OJB EDIÇÃO 19 - ANO 2024

ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901

Mãe, sinônimo de cuidado, valores, princípios, carinho e amor

Dia das Mães: segundo domingo de maio

“Seus filhos se levantam e a elogiam, seu marido também a elogia, dizendo: ‘Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera’” (Provérbios 31.28-29).

Mudanças para um novo tempo

União Feminina Missionária Batista do Brasil prepara seu novo Planejamento Estratégico

De ponta a ponta no Brasil Batista

Pr. Sócrates Oliveira de Souza, chanceler da CBB, visita mais duas Convenções Estaduais

EBD para o ALTO

Projeto da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil estreia com grande participação em todo o país A família vai acabar?

Lourenço Rega alerta para ações preparadas para minar a existência da família

Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista Observatório Batista

EDITORIAL

Cinco qualidades de uma mãe zelosa

1 - Modo de falar: mães zelosas compreendem o poder das palavras e marcam a vida de seus filhos usando palavras de afirmações.

“As palavras agradáveis são como um favo de mel: são doces para a alma e trazem cura para os ossos” (Provérbios 16.24).

2 - Tempo de qualidade: uma mãe zelosa reserva um tempo para ensinar e cuidar dos seus filhos.

“Ensine-as com persistência aos seus filhos. Fale sobre elas quando estiver sentado em casa e quando andar pelo caminho; quando se deitar e quando se levantar” (Deuteronômio 6.7).

3 - Gera presentes: os maiores presentes que uma mãe pode dar são os valores e princípios que moldam o caráter de seus filhos.

“Instrua a criança no caminho em

que deve andar, e, mesmo com o passar dos anos, não se desviará dele ” (Provérbios 22.6).

4 - Toque físico: assim como Jesus abençoava as crianças ao tocá-las, o toque físico de uma mãe zelosa transmite amor, conforto e segurança.

“Em seguida, tomou as crianças nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou” (Marcos10.16).

5 - Atos de serviço: o amor de uma mãe zelosa se manifesta em atos de serviço, desde os cuidados básicos até os sacrifícios incondicionais.

“Haverá mãe que possa esquecer-se do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou?” (Isaías 49:15a).

Baseado no livro “As 5 linguagens do amor”, por Gary Chapman n

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

BILHETE DE SOROCABA

Pr. Julio Oliveira Sanches

A função primordial do diácono na Igreja, segundo Atos 6, é promover a paz entre os membros da grei. Com o templo, gerou-se a ideia de que a função da diaconia na Igreja de Cristo é servir às mesas: a mesa do pastor, a mesa dos pobres e a mesa da Ceia do Senhor. Baseado nisso, muitas Igrejas enfrentam problemas com o diaconato. Aparecem diáconos querendo controlar o ministério pastoral, os demais membros da Congregação e realizando atitudes e funções que qualquer membro pode realizar com perícia especial. Mas, o diácono, quando não doutrinado, deixa de executar suas funções primordiais e passa a ser um peso para a Igreja do Senhor. Geram problemas insolúveis, quando servem de elemento de divisão, roubando a paz do rebanho. Os diáconos que tentam controlar o pastor terminam por dividir a membresia e gerar mal-estar à causa de Cristo. Por desconhecerem suas funções bíblicas, passam

a ser um tropeço para o crescimento da Igreja e a expansão do Reino de Deus. Isso explica o motivo de muitos pastores terem aversão à presença de diáconos no rebanho. Trazem consigo experiências amargas. Mas existem verdadeiros diáconos, que são bênçãos para a Igreja, para o ministério pastoral e para o Reino de Deus. Conheci um verdadeiro diácono, aqui em Sorocaba - SP, que preencheu todos os quesitos de um verdadeiro homem de Deus. Faleceu no dia 20 de abril passado. Seu velório foi concorrido, não só pela família, mas, por muitos amigos que granjeou ao longo da caminhada cristã. O casal foi batizado no Rio Sorocaba, pelo pastor Isac Silvestre. Deixa a esposa, Cicera da Silva Belo, com quem foi casado por 56 anos, cinco filhos e dez netos. A família refletia a beleza do amor de Cristo no lar, na Igreja e na sociedade. Seu lar sempre foi um exemplo do que o salmista vaticinou no Salmo 128, tornando realidade cada palavra do salmista.

Foi um amigo incondicional dos

O diácono

pastores com quem tivemos o privilégio de conviver, auxiliando no ministério. Evangelista nato, a quem Deus deu o privilégio de conduzir centenas de almas a Cristo. Quando a igreja passou por cisão, vítima que foi de pastores não comprometidos com a unidade do rebanho, o diácono José Belo revelou-se líder na crise para manter o rebanho unido e coeso. Sua voz mansa, seu testemunho de crente fiel, comprometido com Cristo, deu à Igreja o norte a seguir em busca da unidade cristã, tão difícil nos nossos dias. Estava sempre disposto a servir à causa do Mestre. Seu sorriso de pernambucano, com seu sotaque característico, revelava um homem comprometido com Cristo, após experiência de salvação, em que os ídolos de suas antigas crenças foram totalmente abandonados. Não trouxe para a vida cristã o ranço da idolatria, que não consegue ser extirpado por muitos salvos advindos do catolicismo pagão e idolatra.

Ao ser visitado por seu atual pastor, André Luiz Prado, sua preocupação

não era com sua saúde, mas se a Igreja estava em dia com o sustento pastoral. Já vivi a experiência de ver diáconos sonegando os dízimos do Senhor, para forçar o pastor a deixar o ministério. Como também já vivi a experiência de ver um diácono depositando em poupança parte de suas rendas para sustentar o pastor, já que a liderança, ao reter os dízimos, forçaria o pastor a abandonar o ministério. Esqueceram tais “diáconos” que Deus usa até corvos para sustentar os seus escolhidos. Quando a carne acaba, Deus usa viúvas para manter os seus escolhidos. A botija da viúva nunca seca. Ainda hoje, isto é verdade incontestável.

A igreja, a família e os amigos continuarão a sentir a falta carinhosa desse diácono tão querido. Consola-nos a certeza de que o encontraremos, em breve, no lar celestial. Até breve, querido amigo e irmão em Cristo. Ao Deus de toda consolação (II Coríntios 1.3-4), rendemos gratidão pelo tempo em que convivemos com o grande servo do Senhor. n

“Mãe é tudo igual... só muda de endereço!”

Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB

Já ouviu esta expressão popular? Nem sempre ela é dita de maneira positiva ou até mesmo, muitas vezes, é dita de forma pejorativa. Existem pessoas que perderam suas mães e outras que foram criadas por alguém que não soube ser mãe.

O amor materno é tão incondicional, que não se limita apenas aos seres humanos. Todos os seres vivos, do sexo feminino, trazem geneticamente o ser mãe em sua vida.

Um dia desses, num programa de TV, foi exibido um ranking das “melhores mães” entre os animais, e sabe quem venceu? A mamãe polvo. Ela é capaz de arrancar um de seus tentá-

culos para dar comida para sua cria e de morrer para defender os filhos, tal é o seu amor por eles.

Depois de toda uma vida de dedicação aos filhos, deixando a sua de lado, e até mesmo prejudicando-se, a mãe precisa, no mínimo, de gratidão, de respeito e atenção.

Um dos Dez Mandamentos revelados por Deus a Moisés, em Deuteronômio 5.17, diz: “Honra a teu pai e a sua mãe, como o Senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que te dá o Senhor teu Deus”. Como tem filho que não cumpre esse mandamento, nem mesmo como forma de gratidão! Obrigado às mamães por tudo que vocês fazem por nós, filhos, e pelo o que representam para nossa existência! n

Mamães pela fé

Marinaldo Lima pastor, colaborador de OJB

Ela sentiu-se mãe antes mesmo de gerar; Tinha no coração o afã da maternidade.

Porém, seu corpo não acompanhava seus sonhos, Pois era marcado pela esterilidade.

Lágrimas rolavam pelo seu rosto formoso

E ela as enxugava em ferventes orações.

