OJB Edição 20 - Ano 2017

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 14/05/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXVI Edição 20 Domingo, 14.05.2017 R$ 3,20

Fundado em 1901

Mãe,

colo de um amor incondicional Segundo domingo de maio: Dia das Mães Missões Nacionais

UFMBB

Programa Seja Luz retorna em 2017 mais dinâmico e interativo

Confira os detalhes da 94a Assembleia Geral da UFMBB

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Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Primeira Igreja Batista em Piúma - ES completa 52 anos

Bahia realiza mais uma edição do Congresso Regional Multiplique

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o jornal batista – domingo, 14/05/17

reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

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odos nós amamos alguém: amigos, parentes, até mesmo o animal de estimação. Pensamos no bem-estar, queremos sempre estar por perto, dividir momentos de alegria e também de tristeza. Isso é amor. Agora, pense nessas questões citadas, mas vistas na ótica de uma mãe. Não dá para mensurarmos o quão grande isso é. Só o fato de gerar uma outra pessoa explica a grandiosidade desse amor diferenciado. A barriga crescendo, a criança movimentado-se dentro da mulher, os “chutes”, a apreensão para descobrir o sexo do bebê (hoje em dia tem até o tal “chá revelação”), depois vem o chá de bebê, decoração do quarto, pré-natal e até, finalmente, chegarmos ao parto e conhecermos aquele que é tão esperado (a). Tudo isso faz com que o amor de mãe cresça cada vez mais. A criança nasce e, com ela, se vão as noites de sono.

Um amor diferenciado Os choros são constantes e dificilmente sabemos o real motivo dele. Mas a mãe sabe; ela sente. É diferente! Muitas abrem mão da carreira profissional, dos sonhos, para viver a dádiva e o desafio de ser mãe. De dar vida a uma nova vida. Até na hora de usar a vara, o amor está ali, presente, com o objetivo de ensinar, corrigir. Quando o filho quer fazer um curso, faculdade, e a situação financeira não ajuda, ela sempre tenta dar um jeito, aperta as contas para realizar o sonho daquele a quem tanto ama. Felicidade de mãe é ver o filho feliz. Difícil vermos um amor assim nos dias de hoje, onde as pessoas pensam apenas na própria felicidade em detrimento das outras. E chega o dia em que o filho vai para longe, seja por motivo de trabalho, estudo, ou para formar uma nova família. Mesmo que doa deixá-lo alçar voo sozinho, a mãe

se alegra por vê-lo crescer. Ela sempre estará por perto, mesmo que fisicamente longe. As conquistas já não são vivenciadas tão de perto, o abraço consolador em meio a uma angústia às vezes não é possível, o colo para um choro de frustração torna-se um pouco tardio, mas ela sempre estará ao lado, mesmo que seja pelas lembranças dos momentos vividos, dos conselhos que foram dados ao longo da caminhada ou por meio da tecnologia, com as conversas ao telefone, skype e whatsapp. O valor e a preciosidade de uma mãe não se comparam, não têm limites, é eterno. Mãe não se escolhe, é um presente personalizado. O Pai do céu sabe exatamente o que cada filho precisa e quais caminhos irá trilhar ao longo da vida. Deus escolhe a dedo a mãe que cada filho vai ter. Ele as orienta e, por mais inexperiente que sejam, Ele capacita, derrama sabedoria e amor inigualáveis. Se você

ainda tem a sua mãe, ame, cuide, valorize, proteja, e ouça com atenção os conselhos dela, por mais esperto que se ache. Ela vai errar, sim, pois também é um ser humano pecador, embora às vezes até pareça heroína, mas a conexão dela com o Pai é, literalmente, sobrenatural. Não deixe de valorizar os ensinos e conselhos de sua mãe. E se porventura ela já partiu, lembre-se dela com carinho e viva tudo o que ela ensinou a você nos tempos em que esteve presente fisicamente. E caso você não consiga sentir esse amor vindo de sua mãe, caso sinta-se rejeitado, saiba: Deus também sabe dar colo como de uma mãe. “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” (Is 49.15). Que Deus abençoe você e sua família!


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

Saudades da mamãe

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lgumas datas possuem o poder mágico de fazer reviver na mente lembranças que o tempo não consegue apagar. O Dia das Mães, apesar do fator comercial que o deturpa, é uma delas. Queiramos ou não, todo filho lembra saudoso de sua mãe; dos tempos da infância, onde tudo era lindo e desafiador. O passar dos dias, o contar dos anos, não conseguem apagar da mente o que ali foi gravado. Algumas gravações trazem ruídos. Outras são limpas, sem qualquer interferência. É possível ouvi-las em tempo real. Embora gravadas em outra época, bem diferente da atual, continuam vigentes. Tenho saudades da mamãe; da sua perspicácia e sabedoria na educação de oito filhos. Um pequeno exército

barulhento, mas, jamais descontrolado. Sob seu comando, todos entravam em forma e seguiam a direção proposta. A individualidade de cada filho era respeitada. Não havia preferência por um em detrimento dos outros. Mamãe era pedagoga nata. Jamais frequentou a universidade, tinha a Bíblia como vade-mécum na educação dos filhos. Sua interpretação de texto era literal. A Bíblia dizia que a vara devia ser aplicada no filho desobediente (Provérbios 29.15. “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha sua mãe” (Pv 29.15). Leitura literal e vara literal. Corrigia com amor. Esse era o seu dever de mãe. Não lhe passava pela mente ser envergonhada por um filho. “Leis humanas não alteram os princípios bí-

blicos”, dizia. Todos os filhos experimentaram e sentiram o poder educador da vara. Ninguém cresceu traumatizado. Nenhum filho ficou revoltado, mas todos ficaram agradecidos pela correção no tempo próprio. Mamãe entendia de psicologia. Ela cria que o nosso passado exerce influência no futuro de nossas vidas. Concordava ipsis litteris com o apóstolo Paulo ao escrever Romanos 3.10: “Não há um justo, nem um sequer.” Amava os filhos e os defendia com bravura e amor. Sabia que a natureza humana é má pela herança recebida de Adão. Aqueles meninos e meninas “bonzinhos e obedientes” eram capazes de travessuras, as mais variadas. Nascemos com o estigma do pecado. Crescemos e aprendemos a cometer novas mal-

dades. Somente a Graça de Cristo possibilita mudanças no caráter humano. Não se erradica o mal para sempre, é preciso um caminhar constante sob a direção do Espírito Santo para amenizar a força do pecado. Ela conseguia ver nos semblantes dos filhos os erros cometidos. Corrigia-os. Mamãe era sábia. Emitia conceitos que marcaram a vida dos filhos. No meu primeiro dia de escola, na fazenda, voltei feliz por ter encontrado um cotoco de lápis. Questionado, disse-lhe que o havia achado. Com um sorriso maternal colocou a mão no meu ombro e disse-me: “Filho, ninguém acha nada. Se você o achou, alguém o perdeu. Tem dono. Amanhã você vai procurar o colega que perdeu e devolver. Caso contrário...”.

