ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 01/05/16
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
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Ano CXV Edição 18 Domingo, 01.05.2016 R$ 3,20
Fundado em 1901
Primeiro domingo de maio: Dia Batista de Ação Social
Idosos acolhidos pelo poder transformador do Reino de Deus Páginas 08 e 09 Missões Nacionais
Juventude Batista Brasileira
Viver: Movimento de prevenção ao uso de drogas é lançado na 96a Assembleia da CBB com caminhada histórica
Veja como foi o “Juventude, Fé e Teologia” edição Santos - SP
Página 07
Missões Mundiais
Página 10 Notícias do Brasil Batista
ADBB realiza 17a Assembleia e elege novo Conselho em Santos - SP
Confira os momentos que marcaram a participação de Missões Mundiais na CBB 2016
AMBB realiza Congresso em São Vicente - SP
Página 11
Página 13
Página 12 Notícias do Brasil Batista
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reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA
Impactos do Reino de Deus na condição do idoso
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
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ara nós, cristãos, Jesus Cristo é a pessoa mais importante em nossa vida. Essa realidade se dá por alguns motivos. Primeiro, Ele é o nosso Salvador. Foi por meio do Seu sacrifício na cruz que nossos pecados foram expiados, abrindo a porta da salvação a todo aquele que crer nEle. Além de Salvador, Ele revela Deus. Nada mais natural, afinal, Ele é Deus-homem. Como diz Paulo, em Colossenses 1.15: “Ele é a imagem do Deus invisível”. O meio mais natural de conhecer Deus será conhecendo Jesus. Mas vai além, Ele também é nosso senhor. A Ele devemos obediência e submissão. Sendo Ele nosso Senhor, a quem devemos nos submeter e obedecer, precisamos saber quais as bases desta obediência. Aí surge outra faceta de Jesus em nossas vidas: Ele é o nosso Mestre, Aquele a quem devemos imitar. Ele colocou-se como exemplo de vida para cada
um de nós. João escreve: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos” (Jo 13.34). O projeto de vida de um cristão será necessariamente alinhar a vida aos ensinos do Mestre, bem como imitar o modo como Jesus se relacionou com as pessoas e com Deus. Paulo esclarece o propósito maior de Deus para a vida de cada cristão: “Aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8.29). Essa realidade nos confronta e liberta. Liberta-nos de exigências religiosas destituídas de sentido, de complicadas argumentações sobre os valores que devem fundamentar nossas ações, do modo como tratar nossos amigos e adversários. Liberta-nos do pecado
e da pretensão de sermos justos por nossas próprias forças – é Cristo quem nos justifica. Com isso, liberta-nos de uma religiosidade marcada pela culpa. Mas também nos confronta. Jesus nos lança com força na vida. Diante dEle, não dá para estabelecer regras que definam o papel da Igreja, ou mesmo hierarquizar as ações, afinal, o que define o que fazer em determinada situação concreta é o amor. Somos conclamados a amar como Jesus amou. E quando se ama, busca-se atender com coerência a necessidade da pessoa amada, não cumprir uma determinada regra de procedimentos previamente estabelecida. Neste Dia Batista de Ação Social convido você a pensar como Jesus trataria os idosos da sua Igreja, da sua família, da sua vizinhança. Antes de pensar com regras que só protegem você, busque olhar para as pessoas em suas necessidades, sofrimentos, potencialidades e sonhos.
Pense como você e sua Igreja podem amar essas pessoas queridas de Deus. Jesus conviveu com pessoas e as abençoou. Jesus olhou para elas e percebeu as suas dores e necessidades. Ele nos convida a andarmos próximos, a encararmos a realidade e agirmos na certeza do poder restaurador e salvador do Espírito Santo. Ser cristão pressupõe buscar conviver com as pessoas do modo como Jesus fez: Com muito amor. Como sua Igreja expressa o amor de Jesus aos idosos? Como você tem imitado Jesus no modo como trata os idosos que conhece? Que Deus nos ensine e capacite para que haja contundentes impactos do Reino de Deus na condição do idoso com quem convivemos. Remy Damasceno, cooordenador do departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira
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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU
O Bom Pastor
(Em memória do pastor Éber Vasconcelos) m 02 de agosto de 2015, dei início ao meu propósito de ouvir todas as cantatas sacras de Bach; das centenas existentes na discoteca, já ouvi 40. Nos tumultuados idos de março em Brasília e no resto do país, recebi cópia de uma comparação entre os verdadeiros e os falsos pastores, feita pelo pensador Osmar Ludovico da Silva. Mas, para apaziguar meu intelecto, poupar meu corpo da violência urbana e alimentar meu espírito, preferi ouvir a gravação, realizada na década de 70, em disco elepê, da cantata BWV 104, “Du Hirte Israel, höre” (Ouve, Pastor de Israel), de J.S.Bach com o coro de Heilbronn e a orquestra da cidade vizinha, Pforzheim, sob a regência de Fritz Werner. A audição, que durou apenas 20 minutos, fez esquecer as horas de tumulto que seguiram aquela mesma tarde. Para o musicólogo Schweitzer (1875-1965), esta cantata “É útil para conquistar um público musicalmente culto, mas ainda não íntimo com a obra sacra de Bach” (Ver: Schweit-
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zer, Albert. J.S.Bach, Vol.2. New York: Dover, 1966). No dizer do musicólogo Karl Geiringer (Ver: Bach Jahr Buch, 1957, p. 57), a cantata “Transmite uma atmosfera pastoral impregnada de profunda seriedade”. Na opinião do musicólogo Carl de Nys, a cantata “É a mais bela e a mais expressiva”, entre as cantatas compostas para o domingo “Misericordias Domini”, porque seu “Gênio musical encontrou uma atmosfera espiritual que era a de sua própria vida interior”. Em seu primeiro ano em Lepzig (Alemanha oriental, que visitamos em maio de 2012), Bach compôs esta cantata para o dia 23 de abril de 1724, baseada no Evangelho de João 10.11-16 e na Primeira Epístola de Pedro 2. 21-25. Bach usa uma unidade temática: Jesus, o Bom Pastor. A introdução, baseada no Salmo 80, é uma sinfonia; os instrumentos sugerem a ideia de um pastor conduzindo seu rebanho; as ovelhas necessitam da condução firme do pastor. A palavra mais repetida é “Erscheine” (revela-Te); é o apelo fervente das almas: Elas querem a presença do pastor.
O segundo trecho é um recitativo para tenor; há uma sensação de ansiedade; o rebanho está muito preocupado. O terceiro é uma ária destinada ao tenor solista; tom nostálgico, raro em Bach; o rebanho tem medo do deserto espiritual deste mundo; o pastor vai se esconder por muito tempo? O quarto é um recitativo em que o baixo confessa que a Palavra de Deus, exposta pelo pastor, consola as ovelhas; elas expressam sua felicidade por terem adquirido um guia: “leva-nos para o Teu curral”. No quinto, a ária do baixo conclui que a morte reunirá a alma ao Senhor, e que esta terra é um experimento do Reino de Deus, onde estaremos eternamente na presença de Jesus No sexto, o coro declara que Jesus é o fiel Pastor, em uma paráfrase de Bach para o Salmo 23. Em nossa apreciação, Bach ensina que Jesus, o Bom Pastor, apazigua, abriga, encoraja e alimenta Suas ovelhas. Na introdução, a primeira coisa que o rebanho deve fazer, de acordo com Bach, é procurar reconhecer o verdadeiro pastor: “Revela-Te”. No recitativo, o tenor canta: “O Pastor cuida de mim;
para que as minhas preocupações?, pois se todas as manhãs a bondade do Pastor se renova?”. Na ária, admite que o Pastor possa se esconder por muito tempo; Bach adverte a congregação de que ela deve insistir: “Revela-te!”. No recitativo destinado ao baixo, ele mostra seu bom-humor alemão: “Sim, a Palavra é um refresco para mim, leva-nos logo para o Teu curral”. Na ária, ele pede a compreensão e paciência das ovelhas; encoraja-as, enfatizando: sereis recompensados. No final, Bach diz que o pastor cumprirá o que promete: Ele conduz ao pasto, onde há água fresca. Ao leitor desavisado, pode parecer que Bach era um sonhador romântico. Mas Alfred Dürr explica (Ver: As cantatas de Bach, p. 446. Bauru, SP: Editora da Universidade do Sagrado Coração – EDUSC, 2014): “A pintura, a poesia e a música do Barroco têm predileção especial pela representação da vida campestre, e principalmente pelo ambiente pastoril, que lhe parecia pacífico e calmo (longe das disputas dos regentes absolutistas, arbitrários), como sendo algo almejável para a
realização de sentimentos e ideais, como amor, fidelidade, inocência, amizade, entre outros. Por isso, não espanta que a fé cristã da época se investia de especial ardor com a imagem de Jesus enquanto Bom Pastor”. Bach era ministro de música, mas envolveu-se com disputas na hierarquia eclesiástica. Em 1723, aos 38 anos de idade, tinha alguma experiência em lidar com problemas teológicos e dogmáticos em Muhlhausen (Igreja da Turíngia), mas faltava-lhe passar por querelas artísticas e administrativas em Leipzig (Igreja da Saxônia) (Ver: Candé, Roland de. Jean-Sébastien Bach. Paris: Seuil, 1984). É surpreendente que Bach conseguia produzir tão grande volume de música, e ainda se preocupar com problemas nas Igrejas e nos colégios! Certamente, ele queria que os pastores colaborassem com sua obra de instrução e educação musical. Por isso, seu lema era: “Dem höchsten Gott allein zu Ehren, dem Nächstem, draus sich zu belehren” (Ao Deus Altíssimo tudo seja para honrar e, ao próximo, para instruir). Bach via em Jesus “der höchste Hirte” (o Supremo Pastor).
