OJB Edição 21 - Ano 2018

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 27/05/18

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Primeira Igreja Batista em Macaé - RJ chega aos 120 anos

Ano CXVII Edição 21 Domingo, 27.05.2018 R$ 3,20

Fundado em 1901

A Primeira Igreja Batista em Macaé - RJ é a nona Igreja fundada no Rio de Janeiro e 34° no Brasil. No dia 13 de maio a Igreja celebrou a Deus o aniversário de 120 anos. Programação contou com a presença de autoridades e representantes da denominação Batista, pastores, irmãos de várias Igrejas e demais visitantes. Página 13

Missões Nacionais

JBB

Missão Brasil Venezuela atende mais de 250 famílias em Roraima

Velha Guarda da JBB realiza I encontro durante CBB 2018

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Páginas 08 e 09

Notícias do Brasil Batista

Coluna Observatório Batista

União Feminina do ES contempla Mensageiras do Rei com festa de 15 anos

Artigo desta semana traz a idolatria como temática; Confira!

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

Quem é você na sua família?

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omo as pessoas da sua família veem você? Será que conseguem perceber Cristo através das suas atitudes, palavras e reações? Por inúmeras vezes ouvi pastores e ministros de famílias darem o seguinte conselho: “Quer saber verdadeiramente quem é uma pessoa antes de casar-se com ela? Veja como ela trata os pais e familiares”. No ambiente familiar não é preciso ter máscaras, existe amor gratuito e incondicional, principalmente em relação aos pais e filhos. Não importa o erro, o perdão e o amor sempre estarão disponíveis. É na família que o laço de amor impede o outro de fingir ser alguém que não é, afinal de contas, seria possível esconder-se por décadas, dividindo

o mesmo metro quadrado diariamente? Acho bem improvável. Apesar de, muitas vezes, a pessoa mostrar quem de fato é, alguns que convivem diariamente com ela não percebem o que de melhor ela tem; aprenderam a enxergar apenas os defeitos e fizeram do ato de criticar um hábito. Não é raro ver mães dizendo palavras e frases de maldição e derrota para os filhos, como, por exemplo, “Assim você não vai ser ninguém na vida”; “Você não vai dar em nada”; “Você é um preguiçoso (a)”; “Você só erra”; “Você não tem jeito”, e por aí vai. O detalhe é que dentro da Igreja são completamente amorosas com os filhos do pastor e de outros irmãos. É necessário que a própria família receba o melhor. Sabe

aquele jogo de jantar que fica no armário para as visitas? Por que não usá-lo em um jantar com a sua própria família, que está ao seu lado dia após dia, nos momentos bons ou ruins? Será que ela não é merecedora? É comum dar valor “aos de fora”, em vez de cuidar de quem está perto; mas, como cristãos, é necessário que isso gere incômodo, pois a família é projeto de Deus. Tudo o que vem Dele deve ser cuidado da melhor forma possível, em gratidão e honra a Ele mesmo. Preste mais atenção e dê mais atenção a quem convive com você dentro de casa; não existe um reloginho contando os segundos em que aquele familiar ainda estará contigo. Aproveite cada minuto para mostrar o quanto ele é especial e amado por Deus e por

você. Vale a pena “engolir alguns sapos”, renunciar para ver quem a gente ama feliz. Família é sinônimo de companheirismo, amizade, parceria e amor incondicional. Não perca a essência da família nos dias difíceis. Não será fácil exercitar o fruto do Espírito nos momentos de angústia e discórdia, mas a recompensa será valiosa. Ore, busque ao Senhor em favor dos seus; não deixe de lutar para que a sua família sirva ao Senhor. Lute com amor, através da oração e do seu testemunho. Você nasceu para ser luz! Que Deus abençoe e guarde a sua vida e família. Com carinho, Paloma Furtado, jornalista, editora de O Jornal Batista


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

Família perfeita

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única que existiu antes do pecado foi a de Adão e Eva. A partir da transgressão, nenhuma família conseguiu viver a perfeição desejada por Deus ao instituir o lar. Todos sonhamos com a família ideal, mas ela não existe e jamais existirá. Essa verdade gera a oportunidade de trabalhar o bem-estar da família e buscar o seu aperfeiçoamento. As relações entre os membros da família são sempre difíceis. Exige renúncia, capacidade de compreender e aceitar o outro e disposição em perdoar sempre; especialmente os agregados, aqueles que não são escolhidos não pelo núcleo familiar, mas impostos por membros da família, que nunca consultam os demais membros sobre suas

decisões. Por exemplo, é o filho, a filha ou o neto que chega com o seu escolhido, que, à primeira vista, não agrada a todos. Como a escolha é pessoal, intransferível, firmada no “sei errar sozinho,” cabe aos demais integrantes da família laborar, às vezes, com dificuldades intransponíveis, o longo processo de aceitação. Alguns nunca são aceitos e se constituem em empecilhos à unidade familiar. São milhares de pais, avós e membros da família que amargam essa triste experiência. A Bíblia relata a amarga experiência de Rebeca e Isaque (Gênesis 26.35; 27.46), em aceitar as noras escolhidas por Esaú. Não é fácil viver com o espírito amargurado por causa das escolhas de um filho ou neto. A experiência deve

ser trabalhada diuturnamente com a capacidade de aceitar o intruso, tentar compreendê-lo; aceitar as suas idiossincrasias, costumes, linguagem chula, costumes e aberrações que vem na bagagem. Esse mal-estar gera famílias infelizes e tristes. Os membros da família, que não são aceitos com amor, reconhecem o processo de acepção e rejeição e fazem de tudo para tornar o ambiente mais triste. Alguns conseguem, com sabedoria, cativar os demais membros do grupo familiar. Outros vingam-se e afastam-se de todos, impedindo o contato da pessoa “amada” com sua antiga família. É um martírio para todos, especialmente para aquele que fez a infeliz escolha. Há histórias macabras de pais, agora avós, que

são impedidos de ver o neto que chegou. Manter ambiente em clima de guerra não é recomendável a nenhum dos componentes da família. Algumas atitudes, especialmente para os salvos, precisam ser praticadas: 1) - Orar para que o indesejado seja aceito em amor e com amor. Isso pode exigir anos de oração, mas, funciona. 2) - Descobrir elementos positivos no indesejado. Todos temos algo bom no caráter. Ao destacar o lado positivo do outro conseguimos mudar o foco do nosso olhar. 3) - Dispor-se a compreender e perdoar todos os “senões” praticados pelo familiar indesejado. Satanás é astuto e sabe

usar os sentimentos negativos para desestruturar a família. Não podemos oferecer-lhe oportunidade. 4) - Promover reuniões ou encontros familiares em que o indesejado sinta que é amado, mesmo com dificuldades, e aceito pelo grupo. Uma reunião descontraída ao redor da mesa de refeições funciona, especialmente quando os demais familiares são salvos e estão dispostos a praticar o verdadeiro amor. Não se trata de amar o inimigo, mas o indesejado, que em muitos momentos, é considerado como inimigo. 5) - Aceitar que nenhum núcleo familiar é perfeito. Mas, pode ser trabalhado a buscar a perfeição. O amor nunca falha.

“Só eu posso, mas não posso sozinho...” Rogério Araújo (Rofa), jornalista, escritor, colaborador de OJB

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sse é o slogan do grupo Na-Anon, de apoio aos familiares de usuários de drogas. A ideia funciona assim: a própria pessoa precisa querer se tratar e assim contar com todo

o apoio, no caso da família e do grupo de especialistas e ex-drogados. Não parece algo semelhante à vida cristã? Precisamos querer a salvação, pois Deus nos dá total livre arbítrio e, assim, o Espírito Santo tocará nessa disposição o coração e os irmãos da Igreja apoiarão os primeiros passos.

“Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”, diz Filipenses 4.13. Esse versículo parece meio deturpado por alguns que parecem dizer “Eu posso todas as coisas” e esquece do principal: Deus. Em todos os momentos devemos lembrar e buscar ao Senhor e não somente naqueles complicados e difíceis. “Deus

é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1), diz o salmista nesta passagem que demostra quem Deus é onde precisamos nos esconder dos perigos porque nos protegerá com Sua força e não um socorro qualquer feito o SUS, mas um real e que resolve a situação, dando alívio, cura ou paz.

“Deus é Deus”, como diz a letra de um cântico: “Não o adoro pelo que ele faz / Eu o adoro pelo que ele é / Haja o que houver sempre será Deus”. Coloque-se diante de Deus, em oração, e diga para Ele: “Senhor, Tu sabes que eu nada posso sozinho, mas com Tua ajuda tudo posso”.


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Expondo nossas famílias a perigos Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “Agora, pois, não se apartará a espada jamais de tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher” (II Sm 12.10).