Consegui encontrar o colega e devolver o resto do lápis. Aprendi a lição. Quando alguém me pergunta o que acho de determinado assunto, respondo: “Tenho uma surra prometida, caso ache algo”. Portanto, não acho. É sim ou não. Após 73 anos continuo ouvindo: “Se você achou, alguém perdeu. Tem dono. Portanto, não acho, e isso me impede de emitir juízos temerários. Ao ver as mães modernas dominadas por bebês chorões, crianças pirracentas que envergonham os pais em público, sinto saudades da mamãe e da vara que usava com maestria. Feliz Dia das Mães! Felicidade maior se sua mãe sabe usar e usa a vara como auxiliar na educação dos filhos. A recompensa é afirmada por Provérbios 29.17.

desobediência à Palavra de Deus. Em contrapartida, há também mulheres que não amam ou não cuidam dos seus filhos. Ou aquelas que não sabem (ou fingem não saber) que, entre os amigos, o seu filho que é a má companhia, como na canção “O meu guri”, de Chico Buarque. Na carta endereçada a Tito, o apóstolo Paulo diz que as mulheres devem amar seus maridos e seus filhos. Aqui, o verbo “amar” é o termo grego “phileoteknos”, dando às mães o ensinamento de que

as mesmas devem “cuidar” de seus filhos, “alimentá-los”, “abraçá-los” com amor e “satisfazer suas necessidades”, entendendo que seus filhos são dádivas do Criador. Deus espera, simplesmente, que as mães amem e cuidem dos seus filhos e que os filhos façam o mesmo por suas mães. Isso deve ser visto como um privilégio. Parabéns às mamães! Que Jesus Cristo continue abençoando a vida de todas. E que Ele sempre esteja presente na relação entre vocês e seus filhos.

O que Deus espera das mães e dos filhos? Edson Landi, pastor, colaborador de OJB “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe.” (Sl 139.13)

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m dos lugares mais extraordinários que existe é o ventre materno. Uma vez que ali é o lugar designado por Deus para o prosseguimento da raça humana. É ali que o milagre da vida acontece: dentro de um ser humano, outro ser

humano é formado. Isso é maravilhoso! Davi, no Salmo 139, além de falar acerca da onisciência e onipresença de Deus, mostra-nos também o Senhor como o nosso Criador. No versículo 13, a expressão “formaste” pode ter outras traduções, como “entreteceste” ou “teceste”. No hebraico é o mesmo verbo usado para o tecelão quando este faz os seus cestos. O salmista fala de um trabalho pessoal, manual, não algo industrial. Podemos crer então que nós não somos produto de linha

de montagem. Fomos feitos por Deus enquanto estávamos no ventre das nossas mães. Valorizar a mãe é enaltecer o amor e o cuidado de Deus para conosco. Infelizmente, há filhos que são causadores de inúmeros sofrimentos às suas mães. Decisões equivocadas e partidas de um coração rebelde são como flechas que ferem gravemente os sentimentos de qualquer progenitora. A Palavra de Deus é clara quando diz que a mãe deve ser honrada (Êxodo 20.12). Desonrar a mãe é estar em


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Modelo de mãe

Francisco Mancebo Reis, pastor, colaborador de OJB

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orre-se o risco de uma subestima a quem possui méritos dignos de apreço e imitação, como é o exemplo da genitora do Senhor Jesus, reconhecidamente virtuosa e agraciada como berço humano do divino Verbo. O que aprendemos com ela? 1. Piedade - Importa aqui seu aspecto religioso: devoção, respeito pelas coisas sagradas. A notícia do anjo sensibilizou seu coração e provocou o mavioso cântico. Vale observar que a “aparência de piedade”, seja no cântico, seja em qualquer outra manifestação da vida cristã, não conta com aprovação bíblica (II Timóteo 2.23), mas a piedade autêntica “para tudo é proveitosa” (I Timóteo 4.8). Como componente da religiosidade em família, incluindo o amor, tem lugar especial na instrução bíblica: “Se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam eles primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar a seus progenitores; porque isso é bom e agradável diante de Deus” (I Tm 5.4). 2. Submissão - “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38). Para uma tarefa de tantas honras como a de ser mãe de Jesus, que vantagem havia nessa submissão? Qual a virgem israelita que não gostaria de estar desposada por José naquelas circunstâncias sobrenaturalmente privilegiadas? (Quanto à dignidade para aquela posição, creio que não era exclusividade de Maria, mas Deus precisava apenas de

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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unca aceitei com naturalidade o segundo domingo de maio como o Dia das Mães, pois entendo que a mãe precisa ser homenageada todo dia. Um filho exemplar, um filho de caráter ilibado é o orgulho de sua mãe, está honrando a sua

uma virgem; como a nomeação de apenas 12 apóstolos não significava que houvesse somente 12 dignos desse privilégio). Ensina-se nas Igrejas que é preciso submissão ao divino querer para o desempenho de qualquer missão cristã, não é assim? Ser um obreiro, por exemplo, é alto privilégio que solicita constante submissão.

3. Humildade - Maria recebeu as honras sem exaltação própria, nem mesmo sintomas de exibição. Exaltou ao Senhor, porque Ele “Atentou na condição humilde de sua serva” (Lc 1.46-48). Considerou-se pequena diante da grandeza do infante que em seu ventre seria formado. “Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes” (Tg 4.6). A sede de poder e de glórias faz sofrer a obra e ofende o dono da obra. Jesus reprovou o fariseu cheio de si próprio (Lucas 18.11-14), mas o pior foi ter que repreender dois discípulos pleiteando lugares de honra (Marcos 10.35-38). Autorretrato afetado. É invulgar e desafiador o padrão de grandeza oferecido aos discípulos, quando queriam saber quem era o maior no Reino de Deus (Mateus 18.1-4). Censuramos as pretensões de antigos imperadores da Roma política e de atuais imperadores da Roma religiosa. Mais estranho, porém, é haver líderes com ambições insaciáveis no meio evangélico.

mãe? “Guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração” (Lc 2.17-19). Atitude parecida se repetiu quando o menino foi encontrado no templo e lhe deu curiosa explicação da aparente desatenção aos pais (Lucas 2.51). Pronunciamentos apressados resultam facilmente em erros. Por meditarmos pouco no que nos envolve, deixamos de acertar na interpretação e nas atitudes assumidas. Proceder sem refletir compromete a idoneidade (Provérbios 19.2). Guardar no coração, como fez Maria (Lucas 2.1951), é policiamento necessário para que a boca não fale apressadamente. Outro aspecto da prudência é o que Paulo coloca para o jovem obreiro Timóteo, aconselhando-o a rejeitar as questões desassisadas (II Tm 2.23). Desassisado é o que não tem siso. Em Provérbios 1.4 e 2.11 é sugerido o siso, que significa juízo, bom senso, prudência, maturidade. Como a sensatez é útil no relacionamento familiar, social e eclesiástico.

4. Prudência - Maria guardou silêncio a respeito do que não entendia. Mediante a palavra divulgada pelos pastores na visita à manjedoura, causando admiração a “todos os que a ouviram”, qual o comportamento daquela

5. Informação - Refiro-me ao conhecimento das Escrituras, cada dia mais necessário aos lares, particularmente às mães como educadoras primeiras e excepcionais. Lucas 1.46, onde começa o cântico de Maria, liga-se a I Samuel 2.1; Salmos 34.2-3; 35.9. Sua familiaridade com o Antigo Testamento enriquece o hino com que ela louva e adora ao Senhor. Lucas 1.49 faz recordar o Salmo 126. O verso 50 identifica-se com o Salmo 103.17. Os versículos 54 e 55 desse memorável cântico informam sobre providências de Deus em favor do povo escolhido. Tem-se atribuído aos versos 51 a 53

mãe. Aliás, é este o conselho do Apóstolo Paulo em Efésios 6.2: “Honra a teu pai e a tua mãe”. Quando olho para as Escrituras Sagradas vejo Maria (mãe de Jesus) como uma mãe exemplar. Ela sempre foi fiel a Deus, entendeu o plano dEle em sua vida e nunca deixou de servir a Cristo. Certa ocasião, Jesus e sua família estavam em um casamento. Em um determinado

momento, sua mãe percebeu que havia acabado o vinho, imediatamente procurou Jesus e explicou a situação. Gosto do verso 5 que diz: “Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2.5). Maria sabia que ela não poderia resolver o problema, ela sabia que a solução não estava em suas mãos, por isso procurou a pessoa certa, no momento certo e na hora certa.

