OJB EDIÇÃO 20 - ANO 2021

ANO CXX EDIÇÃO 20 DOMINGO, 16.05.2021

R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

Alunos do Colégio Batista em Carolina - MA são batizados e celebram sua primeira ceia

FUNDADO EM 1901

Sete alunos do Colégio Batista de Carolina-MA desceram às águas confessando publicamente que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador de suas vidas. Momento também marca os 85 anos de existência do Colégio Batista de Carolina, completados no dia 16 de março.

Coluna Dicas da Igreja Legal

Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

Notícias do Brasil Batista

Atenção, Igrejas!

Tempo de festa

Só em 2022

Missões Estaduais

Coluna fala de novas obrigações fiscais

SIB de São Luís - MA celebra 64° aniversário

JMM remaneja viagens do projeto Voluntários Sem Fronteiras

Convenção Batista Goiana lança nova campanha

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 16/05/21

EDITORIAL

Não é hora de relaxar!

No momento em que pesquisei os dados do Ministério da Saúde para inserir as informações neste Editorial, tínhamos 15.003.563 casos de COVID-19 confirmados e 416.949 óbitos. Os números assustam, não é mesmo? Todos os dias, muitas pessoas morrem em decorrência da COVID-19 ou por complicações geradas por ela.

Nós cremos que tudo isso vai passar, mas outra coisa também assusta e muito: a atitude das pessoas em relação aos cuidados contra o vírus. E, infelizmente, até no ambiente eclesiástico. Pessoas

que não usam máscaras, não respeitam o distanciamento e nenhuma outra regra criada pelas autoridades competentes.

Estão com algum sintoma, mas acham que não é nada e, com isso, põe em risco muitas pessoas. É importante ter em mente que uma pessoa pode contaminar outras tantas. E essas podem contaminar muitos outros. É exponencial. O estrago é enorme. Uns passam de maneira pela COVID, mas muitos sofrem. E agora, com as novas variantes em circulação, precisamos ser ainda mais zelosos pela nossa vida e do

próximo também.

Por isso, vale a pena repetir o que ouvimos há mais de um ano: use máscara, lave as mãos e utilize álcool gel e mantenha o distanciamento social. Além disso, limpeza e desinfeção de ambientes, isolamento de casos suspeitos e confirmados e quarentena dos contatos dos casos de COVID-19, conforme orientações médicas.

Mesmo que em algum momento veja que os números estão em queda mantenha os mesmos cuidados. Como diz o título deste texto, “Não é hora de relaxar”.

Vamos cuidar uns dos outros. Nós, como

povo de Deus, devemos dar o bom exemplo. “Em tudo te dá por exemplo de boas obras” (Tito 27a); “mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (I Timóteo 4.12).

Que Deus abençoe a todos. Em breve, isso tudo vai passar!

Fontes de pesquisa www.covid.saude.gov.br www.coronavirus.saude.gov.br n Estevão Júlio

jornalista, secretário de redação de OJB

( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Estevão Júlio Cesario Roza (Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ) CONSELHO EDITORIAL Francisco Bonato Pereira; Guilherme Gimenez; Othon Ávila; Sandra Natividade

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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 16/05/21

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DICAS DA IGREJA LEGAL

Mais obrigações fiscais acessórias para as Igrejas a partir de maio Jonatas Nascimento Embora sejam impostas outras obrigações fiscais às organizações religiosas, resolvi dar alguns destaques aqui, tendo em vista que as multas são mais pesadas. Nesse sentido, insisto que é aconselhável que cada Igreja tenha uma boa assessoria contábil e jurídica.

DCTF inativa: Esta obrigação substituiu a DSPJ Declaração Simplificada de Pessoa Jurídica - Inativa Nota: A DCTF WEB torna-se obrigatória para as Igrejas e templos de qualquer culto.

Prazo de Entrega: até 22 de maio.

Instrução Normativa nº1.697, DOU de 06/03/2017 (Obs.: Esta data pode ser alterada por meio de ato legal).

ECF (Escrituração Contábil Fiscal): Esta obrigação consiste num arquivo digital que substituiu a DIPJ (Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica), a partir do ano-calendário de 2014.

Escrituração Contábil Digital (ECD): Foi publicada no Diário Oficial da União a Instrução Normativa RFB nº 1.894/2019, que prevê que a escrituração das operações de sociedade em conta de participação deverá ser efetuada em livros próprios.

A legislação anterior previa estas entidades poderiam apresentar a escrituração como livros auxiliares do sócio ostensivo, mas esta possibilidade foi extinta com a publicação do Regulamento do Imposto de Renda em novembro de 2018, o que motivou a adequação da norma.

A Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 1.894/2019 também alterou o valor limite para dispensa da obrigatoriedade de apresentação da Escrituração Contábil Digital (ECD) das

pessoas jurídicas imunes e isentas. Com o objetivo de simplificar as obrigações acessórias, ficam dispensadas de apresentar a ECD as entidades imunes e isentas que auferirem, no ano-calendário, receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos assemelhados cuja soma seja inferior a R$ 4,8 milhões. O limite anterior era de R$ 1,2 milhão.

Escrituração Fiscal Digital (EFD): Desde o ano-calendário 2015 todas as organizações religiosas estão obrigadas a entregar a ECF, independentemente do montante de receita, ausência de empregados, remunerações ao seu ministro religioso. A EFD-Contribuições será transmitida mensalmente ao SPED até o 10º (décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao que se refira a escrituração.

Nota: A EFD REINF torna-se obrigatória a partir de maio de 2021 para as Igrejas e templos de qualquer culto, devendo ser informados os recolhimentos de PIS e outras retenções.

Assinatura do Livro Digital: O livro digital deve ser assinado obrigatoriamente pelo presidente da organização religiosa e por profissional contábil, devidamente habilitado junto ao Conselho Regional de Contabilidade. Para tanto, é indispensável que ela possua o certificado digital.

Eventualmente, pode-se utilizar procuração eletrônica da Receita Federal.

Importante: A organização religiosa deve manter atualizado o seu estatuto e as suas atas. Ambos devem ser levados a registro público em Cartório, sob pena de nulidade. Em caso de falta de atualização, a organização não obterá o seu Certificado Digital.

CAGED - Cadastro Geral de Empre-

gados e Desempregados Mensal: Até o dia 7 (sete) do mês subsequente ao da admissão ou demissão.

Observação: A legislação prevê, ainda, a obrigatoriedade de entrega do CAGED diário, quando se tratar de admissão de empregado em gozo de benefício de seguro-desemprego.

PIS sobre Folha de Pagamento: É uma obrigação tributária devida pelas organizações religiosas, inclusive, à base de 1% sobre a folha de pagamento de salários, mensalmente.

DIRF - Declaração do Imposto Sobre a Renda Retido na Fonte: No que diz respeito a organização religiosa, trata-se de uma declaração anual prestada à Secretaria da Receita Federal, dela constando basicamente os valores recolhidos na fonte, bem como recolhimentos de PIS sobre a folha de pagamento. O prazo vai até o último dia útil do mês de fevereiro de cada ano.

GFIP/SEFIP: Ainda que negativa, deve ser apresentada em janeiro e dezembro de cada ano.

Nota: A partir de maio de 2021 torna-se obrigatório informar os ganhos e retenções do ministro de confissão religiosa.

Alvará de Localização: Esta exigência varia de município para município, por isso é importante consultar a legislação municipal.

Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros: A Constituição Federal, em seu artigo 150, inciso VI, garante, aos templos de qualquer culto, a imunidade de tributação dos impostos que incidem sobre sua estrutura física. O objetivo é garantir, assim, a liberdade religiosa no País.

