OJB Edição 22 - Ano 2017

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 28/05/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 22 Domingo, 28.05.2017 R$ 3,20

Ministério “Turminha de Primeira” realiza II Noite de Talentos em prol da Campanha de Missões Mundiais na PIB de Imperatriz - MA Página 10

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

CB Carioca elege nova diretoria na 113a Assembleia

PIB da Penha - SP lança novo formato de EBD; confira!

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Missões Mundiais

Coluna Observatório Batista

Sete mulheres são batizadas na Albânia; veja a matéria!

Leia o artigo “Como dar um jeito no jeitinho brasileiro?”

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o jornal batista – domingo, 28/05/17

reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

O Jornal Batista é para você!

C

omo acontece desde 1901, O Jornal Batista traz o que de melhor acontece em nossa denominação. Aniversários de Igrejas, Convenções, ordenações pastorais, inaugurações de Igrejas, homenagens àquelas pessoas que fazem e fizeram a diferença em nossa comunidade cristã, tudo isso passa por aqui, e não será diferente nesta edição. Você lerá sobre a 113° Assembleia da Convenção Batista Carioca, que elegeu

nova diretoria no evento, que aconteceu entre os dias 09 e 12 de maio e reuniu mais de 400 participantes na Primeira Igreja Batista do Recreio - RJ. A Primeira Igreja Batista da Penha - SP apresenta o seu novo formato de Escola Bíblica Dominical (EBD), que tem alcançado um número cada vez maior da membresia. A frequência média era de 215 pessoas. Hoje, já são 535 matriculados. Conheça também a UCE Brasil, agência missionária

que reúne cristãos evangélicos interdenominacionais, sendo eles, ex-atletas do mundo do futebol, profissionais liberais e pastores, de várias regiões do Brasil, com um único propósito: utilizar o futebol como ferramenta evangelística. E ainda tem o aniversário de 87 anos da Igreja Batista em Neves, em São Gonçalo - RJ. A programação teve como tema “Transformando vidas através do Evangelho de Cristo”. Na ocasião, qua-

tro novos diáconos foram consagrados. Além dessas, você terá acesso a outras notícias do que tem acontecido ao redor do Brasil Batista. E nós queremos que a sua Igreja também esteja por aqui. Envie e-mail para decom@batistas.com, com um texto de até 3.500 caracteres (contabilize os espaços), até 04 fotos em boa resolução e com legenda, e os créditos (nome, sobrenome, cargo e Igreja onde é membro). Boa leitura! Que Deus abençoe a sua vida!


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

Eu e a minha família

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família é fonte geradora de alegria. Alegria que se inicia no namoro e consolida-se no altar, quando dois jovens pronunciam o sim do compromisso, até que a morte os separe. Na chegada do primeiro filho, essa alegria alcança outras pessoas que se regozijam com a nossa felicidade. Em cada etapa do crescimento dos filhos somos levados à emoções variadas. As notas no boletim escolar sinalizam vitórias futuras, que são compartilhadas com todos os familiares. Todos se alegram e renovam a esperança de melhores dias. Aos pais salvos por Jesus Cristo são reservadas alegrias sem limites. Quando

os filhos, convencidos pelo Espírito Santo, confessam Jesus Cristo como Salvador e Senhor, não há como mensurar a alegria que invade os corações paternos. Persiste a convicção de que o testemunho no lar foi frutífero. Um filho salvo significa que as preocupações com as peripécias da adolescência não conseguirão separá-lo do Amor de Jesus. Podem até se desviar do caminho, mas sempre voltarão para a festa do bezerro cevado. Aos pais e avós pastores, Deus reservou alegria maior: batizar os filhos e os netos. Impossível descrever a intensidade da emoção do pai ou avô pastor. A cerimônia do batismo é linda em todos os aspectos. Cerimônia

solene onde o testemunho do batizando envolve os circunstantes com o desafio de aceitar a nova vida em Cristo. O coração do pastor pulsa de emoção ao imergir o filho ou neto nas águas batismais. Deus proporcionou-me esta alegria ao batizar os três filhos. No domingo, 22 de maio, Deus completou a alegria em meu coração ao batizar o sexto e último neto. Todos os seis desceram às águas sob as mãos do avô. Ao emergir das águas o neto caçula, veio-me à memória a expressão de Josué 24.15b. “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Mudei o verbo para o tempo presente: “Eu e minha família servimos ao Senhor”. Não há tesouro maior que possa suplantar

esse momento de emoção. Todos vividos em Cristo e com Cristo. O testemunho do lar foi transferido aos filhos. Esses, o transferiram aos seus filhos. Verdade simples que faz diferença entre servir a Cristo ou não servi-Lo. Felizes os pais e avós que ouvem as perguntas dos filhos e netos sobre o significado do porquê servem a Deus. “Quando, no futuro, vossos filhos perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras?” (Js 4.21). As respostas dirão que o compromisso com Deus foi levado a sério. Felizes os pais que ouvem os filhos a perguntar: “Papai, por que o senhor devolve os dízimos do seu salário à Igreja?”. “Papai, por que aos domin-

gos vamos à Igreja e não ao campo de futebol?”. “Mamãe, por que em nosso lar não seguimos novelas, como fazem as mães das minhas coleguinhas da escola?”. “Por que em nosso lar não entram bebidas alcoólicas, como os demais lares dos vizinhos?”. Essas e muitas outras perguntas são feitas diariamente por milhares de crianças em lares onde a Graça de Cristo reina. Aos pais é dado o privilégio de responder com sinceridade e alegria as perguntas dos filhos. As respostas são simples: “Filhos, somos diferentes porque eu e a minha família servimos a Cristo com alegria e sinceridade de coração. Temos compromisso com os ensinos da Bíblia”.

Anunciando o Reino com o Poder de Deus através da família Levir Perea Merlo, pastor, colaborador de OJB “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido” (Gl 6.9).

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amília! Quando anunciamos essa palavra, o que nos vem à memória? Lembramos, por exemplo,

de: união, solidariedade, comunhão, alegria, serviço, compreensão, e tudo isso se traduz na palavra amor. Sem esses requisitos, ou boa parte deles, não temos verdadeiramente uma família, mas um aglomerado de pessoas que se suportam e vivem de forma egoísta um verdadeiro inferno. Vamos refletir sobre a família cristã, que deve ter esses requisitos e, principalmente,

uma vida de compromisso com o Senhor Jesus Cristo. Família que assumiu uma atitude de fé e esperança no Senhor gracioso e misericordioso. Anunciar o Reino com o Poder de Deus continua sendo o grande desafio da Igreja do Senhor. O Reino é o projeto vitorioso do Senhor para a transformação do coração do ser humano em uma nova criatura. Sem mudança real

no homem e na mulher, não há, verdadeiramente, implantação do Reino de Deus no coração. A família cristã transformada e consciente da sua missão e responsabilidade torna-se agente de mudanças e transformações operadas pelo Espírito do Senhor. A Palavra de Deus diz que o mundo jaz no maligno (I João 5.19). A sociedade secular está escrava deste mun-

do dominado por Satanás, que fomenta ódio, corrupção, maldades, arrogância, egoísmo e todos os tipos de promiscuidades. É neste contexto de confronto que a família cristã é chamada para anunciar o Reino com Poder de Deus. E uma das maneiras é fazendo o bem, para que, a seu tempo, colha os frutos, como bem exortou Paulo aos irmãos Gálatas e a nós também.


