OJB Edição 19 - Ano 2018

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 13/05/18

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXVII Edição 19 Domingo, 13.05.2018 R$ 3,20

Fundado em 1901

Centenário da Convenção Batista Mineira é destaque na 98ª Assembleia da CBB Evento aconteceu entre os dias 26 e 29 de abril de 2018 no Centro Nacional de Convenções (CENACON), em Poços de Caldas - MG.

Mamãe, parabéns pelo seu dia! Que Deus a abençoe e fortaleça! CBB 2018

Missões Nacionais

Confira a Declaração de Poços de Caldas, elaborada na 98a Assembleia da CBB

Missões Nacionais testemunha mais uma história de transformação de vida

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UFMBB

CBB 2018

UFMBB reúne cerca de mil mulheres na 95a Assembleia; saiba mais!

Sermão do secretáriogeral da Aliança Batista Mundial (BWA) encerra CBB 2018

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

Renúncia que traz alegria

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urante a vida, nós precisamos abrir mão ou adiar muitos sonhos, projetos por causa de algumas situações. Não é diferente para a mulher quando ela se torna mãe. A partir desse momento, passa a viver em função do bebê que está por vir. São exames, chá de bebê (agora temos também o chá revelação), a decoração do quarto, roupas, fraldas e a preocupação com a realização do parto. E essa preocupação não se limita apenas aos nove

meses de gestação, ela vai se estender por toda a vida. As notas do filho na escola, o seu comportamento, as amizades, onde está e o que está fazendo, a tão sonhada escolha da carreira são algumas das muitas preocupações das mães. Tudo passa a ter um ritmo diferente. Seus horários, alimentação, roupas, humor, até a maneira de se relacionar com as pessoas. Com certeza, você deve conhecer mulheres que abriram mão de muitas coisas para viver a maternidade. Lazer, faculdade, cursos, passeio

entre amigas; tudo isso fica em segundo plano. Por isso, filhos, deem valor à sua mãe. Pense em tudo o que ela fez e faz para lhe dar o melhor. Faça o que puder para honrá-la em vida. E você, mãe, quando sentir-se sozinha, lembre-se que o Amor de Deus jamais lhe deixará só. Quando a situação apresentar-se difícil, Ele estará contigo, dando suporte e calma para lidar com as situações. Consagre a sua vida e a dos seus filhos ao Senhor e, com certeza, o Pai celestial nunca vai deixar

faltar nada. E você que hoje já não tem sua mãe presente fisicamente, lembre-se dos conselhos dela e dos momentos especiais que viveram juntos. Siga o legado de amor e dedicação que ela deixou. “Seus filhos se levantam e a elogiam; seu marido também a elogia, dizendo: ‘Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera” (Pv 31.28-29). Parabéns pelo dia de vocês, mamães! Vocês merecem todos os dias do ano. Que Deus abençoe a todos. Boa semana!


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

Os chinelos da mamãe

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ão eram havaianas, pois ainda não existiam naquele tempo. Não eram azuis, eram de couro cru. Mas não me lembro de vê-la usando no processo de educação dos seus oito filhos. Ela seguia a Bíblia, usava vara de goiabeira. Não dava palmadas, portanto, isenta da Lei da palmada - Lei elaborada por políticos corruptos que nunca foram submetidos à vara. Por isso, são corruptos e péssimos exemplos para sociedade. Mamãe usava a vara; seguia a orientação de Provérbios 13.24; 23.13-14 e 29.15 e 17, com muita sabedoria. Ao corrigir os filhos, esses sabiam o motivo da correção. Não havia sentimento de frustração ou de injustiça ao receber o castigo merecido. Havia grati-

dão pelo amor que o aplicava. Caso vivesse hoje seria processada por seu método bisonho de conduzir os filhos. Nenhum deles seguiu o caminho da rebeldia ou deixou-se levar por traumas. Nenhum se transformou em bêbado, ladrão, revoltado, irresponsável e escória social. Aprendemos a respeitar os mais velhos e até pedir a benção, como Levítico 19.32. Não havia necessidade de Estatuto do Idoso. Respeito e caráter foram forjados com sabedoria e orientação segura dos nossos pais. A mentira era castigada, fosse pequena, grande ou branca. Os filhos aprenderam a falar a verdade, mesmo quando essa conspirava contra o culpado. Seu método de educar era mutável. Não admitia rebeldia ou questionamentos, tão

comuns no mundo infantil. Lembro-me da primeira tentativa para adentrar o vício do tabagismo. Ao saber do meu primeiro cigarro, chamou-me com sua voz meiga e carinhosa para junto do fogão. Tirou um tição fumegante, encostou-me à parede e sem gritar chegou as brasas junto aos meus lábios e disse-me olhando nos olhos: “Caso venha saber que você tentou fumar outro cigarro vou queimar os seus lábios”. Eu sabia que mamãe não prometia castigo, ela o aplicava quando necessário. Aquele cigarro foi o primeiro e o último, para gáudio dos meus pulmões. Sou grato por sua personalidade forte e destemida. Não houve necessidade de aconselhamento psicológico ou aula sobre o mal do tabagis-

mo. O calor daquelas brasas, empunhadas com amor, surtiu o efeito desejado. Hoje, as mães são mantidas como reféns por seus bebês, dominadas por pequenos rolando no chão dos hipermercados, recebendo ordens dos filhos crianças, juniores e adolescentes, acossadas pela sociedade que as impede de cumprir o seu dever maternal. Escravas de filhos revoltados e desequilibrados, que se dizem “traumatizados”. Vidas são ceifadas pela “baleia azul”, por não terem uma razão para viver; sinto saudades da vara de goiabeira. Filhos precisam de mães corajosas. Mães que amam os filhos e, por amá-los, os corrigem e os educam seguindo a sabedoria oferecida no livro de Provérbios.

A preferência hoje é pela liberdade total, sem responsabilidade pelos atos praticados. Claro que a sociedade mudou e continua mudando; os resultados todos conhecemos. Vidas infantis, juniores, adolescentes e jovens sem perspectivas de futuro melhor. Precisamos de mães que saibam empunhar com maestria a vara do amor, da correção, da sabedoria na formação dos filhos. Mães que acreditam na mensagem de Provérbios 20.11: “Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra for pura e reta”. O estigma do pecado conduz a criança a praticar o mal. A vara de goiabeira, aplicada com amor, conduz para o caminho da verdade e honestidade. Você, mãe, ama seus filhos? Prove educando-os seguindo os princípios bíblicos.

Serviço maternal “Mamãe, eu quero...” Rogério Araújo (Rofa), jornalista, escritor, colaborador de OJB

Gabriela Vital, membro da Primeira Igreja Batista de Pilar - PB

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uça bem, mãe, o que diz o Senhor: “Eu sou Aquele que gerou nas entranhas do teu ventre a tua descendência como presente para adornar-te de alegria. Todavia, é somente na Bíblia Que você deve firmar seus métodos de ensino para fazer sábios os seus filhos! Sou Eu, o Criador, que digo como deve agir a minha criação. Sê na tua casa referencial meu, e teus filhos me amarão. Não se abstenha de discipliná-los conforme Eu te digo. Porque muito mais do que presentes, eles precisam de um caráter digno. Infunde, nesses, reverência e temor ao Meu templo e ao Meu nome. Também a eles ensine valores que a minha santidade honrem. Se bem fizerem, certamente serão aceitos. E eu inclinarei o coração deles para que por ti nutram grande apreço. Vês, mãe, portanto, que o serviço maternal É um trabalho e tanto! Porém, se te dispuseres a Me servir como mãe eu te farei feliz.”

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criança quando nasce, logo chora porque quer mamar ou por outro motivo justo ou por manha. E ela não para enquanto não consegue o que quer. Quando cresce, a pessoa, acostumada com essa prática, chora, grita e bate o pezinho para continuar com isso, a dizer: “Mamãe, eu quero...”. Toda mãe, por instinto natural, faz tudo por seu filho. Nas regiões mais precárias, ela dá a única comida à sua criança, não pensando em si mesma. Em outras, pode até dar a vida por ela, até em um parto complicado. E o filho cresce, torna-se adulto, e o que passa a querer? Ganhar todas, bater o pé e exigir que todos ajam como a sua mamãe? Talvez, para muitos, sim. Outros, já não pensam assim e sabem que, no mundo, a coisa é bem diferente. O que, certamente, o filho mais deseja é ter a sua mãe eterna. Ao perdê-la, não há substitutos em seu coração. É uma ferida que não cicatriza. A vida traz a maior alegria do filho: a sua mamãe. E a maior tristeza: a sua perda. É preciso aproveitar este presente precioso dado pelo nosso Deus e dar um abraço, que é o melhor presente; é como um “colar” para a mãe.