O benefício, entretanto, nada tem a

ver com as obrigações que o templo religioso tem com o município e os órgãos de fiscalização e emissão de alvará de segurança, como o Corpo de Bombeiros, que devem, obrigatoriamente, ser cumpridas. Trata-se apenas de imunidade sobre impostos relativos ao prédio, como IPTU, por exemplo. Depois de constituída a personalidade jurídica, segundo José Antônio de Oliveira Neto, diretor da Área de Administração Tributária da Secretaria de Finanças, o templo de qualquer culto deve cumprir todos os trâmites legais obrigatórios e um deles é a Inscrição Municipal. O fato de preencher os requisitos para estar imune ao pagamento de impostos não isenta o templo de estar em dia com esta obrigação.

INSS Guia: Recolhimento através de guia própria, incidente sobre folha de pagamento de funcionários, pagamentos efetuados a autônomos e outros prestadores de serviços e serviços tomados de pessoas jurídicas, até o dia 20 de cada mês seguinte ao vencido.

INSS Carnê: Recolhimento através de carnê até o dia 15 de cada mês seguinte ao vencido.

FGTS: Recolhimento através de guia própria até o dia 7 de cada mês seguinte ao vencido.

Contribuição Sindical dos empregados: Recolhimento através de guia própria de acordo com dispositivos legais. n Empresário contábil, diácono Batista e autor da obra “Cartilha da Igreja Legal” E-mail: jonatasnascimento@hotmail.com WhatsApp: (21) 99247-1227

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 16/05/21

Cinco razões pelas quais a EBD é indispensável para a Igreja Solange d’Almeida

coordenadora editorial da Convicção Editora

O primeiro é que ela é um seminário bíblico dentro da Igreja. Não se aprende crítica textual, nem sociologia ou filosofia, mas Bíblia. E se aprende pelo estudo reverente. Uma EBD bem estruturada imuniza a Igreja contra heresias e golpes doutrinários que se expressam em atitudes pouco cristãs. Quando um líder quiser acabar com EBD na Igreja é preciso desconfiar seriamente de sua atitude. Como um pastor quer que a Bíblia deixe de ser ensinada?

O segundo é que ela é um celeiro de líderes. Porque ensina as pessoas.

Porque ensina valores espirituais. Porque habilita pessoas para falarem em público e discutirem e argumentarem.

Porque cria hábitos espirituais, como estudar a Bíblia e compartilhar a fé com um grupo pequeno, habilitando para se expressar. Porque cria amor pela vivência em um grupo espiritual. Porque, secundariamente, ensina relacionamento

com outros cristãos. Porque está subordinada à Igreja, e precisamos resgatar também algo que vai sendo posto de lado, que é a autoridade da Igreja.

O terceiro, anteriormente tangenciado, mas aqui bem formulado, é que ela ensina doutrina bíblica. E doutrina não é algo árido como alguns querem nos fazer crer. Doutrina é vida. A EBD provê suporte doutrinário para a Igreja.

Sem estudo bíblico, a Igreja se perde no cipoal de novidades produzidas por uma usina de esquisitices que viceja em nosso tempo.

O quarto é que ela dá firmeza espiritual. Os versículos do Salmo 119 falam da firmeza e da santidade pela observância da Palavra de Deus. Recordo que Jesus venceu Satanás não por força de uma personalidade indômita, embora a tivesse, mas pela força da Palavra de Deus. Todas as tentações e afirmações de Satanás Ele rebateu e superou citando as Escrituras. A EBD, por ensinar a Bíblia, ajuda na formação espiritual.

O quinto é que a EBD é um projeto para toda a Igreja. Não apenas em

Olavo Feijó

pastor & professor de Psicologia

A minha paz vos dou “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).

A história do nosso mundo tem sido, em grande parte, a história das guerras humanas: lutas entre indivíduos, lutas entre comunidades. De acordo com o livro de Gênesis, o ódio entre irmãos aconteceu dentro da primeira família, levando Caim a matar seu próprio irmão Abel. Daí em diante, os grupos humanos usaram a violência como uma das maneiras de enfrentar os desentendimentos entre si.

O Senhor Jesus foi enviado ao nosso mundo para ser a Paz Divina, capaz

de eliminar o poder das lutas entre os seres humanos. Disse o próprio Senhor: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vô-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).

A paz do Cristo tem força suficiente para instaurar no nosso mundo a justiça e o amor. A paz de Cristo estabelece em nós saúde espiritual e o poder do Espírito Santo. A paz não se compra: ela é a dádiva preciosa de Jesus Cristo, na Sua missão salvadora neste mundo. Quando aceitamos o poder salvador do Cristo, podemos dormir e dizer como o salmista: “Quando me deito, durmo em paz, pois só Tu, ó Senhor, me fazes viver em segurança”’ (Sl 4.8).

faixas etárias, mas em todos os níveis culturais. A EBD trabalha com pessoas de todos os níveis. Alguns modelos eclesiológicos levam a Igreja a negar uma de suas maiores características, que é a heterogeneidade. A EBD é a maior organização a demonstrar a universali-

dade interna da Igreja. Ela arrola todos ao redor de um tema, a Bíblia. A EBD não é para tratar de assuntos atinentes a grupos, mas para ensinar a Bíblia e valores bíblicos a pessoas. Ela é um projeto que engloba gente de todas as idades, faixas sociais, culturais e raciais. n

pecado, ressurreição, exaltação e sua posição à destra de Deus.

Nada é mais importante para a Igreja do que ensinar Jesus ao mundo, crentes e descrentes. “Examinais as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim” (Jo 5.39).

Os homens jamais conhecerão a Cristo sem o conhecimento bíblico. O verdadeiro discípulo procura seguir mais de perto o Mestre e aprender dEle com mais intimidade.

tem que explicar e esclarecer os preceitos bíblicos. Aplicar o ensino na vida (Efésios 6.4). Criar - instruir.

A Igreja - os discípulos de Cristo Cleverson Pereira do Valle pastor, colaborador de OJB

parte integrante da natureza da Igreja.

Glendon Grober diz que é sua garantia de vida e continuidade.

O discípulo de Cristo deve aprender como praticar: o amor - o servir - o adorar - o orar - o perdoar - o ser gentil - o humilhar-se.

O que os discípulos aprendiam? A atividade educacional das Igrejas do Novo Testamento visava a três finalidades, conforme Glendon Grober:

Em 1984, a antiga JUERP publicou a revista “Doutrina Bíblica da Igreja”, de Glendon Grober. Uma das lições tratava-se da “Igreja - os discípulos de Cristo”.

Jesus aplicou o título de discípulos aos Seus seguidores. Aqueles que seguem e aprendem de alguém. Discípulos do Mestre Jesus. Os discípulos deveriam aprender, e não apenas isso, mas aprofundar-se e aperfeiçoar-se na vida cristã.

1ª ENSINAR E ANUNCIAR JESUS O apóstolo Paulo sabia que as EsA Igreja contava a história de Jesus. crituras eram proveitosas para o ensino Sua encarnação, vida sem pecado, busconforme II Timóteo 3.16. O ensino é ca dos perdidos, divino amor, morte pelo

3ª O APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS Preparar o povo para serem líderes (Efésios 4.11-13). Para ensiná-lo a outros. O Novo Testamento quer que todos os discípulos sejam aperfeiçoados.

