenador da UNOPAR – Universidade do Paraná, Unidade de Itapetinga. Recebeu o Diploma de Cidadão Ético de Itapetinga, condecorado pelo Rotary Club, em setembro de 2009. No âmbito denominacional nacional, foi membro das Juntas de Missões Nacionais e Mundiais, fazendo parte de suas diretorias – fruto de sua visão e amor por missões. Foi membro e presidente da Junta Administrativa do STBNB e membro da Junta Executiva da CBB, participando de nossas Assembleias convencionais, sempre acompanhado de sua esposa, Edla Barros Santos e de membros da sua amada Igreja. Foi esposo fiel, pai amoroso, avô carinhoso e irmão e tio muito querido. Sua esposa Edla foi companheira de todos os momentos, e, na vida do seu ministério, uma bênção como líder na Igreja local na EBD, na Organização das Mulheres, na visitação, na oração e na obra missionária. Sua vida de integridade, de caráter cristão e exemplo de dedicação e fé cristã, deixaram marcas em muitas vidas. Hoje, depois de algum tempo de sua partida, estou escrevendo este artigo recordando o privilégio que tive, na minha juventude, de sua influência ainda como estudante no STBNB e na liderança da Juventude Batista de Pernambuco. Ainda choro a sua ausência, mas louvando com toda a família pelo homem de Deus que viveu entre nós.
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ponto de vista
Um pacto para retomada dos propósitos Batistas Josué da Silva Andrade, pastor da Igreja Batista de Vargem Pequena, RJ
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oje, nós Batistas, vivemos de parte de nossa história que, com certeza, alimenta o nosso dia a dia, uma motivação acrescida de uma torcida para que ela não se apague totalmente de nossa memória e percamos o nosso norte, embora saibamos que precisamos de uma reestruturação da consciência Batista, através de um pacto como fruto de oração, entrega individual de cada um de nós e de toda nossa liderança. Pastor Lourenço Stélio Rega, no OJB de 080/1/2017. propôs-nos um desafio. Diz ele: ”Precisamos “descobrir” uma “nova Convenção!” Sua pergunta básica em palestras, aulas nos seminários, mensagens é: “…se a convenção de seu estado ou nacional encerrar suas atividades, qual diferença fará para a sua Igreja local?” Usa também a citação de alguém que, fazendo analise crítica em tempo de avaliação, expressou que a sensação é que imaginamos estar em um navio no meio do mar, sem muito combustível, sem bússola, desvio magnético des-
conhecido, céu encoberto, sem se avistar terra firma à frente. Na sua abordagem, o pastor Lourenço afirma de uma geração que assumiu liderança de uma denominação com diificuldades. Certa feita o pastor Fausto também comentou comigo sobre as crises que afloraram na nossa geração e afetaram cada um de nós. E aí? Reinventar a denominação? Promover reestruturação radical? Trabalhei inúmeras vezes em reforma estatutária de nossos documentos constitutivos, ora na CBB, ora na Convenção Batista Carioca(CBC) e na OPBB. Quando trabalhando com o pastor David Malta na criação das câmaras setoriais para a CBB, já naquele tempo conversávamos se seria a solução real para melhoria de nossas assembleias. Hoje, somos afetados diretamente pelas mudanças que estão ocorrendo, em face aos modelos de Igreja para um crescimento fácil, liberado, sem compromisso com a sã doutrina e praxia, imposta por grupos que não estão comprometidos com a Palavra de Deus e seus líderes buscam projeção social, elevados salários, status, deixando legados maculados que são
