OJB Edição 22 - Ano 2018

Page 1

ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 03/06/18

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXVII Edição 22 Domingo, 03.06.2018 R$ 3,20

Fundado em 1901

Voluntários brasileiros evangelizam mais de 400 crianças em Moçambique São seis irmãos em Cristo que se inscreveram no programa Voluntários Sem Fronteiras e até o dia 30 de maio usaram seus dons e talentos para abençoar vidas na África, sob a coordenação da missionária Jacqueline Matos. Página 11

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Radical Amazônia ministra palestra para ER na IB do Barro Preto - MG

PIB em São João de Meriti - RJ realiza 750 atendimentos em Dia de Ação Social

Página 08

Página 10

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Mães do Núcleo Social em Ijuí - RS são homenageadas com chá da tarde

Primeira Igreja Batista de Bauru - SP promove torneio de futebol evangelístico

Página 10

Página 13


2

o jornal batista – domingo, 03/06/18

reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

Siga o exemplo

A

ntes de mais nada, quero parabenizar você, homem Batista, pelo seu dia. Vocês ajudaram e ajudam na propagação do Evangelho no Brasil e no mundo. Com certeza, durante toda a sua vida, você teve exemplos, bons ou ruins, que contribuíram para formar quem você é hoje. A Bíblia, nossa regra de fé e prática, traz muitos exemplos de homens que foram fiéis ao Senhor e hoje servem de inspiração para tantos outros. Noé é um grande exemplo de confiança e obediência a Deus.

Em meio a um tempo caótico, ele decidiu ouvir a voz de Deus e ter sua vida guiada por Cristo. Por causa disso, debocharam e o chamaram de louco; no fim das contas, a obediência gerou salvação para Noé e toda a sua família. Em Gênesis 6.9, a Palavra vai dizer que “Noé era homem justo, íntegro entre o povo da sua época; ele andava com Deus”. Abraão também deve ser lembrado. O nosso “Pai da Fé” ouviu a voz do Senhor e se permitiu ser guiado para o lugar que Deus já tinha reservado para ele. Mais tarde,

sua fé foi provada. Ele deveria entregar seu filho como sacrifício ao Senhor e, sem titubear, ele obedeceu. Mais tarde, a história vai mostrar que seu filho não foi morto e que Deus providenciou o cordeiro. Só confia integralmente quem tem plena certeza de quem é Deus e o que Ele pode fazer. Jó tinha a vida que muitos sonham em ter: vários bens, filhos, e o mais importante, era um servo fiel ao Senhor. Mas Deus permitiu que tudo isso viesse abaixo. Filhos morreram, os bens se foram e a saúde também. Mesmo assim,

Jó deu testemunho de sua fé, não abandonou o Senhor e foi honrado por isso. Que você, homem, absorva esses bons exemplos e seja cada vez melhor para a sua família, no trabalho, na Igreja e em seu relacionamento com Deus. Assim como você se espelhou em tantos outros para chegar até aqui, que a sua vida seja um exemplo e impacte muitas pessoas. “O homem de discernimento mantém a sabedoria em vista, mas os olhos do tolo vagueiam até os confins da terra” (Pv 17.24).


o jornal batista – domingo, 03/06/18

reflexão

MÚSICA

3

hollanda1929@outlook.com

ROLANDO DE NASSAU

Cantata de Verner Geier para o domingo da Ressurreição

(Dedicado à leitora Mary Geier, de Brasília - DF) ão raras as cantatas sacras a respeito da Páscoa em celebrações na Igreja Católica Romana ou em Igrejas Protestantes. Johann Sebastian Bach (1685-1750), em 1707, tomou como modelo o “concerto” de Johann Pachelbel (16531706), intitulado “Christ lag in Todesbanden” (Cristo jaz preso pelos laços da morte). Talvez tenha tocado ao órgão uma “fantasia” (BWV-695) sobre o esboço da sua futura cantata. Compôs, em 1708, sozinho, uma obra para a Páscoa; na ocasião tinha apenas 23 anos de idade; foi uma das primeiras cantatas de Bach; não intitulou essa obra de “cantata”, mas de “concerto”, para ficar de acordo com a tradição da Alemanha setentrional e central. A obra de Bach se diferenciava das cantatas produzidas em Leipzig naquela época. O texto limitou-se à letra de Lutero, escrita em 1524 (ver: “Evangelisches Gesangbuch”, nº. 101), e a música baseou-se integralmente em uma melodia medieval (ano 1.160 - século 12), procedente de Salzburg (Áustria). Bach interpretou, musicalmente, o pensamento de Lutero expresso nas sete estrofes do hino.

