OJB Edição 18 - Ano 2015

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 03/05/15

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Dia Batista de Ação Social Submissos a Cristo contra a violência doméstica Leia na próxima edição:

Convenção Batista Brasileira lança a Carta de Gramado e decisões do Conselho Geral em sua reunião de abril

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Ano CXIV Edição 18 Domingo, 03.05.2015 R$ 3,20


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Dia Batista de Ação Social

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que busca a denominação Batista quando institui um dia especialmente dedicado à ação social? As respostas podem ser muitas, mas uma delas é necessária: ser coerente com o Evangelho ensinado por Jesus. Dentre os vários modos possíveis de ser igreja, não há nenhum que possa ignorar os mais fragilizados da sociedade e manter-se fiel aos ensinos de Jesus. Não há como ler os evangelhos, ignorar o sofrimento alheio e conseguir considerar-se um discípulo fiel de Jesus. Em todo o tempo o Mestre enfatizou a importância de se amar as pessoas, fazendo dessa orientação Seu mandamento principal, como relata Mateus 22.36-40. E Ele deu um balizamento a esse mandamento: importar-se com o outro como se importa consigo. Tendo isso em mente, Jesus afirma: “Em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7.12). Qualquer eventual dúvida é desfeita com a narrativa de Mateus 25.31-46, quando Jesus se identifica com os marginalizados e sofridos, ensinando-nos que os atos genuínos de culto passam necessariamente pelo cuidado prático às pessoas que sofrem. E o seu oposto

lógico: não há fidelidade genuína sem o engajamento real com essas pessoas. Seus apóstolos ensinaram o mesmo. Paulo afirma que devemos nos dedicar “Uns aos outros com amor fraternal” (Rm 12.10). Tiago ensina que “A religião que Deus, o nosso Pai, aceita como pura e imaculada, é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo” (Tg 1.27). E João afirma que nosso amor não deve ser só de palavras, mas em “Ação e em verdade” (I Jo 3.18). Seria possível listar outros textos que repetem essa mesma mensagem, mas seria necessário? Há ainda alguma dúvida de que Deus se importa com os que sofrem? Como todos temos dificuldade em enxergar o claro e evidente, cabe (re)afirmar que o modo como Deus expressa o seu amor e cuidado com os sofridos neste mundo passa pela ação da igreja. Foi isso que Jesus ensinou em Mateus 5.13-16 quando disse que nós, Igreja do Senhor, somos sal e luz do mundo. Serão os nossos atos que darão visibilidade do amor de Deus: “Brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 5.16). Se o cuidado pelo outro é um ensino central nos evan-

gelhos e nós, batistas, fundamentamos nossa fé nos ensinos de Jesus e seus apóstolos, o mais natural seria que nossas igrejas estivessem envolvidas intensamente com ação social. Mas será essa a realidade? Sabemos que não. É certo que há muitas igrejas que lutam “Pelos direitos do órfão e defendem a causa da viúva” (Is 1.17) e que envolvem seus recursos financeiros e humanos no cuidado dos mais frágeis, cumprindo o que nos ensinou Jesus: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mt 9.12). Mas, há muitos que, simplesmente, ignoram os ensinos do Mestre. E essa realidade, em intensidades amplamente diferenciadas, envolve a todos nós. O Dia Batista de Ação Social pode então ser percebido, diante do exposto, sob duas perspectivas. Certamente uma data de celebração do que fazemos em nome de Deus, para o bem da criação de Deus, visando a glória de Deus. Dia de se alegrar por podermos ter o privilégio de participarmos ativamente da obra redentora de Deus, expressando em atos concretos o imenso amor que Ele tem por toda a sua criação. E não é pouco o que a denominação Batista realiza em benefício dos mais fragilizados em nosso

Brasil e em vários países. Ao mesmo tempo, incita-nos a um dia de arrependimento por percebermos em nós as marcas do que há de mais desprezível na humanidade. Dia para reconhecermos nosso egoísmo, nosso medo, nossa indiferença homicida, nosso cinismo que consegue vislumbrar bênção de Deus, onde só existe mesquinhez. Nossa vaidade revestida em frágil piedade explicitada em nossos sonhos de grandeza, nossa desobediência da Palavra de Deus, sob inconsistentes expressões de culto. Esse dia nos ajuda a reconhecer quem somos: discípulos em caminhada que dialoga com o Espírito Santo, mas flerta com as errantes propostas malignas. E mais, que é possível a celebração conjugada ao arrependimento. Aliás, só há verdadeira celebração cristã após o genuíno arrependimento, afinal, como lamentou Paulo em Romanos 7.18-20, vivemos uma contradição inevitável. O que não podemos é ignorar as verdades do Evangelho de Jesus Cristo e negar a nossa fé. Celebremos com humildade e sonho o Dia Batista de Ação Social! Remy Damasceno, pastor, coordenador do Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira


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MÚSICA Rolando de Nassau

Ouvindo o “Messias”, de Haendel (Dedicado a exemplar lei- de abril de 1742 (OJB, 16 e tora de OJB, Edla Lins de Oli- 30 abr 1978). Em Londres (Inglaterra), veira, da Igreja do Catete - RJ) em 1743, a recepção a Hama das mais di- endel e ao seu novo oratório vulgadas peças da foi hostil; havia oposição à música erudita é execução de música religioo coro “Aleluia”. sa nos teatros; a obra só foi Por isso, é muito conhecido apreciada a partir de 1750 pelo cidadão comum (até (ver: Edmond Lemaître, Guimesmo pelo ateu) esse tre- de de la Musique Sacrée – L’ cho do oratório religioso âge baroque. Paris: Fayard, “Messias”. Com aquele coro, 1992). Até 1759, época da Haendel contribuiu grande- morte de Haendel, o oratório mente para o louvor de Deus tinha sido apresentado 56 e o orgulho da Inglaterra; é vezes. Além de óperas, Haum perfeito exemplo da ma- endel compunha e executava obras religiosas, para um púestria de Haendel. Em 1732, com a produção blico voluntário de ouvintes, de oratórios de um novo tipo, constituído de nobres e burHaendel iniciou também gueses, que queriam assistir uma nova fase em sua vida a um concerto musical. Em (ver: Christopher Hogwood, cada compasso, Haendel Haendel. London: Thames procurou obter a atenção do and Hudson, 1988). público pagante. Ao compor esta obra, HaO povo inglês identificouendel teve uma sublime ins- -se com este oratório de Hapiração; ele confessou: “Pen- endel, que dava a um tema sei que estava vendo o céu sério (a glória do Messias) diante de mim” (ver: Julian o esplendor de sua música, Herbage, Messiah. London: e à aspiração nacional (o desenvolvimento econômiMax Parrish, 1948). Diferentemente de Johann co e a expansão colonial) Sebastian Bach (1685-1750), um motivo de orgulho (ver: cuja “Paixão, segundo São Hans A. Neunzig, Uma nova Mateus” durante um século música europeia. Bonn: Inter ficou esquecida pelos músi- Nationes, 1985). Em 1978 o Departamento cos da Alemanha, seu compatriota e contemporâneo de Música, que existia na Georg Friedrich Haendel estrutura da Convenção Ba(1685-1759) sempre viveu tista Brasileira, publicou a cercado pela fama. Aos 53 partitura de canto do oratóanos de idade, Haendel já rio. Na ocasião, escrevemos: era famoso: sinal do sucesso “Agora, trechos poderão ser da sua carreira musical em executados. Desejamos que Londres, foi a construção de sejam cantados pelos coros uma estátua no parque de das Igrejas Batistas do BraVauxhall pelo escultor fran- sil”. No decurso de 40 anos cês Louis François Roubiliac, (1956/1996) escrevemos oito que, em 1761, ergueu na artigos, sempre incentivando Abadia de Westminster um várias gerações de músicos e monumento ao compositor apreciadores de música sarecentemente falecido (ver: cra. Nisto, associamo-nos às Tim Blanning, O triunfo da palavras de Bernard Holland: música. São Paulo: Cia. das “A arte religiosa opera sob o Letras, 2011). princípio de que Deus quer O oratório “Messias” es- o melhor” (NYT, 13 dez 07). A vitória de Jesus é celetreou no “New Musick Hall”, em Dublin (Irlanda), em um brada pelo famoso coro “Aleconcerto beneficente, em 13 luia”; depois de uma curta

