OJB Edição 47 - Ano 2017

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 19/11/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 47 Domingo, 19.11.2017 R$ 3,20

Refugiados na terra da Reforma

Desta vez, o missionário Roberto Maranhão recebeu a oportunidade de apresentar o seu ministério artístico na terceira conferência mundial da UNIPAS, em Cascais, Portugal. Depois foi para a Alemanha e deu continuidade nos projetos de auxílio aos refugiados através da Intentional community of Integration (ICOI), uma ONG de integração para refugiados, liderada pelo CEO Thomas Lorenz. Maranhão também relata a benção de Deus para ele, que é poder ter a ajuda de sua filha Karina, que foi de Nashville - EUA como voluntária para dar aula de violão e teclado para as crianças refugiadas. Confira o texto completo na página 10, na Coluna Arte e Cultura.

~o Teológica Terceiro domingo de novembro: Dia da Educaça Coluna Vida em Família

Missões Nacionais

Leia o texto desta semana: “Perdoar: uma necessidade constante no casamento”

Visão de Igreja Multiplicadora chega a país da América Central

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Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

Missionários cariocas levam o Amor de Cristo aos enlutados no Dia de Finados

Inscrições para Radical Ásia são prorrogadas até 27/11; Saiba mais!

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

Buscando a resposta de Deus

O

profeta Habacuque lamenta-se ao ver a decadência da justiça. É surpreendido, pois Deus disciplinará Seu povo de forma inesperada. Na segunda lamentação, ele relembra quem é o seu Deus e, assim, no meio da aflição, consegue ver renascer a esperança. Após derramar sua alma diante de Deus, ele faz algo que deve ensinar-nos uma lição: “Vou subir à minha torre de vigia e vou esperar com atenção o que Deus vai dizer e como vai responder à minha queixa.” (Hc 2.1 NTLH).

“O profeta decidiu…que não vai procurar resolver com a sua razão a aparente contradição entre a eleição de Israel por Deus e a devastação que o povo sofrerá nas mãos dos caldeus. Ele não vai depender da sabedoria humana - ele vai esperar uma compreensão que vem de Deus. A humildade e a esperança do profeta falam à Igreja de Cristo…os caminhos de Deus são mais altos que os caminhos do homem. Só podemos compreender os enigmas e paradoxos da vida por revelação divina.” (Briscol)

Para lidar com o incompreensível da vida, precisamos parar tudo e ir para a “nossa torre de vigia”, que pode ser um parque, um quarto silencioso, um lugar onde a nossa alma se aquieta na presença de Deus: “Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus” (Sl 46.10). Alguém que espera no Senhor a resposta, contrasta com aqueles que buscam as respostas na sua própria força, imaginação e razão. Calvino afirma que “Todos que se entregam ao próprio entendimento merecem ser deixados para serem levados para cima e para baixo,

para aqui e para lá por Satanás; porque a segurança do cristão está em basear-se na Palavra que vem do Senhor”. Você tem buscado respostas em Deus? Esperado o tempo de Deus na sua vida? Você tem se apoiado no seu próprio entendimento para resolver os enigmas, complicações e paradoxos da vida? “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento” (Pv 3.5). Luiz Roberto Silvado, pastor, presidente da CBB


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Deus é a sua bandeira? Rogério Araújo (Rofa), escritor, jornalista, diácono da Igreja Batista em Neves - São Gonçalo - RJ, colaborador de OJB

“S

alve lindo pendão da esperança...”. Quem nunca

cantou o Hino à Bandeira Nacional ao comemorar, no dia 19 de novembro, o Dia da Bandeira? Ter um ideal, um lema de vida é necessário a todos. A maioria das pessoas tem um time, partido, religião e faz disso sua “bandeira”. Isso é correto, desde que não ex-

trapole suas funções e tenha seus excessos. E para com Deus, como fica essa história? Falar “Se Deus quiser...” pura e simplesmente sem deixá-lo agir não adianta, bem como falar “Deus te abençoe!” sem crer em suas bênçãos. “E Moisés edificou um al-

tar, ao qual chamou: o Senhor é minha bandeira”, diz a Bíblia em Êxodo 17.15, ao sair o povo de Deus do Egito. Será que estamos colocando o Senhor como a “bandeira da nossa vida”, ou O ignorando a cada dia, nem “ligando” para ele e Seu poder de agir em nosso viver?

A melhor solução é ter fé em quem do céu pode resolver as situações que nos afligem, colocando-O em lugar de destaque em nossa vida, deixando “flamulando” e abençoando o nosso dia a dia! Deixe o Senhor ser a “bandeira de sua vida” e creia sempre Nele!

O que o educador pode dizer? Ivone Boechat, colaboradora de OJB

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que dizer a uma criança, a um jovem, a um idoso, a alguém que assiste perplexo, pelos meios de comunicação, a tanta destruição, vandalismo, quebra-quebra, planejado por radicais livres, leves e soltos, mascarados profissionais, muito bem pagos, a pretexto de indignação, por este ou aquele motivo político? O que dizer dos maus elementos travestidos de “políticos” que não têm o menor compromisso com o povo, porque já provaram que, na mínima oportunidade,

surrupiam os cofres públicos e nem se importam com a fome e o abandono de milhares de pessoas, seus eternos e fiéis eleitores; coitados! O que dizer a “jornalistas” que generalizam, confundem, induzem multidões ao erro, quando se precipitam com “notícias” equivocadas que esmagam esperanças. Ou então selecionam as piores desgraças para contar a todos, sem se importar com idade, saúde, com a desculpa de “vê quem quer”. A ética passa longe! Esses têm prazer de profetizar o pior, como se no Brasil não acontecesse nada de bom. O que dizer aos “educadores” ideológicos que consomem o tempo dos estudan-

tes, traem as famílias, em vez de ensinar os valores fundamentais para a construção do cidadão? Sala de aula não é diretório, nem palanque, é uma grandiosa oportunidade para a educação. Se “doutrinadores” gastam o tempo discipulando para desfraldar uma bandeira que não seja a brasileira, deveriam exercer a profissão custeada por aqueles que lhe encomendaram a tarefa de desmoronar a democracia, o país, as instituições. A verba destinada à educação tem que ser investida na educação. O bebê chega de fraldas à escola. Ele quer espaço para brincar, cantar, ser feliz. Ele nem sabe o que é aprender, porque ensina muito mais

do que aprende. Mas cresce, passa a entender o mundo ao redor; que tristeza! O menino cresce e se traumatiza com tanta violência por todos os lados. Muito cedo vem a decepção com as chamadas “autoridades”, devido ao comportamento ridículo que essas crianças veem e registram pelos meios de comunicação. É tempo de colocar a Pátria, tão mal amada, no centro das prioridades. A sociedade está carente de assistência. Todos sabem que é a educação que traça o rumo. Exemplos ruins são praticados a olhos vistos, até por aqueles que se proclamam educadores, quando invertem os objetivos

educacionais e pervertem politicamente com mentiras. Mentiras, fábulas, delírios têm no jovem um terreno fértil. Os profissionais do mal sabem disso. Por causa dos “meios que justificam os fins”, insistem e conduzem as vítimas a um velho curral eleitoral, mesmo tendo plena consciência do mal que fazem ao Brasil. O Brasil é lindo! É uma potência; é rico. Tem quase tudo para dar certo, mas quem sabe, tropeça em você: saia da frente se você não é educador, se não é um político honesto, se não é o governante que prometeu ser. Devolva ao povo brasileiro o que ele sempre teve: esperança.


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reflexão

Formação de líderes

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Ajuda minha incredulidade “E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: ‘Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade’.” (Mc 9.24)

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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uando estudamos sobre a Igreja Multiplicadora temos como um dos princípios a formação de líderes. É bom recordar os 5 princípios da Igreja Multiplicadora: Oração, Evangelização Discipuladora, Formação de Líderes, Plantação de Igrejas e Compaixão e Graça. Quando penso na pessoa do líder me recordo do que disse Josué Campanhã: “Sua

liderança é um reflexo direto de quem você é. Sua postura como líder nunca será melhor do que a sua postura como pessoa.” Não podemos esquecer que o líder está em evidência, as pessoas observam sua forma de agir, falar, andar e criam expectativas sobre ele. James Hunter, autor do livro “O Monge e o Executivo”, define líder assim: “Liderar é influenciar e inspirar pessoas para agirem. Liderança não é apenas gerenciamento. Gerenciar é

planejar, resolver problemas, organizar. Essas coisas são importantes, mas não fazem da pessoa um líder.” É necessário investir na formação de líderes, pois, os líderes são condutores, são pessoas que exercem influência. O líder precisa conhecer a si mesmo, ter domínio próprio e ter uma missão de vida. Precisamos formar líderes tementes a Deus, homens e mulheres de coragem para influenciar e não serem influenciados.