A Igreja é formada de discípulos de Cristo e devem aprender para ensinar, e ela aprende direto das Escrituras Sagra2ª INSTRUIR EM JUSTIÇA das. O próprio Jesus disse “Examinai as O ensino modifica a conduta. A Igreja Escrituras.” n

REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 16/05/21

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Família vivendo sem amor (Malaquias 4.6) José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB

Tradicionalmente, o mês de maio é dedicado a família - é o mês das noivas e também comemoramos o Dia das mães.

Tem sido difícil para a Igreja falar e pensar sobre família, uma vez que diversas configurações de família se apresentam no contexto da sociedade. O modelo bíblico de família é colocado em xeque a todo momento, e, por isso, urge a necessidade de pensarmos e refletirmos sobre família. O pastor e escritor Hernandes Dias Lopes faz uma observação assaz: “O bendito evangelho começa no lar. Se o evangelho não funciona no lar, não funcionará em lugar nenhum”.

O profeta Malaquias termina sua profecia falando de família - sobre a conversão do coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Para famílias que vivem sem amor, a alternativa é justamente a conversão do coração dos pais aos filhos, dos filhos aos pais, das mulheres a seus maridos, e de seus maridos as suas esposas. O pastor Isaltino Gomes Filho

diz: “Essa conversão implica em unir pais e filhos em torno de uma pessoa Jesus”. De que maneira os pais podem converter o coração aos filhos? Gostaria de ressaltar alguns pontos, e em um próximo texto, tratar da conversão dos filhos aos pais.

Em primeiro lugar, pais convertidos aos filhos têm Deus como prioridade em suas vidas (Deuteronômio 6.5-7).

O que o escritor bíblico transmite aqui nestes versos é que, antes de termos filhos bem-sucedidos precisamos ser pais comprometidos com Deus. Primeiro, os pais amam a Deus para depois ensinar seus filhos a amá-los. O pastor e escritor Luciano Subirá afirma: “Deus está chamando os pais a assumirem um compromisso maior com Ele de ministrar a vida espiritual de seus filhos”.

Só é possível ministrar aos filhos com autoridade e relevância, cultivando uma vida de proximidade com Deus.

Em segundo lugar, pais convertidos aos filhos estão atentos a realidade de seus filhos (Lucas 2.43 NVT). A Nova Versão Transformadora traz a expressão

“sem que seus pais notassem sua falta”. É interessante observar que o acontecido com Jesus acontece em várias famílias espalhadas por este Brasil com dimensões continentais. Infelizmente vemos pais que não notam seus filhos e não estão atentos às suas necessidades, gerando nos filhos angustia, solidão e rebeldia. A psicóloga Fabíola Luciano diz: “Muitos pais vivem a angústia de buscarem realização profissional (que exigem muitas horas fora de casa) versus a culpa por ter pouco ou nenhum tempo para os filhos. Passar tempo de qualidade com os filhos é estar integralmente com eles, é ouvir que eles dizem, sem se preocupar com as notícias ou o celular”.

Em terceiro lugar, pais convertidos aos filhos não provocam nos filhos a ira nem os humilham (Efésios 6.4). Falamos muito acerca dos filhos honrarem os pais e pouco tratamos da questão dos pais não provocarem a ira de seus filhos.

O excesso ou ausência de autoridade provoca ira nos filhos. Uma das formas de vermos pais provocando a ira dos

filhos é através do favoritismo. Na Bíblia temos o relato do casal Isaque e Rebeca, que cada um tinha predileção especial por um determinado filho. Isaque amava Esaú e Rebeca a Jacó. Desta forma eles jogaram um filho contra outro. Os pais provocam os filhos a ira quando os criticam frequentemente e excessivamente e quando usam palavras ofensivas para os repreender. É de bom alvitre ressaltar o que afirma o escritor bíblico “a morte e a vida estão no poder da língua” (Provérbios 18.21).s Em último lugar, pais convertidos aos filhos utilizam o expediente do perdão (Colossenses 3.13). Existe, dentro do contexto lar, muitas feridas, mágoas, que corroem a estrutura das relações familiares. Somente o perdão é capaz de subverter o ciclo de morte decorrente das desavenças e trazer a paz e restabelecimento das relações rompidas. O pastor e terapeuta familiar Josué Gonçalves afirma: “O perdão é a única maneira de fazermos uma faxina no coração e reconstruirmos aquilo que foi destruído”. n

Somente a ingestão de porções da Bíblia aos domingos, não resolverá os “sintomas” durante toda semana. A meditação deve ser em doses diárias, assim como a vitamina C, que não se armazena no corpo. As respostas de bênçãos vindas dos altos céus são dia a dia e não uma vez por semana.

Os únicos “efeitos colaterais” desse remédio para nossa vida e do mundo em geral é simplesmente não utilizá-lo ou parar de ingerir por achar que os sintomas já passaram.

Deus é que sabe como fazer o verdadeiro “acompanhamento” de nossa vida e nos dá o ‘semancol’ necessário para que tenhamos consciência de como agir da melhor forma possível.

“Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1). Como temos edificado nosso lar: sob a ação desse precioso “remédio” que é Cristo ou pelos “vírus do mundo” que nos contaminam? Pense nisso! n

Família com Cristo: único “remédio” para o mundo Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB

Por que acontecem tantas coisas no mundo que, como dizem, “até Deus duvida”? A causa dessa situação são os desajustes em forma de “vírus” que entram na família.

E qual “remédio” podemos usar? A melhor “indicação” prescrita para um mundo com esses sintomas tão fortes é procurar a “cura” em Jesus Cristo, o médico dos médicos.

Ele está presente, em plantão 24 horas, para nos “atender” e não deve ser dispensado em nenhum momento, principalmente no lar, nem mesmo quando tudo parece melhorar. Nas alegrias, tristezas ou na dor, Ele está ao nosso lado e nos acompanha.

E sabe qual o “modo de usar” esse “remédio”? Tomar doses diárias em “gotas da leitura Palavra de Deus”, que não tem nenhuma contraindicação e, ainda, orar ao Senhor para que surta o efeito desejado em nossa mente e coração.

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REFLEXÃO

O JORNAL BATISTA Domingo, 16/05/21 VIDA EM FAMÍLIA

Mitos do celibato Alguns mitos rondam as pessoas sol- os adultos solteiros que não desejam teiras, divorciadas e viúvas. Vejamos casar. Celibato também é um dom dado alguns: por Deus e devemos lembrar sempre isso à Igreja (Mateus 19.11,12) Solteiros são solitários É verdade que alguns adultos sol- Homens solteiros são irresponsáveis teiros são solitários, mas não são a Alguns são. Então, novamente, almaioria. O mais solitário é aquele que guns homens casados são também! O está vivendo a chamada “solidão a dois”. homem não precisa ser solteiro para ser Casamento, segundo o plano de Deus, irresponsável. Basta conversar com as deveria ser um remédio para o compa- esposas de alguns dos homens casados nheirismo, mas em muitos casos não é. em sua cidade ou Igreja.

Se os adultos solteiros se sentirem sós, a Igreja está deixando de ser uma família Adultos solteiros são que oferece companheirismo a todos, sexualmente frustrados solteiros e casados (Efésios 2.19).