Confiava em Deus, sabendo que o Poderoso

Opera milagres através das gerações.

Lembrou-se de Sara, a sua antepassada, Que na velhice deu um filho a Abraão. A estéril confiou nas promessas do Deus vivo;

Recebeu a bênção e louvor em gratidão.

Lembrou-se de Rebeca e sua nora Raquel; Ambas eram estéreis e não podiam engravidar.

Porém, o Senhor operou grandes milagres; Elas tiveram filhos e puderam amamentar.

As histórias do passado foram tão impactantes

Que Ana se revestiu de uma tão grande fé.

Quando ela e seu marido viajaram até

Monteiro

A grande maioria dos estudiosos crê que este salmo foi escrito pelos filhos de Coré (Cora). Os filhos de Coré (Cora) são responsáveis por 12 dos 150 salmos descritos na Bíblia. Spurgeon é de opinião de que no salmo 47 existem indícios de que Davi é o autor. Mesmo respeitando a opinião deste grande servo de Deus, subscrevemos a tese de que este salmo saiu da pena de um dos filhos de Coré.

Neste salmo, somos convidados a um jubiloso reconhecimento do Senhorio de Deus sobre toda a terra. Este salmo celebra a soberania divina, destacando o poder e a majestade de Deus, que é exaltado acima de todas as nações e povos (Salmos 47.2).

O teólogo Warren Wiersbe foi muito feliz ao dizer: ‘Esse salmo traz, de forma eloquente, o cumprimento de (Salmos 46.10) – ‘Sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra’. Neste lindo poema, por cinco vezes, o povo

Siló, Ela foi orar no templo e não arredou o pé.

Como Jacó lutou com o anjo do Senhor

No val de Jaboque, ela também foi persistente. Com voz amargurada, por causa da tristeza, Orou ao Pai amado, chorando abundantemente.

Diante do Senhor dos Exércitos fez um voto:

“Se tu atentares para a minha aflição E me concederes a bênção de um filho, A Ti o darei em fiel consagração.”

Ela balbuciava com tamanha contrição Que o sacerdote Eli a julgou embriagada.

Mas ela respondeu: “Meu senhor eu não bebi.

Sou uma serva de Deus, uma mulher atribulada.”

O sacerdote disse: “Volta em paz pra tua casa.

O Deus de Israel te conceda a petição.” Ana alimentou-se, seu semblante iluminou-se;

Já não havia dor no seu nobre coração.

Ela retornou à montanha de Efraim, Cheia de esperança, ao lado do seu marido.

Deus a abençoou, pois viu sua grande fé

Novo Céu e nova Terra

“Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (II Pe 3.13).

Ao escrever sua segunda carta, o apóstolo Pedro nos assegurou: “Deus prometeu, e nós estamos esperando, um novo Céu e uma nova Terra, onde tudo será feito de acordo com a vontade Dele” (II Pe 3.13). João confirma esta revelação feita por Pedro, quando escreveu: “O mundo passa, com tudo aquilo que as pessoas cobiçam:

E em pouco tempo ela sentiu ter concebido.

Ana teve um filho a quem chamou de Samuel; Alegrou-se no Senhor por mais um feito na História.

Teve mais três filhos, duas filhas e exaltou

Ao Deus maravilhoso, que lhe deu grande vitória.

Cumprindo a promessa, ela consagrou o filho

porém aquele que faz a vontade de Deus vive para sempre” (I Jo 2.17).

As Escrituras nos revelam que quem crê no Filho tem a vida eterna (João 3.14). Escrevendo aos Colossenses, Paulo propôs: “Tudo o que vocês fizerem ou disserem, façam em nome do Senhor Jesus e, por meio Dele, agradeçam a Deus, o Pai” (Cl 3.13). Por isso, devemos ter esperança na vida eterna e, enquanto nesta Terra, devemos viver o amor que Cristo nos ensinou. Na nova Terra, então, reinará o amor. Aleluia!

Para servir ao Senhor, pois Ana era fiel. Samuel foi juiz, profeta e sacerdote E ungiu os dois primeiros reis de Israel.

Hoje há estéreis que amam cuidar dos filhos

Das cunhadas, das primas, amigas e das irmãs.

Porém, confiam que Deus opera milagres

E recebem a bênção, pois se tornam também mamães. n

é ordenado a louvar ao Senhor, que reina sobre as nações. Ao longo de sua escrita, o salmista dá as razões sobre o porquê devemos aclamar ao Senhor. Vamos elencar alguns pontos para a nossa reflexão.

Em primeiro lugar, Ele é o único digno de ser adorado (Salmos 47.1). A alegria é o verdadeiro espírito de adoração e o salmista começa convidando todas as pessoas, não importando sua nacionalidade a louvar a Deus, e a razão é que o Senhor é o único digno de louvor glória e honra. Devemos agasalhar em nosso coração que a chave da verdadeira adoração não é o homem, mas Deus. Deus, por ter nos criado e por ter nos salvado em Jesus, é digno de nossa adoração. Adoramos a Deus porque somos obra de Suas mãos e porque fomos redimidos pelo precioso sangue de Jesus. Nós adoramos a Deus porque temos a necessidade de adorá-lo e nossa alma tem sede do Deus Eterno. O pastor Leandro Peixoto diz: “Deus precisa ser adorado com o louvor de seu povo. Afinal, privilegiado

é quem tem Deus como Senhor, pois pode contar com a sua atenção, proteção e libertação”.

Em segundo lugar, Ele é tremendo (Salmos 47.2). O salmo enfatiza que Deus é o grande Rei sobre toda a terra, demonstrando Seu poder supremo. Ele é o Deus tremendo! A expressão “tremendo” tem como significado “aquele que desperta terror, reverência e temor”. Para aqueles que insistem em lutar contra Deus e blasfemam de seu nome, o Deus tremendo Se manifestará como Aquele que desperta o terror (Hebreus 10.31).

Entretanto, para aqueles que o amam, o Deus tremendo desperta reverência e temor. Aqueles que temem a Deus veem em sua vida o quanto Deus de fato é tremendo. Nós servimos a um Deus que além de nos salvar realiza uma obra tremenda em nossa vida. Ele é o Deus que liberta – Deus por Sua graça e misericórdia, nos tirou do império das trevas (Colossenses 1.13). O Deus tremendo é o Deus que cuida de nosso emocional, nos dando equilíbrio nos momentos mais agudos de nossa vida,

concedendo a Sua paz (Filipenses 4.6-7). Em terceiro lugar, Ele não é um Deus tribal (Salmos 47.2b). O nosso Deus não é uma divindade local, de um povo, uma tribo. Ele é o Deus de toda a terra. Que mensagem extraordinária temos aqui. O Deus Altíssimo e tremendo não é Deus exclusivo dos católicos, Batistas, presbiterianos, pentecostais e neo-pentecostais. Ele é o Deus nosso, o Pai nosso, como nos informa Jesus em Sua oração modelo. Deus é um Pai que está acessível a todos.

Em último lugar, Ele concede vitória a Seu povo (Salmos 47.3). Aqui neste verso, o salmista está fazendo menção a conquista de Canaã (terra prometida) por Israel. Foi Deus quem agiu soberanamente em favor de Seu povo, desapossando outras nações fazendo-as submissas ao governo de Israel. As conquistas de Israel não foram resultado de sua destreza, mas da ação de Deus para com seu povo. Spurgeon diz: “Todo o povo do Senhor, quer judeus ou gentios, pode louvar ao Senhor, pois a vitória de Deus é a nossa vitória”. n

Olavo Fe ijó

José Manuel

Jr. pastor, colaborador de OJB

pastor & professor de Psicologia

Nédia Galvão

Decida ser mãe, não “mãenipulada”, nem “mãenipuladora”

membro da Igreja Batista do Centenário - Congregação em Areia Branca - SE e rofessora de EBD; capelã escolar; especialista em Ciência da Religião; bacharel em Teologia

Vivemos numa era que retrata as palavras do apóstolo Paulo acerca dos “dias maus” (Efésios 5.16) e “tempos terríveis” (II Timóteo 3.1). Trata-se de uma era de conceitos distorcidos, valores invertidos e princípios minados. Uma era que escancara contradições nas informações e nas opiniões.

