ANO CXXI EDIÇÃO 19 DOMINGO, 08.05.2022
R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
FUNDADO EM 1901
Mãe, bênção do Senhor “Seus filhos se levantam e a elogiam; seu marido também a elogia, dizendo: “Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera” (Provérbios 31.28-29).
Missões Nacionais
Notícias do Brasil Batista
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Observatório Batista
Abençoando o Brasil
Mulher Batista
Norte do Brasil
Novas gerações
Carreta do Sertão faz atendimentos em cidade baiana
Confira os destaques de maio da UFMBB
CB do Amazonas realiza 93a Assembleia
Lourenço Rega traz dicas para inclusão de jovens líderes
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REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 08/05/22
EDITORIAL
Mãe, bênção para a família Não sabemos se, quando criaram as ênfases mensais do calendário da Convenção Batista Brasileira (CBB), pensaram em maio como Mês da Família por conta do Dia das Mães, no segundo domingo do mês. Acreditamos que não, até porque temos Dia dos Pais em agosto e Dia do Irmão em setembro. Numa rápida pesquisa que fizemos, encontramos a informação de que a última data citada é comemorada em Portugal no dia 31 de maio. Mas acreditamos que o Dia das Mães é o que mais combina com maio, o Mês
da Família. Podemos dizer que é com a mãe que temos o primeiro laço mais forte, pois é em seu ventre que somos formados. São 9 meses (alguns vêm um pouco antes) de uma relação de muito amor, cuidado e afeto. E continua com o passar dos anos... E a Bíblia nos traz muitos exemplos de mães exemplares, que fizeram a diferença em sua família. Sara e Ana, por exemplo, viveram o milagre de Deus, pois não podiam ter filhos. Aos 90 anos, Sara gerou Isaque e declarou: “E Sara disse: “Deus me encheu
de riso, e todos os que souberem disso rirão comigo”. E acrescentou: “Quem diria a Abraão que Sara amamentaria filhos? Contudo eu lhe dei um filho em sua velhice!” (Gn 21.6-7 – NVI). Ana gerou o profeta Samuel, após um voto ao Senhor. Ela o pediu ao Senhor, como mostra o significado do nome do profeta. E não podemos esquecer de Maria, escolhida por Deus para dar à luz Jesus Cristo, que veio ao mundo para nos salvar. Um exemplo de fé e obediência ao nosso Senhor! Na Bíblia, a palavra mãe aparece 301 vezes, 216
no Velho Testamento e 85 Vezes no Novo Testamento. Parabéns a todas as mães leitoras de OJB e mães dos leitores de OJB. Que vocês sejam sempre honradas e respeitadas. Aos que não têm mais a presença de sua mãe, que as boas lembranças e princípios sejam relembrados neste dia especial. “Seus filhos se levantam e a elogiam; seu marido também a elogia, dizendo: “Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera” (Pv 31.28,29) n
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REFLEXÃO
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BILHETE DE SOROCABA
Bondade Pr. Julio Oliveira Sanches O salmista, no Salmo 33.9b, diz: “a terra está cheia da bondade do Senhor”. Esta bondade, que enche toda a terra e envolve os seus habitantes, é diferente da bondade produzida pelo fruto do Espírito Santo na vida do salvo (Gálatas 5.22). A bondade fruto do Espírito Santo leva tempo para ser produzida na experiência cristã. Requer uma longa caminhada com o Salvador para ser vista, admirada e vivida. Brutalizado pelo pecado, o pecador alcançado pela graça de Cristo enfrenta um longo caminho para produzir o fruto do Espírito Santo. Não é nada fácil viver como cristão. Na terra vemos a bondade do Senhor na vida dos irracionais, que cuidam e protegem suas proles, enquanto o homem prefere o aborto para se livrar de inocentes que não pediram para ser gerados, amparados por leis votadas por seres desnaturados e governos corrup-
tos. Os animais exercem uma vigilância permanente sobre seus filhotes, enquanto o ser humano abandona e despreza os filhos. Alguns bichos arriscam a própria vida em defesa da sua prole. A bondade do Senhor é vista nas palavras de Jesus ao dizer: “que o Pai que está nos céus, faz com que o sol se levante sobre bons e maus, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Sem fazer acepção de pessoas, Sua misericórdia e amor envolve a todos, até mesmo sobre aqueles que são maus, perversos e pervertidos. Deus sustenta a todos com igual carinho e amor. Isto é bondade que enche a terra. Até mesmo os promotores das guerras assassinas são objetos da bondade divina. A bondade do Senhor não elimina e não evita as guerras loucas produzidas por homens vis. Verdadeiros monstros que eliminam inocentes indefesos. Ao permitir que tais fatos ocorram, Deus revela Sua bondade e paciência junto as
suas criaturas depravadas e dominadas pelo pecado. Vemos a bondade divina produzir compaixão na vida de milhares de pessoas que socorrem os desvalidos e carentes sociais. É possível ver a bondade divina na experiência daqueles que separam um pouco do mínimo que possuem para socorrer os necessitados. Não fosse a bondade divina, há muito que a terra teria sido destruída. Ao escrever sobre a segunda vinda de Cristo e sua aparente demora aos olhos humanos, o apóstolo Pedro diz: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (II Pe 3.9). A nossa mente deturpada pelo pecado não consegue entender porque Deus dá longura de dias a homens maus, corruptos, violentos e ditadores que afrontam as leis estabelecidas pelo Criador.