4 Família reunida: encontro GOTAS BÍBLICAS de gerações - Parte I NA ATUALIDADE o jornal batista – domingo, 28/05/17

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OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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ara a sociedade, o encontro de gerações é um problema. Cada vez mais as pessoas são divididas por rótulos a partir da idade. As gerações que outrora eram classificadas a partir de referenciais ideológicos, agora são classificadas por décadas. Desde os anos 60, as gerações receberam vários rótulos, e assim, formou-se a concepção de que temos vários grupos convivendo, mas que são radicalmente diferentes. A sociedade divide as gerações, as rotula e depois fala das crises e dos conflitos que as elas enfrentam. A família, como núcleo que Deus criou, é o ambiente propício para o intercâmbio das gerações, e onde aprendemos a conviver harmoniosamente com todas as

gerações, sejam as emergentes ou as do passado. Na família aprendemos a celebrar a chegada de um bebê e a curtir as histórias do vovô no almoço de domingo. É na família que nos alegramos, choramos juntos e, de mãos dadas, avançamos unidos para a Glória de Deus. É na família, com suas várias gerações, que estimulamos uns aos outros, dizendo: “Vamos à Casa do Senhor”, e todas as gerações se “alegraram” com o desejo de louvar o Senhor e de estar em comunhão com a família maior, a família de Deus. Na família aprendemos a lidar com várias ênfases de cada integrante, mas com o mesmo foco familiar: a união. Familiares unidos têm suas dificuldades cotidianas, mas se esforçam, ao máximo, para estarem juntos; e nessa coesão, o estímulo mútuo é vivenciado. Em uma fa-

mília cristã onde os papéis são bem definidos e todos buscam amar a Deus acima de todas as coisas, cada um deve compreender qual a sua missão e dever para com seus parentes. Os pais velam e zelam pela vida dos seus filhos, os filhos obedecem aos seus pais, e os avós ajudam os pais na educação dos netos. A proposta de família cristã sugere um grau de influência enorme de todas as gerações, onde os mais novos influenciam os mais velhos com sua vitalidade e jovialidade, e os mais velhos passam as lições da vida cristã e transmitem sabedoria em cada aplicação. É na família cristã saudável que acontece essa troca de informações e que há um harmonioso encontro de gerações. É na família cristã unida onde são transmitidos os valores do Reino de Deus e a exposição do Evangelho para todas as gerações.

Ser mãe de Timóteo “Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti” (II Tm 1.5).

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m dos grandes estímulos de Paulo, já em idade avançada, foi a vida e o ministério do jovem Timóteo. O apóstolo o chamou de “meu filho na fé”. Mas fez questão, também, de reconhecer o impacto causado pela vida familiar do jovem obreiro: “A mesma fé que a sua avó Loide e Eunice, sua mãe, tinham” (II Tm 1.5). A vida em família desempenha um papel definitivo na fo rmaç ão da p essoa, para o bem ou para o mal.

A vida dos adultos é o verdadeiro ensino, que marca a personalidade das novas gerações. Para Paulo, não houve dúvida, a fé dinâmica cultivada por Timóteo tinha traços característicos de duas mulheres espiritualmente saudáveis: a avó Loide e a mãe Eunice. A teologia cristã de Timóteo foi ensinada pelo mestre Paulo. A qualidade cristã da vida e do trabalho de Timóteo foi ensinada pelas duas mulheres que o criaram, no dia a dia da família. Orar por famílias espiritualmente saudáveis é orar em favor dos líderes que o Senhor quer formar. Não deve ser fácil ser mãe de Timóteo. Mas, é sempre um privilégio e uma bênção.

Família, Projeto de Deus Silvio Alexandre de Paula, bacharel em Teologia, membro da Igreja Batista Monte Moriá - Volta Redonda - RJ “Vós, mulheres, estai sujeitas a vosso próprio marido, como convém no Senhor. Vós, maridos, amai a vossa mulher e não vos irriteis contra ela” (Cl 3.18-19).

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família é a matriz social, a mais respeitável agência socializadora, que transfere para os filhos a herança biológica, psicológica, cultural e espiritual dos pais. A família é um projeto de Deus e alvo do Seu amor. É nela que o ser

humano aprende a amar e a se relacionar consigo mesmo e com o outro. E, quando falamos sobre família, logo pensamos em casamento, pois é com esta união estável e legal que uma nova família tem início. Biblicamente, o casamento é a união entre um homem e uma mulher maduros, que deixaram emocional e geograficamente os pais, para ser uma só carne e formar uma nova família, conforme a determinação de Deus em Gênesis 2.24, confirmada por Jesus em Mateus 19.5. Com base nessa realidade, é importante para o casal edificar um relacionamento intenso, coeso, saudável, de respeito mútuo e correto, na sólida e imutável Palavra de Deus.

Então, como ter uma união duradoura, harmônica e feliz? Como criar filhos saudáveis, em um mundo conturbado e violento, com valores tão pervertidos como os nossos? O salmista nos diz que: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl 127.1). As famílias constroem suas casas, e as sentinelas guardam as cidades, mas ambas as atividades são inúteis se o Senhor não estiver presente. Uma família sem Deus nunca poderá experimentar o laço espiritual com que Ele ata os relacionamentos. Muitos casamentos têm sido rompidos por causa das

atitudes erradas dos casais. Eles acabam permitindo que o mundo determine os padrões e valores que governam sua vida conjugal e familiar. Esses casais esquecem de um princípio importantíssimo revelado no Evangelho de Mateus 6.33: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu Reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. As famílias costumam se reunir para se divertir, ver televisão e passear, mas não se reúnem para orar, ler as Escrituras Sagradas e ir à Igreja. Se Deus sair da nossa rotina, não conseguiremos superar os inúmeros desafios da vida e do casamento. Se o Senhor não for prioridade da nossa vida e da nossa família,

o inimigo virá com força total para nos destruir. Só Deus pode edificar nossa casa, para que ela seja um pedacinho do céu e um lugar de felicidade, bênção e harmonia. Temos que dar ao Senhor o primeiro lugar em nosso coração. Faça um culto doméstico diariamente, cante louvores a Deus em sua casa, ore, faça devocionais com a família. Atraia a presença de Deus para o seu lar. Não cometa o erro de deixar o Senhor Deus de fora da sua vida. Se o fizer, todas as suas realizações serão inúteis. Faça de Deus a sua prioridade mais elevada, e deixe que Ele edifique a sua vida, o seu lar e, consequentemente, a sua família.


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Tempo Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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tempo voa, não podemos perdê-lo; precisamos fazer bom uso do tempo que Deus nos dá. Todos nós recebemos a mesma quantidade de horas; o dia tem 24 horas iguais para o pobre e o rico. O autor de Eclesiastes diz que há tempo para todo propósito debaixo do céu, há tempo de nascer,

e tempo de morrer. Ninguém escapará da morte; todos, no seu devido tempo, passarão por ela. “Há tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir, tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se

de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz” (Ec 3.1-8). Há o tempo kairos (palavra grega que significa oportuno, o tempo de Deus) e também o chronos (tempo cronometrado). Precisamos fazer bom uso

do tempo e não perdermos tempo. Na ocasião certa, no tempo oportuno, Deus age em nossas vidas, mas precisamos estar sempre prontos e disponíveis para fazer o que Ele deseja. O Salmista, no Salmo 90, diz que mil anos aos olhos do Senhor são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite. O verso 10 diz: “A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a

oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos”. A exemplo do Salmista, precisamos orar e pedir a Deus o que ele pediu: “Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios” (v.12). Que Deus nos ajude a administrarmos o nosso tempo e fazer uma boa gestão do tempo, pois ele é muito precioso.

Andai em sabedoria Minha família, presente de Deus Leila Matos, ministra de Educação Cristã, membro da Igreja Batista Vida em Niterói - RJ

Eudson Rosa Tesch, pastor da Igreja Batista no Bairro da Penha, em Vitória - ES

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xiste a necessidade de cada ser humano andar no centro da vontade de Deus por meio do Espírito Santo. Ter um andar espiritual é ser dirigido pela vontade do Senhor. Mas só anda em sabedoria quem está cheio do Espírito Santo, isto é, quem é salvo “Pela graça mediante a fé” (Efésios 2.8). Nosso desafio é deixar Deus dirigir nossos passos através do Seu Espírito. Quem anda em sabedoria está atento ao que acontece ao seu redor (Efésios 5.15-16). Quem anda em sabedoria busca sempre a vontade de Deus em sua vida (Efésios 5.17). Quem anda em sabedoria possui um andar santo, isto é, cheio do Espírito Santo (Efésios 5.18-21). Assim como a embriaguez domina uma pessoa e altera sua razão e atitudes, o Espírito Santo transforma o comportamento do crente. O álcool, as drogas

e todos os vícios, conduzem seus escravos para as trevas infernais, ao passo em que o Espírito Santo garante ao seu servo vida eterna e todos os benefícios do Reino de Deus. O tempo presente do verbo grego no original é usado para mostrar que a plenitude do Espírito Santo não é uma experiência. Repetidas vezes, conforme requeira cada ocasião, o Espírito revestirá o coração do crente para o testemunho, a evangelização, a adoração, a contribuição e o serviço cristão em geral (Cl 3.15; 4.1). O cristão que aprendeu a andar diariamente na plenitude do Espírito Santo não tem porque viver se queixando ou amargurado, mesmo em meio as mais difíceis provações. Esse comportamento vitorioso, grato e otimista, não tem a ver com as forças do pensamento positivo, mas com a correta compreensão da pessoa de Deus Pai, e do Seu amor inalterável e de que todos os Seus propósitos são bons e

contribuem para nossa verdadeira felicidade hoje e, mais ainda, na eternidade (Romanos 8.28; I Tessalonicenses 53.18; Hebreus 12.3-11). Nos capítulos 2 a 4 de Efésios, Paulo demonstrou como Deus pode unir judeus e cristãos em um novo relacionamento com Sua Pessoa por meio de Jesus Cristo. Em Efésios 4.1-6, ressaltou a importância da unidade. Agora revela como os crentes, plenos do Espírito Santo, podem conviver satisfatoriamente nos vários relacionamentos humanos. Essas orientações práticas quanto às responsabilidades mútuas dos cristãos fiéis é semelhante às que são ministradas em Colossenses 3.18-41 e em I Pedro 2.13-312, de acordo com Romanos 13.1-10. A chave para todos os relacionamentos humanos é a humildade (mútua submissão aos crentes), virtude que só é plenamente possível por meio do revestimento (pleno controle) do Espírito de Deus.