E nesse bombardeio de distorções, inversões e contradições, se o cristão não recorrer à imutável Palavra de Deus, cairá facilmente nas ciladas desta era. Pois, só os preceitos do Senhor nos farão andar em plena liberdade (Salmo 119.45), só sob a condução da Palavra de Deus não cairemos nessas armadilhas e cadeias do sistema.

Um dos grandes desafios desta era é resgatar o ser mãe, pois temos nos deparado com muitas “mãenipuladas” e “mãenipuladoras”, o que é uma distorção da real maternidade. Faço uso do neologismo neste texto, a fim de

evidenciar as mães manipuladas por seus filhos e as mães manipuladoras.

Estes extremos são nocivos e os resultados já são patentes na atual sociedade, que cá para nós, não precisa ser nenhum sociólogo ou psicólogo para detectar uma sociedade em crise e doente.

Ser mãe é ser educadora, é ser instrutora, é ser orientadora, é ser referencial. A “mãenipulada” não educa, não instrui, não orienta, não disciplina, porque o filho dita as regras, o filho impera e ela obedece. Decida ser mãe, não “mãenipulada”. Em Provérbios 23, versículos 13 e 14, está escrito “Não evite disciplinar a criança (...) castigue-a você mesmo com a vara e assim a livrará da sepultura”.

Em Provérbios 19, verso 18, lemos “Discipline seu filho, pois nisso há esperança (...)”. Ainda somos advertidos em Provérbios 29, versículo 15, de que a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe. De fato, quão vergonhoso é contemplar cenas em que filhos gritam, esperneiam e manipulam suas mães. Sei que há casos delicados a se tratar, mas não podemos tratar alguns distúrbios ou condições como

escudo contra os limites e regras, sendo esses tão necessários para a vida individual e nos relacionamentos. “Mãenipuladas” criam ditadores, não cidadãos, sendo assim, corremos grandes riscos de uma sociedade caótica, formada por pessoas sem limites e regras.

O outro extremo é a “mãenipuladora”, essa não dá espaço para a individualidade do filho, não dá espaço para os pensamentos do filho; cerca-o de todos os lados, sufocando-o, tornando-o oprimido e infeliz.

Ser mãe é também ser amiga, é ser ajudadora, é parar para ouvir as dúvidas, os lamentos, escutar os desabafos dos conflitos, das crises que o filho também tem. É olhar o filho, lembrando de si mesma, e quantas vezes viveu algo semelhante ao que ele está passando. Ser mãe é algumas vezes falar com o silêncio, simplesmente ouvir com o coração e ver no filho a pessoa que Deus confiou para discipular.

É lamentável ver filhos muitas vezes incompreendidos, oprimidos e carregando sobre si uma cobrança da mãe, que ela mesma é incapaz de cumprir. Em Provérbios 31.26,28 está escrito

que a mulher e mãe que fala com sabedoria e ensina com amor é elogiada por seus filhos. Sabedoria e amor, é o que devemos unir na maternidade.

“Mãenipuladoras” criam oprimidos, revoltados, não indivíduos maduros capazes de fazer escolhas corretas. Decida ser mãe, não “mãenipuladora”. Em II Tessalonicenses 2.7, o apóstolo Paulo faz a analogia de como ele tratou alguns irmãos, tal qual o trato de uma mãe com seus filhos, com brandura e bondade, e a transmissão no texto denota a ideia de tomar os filhos nos braços, acariciá-los e conservá-los no calor e na segurança de uma verdadeira mãe.

Incontestavelmente, temos um norteador: a imutável Palavra de Deus, que nos ensina como ser mãe. Ser mãe é ser educadora, é ser instrutora, é ser orientadora, é ser disciplinadora, é também ser amiga, ser ajudadora, é tratar com brandura e bondade, é parar para ouvir e acariciar; é simplesmente amar no sentido mais amplo desta palavra. É unir correção e ternura, autoridade e brandura.

Decida ser mãe, não “mãenipulada”, nem “mãenipuladora”. n

“O Senhor olha dos céus para os filhos dos homens, para ver se há alguém que tenha entendimento, alguém que busque a Deus” (Sl 14.2).

Ao ver o ímpio dominando o justo, o salmista clama a Deus, no salmo 12, embora reconheça que nada disso está oculto aos Seus olhos. Entretanto, ver

o poder da propaganda enganosa, dos discursos fáceis e ver gente má sendo bajulada é desesperador. Fica parecendo que não há espaço para quem quer agradar a Deus.

Apenas a fé em Deus mantém nossa esperança diante da perversidade humana.

O salmo seguinte se detém na oração de Davi, diante da corrupção humana. No salmo 13, o salmista está se sentindo sozinho, desolado, como

se Deus não o escutasse mais. Nesta desolação, ele suplica a Deus que lhe responda e que seus inimigos percam a alegria. Mas, ele conclui confiando na bondade e no amor de Deus.

Há pessoas que não querem mudar. Falar com elas não vai resolver. Então, ore!

A corrupção humana está relacionada à insensatez de desconsiderar Deus. Seja ateu, seja religioso, o insensato não terá um bom futuro pelo fato

de viver como se Deus não existisse. Esta pessoa pratica o mal porque não crê que Deus há de julgar suas obras. Por isso que Davi, no salmo 14, clama por proteção. Viver uma vida religiosa, como se Deus não existisse, também é um tipo de ateísmo!

Quem não tem temor de Deus vai viver como se Deus não existisse. Ainda há temor de Deus em seu coração? n

Roberlan Julião pastor

A maternidade é fator importante na vida da mulher. Não é meramente por acaso que somente ela é capaz de gerar, trazer ao mundo e nutrir um ser humano. Biologicamente, foi criada por Deus para isso; psicologicamente, mesmo por causa de influências culturais, também.

Poder-se-ia explicar de outra forma por que as mulheres impossibilitadas de serem mães buscam de forma frenética e, muitas vezes, até de uma forma irracional um meio de ter um filho?

Através dos tempos, as mães têm sido decantadas em prosas e versos. Sua dedicação tem sido enaltecida e seu amor comparado ao amor de Deus.

No entanto, pode haver várias razões pelas quais uma mulher gera um filho, como por exemplo, satisfazer a

expectativa do seu meio social ou tentar melhorar o relacionamento em seu casamento.

Porém, aproxima-se a hora em que a mulher precisa repensar o antigo lema de que “ser mãe é sofrer no paraíso”. É claro que a maternidade requer responsabilidade, compromisso, muito amor, grandes doses de paciência, muita energia física e mental, doação, capacidade de dar afeto e demonstrar alegria. Mas, ser mãe, é privilégio também, pois é maravilhoso presenciar o crescimento sadio e harmonioso de nossos filhos, dar retoques em sua personalidade e acompanhá-los pelos caminhos da vida até se tornarem homens e mulheres maduros e responsáveis.

Há de se reconhecer a importância que uma mãe tem na vida de seu filho

Dia das Mães

Mãe também é mulher

- tanto quanto a de um pai. Entretanto, parece haver um laço mais forte, como daquele cordão que os uniu durante longos meses ou o alimento doado a cada conjunto de horas. Psicólogos do mundo inteiro, através de livros, revistas, artigos, filmes etc. falam sobre a importância de ser uma boa mãe e dão conselhos para isso. Há uma grande cobrança em torno dela. A partir daí, pode-se instalar o medo e a culpa de criarem filhos desajustados dos padrões da sociedade. Daí, a importância de ressaltarmos que a mulher-esposa e a mulher-mãe são complementos da mulher pessoa. Assim, se esta não tiver desenvolvido um senso de valor próprio e uma capacidade de realização pessoal, o antigo sentimento de desamparo da “menininha do papai” virá à tona, mais

forte do que nunca, quando se deparar com a fase do “ninho vazio”. O que fará quando os filhos seguirem seus próprios caminhos?