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fanfarra. Sustentada pelos trompetes e timbales, segue-se a exclamação do coro, no estilo do coral protestante. A revista “Veja” pretendeu orientar seus leitores em Brasília em como escapar da folia (música popular) durante o Carnaval, mas não encontramos nenhuma matéria sobre como aproveitar o tempo ouvindo música erudita. Desde 1956 temos o costume de ouvir o “Messias” durante o Carnaval, a Semana Santa ou o Natal. A primeira vez que ouvimos esse oratório, na íntegra, foi por meio de um disco LP, gravado em 1954, com o Coro da Sociedade Coral de Huddersfield e a Orquestra de Liverpool, sob a regência de Malcolm Sargent, na residência do escultor Leonardo e da cantora lírica Eunice Lima Vianna da Cunha Lima (OJB, 13 set 1956). Na década de 90, passei aos CDs de Colin Davis e Neville Marriner. Em 2006, a Music Critics Association votou as melhores gravações: em LP - Colin Davis (1966), Neville Marriner (1976) e Christopher Hogwood (1980); em CD – Andrew Davis (1990), Christopher Hogwood (1991), Colin Davis (1993), Neville Marriner (1995), Robert Shaw (2004) e Charles Mackerras (2006). A primeira vez que esta coluna musical registrou a execução do coro “Aleluia” por uma instituição musical evangélica foi no primeiro concerto do Coral “Excelsior”, em 19 de novembro de 1951, regido por Guilherme Loureiro (OJB, 13 dez 1951). Foi em 20 de novembro de 1954 que, pela primeira vez, ouvimos, em uma Igreja Batista (a de São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro), o trecho do “Messias”, nº 23, “Ele foi desprezado”, pela contralto Wilsênia Sales, e o de nº 24, “Sobre Si caíram

as nossas dores”, pelo coro, sob a regência de Heitor Argolo (OJB, 13 jan 55). Na época eram raros os trechos do oratório traduzidos para o português. Em nossa modesta opinião, as interpretações do “Messias” deveriam satisfazer alguns requisitos referentes à capacitação dos intérpretes e algumas condições necessárias a um bom desempenho. Para bem executar a partitura de Haendel, o regente deve discernir entre os estilos de uma performance convenientemente barroca; ele deve observar a urgência narrativa da obra e exigir a clareza nos solos vocais. Os mais incisivos comentários da orquestra aparecem no acompanhamento das árias “O thou that tellest” (nº 9a) e “Rejoice greatly” (nº 18). Os instrumentistas devem parecer que respiram juntamente com os solistas vocais. O trompetista deve provar sua habilidade técnica no trecho “The trumpet”. Nos trechos mais difíceis atribuídos ao coro, como, por exemplo, o de nº 28, “He trusted in God” (Ele confiou em Deus), em que o populacho de Jerusalém zomba de Jesus, o teor dramático surge no canto transparente dos coristas e na execução coerente da orquestra. Os coristas, no trecho nº 4, “And the glory of the Lord shall be revealed (E a glória do Senhor será revelada), dão um caráter cadenciado e alegre à interpretação. A soprano solista deve emitir um som delicado, especialmente nos limites superiores da voz. Na ária nº 18, “Rejoice greatly, o daughter of Zion!” (Regozija-te, grandemente, ó filha de Sião!), deve mostrar uma técnica ágil. À voz da contralto solista, profunda e clara, por exemplo no trecho nº 9a, “O thou

that tellest good tidings to Zion” (O tu que anuncias boas novas a Sião), não deve faltar energia. O tenor solista deve evitar a aceleração da emissão vocal. No trecho nº 2, “Comfort ye, comfort ye my people” (Consolai o meu povo), quando se aproxima de passagens agitadas, deve cantar em uma mistura de ternura e equilíbrio. O baixo solista deve possuir um som robusto e uma emissão severa, em uma ária algo deprimida, o trecho nº 48, “The trumpet shall sound” (A trombeta soará). Nos coros, Haendel usou livremente sua considerável experiência, desenvolvida na música-de-igreja (“Laudate Pueri” e “Dixit Dominus”). Enquanto os recitativos “accompagnato” desempenham um importante papel na descrição dos mais dramáticos momentos do oratório, às árias Haendel reservou uma nova função. Durante a década precedente (1731-1741), Haendel, gradualmente, abandonou a tradição operística italiana; ele se interessou pelos novos gêneros ingleses e deixou de depender dos hábitos das estrelas da ópera. Então, criou-se o novo tipo de oratório inglês. No “Messias” encontramos as importantes árias “Rejoice greatly” e “The trumpet shall sound”, mas alteradas pelo próprio Haendel (ver: Donald Burrows, Haendel: Messiah. Cambridge: University Press, 1991). Aos nossos amados leitores, recomendamos o livro de Donald Burrows e as gravações do King’s College de Cambridge (Stephen Cleobury), da Christ Church Cathedral de Oxford (Christoph Hogwood) e do “Monteverdi” (John Eliot Gardiner).


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Compaixão social Alonso S. Gonçalves, pastor pessoal e, ao mesmo tempo, do Igreja Batista Central em nem todos, é claro, serem insensíveis às necessidades do Pariquera-Açu - SP outro quando o plano da disompaixão é a ca- cussão se dá no econômico? Fomos doutrinados pela pacidade de sentir a dor do outro. To- “utopia” do livre mercado. dos os seres huma- Há uma postura ativa para nos têm essa capacidade, desenvolver a insensibilidapois ela não se dá apenas a de social frente aos sofrimenpartir de valores éticos, mas tos dos menos competitivos, no processo de cognição dos pobres e excluídos do humana. É possível ignorar a mercado, como um fator dor do outro, mas não é pos- necessário para a modernisível anular o sentimento de zação e o progresso econôque foi, de alguma maneira, mico. A lógica por trás dessa intocado com a dor do outro. Assim como somos ca- sensibilidade social é simpazes de sentir compaixão ples. O economista, ganhapelo outro, deveríamos ser dor do Prêmio Nobel em capazes de sentir compaixão Economia em 1974, Friedrich Hayer, considerado um social. Em relação à compaixão proeminente articulador do interpessoal, somos desperta- neoliberalismo, entendia as dos quando vemos noticiário coisas assim: tendo como onde há, por exemplo, crian- pressuposto a complexidade ças envolvidas. Sentimos do mercado, não é possível compaixão quando sabemos conhecê-lo perfeitamente. que alguém foi assaltado e Assim, qualquer tentativa levaram o carro da família. Já em solucionar problemas a compaixão social não é tão sociais é uma intervenção na economia. Como o mermensurável assim. Há uma concepção de que cado não pode ser conhenão é preciso ter compaixão cido de modo suficiente, com quem não tem emprego essa intervenção prejudica ou não pode fazer no míni- o mercado que precisa ser limo três refeições ao dia. Há vre. Quando o mercado está uma dificuldade em atender ineficiente, gera crise ecoas necessidades básicas de nômica e crise econômica, uma família onde a miséria consequentemente, gera crises sociais e mais problemas faz parte do seu cotidiano. Por que somos capazes de para os mais pobres. Dessa nutrir compaixão na relação forma, a causa do aumento

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da pobreza e dos problemas sociais seria a tentativa de solucionar conscientemente os problemas sociais. O mais sensato é não procurar intervir com Políticas Públicas Sociais. Uma vez o mercado tendo uma “mão invisível”, qualquer iniciativa em amenizar ou encurtar a pobreza através do Estado, é prejudicial ao sistema de livre mercado. A sensibilidade social, segundo os neoliberais, que funciona, não é aquela que é resultado de planos e ações organizados pela sociedade e o Estado, mas, sim, aquela produzida pela dinâmica do mercado. Há no país duas posturas reconhecidamente claras. Um discurso neoliberal, onde os recursos do Estado não poderia, necessariamente, serem direcionados para programas sociais, uma vez que tais programas acomodam pessoas e a atividade econômica não é satisfatória. Quem assim articula, pensa que o Estado está fazendo mais mal do que bem providenciando recursos para os mais pobres. Frases como “É preciso ensinar a pescar e não dá o peixe” funcionam como “chavão” nesse caso. Por outro lado, há uma iniciativa e, igualmente, um discurso, onde não é possível deixar que o livre merca-