Minha família é presente, Dádiva do meu Senhor, Onde posso descobrir O significado da palavra amor. Minha família é presente, Para vivermos em comunhão. Um ao outro ajudando E sempre estendendo a mão. Minha família é presente, E eu agradeço a Deus Pela benção da convivência E do carinho dos meus. Minha família é presente Onde Jesus Cristo está. Às vezes, temos dificuldades, Mas por minha família a Deus quero louvar. Minha família é presente, Obrigada meu Senhor Por me dares um lar Onde aprendi do seu grande amor. Minha família é presente. No entanto, perfeita não é, Mas quando surgem os problemas, Ela pode me acolher. Minha família é presente, Agradeço por todos queridos meus, Pessoas diferentes que se amam e se ajudam. Minha família, presente de Deus.


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Um manancial no deserto Celson de Paula Vargas, pastor, colaborador de OJB “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial” (Sl 84.5-6).

“V

ale árido” ou “deserto”, tem no texto o sentido de lugar de lágrimas, de desolação e sofrimentos. Em sua forma aplicativa, aponta para todas as tribulações

ou sofrimentos que, inevitavelmente, passaremos em nossas vidas. Em sentido quase que literal, a palavra declara a possibilidade de, mesmo em nossas passagens por esse vale, sermos um manancial de bênçãos. Ou seja, nos momentos adversos e de sofrimentos, abençoarmos, testemunharmos uma fé inabalável, em dócil aceitação dos propósitos de Deus, sem reclames ou lamúrias. “Passando por um vale árido, faz dele um manancial”. Pense nos reflexos de encontrar um manancial em um deserto.

Esses mesmos reflexos serão vistos e projetados pelo homem classificado no texto acima como bem-aventurado, ou seja, feliz a nível celestial. Essa felicidade estará presente em todo aquele cuja força está no Senhor, ou, todo homem que é convencido de que sua força, suas habilidades, seus poderes próprios, não podem levá-lo a nenhuma vitória real e permanente, pois, todas nossas virtudes pessoais têm origem e sustentação em Deus, e podem ser, a qualquer momento, cessadas por seu doador.

O texto fala-nos ainda que no coração do homem, encontram-se os caminhos aplanados. Nosso coração, que é o dínamo de todos as nossas atitudes, que é corrompido pelo pecado presente em todos nós, de forma natural, nos impulsiona tanto para o bem como para o mal. Quando, entretanto, permitimos que ele seja reconstituído por Deus, através de nossa conversão a Jesus, ele passa a nos orientar a caminhos aplanados, ou seja, direções que nos facilitam à prática do temor a Deus, a vivência do Seu amor e bondade, a capa-

cidade de amar e perdoar, de sermos abençoadores, independentemente de circunstâncias. Um manancial nos desertos do nosso viver neste mundo. “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro neles; tirarei de sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne; para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus” (Ez 11.1920). Que o Senhor a todos abençoe, para sermos um “Manancial no deserto”.

Do que as pessoas mais necessitam? O Brasil? O mundo? Genevaldo Bertune, pastor, colaborador de OJB “E lhes ordenou: “Enquanto estiverdes indo pelo mundo inteiro proclamai o Evangelho a toda criatura. Aquele que crer e for batizado será salvo. Todavia, quem não crer será condenado!” (Mc 16.15-16).

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m meu momento de devocional, hoje, mais uma vez me deparei com esse texto tão conhecido. Não há como lê-lo e não fazer uma reflexão

sobre sua mensagem, especialmente para nós, Batistas brasileiros, neste tempo de campanhas missionárias. Diante da realidade que as pessoas vivem, espremidas por tantas necessidades urgentes e legítimas, da mesma forma como nosso país - especialmente nestes dias de debates sobre temas tão relevantes para todos nós: Reformas da Previdência, Trabalhista, Política; Corrupção -; bem como o mundo com suas agonias: fome, guerras civis intermináveis com seus milhares e milhares de mortos, os milhões

de refugiados, dentre tantos os outros problemas; nossa tentação é mudar o foco deixado por Jesus quanto à maior necessidade do homem. Jesus não viveu em um mundo diferente do nosso. Ali também havia injustiças, violência, opressão, refugiados, pobres, fome, doenças e todos os males que acompanham o homem desde a sua criação, em função da queda e sua natureza egoísta e pecaminosa. No entanto, ele conseguiu manter o foco; ele conseguiu atender à sua máxima que nos deixou: “Deveis

fazer estas coisas sem omitir aquelas”. Ele conseguiu ter compaixão, estender a mão, socorrer, amar; contudo, sem mudar o foco, que era atender à maior necessidade humana: salvação, perdão dos seus pecados, reconciliação com o Pai: “Porquanto o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lc 19.10). Amados, o grande desafio para a Igreja de Cristo, hoje, é imitá-lO. Entender que sua função, seu propósito, é ser Cristo de Cristo, realizando Sua vontade na

terra. O que Cristo fez na terra? É exatamente isso que ela deve fazer! Diante dos grandes clamores e desafios das pessoas, do Brasil e do mundo, não vamos perder o foco. Façamos nossa parte em amor, estendendo a mão, tendo compaixão, curando, alimentando; preocupando-nos com a ética na política; mas, jamais mudemos o nosso foco: a maior necessidade de todos é de salvação. A maior necessidade do homem, do Brasil e do mundo, é que levemos esperança até que Ele venha!


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missões nacionais

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Cristolândia: Desafios de um novo tempo

pós anos de trabalho, a Junta de Missões Nacionais agradece a Deus o desempenho das Cristolândias ao redor do país. Atualmente, estamos em 7 estados com 37 unidades, que atendem diariamente e de forma intensiva, homens, mulheres e crianças envolvidas ou afetadas pelo vício no crack. Pessoas antes escravas das drogas e abandonadas pela sociedade têm encontrado refúgio, esperança e transformação em Cristo. Para a Glória de Deus, mais pessoas têm chegado para somar a este trabalho, através das novas coordenadorias, nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. São muitos os desafios deste novo tempo, mas cremos que, com a ajuda de Deus e a parceria do povo Batista brasileiro, seguiremos avançando neste projeto, que tem dado tantos frutos. No estado do Rio de Janeiro, o pastor Aider Gouveia assumiu em julho de 2016 a coordenação do trabalho, que abrange oito unidades, incluindo a Casa Viver. Para o pastor, o desenvolvimento do Viver no estado é um dos principais objetivos. “Oramos para que o povo