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atitude de Davi de desprezar Deus ao decidir pelo adultério, também expôs sua casa aos perigos naturais de uma família fora da comunhão com Deus e, consequentemente, sem Sua eficiente proteção. O que pode também nos levar a colocar nossas famílias em perigo, é o que veremos a seguir: Aplicando o grande erro de Davi, vemos que o adultério de pais ofende profundamente o coração de Deus e afasta a família de Suas bênçãos, isso porque Ele preza, sobremodo, a união conjugal pura, por ser esse um projeto

especial Dele, e que, por isso, deve se manter em seus padrões de amor, lealdade, santidade e perpetuidade. “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros” (Hb 13.4). Devemos considerar que o adultério é definido por Jesus, a partir do olhar com intenção impura (Mateus 5.28). Outra exposição das nossas famílias a perigos ocorre pela ociosidade que criamos nelas. Ao tempo de estarmos utilizando todas as oportunidades que temos para dialogar, ouvir, orientar, ensinar, espiritualizar nossas famílias, nos entregamos a ociosidade do celular, do jornal, da televisão, da internet, da roda de amigos, do trabalho extra. Assim diz o Senhor sobre isso: “Estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa,

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te” (Dt 6.6-7). Outro grande perigo às nossas famílias ocorre quando nos tornamos insensíveis ao pecado. Davi cometeu os graves pecados do adultério seguido de assassinato e não sensibilizou-se por isso, sendo necessário que o profeta Natã o exortasse para isso (Leia o capítulo 12 de II Samuel). Somos insensíveis ao pecado quando permitimos: filmes, novelas, orientações distorcidas quanto a sexualidade, que é muito bem definida por Deus; ao criar de forma distinta, macho e fêmea, sendo por Ele mesmo aprovado, como muito bom. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom...” (Gn 1.27-31). De nós, pais, é a responsabilidade de assim cuidar das nossas famílias.

“Não sou digno de Ti” “E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.” (Mt 8.8)

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m comandante do exército romano, residente em Cafarnaum, pediu a Jesus, a cura de um dos seus servos. O Mestre, então, decidiu ir à residência do centurião para fazer a cura pedida. Curiosamente, o oficial romano, muito sem jeito, agradeceu muito a intenção da visitação do Senhor, mas a recusou, dizendo: “Senhor, não sou digno de Ti, não mereço receber-Te debaixo do meu teto. Mas diz apenas uma palavra e o meu servo será curado” (Mt 8.8).

Jesus se admirou de encontrar tamanha fé. E, mesmo de longe, curou o servo do comandante romano. “Então, Jesus disse ao centurião: Vá! Como você creu, assim acontecerá. Na mesma hora, o seu empregado foi curado” (Mt 8.13). O soldado romano deve ser imitado. Na realidade, não merecemos o Salvador. Ele nos ajuda e nos cura, por causa do Seu amor. Jesus está sempre disponível, aguardando que abramos o coração e O recebamos como nosso Salvador e Senhor. A revelação bíblica é simples e direta: nossa salvação vem pela fé que depositamos no poder de Jesus Cristo. Não vem pelas nossas obras, para que ninguém se glorie.

Família: o projeto de Deus para minha vida Marinaldo Lima, pastor, colaborador e OJB Família nasceu no coração do nosso Deus Ao criar homem e mulher, formou o primeiro casal. Marido e esposa, assim foram Adão e Eva, Íntegros, inocentes antes do pecado original. Livres ainda estavam do poder do Diabo; Iam e vinham pelo Éden em santidade sem igual, Assim estavam sempre na presença do Senhor. O Amor de Deus os envolvia de forma integral. Porém, ouviram a voz do tentador. Rendidos, caíram diante do poder infernal; Obra de Satanás para desfazer o que Deus fez. Jamais, porém, o Senhor é derrotado pelo mal E chamou o homem: “Adão, onde estás?” Tomou de volta as rédeas do projeto original; Ordenou o castigo, mas prometeu o Cordeiro pascal. Deus não desistiu de constituir famílias unidas E deu-me uma que é o sustentáculo da minha vida.

Deus, mesmo após tantos séculos, Está abençoando casais que vivem em amor, Unindo homem e mulher no projeto Dele, Suscitando a prole, herança do Senhor. Permanece para sempre o que nasceu no coração de Deus: A família bem constituída, pai, mãe, filho, filha. Realmente esta é a base da sociedade: A arte de viver em comunhão, pois ninguém é uma ilha. Minha família é um tesouro valioso, Irmanados vivemos e em momento perigoso Nos unimos em um sentimento amoroso, Harmonicamente e em pensamento vitorioso Alcançamos a bênção do nosso Deus glorioso. Vitória em Cristo tem a família consagrada, Integrada na Igreja e proclamando o Evangelho. Dádivas recebem e as promessas da Bíblia, A geração eleita, desde a criança ao mais velho.


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A convocação mais esperada

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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empre que estamos às vésperas de uma Copa do Mundo há expectativas da convocação. A imprensa fica de olho para divulgar os nomes de todos que farão parte da Seleção

Brasileira de Futebol. As convocações acontecem de quatro em quatro anos; algumas são ótimas, outras, nem tanto assim, confirmando com a decepção na competição. Assim como os jogadores são convocados para participarem de uma Copa do Mundo, todos nós também seremos

convocados para estar no Tribunal de Cristo. Observe o que o Apóstolo Paulo diz em Romanos 14.10 “Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.” A convocação mais esperada é o dia em que estaremos

diante de Deus. Ninguém sabe nem o dia e nem a hora em que seremos convocados; podemos partir deste mundo a qualquer momento ou Jesus poderá voltar em um abrir e piscar de olhos. Precisamos estar prontos, preparados para encontrar com Cristo, preparados para a

convocação celestial. A partir deste dia estaremos para sempre com Cristo no céu. Não ignore a chamada de Deus, prepare-se para encontrares com o Ele. Pense sobre isso e faça o que for possível para manter uma vida de santidade até o momento da convocação.

Amigos não morrem (João 11.39-44) Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

2) - Se os nossos amigos crerem em Deus verão coisas incríveis (João 11.40). • Jesus diz a Marta que se ela crer verá seu irmão ressuscitar. • O nosso Deus precisa ser o Deus dos nossos amigos. • A nossa fé precisa irradiar a espiritualidade dos nossos amigos.

1) - Devemos remover as pedras da vida dos nossos amigos (João 11.39). • Jesus ressuscitaria Seu amigo e pede que a pedra da sepultura fosse retirada. • Devemos retirar as pedras que obstruem a vida dos nossos amigos. 3) - Quando retiramos as • Retire o que é ruim e acrescente o que é bom na pedras da vida dos nossos amigos as bênçãos acontecem vida dos seus amigos. (João 11.41).

• Quando a pedra foi retirada da sepultura de Lázaro, Jesus agradece a Deus, pois sabia que algo tremendo aconteceria. • Você já retirou pedras da vida dos seus amigos? • Você já viu bênçãos acontecerem na vida dos seus amigos? 4) - O Senhor ouve as nossas orações pelos nossos amigos (João 11.42). • Jesus agradece a Deus por tê-lo ouvido e abençoado o seu amigo.

6) - O impossível Jesus faz pelos seus amigos e também pode fazer por você (João 11.44). • Jesus ressuscita Lázaro porque amigos não morrem. • Os seus amigos devem estar sempre na sua lembrança. • Jesus quer fazer algo mui5) - Jesus quer refazer a vida to especial na vida dos seus dos seus amigos (João 11.43). amigos e também no seu viver. • Jesus disse claramente a Lázaro que era hora dele viver. Conclusão: “Amigos não • Não desista dos seus amigos. morrem! Jesus é amigo dos • Jesus tem um projeto para seus amigos, é o maior amigo a vida dos seus amigos e você que você tem”. é um canal. • Pode crer que Deus tem ouvido suas orações pelos seus amigos. • O Senhor tem poder para retirar as pedras que paralisam e são obstáculos na vida dos seus amigos.


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Uma fé que poucos desejam José Manuel Monteiro Júnior, pastor, colaborador de OJB

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uando falamos acerca da fé, o que vem à mente das pessoas, principalmente aquelas que militam no âmbito religioso, é que a fé é acreditar em Deus ou acreditar que Deus tudo pode. Creio que este tipo de fé é infantil. Invariavelmente, quem crê que Deus tudo pode, nada faz. Tiago, em sua epístola, afirma que a fé sem obras é morta. Existe um contingente de pessoas que estão

na Igreja e cruzam os braços na espera que algo sobrenatural aconteça. Gente assim, na verdade, torna-se indolente só à espera de um milagre. Ao ler o texto de Hebreus 11, nos deparamos com um tipo de fé que poucos desejam. É a fé do sofrimento. Os homens e mulheres listados no texto foram homens que sofreram por defender sua fé em Deus. Por causa disso, estes servos suportaram a hostilidade do mundo e do inferno. O apóstolo Paulo, escrevendo ao seu filho na fé Timóteo, nos adverte: “Ora, todos quantos querem viver

piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. Fica aqui uma questão importante: por que a fé é tão necessária e importante na vida cristã? Em primeiro lugar, a fé nos possibilita a lutar contra o pecado. O autor de Hebreus nos diz que Moisés preferiu ser maltratado com seu povo, do que a desfrutar dos prazeres transitórios do pecado. Nós estamos diante de uma geração que não consegue dizer não ao pecado. Como consequência, observamos uma série de pessoas que estão escravizadas ao pecado, e com isso perdem a sua

liberdade. Nós somos livres para fazer nossas escolhas, mas nos tornamos escravos das consequências. Em segundo lugar, a fé nos possibilita sentir a presença de Deus no sofrimento. Uma das maiores punições de quem vive sem Deus é sofrer sem consolação. Em meio ao sofrimento, aquele que deposita sua fé em Deus consegue discernir a presença do Senhor nos momentos mais agudos da vida. Deus não nos poupa, mas cuida de nós. Pela fé, enxergamos no vale da sombra da morte o Senhor conosco, que nos

consola e nos dá força para prosseguir. Por último, a fé nos impulsiona a obedecer sem questionar. O autor de Hebreus relata que quando Abraão foi posto a prova, ofereceu seu filho Isaque. Abraão triunfou porque, pela fé, ele se recusou a ver incoerência ou infidelidade da parte de Deus. Aquele que tem fé responde positivamente ao chamado de Deus. Pela fé lutamos contra o pecado; pela fé conseguimos discernir a presença de Deus em meio ao sofrimento, e pela fé obedecemos sem questionar.