Fazer o bem cansa? á duas coisas claras afirmadas na Bíblia. A primeira é que somos chamados a dar testemunho do Cristo, fonte de todo o bem que existe no mundo. A segunda coisa acrescenta que o mundo persegue as pessoas que fazem o bem, tentando desencorajá-las. Por isso, recomenda Paulo: “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gl 6.9). Fazer o bem cansa. As forças unidas da maldade se especializam em criar obstáculos na vida dos filhos de Deus. Diante da ajuda

que prestamos, não raro recebemos ingratidão, críticas zombeteiras, perseguição. O grande objetivo é o de nos desencorajar. Diante de tantas posturas de ingratidão e de injustiça, dá vontade de chutar o balde, cuidar da própria vida e parar a atitude de ser corretos e fazer o bem. Uma das formas de evitar o cansaço, na vida de fazer o bem, é implantar em nossa motivação a grande verdade: “Não se deixem enganar – de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isto também colherá” (Gl 6.7). Acreditar e vivenciar a soberania de Deus é nossa grande fonte de perseverança espiritual. Por isso, “Não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos”.

do dê conta de famílias que estão empobrecidas. Essa discussão está no campo político e o Congresso Nacional representa bem essa polaridade. É preciso desenvolver a compaixão social. O que é visível e mensurável é o atual sistema econômico vigente que continua produzindo suas vítimas que

são sacrificadas em nome do livre mercado. É preciso ter compaixão social, sentir a dor do outro. Se deixar por conta do sistema econômico com o seu livre mercado, não apenas a mão será invisível (expressão de Adam Smith), como o ser humano também continuará invisível em suas necessidades.

“E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gl 6.9)

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Planejamento Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

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professor Hélio Janny Teixeira da Universidade de São Paulo (USP), define planejamento assim: “Planejamento é um processo que visa a uma definição antecipada dos resultados a alcançar e dos meios para tal. Em outras palavras, planejamento é a simula-

ção das ações e situações futuras desejadas”. Ackoff diz que: “Planejamento é algo que fazemos antes de agir, isto é, tomada antecipada de decisão. Planejamento é um processo que se destina a produzir um ou mais estados futuros desejados e que não deverão ocorrer a menos que alguma coisa seja feita”. Precisamos pensar em planejamento em todas as áreas de nossa vida, não

podemos fazer por fazer, é necessário planejar sempre. Alguém disse que: “Quando você falha em planejar, está planejando falhar”. Você já ouviu falar do ciclo do planejamento? Quando observamos o ciclo do planejamento, que é: necessidades e objetivos, programa, pessoal, material e execução, avaliação (planejar, executar e avaliar), percebemos que já fazemos isso em nosso dia a dia.

O importante é planejar para não sofrer as consequências do não planejamento. A Bíblia diz em Tiago “Se o Senhor quiser faremos isso ou aquilo” (Tg 4.15). Veja bem que há dependência de Deus e também dois planos, um plano A e um plano B. Não podemos fazer nada sem depender de Deus, sem Ele nada vai acontecer. Ao mesmo tempo, é neces-

sário planejar, ter metas, alvos e colocar em prática aquilo que idealizamos. George Santayana (18631952) falava que “Existem três tipos de pessoas: as que fazem as coisas acontecerem, as que ficam olhando as coisas acontecerem, e as que nem sabem o que está acontecendo. Que você faça parte daqueles que fazem as coisas acontecerem, com um bom planejamento.


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A grande serpente da atualidade Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

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m homem cruza uma tempestade de neve, quando escuta um ruído. Vê uma cobra ferida e quase morta de frio. “Me ajuda”, diz. “Você é perigosa”, responde o homem. “Não vê que estou quase morrendo e não posso lhe fazer mal nenhum”, implora a serpente. Compadecido, o homem a recolhe e leva para a sua casa. Durante algum tempo, convivem em harmonia. Mas, um dia, enquanto acariciava a cabeça da cobra, ele recebe a picada fatal. “O que é isso?”, diz o homem, à beira da morte. “Salvei sua vida, lhe dei comida, carinho e agora você me envenena?”. E a serpente responde: “Mas, você sabia que eu era uma cobra, não sabia?”. Recorro à Folha de São Paulo do dia 13 de setembro de 1994 para justificar parte do que eu me proponho a dizer. São as palavras do es-

critor Paulo Coelho que nos alertam: “A essência pode esconder o mal”. Havia prometido aos leitores retornar a este tema quando a ocasião aparecesse. Então, dia após dia, estamos ouvindo relatos incríveis sobre a ferramenta mais usada na atualidade: o computador. Sozinho, até que ele tem grande serventia. Com a internet então, nem se fala. O danado é que também apresenta uma malignidade sem precedentes na história da humanidade. Nenhum invento criado até hoje está conseguindo fazer tanta destruição no ceio da família quanto à cibernética. É claro que a internet tem o seu lado útil, prático e bom. Todavia, seu poder aniquilador nem sempre é perceptível aos seus incautos usuários. No Brasil, a internet já está embutida na quase totalidade dos divórcios. O sujeito tem uma “briguinha” com a esposa ou vice-versa e já quer saber como funciona o “face”. Muitos estados já apresentam a internet como

a campeã, a causadora principal das separações. Como a serpente que perturbou Eva até a consumação do pecado, este novo instrumento rasteja como víbora pelas nossas casas por cima de camas, mesas e estofados. Está em um inocente telefone celular. Seu veneno mortal chama-se: “redes sociais”. Do Twitter, passando pelo Facebook, até chegar ao WhatsApp, as informações indiscretas, os golpes, as fofocas e os flertes proibidos assolam as famílias mais estruturadas. Até respeitáveis donas de casa estão se entregando ao fatídico instrumento e já aparecem na “rede” em roupas minúsculas. Às vezes, até sem nada. Nem membros de grupos religiosos estão imunes a esta tentação. Os relatos “peçonhentos” são fora do comum. As pessoas estão adicionando aos seus contatos indivíduos estranhos, que antes de qualquer conversa já sabem tudo sobre o outro. Têm nas mãos a relação de amigos e parentes; do emprego onde

trabalham e, os mais imprudentes, deixam à mostra os números dos seus telefones. Sei perfeitamente que este é um grande invento. Necessário, entretanto, tudo o que é usado de maneira exagerada, não presta. E o que vemos? Os afazeres domésticos sendo colocados de lado. A prioridade é ver o que se passa na internet. Não há mais diálogos pessoais. Não há mais tempo para isso. Filhos estão sendo deixados desarrumados. De um lado, as esposas são esquecidas. Do outro, nem parece que os maridos estão em casa. Como tudo serve para destruir, as refeições são resumidas em uma frase: “Come o que tiver na geladeira. Não me amola!”. Se alguma discussão ocorrer, neste exato momento tem sempre um candango no “face” dizendo assim para a esposa: “Como você está bonita! Uau... Que coisa linda!”. A desgraça começa aí. Outro dia, li no Jornal “Agora”, de São Paulo, que

um sujeito estava em um campo de futebol entretido com o jogo e a esposa, ao lado, teclando “carícias” no celular com outro. Alguém percebeu e colocou um bilhete no bolso do “fanático” torcedor, alertando para que verificasse o telefone da esposa quando chegasse em casa. E há algo ainda mais alarmante envolvendo tudo isso, além das obrigações rotineiras de um casal que estão sendo deixadas. Acredite se quiser: até a frequência nos cultos está sendo prejudicada pelas novas tecnologias. Essa é a essência, a tragédia da coisa. Na história, Cleópatra faleceu de uma picada de víbora autoinfligida. O apóstolo Paulo, ao ajuntar um punhado de gravetos na Ilha de Malta, foi surpreendido por uma cobra. No caso da internet, ninguém pode mais continuar alegando que não conhece a sua periculosidade, seu mal; tão grande, mas tão grande, que pode levar à perdição eterna.