S

A cantata pascal de Bach “É uma obra-prima de interpretação textual barroca” (ver: Alfred Dürr, As cantatas de Bach, pp.392-399. Bauru - SP: Edusc, 2014). Como escreveu Jacques Chailley (ver: Les Passions de J.S.Bach, p.268. Paris: 1963), “Acima da veemente dor da humanidade, paira a cristalina e serena melodia de Igreja”. Compostas também para a Páscoa, encontramos as cantatas “Gott hat dem Herrn auferweckt” (1756, H-803) e “Anbetung dem Erbarmer” (1784 - H807), de C.P.Emmanuel, e “Erzittert und fallet” (F-83), de W.Friedemann, filhos de J.S. Bach e a cantata “O Haupt voll Blut und Wunden” (1830), de seu admirador e divulgador Felix Mendelssohn. No culto dominical matutino de 01 de abril de 2018, na Igreja Memorial Batista, foi apresentada a cantata “Cristo vive!”, de Verner Geier (1950), executada pelo “Madrigal”. Em boletim especial, foi erroneamente anunciada uma “cantata de Páscoa”. Torna-se oportuno esclarecer: madrigal é uma peça de música profana para vozes, em que há uma alternância de tons tristes e alegres; esta forma foi cultivada por Jacob Arcadelt, Roland de Lassus, William Byrd e Claudio Monteverdi, entre os séculos 16 e 17; alguns compositores escreveram madri-

gais espirituais com finalidade religiosa. Verner Geier é hinógrafo (HCC-380, 1980; 407, 1983; 311, 1986) e compositor Batista, gaúcho de Santo Ângelo e Ijuí - RS, autor da coletânea “Salmos em Coro” (JUERP, 1988) e de “Enquanto aqui viver” (1967); produziu a maior parte de suas composições (metrificações e paráfrases) com base na Bíblia. Ele foi ministro de música da Primeira Igreja Batista de Mesquita e da Igreja Batista de Acari, no Rio de Janeiro; da Primeira Igreja Batista de Ijuí - RS, da Igreja Batista Central de Taguatinga e da Igreja Batista do Lago Norte, em Brasília - DF. Verner graduou-se bacharel em música no STBSB e em composição e regência na Universidade de Brasília. Foi dada oportunidade para ser apresentada, por coros reunidos e orquestra, a obra coletiva “Era uma vez uma cruz ...”; em sua elaboração participaram 20 pessoas. Trata-se, na verdade, de um “medley” (miscelânea vocal ou instrumental; seleção de melodias populares no século 19). “Cristo vive!”, de Verner Geier, é uma cantata, em cinco partes, baseada nos relatos evangélicos de Mateus, Marcos, Lucas e João; sua execução dura 24 minutos. Atuaram Antônio Henrique

Lino Melo e Silva (regente coral), Moisés de Miranda Barreto (regente congregacional), Helmuth Warkentin (narrador), Thales Souza Silva (pianista), Rodrigo Machado Guimarães (organista), Claudeth Lemos Ribeiro (contralto solista), Cristiane Falco Corrêa de Sá Carneiro (soprano solista), 14 vozes femininas e 12 masculinas. Devido a enfermidade, assistimos o culto da Memorial por meio da transmissão “Streaming” ao vivo (www.imbb. org.br/); à medida em que se processava a cantata, anotamos as nossas impressões sobre o conteúdo literário e a expressão musical; foram as seguintes: 1 - “Aleluia, Cristo vive!” Na execução do “Madrigal”, acompanhado pelo órgão, uma melodia intranquila permitiu-nos sentir o temor das mulheres (as duas Marias e Salomé, no relato de Marcos) de serem vistas, e a preocupação com a dificuldade de abrir o sepulcro de Jesus, “no primeiro dia da semana” (domingo, na semana judaica). 2 - “O sepulcro está vazio!” As mulheres se alegram ao constatar que o sepulcro estava vazio, mas logo ficaram atemorizadas ao verem o anjo. A música inicialmente cria um ambiente alegre, porém, instigante, um misto de temor

e alegria, conforme o estilo de um madrigal. 3 - “Porque buscais entre os mortos?” A melodia reflexiva faz com que as mulheres no relato evangélico e os ouvintes no santuário da Memorial lembrem-se das palavras de Jesus a respeito de Sua morte e ressurreição. 4 - “Aleluia, Cristo vive! Ressuscitou!” As mulheres tinham levado, de forma exultante, as Boas Novas aos discípulos, que acharam estarem elas delirando. A soprano Cristiane Falco Corrêa de Sá Carneiro e a contralto Claudeth Lemos Ribeiro, em dueto gracioso e convicto, representaram as reações das mulheres de Jerusalém que testemunharam sobre o túmulo vazio. Será que a plateia na Memorial acreditou no relato das solistas, neste trecho, e dos coristas, no final da cantata? 5 - “Cristo ressuscitou, aleluia!” Na conclusão, tivemos a apoteose; tomando o exemplo de John Stainer, a Congregação foi convidada por Verner a participar efusivamente da alegria pela ressurreição de Jesus Cristo, sem precisar recorrer ao refrão “Feliz Páscoa”!