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Quando confiar é difícil onfiar em bons resultados, quando tudo ao redor parece ajudar, é coisa muito fácil, sem grandes envolvimentos. A experiência do rei Davi com o seu Deus lhe ensinou uma postura inusitada: “Ainda que um exército inteiro me cerque, não terei medo. Ainda que os meus inimigos me ataquem, continuarei confiando em Deus” (Sl 27.3). O verbo usado pelo salmista - “continuarei confiando” revela a continuidade de sua experiência. Ele não escreveu –“começarei a confiar”. “Continuar” significa que já houve, no passado de experiências, situações de dificuldade nas

quais Davi decidiu confiar no seu Deus, em vez de no seu exército. Neste passado, apesar da força e da quantidade dos inimigos, depender do Poder de Deus garantiu os resultados construtivos de vitórias. Por causa disso, o salmista raciocinou: se o Senhor já me salvou, não há razão para Ele deixar de me salvar. Testar as promessas de Deus em nossa vida cristã é o caminho da vitória e do bem-estar espiritual. No verso 10, o salmo declara: “Ainda que meu pai e minha mãe me abandonem, o Senhor cuidará de mim”. Deixar de confiar na providência divina é mais impensável e absurdo do que achar que pais amoráveis tenham a coragem de abandonar seu próprio filho. Vale a pena testar o Poder de Deus em nossas vidas. E vale muito a pena o continuar a confiar neste poderoso Senhor.

uma predição de teor revolucionário sob três aspectos: moral (v. 51), social (v. 52) e econômico (v. 53). Até hoje, Cristo revoluciona o mundo com mudanças nesses três níveis, dispensando armas que destroem e usando o poder construtivo do amor. O que dizer da indiferença de crentes ao estudo da Bíblia? Dedicação só à oração e ao louvor?

As cinco virtudes alistadas atestam o caráter da bem-aventurada mãe do Salvador, notável não apenas pela maternidade por “Obra e Graça do Espírito Santo”, mas porque essa ilustre mulher nos contagia com estímulos e exemplos de valor permanente. Ela não pede nem merece culto, mas tornou-se digna de apreço pelas inesquecíveis lições às mães e ao mundo.

Nunca e em nenhum verso da Bíblia temos a orientação para adorar ou venerar Maria, mas temos ordens para adorar a Deus. Maria foi uma mãe exemplar porque nunca quis e glória para si, ela sabia que era preciso obedecer a Jesus. A frase: “Fazei tudo o que ele vos disser” resume como ela entendeu quem era Jesus. Maria, em seu cântico no livro de Lucas 1.46-56, diz:

“Minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador”. Ela adora Jesus como seu Senhor e Salvador. A minha oração e meu desejo é que todas as mães busquem a Jesus Cristo para O servir e O adorar. Siga o exemplo de Maria, que jamais reivindicou a glória para si. Por isso, não tenho receio de dizer que Maria foi uma mãe exemplar.

“Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nisto confiaria.” (Sl 27.3)

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Uma mãe exemplar


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Duas palavras que atraem: mãe e ímã Rogério Araújo (Rofa), jornalista, escritor, diácono da Igreja Batista Neves - São Gonçalo - RJ, colaborador de OJB

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u li no livreto de meditações diárias “Pão Diário” sobre uma professora da 2ª série do Ensino Fundamental

que ensinava sobre o ímã e perguntou: “Meu nome tem três letras. Uma delas é “m” e tenho o acento “til”, pego e ajunto coisas. Quem sou eu?” Ao receber os testes, ela se surpreendeu ao descobrir que quase metade dos alunos respondeu: mãe. E não é verdade que toda mãe “ajunta muitas coisas”,

sendo parecido, em certo sentido, com o ímã que, segundo significado na internet, é “Metal composto por um polo de atração e outro de repulsão, sendo capaz de atrair e repelir outros metais (como o Magneto do filme “X-men”); algo ou alguém que provoca atração”. E essa pessoa não seria a mãe?

Mãe só tem uma

Leila Matos, ministra de Educação Cristã, membro da Igreja Batista Vida em Niterói - RJ Mãe só tem uma E por isso merece todo carinho. Mãe só tem uma Mas é muitas para o seu filhinho. Mãe só tem uma É um milagre de Deus. Mãe só tem uma Que cuida com amor dos filhos seus. Mãe só tem uma A Deus quero louvar Pela minha mãe Que a Bíblia soube me ensinar. Mãe só tem uma Fruto do cuidado do Deus criador. Obrigada mamãe Por todo seu amor. Mãe só tem uma Mas faz de tudo um pouco e muito além Que Deus continue a abençoá-la Hoje e para sempre, amém!

Toda mãe tem o dom de ajuntar sim. Não somente objetos espalhados pela casa, mas bem mais que isso: atrai a família, dando amor, carinho e compreensão. Dá conselhos e apoio que os filhos precisam, seja em que idade estiverem. Quando criança, cuida da doença; quando adulto, sempre dá um toque de esperança.

Atrai com seu abraço gostoso e único, que derrete até gelo do coração. E provoca lágrimas quando Deus a chama e não mais está presente na vida do filho fisicamente, mas apenas no coração eternamente. “Honre a teu pai e a tua mãe, como o Senhor, teu Deus, te ordenou” (Dt 5.16).

Mãe Zeli Bertassoni Rende, membro da Igreja Batista Serrana Teresópolis - RJ Mãe de filho pequeno. Fraldas, cólicas, pediatra. Banho de sol, parquinho, comidinhas, Noites mal dormidas, dias sem descanso. Maternal, jardim, CA, Já está a terminar. Amigos, festinhas, Deveres de casa, natação E preguiça de acordar. Mãe de adolescente, criança crescida. Teimosia, gritaria, mal humor. Mau criação, te magoa, Mas volta logo: mamãe, me perdoa? Mãe de filho pequeno. Fraldas, cólicas, pediatra Banho de sol, parquinho, comidinhas, Noites mal dormida, dias sem descanso. E o que mais? Sorrisos, olhares e sinais. Lágrimas, amor e esperança. És mãe especial de uma especial criança.


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Dia das Mães

Ivone Boechat, membro da Igreja Batista Itacuruçá - RJ

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orque a humanidade não soube ou não teve tempo de se preparar emocionalmente, agora está sendo bombardeada com as ferramentas da informação criadas por ela mesma. A Internet abriu espaço para bilhões de internautas se comunicarem, mas comunicar o quê? Massacres, tufões, vulcões, “disse-me-disse”, corrupção, vendavais, catástrofes, mentiras, muitas mentiras, tudo em tempo real. Analfabetos funcionais estão eufóricos e criaram a linguagem do analfabetismo virtual. Aumentou a responsabilidade das mães. Hoje, muito mais do que outrora, as mães carregam nos braços, empresas e filhos. Bebês de fraldas, mochila e agenda estão matriculados nas escolas, porém, a maioria delas não se preparou ainda para receber e educar essa precocidade toda. A criança chega ao recinto escolar com uma experiência traumática de 6 mil horas de TV violenta. Criança é criança, ela quer ouvir histórias, brincar de roda, soltar pipas, mas dá de cara com uma sala de informática, porque dá status,

os empresários da educação entenderam assim. Os pimpolhos disparam na direção do iPad, laptop e tablet. A educação, ah! essa sim, engatinha. Quem poderá orientar os pais para as crianças não se encantarem tanto assim com os chocalhos da violência? Só a educação! Não temos como acabar com a violência, mas podemos ensinar a rejeitá-la. O número dos que apreciam aumentou. Sobrou para as mães, muitas vezes, sozinhas, sem ter os avós para auxiliá-las nas tarefas, como antigamente. Vovó e vovô estão nas faculdades fazendo um curso novo, para não saírem da roda da concorrência e, assim, conseguir recursos para continuar a ajudar os filhos, netos, sobrinhos, mãe e avó. Tempo e amor têm que ter qualidade total. Qual é o perfil da mãe neste novo tempo? Pessimismo? Nem pensar! Em casa, os filhos precisam aprender a reagir positivamente, frente às pressões sociais. A mãe deve se preparar para lutar, ombro a ombro, fora de casa, sem se esquecer das funções sagradas no lar! Sim, bem usado, o computador é uma bênção, só não pode ditar as regras. Os filhos precisam de

um pulso forte para estabelecer a disciplina no uso da informação. E aí se pergunta: cadê a mãe? Mãe, receba o reconhecimento desta sociedade antenada, blogada, conectada, tuitada, classificada e carimbada como era da metainformação. No texto sagrado, a mãe virtuosa é relevante e “o seu valor excede ao de muitas joias preciosas”.