imitados por muitos seguidores. A pressão é tanta, que em face a nossa autonomia eclesiástica, o caminho fica aberto para o isolamento do pastor da Igreja local, criando para si modelo de gestão livre , e, para entrar no esquema, adere aos modelos do “tudo pode”para sua membresia, visando o crescimento do seu rebanho. Daí, nossa doutrina e praxia ser jogada por terra e cada vez mais Igrejas se afastam do convívio denominacional. Esse vislumbramento, já no tempo de Jesus, foi diagnosticado no texto bíblico: “... por multiplicar-se a iniquidade o amor de muitos esfriaria”. Também na visita às Igrejas da Ásia, que a uma delas foi recomendado que voltasse ao primeiro amor. Pastor Irland P. Azevedo, pregando aos pastores da OPBB Carioca, no Méier, a propósito da postura de alguns pastores, com o termo “banalização do ministério” citou o exemplo até de observância de posturas, com relação a vestimenta imprópria. Século da modernidade, do desapego de valores éticos e morais e das mudanças convenientes para proveito próprio. Diante disto, proponho a você, caro leitor, algumas per-
guntas, supondo que você fosse nomeado perito denominacional, para responder 10 quesitos, visando trazer luz para feitura de Um pacto para retomada dos propósitos Batistas, com base em média de 120 anos passados da nossa história batista: 1. Para você, a unidade denominacional foi proativa e marcou sua presença nesse tempo? ( ) sim ( )não 2. Você concorda que nesse período a denominação manteve-se fiel à doutrina e a praxia batista? ( )sim ( )não 3. Concorda que a unidade na educação cristã foi um diferencial de crescimento cristão em face a literatura, em geral, editada para um propósito comum? ( )sim ( )não 4. Concorda que a participação cooperativa nesse tempo foi o referencial para o crescimento de nossa denominação? ( )sim ( )não 5. Concorda que a unidade no ensino teológico, onde seminários com grades de ensino voltadas para nossa Teologia e Eclesiologia era força motora na formação de liderança e unidade doutrinária? ( )sim ( )não 6. Você entende a autonomia da Igreja ser não somente apenas uma liberdade da Igreja
local, mas um elo de ligação para formação de um corpo denominacional? ( )sim ( )não 7. Concorda que o congraçamento, através das Associações, Convenções estaduais e brasileira, contribuiu para nossa unidade e cooperação? ( )sim ( )não 8. Concorda que o momento atual carece de um pacto que envolva a consciência Batista, tomando por base os seus referenciais positivos de crescimento em sua história? ( )sim ( )não 9. Você acha que uma reforma estrutural ,tão somente, seria o caminho para o retorno da força de nossa denominação? ( )sim ( )não 10. Concorda que o isolamento e a individualidade, nesse tempo, afetadas pela modernidade e iniquidade, e outros fatores, são causas determinantes de parte do declínio de nossa denominação? ( )sim ( )não Então, pelos indicativos de suas respostas e pelo entendimento de nossas necessidades, você pode ter atitudes proativas para abençoar a nossa denominação, nesse tempo que tanto precisamos de você e sua Igreja. Vamos caminhar juntos em oração e ação, com cooperação e ideias abençoadoras.