Ser mãe envolve a responsabilidade consequente da maternidade e o privilégio de dar ao mundo um ser humano único, singular. Mas é construindo-se como uma pessoa que pensa, ri, chora, acerta, erra, ama e tem sentimentos que a mulher, certamente, descobrirá para si uma forma harmônica, coerente e prazerosa de exercer sua função de mãe e esposa, sem esquecer-se da pessoa que é como mulher. n

Elizabete Bifano Psicóloga

Escritora e palestrante para casais, famílias e mulheres. Membro do Ministério OIKOS

Gleyds Silva Domingues (extraído do site www.oecbb.com.br)

Olho para o céu, Vejo a sua grandeza. Olho para mar, Vejo o poder de suas mãos. Olho para minha imagem, Vejo como a Sua extensão, E sei, com certeza, Tu és o meu Deus.

Vejo minha missão, E percebo o quão relevante é.

É mais que gerar filhos

E educá-los em amor.

Antes, é formá-los com inteireza de mente e coração.

Para que com convicção possam dizer.

“Tu és o nosso Deus. Não há outro além de Ti.

Não há nada mais gratificante para uma mãe.

Do que ouvir tal declaração.

Não há nada que seja tão precioso, Que saber que no coração dos filhos foi plantado o temor.

Não há nada que possa substituir tal decisão. E assim ao olhar para a nossa descendência

Observar o quão belo é ver o ato de adoração presente em suas vidas.

Esta é a nossa missão de mães.

Mães que servem e glorificam a Deus.

Mães que reconhecem a soberania de Deus.

Mães que reverenciam e amam a Deus e a sua palavra.

Mães que sabem que os filhos pertencem ao Senhor. E que ao decidirem viver para Ele

Viverão com Ele por toda a eternidade. Sendo Ele a razão maior do louvor e da adoração.

Louvado seja o Senhor!

Muitos motivos temos para lhe agradecer. Obrigada por ser a nossa inspiração, Nosso sustento e nossa fortaleza.

Obrigada por ouvir o nosso clamor.

Por estar perto de nós.

Obrigada por Sua direção e correção

Obrigada, Senhor, por nossos filhos.

E pela oportunidade de cumprir a nossa missão. Por isso agradecemos a Ti de todo nosso coração. E assim persistimos, acreditamos e entregamos dia após dia os nossos filhos ao Senhor.

E com grande certeza de mente e coração, Nós mães declaramos:

“Louvado para todo sempre, seja nosso Deus. Amor maior da nossa vida.

Obrigada, meu Senhor, por seu tão grande amor”. n

Tu és a razão da nossa existência”.

Redação de Missões Nacionais

O Projeto Sertão está transformando o Nordeste!

No ano de 2015, o casal missionário pastor Rafael e Josilene Lucchiari, com o apoio de quatro radicais, iniciou um projeto de plantação de Igreja na zona rural de Juazeiro, na Bahia. Eles visitavam as comunidades e falavam do amor de Deus ao povo nordestino.

Aos poucos, vidas foram se rendendo a Cristo, como aconteceu com o irmão Antônio Cipriano e a irmã Ruth. Logo que se converteram, abriram as portas de casa para a celebração dos cultos. A Igreja se reuniu ali por quase um ano e muitas vezes os encontros eram embaixo de uma árvore, onde aconteceram os primeiros batismos.

Para a glória de Deus, com a ajuda de parceiros, o sonho de ter um local para adoração comunitária se realizou!

Em 2016, foi construído o templo da Igreja Batista do Sertão, no povoado de Carnaíba de Dentro.

Em 2017, o pastor Rafael e a irmã Josilene foram enviados para outra localidade, e o casal pastor Ralison e Gledciele Medeiros deu continuidade ao trabalho em Juazeiro, principalmente em Carnaíba do Sertão, mas, aos domingos, os irmãos continuavam se reunindo no templo da IB do Sertão, em Carnaíba de Dentro.

Com o avanço da obra missionária em Carnaíba do Sertão, tornou-se necessário ter um local mais próximo para a realização dos cultos e demais atividades, já que a distância era de cerca de 8km entre as duas regiões. Assim, em 2019, foi construída a Igreja Batista Sertaneja!

Atualmente pastoreadas pelo missionário pastor João Italo, essas duas Igrejas foram organizadas no dia 20 de abril de 2024! Louvado seja Deus! n

Missionários transformando vidas no Nordeste através de projeto humanitário

CB Fluminense e CB Norte-Rio-Grandense recebem visita do chanceler da CBB

Pr. Sócrates Oliveira de Souza esteve em reuniões e Assembleia anual.

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira

Mais duas Convenções Estaduais receberam a visita do pastor Sócrates Oliveira de Souza como chanceler da Convenção Batista Brasileira (CBB).

No Rio de Janeiro, o pastor falou aos membros do Conselho Geral da Convenção Batista Fluminense (CBF), durante reunião realizada entre os dias 16 e 18 de abril, no Acampamento Batista Fluminense, em Rio Bonito - RJ. Eles ouviram as ideias para este novo tempo e conversaram com o líder denominacional, que também foi diretor-executivo da Convenção Batista Fluminense no final dos anos 90.

Alguns dias depois, de 25 a 27 de abril, a Convenção Batista Norte-Rio-Grandense (CBRN) recebeu a visita do pastor Sócrates Oliveira de Souza, durante a sua 85ª Assembleia, realizada nos dias 26 e 27 de abril, na Igreja Batista em Sumaré. Neste período, ele se reuniu com a equipe do escritório da CBNR, além das lideranças Batistas locais, que puderam conhecer as ideias de sinergia para este novo tempo, além da ministração da Palavra, em uma das sessões.

Durante um dos cultos da 85ª Assembleia da CBNR, pastor Sócrates Oliveira de Souza motivou os mensageiros a conhecerem e utilizarem os materiais fornecidos pela Convenção Batista Brasileira.

“Queridos irmãos, para mim é uma alegria estar esses dias aqui com os

Liderança e equipe da CBRN abrem-se a novas ideias para este novo tempo

irmãos vivenciando esta Assembleia. Nós temos um site, que nós costumamos chamar de Portal Batista (www. convencaobatista.com.br). Eu quero lhe convidar a ir lá, porque você vai encontrar muito material para o seu trabalho na Igreja e para conhecer a nossa denominação. Você tem lá Declaração Doutrinária, com aquela

revisão que foi feita em Recife, que só foi o capítulo de família; os Princípios Batistas, a área de Educação Cristã, tudo que o irmão possa precisar. O manual de orientação sobre o trabalho de Educação Cristã está lá; documentos que a gente chama de “Documentos Batistas”: “Como organizar uma Igreja”; “Consagração de Diáconos” “Ordena-

Pr. Sócrates é recebido durante sua visita à Convenção Batista Fluminense (CBF) no Acampamento Batista Fluminense, em Rio Bonito - RJ

Pr. Sócrates, chanceler da CBB, compartilha suas palavras com os membros do Conselho Geral da Convenção Batista Fluminense (CBF)

ção de Ministério Pastoral”. Todo esse material está lá, diagramado. Ele falou também da editora oficial dos Batistas brasileiros. “No portal você vai poder acessar a nossa Editora, chamada “Convicção Editora”. Ela tem um site próprio (www.conviccaoeditora.com.br), mas, entrando no portal, você vai lá. Nós somos a única Editora Cristã no Brasil que tem material de zero a 100 anos”.

Ao encerrar sua participação, ele compartilhou uma história que deixa clara a influência dos Batistas brasileiros para o Evangelho no país.

“Eu tive a oportunidade de conversar com dois líderes denominacionais, não Batistas, e uma das coisas que me marcou foi que ele disse assim: ‘vocês, os Batistas, são bons em Evangelismo e Missões. Vocês precisam voltar a fazer uma campanha daquela “Cristo, a Única Esperança”, porque, quando vocês crescem, nós, os Presbiterianos, Metodistas, também crescemos”, contou o pastor Sócrates.