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Mães de GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE joelhos, filhos de pé Pais são professores OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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o Livro “ Mães de Joelhos, Filhos de Pé”, a autora, Nina Targino, afirma assim: “Orar pelos filhos é um privilégio , uma experiência única”. É a experiência de falar com Deus sobre a missão de encaminhar o filho na presença do Senhor. É a experiência de intimidade com Deus em prol da salvação e santificação do filho. É um privilégio poder demonstrar amor ao filho ao dobrar seus joelhos em petição. É um privilégio ver Deus agir e proteger seu filho de forma nítida e marcante. Nina lembra a missão das mães afirmando assim: “Todas as mães cristãs têm a importante tarefa, delegada pelo Senhor, de criar os filhos e zelar para vê-los servindo ao reino dos céus”.

A missão das mães é levar seus filhos (as) a uma relação de devoção ao Senhor através de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Todos nós sabemos e conhecemos a relevância do ministério do pastor Batista Martin Luther King e de sua intensa luta pela desigualdade no combate ao racismo. Sua mãe Alberta teve um papel fundamental na vida dele. Além de um grande pregador e pastor, Martin também foi um líder social que revolucionou a história dos EUA. Martin morreu como mártir lutando pelos seus ideais. Ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Quando estava no Seminário Teológico Crozer, escreveu assim em um ensaio: “É muito mais fácil para eu pensar em um Deus de amor porque eu cresci em uma família em que o amor era central, e os relacionamentos

marcados pelo amor estavam sempre presentes”. Sua mãe foi indagada por uma jornalista sobre ser bem-sucedida na criação de seu filho; Alberta respondeu: “Eu lhe dei raízes e asas”. A mãe de Martin foi fundamental em sua vida, construção pessoal e, acima de tudo, na formação do caráter cristão. Alberta deu raízes bíblicas e despertou o sonho de ser um homem de Deus. No seu mais famoso sermão é possível ver a influência de sua mãe. Nina fala do legado de uma mãe que ora por seu filho: “Que a imagem da mãe intercessora seja o quadro mais bonito e pintura mais excelente que eles (os filhos) carreguem na mente e no coração pelos caminhos da vida, aonde forem”. Mães, não desistam nunca dos seus filhos. Mães, orem pelos seus filhos para vê-los em pé!

dos filhos

as vésperas de sua morte, Moisés responsabilizou os pais quanto à educação espiritual dos filhos. “Os seus filhos, que não conhecem esta Lei, terão que ouvi-la e aprender a temer o Senhor, o seu Deus, enquanto vocês viverem na terra da qual tomarão posse quando atravessarem o Jordão” (Dt 31.13). As escolas, por melhores que sejam, nunca puderam substituir os pais e as mães, no que se refere à formação

moral e espiritual das novas gerações. As escolas, as Igrejas, bem como outras instituições, desempenham o papel de complementação e suplementação. Filhos e filhas que conviveram ou convivem com mães e pais que praticam sinceramente a leitura da Bíblia e a oração ficam marcados para sempre. O comportamento dos pais ensina incomparavelmente mais do que aulas formais. O exemplo sempre vem acompanhado do realismo simples e honesto da conduta diária. Nossa realidade espiritual não mudou: hoje, como há milênios, as mães e os pais continuam a ser os melhores educadores espirituais das filhas e dos filhos.

zer algo, sempre prontas para servir, para oferecer tudo o que há de bom para o filho, seja ele sadio ou com deficiência física ou mental. A mãe não vê defeito no filho; para ela, ele é sempre o melhor filho do mundo, o mais bonito, o mais forte, o mais estudioso, o mais trabalhador. Porque o que ela deu de si foi para formá-lo assim: bom, forte, trabalhador e honesto. Tudo o que suas mãos fazem e realizam, fazem-no para o bem, realizam-no para o bem. A renúncia é o seu maior predicado, pois as mãos de mãe são sempre as primeiras

a servir a mesa e as últimas a servirem-se a si própria. São as primeiras que se levantam para o trabalho e as últimas que se deitam para o repouso. Ah! As mãos de mãe! Quanto se poderia falar sobre elas, quanto se poderia escrever, cantar. É como uma mina inesgotável de amor, que tanto mais dela se tira, mais se tem para tirar. Neste teu dia, mãe, são nossas mãos que queremos estender para as tuas mãos, para beijá-las e agradecer tudo o que tem feito por nós e agradecer também a Deus que te fez e nos deu o privilégio de tê-la.

“E que seus filhos, que não a souberem, ouçam e aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra a qual ides, passando o Jordão, para a possuir.” (Dt 31.13)

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Mãos de mãe Neiva Toloi Mazete, professora aposentada, membro da Primeira Igreja Batista de São José do Rio Preto - SP

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que são as mãos? São partes dos nossos membros superiores e, consequentemente, parte do nosso corpo, cientificamente falando. Mas, para que servem as mãos? Já dizia o poeta: as mãos servem para cumprimentar, acenar, pegar, soltar, cozinhar, lavar e escrever, e tantas outras coisas mais. Quais são as mais impor-

tantes: as do homem ou as da mulher? As do homem constroem o mundo e as da mulher constroem o homem. São as mãos da mulher mãe! São elas, essas mãos incansáveis que preparam o homem para a vida. É pelo seu trabalho que o caráter e a dignidade do homem se forma. São pelas mãos da mãe que a criança recebe sua primeira alimentação; são pelas mãos da mãe que ela aprende seus primeiros passos; são pelas mãos da mãe que começa a frequentar as primeiras escolas; são pelas mãos da mãe que lhe é indicado o melhor

caminho para a vida e são pelas mãos da mãe que lhe é mostrado o caminho de Deus. As mãos de mãe são aquelas mãos frágeis que se agigantam diante de uma doença inesperada, que crescem e se multiplicam diante dos afazeres quando eles se apresentam inúmeros e variados, que se alongam e se quilometram para amparar, realizar e construir. Ah! As mãos de mãe! Batalhadoras, fortes, inesgotáveis de amor e renúncia. Mãos que não conhecem o cansaço, nem a preguiça ou sono. Mãos que estão sempre prontas para fa-


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A mulher de Deus triunfante D’ Israel (Israel Pinto da Silva), colaborador de OJB I A mulher que é lavada no Sangue de Cristo Que aceitou Jesus como Senhor, Salvador Que vem fazendo a Sua vontade Que nele crê e na Sua verdade Que está escrita na Bíblia Sagrada Que ela é lâmpada para seus pés E luz pros seus caminhos Vai passeando no mundo tranquilamente Anunciando o Seu Evangelho feliz e contente Dizendo: Continuo na minha carreira guardando minha fé

Mulheres cristãs Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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o início do século XX, logo na primeira década, começou o interesse dos Batistas por Educação Feminina. As moças pobres do interior, ao sentirem-se chamadas para o serviço do Mestre precisavam de preparo. Algumas delas nem o ensino fundamental haviam concluído; elas iam para o Colégio Batista, no Rio de Janeiro ou Recife. As concluintes do ensino médio iam para o Seminário de Educação Cristã, ou para o IBER, no Rio. Que maravilhosas missionárias saíram dessas entidades. Quanto devemos a elas por levarem o Evangelho ao povo do sertão. A colonização da América do Sul, mormente o nosso Brasil, foi realizada sob forte influência machista. Os primeiros colonos eram malfeitores indesejados em Portugal. Os soldados enviados para contê-los e os padres para a catequese dos nativos também eram do sexo masculino. Nada da presença feminina, apenas as índias que foram usadas pelos colonos famintos por sexo. Não vieram representantes de chefes de família. Belo começo do nosso país! Cada cidadão português constituiu família de quantas

índias pôde tomar como mulher. Vamos agora para outra fase da colonização. Os senhores da terra tornaram-se coronéis com poder de vida ou morte. A época da cana-de-açúcar foi a que mais nos influenciou. Para o trabalho duro, escravos foram importados. A cada lote de escravos, era oferecida uma jovem para “diversão” dos detentores do poder. O Evangelho é uma benção para nós homens, mas para as mulheres é ainda mais. Quando Cristo afirma: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32), podemos afirmar que isso inclui as mulheres em grande monta. Já imaginaram a revolução que o Evangelho faria nos povos islâmicos com referência às mulheres? Na Índia, na África, o Evangelho as liberaria de práticas humilhantes, como é hoje sabido pelo mundo todo. Agora, façamos o fechamento. Por que não demos o título “Mulheres Cristãs em Ação”? A ação da mulher cristã deve ter ênfase no extramuros, não no intramuros, seja no Brasil, na África ou Oriente, será liberta do pecado, e promoverá a mudança da cultura escravizadora, que reina em mais da metade do planeta. Será o cumprimento da fala de Jesus: “E conhecereis a verdade e a

verdade vos libertará”, principalmente para as mulheres desse mundo cruel imposto pela cultura pagã. Ao nosso redor também, essa cultura escravagista produz enormes sofrimentos. Para quem sobra o sustento da prole, quando o marido perde o emprego? Sobra para a mulher. E quando ele bebe? E quando é preso? Irresponsável? Violento? Não é ridículo que, em um mundo de tanta tecnologia, tenha sido necessária a promulgação da chamada lei “Maria da Penha”? Mulheres cristãs, ide, pois, em busca desse ideal maior. Ide em busca dessas milhões de brasileiras, sul-americanas, africanas, orientais, que jazem no pecado e no sofrimento de humilhantes atos produzidos pelos povos que habitam nas trevas. Quantas cristãs sofrem estupro em regiões deste planeta, e os estupradores se ufanam que o fizeram para lavar a honra do seu deus! Ide, ó mulheres cristãs, em busca desse ideal. Libertem suas companheiras das trevas e do sofrimento. Libertem as almas do pecado e os corpos da escravidão, do medo, da humilhação e da violência. Façam da evangelização a sua arma e de Cristo a sua bandeira. Certamente, Ele as honrará e recompensará também.