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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
Cuidando dos pardais Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB
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esus nos ensinou que Deus, o Pai, cuida dos pardais. Não me esqueci dessa lição do Evangelho, mas decidi participar do que Deus está fazendo no mundo. Decidi “ajudar” Deus a cuidar dos pardais. Toda manhã vou ao quintal, após tomar meu café matinal, abanar a toalha da mesa. Com o balanço da toalha, os farelos dos pães, bolos e biscoitos caem no chão. Logo, como em uma mágica, surgem os pardais. Eles comem as migalhas e me ajudam com a limpeza. Olhando os pardais muitos pensamentos cruzam minha mente. Penso que Deus cuidaria dos pardais independentemente das minhas migalhas. Isso me levou a pensar na minha missão de vida e na minha vocação, e me reduzi. Deus faz tudo e eu sou apenas instrumento dEle. Eu já sabia disso, mas os pardais me lembraram que nada sou e que o poder de Deus é que salva as pessoas através da minha vida. Os pardais me ensinaram humildade. Os
pardais também me levaram a pensar na multidão de perdidos que esperam as Boas Novas do Evangelho, mas como há muito banquete religioso, não há migalhas do Evangelho, porque ele não está nas religiões. As pessoas, à semelhança dos pardais, estão sedentas de migalhas. As pessoas precisam do Evangelho. Quando o mesmo é ensinado de forma integral e com um olhar humano e sincero, as pessoas virão se saciar dessa boa notícia de Deus. Os pardais me ensinaram a pregar e ensinar as belas lições do Evangelho e não a perpetuação das cartilhas religiosas. Os pardais acordam e voam a procura de alimento. Eles não se preocupam, não sofrem com a ansiedade que nos rodeia todo dia. Os pardais são cuidados por Deus e, nós, também mas nós ficamos apreensivos se teremos pão e água, se teremos roupas, se teremos calçados. O problema é que entramos na correria contemporânea à procura de mais dinheiro, afinal de contas, mais dinheiro é mais poder de consumo, e as necessidades básicas deixam
de ser prioritárias, pois o dinheiro as supre, e o supérfluo e o luxo são foco. Os pardais me ensinaram que Deus cuida dos detalhes, inclusive do mantimento, do vestuário. A vida é cuidada e preservada pelo Pai, Dono e Criador da Vida. Os pardais me levaram a constatar que tudo depende do Deus Pai, o Sustentador, que Ele vê e sabe de todas as minhas necessidades. Minhas orações não são lembretes ao Senhor do que estou precisando, e sim, uma conversa de filho que deseja receber as orientações do Pai. Os pardais me ensinam a ser menos ansioso e mais confiante. Menos ansioso e mais livre para voar. Menos preocupado e mais atento aos cuidados do Pai amoroso, misericordioso e bondoso. Acabei de ler a passagem que Jesus disse que Deus cuida das nossas necessidades, e Ele ainda pergunta: “Não valei mais do que os pardais?” (Mt 6:26). Acabei de tomar meu café e escrevi esse texto e esqueci de balançar a toalha, acho que meus professores pardais estão me esperando. Vou lá aprender mais um pouco.
Dívida do amor recíproco “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8).
À
primeira vista, parece que o texto bíblico misturou as coisas. Afinal, qual a relação entre dívida financeira e ajuda mútua? Paulo, entretanto, é enfático, quando escreve: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor recíproco” (Rm 13.8). A história das civilizações ensina claramente uma coisa: Comunidades que não praticaram ajuda mútua se autodestruíram. O endividamento material dos membros de uma sociedade produz a insolvência e abre as portas para várias formas de desestruturação quando todos querem possuir e quase ninguém pensa em honrar compromissos, os contratos sociais perdem seu poder agregador. Consumismo sem poupança é receita certa para a recessão. Por que a Bíblia descreve o “amor recíproco” como
um mandamento, como uma “dívida”? Porque a natureza essencial do amor é a postura da doação. Em mais de um contexto Cristo Jesus associa a atividade de amar com o cumprimento dos desígnios divinos. “Se Me amardes, obedecereis os meus mandamentos”. “E o Meu mandamento é que vos ameis uns aos outros” (…) “como Eu vos amei.”. O amor recíproco garante a estabilidade das comunidades, tanto quanto o egocentrismo garante a dissolução das instituições humanas. Dizer que o amor recíproco deve depender da “boa vontade” de cada indivíduo é quase tão grave quanto propor uma política financeira pública que dependa da veneta dos contribuintes. Amar é a grande dívida que assumimos com o Senhor. Ele nos “amou quando éramos ainda pecadores”. Por isso, diz a Bíblia, “O amor de Cristo nos constrange” e deve sempre nos constranger a compartilhar com o próximo o instrumento divino que nos capacita a sermos “filhos de Deus”.
O Senhor é o meu Pastor Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB
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Salmo 23.1 diz: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”. O problema é que muitos interpretam errado esse versículo. Com base nesse verso da Bíblia, alguns dizem: “Tome posse da benção”, “Aceite a palavra de prosperidade na
sua vida”. Só que este versículo não está prometendo prosperidade material, é um equívoco pensar assim. O Salmista expressa uma grande verdade dizendo que o Senhor é o seu pastor. Ter Deus como pastor faz toda a diferença. Ter Deus como nosso pastor significa que nada irá nos faltar? A ênfase deste Salmo é nas bênçãos materiais? O
que significa ter Deus como nosso pastor? O pastor apascenta as ovelhas, alimenta, protege, dá pastos verdejantes. Agora, concluir que nada irá nos faltar (bênçãos materiais) porque Deus é o nosso pastor é desconhecer a interpretação deste Salmo. Certa vez ouvi um pregador dizendo assim: O Senhor é o meu pastor e nada me faltará,
não faltarão problemas, não faltarão doenças, não faltarão dificuldades, não faltarão traições, enfim, e tantas outras coisas negativas. Mesmo acontecendo tantas adversidades, Deus continua sendo o nosso Pastor. A nossa confiança está em nosso Deus, não nas coisas desta vida. Quando Deus é o nosso pastor não falta esperança, não falta con-
fiança, não falta certeza de uma vida melhor, não falta justiça. Precisamos confiar inteiramente em Deus, Ele é o nosso Pastor. Eem todos os momentos da vida Ele cuida de nós. O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará; aprenda esta grande verdade, independentemente de qualquer coisa, Ele continuará sendo o nosso Pastor.
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6 vida em família
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Gilson e Elizabete Bifano
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Ações irrepreensíveis
Quando os conflitos aparecem
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Brasil está vivendo, já alguns meses, um conflito político sem precedentes na história recente. Como brasileiros ficamos a perguntar, quando será o fim desta crise que assola o país desde o ano passado? Como em uma Nação, a família e o casamento também enfrentam conflitos e crises. Então, a pergunta que se coloca é a seguinte: Como superar uma crise? Na Bíblia também encontramos casos de conflitos conjugais e familiares. Os princípios para resolução de conflitos, seja para uma Nação, entre casais, pais e filhos, sogras e noras, irmãos e parentes de um modo geral, são os mesmos. O primeiro passo é reconhecer a existência do conflito. Enquanto as pessoas não reconhecem que uma crise se instalou no relacionamento não haverá início para a resolução do conflito. O segundo passo é estar disposto e aberto ao diálogo. Conflitos em uma Nação, entre casais e familiares jamais serão resolvidos se não houver uma disposição para se sentar, conversar, dialogar, objetivando a busca das soluções. As partes devem dar passos iguais para a aproximação. E isso só se dá quando os envolvidos estão dispostos a deporem as armas e, sem blefes, dialogarem. Qual seria, então, o terceiro passo? O terceiro passo é negociar. Negociar é uma arte. Quando as partes envolvidas em um conflito, o mesmo jamais será resolvido adequadamente se não houve, de ambos os lados, o desejo e a disposição para negociar. Em uma negociação tem que haver, sempre, espaço para ceder. Se não houver esta disposição para ceder, a negociação emperra e volta tudo a estaca zero. O quarto passo é adotar a filosofia vencedor/vencedor e nunca perdedor/perdedor. As partes envolvidas em um
conflito sempre devem ter uma visão superior, a causa maior que deve ser vitoriosa. Seja a Nação como um todo, o casamento ou a própria harmonia familiar. Para ilustrar os passos acima expostos recordemos de um exemplo bíblico de um relacionamento conflituoso na Bíblia. Refiro-me a Abrão e seu sobrinho Ló. O texto está registrado em Gênesis 13. O conflito entre Abrão e Ló se instalou no relacionamento devido a uma disputa pelas campinas mais verdes (Gn 13.7). Da parte de Abrão encontramos o exemplo de alguém dando passos importantes: Reconhecimento do conflito e busca do diálogo (Gn 13.8). Mais adiante, a fala de Abrão ilustra o princípio da importância de ceder (Gn 13.9). Quando Abrão disse: “Não haja desentendimento entre mim e ti, entre meus pastores e teus pastores, pois somos irmãos” (Gn 13.8), o patriarca estava, nestas palavras, adotando a filosofia de vencer/ vencer. Ele viu que a família, o relacionamento familiar (somos irmãos) era superior a gados e terceiros que estavam envolvidos no episódio. Portanto, para concluir, quando um conflito se instalar na relação conjugal e familiar, não se apavore. Somente pessoas próximas têm conflitos. O que vai dizer se o conflito foi ou não prejudicial para a relação será a maneira como o mesmo for resolvido. Quando a Bíblia diz: “O quão bom e suave é que os irmãos vivam em união”(Sl 133.1), não está se referindo a ausência de conflitos. A união de uma Nação, de um casamento ou uma família, não isenta dos conflitos, mas como os mesmos são resolvidos. Quando os conflitos são resolvidos de maneira saudável, a harmonia e a união ficam mais sólidas e resistentes aos rompimentos.
Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB
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uitas vezes fico em dúvida se minha ação ou atitude foi absolutamente acertada. De Adão herdamos, no dizer de Agostinho e do calvinismo, depravação total. Mesmo querendo praticar uma boa ação ficamos em dificuldades de descobrir se fizemos a vontade de Deus, se fomos obedientes, se ajudamos ou prejudicamos. O texto de Lucas 18.43, afirma que “Quando o povo viu isso, deu louvores a Deus”. O que é o que o povo tinha visto? Tinha visto um cego ser repreendido por clamar que Jesus tivesse misericórdia dele. Cabe-nos
fazer uma pergunta: Quem estava certo? Ele, ao gritar: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim”, ou os que lhe mandavam calar-se? O interessante é que podemos considerar que ambas as partes tinham certa razão. Por causa de uma pessoa, a multidão teria que parar, Jesus teria que parar, e, de hábito, os mendigos não costumam despertar muita simpatia. Vejam! Outra vez estou correndo o risco de errar, afirmando tal coisa. A regra em que podemos nos firmar para termos certeza de que agimos certo, ao afirmar, ao agir, ao pensar, ao sentir, ao decidir, está em uma pequena frase. Essa regra sempre funcionará. O texto termina dizendo: “O povo deu louvores a Deus”.
Se resultou em louvores a Deus, nossa ação foi correta, irrepreensível, nunca pecaminosa, nunca digna de crítica ou condenações, embora os outros a vejam como repreensível. Doutor Jonas Madureira afirmou, em um de seus sermões: “A escolha dos homens sempre resulta em duas atitudes; ou pretendemos que Deus se ajoelhe diante de nós, ou nos ajoelhamos diante de Deus”. Quão difícil é chegarmos a uma conclusão como essa, mas é, sem dúvida, a escolha que está sempre diante de nós. Oxalá, ouçamos sempre o Espírito e a Palavra de Deus, nos ajoelhando diante daquele que, “Dele, por Ele, e para Ele são todas as coisas” (Rm 11.36a).
Raiz da amargura Natanael Menezes Cruz, pastor, colaborador de OJB “Atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hb 12.15).
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er portador da raiz de amargura é como se tornar um copo de veneno pensando que o outro é quem vai morrer. A amargura produz efeitos desastrosos e deletérios para quem a nutre, e contaminação para os que estão em volta. Uma pessoa amargurada está de mal com a vida, www.ministeriooikos.org.br é capaz de transformar um
ambiente de amor em ódio, de paz em guerra, de perdão em mágoa. Tem raízes que brotam, crescem e devastam todo o ambiente, que antes residia tranquilidade, fé, amor, harmonia. Diante disso, duas medidas devem ser tomadas: Primeira: Evitar nos alinhar com aqueles que a plantam. Uma coisa é colher o problema, a outra é encontrar o remédio para sua cura. “Quem sabe fazer o bem e não faz, comete pecado” (Tg 4.17; I Co 11.16). Segunda: Fazer um tratamento alopático. O princípio da alopatia é os contrários curando-se com os contrários. Isto é, o amor cura o ódio, o perdão cura a mágoa; a alegria cura a tristeza. A verdade cura a mentira.
Um remédio eficaz para curar a amargura é o perdão. A amargura tem potencial para consumir uma pessoa e destruir a sua espiritualidade, enquanto o perdão cura a ferida que a mágoa abriu, o perdão restaura o relacionamento que a mágoa adoeceu, o perdão traz vida onde a mágoa produziu morte. O perdão é essencial àqueles que alimentam o coração com a raiz do amor puro e tem dentro de si mal-estar constante, uma insatisfação crônica, uma infelicidade permanente, uma tristeza incontida. É assim que se corta o mal pela raiz. No caso da raiz da amargura, Paulo mostra o remédio eficaz em Romanos 12.21: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.
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Viver: Movimento de prevenção ao uso a de drogas é lançado na 96 Assembleia da CBB com caminhada histórica
Centenas de pessoas na Caminhada de lançamento do Movimento Viver (2)
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or meio da Junta de Missões Nacionais, os Batistas brasileiros foram às ruas de Santos - SP proclamar que o Brasil pode ser livre das drogas. A Caminhada foi o ponto de partida do Movimento Viver que, coordenado pela Gerência de Ação Social da JMN, visa fortalecer a identidade de jovens e adolescentes dentro e fora das Igrejas quanto à prevenção do uso de drogas. O trajeto saiu do Mendes Convention Center, local onde acontecia a 96ª Assembleia, e seguiu rumo à Praça das Bandeiras. Foi um dia que marcou os Batistas para sempre. Histórico e impactante. “Estamos aqui dizendo que os Batistas brasileiros são pela vida. Não podemos deixar que as drogas dominem essa Nação. Viver, junte-se a nós e participe disso!”, desafiou o pastor Fernando Brandão, diretor executivo da JMN. Ao longo da caminhada, alunos da Cristolândia con-
Cristolândia marca presença na Caminhada Viver
duziram um lindo coral de louvores e frases de incentivo. “Viver é prevenção, verdadeira proteção” foram as palavras que marcaram a caminhada, proferidas por esses homens que um dia estiveram presos no mundo das drogas, mas hoje foram libertos pelo Sangue de Jesus. Esse é o maior movimento de prevenção ao uso de drogas que está sendo organizado no Brasil hoje. “Deus está com a gente e nós vamos livrar muitos jovens, adolescentes e crianças de entrarem no mundo das drogas. Fique com a gente neste movimento. Viver, um ato pela vida”, declarou Anair Bragança, gerente executiva de Ação Social da JMN. O pastor Samuel Moutta, gerente-executivo de Missões da JMN, que também participava do evento, estava emocionado com a caminhada. “É o grande lançamento do programa contra as drogas. Por um Brasil livre das drogas. Vamos avançar!”, conclamou.
Alinhado à Visão da Igreja Multiplicadora, o Viver também será um trabalho de discipulado com crianças e adolescentes. “Hoje é um dia muito precioso para os batistas brasileiros. Queremos andar lado a lado, mostrando que verdadeiramente é possível, a partir das nossas igrejas, formar uma geração de discípulos que não estão envolvidos com as drogas e que não vão se envolver com o mal”, explica pastor. Fabrício Freitas, gerente-executivo de Evangelismo da JMN. Ao final da caminhada, testemunhos como do pastor Wellington Amorim ressaltaram a importância de um movimento de prevenção. Para ele, esse movimento impactará a nossa nação e trará um avivamento bíblico teológico para nossa denominação. “Estou livre das drogas há seis anos, mas se eu tivesse um contato com o Evangelho antes, se eu tivesse essa oportunidade de encontrar pessoas engajadas na Obra do Senhor, eu nunca
Alunos da Cristolândia oram por um morador de rua durante Caminhada de Lançamento do Movimento Viver
teria entrado nas drogas. Eu creio que estamos plantando uma semente e que iremos colher milhares de frutos para a Glória de Deus”, afirma Wellington, que é o primeiro pastor Batista proveniente de uma Cristolândia. “Estamos aqui, na cidade de Santos para impactar essa cidade. Para mostrar ao Brasil que podemos viver sem drogas. Venha você também fazer parte deste movimento que impactará todas as crianças, jovens e adolescentes do nosso país. Venha viver sem drogas”. Na chegada à Praça das Bandeiras, o coro da Cristolândia cantou sua liberdade, com o louvor ‘Nada além do sangue’ e emocionou todos os presentes. Crianças das escolas santistas receberam uma blusa do Viver, por terem se destacado durante o mês em que o Programa foi aplicado nas escolas municipais. A secretária de educação de Santos (SP), Venuzia Fernandes do Nascimento, subiu ao palco montado na
Praça para agradecer a JMN pela iniciativa. “Temos que agradecer a disponibilidade da JMN de estar conosco nas escolas. Nós sabemos do desafio que é a formação integral das nossas crianças. Deus nos deu livre arbítrio e nós devemos passar para eles que devem fazer escolhas acertadas para uma vida plena”. O vice-prefeito de Santos, Eustázio Alves Pereira Filho, fez alguns agradecimentos em nome da Prefeitura e ressaltou a importância do Viver na cidade de Santos e para todo o país. “Estamos alegres por receber a Assembleia da CBB em nossa cidade. Manifestar a gratidão por termos nossos irmãos Batistas conosco construindo uma cidade melhor. Agradecemos por esses missionários que vão às ruas em busca dos que estão caídos. A prevenção deixou há muito tempo de ser apenas o melhor caminho, pois, na verdade, é o único caminho que pode garantir a felicidade”, declarou.