4

o jornal batista – domingo, 03/06/18

reflexão

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Jesus acalma a tempestade lias desabrigadas, ruas sujas ou Wanderson Miranda de Almeida, colaborador de OJB destruídas, terrível. Mas o que podemos fazer o ler o texto que fala quando vem uma tempestasobre Jesus acalman- de? A Bíblia tem a resposta! O do a tempestade, texto de Lucas 8.22-25 narra pude pensar não só como os discípulos de Jesus na tempestade de forma literal, enfrentaram uma tempestade. mas nas diversas tempestades Foi uma literal e, para piorar, pelas quais passamos em nos- eles estavam no mar. Eles essa vida. Falo sobre aquelas tavam em um barco quando, provas ou situações nas quais de repente, o tempo mudou. parece que nosso barco vai O mar, que estivera calmo, afundar, sabe como? Imagino ficou terrivelmente agitado. que sim. Quem nunca passou A situação foi tão complicada que “o barco estava sendo por uma tempestade? As aflições do nosso mun- inundado”. Você já viveu alguma situdo estão aí. Temos os nossos problemas pessoais, aquelas ação assim? Sua vida estava situações inesperadas que indo bem, até que surgiu “uma nos acontecem e, além disso, tempestade”, que começou a ainda temos um mundo cada incomodá-lo, você entrou em vez mais afundado no peca- desespero, não via saída...Se do - violência, corrupção, o aconteceu, o que você fez? Os discípulos chamaram o prazer acima de tudo - essas condições nos afetam; a carga especialista em mar revolto: Jesus. O versículo 24 diz que costuma ser pesada mesmo. Podemos dizer que as ondas eles clamaram: “Mestre, Mesda vida já nos dão trabalho, tre, vamos morrer!”. Talvez imagine uma tempestade; a alguém queira frisar o medo última que aconteceu por aqui dos discípulos, mas quem nuncausou grandes estragos. Famí- ca sentiu medo diante de uma

A

situação dessas? Eu já senti, tenho que ser franco. Minha intenção não é falar sobre o medo, mas sobre aquele que pode acalmar qualquer tempestade, literal ou não, que aconteça em qualquer lugar. Jesus é o único que pode fazer isso. O texto, ainda no versículo 24, diz que “Ele se levantou e repreendeu o vento e a violência das águas; tudo se acalmou e ficou tranquilo”. O que para os homens é causa de desespero, medo, para Jesus não é. O que para os homens é um beco sem saída, para Jesus não é. Ele coloca tudo no lugar, acalma e tudo fica “tranquilo”. Eu não preciso saber que tipo de tempestade você tem passado, isso não tem importância. Se é um probleminha ou um problemão, não faz a menor diferença, pois Jesus é aquele que resolve a situação, coloca tudo no seu devido lugar e ainda deixa as pessoas admiradas, porque Ele sempre será o Jesus que acalma qualquer tempestade.

Direção para o planejar erá que alguém, constantemente, planeja a sua vida para a autodestruição? Conscientemente, talvez não. Na prática, porém, há comportamentos que, eventualmente, levam à morte. O livro de Provérbios tem um conselho, para aqueles que “levam a vida, sem pensar na vida”: “Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas é o Senhor quem dirige os seus passos” (Pv 16.9). Planejar significa liberdade de escolha. Significa, acima de tudo, sofrer as consequências das escolhas feitas e não ficar choramingando, buscando colocar a culpa nos outros. Quando o livro dos Provérbios foi escrito, o termo coração significava a intimidade do processo e,

consequentemente, o grau de responsabilidade daquele que planeja. Daí a importância do final do versículo, que mostra a necessidade de critérios mais do que simplesmente individuais, nos planejamentos pessoais. O Deus que nos dirige é o mesmo Deus que nos ama. Negligenciar esta verdade é um empurrão para a postura da desconfiança. Mas pedir ao Senhor “direção para os nossos passos” é o sábio reconhecimento da nossa necessidade de rumo. Aquele “caminho que conduz à vida” é a jornada de dependência consciente Daquele que é o Senhor da direção, por ser o caminho da vida. É neste contexto que Jesus nos declara: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida e ninguém vem ao Pai, senão por Mim” (João 14.6). Procuremos o conselho da Bíblia e submetamos à direção do Senhor os planos do nosso coração.

o Pai seja glorificado, não ele próprio. O lugar mais difícil de brilharmos é fora da Igreja, afinal, o olhar do ímpio é um olhar crítico, pois a luz do cristão incomoda e expõe que o que pensam de si mesmas é mentira. Quando citamos um verso bíblico ficam incomodadas, são obrigadas a olhar para dentro de si mesmas com o olhar de Deus. Bem, agora a aplicação. É

preciso descer do patamar otimista de si mesmo e verificar que não se está buscando a Glória de Deus, mas a glória de si mesmo. Como é difícil subir a montanha da semelhança com Jesus e da santidade. Bem-aventurados os que se aproximam de Deus de mãos vazias. Bem-aventurados os que começaram e continuam onde começaram, ou seja; pobres em espírito.

“O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.” (Pv 16.9)

S

Subindo a montanha Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

P

ara subirmos teremos que descer do nosso pedestal do orgulho humano. Ao afirmar que a candeia tem que estar em um lugar que possa iluminar a todos, temos que olhar para dentro de nós mesmos e avaliar quais as intenções do nosso agir.

