OJB Edição 18 - Ano 2018

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 06/05/18

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXVII Edição 18 Domingo, 06.05.2018 R$ 3,20

Fundado em 1901

Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ lança novo formato de EBD “A EBD ainda é eficaz; basta a Igreja dar a ela a devida importância. Como discípulos de Cristo necessitamos nos alimentar de sua Palavra. Necessitamos examinar as Escrituras todos os dias e, enquanto comunidade, sentar-nos ao redor da Bíblia Sagrada com o desejo sincero de receber do próprio Senhor ‘(…) Todas as coisas que conduzem à vida e à piedade.’ (II Pe 1.3) - Lucas Rangel, pastor, diretor do Departamento de Educação Cristã da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ” Página 10

Primeiro domingo de maio: Dia Batista de Ação Social Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

IB Neves celebra 88 anos de organização em São Gonçalo - RJ

Jubaixada reúne cerca de 500 jovens em Congresso anual

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Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Convenção Batista do Estado de Rondônia vive nova fase administrativa

Primeira Igreja Batista em Piúma - ES completa 53 anos

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

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entre tantas histórias da Bíblia, tem uma que chama muito a minha atenção e sempre me deixa constrangida, que se encontra em Jeremias 18.1-6, quando o profeta é levado por Deus à Casa do Oleiro. Toda vez que leio essa passagem consigo, através da imaginação, ir até o local da cena para tentar sentir o que Jeremias sentiu. Acontece que, há alguns anos, eu tive a oportunidade de conhecer Gramado - RS e visitar a fábrica de cristais. Como toda fábrica aberta para visitação, você tem a chance de conhecer o processo de fabricação do produto, e o foi o que aconteceu. Em um determinado momento, fomos levados até um salão onde era fabricado o cristal de murano. Meus irmãos, eu só conseguia pensar no texto de Jeremias; sentia como se eu mesma tivesse descido à Casa do Oleiro. A cada ponto que o artesão comentava a respei-

Casa do Oleiro to do processo, eu conseguia identificar situações em nossas vidas que são semelhantes ao que acontece na fabricação desses cristais. O cristal de murano é feito a partir de uma técnica artesanal italiana da Idade Média. Ele é moldado através do sopro e movimentos manuais que geram peças com cores e design exclusivos. Ou seja, nenhuma peça é igual a outra, assim como nós, que temos um único Criador, mas somos completamente diferentes e com propósito de vida diferente também. Deus nos conhece, fala conosco e nos trata de forma pessoal. Outro ponto interessante é que para chegar ao resultado final desejado, o cristal precisa passar várias vezes pelo forno. Primeiro, é levado a 1450º durante 08h; depois de pronta, elas vão para o forno para serem resfriadas a uma temperatura controlada de 480º por 12h. E quando termina esse processo e você

pensa que o objeto está finalizado, depois de frio, ele ainda será cortado, lixado e polido. Não é assim que acontece conosco, muitas vezes, quando passamos por períodos difíceis, que parecem não ter fim, insuportáveis, que não vemos objetivo algum e nos achamos injustiçados? Mas, assim como o cristal, que passa pelo fogo diversas vezes para, no final, tornar-se a peça milimetricamente planejada pelo artesão, assim acontece com os filhos de Deus. O deserto existe, mas tem o tempo certo para durar. Como não entendemos os planos de Deus para nós achamos absurdo e injusto passar por tais pesares. De repente, pensamos que já aprendemos a lição, já não suportamos mais a situação ou já cumprimos a nossa missão, e clamamos pelo cessar da situação. Porém, Deus vê além da curva, Ele sabe o plano que tem, mesmo que não entendamos o porquê das coisas. Mas existe um para quê. Ele sabe

que é preciso ir mais uma vez para o fogo, ou ficar mais um pouquinho, mas Ele está em todo o tempo no controle. Quem sabe hoje você não foi convidado pelo Senhor, assim como Jeremias, à ir para a Casa do Oleiro? Assim como o cristal de murano, em que todas as obras criadas começam na mesma forma, passam pelo mesmo procedimento, Deus nos ama, independente de quem nos tornamos. Ele não vê como o homem vê. Mesmo sem merecermos, Ele nos dá valor. Será que Ele não deseja falar contigo, a sós, e te mostrar, mais uma vez, que você é o barro e Ele, o Oleiro? Permita-se ser moldado pelo Criador. Você pode não entender o hoje, mas entregue o seu amanhã a Ele; nada está fora do Seu controle. Sua vida não é um acidente! Ela foi planejada e tem um propósito. Deus o (a) abençoe! Paloma Furtado, jornalista, editora de O Jornal Batista


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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU

Uma musicoterapeuta de renome internacional (Em memória do deputado Brasileira de Musicoterapia. federal Luiz Baptista, de Vitó- Então, em 1972, foi estabelecido no Conservatório Brasileiro ria - ES) de Música, no Rio de Janeiro, u s i c o t e r a p i a é o Curso de Formação. A musicoterapeuta, que coa aplicação científica da arte da nhecemos pessoalmente desde música para con- a sua adolescência, sempre seguir objetivos terapêuticos; é se interessou por assuntos uma especialização científica relacionados com a terapia que se ocupa do estudo e in- por meio da música. Por isso, vestigação do complexo “som/ matriculou-se no Conservatóser humano”, tendendo a bus- rio mencionado. Escrevemos car os métodos de diagnóstico nesta Coluna a respeito da mue os efeitos terapêuticos dos sicista Eneida Soares Ribeiro mesmos (ver: Rolando Benen- (1946), diaconisa da Primeira zon, Musicoterapia y Educaci- Igreja Batista do Rio de Janeión, 1971; Musicoterapia em la ro. Ela fez parte da primeira turma de musicoterapeutas, Psicosis Infantil, 1976). Até o fim da Segunda Guerra em 1975. Sempre que possível, como Mundial, em 1945, alguns hospitais empregavam músicos professora no ensino elemenpara tratamento de doentes tar, aplicava seus conhecimenmentais. Depois, muitas insti- tos técnicos. Tornou-se profestuições passaram a se interes- sora de educação musical. Em 1979, ela foi convidada sar pelos valores terapêuticos da música e a criar empregos por sua antiga professora de para musicoterapeutas, en- reabilitação, Gabriele de Souquanto universidades estabe- za e Silva, grande obreira da leciam cursos de formação em ABM, ABBR e do CBM, para trabalhar nessa árdua senda, Musicoterapia. Em 1950 foi fundada a Natio- tendo participado em um curnal Association of Music The- so intitulado “Atualização em rapists; em 1968, a Associação Neurolinguística”.

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Nessa época existiam mais de 60 universidades nos EUA que mantinham cursos de Musicoterapia; entre elas, uma Batista, em Charlestown (Carolina do Sul) e uma Metodista, em Dallas (Texas). Muitos jovens latino-americanos iam aos EUA para cursos de formação e treinamento em Musicoterapia. Eneida foi dirigente (segunda secretária, 1980-1981; vice-presidente, 1981-1982; e presidente, 1982-1983) da ABM, que orientava o movimento das associações estaduais. Em 1983 louvamos os incansáveis esforços de Eneida a favor da regulamentação da profissão por meio do Projeto de Lei nº. 2.303, de 1979 (ver: O Jornal Batista, 23 de janeiro de 1983). Mas, a política governamental, na época, era contrária; foram favoráveis os deputados federais Cléverson Teixeira (PR), Borges da Silveira (PR), Antônio Dias (MG), Luiz Baptista (ES), Braga Ramos (PR) e Athiê Jorge Coury (SP). De 1982 a 1985, ela lecionou na Sociedade Unificada

de Ensino Superior “Augusto Mota” (SUAM) para os cursos de fisioterapia e terapia ocupacional. A partir de 1985, manteve sua clínica particular e suas aulas como professora de música no CBM e em outras instituições. Na década de 90 participou do congresso mundial no Rio de Janeiro e de atividades na Universidade Católica da Bahia, no Congresso de Pedagogia em Havana (Cuba) e na UNIGRANRIO. Outros pontos importantes em sua biografia foram o ensino de didática no antigo curso de música sacra do STBSB (1996-2005) e a formação de musicoterapeutas para o tratamento geriátrico/ gerontológico. Em novembro de 2017, John F. Mahoney editou o segundo volume do livro “The Lives of Music Therapists: Profiles in Creativity” (Vidas de musicoterapeutas: perfis de criatividade), publicado em Dallas (Texas, USA) pelos “Barcelona Publishers” (ver as páginas 507 a 522 dedicadas a Eneida Ribeiro). Chegamos ao ápice da vitoriosa e benemérita carreira ar-