A bondade divina é a única explicação para tal agir. Em Sua bondade, o Senhor aguarda a conversão do malvado pecador. Oferece-lhe as oportunidades possíveis para que se arrependa. Deus suportou a maldade do Faraó no Egito, quando lançava no Nilo os recémnascidos dos hebreus. Suportou por 40 anos as rebeliões e reclamações do povo escolhido. Sua bondade preservou o Seu povo. Além de suportar, o Senhor lhe dava, a cada novo dia, maná em abundância. Deus continua suportando, com amor e bondade, aqueles que destroem Sua Igreja amada. Alguns pastores afrontam a bondade divina ao desviar a Igreja de Cristo do objetivo estabelecido pelo Seu criador. É verdadeira a reflexão do salmista ao exclamar: “Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado” (Salmos 124.1), há muito teríamos sido consumidos. É a bondade do Senhor que nos livra e nos protege. Glória a Deus por Sua bondade. n
Um amor até que a morte os separe? Não! Um amor até após a morte Nédia Maria Bizarria dos Santos Galvão
especialista em Ciência da Religião, bacharel em Teologia, membro da Igreja Batista do Centenário - Congregação em Areia Branca - SE
No texto do segundo livro do profeta Samuel, capítulo 21, versículos do 1 ao 14, temos a história de uma mulher chamada Rispa. Em suma, Rispa foi uma concubina de Saul e teve dois filhos dele. E, por consequência da quebra de uma aliança com os gibeonitas nos dias do rei Saul, foi exigida a morte de sete dos descendentes dele, entre os quais estavam os dois filhos de Rispa, Armoni e Mefiboseti, que foram enforcados. Daí começa o protagonismo dessa mãe. Seu amor por seus filhos foi selado no fato de não abandoná-los nem após a morte, pois seus corpos ficaram ao
relento e essa mãe ficou velando-os, enxotando as aves de rapina e animais do campo para que estes não devorassem seus corpos. Ela queria um sepultamento digno para eles. Sob a ótica da nossa cultura, provavelmente não conseguiremos compreender a angústia dessa mãe, afinal, os filhos já haviam morrido e não tinha mais o que fazer. Mas, para os orientais, o sepultamento é algo de elevada importância. Podemos verificar em Gênesis 49 a solicitação do patriarca Jacó para ser sepultado no mesmo local de seus antepassados. Em Gênesis 50 podemos observar, mais uma vez, a importância do sepultamento nessa cultura, quando José faz com que os filhos de Israel jurem que levariam seus ossos para a terra prometida e em Josué 8.32 verificamos o cumprimento da promessa. Podemos, então, ter um vislumbre de
compreensão a partir dessas passagens, da importância do sepultamento na cultura do povo de Israel. Assim, consequentemente, melhor entender a aflição de Rispa. Ela é a única nota brilhante nessa amarga vingança, na qual seus filhos foram vítimas, um amor até após a morte. Esta mãe pôs em risco a própria vida para proteger os corpos dos seus filhos. Tratava-se de um amor expresso pelos filhos até após a morte. Porém, vivemos uma realidade em que mães abandonam seus filhos vivos. Casos de filhos largados ao relento, no lixo, expostos ao perigo de doenças, violência e morte. Mães que abrem mão, que desistem dos seus filhos, deixando-os perdidos nas drogas, prostituição, nas redes sociais. Rispa lutou por seus filhos até após a morte deles, enquanto mães não lutam por seus filhos vivos. Precisamos refletir se não estamos
abrindo mão de amar nossos filhos, deixando de dar a proteção necessária enquanto eles são indefesos, deixando de prepará-los para encarar a vida de forma madura, deixando-os largados na alienação oferecida pelo sistema, deixando-os isolados no mundo sombrio e solitário das chamadas redes sociais. Precisamos amar nossos filhos. Amar é decidir, amar é obedecer a ordem divina, amar é se posicionar, amar é se gastar, amar é se doar, amar pelo menos em vida. Contudo, a lição de Rispa é de um amor perene, não até a morte, mas também após a morte. A luta de Rispa por seus filhos não foi vã, o Rei Davi ouviu do seu amor materno e ela foi atendida tendo seus filhos sepultados com honra com o rei Saul. E essa é uma história que nos apresenta: Um amor até que a morte os separe? Não! Um amor até após a morte. n
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Olavo Feijó
No colinho da mamãe… Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB
Quando estamos desesperados e com a solução faltando, quem devemos procurar para nos ajudar? O colinho da mamãe… Só nele podemos ser quem somos de verdade, pedir conselhos sem medo de nada e ouvir tudo de bom de quem nos ama. Deus sabia da necessidade do ser humano em ter alguém tão especial como a mãe para nos gerar, criar e sempre amar. Um amor tão gigantesco que não cabe dentro do seu peito que até o transborda de tal forma, que invade
a vida do filho com carinho, atenção e muito amor no coração. E esse sentimento é tão sublime que nos acostumamos a ele e quando ele falta, devido à ausência física da mãe, causa uma dor insuportável por muito tempo que, mesmo um pouco aliviada, bate saudade para sempre. Então, apesar de muitos chamarem a própria mãe de chata, grudenta, quadrada e iguais a todas as outras na Terra, se não o tomarem cuidado em reconhecer sua importância em vida, somente o fará após sua morte, ficando para o resto da vida querendo o colinho da mamãe... n
pastor & professor de Psicologia
Quem é a família de Jesus? “Ele, porém, respondendo, disse ao membros da família de Jesus corroque lhe falara: Quem é minha mãe? E boram com o Espírito Santo, pois é quem são meus irmãos?” (Mt 12.48) Ele Quem nos garante que estaremos presentes “naquele dia quando Disse Jesus, quando alguém O in- a salvação do pecado se completar” terrompeu com uma mensagem man- (Efésios 5.30). dada por Sua família: “Ele observou: A família do Cristo começa no Quem é minha mãe? Quem são os aqui e agora da nossa existência terMeus irmãos? E apontou para os Seus rena. Mas, porque ela é sustentada discípulos: Vejam! Estes são minha espiritualmente pelo poder do Espírimãe e meus irmãos”. E acrescentou: to Santo, seu destino é o de herdar a Todo aquele que obedece ao Meu Pai vida eterna com Deus. A plenitude da do Céu é meu irmão, minha irmã e mi- família de Jesus será no “novo Céu e nha mãe! (Mt 12.46-50). na nova Terra”. “Então, vi um novo Céu Ser parte da família do Cristo e uma nova Terra… Agora, a morada tem um significado transcenden- de Deus está entre os seres humanos! tal, que permanece além do aqui e Deus vai morar com eles e eles serão agora deste passageiro universo. Os os povos Dele” (Ap 21.1-3).