Alguns adultos estão passando por momentos difíceis, especialmente deAdultos solteiros querem se casar vido à morte do cônjuge ou do próprio Muitos adultos solteiros querem se casamento. Mas, muitos adultos solteicasar, mas muitos, deliberadamente, ros estão bem em sua sexualidade e saoptaram por não se casar e para vive- bem conviver muito bem sem uma vida rem uma vida de dedicação exclusiva a sexual ativa. No meu ministério com Cristo. Devemos parar de estigmatizar casais vejo muitos maridos e esposas

tristes e frustrados em sua sexualidade. tos sexuais ilícitos acontecem entre as pessoas casadas. Pecados sexuais não aconAdultos solteiros têm menos tecem somente entre pessoas solteiras. problemas do que os adultos casados Não é verdade! Apenas problemas Adultos solteiros não estão diferentes. O celibato e o casamento amcompletos até que sejam casados bos têm seus conjuntos de problemas. A Outra mentira. Quem dá a um homem diferença é que o adulto solteiro muitas ou a uma mulher o sentimento de estar vezes não tem com quem compartilhar completo é Cristo (Colossenses 1.10). mais profundamente seus problemas.

Adultos solteiros têm mais dinheiro Adultos solteiros têm mais tempo do que os adultos casados do que os adultos casados 60 % dos filhos de pais solteiros viNovamente, mentira! Adultos soltei- vem na faixa abaixo do nível de pobreza ros têm de preparar as refeições, lim- e a maioria dos adultos viúvos vive com par a casa, pagar as contas, comprar uma renda fixa baixa. n mantimentos, consertar o carro, cuidar de crianças (mães solteiras) etc., sem Por: Gilson Bifano cônjuge para ajudá-los!

Diretor do Ministério OIKOS. Escritor, palestrante e conferencista Adultos solteiros são uma na área de casamento e família. ameaça para adultos casados Siga-o no Instagram: @gilsonbifano E-mail: oikos@ministeriooikos.org.br Mentira! Muitos casos de relacionamen-

Educação de qualidade para todos Iolene Lima

Associação Nacional de Escolas Batistas

Há mais de um ano, as escolas fecharam suas portas e os alunos passaram a ser atendidos de forma remota. Muitos ainda não retornaram às atividades presenciais, pois vivemos num país continental, com nuances. Pais preocupados em conciliar trabalho e educação, gestores escolares buscando soluções tecnológicas para que as aulas não parassem e professores aprendendo a utilizar ferramentas digitais.

Enfim, foi um tempo de muito desgaste, cansaço, ansiedade, mas também de várias competências desenvolvidas.

O Brasil é tido como um país continental, isso quer dizer, com dimensões semelhantes a de um continente. Um gigante para ser administrado e com

realidades muito específicas, muito singulares. Temos da metrópole aos ribeirinhos, do sertão ao pampas para que a educação circule remotamente.

E nesse contexto temos conhecimento das restrições de alcance da nossa tão precária rede de internet.

Vimos, pelas redes sociais, professores indo a pé até fazendas, levando material impresso para seus alunos; assistimos também aulas criativas pelas mídias sociais, por canais de comunicação como rádio e tv, como formas de alcançar o estudante, onde ele estivesse.

Mas fica a pergunta: educação de qualidade está chegando a todos? E o que é educação de qualidade de fato?

Somente em agosto de 2020, via decreto federal, veio uma bússola referente a validação dessa modalidade de ensino

(remota) para a educação infantil. Vários estados já haviam direcionado seus sistemas de que para essa faixa etária não teria validade o trabalho remoto.

Em diversos municípios brasileiros, as atividades síncronas, em tempo real, não aconteceram. Falta ainda infraestrutura. Em pleno século XXI ainda temos sérios problemas com a banda larga no país, regiões de “sombra”, sem acesso a nada. Crianças sem atividade escolar há meses.

De fato, qualidade de ensino deveria ser para todos. Em tempos de pandemia ou fora dela. Equidade na educação gera economia forte, gera renda e progresso para uma nação. Um país que não valoriza a educação infantil, que demora a se posicionar sobre ela, que somente vislumbra “cuidado” e não “aprendizado”

mostra ainda que caminha a passos lentos para melhorar seus resultados em avaliações externas. Vimos artigos e pesquisas sendo publicados nesse último mês traçando o panorama caótico instalado Brasil afora. Anos de atraso já impostos e agora mais alguns somados por conta da situação pandêmica.

Educação de qualidade pressupõe aprendizagem, ou seja, que nenhum estudante deve ficar para trás. Obviamente respeitando o tempo de cada processo, mas garantindo o acesso. Se a escola não chega onde tem que chegar, precisamos então, orientar as famílias enquanto a infraestrutura é feita. Para se transformarem em professores? De certo que não. Precisamos que as famílias se envolvam no processo de aprendizagem, que sigam as orientações. n

MISSÕES NACIONAIS

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“Uma noite memorável!”: Sete adolescentes do Colégio Batista de Carolina são batizados e celebram sua primeira ceia Adriana Dias

missionária Adaptação: Gerência de Comunicação da Junta de Missões Nacionais

O sábado, dia 01 de maio, foi um dia muito especial, pois sete alunos do Colégio Batista de Carolina-MA, que participam do ministério AVIVA, desceram às águas confessando publicamente que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador de suas vidas.

A programação foi realizada na Igreja Memorial de Carolina-MA e teve toda a estrutura organizada pelos membros do projeto (louvor, transmissão, coreo-

grafia). A direção do culto foi conduzida pela missionária Ester Alves e a Palavra levada pela missionária Adriana Dias.

A celebração dos batismos foi realizada por dois pastores: pastor Orlando Dias Jorge, interino na Igreja Batista Memorial de Carolina, e o pastor Diego Silva, que é o apoiador do Aviva desde o ano de 2020. As famílias dos adolescentes estavam presentes e puderam testemunhar juntamente conosco da profissão pública de fé de seus filhos que emocionaram a todos e levaram muitas pessoas às lágrimas.

Foi um tempo muito especial. O emocionou os que estavam presentes. deu a ela a certeza de sua salvação. testemunho da adolescente Ana Laura Em lágrimas, ela contou como Jesus O batismo de Marcos Caique foi outro momento de muita alegria, pois ao sair das águas vibrou de alegria e levou todos os presentes ao mesmo sentimento.

Ao final, os novos membros celebraram a ceia do Senhor pela primeira vez.

Este momento foi um verdadeiro presente, que, com certeza, marca os 85 anos de existência do Colégio Batista de Carolina, completados no dia 16 de março deste ano, e também os seis anos de ministério da missionária Adriana Dias na cidade de Carolina, que tem se surpreendido com tudo o que Deus tem feito através de sua vida.

Orem pelo Colégio Batista de Carolina e pelo Aviva, que tem o desejo de ganhar cada adolescente de nossa nação para Jesus. n

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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Segunda Igreja Batista de São Luís - MA celebra 64 anos Celebração aconteceu em maio: conheça a trajetória missionária da Igreja Thiago Neves Carvalho

pastor, educador cristão da Segunda Igreja Batista de São Luís - MA

No dia 01 de maio de 2021 comemorou-se os 64 anos da Segunda Igreja Batista de São Luís-MA, conhecida carinhosamente como SIB. De forma presencial e online através do canal da Igreja no Youtube, ‘Comunicação SIB’, a comunidade, irmãos e amigos do Evangelho se reuniram para glorificar a Deus por mais um ano de existência desta agência missionária do Reino. Foi um dia de grande alegria, adoração e gratidão ao Senhor pela sua fidelidade e amor. O preletor da noite foi Anderson Carlos Guimarães Cavalcanti, pastor titular da Igreja, que ministrou ao coração da Igreja de Cristo uma mensagem edificante baseada nos textos de João 2.13-22 e I Coríntios 6.14,17,19-20 “O Templo Indestrutível”. O culto contou com a participação do ministério de louvor da Igreja, o grupo Primícias do Louvor e do Coral Exultai através de uma linda canção gravada pelos integrantes, além de testemunhos.