tística e magisterial de Eneida: ela figura entre os 51 musicoterapeutas que têm dedicado seu tempo e sua inteligência à disciplina do cuidado com a saúde humana. Em seu prefácio, John F. Mahoney observou que os participantes do livro revelaram “como entraram na profissão”. Joseph J. Moreno, no prólogo, afirmou que cada participante deve ser reconhecido internacionalmente e ter uma experiência magisterial e clínica durante mais de 25 anos (Eneida há 42 anos trabalha neste setor de saúde pública), além de ter realizado esforços para o avanço da profissão, por meio de organizações congêneres e atividades junto aos Poderes Públicos. Efetivamente, o livro contém contribuições de um distinto grupo de musicoterap eutas de diversas partes do mundo e oferece a história pessoal de alguns dos mais influentes profissionais deste século. Agora, Eneida Soares Ribeiro é uma musicoterapeuta de renome internacional!

Adorando através do canto Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “Aleluia! Cantai ao Senhor um novo cântico, e o seu louvor na assembleia dos santos.” (Sl 149.1)

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texto é uma convocação a Assembleia do Povo de Deus ou dos santos ou justificados em Cristo Jesus, a entoar alegres e sinceros louvores ao Senhor, em seus cultos de adoração a Ele. Por “um novo cântico” devemos entender como uma

nova composição, de conteúdo espiritual, que deveria ser aprendido e cantado pelos santos ao Senhor. Assim, deve ser na Igreja, devemos verificar o conteúdo de novas composições, no que se refere a qualidade teológica da letra, que nela esteja contida uma mensagem bíblica de edificação ou evangelização, que seja adornada com melodia sacra, que retrate nossa reverência diante da santidade de Deus, em tonalidade abaixo dos vocalistas. Feito isso, incluí-la em nosso repertório de hinos de adoração a Ele.

Esse novo cântico deve então ser ensinado ao povo e por ele cantado com alegria. Às vezes, ficamos meio preocupados com a introdução de hinos novos em nossas Igrejas, por imaginar que, por eles, estejamos perdendo a nossa identidade denominacional ou espiritual. O que precisamos para quebrar isso é realizar as verificações dos itens acima, e concluindo que aqueles não são afetados, colocar em prática o que diz o texto. Lembro-me, que certa feita, tive um pequeno entrave

com um colega de seminário; ele nos disse que sua Igreja não mais adotava o Cantor Cristão, principalmente, por alguns termos usados em suas letras, que podiam dar conotações obscenas. Naquele caso se tratava do verbo “gozar”. Falei do meu entendimento sobre isso, fundamentado na própria Bíblia, que, primeiro: nela mesmo, tal verbo é largamente usado. Segundo: a Bíblia nos diz que a boca fala ou dá sentido às palavras proferidas, pelo que temos em nossos corações. “Porque a

boca fala do que está cheio o coração” (Mt 12.34). Ninguém pode afirmar com que intenção foram compostos os hinos de qualquer hinário, mas podemos certamente saber com que propósitos os aprendemos e cantamos em nossa adoração. A parte musical do culto não é para agrado pessoal, mas, sim do Senhor. Não pode promover dissensões, e, sim, unidade dos adoradores. Ocorre que, quando estamos adorando em espírito, os hinos que agradam ao Senhor, também nos agradarão.


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Aproveite cada oportunidade

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Justiça sem fome ou sede á refeições que alimentam mais os olhos do que o estômago. Há alimentos que prestam mais para banquetes sociais. E há alimentos que, certamente, são obrigatórios para uma dieta saudável e mantenedora da nossa capacidade de viver com qualidade. De acordo com Jesus, a justiça deve ser classificada como alimento essencial, de primeira categoria. “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.” (Mt 5.6). Jesus está a nos dizer, muito claramente, que justiça é muito mais importante do que um artigo de luxo.

Principalmente, a justiça desempenha a função de um nutriente biologicamente necessário. Que, à semelhança da água, catalisa quase todas as demais funções da sobrevivência e da saúde. Daí a abordagem quantitativa do texto: à semelhança da água e do pão, devemos “ingerir” a justiça até que nos sintamos bem saciados e farto todo o nosso organismo. Coerente com Sua própria pregação, Jesus se apresenta para nós como a “Água da vida” e como o “Pão que desceu do céu” (João 4.24; João 6.34). Fomos convocados para dar testemunho deste Cristo, em um mundo espiritualmente sedento e faminto. Esta é a nossa bem-aventurança: o sermos o instrumento divino, para o estabelecimento da justiça amorável de Jesus.

para o serviço cristão. É um chamado ao uso dos dons. Somos chamados a oferecer um culto ao Senhor de forma racional com nossos dons e, assim, usarmos nossos corpos como sacrifício. Como no Antigo Testamento, as pessoas ofereciam sacrifícios, ou seja, o melhor; nós oferecemos nossos corpos como sacrifício vivo. Os sacrifícios do Antigo Testamento sobre o altar eram de animais mortos e o nosso sacrifício cristão é vivo, pois nós entregamos nossos corpos para o louvor da Glória de Deus, através do nosso

serviço. Deus nos deu dons e talentos, a fim de servimos a Ele e para mostrarmos ao mundo a Glória do Senhor refletida em nós. Portanto, adorar a Deus é oferecer nossos corpos em sacrifício, ou seja, é servir ao Senhor. Russell P. Shedd, diz: “Assim como o navio foi feito para flutuar e a caneta para escrever, o objetivo único da criatura é servir ao Criador”. Não faz sentido sermos criados para adorar, servir e desperdiçar a vida. Adore-O com sua vida e com os seus dons. Sirva ao Senhor com alegria!

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos.” (Mt 5.6) Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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omos desafiados a pregar o Evangelho. Em Mateus 28.18-20 temos a grande comissão, que inicia-se assim: “Portanto, ide fazei discípulos”. Fazer discípulo é a nossa tarefa, não podemos deixar de falar daquilo que temos visto e ouvido. Precisamos aproveitar cada oportunidade para compartilhar Jesus. Todo dia temos contato com pessoas não cristãs, seja na padaria, no ponto de ônibus, ao abastecer nosso veículo, ao passar por um pedágio, vizinhos, colegas no serviço, na faculdade, no ônibus,

no avião, enfim, muita gente passa por nós diariamente. Pedro, em Atos 3.12-26, aproveita muito bem a oportunidade e anuncia Jesus. Ele acabara de falar com o coxo: “Eu não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou. Em nome de Jesus, levanta e anda”. A cura do coxo trouxe admiração das pessoas, elas estavam maravilhadas pelo milagre ocorrido. Pedro e João foram alvos do olhar da multidão. Elas achavam que eles tinham poder sobrenatural. Pedro aproveitou a oportunidade e levou a multidão a olhar para Jesus; o verdadeiro herói é Cristo. Pedro enfatizou que Jesus é o Messias

prometido, o ungido de Deus, chamado no Novo Testamento de Cristo. Ele conclamou todos a arrepender-se e converter-se. Quando esta atitude fosse tomada, os pecados seriam cancelados. O Evangelho pregado por Pedro não era a gosto do freguês, não era algo superficial, mas era o verdadeiro Evangelho, genuíno. Precisamos aproveitar cada oportunidade para compartilhar Jesus. Não podemos deixar de anunciar o Evangelho em sua essência, Aquele que aponta para Cristo. Só Jesus Cristo é o Autor e Consumador da nossa fé, portanto, cada oportunidade deve ser aproveitada.