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pai de um menino endemoniado pediu a Jesus a cura de seu filho. Para testar a qualidade da sua fé, o Senhor lhe perguntou se, de fato, acreditava no que estava clamando: “Em seguida, o pai do menino, suplicando com lágrimas, disse: ‘Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade’”. (Mc 9.24) Não se pode aumentar ou diminuir - aquilo que não existe. Quando nos satisfazemos com a nossa vidinha, sem nenhuma preocupação espiritual, não nos ocupa-

mos com crescimento. O pai do menino enfermo estava envolvido intensamente com a saúde do próprio filho. Não parou diante dos insucessos enfrentados antes e, quando encontrou Jesus, abriu seu coração, revelando o quanto esperava do Nazareno. A pergunta de Jesus deve mexer com todos nós: o quanto é que cremos no Senhor? Fé é uma realidade dinâmica. Jesus a comparou com a semente da mostarda: ela é diminuta, mas, se for bem nutrida, crescerá e formará uma árvore. Nossa “incredulidade” é o começo da nossa “credulidade”. Cristo quer que alimentemos a nossa fé, aumentando nossa dependência Dele. “Ajuda, Senhor, nossa incredulidade!”.

Os 500 anos da Reforma Protestante Jeferson Cristinanini, pastor, colaborador de OJB

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Reforma Protestante é resumida como uma reforma religiosa ocorrida na Europa. A Reforma Protestante foi um marco histórico da humanidade. Os movimentos cristãos que se originaram a partir dela são chamados de protestantes históricos. As denominações protestantes históricas no Brasil são: Anglicanos, Batistas, Presbiterianos, Luteranos, Metodistas e Congregacionais.

Lutero, o grande reformador, foi feliz ao ler Romanos 1.16 e 17 e perceber que a salvação é pela fé, e que “O justo viverá pela fé”. No dia 31 de outubro comemorou-se os 500 anos, quando Lutero, indignado com a venda de indulgência e falta de compreensão e ensinamento bíblico, afixou as 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha. Por isso, essa data é comemorada, pois é o Dia da Reforma Protestante. Lutero combateu as indulgências falando da graça e da salvação pela fé: “Porque pela

graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9). A Reforma tem cinco pilares, “As cinco solas” (cinco somente): Sola Scriptura (Somente a Bíblia e toda a Bíblia); Solus Christus (Somente Cristo); Sola Gratia (Somente a Graça); Sola Fide (Somente a Fé); Soli Deo Gloria (Somente a Deus Glória). E o lema da Reforma é “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est”, ou seja, “A Igreja é reformada e está sempre

se reformando”. A Reforma tirou a Igreja do abismo e do desvio que estava e, assim, a trouxe para o caminho. A Igreja, no decorrer dos séculos, precisa deixar que a Reforma continue, ou seja, que as práticas que não estão dentro dos padrões bíblicos sejam reformadas e que o Povo de Deus se volte para a Palavra. A Reforma Protestante nos convida a analisarmos a caminhada da Igreja de Jesus a partir dos referenciais das cinco Solas. Tratando do nosso país, onde as “Igrejas

evangélicas” estão distantes dos padrões bíblicos e as aberrações dos “pastores e bispos” ensinam e apregoam, a Igreja precisa continuar passando pela Reforma que a Palavra proporciona, e que a Igreja continue apenas sendo orientada pelo Cabeça, Jesus Cristo, o Senhor. Que a Reforma não pare na Igreja de Jesus e que Ele edifique Sua Igreja e faça com que a mesma cumpra sua missão com fidelidade. É tempo de celebrar os 500 anos da Reforma Protestante, celebrar a graça e a fé.


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reflexão

DIFICULDADES BÍBLICAS

Ebenézer Soares Ferreira

Diretor-geral do Seminário Teológico Batista de Niterói – RJ

E OUTROS ASSUNTOS

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Onde estão os mortos? (Parte II)

apóstolo Pedro, em sua 1 a epístola, capítulo 3, versos 18 a 20, escreveu: “Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água.” (I Pe 3.18-20) Alguém denominou esse texto de “O Oráculo negro do Novo Testamento”; e outro, de crux interpretum. É no Credo Apostólico que aparece a frase: “descensus ad inferos”. Não é de hoje que os comentadores bíblicos buscam desatar o “nó górdio” desse problema. Alguns, sem muita base, vão logo lançando o que descobriram, julgando que isso é a verdade axiomática. Aceitam qualquer magister dixit. Outros preferem abster-se de se pronunciar sobre certos temas bíblicos, considerando-os como um “ovo de Colombo”. Eis algumas perguntas que deveriam ser feitas e comen-

tadas, se o espaço nos permitisse: 1. Que espírito eram estes referidos por Pedro? Têm aparecido três tipos de respostas: 1) - São os anjos decaídos (II Pedro 2.4); Judas 6. 2) - Os patriarcas; 3) - Os rebeldes do tempo de Noé. 2. Quem pregou? São sugeridos os nomes: 1) - Cristo; 2) - Noé; 3) - Os apóstolos; 4) - O Espírito Santo. 3. A quem se pregou? Há duas sugestões: 1) - Aos bons; 2) - Aos maus. 4. Em que prisão? Há quatro sugestões: 1) - No inferno; 2) - No tártaro; 3) - À “prisão do corpo”; 4) - À “prisão do pecado”. 5. O que foi pregado? Sugerem: 1) - Salvação; 2) Condenação; 3) - Sua vitória. 6. Em que espírito? Sugerem: 1) - No Espírito Santo; 2) - No Espírito de Cristo; 3) - No espírito do demônio. 7. Em que tempo isso ocorreu? 1) - Durante o tempo em que o corpo esteve na sepultura; 2) - No tempo de Noé. Agora, vejamos a interpretação que se coaduna com o teor geral da Bíblia. Pedro está escrevendo a sua primeira epístola “ Aos peregrinos da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (I Pe 1.1).

Exorta os crentes a terem uma vida exemplar e os anima quanto à perseguição que sofriam e que ainda viriam a sofrer, pois, de Roma, onde Nero imperava, irradiava-se a terrível perseguição contra os cristãos. Eles estão dispersos, mas, ali, a perseguição os atingiria. Pedro lhes mostra, então, como foi o comportamento de Cristo. Eles deveriam imitá-lo, estar cônscios de que, assim como o Espírito de Cristo estivera, no passado, com Noé (v. 20), que recebeu afrontas, escárnios, provações mil quando pregava aos antediluvianos, os “peregrinos”, do mesmo modo, deviam, pacientemente, receber as perseguições, pois, para eles, estava assegurada a maravilhosa esperança - a ressurreição, que Cristo prometera. Tendo morrido, Cristo foi, durante o tempo em que seu corpo esteve na sepultura, tanto ao céu, onde levou o ladrão arrependido (Lucas 23.43), quanto ao inferno, para demonstrar o seu poder. Ali, aos “espíritos em prisão” que foram rebeldes, nos dias do patriarca Noé, e que rejeitaram a longanimidade de Deus, enquanto preparava-se a Arca, e durante 120 anos de pregação, aos “espíritos em prisão”,