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notícias do brasil batista
Primeiro domingo de maio: Estudo Bíblico
Idosos acolhidos pelo poder transformador do Reino de Deus Erich Luiz Leidner, capelão da Sociedade Batista de Beneficência Tabea e Faculdade Batista Pioneira
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xiste um paradoxo marcante no mundo. De um lado, há avanços extraordinários na ciência, em pesquisas, incluindo a exploração do universo, com descobertas que podem ser consideradas fantásticas. Na medicina, constantemente são descobertos novos medicamentos e novas formas de diagnosticar doenças e a cura das mesmas. Na comunicação, é deslumbrante a velocidade com que as informações chegam de um lado a outro do globo terrestre, com imagens e sons. A despeito disto, de outro lado, nas relações humanas, existem muitas lacunas a serem preenchidas. Ainda que todas as tecnologias de comunicação, mídias e programas de redes sociais, estejam à disposição da maioria, as pessoas encontram-se sozinhas. Famílias desfeitas, divórcios, crianças abandonadas em todas as camadas
sociais, adolescentes e jovens deixados a seu bel prazer, e o mais triste, os idosos sem amparo, são alguns exemplos desta realidade. Ainda que existam leis, conselhos municipais e outros órgãos, tanto públicos como privados, as necessidades não são supridas a contento. Muitas vezes não conseguem levar a alcançar o que é o básico para uma vida digna na velhice. O Brasil tem em torno de 15 milhões de idosos. Cerca de um terço deste contingente continua no mercado de trabalho, a sua maioria pela extrema necessidade para a sobrevivência, dele próprio e de seus familiares. No contexto da Igreja, esse quadro também é refletido, com algumas nuances. Há idosos nas Igrejas e famílias nas Igrejas que estão com idosos em seus lares ou sob sua responsabilidade. A Palavra de Deus afirma em Provérbios 20.29: “O orgulho dos jovens é a força, e a beleza dos idosos são os cabelos brancos.” De fato os mais novos têm a força e energia, além da dis-
posição para realizar, se dispõe a agir e trabalhar, buscam alcançar novas metas, com metas e alvos muitos louváveis. Ao mesmo tempo, existe um outro grupo, do qual por vezes se passa de largo, mas são justamente as pessoas deste grupo que poderia, com sua experiência e sabedoria, auxiliar na condução de vários processos. Aqueles que se destacam pela coloração de seus cabelos, que indica vivência e anos acumulados de prática. A Igreja tem a oportunidade de reagir a situações de exclusão de idosos de forma muito positiva, quando observar alguns princípios básicos. Em agindo assim auxiliará os próprios idosos, suas famílias, a Igreja em si, bem como dando à sociedade uma visão de como poder tratar esta questão tão importante. Primeiramente, é imprescindível que a Igreja, ao cumprir o Ide de Cristo, tenha em mente também alcançar as pessoas idosas para o Evangelho. Levar uma pessoa que já viveu a maioria de seus dias a Cristo, é uma experiência
Estudo de caso
A grande evangelista Yclea Cervino, professora, membro da Associação Batista de Ação Social da Convenção Batista de Pernambuco (ABAS)
S
everina Borges da Silva nasceu em Goiana – PE no ano de 1924. Sua conversão se deu através do evangelismo do pastor Conrado Paulino de Souza, quando ela era funcionária do Hospital Getúlio Vargas. Durante 17 anos falou do Evangelho para ela. O pastor era médico. Severina, auxiliar de enfermagem e, na época, muito católica, pertencente ao Apostolado Coração de Maria. Certo dia, ouvindo um hino, tocado na Rádio Continental, lhe chamou a atenção o anúncio de que haveria um encontro no Ginásio Geraldo Magalhães e o pregador tinha o dom de cura. Curiosa, Severina foi com o doutor Conrado. Lá, no momento da oração, por uma força maior, ela
e sua irmã Antonia levantaram a mão aceitando Jesus. Esse fato se deu em abril de 1976. O pastor Conrado levou-as à Igreja Batista do Feitosa e no mesmo ano foram batizadas nas águas. Severina recebeu o dom de Deus de evangelizar e falava de Jesus em tempo e fora de tempo. Como a mais velha da família, sendo solteira, dedicou sua vida trabalhando para Jesus na Igreja e fora dela. Evangelizou todos os membros da família, ganhando cerca de 40 pessoas através da sua vida, suas palavras e suas orações. Hoje, muitas delas são, também, obreiras, ganhadoras de almas, multiplicando o trabalho da tia. Foi professora da Escola Bíblica Dominical (EBD), participou da MCA, do Círculo de Oração, da visitação aos lares, foi dizimista fiel e participou do sustento de dez missionários durante a sua vida de crente.
Tendo boa condição financeira, viajou muito pelo Brasil e no exterior, sempre falando de Cristo. Evangelizou um casal de católicos espanhóis, senhor Emílio, esposa e filhos, que se converteram e tornaram-se membros da Igreja Batista. “Tia Nina”, como gostava de ser chamada, faleceu, em boa velhice, aos 92 anos, no dia 11 de janeiro de 2016, deixando toda a família salva e um exemplo de velhice útil na Igreja, no lar, na vizinhança, muito querida por todos, sempre lúcida, disposta para o trabalho de Deus. Exemplo para a Igreja Batista do Feitosa, onde foi membro durante 40 anos, esteve sempre presente, ajudando os pastores, os missionários e, especialmente, levando pessoas a conhecerem o Amor de Cristo. *Testemunho compartilhado pelas sobrinhas Maria das Graças e Fátima.
extremamente singular. É levar esperança a alguém que passou pela vida sem ter a certeza do que virá após a morte. Quantas famílias da Igreja têm idosos ainda não salvos por Jesus? Envidar esforços para ganhá-los para Jesus é tarefa conjunta das famílias e da Igreja. É de suma importância trabalhar com as famílias da Igreja, preparando-as para conviver e lidar com aqueles que vão envelhecendo em seu meio. É muito comum, por exemplo, que avós tomem conta de netos, enquanto os pais destes estão no trabalho, em viagens, ou outras situações. Atitude muito louvável quando acordado em paz e para benefício de todos. Na medida que o tempo passa, os netos cresceram e os avós envelheceram, chegando novos desafios. Estes é que passam a ter a necessidade de receberem cuidados. A questão é se as famílias estão preparadas para ter em seu meio alguém que apresenta limitações as mais diversas. Locomoção, visão, deglutição, sem contar a pos-
sibilidade de enfermidades como Alzheimer, Parkinson, as quais aparecem sem avisar e nem haver preparo prévio. A comunidade cristã tem uma oportunidade ímpar de auxiliar e preparar as famílias para esta tão desafiadora fase da vida, tornando as famílias um lugar acolhedor. A parte que deve ser considerada com muita atenção com relação ao envelhecimento é quando o idoso percebe ou sente que não tem mais valor. A sua experiência, tanto de vida como espiritual, é pouco valorizada. Em parte isto é cultural em nossa sociedade. A igreja, porém, poderá contribuir muito para a mudança de pensamento, envolvendo primeiramente os seus idosos, e indo além, buscando conversar com eles, realizando visitações, consultando-os em momentos de decisões. A Bíblia valoriza esta atitude, reconhecendo nos “anciãos” a fonte de sabedoria. Alcançar a pessoa como um todo, inclusive o idoso, e torná-lo parte integrante da Igreja, é a missão da mesma.