Tempos de joio nos campos de trigo Antonio Pirola, colaborador de OJB

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parábola do joio e do trigo descrita em Mateus 13.24-30 e 36-43, descreve ilustrativamente a triste realidade do povo evangélico na atualidade. Hoje, muitos recebem o título de “crente” ou entram para um grupo evangélico sem nunca terem tido uma experiência pessoal de conversão. Não se vê mudança de vida, apenas de religião. Além disso, algumas seitas cristãs modernas são tão esquisitas do ponto de vista teológico, que a imagem do povo evangélico está ficando comprometida. Os princípios e valores cristãos que há séculos nortearam a formação doutrinária do povo de Deus estão sendo

abandonados. É um tempo de semeadura de joio nos campos de trigo. Diante disso, como podemos identificar o verdadeiro cristão? A parábola nos indica pelo menos três características distintivas do verdadeiro crente: Experiência de conversão: O texto diz que o Filho do Homem semeou a boa semente no seu campo e que o maligno semeou o joio (Mt 13.24-25). Isso significa que nas Igrejas de Cristo há pessoas verdadeiramente convertidas e transformadas pelo poder de Deus. Mas, a Bíblia não esconde que falsos cristãos também têm sido plantados na lavoura do Senhor. Não é de se estranhar que tantas coisas estranhas estejam acontecendo na vida das igrejas. Precisamos ser

mais rigorosos ao receber novos membros. O ideal é que cada crente ofereça provas de sua conversão e saiba no mínimo dar testemunho de sua nova vida em Cristo, além, é claro, de apresentar um razoável conhecimento da Palavra de Deus. Bom testemunho cristão: Os filhos do Reino são chamados na parábola de “boa semente” pelas seguintes razões: Possuem uma nova natureza espiritual; são comprometidos com os valores do Reino; e possuem atitudes características de um servo de Deus. Na sua essência e, além dela, eles são completamente diferentes dos “filhos do maligno” (v.38). A Bíblia diz em Mateus 7.1720 que observando os frutos, saberemos se árvore é boa

ou má. As orientações de Paulo a Tito, que podem ser lidas em Tito 2.1-10, nos ajudam a refletir, por exemplo, sobre o tipo de comportamento que Deus espera dos homens e mulheres, dos jovens casados e solteiros, e também dos trabalhadores. Disse Jesus: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5.16). Certeza de salvação: O verdadeiro crente tem segurança e firmeza a respeito da vida eterna. Ele sabe que assim como Deus não permitiu que o trigo fosse sacrificado por causa do joio (Mt 13.2829), também não permitirá que o salvo perca a sua salvação. Veja os que Jesus disse

em relação as suas ovelhas: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que as entregou para mim, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai” (Jo 10.28-29). O verdadeiro crente sabe que tem destino certo e seguro, pois é comparado ao trigo santo que será guardado no celeiro de Deus. Jesus garante que eles “Resplandecerão como o sol no reino de seu Pai” (Mt 13.43). Os ímpios, por sua vez, apesar de conviverem temporariamente com os verdadeiros cristãos, não herdarão a salvação (Mt 13.40-42). Enfim, apesar de da mistura na lavoura de Deus, os verdadeiros crentes em Cristo são pessoas inconfundíveis.


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O pecado deforma o caráter Antonio Mendes, pastor da Primeira Igreja Batista de Atibaia - SP

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o texto de II Samuel 11.6-13 é notório como o pecado macula e deforma o caráter de um homem. Nos versículos anteriores, vemos como Davi se envolveu com o pecado chegando a adulterar com Bate-Seba. Depois do pecado concebido e sua desastrosa conse-

quência com a gravidez de Bate-Seba, Davi, em vez de buscar o arrependimento, buscou encobrir o seu pecado. Ele começou a engendrar maneiras para encobrir o que havia feito. Nesta tentativa, seu caráter começa a ser totalmente deformado. Quando Urias chegou, Davi perguntou-lhe como estavam Joabe e os soldados e como estava indo a guerra. Se ele realmente tinha interesse em saber, poderia ter ido à guerra e não ter fica-

do ocioso no palácio. Ele não tinha nenhum interesse de como estava a guerra, mas, sim, de começar um plano para justificar o pecado já cometido. Em seguida, passa a ter um interesse pelo descanso de Urias manifestando um cuidado, interesseiro para que Urias fosse para a cama e se deitasse com sua esposa, Bate-Seba. Se Urias assim fizesse, Davi poderia dizer que o filho gerado por ele em Bate-Seba era de Urias.

O pecado fez de Davi um homem com caráter mentiroso e interesseiro. Ele deu um dia a mais de folga para Urias e o embebedou, a fim de conseguir o seu intento, mas nada deu certo. Sabem por quê? Porque do outro lado tinha um homem de caráter, Urias, simplesmente um soldado. Ele jamais admitiu ir para casa sabendo que seus amigos estavam dormindo ao ar livre, desprotegidos. Enquanto ficou longe da guer-

ra, jamais permitiu ir para casa e descansar. Tinha um caráter leal aos seus companheiros. Cuidado com o pecado. Procure com todas as forças evitá-lo e, se cair, busque a confissão e não o encobrir para alcançar a misericórdia de Deus, como diz em Provérbios 28.13. No processo em que se opõe à confissão, o caráter é o primeiro a ser atingido e pode levar às consequências maiores. O pecado deforma o caráter.

O voto de silêncio Nilson Dimarzio, colaborador de OJB

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escritor Carlos Heitor Cony contou, em uma entrevista, que em visita a um Mosteiro no Norte da Itália, soube que um dos monges, ocupante de uma das celas, havia feito o voto de silêncio. Não falava com ninguém e não queria sequer ouvir a voz humana. Quando alguém estivesse conversando perto de sua cela, ele tapava os ouvidos com ambas as mãos para não ouvir o que estivesse sendo dito. Uma estranha atitude, não há como negar. Deus nos dotou do precioso dom da linguagem, que é a expressão do pensamento por meio da palavra, o que permite a comunicação com

os nossos semelhantes. O exercício desse dom torna a vida muito mais bela e interessante, permitindo o diálogo, tão necessário no convívio social. É o poderoso meio de expressão dos nossos sentimentos e da transmissão de conhecimentos. Querer alguém mudar o que Deus estabeleceu é cometer verdadeira aberração, privando a si mesmo de um dos prazeres da vida, ao tempo em que deixa de prestar ajuda aos semelhantes. Por incrível que pareça, é exatamente o que muitos crentes estão cometendo ao se negarem a falar do amor de Deus aos seus colegas, parentes e amigos, muitos dos quais partem para a eternidade sem o conhecimento da verdade, sem o necessário preparo para o encontro com

Deus, o que é profundamente lamentável. Jesus, após sua ressurreição, constituiu os crentes como suas testemunhas. “Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8). Ora, qual é a função da testemunha diante do juiz, senão falar do que sabe ou que ouviu sobre o fato concreto? Portanto, a nossa missão, como testemunhas de Cristo, é falar das bênçãos grandes que o Senhor tem para os que o amam; é alertar as pessoas sobre a oportunidade da salvação e o perigo da incredulidade. Pedro e João entenderam claramente a missão que haviam recebido do Senhor, por isso que, diante das autoridades de

Jerusalém que desejavam impedi-los de pregar, disseram com toda coragem: “Nós não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20). Mas, muitos de nós temos deixado de falar, de pregar, de ensinar a Palavra de Deus, em uma omissão pecaminosa, pois, “Aquele que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17). Uma pesquisa revela que apenas 5% dos crentes estão ganhando pessoas para Cristo. Quanto aos demais 95%, esses se contentam em ouvir e ouvir e ouvir pregações, sem, entretanto, levar ao campo prático aquilo que ouvem. Há, portanto, urgente necessidade de um reavivamento no que tange ao evangelismo pessoal. Orando, meditando nos textos bíblicos referentes ao assunto, e cada um se

predispondo a obedecer ao “ide” e pregai. Caio Fábio escreveu uma interessante mensagem sobre “A Igreja fora do portão”, em que instiga seus leitores a sair das quatro paredes dos templos, para uma verdadeira cruzada de evangelização, procurando levar aos pés de Cristo o maior número possível de pessoas, antes do advento da segunda vinda. Eis aí um apelo que espera encontrar ressonância em nossos corações. Abandonemos o voto do silêncio. Falemos do Evangelho. Participemos dessa cruzada de evangelismo, a começar em nossas casas, levando aqueles nossos queridos ainda não salvos, e também os que estão afastados, a uma tomada de posição ao lado de Cristo. E que isso se faça, enquanto é tempo. Amém.