Mãe distante Teremar Lacerda R. missionária
Quanto gostaria de poder te abraçar, Neste dia das mães… De sussurrar baixinho: Mãezinha, mãezinha! Estar perto de ti, Numa linguagem muda, Onde as palavras, não fazem tanta falta… Nem se podem contar… De reclinar a cabeça sobre o seu ombro,
Falar e poder chorar! Mãe distante! Quanta falta fazes, Quanto és importante! Não sabias psicologia, Mas nos entendia tanto… Não estudaste quase nada, Mas nos desafiaste a crescer, a estudar! Não podias ajudar-nos com as tarefas da escola, Mas nos estimulaste a vencer, Porque sem estudo, dizias: “Não se pode ser ninguém”!
Mãe distante! Tu choraste quando falei contigo! Que terias, estaria enferma?! Porquê das outras vezes, no dia das mães, Estavas sempre sorrindo… Mãe distante! Eu sei que sofres por tua filha, Netos e genro ausentes, distantes… Mas te alegras com os resultados da Obra. Mãe distante! Quanto gostaria de poder te abraçar!
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No princípio: o primeiro casamento
Allan Amorim
devocionais da Junta de Missões Nacionais para o Mês da Família
“Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; ela será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne” (Gn 2.23,24). Imagine a bela cena: Deus, o Pai,
conduz a mulher até a presença de Adão, para que eles sejam unidos em santo matrimônio (v. 22). O homem, deslumbrado com a beleza da mulher, dá-lhe um nome e faz a primeira declaração de amor da Bíblia: “Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Pode parecer uma declaração um tanto estranha, mas é muito significativa: Adão reconheceu Eva como sua parceira e companheira. Era como se dissesse: “Ela é o que faltava em mim!”.
O primeiro casamento, que se deu na presença de Deus, tem vários aspectos importantes refletidos na fala de Adão (v. 24). Em primeiro lugar, o casamento é entre um homem e uma mulher. Não existe outra união aprovada e abençoada por Deus. Em segundo lugar, ambos deixam seu lar original para formar um novo núcleo familiar. O deixar os pais não significa abandoná-los, mas passar a dar prioridade de afeição e dedicação ao cônjuge. Em terceiro lugar, ele se “une,” se liga de maneira permanente
e duradoura à esposa. Aqui vemos o conceito de aliança, na qual se assumem responsabilidades e privilégios. O casamento, desde o início, foi feito para durar toda a vida (veja 1Co 7.39). Por último, o casamento une os cônjuges de maneira profunda: “e serão os dois uma só carne”. Essa união é muito mais do que uma união física; é de corpo, mente, coração, propósitos e sentimentos nutridos mutuamente. Por isso Jesus afirmou: “o que Deus uniu o homem não separe” (Mt 19.6). n
no seio de uma família. Ele cuidou para que José ficasse com Maria, compreendendo o caráter extraordinário de sua gravidez, já que não havia resultado da relação entre eles (veja Mateus 1.18-25). Ele cuidou dos detalhes do crescimento de Jesus no contexto de uma família que lhe daria carinho, afeto e nutriria seu crescimento até que pudesse assumir
seu ministério. Uma família, com pai, mãe e filho, foi fundamental para o cumprimento do plano de Deus, de redimir a humanidade por meio de Jesus. A inclusão da família nesse plano maravilhoso demonstra o valor inestimável que ela tem, dentro dos propósitos de Deus. n
Restauração: o Rei enviado a uma família Allan Amorim
devocionais da Junta de Missões Nacionais para o Mês da Família
“E José, também, foi da cidade de Nazaré, na Galileia, à Cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, porque era da linhagem e da família de Davi, para alistar-se com Maria, que estava grávida e comprometida com ele” (Lc 2.4,5).
É extremamente importante que se valorize o significado do nascimento de Jesus no contexto familiar. O Messias poderia ter vindo em forma humana já adulta, mas Deus, em Sua sabedoria, fez com que viesse como bebê, nascido de uma mãe. E, embora esse fato pareça algo absolutamente normal, Deus não ficou apenas nisso, mas fez questão que Jesus nascesse
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Um irmão leva outro Raimundo Ribeiro Passos
extraído do site da Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil
“Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo), e o levou a Jesus” (Jo 1.41-42). Não dá para saber com detalhes a profundidade que um encontro com Jesus pode fazer na vida de uma pessoa. As circunstâncias em que esse encontro ocorre pode favorecer bastante. André e seu irmão Pedro estavam à espera do Messias, o aguardavam. Esse era também o desejo do povo, a chegada do Messias para que o libertasse novamente da dominação, só que agora do Império Romano. Dos irmãos, João relata que André é o primeiro a encontrá-lo e dá a entender que ele saiu atordoado procurando alguém para contar a novidade. Encontrou primeiro seu irmão, Simão, e o levou de imediato a Jesus. Não perdeu tempo. Olhando tempos depois a história de
Simão, André deve ter se surpreendido com a mudança que lhe aconteceu daquele encontro. A primeira mudança que ocorreu com Simão é que Jesus mudou seu nome para Pedro e outra é que ele é considerado um dos pilares da fé cristã pela cristandade. Isto é exatamente o que acontece quando se encontra Jesus, pois ele muda nossa história, muda o curso e nos põe em novo alinhamento. Pessoas que eram conhecidas por um nome, agora são chamadas por outro, pois são identificadas com uma mudança que em alguns casos parecia impossível de acontecer. Há uma importância muito grande da própria família na condução dos seus membros ao senhorio de Cristo, mesmo que no próprio seio familiar seja difícil a aceitação. Veja que até os próprios irmãos de Jesus, criaram-lhe alguns problemas (João 7)! Mas um irmão que se converte pode influenciar, em muito, seus outros irmãos, seus pais ou seus parentes e levá-los também ao Evangelho. Há vários registros disso em
todos os lugares. A conversa sobre o evangelho deve ser franca e aberta, de modo que um encontro com o Mestre seja propiciado. Não se exclui a rejeição, mas cada um deve, com alegria, falar do Evangelho, na esperança de que a transformação também ocorra com os demais membros da família. No livro de Atos dos Apóstolos há relatos de famílias se convertendo ao Senhor, embora deva se aplicar com cautela uma extensão generalizada de que sempre a família toda se converterá, pois ali é um relato histórico do que aconteceu e nem sempre Deus trata da mesma forma os acontecimentos. De qualquer modo, somos estimulados a interceder por nossos familiares que ainda não tiveram um encontro com Cristo e nos cabe, além da intercessão, a ação de comunicar o evangelho e apresentar aquele que pode mudar o rumo da história, que pode trazer paz ao coração, que pode dar novas possibilidades e pode restaurar não só a vida de forma individualizada, mas familiar. Aproveitar opor-