Batista esteja empenhado em se envolver com esse movimento, pois ele será primordial para que nossas Cristolândias tenham menos alunos. Nossas crianças têm que ser alcançadas por esse movimento para que elas não cheguem às Cristolândias”, afirmou. O Viver também tem sido motivo de oração em Pernambuco, onde atua o pastor Gildo Gomes desde julho de 2016. A coordenação no estado enfrenta o desafio de cuidar de uma capital que so-

fre com o aumento de mulheres envolvidas com o crack. “A Fiocruz de Recife fez uma pesquisa e usou como base uma casa da prefeitura e o resultado que eles tiveram foi que, no Brasil, a capital em que mais cresce o número de mulheres usuárias de crack é o Recife”, explicou o pastor. A Cristolândia Bahia está contando com o pastor Raphael Scotelaro que, há cinco anos, vem desenvolvendo trabalhos voluntários e missionários nas unidades do Rio, e desde agosto de 2016

assumiu as da Bahia. “Há muita coisa a ser feita. Oramos para que Deus nos dê a direção para encontrarmos o foco de cada momento, as prioridades. Temos caminhado assim, na esperança de avançar e fazer o trabalho de Deus com excelência”, comentou o pastor. No Rio de Janeiro, o cenário também é animador, com muitos relatos de alunos transformados. “Temos visto alunos reinseridos na sociedade, com carteira de trabalho assinada, outros de

volta à família, outros com boas notas do Enem e entrando na faculdade. Essas coisas mobilizam muito a gente”, relatou o pastor Aider. O trabalho não pode parar! Os líderes clamam a Deus pelo envolvimento das Igrejas com o trabalho realizado nas unidades das Cristolândias. É preciso juntar esforços para que o trabalho continue sendo realizado com excelência, fazendo com que a Cristolândia continue como uma referência nacional entre programas de recuperação para usuários do crack, como apontou o livro “Crack e exclusão social” (2016), publicado pelo Ministério da Justiça e Cidadania, com organização de Jessé Souza. A Junta de Missões Nacionais agradece a Deus e a todos os parceiros da Cristolândia pela bênção de sermos uma referência no combate às drogas. Sabemos que apenas por intermédio de Jesus é possível uma transformação verdadeira em qualquer pessoa. Você pode nos ajudar a continuar esse lindo trabalho! Seja um parceiro orando, doando ou se voluntariando. *Texto publicado originalmente na revista A Pátria para Cristo nº 274. Leia mais em https://goo.gl/iCF4Ix


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notícias do brasil batista

Eleição de nova diretoria e clamor por unidade marcam 113a Assembleia da Convenção Batista Carioca especial na noite de quinta-feira. Missionários conduziram trechos de clamor e conscientização sobre a obra de evangelização no Rio de Janeiro. Enquanto a programação acontecia, o que os obreiros não imaginavam é que, na semana seguinte, o trabalho de capelania socioeducativa seria honrado com o Prêmio Oscar Socioeducativo “Guri”, cedido pelo departamento Geral de Ações Socioeducativas do Rio de Janeiro. A entrega da premiação aconteceu no dia 25 de maio, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

Tiago Monteiro, Jornalismo da Convenção Batista Carioca

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ias de celebração, encaminhamentos e informações sobre projetos que têm contribuído com a transformação do Rio de Janeiro. Assim podemos definir a 113ª Assembleia da Convenção Batista Carioca (CBC), que, entre os dias 09 a 12 de maio, reuniu mais de 400 participantes na Igreja Batista do Recreio dos Bandeirantes - RJ. Sob o tema “Anunciando Reino com o Poder de Deus, Multipliquemos” e divisa baseada em Mateus 6.10, representantes de várias Igrejas cariocas estiveram juntos nos processos de decisão dos rumos das ações denominacionais. Entre tais decisões, destacam-se os pressupostos da reformulação da CBC que estão vindo para reforçar a identidade Batista, bem como direcionar um modo de operação organizacional que privilegie as Igrejas de modo geral. A assembleia marcou ainda a transição da antiga para a nova diretoria, agora formada pelos seguintes líderes: pastor José Maria de Souza, da Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca (presidente); pastor João Reinaldo Purin

Pastor José Maria é o novo presidente da CBC

Junior, da Igreja Batista do Méier (1° vice-presidente); pastor Maurício do Amaral Bossois, da Igreja Batista Tauá (2º vice-presidente); pastor José Paulo Moura Antunes, da Igreja Batista Recreio (3º vice-presidente); irmã Wilma Ferreira da Silva, da Igreja Batista Méier (1ª secretária); pastor Flávio Pereira da Silva, da Igreja Batista Abolição (2º secretário); e pastor Renan de Carvalho Fernandes, da Igreja Batista Saquassu (3º secretário). O novo presidente da CBC, pastor José Maria de Souza, falou sobre suas expectativas com relação a este novo momento. “Eu reconheço que não será algo muito fácil. A di-

retoria que nos antecedeu fez um trabalho extraordinário. Ainda que eu esteja carregando alguns anos de ministério e já tenha experiência no processo denominacional, considero um momento de tremor e temor; algo desafiador. Orem comigo e por mim e vamos juntos realizar algo que Deus deseja, nos caminhos normais e no processo de reforma que já é um clamor nos anos anteriores”, afirmou pastor José Maria. A programação da 113ª Assembleia da CBC foi repleta de participações, tanto na área da ministração pelo louvor quanto nas mensagens e convidados especiais. Contamos, como sempre, com a

presença de líderes da denominação, entre eles o diretor executivo da Convenção Batista Brasileira (CBB), pastor Sócrates de Oliveira, além de representantes das juntas missionárias. Participaram como preletores das noites de celebração os pastores Carlos César Peff Novaes (Igreja Batista Barão da Taquara), Israel Belo de Azevedo (Igreja Batista Itacuruçá), Wander Ferreira Gomes (Igreja Batista do Recreio) e Valdemir Alves da Silva (Igreja Batista do Parque São Basílio).

Sinergia e liderança Houve ainda dois outros momentos importantes. O primeiro foi a diplomação de quase 60 novos líderes que concluíram o Curso de Formação de Conselheiros de Embaixadores do Rei do DCER Carioca. O segundo foi a programação especial de conscientização e testemunhos sobre o Plano Cooperativo, estratégia que anda esquecida por muitas Igrejas. Ao longo do ano, a CBC reforçará o PC com outros depoimentos e textos especialmente preparados e direMissões Rio cionados por um comitê esMissões Rio, o departamen- pecial, formado por membros to missionário da CBC, con- cujas Igrejas permanecem tou com uma participação fiéis ao Plano Cooperativo.


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Congresso “Igreja: ser e fazer” é realizado no Colégio e Faculdade Batista em Campos dos Goytacazes - RJ Raquel Theóphilo, pastora da Igreja Batista em Tapera Campos dos Goytacazes - RJ

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rganizado pelo Centro de Formação de Líderes (CEFOL) da Associação Batista da Planície, o I Congresso “ Igreja: Ser e Fazer”, realizado no dia 01 de abril, nas dependências do Colégio e Faculdade Batista, mostrou claramente a necessidade de investimento em capacitação e reciclagem daqueles que investem sua vida no Reino. O evento deu início ao novo formato de ação do CEFOL, que, por muitos anos, tem formado líderes na região Norte Fluminense. O “Igreja: ser e fazer” propôs um olhar diferenciado aos novos tempos, contextualizando as atividades realizadas pela Igreja, a fim de que sua missão de fazer discípulos ganhe maior eficácia. Com 143 inscritos participando de sete áreas específicas (Liderança, Ministério Infantil, Gestão do Ministé-

Congresso recebeu líderes de diversas regiões e denominações

rio da Música, Implantando o Ministério com Famílias, Mídias Sociais, Sonorização, Gestão do Ministério de Educação Religiosa), o Congresso recebeu líderes de diversas regiões e denominações. Com a Plenária conduzida pela professora Nely Soares, que por anos foi deã do Seminário Teológico Batista Fluminense, os participantes se dividiram nas oficinas que ocorreram durante todo o dia. No período da tarde, um Painel com todos os palestrantes, mediado pelo pastor Alonso Colares, vice-presidente da ABP e diretor Administrativo do Colégio e Faculdade

Batista, demonstrou como a interdisciplinaridade das áreas é importante no conceito “fazer” proposto pelo evento. “Nosso propósito é investir em pessoas que estejam dispostas a servir ao Reino com sua vida”, destacou pastor João Jr, presidente da ABP. Pastor Lincoln Menezes, pastor da Igreja Batista do Parque Universitário, enfatizou que o Congresso de Educação Religiosa impactou com sua proposta bíblica de “ser” e logo após “fazer”. Para ele, as mais variadas necessidades eclesiásticas distribuídas em oficinas fez com que todos conseguissem assumir a responsabilida-

de do “ser” (caráter) e instruir no “fazer” (responsabilidade). “Será um benefício para as Igrejas, que ganharão muito com esse aprendizado para vida de cada congressista e para Igreja”, finalizou pastor Menezes. que foi ministrante da oficina sobre Liderança. “Um momento muito significativo foi estar levando ao conhecimento das pessoas a importância do Ministério Infantil, demonstrando a necessidade de despertar o coração da criança”, foi a opinião do pastor Jorge Jesus, pastor de crianças na Igreja Batista em Vera Cruz, na cidade de Campos. Segundo ele, a procura pelas oficinas demonstra que há sede nos arraiais. Pastor Jorge Jesus também é capelão do Colégio e Faculdade Batista e ministrou a oficina sobre Ministério Infantil. Quem coordenou a oficina “Gestão do Ministério da Música” foi a professora Cláudia Menezes. “Foi um prazer estar nestas oficinas maravilhosas compartilhando sobre como

organizar melhor o serviço na Casa do Senhor”, disse Cláudia, que é ministra de música da Igreja Batista do Parque Universitário e coordenadora do Curso de Música Cristã e Arte Cristã da FABERJ. “O conteúdo me ajudou bastante a entender as crianças com as quais trabalho e a conseguir ensiná-las como é caminhar com o Senhor e ajudá-las no dia a dia em uma comunidade como a que eu trabalho, onde as crianças vão sem seus pais e precisam influenciá-los”, foi o testemunho de Roberta Mothe, de 16 anos, da PIB em Morro do Coco, que participou da Oficina de Ministério Infantil. Já o presbítero Gilberto Diamantino, da Assembleia de Deus, esteve na oficina de lideranca e compartilhou: “Eu estava em busca de um aperfeiçoamento e este curso foi além do que imaginávamos e nosso grupo sairá daqui satisfeito e cheios de vontade de começar a colocar em prática para realizar o propósito para o qual Deus nos chamou”.