Jesus fez a proclamação de seu triunfo sobre a morte e o pecado, descendo “Às partes mais baixas da terra”, como afirma o apóstolo Paulo em Efésios 4.9. Portanto, proclamou Sua vitória àqueles que não O aceitaram, quando pregou através de Noé, o que, em última análise, foi também proclamação condenatória. Existe oportunidade de salvação após a morte? Alguns inferem do texto em tela que há oportunidade de salvação após a morte; é ledo engano. Veem coisas que o texto não diz. Querem basear-se na expressão “Pregou aos espíritos em prisão”. Não existe uma segunda oportunidade de salvação após a morte. O que ocorre, após essa, é o juízo (Hebreus 9.27). Vê-se que o verbo empregado por Pedro é ekêryxen, que se deriva de kerysso, que significa “Proclamar uma mensagem como um arauto”. Se Pedro quisesse ensinar oportunidade de salvação após a morte, não teria usado o verto citado, mas, sim, euangelizamai, cujo sentido é “Pregar ou levar as Boas-Novas”. Mas, Pedro não faria isso, porque sabia que só há salvação nesta vida. A Igreja Católica ensina que Jesus, no intervalo em

que ocorreu Sua morte e ressurreição, desceu ao limbus patrum. Ali pregou aos fiéis do Velho Testamento, para poderem alcançar a salvação. Isso é engano. Hendel Haris e outros eminentes eruditos têm verificado que as primeiras palavras do versículo 19 (no qual também, en ho kai) contêm as letras do nome Enok. Acham que, no original, estava “Enok foi e pregou”. Mas, por distração de algum copista, a frase foi modificada. A hipótese é aceitável. Porém, os manuscritos antigos não apresentam a forma que Hendel sugere. E, por remate, cito o que escreveu o célebre bispo de Hipona, Agostinho: “Os espíritos encarcerados na prisão são os ímpios que viviam no tempo de Noé, cujos espíritos ou almas se achavam presos na escuridão da ignorância, como em uma prisão; Cristo pregou a eles, não na carne, pois ainda não se encarnara, mas no espírito, isto é, em sua natureza divina” (Ad Evodiam, ep. 99). Observação: Deixo de comentar a primeira parte, onde são feitas as sete perguntas, para não alargar o artigo. Em meu livro “Dificuldades Bíblicas” - Vol. 3, será publicado o estudo completo desse trecho bíblico.


6 vida em família

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reflexão

Gilson e Elizabete Bifano

Perdoar: uma necessidade constante no casamento

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ssim como os conflitos são constantes em uma relação conjugal, os erros também são. Por isso, é importante conjugar, todos os dias, o verbo “perdoar”. Assim como “amar” é um verbo de ação, “perdoar” também é. Se os casais decidissem conjugar, pelo menos, esses dois verbos, teríamos menos divórcios e frustrações no casamento, e, consequentemente, mais alegria e realização conjugal. Especialistas cristãos que ministram a casais são unânimes ao afirmarem a importância do perdão na vida conjugal. Dennis Rainey, no seu livro “Meditações

diárias para casais”, diz: “O perdão torna possível relações duradouras”. Tremper Longman e Dan B. Allender, no livro “Aliados Íntimos” afirmam: “O casamento mais bem-sucedido é aquele em que o perdão é, frequentemente, buscado e ricamente concedido”. Para concluir, David e Claudia Arp, autores do livro “A segunda metade do casamento”, também afirmam: “Perdoar é a chave para um casamento saudável e duradouro. O perdão é um ingrediente que alimenta o relacionamento amoroso e do qual necessitamos diariamente.” O que é perdoar? Perdoar,

na essência da palavra, é cancelar uma dívida. Esta é a mesma ideia que podemos encontrar em Jesus, em relação às faltas humanas (Colossenses 2.14). Mas, para que não tenhamos sentimentos e ideias erradas sobre o ato de perdoar, é preciso que façamos algumas afirmações. A primeira delas: o ato de perdoar não faz com que o perdoador esqueça o que aconteceu. O importante do perdão, na relação conjugal, é que a falta cometida não será jamais usada contra o cônjuge infrator. Quando isso não acontece, não houve perdão, de fato. A segunda afirmação: o

ato de perdoar não isenta o cônjuge ferido do sofrimento e da dor. Mesmo tendo perdoado, de fato, e isso nós podemos ver em Jesus, o cônjuge ferido pode sofrer muito, sentir mágoa e tristeza. A terceira afirmação é a seguinte: o perdão não isenta o cônjuge infrator de responsabilidades pelo erro cometido. Na relação de perdão de Deus para com a humanidade, podemos ver o exemplo dessa afirmação (Romanos 3.23). A quarta afirmação: o cônjuge ofendido pode precisar de tempo, às vezes longo, para que a confiança seja restabelecida, princi-

palmente em um caso de adultério. A confiança é resgatada aos poucos e com o tempo. Que os casais busquem em Deus, que é a fonte do genuíno perdão, a disposição de perdoar! Praticando o perdão na relação conjugal, com certeza, construiremos um casamento segundo a vontade de Deus. Pr. Gilson Bifano é o fundador e diretor do Ministério OIKOS (Ministério Cristão de Apoio à Família). Preletor, escritor e Coach na área de família e casamento. oikos@ministeriooikos. org.br

O tempo provará ou provou Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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edo ou tarde, a verdade nos alcança. Dizem que a mentira tem pernas curtas, porém, nós cremos o contrário, é a verdade que tem pernas longas. Diz o apóstolo João: “A Tua Palavra é a verdade”. Agora, temos não a verdade que o homem descobriu, mas a verdade que Deus nos revelou. Nas Escrituras, não temos

hierarquia sacerdotal. Não temos essa de um grupo de notáveis que determina às Igrejas estes ou aqueles que lhes presidirão. É notório a todos que, desde o início, quando o apóstolo Paulo deixava um líder em uma Igreja, só o fazia por preocupação aos novos convertidos. Esse líder cuidava deles e também os equipava. Não demorava muito e os selecionados escolhiam, dentre um deles, quem os liderasse.

No decorrer do desenvolvimento da Igreja, havia lideranças nos grandes centros do mundo de então, e essas lideranças começaram a disputar a primazia entre a cristandade. Aliada ao poder secular, a Igreja cristã de Roma reivindicou para si a liderança da Igreja universal. Consolidada tal liderança, a Igreja passou a chamar-se Romana. Até o título é inconsistente, pois, se universal, como pode ser romana?

Ao longo dos séculos, houve grupos cristãos que reivindicaram o direito da Igreja local escolher seu líder ou líderes. Essa prática consolidou-se com o surgimento dos Batistas em 1512. Os Batistas, até hoje, são os únicos que não se utilizam de um poder ou hierarquia central. O novo Código Civil Brasileiro enquadrou as religiões como pertencentes ao terceiro setor, ou seja, as Igrejas serão semelhantes a uma Organização Não Go-

vernamental (ONG). Cada uma delas terá que escolher o seu presidente. Só os Batistas estão preparados para essa prática, pois, já o fazem a séculos. A manipulação, inclusive, através do poder econômico, não é possível através das eleições realizadas pelas Igrejas locais. O tempo provou que a Bíblia está séculos à frente de qualquer época. E porque não seria assim? Não é ela a Palavra de Deus?


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missões nacionais

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Visão de Igreja Multiplicadora chega à Nicarágua

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ntre os dias 25 e 27 de outubro, Missões Nacionais, com o apoio da Junta de Missões Mundiais, atendeu a um convite feito pela Convenção Batista da Nicarágua por meio da União Batista Latino-Americana (Ubla) para levar a visão de Igreja Multiplicadora a um novo contexto, com a realização do Congresso Multiplique em Nicarágua. O evento contou com a participação de cerca de 200 líderes de todas as regiões do país. O Congresso Multiplique na Nicarágua representa um passo em direção à dissemi-

nação da visão de Igreja Multiplicadora na América Latina. O pastor Fabrício Freitas e o pastor Diogo Carvalho, da Gerência de Evangelismo de Missões Nacionais, foram os preletores oficiais do evento. “O Multiplique Nicarágua é o início de uma grande plataforma para toda América Central e, consequentemente, América Latina, da visão de multiplicação. Nós temos avançado já há mais de um ano através da UBLA e em parceria com Missões Mundiais, e através das missionárias Vládia e Rejane, líderes estão sendo treinados e Igre-

jas já estão vivenciando e nós acreditamos que em muito pouco tempo nós já teremos inúmeros testemunhos do avanço da obra missionária naquele país. A Nicarágua é nossa porta de entrada, nossa base de avanço de multiplicação para o nosso continente de fala hispânica”, relatou o pastor Fabrício Freitas, gerente-executivo de Evangelismo. Em todo o país, são cerca de 280 Igrejas vinculadas à Convenção Batista do Nicarágua. No Multiplique, 86 foram representadas, com líderes abertos ao aprendizado da visão de Deus para a multiplicação de discípulos