Bônus e ônus de quem serve a Deus Juvenal Netto, colaborador de OJB

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ma das histórias bíblicas mais lindas que já foi motivo de filmes e seriados na TV é a experiência vivida por José, um dos filhos de Jacó. Os fatos que envolvem a trajetória de vida deste homem espetacular encantam até mesmo àqueles que não gostam de religião. José teve sua vida marcada por sonhos. Ainda adolescente, com cerca de 17 anos, ele teve um sonho diferente de todos que já tivera até então, e resolveu contá-lo a seus irmãos. Só havia um problema, o sonho revelaria um futuro onde eles e até mesmo o seu pai se inclinariam diante dele. Em uma cultura judaica, em

que se levava muito a sério a questão dos direitos dos filhos mais velhos, admitir que um pirralho, muito mais novo, seria senhor dos demais, era simplesmente algo inadmissível. O sonho de José não era fruto de uma imaginação fértil ou de influências da sua rotina de vida, mas uma revelação do próprio Deus. Era um projeto audacioso que o levaria a assumir a figura de um governador que exerceria comando além das próprias fronteiras do povo egípcio, ou seja, ele seria um dos homens de maior notoriedade da sua época. Que privilégio! Quem não gostaria de uma ascensão como esta? Muito dinheiro, fama, poder, status. Este seria um tipo de “bônus” que despertaria os desejos de muita gente. Pelo jeito, José não tinha muita noção do que

representava aquele sonho e muito menos do que teria que passar até a sua concretização. Entre a conquista daquele precioso “bônus”, infelizmente, haveria um doloroso “ônus” a ser pago. José foi humilhado e vendido como escravo pelos seus irmãos que o chamavam ironicamente de “o sonhador” (Genêsis 37.19). No Egito, foi trabalhar na casa do comandante da guarda de faraó que, assediado por sua mulher, injustamente, foi parar no calabouço, pois ela contou uma versão invertida dos fatos. Aquilo que parecia ser o fundo do poço, na verdade, seria o instrumento de Deus para concretização dos Seus planos na vida de Seu filho. Na prisão, ele decifra os sonhos do padeiro e do copeiro

do rei (Gênesis 40.5-13). Logo depois, faraó teve também um sonho que nenhum dos seus magos conseguiu decifrar. Então, aquele copeiro contou a ele como José tinha decifrado o seu. Faraó manda chamar José que dá a interpretação do seu sonho. Ele designa a José como governador sobre todo o Egito e passa a ser um dos homens mais poderosos da sua época (Genêsis 39.44). José foi o instrumento que Deus usou para impedir que milhares de pessoas morressem, inclusive, toda a sua família, pela escassez de alimento que assolava a terra naquele período. É muito bom sonhar, ter bons planos, querer alcançar a excelência, chegar ao topo, mas poucos estão dispostos a pagar o preço. Querem apenas

o bônus e se negam a ter que pagar o ônus. Eu não sei quais são os seus sonhos para o futuro, mas uma coisa é certa, você tem que estar preparado para a trajetória que terá que percorrer até a linha de chegada. Normalmente precisaremos vencer obstáculos, oposições, sofrimentos, angústias, solidão e muito mais, não obstante, no final de tudo chegará à conclusão de que valeu a pena pagar os “ônus” da vida. Jesus disse que no mundo passaríamos por aflições (ônus), mas que tivéssemos bom ânimo, pois, assim como Ele venceu, nós também venceríamos. Esta vitória significa, dentre tantas outras coisas, estar com Ele no céu para toda a eternidade, o melhor de todos os bônus (João 16.33).


missões nacionais

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Em ato de compaixão e graça, JMN inaugura Missão Brasil Venezuela

Foram realizados mais de 280 atendimentos odontológicos

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esde 2016 a Venezuela tem enfrentado uma grave crise econômica e social. Por problemas como falta de abastecimento de alimentos, colapso nos serviços públicos e uma inflação de aproximadamente 700%, milhares de venezuelanos têm buscado refúgio em outros países, e o Brasil tem sido um dos principais destinos. Com essa evasão, a população de Boa Vista, capital do estado de Roraima, que faz divisa com o país, tem aumentado consideravelmente. Atenta a este quadro, a Junta de Missões Nacionais, em parceria com a Junta de Missões Mundiais, a Convenção Batista de Roraima e a Convenção Batista Brasileira, criou o Pro-

Fachada da Missão Brasil Venezuela em Roraima

jeto S.O.S Venezuelanos, que em ação emergencial, tem a intenção de levar suprimentos e atendimento médico a esses refugiados, além de anunciar a mensagem de salvação. Após a primeira grande ação de compaixão e graça em dezembro de 2017, no início deste mês de maio, voluntários brasileiros e venezuelanos inauguraram a Missão Brasil Venezuela. A sede veio com a intenção de suprir a necessidade de um ponto de apoio aos imigrantes e oferecer a eles o ensino do português, atendimento odontológico, pediátrico e outras especialidades, além de ser um espaço para cultos evangelísticos, relacionamento discipulador, entre outros. Já nos primeiros cinco dias

de funcionamento, mais de 250 famílias se cadastraram na missão e tiveram acesso aos serviços. Neste mesmo período, foram realizados 285 procedimentos odontológicos, 210 atendimentos médico-geral e pediátrico, além de 68 lavagens de roupa. Neste último, os voluntários têm aproveitado o tempo de espera para compartilhar da mensagem do Evangelho com os venezuelanos. E assim, muitos deles têm rendido suas vidas a Cristo. Essas ações foram potencializadas com a Operação Jesus Transforma na região, que aconteceu nos dias 08 a 16 de maio, com a intenção de fazer uma busca ativa para verificar as necessidades dos imigrantes e realizar seus cadastros, além

Venezuelanos têm se rendido a Cristo

de levar as Boas Novas de salvação a eles. Uma nova “operação” como esta no local, está agendada para o mês de julho e precisa de voluntários. O Projeto, recém-inaugurado, necessita de todo apoio para continuar levando ações de compaixão e graça aos venezuelanos. “Precisamos de alimentos, roupas, voluntários da área da saúde, remédios, jovens radicais que possam ficar, pelo menos, 6 meses, ofertas para nos ajudar no aluguel e nas despesas da Missão, equipamentos para uma mini padaria, aparelhos de ar-condicionado, beliches, um freezer, uma geladeira, um fogão industrial e oração, muita oração”, conta o coordenador interino da missão, pastor Élbio Marquez. Além disso, ele refor-

ça a necessidade de parcerias. Se sua Igreja ou empresa puder receber uma família refugiada, previamente cadastrada pela nossa equipe, entre em contato com Missões Nacionais. Colabore e seja parceiro da Missão Batista Brasil Venezuela, através do link: https:// www.atos6.com/missoesnacionais/projetos/s-o-s-venezuelanos. Torna-se voluntário, inscrevendo-se através do e-mail voluntarios@jmm.org. br, ou envie sua contribuição direta para a conta: Banco Bradesco - Ag. 0226 / Conta-Corrente 139500-9 / Junta de Missões Nacionais da CBB / CNPJ: 33.574.617/0001-70. Vamos levar esperança aos refugiados, com ações de compaixão e graça. Contamos com você!


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“Se eu fosse contar...” Izilda Portela de Miranda Santos, jornalista

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sse foi o tema do I Encontro da Velha Guarda da Juventude Batista dos anos 70/80, naquela época denominada Mocidade Batista Brasileira, realizado na cidade de Poços de Caldas - MG, nos dias 23 e 24 de abril de 2018, por ocasião da realização da 98ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira. Reunimos cerca de 70 pessoas, grupo carinhosamente chamado Velha Guarda, vindo do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Brasília, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pernambuco e Bahia. Todos levando muitas recordações, fotos e lembranças típicas de suas regiões, que formaram uma grande exposição e, ao final, foram compartilhadas entre os participantes. A ideia desse Encontro tem sido trabalhada há muitos anos e nasceu no coração dos líderes Izilda Portela (RJ), Joelson Brito (MS) e Paulo Serejo (AM), que trabalharam juntos e experimentaram grandes ajuntamentos da nossa Mocidade Batista Brasileira, através de Congressos, sejam eles estaduais, regionais ou nacionais; vivências que marcaram nossas vidas e foram revividas ali em Poços de Caldas, quando foram trazidos à memória muitas emoções e feitos da nossa Juventude. Fomos jovens quando a juventude mundial estava mergulhada em um mar de drogas, perversão sexual e rock and roll. Naquela época, em todo o Brasil, surgia um vulcão em plena erupção chamado Mocidade Batista Brasileira, uma juventude vibrante que resolveu escolher um novo caminho para trilhar. Em uma época em que a juventude brasileira corria atrás dos prazeres imediatos proporcionados pelas sensações da carne e das drogas, a Mocidade Batista Brasileira preferiu ouvir a voz de Jesus, dizendo: “Fale do amor e de tudo que é bom, fale o quanto quiser, diga em bom e alto som”. Anunciava com toda a força da sua juventude que o

Velha Guarda da JBB decidiu que os próximos encontros sempre acontecerão durante as Assembleias da Convenção Batista Brasileira

sentimento do amor é muito mais forte do que as sensações efêmeras do mundo, levando a mensagem transformadora e de mudanças: sinto que existe um motivo melhor para viver, pelo qual lutar, sem iludir, só amar... Era um exército que nunca se envergonhou de cantar: “Somos jovens crentes, jovens crentes que amam ao Senhor”. Que disposição era aquela? De onde vinha tanta animação? Simplesmente incansáveis, lembrando a Palavra, que diz: “Correrão e sem fadiga como águias voarão”.