Primeira Igreja Batista da Penha - SP lança seu novo formato de EBD Ministério de Comunicação da PIB Penha - SP

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endo a necessidade de obter resultados mais eficientes, relacionado ao envolvimento dos membros no seu programa de ensino, a Primeira Igreja Batista da Penha - SP, após Planejamento Estratégico Educacional, viu a necessidade de uma nova estruturação para a sua Escola Bíblica Dominical (EBD). Em um processo, que durou cerca de um ano, foi construída uma nova matriz curricular e uma proposta metodológica. Três grupos trabalharam na matriz, sendo um GT formado por professores, um grupo operacional e três avaliadores externos. Outro grupo trabalhou especificamente na metodologia. Depois do trabalho concluído foi realizada uma mesa redonda dirigida pela ministra

Sala Panorama do Novo Testamento

de Educação Religiosa Elana Ramirom com os demais membros da Igreja, para dirimir todas as dúvidas antes da implantação da nova EBD. Paralelamente foi realizada uma capacitação de professores/facilitadores para a esta nova etapa, denominada de Escola Bíblica Discipuladora. O objetivo é fortalecer a identidade e o caráter cristão no participante, levando-o à conversão, integração na Igreja e à maturidade espiritual, conforme nos ensina Efésios

4.13. As principais mudanças são: o participante agora é responsável pela construção do caminho e processo de aprendizagem, ou seja, ele escolhe as disciplinas que cursará a cada semestre, de acordo com suas necessidades e interesses; o currículo é aberto, podendo ter inserido ao longo do tempo, novas disciplinas dentro dos objetivos já propostos; a matriz está organizada em quatro eixos - Discipulado, Ministério Teológico e Família - para facilitar a escolha, e

Comitê do Planejamento Estratégico Educacional

existe um núcleo comum, isto é, um currículo mínimo pelo qual o participante deverá passar. A metodologia REI (Relacionamentos Espirituais Internacionais), parte dos princípios da andragogia e do discipulado, promove maior interação e aplicação prática durante as aulas. Com pouco tempo de vida útil, a reestruturação da nova EBD já demostra resultados positivos à PIB Penha, que tinha uma frequência média de 215 jovens e adultos e ago-

ra tem 535 matriculados. A motivação da Igreja para tal mudança é a possibilidade de uma aprendizagem em ambiente rico e prazeroso, com capacitação para o discipulado, participação no serviço cristão, a troca de experiências e ações sociais em relação ao próximo e ao meio ambiente. Desta forma, demonstramos que a vida cristã influencia não apenas a mente, mas também as emoções, a cultura e a sociedade em que cada participante está inserido.


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Conheça a agência missionária UCE Brasil, com sede em São Gonçalo - RJ Roberto Laurindo, pastor

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futebol é uma paixão mundial; o Brasil é conhecido como o país do futebol. Barreiras culturais são quebradas através do esporte, povos se unem em torno de competições esportivas em todo o planeta. Como a maioria dos meninos, um dia eu também sonhei em ser jogador de futebol, jogar no Maracanã lotado, defender um grande clube, chegar a Seleção, representando meu país em uma Copa do Mundo, mas Deus tinha outros planos. Ele me separou e me chamou ao santo ministério da Palavra. Louvado seja Ele! Os anos passaram e, para minha surpresa, Deus me permitiu conhecer a UCE Brasil, com sede em São

Projeto tem o propósito de utilizar o futebol como ferramenta evangelística

Gonçalo - RJ, fundada por Bruno Brito, um ex-atleta profissional, com passagens pelo Fluminense e clubes de Portugal e da Bélgica nos anos 90, membro da Igreja Batista em Jardim Icaraí, em Niterói-RJ. Esta agência missionária reúne cristãos evangélicos interdenominacionais, sendo eles, ex-atletas

do mundo do futebol, profissionais liberais e pastores, de várias regiões do Brasil, com um único propósito: utilizar o futebol como ferramenta evangelística. A UCE Brasil promove a Copa Evangélica do Estado do Rio de Janeiro, uma competição composta por membros de Igrejas evangélicas em

três categorias, adultos, veteranos e masters, com jogos aos sábados, na cidade de Rio Bonito - RJ. Desta Copa, uma seleção é formada, batizada como os “Missionários da Bola”, viajando pelo Brasil e pelo mundo, atendendo convites para amistosos e cultos em parcerias com Igrejas. Nas noites de segunda-feira, na sede da missão, há cultos evangelísticos, atraindo atletas amadores não evangélicos que participam da competição. A quantidade de frutos tem sido grande! Em 2015, estivemos em Honduras, na América Central, pregando em Escolas, Igrejas e presídios, foram mais de 150 decisões ao lado de Cristo; em 2016, fomos para Portugal, Croácia e Hungria, onde a Graça de Deus também operou de

maneira formidável, foram cerca de 35 decisões; agora, em abril deste ano, estivemos outra vez em solo português, nos Açores, onde testemunhamos a fé em Cristo pelas ruas daquele belo arquipélago. O lema da Missão UCE Brasil é “Sonhar os sonhos de Deus”. O coração de Jesus é um coração missionário. As portas estão abertas, os campos estão brancos. Através do futebol encontramos uma ferramenta extraordinária para cumprirmos o Ide do Bom Mestre. Venha conhecer um pouco deste trabalho, seja orando, envolvendo sua Igreja na Copa Evangélica, ofertando ou para o envio daqueles que dizem “sim” ao chamado de Cristo, para pregar o Evangelho pelo Brasil e pelo mundo.

“Turminha de Primeira”, da PIB em Imperatriz MA, realiza II Noite de Talentos Fotos: Monik Santana/Ministério IDE Comunicação

Ben Rholdan, assessoria de Comunicação da Primeira Igreja Batista em Imperatriz - MA

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eixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o reino dos céus” (Mt 19.14). No sábado, dia 06 de maio, as crianças do Ministério “Turminha de Primeira”, da Primeira Igreja Batista em Imperatriz - MA, foram protagonistas da II edição da Noite de Talentos, realizada anualmente em prol da Campanha de Missões Mundiais. Nesta segunda edição, a Noite de Talentos contou com a apresentação de mais de 30 crianças que louvaram a Deus cantando, dançando, recitando poema e até pregando. Como convidados especiais, o evento contou com a presença do pastor Ari Santos (com apresentação de ventríloco) e do cantor mirim Tiago Barreto. Para a ministra de Educação Cristã da Primeira Igreja Batista de Imperatriz, Natividade Ribeiro, essa é uma

Crianças se divertiram na Noite de Talentos

Pastor Ari e seu ventríloco

Mais de 30 crianças estiveram presentes na programação

É da boca dos pequeninos que sai o perfeito louvor

oportunidade para ensinar as crianças o amor pelo trabalho desenvolvido por nossos missionários ao redor do mundo. “Ficamos maravilhados ao contemplar como Deus tem usado as nossas crian-

ças para o seu Reino aqui na terra. Agradecemos aos pais e todos os voluntários que estiveram conosco e nos apoiaram”, agradeceu. Toda a renda da bilheteria e também da cantina realizada

após o evento foi destinada aos missionários Batistas da Junta de Missões Mundiais espalhados por todos os continentes. Para a mamãe Marília Franco, é uma honra poder assistir à primeira apresenta-

ção dos filhos na Igreja. “Ver os meus dois filhos, mesmo tão novinhos, dedicando seus dons e talentos para a Obra do Senhor é um privilégio que sempre sonhei. A Deus toda honra e glória!”, declarou.