II A mulher convertida ao Cristianismo é iluminada Não vive no abismo Da podridão deste mundo No fundo do poço espiritual Porque dos seus olhos foram tirados Os seus antolhos: aqueles argueiros Que não lhe deixavam ver nem ouvir A santa Palavra de Deus... III A mulher de Deus vive no mundo Mas a ele não é pertencente porque vive somente Para ganhar almas para Jesus Só olha para Ele na Sua cruz Dizendo: siga- me! Não é indecente nem impertinente Sempre se afasta do mal caminho Não se assenta na mesa dos escarnecedores Dos blasfemadores contra o Espirito Santo Dos que não acreditam nas letras da Bíblia Sagrada A Palavra de Deus! Não é richosa; não é petulante, não é insolente Não é somente religiosa, não apenas crente No santo Cordeiro, mas é convertida Nascida de novo; nova criatura Por onde passa com a Bíblia na mão Fica ouvindo: Lá vai uma mulher de Deus! Ela vive no mundo anunciando o Seu Evangelho Sempre semeando as suas sementes e dando frutos Pra não ser cortada como a figueira inútil Ela não é vulgar; não é fútil; é inteligente Como Abigail, que foi mulher do Rei Davi E, principalmente, temente a Deus! É mensageira da Sua mensagem de libertação Da alma do homem que é pecador Cumpre o Ide de Mateus 28.19-20 Marcos 16.14-20; de primeiro Colossenses 5.16- 19 e Romanos 10 Ela pertence a Igreja de Cristo e ao Povo de Deus Daqueles que o seguem e que lhe são fieis! Quem quiser ser uma mulher de Deus triunfante Precisa orar e ser vigilante na face da terra e ter Seu nome anotado no Livro da Vida E ser chamada de mulher de Deus!


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Declaração de Poços de Caldas

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Convenção Batista Brasileira, reunida nos dias 26 a 29 de abril de 2018 na cidade de Poços de Caldas - MG, vem a público expressar seu posicionamento diante de assuntos que estão em voga na atualidade e que inquietam a sociedade brasileira. JUSTIÇA

RECONHECEMOS que a impunidade e a injustiça são realidades de nosso país e afetam diretamente nossa sociedade; LAMENTAMOS que o povo brasileiro sofra tanto pelos efeitos nocivos da injustiça; CONCLAMAMOS os Batistas brasileiros a orarem pelos nossos magistrados, legisladores e por todos que trabalham no âmbito da justiça, para que sejam firmes em suas deliberações e que a justiça seja para todos e não apenas para alguns; CONVOCAMOS os líderes Batistas a promoverem a conscientização dos membros de suas Igrejas, para que exijam que os magistrados e os legisladores sejam pautados pela ética e verdade e que tratem a todos com direitos iguais; ENCORAJAMOS todo o Povo de Deus a que busque a justiça a partir do comportamento ético de cada um, mas também de cada Igreja, multiplicando, assim, um comportamento próprio dos que temem a Deus e desejam a prosperidade da Nação; DESAFIAMOS cada Batista brasileiro a agir da forma mais correta possível, rejeitando a famosa filosofia do “jeitinho brasileiro” e abraçando o ideal de justiça expresso pela Palavra de Deus. SEGURANÇA RECONHECEMOS o estado de insegurança em que vivemos em nosso país, onde a sociedade é refém da violência; LAMENTAMOS o aumento significativo dos casos de violência familiar, destacando-se a violência contra idosos, mulheres, adolescentes e crianças; CONCLAMAMOS os Batistas brasileiros a anunciarem o Evangelho com autoridade, na certeza de que somente Jesus Cristo transforma o homem; DESAFIAMOS as Igrejas a refletirem sobre a inclusão social e o combate ao preconceito e desigualdade, propondo ações que promovam a mudança de vidas e do meio em que vivem; ENCORAJAMOS as Igrejas e, em especial, seus líderes a discutirem no âmbito local, regional e nacional as fragilidades, necessidades e possíveis soluções no combate às drogas, uma das maiores incentivadoras da violência; INTOLERÂNCIA RECONHECEMOS que a Liberdade de Consciência é um dos princípios Batistas mais preciosos, tendo em vista os primórdios de nossa história, onde essa liberdade foi conquistada com muita luta e dedicação; LAMENTAMOS viver em uma sociedade intolerante, onde a liberdade de consciência e expressão é negada a alguns e oferecida a outros; CONCLAMAMOS cada Batista brasileiro a defender o direito de todos de se expressarem, garantindo o respeito mútuo até mesmo diante de diferenças que contrariam nossa fé; CONVOCAMOS o povo Batista a aprofundar-se no conhecimento dos fundamentos de sua fé, a fim de ter conteúdo para dialogar e expressar seus valores de modo firme, ainda que respeitoso; ENCORAJAMOS cada cristão a respeitar o seu próximo, nutrindo o diálogo e valorizando o espírito de solidariedade presente na raça humana. Por meio disso, espera-se obter o respeito recíproco dos que pensam diferentemente de nós; DESAFIAMOS as Igrejas Batistas brasileiras a vivenciarem o Amor de Deus que alcança a todos e expressá-lo em cada momento de suas vidas, amando ao pecador, mas repudiando o pecado; compreendendo as diferenças, mas buscando a unidade em Cristo; olhando para além das aparências. ELEIÇÕES RECONHECEMOS que cada Batista é tanto um cidadão dos Céus como também um cidadão brasileiro e, por isso, tem um compromisso direto com a sua Nação; LAMENTAMOS o grave momento que vivemos em nossa política governamental, em todos os aspectos; CONDENAMOS a corrupção, considerando-a contrária à vontade de Deus e, portanto, pecado; CONCLAMAMOS os Batistas brasileiros a orarem pelo processo eleitoral de 2018 em nosso país, preconizando o ideal da unidade no Reino de Deus, e a avaliarem com o máximo de atenção os candidatos, preferindo aqueles cuja conduta é adequada aos critérios Bíblicos. CONVOCAMOS os Batistas brasileiros a votarem de forma consciente, destacando como critério para a escolha de seus candidatos uma vida reconhecidamente ética e que tenham visão do bem comum da sociedade, do valor da família tradicional e da liberdade religiosa, estando tais elementos acima de seus interesses pessoais; ENCORAJAMOS os membros de nossas Igrejas Batistas a exercerem a sua cidadania de maneira responsável, sem extremismo ideológico partidário, e a exigirem de seus futuros governantes ações concretas no combate da corrupção, investimento na melhoria de qualidade de vida de nossa população e garantia dos direitos de expressão até aqui conquistados pelo povo brasileiro. COMISSÃO: Pastor Guilherme Gimenez - Relator Pastor João Reinaldo Purin Junior Pastor Linaldo de Souza Guerra Pastor Rubens da Costa Monteiro


missões nacionais

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Missões Nacionais testemunha mais uma história de transformação de vida

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oje, segundo domingo de maio, quando celebramos o Dia das Mães em todo o Brasil, é um dia muito especial para Raquel Sampaio, que pode comemorar a data junto com sua filha Maria Isabel e seu esposo Rodrigo. Ao ver a foto da mãe sorrindo junto a filha, é quase impossível imaginar que hoje, onde há sorriso, já houve muito sofrimento. Há cerca de 13 anos, após uma decepção amorosa, Raquel começou a usar cocaína, até conhecer o crack e daí para a frente sua vida foi de mal a pior. Morando nas ruas da cracolândia de São Paulo, ela ficou grávida cinco vezes, e em uma delas a criança nasceu embaixo do viaduto. O parto foi feito por uma médica também em situação de rua, com uma tesoura esterilizada com cachaça. E a criança veio ao mundo, mas pela falta de condições da mãe, foi para a adoção. Pela misericórdia do Senhor, sua história começou a mudar quando, grávida de cinco meses, de sua quinta gravidez, Raquel pediu abrigo na missão Batista Cristolândia no centro de São Paulo. Após seis anos moran-

do na rua, sua esperança naquele momento era se tratar e largar as drogas, para poder dar os cuidados necessários ao seu bebê. Da unidade do Projeto, ela foi transferida para a Cristolândia Feminina Élcia Barreto, em Campos dos Goytacazes - RJ. “Naquela época, receber ela foi uma grande dificuldade, primeiro por ser um projeto novo e também por não termos ainda estrutura para trabalhar com grávidas, mas com orientação de Deus, aceitamos o desafio”, contou a coordenadora do projeto, missionária Rosângela das Dores.