Jesus vivia rodeado pelos escribas, fariseus e doutores da lei. O ambiente frequentado por esses homens eram dois: o templo e as sinagogas. Era lá o local em que faziam sua luz brilhar. Lembremos a ocasião da oferta da viúva pobre; havia um desfile para ostentarem o montante de suas ofertas. Vangloriam-se de seus conhecimentos e práticas da lei, através de per-

guntas embaraçosas a Jesus. Apliquemos esse exemplo em nossos dias. Em nossas Igrejas, as pessoas disputam posições, demonstram, dentro da Igreja, as suas boas obras, recebem palavras elogiosas, ocupam cargos, e todos as reconhecem como crentes dignos de elogios, mas, e lá fora? Diante dos homens, elas têm boas obras que façam brilhar sua luz? O cristão busca que


reflexão

o jornal batista – domingo, 03/06/18

5

Justificação - Ato exclusivo de Deus (Romanos 3.21-25) José Manoel Monteiro Jr., pastor, colaborador de OJB

O

texto em destaque é o coração de toda a epístola de Romanos. Depois de ressaltar que judeus e gentios estão debaixo do pecado - Paulo apresenta a doutrina da justificação pela fé. O que é isso? Warren Wiersbie nos ajuda entender o significado: “A justificação é o ato de Deus pelo qual declara o pecador que crê como sendo justo em Cristo com base na obra consumada de Cristo na cruz”.

Podemos afirmar, com base neste conceito, que a justificação é um ato, não um processo. É algo que acontece no tribunal de Deus, e não em nosso coração. Quando o pecador crê pela fé em Jesus Cristo, Deus o declara justo, e esta declaração jamais será revogada. Warren Wiersbie acertadamente diz: “Deus coloca a justiça de Cristo em nosso registro no lugar de nossa pecaminosidade, e ninguém pode mudar esse registro”. Quero elencar alguns pontos para a nossa reflexão acerca deste tema. Em primeiro lugar, a justificação não é

obtida pelo mérito humano. “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). A justificação é obra divina, e não conquista humana; é graça de Deus, e não obra de homem. O teólogo Juan Schaal ressalta: “A graça não é meramente um favor imerecido, mas um favor imerecido a homens miseráveis, ingratos e culpados”. Em segundo lugar, o fundamento da justificação é a cruz de Cristo: “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há

em Cristo Jesus” (Rm 3.24). Jesus Cristo nos redimiu, nos comprou com Seu sangue precioso vertido na Cruz do Calvário e, como consequência, passamos a ser propriedade exclusiva de Deus. Hernandes Dias Lopes, de forma assaz, afirma: “A cruz foi a maior missão de resgate do mundo. Cristo nos resgatou da casa do valente, do império das trevas e da potestade de Satanás. Ele arrebentou o nosso cativeiro. Tirou-nos da escravidão com mão forte e poderosa. Éramos escravos da carne, do mundo e do diabo, e ele nos tornou livres. Estávamos mortos em

nossos delitos e pecados, e ele nos deu vida. Estávamos perdidos e fomos achados. Cristo verdadeiramente nos tornou livres”. Em último lugar, o instrumento da justificação é a fé (Romanos 3.25). Muita gente diz: “Eu acredito em Deus!”, mas não é isso o que nos salva. O que salva e justifica o pecador é a fé pessoal e individual em Jesus Cristo. Com muita propriedade, John Stott, diz: “O valor da fé não reside nela mesma, mas inteira e exclusivamente em seu objeto, a saber, Jesus Cristo, e este crucificado”.

Deserto, espelho da alma da boca do Senhor. As roupas de vocês não se gastaram e os seus pés não incharam duran“Lembre-se de como o Se- te esses quarenta anos.” (Dt nhor, o seu Deus, os conduziu 8.2-4) por todo o caminho no deserto, durante estes quarenta eralmente, não gosanos, para humilhá-los e pôtamos da palavra -los à prova, a fim de conhecer “deserto”. Ela está suas intenções, se obedeceassociada a sofririam aos seus mandamentos mento, escassez, lutas, triou não. Assim, ele os humi- bulações. No entanto, para lhou e os deixou passar fome. os filhos de Deus ela pode Mas depois os sustentou com carregar um elemento extremaná, que nem vocês nem os mamente positivo: revelar o seus antepassados conheciam, caráter da nossa fé; a essência para mostrar-lhe que nem só e natureza do nosso relacionade pão viverá o homem, mas mento com Deus. Neste texto, de toda palavra que procede por exemplo, foi exatamente Genevaldo Bertune, pastor, colaborador de OJB

G

de um deserto que Deus lançou mão para “por seu povo à prova”; conhecer as verdadeiras intenções do seu coração; testar-lhes o grau de obediência e fidelidade; dependência de seu poder e soberania. A grande tentação quando estamos “em um deserto” é se iremos prosseguir ou desistir; fazer a vontade de Deus (obedecer, sermos fiéis) ou a nossa própria vontade (desobedecer). Desistir porque tudo parece além das nossas forças; e a de desobedecer porque, assim, tudo parece sempre mais fácil. No entanto, se cremos e prosseguimos confiando e

dependendo do Senhor, os milagres começam a acontecer. O texto diz que muito embora Deus tenha deixado o povo passar fome, logo veio em seu socorro, trazendo-lhe o maná - e isso tinha um propósito maior: fazer o homem aprender que mais importante que o pão que alimenta o corpo, é o que alimenta a sua alma. Aliás, esse ensinamento foi enfatizado por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, quando venceu o maior inimigo das nossas almas: “Jesus respondeu: ‘Está escrito: nem só de pão viverá o homem, mas de toda pala-

vra que procede da boca de Deus’” (Mt 4.4). Enquanto a ausência do primeiro causa-lhe apenas a fome física, a do segundo, a morte espiritual. Assim, quem insistir em atravessar o “deserto” pela fé e em completa obediência e dependência de Deus, experimentará o milagre da manutenção física e espiritual (v 3 a 4). Bem disse Tiago: “Feliz o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida, que Deus prometeu aos que o amam” (Tg 1.12). Tudo isso porque Deus nos ama e quer o nosso crescimento (Dt 8.5).