Se eu tivesse mãe

Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista Itacuruçá - RJ “Meu filho, cuidado quando for atravessar a rua” - minha mãe. “O amor jamais acaba” - Paulo (I Co 13.8).

Se eu tivesse mãe, Em algum suporte seguro, bem seguro Seus conselhos a mim em prata gravaria Seus gestos em meu favor registraria Seus sorrisos largos em uma imagem congelaria Aos seus abraços todos certamente corresponderia Para durar pelas gerações Aqueles livros com que me presenteou eu encadernaria Aquelas roupas que ela costurou para mim eu plastificaria Aqueles sapatos que me comprou a prestações eu manteria Quem escreveu as verda- Aqueles pratos especialmente feitos para mim eu fossilizaria des abaixo, teve uma espe- Como resposta de gratidão cial inspiração: Os cantos com que me ninava nas noites eu cantaria Os versículos bíblicos de sua escolha eu memorizaria “Para ensinar a andar, pode As lições que fez comigo para me ajudar eu desencavaria ser qualquer pessoa, Os bilhetes com que puxou minhas orelhas eu celebraria para ensinar por onde Para não perder um segundo de sua companhia andar, E sorver todos os néctares de sua simples sabedoria - a mãe. Todos os dias que conseguisse eu a veria Todos os momentos que pudesse eu a abraçaria Para ensinar a falar, pode Todas as vezes que quisesse eu a beijaria ser qualquer um, Uma vez por semana, pelo menos, com ela almoçaria para falar com sabedoria, Todas as noites ao seu lado em oração me ajoelharia - a mãe. Se eu tivesse mãe? Eu tenho mãe, só que agora apenas guardada Para ensinar a abraçar, pode No corpo da minha memória, ser qualquer amigo, Porque seu corpo habita na mente empoeirada para ensinar a sinceridade, Mas não, não a sua bem viva história, - a mãe! Carinhosamente registrada. Ainda ouço sua voz me aconselhando, Para ensinar a orar, pode ser Suas mãos me alimentando, qualquer pessoa, Seus olhos me acompanhando, para ensinar a confiar em Seus sonhos para mim me embalando. Deus, Tendo partido, não partirá. - a mãe”. Para sempre em mim ficará Porque o amor jamais acabará.


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missões nacionais

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Nova base missionária em Petrolina - PE é resposta de oração para cristãos que viviam a 30 Km de distância da Igreja

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eus tem feito grandes coisas no sertão nordestino! O missionário pastor Rafael Lucchiari relatou recentemente como foi iniciada uma nova base missionária no interior da cidade de Petrolina - PE. “De sol a sol, incansavelmente, temos percorrido povoados, comunidades, pequenos vilarejos, onde a escassez de água, de saneamento básico, saúde, educação é bem visível. Porém, diante de um cenário tão triste e de uma realidade tão chocante, encontramos um povo amado

por Deus e que tem sido alvo de Sua misericórdia e amor. Encontramos o típico sertanejo, trabalhador, esforçado, sempre com um sorriso no rosto e pronto para ouvir a mensagem da Cruz”, contou o pastor Rafael. E foi assim que ocorreu na nova base missionária em um povoado do Sertão de Petrolina - PE. Maria do Carmo, uma discípula de Jesus, voltada à oração e comprometida com o Evangelho, era líder de uma comunidade de cerca de 120 moradores, a 50 Km da cidade. A Igreja Batista mais próxima daquela comunidade ficava a

30 Km, o que dificultava para ela e para os demais moradores da comunidade congregar e ter a oportunidade de adorar a Deus em comunhão com demais irmãos. Há tempos ela orava para que Deus enviasse missionários Batistas para aquele povoado. Um certo dia, em que ela clamou a Deus com mais duas irmãs, elas foram atendidas. Em pouco tempo, Deus foi usando o pastor Rafael para fazer discípulos e formar líderes naquela localidade. comunidade e hoje, para a Treze irmãos já foram baGlória de Deus, uma Igreja tizados, líderes têm sido está sendo plantada naquela treinados e vidas têm sido

transformadas pelo Poder e Amor de Deus. Vale a pena clamar ao Senhor e investir no avanço do Reino!

Programa Seja Luz retorna em 2017 mais dinâmico e interativo

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Junta de Missões Nacionais não tem medido esforços e investimentos para compartilhar as maravilhas que Deus tem operado nos campos missionários e o número de pessoas que tiveram as vidas transformadas através dos nossos projetos e da permissão do Senhor. Foi com esse propósito que Missões Nacionais lançou, em 2012, o programa “Seja Luz”, que retorna em 2017, reformulado e com novas atrações. A nova temporada está prevista para entrar no ar no

fim do mês de maio e terá um formato mais dinâmico, interativo e moderno, com divulgação exclusiva pelas nossas redes sociais. O di-

retor executivo, pastor Fernando Brandão, irá dialogar diretamente com as Igrejas, os parceiros, intercessores, vocacionados e voluntários

que participam ativamente da grande comissão. Um novo estúdio foi montado com equipamentos de ponta na sede administrativa, na cidade do Rio de Janeiro, para registrar e divulgar com qualidade e excelência as atividades e projetos que têm contribuído com a expansão do Reino de Deus. Cada um dos investimentos reforça um dos nossos principais valores institucionais: ética, transparência e integridade, que agora retornam de forma ainda mais acessível para os Batistas e lares brasileiros. Toda semana, sempre

às terças-feiras, às 21h, vamos levar até você um pouco de tudo que acontece no avanço da obra de Missões Nacionais. Como certeza, você vai ser inspirado a conhecer, se envolver e promover todas as maravilhas que Deus tem realizado, nunca esquecendo de que o chamado é para todos nós! Você pode acompanhar a estreia através da página do Facebook da Junta de Missões Nacionais e do nosso canal no YouTube, onde o programa será veiculado. Aproveite para se inscrever e receber um aviso assim que a primeira edição for ao ar!


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Anunciando o Reino com o Poder de Deus 94a Assembleia Anual da UFMBB

através da UFMBB. Sua trajetória ficou registrada em um vídeo apresentado como homenagem pelo tempo que passou liderando as mulheres batistas do Brasil. Mas sua missão não acabou, pois o d i a 1 9 d e ela nunca acaba até que Ele Abril de 2017, venha! Assim, a UFMBB lhe mais de 1.500 designou para uma missão – mulheres cristãs em missão, representando 32 UFMB Estaduais chegaram a Belém, no estado do Pará, Região Norte do Brasil, para participar da 94ª Assembleia Geral da UFMBB, que foi realizada no Centro de Convenções da Amazônia. Foi uma Assembleia inesquecível, repleta de momentos marcantes e emotivos. Somos gratas ao Senhor, pois você faz parte dessa história. Aildes Pereira Secretária de Promoção UFMBB Lis Ruama Estagiária UFMBB

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Na abertura da Assembleia, a presidente da UFMBB, Neusa Maria Resende Soares, convocou todas as presidentes e executivas presentes das UF estaduais, para receberem flores em gratidão pelo serviço realizado para o Rei no Reino. As flores entregues, de diferentes características e cores, simbolizaram a diversidade do grupo e revelaram a importância do trabalho em equipe realizado em unidade, pois as flores, quando unidas, formam um lindo buquê e exalam uma doce fragrância. Assim é o trabalho das líderes em seus estados: juntas são mais fortes. A 94ª Assembleia Geral da UFMBB foi a última sob a direção da até então Diretora Executiva, Lucia Margarida Pereira de Brito. Lucia serviu ao Senhor durante 32 anos

Ir à Índia e entregar bonecas missionárias para as crianças atendidas pelos projetos da Junta de Missões Mundiais. Ela embarcará junto com as bonecas MEMIS em novembro deste ano.