Breve Histórico A SIB de São Luís-MA começou na residência da irmã Bernadina Costa Silva, onde membros dissidentes da PIB de São Luís-MA reuniam-se ali para prestarem culto ao Senhor. No ano de 1955, o terreno para a construção do templo foi adquirido, de modo que a pedra fun-

Celebração da Igreja foi presencial e online damental foi lançada onde futuramente seria a porta central de acesso ao santuário. No ato memorável, os irmãos depositaram Bíblias, Cantor Cristão e Jornais informativos. O Templo foi construído para honra e glória de Deus e, no dia 01 de maio de 1957, a SIB de São Luís foi organizada com 51 membros fundadores, sendo 45 advindos da PIB de São Luís e 06 membros da Igreja Batista de Chapadinha-MA. Na estrutura ativa da SIB já estavam em funcionamento a Escola Bíblica Dominical, União de Treinamento, Sociedade de Senhoras, Sociedade de Moças, Mensageiras do Rei e Sociedade de Crianças. Estas organizações solidificaram o crescimento espiritual da membresia e trabalhavam para o alcance de outros ao conhecimento de Jesus.

Focada no propósito para o qual foi instituída, a SIB de São Luís iniciou

suas ações de proclamação da palavra de salvação, e nesse intento, no dia 29 de março de 1958 organizou a Igreja Batista Central. Em 1960, sob a orientação do missionário Fred Halbrooks, foi oficializada a criação da organização missionária dos Embaixadores do Rei. Dando continuidade ao processo de multiplicação, organizou a Igreja Batista Nova Canaã, em 1962; a Primeira Igreja de Cajapió-MA, em 1967; a Igreja Batista do Calvário, em 1967; a Igreja Batista da Alemanha, em 1969; a Igreja Batista Cordeiro de Deus, em 1978; a Igreja Batista em Itapecuru Mirim-MA, em 1982; a Igreja Batista do Coroadinho, em 1984; a Primeira Igreja Batista em Mirinzal-MA, em 1986, a Igreja Batista em Vila Palmeira, em 1987; a Igreja Batista Betel, em 1990; a Igreja Batista em Pindaré Mirim-MA, em 1992; a Igreja Batista Adonai, em

1992; a Primeira Igreja Batista Indígena, em 1994, no povoado Arame-MA; a Igreja Batista Nova Vida, em 1998; a Igreja Batista Monte Moriá, em 2001; a Igreja Batista Elioenai, em 2001; a Igreja Batista Manancial, em 2001; a Igreja Batista Novo Alvorecer, em 2001; a Igreja Batista Fonte de Vida, em 2004; no ano de comemoração de 100 anos de propagação do evangelho no Maranhão, foi organizada a Igreja Batista Centenário, em 2008; a Primeira Batista de Quebra Pote, em 2012.

Atualmente, a SIB de São Luís segue atuando com projeto de plantação de novas Igrejas nas comunidades de Vila Vitória, Rio Grande e Maracanã em São Luís-MA, inclusive, com o funcionamento de um PEPE (Programa de Evangelização Pré-Escolar) nesta última Congregação mencionada. A Igreja, que tem cerca de 250 membros e congregados e três Congregações, é pastoreada desde o ano de 2014 pelo já mencionado anteriormente pastor Anderson Cavalcanti. Conta também com a parceria ministerial do pastor Thiago Neves Carvalho, educador cristão; e Jonathan Gomes Sousa, ministro de música.

Louvamos e bendizemos ao Senhor pelo que Ele tem feito no Maranhão, no Brasil e no mundo através desta comunidade de fé.

“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Rm 11.36). n

Convenção Batista Alagoana realiza primeira reunião de 2021 com o novo Conselho Membros das assessorias e comissões foram eleitos.

João Vitor Leite

auxiliar de Comunicação da Convenção Batista Alagoana

No dia 03 de maio, uma segunda-feira, aconteceu de forma virtual, através do aplicativo Zoom, a primeira reunião ordinária do Conselho de Planejamento e Coordenação (CPC) da Convenção Batista Alagoana (CBAL). O encontro foi iderado pelo pastor João Tertuliano, presidente da CBAL, o qual recebeu os novos conselheiros, eleitos na 100ª

Assembleia, com uma palavra de boas-vindas.

Esta primeira reunião ordinária cumpre o cronograma de encontros previstos para o ano de 2021, o que por força de estatuto prevê seis encontros anuais, acontecendo em média um a cada dois meses.

Já nesta primeira reunião, os novos conselheiros puderam aprovar a Ata da última Assembleia e também eleger os novos membros das Assessorias e Comissões que irão trabalhar no decorrer

do ano de 2021.

O Conselho da CBAL tem a função de planejar e coordenar os trabalhos da Convenção, além de acompanhar a execução das deliberações realizadas em Assembleia Geral; suas reuniões são abertas a toda comunidade Batista, onde qualquer membro de uma Igreja Batista devidamente filiada a Convenção pode exercer o direito de voz, porém, o direito a voto fica restrito apenas aos conselheiros eleitos em Assembleia Geral. n

Lideranças da CBAL durante a reunião

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MISSÕES MUNDIAIS

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Oportunidade e Transformação Khadija Agil

missionária na África Ocidental

Oferecer igualdade de oportunidade no acesso à educação é um grande desafio mundial. Especialmente em países em vias de desenvolvimento, estas oportunidades não são iguais para todos. As portas da escola continuam fechadas para milhares de crianças em idade pré-escolar e crianças com necessidades especiais. Este problema se agravou severamente com a pandemia de COVID-19, afetando principalmente os países que já enfrentavam dificuldades.

Com os olhos voltados para estas necessidades, Missões Mundiais desenvolve projetos na área da educação em 33 países. São mais de 720 centros educativos que oferecem educação de qualidade com princípios cristãos, a fim de abrir as portas da escola para todos, transformando a vida de seus alunos, educando cidadãos capazes de transformar a sociedade onde estão inseridos. Missões Mundiais acredita que é possível gerar uma transformação genuína através da educação e formação de cidadãos que reconhecem o Senhor em seus caminhos.

Em 2019, um relatório do Unicef apontava que mais de 172 milhões de crianças em idade pré-escolar não tinham acesso à educação. Através do PEPE (programa socioeducativo) mais de 20 mil crianças recebem a oportunidade de serem media-

das em seu desenvolvimento cognitivo e psicomotor, e assistidas em suas necessidades nutricionais e de saúde.

Em Moçambique, a Escola Comunitária Arco Íris Machava beneficia 450 crianças entre 04 e 12 anos que viram as portas da educação se abrirem para transformar o futuro.

Em Angola, a Escola Pamosi (que significa “Juntos”) abriu suas portas para acolher crianças com deficiência auditiva, visual e crianças com síndrome

de Down num ambiente inclusivo que oferece aos seus 112 alunos, com idade entre 05 e 15 anos, oportunidades iguais de aprendizagem.

Na Guiné-Bissau, a Escola Batista de Bafatá beneficia 950 alunos de 06 e 25 anos, oferecendo atendimento desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.

No Senegal, as escolas Batistas, através das suas unidades Fábrica da Esperança, Dund Gi (“Vida”) e Estrela Brilhante beneficiam mais de 450 alu-

nos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I. O ensino de qualidade, reconhecido pela comunidade e órgãos competentes da educação do país, é uma oportunidade de testemunhar o amor de Deus, impactando a vida dos alunos e formando cidadãos aptos a transformar a sociedade.