A “Chancelaria da Unidade” consiste em uma figura para visitar todas as convenções, criar um banco de dados de voluntários nacionais, divulgar todas as ações e ferramentas de boas práticas, aproximar líderes de líderes competentes, ajudar a utilizar os programas já existentes e outros que venham a ser criados, além de conectar Igrejas estratégicas que se juntem neste esforço nacional. n

Visita do Pr. Sócrates, chanceler da CBB, à CBRN durante a 85ª Assembleia

No Poder do Espírito Vamos Completar a Missão no Chile

Nilton, Sandra, Giovanna e Jordanna Antunes

família missionária no Chile

“E sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8).

Compartilhamos o início de nossa ajuda na revitalização da Primeira Igreja Batista de Villarica. Ela estava quase encerrando os 80 anos de atividades como Igreja na cidade. Simón, um dos membros da Igreja e nosso aluno no Seminário Bautista de La Araucanía, nos pediu ajuda para não fechar as portas. Aceitamos o desafio porque faz parte de uma de nossas estratégias de trabalho no Chile - Fortalecimento, Revitalização e Plantação de Igrejas.

Realizamos treinamentos na área de pequenos grupos e evangelização intencional; ajudamos na revitalização do patrimônio; mentoreamos a vida do Simón que, muito em breve, será o pastor da Igreja.

Estamos na fase de plantação de novos ministérios estratégicos para o cuidado mútuo e alcance de novas pessoas. E no poder do Espírito Santo, um ano e oito meses depois, e com a sua participação, investimento e oração, a Igreja encontra-se crescendo, pessoas novas chegando, batismos realizados e uma frequência de 35 a 40 pessoas. Não só isso, também está plantando uma Igreja numa cidade vizinha!

Nessa mesma época, na cidade de Gorbea, começamos um discipulado vocacional com um casal, Rodrigo e Loriana, com chamado missionário que procurava servir a Deus no campo, mas não sabia por onde começar. No poder do Espírito Santo, um ano e oito meses depois, e com a sua participação, investimento e oração, ambos foram contratados pela área de missões da Convenção Batista do Chile (UBACH). E em fevereiro iniciaram a plantação da Igreja Batista na cidade de Tirúa. A plantação terá nosso acompanhamento direto.

Sandra iniciou os trabalhos como executiva Interina do PEPE Network no Chile. O objetivo, durante este ano, é acompanhar, estruturar, ampliar e encontrar uma pessoa “da terra” que assuma todas as responsabilidades como executiva. Um grande desafio!

Assim continuamos fazendo missões no poder do Espírito. Deus indica as necessidades e capacita-nos para executá-las. A obra é dEle, nós somos Seus executores! Não esqueça: cada ação e conquista no Chile, também é sua ação e conquista!

Ore

Por nossas filhas, Giovanna e Jordanna; pelos membros da Igreja Batista Esperança e Vida; pelo Seminário Batista de La Araucanía (somos mentores de alunos); pelos projetos com as convenções Batistas do Chile; pelos projetos com o povo indígena Mapuche; pela expansão do trabalho Batista na República Dominicana; pelos vocacionados que discipulamos para os campos missionários; pelas vidas alcançadas e discipuladas nos projetos que estamos envolvidos; pela Junta de Missões Mundiais e seus missionários, presentes em mais de 82 países; pelos novos desafios que se apresentam para 2024; e por nossa batalha espiritual perceptível e imperceptível.

A você, nossa eterna gratidão! No Chile, com você! Dios te bendiga! Vamos completar a missão!

ESTAMOS EM CAMPANHA!

Missões Mundiais conta com a sua mobilização na campanha 2024, NO PODER DO ESPÍRITO SANTO, VAMOS COMPLETAR A MISSÃO. Contamos com o envolvimento de todas as igrejas batistas brasileiras para sinalizar o Reino de Deus ao redor do mundo. Por isso, ORE, OFERTE, VÁ e MOBILIZE.

ORE pelos missionários e líderes nos povos estrangeiros.

OFERTE para que a provisão possa alcançar crianças e adultos que vivem em vulnerabilidade ao redor do mundo.

Use o pix: minhaoferta@doeagora.com VÁ conheça o Voluntários Sem

Fronteiras e programe sua viagem: voluntarios@jmm.org.br MOBILIZE todo povo batista a fazer mais e melhor por missões.

Vamos, juntos, COMPLETAR A MISSÃO. Acesse: https://missoesmundiais. com/campanha2024/ n

Elana Costa Ramiro

EBD para o ALTO apresenta o ensino da Bíblia em nova perspectiva

Primeira edição do projeto teve cerca de 1600 participantes em 11 estados.

educadora Cristã da Primeira Igreja Batista da Penha - SP e diretora executiva da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil

A Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil (OECBB) realizou no último dia 27 de abril o seu primeiro projeto nacional de capacitação, o EBD para o ALTO. O projeto teve o seu primeiro protótipo em 2022, na cidade de Jundiaí - SP, e foi operacionalizado, na época, pelo Polo do Seminário de Educação Cristã (SEC) na Primeira Igreja Batista da Penha - SP; em 2023 teve mais um protótipo em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Somente em 2024, passou a ser um projeto da OECBB e foi ampliado para alcançar todo o Brasil. A coordenação nacional do projeto está com a educadora cristã Vanessa Ramos, da Primeira Igreja Batista de Petrolina - PE.

Este ano, o evento aconteceu em 11 estados diferentes, envolvendo as cinco regiões do Brasil. Ao todo, foram 18 edições simultâneas, com cerca de 1600 pessoas participando, entre pastores, educadores, líderes, professores e alunos de EBD. Foram mais de 360 Igrejas alcançadas em um único dia, o que representa milhares de alunos alcançados de forma indireta. Essa experiência foi um piloto, uma vez que a proposta é que o evento se repita todos os anos, sempre no último sábado de abril, dia que antecede ao Dia da Escola Bíblica entre os Batistas Brasileiros.

O destaque ficou com o estado do Tocantins que capacitou 353 pessoas em suas duas edições (Araguaína e Palmas); seguido pelo estado de São Paulo com 340 pessoas em suas duas edições (São Paulo e Jundiaí); o estado do Rio de Janeiro foi o que teve mais edições simultâneas, sendo duas na Convenção Batista Carioca (CBC) e três na Convenção Batista Fluminense (CBF); o Piauí também teve duas edições acontecendo na capital. Pernambuco se destacou ao levar o evento para o sertão, na cidade de Petrolina; o estado de Goiás fez importante parceria com o Seminário Teológico Batista Goiano (STBG); o estado do Mato Grosso do Sul ofereceu a única versão online deste ano e os estados do Rio Grande do Sul, Minas, Sergipe e Alagoas deram um grande passo para o início de futuras seções da OECBB.

O EBD para o Alto propõe uma abordagem educacional inovadora, onde líderes e facilitadores são capacitados não apenas para transmitir conhecimento, mas para ensinar com a vida,

envolvendo as pessoas em relacionamentos intencionais de apoio mútuo, num ambiente de aprendizado enriquecedor e transformador. A ideia é impulsionar as classes de ensino bíblico e a vida dos participantes para um nível mais elevado, para o Alto, na direção do Criador.

Os objetivos do projeto incluem capacitar Igrejas para ensinar a Palavra de Deus com sabedoria e excelência,

capacitar facilitadores para o ensino discipulador na EBD, conscientizar pastores e líderes sobre a importância da Educação Cristã, despertar vocações para o ministério educacional nas Igrejas e divulgar conteúdos relevantes para a obra educacional Batista.

A estrutura e o funcionamento do projeto envolvem uma parceria entre OECBB, suas seções e a Convenção Estadual ou Associação de Igrejas in-

teressadas. Cada parceiro tem responsabilidades específicas para garantir o bom desenvolvimento do projeto e a disseminação dos seus objetivos. A expectativa da OECBB é que em 2025 o projeto amplie seu alcance para todos os estados do Brasil e, futuramente, para cada uma das

de Igrejas.