Foi na unidade também que Raquel conheceu seu esposo Rodrigo. Devido às regras do Projeto, eles conversaram poucas vezes antes de Maria Isabel nascer e, mesmo assim, ele a registrou com seu sobrenome. Após o nascimento, os dois se batizaram e casaram. “Mesmo sem namorar, nós oramos pedindo a confirmação de Deus e Ele me mostrou que elas seriam minha família”, disse Rodrigo, que completa sete anos de casado com Raquel neste ano. “Eu me sentia um lixo humano e o trabalho da Cris-

tolândia me despertou para lembrar que existe vida sem drogas. Do mesmo jeito que Jesus fazia em seu ministério, cuidando dos doentes e necessitados, as pessoas que trabalham no Projeto olham para nós e realmente se importam, e isso fez a diferença para mim”, disse Raquel, em uma participação na 98ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, em Poços de Caldas - MG, no mês de abril. Hoje, Raquel tem sua família, completou o ensino médio, deseja cursar Teologia, está inserida no mercado de trabalho e poderá comemorar

mais um dia das mães com sua filha. Mas, infelizmente, diferente dela, há muitas mães por todo país na mesma situação que ela vivia anos atrás. É com intenção de mudar essa realidade que Missões Nacionais investe no Projeto Cristolândia e conta com a parceria de todos. Colabore para que mais mães como Raquel tenham sua vida transformada, através do link: https://www.atos6.com/missoesnacionais/projetos/cristolandia. Missões Nacionais deseja um feliz dia das mães para todas as mães do Brasil!


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notícias do brasil batista

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UFMBB celebra

Um encontro marcado por mulh UFMBB celebra 95a Assembleia Raquel Brum Zarnotti dos Santos Diretora Editorial Coordenadora Nacional de MR

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auditório do Centro Nacional de Convenções (CENACON), em Poços de Caldos, MG, recebeu no dia 25 de abril mais de mil mulheres inscritas para a 95ª Assembleia da União Feminina Missionária Batista do Brasil. Conduzidas pela presidente Neusa Maria Resende Soares, as três sessões foram marcadas por momentos de grande edificação. Flávia Lopes conduziu o plenário na adoração. Na sessão da noite, regeu um belo coro formado por mulheres de todas as regiões do País. “Um coro com a cara do Brasil”, destacou ela. O coro Hosana, das mulheres batistas sul-matogrossenses, também teve sua participação musical na sessão da tarde. As executivas estaduais da UFMBB participaram ativamente do programa. Enílima Da Cruz Moraes Braid, CIBUC, Ana Carolina da Silva Martins, Carioca, Tárcia Jackeline Souza de Oliveira Figueiredo, RN, Jeanne das Neves Falcão, RO, Maria Sebastiana Francisco Da Silva, GO, e Nivalda Catarinque Nunes, ES, conduziram as leituras bíblicas e as orações. Na sessão da tarde, enquanto cantavam “E na força do Espírito Santo, nós proclamamos aqui, que pagaremos o preço de sermos um só coração no Senhor”, as executivas, acompanhadas de suas presidentes, levantaram placas com dizeres que demonstravam o desejo de trabalharem unidas para a expansão do Reino. A mensagem bíblica da manhã foi entregue pela presidente Neusa Maria Resende Soares, que destacou o legado das mulheres visionárias que derem início, há 110 anos, ao trabalho da UFMBB, e propôs ao auditório a seguinte reflexão: O que estamos fazendo com esse

legado? Em sua fala destacou a mulher samaritana, cujo testemunho impactou sua cidade. Já a mensagem da noite foi proferida pela diretora executiva Marli Pereira González. Com base na história de Sadraque, Mesaque e Abdenego, registrada no livro do profeta Daniel, Marli desafiou o plenário a se posicionar neste tempo. “É preciso ficar de pé. É preciso pagar o preço”, disse.

do levantamento da oferta para o CIEM e o SEC. O total arrecadado foi de R$ 10.701,25.

Memis e bolas missionárias

CIEM, SEC e Casas da Amizade

Chamada dos campos, saudação e gratidão

Marli Pereira González fez a chamada dos campos representados. Com entusiasmo, as mulheres manifestaram sua alegria por representar seus estados. Elvira Rangel, executiva da UFMB Minas Gerais, saudou as batistas brasileiras. As mulheres mineiras, vestidas a caráter, entregaram ao plenário uma singeleza e carinhosa lembrança. Caracterizadas, as mulheres de Sergipe, lideradas pela executiva Eliane Figueiredo, agradeceram o campo mineiro a hospitalidade e a recepção calorosa com uma música tipicamente nordestina.

Na primeira sessão, realizada no período da manhã, foram apresentados o relatório das duas casas de ensino mantidas pela UFMBB: Seminário de Educação (SEC), com sede em Recife, e Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM), localizado no Rio de Janeiro. A diretora do CIEM, drª. Maria Bernadete da Silva, destacou o testemunho de um ex-aluno da casa, que demonstrou a relevância do ensino oferecido pela instituição. Solange Maria Ribeiro de Araújo, diretora do SEC, compartilhou sobre a abertura de polos do SEC no Amapá e no Amazonas. “É o SEC perto de você”, disse Solange. Perto até mesmo daqueles que estão além das nossas fronteiras. Na Itália, por meio da plataforma EAD, o SEC tem um aluno. Solange finalizou seu relatório destacando o trabalho da Casa da Amizade. Dando continuidade à programação, Márcia Kopanyshyn, diretora do Projeto Educacional e Social Casa da Amizade (PESCA), RJ, agradeceu as batistas brasileiras pelo sustento deste espaço relevante para a comunidade, destacando a importante participação das mulheres cariocas, que socorreram a instituição em momento de grande dificuldade. Comprometidas com a manutenção das casas de ensino, as mulheres participaram com grande alegria e generosidade

Lucia Margarida teve a oportunidade de compartilhar com o plenário o relatório de sua viagem ao sul da Ásia, onde entregou as bonecas Memis e as bolas missionárias, confeccionadas pelas mulheres cristãs em missão de todo o País. A ida ao campo fechado foi um presente M i s s õ e s N a c i o n a i s e da UFMBB pelos 32 anos à frente da instituição e a realiMundiais Os diretores executivos das zação de sonho de Lucia. Juntas de Missões Nacionais e Mundiais, Fernando Brandão e João Marcos Barreto, participaram com testemunhos, acompanhados de seus missionários. Mônica Peixoto falou sobre o trabalho realizado no sistema prisional de Belo Horizonte e sobre a casa Alma Homenagens Livre, que abriga egressas da Ondina Berton Da Camara prisão. O casal ucraniano ViCosta, que trabalhou na área talii e Iryna, que irá trabalhar financeira do CIEM durante 47 em Pudrentópolis, PR, onde anos, foi homenageada. Elza há grande concentração de Sant’anna do Vale Andrade, por ucranianos, foi apresentado seu tempo de dedicação, recepelo pastor Brandão. Lucia Margarida Pereira de Brito, beu uma joia com o novo emex-diretora executiva da UFM- blema da UFMBB e uma placa. BB, teve seu trabalho volun- Celina Veronese e Aildes Petário na Casa Viver, em Costa reira Soares, que não puderam Barros, RJ, destacado. Por sua comparecer à Assembleia para importante participação, Lucia a despedida dos seus cargos, foi readmitida como missioná- enviaram cartas de gratidão. ria da Junta de Missões Nacionais, função que ocupou no início de sua carreira, quando foi missionária pela JMN na região norte do país. Lucia Margarida também foi citada pelo pastor João Marcos. Em 2017, ela realizou uma viagem ao sul da Ásia. E foi dessa região que veio a missionária Greice, que compartilhou um testemunho inspirador do trabalho realizado por ela e sua família em um contexto de perseguição religiosa.


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95 �Assembleia a

heres que vivem o reino de Deus UFMBB e organizações

Na sessão da noite, Marli Pereira González, diretora executiva da UFMBB, apresentou seu relatório, destacando o planejamento da Conferência Global de Mulheres, que será realizada em 2020, no Rio de Janeiro. Falou ainda sobre o projeto “UFMBB mais perto de você”, que pretende promover capacitações em diversas regiões do Brasil.

Lidia Pierott Moreira, coordenadora nacional de Amigos de Missões, enfatizou a relevância da evangelização das crianças e adolescentes e apresentou o trabalho e os frutos da organização.

Raquel Brum Zarnotti dos Santos, coordenadora nacional das Mensageiras do Rei, ressaltou a relevância do trabalho da organização neste tempo de grande disseminação de ideologias contrárias à Palavra. Para oferecer às meninas orientação bíblica e segura, foram publicados artigos e estudos com conteúdo relevante nas literaturas trimestrais.

Recepção da nova liderança Elza Santa’anna do Vale Andrade passou o bastão da organização Mulher Cristã em Missão para Ana Kátia Alves de Lima Gonçalves. Neusa Maria Resende Soares, representando Celina Veronese, entregou o bastão da organização Mensageiras do Rei para Raquel Brum Zarnotti dos Santos. Marli Pereira González, no lugar de Aildes Pereira Soares, passou às mãos de Lis Ruama Uchôa Beiriz o bastão como responsável pelo setor de Promoção e Eventos.