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Adoração e serviço Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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á um cântico contemporâneo, que entoamos com frequência, que diz “Se não for pra Te adorar, para que nasci? / Se não for pra Te servir, por que estou aqui?”. Essa canção nos leva a reflexão de que não estamos neste mundo a passeio. Fomos criados para o louvor da Glória de Deus. Somos, na linguagem paulina, “Feituras Dele, criados em Cristo Jesus.” (Ef 2.10). Somos fei-

tura, ou seja, foi Deus quem nos moldou e nos formou no ventre materno. Foi Deus quem nos fez e Ele tem um propósito para a nossa vida. A nossa missão é vivermos para a honra e a glória do Senhor e isso envolve adoração e serviço. Fomos criados para adorar e servir ao Senhor Criador. Quando entendemos que formos criados com um propósito eterno e que temos que agradar ao Senhor das nossas vidas com a nossa adoração e serviço, nossa vida ganha sentido. Quando chegamos a esse entendimento entoamos

esse cântico com vibração e devoção. Russell P. Shedd, no livro “Adoração Bíblica”, nos lembra de que adoração é serviço. Adorar a Deus é viver servindo ao Senhor. Essa proposta é claramente explicada por Paulo quando disse assim: “Rogo-vos, pois, irmãos pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1). A proposta bíblica é que apresentemos os nossos corpos como sacrifício


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Eu sou esperança às nações José Manuel Monteiro Jr., pastor, colaborador de OJB

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historiador francês, especialista em estudos sobre América Espanhola, Pierre Chaunu, certa feita afirmou: “A esperança é algo em falta no mercado”. O tema da Campanha de Missões Mundiais é um duro golpe nos céticos de plantão; o mundo está sem esperança. No início do ano de 2016, na Grécia, uma pequena aldeia chamada Idomeni, com aproximadamente 150 mil habitantes, passou a conviver

com 14 mil novos residentes. Por conta das guerras e perseguições, famílias inteiras abandonaram suas casas à procura de um lugar para encontrar segurança e paz. Esse é o drama dos refugiados na Europa. A Europa, que foi o berço da obra missionária, hoje se capitula ao ateísmo de Richard Dawkins - autor do livro “Deus, um delírio”. Hernandes Dias Lopes e Arival Dias Casimiro, no livro “Revitalizando a Igreja”, destacam: “Na Europa, menos de 4% da população frequenta uma Igreja evangélica. Nos

Estados Unidos da América e no Canadá temos visto muitas denominações sucumbirem ao liberalismo teológico e ao secularismo. Milhares de Igrejas são fechadas todos os anos”. O mundo precisa de esperança, e esta esperança é Jesus! Nós não podemos sonegar o Evangelho para aqueles que não conhecem a Cristo. O que, como Igreja, devemos anunciar? Em primeiro lugar, o caminho apontado por Jesus: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho” (Jo 14.6). Jesus não se limita a ensinar o caminho ou mostrar o ca-

minho; Ele é o caminho. Não existem atalhos para se chegar a Deus. Jesus é o único caminho que nos leva para o céu. Seguir esse caminho apontado por Jesus não é fácil, mas é recompensador. Em segundo lugar, a certeza que Cristo dá: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade” (Jo 14.6). Em um mundo onde não existem mais absolutos, onde tudo é relativo, Jesus nos diz que Ele é a verdade. A verdade de Cristo liberta o homem, tira das trevas e das mãos do inimigo. Ao se colocar como a verdade, Jesus mostra que

ele não é um enganador, não é um falsário. Aquilo que Ele promete, cumpre. Em último lugar, vida plena e satisfação só encontramos em Jesus: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6). Vida maiúscula, superlativa, exponencial só com Jesus. Os homens procuram prazer na riqueza, no sexo ilícito, na bebida, em ideologias políticas e, até mesmo, na religião, na expectativa de preencher o vazio existencial de sua alma. Contudo, só encontramos vida abundante em Jesus.

artística. Esta obra, conhecida como “A Luz do Mundo”, foi apresentada à uma grande plateia de críticos de arte e jornalistas. Foi impactante a maneira como a obra foi recibida pelos presentes, com esfuziantes aplausos de reconhecimento. Nessa pintura se podia observar Jesus tocando suavemente a porta de uma casa. A luz era algo que ressaltava-se na pintura, porém, mais ainda, a realidade do próprio Jesus que parece estar convencido de receber uma resposta do outro lado, como se soubesse que a pessoa que buscava estava exatamente ali. Todos os presentes concordaram que era uma obra perfeita. Mas, de repente, alguém que observava a pintura com

muita atenção, notando algo, de imediato se levantou e disse ao autor: “Senhor, sua obra seria quase perfeita se não fosse um pequeno detalhe; a porta não tem fechadura. Como é possível que tenha esquecido de um detalhe tão importante?”. Diz-se que William Colman, com um leve sorriso, tomou uma Bíblia e, abrindo-a, leu o que está escrito em Apocalipse 3.20. Depois de ler, disse: “Assim é esta porta, é a porta do coração do homem, que só pode abrir-se por dentro”. O Senhor bate à porta da sua casa e do seu coração; só você quem pode abri-la, pois só abre pelo lado de dentro e você é o único que tem a chave. A decisão é sua!

À porta da nossa casa e do nosso coração Edgar Silva Santos, pastor, colaborador de OJB

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maginemos o Senhor Jesus entrando em nossa casa. A primeira coisa a considerar é que Ele não é um hóspede comum; não é um daqueles que, costumeiramente, ou vez por outra, visitam a nossa casa. Ele é o nosso Eterno Salvador, Aque le que se entregou por nós, em sacrifício de amor. Ele é nosso Deus e Senhor; Pastor Supremo das nossas almas. A Ele devemos honra, adoração e glória. Ele está batendo à porta da nossa casa e do nosso coração. “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, com ele cearei e ele

comigo” (Ap 3.20). Na verdade, Ele entra em nossa casa pela porta do nosso coração, porque deseja nos transformar, antes de tudo, porque quer mudar a história da nossa vida e da nossa família. Ele bate insistentemente, mas não esmurra a porta quando não queremos abri-la. Ele realmente deseja nos falar: “Se alguém ouvir a minha voz”. Talvez, seja tanta a Sua emoção, que Ele mesmo chore, como chorou sobre Jerusalém, sabendo quanto a ela custaria a rejeição de Sua graça. Oh, que não desprezemos a graça e a misericórdia do nosso Salvador, enquanto bate e nos fala. “…Se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações…” (Sl 95.7b-

8a). Sem Ele, as nossas vidas e famílias estarão destruídas; andaremos sem rumo, e paz alguma haverá para a nossa alma. Enquanto Ele bate, o Diabo também bate com insistência, para instalar-se em nossos lares, com o intuito inarredável de reivindicar-nos e de roubar a nossa paz e a nossa esperança. Abrir a porta é símbolo de poder, autoridade e permissão. Para quem abriremos a porta do nosso coração? A quem entregaremos as chaves das nossas vidas e das nossas casas? No ano de 1853, o famoso pintor William Colman Hunt deu a conhecer uma de suas obras, a que seria considerada a obra prima de sua carreira


6 vida em família

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Gilson e Elizabete Bifano

“Mil vezes boa noite”