6 vida em família

reflexão

o jornal batista – domingo, 03/06/18

Gilson e Elizabete Bifano

A triste realidade dos abusos sexuais

A

mídia noticiou recentemente o caso de um pastor evangélico, no estado do Espírito Santo, que depois de abusar do próprio filho e do enteado, incendiou a casa e matou as duas indefesas crianças. Uma barbárie! Uma atrocidade sem dimensões, principalmente por ser pastor, pai e enteado. Um homem que deveria proteger, amar e mostrar o Amor de Deus ao filho e enteado teve a frieza de molestar e assassinar duas crianças e, como não se bastasse, mentiu e chorou pela morte dos meninos. Infelizmente, os casos de abusos sexuais estão mais próximos de nós e da nossa família do que imaginamos. Tenho dito que precisamos ter mais coragem e

começar a falar com mais frequência em nossas Igrejas, para as nossas famílias, temas ligados à violência familiar, dentre esses, o abuso sexual. É de causar asco saber que 75% dos abusos sexuais são intrafamiliares, cometidos por pessoas bem próximas da família, podendo ser o próprio pai, o avô, um tio ou um padrasto. Dizer que o abuso sexual não está presente em nossa realidade evangélica, inclusive Batista, é não querer enxergar os fatos e omitir-se do problema. Tenho dito que realizar ministério com famílias é muito mais do que falar somente dos jardins familiares, daquelas coisas bonitas que todos gostam de ouvir. A casa que pode ter um belo jardim florido, que

é contemplado por todos que passam na calçada é a mesma que tem um esgoto sanitário, uma caixa de gordura que precisa ser aberta e limpa de quando em quando. Fede, é nojento, difícil de limpar, mas é necessário. Como pais e avós, que exercem esses papéis familiares de forma saudável, devemos amar, mas também proteger as crianças que estão conosco e guardá-las dos lobos que estão bem próximos delas e não se dão conta. Esses lobos podem estar, inclusive, dentro das próprias Igrejas. Igrejas e famílias precisam trabalhar juntas no combate e na prevenção do abuso sexual. O que temos visto é que, infelizmente, a Igreja evangélica ainda não entrou em campo

no que tange ao combate, denúncia e prevenção do abuso familiar de um modo geral. Precisamos olhar com cuidado a quem entregamos as crianças da Igreja para serem lideradas. Precisamos capacitar os pais sobre como conversar sobre abuso sexual com os filhos. É urgente trabalhar esse tema com todas as faixas etárias, de um modo adequado para que as crianças e os adolescentes das nossas famílias e Igrejas saibam identificar possíveis abusadores, se protegerem e denunciarem. A Igreja precisa expor para sua membresia as implicações legais de um abuso sexual e mostrar caminhos para tratar o assunto com coragem e firmeza. O silêncio não é, com toda

a certeza, a postura que Deus quer de nós sobre esse assunto. Mas parece que esta tem sido a conduta de muitas Igrejas e denominações evangélicas. Tratar com silêncio, indiferença sobre o tema do abuso sexual é varrer o lixo para debaixo do tapete e não ter coragem para tratar do esgoto sanitário das nossas famílias. Amar e proteger as nossas crianças foi o mesmo que Jesus fez durante o Seu ministério. Vamos imitá-lo ou permitir que lobos se aproximem e destruam suas vidas? Gilson Bifano Escritor e conferencista na área da família e casamento. Diretor do Ministério OIKOS. Siga-me no instagram: @gilsonbifano

Relacionamento conjugal Silvio Alexandre de Paula, pastor, colaborador de OJB

P

ara a construção de um relacionamento conjugal durável e feliz é preciso colocar o amor em prática. O amor é a essência de Deus e a base de todos os relacionamentos profundos e verdadeiros. O casamento é uma união santificada, a mais sagrada das instituições, um símbolo vivo, um precioso relacionamento que necessita de um amor afetuoso e abnegado. E o modelo a ser mirado é