Pereira da Silva González tomou posse como nova diretora executiva da União Feminina Missionária Batista do Brasil. Marli é casada com o pastor Victor Alexis González e mãe de Samuel Alejandro González (4). A família Imediatamente após a ho- completa-se com seus dois menagem, Marli de Fátima enteados, Manoel Alexander

González (20) e Daniel Alonso González (18). Natural de Francisco de Sá, interior de Minas Gerais, nascida em 24 de agosto de 1970, teve sua experiência de conversão e chamada missionária na organização Mensageiras do Rei. Funcionária da UFMBB desde 2004, passando pelos cargos de Auxiliar de romoção e Coordenadora de Cursos, Marli hoje é mestranda em Missiologia pelo CIEM. A assembleia destacou ainda as duas escolas batistas vinculadas a UFMBB: CIEM e SEC. A Dra. Maria Bernadete da Silva, reitora do CIEM, ressaltou o valor da educação cristã missionária para a formação dos vocacionados. O SEC, através de sua reitora, Profa. Solange Maria Ribeiro de Araújo, celebrou o primeiro Centenário desta casa que forma vocacionados. No encerramento, após a pregação proferida por Neusa, todas as mulheres presentes participaram do momento de colagem do adesivo de dizia: “Você foi selado” enquanto recitavam Efésios 1. 13 e 14: “Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória”. Foi com base nesta promessa que a reunião chegou ao fim, na certeza que Deus conduzirá os passos desta instituição.


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UFMBB realiza painel para apresentação de nova Proposta Educacional Além disso, foram apresentadas as motivações que levaram a UFMBB a elaborar uma proposta de ensino o dia 4 de abril atualizada para este tempo. de 2017, a UFMBB rece- Após a apresentação, rebeu pastores, alizada por Marli Pereira educadores e da Silva González, atual líderes para um painel de diretora executiva, e Raquel apresentação de sua nova Zarnotti dos Santos, da equiproposta educacional pa- pe de Redação da UFMBB, ra mulheres. A atividade os participantes tiveram a ocorreu na capela do Centro oportunidade de esclarecer Integrado de Educação e dúvidas. Os questionamenMissões (CIEM), no Rio de tos foram respondidos pela Janeiro, RJ, e reuniu mais de equipe da UFMBB. 200 participantes. Além do painel, a UFMBB O público conheceu em de- tem divulgado amplamente talhes a proposta de Mulher sua nova proposta educaCristã em Missão, os perfis cional para mulheres, por de cada um dos grupos es- meio de sua literatura e em pecíficos que compõem a or- capacitações nos mais diverganização – Jovem, Singular, sos campos do Brasil. Para Mãe e Plena, e a dinâmica conhecer a proposta, acesse de trabalho na igreja local. ufmbb.org.br/novaproposta. Raquel Zarnotti dos Santos Redatora, UFMBB

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Área de Educação Cristã segue capacitando lideranças em Pernambuco Foto: Acom CBPE

Acom CBPE

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Convenção Batista de Pernambuco, através da Área de Desenvolvimento de Educação Cristã (ADEC), realizou no dia 08 de abril de 2017, o Encontro Pedagógico - Capacitando líderes para uma ação estratégica, Região Metropolitana. A capacitação aconteceu no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) e contou com grupos para “Professores de crianças entre 0 e 4 anos, 5 e 6 anos, 7 e 8 anos, 9 aos 12 anos”; “Adolescentes”; “Jovens”;

Alunos se capacitaram em diversos grupos, abrangendo todas as idades

“Adultos” e “Terceira Idade”; “Elaboração de Projeto Pedagógico para Secretários e Coordenadores da EBD”; “Líderes de Pequenos Grupos

Multiplicadores (PGMs)”; “Capacitação para líderes do Ministério Infantil (Realização de EBFs; Sugestão de Culto Infantil; Campanha de

Missões Estaduais 2017)”; “Promotores de Missões”; “Comunicação na Igreja” e “Ministério com Surdos”. Ao todo, 305 participantes de 46 Igrejas e Congregações e 15 Associações Batistas estiveram presentes. Ubiratan Costa, da Igreja Batista Memorial Jardim Paulista, participou da “Capacitação para Terceira Idade” e achou “Uma inciativa bastante prodigiosa”, que “Pode ajudar bastante as Igrejas a desenvolverem o trabalho da EBD”. Já Elienai Almeida, da Primeira Igreja Batista Sirinhaém, que esteve em “Adolescentes” e “Culto Infantil”,

informou que já é a segunda participação no Encontro Pedagógico e revela que “A maneira de trabalhar é diferente. Eu acho muito importante que a Convenção esteja aqui capacitando os líderes”. Elaine Cristina Gomes, da Primeira Igreja Batista Rosário, no Cabo de Santo Agostinho, fez “Culto Infantil” e “Elaboração e gestão do Projeto Pedagógico para a Igreja” e conclui que a iniciativa é “Importante para o crescimento das Igrejas, trazendo uma nova visão, ajustando o programa de forma que as Igrejas estão entendendo como trabalhar melhor”.

Associação de Educadores Cariocas realiza Simpósio de Educação Cristã Priscila Mariano da Silva Mota, educadora religiosa, membro da Igreja Batista Nova Canaã - RJ, presidente da AERCBC

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s educadores religiosos e os envolvidos com a obra missionária estão inquietos pelo esvaziamento, e até esgotamento dos espaços educacionais para o ensino missionário que era promovido pelas Escolas Missionárias nas Igrejas, que foram substituídos por outras ações em busca de uma modernização. Para sair da preocupação passiva e iniciar uma discussão que nos conduza à prática reflexiva desta questão, a Associação de Educadores Religiosos Batistas Cariocas (AERBC) realizou em março o Simpósio de Educação Cristã Missionária, na Primeira Igreja Batista de Jacarepaguá - RJ, com o tema “Educação Cristã: a construção de espaços que possibilitem a prática da evangelização”, operacionalizando a proposta do Plano Diretor da Educação Religiosa (PDER), que apresenta a necessidade de um projeto educacional que considere as diversidades no contexto Batista brasileiro, evitando a

Educadores falaram a respeito do espaço dado ao ensino missionário

oferta conteudista, contemplando, dentre outros fatores, a ação missionária através de um currículo de educação missionária que possibilite o conhecimento e a prática do testemunho e evangelização. No painel sobre Ministério Comunitário, a educadora e assistente social Dulce Helena da Silva Mota (IB Vila Nova - Nova Iguaçu), destacou a realidade do nosso país de contrastes sociais que desafiam a Igreja à ações práticas que amenizam os conflitos sociais, exigindo uma pregação concreta do Evangelho, atendendo o ide e construindo valores que transformem a realidade da comunidade que a cerca, não alimentando a cultura da pobreza. Atendendo o indivíduo não só pelo socorro imediato

da pobreza (assistencialismo), mas permitindo a mudança da condição financeira e espiritual do indivíduo (ação social). No painel sobre despertamento e preparo de vocacionados, Raquel Brum Zarnotti dos Santos (UFMBB), nos direcionou a um olhar cuidadoso sobre o que é ultrapassado e o que precisa mesmo ser reformulado, referindo-se a nossa perspectiva sobre as organizações missionárias. Destacou que “O compromisso do crente com a evangelização e o Evangelho dependem da construção processual do conhecimento missiológico”, considerando quais os espaços para esse conhecimento missiológico em nossas Igrejas, e a necessidade de ir além dos momentos missionários para