nas Igrejas. Um marco no ministério de muitos líderes. “Fiquei muito feliz de encontrar lá irmãos que viajaram 12 horas para estar no Congresso e, especificamente, um pastor que deu o testemunho de que estava desanimado com o ministério, mas depois de participar do Congresso, adquiriu uma nova visão, um novo ânimo para recomeçar. Ele disse que iria ao Congresso como uma última chance para ver se Deus ainda tinha alguma coisa para fazer por meio da vida dele e, depois de sair, ele testemunhou que volta com o ânimo renovado para

multiplicar discípulos na cidade e na Igreja em que ele está”, compartilhou o pastor Diogo Carvalho. Pastor Douglas Prado, da Igreja Batista em San Pablo, Manágua, compartilhou sua experiência participando do Multiplique. “Há tanto para fazer que não estamos fazendo! E o Congresso serviu para despertar essa motivação e focar novamente no que realmente Deus espera que façamos. Na verdade, o Congresso pôs em perspectiva, de uma forma muito bonita, o poder da unidade, o poder da Palavra e o poder da fé. ”


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notícias do brasil batista

Veteranos celebram centenário da Juventude Batista de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

Fotos: Anderson Solano

Joelson Chaves de Brito e Jemima Leite de Brito

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XI Retiro dos Veteranos e Amigos foi realizado pelos veteranos da Juventude Batista do Mato Grosso do Sul (JUBAMS), no período de 29, 30 de setembro e 01 de outubro de 2017, no Acampamento Batista em Piraputanga - MS. O tema foi: “Repaginai-vos, Já”, baseado em II Crônicas 7.14, e o orador oficial foi o teólogo e ex-presidente da JUBAMS, Faber Gimenez, que atualmente mora em São Paulo - SP. Ele levou a mensagem bíblica e enfatizou o retorno à santidade pessoal, refletida nos relacionamentos com Deus e com o próximo. A ideia dos veteranos em criar esses retiros não é nova: surgiu há cerca de 12 anos e tornou-se uma atividade permanente, com objetivos definidos: resgatar veteranos para uma vida de comunhão com Deus e com a Igreja; trazer de volta ao aprisco a centésima ovelha; fortalecer laços de fraternidade cristã entre veteranos de todas as gerações; resgatar valores éti-

Retiro teve participação de muitos veteranos

cos e espirituais na família, de acordo com os padrões bíblicos; evangelizar pessoas e orientá-las no desenvolvimento da vida cristã. De forma singular, conforme decisão da liderança, o XI Retiro dos Veteranos revestiu-se de uma característica especial: a celebração do Centenário do trabalho da Juventude Batista no Mato Grosso (UNO) e Mato Grosso do Sul e a comemoração do Jubileu de Ouro dos Retiros de Carnaval, realizados em Piraputanga. Na oportunidade, dentro da celebração do Centenário (1916-2016), foram homenageados os líderes do trabalho jovem dos estados de Mato Grosso (UNO) e do Mato Grosso do Sul: desde o tenen-

te Henrique do Nascimento Gonçalves, que organizou e presidiu a primeira União de Mocidade do estado, em 1916, em Corumbá; o doutor Helí Corrêa, idealizador do primeiro Congresso da Juventude Batista Mato-grossense e mentor da criação da Assembleia da Mocidade Batista Mato-grossense, no ano de 1946, e os demais que deram sequência ao trabalho, através do Conselho de Treinamento da Mocidade Batista Mato-Grossense - COTREIBAM (1965), da Juventude Batista Mato-grossense - JUBAMAT (1971) e, a partir de 1979, com a divisão do estado, da JUBAMS. Na celebração alusiva aos 50 anos de retiros (19682018), foram homenageados

Evento tem o objetivo de resgatar valores

os preletores que atuaram no período. Dentro do que foi planejado pela equipe dos veteranos para essas celebrações, estamos preparando a edição de um livro, sob a responsabilidade da escritora Vera Tylde de Castro Pinto, neta do já citado tenente Henrique do Nascimento Gonçalves, que objetiva, segundo a mesma, permitir a “Todos nós de conhecer um pouco do nosso passado comprometido com o Evangelho nesta região”, cujo lançamento está previsto para o dia 08 de dezembro, na Igreja Batista Boas Novas, em Campo Grande - MS. Para falar da importância das ações desenvolvidas por todas as pessoas que atuaram

ao longo dos tempos na liderança do trabalho jovem e dos preletores que ministraram em nossos retiros, deixamos esta mensagem: “Glorificamos a Deus por suas vidas dedicadas ao ministério da Juventude Batista dos estados de Mato Grosso (UNO) e Mato Grosso do Sul, pois impactaram gerações e deixaram um legado de bênçãos, em nosso tempo, de valor eterno. A nossa gratidão é, em primeiro lugar, a Deus, por nos ter permitido chegar até aqui; a toda equipe dos veteranos; aos que se fizeram presentes como retirantes e a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização do nosso evento, permeado de emoções, significados e valor histórico.”

Juventude Batista Meritiense realiza vigília e reúne mais de 120 jovens na programação

Higor Garcia, líder da Juventude Batista Onda Forte, membro da Igreja Batista em Jardim Noia - RJ

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o dia 01 de novembro, a “área laranja” da Juventude Batista Meritiense - RJ (Jubame), que é formada por sete Igrejas, realizou uma vigília na Igreja Batista em Jardim Noia - RJ (IBJN). O intuito da programação foi gerar unidade entre as Igrejas da região. Tivemos mais de 120 jovens presentes. Foi uma noite linda, quando tivemos a oportunidade de ver jovens rendidos em oração e buscando o Espírito Santo. A abertura ficou por conta da IB Jardim Noia e Igreja Batista Central Jardim Metrópoles, que cantaram a música “Te-

Dueto das irmãs Tanizia Maly e Mariana Napoleão

mos que ser um”. Os adolescentes da IBJN apresentaram uma peça teatral; as jovens Tanizia e Mariana fizeram um dueto e o Ministério Nova Aliança entoou louvores, abordando o tema “santidade”. Pastor Fernando de Oliveira, da Igreja Batista Porto Alegre fez os nossos jovens rirem muito e trouxe uma palavra a

respeito de unidade. Aprendemos a juntarmos forças para levar pessoas até Jesus, nem que seja pelo telhado. A IBC Jardim Metrópoles cantou diversos louvores e quebrou o gelo com as dinâmicas da irmã Renata Lima, que abordou assuntos como unidade e perdão. Logo após, contamos com a apresentação

Encerramento da Vigília

de uma coreografia com os jovens da Igreja Batista Guarani. O ministério de louvor da juventude da PIB Jardim Paraíso, junto ao grupo de coreografia, levou a Igreja em oração e adoração. Ficamos impactados com o mover do Espírito Santo naquele momento, vimos pessoas totalmente rendidas diante do Senhor.

Realizamos também rodas de debate com pequenos grupos, em que pudemos dividir experiências e refletir sobre qual é a vontade de Deus em relação a unidade do seu povo. Para encerrar o culto, cantamos “Geração de adoradores” e oramos para que sejamos um. Foi, realmente, uma noite memorável.


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Igreja Batista Monte Ararat - BA realiza programação para celebrar 32 anos de existência “Grandes coisas fez o Se- te, falamos do que Ele está renhor por nós, pelas quais alizando por meio da Igreja; estamos alegres.” (Sl 126.3) e, no futuro, falamos da Sua volta gloriosa e restauração os dias 28 e 29 de de todas as coisas (Romanos outubro, a Igre- 8.19-23).”, declarou o pastor ja Batista Monte Antônio. Foram dias de reflexão Ararat - BA comemorou os seus 32 anos de e celebração a Deus pelas organização. O tema aborda- bênçãos recebidas durante do nestes dias de festa foi “O esses anos de muitas lutas e Reino é chegado, o tempo vitórias. Agradecemos ao Pai pela de Deus está próximo”. O responsável pelo ministério linda festa, pelos convidados é o pastor Antônio Carlos e pelo aprendizado adquirido nestes dias através da instruRodrigues. “Quando proferimos o ter- mentalidade dos pastores mo Reino de Deus, estamos Jeorge Marinho e Adelvan falando no seu aspecto pas- Souza, Coral Asas da Alva, sado, presente e futuro. No grupo de coreografia Peniel passado, olhamos para o que e grupo Eliúde. Louvado seja Igreja celebrou a Deus pelas bênçãos recebidas durante esses anos Cristo fez na cruz; no presen- o nome do Senhor!