Vamos espalhar a Palavra

associações

de Deus! n

EBD para o ALTO na região Norte, em Araguaína - TO

Equipe do EBD para o ALTO na PIB Penha - SP

EBD para o ALTO no Nordeste, na PIB em Petrolina - PE

EBD para o ALTO na Região Sul, na cidade de Ijuí - RS

EBD para o ALTO no Centro-Oeste, em Goiânia - GO

Projeto EBD para o ALTO promovido pela OECBB nas cinco regiões do Brasil

Dinâmica de avaliação pessoal realizada na PIB Penha - SP

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Associação Batista Central - MG realiza a 58ª Assembleia

Nova Diretoria para o biênio foi eleita.

Convenção Batista Mineira

Nos dias 25, 26 e 27 de abril, reunidos em sua 58ª Assembleia, a Associação Batista Central foi muito bem recepcionada pela Igreja Batista Memorial de Belo Horizonte - MG. Com a presença 210 mensageiros, representando 60 Igrejas, os trabalhos foram conduzidos pelo presidente, pastor Geraldo Oliveira da Silva e os demais pares da Diretoria, assessorados pelo coordenador executivo, pastor Ozirmar Machado Leite, e pelo maestro César Timóteo de Oliveira Santos.

O tema foi “Vivamos o verdadeiro amor” e a Divisa: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35), e o hino oficial: Pai, faz-nos um, 564 do HCC. A mensagem oficial foi proferida pelo professor Valseni José Pereira Braga, membro da Igreja Batista do Bairro São Geraldo - MG.

No primeiro dia de reunião aconteceu a participação musical do maestro César Timóteo de Oliveira Santos, da Igreja Batista do Barro Preto - MG, e os professores da Escola de Música Batista. Na representação denominacional, o pastor Marcio Santos, diretor Executivo da Convenção Batista Mineira, saudou os mensageiros, destacou o excelente trabalho do coordenador e apresentou a revista de Vida na Vida, para crianças, da

Posse da nova diretoria eleita para o biênio 2024/2026

Editora CBM e alguns projetos da CBM.

O segundo dia contou com a participação musical do Ministério de louvor da Igreja Batista Memorial de Belo Horizonte - MG, e o Coral de Diáconos Batistas da ABC. O orador foi o pastor Tarcísio Farias Guimarães, da Igreja Batista do Barro Preto - MG. Na representação denominacional, o pastor José Rene Toledo deu informações sobre a Ordem dos Pastores Batistas de Minas Gerais e sobre a Junta de Missões Mundiais. Aconteceu também a Eleição e Posse da diretoria para o biênio 2024 a 2026, que ficou assim composta:

Presidente: Demétrio Basilio Santana (IB Memorial de BH); Primeiro vice-presidente : Diego Nonato de Paula (IB Bairro João Pinheiro);

Segundo vice-presidente: Abel Filipe dos Santos (IB no Bairro Goiânia);

André Pereira (PIB Tupi);

: Jesimiel

Primeiro secretário: Bruno Nunes Werneck (IB Pedras Vivas);

Segundo secretário: Cláudio Aparecido da Silva (PIB Balneário);

Terceiro secretário: José Afonso Rodrigues Júnior (SIB São Benedito).

Dando continuidade as atividades, no sábado pela manhã foram oferecidas pela ABC e a IB Memorial de BH um café para os pastores e esposas. Logo em seguida, os pastores se reuniram no templo e tiveram uma palestra com o pastor Rubens Eduardo Cordeiro, sob o tema “Excelência no Ministério Pastoral”. As esposas de pastores também se reuniram para eleger sua nova diretoria.

Foram aprovados os relatórios do Conselho Diretor, das organizações auxiliares e Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção MG - Subseção ABC.

Foi aprovado o parecer do Conselho fiscal do ano de 2023.

Encerrando as atividades da assembleia no sábado à noite, com participação musical do Ministério de Louvor da Igreja Batista Bairro Goiânia, e o orador da noite foi o pastor Abel Filipe dos Santos, da mesma Igreja. Representantes da denominação, a irmã Elvira Rangel, 3ª vice-presidente da Convenção Batista Brasileira, e o pastor Roberto Vieira Macharet, presidente da Junta de Educação do Colégio Batista Mineiro, participaram do evento. A nova Diretoria teve o momento de posse solene e o pastor Demétrio Basílio Santana discursou como o novo presidente da ABC.

Durante a assembleia aconteceu homenagens aos pastores com mais de 50 e 70 anos de Ministério Pastoral. A diretoria anterior também foi homenageada.

Agradecemos a Igreja que nos recebeu e a todos os mensageiros que participaram, como também, os líderes denominacionais. Por essa Assembleia, a nossa gratidão a Deus, que faz a Sua obra e nos usa como seus cooperadores.

A próxima assembleia será na Igreja Batista do Barro Preto, no ano de 2026, ocasião em que a ABC comemorará seus 75 anos, jubileu de Brilhante. A Deus toda honra e glória! n

CB Sul-Mato-Grossense lança e-book sobre centenário Batista no Mato Grosso do Sul

Narrativa é permeada de exemplos de perseverança, amor ao próximo e compromisso com a obra missionária.

Departamento de Comunicação da Convenção Batista Sul-MatoGrossense

É com júbilo e gratidão que os Batistas de Mato Grosso do Sul celebram o lançamento do tão esperado livro que marca o centenário da denominação no estado. Esta obra, meticulosamente elaborada, é mais do que um simples registro histórico; é um testemunho vivo da jornada de fé, dedicação e serviço que caracteriza o povo Batista ao longo dos últimos cem anos.

Desde os primórdios, quando a semente da fé Batista foi plantada em solo sul-mato-grossense, até os dias atuais, em que essa fé floresce em diversas comunidades por todo o estado, o livro retrata com emoção e reverência cada capítulo dessa história. Dos primeiros passos da jovem PIB de Corumbá, em 1911, até a expansão e consolidação da

Lançamento do livro sobre o centenário Batista no Mato Grosso do Sul

denominação em cidades como Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e tantas outras, a narrativa é permeada de exemplos inspiradores de perseverança, estudo das Escrituras, amor ao próximo e compromisso com a obra missionária. Por meio de relatos, fotografias históricas e depoimentos comoventes, o livro transporta o leitor para os momen-

tos-chave da história Batista no Mato Grosso do Sul. Ele nos faz reviver os desafios enfrentados pelos pioneiros, as vitórias conquistadas com sacrifício e a esperança que continua a impulsionar os Batistas a servirem a Deus e à sua comunidade com zelo e generosidade.

O lançamento deste livro é mais do que um evento; é um marco na trajetó-

ria dos Batistas de Mato Grosso do Sul. É uma oportunidade de reflexão sobre o passado, celebração do presente e inspiração para o futuro. Que esta obra perdure como um legado precioso para as gerações futuras, lembrando-as da importância da fé, da união e do serviço ao Reino de Deus. Que todos possam desfrutar da riqueza deste tesouro literário, mergulhando nas páginas que contam a história viva e pulsante dos Batistas de Mato Grosso do Sul. Que este livro seja não apenas uma fonte de conhecimento, mas também uma fonte de inspiração e fortalecimento espiritual para todos os que o lerem. Que possamos todos nos unir em gratidão a Deus pelo passado, comprometimento no presente e esperança no futuro, enquanto continuamos a escrever a história da fé Batista em Mato Grosso do Sul. n

Saber envelhecer

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob

“Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e verdejantes, para proclamar que o Senhor é Justo. Ele é minha rocha, e nele não há injustiça” (Sl 92.14,15).

Segundo Howard Hendricks, há três maneiras facilmente diferenciáveis de classificar o idoso, apesar de individualmente elas poderem variar amplamente: a idade cronológica - a medida da idade pelo padrão do tempo decorrido; a idade fisiológica - refletida nas funções corporais da pessoa e sua condição física; e a idade psicológica - baseada no modo como a pessoa se sente ou reage às pessoas e circunstâncias. Uma mulher de 100 anos foi abordada com a pergunta sobre o que ela fizera de sua vida. Ela respondeu: - “Ainda não posso lhe dizer. Ainda estou viva e continuo a fazer minha vida”. (O Outro Lado da Montanha, p. 14,15).