Evangelho e ética social: uma conta que não fecha com os evangélicos no Brasil
Alonso S. Gonçalves, pastor da Igreja Batista Central em Pariquera-Açu - SP
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uando tomamos conhecimento da morte de inúmeros presos no sistema penitenciário de cidades do Norte do país, presenciamos falas, não somente nas redes sociais, mas também de integrantes do governo, de que a tragédia estava anunciada e o seu desfecho era algo esperado, portanto, algo que apenas entrava para as estatísticas como números, com o fim de gerenciar valores para um sistema que, há muito tempo, vem se mostrando ineficiente. Muitos “evangélicos” foram às redes sociais para expressar suas opiniões. Com isso, demonstraram o que, de fato, vai na “alma” dos evangélicos, ou, pelo menos, em uma parcela deles. Não apenas o fatídico episódio envolvendo presos no Norte do país deixou a sociedade brasi-
leira atônita, mas também no Sudeste (Vitória - ES), vimos o caos nas ruas de uma bela cidade por conta da greve de policiais militares. Com a ausência de policiamento, pessoas saquearam o comércio varejista, além dos inúmeros delitos cometidos. Nesse ato, dos saques, há relatos, inclusive com fotos nas redes sociais, de pessoas consideradas de “bem”, carregando eletrodomésticos pelas ruas. Dentre essas pessoas, se comprovou que “evangélicos” estavam envolvidos e, depois de apuradas as imagens dos estabelecimentos comerciais, muitos começaram a devolver o que tinham levado. Com esses dois incidentes, foi possível perceber, não que isso seja recente, que há um antagonismo entre o discurso e a prática dos “evangélicos”. O discurso, a priori, toma (ou deveria tomar) como ponto de partida a mensagem do Evangelho. Nessa mensagem, pelos menos nos Evangelhos que narram a caminhada de Jesus de Nazaré,
há elementos de compaixão, de amor, de perdão, de alteridade. A mensagem central de Jesus, o Reino de Deus, acolhe o que mais precisa, levanta o desvalido, socorre o doente, visita o preso e alimenta o que tem fome. Em Mateus 25.31-46, por exemplo, os presos são visitados e isso caracteriza o fazer aos pequeninos de Jesus. Que a relação entre discurso e prática envolvendo a ética do “evangélico” é dicotômica, não é novidade. Há estudos disponíveis que demonstram isso em escala histórica. A ética no “universo evangélico” se concentra em aspectos individuais, dependendo de qual grupo está se referindo. Nesse sentido, há diferentes perspectivas de moralidade em alguns setores do “universo evangélico” que pode ser a negação de certas roupas o ponto central, como também a abstinência de bebida alcoólica, o tabagismo e o sexo antes do matrimônio e a homossexualidade. Essas são
as principais bandeiras morais que caracterizam o comprometimento com um certo cristo. Com isso, o discurso ético se dá em perspectiva individual, e o nome disso é ética cristã. A relação com o contexto social é desprovida de uma ética solidária e comprometida. Nesse contexto, é possível uma manifestação de que a justiça divina foi feita em relação aos presos assassinados no Norte do país, demonstrando completa insensibilidade, fruto de uma leitura superficial da realidade social e sua complexidade. Assim, houve “crentes” que entenderam como julgamento escatológico a morte dos presos. Isso demonstra, com tristeza, que o evangelho de Jesus está equidistante de uma leitura de compaixão e justiça, pois muitos entendem que o chavão “bandido bom, é bandido morto” está correto. É claro que os problemas sociais do país são enormes, mas aqui estamos focando em atitudes, principalmente aquelas que
foram veiculadas nas redes sociais, de pessoas que se identificam como “evangélicas”. Essas pessoas que assim se expressam, também são as mesmas que entram em lojas para pegar o que não lhe pertence porque, naquele momento, não há “lei”. Há uma diferença qualitativa entre presença e visibilidade dos “evangélicos” no Brasil. A visibilidade dos “evangélicos” é um fato há algum tempo na sociedade brasileira. A mídia favoreceu o estar visível e as grandes concentrações em estádios e avenidas, fortaleceu a ideia de que os “evangélicos” estão conquistando espaço. Assim, o domínio de alguns setores da economia e da política, são dedicados aos “evangélicos”. Quanto à presença dos “evangélicos” no país, no sentido de tornar tangível posturas tolerantes carregadas de misericórdia e justiça, que tenha na alteridade o principal elemento de ação e leitura social, ainda se constitui em processo.
o jornal batista – domingo, 02/04/17
ponto de vista
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Quando a guerra acabar... Nilson Dimarzio, pastor, colaborador de OJB “E ouvireis de guerras e de rumores de guerras” (Mateus 24.6).