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missões nacionais

Encontro reúne líderes da região sul do Brasil Redação de Missões Nacionais

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m Florianópolis - SC, foi realizado o Encontro de Líderes da Região Sul. Missões Nacionais e representantes das convenções e associações batistas dos três estados do sul do Brasil se reuniram para alinhar a visão missionária para a região até 2020. “Fortalecidos pela cooperação”, com base em I Coríntios 3.4-9, foi a mensagem do pastor Vanderlei Marins, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), no primeiro dia do evento. “Cooperação é dar, oferecer, viver. Sem cooperação não há vitória, encorajamento, encanto,

contentamento, que chega ao coração de Deus”, afirmou pastor Vanderlei. Além da presença do pastor Fernando Brandão, diretor-executivo de Missões Nacionais, também participaram do encontro os gerentes-executivos de missões, evangelismo, administração e suporte, comunicação e mobilização. O pastor Daniel Eiras, missionário coordenador de Missões Nacionais na região sul, também esteve no encontro. A região sul, onde estão os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ainda é um vasto campo missionário, que carece de orações e de um aumento de ações evangelizadoras. Para ver a Pátria inteira transfor-

mada por Cristo, não podemos deixar de olhar para o sul. Para promover o avanço do Evangelho no sul do Brasil, foram traçadas metas e estratégias que viabilizam a geração de um movimento intencional de plantação de igrejas multiplicadoras, formando líderes autóctones, disseminando a visão de plantação de igrejas entre os pastores e líderes do sul. Entre as ações previstas até 2020 estão a criação de 17 polos de plantação de igrejas multiplicadoras, correspondendo a 64% da população da região. Assim, plantaremos uma igreja para cada 10 mil habitantes. Interceda pelos desafios missionários do sul do Brasil.

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Cristolândia Rio promove culto na rua

Pregação resultou em vidas salvas

Redação de Missões Nacionais

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s missionários e voluntários do Projeto Cristolândia têm como parte da rotina a ida às ruas a fim de compartilhar o amor de Cristo com usuários de drogas e moradores de rua. Com o objetivo de realizar um impacto mais abrangente, no domingo, dia 29/03, foi realizado um culto ao ar livre com evangelismo, louvores e pregação da Palavra de Deus.

A iniciativa de um culto na rua foi realizada em parceria com a Igreja Batista da Piam, em Belford Roxo - RJ. Como resultado, muitas pessoas foram alcançadas e aceitaram a Cristo como salvador e Senhor de suas vidas. Somos gratos a Deus por nossos voluntários empenhados nesse trabalho e continuamos intercedendo por aqueles que ainda não conhecem o amor de Cristo. Que você e sua igreja se juntem a nós na conquista da Pátria para Cristo.

Batismos no interior do Ceará comprovam multiplicação do Evangelho Irmão Juarez Solino, gerente-executivo de Administração e Finanças apresenta os objetivos do Encontro Regional de Líderes

Pastor Fernando Brandão apresenta o orador da primeira noite do Encontro Regional de Líderes, pastor Vanderlei Martins Pastor Enox com os jovens e adolescentes

Redação de Missões Nacionais

Líderes da Convenção Batista Catarinense recebem em sua sede estadual o pastor Fernando, e o pastor Jeremias Nunes, gerente-executivo de comunicação e mobilização (à esq.)

Pastor Fernando Brandão, diretor-executivo de Missões Nacionais, visita o Seminário Batista Catarinense. Organizado em 2013, o seminário conta com 65 alunos e é dirigido pelo casal, pastor Jonas de Oliveira, diretor-geral, e Jacinta Oliveira, diretora acadêmica

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s missionários Enox e Isabel Dantas nasceram em Quixeramobim - CE e, após terem representado Missões em outros campos, estão novamente em sua cidade natal impactando vidas por meio do Evangelho. Recentemente, uma das

nossas frentes missionárias de Quixeramobim viveu momentos únicos. Muitos adolescentes e jovens entraram nas águas e se batizaram, reconhecendo Jesus Cristo como Senhor de suas vidas. Pastor Enox realizou os batismos. Continue orando por este Projeto, a fim de que os missionários continuem sendo usados pelo Senhor no alcance de vidas.


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Departamento de A

Dia Batista d

Submissos a Cristo contr

Estudo de caso de violência Nadiedja Souza, secretaria executiva da ABAS / CBPE Estudo de caso realizado a partir de um fato onde a mulher, voluntariamente, se colocou como informante. As informações registradas foram asseguradas com nome fictício, mas os dados são reais.

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sther tem 45 anos, uma filha e um filho, que são casados, e avó de três netos e uma neta. Identifica-se etnicamente como negra e é evangélica. Esther conta que se casou aos 18 anos, teve três filhos, sendo que sua primeira gravidez foi de gêmeas, no qual após dois meses de nascidas uma veio a falecer. Depois teve um menino, formando assim um casal. Esther diz que sua vida foi muito difícil financeiramente. Morava em uma casa atrás da casa de sua sogra. Seu esposo, desempregado, se virava como ajudante de pedreiro e ela trabalhava como costureira. Nessa época ele bebia muito e a agredia moral e verbalmente. Sendo que, um dia, sem motivo, ele a agrediu com um soco no nariz, causando grande sangramento e uma leve lesão. Essa agressão foi na frente de amigos que bebiam com ele e que depois a socorreram. Ela sempre evitava falar com ele quando estava bêbado, muitas vezes ele chegava em casa de madrugada sujo e deitava na cama, mas ela não dizia nada; quando ele dormia, o lavava em cima da cama tirando toda a sujeira do seu corpo. Depois de anos, graças a Deus, ele deixou a bebida, pois ela pedia muito esse grande

milagre. Porém, ele arrumava que não a deixava por mulher da sua vida. Cansada de tanto sofrer com Suas orações eram para vê-lo anos orando e jejuando junto c irmãs a alertavam que ela devia de Deus, pois nem sempre é do longos anos de lutas, descaso e qualquer mudança, ela se sepa não aguentava mais tanta agre casada com um homem que n uma mulher graduada, tem um viva, não estou louca, como m estão depressivas, ou como ou Esther diz que quando con percebeu-se em algumas fases a fé e, com a ajuda de Deus, m sente uma mulher de coragem própria história e superando a Às vezes achamos que vio marcas visíveis, mas têm viol alma - um grito também é um da violência. Esther passou po dolorosos, chegando a pensar q tinha um lindo plano para sua Este caso de Esther mostra q ra, conseguiu superar várias si

Estudo Bíblico Violência Ycléa Cervino “A terra está cheia de violência” (Gn 6.13).