A educação baseada em princípios cristãos é capaz de produzir uma genuína transformação na vida de seus alunos. n

Voluntários: viagens transferidas para 2022 Voluntários Sem Fronteiras (VSF) é um programa de Missões Mundiais, que tem por finalidade enviar voluntários vocacionados para assistir e apoiar o trabalho da organização no campo missionário, através das suas habilidades, dons, talentos e profissão.

Em razão da pandemia do novo coronavírus, as viagens do VSF Caravanas, VSF Individual e VSF Experiência Transcultural e Aprendizado de Idiomas previstas até outubro de 2021, serão transferidas para 2022.

“Vamos seguir orando pela possibilidade de realizar as que estão previstas entre outubro e dezembro de 2021. Isso também dependerá da situação da pandemia em nosso país”, declara a coordenadora do programa, Luciana Nascimento.

Já as modalidades do VSF Família, Grupo de Viagem e Intercâmbio foram transferidas para 2022.

“Isso não significa que cancelamos as viagens, vamos continuar caminhando com todos os voluntários que já fizeram sua pré-inscrição ou se inscreveram. Para estes, estaremos enviando

um e-mail informando como daremos continuidade ao processo deles no seto”, informa Luciana.

Ouça entrevista com a coordenadora do Voluntários Sem Fronteiras que foi ao

ar em abril de 2021 nas plataformas de podcast de Missões Mundiais.

Como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos

(Mt 20.28).

Acesse o site de Missões Mundiais e veja quais são as possibilidades oferecidas pelo programa. Coloque-se à disposição, ore e já garanta a sua vaga. n

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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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Convenção Batista do Planalto Central promove a semana Ore muito mais Organizações e Igrejas participaram do movimento de oração.

Adenildo Souza

Comunicação da Convenção Batista do Planalto Central

A Convenção Batista do Planalto Central (CBPC), em parceria com suas organizações auxiliares, realizou, de 19 a 23 de abril, sempre às 22h, a semana “ORE MUITO MAIS”. O evento online contou com a participação de 250 pessoas na plataforma Zoom, representando 70 Igrejas do campo.

“Estamos alegres pelo que Deus tem feito na nossa Convenção e queremos agradecer a todos que participaram”, destaca nosso diretor executivo interino, pastor Luís Claudio Pessanha.

Entendendo que juntos somos mais fortes, unidade tem sido aquilo que

Distrito Federal (OPBB-DF);União Missionária de Homens Batistas do Planalto Central (UMHBPC);União Feminina Missionária Batista do Planalto Central (UFMBPC); Juventude Batista do Planalto Central (JUBAPC); e Associação de Esposas de Pastores Batistas do Planalto Central (AEPBPC), que intercederam pelo Planalto Central, Brasil e o Mundo.

A programação foi transmitida pelo canal da Convenção no Youtube (CBPCTV), com um alcance de 1300 pessoas até o momento. Foi um tempo abençoado pelo Senhor Jesus! A Deus toda honra Programação teve boa participação das Igrejas do campo e toda a glória!

Em julho seguimos com o ORE+, com 31 dias de oração pelo Planalto CenDeus tem colocado em nossos cora- das nossas organizações: Ordem dos tral. ções. Assim, tivemos a participação Pastores Batistas do Brasil - Seção n

Convenção Batista Goiana lança Campanha de Missões Estaduais para 2021 “Unidos pelo amor, proclamemos Cristo em Goiás!” é o tema Marcos Rodrigues

missionário, pastor da Congregação Batista Betel em Anápolis, ministério da Primeira Igreja Batista em Anápolis-GO.

No dia 01 de maio de 2021, aconteceu o culto de lançamento da maior Campanha de Missões Estaduais de todos os tempos em Goiás. Em tempo de pandemia e de isolamento social, a Convenção Batista Goiana (CBG) realizou, através da Gerência de Missões Estaduais, o lançamento de sua Campanha de Missões Estaduais 2021. O evento foi realizado totalmente no formato online, através do aplicativo Zoom, e com transmissão simultânea pelos canais oficiais de comunicação da CBG, no YouTube e no Facebook.

O tema é “Unidos pelo amor, proclamemos Cristo em Goiás” e divisa baseada em I Crônicas 16.23b, onde está escrito: “Proclamem a sua salvação, dia após dia!” (NVI). O pastor Samoel Martim, gerente de Missões Estaduais da CBG, declarou: “Hoje temos as ferramentas das redes sociais à nossa disposição para continuarmos a cumprir a Missão dada por Jesus antes dele subir ao Céu!

Unidos pelo Amor, Proclamemos Cristo em Goiás! Proclamem a sua salvação dia após dia (I Crônicas 16.23b)!”

Nosso alvo para a Campanha de Missões Estaduais 2021 é de R$ 220.000,00 (Duzentos e vinte mil reais). “O alvo é sempre um desafio a ser alcançado e, para isso, é necessário criar estratégias junto as Igrejas a fim de envolver a todos, na finalidade precípua de glorificar a Deus”, disse o pastor Genivaldo Félix da Silva, diretor geral do Seminário Teológico Batista Goiano (STBG).

Nunca os Batistas goianos foram tão ousadamente desafiados a testemunharem de Cristo, como nessa época de pandemia. Por várias razões podemos

considerar que a Campanha de Missões Estaduais 2021 em Goiás é a maior da história dos Batistas goianos. Dentre elas, podemos citar: a maior urgência que temos hoje de proclamarmos sobre Cristo e sua salvação; diante do grande número de pessoas que morrem em decorrência da pandemia.

Outra razão que faz dessa Campanha a maior de todas as épocas, é a sua abrangência de pessoas. Hoje podemos nos comunicar mais e com mais pessoas ao mesmo tempo, graças ao uso quase que obrigatório por parte de todos das

mídias digitais e dos recursos tecnológicos de comunicação das redes sociais.

O número de goianos hoje é a terceira e última razão que faz desta Campanha, a maior de todos os tempos. Nos últimos anos, o crescimento das Igrejas não acompanhou o índice de crescimento populacional em Goiás. Proporcionalmente falando, hoje, temos mais pessoas não-crentes, do que há 30 anos.

Com pandemia ou sem pandemia, Deus está cumprindo o Seu propósito eterno de salvar a humanidade. Como bem asseverou o pastor Carlos Enrique Santana Rocha, presidente da Convenção Batista Goiana: “Muitas portas estão sendo abertas, muitas oportunidades estão surgindo, cabe-nos cumprir a nossa missão. Não podemos ser indiferentes diante deste novo cenário que se apresenta a nós. Unidos vamos proclamar Cristo em Goiás. Somos a família missionária para este tempo!”

Parafraseamos a mensagem do apóstolo Paulo, quando escreveu aos Romanos 10.1-2: “Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por ‘Goiás’ é para sua salvação. Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento”.

Deus nos abençoe! n

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

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PONTO DE VISTA

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Matriz SWOT na EBD? Relato de uma experiência - Parte 2 Moema Crisóstomo Guimarães Vargas aproveitadas, a Matriz de Restrições, educadora cristã e mestre em Educação; para descobrir as fraquezas que precimembro da Igreja Batista Ágape - SP sam ser superadas, a Matriz de Superação, para minimizar os riscos e, por É um desafio constante repensar a fim, a Matriz de Sobrevivência, para nos Escola Bíblica Dominical, pois em to- proteger dos ataques. Agora vamos a das as épocas ela “enfrentou e superou uma nova etapa - a do PDCA - que é a obstáculos que colocavam em xeque fase de planejamento por áreas: sua permanência, e não é diferente em 1. Maximizar as forças nossos dias. Por exemplo: a baixa fre2. Minimizar as fraquezas quência de alunos, a inexistência de pla3. Minimizar riscos nejamento, a ausência de salas e mate4. Proteção contra os ataques riais pedagógicos, a falta de capacitação de professores para que atendam às O ciclo PDCA é uma ferramenta comnecessidades dos alunos, o currículo plementar à matriz SWOT que nos ajuda descontextualizado e, principalmente, a: a falta de conscientização dos crentes P = PLAN (planejar) - estabelecer mepara a importância do estudo da Palavra tas e procedimentos. de Deus” (1).