Ordem de culto
Culto para o Dia Batista de Ação Social 2016 Rosana Lucas, ministra de música da Igreja Batista Central em Niterói - RJ Anúncios e comunicações Boas vindas! Prelúdio Oração Inicial Idosos Impactados pelo Reino de Deus produzem frutos de Alegria Leitura Bíblica Uníssona: Salmos 32.11 “Alegrai-vos no Senhor, e regozijai-vos, vós os justos; e cantai alegremente, todos vós que sois retos de coração” (Sl 32.11). Cântico espiritual: “Agora Estou Contente” 319 HCC Uma Igreja Impactada Pelo Reino de Deus Produz Frutos de Justiça Leitura Bíblica Responsiva: Salmos 92.12-15 Dirigente: O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Congregação: Plantados na Casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Dirigente: Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, Todos: Para anunciar que o Senhor reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça. Cânticos Espirituais: “Justo É o Senhor” 22 HCC “Ele Exaltado” Adhemar de Campos Oração de Louvor Dedicação de Bens e Vida: “Usa-Senhor” 433 HCC Oração Consagratória Mensagem Oração final Poslúdio
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notícias do brasil batista
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: Dia Batista de Ação Social Sermão
Impactos do Reino de Deus na condição do idoso Introdução O idoso encontra-se sob condições adversas na sociedade brasileira. Os exemplos, lamentavelmente, são vários: O ritmo das cidades não é o mesmo que o do idoso, público preferencial para assaltos, calçamento que dificulta a locomoção nas cidades, transporte público que dificulta sua utilização, a saúde pública, etc. Além das condições sociais, há outros enfrentamentos que deixam o idoso fragilizado. Há a perda progressiva da força física e sua beleza, há a perda de pessoas amadas, há a dificuldade de aproximar-se da mentalidade reinante no tempo atual. Se não bastassem tais fatores, a Igreja muitas vezes dificulta. Afinal, o modo do culto já não é aquele que o idoso se habituou e aprecia, muitas atividades pouco o inclui e ele já não consegue ter o papel de protagonismo que experimentou no passado. Todos esses fatores são inevitáveis, mas certamente a mensagem das Boas Novas de Jesus alcança todas as pessoas. E isso inclui necessariamente o idoso. 1) - Valor que a Bíblia confere ao idoso A Bíblia confere um papel de dignidade e importância ao idoso que precisa ser resgatada pela Igreja. Para o povo judeu, a sabedoria estava vinculada ao avançar da idade. Exatamente por isso os idosos eram valorizados e reverenciados, como lemos em Levítico
19.32: “Levantem-se na presença dos idosos, honrem os anciãos, temam o seu Deus. Eu sou o Senhor”. Como decorrência do valor do idoso, os sinais do envelhecimento eram revestidos de dignidade. Assim, é possível ler que “A beleza dos jovens está na sua força; e a glória dos idosos, nos seus cabelos brancos” (Lv 20.29). Percebe-se que somente com o desvalor do envelhecer surgem as estratégias para ocultar suas marcas. Essa valorização do idoso chega à Igreja Primitiva. Paulo atrela a liderança da Igreja aos anciãos (Presbíteros. Presbys = “Pessoa mais velha”). Ele afirma que “Os presbíteros que lideram bem a Igreja são dignos de dupla honra” (I Tm 5.17). Quando orienta Tito para estabelecer líderes em Creta, Paulo pensa nos anciãos: “A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí” (Tt 1.5) O Evangelho de Jesus traz a proposta de vida e dignidade a todos. Com os idosos não seria diferente. O fato de haver nos evangelhos relatos que resgatam a dignidade de crianças, mulheres, leprosos, mas não de idosos, revela o fato de que esses eram respeitados e valorizados. Esse silêncio demonstra que Jesus não precisou atravessar nenhuma barreira social para acolher os idosos em Sua mensagem. No ponto em que os idosos estavam sendo des-
respeitados, Jesus denunciou a religiosidade oficial que descumpria o mandamento de Deus visando favorecer práticas religiosas sem vida em detrimento do cuidado aos idosos, de acordo com Mateus 15.1-6. 2) - Destaque dado ao idoso na dinâmica familiar Como instituição integrante da sociedade judaica, a família valorizava o idoso. Essa valorização familiar encontra respaldo no mandamento divino. Entre os dez mandamentos, Deus ensinou aos filhos: “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá.” (Êxodo 20.12) A honra devida aos pais em sua velhice constitui um ato de fidelidade necessária, tanto que Paulo, em Efésios 6.2, reafirma a necessidade dessa postura. Em que consiste essa honra dada aos pais em sua velhice? Certamente, essa honra envolve o cuidado financeiro. Aos filhos cabe o sustento dos pais que se encontram incapacitados de prover suas necessidades essenciais. Numa fase da vida de altos gastos, a maioria dos idosos não consegue suprir suas despesas apenas com suas aposentadorias, demandando a ajuda dos filhos. Também envolve a dignidade da sabedoria. Os pais detêm saberes que os mais novos não possuem, adquiridos pela experiência. Saber ouvi-los e valorizar seus
ensinamentos constitui um caminho de honra. Faz-se necessário reconhecer, inclusive por meio de palavras, a influência positiva que os pais tiveram em tudo que os filhos conquistaram. Todos somos modulados pelo convívio com aqueles que cuidaram de nós. Nossos pais foram importantes em tudo que somos hoje. Honrar pai e mãe na família constitui um mandamento permanente na vida do cristão. 3) - Caminhos de resgate do idoso na Igreja A concepção sobre a vida cristã que tem sido desenvolvida nas Igrejas evangélicas passa por vivências espetaculares e provisórias. Em uma ênfase estética marcada pela repetição de novos eventos. Desenvolve-se uma espiritualidade apressada, ansiosa por novidades e satisfação dos desejos. Em contraposição a essa enxurrada de superficialidades que nos envolve, a experiência dos idosos constitui um antídoto ao esvaziamento da fé. Sendo assim, repensar o papel do idoso constitui uma questão que passa tanto pelo resgate da dignidade dos idosos na Igreja, quanto pelo resgate da serenidade da Igreja por meio do auxílio dos idosos. Para tanto, faz-se necessário incluir os idosos nas atividades da Igreja. É preciso incentivá-los a resgatar seu papel de instruir os mais jovens, como era a expectativa expressa em Salmo 71.18:
“Agora que estou velho, de cabelos brancos, não me abandones, ó Deus, para que eu possa falar da tua força aos nossos filhos, e do teu poder às futuras gerações”. Isso só poderá ocorrer se o próprio idoso conseguir enxergar seu valor e suas possibilidades. Se ele acolher sua idade com a dignidade que Deus confere ao nosso envelhecer. Mas também só ocorrerá se a liderança da Igreja reconhecer que o idoso possui um papel essencial no desenvolvimento de uma espiritualidade saudável. Conclusão A valorização do idoso não constitui uma ação apenas humanitária. Vai muito além de acolher o seu sofrimento e necessidades. Passa por um repensar sobre a espiritualidade que desenvolvemos, se nela encontramos tempo para o envolvimento tranquilo e silencioso diante da experiência de quem viveu mais que nós. A valorização do idoso envolve um repensar sobre prioridades na vida pessoal e eclesiástica, bem como sobre modelos de espiritualidade. Assim como aprender com a criança liberta das amarras da arrogância, o mesmo ocorre quando abrimos nossas almas aos ensinos que extravasam no convívio com idosos. Que Deus nos ensine a sermos amáveis e humildes, acolhedores e interessados em aprender dos extraordinários caminhos divinos impressos na história de vida de tantos irmãos nossos.
Estudo infantil
I
nicie a aula cantando uma música sobre o cuidado que devemos ter uns pelos outros.
Atividade 1 Explique que idosos são pessoas mais velhas. Pergunte a elas se conhecem algum idoso. Deixe que elas falem quem são e sua proximidade com ele. Atividade 2 Proponha às crianças que elas elaborem uma
história que envolva ao menos um idoso e uma criança. Se surgirem outros personagens, não haverá problema. Deixe que as crianças proponham a situação. Se o idoso ficar esquecido, apenas pergunte sobre ele. Nesse primeiro momento, não fique preocupado em corrigir eventuais compreensões erradas, pois poderá inibir a criatividade. Se as crianças não conseguirem completar a história,
ajude na construção. Mas somente se as crianças não conseguirem. Depois que o enredo estiver pronto, converse rapidamente sobre o que foi pensado. Tente falar sobre a importância dos idosos, sobre a necessidade de respeito e de sua sabedoria. Atividade 3 Convide antecipadamente um idoso para participar dessa terceira atividade. Ele precisa ter tido alguma ex-
periência positiva com algum idoso que tenha falado para ele sobre as verdades do Evangelho quando era criança. Peça para uma ou duas crianças contarem a história elaborada. Nesse momento peça para o idoso entrar. Ele ouvirá a história, fará alguns comentários e dirá que também contará uma história. O idoso contará como quando era criança houve um adulto que o ajudou na fé. Ele lerá
II Timóteo 1.5 e explicará como as crianças precisam estar dispostas a aprender com os mais velhos. Conclusão Termine a aula lendo Êxodo 20.12 e explique que precisamos sempre honrar os idosos. Pergunte como podemos honrá-los. Caso não digam, fale que passa por respeitá-los, ouvi-los, obedecê-los, abraçá-los, beijá-los, dizer-lhes boas palavras.