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ão recomendado para menores de 14 anos, por conter cenas chocantes de guerra, “Mil vezes boa noite” é um drama que foi lançado em 2014. Dirigido por Erik Poppe, tem em seu elenco a sempre excelente na atuação, Juliette Binoch, a Rebecca; Nikolaj Coster-Waldau, o Marcus; a adolescente Lauryn Canny, é Steph e a pequena Adrianna Cramer, Lisa. Em Cabul, uma terra ressequida e distante, mulheres lamentam a morte de uma delas. Entre lamentos, fotografias e surpresas, a cena é registrada por Rebecca Thomas, uma renomada fotógrafa de guerra. Em seguida, vemos a cena de uma mulher-bomba sendo preparada para a ação. Momentos

inusitados, tristes e terríveis são captados pelos olhos e câmara fotográfica rapidamente. Através das fotos de Rebecca, o mundo toma conhecimento dos horrores que ocorrem nas guerras, o que pode conduzi-lo à sensibilização da causa. O filme nos faz refletir sobre um tema tão relevante, assim como também sobre a família. Entre lençóis esvoaçantes, a menina Sara corre e ri; em uma bela e tranquila praia, Marcus espera. Tão bonito sonho se contrapõe ao momento mortal em que Rebecca se encontra, pois fora ferida na explosão da mulher-bomba em um carro. A partir daí, ela começará a viver o drama de continuar seu bem-sucedido e importante trabalho ou dedicar-se apenas

ao seu esposo e as duas filhas, que vivem cada dia temendo perdê-la devido aos riscos de sua profissão e sentindo, por vezes e vezes, a ausência da pessoa querida que os faz conviver com a falta, com a saudade. Apesar do início belicoso, as cenas de guerra são poucas, pois este é um drama familiar sobre o peso das escolhas de Rebecca em sua vida pessoal. As filhas temem por sua saúde, o marido não consegue lidar com o risco constante de perdê-la. Então, ela se vê obrigada a escolher entre ser militante engajada e mãe/esposa negligente ou esposa e mãe presente e cuidadosa. A escolha de Rebecca nos leva a refletir até onde a família realmente é colocada na

posição maior. Até onde o anseio, realização, luta por boas causas, posição, sentido de abnegação, cumprimento das tarefas, do dever, a obsessão e teimosia, entre outras coisas, pode levar alguém a acreditar que sua “missão de vida” é mais relevante do que o seu cônjuge e seus filhos? Vivemos um tempo de tantas coisas importantes para fazer, tanto trabalho a realizar. Ah, mas sempre sobra um tempinho para a família, não é? Um tempinho...Sim, há o tempinho. Um tempinho para o amor, um tempinho para um colo, um tempinho para uma conversa, um tempinho para o lazer. E de tempinho em tempinho os filhos se isolam em seus mundos e o cônjuge se conforma ou busca atenção

de outra forma ou em outro alguém, que até pode ser os filhos ou os netos. E, então, a pergunta não se cala: será que o trabalho, tão relevante, justifica a tão pouca participação na família? “Mil vezes boa noite” é um filme que vale a pena assistir, por nos fazer ver uma realidade tão sofrida, nos fazer refletir sobre as prioridades e, até mesmo, para pautas e conversas posteriores. “E, em Ti, serão abençoadas todas as famílias da terra.” (Gn 12.3). Elizabete Bifano Psicóloga, terapeuta de casal. Cofundadora do Ministério OIKOS. Escritora e palestrantes para casais e famílias.


missões nacionais

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Missões Nacionais avança em trabalho de plantação de Igrejas no Rio Grande do Sul

Evangelização com crianças em Sapiranga

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nvestindo na plantação de Igrejas, Missões Nacionais tem avançado na multiplicação de discípulos no Rio Grande do Sul. Mesmo com dados do Ministério da Saúde, que indicam alto percentual de suicídios na região, nossos missionários, coordenados pelo pastor Walter e sua esposa Nair Azevedo, têm ido na contramão dos índices e colhido frutos deste

trabalho. No mês de abril, foram oito batismos, para a Glória de Deus! Seis deles em Sapiranga, onde trabalha os coordenadores do projeto; e outros dois em Scharlau, onde atuam os líderes locais Deivid e Andressa, liderados pelo casal missionário pastor Hilton e Elizabete Costa. Já na área de Compaixão e Graça, um dos destaques é o trabalho realizado na

Dois novos batizados em Scharlau com a camisa Jesus Transforma

Congregação Batista Jardim Eldorado, em Caxias do Sul. Semanalmente, os missionários reúnem mais de 100 pessoas e realizam aula de zumba, artes marciais e trabalhos manuais, e aproveitam a oportunidade para compartilhar a mensagem do Evangelho. Ao todo, são 39 missionários da JMN multiplicando discípulos em 26 projetos de plantação de Igreja no

estado. E neste início de maio receberão a primeira turma de Radicais Brasil Sul, com oito alunos, que ajudarão no trabalho missionário na região. “Com a chegada da turma, em agosto iniciaremos quatro novas plantações de Igreja. Acreditamos que será um grande reforço em nossa missão aqui na região e pedimos a Deus que, a partir desta primeira, novos

Pastor Walter Azevedo batizando em Sapiranga

jovens atendam ao chamado e venham ser Radicais aqui no sul do Brasil”, diz pastor Walter, que está há dez anos no campo e seis anos na coordenação do projeto. Junte-se a nós e seja parte do mover de Deus no Rio Grande do Sul. Acesse o link e saiba como ajudar: https://www.atos6.com/ missoesnacionais/projetos/ junta-de-missoes-nacionais.


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notícias do brasil batista

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IB Neves - RJ celebra 88 anos de lutas e muitas bênçãos de Deus Rogério Araújo (Rofa), jornalista, ministro de Comunicação da Igreja Batista Neves, em São Gonçalo - RJ

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Igreja Batista de Neves, em São Gonçalo - RJ, comemorou no dia 30 de março de 2018, os seus 88 anos de organização e escolheu o tema “Transformando vidas através do Evangelho de Cristo”. Um ano antes da Igreja, em 08 de abril de 1929, foi organizada a União Feminina (hoje Mulher Cristã em Missão - MCM), pela Igreja mãe, Primeira Igreja Batista de Niterói: mulheres guerreiras, sempre em ação no trabalho da Igreja e ajudadoras do ministério local há 89 anos. Graças ao Senhor por suas vidas que, em 2019, comemoram 90 anos. Este ano, os eventos comemorativos foram realizados em dois dias: 31 de março e 01 de abril. E, coincidência do Senhor, o pastor titular Valtair

Afonso Miranda (coordenador acadêmico do Seminário do Sul / FABAT), também completa aniversário na mesma data que a Igreja e, em outubro, chega aos dez anos de ministério na IB Neves. No primeiro dia comemorativo (31/03), um dia após o aniversário oficial, o pastor Hugo Campos, pastor da juventude da Primeira Igreja Batista em Alcântara, baseado em Atos, brindou aos presentes com grande mensagem, onde disse: “Não importa o tamanho dos nossos sonhos; Deus sempre terá os sonhos bem maiores que os nossos”. Na manhã seguinte (01/04), a liderança recebeu do ministério de comunicação o “Anuário 2018”, de março de 2018 a março de 2019, com todas as datas especiais denominacionais, seculares e programação da Igreja. O pastor Wesley Crispim, da Segunda Igreja Batista em Rio Bonito - RJ, baseou em Atos a sua pregação, sob o título “Uma

Membros da diretoria estatutária da IB Neves - RJ

Igreja controlada pelo Espírito Santo”, conclamando à Igreja aniversariante: “A fé precisa ser sustentada pela Bíblia. Fé sem Bíblia é apenas um fanatismo religioso (...) Pregue a palavra, ore e caminhe ao lado de Deus (...) A vida precisa falar mais alto que qualquer palavra do cristão”. À noite, para encerrar as celebrações, a Igreja recebeu a presença da missionária da Junta de Missões Nacionais, Maria Helena Leão, que inti-

tulou a mensagem vinda dos altos céus como “As marcas de uma Igreja que abalou o mundo”, com base em Atos 2.42-47, mesmo texto da manhã, porém, complementar e ampliado, falando veementemente: “A Igreja é participante de uma missão de Deus na Terra (…). Se você quer ganhar o mundo para Cristo, olhe para o alto: o campo está branco para a ceifa (…). O inimigo veio para matar, roubar e destruir”. Após grande “banquete

espiritual”, no salão de festas foi oferecido uma recepção e bolo, pelas organizações e ministérios da Igreja. A IB Neves conta, hoje, com nove ministérios (Administração e Mordomia; Comunhão e Recreação; Comunicação; Educação Cristã; Evangelismo, Missões e Ação Social; Família; Infantil; Louvor e Adoração; e Oração), o ministério diaconal com doze diáconos consagrados, bem como uma diretoria estatutária com sete membros (foto) e três pastores auxiliares: Júlio César Costa dos Santos, Leandro dos Santos Ferreira e Flávio Martins da Silva. Neves, uma Igreja essencialmente missionária, assim sempre foi definida ao longo de seus 88 anos. Celeiro de missionários, seminaristas, vocacionados diversos para o Reino de Deus. E caminha em contagem regressiva, para os seus 90 anos, em 2020, com lutas, mas com muitas bênçãos de Deus.