tunidades é uma excelente iniciativa. Daquele encontro com Jesus, Simão passou a ser chamado de Pedro. Nem todas as coisas mudaram de imediato, pois Pedro teria uma longa jornada pela frente até que sua obra fosse reconhecida e seu caráter fosse modificado. Mas o encontro com o Senhor sempre traz o princípio de mudança e prepara para algo maior que virá, de imediato ou mediato, direto ou indireto, aqui ou acolá. Pedro continuou seu estilo de vida por bastante tempo até que a ação do Espírito Santo sobre ele o transformou por completo. Continuou sendo Pedro, mas transformado, moldado, com um novo jeito de agir, de pensar, de falar, de amar, de sentir e de servir ao seu Senhor. Uma história iniciada por um simples ato, talvez despretensioso, de um irmão que o apresentou a Cristo. Talvez, essa não seja nossa história, ou ela não se dê assim, mas a proclamação do evangelho é essencial para a mudança na vida da família e da sociedade. É bom, então, refletir, um irmão leva outro… para um novo começo! n
lar de onde nunca deveria ter saído. Pensando nesses dias somos levados para uma vida de guerra para o profissionalismo que geralmente segue para lugares longínquos do nosso lar comparando a vida que esse filho levou. É necessário fazer sacrifícios que muitas vezes nos desviam dos caminhos espirituais e familiares para obtermos uma vida de sucesso profissional. Mas existem aqueles que não buscam esse sucesso profissional e exigem de seus pais mais do que devem. A tristeza desse pai em ter ensinado tantas coisas aos filhos e apenas um permanecer ao seu lado. Podemos imaginar a preocupação desse pai sem saber por onde o seu filho andava e como estava vivendo. Como você reagiria se estivesse no lugar desse pai? Quantas vezes valorizamos como filhos pródigos o que nossos pais nos deixaram? Você lembra quantas vezes se desviou do caminho de Nosso Senhor por puro egoísmo e ingratidão? E quantas vezes
Deus nos confortou e acolheu apesar dos nossos erros e pecados? Essa parábola nos faz refletir, primeiramente, sobre o nosso relacionamento com Deus que nos ama imensamente e espera por nosso arrependimento para nos acolher em seus braços pacientemente com a mesma alegria e festa que o pai do filho pródigo o recebeu. Uma outra questão para refletirmos são os valores familiares deixados como legados por nossos pais que devem ser valorizados e passados de geração em geração. Devemos compreender que acelerar o processo de algo que não está ao nosso alcance nos trará frustrações, decepções e muitas tristezas. Se ainda não entregou sua vida a Jesus, não se arrependeu de seus pecados compreenda o que esse texto trouxe para sua vida. O nosso Pai Celestial espera o retorno desse filho pródigo com festa no céu. Valorize o que você tem! n
Filho pródigo Eliszangela Santos de Oliveira
extraído do site da Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil
“Disse mais: Certo homem tinha dois filhos. O mais moço disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe por herança. Então o pai repartiu seus bens entre eles” (Lc 15.11,12). A parábola do Filho Pródigo representa o amor de Deus para com Seus filhos arrependidos, uma narrativa que foi pregada por Jesus para que pudéssemos ter um ensino para a vida, respeitando os pais e aqueles que são responsáveis por nós. Esse texto bíblico nos leva a refletir sobre a importância dos conselhos que devemos seguir como filhos e como pais no cotidiano da vida. Essa parábola trata sobre o filho que quer receber sua parte da herança ainda com o pai vivo e acaba por gastar tudo que recebeu e depois voltar para casa
sem nada. Os pródigos vivem assim, são pessoas que gastam seu dinheiro com coisas inúteis e por não terem equilíbrio ou não saberem administrar suas finanças perdem tudo de forma demasiada. Encontramos nesse contexto de vida familiar um pai e dois filhos, sendo que um deles permanece ao lado do pai e o outro vai embora com o valor recebido, que correspondia a sua parte na herança. Atualmente podemos ver situações semelhantes a esta, que os pais nem precisam morrer para terem que dividir bens materiais com os filhos para que não ocorram brigas pós morte. Nesse caso, no texto de Lucas, o dinheiro acabou e ele teve que fazer coisas que antes não fazia quando estava ao lado do pai, sujeitando-se a trabalhar com os porcos e várias outras tarefas desagradáveis para não passar fome e em ato desespero. Esse filho passou por situações de tristeza, miséria, medo, solidão e vários outros sentimentos ruins que o levou de volta ao
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Redação Missões Nacionais
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Carreta do Sertão abençoa moradores de Heliópolis - BA
A população de Heliópolis-BA recebeu a visita da Carreta do Sertão. Nessa passagem pela cidade, muitas pessoas foram abençoadas com atendimentos médicos e odontológicos e receberam uma palavra de amor e esperança por meio dos missionários. Enquanto os moradores da região aguardavam para serem atendidos, uma equipe de voluntários muito animados louvava a Deus. Esse momento é sempre uma grande oportunidade para compartilhar a Palavra em forma de canção. Durante o dia, a missionária Andréa Lopes se deparou com Maria Vitória, de 11 anos. A menina sofria de ansiedade e seria uma das últimas a ser atendida. Ao ser comunicada pela mãe que a Maria estava em crise, a missionária se colocou ao lado dela, a acalmou e a ajudou a esperar pela sua consulta. Ao final, a menina optou por entrar para o atendimento com Andréa e pôde ouvir mais do amor de Deus. Para a glória do nosso Senhor, a pequena Maria Vitória recebeu Jesus Cristo em seu coração! Louvado seja Deus por esse trabalho que gera tantos frutos e transforma a vida de crianças, jovens, adultos e idosos. Continue orando e investindo nessa ferramenta missionária, afinal, a Carreta do Sertão é sua também! n
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
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Convenção Batista do Amazonas promove 93a Assembleia e elege nova diretoria Celebração também teve momentos missionários.