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missões mundiais

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Caribe: transmissão do DNA missionário Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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urante o último mês, as Igrejas de um país do Caribe se reuniram para cumprir uma série de exigências para a formação de uma agência missionária de atuação nos campos estrangeiros, segundo informou o missionário Augusto Lima, que participou desses encontros. É uma nova fase do projeto DNA missionário, através do qual Missões Mundiais apoia na transmissão de conhecimento e experiência na formação de novas agências missionárias na América Latina. “A princípio, buscamos nos esforçar para a criação conjunta de uma estrutura mínima de envio de missionários transculturais, tanto a longo quanto a curto prazos”, afirma Augus-

to, desde 2015 no campo caribenho. “Ficou clara a necessidade de trabalhar seis áreas vitais desse projeto: mobilização de Igrejas, processo seletivo de missionários, capacita-

ção dos futuros obreiros transculturais e envio ao campo, cuidado pastoral, administração e finanças”, explica. Os primeiros candidatos a missionários da futura

agência missionária transcultural serão entrevistados ainda este mês e, terminado esse processo, será marcada uma data para o início da formação da primeira turma de obreiros.

Uma realidade que precisa ser mudada é o fato de muitas Igrejas locais olharem apenas para suas vizinhanças. Segundo Augusto, tanto os líderes de missões distritais e provinciais reconhecem que isso será um grande desafio, pois a ênfase está em programas locais de evangelização, e as muitas limitações econômicas produzidas pelo regime condicionaram pastores e líderes a não pensarem globalmente. Augusto finaliza pedindo oração por sabedoria no auxílio da configuração da nova agência de missões transculturais no Caribe. “Sabemos que individualmente nunca poderemos alcançar o mundo todo, nem conseguiremos responder às necessidades humanas em toda parte. Sigamos juntos, pois estamos envolvidos no maior projeto de redenção da história”, conclui Augusto.

Mulheres batizadas na Albânia

Sete mulheres foram batizadas na Albânia

Henriqueta Pechoto – Missionária na Albânia

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stamos muito felizes pela maneira maravilhosa como o Senhor tem trabalhado nos corações de muitas mulheres aqui na Albânia. Há alguns anos foi iniciado um trabalho específico com mulheres não cristãs nos arredores da capital, Tirana, em uma localidade chamada Prush. No início clamamos, com muita fé e constância, para que vidas se convertessem

a Cristo e, assim, muitas famílias fossem alcançadas pelo Evangelho. A sede desse Projeto é na Fundação Shpresa per Shqiperia (Esperança para a Albânia, em albanês), sustentada por Igrejas Batistas da Holanda e atuante há mais de 25 anos no país do Leste Europeu. Tenho ajudado e colaborado desde o início deste trabalho de evangelização de mulheres, ministrando estudos bíblicos, ensinando culinária, artesanato e beleza.

Ceia do Senhor ministrada pelo missionário Henrique Davanso após os batismos na Albânia

Há cerca de dois meses, a coordenadora do grupo, Leta Cenolli, me convidou para participar do batismo de algumas mulheres. Ministramos, então, o curso de batismo, e no dia 13 de maio, para a honra e glória do Senhor, sete mulheres foram batizadas. Em seguida, o missionário Henrique Davanso celebrou a Ceia do Senhor, um momento muito especial no qual mais uma vez testificamos do amor e da salvação em Cristo Jesus. Henriqueta Davanso, à esquerda, apoia projeto de evangelização de mulheres na Albânia


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Igreja Batista de Neves - RJ comemora 87 anos e consagra 04 novos diáconos Rogério Araújo (Rofa), jornalista, diácono, ministro de Comunicação e secretário da Igreja Batista de Neves - São Gonçalo - RJ

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Igreja Batista de Neves, em São Gonçalo - RJ, comemorou em 30 de março de 2017, os seus 87 anos de organização, sob o tema: “Transformando vidas através do Evangelho de Cristo”. Este ano, os eventos comemorativos tiveram um sabor especial, já que, no próprio dia, em uma quinta-feira, foi realizado um Culto de Gratidão por mais um ano completado pela Igreja e, também, coincidentemente, pelo pastor titular Valtair Afonso Miranda, que completou 45 anos de idade. E ambos tiveram, além de “banquete espiritual”, uma recepção surpresa. Além desta data, as conferências se estenderam pelo dia 1º de abril, quando foram consagrados quatro novos diáconos, após concílio examinatório no dia 25 de março do corrente - tendo a presença de 22 pessoas, entre outros diáconos de Igrejas coirmãs e pastores. Na ocasião do Culto Consagratório, estiveram presentes

Consagração dos quatro diáconos

o pastor Elton dos Santos Pinto (pastor da Primeira Igreja Batista Mutuá - SG), representando a Associação Batista Gonçalense (ABD) e o secretário-executivo da Convenção Batista Fluminense (CBF), pastor Amilton Vargas - e o diácono Alexandre Rosa, coordenador da Associação de Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro (ADIBERJ) Seccional São Gonçalo. Além do orador oficial, pastor Ricardo Moraes (pastor da Primeira Igreja Batista Barro Vermelho - SG), que contou já ter sido diácono, pregando sobre I Coríntios 16.14: “Façam tudo com amor, servindo motivado pelo amor, que é um princípio bíblico”. No final, foram consagrados, com imposição de mãos, ao ministério Diaconal, os irmãos: Carmen Lúcia Gomes Corrêa de Jesus, Ezer Dias Ferreira, Jenaína Mara Martins de Andrade dos San-

Os 12 diáconos e pastores da Igreja

tos e Roberto Márcio Campos. No dia seguinte, 02 de abril, além dos novos diáconos servirem a Ceia do Senhor pela primeira vez, no culto matutino, foi feita a foto oficial com os quatro e os outros oito diáconos da Igreja, consagrados em 24 de outubro de 2009, totalizando o número de 12: Orquinézio de Oliveira (presidente), Rogério Araújo (vice-presidente) Luiz Almeida (secretário), Arina Marins, Dalva Moura, Francisco Araújo, Jacira Rodrigues e Roberto Moura. Todos com chamado para servir a Deus, a Igreja e auxiliar o ministério pastoral. À noite, encerrando as atividades comemorativas dos 87 anos da Igreja, tivemos a participação do ministério de Louvor e do pastor Fábio Botelho (pastor da Primeira Igreja Batista Santa Luzia -

SG), como orador oficial, tendo como tema “Discipulado: um estilo de vida”, alusivo à implantação do Pequeno Grupo Multiplicador (PGM) na Igreja de Neves. A IB Neves conta, hoje, com dez ministérios e dois pastores auxiliares do ministério titular: pastor Júlio César Costa dos Santos e pastor Leandro dos Santos Ferreira, que cresceu, foi seminarista e consagrado em Neves, casando-se também na Igreja e que deixou em forma de poema uma homenagem à sua Igreja do coração, que abaixo está transcrito: Neves Igreja Batista Em Neves Igreja Sempre estar deseja O coração que almeja Amar o Deus da Igreja

Doar os talentos com dedicação Uma vida viver em oração Em Neves Igreja Batista Sempre sendo um dizimista Fazendo a obra voluntarista Vivendo em atitude altruísta Estudando a Bíblia com devoção De casa em casa em comunhão Multiplicando os discípulos em ação Fazendo minha parte na proclamação Em Neves Igreja Vencendo minha peleja Minha vida de fé em fé esteja Em Cristo a esperança seja

Em Neves Igreja Batista A eternidade (o céu) em conquista O amor cristão sempre à vista Servir a Deus em adoração Sigo Jesus meu mestre evanEstar com os irmãos em união gelista

Organização MR da SIB em Heliópolis - RJ realiza culto com tema “Levanta e Resplandece” Deliane Patrocínio, conselheira das Mensageiras do Rei da Segunda Igreja Batista em Heliópolis Belford Roxo - RJ

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m 06 de maio de 2017 aconteceu o Culto Anual das Mensageiras do Rei (MR) da Segunda Igreja Batista em Heliópolis, na cidade de Belford Roxo - RJ, que tem como presidente o pastor Walter Ivantes. O Culto teve como tema: “Levanta e Resplandece” e divisa baseada em Isaías 60.1a: “Levanta-te e resplandece porque já vem a sua luz”. O evento contou com a direção da irmã Edneuza Costa

Mensageiras do Rei da Segunda Igreja Batista em Heliópolis - RJ

e a preletora foi Deliane S. Patrocinio. As MR’s anfitriãs (Segunda Igreja Batista em Heliópolis), receberam a todos cantando à capela o cântico “Espírito Santo”, da cantora Priscila Alcân-

tara. A MR Beatriz Conceição fez uma oração inicial e foram feitas as boas-vindas pela MR Luana Santos, em que todos foram convidados a cantar o hino “Levanta e Resplandece”, de Pâmela Suellen.