Nova diretoria da UFMBB A nova diretoria da UFMBB foi eleita e empossada. Neusa Maria Resende Soares, UFMBMG, foi reeleita presidente. Roseli Martins Xavier Pinto, UFMBC ocupará a primeira vice-presidência. Joslaine Valzelir de Meneses Santos, UFMBRS, e Maria do Socorro Diniz, UFMBSE, assumem como segunda e terceira vice-presidentes, respectivamente. Completam a diretoria a primeira secretária, Lília Matilde Freichos Godoy, UFMB/FL, e a segunda secretária, Rosana Carmerino Pires, UFMBC. Simbolizando a passagem dos cargos, as então vice-presidentes e secretárias colocaram nas eleitas a echarpe dourada que usaram durante a sessão da noite. A oração de posse foi feita por Lucia Margarida Pereira de Brito.

Ana Kátia Alves de Lima Gonçalves, coordenadora nacional da Mulher Cristã em Missão, colocou em evidência a necessidade do diálogo intergeracional, bem como o conteúdo oferecido por Visão Missionária para atender às demandas das mulheres jovens, singulares, mães e plenas.

Encerrada a 95ª Assembleia da UFMBB, as mulheres batistas se preparam para a próxima, que será um Congresso para Mulheres, ocorrerá em Natal, RN, em 24 de abril de 2019.


10 Sermão do secretário-geral da Aliança Batista a Mundial (BWA) encerra 98 Assembleia da CBB o jornal batista – domingo, 13/05/18

CBB 2018

Justiça na luz da cruz João 19.38-42 I. Introdução

É

uma honra e uma alegria adorar com você. Obrigado, Convenção Batista Brasileira. Obrigado, Batistas brasileiros, por procurarem viver centrados em torno de Jesus Cristo e Sua visão do Reino. Este mês marca meu quarto mês com a Aliança Batista Mundial. Quando ingressei, comecei a pensar sobre qual seria a minha primeira visita oficial a um órgão membro. Quando eu olhei para todos os 238 dos nossos corpos membros ao redor do mundo, percebi rapidamente que havia um corpo de membros que era tão notável; havia um corpo de membros que era tão excelente, havia um corpo de membros que era tão fundamental para a vida de Batistas em todo o mundo, que se houvesse uma oportunidade de visitá-los primeiro, seria uma honra. O nome desse corpo? A Convenção Batista Brasileira. Quando recebi o convite para estar com vocês durante esta importante semana, dei um alegre e imediato sim. Batistas brasileiros, sinto-me honrado por esta noite marcar minha primeira visita formal a

um corpo membro da Aliança Batista Mundial. E eu não consigo pensar em nenhum lugar que eu preferiria estar do que neste lugar. Obrigado, Batistas Brasileiros, pela sua liderança. Obrigado, Batistas Brasileiros, pelo seu compromisso com Jesus Cristo. Obrigado, Batistas Brasileiros, por viver apaixonadamente a esperança de Jesus Cristo para um mundo em necessidade. É por isso que somos como uma família global. A declaração de missão da Aliança Batista Mundial é “Colocar em rede a família Batista para impactar o mundo para Cristo”. Como você, continuo apaixonadamente comprometido com a Grande Comissão. Há apenas um nome sob o céu pelo qual uma pessoa pode ser salva. Para cada nação e para cada grupo de pessoas deste mundo, estamos aqui, esta noite, para dizer que nós, os Batistas, ainda acreditamos no nome salvífico de Jesus Cristo. É por isso que um dos principais programas da Aliança Batista Mundial é liderar em evangelismo e missão. Por exemplo, no ano passado, a Aliança Batista Mundial fez uma parceria com a Conven-

ção Batista do Nepal para imprimir 35.000 folhetos evangelísticos distribuídos por cinco aldeias não alcançadas em seu país. A BWA fez uma parceria com os Batistas da República Centro-Africana em um esforço de plantação de Igrejas entre os pigmeus. Esse esforço da BWA resultou na plantação de dez Igrejas no ano passado, alcançando 4.000 pessoas com a mensagem salvadora de Jesus Cristo. Amigos, como você, eu ainda me empolgo ao saber de milhares de novos crentes em Jesus Cristo. O Amor de Deus está fluindo em um grande reavivamento global e, sem dúvida, a maior expansão global do movimento Batista. Penso em um homem que conheci no ano passado (maio de 2017). Eu estava na Somália visitando uma rede subterrânea de Igrejas. Um dos líderes da Igreja foi Abdullahi. Quando Abdullahi era um menino de nove anos na Somália, ele teve um sonho. Nesse sonho, um som inundou sua mente, um som que ele nunca ouvira antes. Uma voz falou em seu ouvido e disse: “Siga-me, meu nome é Jesus”. Ele acordou e, ime-

diatamente, deu sua vida a Jesus. Levou seis anos para encontrar uma Bíblia. Infelizmente, sua família o encontrou estudando aquela Bíblia e a entregou às autoridades. Com 15 anos de idade, ele foi encarcerado por seis meses devido à sua fé. Quando perguntado sobre o que ele lembrava daqueles seis meses, ele balançou a cabeça e disse que realmente não queria lembrar. Foram meses cheios de espancamentos e tortura. No entanto, ao longo deste tempo, as palavras de Mateus 28.20 sustentaram-no: “Não temais. Eu estarei com você sempre até o fim do mundo”. Enquanto ele se agarrava a essa promessa, mesmo no meio das surras, ele foi capaz de proclamar sua fé, e dois dos que estavam torturando-o tornaram-se crentes em Jesus. Cristo. II. Reavivamento Global Eu quero começar com boas notícias. Você sabia que nos últimos 25 anos o movimento Batista mundial cresceu 27%? Mas existem diferenças entre as regiões. Nos últimos 25 anos, entre os membros do BWA: Companheiro Batista Norte-Americano: -34% Federação Batista Europeia: + 1% Bolsa Batista Caribenha: + 76%

Bolsa Batista Ásia-Pacífico: + 122% União Batista da América Latina: + 193% Toda a Irmandade Batista da África: + 832% Batistas brasileiros, eu queria vir aqui esta noite para dizer algo: obrigado. Quando muitos Batistas norte-americanos recusaram a chama de sua fé. Quando muitos Batistas europeus rejeitaram a chama de sua fé, Batistas no Brasil, na América Latina, Ásia e África permaneceram firmemente comprometidos com Jesus Cristo. Obrigado pela sua paixão pelo Evangelho. Obrigado por sua paixão pela Grande Comissão. Vários exemplos de todo o mundo. Nos últimos 25 anos Batistas em: Bangladesh: + 186% (28.106 a 80.432) Chile: + 124% (23.477 a 52.500) Colômbia: + 68% (12.500 a 21.000) Haiti: + 172% (63.804 a 173.570) Índia: + 140% (1.157.195 a 2.778.804) Tailândia: + 154% (23.100 a 58.759) No Brasil? Pelos meus cálculos, nos últimos 25 anos, os Batistas no Brasil cresceram 175% (760.000 a 2.086.813). Louvado seja Deus pelo Brasil. Fotos: Selio Morais

Pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos fez a tradução do sermão

Secretário demonstrou alegria ao receber convite da CBB

Elijah Brown assumiu cargo em janeiro deste ano


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JMM na CBB 2018: É papel de todos os povos, evangelizar a todos os povos Marcia Pinheiro - Redação de Missões Mundiais

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panorama do Evangelho no mundo foi apresentado aos convencionais da 98 a Assembleia da Convenção Batista Brasileira, realizada entre os dias 26 e 29 de abril, em Poços de Caldas - MG, e também nas reuniões das Organizações da CBB que antecederam o evento principal. Missionários do Sul da Ásia, do Oriente Médio, da América Latina e da Oceania contaram ao público sobre o grande desafio de levar a mensagem de Cristo por meio de ações práticas, seguindo a orientação do nosso diretor executivo, pastor João Marcos Barreto Soares, que fez questão de frisar: “É papel de todos os povos, evangelizar a todos os povos”. Foi o pastor João Marcos o responsável por apresentar à Câmara Setorial de Missões o relatório das principais ações da JMM ao longo do ano de 2017, que foi aprovado com louvor. Os convencionais conheceram com mais detalhes o que estamos produzindo nos campos para honra e glória de Deus. Em um dos momentos, eles assistiram a uma videoconferência com dois ex-muçulmanos do Oriente Médio, que hoje anunciam a Cristo em campos de refugiados na Europa. Nossos missionários contaram que conheceram a Jesus enquanto eram preparados para serem líderes de uma Mesquita. Foi quando nossos novos irmãos em Cristo começaram a ler a Bíblia para confrontar os cristãos locais, que descobriram que Jesus é o verdadeiro Filho de Deus. Eles sonharam com Jesus e passaram a segui-lo. Rapidamente, seus amigos e familiares perceberam que algo diferente havia acontecido. Convertidos a Cristo, eles tentaram compartilhar com seu povo o Amor de Cristo que agora trazem no coração, mas acabaram sendo torturados e foram expulsos de seus respectivos países. Foi

quando conseguiram chegar à Europa e passaram a cumprir o Ide de Deus em campos de refugiados. Alguns deram as costas, mas muitos aceitaram e têm aceitado a mensagem de esperança do grande EU SOU. Em fevereiro, eles batizaram 17 ex-muçulmanos e outros 40 estão sendo preparados ao batismo. “Eles hoje são missionários dos Batistas brasileiros. Estão sendo discipulados para serem líderes junto ao seu povo e ganhar mais pessoas para Jesus”, comentou o pastor João Marcos ao apresentá-los. Outro que falou por meio de videoconferência foi o missionário Mazen, direto do Oriente Médio. Ele contou

como tem sido o trabalho em campos de refugiados de uma guerra que já dura sete anos. Os mensageiros também ouviram o testemunho de fé e perseverança do casal David e Grace, vindo do Sul da Ásia especialmente para falar como alcançaram um ministério de sucesso, apesar das perseguições em seu país. Em todo o tempo, eles só pensam em falar de Jesus e disseram ter uma grande vontade de aprender o Português para fazer o mesmo durante o tempo em que estiverem aqui no Brasil. O público se emocionou ao ouvir como este casal e seus dois filhos têm sido fiéis ao Senhor, produzindo frutos para o Reino.