Jesus, como está escrito em Efésios 5.25 “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. Nesse versículo o apóstolo Paulo exorta os maridos a amarem as suas esposas, sacrificando-se por elas. Eles devem imitar o Amor de Cristo; o tipo de amor que está disposto a entregar a vida pela outra pessoa e servir-lhe, ainda que isso signifique sofrimento. Como uma planta requer cuidados, o mesmo acontece com o amor no casamen-

to. Se colocar muita água, a planta se afoga; se deixar de regar, ela seca. É preciso definir a dosagem certa de cada elemento que alimentará o amor. Dentre esses, podemos citar: paciência, comprometimento, respeito e fidelidade. Eles servem como a base de um alicerce sólido que fará com que o casal esteja atento ao menor sinal de dificuldade que apareça. Após o casamento é comum que alguns casais comecem a enfrentar dificuldades: os sonhos da vida perfeita são substituídos pela rotina, pelas

dinâmicas domésticas e pelo excesso de preocupações. Nesses momentos faz-se necessário que o casal procure tomar as decisões em conjunto, enfrentar os desafios de forma que haja entendimento entre ambos, buscando a melhor forma de passar por esse momento. Em um relacionamento conjugal, se você quer ser feliz, primeiro faça o seu cônjuge feliz. A Bíblia, em Atos 20.35, diz: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”. Quando se descobre isso no matrimô-

nio, descobre-se como viver feliz, apesar de todas as dificuldades que possam vir a surgir. E, finalmente, devemos lembrar que o casamento foi criado por Deus, trata-se de uma instituição sagrada entre um homem e uma mulher e que deve ser tratada com respeito e reverência. A chave para que o matrimônio dê certo é convidar Jesus para fazer parte dele. Jesus precisa ser convidado a fazer parte não apenas da festa de casamento, mas da vida diária do casal.


missões nacionais

o jornal batista – domingo, 03/06/18

7

Batistas brasileiros se unem com Missões Nacionais em oração pelas famílias

Primeira Igreja Batista em Teresina - PI

O

mês de maio é comemorado pelos Batistas brasileiros como o Mês da Família. E mesmo sabendo que diariamente todos têm gigantes para vencer em seu lar, Missões Nacionais crê que somente através da oração é possível se fortalecer para em Cristo alcançar a vitória. Por isso, como já é de costume, a Organização realizou mais uma campanha de oração voltada para o assunto durante 30 dias deste período. Com o tema “Famílias Vitoriosas Diante das Tempestades da Vida”, Igrejas, pequenos grupos multiplicadores e famílias de todo o Brasil se envolveram e participaram do clamor. “Nossa intenção foi principalmente mobilizar as famí-

Igreja Batista Memorial de São João do Paraíso - MA

lias, dos pais às crianças, a orarem e criarem o hábito de fazer isso juntos. Acreditamos que sem oração nada acontece e que a família que ora é uma família vitoriosa e cumprimos o que diz na Palavra de Deus, que nos orienta a orar sem cessar”, disse o diretor executivo de Missões Nacionais, pastor Fernando Brandão. Para auxiliar, a base da campanha foi um guia devocional lançado especialmente para o mês. Apresentando 30 devocionais com motivos de oração diários e textos que motivam a uma verdadeira reflexão sobre como enfrentar os desafios deste tempo através do incentivo ao relacionamento da família entre si e com Deus. O guia foi disponibilizado de forma física no site da livraria

Primeira Igreja Batista de Sapiranga - RS

de Missões Nacionais, no site www.livrariamissoesnacionais, e todo o material no portal www.igrejamultiplicadora.org. br. E, além disso, pedidos e áudios de reflexão foram enviados diariamente via WhatsApp, para os cadastrados no número (21) 99693-5748. Para a Glória de Deus, a adesão à campanha foi grande. E entre tantas, uma das Igrejas que completou o mês em oração, foi a Igreja Batista Memorial de São João do Paraíso, no Maranhão, que também é parceira de Missões Nacionais. Os irmãos se reuniram diariamente, de segunda-feira a sábado no pátio e aos domingos no templo durante os cultos, para clamar pelas famílias, divididos em grupos de adultos e crianças.

Primeira Igreja Batista de Imperatriz - MA

“Em nossa Igreja a campanha foi um sucesso. Começamos o mês com apenas três pessoas, apenas eu, minha esposa e um jovem da Igreja. Já no segundo dia tivemos a presença de 20 irmãos, e terminamos o mês com a frequência de mais de 40 pessoas, entre eles até mesmo não crentes. E foi nítido ver ao passar dos dias a maior intimidade das pessoas com Deus e até mesmo com seus familiares”, contou o pastor Wellington Rodrigues, titular da Igreja. “Se pudesse resumir o momento que vivenciamos nesses 30 dias de oração, diria que vivemos de fato o mover do Espírito Santo de Deus em muitas famílias da nossa Igreja e comunidade”, completou ele.

Este é apenas um dos frutos desta campanha e assim entendemos que esta iniciativa nasceu no coração de Deus, antes mesmo de ser pensada pelas lideranças de Missões Nacionais. Louvamos a Deus por todos que se envolveram durante os 30 dias de oração pelas famílias de nossa Nação. Não deixe de acompanhar nossas redes sociais e fique por dentro dos próximos períodos de oração. Em setembro, ao lançarmos a campanha de mobilização, dos dias 03 de setembro a 12 de outubro, você será desafiado, junto com seu pequeno grupo e sua Igreja, a orar e realizar ações de compaixão e graça impactando sua cidade. Participe conosco de mais essa!