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JBB
Juventude, Fé e Teologia: Um olhar voltado para os refugiados Kátia Braz Souza, Coordenadora de liderança da JBB
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uventude, Fé e Teologia é um projeto da Juventude Batista Brasileira (JBB) que une boa música, boa palavra e bons amigos, proporcionando reflexão, adoração e um bom bate papo sobre o Rei, sobre o Reino, envolvendo temas que estão na cabeça da galera como arte, música, sociologia, poesia e teologia. Vários estados do país já sediaram o Projeto. No dia 14 de abril foi a vez de Santos - SP, por ocasião da Assembleia da CBB. Cerca de 300 jovens de todas as idades e estados do Brasil se reuniram para ouvir e debater sobre um tema muito atual: Refugiados. A questão dos Refugiados está em pauta em todo o mundo com a delicada situação de alguns países do Oriente Médio, e tem muita gente a fim de se aprofundar mais no assunto. Eles não param de chegar, inclusive (em escala muito pequena) no Brasil. O mundo não viu tantos refugiados e deslocados desde os primeiros anos do pós-guerra. A ONU os estima em 60 milhões, ou uma em cada 122 pessoas no mundo. A guerra civil da Síria responde por boa parte do aumento recente: Mais de 12 milhões de pessoas, quase metade da população, teve que fugir dos seus lares, a maior catástrofe humanitária do nosso tempo. Destes 12 milhões, mais de 4 milhões saíram da Síria, tornando-se refugiados em outros países. “Jovens do mundo inteiro têm se mobilizado para ajudar e contribuir com aqueles que estão em busca de esperança para recomeçarem suas vidas e nós, brasileiros, não ficaremos de fora. A JBB considera este tema importante e estratégico para nossa pastoral contemporânea. Por isso, o tema foi escolhido para contribuir com os jovens cristãos brasileiros em seu processo de formação de pensamento e influência dessa geração a amar a Deus e o outro profundamente”, destaca Gilciane Oliveira, diretora executiva da JBB. O ambiente foi preparado para isso; as músicas exaltaram o nome de Deus e convidaram os presentes a
refletir sobre nossa missão. O missionário Caleb falou sobre Josué e Calebe, que eram dotados de um Espírito Diferente (Números 13 e 14) e que precisamos estar atentos ao momento que
vivemos para fazer a diferença neste mundo e impactar a vida de tantos que estão clamando por socorro. Ele compartilhou experiências vivenciadas no campo missionário. Alguns participan-
tes saíam dispostos não só a ajudar os refugiados no nosso país, mas também a realizar viagens missionárias. O missionário Moussa, da Junta de Missões Mundiais (JMM), que também parti-
cipou do debate, enfatizou: “A questão dos refugiados árabes sírios não é algo exclusivo da Europa, mas é uma realidade no solo brasileiro e eles estão instalados em nossos bairros, nas escolas dos nossos filhos, e as Escrituras Sagradas deixam claro que não devemos agir com imparcialidade em relação a essas vidas, mas sim, defendermos a causa não só dos órfãos e das viúvas, mas também amar o estrangeiro (Deuteronômio 10.18). Nós somos a resposta que essas vidas estão procurando, pois muitos perderam tudo, todos os seus bens, sua história, familiares, esposa, filhos, mas ao chegarem ao Brasil precisam ser amados e cuidados por nós. A Igreja Batista Brasileira levará essa Esperança, pois essa é a oportunidade que temos de alcançar a Janela 10x40 sem sair do Brasil e de enviar futuros missionários para sua terra natal”, afirma o missionário. “Participar do Juventude Fé e Teologia, com certeza, é uma oportunidade muito única de refletir profundamente sobre questões que estão em nossa pauta no dia a dia. É uma oportunidade de parar por alguns instantes e ver que não estamos ‘à toa’ neste mundo e que temos sim muitas oportunidades para contribuir com esta construção linda de um reino de amor e justiça como o Reino de Deus” comenta Ilson Junior, de São Paulo, membro da diretoria e coordenador da região Sudeste da JBB. Para ajudar os refugiados, mais especificamente as crianças sírias refugiadas, a JBB em parceria com a JUBESP, fez uma entrada solidária arrecadando leite e fraldas. Estas foram destinadas a famílias Sírias que tem filhos e não estão em condições de oferecer coisas que as crianças precisam. Uma das alcançadas agradeceu da seguinte forma: “Os brasileiros são muito bonzinhos, não tenho palavras para agradecer”. Louvo a Deus por esta iniciativa da JBB, pois ao entregar as doações e ver o sorriso das crianças sírias, percebi Jesus dizendo que fazendo a estes pequeninos, fizemos pra Ele, como está escrito em Mateus 25.40. A Ele toda honra e glória!
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missões mundiais
Missões Mundiais na CBB 2016
Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais
O
s momentos de oração marcaram a participação de Missões Mundiais na Noite Missionária e levaram as mais de duas mil pessoas que compareceram ao Mendes Convention Center, na cidade de Santos - SP, na noite do dia 16 de abril, a refletirem sobre o caos que atinge o planeta. O culto começou com um coral formado por 60 colaboradores, pastores e missionários das duas agências da Convenção Batista Brasileira. Juntos, eles cantaram a música “Rei Meu” e, com muita emoção, enfatizaram o refrão: “Deus me chamou, eu disse eis-me aqui!”. Dois vídeos pontuaram o culto, o de abertura mostrou as principais tragédias que têm atingido o mundo, e o segundo desafiou os convencionais a levantarem um grande clamor ao Pai pela salvação daqueles que anseiam por esperança. O momento de oração foi conduzido pela irmã Lúcia Margarida, executiva da UFMBB, que, de joelhos, pediu ao Senhor por Igrejas mais comprometidas em levar o Evangelho ao mundo. Ao som de “Leve Esperança”,
música tema de nossa Campanha, cantada por Mônica Coropos, irmãos de todas as idades ergueram suas mãos ao céu em sinal de rendição, de entrega total de suas vidas à obra missionária. E quando ouviram o testemunho do pastor Caleb Mubarak, chamando a Igreja a um maior envolvimento e expondo todo o drama dos 4 milhões de refugiados sírios no mundo, muitos não contiveram as lágrimas. Caleb chamou ao palco os missionários de Missões Mundiais caracterizados com as vestimentas dos países onde atuam. E pediu aos convencionais que orassem por eles que estavam ali representando os mais de 1.600 missionários de Missões Mundiais. O pastor João Marcos Barreto Soares, nosso diretor executivo, encerrou o momento com um apelo por mais vocacionados, mais pessoas dispostas a dedicarem suas vidas a levar esperança às Nações. Esperança aos povos árabes Durante a 96ª Assembleia da CBB muitos testemunhos fizeram lágrimas caírem dos olhos dos convencionais que participaram dos cultos e plenárias. Um deles é o do missionário Caleb Mubarak (pseudônimo),
que serve aos povos árabes no Oriente Médio e Norte da África com sua esposa Rebeca há mais de 10 anos. Por estarem em uma área considerada de risco à pregação do Evangelho de Cristo, eles não podem ter suas fotos e nomes verdadeiros publicados. Acompanhe a seguir trechos desta linda história contada pelo próprio Caleb: “Temos vivido no mundo árabe trabalhando com um projeto chamado Oásis de Esperança, dedicado especialmente a cuidar e abençoar a população vivendo em estado de calamidade e situações difíceis. E um dos nossos focos atualmente são os refugiados. Só em um campo de refugiados no Oriente Médio vivem 1,2 milhão de pessoas que perderam absolutamente tudo o que tinham. A gente costuma reclamar da nossa vida, mas até ouvir histórias dessas pessoas, a gente sabe que não tem razão nenhuma para reclamar. Eles vivem em tendas de lona em que no verão a temperatura pode chegar a 50ºC fora da lona, mas dentro dela fica ainda pior. Mas no Hemisfério Norte, de dezembro até março, tem neve, e a situação fica crítica, com temperaturas baixíssimas. Muita lama, muita deso-