“Devemos dominar o processo do envelhecimento, em vez de permitir que ele nos domine. Não temos escolha quanto a envelhecer, mas temos um voto decisivo sobre vamos passar esses anos. Com respeito à cultura atual, o falecido maestro Leonard Bernstein observou: ‘Metade das pessoas está se afogando ... e a outra metade está nadando na direção oposta’” (Hendricks, p. 22).

Saber envelhecer é uma arte. O envelhecimento é o processo natural da vida. Ao nascermos, iniciamos o processo de envelhecimento e morte. Sabemos que nem todos chegam lá. No Brasil, a expectativa de vida aumenta a cada ano. Isso significa que as pessoas estão vivendo mais em função de informações, da ciência, a geriatria, a alimentação, exercícios físicos, programas de saúde da terceira idade, enfatizando a prevenção, o trabalho e a vida em comunidade como terapias. Algumas empresas têm dado oportunidades para os idosos nos seus quadros funcionais. Os relacionamentos saudáveis são muito importantes, especialmente na fase do envelhecimento. Infelizmente, no Brasil, não temos dado ao idoso o valor que ele possui. Precisamos incluí-los com mais eficiência e eficácia. Respeitar, valorizar e honrar o idoso são atitudes de pessoas maduras, educadas e solidárias.

Reconhecer suas limitações físicas e a potencialidade de sua experiência no Senhor são atitudes do idoso sábio, aquele que conhece a Cristo e confia em sua suficiência. É verdade também que o exercício físico é muito benéfico para o corpo e para a saúde. Caminhar e praticar alguns exercícios específicos são de grande valor para essa faixa etária. Não é hora de se acomodar. É preciso continuar ativo, vestindo a roupa de trabalho. Nos países desenvolvidos, muitos executivos idosos ocupam assentos nos conselhos de administração das empresas. Homens experientes vendem sua capacidade de discernimento, visão e orientação com base em sua carreira profissional.

Reconhecer suas limitações físicas e a potencialidade da sua experiência no Senhor são atitudes do idoso sábio, aquele que conhece a Cristo e confia em Sua suficiência. É verdade, também, que exercitar-se faz muito bem ao corpo e para a saúde. A caminhada e alguns exercícios específicos são de grande valor para essa faixa etária. Não dá para colocar o pijama. É preciso usar o macacão, a roupa de trabalho. Nos países desenvolvidos, muitos executivos idosos ocupam assentos nas cadeiras dos Conselhos de Administração das companhias. Homens experientes vendem sua capacidade de discernimento, de visibilidade e orientações em função de sua carreira profissional.

Saber envelhecer é ser grato

Saber envelhecer é ser grato a Deus pela vida, saúde, família, amigos e irmãos. A gratidão é um componente saudável na vida do idoso. Agradecer a Deus é reconhecer que toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm dEle e que nEle não há sombra de variação (Tiago 1.17). A gratidão retarda a velhice. Enternece o coração. O cântico do coração quebrantado rejuvenesce. Deus se agrada de um coração quebrantado e contrito. Não foi à toa que Jesus, depois de ter curado dez leprosos, constatou que só um voltou para agradecer. Os Salmos estão cheios de gratidão a Deus por quem Ele é e pelo que faz. No entanto, muitos que são ingratos e murmuradores, pois “o dia do benefício é a véspera da ingratidão”.

Saber envelhecer é viver pela fé

Além de ser grato, o idoso deve viver pela fé (Habacuque 2.4; Romanos 1.17). A fé renova a mente, revigora o coração e equilibra as emoções. Acima de tudo, agrada a Deus (Hebreus 11.6). A fé na vida do idoso o torna útil, frutífero e proativo. Ele traz positividade e generosidade. A fé renova as forças, amplia a visão e torna o idoso ativo na família, Igreja e sociedade. A fé produz confiança e esperança. A fé torna o idoso mais corajoso e dependente de Deus Pai. Ele vê o invisível. Crê na Palavra de Deus. Confia na fidelidade de Deus.

Saber envelhecer é servir amorosamente

A gratidão e a fé levam o idoso ao serviço amoroso. Jesus nos ensinou a servir. Ele mesmo é o modelo de servo (Mateus 20.28). Pedro ordena “sirvam uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons administradores ou despenseiros da multiforme graça de Deus” (I Pedro 4.10). Como é saudável servir! O trabalho voluntário é uma bênção, especialmente na terceira idade. O serviço amoroso é aquele que exercido com o caráter de Cristo Jesus. O salmista nos ensina a “servir com alegria e nos apresentarmos ao Senhor com cânticos” (Salmos 100.1,2).

Saber envelhecer é ter alegria

Então, a gratidão, a fé e o serviço amoroso nos conduzem à alegria. Devemos servir ao Senhor com alegria. Paulo nos ensina a nos alegrarmos nEle (Filipenses 4.4). A alegria no Senhor é a nossa força (Neemias 8.10). A nossa alegria está no Senhor independente das circunstâncias. Paulo e Silas estavam presos, mas alegres. A alegria é a música da alma satisfeita em Deus. Graças a Deus pela alegria! Diz a Palavra que o coração alegre aformoseia ou embeleza o rosto, mas o espírito se abate pela dor do coração (Provérbios 15.13). Alegrar-se no Senhor significa estar em sintonia com Ele no Espírito Santo.

Saber envelhecer é louvar a deus

Por último, saber envelhecer significa louvar a Deus, nosso Pai. Os sal-

mos estão repletos de louvor. Devemos louvar, glorificar e exaltar o Senhor em todo o tempo. O seu louvor deve estar sempre nos nossos lábios. Louvá-lo pela criação, salvação, provisão, proteção e segurança em Cristo Jesus. Louvá-lo, acima de tudo, por Seu amor incomparável, insubstituível e imensurável. Que grande amor, excelso amor com que Ele nos amou em Cristo Jesus antes dos tempos eternos! Nada nem ninguém poderá nos separar do Seu amor que está em Cristo Jesus (Romanos 8.38,39). A nossa perfeita segurança está nEle. O Seu amor em nós lança fora todo o medo (I João 4.18).

Gostaria de sugerir algumas atividades que trarão muito ganho a esta fase da vida tão rica:

• Faça sua devocional todos os dias;

• Decore textos da Palavra de Deus;

• Tenha uma lista de oração com pessoas para a salvação e cura;

• Leia bons livros e discuta-os com seu cônjuge ou grupos da Igreja;

• Faça palavra cruzada. Comece com a mais fácil;

• Não vista pijama, mas coloque o macacão;

• Seja sempre útil e sirva com o seu talento;

• Crie um grupo pequeno de compartilhamento;

• Faça trabalho voluntário;

• Tenha uma agenda cheia - atividade e não ativismo;

• Interaja com os mais novos;

• Observe atentamente a Criação de Deus e O louve.

Saber envelhecer, que benção, que paz e que harmonia interior! Aguardar com confiança e esperança o Seu chamado. Nele somos satisfeitos, completos e mais que vencedores (Romanos 8.37). É Ele que dá força ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor (Isaías 40.29). Os que esperam no Senhor terão suas forças renovadas a cada dia (Isaías 40.31). Aqueles que estão no Senhor não olham a eternidade pela perspectiva do tempo, do passageiro, mas veem o tempo pela ótica da eternidade. Já estamos na eternidade com Ele. É uma questão de tempo. Devemos remir o tempo, pois os dias são maus (Efésios 5.16). Vivamos para a glória DAQUELE que nos ama com um amor fervoroso em Cristo Jesus, nosso Salvador e Senhor! n

OBSERVATÓRIO

Lourenço Stelio Rega

Acompanhando notícias dos movimentos sociais e órgãos governamentais, seja do Executivo, Legislativo e mesmo do Judiciário, é possível perceber que a linha do tempo vai invadindo o terreno da família como componente social e seguro para a formação dos filhos e seu preparo para a vida. Aliado a isso, os meios de comunicação são outro agente impulsor que busca mostrar a necessária independência dos filhos em relação aos pais, que não podem se arvorar de quererem invadir a privacidade dos pequenos em desenvolvimento.