Logo após, a conselheira Letícia Costa deu início a recitação do tema, divisa, pacto, ideais e o hino oficial das Mensageiras do Rei, junto às meninas. Tivemos a participação das Mensageiras do Rei da Missão Batista Betel (Belford Roxo) com dois louvores e também das Mensageiras do Rei da Segunda Igreja Batista de Areia Branca (Belford Roxo) com mais duas canções. As MR’s anfitriãs apresentaram uma coreografia do louvor “Teu Santo Nome”, da Gabriela Rocha e, com uma oração da diaconisa Glória, a palavra foi passada à mensageira da noite, irmã Deliane Patrocinio.

Depois da mensagem, as MR’s foram à frente e cantaram o seguinte corinho: “Nós somos mensageiras, servindo ao Senhor, pregando Sua Palavra e ministrando o Seu amor”. Uma vez Mensageiras, sempre Mensageiras do Rei! O culto foi encerrado com uma oração pastoral, feita pelo pastor Walter Ivantes. Recebemos na festividade, além das mensageiras e membros da Igreja e da participação das duas Igrejas irmãs, a presença de familiares crentes e não crentes das MR’s aos quais foi lançada a boa semente. Louvado seja Deus!


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OBITUÁRIO

Pastor José Almeida Guimarães foi chamado à presença do Senhor Francisco Bonato Pereira, pastor, historiador, membro do Conselho Editorial de OJB

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pastor José Almeida Guimarães foi chamado à presença do Senhor no dia 22 de abril de 2017, aos 84 anos de idade, depois de servi-Lo por 54 anos no ministério pastoral, para o qual fora por Ele convocado. O Culto em Ação de Graças pela vida do pastor José Almeida Guimarães foi celebrado no domingo, dia 23 de abril de 2017, dirigido pelo Pastor Ney Ladeia, iniciado às 08 horas e concluído às 10h, no templo da Igreja Batista da Capunga, no Recife, onde o pastor José Almeida Guimarães exerceu o ministério pastoral por 26 anos (1980 – 2016). Ele foi parte integrante desse Corpo de Cristo até sua chamada à Casa Celestial, com a presença da esposa Débora, dos filhos Cassia Gislene (e o marido Robertson), Claudio Marcos (e a esposa Jeusa) e Marco Aurélio (e a esposa Maria Luisa), dos netos Tiago, Carlos, Paulo, Débora, Lucas, Jessé e Rebeca e o bisneto Mateus Vinicius; dos pastores e diáconos da IB Capunga, e representantes das Instituições de que fez parte: Seminário Teológico Batista do Norte - STBBB (pastor João Virgilio Ramos André), Colégio Americano Batista (CAB) (pastor Joel Bezerra), Seminário de Educação Crista (SEC) (Rosemária Palmeira, Nancy Naves e Maria Marques Pereira) e Ordem dos Pastores Batistas (Luís Barroso), José Almeida Guimarães nasceu em Maceió - AL, em 02 de agosto de 1932, filho de José Marcolino Guimarães e Maria Almeida Guimarães, tendo como irmãos João, Hildebrando e Daniel. Estudou no Liceu Alagoano e depois no Colégio Batista Alagoano,

em Maceió. Aos 17 anos (1949), recebeu a chamada para o serviço do Mestre, vindo ao Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) em 1950 para cursar o Bacharelado em Teologia. Consagrado ao ministério pastoral no dia 29 de maio de 1953, aos 20 anos, assumiu o pastorado da Igreja Batista da Concórdia, no Recife. No STBNB, em 1954, recebeu o grau de bacharel em Teologia. Na Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP - recebeu a graduação em

Filosofia. Exerceu o magistério no CAB e no SEC, como professor de Língua Portuguesa e Teologia Sistemática, e no STBNB como professor de Música e da disciplina de Novo Testamento e Antigo Testamento e Teologia Sistemática. Casou em 1954, com Maria Débora Xavier Guimarães, com quem teve os filhos Cássia Gislene, Claudio Marcos e Marco Aurélio. Sua esposa Débora, formada no SEC (Escola de Trabalhadoras Cristãs) como Educadora Religiosa,

foi sua apoiadora física e intelectual em todo o ministério. Os filhos Cassia (Robertson), Claudio (Jerusa) e Marcos Aurélio (Maria Luísa), lhes deram os netos Tiago, Carlos, Paulo, Débora, Lucas, Jessé e Rebeca e o bisneto Matheus Vinicius e está sendo aguardada nesta semana a chegada da bisneta Sofia. Os seus dois grandes ministérios foram exercidos na IB Concórdia (1953-1980), onde dirigiu a construção do templo, e na IB Capunga (1985-

Nos anos seguintes, tornou-se secretário Executivo da Junta Executiva da Convenção Batista de Pernambuco (JUNTIVA/PE). Em 1980, com 48 anos de idade, assumiu o pastorado da Igreja Batista da Capunga, no Recife, onde permaneceu durante cerca de 26 anos, até 30/09/2006. Em 1990, foi reitor do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Foi professor da Universidade Católica de Pernambuco, da Universidade Federal Rural, do Seminário do Norte e do Seminário de Educadoras Cristãs. Em 1993, recebeu o título de Doutor Honoris Causa, do Seminário do Norte. Em 1994, recebeu o título de Cidadão Honorário do Recife. Em 1996, junto aos irmãos da Igreja da Capunga, esteve em Israel. Em 2001, recebeu o título de Cidadão Pernambucano, da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Serviu a Deus pastoreando Igrejas nos estados de São Paulo e de Pernambuco. Integrou a comissão organizadora da Faculdade Teológica Batista de Campinas (FTBC) (1978), em Campinas - SP. Pastoreou a Igreja Batista Vida Nova em Campinas - SP, de 15 de junho de 1972 a 16 de março de 1980. Em Pernambuco, pastoreou, por último, a Igreja Batista em Caixa d´Água, no município de Olinda - PE. O pastor Edwart Cavalcanti de Albuquerque era casado com a professora Milzede de Moura Barros Albuquerque, coordenadora de pós-graduação do Seminário de Educação Cristã. O último culto de gratidão pela vida do pastor Edwart Cavalcanti Albuquerque foi celebrado na Capela do Seminário de Educação Cristã, às 09h, do dia 25 de abril de 2008, e o sepultamento ocorreu às 11h no Cemitério Parque das Flores, no bairro do Curado. A Deus toda glória, honra e louvor!


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ponto de vista

Fútil ou útil?

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erdamos de Adão, da sua natureza pecaminosa, um pensamento fútil, vazio, que não tem importância ou mérito. A pessoa fútil é superficial, tem um aspecto enganador, não inspira confiança e não tem constância em suas práticas. É frívola e leviana em suas atitudes e gestos. Ela está voltada para coisas - carro, casa, moda, objetos de decoração, adereços ou enfeites, relógios, celulares, smartphones, tablets, perfumes, etc. Está mais voltada para a aparência do que para o coração. Mais com a estética do que com a ética, como a “prefeita ostentação”, Lidiane Leite, de Bom Jardim, no Maranhão, que torrou o dinheiro da educação para utilizá-lo em viagens e outras despesas pessoais. Geral-

mente a pessoa fútil gasta dinheiro naquilo que não é pão, naquilo que não pode satisfazer o coração. Interage mais com máquinas do que com pessoas. Não tem sensibilidade. A pessoa fútil está interessada em novelas, em revistas de fofoca e de “celebridades”. Usa as redes sociais para postar fotos inúteis, contar vantagens e fazer comentários sem propósito. Gosta muito de aparecer. Vive a cata de novidades, à semelhança dos filósofos de Atenas, na Grécia antiga (Atos 17.21). Na sua futilidade, o ser humano aprecia comentar a vida alheia e de forma negativa. Não tem maturidade para ouvir e nem para aconselhar as pessoas. É insuportável o papo da pessoa mergulhada na futilidade. Uma conversa

sem graça, cheia de legalismo. A pessoa na futilidade torna-se o centro de si mesma. Não tem cruz. Mas, em Cristo Jesus, o segundo Adão, que morreu na cruz por nós, deixamos a vida fútil para recebermos do Senhor a vida útil. Mas o que é ser útil? É servir, trazer benefício, facilitar e trabalhar para ajudar o próximo. A pessoa útil é proativa porque tem conteúdo, vida madura, vida de Cristo. Ela estende as mãos para ajudar com prazer, com alegria, com celebração. Ser útil é estar à disposição para servir em amor. Jesus sempre foi útil, pois “Andava por toda a parte fazendo o bem” (At 10.38). Ele é o nosso modelo de utilidade, de diaconia efetiva e entrega incondicional. A pessoa útil está voltada

para pessoas e não para coisas. O seu interesse é abençoar o próximo, é ajudá-lo na sua peregrinação cristã. Ela tem a capacidade de encorajar os que estão cansados. Sabemos que os religiosos judeus da parábola do Samaritano eram fúteis, mas o Samaritano era útil (Lc 10.2537). A pessoa fútil pensa em si mesma e não no próximo. Ela quer salvar a sua pele. Mas a pessoa útil arrisca a sua vida para salvar a do próximo. Como o Samaritano, ela cuida do outro com amor. Dorcas era útil porque servia às viúvas, presenteando-as com roupas (At 9.39). É muito bom ser útil! É do cristão genuíno servir ao próximo com o amor e a solidariedade de Cristo Jesus. O cristão autêntico, nascido de novo, tem prazer em imitar o Mestre.