lação. E, infelizmente, no ano passado, em um desses campos de refugiados, especialmente na Turquia, onde estão 2 milhões de sírios morreram 80 pessoas de frio, congeladas. A pior parte: Muitos dos mortos eram idosos, mulheres e crianças, que são os menos resistentes a tudo isso. A gente queria, como Junta de Missões Mundiais, motivar você a pensar no drama dos refugiados. Talvez perto da sua igreja já tenha um refugiados sírio chegando por aí. O Brasil já recebeu 7 mil deles, e a sua Igreja também pode se envolver com isso solicitando à JMM que você receba um seminário Movi. mente, sobre como ser capacitado para trabalhar com um sírio que está no Brasil. Mas você também pode ir lá. Desafio você a, nas próximas férias, ir abençoar a gente no campo de refugiados. Em novembro de 2015, recebemos um grupo de voluntários. Nem todos eram da saúde. Não falavam inglês, não falavam árabe. Mas era gente que sabia servir. Era gente que sabia sorrir. Eram pessoas que sabiam tocar em uma criança de maneira diferente e foram justamente essas pessoas que tiveram mais contato com meninas e meninos sem esperança. Nosso desejo é ver a igreja
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do Senhor envolvida nisso também, visitando o campo missionário, campo de refugiados por cinco dias, por 10 dias, pelo tempo que desejar. Você também pode nos ajudar ofertando e orando pelo projeto Oásis de Esperança. Tenho tido a oportunidade de levar a Palavra de Deus, em aparelhos de MP3, porque a Bíblia muitas vezes não pode entrar em certos lugares. Mas em aparelhos como esse a gente leva a Palavra em formato de áudio. Nesse aparelho a gente consegue colocar o áudio da Bíblia inteira em árabe. A gente coloca estudos da Palavra de Deus em árabe, canções em árabe, e em uma parceria que a gente tem com o doutor Luiz Sayão colocamos também o livro Rota 66 em árabe. A família que não tem energia elétrica não tem problema, porque o aparelho é recarregado com energia solar. Com apenas R$ 30,00 você nos ajuda a comprar um destes aparelhos e leva esperança a mais árabes. Entre em contato com a nossa central de atendimento e faça parte desta missão. (21) 2122-1901 ou 0800 709 1900 e-mail: centraldeatendimento@jmm.org.br WhatsApp: (21) 98884-5414
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notícias do brasil batista
ADBB realiza 17 Assembleia e elege novo Conselho em Santos - SP a
Fotos: Selio Morais
Cilas Alves, presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB)
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ós, os diáconos e diaconisas Batistas de todo o Brasil, estivemos reunidos em Assembleia no dia 13 de abril de 2016 na cidade de Santos, no litoral paulista. Pela Graça de Deus tivemos um bom número de diáconos e diaconisas participando na nossa 17ª Assembleia. Como já estava previsto, o número não foi o que esperávamos, mas todo os que estivemos ali pudemos sentir a presença de nosso Deus através dos cânticos e das mensagens dos pastores convidados para este evento. Pastor Edmílson de Moraes Lara, da Primeira Igreja Batista de Peruíbe, e pastor Adilson Sousa Brandão, da Primeira Igreja Batista de Vila Formosa, foram usados por Deus e nos trouxeram mensagens que precisávamos ouvir. Na parte musical tivemos a presença do diácono Marcelo Perez Viana, da Primeira Igreja Batista de Vila Ramos em São Paulo. O diácono Miguel
Matos Filho, da Igreja Batista de Vila Mariana, recitou várias poesias de seu repertório. Podemos dizer, com toda certeza, que foi um dia muito abençoado. Também tivemos a presença do presidente da CBB, pastor Vanderlei Batista Marins, saudando-nos em nome da Convenção Batista Brasileira. A Junta de Missões Mundiais (JMM), através do pastor João Marcos, e a Junta de Missões Nacionais (JMN), que se fez representar pelo pastor Valdir Soares, também marcaram presença. Gostaríamos de agradecer a todos os representantes que estiveram presentes na assembleia da ADBB. Tivemos também a renovação do Conselho Executivo, que ficou assim constituído: Por três anos: (Bernadino Rodrigues de Anchieta – RJ; José Almeida dos Santos – RJ; Raimundo Gomes do Nascimento – PA; Nadir dos Santos Belém - RJ). Por dois anos: (Antonio Soares Silva – RJ; Lyncon Pereira de Araujo – PE; José Octávio dos Santos – RJ; Gilberto Nunes Silva – MG). Por um ano:
(Talita Horvath- SP; Arthur Castro Nascimento – AM; Maria da Natividade Gomes Costa – BA; Valquíria Alves de Almeida – PA). Quanto aos suplentes, em breve divulgaremos. Quero, em nome de todos os diáconos e diaconisas do Brasil, agradecer aos membros do Conselho que venceram seus mandatos e souberam honrar com muita alegria o tempo que fizeram parte do Conselho. Que a todos Deus os recompense por tudo que os irmãos fizeram, e saudamos os novos membros que estão chegando. Esperamos que os queridos não meçam esforços para participar das reuniões do Conselho e as diversas atividades que teremos durante o ano convencional. Portanto, a Deus toda a honra e glória por tudo o que aconteceu em nossa assembleia. Esperamos que em Belém seja muito melhor, e que os queridos diáconos e diaconisas já estejam orando, pois ali, se Deus permitir, elegeremos a nova diretoria. Obrigado por tudo, e que Deus nos abençoe!
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ponto de vista
AMBB realiza Congresso em São Vicente - SP
Rubens Oliveira, vicepresidente da AMBB
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grande acontecimento do Congresso da Associação dos Músicos Batistas do Brasil (AMBB) não é um momento, uma oficina, ou um preletor, é a grande oportunidade que temos de viver dois dias intensos em comunhão com colegas que se fazem amigos, porquanto fomos feitos irmãos. Sim, esse é o mote deste evento e seu ponto alto. É lógico que muita coisa coopera para que isso aconteça. Dentre elas, destacou-se a hospitalidade da Primeira Igreja Batista de São Vicente - SP, sob a liderança do pastor Dener Maia (que já foi ministro de música), e acolheu-nos com muito amor e empenho. Por isso, agradecemos a Deus pela existência desta Igreja, seu prédio e principalmente seu povo adorável e acolhedor. O conteúdo do Congresso, o cognoscível, se assim podemos dizer, foi garantido pelas reflexões sempre pujantes e espirituais do pastor Irland Pereira de Azevedo, que nos instrui, inspira e desafia a pautar todas as nossas ações ministeriais e escolhas pessoais, de forma que o nome do nosso Deus seja glorificado em tudo, tanto na postura,
quanto na performance do ministro de música, cujo ministério extrapola os limites da arte, tecendo liames com a vida, devoção, pastoreio e pregação evangélica. O Congresso é comumente dividido em outros momentos onde ensaiamos repertório musical sacro, em um tempo onde nossos colegas compartilham voluntariamente seus conhecimentos e experiências ministeriais, o que chamamos de oficinas e nos aprazíveis recitais. Nossos ensaios este ano foram sob a batuta do MM Sidney Chiabai, do Espírito Santo, que com peculiar espontaneidade e competência, nos fez cantar bem e com júbilo, expressões de fé e confiança no Senhor. As oficinas, nas áreas de gestão (Rubens Oliveira - SP), arte e missões (Élcio Portugal -MG), comunicação visual (Alexandre Abreu - SP), regência (Donaldo Guedes - SP), belting (Fael Magalhães - RJ), técnica vocal (Ana Flávia - GO), produção musical (Thiago Balbino RJ), culto (Martha Keila - RJ) e prática de banda (Mário César - SP) constituem-se em acervo para nosso dia a dia nas Igrejas. Na tarde do primeiro dia nos deleitamos com o Brassuka, grupo de metais da Igreja Batista da Liberdade, com sua sonoridade marcante e bela.
Como diferencial, comparado aos últimos anos, realizamos nossas noites artísticas no belo Teatro Coliseu, com suas colunas toscanas na marquise e colunas dóricas no salão nobre, sustentando com beleza e requinte, um belo foyer para recepção de nossos convidados. Na primeira noite, tradicionalmente coordenada pela liderança local, celebramos os 25 anos do Hinário para o Culto Cristão com uma cantata exclusivamente composta por Ralph Manuel para a solenidade, executada pelos coros e orquestra de cinco Igrejas Batistas de São Paulo (Betel, Graça, Liberdade, Alto da Mooca e PIB Penha) com o madrigal da AMBB, presenteando-nos com uma noite memorável, reconhecendo o nosso Deus como Senhor da arte, da música e das nossas vidas. Na segunda noite, o coro do 32º Congresso exaltou o nome do Senhor com belas músicas sacras contemporâneas, deixando-nos com saudades de tudo o que vivemos nesses dias. A Deus rendemos honra e glória por tudo, reconhecendo que o grande acontecimento de Santos “aconteceu” somente porque dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória, pois, a Ele.