Evento aconteceu na PIB em Jacarepaguá - RJ

despertar um coração disposto a vivenciar missões. Precisamos perceber a dificuldade gerada por essa “busca pelo novo” que nos fez perder o ambiente de ensino missionário e reformular nossas metodologias, a exemplo da UFMBB, que se adequou para alcançar as mulheres contemporâneas sem abandonar o ensino missionário. E, por fim, no painel sobre investimento nos vocacionados, o pastor Ulisses Souza Torres (coordenador de Missões Rio) encerrou fazendo o destaque para a prática do relacionamento que possibilita a motivação de vocacionados para uma vida que testemunhe do Amor de Deus expresso através da Igreja, demonstrado pela compaixão com os

de fora, sem descuidar dos de dentro. Encerrou este Simpósio refletindo sobre nosso amor pela Igreja e o reconhecimento do que ela é capaz de fazer na realidade da nossa sociedade quando é ensinada a amar a Deus e é estimulada a realizar a obra missionária, demonstrando sua preocupação com o próximo. O retorno à prática de ensino missionário terá que ser lento e com um senso crítico mais consistente para que não percamos de vez a visão dos espaços ainda existentes e suas possibilidades de construção da vocação missionária. Que a educação cristã considere as diversidades contextuais, como realmente deve ser, sem esquecer a relevância da educação missionária.


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missões mundiais

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Vocare: na missão de Deus Redação de Missões Mundiais

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terceira edição do Vocare reuniu mais de 1.500 jovens de todo o Brasil entre os dias 21 e 23 de abril, na Unicesumar, em Maringá-PR. E Missões Mundiais estava presente com uma equipe liderada pela missionária Analzira Nascimento, uma das principais palestrantes deste movimento, organizado pela Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) e voltado para jovens com idade entre 16 e 26 anos. O objetivo do Vocare é mobilizar e conectar a juventude cristã na missão de Deus, encorajando-a a descobrir seu chamado e aproximando-a das oportunidades de serviço que Deus tem dado à Igreja brasileira. O evento reúne organizações, agências missionárias e ministérios com trabalho efetivo em diversos lugares do Brasil e do mundo, nas mais diferentes áreas de atuação. Essas entidades levam a sério a experiência espi-

Analzira Nascimento durante uma das plenárias do Vocare

Analzira Nascimento ministrou uma das oficinas do Vocare

ritual do chamado de Deus encorajando a juventude a cumprir o Ide de Cristo em seu ambiente de estudo, trabalho ou, especificamente, em um campo missionário transcultural. O Vocare contou com mais de 40 oficinas sobre temas variados, palestras, painéis de discussão, reflexões, experiências que permitiram aos jovens vocacionados fazer conexões reais com oportunidades de serviço cristão.

Com preleções, pequenos grupos, Hangout (conversas individuais com gente sábia), Connect (exposições de serviços missionários) e muito mais, o Vocare é uma experiência de encontros com Deus, com gente experiente e com pessoas da mesma idade, que possuem os mesmos sonhos, convicções, além da oportunidade de se unir para glorificar a Deus. Oferece também ao participante uma vivência do campo missio-

nário de um jeito dinâmico, apresentando contextos e realidades diferentes das vividas no Brasil. Missões Mundiais não ficou de fora deste movimento e com a participação de Analzira Nascimento, missionária coordenadora do Com.Vocação e uma das mentoras do evento, também responsável pelo Hangout e palestrante em uma das oficinas. Analzira falou sobre vocação e resiliência, contando um pouco

de sua história na Angola, onde atuou por 17 anos durante a guerra. Ela pôde então passar sua experiência e com muito respaldo falar sobre o tema. Analzira também fez um link entre a vocação que temos e o poder de voltarmos ao nosso estado original (resiliência) mesmo depois de passar por situações que não são confortáveis. Como ela mesma diz, todos somos vocacionados e, por isso, temos que ser flexíveis às mudanças para que, como agentes de Deus, possamos levar o Amor de Jesus ao mundo. Missões Mundiais se fez presente também com um estande, podendo levar ao jovem o conceito de entrega. Nesse caso, a entrega de seu tempo como resposta de Deus às Nações. Em nosso estande, os jovens puderam encontrar alguns dos projetos destinados a sua vocação. Foi apresentado o Programa Radical, o Voluntários Sem Fronteiras e o Com.Vocação. Todos com focos diferentes, mas com o objetivo de alcançar os povos para a Glória de Deus.

Planejamento da Igreja local para crescer Anatoliy Shmilikhovskyy – Missionário especial na Ucrânia

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o último mês, nos dedicamos mais ao trabalho local em nossa cidade, Lviv, no oeste da Ucrânia. A Igreja Batista Transformação, da qual fazemos parte da liderança, tem passado por mudanças. Sentimos que chegamos a certo ponto no qual, se não tomarmos certas decisões, o crescimento e a dinâmica podem parar. Nos últimos anos tivemos uma média de dez batismos por ano, o que é bastante razoável em nosso contexto. Há várias melhorias no trabalho social, infantil e no ministério com jovens. Aos

poucos, a Igreja começou a aprender a orar por missões, especificamente pelos países da Janela 10/40. Porém, queremos ir além, pois sentimos que podemos fazer mais para o Reino de Deus nesta região. Pela primeira vez em nossa comunidade de fé, nós sentamos e começamos a fazer um planejamento estratégico para os próximos cinco a dez anos. Percebi que, no contexto pós-soviético, essa é uma tarefa nada fácil. O povo não se acostumou a pensar estrategicamente, e toda tentativa de fazer certo planejamento é encarada como possível invasão ao trabalho exclusivo do Espírito Santo. Mas Deus tem levantado as pessoas certas e estimulado no coração da

Anatoliy Shmilikhovskyy fala a jovens de Lviv, Ucrânia

Igreja o desejo de viver um despertamento espiritual. Aos poucos, começamos a trabalhar a visão da Igreja, a estratégia, os valores e os propósitos. Começamos a analisar os pontos fortes e

fracos, e, com isso, começamos a também fazer uma mudança apropriada na estrutura da Igreja. Confesso que não tem sido fácil, pois temos encarado certa oposição, o que aceitamos como algo óbvio. Aquilo que na Igreja brasileira se faz com naturalidade, aqui se exige muito esforço. Também levamos dez importantes pessoas na Igreja para passar uma noite nas montanhas, somente para orar, adorar a Deus e fazer uma avaliação do nosso ministério. Por isso digo que estamos vivendo um momento crucial na vida da Igreja. Pessoalmente, encaro esta tarefa como um desafio antes de poder partir para a abertura da nova Igreja. Por favor, ore pela IB

Transformação e pela nossa missão de mudar a nós mesmos, para poder mudar o mundo! Também, no último mês, eu tive a possibilidade de trabalhar com a liderança da juventude do estado onde fica Lviv, e ali pude perceber certo mover de Deus na vida dos jovens. A guerra que a Ucrânia ainda vive em sua fronteira com a Rússia tem levado o povo a repensar os valores da Igreja e do Reino de Deus. Além do trabalho com refugiados - ajuda humanitária que é feita com regularidade -, uma das principais ênfases é dada à mudança da relação de cada jovem com a Palavra de Deus. Justamente na Bíblia é que se deve buscar orientação.