Quem é fútil não muda positivamente o seu ambiente. Ela está focada no seu próprio umbigo, alimentando o seu narcisismo. Mas a pessoa útil é uma agente transformadora da sociedade. É carregada de sonhos. O seu prazer é contribuir para melhorar a vida das pessoas mais necessitadas. Exerce a utilidade na distribuição de dons, talentos e renda. A pessoa útil não multiplica para si, mas divide com os outros. Que cada um de nós seja útil para que haja mudança da cosmovisão que está posta neste mundo. Vamos mudá-la com a cosmovisão de Cristo Jesus, nosso Senhor. Que o Pai nos livre de uma vida fútil e nos conceda viver uma vida útil para abençoar as pessoas e glorificar o Seu grandioso nome!

Despoluindo a mente Antônio Mendes, pastor da Primeira Igreja Batista de Atibaia - SP

A

o abordar este assunto, podemos destacar dois pecados que lutamos, dia a dia, em virtude da sua influência em nossas vidas. O apóstolo Paulo retrata muito bem a luta que enfrentamos e que ele também enfrentou: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; pois o querer o bem

está em mim, mas não o realizá-lo” (Rm 7.18). Em I Coríntios 6.18, a Palavra de Deus menciona o pecado praticado no corpo e fora dele. O pecado no corpo pode se tornar visível. Porém, o pecado fora do corpo (o da mente, ou do coração) muitas vezes não se torna visível. Talvez, esse pecado seja o mais difícil de ser tratado. Nosso coração é mais enganoso do que todas as coisas e corrupto (Jeremias 17.9), por isso, precisa ser muito vigiado. Nós somos salvos

e temos a mente de Cristo: “Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (I Co 2.16). Não podemos ignorar que é do nosso coração que brota tudo o que é ruim. Foi o próprio Jesus quem disse: “Porque do coração é que saem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos e calúnias” (Mt 15.19). É muito sério o controle da nossa mente. Veja

o que diz Provérbios 23.7a: “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é” (versão Revista e Atualizada). Diante do exposto, não há como esconder que a despoluição da nossa mente é a maior luta que enfrentamos. Além da nossa carne pecaminosa, nossos olhos e ouvidos sempre estão em contato com filmes, músicas e cenas do cotidiano que nos expõem aos pensamentos que precisam ser dominados, nos achegando ao trono da graça. Precisamos confes-

sar os nossos pecados, e não nos tornar surdos à voz do Espírito Santo. Vamos nos apegar a uma das grandes receitas de Deus para nos ajudar nesta incessante luta da despoluição da nossa mente: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8).


o jornal batista – domingo, 28/05/17

ponto de vista

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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

Como dar um jeito no jeitinho brasileiro?

V

ivemos hoje no Brasil e no mundo situações ligadas à corrupção, que a cada dia noticiadas nos meios de comunicação criam dúvidas sobre o nosso futuro. Já não há mais em quem confiar, sejam nos órgãos do governo, seja no meio empresarial e até o cidadão comum, que quando recebe notificação, por exemplo, do vencimento dos 20 pontos na Carteira de Habilitação, logo pensa em lançar parte dos pontos em nome de outra pessoa que possa concordar. Vivemos em um ambiente cultural, como Paulo já previa, “No meio de uma geração pervertida e corrupta” (Fp 2.15). No meio de todo esse caldo, a palavra “jeitinho” surge com forte impacto. Dizem que o jeitinho é brasileiro, mas é internacional, como temos visto nas últimas notícias mundiais. Contudo, me parece que aqui o jeitinho é como uma tintura que já invadiu quase todo tecido da vida nacional. O jeito ou o “jeitinho brasileiro” é a filosofia do: “Se dá certo é certo”; desde, é claro,

que “dar certo” signifique “resolver meu problema”, me “dar vantagem”. O jeitinho é quase um código secreto de relacionamento. Se algo der errado é só pensar em “dar a volta” e fazer com que as coisas fiquem do nosso lado. O jeitinho não se prende às normas, quer superá-las, subjugá-las. A lei é temporariamente suspensa, cria-se a exceção e depois tudo volta ao normal. Como disse, uma faceta do jeitinho é a corrupção que está presente naquele jeito de conseguir uma concorrência ou no jeito de “ajudar” o fiscal (se ele for “do mal”) esquecer a punição ou mesmo no jeito de apressar um processo em uma repartição pública, ou ajudar um político a ganhar uma eleição para obter depois vantagens para meu negócio ou empresa. Há também o jeito positivo. A inventividade e a criatividade são algumas das facetas mais relevantes do lado positivo do jeito. O brasileiro possui uma alta capacidade de adaptação às situações mais inesperadas que, muitas vezes, pode significar entre

estar desempregado ou arranjar uma profissão alternativa para manter a si próprio e à família. O jeito é também conciliador, permitindo que se crie uma solução favorável para uma situação a princípio impossível. É o caso do operário que “cobre” o outro em seu turno enquanto àquele participa de um curso no supletivo, para ganhar o tempo perdido. Os dilemas éticos do jeito podem surgir quando temos o descaso da ação governamental em áreas como a segurança pública, educação, saúde, volume excessivo de impostos, que gera o “salve-se quem puder” que, por sua vez, alimenta o jeito e incentiva a transgressão das normas. Quando o agente fiscal ou um guarda rodoviário surge pode haver suborno, que é alimentado pela impunidade. E assim fecha-se o círculo em que o eixo é o jeitinho que faz girar a máquina da corrupção. E então, o Brasil tem jeito? Afirmo que sim. Temos, no momento, diversos setores do poder judiciário, incluindo Ministério Público, Polí-

cia Federal, com operações que estão revelando crimes e mais crimes de corrupção do colarinho branco, como se dizia. A cada dia surgem novidades que nos deixam estarrecidos. A Operação Lava Jato, com suas diversas fases, é um bom exemplo. Então, a impunidade de que tanto falei no meu livro “Dando um jeito no jeitinho - como ser ético sem deixar de ser brasileiro”, começa a ser fortemente neutralizada. Desejamos e esperamos que esse e outros sucessos semelhantes coloquem o País a limpo. Parabéns a estas autoridades. Mas temos ainda que pensar que, além destas eficazes operações, será necessário haver transformação do indivíduo por dentro; aqui temos a solução vinda pela transformação que o Evangelho proporciona. Já é conhecido, por exemplo, pela polícia do Rio, que o Evangelho consegue transformar presos em pessoas decentes. Mas, ainda, por fora do indivíduo, precisamos providenciar educação de ideais e valores nobres e eleva-

dos, além de mecanismos de controles políticos, legais e sociais. Então, a educação é outro elemento transformador que o País necessita dedicar urgente prioridade. Uma educação que forme o sujeito histórico (eficaz) antes de formá-lo como sujeito produtivo e eficiente. Veja que é possível dar um jeito no jeitinho, é só darmos apoio às autoridades sérias, que não estão envolvidas em corrupção, mas a estão debelando; votar conscientemente em candidatos e candidatas exemplares e com competência; atuar na sociedade por meio de um espírito de cidadania responsável; a Igreja cumprir sua missão profética (veja meu artigo publicado aqui nesta Coluna “Por uma Igreja revolucionária” (23/04/17); aperfeiçoarmos o processo educativo desde a infância; e, ampliarmos nossa obra de pregação do Evangelho transformador desenvolvendo discípulos transformados e transformadores (Mateus 28.19-20; I Timóteo 2.20). E nós, cristãos, aceitamos entrar nesses desafios?



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