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jornalista Alberto Dines publicou excelente artigo com este título, na edição de 08 de maio de O Corrreio Popular, de Campinas - SP, a propósito das comemorações dos 70 anos da vitória dos aliados sobre as forças nazi-fascistas. Entretanto, em sua linguagem irônica, deixa entrever a descrença quanto ao término da Segunda Guerra Mundial, que foi, a seu ver, apenas teórica, eis que na realidade, as guerras sempre existiram e continuarão a existir. Destaco este trecho: “Sete décadas depois - porção ínfima da história da humanidade -, aquele que foi chamado Dia da Vitoria e comemorado loucamente nas ruas do mundo matemor-foseou-se em Dia das Esperanças Perdidas: a guerra não acabou. Os aliados desvincularam-se, tornaram-se adversários. A guerra continua,
está aí, espalhada pelo mundo, camuflada por diferentes nomenclaturas, inconfundível, salvo em breves hiatos sem hostilidades, porém, com intensos ressentimentos”. Na verdade, as guerras existem desde a antiguidade. Na era antes de Cristo, as nações já se digladiavam. A começar pela guerra da Suméria (Séc. 220 a.c.), seguida de: A guerra de Troia (1300-1200 a.c.), as Campanhas de Alexandre, o Grande (334-323 a.c.) e dezenas de outras. As Nove Cruzadas (1906-1291), as guerras napoleônicas (1803-1815), as guerras de independência de países sul americanos, e dezenas de outras. No século XX, dentre outras guerras menores, destacam-se A Primeira Guerra Mundial (1914-18) e a Segunda Guerra Mundial (1939-45). E, de lá para cá, muitas outras guerras têm acontecido ou estão por acontecer. E a palavra profética de Jesus continua ecoando, "E ouvireis de guerras e de rumores de guerras" (Mt 24.6). A causa das guerras é uma só: o pecado que existe em cada ser humano. Daí, a afir-
mação bíblica: “Todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23). Desde que o pecado entrou no mundo, ou seja, nos corações humanos, o que vem desde o Éden, teve início uma guerra entre o homem e o seu Criador - uma desarmonia entre o plano instituído por Deus e os desejos malígnos do coração humano. No dizer de Paulo, antes da transformação espiritual que o evangelho opera no homem, este é um inimigo de Deus. (Vide Romanos 5.10). Enquanto persistir essa situação de beligerância, de oposição da vontade humana sobre a divina, de desobediência às determinações emanadas do céu, as guerras terão continuidade, tanto no âmbito pessoal quanto coletivo, eis que as guerras entre nações é resultante da guerra existente em cada um de nós, enquanto não nos convertemos a Cristo, na experiência gloriosa do novo nascimento, mencionada em João 3.3. Vale dizer que, para que as guerras não mais acontecessem entre as nações, seria necessário que a paz de Cristo passasse a reinar em cada
coração humano, não só dos políticos - aqueles que são os que declaram as guerras - mas, de cada cidadão individualmente, por isso que o caminho da paz passa pela experiência regeneradora. “Os ímpios não têm paz’”, declara a Palavra de Deus. (Isaías 48.22). Para que possam desfrutar dessa explêndida bênção, necessitam passar por uma metamorfose espiritual denominada de conversão, a partir da qual a maneira de pensar, de crer e de agir se modifica para melhor, em consonância com o propósito de Deus para todo ser humano. “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27). O escritor Ronald T. Habermas, em seu livro O Discípulo Completo (p.260), refere-se ao Shalon de Deus, a paz de Deus: “Nós, os discípulos, recebemos a perfeita paz do Senhor para controlar nossso coração, capacitando-nos a ter uma vita tranquila e pacífica. Essa obrigação vitalícia para com a paz (para a qual fomos chamados), influencia nossa
família, nossos irmãos em Cristo e até nossos inimigos. Todos aqueles com quem nos relacionamos devem experimentar a paz de Deus individualmente por nosso intermédio, da maneira mais realista possível”. Vale dizer , se cada crente for, de fato, um pacificador no meio social em que vive e desenvolve suas atividades, sua contribuição será extremamente valiosa para promover a paz no mundo. Os reflexos benéficos dessa influência se farão sentir, de certo modo, até mesmo entre os incrédulos, conforme preconiza o Senhor em uma das bem-aventuranças: “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5.16). Mas, convenhamos, tal situação de paz ideal, somente será real e absoluta no alvorecer do novo céu e nova terra. Até lá, as guerras continuarão a existir, com milhões de vidas perdidas, o que é profudamente lamentável Que Deus tenha misericórdia deste mundo.