Tudo isso foi lembrado em nosso I Encontro, envolvido por cânticos e lembranças daquela boa época, mostradas em fotos e vídeos. Em especial, revivemos os excelentes Congressos, denominados CON-NACIONAIS, realizados a cada quatro anos, quando reuníamos milhares de jovens vindos de todas as partes do Brasil. Pudemos homenagear os ex-presidentes dos CON-NACIONAIS, ainda entre nós: pastor Eli Fernandes, pastor Dylmo Castro e pastor Sérgio Machado. Os pastores Dylmo

e Eli foram nossos preletores, levando uma mensagem de recordação dos velhos tempos e também refletindo sobre o que ainda podemos fazer como servos de Deus para este tempo. O ponto alto do nosso evento foi a homenagem póstuma prestada ao saudoso pastor Sillas dos Santos Vieira, um executivo da nossa Juventude, que influenciou centenas de vidas, muitas ali presentes e que, de forma emocionante, compartilharam as marcas deixadas por esse inesquecível homem de

Deus. Uma placa foi entregue à sua esposa, irmã Alba Vieira, presente entre nós, cuja vida foi também preciosa no trabalho da juventude Batista, cooperadora que era do seu esposo. Uma decisão foi tomada por todos ali presentes: este Encontro não pode parar! Assim, a partir de então, nos encontraremos todos os anos, sempre por ocasião das Assembleias da nossa CBB. E, até que chegue 2019, em Natal - RN, continuaremos a nutrir os nossos laços através do grupo criado no WhatsApp.

Mês da Juventude 2018 O Reino na Cidade Fala, galera! Este ano, o tema do Mês da Juventude será “O Reino na Cidade” O que vai rolar? • Textos devocionais e pedidos de oração; • Ações pessoais diárias; • Desafios à juventude; • Sugestões de atividades e lugares para a juventude atuar; • Estudos, pregações e roteiros para Pequenos Grupos O Reino na Cidade revela o desejo que temos de ver e viver uma juventude avivada, que busca o Reino de Deus e a Sua Justiça de maneira intensa e atua de forma relevante na cidade. Os ajuntamentos de núcleos humanos são os locais onde a Igreja deve instalar a sua base. Se afirmamos que precisamos ganhar a nossa Nação para Cristo, precisamos cumprir a nossa vocação e pregar o arrependimento, com nossas palavras e, principalmente, nossas ações. Participe deste grande movimento com sua Igreja e juventude. A partir do dia 15 de junho você poderá acessar todas as informações no site: www.mesdajuventude.com.br


jbb

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Juventude Batista Mineira reúne jovens e adolescentes para participar de projetos missionários

Projetos missionários da Juventude Batista Mineira reuniu cerca de 350 pessoas de várias partes de Minas Gerais e de outros estados

Elen Carvalho, coordenadora de Missões da JUBAM

T

ivemos mais uma edição dos Projetos Missionários Operação Jovem (adolescentes: 12 a 18 anos) e Pescador Jovem (Jovens e adultos: 19 em diante) em nosso estado. Que tempo precioso, de bênçãos; vimos Deus agir de forma extraordinária em dez dias marcantes. Adolescentes, jovens, adultos, idosos r eunidos

para participar do que Deus tem feito em Minas Gerais. Doze Igrejas receberam as equipes. No Projeto Operação Invasão, os voluntários dividiram-se entre Belo Horizonte (PIB Independência); Contagem (IB Memorial Unida); Santa Luzia (IB Ágape); São José da Lapa (Congregação); Três Marias (IB Três Marias). Já no Pescador Jovem, reuniram-se em Brumadinho (Congregação da IB Vila Oeste - Casa Branca); Contagem (PIB Balneário); Itamarandiba

(IB Itamarandiba); Itaúna (IB Memorial); Itaúna (Congregação Batista no Parque Jardim Santanense); Nova Serrana (Congregação Batista Unidos em Cristo) e Sete Lagoas (Quinta Igreja Batista). Após o treinamento à distância, Invasores e Pescadores se reuniram no Colégio Batista (Unidade Floresta) para o treinamento presencial no dia 19 de janeiro. Foram cerca de 350 pessoas, de vários lugares de Minas e outros estados, como, por exemplo, São

Paulo; os paulistas marcaram presença em peso. Contamos também com a presença de 50 voluntários / missionários da capital e interior. Paulistas, capixabas, mineiros, todos juntos com a missão de proclamar o Reino de Deus em lugares diferentes, por dez dias. No dia 29, invasores e pescadores se reuniram no Teatro Madoxx (Colégio Batista) em uma grande celebração de gratidão a Deus. Foram momentos maravilhosos, de louvor e testemunhos dos campos. A

mensagem da noite ficou por conta de um dos missionários da Junta de Missões Mundiais. Só temos a agradecer ao nosso Deus e a todos aqueles que fizeram parte em mais esse momento tão especial para a Juventude Batista Mineira (JUBAM). Louvamos o nome de nosso Senhor, pois sabemos que isso só aconteceu por causa Dele, e tudo isso foi para expandir um pouco mais esse Reino de amor nas terras mineiras. #SomosJUBAM #SomosJBB

Palavra do coordenador

Carta aos líderes de Juventude

H

ey, galera! Estamos chegando ao final do quinto mês do ano! Nossa, como está passando rápido! Imagino que sua cabeça esteja fervilhando aí com os projetos e as programações que estão acontecendo ou que acontecerão. Mas gostaria de aproveitar que neste mês de maio trabalhamos a família para conversarmos a partir disto: valorize as famílias. Em uma perspectiva pessoal, é muito comum vermos casos de líderes com problemas familiares em detrimento do tempo que passam na Igreja. A justificativa é de “Estarem fazendo a Obra de Deus”, e alguns ainda se utilizam de textos bíblicos como “Buscai

E a família, como vai?

primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça...” (Mt 6.33) para justificarem a ausência em suas casas, mas não podemos nos deixar enganar, a família faz parte do plano de Deus. Quem enxerga que buscar o Reino de Deus significa passar mais tempo na Igreja do que com os de casa, não entendeu a mensagem do Evangelho. Paulo vai dizer a Timóteo que “Aqueles que não cuidam dos de casa são piores que os descrentes” (I Tm 5). Cuide bem de sua casa. Em uma perspectiva coletiva, é preciso perceber que hoje existem inúmeros modelos de famílias, e essa é uma condição da sociedade atual. Mesmo que tenhamos um modelo tradicional que achamos

ideal, nós estamos falando de “vida real”, que é vivida todos os dias por pessoas diferentes de nós, com relações e conexões diferentes das nossas, com causas e motivos que não são iguais aos nossos. Sem perder de vista o que a Bíblia nos ensina e entendendo as condições culturais de cada tempo e lugar, precisamos enxergar que Deus tem um plano para cada um e que precisamos lutar pelas famílias. Rubem Alves vai dizer que Deus (a Trindade) se comporta como uma eterna família nas relações do Pai, Filho e Espírito Santo. Não é à toa que a Bíblia vai comparar a relação familiar à relação de Cristo com a Igreja. Porque o ministério da Reconciliação é

esse: em Cristo, todos somos uma só família. E como é bom quando vivemos em nosso lar o amor que Cristo nos ensina. Se em casa não conseguirmos praticar ações como o perdoar, suportar, aliviar as cargas, não conseguiremos cuidar daqueles que estão conosco a partir do ministério. Mas, pode ser que em uma perspectiva muito negativa você não tenha mais família, ou que em suas relações tenham acontecidos coisas terríveis que tornaram o processo inviável - como eu disse, estamos falando aqui de vida real. Neste caso, apoie-se na família da fé, naqueles amigos que te amam e amam estar com você. Lembre-se que nessa família ninguém está sozinho!

Para finalizar, quero deixar um verso de Eclesiastes para você: “Viva a vida alegremente com a mulher que ama todos os dias desta vida, pois essa é a sua recompensa...” (Ec 9.9); parafraseando: “Viva intensamente todos os dias com a sua família, pois essa é a sua recompensa!”. Como diria um pastor de Juventude que muito me inspira: tenha um coração grato! Valorize os amigos e cuide bem da sua família! Que Cristo seja sempre a nossa razão! Amnom de Souza S. Lopes, coordenador da Juventude Batista Brasileira


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o jornal batista – domingo, 27/05/18

notícias do brasil batista

Igreja Batista em Miradouro - MG celebra 96 anos de existência

Kátia Fraga, jornalista

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s 96 anos de existência da Igreja Batista em Miradouro - MG foi celebrado através de uma programação que se estendeu por dois dias, 17 e 18 de março. O preletor oficial da festividade foi o pastor e conferencista Eli Fernandes, de São Paulo. No decorrer dos dois dias foi trabalhado o seguinte tema: “O professor e os desafios do século XXI”. O assunto foi ministrado em palestra para pastores e líderes, além de 130 professores das redes estadual e municipal de ensino da cidade. A programação também contou com louvores, adoração, comunhão e a mensagem pregada no culto à noite. O encerramento das atividades dos

96 anos da IB em Miradouro aconteceu no domingo à noite, com um culto de gratidão a Deus, que contou com a presença de autoridades do município, como alguns vereadores e o juiz da comarca local.