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Missionários cariocas levam o Amor de Cristo aos enlutados no Dia de Finados

Tiago Monteiro, comunicação e marketing da Convenção Batista Carioca

O

s cemitérios da Cacuia, Caju e São João Batista, todos localizados na cidade do Rio de Janeiro, foram alvos de um trabalho especial da Capelania Juntos aos Enlutados (Missões Rio), realizado no Dia de Finados, no dia 02 de novembro. O impacto evangelístico contou com o apoio de voluntários de diferentes Igrejas, divididos em três equipes missionárias, cuja finalidade foi levar consolo e transformação aos que pranteavam por seus parentes e amigos falecidos. O impacto junto aos enlutados foi uma iniciativa que era planejada há alguns meses pelos missionários da Convenção Batista Carioca, pastor Nelson Cardoso, Filipe da Conceição e Amariz Braz. Eles, que vivem o dia a dia da missão nos cemitérios mencionados acima, identificaram a oportunidade desse feriado e buscaram o apoio de Igrejas por meio de irmãos que se identificassem com a especificidade do trabalho. Segundo os missionários, este impacto serviu de tes-

Voluntários de diversas Igrejas participaram da ação

te para os próximos. Foi o momento de experimentar métodos de abordagem, tipos de literatura e mapear o perfil das equipes. Ao todo, cerca de 40 pessoas realizaram as atividades que aconteceram no período da manhã e representaram várias Igrejas da Convenção Batista Carioca. “Os funcionários de lá elogiaram minha estratégia que não possibilitou nenhum folheto jogado no chão. Havia propaganda da concessionária no chão, mas nenhum folheto ou literatura das que distribuímos”, lembrou a missionária Amariz, feliz com os resultados dessa primeira experiência. Ela, de maneira especial, agradeceu ao pastor Enoque Braz Correia, da Primeira Igreja Batista da Avenida Brasil, por ter ofertado o combustível

do veículo que fez o traslado de sua equipe. No Cemitério do Cacuia, pastor Nelson e equipe estruturaram uma tenda para atendimento aos enlutados, oferecendo serviços como distribuição de água, literaturas, aferição de pressão e aconselhamentos. “Um padre veio a mim e me disse que sentiu uma forte presença de Deus no trabalho que estamos realizando”, comentou o pastor Ademilson Pacheco (IB Cacuia), que coliderou a equipe de evangelização. Sentiu-se feliz por ver que o trabalho de capelania estava sendo bem-visto pelos que tiveram algum contato com os evangelistas. Vera Lúcia, outra voluntária que participou das atividades em Cacuia, sentiu a surpresa

Serviços foram prestados aos voluntários que passavam pelos locais

das pessoas que visitaram o cemitério ao se depararem com a tenda da capelania. “Ouvi de muitos o seguinte: ‘De onde vocês são? Qual a religião a que pertencem? Água de graça? Livros de graça?’. A nossa resposta para essas pessoas foi: ‘Está tudo pago. Jesus já pagou por nós!’”. Para Lúcia, foi gratificante marcar a vida das pessoas com o Amor de Cristo. Diante de um mundo perverso e corrupto, foi possível mostrar a diferença de quem vive a esperança do Evangelho. A equipe do Cemitério do Caju, liderada pelo missionário Filipe, trabalhou especificamente com a distribuição de literaturas de apoio e evangelização. As atividades prosseguiram com tranquilidade até a tentativa de enfrenta-

mento de um grupo religioso. “Nos reunimos para clamar a Deus para que toda a fúria de Satanás fosse paralisada e, após o clamor, continuamos o evangelismo”, esclareceu o capelão, que avaliou os resultados do impacto evangelístico de maneira positiva. A voluntária Luizanarlia, da Igreja Presbiteriana, ressaltou sua gratidão a Deus por esta experiência singular. “Participar do trabalho foi uma experiência gratificante, pois foi uma oportunidade de ver o Amor de Deus derramado na vida das pessoas que estavam ali. Aqueles com quem conversamos, deu pra ver a graça de Deus derramada. Elas saíam felizes, mais animadas, na certeza de que Deus as amava e que tomava conta deles. Foi bom demais!”.


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Refugiados na terra da Reforma

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ara mim, é um prazer muito grande poder ser abençoado por Deus com a minha terceira viagem missionária para a Europa, somente este ano. Já são cinco viagens, bem produtivas, em um dos continentes mais expressivos no contexto das artes e dos esportes. Como é do conhecimento de muitos da nossa denominação, artes e esportes são as bandeiras do nosso movimento global, usados como ferramentas na propagação das Boas Novas do Amor de Deus. Tenho encontrado pessoas maravilhosas, com dons e talentos espetaculares. O primeiro contato é muito importante para um relacionamento contínuo de amizade, seguido de uma confiança que nos coloca em uma área confortável, para compartilharmos, de forma saudável, sobre a vida. Desta vez, tive a oportunidade de apresentar o meu ministério artístico na terceira

conferência mundial da UNIPAS, em Cascais, Portugal, onde tive uma experiência maravilhosa. Durante um dos intervalos da conferência, pude ajudar uma americana, que sofreu uma queda, na avenida principal, quebrando a perna. Após ter sido socorrida por paramédicos, pude visitá-la e ser usado por Deus para apresentar o Plano de Salvação para a sua amiga, que acabou aceitando a Graça salvadora de Jesus. As duas amigas são médicas americanas e residem no Texas. Depois fui para a Alemanha dar continuidade aos projetos de auxílio a refugiados através da Intentional community of Integration (ICOI) uma ONG de integração para refugiados, liderada pelo CEO, Thomas Lorenz. Minha participação junto a esta ONG ficou mais definida agora, pois administrarei ações de artes e esportes para a ICOI, na posição de diretor Executivo. Longos sonhos

que temos para o nosso país serão mais valorizados fora dele; triste, mas é a realidade. Todavia, a minha postura é utilizar bons relacionamentos para ajudar os vocacionados da nossa denominação. Benção de Deus, desta vez, é poder ter a ajuda da minha filha Karina, que veio de Nashville como voluntária para dar aula de violão e teclado para as crianças refugiadas. Temos alegrado famílias nos momentos especiais de visitação. Cantamos, brincamos e nos confraternizamos de várias maneiras. É maravilhoso quando podemos falar abertamente sobre o Amor de Jesus e orar pelas famílias. Precisamos orar mais pelas famílias refugiadas na Alemanha, para que Deus desperte os cidadãos da terra a se compadecerem das famílias divididas pela repressão na vida de alguns, pela Darin (uma jovem cristã que pulou do quarto andar de um alojamento para refugiados, em fevereiro des-

te ano, e sobreviveu, graças a Deus. Ela agora está grávida de trigêmeos). Orem pelos jovens refugiados, um deles está abusando da bebida alcoólica e já quebrou uma porta de vidro, cortando-se. Muitos desses jovens nunca tiveram a facilidade de ter bebida alcoólica à sua disposição e estão exagerando. Tenho visitado alguns deles e tentado alertá-los sobre viver uma vida equilibrada. Orem por mais voluntários para ajudar os queridos refugiados na Alemanha. Já passaram-se 500 anos, desde que o nosso irmão Martinho Lutero foi usado por Deus para nos dar a liberdade cristã que temos hoje, mas que, infelizmente, não estamos sabendo utilizar. Eu estou fazendo a minha parte, junto a minha família; minha oração é para que sejamos mais solidários em mostrar o Amor de Deus para as nações. Que possamos construir os próximos 500 anos do nosso cristianismo de uma

forma mais produtiva, para a Glória de Deus, e que todas as indulgências das nossas vidas e maus hábitos possam ser removidos, em nome de Jesus. Se você tem chamado missionário para a Europa e tem dons e talentos nas áreas de artes e esportes, deixe-me saber, pois gostaria de orar por você. Apresente-se para missões ao redor do mundo, aproveite a oportunidade dada por Deus de ter duas agências relevantes na nossa CBB: JMN e JMM. Não fique de fora, leve esperança. Quero agradecer, de todo o coração, a todos os que tem se mostrado abençoadores com a minha vida, minha família e com a obra missionária que Deus nos confiou. Que Deus os abençoe grandemente! Escreva para Arte e Cultura CBB Roberto Maranhão. E-mail: marapuppet@ hotmail.com WhatsApp: +351 965103556