Nelmo Monteiro Pinto
diretor executivo da Convenção Batista do Amazonas; Claudio de Castro Fernandes, coordenador de Missões Estaduais da Convenção Batista do Amazonas
Foi, sem dúvida, uma Assembleia histórica. Nos dias 14, 15 e 16 de abril, aconteceu a 93ª Assembleia da Convenção Batista do Amazonas (CBA), na Igreja Batista de Constantinópolis, em Manaus-AM. Estiveram presentes os representantes da Junta de Missões Mundiais (JMM) e Junta de Missões Nacionais (JMN), representados pelo pastor João Marcos Barreto Soares, diretor executivo da JMM, e pastor André da Silva Matheus, coordenador do Radical Amazônia. Contamos também com a presença sempre alegre do pastor Valdir Soares, promotor da JMN que passa a residir em Manaus-AM. Na primeira sessão foram apresentados o pastor Nelmo Monteiro Pinto, como novo diretor executivo, e pastor Claudio de Castro Fernandes, como coordenador de Missões Estaduais. Também foi eleita a nova diretoria da CBA, que ficou assim constituída:
Momentos missionários e eleição da nova diretoria marcaram a 93a Assembleia da Convenção Batista do Amazonas Presidente: pastor Jair Mendonça Pereira (Igreja Batista em Parque São Pedro); Primeiro vice-presidente: pastor Weidman Alex Albuquerque (Primeira Igreja Batista na Cidade Nova); Segundo vice-presidente: pastor Layon Gabriel Morais Nunes (Primeira Igreja Batista de Urucará); Primeiro secretário: João Bosco Brasil de Souza (Igreja Batista Cristo Rei); Segunda secretária: Cristiane Maria de Freitas Sousa (Primeira Igreja Batista em Manaus); Terceira secretária: Ana Goreth Avelino Barbosa da Silva (Igreja Batista XV de Outubro).
Na Noite Missionária foi apresentado um filme promocional de Missões Estaduais 2022 e o Coral do Projeto Jesus o Pão da Vida cantou o hino oficial da Campanha. Além disso, ouvimos testemunhos maravilhosos do pastor Rildo Gentil França, da Igreja Batista Ebenézer, em Nova Olinda do Norte-AM, de ações no interior junto aos ribeirinhos e comunidades indígenas; e o pastor Mario Jorge, missionário itinerante da Segunda Igreja Batista de Manaus-AM, na calha do rio Solimões, nas comunidades do Ajaratubinha, Jacaré, Ilha do Camaleão e comunidade Piranha. Também foi apresentada a missionária Edilene dos Anjos, da Primeira Igreja Batista de Coari-AM,
preparada pela Agência Missionária Novas Tribos do Brasil para atuar junto à etnia Yanomami. Fechando o evento, o pastor João Marcos Barreto Soares trouxe um relatório da providência de Deus na Ucrânia e no mundo. Proferiu a mensagem oficial tendo como base a Grande Comissão, destacou que fazemos Missões porque Deus é Todo Poderoso, que a Missão é alcançar o mundo inteiro e que na missão temos a garantia de que Jesus está conosco, como prometeu. Por essa Assembleia Histórica, nossa gratidão a Deus, que faz a Sua obra e nos usa como cooperadores dele. Sempre avante para cumprir a nossa missão. n
“Caravana Missionária da Esperança” é realizada pela Associação Batista Grapiunense na região da Chapada Diamantina População de Iramaia recebeu diversos serviços.
Paulo Henrique Nogueira
pastor, diretor executivo da Associação Batista Grapiunense
A Associação Batista Grapiunense, em conjunto com as Igrejas Batistas, realizou nos dias 14 a 17 de abril a viagem missionária “Caravana missionária da esperança”, em Iramaia, campo missionário da Convenção Batista Baiana (CBBA) na região da Chapada Diamantina, e com um impacto social e
evangelístico beneficiou a cidade com vários trabalhos nas áreas de saúde, psicologia, odontologia, massoterapia, assistência social, nutrição, cortes de cabelos etc. deixando mais de 30 cestas básicas para serem entregues a famílias carentes. Ação teve 42 missionários voluntários. Além disso, também foram recenseadas 76 casas, distribuídos 140 folhetos, 40 famílias pediram estudos bíblicos, uma reconciliação, 15 decisões por Cris-
to de adultos e 17 de crianças. A Deus seja a glória em tudo e para todo o sempre. Vamos avançar, povo Batista! A missão continua. É tempo de avançar! Associação Batista Grapiunense Com sede em Itabuna-BA, a Associação Batista Grapiunense tem 64 anos de atuação e é composta por 67 Igrejas. n
Caravana missionária contou com 42 missionários voluntários
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Voluntariado na Vila Minha Pátria Redação Missões Mundiais Em parceria, as duas organizações missionárias da Convenção Batista Brasileira, Missões Mundiais e Missões Nacionais receberam, no dia 19 de abril, um grupo de refugiados afegãos na Vila Minha Pátria em Morungaba-SP. São pessoas que conseguiram deixar o Afeganistão, que hoje se encontra sob o domínio do regime Talibã. O papel de Missões Mundiais será fazer com que eles se sintam em casa, em um ambiente mais próximo à sua cultura, com respeito, cuidado e comunhão. A Camila Dutra, médica geneticista e pediatra está como voluntária nessa missão e compartilhou como tem sido a experiência: Eu cheguei na quinta-feira (21) e conversei um pouquinho com as meninas refugiadas. Uma delas, que vamos chamar de Vera, por questões de segurança, uma moça que fala muito bem o inglês e está aqui com seus pais e seus irmãos. Eu atendi tanto ela quanto a família também. Vera é formada em Administração e trabalhava numa boa empresa, a mãe dona de casa e o pai trabalhava num mercadinho. Uma coisa que me deixou preocupada foi com o pai, com 50 anos de idade ele se queixa de esquecer as coisas muito rápido. Às vezes ele acabava de falar com a gente qualquer coisa ele já esquecia tudo. A família relatou que é uma queixa que não é de agora, já tem uns 20 anos, sem progredir, mas sempre com esses esquecimentos. Eu perguntei para Vera se tinha algum motivo pra ele não ter procurado algum tratamento, algum médico e ela falou: Ah, aparentemente, não. Como se para ele aquilo fosse normal, pois seguir a vida trabalhando é o que importa. Então acho que eles não dão muita importância