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ssa realidade que existia no início da humanidade continua até hoje e haverá de acontecer até a volta de Jesus. Não podemos mudar, mas somos responsáveis para livrar alguns da violência, aqueles que estiverem dentro do nosso raio de ação. Deus repudia a violência de qualquer espécie: contra a natureza, contra pessoas, contra seus pertences. “Ai daqueles que fazem violência a um homem e à sua casa, a uma

pessoa e à sua herança” (Mq 2.2). Em toda a Bíblia há orientações sobre como tratar o próximo, especialmente aqueles mais vulneráveis, como o órfão e a viúva. A mulher, embora sendo esperado dela a submissão aos homens - pai ou esposo -, devia ser bem tratada. Lemos em Gênesis 21.14-19 o caso de Agar, que foi expulsa de casa por Sara. Abraão, com pesar, permitiu, mas Deus supriu suas necessidades e valorizou a sua descendência. Em Deuteronômio 21.10-14 lemos algo incluído nas leis de Moisés sobre o respeito à dignidade da mulher. Em tempo de guerra, se um homem quisesse desposar uma

Texto bíblico - Gênesis mulher capturada, podia levá-la para casa e cuidar dela. O cuidado incluía a parte física (cabelos, unha, roupa), a parte emocional (deixava-a chorar os seus mortos por um mês inteiro), e a parte volitiva (de acordo com a vontade). Finalmente, diz a Lei, “Não a venderás por dinheiro, nem a tratarás como escrava” (Dt 21.14). O tema sobre violência contra a mulher está sendo muito debatido hoje em dia, mas a Bíblia tem ensinos claros sobre toda a sorte de violência. Deus é um Deus de paz, de amor, de bondade, de mansidão, de gentileza, e quer que seus filhos e seguidores sejam semelhantes a Ele. Que assim sejamos!

Introdu

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esde os pr pos que u séria e rea história da era denominada de mas vários casos são blia a exemplo de Ca decepar a vida de Ab deste feito destacar a Egito, que fora vend irmãos. Por inveja e c tornando-o alvo de u Mas, no decorrer des como José se saiu v aproveitar as chances Pesquisas mostra dessa questão. No B


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Ação Social da CBB

de Ação Social

ra a violência doméstica

a doméstica contra mulher

a mulheres fora e ainda dizia conjugal, inclusive a violência sofrida. Muitas mulheres r alguma, que ela era a mulher sofrem violência em seus lares, por isso precisamos oferecer em nossas igrejas espaços de escuta e trabalhos específicos, essa situação, ela se converteu. como rodas de conversas e outros que visem apoiar e ajudar o salvo em Cristo Jesus. Foram a mulher que se encontra em situação de violência. A Igreja com as irmãs da igreja. Mas, as deve ter voz e não se omitir nas múltiplas formas de violêna estar preparada para a resposta cias como também outros desafios sociais contemporâneos. o jeito que queremos. Depois de Não nos enganemos: a violência contra a mulher praticada e humilhações, ele sem mostrar por parceiro íntimo não poupa a Igreja, é, infelizmente, ainda arou, vindo logo o divórcio. Ela bastante atual. essão que sofria, foram 23 anos nunca quis mudar. Hoje, ela é Seja uma mulher de coragem e mude a sua história m bom emprego e diz: “Estou muitas, que enlouqueceram, que Termino com dois pensamentos relevantes que devemos utras que morreram”. refletir: nheceu a Lei Maria da Penha “Não à violência do coração, não à violência da palavra, s da violência, mas não perdeu não à violência do punho” - Martin Luther King. mudou a sua história. Hoje, se “Coloco-me ao lado de todos para lamentar a omissão das m, sendo protagonista da sua lideranças religiosas - inclusive de Igrejas cristãs - sobre a a violência vivida. violência contra a mulher. Todo cristão deve estar disposto olência só é aquela que deixa a levar às últimas consequências a luta em defesa da mulher lências que deixam marcas na vítima de violência” - Carlos Queiroz. ma das formas constrangedoras “Somos desafiados a cada dia a cumprirmos a missão Inteor muitos momentos difíceis e gral e a sermos Integralmente Submissos a Cristo”. que não conseguiria, mas Deus “E não sede conformados com este mundo, mas sede transa vida. Aleluia. formados pela renovação do vosso entendimento, para que que ela foi mais que vencedo- experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade ituações adversas em sua vida de Deus” (Rm 12.2).

s 37.1-37

ução

rimórdios dos temuma questão muito al se apresenta na a humanidade. Não violência familiar, o registrados na Bíaim, que chegou a bel. Mas, queremos a história de José do dido pelos próprios ciúmes o rejeitaram, uma triste façanha. ste estudo, veremos vitorioso sabendo s que Deus lhe deu. am grande índice Brasil, assim como

Estudo Infantil - Violência Doméstica em outras partes do mundo e diferentes culturas e classes sociais, crianças e adolescentes são vítimas no dia a dia da violência doméstica, sendo esta uma questão universal. Os casos registrados, que são conhecidos, são apenas um alerta. Nem tudo vem a publico. Crianças sofrem silenciosas em seus casulos. Desenvolvimento a) - Violência Domestica - “Transgressão” do poder de proteção do adulto e a negação do direito que crianças e adolescentes têm de serem tratadas como sujeitos, pessoas em condição de desenvolvimento. b) - Certeza do cuidado de Deus - Gênesis 39.2.

José não ficou chorando, lamentando-se por ser rejeitado pelos irmãos. Longe do seu pai, ele se lembrava das lições ensinadas pelo pai sobre como Deus cuida de nós. Ele sabia e sentia que Deus estava com ele. Provavelmente ele orava e não perdia as esperanças de que Deus mudaria a sua história. Ele teve fé no Deus de Israel e não deixou que o medo, o pavor, tirasse a certeza de que tudo passaria. No Salmo 91.11-12, o salmista fala como Deus nos protege e guarda em todos os nossos caminhos. c) - A lição do perdão - Gênesis 45.15. José conscientizou-se de que tudo o que aconteceu foi permitido para que ele se transformasse em benção para sua família. Deus o levou a ser bem sucedido para que ele e sua família provassem o melhor desta terra. José

entendeu que a vingança não era a vontade de Deus para vida dos seus irmãos, então os perdoou, fazendo-os ver que pessoas boas generosas, perdoam. Em Mateus 6.14-15, Jesus ensina como acontece a questão do perdão. Se quisermos o perdão de Deus, temos que aprender a perdoar os devedores. Conclusão A história de José nos ajuda a compreender verdades a serem vividas diferente de algumas situações. Precisamos entender que o nosso auxílio e amparo vem de Deus. Não é de da vontade de Deus que soframos. Mas, se situações tristes há em nossas vidas, precisamos nos lembrar de que contamos com Deus a todo instante segurando a nossa mão.

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Três anos de lutas por um novo Haiti Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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o mês de abril, o casal André e Verônica Bahia completou três anos servindo como missionários da JMM no Haiti. Eles são os pioneiros dos batistas brasileiros nesse campo, uma nação onde o vodu ainda é largamente difundido e que ainda se recupera de sua maior tragédia recente: um terremoto em 2010. “Como temos motivos para agradecer ao Pai por sua fidelidade e cuidado conosco esse tempo inteiro. Você também faz parte do que o Senhor está fazendo aqui, em nós e através de nós, no Haiti”, diz o pastor André Bahia. Uma das frentes do ministério do casal Bahia é conduzida na comunidade haitiana de Kat-Kalen, distante uma hora e meia de carro de Porto Príncipe. Faz um ano que nossos missionários chegaram àquela comunidade, com pouco mais de 220 residências e população de 1.200 pessoas, para sinalizar o Reino de Deus através de um programa experimental de apoio ao desenvolvimento integral. “Após um período de sensibilização, capacitação e discipulado, o comitê local aceitou o desafio de realizar um diagnóstico participativo de toda a comunidade, e realizamos um fórum para apresentação dos resultados. Esses são encontros com pequenos grupos de voluntários

André Bahia participa de fórum comunitário em Kat-Kalen

que analisam, discutem e buscam em Deus ideias para a melhoria de vida das 307 famílias do distrito”, explica o pastor Bahia. “Até junho, o planejamento é apoiá-los para que as ideias sejam transformadas em ações no poder do Espírito”, acrescenta. O ministério dos nossos missionários também tem sido abençoado com a atuação de outros obreiros, tanto locais, quanto brasileiros que atuam no Haiti, além de voluntários. Foi o que aconteceu em março, quando o casal Daniel e Larissa, da Terceira Igreja Batista de Brasília - DF, pôde abençoar as crianças do orfanato coordenado pelo casal Eliel e Haydée Gonçalves, da JMM. Um outro exemplo de pessoa que soma forças ao ministério desenvolvido no Haiti é o doutor Alberto Andrade, que depois de vivenciar sua quarta caravana missionária

ao país caribenho, decidiu ir além e reservou todo o primeiro semestre deste ano para “Usar sua vocação como voz e mãos de Deus por um novo Haiti”, segundo afirma o pastor Bahia. “Especializado há mais de vinte anos como otorrinolaringologista, ele aceitou o desafio de investir na formação de agentes comunitários de saúde em Kat-Kalen e em uma Igreja local, apoiando nosso programa de desenvolvimento integral”, explica o missionário. “Parte do seu tempo também é dedicado ao atendimento clínico das crianças do orfanato dirigido pelo casal Eliel e Haydée e em outros três projetos missionários de brasileiros de outras agências servindo na região metropolitana de Porto Príncipe”, complementa. Em Cottard, também na região metropolitana da capital, o casal André e Verônica Bahia teve ainda a oportunidade de participar