Nossa história No ano de 1929, quando a cidade ainda era considerada um distrito e chamada de Santa Rita do Glória, nascia, através da formação de um concílio, a Igreja Batista em Miradouro - MG. Fundada pelo pastor Gasparino Soares, a história da Igreja começou com dez membros e dois visitantes, conforme consta documentado em ata. A história teve início no ano de 1909, quando Daniel Crosland, naquela época missionário do campo Fluminense, passou pela região da Zona

Igreja Batista em Miradouro - MG é fruto do trabalho de missionários

da Mata mineira em uma viagem missionária. Ele ficou encantado com o acolhimento recebido no distrito de Santa Rita da Glória, atualmente, cidade de Miradouro. A boa receptividade foi uma confirmação daquilo que Deus já

havia colocado no coração do missionário, fazendo com que ele tomasse a decisão de implantar o primeiro trabalho Batista no distrito. Recebeu o apoio de vários irmãos da Igreja Batista de Pádua - RJ, que enviou membros para

colaborar com a implantação do trabalho que hoje é a Igreja Batista em Miradouro. Alguns meses depois, chegou à localidade, para ficar, o irmão Alfredo Reis, que junto a sua esposa, começou o trabalho Batista no distrito. Miradouro fica localizada perto das cidades de Muriaé, Leopoldina, Fervedouro e outras. Possui hoje uma única Igreja Batista, que é presidida pelo pastor Izael Nunes Alves, junto a sua esposa, missionária Heloisa Mesquita Alves e o filho do casal, Estevão Mesquita Alves. Família essa que foi empossada em setembro de 2017. Pastor Izael Nunes Alves, presidente da Igreja, agradece a Deus, ao pastor Eli Fernandes e a todos os que se envolveram ao longo desses dois dias de celebração.

Missionária Maria José Rios completa 80 anos Marcos Levi B.B. Rios, pastor da Primeira Igreja Batista do Tocantins “Vinde, cantemos ao Senhor com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação. Saiamos ao seu encontro com ações de graças, vitoriemo-lo com salmos” (Sl 95.1-2).

N

o dia 22 de abril, no templo da Primeira Igreja Batista do Tocantins, em Araguatins, foi celebrado um culto em ação de graças pelos 80 anos de vida de dona Maria José Rios, que há mais de seis décadas tem servido as Igrejas da região. A missionária é conhecida como professora Maria Rios pelo fato de trabalhar por muito tempo à frente da Escola Batista Letha Saumders em Tocantinopolis. Ela nasceu em 20 de abril de 1938, filha de Casimiro da Silva Rios e Luiza França do Nascimento. Viveu até a adolescência na roça sem ter acesso ao estudo. Passou sua juventude em Tocantinia, onde começou a estudar em uma escola na casa da dona Tomazinha Parrião. Ter-

Missionária Maria José Rios tem dedicado sua vida ao Evangelho há mais de seis décadas

minou a primeira fase do fundamental no Colégio Batista, fez o exame de admissão juntos com outros amigos como Odany Martins, e terminaram o ginásio no Colégio Batista do Tocantins. Em 1952 converteu-se a Cristo pelo testemunho das missioná-

rias como dona Beatriz Silva e, por volta de 1954, batizou-se na Igreja Batista em Filadélfia. Neste tempo, morou por dois anos nessa cidade com a missionária Margarida Natividade Caíta. Logo após, voltou a Tocantinia para terminar os estudos.

Seu chamado para a obra missionária se deu quando fazia parte das Mensageiras do Rei, com influência da dona Beatriz Silva, Margarida Gonçalves, Dilene Nascimento, Caíta e tantas outras mulheres que, deixando tudo, foram para os sertões. Neste período começou a trabalhar no serviço do Senhor. Tinham muitos pontos de pregação perto e longe de Tocantínia, e ela sempre estava presente dirigindo, pregando e ensinando a Palavra do Senhor. Como, por exemplo, ponto de pregação no Lageado, hoje PIB do Lageado, Miracema do Norte, Miranorte, Dois Irmãos e muitos outros. Ao ouvir o chamado começou a se preparar para ir estudar. O local escolhido pelo Senhor foi o Rio de Janeiro, mas, como ir sem ter as mínimas condições? Deus abriu a porta e ela foi morar na casa da cunhada de dona Beatriz Silva e viveu ali por vários anos. Estudou na Faculdade Teológica Betel, cujo diretor era o saudoso pastor José de Miranda Pinto. Fez todos os cursos exigidos na época; terminando o curso, ofereceu-se à Junta de Missões

Nacionais em 1968. Foi aceita quando o pastor David Gomes era o executivo e depois o pastor Samuel Mitt. Foi enviada a Tocantinópolis e trabalhou por dez anos na Escola Batista Letha Saumders. Lá Deus lhe deu um filho que ela adotou e dedicou ao Senhor. Depois serviu a Cristo na PIB de Tocantinópolis como missionária e vice-moderadora durante décadas, pois naquela época não havia muitos pastores e as Igrejas ficavam muito tempo sem a presença de pastores. Neste período manteve todos os trabalhos e frentes em Tocantinópolis. Iniciou junto a dona Benvinda Silva a Congregação Batista Alto da Boa vista, hoje Segunda Igreja Batista em Tocantinópolis. Deixou a PIB de Tocantinópolis quando foi, no ano de 2001, morar em Belém, no estado do Pará, acompanhando o seu filho que tinha sido ordenado e estava assumindo a Igreja Batista Memorial de Belém. Hoje mora em Araguatins e está como membro ativo da Primeira Igreja Batista do Tocantins, onde o seu filho é pastor. Soli de Gloria!


missões mundiais

o jornal batista – domingo, 27/05/18

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Clamor pela Nicarágua Vládia Soares, missionária na Nicarágua

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Nicarágua é um país da América Central, um dos recentes campos missionários de Missões Mundiais, onde atuo junto a missionária Maria Rejane do Nascimento. Desde o dia 18 de abril, o país passa por um processo de grandes conflitos internos, que, infelizmente, já dizimou a vida de muitos estudantes e universitários que decidiram protestar contra as posições do governo em relação à Reforma da Previdência decretada pelo presidente, Daniel Ortega. O povo decidiu se manifestar pedindo que termine com a violência. Universitários, trabalhadores, estudantes, agricultores e outros começaram a reivindicar passivamente, mas, infelizmente, o governo interviu violentamente colocando a polícia para reprimir o povo com balas de borracha e, até mesmo, armas de fogo. O país se encontra em um verdadeiro caos. Os números de mortos, feridos e desaparecidos informados pela imprensa aumentam a cada dia. Mais de 60 pessoas perderam a vida. Existem ainda mais de 15 desaparecidos e dezenas de

Milhares voltam as ruas de Managua, capital da Nicarágua, protestando contra o presidente Daniel Ortega

feridos; a maioria das vítimas são estudantes. Foi decretado o toque de recolher às 22h e quem for pego nas ruas após este horário será preso. O Exército está no controle das ações. Houve saques a supermercados e farmácias; falta de luz, água e gasolina; bloqueios à internet e canais de notícias. Ninguém podia ajudar aos feridos, do contrário, seria preso ou era ameaçado de morte. Houve destruição de praças, avenidas e queima de veículos. As atividades no país estão sendo retomadas pouco a pouco. A violência diminuiu um pouco, mas, por enquanto, não houve acordo e a situação permanece tensa. Pedimos

que siga orando por esse povo. Somente Deus poderá transformar essa Nação. Milhares de pessoas realizaram este mês a terceira marcha nacional clamando por justiça aos que morreram, liberdade de expressão e, principalmente, pela paz e fim da violência. Uma grande multidão, vestida de azul e branco, e com muitas bandeiras participou da marcha cívica até o centro da capital, Manágua, de forma pacífica, protestando pelo que está acontecendo no país e pedindo que cesse a violência. Os nicaraguenses que estão fora do país também estão se manifestando diante das embaixadas. Todos unidos cla-

mam por liberdade, justiça e paz. Juntos pela democracia. O profeta Jeremias já anunciava ao povo de Deus qual deveria ser a saída diante das dificuldades: “Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes” (Jr 33.3). Como servos de Deus devemos clamar ao único e poderoso Deus, que é capaz de dar a paz e fazer cessar toda essa violência. Os cristãos nicaraguenses se uniram em suas Igrejas levantando um clamor pela Nicarágua, realizaram encontros de oração e jejum, a fim de suplicarem a intervenção divina diante dessa situação alarmante e preocupante.

Amado irmão, por favor, permaneça orando para que Deus transforme essa realidade, e o povo nicaraguense se volte para o Senhor, e que um verdadeiro avivamento se inicie nessa Nação e muitos creiam em Jesus, a verdadeira esperança. Vamos nos unir aos nossos irmãos em oração. Que possamos levantar também um clamor em nossas Igrejas em favor desse povo que necessita crer no Senhor. “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (II Cr 7.14).