8

notícias do brasil batista

o jornal batista – domingo, 03/06/18

Radical Amazônia realiza palestra para Embaixadores do Rei na IB do Barro Preto - MG Wallace Almeida, conselheiro de Embaixadores do Rei na Igreja Batista do Barro Preto - MG “E como pregarão se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas Marckson ressaltou a importância de anunciar o Evangelho em todo boas!” (Rm 10.15) lugar

N

o dia 15 de abril, nossa Embaixada recebeu a visita do missionário Marckson Baltar. O jovem embaixador foi chamado pelo Senhor para anunciar o Evangelho às comunidades ribeirinhas da região Amazônica. Na palestra, Marckson expôs os desafios enfrentados no campo missionário. Falou também acerca das providências do Senhor, em Quem devemos confiar. Vale lembrar que o Senhor que nos envia é o mesmo que promete estar conosco até a consumação dos séculos. Marckson relatou que seu

chamado foi bem específico, pois percebeu que era a vontade do Senhor que ele se dedicasse exclusivamente a missões. Entretanto, deixou muito claro aos embaixadores que é imprescindível aos cristãos e servos do Senhor anunciar o Evangelho sempre e em todo lugar, através de palavras e ações. O missionário, inclusive, não deixou de mencionar o conjunto de ideais dos Embaixadores do Rei, que consiste em fazer missões, orar, prestar serviços reais, exercer mordomia e estudar a Palavra do Senhor. Conforme compartilhou, para pregar o Evangelho às

comunidades ribeirinhas da Região Amazônica, ele passou por um processo de preparação que envolveu a adaptação à cultura local e até um curso de sobrevivência na floresta. O missionário disse que os maiores perigos e desafios estavam relacionados à natureza. Acessar as comunidades, e até mesmo permanecer nelas, exige enfrentar severas condições climáticas, animais selvagens, rios caudalosos e agitados, grandes deslocamentos e outros desconfortos. Além dos desafios, Marckson argumentou que, se comparada a países como a Coreia do Norte, onde

Missionário também foi Embaixador do Rei

os cristãos sofrem terrível perseguição, a Região Amazônica é bem tranquila. De acordo com seus relatos, o jovem embaixador encontrou na Amazônia campos férteis e corações receptivos ao Evangelho. A Organização dos Embaixadores do Rei constitui instrumento do Senhor para alcançar vidas também no Norte do Brasil. O missionário Marckson é um Embaixador do Rei e, na palestra, foi possível perceber a importância da Organização para a sua formação enquanto servo do Senhor. Hoje, Marckson, juntamente a um amigo também embaixador, estão

desenvolvendo uma embaixada entre os ribeirinhos. Segundo o missionário, os rapazes estão aprendendo a Palavra do Senhor; cinco deles foram batizados recentemente. Sem contar que o movimento da embaixada chama a atenção das outras pessoas da comunidade, o que contribui para a Glória de Deus. O missionário Marckson foi benção para as nossas vidas, pois sua visita confirmou e reforçou a importância dos valores trabalhados na Embaixada. Trata-se da obra do Senhor e não há nada melhor do que participar das obras dEle.

Missionários da JMN idealizam culto de gratidão pelos parceiros do PAM Brasil em Campinas - SP Edson Landi, pastor da Igreja Batista no Guanabara - SP, colaborador de OJB

N

o dia 19 de maio, na Igreja Batista do Cambuí - SP, foi realizado o culto de celebração e gratidão a Deus pelos parceiros do PAM Brasil. O planejamento, organização e a direção do culto ficaram por conta do pastor Enoque e irmã Edna Paz, missionários mobilizadores da JMN na região nordeste do estado de São Paulo. Foi uma noite de festa, pois é sempre bom e agradável quando membros de várias Igrejas se reúnem em um culto de adoração ao nosso Deus. Os presentes puderam ouvir e ver o que Deus tem realizado por intermédio dos projetos da Junta de Missões Nacionais. A celebração contou com participação da equipe de cânticos e uma peça teatral apresentada pelos adolescentes da

Palavra do pastor Enoque, missionário da JMN

Igreja Batista Central de Paulínia; a apresentação do coral da Igreja Batista no Guanabara e uma palavra encorajadora do pastor Décio da Silva, da Primeira Igreja Batista em Itupeva. As irmãs da Casa Rosa de Indaiatuba também louvaram ao Senhor e edificaram a Igreja com dois cânticos que expressam a transformação que Cristo lhes proporcionou. Os irmãos Djalma e Mariza Muzi, pais da Gabriela, missionária radical que atua na Amazônia, testemunharam acerca do chamado da filha e a alegria que é ter uma filha envol-

vida com a obra missionária. O testemunho da irmã Silvia Regina, que ficou conhecida como a “Bruxa da cracolândia”, também impactou aos presentes. Todos glorificaram a Deus pela nova vida que a irmã Silvia hoje tem, após o encontro com Cristo. A palavra final ficou na responsabilidade do pastor Enoque, que enfatizou a importância da participação de todos os Batistas, seja indo, orando ou contribuindo com a obra de evangelização do nosso país. Diante de tudo isso, afirmo que foi impossível não ficar-