André e Verônica Bahia, com as filhas Sara e Jéssica, foram os pioneiros dos batistas brasileiros no Haiti

O médico Alberto Andrade serve como voluntário em Kat-Kalen

de um culto de gratidão pela atuação da família Registre (missionários da terra) naquela comunidade. Segundo o missionário, durante o culto foi lembrado que aquela comunidade, em 2009, foi alvo de ações missionárias na viagem da primeira caravana do Tour of Hope ao Haiti. “Aquela região era dominada pelo vodu e, depois do terremoto de 2010, uma Igreja surgiu do trabalho ini-

cial com crianças. Juntos, louvamos ao Senhor por esses cinco anos de trabalho e realizações que, durante esse tempo, recebeu outras caravanas missionárias, a construção de unidades do Pepe (programa socioeducativo) e a primeira turma do Projeto Radical Haiti”, conta o pastor André Bahia. “Ore pelas Igrejas do Haiti, para que sejam relevantes nas comunidades onde estão inseridas”, conclui.

Palavras de gratidão Lyubomyr Matveyev – missionário especial da JMM na Ucrânia

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legro-me grandemente no Senhor porque, finalmente, vocês renovaram o seu interesse por mim. De fato, vocês já se interessavam, mas não tinham oportunidade para demonstrá-lo” (Fp 4.10). Essas palavras, assim como o restante da carta que o apóstolo Paulo escreveu aos crentes de Filipos, demonstram a gratidão dele aos irmãos em Cristo pelo seu cuidado para com ele, pelo seu interesse, ajuda financeira, orações e visitas. Essas palavras de gratidão de Paulo aos filipenses reviveram de modo especial e pessoal nos nossos relacionamentos com os irmãos, as Igrejas Batistas brasilei-

ras e Missões Mundiais nos últimos meses. Não é que vocês não se interessavam antes, pelo contrário, “Vocês já se interessavam” (Fp 4.10b). No entanto, “Não tinham (tamanha) oportunidade para demonstrá-lo” apropriadamente como na hora de maiores problemas e necessidades nas nossas vidas e ministérios. Que bênção poder ter os irmãos e irmãs, igrejas e missões, que renovam, aumentam, intensificam seu interesse, intercessão e ajuda para conosco. Assim tem acontecido nos últimos meses, desde o início da guerra em nosso país. Somente para lembrar, temos vivido uma escalada militar no país. Com isso, aumentou o número de provocações e tentativas de desestabilizar a vida em geral em todos os setores e estados. A

Ucrânia está cheia de agentes que realizam atentados em vários locais. Foi o que nos aconteceu no primeiro dia do ano: uma catástrofe. A água encanada no nosso bairro foi contaminada com produtos químicos (não somente metais pesados, mas um tipo de veneno). Como resultado, milhares de pessoas (inclusive idosos e bebês) foram hospitalizadas, com febre alta, vômito e diarreia. Nossos filhos se recuperaram desses dois últimos problemas e já estão bem. Ficamos proibidos de usar água encanada (até para lavar as mãos e tomar banho, nem lavar roupas ou louça) por um período indeterminado. Tinha que ir praticamente todos os dias buscar água nas casas de membros da igreja (para cozinhar e beber) e em outro lugar pegar água de um caminhão (para poder

lavar louça e tomar banho em casa). Mesmo passando por um tempo pesadíssimo, estamos gratos a Deus, pois a realidade nos outros estados do nosso país tem sido pior: destruição, perigo, desemprego, falta de água e comida, guerra, morte. Mesmo assim, passando por tudo aquilo, resolvemos informar nossos intercessores brasileiros. Aí, sem esperar muito, logo sentimos como “vocês renovaram seu interesse por nós”, intensificaram e aprofundaram o seu cuidado para conosco. Muitos começaram a escrever e prometer que orarão mais. Gente que não conhecemos antes, mas que se fez presente na hora de nosso perigo e necessidade. Queremos dizer para todos que “renovaram seu interesse por nós” e para todos que começaram a se interessar,

ou seja, orar por nós, com as palavras de Paulo: “Vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações” (Fp 4.14). Hoje estamos “Alegres grandemente no Senhor, porque vocês renovaram (intensificaram) seu interesse por nós” (Fp 4.10a). Deus seja louvado pela preocupação que você, igrejas e Missões Mundiais têm demonstrado para conosco.


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JBB realiza o Juventude, Fé e Teologia no Rio de Janeiro

xistem momentos que são inesquecíveis: aquela partida que você marcou três gols, a festa da sua melhor amiga, o acampamento onde conheceu sua namorada, ou até o dia em que você fez uma amizade na faculdade. Todos esses são momentos simples e inesquecíveis que guardamos no coração e na memória. Só de falar, a gente pode sentir o cheiro e o gosto desses dias. Experiências assim não se compram, nem se vendem. Por isso, é necessário que esses momentos sejam vividos. O Juventude, Fé e Teologia sempre é uma noite que proporciona esses momentos. A noite do dia 27 de março reuniu jovens de vários cantos do Rio de Janeiro para esta noite de boa música, boa teologia e bons amigos. A capela do Seminário do Sul estava lotada para ouvir a missionária Analzira Nascimento, que lançou durante a noite o seu livro “Evangelização ou Colonização - O risco de fazer missão sem se

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importar com o outro”. Além de poder ouvir o fantástico testemunho de vida da Analzira, foi enriquecedor entender a proposta que o livro nos traz. Fomos incentivados a olhar o outro com atenção e carinho, reconhecendo a necessidade que ele tem por Jesus. Pensando assim, não temos o direito de desrespeitar o nosso próximo, mas amá-lo, como Jesus nos amou. O segredo da evangelização não está na arte de evangelizar, na estratégia ou no folheto que se entrega, mas na maneira

como nos relacionamos com as pessoas, se nosso olhar comunica amor, se sabemos bater um papo com elas. É a vida comunicando Jesus através dela mesma. Temas como teologia, espiritualidade, sociedade e religião ocupam espaço de muita relevância na agenda da juventude e são assuntos que estão na pauta da galera. Nós, jovens, nos preocupamos com o transcendente e com o invisível. Há inúmeras indagações e questões sobre o que é certo e errado nessa sociedade pós moderna /

pós internet que inquietam muitas vezes o coração da juventude. A JBB considera isso algo importante e estratégico para a nossa pastoral contemporânea. Queremos contribuir com os jovens cristãos brasileiros em seu processo de formação de pensamento e influenciar essa geração a amar a Deus profundamente. Nosso desejo é que a galera tenha sido tocada pela palavra que foi ministrada naquela noite. Queremos aguçar a mente da juventude para assuntos relevantes,

trazendo à tona o que está na Bíblia, na capa do jornal e na conversa do WhatsApp. É um convite a um bate-papo mais profundo, comprometido e voltado para um sentimento de uma vida com mais sentido. Esperamos através deste projeto gerar vida e bons encontros. Temos a expectativa de que outras edições do Juventude, Fé e Teologia aconteçam em 2015 por todo o Brasil. Por isso, fique ligado (a), quem sabe a sua cidade não é a próxima a receber um tempo especial como esse?

Despertar 2015: as inscrições já estão abertas!