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missões mundiais

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Nova chance para Radical Ásia: inscrições prorrogadas até 27/11 Willy Rangel - Redação de Missões Mundiais

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ma nova oportunidade surge para quem se sente chamado por Deus para servir entre os povos asiáticos. Foi prorrogado até 27 de novembro o prazo para inscrição no processo que vai selecionar os jovens da próxima turma do Radical Ásia, que busca jovens solteiros, com idade entre 18 e 30 anos, membros há, pelo menos, dois anos de uma mesma Igreja Batista e querem usar seus dons e habilidades no campo. A inscrição é exclusivamente via e-mail: crh@jmm.org.br. Levar esperança a alguém, contribuir para o crescimento do Reino e desenvolvimento de uma comunidade são algumas das atividades desempenhadas pelos jovens do programa Radical. É o que compartilham os integrantes da décima primeira turma do Radical África, que retornou em outubro ao Brasil após dois

anos no campo. Daniela Aminatá, Gustavo Celestin, Helena Soares, Jessica Ribeiro, Pierre Souza e Yasmin Gazale estão repletos de histórias para compartilhar sobre o que aconteceu nesse período no campo. Ali, puderam atuar tanto com o crescimento da comunidade de fé local quanto compartilhar e impactar vidas com a mensagem do Evangelho de Cristo. No outro lado do mundo, os jovens da segunda turma do Radical Ásia já estão no campo definitivo de atuação, além de poderem atuar junto a comunidades com pouca ou nenhuma presença evangélica. Sobre a primeira fase, os jovens Levi Vieira, Giulia Mello e Susanah Andrade são gratos a Deus pela experiência, que proporcionou incontáveis oportunidades de compartilhar o Evangelho com o povo local e também para iniciar amizades. Acerca de falar de Jesus a pessoas de outros credos, os integrantes do Radical Ásia

Inscrições para turma de 2018 do Radical Ásia foram prorrogadas

tiveram algumas ocasiões para aprender sobre outras religiões e também abordagens que têm sido realizadas para sinalizar o Reino de Deus entre eles. Foi o que aconteceu ainda no começo deste ano, quando viajaram a três ilhas na região central do país que os acolheu até este mês. Essa região ainda se recupera da passagem de um enorme tufão em 2013, quando milhares de pessoas morreram e muitas outras perderam quase tudo.

Algo que impactou não apenas Levi, mas também Giulia e Susanah, foi o fato de eles, jovens brasileiros, serem os primeiros estrangeiros a visitar a comunidade e também a forma calorosa como foram recebidos. “Fomos recebidos com uma cerimônia realizada pelos responsáveis da comunidade e por um grupo grande de pessoas, muitas delas não cristãs. Nesse lugar, nós tivemos a oportunidade de ministrar para

os adultos na parte da manhã, e à tarde ministramos para cerca de 200 crianças e mais os adultos que estavam acompanhando”, descreve Levi. Uma experiência pessoal para Levi foi poder usar seus conhecimentos profissionais em Engenharia Elétrica naquela comunidade. “Esse tempo também serviu de resposta de oração para mim. Durante meu tempo lá, pude exercer minha profissão ajudando o pastor local com a instalação elétrica de sua casa. Foi gratificante ver a alegria de uma família em ter iluminação adequada, interna e externamente, em sua casa e ouvir palavras de encorajamento para o ministério”, destaca o jovem. Mas se o seu perfil não é o de um missionário para este projeto e ainda assim você deseja fazer parte desta missão, ajude a identificar vocacionados para o programa Radical, apoiando-os com sustento e oração. E saiba mais acessando www.missoesmundiais.com. br/radical.

Pastores do RJ em Missões Mundiais Willy Rangel - Redação de Missões Mundiais

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manhã do dia 31 de outubro foi especial para cerca de 20 pastores de Igrejas da cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. Eles foram recebidos em nossa sede, onde participaram de um encontro estratégico com a participação de missionários mobilizadores e da liderança de Missões Mundiais, inclusive do pastor João Marcos Barreto Soares, diretor executivo. Foi uma oportunidade de o grupo saber um pouco mais sobre o que tem sido realizado nos campos, porém, de uma forma especial, diretamente do executivo e também da Gerência de Missões. “É uma forma de falar sobre o que está acontecendo no mundo e o que nós estamos fazendo”, disse o pastor João Marcos. “Precisamos que os pastores possam ter a nossa visão e passá-la às Igrejas”,

Pastor João Marcos falou aos cerca de 20 pastores que visitaram a sede da JMM

completou o executivo. Entre os participantes, estava o pastor Hudson Paúra, da Primeira Igreja Batista em Figueira, Nova Iguaçu - RJ. Segundo ele, a experiência de visitar a sede de Missões Mundiais em um evento especial só para pastores foi “De muito boa a ótima” porque “Para desenvolver qualquer pensamento ou otimizar qualquer resultado, precisa de conhecimento, informação e estar atualizado de tudo o que está acontecendo”. “Nossa missão é pregar o Evangelho, e quando a gente sabe que o trabalho

de Missões Mundiais está avançando, isso corrobora e ajuda a otimizar qualquer resultado que a gente queira alcançar, principalmente durante a campanha na Igreja”, destacou o pastor Paúra. Pastor Walter Ferreira da Silva Junior veio da zona oeste do Rio de Janeiro, onde fica localizada a Igreja Batista do Rio da Prata, em Bangu. Ele classificou o encontro como “Muito proveitoso”, elogiando a atitude de Missões Mundiais, na pessoa do pastor João Marcos, de abrir as portas para receber o grupo de pastores.

Foto oficial

“As informações novas, os desafios missionários, os projetos ao redor do mundo foram o ponto central”, afirmou o pastor Walter Jr., que ressalta o papel do pastor na mobilização da Igreja. “Foi uma manhã espetacular, com informações preciosas, algumas muito distintas, e que marcam a lisura do trabalho de Missões Mundiais com os recursos que são enviados”, disse. Para o pastor Artur Geraldo Belmont, da Primeira Igreja Batista em Rio do Ouro, Niterói - RJ, o encontro é “Uma iniciativa importante”, sendo classificado por ele como

uma “reaproximação da Igreja com a direção de Missões Mundiais”. “A gente consegue ter com clareza as orientações e informações sobre o campo, e o encontro mostra a disponibilidade do pastor João Marcos e gerentes, que estão perto das Igrejas. Nós, pastores, temos potencial para sermos mobilizadores, e quando participamos de um encontro como esse, saímos com uma consciência diferente em relação a missões, com mais compromisso e conhecendo a realidade do campo. Isso é muito importante”, conclui.


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“A Estrela de Belém” estreia dia 30 de novembro nos cinemas brasileiros

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urante anos, a história do primeiro Natal f oi passada de geração em geração. No dia 30 de novembro, os brasileiros poderão assistir a essa linda trajetória através de um novo olhar, o dos animais. Do mesmo estúdio de “Tá Chovendo Hambúrguer” e “Os Smurfs”, “A Estrela de Belém” é o mais novo lançamento da Sony Pictures, com produção da Affirm Films, estúdio especializado em filmes baseados na fé, como “Milagres do Paraíso”, “Ressureição”, “À Prova de Fogo”,entre outros. Nos EUA, a comédia conta com as vozes de Oprah Winfrey, Steven Yeun, Kelly Clarkson, e música especial de Mariah Carey. No Brasil, a renomada cantora Cristina Mel dubla Maria, mãe de Jesus, enquanto Caíque Oliveira, ator e líder do ministério Jeová Nissi, interpreta o cachorro Tadeu e Vini Rodrigues, do canal Tô Solto, dá voz ao camelo Felix. Dirigido pelo indicado ao Oscar, Timothy Reckart (Head Over Heels) e produzido por DeVon Franklin (Milagres do Paraíso), junto com Lisa Henson e Brian Henson e Jenni Magee Cook, “A Estrela de Belém” foi escrito e roteirizado por Carlos Kotkin e Simon Moore. Os efeitos especiais ficaram por conta do Cinesite Studios (Vingadores, Guerra Infinita, Deuses do Egito, X- Men Apocalipse).