Jovem perde os dedos, mas não a fé David Duarte, obreiro da terra de Missões Mundiais no Sul da Ásia

Q

uero agradecer pela oportunidade de estar no Brasil, conhecendo Igrejas que há 20 anos apoiam o nosso ministério no Sul da Ásia. Foi maravilhoso ver o rosto de pessoas que oram e ofertam para que vidas sejam salvas para Cristo. Vidas como a de uma jovem que perdeu seus dedos, mas não a sua fé. Quando ela se converteu, seu sogro queria colocar as mãos dela dentro do óleo quente. O fato de ela ter aceitado a Jesus Cristo como Senhor de sua vida a fez sofrer duras perseguições dentro da sua própria casa. Seu sogro a proibia de orar e dizia: “Você

tem que rejeitar esse Deus”. Mas ela seguiu orando. Insatisfeito com a escolha da nora, que deixou a idolatria a vários deuses hindus para seguir ao único e verdadeiro Deus, o pai colocou as mãos da jovem no óleo quente. Nossa irmã em Cristo perdeu os dedos, mas seguiu adorando a Deus. Ela não perdeu a alegria de servir a Jesus. A sua fidelidade ao Evangelho e bom testemunho fizeram com que seu marido e filho também tomassem a decisão de seguir a Cristo e serem batizados. Ela não se importa por ter perdido os dedos, pois tem a certeza de que irá para o céu, viver uma vida eterna. “Eu posso perder toda a minha mão, mas eu não posso aceitar ficar sem Deus”, diz a nossa amiga.

Pastor David Duarte esteve no Brasil falando sobre seu ministério em um país de maioria hindu

Por causa dessa família, a vila onde eles moram também começou a crer em Jesus. Eles têm se dedicado

a anunciar o grande EU SOU por todos os lugares que passam. Hoje, o marido é pastor em seis Igrejas. Tudo

isso acontece porque você ora e oferta para o avanço do Evangelho no Sul da Ásia. Mesmo com toda perseguição que sofremos, nós somos encorajados a ir e pregar o Evangelho. As lutas são diárias. Nosso meio de transporte, por exemplo, é a moto e a bicicleta, porque por lá as ruas são esburacadas e se usarmos um carro é certo que o pneu furará. Como chegamos a percorrer até 40 Km para evangelizar, a única alternativa são os veículos leves. As orações das Igrejas brasileiras é que nos motivam a fazer isso todos os dias. Foi abençoador visitar Igrejas no Brasil e mostrar o que Deus está fazendo em nosso país. Obrigado por suas orações.


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notícias do brasil batista

o jornal batista – domingo, 27/05/18

Mensageiras do Rei ganham festa de 15 anos no Espírito Santo

Ao todo, 22 meninas foram contempladas com a celebração

Noemi Borges, presidente da UFM da Associação Batista Cachoeirense

N

o dia 28 de abril de 2018, na Segunda Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim - ES, presidida pelo pastor Joás Oliveira Máximo, foi realizada a cerimônia de agradecimento pelos 15 anos de 22 Mensageiras do Rei, uma Organização da União Feminina Missionária da Associação Batista Cachoeirense. Essas 22 meninas viveram esse momento único de suas vidas celebrando a Deus a passagem de uma fase tão importante: antes meninas e

Festa acontece a cada dois anos

agora prontas para juventude. Na celebração, a mensagem foi compartilhada pela coordenadora Estadual das MR, Daniela R. Endlich Soares, da Primeira Igreja Batista de Macílio de Noronha, do município de Viana - ES. Agradecemos ao pastor Leonardo Davi Santana e esposa, da Primeira Igreja Batista do município de Atílio Vivácqua - ES, que nos abençoaram com a direção de toda cerimônia. Parabenizamos a todas as Mensageiras do Rei e suas famílias que participaram conosco, e a nossa coordenadora das MR da Associação Batista Cachoeirense, Marcela Nascimento Pereira Vivas, e a

todas orientadoras pelo apoio e incentivo. Ao nosso presidente da Associação Batista, pastor Paulo Schuina e ao diretor Executivo, pastor Sergio Figueira, o nosso muito obrigada, assim como a todas as mulheres da diretoria da UFM, Anazilda Bernardes, Andreza Maria, Vera Lucia Brugnara, Maria Silva Tompson, Janete Soares Borges, Arlene Lopes e Ruth Vargas. Agradecemos também a Elce Schaydegger Cancella, por colocar seu dom e talento à disposição do Senhor. Ficou tudo lindo, desde a ornamentação até outros detalhes da festa que ocorreu

Familiares e amigos prestigiaram o evento

após a cerimônia, para mais de 400 convidados. A festa de debutantes foi restrita aos familiares e convidados das aniversariantes. A iniciativa, idealizada pela presidente da UFM da Associação Cachoeirense da época, a irmã Jane Bolsanelo Rocha, com a então coordenadora das Mensageiras do Rei, a irmã Ilasi Pereira Gonçalves de Oliveira, já acontece há mais de 20 anos em nossa Associação Batista Cachoeirense. Realizamos a celebração de dois em dois anos para que haja tempo hábil para todos os preparativos. Eu mesma já tive o privilégio de participar desse momento de princesa junto a

minha irmã Cintia Borges, pois éramos Mensageiras do Rei, assim como a nossa atual coordenadora de MR, Marcela. É um grande privilégio servir a Deus através dessa Organização da União Feminina Missionária. Sou feliz por estar há dois anos conduzindo crianças, meninas, jovens e mulheres aos pés do Mestre. Estar à frente das Mulheres da Associação Batista Cachoeirense tem sido uma grande responsabilidade para nós, contudo, temos colocado diante do Rei a cada dia cada programação agendada, para que o Seu Reino seja expandido em toda terra. E que toda honra e glória sejam dadas a Ele.

Primeira Igreja Batista de Piraquara - PR comemora 86 anos Lianna Mara, missionária da Primeira Igreja Batista em Piraquara - PR

N

os dias 04, 05 e 06 de maio de 2018, a Primeira Igreja Batista de Piraquara - PR esteve reunida para celebrar seus 86 anos de existência no município. O tema escolhido para a celebração deste ano, e que tem nos direcionado como Igreja local para o desenvolvimento da obra que Deus nos chamou, foi “86 anos cumprindo a missão bíblica de Cuidar e Ensinar”. Durante os três dias, tivemos a participação dos pastores Rodrigues Lopes, Paulo Davi e Antonio Rena-

Momento de oração

to Gusso, que ministraram a Palavra do Senhor a nós e à comunidade que esteve presente, com as seguintes

Momento de entrega após reflexão e serviço

reflexões: “Fé e Serviço”, “Fé Momentos de comunhão, e Adoração”, “Fé e Centrali- celebração, oração e aprendidade Bíblica” e “Fé e Gran- zado fizeram parte desses três dias de festividades em agrades Conquistas”.

decimento ao Senhor pelo que Ele tem feito por nós e fez através de irmãos que foram usados para a construção desta história. Pudemos juntos relembrar acontecimentos que marcaram esses 86 anos ao rever fotos registradas no período e marcos nesta trajetória, como a história do irmão João Pires que, em 1933, foi morto por servir a Jesus; a inauguração do primeiro templo em 1947 e do atual em 2004; os primeiros batismos realizados onde hoje é o Municipal Parque das Águas e os pastores que por aqui passaram. Louvamos ao Senhor pelos benefícios que nos tem dado e pela visão de Reino entregue aos atuais pastores e líderes. Somente a Ele a glória.


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o jornal batista – domingo, 27/05/18

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Igreja Batista Alvorada - SE tem nova liderança pastoral Fotos: Jéssica França

Ministério de Comunicação da Igreja Batista Alvorada - SE

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o dia 21 de abril de 2018, o pastor Lázaro Sodré Cerqueira Santos tomou posse na presidência da Igreja Batista Alvorada (IBA), em Aracaju - SE, até então dirigida pelo pastor Edinísio de Assis. O culto foi um marco divisor entre a liderança que se encerrou e a que se inicia. Membros, familiares e amigos lotaram o templo para presenciar a transição. Na mensagem bíblica, o pastor Edinísio pregou sobre Jeremias 24, tendo como tema “Os dois cestos de figos, uma reflexão sobre o pastorado e a visão do seu exercício”, destacando que Deus é senhor da

Pastor Lázaro Sodré assina termo de posse

história e não se coloca alheio aos fatos. Que os sonhos do homem podem distar da realidade, pois, aparentemente, são meros sonhos, simples desejos, são a representação da pretensão humana de ver as coisas acontecerem e se concretizarem. Que Deus dá a visão e se certifica se a estamos percebendo ou não.

Família pastoral, da esquerda para a direita Laura, Taiane e Tito e pastor Lázaro

Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Nordeste, pós-graduando em Interpretação Bíblica pela Universidade Metodista de São Paulo e foi pastor auxiliar na Igreja Batista Sião, em Salvador - BA, por seis anos, atuando nos ministérios Novo Líder Lázaro Sodré Cerqueira San- de jovens e de evangelismo tos, de 32 anos, é bacharel em e missões. Pastor Lázaro, sua

Logo após ser investido no pastorado da IBA, o pastor Lázaro Sodré destacou a importância da comunhão para a realização de sonhos e do crescimento da Igreja.

esposa Taiane Pereira Sodré Cerqueira, e seus dois filhos, Laura, de 08 anos, e Tito, de 01, foram recebidos festivamente por todos que integram a Igreja Batista Alvorada. O pastor Edinísio, membro fundador em cuja liderança a IBA foi organizada, permanecerá filiado à mesma, desenvolvendo outras atividades voluntárias. IBA A Igreja Batista Alvorada foi fundada no dia 20 de outubro de 2001, quando, na época, se reunia na quadra de esportes do Colégio Americano Batista. Atualmente tem seu templo localizado na Avenida Dr. Edelzio Vieira de Melo, 2196, no bairro Pereira Lobo, em Aracaju - SE.