E é a Vera que mantém a família, pois ela trabalha, cuida dos pais, dos irmãos, um de 18 e o outro de 20 anos de idade. Ainda jovens e não tiveram tempo de pensar em algum tipo de estudo ou formação, pois desde 2001 com essa questão aí do Talibã, lembro da balbúrdia que foi, o horror que foi. Depois as tropas americanas foram para lá, aí as coisas diluíram um pouco e agora eles voltaram com força. Então praticamente essa foi uma geração que viveu bastante esse clima de guerra. Os irmãos e pai se queixam que não conseguem dormir bem. O pai também reclama de tremores, falta de concentração, que pelo que vi se agravou depois de um acidente de carro que aconteceu com ele Eu indiquei psicoterapia e eu sei que é uma coisa que dá pra gente fazer du-
rante esse período deles aqui. Será um caso interessante de acompanhar. Eles estão com aquele estresse pós-guerra e vamos atuar para curar isso. Convidamos você a servir conosco neste tempo de acolhimento! Para se cadastrar e participar desta ação você deve acessar este link: www. cognitoforms.com/jmm8/vsfrefugiadosafeg50snobrasil ou escrever para voluntarios@jmm.org.br No momento da sua inscrição, você poderá escolher sua área de atuação e o tempo que poderá disponibilizar. Para sua participação nesta ação, precisaremos receber os seguintes documentos: • RG e CPF; • Certificado escolaridade; • CRM / CRP/ Coren / Carteira digital
da AOB (de acordo com sua área de atuação); • Habilitação/CNH (para os motoristas); • Carta de recomendação da sua Igreja; • Certificado Nacional de Vacinação da COVID-19 (se ainda não tiver, pode enviar o cartão de vacina com as doses completas); • Termos de voluntariado e a Política de Proteção à Criança e ao Adolescente assinados. Ore por esse trabalho e para que muitas vidas sejam curadas e alcançadas por Jesus. Oferte via PIX: refugiados@doeagora.com Viva a compaixão servindo em meio a refugiados afegãos. n
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 08/05/22
“Igreja na praça”, da IB em Joaquim Távora - CE, abençoa a comunidade local Atividade acontece sempre no terceiro sábado do mês. Deborah Bandeira
líder do Ministério de Missões da Igreja Batista em Joaquim Távora - CE
Sempre no terceiro sábado do mês, a Igreja Batista em Joaquim Távora-CE realiza o “Igreja na Praça”. No dia 16 de abril, na praça do bairro, os membros da Igreja participaram da ação evangelística oferecendo vários serviços à comunidade local: massagem relaxante, manicure, aferição de pressão, teste de glicemia, avaliação física, orientação jurídica e brincadeiras evangelísticas com as crianças, além do evangelismo pessoal feito nas ruas do bairro. Nessa manhã, várias pessoas foram abençoadas, tanto com atendimento nos diversos serviços ofertados e no evangelismo pessoal, como também com momentos de oração, quando alguns irmãos com a blusa “Posso orar por você?” se disponibilizaram a orar por quem precisasse, inclusive, a nossa pequena missionária Joquebede
Atividades do “Igreja na praça” têm feito a diferença na região Barcelos, de seis anos, que orou em vários momentos por pessoas e suas solicitações de oração (por pedidos específicos, por suas vidas e famílias) naquele lugar. Encerramos a manhã com muita gratidão no coração, pelo privilégio de podermos compartilhar o amor de Deus
Segunda Igreja Batista em São José do Imbassaí, em Maricá-RJ, fala da sua participação na campanha de Missões Mundiais
com tantas pessoas. Nosso intuito é demonstrar o Seu amor de forma prática, evangelizando as pessoas do bairro e impactando vidas daquela comunidade onde a Igreja está inserida. Dessa forma estamos cumprindo o Ide de Jesus em Mateus 28:19 e 20, fazendo com que o Seu nome seja glorificado através da
propagação da Palavra, de serviços e dos testemunhos, tanto na praça como de porta em porta. Pregar o Evangelho e alcançar pessoas para Cristo, essa é a nossa missão e a cumprimos com os corações gratos por podermos ser participantes de tão grande comissão. n
Congresso da Juventude Batista Nordestina, na Bahia, chega a 38a edição
Vitória Côrtes
líder de Mídia da Segunda Igreja Batista em São José do Imbassaí, em Maricá-RJ
A Segunda Igreja Batista em São José do Imbassaí, em Maricá-RJ, realizou no mês de março a campanha de Missões Mundiais “Viva a Compaixão”. Durante todo o mês, os irmãos da Igreja se empenharam em trabalhar em prol de missões, na certeza que cada um de nós devemos ter um coração missionário. Sobre a Igreja
Congresso teve boa participação da juventude regional Amanda Goes dos Santos Igreja se envolveu com a campanha missionária
presidente da Juventude Batista Nordestina - BA
março de 2013, nos tornamos Igreja e, Nos dias 15 a 17 de abril aconteceu Durante mais de 20 anos fomos desde então, continuamos trabalhando o 38° Congresso da Juventude Batista Congregação da Igreja Batista em Ca- na expansão do Evangelho em nosso Nordestina (CONJUBANE), na Primeira choeiras de Maricá-RJ. No dia 02 de bairro. n Igreja Batista de Conceição do Coité-BA.