D = DO (execução) - operacionalizar No interesse de procurar soluções as tarefas e coleta de dados. para os problemas acima descritos é que C = CHECK (verificação) - comparar tenho conduzido minha equipe de profes- dados coletados com a meta planejada. sores da EBD a refletir criticamente soA = ACTION (ação corretiva) - mebre nossas forças, fraquezas, ameaças didas para manter procedimentos ou e oportunidades, através da ferramenta mudá-los.

O sucesso desse planejamento code gestão SWOT. Está sendo muito importante nos reunirmos com esse olhar letivo deve-se não somente ao uso de mais apurado para fazermos aquilo que ferramentas de gestão, mas também à Deus NÃO vai fazer por nós - um plano de operação do Espírito Santo na vida dos ação (Provérbios 15.22 e 19.21). participantes. Sou grata a Deus porque Prosseguimos trabalhando a Matriz esse grupo se dispôs a participar dessa do Desenvolvimento, para descobrir as análise e oro para que continue firme no oportunidades que não estão sendo planejamento.

Duas perguntas cruciais, que apre- çoar todos aqueles que lhe são fiéis e sentei ao grupo no final da primeira fase, obedientes. ajudam-me a conhecer melhor os desa• Para aproximar-me mais dos alufios e o potencial que temos nas mãos. nos.

Vejam suas respostas: • Que podemos superar os desafios se trabalharmos juntos.

1. Qual o maior desafio que você vê • Que estamos no caminho certo. pela frente?

• Os desafios e ameaças são muitos, • Melhorar o relacionamento profes- porém, Ele nos capacitará. sor-aluno.

• Que temos responsabilidades como • Combater o esfriamento espiritual professores: zelo no ensino, relacionade alguns alunos e a falta de empenho mento com a classe e visão ampla da de outros em relação à educação cristã EBD. na família.

• A compra de equipamentos como, Que assim como eu, você, educador por exemplo, projetores, tv’s e computa- cristão, sinta-se motivado a desenvoldores para as salas. ver em nossos irmãos a compreensão • A orientação dos alunos quanto à de que TODOS são responsáveis pela disseminação de notícias falsas e he- edificação da Igreja (2) e pelo planejaresias. mento das ações que nos levarão a isso • Uma reforma para obtermos salas (Efésios 4.16,29)! mais adequadas.

Que o Senhor, maravilhoso Conselhei• Manter o engajamento de todos, ro, nos leve a bom termo. Amém! constância e dedicação tanto de professores quanto alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAVALCANTI, Sarah. Uma escola 2. O que Deus tem falado ao seu co- para todos: a escola bíblica dominical ração? como ferramenta de ensino para uma • Peço sempre que Deus me ajude a igreja espiritualmente saudável. Rio de não ser pedra de tropeço para ninguém, Janeiro, Betel, 2018. a ter cuidado comigo mesmo.

RICHARDS, Lawrence O. Teologia da • Para não desistir, pois são nesses educação cristã. 3ed. São Paulo, Vida momentos que Ele vai capacitar e aben- Nova, 1996. n

Raimundo Ribeiro Passos

possível daria a vida pelo filho, estava pronta para isso e acompanha o sofrimento ao pé da cruz. Há um compromisso velado de protegê-lo sempre, pois assim é o amor de mãe por seu filho.

Mas, há uma limitação de sua parte que ela não pode ultrapassar. Os pais não deveriam enterrar seus filhos!

O jovem galileu morre injustamente, paga por erros que não são seus. Entrega-se a um julgamento injusto. Apesar da culpa de todos os envolvidos, o jovem galileu precisa estar ali, exatamente naquele dia e horário, pois sua morte tem um bem maior. Ele toma o meu e seu lugar! Onde nós deveríamos estar, Ele assumiu nosso lugar. Sofre a nossa dor, paga pelos nossos pecados. Poderia ter fugido, teve oportunidade, mas o pacto eterno firmado com o Pai, não o deixou fazê-lo. Ao contrário, entregou-se voluntariamente, sabendo que se concretizava ali na cruz. Agora, o Pai O vê na agonia da cruz e Se ausenta de Sua presença. Os pais não deveriam enterrar seus filhos!

professor da Universidade Federal do Amazonas

“E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena” (Jo 19.25).

Só quem passa pela morte de um filho é que entende a dor do sofrimento que carrega! No dia 23 de janeiro de 2013, 233 jovens morrem após incêndio em uma boate em Santa Maria-RS; em 25 de janeiro de 2019, após o rompimento de uma barragem da Vale, morrem mais de 230 pessoas, entre as quais várias crianças e jovens. Dias depois, em 08 de fevereiro de 2019, morrem 10 jovens entre 14 e 16 anos num incêndio durante a madrugada em um alojamento do Clube de Regatas do Flamengo.

Num ataque em uma escola em Suzano, em 13 de março de 2019,sete jovens entre 15 e 25 anos são mortos, entre os quais os dois atiradores. Estes são,

Os pais não deveriam enterrar seus filhos!

dentre muitos outros, casos de tragédias que ocorrem diariamente! Os pais não deveriam enterrar seus filhos!

Ali está Maria, ao “pé” da cruz. Chora a morte do filho mais velho. Viu-o crescer, tornar-se homem e agora o vê morrer de forma trágica. Condenado num processo juridicamente eivado de vícios. Não se sustentariam as acusações, não há apuração, não há testemunhas ouvidas, mas há uma decisão do coração de um traidor, de uma liderança religiosa, de um governador injusto, medroso e que não se valeu de sua autoridade para fazer o certo e de soldados igualmente corruptos. Os pais não deveriam enterrar seus filhos!

Maria de alguma forma já aguardava o sofrimento, mas quando ele chega é que a dor é sentida de fato. Ela já fora alertada antes, quando da consagração de Jesus, que o destino do menino seria a morte (Lucas 2.34,35). Maria, porém, guardava todas as coisas no coração (Lucas 2.51), aguardando o dia em que tudo se consumaria. Entretanto, se fosse

Apesar da cena trágica e ao mesmo tempo necessária há algo de belo. Há o amor de mãe externado no seu extremo, mas há também o amor de um filho. No cuidado eterno, toma o lugar da mãe, que deveria estar naquela cruz, assim como cada um que ali estava, mas no cuidado familiar, terreno, também não abandona a mãe, sofre por ela e cuida do seu futuro, pede ao primo que lhe devote o amor que é visto ali na cruz e que cuide da mãe por ele. O filho, mesmo no momento da dor, deve velar pelos pais! Jesus, como o filho de Maria, faz seu último ato de cuidado; depois disso, na agonia da cruz declara que tudo está consumado. Entregou sua vida, pois o sacrifício de estar na cruz bastou para o nosso perdão, bastou para satisfazer a dívida com o Pai. Espiritual ou terreno, agora tudo estava pago. Maria permaneceria ali chorando o filho, como lhe era conveniente. A dor não lhe seria menor, até que entendesse a grandeza do que se cumpria ali. Os pais não deveriam enterrar seus filhos! n

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Educação Cristã e seus fundamentos entre os israelitas no Antigo Testamento Genivaldo Félix

pastor, diretor geral do Seminário Teológico Batista Goiano

Pretende-se, neste artigo, compreender a importância da educação cristã e seus fundamentos bíblico, teológico e teleológico na perspectiva do Antigo Testamento (AT). O estudo sistemático, metódico da educação adjetivada de “cristã” no AT é fundante para o exercício da prática educativa do professor no âmbito da Igreja local. Pressupõe dizer que a compreensão conceitual da revelação divina na perspectiva das narrativas das Escrituras Sagradas no AT, nos apresenta um Deus que se faz conhecido e comunica com um povo escolhido, chamado povo de Deus.