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notícias do brasil batista

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Primeira Igreja Batista em Piúma - ES completa 52 anos Junnia Rodrigues, comunicação PIB Piúma - ES

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Primeira Igreja Batista em Piúma - ES vivenciou dias de festa para celebrar os 52 anos de atuação na cidade. O cantor Fernandinho esteve presente em um dos dias de comemoração junto a muitas pessoas que compareceram para prestigiar o aniversário. A PIB Piúma realizou dois dias de celebração para agradecer a Deus pelos seus anos de existência. O dia 17/04 reuniu cerca de duas mil pessoas que cantaram e adoraram com o Fernandinho, um dos principais cantores evangélicos da atualidade, que possui 16 anos de carreira e 10 CDs gravados. Nenhuma Igreja do sul do Espírito Santo havia recebido o cantor, por isso, muitas pessoas de toda a região estiveram presentes. Entre eles, Yan

Rocha, membro da Primeira Igreja Batista em Itaipava, que comenta a sua percepção sobre o evento: “Já tive oportunidade de ver vários shows do Fernandinho, mas o que aconteceu naquele dia não foi apenas um show, mas sim um culto, embora tivesse um grande público. Achei muito legal a organização do evento. Havia pessoas instruídas para receber aqueles que estavam chegando, desde o estacionamento até a ajuda para se acomodar, ir ao banheiro e beber água. Apesar de ter muita gente, não tive dificuldade de me acomodar e nem de sair. O evento foi muito bom. Quero parabenizar a PIB Piúma pela coragem de fazer uma programação tão grande e que tem um impacto de forma geral na comunidade e nos municípios vizinhos”. A ideia da programação era fazer uma linda festa para agra-

Fernandinho foi uma das atrações da programação

decer a Deus pelas bênçãos recebidas nesses 52 anos de existência e poder abençoar a vida de muitas pessoas. Marileide Miranda, membro da PIB Piúma transmite o sentimento dos irmãos da Igreja: “Para mim, como membro desta Igreja, foi um momento muito especial ter recebido o cantor Fernandinho na PIB Piúma. Nós pudemos sentir o cuidado e o agir de Deus em

nossa Igreja. Eu amei! Eu fui abençoada!”. Havia um ambiente de adoração a Deus no local, e além de cantar, Fernandinho pôde compartilhar uma palavra evangelística com o fim de levar outras vidas a firmarem um compromisso com Jesus. No dia 23/04, a festa continuou. Uma atmosfera de gratidão e alegria preenchia o local e apresentações de

dança e música e abrilhantavam a ocasião. Como em todo aniversário, teve bolo e “parabéns” para marcar essa data especial. O pastor Edson Cunha, pastor sênior da PIB Piúma, ressaltou a atuação de Deus nesses dias de celebração: “O aniversário da nossa Igreja teve dois aspectos vivenciados: foi uma festa extraordinária de comunhão e alegria, mas também de nível sobrenatural no aspecto espiritual. Deus, na Sua infinita bondade, derramou sobre nós a sua abundante chuva de bênçãos”. Após o sucesso das programações há uma expectativa daquilo que Deus ainda fará neste e nos demais. O sentimento presente no corpo de liderança da Igreja é que a PIB Piúma impacte e abençoe muitas vidas levando uma mensagem de salvação e esperança à luz da Palavra de Deus.

Bahia realiza mais uma edição do Congresso Regional Multiplique

Lidiane Ferreira, Gerência de Comunicação e Marketing da Convenção Batista Baiana

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om mais de 500 participantes por plenária, o Congresso Regional Multiplique marcou a Bahia Batista. O evento, realizado pela Convenção Batista Baiana (CBBA) e a Junta de Missões Nacionais, foi realizado de 07 a 09 de abril, na Igreja Batista Filadélfia, em Salvador-BA. O movimento de Igreja Multiplicadora tem feito os Batistas brasileiros voltarem aos princípios, àquilo que é realmente o centro da missão da Igreja: fazer e multiplicar discípulos de Jesus Cristo. Por isso, a CBBA tem vivenciado cada vez mais essa visão, inclusive com a promoção do Congresso, que contou com 67 Igrejas representadas, de 28 cidades da Bahia e com 308 inscritos, além de representantes de Recife-PE e Aracaju-SE. Esse

Mais de 500 pessoas participaram das plenárias

alinhamento se confirma também pelo tema da Campanha de Missões Estaduais 2017 da CBBA: “Multiplicando Discípulos”, bem como a realização da 94ª Assembleia Anual da CBBA, em Itamaraju-BA, que abordará a visão de Igreja Multiplicadora, em parceria com a Junta de Missões Nacionais (JMN). Ainda nesta direção, a CBBA decidiu, em Diretoria e Conselho Geral, que a visão de IM será norteadora das ações missionárias, evangelísticas e discipuladoras que adotará.

Desta maneira, toda a equipe do escritório, missionários e liderança de Associações Regionais de Igrejas têm assimilado esta visão. A programação foi dividida em três blocos: as plenárias, com mensagens dos pastores Márcio Tunala (Igreja Batista Bacacheri, em Curitiba-PR), pastor Roosevelt Arantes (JMN-RJ) e pastor Matheus Guerra (Igreja Batista da Pituba, em Salvador-BA, 1º vice-presidente da CBBA), versando sobre os temas “Liderando a visão de Deus nes-

ta Geração” (tema do evento); “A Agenda do Líder”; “Transformando membros em líderes”; “Erros que um líder não pode cometer” e “Um Conselho de Deus”. Houve também painéis com os preletores citados e mediação do pastor Erivaldo Barros, secretário-geral da CBBA, acerca dos temas “O RD na Multiplicação da Liderança” e “08 Hábitos de um líder eficaz de Pequenos Grupos Multiplicadores”. O terceiro bloco foram as oficinas, com os já citados pastor Márcio Tunala (Pequeno Grupo Multiplicador) e pastor Roosevelt Arantes (Raízes - Elementos do Relacionamento Discipulador), além de Dilana Veiga – Primeira Igreja Batista Ibicuí-BA (PGM Infantil), Meg Matos - Gerente de Educação Cristã da CBBA (Escola Bíblica Discipuladora) e pastor Raphael Scotelaro - coordenador da Cristolândia Bahia (Projeto Viver). A participação musical ficou por conta do cantor Ed-

son Levi, da Primeira Igreja Batista Jequié e do ministério de louvor da Igreja Batista Filadélfia, além da participação do coral da Cristolândia Bahia, que emocionou os presentes com testemunhos de fé e restauração de vidas. “Foi uma grande benção, graças a Deus! A Bahia Batista está alinhada com a Junta de Missões Nacionais na multiplicação de discípulos! Agradecemos a Deus pela realização deste Congresso, à Igreja Batista Filadélfia e ao pastor Jorge Bezerra pelo modo maravilhoso como nos hospedou, a todas as equipes de trabalho da Igreja, a equipe da CBBA pela dedicação e garra de sempre, pelos voluntários de Missões Nacionais, pelos preletores, pela parceria com a JMN, pelos congressistas das Igrejas da Bahia e de outros estados e pelo apoio da diretoria e de toda liderança da Convenção Batista Baiana. Louvado seja o Senhor!”, salientou o pastor Erivaldo Barros, secretário-geral da CBBA.