Juventude Batista Brasileira vai realizar a Conferência Despertar 2015 e as inscrições já estão abertas! A Conferência vai acontecer nos dias 15, 16, 17 e 18 de julho de 2015, na cidade de Campo Grande - MS. As inscrições podem ser realizadas exclusivamente pelo site www.despertar2015.com. Esse evento vai receber jovens das mais diversas partes do Brasil e isso é empolgante demais. É um ajuntamento com a cara da juventude onde vamos considerar a experiência, o movimento, o transculturalismo, a geração, o alcance, a possibilidade, a juventude, a influência, o legado, a motivação, a capacitação, o futuro, o retorno, a transformação, a experiência, a benção e o poder de promover mudanças em nossa sociedade. É um encontro para conversarmos honestamente s o b r e o que J e su s fa lo u

no sermão do monte “Vos sois a luz do mundo”. Essa verdade não pode passar despercebida pela nossa juventude porque o mundo precisa de gente apaixonada por Deus e com a disposição de oferecer sua vida integralmente ao Reino. Cada momento da programação está sendo pensado para expressar o Evangelho de uma forma integral, contemporânea, profunda, inspiradora, alegre e entusiasta. A Conferência é para incomodar quem se acomodou. É muito triste viver sem tocar o coração das pessoas, passar pela vida e não se importar em fazer parte do movimento de Deus na vida de tanta gente. Por isso, em julho, esperamos os nossos jovens para mais uma edição do Despertar 2015. Vem com a gente! {Pastor, sua contribuição é fundamental para realização da Conferência. Estimule e envie seus jovens!}


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ponto de vista

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Ética pastoral: tratando os outros como gostaria de ser tratado Elias Gomes de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Missionária Parque das Missões - Duque de Caxias – RJ “E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção, para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo” (Fp 1.9-10).

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stamos vivendo tempos difíceis em todos os aspectos, mas um assunto tem merecido reflexão nos dias de hoje: a ética pastoral. Temos visto muitos comportamentos estranhos, principalmente em relação à nossa liderança cristã. Por isso, torna-se relevante fazer as seguintes perguntas: as igrejas evangélicas estão vivendo uma crise de ética? Os pastores e líderes preservam as Escrituras ou repetem nos púlpitos a famosa “cultura do jeitinho”? Para iniciar a exposição, temos que saber a diferença entre ética e ética cristã. A definição no dicionário caracteriza-a como: “Um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade”. Pelo que temos observado as pessoas decidem o que fazer de acordo com a situação, não pensando o que é certo ou errado e, sim, definindo conforme o interesse pessoal. O pastor Lourenço Stélio Rega define a ética cristã como: “A visão é a partir da interpretação dos textos bíblicos, mas é um tema pouco presente na agenda de prioridades das igrejas”. O cristão deve evitar uma abordagem baseada em teologismo, determinando o certo e o errado com base nos resultados esperados. Também devem fugir de uma análise e contextual, como fazem alguns liberais, estabelecendo uma ética do tipo “você decide”. A proposta básica da ética evangélica deve ser a deontológica, ou seja, a igreja determina o certo e o errado a partir de diretrizes éticas estabelecidas na Bíblia e de conduta moral previamente exigida por Deus em sua Palavra. A Bíblia está recheada de histórias sobre a nossa responsabilidade de manter a ética ministerial como igreja e pastores sem mácula. O apóstolo Paulo escreve:

“Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo” (I Co 11.1). Uma igreja ou pastor que busca ser um imitador de Cristo desenvolverá uma postura ética acima de qualquer acusação. Não podemos tapar o sol com a peneira e dizer que a caminhada de todos é um mar de rosas. Existem alguns sem ética, imorais e vergonhosos que agem na surdina, na calada da noite, que sem piedade ao ministério de outro age de maneira a tirar vantagens de alguma forma. Como aqueles que vestidos de uma capa de falsa piedade utilizam-se de oportunidades para pescar no aquário alheio, roubando com palavras doces as ovelhas de outro. Que acolhe aqueles que levados por satanás buscam denegrir a imagem de homens honestos e com eles compactuam, comem na mesma mesa e juntos tramam a perversidade. O escritor John Maxwell, em seu livro “Ética é o Melhor Negócio”, da Editora Mundo Cristão, escreve que as pessoas fazem uma opção antiética por três razões. A primeira é porque agem com conveniência. Se uma mentira favorece, a tendência é optar por esse caminho. A segunda é que nunca jogam para perder. Poucas pessoas querem sair perdendo de alguma situação, afirma o autor. Por último, as pessoas relativizam as escolhas. Escolhem fazer aquilo que é

certo conforme as circunstâncias. Maxwell (2006) afirma: “Cada um segue seu próprio padrão ético. Enquanto, no passado, nossas decisões eram baseadas na ética, hoje é nossa ética que se baseia nas decisões que tomamos. Se é bom para mim, então é bom”. O interessante é que nem sempre o ser humano age de acordo com a integridade que exige de outras pessoas. Um estudo citado na obra de Maxwel revela que no ambiente de trabalho, por exemplo, 43% das pessoas admitem ter se envolvido em pelo menos uma situação antiética no ano anterior e, 75% já passaram por situação parecida sem fazer nada a respeito. O escritor Maxwel registra que a mesma pessoa que sonega impostos ou rouba material de escritório exige honestidade e integridade na empresa de quem compra ações, no político no qual vota e no cliente com o qual negocia. No livro “A Busca da Moral”, da Editora Vida, Stanley Grenz afirma que o mundo vive no meio de uma crise de moralidade e que há um declínio da influência da igreja na sociedade. Tal discussão merece atenção em algumas situações, tais como: utilizar o púlpito para ofender os membros, o autoritarismo, a falta de sigilo pastoral, o uso excessivo de benefícios da igreja e enriquecimento ilícito são atitudes praticadas por alguns.

O pastor e escritor Lourenço Stélio Rega, colaborador inclusive deste conceituado Jornal, diz que a crise ética é reflexo da visão incorreta do que seja a missão da igreja e do cristianismo. A igreja deve oferecer satisfação garantida aos clientes (cristãos) que são exigentes cada vez mais. Com isso, existem, muitas das vezes, a quebra das regras éticas. Destacamos também a importância da ética na formação pastoral. Temos que reforçar o estudo da ética na educação teológica para não termos um evangelho antiético, anti-histórico e escravizador. Mas o grande desafio da liderança é fazer com que os cristãos entendam que alguns assuntos como: virgindade, honestidade, fidelidade, dentre outros, não são opções comportamentais, mas referenciais éticos. Como ministros de Deus devemos insistir na pregação destes referenciais bíblicos para mantermos uma geração organizada e sem desvios de condutas e doutrinários. A falta de ética também é vista nos conteúdos das pregações, quando os pastores prometem “mundos e fundos” para suas ovelhas, induzindo o povo a uma falsa esperança porque miséria e desemprego não se resolvem com correntes e campanhas de oração, mas com uma boa política econômica e distribuição da riqueza da nação. A liderança não exerce seu papel profético de ser sal

da terra e nem convocam o povo para mudar a realidade social, mas o induz a esperar por “milagres” que não passam de enganações. Outro problema é o despreparo emocional dos pastores. A maioria não foi treinada para lidar com riqueza, com poder e com fama. Muitos pastores vieram das classes menos privilegiadas e, quando veem muito dinheiro, acabam ficando soberbos e sem escrúpulos. O orgulho e o egoísmo são dois elementos que levam os pastores a terem falta de ética. O egoísmo é uma das doenças ligadas ao ego. Já o orgulho, o causador da queda de Lúcifer, caracteriza-se no espiritual, no intelectual e no material. A Bíblia revela todo o conselho de Deus e seu plano para a salvação do homem, visando também moldar o seu caráter e transformar vidas. Ser cristão ético significa viver corretamente como seguidor de Jesus. Confesso que este texto é um desabafo, muito mais que um texto para instrução geral, pois há tempo venho observando estes desvios em nossas igrejas. Pessoas sem piedade, sem ética, sem sentido de respeito e cooperação que buscam de toda forma engordar seus rebanhos à custa do trabalho de outro. Meu desejo é que Deus nos abençoe a cada dia para termos pastores segundo o coração de Deus e com comportamentos éticos e cristãos.



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