Os fundamentos da educação cristã no AT estão sedimentados na educação hebraica, ou seja, na história do povo hebreu, tendo a família um papel basilar como instituição educacional, lugar por excelência para a educação dos filhos e as funções dos pais - relação sacerdotal.

Reafirmo que a família é essencial para o processo educacional no AT. Com relação à tribo - é um grupo autônomo de famílias que se consideram descendentes de um mesmo antepassado. “Israel”

ou “filhos de Israel”. No lugar de “filhos”, pode-se dizer “casa” (no sentido de família, descendência) bit (casa de). Ou seja, uma organização social do deserto.

A família israelita é claramente patriarcal. O termo próprio para designar é “casa paterna”. A “família” é uma “casa”, “fundar uma família” que influi decisivamente na educação dos indivíduos. O conhecimento da história do povo hebreu tinha como princípio a fé, a moral e a profissão. A prática educativa era algo concreto, obrigava tomar consciência da realidade histórica, cultural e religiosa do povo. Vaux. (2003, p.72-4) ao tratar sobre a educação entre os hebreus, afirma que, durante seus primeiros anos, a criança, mesmo depois de desmanada, era deixada aos cuidados de sua mãe ou da ama de leite, (II Samuel 4.4), aprendia a andar, (Oséias 11.3). O pequeno israelita passava a maior parte de seu tempo brincando nas ruas ou na praça com os meninos e meninas de sua idade (Jeremias 6.11; 9.20; Zacarias 8.5; Mateus 11.16).

Os fundamentos da educação cristã no AT nos conduzem à origem da civilização ocidental, à influência que herdamos dos povos orientais, especificamente no campo religioso, na consolidação e legitimação do cristianismo do primeiro sé-

culo e através dos séculos, presente em diversas culturas existentes no mundo contemporâneo. Para Edesio Sanches Cetina (2003), o livro de Deuteronômio “tem um papel vital no desenvolvimento da fé bíblica”. Ou seja, surge com o livro texto e a base da reflexão teológica nos grandes momentos da história de Israel. É indubitável que o povo hebreu no AT tenha sempre buscado a consolidação de sua cultura, apesar das diásporas e das opressões que sofreram no tempo e no espaço milenares dos impérios invasores. Os hebreus primitivos levaram, a princípio, uma vida nômade propiciando uma organização baseada na divisão tribal sob a autoridade de patriarcas, aproximadamente, desde o IV milênio a.C. Quero ressaltar que a educação é vista como um fenômeno histórico, cultural, com base na tradição oral e no monoteísmo religioso do povo hebreu.

Faz-se assim necessário entender que as cerimônias e festas religiosas praticadas pelo povo hebreu são fontes históricas para compreendermos a educação cristã e seus fundamentos bíblicos e teológicos no AT. Outras características da educação cristã no AT referem-se às instituições

religiosas como o templo, a sinagoga e a escola de profetas. Ao referir-se às instituições religiosas, Hayward Armstrong (1994) salienta que a educação hebraica “tenha-se concentrado na família como resultado de sua longa experiência como nação seminômade”, todavia, havia ocasiões em que existiam outras formas e tipos de educação. O templo indicava a preocupação de dedicar os filhos a Deus de forma especial e lhes permitir crescer sob a tutela de um sacerdote. Quanto à sinagoga, era geralmente considerada como parte da educação muito posterior, cultura judaica. A escola de profetas constituía um fenômeno extraordinário quanto ao ensino, entre os hebreus.

A educação cristã e seus fundamentos no AT é imprescindível para o desenvolvimento de qualquer programa de educação cristã desenvolvido pela Igreja local em todos os tempos. Reconheço que o maior desafio seja revisitar e resgatar o papel da família e a autoridade dos pais na criação e educação cristã dos seus filhos. Tal princípio se aplica à liderança ministerial de nossas Igrejas ao priorizar o ensino e o estudo sistemático das Escrituras através de suas organizações e, principalmente, no púlpito de nossas Igrejas. n

Temperando com amor Eliszangela Santos de Oliveira

educadora cristã, pedagoga, escritora e mediadora de conflitos; executiva da Associação de Educadores Cristãos Batistas do Piauí; membro da Primeira Igreja Batista em Teresina - PI

“O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um” (Cl 4.6).

Em Colossenses 4.6 aprendemos que devemos agir sabiamente com o nosso próximo, testemunhando e dialogando com a mesma cordialidade, pois, ao relacionar-se com diferentes pessoas devemos ser um tempero agradável, que chamamos de Sal. Esse tempero, em dose certa na comida, torna-a deliciosa e assim devemos ser na vida do próximo, uma pessoa agradável e atraente como nosso Deus.

Para sermos uma pessoa agradável é

preciso estar em uma constate conversa com Deus, para que nossos relacionamentos com amigos(as) e familiares sejam melhores. A prática de temperar uma comida não quer dizer que será a mesma todos os dias, mas será de temperar várias vezes, na dose certa.

Ao conversarmos com outras pessoas que não são do nosso convívio, surgirá assuntos sobre os tópicos comuns do dia, temperando na dose certa. Você será capaz de responder com um espírito amável, gentil e afável. Caso o conteúdo da conversa seja sobre coisas das quais você é ignorante, como introduzir algum tópico da ciência com o qual você não está familiarizado, você não terá vergonha de confessar sua ignorância e buscar instruções. Se a pessoa que você está conversando age de maneira arrogante, insolente e dominadora, você poderá reprimir os sentimentos de seu

temperamento e responder com gentileza e bondade. A Palavra de Deus nos orienta isso em Jeremias 33.3: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes”.

Estejamos bem informados de conteúdos próprios ou de conteúdos diversos para que possamos ter um diálogo que transmitirá a mensagem sob o comando de Deus. Minha indagação a você é: Como você tem gastado o seu tempo com seus amigos(as) e familiares? Tem aproveitado toda e qualquer oportunidade para apresentar Cristo Jesus como Senhor e Salvador?

Peça a Deus para o orientá-lo(a) nessa caminhada, escolha três pessoas para que você possa temperar a vida delas com a Palavra de Deus, estreitando a amizade e transformando seu relacionamento de forma saudável, através da

oração e da Palavra de Deus. Converse com Deus todos os dias, para que possa ser esse sal na dose certa, mostrando o quanto os seus ensinamentos, os conselhos e mandamentos de Deus transformam diariamente o nosso viver, para que possamos cuidar do próximo de forma acolhedora e empática. Se você ainda não conversou com Deus, busque hoje e transforme essa prática no seu viver diário para uma vida mais esperançosa ao lado de nosso Pai celestial.

“A diferença entre as pessoas que conversam com Deus diariamente para as que não o fazem é ser mais segura diante de suas atividades diárias”.

REFERÊNCIAS: Bíblia Nova Versão Internacional - Colossenses 4.6 Bíblia Shedd - SBB: Editora Vida Nova n