Juventude Batista da Baixada Maranhense reúne cerca de 500 pessoas em Congresso anual

Diretoria da Jubaixada

Jovane Melo, secretárioexecutivo da Jubaixada / Gleice Viana, presidente da Jubaixada

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os dias 30 a 31 de março e 01 de abril, Semana Santa, a Juven-

Coordenadores de juventude presentes no encontro

tude Batista da Baixada Maranhense (Jubaixada) realizou o Conjubaixada 2 0 1 8 , C o n g r e s s o d o s j ovens Batistas local. O tema deste ano foi “Multiplique Jovem - Ide e fazei discípulos”. Os preletores foram os pastores Cristiano e

Esther Pesset, de São João de Meriti - RJ. No louvor e adoração, a programação contou com ministérios de diversas Igrejas da região, a cantora Leila Araújo e a Banda Art’ Júbilo. Cerca de 500 pessoas participaram das atividades re-

Congresso reuniu número expressivo de jovens

creativas, sociais, do festival de música e coreografia e preleções. Deus se manifestou poderosamente nas ministrações da Palavra, nas oficinas e no louvor e adoração. Renovamos os nossos votos e voltamos cheios de esperança, com a finalidade

de multiplicar e alcançar almas para Cristo. O secretário-executivo da Jubaixada, Jovane Melo Amorim agradece a Deus, a Igreja hospedeira, as demais Igrejas que apoiaram, aos coordenadores de região e aos congressistas.


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Convenção Batista do Estado de Rondônia vive nova fase administrativa Paulo Xavier, gestor de Campo e Missões da Convenção Batista de Rondônia

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m uma nova fase administrativa, a Convenção Batista de Rondônia (COBARO) está desenvolvendo um trabalho mais efetivo de apoio e fortalecimento das Igrejas Batistas do estado e, desde o segundo semestre de 2017, a função de diretor executivo deixou de existir e foi substituída por duas novas funções: gestor Administrativo e gestor de Campo e Missões, possibilitando, assim, uma melhor eficácia e eficiência no trabalho denominacional. Sob a liderança do presidente da COBARO, Guilherme Nossa, pastor da Segunda Igreja Batista em Jarú - RO, os gestores procuram executar os projetos da denominação e das Igrejas em suas regiões em um trabalho coordenado pelo

Grupo gestor da Convenção Batista de Rondônia

Conselho de Planejamento e Programação. Para tanto, o gestor Administrativo, irmão Oziel Nascimento, contabilista e membro da Igreja Batista Filadélfia, em Porto velho - RO, com a assistência da irmã Cindi Carvalho, fonoaudióloga, membro da Igreja Batista da Liberdade, em Porto Velho - RO, procuram gerenciar e organizar as necessidades patrimoniais da própria sede da COBARO, da Casa de Apoio “Casa do Bom Samaritano”, na cidade de Porto Velho, para que famílias oriundas de várias

partes do estado possam ter um local de hospedagem, em razão de tratamento médico, e do Acampamento Onna Bell Cox, que é um local utilizado para retiros, acampamentos, encontros, etc., com capacidade para mais de 300 pessoas, coordenando também o trabalho dos colaboradores e voluntários nas diversas atividades exigidas. Além disso, controlam e direcionam as finanças da Convenção, em conformidade com a determinação do Conselho de Planejamento da COBARO; em sua atividade,

o gestor Administrativo tem conseguido documentar e reorganizar todo o patrimônio da COBARO. Através de uma parceria com a Convenção Mineira, a COBARO está implantando o programa Kairós, que tem auxiliado em muito na gestão administrativa, permitindo que a Igreja local tenha acesso de qualidade às informações, emissões de boleto e relatórios das Igrejas e Convenção. Junto ao administrativo, o gestor de Campo e Missões, Paulo Xavier, pastor Batista desde 1991, psicólogo e membro da Igreja Batista Novo Estado, em Ouro Preto do Oeste, conta com a assistência da irmã Marcia Ferreira, educadora e membro da Igreja Batista Esperança - Porto Velho; ambos procuram promover, desenvolver e incentivar as ações de evangelização, educação religiosa, ação social, formação teológica e desenvolvimento eclesiológico

nas Igrejas por meio de um acompanhamento permanente na vida de cada Igreja e seus líderes, quer seja pessoalmente ou através dos coordenadores das Associações, que são seis, ao todo, possibilitando, assim, um trabalho mais efetivo para as demandas das Igrejas locais. A COBARO, através da Gestão de Campo e Missões, procura oferecer treinamento e capacitação aos missionários/ conveniados do estado, bem como aos membros e líderes das Igrejas nas mais diversas áreas de atuação, assim como já foi realizado o Encontro de Conveniados em um Resort na cidade de Ouro Preto do Oeste. Coordena a área de comunicação através das mídias eletrônicas, quando divulga neste espaço eletrônico as atividades das Igrejas, Associações e Convenção, com o intuito de diminuir as distâncias entre Igrejas, COBARO e Convenção Batista Brasileira.

Mulheres Cristãs em Missão da PIB em Nova Aurora - RJ realiza quarto Congresso Estevão Júlio, membro da Primeira Igreja Batista em Nova Aurora - Belford Roxo - RJ

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urante quatro dias, as mulheres da Primeira Igreja Batista em Nova Aurora, em Belford Roxo - RJ, se reuniram em uma programação voltada para elas. Entre os dias 21 e 24 de abril aconteceu o quarto Congresso das Mulheres Cristãs em Missão (MCM). O tema escolhido para este ano foi “Mulheres de mãos dadas proclamando o Amor de Cristo”, com divisa em Eclesiastes 4.9-10. A música oficial do evento foi “Posso Clamar”, da cantora Eyshila. Como acontece todos os anos, o Coral “Mulheres que Louvam”, composto pelas integrantes da MCM, foi uma das atrações do evento. Além

Pastor Éverson Faro encerrou a programação com palestra sobre violência doméstica

Coral “Mulheres que Louvam” é fruto do trabalho da MCM local

do coro, o ministério de louvor local, integrado com algumas mulheres, membros da Organização, participou da programação pela primeira vez. Também participaram do evento o Grupo Novo Alvorecer, o Balé Princesas do Reino, e algumas irmãs com inspirações musicais. Os preletores do evento foram a irmã Denise Lima, educadora religiosa, que falou da

Nova Aurora. Ele também é psicólogo e desenvolveu uma palestra a respeito de violência doméstica. Isabel Cristina, líder da MCM, falou da importância do Congresso na vida das mulheres da PIB Nova Aurora. “ Todos os outros congressos foram bons, mas nós sentíamos que poderíamos fazer mais. Esse ano foi diferente. Desde os ensaios, Deus estava

responsabilidade que cada um tem diante da vida espiritual; Isabel Cristina, líder da MCM na PIB Nova Aurora, que ministrou sobre as transformações que o Evangelho causa na vida; pastor Cícero Anderson, diretor de EBD da PIBNA, que pregou sobre recomeços, sobre seguir em frente e aprender com as experiências; e pastor Éverson Faro, da Igreja Congregacional em

curando nossa alma, o nosso interior. Nós fomos tratadas”, disse. Ela também falou do valor da mulher no serviço cristão. “As mulheres não fazem ideia do valor e do poder que têm nas mãos delas. Deus tem nos posicionado para que façamos muito mais. A mulher precisa crescer, precisa se valorizar e entender o que é fazer a vontade de Deus”, finalizou.