“Quero agradecer pela oportunidade de estar aqui com vocês. Há 20 anos temos recebido o apoio dos Batistas brasileiros. Quando iniciamos nosso ministério, não havia uma Igreja sequer em nossa região. Hoje, já somamos 75 Igrejas, apesar de não termos liberdade para falar de Jesus abertamente como vocês falam aqui no Brasil”, contou o pastor David. Convidado pela CBB para pregar sobre missiologia, o pastor Claudinei Godoi, que hoje anuncia o Evangelho em uma região remota do Chile, levou ao público a grande necessidade de se levantar vocacionados e também de formar líderes locais.

“Você não é médico. Você está médico. Você não é pedreiro. Você está pedreiro; Use os seus dons e talentos para cumprir o chamado de Deus: levar o Evangelho a todos os povos”, disse o pastor Claudinei. Em um trecho de sua mensagem, ele também enfatizou a importância de se formar líderes locais, capazes de anunciar Cristo ao seu próprio povo, já que por questões, até mesmo culturais, muitas vezes é mais fácil um nacional ganhar vidas para Cristo do que um estrangeiro. Pastor João Marcos lembrou que no mundo há cerca de 2 bilhões de pessoas que nunca ouviram falar de Jesus e que é neste grupo que Missões Mundiais concentra a sua maior força missionária. “Em todo o mundo, existem apenas 12 mil missionários disponíveis para alcançar 2 bilhões de pessoas, a parte da população que está sem qualquer chance de ouvir sobre Jesus, pois não tem Bíblia em seu próprio idioma, não tem Igreja e tampouco cristãos por perto capazes de evangelizá-los”, disse. Missões Mundiais direciona todos os seus esforços para somar a esta minoria e levar o Evangelho aos povos não alcançados e nos lugares mais pobres do planeta. Anualmente, apenas 1% de doações missionárias de todo o mundo está disponível para alcançar os 2 bilhões de pessoas que não têm acesso ao Evangelho. “Precisamos triplicar os nossos esforços em oração, na capacitação, nas ofertas e no envio de missionários. Dois bilhões de pessoas ainda esperam as Boas Novas de Jesus”, disse o pastor João Marcos em tom de convocação. A pergunta que fica a todos é: o que podemos fazer mais e melhor por missões? Esperamos que até a 99 a Assembleia da CBB, que será realizada em 2019 em Natal RN, muitas respostas positivas a este questionamento possam surgir.


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Poços de Caldas - MG recebe Batistas brasileiros para 98a Assembleia da CBB Evento aconteceu entre os dias 26 e 29 de abril no Centro Nacional de Convenções (CENACON). Depoimentos “Tivemos muita comunhão, compartilhamento e fomos desafiados por Deus o tempo todo a agir praticamente.” (Pastor Evaldo Carlos - Vila Velha - ES). “Participar da 98° Assembleia da CBB foi mais uma oportunidade de servir, pois proporcionou interação com colegas pastores. Ouvimos os desafios para os Batistas brasileiros em nossa Pátria e em outras nações. Sou grato pela hospitalidade mineira durante a Assembleia da CBB.” (Pastor Linaldo Souza Guerra - Pilar - PB). Homenagem pelo Centenário da Convenção Batista Mineira / Foto: JMM

Luiz Roberto Silvado, presidente da CBB / Foto: Selio Morais

“Uma Assembleia em que fomos desafiados a ser resposta aos perdidos nas ruas da cidade, aos refugiados. Uma Assembleia que nos mostrou: mesmo diante da crise econômica estamos avançando.” (Pastor Eude Cabral - Goianinha - RN). “Esta assembleia se destacou pela visão missionaria da nossa denominação e também pela boa execução do planejamento estratégico da Convenção Batista Brasileira.” (Pastor Diego Bravim -Vitoria - ES).

Operação Jesus Transforma Sul de Minas impactou a cidade durante a programação da CBB / Foto: Selio Morais

E

ntre os dias 26 e 29 de abril de 2018, a Convenção Batista Brasileira (CBB) realizou a 98ª Assembleia de sua história. Este ano, a cidade sede do evento foi Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais. O tema da Organização para o ano de 2018 é “Vivendo o Reino de Deus”, com divisa em Mateus 6.33: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” A Assembleia da Convenção Batista Brasileira foi um

Além dos convencionais presentes, mais de 3.500 pessoas assistiram a programação online / Foto: Selio Morais

marco na vida de todos os que puderam participar, tanto para os que foram até Poços de Caldas, quanto para os que acompanharam através da transmissão via internet. Em alguns momentos, o público chegou a mais de 3.500 acessos simultâneos. O tom missionário que foi implementado pelo programa permitiu que todos pudessem conhecer e entender um pouco mais sobre o que temos realizado como Igreja na obra de evangelização do Brasil e do mundo. A mensagem de

abertura, com o pastor Luiz Roberto Silvado, presidente da CBB, nos desafiou a um profundo comprometimento com o “Vivendo o Reino de Deus”. O sermão oficial do pastor Arlecio Costa nos conduziu a uma crescente sobre este desafio. Quem estava conosco foi levado a uma profunda reflexão sobre a responsabilidade que temos na anunciação da Palavra usando todo os meios que temos disponíveis nos dias atuais. No relatório do Conselho Geral, o diretor executivo,

pastor Sócrates Oliveira de Souza, destacou o crescimento dos Batistas ao longo do ano. Foram organizadas 186 novas Igrejas, sendo que 82 delas já pediram ingresso na Convenção. Ao todo, são 16.806 novos membros, o que representa em média, 323 novos crentes por semana recebidos nas Igrejas que compõem a Convenção Batista Brasileira. Durante a Assembleia, contamos com a presença do novo secretário Geral da Aliança Batista Mundial (BWA), Elijah

“Assembleia abençoadora no que diz respeito às partes celebrativas, com pregações impactantes, mas creio ser o tempo de rever o processo administrativo dos nossos encontros, parece-me que a grande maioria não tem qualquer interesse.” (Pastor Neemias Lima - Cabo Frio - RJ). “As Assembleias da Convenção abençoam minha vida. A de Poços de Caldas demonstrou que somos uma denominação que tem missões como nosso dia a dia. (pastor Genilson Vaz - Ribeirão Preto - SP) “Uma Assembleia que mexeu com meus sentimentos missionários, que trouxe para perto de mim a realidade de pessoas que estão muito distantes, mas extremamente carentes de nós, os Batistas brasileiros. Deus abençoe nossa Convenção.” (Pastor Rogerio Nunes de Souza - Florianópolis . SC).


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Pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da CBB, destacou o crescimento dos Batistas durante o ano / Foto: Selio Morais

Brown, que, em sua primeira visita a uma convenção nacional, esteve em nossa Assembleia. Introduziu sua palavra dizendo: “É uma honra e uma alegria adorar com vocês. Obrigado, Convenção Batista Brasileira. Obrigado, Batistas brasileiros, por procurarem viver centrados em torno de Jesus Cristo e sua visão do

Reino”. E concluiu sua palavra com um agradecimento: “Batistas Brasileiros, eu queria vir aqui, esta noite, para dizer algo: obrigado. Quando muitos Batistas norte-americanos recusaram a chama de sua fé; quando muitos Batistas europeus rejeitaram a chama de sua fé, Batistas no Brasil, na América Latina, Ásia e África

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Diretoria da Convenção Batista Brasileira / Foto: Selio Morais

permaneceram firmemente comprometidos com Jesus Cristo. Obrigado pela sua paixão pelo Evangelho. Obrigado por sua paixão pela Grande Comissão”. Os relatórios de atividades de todas as Organizações foram apreciados pelas câmaras setoriais, que recomendou a Assembleia a aprovação de

todos estes relatórios, tanto das Organizações executivas, quanto das Organizações auxiliares. A próxima Assembleia (99ª) será realizada na cidade de Natal - RN, no período de 25 a 28 de abril de 2019. O orador oficial será o pastor Marcos Vieira Monteiro, da Primeira Igreja Batista de Fortaleza - CE.