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ponto de vista

A Graça de Deus nos ensina “Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens e ensinando-nos para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos neste mundo de maneira sóbria, justa e piedosa.” (Tt 2.11-12)

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Graça de Deus se manifestou plenamente na Pessoa e Obra do Senhor Jesus Cristo. Ele veio buscar e salvar o perdido (Lucas 19.10). A graça trouxe salvação (ato), santificação (processo) e glorificação (consumação e perfeição em Cristo). A Graça de Deus nos salvou em Cristo, com o objetivo de renunciarmos à impiedade ou injustiça e às paixões mundanas, e assim vivermos neste mundo (que jaz no maligno - I João 5.19),

de maneira sóbria, justa e piedosa. Sabemos que a sobriedade, a justiça e a piedade estão em Cristo Jesus. Portanto, a graça nos ensina a caminhar na contramão do mundo, vivendo uma vida de santificação sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12.14). A Graça de Deus é uma pedagoga muito eficaz e eficiente. Ela traz a revelação do Amor e da Justiça de Deus em Cristo Jesus. O Espírito Santo revela a graça que se fez carne e habitou entre nós (João 1.14). O ministério fundamental do Espírito Santo é revelar toda a vontade de Deus em Cristo Jesus. O Espírito Santo revela ao homem perdido a suficiência da Obra de Cristo para que ele seja salvo (Efésios 2.8-10). A salvação pela graça é mérito unicamente

de Cristo; não há nenhuma obra humana que ajude a salvação. Toda a iniciativa para salvar o homem partiu de Deus, o Pai, Autor da nossa salvação (II Coríntios 5.18-20). A Graça de Deus nos ensina que somos inabilitados plenamente, por nós mesmos, para a salvação. Foi Deus quem nos atraiu em Seu amor incomparável. Fomos trazidos por Deus à experiência da salvação. O Senhor nos presenteou com a fé (ela é um dom - Eféios 2.8-9) para crermos na Obra de Cristo na cruz e na ressurreição. Pela Graça de Deus, aqueles que estão em Cristo são novas criaturas, pois as coisas velhas já passaram, e tudo se tornou novo (II Coríntios 5.17). A Graça de Deus nos traz tudo novo em Cristo Jesus.

A Graça de Deus é impressionante, pois ela nos atrai, salva, educa, prepara-nos para viver sabiamente neste mundo perverso e tenebroso. Somos desafiados a vivermos uma vida de testemunho do Evangelho (Atos 1.8). Devemos, todos os dias, marcar a nossa presença de maneira sóbria, justa e piedosa. Os Santos de Deus são homens e mulheres lavados, redimidos no Sangue de Cristo, prontos a darem a sua publica profissão de fé. Somos cristãos pela Graça de Deus que salva e que santifica, que nos habilita a vivermos uma vida semelhante à de Cristo. A relevância da Obra do Senhor nos torna relevantes como crentes neste mundo. A Graça de Deus salvadora nos educa para a esperança concretizada pela obra

consumada de Cristo em nossa história e na História. O Verbo que se fez carne entrou em nossa história e deu sentido e direção às nossas vidas. A Glória de Cristo é a glória do nosso testemunho contundente neste mundo. Somos chamados a vivermos uma vida consagrada a Deus como um culto lógico ou racional (Romanos 12.1-2). A nossa conformidade com Cristo levou-nos à inconformidade em relação ao mundo. Pela Graça de Deus, agora é Cristo em nós, a esperança da glória (Colossenses 1.27). Cristo agora é tudo em nós (Colossenses 3.11). Somos filhos de Deus, vivendo sempre debaixo da Sua graça, com o objetivo de transformar o mundo. Bendita graça salvadora, educadora e transformadora!


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ponto de vista

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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

Como melhorar a qualidade do ministério e pastoreio?

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m minhas viagens em todo país tenho sido abordado por pastores, líderes e membros de Igrejas, com a inquietação de que é necessário ampliar a qualidade do ministério e do pastoreio. Em geral, este apelo tem incluído questões tais como melhoria na qualidade dos sermões, no atendimento às ovelhas, no trato dos relacionamentos, no aprofundamento do conhecimento bíblico e doutrinário, na busca de respostas seguras a dilemas éticos contemporâneos (abortamento, ideologia de gênero, drogas, dilemas matrimoniais e familiares, etc.), planejamento e gestão da Igreja e descentralização na liderança da Igreja. Mas também quanto ao que chamamos em liderança de turnover, isto é, tempo de permanência do ministério em uma Igreja, que, muitas vezes, é curto e mal dá para implantar um plano estratégico. Mas também a lista inclui dilemas de comportamento, “destempero” no tempera-

Veja Efésios 5.17-6.20. Temos aqui uma escala indicativa do que vem primeiro e a sequência: • Eu e Deus - 5.17-20 • Eu e meu matrimônio - 5.21-33 • Eu e minha família 6.1-4 • E u e m e u t r a b a l h o (aqui entra a profissão, a vocação, o ministério) - 6.5-6 • Eu e a guerra espiritual - 6.10-20 Algumas dicas: podemos estar lembrando da obra de Deus e esquecendo do Deus da obra; podemos estar esquecendo do cuidado da vida pessoal de oração, devocional, do cuidado pessoal da saúde (física, mental, emocional, espiritual); podemos estar esquecendo de cuidar do nosso cônjuge e família, perdendo perante eles a autoridade, pois são nosso primeiro rebanho; aí e, somente aí, é que o nosso envolvimento com o trabalho 1. Considerar as priorida- entra como resultado das des de Deus para sua vida. nossas anteriores prioridades mento, ausência de exemplos de vida, seja na área financeira, seja na área do trato matrimonial e familiar e mesmo na vida devocional, como já demonstramos nesta coluna que mais de 70% de pastores pesquisados em 2011 demonstraram estar descontentes com sua vida devocional e nem desenvolvem culto doméstico em seu lar. Enfim, a cada dia a lista se amplia. Hoje já não basta dizer “Eu sou pastor” e pronto, todos vão lhe seguir. Talvez até um adolescente poderá dizer: “E daí, meu pai dá o dizimo e paga o seu salário!”. Diante de tudo isso, torna-se necessário profunda e urgente revisão no sentido e qualidade do ministério e pastoreio para reconquistarmos a credibilidade antes notória. Com quase 40 anos de ministério, creio que posso deixar aqui algumas sugestões para que isso possa se concretizar.

cumpridas. E mais, estaremos preparados para enfrentar a batalha espiritual contra nosso maior inimigo - Satanás. 2. O seu preparo bíblico e teológico é fundamental, pois além de lhe dar conteúdo, vai lhe fornecer ferramentas para saber como lidar com as diversas situações do ministério. Já é possível notar que a qualidade do seu preparo vai influenciar diretamente na qualidade dos sermões, palestras, bem como da maneira de trabalhar no ministério, de lidar com os dilemas ministeriais, de liderança e até no trato de situações éticas que surgem no aconselhamento e na vida da Igreja. Então, a qualidade ministerial depende também diretamente da qualidade de sua formação bíblico-teológica. Além disso, também tenho notado que o tempo de permanência de um pastor ou ministro em uma Igreja ou ministério, em geral, está ligado à qualidade de sua formação. Perguntam-me sempre, como manter e

saber da qualidade de oferta de ensino bíblico-teológico Batista no Brasil diante de tantos seminários espalhados pelo país. Esse é um dilema sobre o qual já escrevi muitas vezes aqui em nossa Coluna. Quem garante a qualidade? Muitas vezes temos o dilema do local em que o estudante mora, outras vezes opta-se mais pelo custo e nem sempre pela qualidade. Enfim. 3. O cuidado com a construção de sua personalidade, de estilo de vida e relacionamento passa a ser fundamental. Quem não quer ter um líder compreensível, tratável, flexível, amigo, que saiba ter uma escuta atenta, seja um bom conselheiro, discipulador, etc.? Isso produz frutos permanentes na convivência com seus liderados, amplia a credibilidade, constrói sólida história ministerial e de vida. A sugestão de Paulo aqui ajuda muito: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo!” (I Coríntios 11.1).



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