10 PIB em São João de Meriti - RJ promove Festa Missionária “EU SOU esperança às nações” o jornal batista – domingo, 06/05/18

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Marly Tavares de Souza, ministra de Evangelismo e Missões da Primeira Igreja Batista em São João de Meriti - RJ

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omo Igreja do Senhor, temos o grande privilégio de sermos e m ba i x a d o r es d o grande EU SOU às nações para que eles também tenham esperança e salvação. Pensando nisso, a Primeira Igreja Batista em São João de Meriti - RJ realizou mais uma edição da Festa Missionária, nos dias 17 e 18 de março. A programação teve a participação de todos os ministérios, que proporcionaram momentos de comunhão, evangelismo e arrecadação de recursos para a Campanha de Missões Mundiais da JMM. As tendas dos ministé-

Igreja conheceu um pouco mais da realidade dos povos não alcançados

rios venderam pratos típicos dos povos bascos, palestinos, ciganos, chechenos, berberes, tibetanos, curdos, etc. A Igreja de Cristo aproveitou a oportunidade para conhecer a realidade espiritual desses povos e, de alguma forma,

motivar os membros a se unirem em torno de missões. A parceria também aconteceu com os profissionais liberais: enfermeiros, massoterapeuta, esteticistas e cabeleireiras. Eles utilizaram seus dons, habilidades e recursos na

Todos os ministérios da PIBSJM colaboraram com a programação

obra missionária. O ministério Infantil idealizou brincadeiras e jogos, o ministério de Adoração promoveu o karaokê missionário, que revelou muitos cantores, e o bazar missionário e o artesanato embelezaram o ambiente.

Podemos dizer que as várias gerações presentes no evento tiveram o privilégio de ofertar para a obra missionária. Que o Senhor de Missões abençoe a todos os envolvidos na mobilização missionária da PIBSJM.

Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ lança novo formato de EBD Lucas Rangel, pastor, diretor do Departamento de Educação Cristã da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ

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remos que o desenvolvimento espiritual do cristão está diretamente ligado ao seu contato com as Escrituras. É pensando nisso que a Escola Bíblica Discipuladora da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ se preocupa em oferecer ensino bíblico-teológico fiel às Escrituras e adequado às formas de aprender do nosso tempo. Por essa razão, após muita oração e planejamento, o ministério de Educação Cristã da PIB de Campo Grande lançou seu novo projeto para a Escola Bíblica Discipuladora nos dias 14 e 15 de abril, em meio ao mês da EBD. No sábado, dia 14, foi oferecido o curso de Cristologia, que foi ministrado pelo pastor Lucas de Souza Perruci, pastor de educação cristã da Igreja

Batista Central de Guarulhos - SP e professor na área de Novo Testamento. Uma turma atenta passou todo o dia nas dependências da PIB de Campo Grande aprendendo mais sobre a Pessoa e a Obra de Jesus à Luz das Escrituras, com vistas a esclarecer de que forma a doutrina de Cristo se desenvolve no decorrer da revelação e como a Igreja cristã tem lidado em sua história com os desafios ao ensino bíblico sobre o Salvador. No domingo, dia 15, a partir das 8h30, mais de 550 pessoas ocuparam as salas de aula para o início da Nova EBD. A nova dinâmica inclui, além das classes para crianças e adolescentes com currículos contextualizados a cada faixa etária, dois currículos distintos para jovens e adultos: o Currículo Convicção e o Currículo Crescimento. O Currículo Convicção utiliza nossa já consagrada literatura Batista para a EBD, publicada trimestralmente pela editora Convicção. Os assun-

Entrega dos certificados aos que concluiram o curso de cristologia

tos abordados são definidos a partir de um equilíbrio entre temas doutrinários, bíblicos e práticos. Neste trimestre, estudamos a Carta aos Romanos. O Currículo Crescimento utiliza o modelo de Trilhas de Aprendizado - níveis progressivos de competências relacionadas à Bíblia, Doutrina e Vida Cristã. Suas disciplinas são divididas em quatro áreas de conhecimento: Teologia Bíblica, Teologia Histórica, Teologia Sistemática e Teologia Prática. Neste currículo, agregamos material publicado por boas editoras cristãs com

material produzido por nossos próprios professores. Nesta modalidade, o aluno escolhe qual módulo quer cursar a cada ciclo, sendo levado a passar por todas as quatro áreas de conhecimento propostas. Dessa maneira, buscamos o aprofundamento no conhecimento bíblico e doutrinário de todos os membros da Igreja, mantendo a sensibilidade quanto às necessidades individuais. Neste ciclo, os alunos puderam optar pelos seguintes temas: “Quem é o Espírito Santo”, “Chamados para Servir”, “Curso de Noivos”, “Como o

Evangelho chegou até nós”, “Panorama do Antigo Testamento” e “Certo ou Errado: questões éticas atuais”. É muito bom ver os membros da Igreja envolvidos no aprendizado das Escrituras. A participação e colaboração de toda a liderança da Igreja também tem sido essencial para o sucesso do projeto. Pastor Carlos Elias de Souza Santos, pastor titular da Igreja, atua como professor do tema “Quem é o Espírito Santo”. Os demais pastores da Igreja e muitos diáconos também lecionam na Escola Bíblica Discipuladora. A EBD ainda é eficaz; basta a Igreja dar a ela a devida importância. Como discípulos de Cristo necessitamos nos alimentar de sua Palavra. Necessitamos examinar as Escrituras todos os dias e, enquanto comunidade, sentar-nos ao redor da Bíblia Sagrada com o desejo sincero de receber do próprio Senhor “(…) Todas as coisas que conduzem à vida e à piedade.” (II Pe 1.3).


missões mundiais

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Tudo é pela graça

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missionária Odete Dossi louva a Deus junto com Missões Mundiais por tudo que viveu no campo missionário durante três anos no Peru e sete anos em Moçambique. Ou seja, foram dez anos de atuação, principalmente com plantação de Igrejas e o PEPE (programa socioeducativo). Odete foi para o Peru em 2007 e lá ajudou a plantar Igrejas, um PEPE e fazia um trabalho evangelístico nas prisões, quando levou 15 pessoas ao batismo. Um rapaz que foi evangelizado e batizado após sair da cadeia procurou a Igreja que o batizou, começou a estudar teologia e hoje é pastor nessa Igreja no Peru. “Deus capacita e ele capacitou esse rapaz”, declara Odete. Em 2010, a missionária foi para o continente africano atuar em Moçambique. Começou com a organização de um PEPE, incentivando as famílias a levar as crianças a participarem do Projeto. O programa e também os cultos aconteciam em uma pequena casa de barro. Com o grande número de pessoas que co-

Missionária recebe homenagem da Junta de Missões Mundiais

meçou a frequentar o PEPE e os cultos, a missionária promoveu uma obra para a construção de um lugar mais amplo. Foi feito um templo, banheiros, casa pastoral, um poço e um playground para as crianças do PEPE naquele lugar. “Tudo é pela graça mesmo! Deus foi realizando mi-

lagres através de mim e tudo para glória Dele”, conta a missionária. A Igreja foi se desenvolvendo e a missionária ordenou pastores ali junto com a Convenção Batista Moçambicana. Um dos consagrados a pastor, que ajudou na construção do templo, teve a oportunidade de batizar a

própria filha na Igreja que construiu. No último dia 19 de abril, Odete Dossi falou aos colaboradores de Missões Mundiais durante o culto semanal na sede. Ao final, foi surpreendida com uma bela homenagem e presenteada com uma placa de gratidão por todo trabalho e dedica-

ção no campo missionário. A coordenadora de Recursos Humanos, Doris Nieto, foi quem entregou a placa que dizia: “A Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira louva a Deus pela vida da missionária Odete Dossi e por sua dedicação nos 10 anos em que esteve diretamente comprometida com a missão de anunciar o grande EU SOU à população do Peru e de Moçambique”. Emocionada, Odete deixou o seu recado: “Quero expressar minha gratidão a toda equipe de Missões Mundiais por ter me confiado todo esse tempo. Muito obrigada ao trabalho em conjunto. E antes de tudo, minha gratidão é a Deus por ter me convocado a fazer parte do ministério Dele.” Louve a Deus conosco pela vida de Odete Dossi e interceda para que os frutos do trabalho dela permaneçam e deem novos frutos para a honra e glória de Deus. https://vocacionados.jmm. org.br/relacionamento/pages/doacoes/identificacao. Adote este projeto missionário.