A partir desta Assembleia, as demais voltarão a ser realizadas no mês de janeiro. Inclusive, já está previsto que a 100ª Assembleia da CBB acontecerá na cidade de Goiânia, entre os dias 23 a 26 de janeiro de 2020, quando celebraremos o centenário do trabalho Batista no Estado de Goias.

Diretorias eleitas na 98a Assembleia da Convenção Batista Brasileira em Poços de Caldas - MG

Ordem de Pastores Batistas do Brasil (OPBB)

União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB)

União das Esposas de Pastores Batistas do Brasil (UEPBB)

Presidente: Pastor Adilson Santos - Seção São Paulo Vice-presidente: Pastor Evaldo Carlos dos Santos - Seção Espírito Santo 2º vice-presidente: Pastor João Reinaldo Purin Jr. - Seção Carioca 3º vice-presidente: Pastor Riedson Filho - Seção Bahia Secretário: Pastor Marcelo Gomes Longo - Seção São Paulo 2º secretária: Pastor Raquel Teófilo - Seção Fluminense 3 º secretário: Pastor Luciano Cosendey - Seção Fluminense Diretor executivo: Pastor Daniel Ventura - Seção Minas Gerais

Presidente: Neusa Maria Resende Soares - UFMBG 1° vice-presidente: Roseli Martins Xavier Pinto - UFMBC 2° vice-presidente: Joslaine Valzelir de Menezes Santos - UFMBRS 3° vice-presidente: Maria do Socorro Diniz UFMBSE 1° secretária: Lilian Matilde Freichos Godoy UFMB/FL 2° Secretária: Rosana Carmerino Pires - UFMBC

Presidente: Lúcia Cerqueira Coelho de Souza (Fluminense) 1° vice-presidente: Eliane Melo Salgado de Moraes (Planalto Central) 2° vice-presidente: Lenita Simone Santana (Pernambuco) 3° vice-presidente: Regina Célia Pinheiro dos Santos (Pará) 1° secretária: Eliete Nunes Ferreira (São Paulo) 2° secretária: Rita de Cássia Magalhães Odwyer Andrade (São Paulo) 1° tesoureira: Maria de Lourdes de Brito Cardoso (Meio Norte) 2° tesoureira: Edla Calheiros Bispo (Planalto Central)


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epois de discorrer sobre os dons, Paulo fala sobre a superioridade do amor: “E agora vos mostrarei um caminho muito superior”. O que as pessoas, famílias, Igrejas e a sociedade mais precisam é de amor genuíno que está em Cristo Jesus. Ele é o nosso exemplo de amor coerente (João 13.14-15). O Seu amor era real, vivencial, contagiante e abrangente. O Amor de Deus por nós fê-lo sacrificar a Cristo, Seu Filho, para nos dar vida em abundancia, de significado (João 10.10). O poder extraordinário do amor derruba barreiras imensas entre as pessoas, povos e tribos. O amor perdoa, cuida, abençoa, encoraja, ajuda, investe, fala a verdade, purifica e enriquece relacionamentos, caminha a segunda milha como ensinou o Senhor Jesus.

ponto de vista

O poder extraordinário do amor O poder extraordinário do amor é maior do que as línguas dos homens e dos anjos (I Coríntios 13.1-2). O amor verdadeiro não se revela em palavras apenas, mas em obras e em verdade. O amor trabalha para o bem do próximo. Ele age de forma a facilitar a vida das pessoas e mesmo daquelas que nos rejeitam (Mateus 5.38-48). O amor supera todos os dons. Quem não ama apenas existe, mas quem ama vive verdadeiramente. O verdadeiro amor é espiritual, é um agente transformador. O poder extraordinário do amor é maior do que sacrifícios (I Coríntios 13.3). Maior que simplesmente distribuir bens. Muito superior ao oferecimento do meu corpo para ser queimado ou sacrificado. O amor autentico produz um coração quebrantado e contrito que Deus não despreza (Salmos 51.17). Quem ama tem a sua vida no altar da von-

tade de Deus em Cristo Jesus. O Senhor se agrada de nossa obediência. Foi o que Jesus ensinou (Mateus 16.24-27). O poder extraordinário do amor tem os seus traços bem nítidos e observáveis (I Coríntios 13.4-8). O amor é paciente, longânimo, possui um espírito que nunca desiste. Ele é benigno, isto é, age com bondade, presta serviço a outras pessoas de modo gracioso. Ele tudo sofre, a tudo resiste. É tolerante, persistente. O amor tudo crê, tem total confiança em Deus. É altruísta. O amor tudo espera, confia e tem esperança. Confia na fidelidade de Deus. Aquele que ama crê que o Senhor é infalível. O amor tudo suporta, aguenta pacientemente. O amor jamais acaba. A razão principal é que “Deus é amor” (1 João 4.8). O amor jamais será vencido, jamais entra em colapso e jamais falha. Ele é eterno (I Coríntios 13.8).

Paulo mostra agora o que o amor não é: Invejoso. Não deseja o que é dos outros. O amor não se vangloria, não ostenta. O amor é simples. Jesus sempre foi simples. O amor não é orgulhoso, isto é, não é obstinado, não se torna arrogante, motivado pela autoconfiança (Calvino). O amor não é indecente, não se porta vergonhosamente e não envergonha a pessoa amada. O amor não é interesseiro. Não pensa só em si. O amor não é raivoso, não se irrita. O amor age com mansidão. O amor não é ressentido, amargurado. O amor não estoca ressentimento e não gera malícia. Ele não se alegra com a injustiça, mas congratula-se com a verdade ou diante dela. O poder extraordinário do amor tem a ver com o que é perfeito (1 Coríntios 13.913). O que nós conhecemos é limitado. Vemo-nos em um espelho de metal, que

era fabricado em Corinto. A visão era distorcida. Mas aguardamos o que é perfeito. O exercício do amor nos transforma de crianças em adultos. O amor me faz tirar as fraldas e me coloca roupas de alpinista. O amor continua no céu. A fé e a esperança são acompanhantes do nosso estado imperfeito (Calvino). Dentre as virtudes do Evangelho, a maior delas é o amor. O amor cobre uma multidão de pecados. O amor é sublime, terapêutico, abençoador, uma fortuna espiritual concedida por Deus para encher o depósito do nascido de novo. Não nos esqueçamos de que Deus é amor (1 João 4.8). A Trindade é amor. Obedeçamos à recomendação do apóstolo João: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de boca, mas em ações e em verdade” (I João 3.18). O poder extraordinário do amor faz verdadeiros milagres!

filhos convertidos, mas não por omissão de seu esforço e orientação cristã. Tive nela a sogra amável e prestativa. Hilda Nogueira Mancebo, minha amada esposa por 53 anos e 3 meses. Impossível minimizar seu desvelo maternal. Levava sempre a sério a devoção particular, sem esquecer os filhos. Notável o seu apego à Bíblia, de onde extraía lindas histórias para os filhos e crianças da Igreja. Habili dosa em contar histórias morais e bíblicas ilustradas com a natureza, despertava o apreço de Cláudio Lísias e Ana Lúcia pelo Criador. Cobrava deles a disciplina em nossa casa e na casa de Deus. Nas minhas ausências a serviço da Causa (e como foi longo esse período!), mos-

trava quanto era capaz de prover o necessário para o equilíbrio do lar. Impossível também esquecer sua companhia no ministério de visitação, a pé, de bicicleta, de lambreta e, anos depois, de carro. Soube abrir mão do conforto pessoal e praticar o altruísmo. Simples, despojada de vaidade e luxo, aceitava as limitações financeiras sem “queixas e reclamações”. Resta-me agradecer ao Autor da vida essa preciosidade que continua bem viva no coração do esposo e dos filhos. Inesquecível esposa e mãe. Somente a eternidade pode avaliar e recompensar plenamente as mães verdadeiramente piedosas. Que seria a família sem elas? E as Igrejas? E a sociedade?