Foi um momento maravilhoso de reencontro, louvor e adoração ao nosso Deus. Contamos com a participação musical de Ícaro Dias e do ministério de louvor da Igreja anfitriã. A palavra foi ministrada pelo pastor Ezequiel Souza, professor do Seminário Teológico Batista do Nordeste (STBNE). n
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PONTO DE VISTA
O JORNAL BATISTA Domingo, 08/05/22 FÉ PARA HOJE
À mesa com o Mestre
Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob A informalidade nos expõe. A formalidade nos esconde. A nossa tendência é a formalidade porque, na verdade, temos medo de abrir o nosso coração na comunhão do Corpo de Cristo - a Igreja. Por essa razão, precisamos ter mais mesas que se traduzam em mais comunhão, informalidade. À mesa somos iguais. Em torno dela compartilhamos a fé na suficiência de Cristo, a nossa esperança, o coração, as nossas mazelas, os nossos desafios e as nossas expectativas. Aprendemos a ver o outro com mais naturalidade sem cobrarmos desempenho e sem o julgarmos. O Senhor Jesus gostava muito de estar à mesa com os Seus discípulos, religiosos e os párias alijados por uma sociedade seletiva. Ao seu redor, a comunicação é mais real, pode ser mais sincera. Nela rasgamos o coração, muitas vezes feridos com as decepções da vida e podemos experimentar a cura pelo amor fraterno.
A nossa experiência com Cristo passa pela confissão, arrependimento e perdão. Nesta circunstância, entendemos mais o outro, percebemos com mais clareza como servi-lo em amor. À mesa, lugar comum, há confrontação com os ensinos de Cristo e a disposição do coração em buscar a cura. Esta sociedade chamada cristã - referindo-me ao contexto da Igreja de Jesus - está doente e precisa se submeter a Cristo Jesus, o Senhor. Como cristãos, precisamos da terapia da fraternidade. Carecemos da festa do Cordeiro onde as pessoas estão presentes não por seus méritos, mas pelos méritos de Jesus, nosso Redentor. Estar à mesa com o Mestre pode desencadear a transformação das entranhas, a renovação da mente e a prontidão do espírito em fazer toda a vontade de Deus. A experiência nos leva ao descanso, pois ao seu redor temos a capacidade de relaxar, refletir e ouvir os conselhos do Pai através dos irmãos
comungantes. A mesa da comunhão é o lugar da graça que basta, do reconhecimento de nossa incapacidade de perceber tantas coisas boas e edificantes e do quebrantamento operado pelo Espírito Santo aplicando a suficiência de Cristo Jesus às nossas vidas. Em casa, na Igreja e na vizinhança precisamos de mais mesas. Foi em torno dela que a mulher pecadora se achegou a Jesus, quebrantada e confessando os seus pecados, para ser perdoada, onde o perfume do amor, perdão e da aceitação do Senhor se fez sentir muito forte (Lucas 7.36-50). Jesus foi para a casa de Zaqueu e se sentou com aquele publicano que, arrependido e profundamente impressionado com o Salvador, confessou seus pecados (Lucas 19.110). Por isso, Jesus deixou muito claro a Sua missão: “O Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19.10). Mesa é lugar de alimento, oportunidade de ouvir, falar, refletir, ajudar, encorajar e criar para agir sempre
em favor do próximo e para a glória do Criador. É nela que devemos ter comida e bebida para todos; comunhão e expressão; afetuosidade e aceitação; sinceridade e integridade; graça e receptividade. À mesa é uma oportunidade de nos submetermos ao olhar profundo e perscrutador do Senhor. Somos convidados a participar da Mesa do Senhor - a mesa do amor, da graça, misericórdia, justiça, entrega, do sacrifício, da consagração e da ação -, que nos faz muito bem em nossa mutualidade cristã. Que tenhamos mais mesas - da comunhão, articulação, dedicação e santificação. Onde podemos chorar, rir e exercer a empatia e a simpatia sempre em Cristo Jesus. À mesa com o Mestre, tenhamos sempre a experiência de nos encontrarmos com as pessoas simples e sofisticadas para exercermos o nosso testemunho cristão exaltando o Cordeiro, Aquele que é a razão da nossa esperança e da nossa fé. n
PONTO DE VISTA
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OBSERVATÓRIO BATISTA
Novas gerações - vamos ao encontro desses novos líderes? Lourenço Stelio Rega No artigo anterior procuramos abrir o tema da necessidade abrirmos e ampliarmos o espaço para as novas gerações na liderança e participação denominacional. Temos ouvido de diversas regiões a carência de líderes para assumirem a liderança em muitas áreas do atendimento denominacional e até mesmo para a composição de diretorias regionais. Isso é um indicador da necessidade de despertamento e capacitação continuada de líderes a que precisamos estar bem atentos e sincronizados. Aliás, precisamos ligar nosso “radar” para muitos indicadores do tempo presente para conseguirmos cumprir cabalmente nossa missão como líderes nacionais deixando sólido um legado que alimente, com contínua segurança, o cumprimento de nossa missão no atendimento de nossas Igrejas. Em termos ilustrativos desse cenário das novas gerações, veja uma situação que tem ocorrido e ocorrerá com mais intensidade, e necessitamos perguntar se algo tem sido feito de forma preventiva e proativa, seja no âmbito eclesiástico, seja no denominacional. Aqui nos referimos ao cuidado do preparo de jovens que estejam ingressando no ensino superior, quando estariam sendo inseridos em um ambiente de pesquisas, mas também quando estariam expostos a crenças e ideologias diferentes das que esses jovens normalmente vivem nas Igrejas e em suas famílias, tais como ateísmo, moralidade aberta, drogas, cultura de gênero etc. A pergunta oportuna seria saber como estes jovens estão sendo preparados do ponto de vista bíblico, teológico, ético cristão e até mesmo em termos culturais, para que consigam, apesar do ambiente em que estariam, serem embaixadores do reino de Deus, manifestando lealdade a Deus e Sua Palavra e, ainda, manifestando o modo de vida cristão de modo atraente, que supere as expectativas, sendo sal e luz no ambiente a que estarão vivendo no tempo da academia? Diversos colegas pastores já têm demonstrado que jovens de suas Igrejas, quando vão à Faculdade, nem sempre permanecem e acabam se afastando