A Estrela de Belém (The Star) - Sinopse Na mais nova animação da Sony Pictures Animation, A Estrela de Belém, um pequeno e destemido burro chamado Bo anseia por uma vida que vá além da cota diária de trabalho no moinho da vila. Um dia ele encontra coragem para fugir, e finalmente viver as aventuras que tanto sonhou. Em sua jornada, ele logo se alia à Ruth, uma ovelha adorável que se perdeu de seu bando; e à Davi , um pombo com aspirações grandiosas. E junto com 3 sábios camelos e outros animais excêntricos de

Jenni Magee Cook Direção: Timothy Reckart Roteiro: Carlos Kotkin Simon Moore Nas vozes de: Cristina Mel, cantora - Maria Caíque Oliveira, ator, Jeová Nissi - Tadeu, o cachorro Vini Rodrigues - Youtuber / Tô Solto - Felix, o camelo Saiba +! AFFIRM Films AFFIRM Films é uma empresa do grupo Sony Pictures Entertainment (SPE), dedicada à produção, aquisição e distribuição de filmes baseados na fé que inspiram, emocionam e divertem o público. Além disso, com conteúdo para teatro, televisão e home-vídeo, a corporação é líder na produção de filmes de temática fé, como “Milagres do Paraíso”, “Quarto de Guerra”, “O Céu é de Verdade”, “Corajosos”, “À Prova de Fogo” e “Soul Surfer”. www. AffirmFilms.com

um estábulo, Bo e seus novos amigos seguem A Estrela e se tornam heróis improváveis na maior história já contada – o primeiro Natal.

Sinopse curta Uma versão animal da história mais bonita do mundo - o primeiro Natal.

Produção: DeVon Franklin Warren Franklin Lisa Henson Brian Henson

Sony Pictures Sony Pictures Entertainment (SPE) é uma subsidiária da Sony Entertainment Inc., sediada em Tóquio pela Sony Corporation. As operações globais da SPE abrangem produção, aquisição e distribuição de filmes, séries de TV, redes de televisão; criação e distribuição de conteúdo digital. Além de estúdios para produção cinematográfica e desenvolvimento de novos produtos de entretenimento, serviços e tecnologias. www. sonypictures.com


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PIB de Imperatriz - MA desperta o desejo de fazer missões através de tarde missionária para crianças Ben Rholdan, assessoria de Comunicação

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omo atividade da Campanha de Missões Nacionais 2017, o ministério Turminha de Primeira, da Primeira Igreja Batista de Imperatriz - MA, promoveu um sábado missionário para crianças com idades de 03 a 12 anos. Pouco mais de 60 crianças participaram da programação, que também contou com 15 facilitadores voluntários. O Piquenique Missionário foi promovido para os pequenos e contou com brincadeiras e também banho de piscina. Na oportunidade, elas puderam ouvir histórias sobre os missionários espalhados pelo Brasil. Para as crianças de 07 a 12 anos, foi pensada a “Tarde Missionária”, que teve como ponto alto uma atividade de “caça ao tesouro” diferenciada, com tarefas e ensinamento sobre Missões Nacionais. Na oportunidade, meninos e meninas recitaram o tema e divisa, cantaram o hino oficial e também ouviram sobre as ênfases da campanha de Missões Nacionais 2017. No final da programação assistiram o vídeo do Projeto VIVER e conheceram a história do menino Leandro, que cresceu na comunidade

Pouco mais de 60 crianças participaram da programação que também contou com 15 facilitadores voluntários

No Piquenique Missionário as crianças puderam ouvir histórias sobre os missionários espalhados pelo Brasil

Piquenique Missionário contou com brincadeiras e também banho de piscina

Para as crianças maiores de 07 a 12 anos foi pensada a Tarde Missionária

de Costa Barros, no Rio de Janeiro. Segundo a educadora Natividade Gomes, a programação marcou a vida das

crianças na Primeira Igreja Batista de Imperatriz. “Já no fechamento perguntamos quem delas gostaria de futuramente participar e fazer

missões. Quinze crianças foram à frente, afirmando sua intenção missionária”, conta Natividade. A PIB de Imperatriz tem se

destacado como uma Igreja que ama missões e que a cada ano busca alternativas inovadoras para as atividades missionárias.

Subseção da Ordem dos Pastores Batistas de Mogi das Cruzes - SP elege nova diretoria Cleverson Pereira do Valle, secretário, pastor, colaborador de OJB

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o dia 01 de novembro de 2018, na Primeira Igreja Batista em Guararema - SP, reuniu-se os pastores da subseção OPBB - SP e Associação das Igrejas Batistas de Mogi das Cruzes e Adjacências (AIBAMC). O presidente, pastor Joel Lima, realizou a abertura lendo Ezequiel 2. Os pastores cantaram hinos e oraram.

O coordenador da Junta de Missões Nacionais no estado de São Paulo, pastor Paulo Moncalvo, também levou uma palavra aos presentes. O pastor Dennis Calegari foi o pregador da noite, e usou o exemplo de Jabez, desafiando os pastores a treinarem líderes e capacitá-los. Os líderes da CLC Brasil Jouber, Jouber Jr. e o pastor Natanael Nascimento falaram da importância de ter uma parceria com a Associação de Igrejas Batistas e Pastores.

Na ocasião, também foi eleita a nova diretoria para conduzir os trabalhos da Subseção da OPBB em 2018: pastor Joel de Lima (presidente); pastor Isaiaz Martins (vice-presidente) e pastor Cleverson Pereira do Valle (secretário). Após o encerramento, em um momento de comunhão, foi serviço um café aos pastores. Agradecemos ao pastor Samuel e Igreja por nos recepcionar tão bem. A Deus, toda honra e toda a glória. Diretoria eleita para conduzir as atividades em 2018


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ponto de vista

O desafio de vivermos a sabedoria do alto em uma sociedade insana Tiago 3.13-18 (ênfase no A sabedoria do alto não se verso 17). contamina com a impureza moral e nem a física. Significa que a pessoa está ivemos em um mundo louco, per- sincera e totalmente comprodido e altamente metida de seguir com fidelinocivo, mal. Para dade as diretrizes morais de mudarmos este quadro so- Deus; não existem motivos mente apresentando Jesus pérfidos ou injustos por trás como Salvador do mundo e, de sua santidade.3 Sabemos consequentemente, o sábio que os limpos ou puros de para nos dirigir. coração verão a Deus (MaTiago escreveu esta epísto- teus 5.8). la entre 40 e 50 d.C. Tiago era filho de José com Maria, Pacífica meio-irmão de Jesus. O significado é o fruir da Essa carta é, basicamente, paz, algo salutar. A sabeética. Ela tem a finalidade de doria do alto é pacificadora confrontar os membros da (Mateus 5.9). É branda, genIgreja com as responsabilida- til. Aristóteles disse sobre a des da vida cristã.1 gentileza: “É imparcial em perdoar falhas humanas, em olhar para o legislador e não Pura A ideia aqui é pureza espi- para a lei, para o espírito e ritual e, consequentemente, não para a ação, para o todo moral, ética.2 Lembramos de e não para a parte, o caráter Filipenses 4.8, pois Paulo cita da pessoa no total e não no aqui as características de um presente momento, lembrar o pensamento cristão. Vale lem- bem e não o mal (...). 4 brar que nós temos a mente Deus quer que sejamos de Cristo (I Coríntios 2.16). construtores de pontes, facilitadores de relacionamentos. 1 SONGER, Harold S. Exposição No que depender de nós,

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devemos ter paz com todos os homens (Romanos 12.18). Aqui não se refere à paz íntima, mas à paz comunitária (Hebreus 12.11; Provérbios 3.17). Moderada O conceito aqui é mansidão, moderação, equilíbrio, afabilidade. Jesus, sabedoria de Deus (I Coríntios 1.30), é o nosso ponto de equilíbrio. O cristão, nascido de novo, tem no seu DNA a moderação como instrumento nos seus relacionamentos. Podemos ver este ensino em Filipenses 4.5. Denota um espírito conciliador, inimigo de contendas.5

Tratável A palavra no original quer dizer: “Transigente ou tolerante, fácil de conciliar e condescendente”. Aqui indica um espírito aberto ao aprendizado, maleável, uma pessoa que, com toda a alegria, se submete à correção de um erro ou ao aprendizado de uma nova da Epístola de Tiago. Comentário verdade. 6 Bíblico Broadman. Hebreus-Apo- 3 DAVIDS, Peter H. Tiago – Novo Quando pedimos sabedocalipse, volume 12. Rio de Janei- Comentário Bíblico. São Paulo: Edi- ria a Deus (Tiago 1.5), Ele tora Vida, 1997, pp. 118,119. ro: Juerp, 1983, p. 149. nos dá para que a usemos na 2 ALAND, Kurt e OUTROS. The Greek New Testament. Germany: United Bible Societies. Trird Edition, 1975.