Primeira Igreja Batista em Macaé - RJ celebra 120 anos

Robson Melo Câmara, pastor da Primeira Igreja Batista em Macaé - RJ

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pós um ano de várias atividades e eventos realizados para este aniversário tão especial, no domingo, dia 13 de maio de 2018, a Primeira Igreja Batista em Macaé - RJ celebrou 120 anos de história; ela é a nona Igreja Batista organizada no estado e a 34ª Igreja Batista organizada no Brasil. Ao longo da semana foram realizados 10 cultos de Gratidão ao Senhor Deus e uma solenidade especial na Câmara de Vereadores da cidade. A programação foi muito abençoada, e contou com a presença de muitas autoridades e representantes da denominação Batista, pastores, irmãos de várias Igrejas e demais visitantes. Na Sessão Solene da Câmara Municipal de Vereadores de Macaé, realizada no salão nobre da Câmara, na quinta-feira, dia 10, estiveram conosco o pastor Sócrates Oliveira, diretor geral da Convenção Batista Brasileira, pastor Vanderlei Marins, presidente da

Pastor Edgard Antunes, pastor Sócrates Oliveira, pastor Robson Melo Câmara e pastor Judson Garcia

Pastor Robson Melo Câmara, a esposa Jeane Gleide e o filho Rodrigo

cidade de San Diego, Califórnia, EUA, membros da Outreach Global International, com destaque para os pastores doutor Dug Bray e David Bray e o ministro de música Larry Wilson, bem como alguns cantores, a banda de cânticos da Igreja, um coro de 100 vozes, uma orquestra com mais de 120 músicos, um coro infanto-juvenil com 80 crianças e a companhia de artes MC16, contando a história da fundação da Igreja, organizada em 1898 pelo pastor e missionário Salomão Luiz Ginsburg, pioneiro dos Batistas brasileiros. Outro momento marcante da semana de festividades foi a posse da nova diretoria para os anos de 2018 a 2020 e o concílio e consagração de 18 novos diáconos e diaconisas.

Todos os dias, o ministério de Comunicação e Artes providenciou uma exposição histórica relembrando alguns momentos marcantes desta grande e gloriosa trajetória da Igreja. No último culto realizado no domingo, o atual pastor da PIB de Macaé, pastor Robson Melo Câmara, há mais de sete anos liderando a Igreja, destacou em sua palavra de gratidão o espírito de dedicação, comunhão, unidade, amor e zelo que cada membro da Igreja vem conduzindo as páginas desta maravilhosa história, enfatizando a honra e o privilégio que tem sido escrever um pouco mais dessa história nestes dias. Com muitos desafios para o futuro, como a construção do novo templo para 1.200

Convenção Batista Fluminense e o seu diretor geral, pastor Amilton Vargas. Na ocasião, além dos ex-pastores da Igreja, receberam o Diploma e a Medalha de Honra ao Mérito em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao Reino de Deus e a esta Igreja local, os filhos e filhas do pastor Edmundo Antunes, que ao longo de 33 anos pastoreou a Igreja, líderes da CBB, CBF, Associação Batista Serramar e Ordem dos Pastores, bem como a atual diretoria estatutária e o staff (equipe ministerial) da Igreja. Nas celebrações dos cultos e em toda programação da semana dos 120 anos da Primeira Igreja Batista de Macaé, participaram seis irmãos da Gateway Baptist Church, da

pessoas, a Igreja segue firme nas promessas do Senhor “Até que Ele venha”, que foi o tema de todos os eventos desta celebração. Com o propósito de cumprir o “Ide” do Senhor Jesus Cristo, a Primeira Igreja Batista de Macaé já organizou 38 Igrejas em várias cidades e continua relevante, investindo em treinamento e capacitação, promovendo missões e evangelismo em todo tempo e lugar. Hoje, em seu prédio de oito andares, estão as salas do Seminário Teológico da Associação, o Curso Livre de Artes e Música Music’Art, o Curso de Libras, vários cursos da Universidade da Família (UDF), além de todos os ministérios da Igreja: Administração, Ação Social, Comunicação e Artes, Educação Cristã, Educação Infantil, Juventude, Música, Missões, bem como Mulheres Cristãs em Missão, Mensageiras e Embaixadores do Rei. Com quase 700 irmãos em Cristo em seu rol de membros, a Primeira Igreja Batista de Macaé tem experimentado a cada dia o grande amor e a maravilhosa Graça do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.


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o jornal batista – domingo, 27/05/18

ponto de vista

Meu RG e minha espiritualidade Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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esde que me conheço por gente tenho o número do meu Registro de Nascimento. Só fiz um RG, que uso até hoje. Meus amigos tiram sarro da minha foto com cara de menino. Foto ridícula é a do RG, não é mesmo? Quem nunca tirou sarro de alguém ao pegar o RG na mão? É uma bagunça legal ver foto do RG. Mas o fato é que as pessoas olham para a foto e pedem outro documento. Em várias repartições públicas, na secretaria da faculdade e quando preciso usar meu RG, sou obrigado a dar a CNH por conta da foto. Alguns dizem que meu RG não vale mais, e eu nem sabia que tinha que atualizar o RG, pensava que ele ficaria comigo até eu morrer ou perder. A pessoa bate o olho no meu RG e suspeita que não sou a mesma pes-

soa. Mudei muito, é verdade; Como mudei. Esse fato corriqueiro e cotidiano do RG tem tudo a ver com minha espiritualidade e, talvez, com a sua também. As pessoas que pegam meu RG olham na foto, me encaram e veem que eu mudei e assim constatam quantas mudanças. Eu era bem jovem, magro, não tinha barba, tinha orelhas grandes, semblante de menino, etc. Hoje não. O tempo já deixou marcas no rosto e o semblante de menino se foi. Ficou a cara de alguém que tem que aceitar a vida adulta e ponto final. Mas, afinal, o que isso tem a ver com minha espiritualidade? Da mesma forma que as pessoas veem que eu mudei a partir do referencial da foto do RG, elas também devem ver que eu mudei quando olham para minha vida antes e depois de Jesus. Meu viver deve transparecer que estou em constante mudança, ou melhor, que a

cada dia passo por um processo de transformação tão intenso que não sou o mesmo de ontem. Louvado seja Deus por isso. A espiritualidade cristã nos ensina desde os primeiros passos na caminhada com Jesus que a nossa vida deve ser moldada pela oração de João Batista “Convém que Ele cresça e que eu diminua”, e depois decoramos o conceito profundo da teologia paulina que diz “vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Dessa forma, a espiritualidade cristã vai moldando-nos de tal forma, que o maior testemunho que eu posso dar aos colegas da infância, da faculdade, amigos e familiares é quando eles olham para mim e para vocês e já não nos conhecem mais. Não veem mais alguns valores e práticas do passado e percebem que passamos a viver a partir de novos referenciais. Referenciais eternos, referenciais do Reino.

Soa como um elogio, ou melhor, como um incentivo, quando alguém bem próximo diz que já não sou como era. De fato, não sou. Cristo está me mudando. Aleluia, Cristo está operando no meu interior, está removendo muitos conceitos e pré-conceitos da minha mente e está levando-a para o processo de transformação: a metanóia (cf. Romanos 12. 1 - 2). Cristo está levando meus pensamentos cativos à Palavra. Cristo está fazendo novas todas as coisas dentro de mim para que eu possa testemunhar da mudança e transformação que só Ele pode fazer e assim refletir a glória do Pai. Cristo está trabalhando para que eu seja um instrumento dEle, na Obra dEle, para a Glória dEle. De fato, não sou o mesmo do RG e o mesmo Jeferson. Já mudei tanto que, por vezes, não sei mais quem fui e nem preciso saber, só sei que essa mudança diária me leva a

amar cada vez mais meu Mestre e Senhor e me faz caminhar na direção da perfeição. Sei que mudei, mas sei que sem mudança não serei o que Deus espera que eu seja, assim, vou trilhando o caminho de Jesus na companhia dEle e sendo moldado. A foto do RG não me representa mais assim, como meu passado não me representa. Sonho em não ser reconhecido nem pela foto do RG e nem pela vida que tinha antes de conhecer a Jesus. Só sei que Jesus mudou-me e o processo continua a todo vapor. Vou atualizar meu documento e continuar crendo e clamando que Jesus, que é poderoso, continue a boa obra no meu e no seu interior, a fim de sermos pessoas diferentes da que fomos, para que aqueles que nos circundam vejam Jesus em nós, vejam que estamos sendo moldados para nos tornarmos espelhos da imagem e semelhança de Deus. Amém!

por estarem seguindo-O. Podemos substituir pessoas que estão servindo a Cristo, mas jamais podemos substituir os que morreram por Ele. Qual é o mais importante? Servir ou morrer por ele? Seguir a Cristo tem uma direção, tem um alvo, tem um fim, tem um custo, tem um chamado, tem um cálice a ser bebido. E, muitas vezes, tem a morte pela frente. Servi-Lo nem sempre incorpora alguns desses quesitos citados. Servir envolve tempo, energias, capacitação, dons, etc. Segui-Lo envolve caráter, con-

duta, adoração, culto, e, às vezes solidão. É um sair e estar no mundo, sem pertencer mais ao mundo. Ainda bem que, no sair, encontramos outros que também saíram. Imediatamente a união se estabelece. Os solitários reconhecem um ao outro. Logo descobrem que são filhos do mesmo Pai, e, acima de tudo, são membros de um mesmo corpo, que é a Igreja. Em qualquer lugar que os dois solitários se encontrem, ali está uma Igreja. Que coisa gloriosa Deus engendrou! Só Ele mesmo! A Deus toda a glória!