Vitória na Guiné-Bissau Renata Santos, missionária de Missões Mundiais na Guiné-Bissau

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eus coloca sonhos no coração da gente que, muitas vezes, são difíceis de se realizar. Aramos a terra com as mãos, regamos com lágrimas e não fazemos ideia de quantos frutos nossa pequena semente dará. Na Guiné-Bissau, sofri muita perseguição quando em meados de 2016 estava trabalhando no episódio do nosso programa missionário de TV, Caminho de Volta, que abordava o tema da mutilação feminina. Houve muito falatório e discussões

a respeito dele, quando o episódio foi ao ar. Na história, frisamos o fato de a mutilação feminina, além de ser uma grande violência na vida das meninas, ser considerada também crime pelas leis internacionais; e sua prática não está, como muitos acreditam, indicada no Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, ou tampouco em outro livro religioso. Muitos muçulmanos acreditavam que este era um dos pilares de sua religião e indicado pelo profeta Maomé. Neste período, chegaram a parar a transmissão do nosso programa em cadeia nacional, e só conseguimos retomar as transmissões

Programa de TV “Caminho de Volta” chegou a ser retirado do ar. Ele só retornou após missionária orar e jejuar durante 40 dias

após 40 dias de jejum e oração. Choramos bastante; mas, hoje, as lágrimas são de

alegria ao receber a notícia de que por toda a Guiné-Bissau, principalmente nas entradas e saídas das cida-

des com maior porcentagem de etnias que praticam, ou praticavam a mutilação feminina, está um outdoor grande com um texto que diz: “Mutilação feminina não faz parte dos 5 pilares do islã”. Não tenho palavras para agradecer a Deus ao ver o quanto Ele tem demonstrado o Seu amor pelo povo guineense. Ele se importa com grandes e pequenos. Ele tem escrito novas histórias para essa nova geração e, principalmente, tem me permitido ver e participar do que Ele está fazendo no meio deles. Por tudo isso, sou grata ao grande Eu Sou, a verdadeira esperança às nações.


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Primeira Igreja Batista em Piúma - ES completa 53 anos de existência

Celebração da noite

Junnia Rodrigues, ministério de Comunicação

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Primeira Igreja Batista em Piúma completou 53 anos de atuação na cidade. Para marcar a data, a Igreja realizou uma linda festa em gratidão a Deus.

Equipe de pastores da PIB em Piúma - ES

Foi um tempo de olhar para o passado, agradecer pelas vitórias e vislumbrar o futuro de conquistas que Deus tem preparado. As celebrações do dia 22 de abril, tanto de manhã quanto à noite, foram realizadas com o enfoque na comemoração. Pela manhã, os irmãos pude-

ram vibrar com a apresentação dos novos membros da família PIB Piúma e refletir sobre o papel da Igreja de Cristo. O culto da noite contou com a presença do Ministério Sintonia e banda, que conduziu a Igreja no momento de adoração por meio dos

Apresentação dos novos membros

louvores. Nesta celebração, a Igreja também pôde se alegrar com o lançamento da nova identidade visual da PIB Piúma. Sobre a logomarca, o pastor Edson Cunha, pastor presidente da Igreja, comenta que tudo foi bem pensado. “Nossa nova marca tem o propósito de trazer a visão e

missão da PIB Piúma, que nos foi dada por Deus e deve ser comunicada a todas as pessoas”, reforçou. Os irmãos encerraram a festa agradecendo a Deus e cantando os parabéns. E como em todo aniversário, foi oferecido um bolo para comemorar e proporcionar a comunhão.

Crianças da Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE celebram a Páscoa com musical

Número de crianças tem aumentado a cada musical

Sheyla Morales, assessora de comunicação da Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE

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o dia 15 de abril, as crianças da Primeira Igreja Batista de Aracaju (Piba) celebraram a Páscoa com um lindo musical que contou a história de Jesus, Aquele que

Departamentos da Igreja colaboraram para a realização da cantata

deu Sua vida em sacrifício para que a humanidade tivesse a vida eterna, e sobre Sua ressurreição, provando que Ele não morreu, mas vive e encontraremos com Ele na Glória. “A cada musical que fazemos temos mais crianças participando. Isso é gratificante. Para a Igreja em si é bom porque temos plantado sementes

que darão frutos. Esse musical é um treinamento, uma escola para novos líderes. Então, o principal objetivo é ensiná-los a crescer trabalhando para o reino”, disse a coordenadora do musical Michelle Morais. O musical contou com o empenho de vários colaboradores e departamentos, que juntos apresentaram a Deus

Trabalho tem o objetivo de ensinar as crianças a trabalhar na obra cristã

um verdadeiro louvor. Para que o musical acontecesse, as crianças ensaiaram fielmente todos os domingos, como conta a coordenadora do musical. “Ninguém faz nada sozinho, por isso, eu agradeço a todos pela promoção desse musical. A gente vem trabalhando constantemente. Todo

domingo, às 9h, eles recebem o ensinamento de como se comportarem no palco e a questão da obediência à liderança. Fazemos um culto e eles entendem que não é uma apresentação, mas uma adoração a Deus com os dons e talentos que Deus deu para cada um”, afirmou Michelle Morais.


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ponto de vista

Suicídio de pastores: uma questão espiritual ou emocional? Elias Gomes de Oliveira, pastor, colaborador de OJB

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asos de suicídio entre pastores e líderes evangélicos têm começado a ocorrer periodicamente. A mídia tem publicado perdas irreparáveis no decorrer dos anos de pessoas influentes em nosso meio. Estes fatos corroboram que alguma coisa está errada. Se os pastores estão no limite de sua saúde emocional, a causa deriva de questões pessoais ou de um sistema que não está funcionando bem. Então, o que leva um pastor a cometer suicídio? Dois episódios ocorridos

em pouco espaço de tempo pareceram como um pedido de alerta. As tragédias ocorreram dois meses após o Setembro Amarelo, campanha nacional que previne o suicídio, que sinalizou que a cada 40 segundos, morre uma pessoa no mundo através do suicídio. O esgotamento físico e mental são apontados como a causa de uma “epidemia” silenciosa entre pastores. Muitas cobranças e pressões podem afetar a vida de um líder da Igreja. Para a visão de algumas instituições, o pastor não pode estar estafado, pois isso seria irreconciliável com seu papel de líder espiritual.

Creio que precisamos ir na base curricular para preparar os novos líderes com disciplinas que afetam a cura da alma. Sem a área emocional saudável, os líderes ficam muito vulneráveis aos riscos. Existem casos de Igrejas que “matam” seus pastores e pastores que “matam” suas Igrejas. Por mais duro que isso seja é uma realidade. Pastores também são homens que precisam ser tratados e curados. Buscar ajuda é imprescindível em um momento como esse. Pesquisas realizadas pelo Instituto Schaeffer, diz que 80% dos pastores acreditam que o ministério pastoral afeta suas famílias negativamente;

70% dos pastores lutam contra a depressão. Inegavelmente, um líder não consegue cuidar da família e ser bom em pregação, ensino, visitação, evangelismo, etc. A busca por satisfazer as expectativas das pessoas e a solidão são também considerados fatores de risco no exercício do pastorado. Visivelmente, observamos nas reuniões entre líderes conversas sobre conquistas e sucessos, mas pouca exposição da alma e coração aflitos. Atender demandas e o conflito entre o chamado pastoral e exigências do sistema religioso são fatores que fazem estes adoecerem.

Alguém já disse que melhor do que iniciar bem é acabar melhor ainda. Se não reconhecermos que precisamos de ajuda e gritarmos por uma não influência do mundo agitado na dimensão ministerial, correremos os riscos de ver estes índices aumentarem a cada dia. Reitero que a questão não é entrar em debates fúteis para saber se quem cometeu o suicídio foi para o céu ou inferno. Mais do que isso, precisamos estar bem espiritual e emocionalmente, a fim de ajudar pessoas e ser ajudado também quando necessário. Deus abençoe os pastores do Brasil.

les que gostam de privilégios, cortar a fila, criticar a “lentidão do sistema”; a “ineficiência do líder”, etc. E como isso traz problemas à liderança.