Um tributo a três mães Francisco Mancebo Reis, pastor, colaborador de OJB (Texto extraído do Livro “Ontem e hoje - Vivendo e aprendendo”)

S

ão inúmeras as “rainhas do lar” dando sentido maior aos integrantes da família, hoje tão fragilizada e clamando por amor e desprendimento. Elas reinam com sabedoria nem sempre percebida e valorizada. Alisto somente três, às quais devo muito. Ana Reis Mancebo, que me trouxe ao mundo, merece honrosa menção. Portadora de mínima escolaridade, mas quanta sabedoria no trato com os filhos! Casada com in crédulo e morando a 4 km da Igreja, tudo fa-

zia para estar presente na EBD acompanhada dos 11 filhos, não lhe importando a indiferença do esposo, que se converteu quando já éramos jovens. Nossa educação cristã devemos a ela, mãe dinâmica, consagrada e desprendida. Dispondo de pouquíssimo tempo, não desperdiçava oportunidades para conduzir a prole na senda do Evangelho, pondo ênfase no valor da Igreja. Mostrava-se acentuadamente preocupada quando qualquer dos filhos demonstrava desinteresse de ir aos cultos. Aconselhava e tentava motivar. Se o papai impunha normas cívicas e comportamentos irrepreensíveis (o que era também necessário e relevante), à mamãe cabia o privilégio da

formação religiosa correta, com zelo e ardor. Sua afetividade cativava e convencia. Não fosse ela, provavelmente seriamos todos incrédulos. Um modelo de mãe cristã. Ana Muzzi Nogueira, minha estimada sogra. Mãe támbém desprendida. Financeiramente bem limitada pelo sa lário injusto e minguado do laborioso marido (e por longos anos), desconheceu a fartura de pão e outros tipos de con forto material, mas não se alimentava do “pão da preguiça” referido em Provérbios 31.27. Incansável em seu labor diá rio e cuidado com a prole. Seu amor à Igreja era contagiante, bem como o interesse pela vida devocional. Não teve o privilégio de ver todos os


o jornal batista – domingo, 13/05/18

ponto de vista

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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

Vivemos o Cristianismo ou cultura religiosa?

E

ra uma vez um crente muito fiel, que orou insistentemente pedindo a Deus mudança de emprego. Esperou, esperou e, finalmente, surgiu a oportunidade. Então, no primeiro dia de trabalho agradeceu a Deus pela resposta à sua oração. Outro crente explicava a um colega da mesma Igreja que estava contribuindo, pois assim, Deus retribuiria para ele. Deus queria um sacrifício, para que ele pudesse merecer de volta seu favor. Um irmão da mesma Igreja, que lia muito a Bíblia, especialmente antes de dormir, foi elogiado pela sua piedade e lhe perguntaram o que o motivava àquele tipo de reverência. Ele prontamente respondeu que se não fizesse aquilo antes de dormir poderia ter pesadelos e que precisava agradar a Deus para ser abençoado e não castigado. Esta mesma resposta um outro crente deu, quando indagado por que era tão envolvido no trabalho da Igreja e nunca perdia nenhum culto, nunca dizia não a um cargo novo, etc. Outro crente, enfrentando uma situação complicada, foi indagado se não perdia a paciência e o que estava fazendo para encontrar uma solução. Ao que respondeu, se for para acontecer acontecerá, Deus controla tudo. Quem poderia recriminar a fidelidade expressa nesses exemplos? Bem, se pudermos tomar como exemplo a atitude dos crentes de Bereia, que conferiam nas Escrituras tudo o que lhes era ensinado (Atos 17.10-11) poderemos aprofundar a compreensão deste modo de viver o Cristianismo. Nesta linha de avaliação, tenho notado que necessitamos rever nossas práticas eclesiásticas e na vida cristã para

conferirmos se coincide com os ensinos bíblicos, isto é, se são cristãs ou com tintura cultural e religiosa ou mesmo se focalizam um dado momento na linha do tempo da revelação progressiva de Deus que temos nas Escrituras. Muito do que vivemos e praticamos segue o caminho de um Cristianismo comprometido com a verdade bíblica, mas também tenho notado a criação, circulação, consumo e reprodução de culturas religiosas em nosso ambiente que acabam sendo resultado mais de práticas que recebemos dos nossos precursores ou mesmo com cores encontradas no Judaísmo, Catolicismo, Espiritismo e até Afro-religiões. Quando isso ocorre podemos dizer que estamos vivendo a cristandade, isto é, culturas religiosas, mas não o Cristianismo bíblico. Os primeiros exemplos citados no início deste artigo estão mais próximos do judaísmo, depois catolicismo (doutrina da penitência). Mas também buscar agradar a Deus pelas nossas boas obras está bem próximo da doutrina espírita da caridade e boas obras. Em primeiro lugar, o ensino bíblico é orarmos com súplica e já agradecermos, demonstrando aceitação da resposta que Deus nos der, seja ela qual for (Filipenses 4.6-7). Em segundo lugar, por mais que queiramos “negociar” com Deus nos valendo de nossos méritos e obras pessoais, ainda assim não alcançaremos a Sua perfeição e justiça. Nossos esforços são como que descartáveis, uma vez que não somos perfeitos (Isaías 64.6). É por isso que Deus ama a quem dá voluntariamente, com alegria (II Coríntios 9.7) e, afinal de contas, tudo é Dele (Lucas 9.23; Gálatas 2.20; Romanos

12.1ss), não apenas 10%. O obedecer a Deus para ser abençoado e não castigado está muito próximo da concepção legalista judaica, pois o legalismo nada mais é do que evitar o castigo e buscar benefícios; hoje muito ligado à Teologia de Mercado e da Prosperidade. O exemplo do “Deus cuidará...se for para acontecer acontecerá” também pode ter traços do fatalismo visto nas religiões afro e até mesmo nas indígenas. A redução da vida cristã a atividades tem conexão com o pragmatismo dos nossos precursores, que, aliás, fizeram grande trabalho, mas nos deixaram esta herança cultural. Neste sentido, há crente demonstrando que ao cumprir o ritual de estar presente nas atividades eclesiásticas, contribuir, ter algum cargo, já satisfez as suas obrigações com Deus. Novamente a tintura da doutrina católica da penitência. Neste caso, você só é bom crente se for útil, se estiver engajado. Viver para Deus acaba se reduzindo a trabalho na Igreja, a rituais mecanicamente aprendidos, que em nada agradam a Deus (Isaías 1.10-20; 29.13). O ensino do Novo Testamento mostra que o Cristianismo é muito mais do que isso. É viver o Evangelho integralmente a cada dia da semana, em qualquer situação ou área da vida (Lucas 9.23 - cada dia). A Igreja faz parte, mas não é o Reino de Deus. E tudo isso voluntariamente e com profundo senso de realização (I Timóteo 6.1ss). Afinal, as virtudes cristãs são acompanhadas da expressão “bem-aventurados” (felizes) e não de “deveis” (Mateus 5.1ss compare com Colossenses 2.23ss). O mesmo ocorre quando dizemos “Vamos à Igreja”.

Mas Jesus morreu e ressuscitou por cadeiras, instrumentos e prédios? No Novo Testamento temos sempre a ligação da Igreja com pessoas salvas e redimidas por Jesus e não com prédios. Nós somos a Igreja, mas criamos um imaginário cultural de que o prédio é a Igreja, sem dúvida necessário, mas não é a Igreja. Além disso, muitas vezes reduzimos o Cristianismo a uma espécie de “transe de fim de semana” ao transformarmos o domingo - dia de descanso e celebração - em dia do cansaço, como se o crente devesse pregar o Evangelho, exercer seus dons de serviços, adorar, etc., somente em um dia da semana. Parece-me que queremos fazer e viver em um dia a vida de sete dias da semana, novamente deixando de viver um Cristianismo em tempo integral. Mas ainda há o conceito de espaço sagrado que damos em geral ao templo, como a “casa de Deus”, que, no fundo, é baseado na Teologia do Antigo Testamento, dentro do conceito de revelação progressiva. Chegaremos à outra conclusão se considerarmos o ensino de Jesus na conversa com a mulher samaritana (João 4) que tinha também a mesma preocupação, quando Jesus demonstrou-lhe que já era chegada a hora em que Deus consideraria o estado do adorador e não o local em si. Mesmo porque, dentro do conceito de revelação progressiva na Bíblia, Atos 7.48 nos ensina que Deus não habita em santuários feitos por mãos humanas e que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo (I Coríntios 6.16) e santuário do Deus vivo (II Coríntios 6.19). Em outras palavras, no

Novo Testamento o coração do adorador é a prioridade, nós somos o templo de Deus e devemos considerar todos os locais sagrados em que devemos reverenciar a Deus. O Cristianismo, portanto, deve ser estilo de vida, mas também vivido em todo e qualquer lugar. Na história, é possível ver líderes que, acidamente, criticaram o Cristianismo, tais como, Marx, Nietzsche, Freud, etc. Mas, considerando o lugar da fala de cada um deles, na realidade estavam criticando a cristandade e não o Cristianismo, tal era a intensidade da cultura religiosa, legalista, institucional em que o povo cristão estava envolvido. Daí surgiram pesadas críticas e preconceitos contra Deus, a Bíblia e o Evangelho. Hoje está acontecendo o mesmo, inclusive, pelos meios massivos de comunicação. E nós precisamos reverter esse processo, vivendo segundo os ideais de Deus, despidos, o máximo possível, da coloração cultural que se distancia do sentido essencial do Evangelho. Este artigo, em nenhum momento, defendeu a ideia de um Cristianismo relapso, anárquico e mobilizado pela vontade de cada pessoa, em vez disso, demonstramos a necessidade da busca pelas reais razões e motivações bíblicas para nossa prática na vida e trabalho cristão. Há outros exemplos de cultura religiosa, mas estes demonstram que se agirmos como os crentes bereanos poderemos compreender melhor o que é possível aceitar do que é cultural e o que, de fato, é bíblico e inegociável. Seria um bom exercício iniciarmos uma análise de nossas práticas com a Bíblia.



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