Seguir ou servir? Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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ossos pregadores dão muita ênfase no servir e pouca ênfase no seguir. Quando lemos nas Escrituras o modo de agir do Senhor que percebemos? Percebemos que Cristo deu ênfase ao chamado e depois ao serviço. Nos três anos e meio que esteve entre os apóstolos, Cristo deu ênfase ao ensino, pois eles precisavam saber como segui-Lo. É muito mais difícil aprender a seguir do que servir.

Vamos ilustrar um fato importante. Quando um médico com grande habilidade opera um crente, ele serviu a Cristo, mas o fez inconscientemente. Quando um pastor exerce seu ministério com grande habilidade, ele serviu a Cristo. Não se espantem! Se ele é convertido ou não é outro assunto. Ser um pastor é também um fazer. Aliás, nossos seminários ou ministérios que se ocupam hoje em divulgar certos modelos de gerenciamento de Igrejas, ensinam o servir, mas não podem transmitir o seguir.

Posso servir a Cristo sem o seguir, mas não posso segui-Lo sem o servir. Vejam o cuidado rigoroso que Cristo teve em escolher seus seguidores e vejam como ele dispensou muitos servidores. Por que isso aconteceu? Porque segui-Lo é fundamental. Tanto para a salvação como para a missão. Olhemos para a história da Igreja. Quem são os que até hoje reverenciamos como nossos heróis antepassados? Os que o seguiram, certamente. Grande parte foram mártires por estarem seguindo-O. Podemos substituir pessoas


o jornal batista – domingo, 27/05/18

ponto de vista

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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

Idolatria moderna!

U

m jovem cristão acompanhava os últimos lançamentos de carros e correu logo para vender o seu atual carro e comprar o último modelo que saiu. Ano após ano ele fazia isso. Ele tinha um colega que tinha o mesmo hábito, só que com celulares ou outro equipamento de informática. Sempre tinha o último modelo. Uma jovem da mesma Igreja buscava sempre comprar sapatos, bolsas e tudo o que pudesse para satisfazer sua vontade de ter mais coisas. Seu cartão de crédito estava sempre no limite e pagava o valor mínimo, estando sempre “dependurada” em dívidas. Um jovem de outra Igreja estabeleceu como meta conseguir juntar o máximo possível de dinheiro e patrimônio. Havia um casal, em uma Igreja próxima, que não via a hora de chegar o final de semana pois adoravam viajar, mas tinham um outro casal amigo para os quais a família era tudo o que mais importava, se dedicavam aos filhos como se fossem a única coisa do

mundo. Outro casal, amigo deles, tinha a vida profissional como a meta principal da vida. Trabalhavam de segunda a segunda; nas férias levavam trabalho, nunca se desligavam dos e-mails, de mensagens nas redes sociais, faziam reuniões com a equipe pelo Skype mesmo na praia. Os filhos deste casal eram “fissurados” nas redes sociais; ficavam o tempo todo “ligados” em falar com os amigos, em se atualizar no Facebook com as últimas selfies dos amigos; postavam fotos de tudo no Instagram e viviam conferindo a todo momento quantas pessoas haviam “curtido” suas fotos. Ninguém conversava com ninguém, viviam no celular. Um pastor de uma grande Igreja vivia para o seu ministério e para a obra de Deus, que era a única coisa que importava, até mesmo a família ficava em segundo plano. Vivia no templo da manhã até a noite, raramente tirava férias e se vangloriava disso. Em geral, pensamos que a idolatria tem a ver com alguma imagem ou estátua que represente um deus ou “santo” e

que hoje em dia pouca gente no mundo Ocidental estaria se dando ao trabalho de alimentar essas crendices. Mas será mesmo? O que é idolatria afinal? Como a Bíblia a define? O Dicionário Aurélio define idolatria como “culto prestado a ídolos; amor ou paixão exagerada, excessiva”. Assim, amplia ainda mais nossa compreensão. Na Bíblia, temos em geral a adoração a ídolos (Deuteronômio 5.7), mas também a colocação do dinheiro acima de tudo (Mateus 6.24). Quando temos o princípio bíblico de não ter outros deuses além de Iavé (Deuteronômio 6.14; 11.16), penso que podemos compreender não apenas “deuses-ídolos”, mas qualquer coisa, situação, sentimento, pensamento, meta, projeto, etc, que for colocado no mesmo nível ou acima de Deus – o Iavé – é idolatria, pois devemos ter um só Deus a quem devemos nossa existência, nosso presente, nosso futuro, a quem devemos ter como meta glorificar e reconhecer Sua soberania. A adoração a Iavé, neste sentido, é

exclusiva, não admite a inclusão de outra pessoa, situação, condição, objeto, etc. (Lucas 16.13). É claro que depois de colocarmos Iavé em primeiro lugar poderemos, a partir dos ideais que Ele tem para nossa vida expressos na Bíblia, incluir o atendimento de outras metas em nosso projeto existencial. Por isso, temos os dois grandes mandamentos, mas três estados de relacionamentos (Marcos 12.28-31: amar a Deus, a mim mesmo e ao próximo) colocados em níveis ou escalas de prioridades. Veja que não mencionam coisas, objetos, etc, mas relacionamentos, vivência humana, indicando que o restante deve ser instrumento para a existência relacional. A adoração, portanto, é exclusiva; a vivência humana inclusiva. Com base nisso, eu perguntaria se todos aqueles exemplos que citei acima não seriam também idolatria no mundo de hoje. É claro que a família, os filhos, o lazer, a vida profissional, o uso de tecnologia, recursos financeiros, bens, etc, são importantes, mas se colocados no mesmo

nível ou acima de Deus como meta essencial são também idolatria. O teólogo Karl Barth fala sobre o conceito de “ultimate concern”, isto é, uma suprema preocupação que envolve incondicionalmente a pessoa e isso pode ser tomado como uma boa ilustração para o senso de adoração. Nas ilustrações citadas, o “ultimate concern” de cada um pode ser até a obra de Deus, mas não é Deus. Me parece que as facilidades do mundo de hoje nos anestesiam e nos encantam de modo a perturbar nosso senso e escala de valores e, aos poucos, nos levam desconsiderar a verdade bíblica. Nosso desafio é viver aproveitando esses recursos da vida hoje e, ao mesmo tempo, não perder o foco de nossa adoração exclusiva a Deus, nosso criador e redentor, reconhecendo que só vivemos porque as suas misericórdias duram para sempre e se renovam a cada manhã nos dando suporte para nossas vidas (Lamentações 2.22-24), o que nos deve estimular a admitir que somos de Deus e a Ele devemos nossa vida.

Pecado: utopia ou realidade Natanael Cruz, pastor, colaborador de OJB

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á quem diga que pecado é uma invenção humana, é erro do comportamento e uma utopia. Outros afirmam que não existe pecado, que é um nome que se dá a um sentimento de culpa. Pecado é uma realidade incontestável, insofismável. Sua raiz etimológica encontra-se nos originais da bíblia. Do Hebraico Rata ou Avon, do grego Romartia significa separação ou interrupção do

relacionamento entre Deus e o homem. Podemos dizer que pecado é o maior de todos os males que atingem as famílias, a sociedade e a Igreja. Em suma: o pecado afasta, deixa marcas e mata. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” ( Rm 6.23). O pecado tem seu efeito próximo ou remoto. Causa o pior que se pode causar na vida humana. Pior que a solidão, pobreza, doença e a morte. Foi por isso que Cristo veio ao mundo, foi por isso que Ele

morreu por nós. Existem males que não afastam o homem de Deus, o pecado afasta. Deus ama o ser humano na sua realidade, mas aborrece o pecado. A realidade que o homem continua com atitudes animalescas no tempo e no espaço tem origem no pecado. Os avanços da ciência não têm impedido a poluição sonora, visual, corrupção, a violência em suas variadas dimensões. A nossa geração tem perdido o pudor. O que era imoral agora é moral, o que era proibido agora é permitido por lei, o que agradava a Deus e a Sua pala-

vra, hoje não faz sentido, o que considerava Deus como um ser absoluto, pleno, centro de todas as coisas, hoje o antropocentrismo tem sido a forte mensagem da mídia, conduzindo pessoas a uma realidade relativista. Não existem muitas maneiras para se livrar do pecado, porém as que existem são eficazes: fazer uso da Bíblia (Salmo 119.9-11). Dwight Moody disse: “A palavra de Deus manterá você longe do pecado, ou o pecado manterá você longe da palavra de Deus”. Existem pressupostos bíblicos que nos garantem

vitória sobre o pecado (I João 1.7; 1.9; Romanos 8.1; Isaías 1.18). Então, o pecado é uma realidade, como realidade é o perdão, a misericórdia e a graça de Deus. “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13). Lidar com o pecado é lidar com o centro dos problemas. Para isso, precisamos de Jesus Cristo, o médico dos médicos, que sozinho pode diagnosticar o caso e aplicar o remédio eficaz, o Seu precioso sangue.



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