Quem lucra com o Carnaval? Tarcísio Farias Guimarães, pastor, colaborador de OJB
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otícias recentes apontam os elevados gastos que os governos autorizaram para montagem da infra-estrutura do Carnaval por todo o Brasil, mesmo em um contexto de penúria generalizada. O Ministério Público tem recomendado veementemente que sejam diminuídos ou extinguidos os gastos públicos com o Carnaval. A Polícia já se preparou para receber as pessoas que serão presas no circuito carnavalesco e em algumas cidades até contou com o apoio do Exército e da Marinha. As Secretarias de Saúde estavam em alerta diante do risco de proliferação das doenças infecto-contagiosas, sexual-
mente transmissíveis e outras decorrentes de acidentes. Nas rodovias, operações foram montadas especialmente para impedir a livre circulação das drogas nos dias de Carnaval. Os “bafômetros” estavam preparados para a constatação de muitos casos de embriaguez ao volante nas principais rodovias do país. Quem lucra com a realização do Carnaval? Certamente não é o catador de latinhas acompanhante da massa eufórica, que vai tão somente continuar sua “via crucis” de miséria, subemprego e insegurança social. Não creio que o lucro fique com os barraqueiros, que perderam horas com bêbados indesejáveis em seus estabelecimentos. As prostitutas perderam mais um pouco de dignidade. Alguns pais perderam seus filhos para
a violência inflamada pelos sons do Carnaval. Alguns filhos perderam a inocência roubada pela sexualidade desregrada, tão celebrada nas letras das músicas de Carnaval. Outros perderam o controle com os gastos impostos ao folião, e muitos outros perderam completamente o temor a Deus, ao vestirem a fantasia que esconde o rosto e faz surgir um ser sem regras a cumprir. Até mesmo a feitiçaria e a idolatria são festejadas como manifestações naturais da cultura popular. Não é o nosso povo que lucra com a realização do carnaval. Lucra com o carnaval a indústria do entretenimento e sua tentativa de provar que viver é satisfazer sempre o prazer particular, de modo imediato e inconsequente. Lucra a grande indústria do
vício, patrocinadora fiel do Carnaval, festa que turbina a venda de bebidas alcoólicas e entorpecentes. Lucra a grande mídia pornográfica, que vive de toda sorte de apelação à sexualidade. Lucram as empresas responsáveis pela profissionalização do Carnaval, a exemplo de gravadoras e agências de publicidade. Ou seja, ganha dinheiro quem já tem muito dinheiro, a despeito de toda criminalidade, imoralidade e irracionalidade que vão atrás do trio elétrico. Ao contrário daquilo que é divulgado abertamente, o Carnaval não é a festa do povo, feita de alegria e descontração. O Carnaval é, antes de tudo, a festa que separa ricos e pobres ao longo das cordas de blocos elitizados. Longe de ser um divulgador da nossa
cultura, é um meio de empobrecer a tão deficiente formação educacional do nosso povo, com letras de músicas mal escritas e exaltação de artistas com péssima formação intelectual. É a festa do pecado, inadequada àquele que já foi regenerado por Cristo, diante da qual devemos manter firme reprovação e atitude de oração em prol daqueles que caminham embalados em seus acordes infernais. Nestes dias de grande tristeza, perguntemos a quem nos cerca sobre o lucro do Carnaval e apresentemos o verdadeiro ganho nesta vida, que é conhecer Cristo e servi-lo com alegria. Sejamos “filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Filipenses 2.15).