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Fotos: Selio Morais
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ponto de vista
Grande bênção da longevidade produtiva Samuel Rodrigues de Souza, não conseguem enxergar a sua vida sem alguma forma gerontólogo, pastor dos de trabalho. Idosos da Igreja Batista em Segundo o doutor Johannes Água Santa - RJ Doll, “É preciso providensistema atual sa- ciar para os homens idosos, crifica os idosos, uma educação permanente, que pagam de- que vise abrir os horizontes terminado piso e além do mundo do trabalho a cada ano vão vendo seus durante a vida inteira e forpréstimos diminuídos. Um mas de ajuda no processo de leitor da seção de cartas do ressignificar as suas vidas na Jornal “O Globo”, José Car- velhice”. Os idosos do Brasil proslos Moreira, testemunha ter contribuído quase toda a sua seguem trabalhando mesmo carreira sobre 20 salários- após a aposentadoria? Sim, -mínimos e hoje ganha o a cada idoso é conveniente equivalente a seis mínimos. oferecer uma nova responsaAfirma gastar uma fortuna bilidade, mas, nesse ponto da com remédios, pois trabalha- vida sem preocupação excesva com engenharia química, siva para a saúde, quer dizer, sem trabalho estressante, área insalubre. Estas realidades obrigam podendo continuar em uma a população idosa a buscar especialidade já conhecida, novos proventos, que aju- por exemplo, em um trabadem, complementando seu lho em escritório, etc., ou se aplica em outra atividade, o sustento. Pode-se destacar a existên- que renovará o desejo e a cia em pessoas idosas de uma paixão. Devido o aumento da proforte vinculação entre “sentido da vida” e o trabalho pro- porção de idosos na populafissional. Mesmo com a mu- ção brasileira, está aumenlher já disputando o mercado tando a participação deles na de trabalho com o homem, força de trabalho. A mão de esta cultura de trabalho fun- obra idosa deve ser valorizaciona mais para os homens, da, pois possui o mais belo pois a definição feminina não diploma, o da experiência passa exclusivamente pelo da vida. O grupo de idosos pressiotrabalho remunerado e inclui outros elementos como o nará o mercado de trabalho, trabalho caseiro e as relações com um incremento da ordem de aproximadamente familiares. Pesquisas com trabalha- 300 mil idosos sendo somadores mais velhos (Jacques, dos cada ano. Necessitamos ter um ex1993; Doll, 2002) demonstraram que, para a grande pressivo número de novos maioria dos homens, o tra- postos de trabalho para a balho assume um valor de camada de população idotal tamanho que eles quase sa, mesmo com níveis de
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escolaridade inferiores ao da média populacional, de qualificação muitas vezes defasada, de difícil reciclagem, mas aproveitando-se, em contrapartida, as vantagens comparativas oferecidas pela maturidade. À medida que as pessoas envelhecem as melhores chances de permanecer ativos pertencem aos mais bem qualificados, aos de melhor escolaridade e, sobretudo, aos que não estão envolvidos em atividades manuais. Pesquisadores preveem um intenso crescimento da participação de idosos na PEA (População Economicamente Ativa). Projeta-se em duas décadas que a proporção de homens idosos na PEA masculina estará perto de 10% (Quase o dobro das 5,9% atuais) e a de mulheres idosas em torno de 6% (atualmente são 3,4%). É bem interessante quando o idoso passa a se empenhar em algo diferente, que ainda não tenha feito, isto é, pode se debruçar em algo que seja uma novidade para si, e isso vai exigir mais dele, vindo a lhe trazer mais contribuições do que se permanecesse naquilo que sempre fez. Em qualquer idade, e, sobretudo na terceira idade, chega o tempo onde é preciso dar espaço à descoberta de livros, de idéias, de viagens, etc., alargando os horizontes. Navegar é preciso, já diziam os descobridores: • Ir à universidade pode ser um emprego. As univer-
sidades da terceira idade começaram a se desenvolver no Brasil nos anos 80, e hoje temos cerca de 200 Unatis em todo o país; • Cuidar de filhos próprios é considerado um trabalho tão nobre quanto cuidar dos filhos de outros. O sistema de filhos é uma obra inaugurada pelo indivíduo. O idoso pode dizer: Ele é meu filho, portanto, tem uma obra sua. Conquistas e realizações do filho o fazem feliz. Acompanhar o filho, estimulá-lo, apoiá-lo, eis um trabalho para o qual alguns velhos necessitam despertar; • Tornar-se professor nas horas de folga pode criar “outro” sobrenome e enriquecer a experiência profissional. O papel dos professores é às vezes difícil, mas sempre muito rico. É como o que um treinador em uma equipe esportiva pode fazer por seus jogadores; • Dedicar-se ao gerenciamento de alguma ONG ou entidades sem fins lucrativos; • Auxiliar parceiro (a) na estruturação de projeto alternativo. • Escrever artigos ou até ousar um livro para compartilhar experiências. Um dos capítulos do livro “Terceira Idade Dinâmica - Como Organizar o Grupo de Idosos”, (de nossa autoria, editado pela UFMBB), desenvolve a
técnica de James Birren, pioneiro da Gerontologia, sobre como escrever um livro de memórias. Em cinco décadas estudando o desenvolvimento do adulto, diz Birren: “Descobri que escrever sobre as experiências de nossas vidas e compartilhar com outros é um dos melhores meios disponíveis para dar um novo significado a elas, compreendendo o passado mais inteiramente”; • Estruturar de forma mais profissional alguma atividade. O importante é que a atividade não seja mero passatempo. A atividade deve exigir algum componente de poder e desafio para tornar-se nova identidade e reduzir grau de dependência do sobrenome organizacional; • Fazer palestras dentro da especialidade profissional para grupos. Conservando um espírito crítico, de julgamento livre, é possível atingir cumes onde todos podem se encontrar para dividir a chama que, sobretudo, não pode se apagar. Conforme disse o doutor Louis Bourgeois, presidente da Associação Internacional das Universidades da Terceira Idade, “O futuro dos idosos não será jamais um caminho sem esperança, pois a velhice, na medida do possível, bem-entendido, deve recusar suas limitações e uma nova educação cria para os idosos novos papéis”.
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Longevidade com graça Joílton Oliveira, membro da Igreja Batista do Méier - RJ, bacharel em Teologia, fisioterapeuta, mestre em Gerontologia
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Bíblia nos torna conscientes da falta de tempo e a fragilidade da existência humana. No meio de todas as mensagens que recebemos daqueles que querem o nosso dinheiro e nossa atenção, ao desviar-nos, a Bíblia fala-nos com calma, majestade e clareza sobre as coisas que realmente importam. Veja, por exemplo, o Salmo 90. O envelhecimento é inevitável, a vida é curta, o tempo é ao mesmo tempo muito curto e muito longo. Como podemos lidar com essa parte da nossa vida com a dignidade que vem da graça? Creio que muita gente hoje vive mais de 80 anos e com muita saúde e vitalidade. Temos algumas pessoas da Bíblia que também viveram mais de 80 anos, como o caso de Calebe, descrito em Josué 14. 6-12. Todo o problema está em isolar do contexto o texto: “Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a oitenta para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis
e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos!” (Sl 90.10 – NVI). Se formos analisar o versículo anterior a esse texto, veremos que esse tempo (setenta a oitenta anos) e tipo de vida (canseira e enfado) é reservado para aqueles que estão debaixo do descontentamento de Deus. O salmista fala de indignação, ira, furor de Deus por causa das iniquidades e pecados ocultos dessas pessoas. Alguém certa vez perguntou Billy Graham, “Qual foi a maior surpresa da sua vida?”. Ele respondeu: “A brevidade do mesmo”. Isso é tão verdadeiro. É por isso que a cada dia precisamos contar. O tempo está passando, e nós não queremos desperdiçar esta coisa preciosa que Deus nos deu chamada vida. Não é o suficiente para fazer o bem para os primeiros cinco anos ou nos próximos 20 anos nesta corrida da vida. Temos de terminar bem também. Em seu discurso de partida para os anciãos de Éfeso, o apóstolo Paulo disse: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus
me confiou, de testemunhar do Evangelho da Graça de Deus” (At 20.24 -NVI). Essa é a mesma meta que todos nós devemos ter. Este não é o momento de abrandar. Este é o momento para pegar o ritmo. É pela graça, e somente pela graça, que seremos capacitados a superar o pecado. O caminho para a vitória sobre o pecado é pavimentado com graça. Lembre-se, a graça que você recebeu não te inspira a querer guardar a Lei de Deus, essa graça não é graça, porque a graça do Antigo Testamento da Lei de Moisés foi dada aos israelitas e os prosélitos do judaísmo para que eles desejassem a manifestação da graça. Depois que chegou o tempo previamente determinado pelo Pai, a graça se manifestou para que pudéssemos cumprir o coração da lei. Deus não é contrário as suas ordens, suas regras, as suas regulamentações, e a lei que se cumpriu em Cristo é a Lei de Moisés . Entendendo o que é a Graça de Deus e as diversas maneiras pelas quais ela se manifesta, teremos em mãos uma poderosa arma contra as astutas ciladas do diabo. Ele tem interesse em que fi-
quemos ignorantes acerca de quem somos e o que temos, por intermédio de Cristo, nas regiões celestiais. Semelhantemente, pela graça, a Misericórdia de Deus se manifesta em nossas vidas, por isso nos acheguemos com confiança ao Trono da Graça sem nunca nos esquecer de que, apesar de não sermos merecedores, o Senhor nos honrou com Sua Graça e, melhor ainda: De graça! A vida é muito agitada, e você acabará exausto se tentar fazer tudo sozinho. Correr e lutar para fazer todas as coisas com sua própria força o esgotará física, mental, emocional e espiritualmente. Mas você pode fazer algumas mudanças. Primeiramente, examine todas suas atividades e permita que o Espírito Santo lhe mostre as coisas que tiram sua energia e não produzem qualquer fruto. Então, resolva desistir delas. Talvez você tenha que escolher entre o bom e o melhor. Em segundo lugar, aprenda a receber mais da Graça de Deus. Graça é poder. Isso significa Deus envolvendo-se em sua vida e fazendo por seu intermédio o que você nunca poderia fazer sozinho. O Poder de Deus pode ajudá-lo a reali-
zar mais do que você pode imaginar; assim, aceite a ajuda dEle e comece a desfrutar a vida. Deus nos chama para uma renovação no espírito, na alma e no corpo, para que venhamos testemunhar de Sua grandeza, de Seu amor e glória. Como em Isaías 61.3, a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que ele seja glorificado. Deus te chama hoje para viver o ciclo de renovação que Ele tem para você. “Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão” ((Is 40.31). Ouça a voz do Senhor e escolha atender ao Seu chamado. Aqui está uma chave essencial para a longevidade espiritual: Você está sempre se movendo para frente, buscando sempre crescer espiritualmente, e nunca olhar para trás. Vamos seguir em frente espiritualmente nesta corrida da vida.