Ao longo da história, tem havido inúmeras alterações no modelo chamado tradicional de família, que no passado até se espelhava no “american way of life” na época do filme “Papai Sabe Tudo!”. Até hoje, a família ainda é, em muitos casos, como que um posto de gasolina, um “lugar” para a ‘galera’ ir se abastecer com alimento e passar a noite, como que em um estacionamento enxarcado com comunicação via redes sociais.

Por outro lado, ao longo da história, também tem sido possível aprender que pais que vão além de serem meros progenitores e mantenedores, se tornam instrumentos ativos na preparação dos filhos para que possam ser participantes criativos e dinâmicos da realidade em que vão atuar, seja na vida social, escolar ou mesmo profissional.

A Rui Barbosa é atribuída a frase de que “a família é a célula mater da sociedade”. Podemos dizer a célula matriz da sociedade se a vemos pelas lentes da visão sistêmica da Psicologia.

Neste sentido, a realidade demonstra que a família pode ser considerada o primeiro núcleo social do qual a pessoa faz parte, pois é em seu ambiente que vivemos desde os primeiros momentos de vida até que vamos criar a nossa própria família.

É no ambiente familiar que se descobre o “outro”, a alteridade, mas também os limites da individualidade, pois ninguém é uma ilha (Thomas Merton), havendo necessidade da compreensão dos limites da convivência, mas também da colaboratividade. No lar é que se aprende a encontrar o caminho do perdão como meio de reabrir portas da convivência. No lar é que se aprende escuta atenta, valorização de opiniões divergentes.

Claro, tudo isso quando os pais são

capacitados para que exerçam seu papel como atores que cumpram sua função para a formação adequada dos filhos para a vida, para não serem meros consumidores da realidade, mas seus participantes e construtores. Lares disfuncionais se tornam ambiente para filhos disfuncionais que alimentam cada vez mais uma sociedade disfuncional. Na narrativa da criação (Gênesis 1-2), tudo foi considerado bom pelo Criador, mas não era bom que o ser humano vivesse sozinho, nem que fosse apenas de uma só natureza. Assim, temos o primeiro casal apontando para a dupla percepção da vida - masculina e feminina - como partícipes na ambientação da primeira célula social matriz - o lar. Essa associação - os dois sendo uma só célula vivendo colegiadamente (Gênesis 2.18-26) - foi modelada para dar condições funcionais equilibradas ao prosseguimento da vida. Com a rebelião (Gênesis 3), o ser humano se distanciou do plano matriz da criação e passou a desenhar a vida por seu próprio modo como resultado da dureza de seu coração (Mateus 19.3-12).

O matrimônio, a família e a dinâmica social ficaram disfuncionais em que cada pessoa, em sua individualidade, deixa de lado a alteridade, para impor seu desejo, suas paixões. O patriarcalismo toma o seu lugar transformando a vida em território de propriedade, em vez de convivência pacífica e segura.

Poderíamos ainda falar das diversas gerações e das tendências que foram surgindo, do “lar canguru” etc., mas, economizando espaço, será necessário agora destacar que o lar, como ambiente engenhoso e criativo da vida, começa a ser fragmentado e desconsiderado em sua essência. Até mesmo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) começa a ser colocado em suspeição.

Fazendo uma coleta em diversas fontes, tem sido possível descobrir propostas que agora fazem parte do que poderíamos chamar de um programa mundial para a ressignificação da vida em que o indivíduo seja de fato a “célula mater” da vida e de tudo, e isso vem crescendo especialmente desde a instalação do Iluminismo. Assim, em resumo, é possível descobrir:

• Abolição dos conceitos ontológicos de “homem” e “mulher”, com homens e mulheres biológicos assumindo quaisquer papéis de “gênero” que queiram;

• Abolição dos conceitos de “mo-

Família:

até quando vai existir?

nogamia” e de “incesto”, vistos como obstáculos que impedem o acesso sexual dos filhos à sua mãe, propriedade do pai. Com isto, fica liberada a relação sexual não apenas dos filhos com suas mães, mas dos filhos com quaisquer mães ou mulheres, com o objetivo de desconstruir o conceito de “propriedade”;

• Com a abolição da monogamia como instrumento de propriedade entre marido e esposa, ficam liberadas opções tais como o poliamor (poligamia), “trisal” ou qualquer outra forma de conexão que possam ser justificadas por decisões consensuais ente as partes;

• Abolição do conceito de “sentimentos”, visto como fantasias individuais que sustentam os papéis de “gênero”, as relações afetivas, as relações de propriedade e outros tipos de relações opressivas de dominação de um ser humano por outro;

• Abolição do conceito de “propriedade”, passando todas as propriedades privadas ao domínio do Estado. Isso inclui a propriedade do indivíduo que, desprovido de gênero, de mãe, de afetos e de sentimentos, ficará finalmente livre para satisfazer plenamente suas vontades, dentro daquilo que o Estado permitir.

Especialmente por esse último item, alguém poderia até afirmar que por trás de todo esse programa teríamos como fundamento uma análise marxista de luta de classes em que o capitalismo invade o lar. Seja como for, vale a pena refletir sobre o assunto.

Antes de encerrar essa reflexão, não poderíamos deixar de resumir o parecer do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), após a plenária temática “Desenvolvimento psicossexual da criança e do adolescente” (19/01/2018), demonstrando as necessárias conexões paternais naturais a partir da própria compreensão médica e psiquiátrica.

Em resumo, o CREMESP entende que a saúde mental do ser humano depende de um desenvolvimento harmônico, desde o princípio da vida, e considera que:

• a criança é uma pessoa em desenvolvimento e que o ser humano nasce desprovido de condições autônomas para se manter, tanto física quanto psiquicamente;

• a criança é dependente e requer cuidados especiais, distintos em cada

fase do desenvolvimento;

• as diferentes fases de desenvolvimento evoluirão ao longo das duas primeiras décadas de vida e que essa evolução dar-se-á gradativamente;

• os bebês e as crianças são absolutamente vulneráveis;

• é negligente, irresponsável e alienante consentir ou induzir as crianças a fazerem escolhas prematuras, já que são desprovidas de maturidade para tal;

• é função parental apresentar referenciais para a educação psicossexual da criança, podendo se valer de orientação médica e psicológica;

E, então, diante destas constatações médicas, como fica esse possível programa mundial que acabamos de demonstrar? Como fica o ambiente familiar que tem sido objeto de descaso e de fragilização? Se a criança e o adolescente são vulneráveis e não possuem as necessárias condições para que possam tomar decisões que, muitas delas, terão efeitos por toda a sua vida e, que, estes seres “vulneráveis” e sem as devida condições serão formados em termos de seu caráter, de seu papel social, de seus valores por quem? Pelos meios de comunicação que já se mostram manipuladores e “proprietários” da verdade? Dentro do ambiente do campo da Epistemologia, sempre existem pressupostos ou conceitos fundantes das opiniões, dos programas sociais, das escolhas. São os chamados “axiomas”, que funcionam como uma espécie de “grau zero do conhecimento” (Domingues), a partir do qual tudo o mais se constrói. Assim, em vez de pensarmos em “preconceitos”, será necessário sermos realistas e fugirmos desse sofisma, o que existe são “conceitos” diferentes. Alguém que pensa diferente, em vez de ter um preconceito, na realidade tem um outro conceito e se tiver uma contestação agressora, é isso que necessita ser retificado. Como cristãos, esse é nosso axioma, nosso grau zero do conhecimento, compreendemos que o Evangelho, sendo mobilizado pelo amor, faz o caminho de volta para o plano matricial da criação para trazer o equilíbrio e a restauração da essência da família como “célula mater” e construtora da vida. Por isso é necessário que dentro da educação na Igreja o lar seja o “locus” privilegiado da formação dos filhos para a vida. n