Jetro, o sogro de Moisés, entra para a história bíblica como o grande estrategista e sábio na multiplicação de líderes diante de grandes desafios. Um outro grande nome é Neemias. Ambos se tornaram ícones em nosso movimento de células e/ou pequenos grupos quando o assunto é a multiplicação de líderes. Graças a Deus, Moisés ouviu o conselho de Jetro e hoje temos este princípio abençoador para nossas Igrejas. No entanto, muitos pastores continuam esgotados porque se recusam a investir na descoberta, treinamento e multiplicação de líderes. É maravilhoso pensar que Jesus, antes mesmo de fundar sua Igreja, já tinha preparado doze líderes para ela. Amado pastor, olhe para as páginas do Novo Testamento e veja que o ministério das Igrejas era colegiado; composto de um bom número de presbíteros. Tudo isso está dizendo: você não precisa andar esgotado; divida as tarefas!

Pastores esgotados Genevaldo Bertune, colaborador de OJB

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o dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo; e o povo estava em pé junto de Moisés desde a manhã até a tarde. Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, perguntou: Que é isso que tu fazes ao povo? Por que te assentas só, permanecendo todo o povo junto de ti desde a manhã até a tarde? Respondeu Moisés ao seu sogro: É por que o povo vem a mim para consultar a Deus. Quando eles têm alguma questão, vêm a mim; e eu julgo entre um e outro e lhes declaro os estatutos de Deus e as suas leis. O sogro de Moisés, porém, lhe replicou: Não é bom o que fazes. Certamente desfalecerás, assim tu, como este povo que está contigo; porque isso te é pesado demais; tu só não o podes fazer. Ouve agora a mi-

nha voz; eu te aconselharei, e seja Deus contigo: sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as causas a Deus; ensinar-lhes-ás os estatutos e as leis, e lhes mostrarás o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer. Além disso, procurarás dentre todo o povo homens de capacidade, tementes a Deus, homens verazes, que aborreçam a avareza, e os porás sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez; e julguem eles o povo em todo o tempo. Que a ti tragam toda causa grave, mas toda causa pequena eles mesmos a julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. Se isso fizeres, e Deus to mandar, poderás então subsistir; assim também todo este povo irá em paz para o seu lugar. E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto este lhe dissera; e escolheu Moisés homens capazes dentre todo o Israel, e os pôs por

cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez. Esses, pois, julgaram o povo em todo o tempo; as causas graves eles as trouxeram a Moisés; mas toda causa pequena, julgaram-na eles mesmos” (Ex 18.13-26).

2. Pastores esgotados trazem para si a responsabilidade única, total pelo ensino do povo (v 15). O interessante nesta questão é que líderes insubstituíveis e imprescindíveis em todas as áreas da vida do povo, sempre mudam o discurso e colocam a culpa no próprio povo - e foi o que fez Moisés: “O povo me procura”. Mas, na maioria dos casos, são os próprios líderes que precisam “emocional e psicologicamente” desta desculpa para reforçar seu lado “messiânico e salvador”; quando, na verdade, é possível que o próprio povo desejaria outra realidade, como aconteceu no caso de Moisés; pois tudo ficou mais leve.

1. Pastores esgotados trazem para si a responsabilidade única de todas as decisões (v 13). Parece que a centralização nas decisões faz parte da nossa cultura em liderança. Conversava com um empresário e também CEO de uma indústria farmacêutica, e ele concordava com essa afirmação. Gosto de duas frases de John Maxwell: “Ninguém faz sucesso sozinho!”; e, “Seu potencial de líder jamais irá além do tamanho e eficiência da sua equipe!”. Fico a imaginar Moisés com o povo “em pé” diante dele o dia todo. É claro que isso traria um estresse 3. Pastores esgotados não tremendo tanto para ele como para o povo. Sempre há aque- multiplicam líderes (v 24-26).


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Missão Transcultural: vivências de um acadêmico de Enfermagem no Sertão brasileiro

Matheus Marques Ferreira, membro da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ

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odemos não nos conhecer, mas creio que em uma frase concordamos: viajar é muito bom! Porém, trago uma novidade que, talvez, você desconheça: viajar em Missão é maravilhoso! Desde 2015 tenho recebido orientações diretas do Senhor para viajar pelos áridos campos do nosso Brasil, proclamando que o Sertão tem um Pai. Sertão é a região mais árida de um determinado local, logo, temos o sertão da Bahia, do Piauí, Ceará, dentre outros que guardam importantes di-

ferenças socioculturais entre si. Passei por locais onde a seca reinava, pois não chovia há mais de dois anos. No dia 07 de julho de 2017 em b ar q u ei em mais um a aventura pelo Sertão do nosso Brasil, mas, desta vez, Deus me levou até o Piauí, onde passei dez dias percorrendo aldeias extremamente distantes - cerca de quatro horas de viagem do local de base em Pimenteiras, cidade que fica aproximadamente a três horas da capital cultural e financeira, Teresina. Dormíamos nas barracas em uma creche, e não fomos bem recebidos. O padre da cidade disse na rádio que estávamos lá para fazer mal as

pessoas, o que não era verdade. Fiquei cerca de cinco dias sem tomar banho, pois não tínhamos água ou, quando tínhamos, não era o suficiente para todos e eu cedia meu balde para um senhor mais idoso (não tinha chuveiro, o banho era de balde e caneca) e encarávamos quatro horas em cima de um desconfortável caminhão pau-de-arara até nosso vilarejo de destino. Mas você acha que isso nos parava ou desmotivava? “Faço tudo isso por causa do Evangelho, para ser coparticipante dele” (I Co 9.23). Foram distribuídos cerca de 1.500 Bíblias e mais de 800 kits infantis com brinquedos e livros bíblicos. Nosso clu-

be bíblico de Boas Novas contou com mais de 300 crianças (só onde eu estava, sem contar as outras bases); pude abençoar pessoas com a profissão que escolhi para minha vida, a enfermagem, realizando consultas a pessoas acamadas, incapacitadas e abandonadas pelo sistema de saúde (visitei aldeias que estão situadas há cerca de cinco horas do posto de saúde mais próximo). Vi de perto o que é ser analfabeto e depender de alguém letrado e, por vezes, esse alguém roubar do pobre sertanejo. Vivi o amor do Sertão. Em cada casa que tive a oportunidade de entrar, ouvi histórias emocionantes de pessoas,

que disseram: “Aqui, nós só somos procurados em época de eleição. Nós só podemos contar com a ajuda de Deus e dos vizinhos. Eu só queria ter a paz de acordar e saber o que vou comer e se vou comer. Aqui nós somos tratados como um nada. Não somos analfabetos porque queremos. Quem pode, dá muitos presentes pros filhos, eu só posso dar amor e educação”. Nesses momentos, apenas podia chorar e contar com Aquele que é chamado na Bíblia de Sol da Justiça: “Pois certamente vem o dia (...) o sol da justiça se levantará trazendo cura em suas asas” (Ml 4.1a e 2a). Ore, contribua e vá ao Sertão! Deus abençoe!

Viajando pelo Brasil Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

T

odo brasileiro que começa o dia ligando a TV no noticiário, faz uma viagem deprimente por este Brasil violento e desigual. Lá se vão 50 anos em que eu também faço uma

viagem venturosa pelo Brasil afora. Todas as quintas-feiras fico na expectativa da chegada do nosso O Jornal Batista. Essa bela viagem pode começar em Corrente, no Piauí, em 1903, depois volto para os nossos dias, e vou até Maringá, no Paraná, ou então, participo da

festa das adolescentes promovida pela Cristolândia, onde faço visitas periódicas, falando às vítimas das drogas; a seguir, visito a PIB de Anápolis, depois vou até Simão Dias, no estado de Sergipe, e me alegro com a campanha vitoriosa de Missões Mundiais. Visito também a cidade de São Roque do Ca-

naã – ES, que nem sabia que existia, onde a Igreja Batista do Flamboyant, do Rio de Janeiro, realiza a vitoriosa campanha missionária e, seguindo viagem, chego até Tabuleiro - AL, e de lá vou para o Oriente Médio, África, Europa, e em tantos países onde atuam os nossos missionários tão especiais.

Para concluir, fico imaginando se cada Igreja, com 200 membros, assinasse, pelo menos, 30 exemplares semanais, para bênção dessas famílias assinantes. Fica aqui a minha sugestão, para que outros irmãos tornem-se meus companheiros nessas visitas pelo Brasil e pelo mundo afora.



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