4 BARRETT, Ethel. Que se apresente o verdadeiro papudo. Miami, USA: Editora Vida, 1980, p. 102.

5 Ibidem, p.119. 6 Ibidem, p. 119.

família, na comunidade, nos ambientes de trabalho e de escola. Com o Senhor aprendemos a lidar com as pessoas de um modo conciliador. Aberta para argumentos contrários. 7 Cheia de misericórdia e de bons frutos Isso significa: cheia de compaixão, de um coração voltado para a miséria do próximo. Quando temos misericórdia, o resultado significa bons frutos. Jesus considerou bem-aventurados, mais que felizes, os misericordiosos (Mateus 5.7). Os bons frutos são sempre resultados da ação do Espírito Santo em nós. Sem parcialidade Isso quer dizer: “Sem acepção, procurando sempre agir com justiça”. Salomão demonstrou essa qualidade ao julgar as duas mulheres que disputavam a maternidade de um recém-nascido. O que Salomão havia pedido a Deus? Nós somos muito passionais com os familiares, amigos e pessoas as quais estamos de certa forma alinhados. A punição precisa 7 Ibidem, p. 149.

ser aplicada a partir de um julgamento justo, caracterizado pela imparcialidade. Sem hipocrisia A palavra significa “Singelo, franco, não vacilante, isento de duplicidade”. Paulo ensina que nós temos a mente de Cristo (I Coríntios 2.16). A mente do cristão é a mente de Cristo. Uma mente integral, saudável e não esquizofrênica ou dividida. Jesus condenou, de forma veemente, a hipocrisia dos escribas e fariseus. Ensinavam tecnicamente muito bem, mas viviam muito mal. Vimos os traços da sabedoria que vem do alto, de cima, da parte de Deus. É o nosso Deus, Pai tão amado, que nos concede sabedoria. Precisamos pedir (Tiago 1.5). Deus nos deu sabedoria para lidarmos com ele, conosco mesmos e com o próximo. Quando a sabedoria é pura, pacifica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e boas obras, não existe hipocrisia. Sigamos a Cristo e aprendamos Dele a sabedoria que precisamos para vivermos cada dia testemunhando o seu Evangelho, poder de Deus para a salvação de todo o que crê (Romanos 1.16).


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ponto de vista

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Abuso sexual: um mal mais frequente e perto do que imaginamos segurança, mostrando que não se deve guardar segredo de coisas ruins, que o coração dá alertas e que o seu corpinho tem um valor muito alto. Toda criança precisa de amor e carinho verdadeiros, sem malícia e imposição. A Igreja não pode se omitir diante destas tragédias e precisa ser local seguro, oferecendo sigilo e proteção para a vítima. O exemplo de Jesus amoroso e terapêutico é nosso modelo de prática. Fazer justiça com as próprias mãos, agir no calor da ira e tornar públicas tais atrocidades devem ser desconsideradas. A justiça legal pertence ao estado e a omissão também pode Palestra de prevenção ao abuso nas escolas públicas de Campo Grande - MS

Viviane Vaz, psicóloga, coordenadora do Projeto NOVA / Evandro Vaz, jornalista. Ambos são missionários da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - MS

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cada oito minutos, uma criança é abusada sexualmente no Brasil, segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH). Define-se abuso pela existência de um sujeito em condições superiores (Pautado em uma relação de confiança da criança, confundindo a criança entre cuidado e violência) que comete um dano físico, psicológico ou sexual, contrariamente à vontade da vítima ou por consentimento obtido a partir da indução ou sedução enganosa. No Brasil é considerado Crime de Estupro de vulnerável (Art. 217-A) - “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos.” E ainda Crime de Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (Art. 218-A.) - “Praticar, na presença de alguém me-

nor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem.” Estima-se que, no Brasil, uma a cada cinco meninas já sofreu algum tipo de abuso sexual. É o 2º tipo de violência mais comum no país. É impressionante saber que 2% dos casos são denunciados; desses, apenas 9% são condenados. Mais triste ainda, quando sabemos que em 58% das denúncias, os pais, tios e primos são os principais suspeitos. São nas relações próximas que os maus tratos adquirem sua maior gravidade e frequência. Vale destacar que a pedofilia é um transtorno de personalidade caracterizado pelo desejo sexual por crianças pré-adolescentes, geralmente abaixo de 13 anos. Para que uma pessoa seja considerada pedófila é preciso que exista o diagnóstico de um psiquiatra. Muitos casos de abuso e exploração sexual são cometidos por pessoas que não são possuem esse transtorno. O que caracteriza o crime não é a pedofilia, mas a atitude de abusar ou explorar sexu-

almente uma criança ou um adolescente. O abuso sexual na infância gera inúmeros traumas. Entre seus desdobramentos, os mais conhecidos são culpa e vergonha, sensação de ser mau, sujo e com pouco valor, perda da confiança em outras pessoas, além de doenças psicossomáticas, vícios, limitações interpessoais e de conquistas profissionais, impotência sexual, doenças emocionais e patológicas, compulsões (sexuais, alimentares, etc.) e suicídio. Em alguns casos ocorrem prejuízos no desenvolvimento da sexualidade, além de grande insatisfação na atividade sexual, esta última vem carregada de um sentimento de nojo durante as relações, misturando perversões nos atos com aversão das práticas, em uma dinâmica de repetições doentias. Não raro, ocorrem dificuldades de relacionamento com pessoas do mesmo sexo do abusador, daí a opção de procurar pessoas do mesmo sexo. É importante ressaltar que o abuso sexual infantil é crime, portanto, lute conosco contra isso! Proteja as crianças, ensine-as no caminho da

incorrer em delito. Serviços disponíveis como o “disque 100” devem ser divulgados, a fim de que quaisquer ocorrências possam ser denunciadas sigilosamente, deflagrando ações das redes de proteção às crianças pelos órgãos regionais. Em Campo Grande - MS, você pode encontrar o Projeto NOVA, uma iniciativa da Primeira Igreja Batista, que realiza um trabalho de assistência aos sobreviventes do abuso sexual e da prostituição. Mais informações com a missionária Viviane Vaz pelo telefone (67) 99248-7944, pelo e-mail vivi.vaz@gmail.com, ou acesse o site projetonova.com.

Isto sim é vida! Aurecino Coelho da Silva, pastor, vice-presidente da Igreja Batista do Jardim Carioca – Realengo - RJ A bela vida calma, uma douta escola é Desde que andemos com Deus em fé Nossa tosca estória Nem sempre figura da divina história. Mesmo sendo um israel pecador Lá do céu, nosso Senhor Ao que nos parece Até nossas culpas esquece. Esta vida é aconchegante e linda Mesmo vivendo agruras ainda. Em meio ao pecado e o apelo iracundo Estamos aqui, mas não somos do mundo. A vida bem vivida dá prazer em viver Ela é boa e bela àquele que consegue crer. É mistério que provém do alto céu. É dom celestial do Deus de israel. A vida terrena sucumbe no arrebatamento A terra será horror, decepção e lamento. A impiedade ficará opressa e deprimida Enquanto a Igreja remida, dirá: isso sim, é vida!



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