do convívio eclesiástico, muitas vezes sem terem recebido suporte para essa nova fase de suas vidas. Em alguns casos acabam retornando ao convívio eclesiástico, quando se casam e têm filhos para que possam ter assistência na formação religiosa deles. Esse cenário é algo preocupante, mas precisamos compreendê-lo para dar suporte e conseguirmos ter Igrejas fortes e saudáveis com a manutenção das diversas gerações no viver cristão e sendo testemunhas de vidas transformadas e transformadoras em seu ambiente de convivência. Muito poderíamos ainda mencionar sobre o tema, mas sobra ainda uma indagação, que é o quanto nós, pastores, estamos de fato nos preparando, nos atualizando quanto às tendências culturais que estão formando novos e complexos cenários e ainda mais buscando caminhos bíblicos, para que nossos jovens possam estar preparados a serem testemunhas vivas de um Evangelho atraente e transformador? Enquanto o tempo passa, tem sido possível notar que o preparo e atualização pastoral nem sempre tem sido prioridade, talvez estejamos nos envolvendo tanto com a obra de Deus que possamos estar esquecendo do Deus da obra e da missão que Ele nos tem dado em cuidar de vidas, mais do que em resultados estatísticos. Nos parece que o pragmatismo e o utilitarismo funcional tem nos tirado da frente estas prioridades. Então, mãos à obra, o que poderemos fazer para que as novas gerações possam estar ao nosso lado e, em seguida, assumindo a liderança não apenas denominacional, mas, mais ainda, da vida de nossas Igrejas? Vamos a algumas sugestões: • Mapear a situação - ver riscos e oportunidades. Em primeiro lugar precisamos notar que uma situação como essa pode ser classificada como uma crise, e toda crise tem dois lados - Perigo/Risco e Oportunidade. Como a palavra chinesa (no kanji) para crise nos ensina - Wei-ji: Wei - risco/perigo + ji - oportunidade. Então precisamos mapear o risco que teremos e os prejuízos se esse tema não se tornar prioridade. Em seguida desenhar um caminho para as oportunidades de aproximação às
novas gerações e desenhar as futuras conquistas que elas poderão trazer para enriquecer ainda mais o cumprimento da missão denominacional e das Igrejas, quando nos referimos às novas gerações que nela estão. • Conhecer e compreender as características das novas gerações. Em seguida torna-se necessário que invistamos tempo em compreendermos as diversas características, interesses, necessidades e como percebem e compreendem a vida e o mundo pelas lentes das novas gerações. Hoje há muita literatura disponível para conhecermos essas novas gerações. É possível utilizarmos a tipologia clássica sobre as gerações, então conhecermos especialmente estes detalhes sobre a Geração Y, que se refere aos nascidos a partir de 1980, que em geral, podemos dividir em dois ou três fases. Mas também a Geração Z, dos nascidos a partir de 1995. • Compreender como cada geração enxerga o mundo, a vida. As novas gerações são fruto das experiências que seus pais foram vivendo ao longo do tempo, em como enfrentaram as crises de cada época, como isso foi transferido aos filhos, como puderam ensinar os filhos a enfrentar crises, frustrações, planejar o tempo, desenvolver relacionamentos e amizades. Também como preparam os filhos para a vida etc. Com isso é possível colocar as mesmas lentes e cores que as novas gerações utilizam para ver as situações da vida, os dilemas, e como buscam respostas e se buscam ou esperam que o tempo dê respostas etc. Assim poderemos ver a vida e as suas situações com o mesmo olhar. • Compreender como as novas gerações estabelecem o que de fato importa. Como cada geração, em termos gerais, estabelece suas prioridades, o que de fato toma a atenção delas? Como o aspecto institucional e formal é considerado por estas novas gerações? Como daremos oportunidade para que possam dinamizar o atendimento às Igrejas e à sua própria Igreja? Como conseguirão fazer transição institucional em busca de resultados mais dinâmicos? Se a visão institucional não tem prioridade como seria possível promover o proces-
so de decisões? Decisões colegiadas e de consenso seriam melhor que decisões juridicamente legitimadas? • Compreender como cada geração busca resolver dilemas, desafios, problemas, conflitos. O item anterior nos conduz a este. Soluções de conflitos, por exemplo, demandam processos de negociações, estabelecimento do que seja de fato importante. Muitas soluções de problemas e conflitos passa pelo valor que se dá para os relacionamentos. Se um relacionamento, por exemplo, é prioritário, em geral um problema, dilema ou conflito pode não representar prioridade e não ser considerado. Assim, as gerações mais adultas (X, Baby Boomer) que estão, em geral, hoje na liderança, podem valorizar mais resultados, mais o aspecto institucional, menos relacionamentos etc. E isso pode ser fator de conflito entre as gerações anteriores e as novas gerações, de modo que os ruídos de compreensão se instalam e podem impedir a abertura de espaço para diferentes abordagens nesse sentido. • Abrir diálogo com as novas gerações. Escuta atenta aqui vale mais do que escuta ativa. Isto é, ouvir primeiro, para compreender, depois buscar retornar com respostas. Quando as pessoas notam que estamos atentos para ouvir, os ruídos de comunicação, de aceitação são atenuados. As novas gerações precisam ser ouvidas, pois podem ter respostas diferentes para situações que podem trazer melhores resultados dos que estamos acostumados. Quem sabe as novas “lentes” tragam novas luzes, novas percepções, novas variáveis que poderão indicar caminhos com maior resolução. Existem outras providências, mas estas já podem nos ajudar na abertura do diálogo e de espaço para que as novas gerações possam participar ativamente da missão que Deus tem nos dados, seja no âmbito denominacional, seja no eclesiástico. Afinal, estas novas gerações são nossos filhos, filhos de nossas ovelhas nas Igrejas, que poderão estar na espera para serem ouvidos e oportunidade para participar. É tempo para que possamos refletir e atuar na busca desses novos caminhos. Para dialogar use rega@batistas. org n