Igrejas reunidas adorando ao Senhor

mos sensibilizados e não nos alegrarmos com o fato de que estamos avançando nos cantos mais remotos e também nos grandes centros do nosso país. Após o culto, voltamos para os nossos lares com uma compreensão ainda maior de que nenhum de nós tem o direito de ficar calado quando Deus está nos concedendo a oportunidade e a capacidade de testemunharmos o Amor de Cristo. Nenhum de nós tem o direito de não investir recursos financeiros na obra missionária quando entendemos que a salvação só vem

por meio de Cristo. O nosso Deus, através de tudo o que houve no culto, nos levou a amar e querer apoiar ainda mais a obra missionária, pois quando fazemos isso afirmamos que temos a total convicção que só Jesus Cristo salva. É nisso que acreditamos. Orar, contribuir ou ser um missionário é colocar em prática aquilo que cremos. Somos gratos à Igreja Batista do Cambuí, às Igrejas que participaram e a todos que estiveram presentes. Que o Senhor continue usando o Seu povo na proclamação do Evangelho.


notícias do brasil batista

o jornal batista – domingo, 03/06/18

9

Missionários da Convenção Batista Mineira participam da 2a edição da Academia Missionária Ilimani Rodrigues, jornalista da Convenção Batista Mineira

D

os dias 15 a 18 de maio deste ano, mais de 120 missionários e promotores de missões participaram da segunda edição da Academia Missionária, que aconteceu no Acampamento da Mocidade Para Cristo, em São Sebastião das Águas Claras, distrito de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. A Academia Missionária surgiu em 2017, com a intenção de promover capacitação para as dezenas de missionários que trabalham atualmente no estado de Minas. Idealizador do projeto, o pastor Vanoir Torres acredita que “A Academia Missionária é uma grande oportunidade de promovermos um encontro de todos os missionários do estado de Minas Gerais. É um período onde podemos ter um tempo de comunhão, para trocarmos experiência, fazermos uma avaliação dos campos e, sobretudo, promover treinamento de qualidade. Precisamos treinar nossos missionários para que possam servir melhor nos campos”, avaliou. A novidade de 2018 foi a participação dos promotores de missões. “Como o nome já

Pastor Thomas Akins ministrou o curso de Evangelismo Pioneiro

diz, estes irmãos promovem missões em suas Igrejas e Associações. Esse time de promotores tem abençoado o estado de Minas Gerais e temos entendido que capacitá-los também é uma grande estratégia para que a obra desenvolva em nosso estado. Tivemos a alegria de ter muitos promotores em nosso encontro, e durante todo este tempo tem sido uma bênção estar com eles, ouvindo suas experiências e desenvolvendo a campanha deste ano”, comemorou o pastor Vanoir Torres. A programação do evento foi toda construída para que os participantes recebessem capacitação de qualidade em diversas áreas. Além do curso mundialmente conhecido de “Evangelismo Pioneiro”, promovido pelo pastor Thomas Akins e sua esposa Bárbara, os presentes também puderam ouvir o pastor Celso Godoy falando sobre os temas: “Com-

preendendo a Missão” e “O Papel do Promotor de Missões”. Recém-chegado ao quadro de missionários da CBM, o pastor Roberto Maranhão, com sua simpatia e alegria, falou aos participantes sobre “Comunicação Criativa na Missão”, dando dicas práticas de como é possível usar os recursos que temos para cumprir o Ide de Jesus. Além deles, também esteve presente como preletor o pastor Marcio Santos, diretor Executivo da Convenção Batista Mineira, que falou sobre o tema da campanha deste ano: “Anunciai, o Senhor Reina”. “Este encontro é, sem dúvida, um momento ímpar, onde os missionários mineiros têm a oportunidade e o privilégio de receber uma capacitação de altíssimo nível, tudo isso sem custo algum, pois entendemos a importância do investimento nesta equipe, para que continuem trabalhando na expansão

Equipe de missionários e promotores de Missões que participaram da Academia Missionária

do Reino de Deus no estado”, comentou o executivo. Os promotores de missões Sara Martins e Vagner Pereira, da Igreja Batista Monte Carmelo em Montes Claros, ficaram “Sem palavras! Está sendo uma capacitação muito importante, pois Deus tem permitido que nossa visão seja ampliada. Às vezes, ficamos presos entre quatro paredes (templo), e esta capacitação está abrindo nossos olhos para a importância de irmos para fora (da Igreja), levar o Evangelho aos perdidos, cumprindo com nossa missão. Pretendemos levar essa visão para a nossa Igreja e queremos que eles entendam a importância de nos voltarmos para fora (da Igreja), em busca dos perdidos”, comentaram os amigos, que viajaram cerca de 06 horas para participarem do evento. A fala do pastor Edemilson de Oliveira traduz bem o sentimento de todos os missio-

nários que participaram deste evento. Para ele, “A Academia deste ano foi um marco. É muito importante este momento, em que podemos encontrar colegas de diferentes regiões do estado. Além disso, é um valioso momento de capacitação e comunhão e de troca de experiências. A iniciativa da Convenção é maravilhosa. Creio que acrescenta muito na vida dos que estão no campo, muitas vezes isolados, longe de todo mundo. Aqui temos a oportunidade de trocar experiências e isso soma e ajuda a recobrar o nosso ânimo como missionário”, analisou o pastor, que hoje coordena o projeto de Embaixadores do Rei no estado de Minas Gerais. Cada Associação promoverá seu culto de lançamento da Campanha de Missões este ano. Programe-se para participar deste momento tão importante para nossa denominação.

Primeira Igreja Batista em Blumenau - SC tem dia dedicado à família Extraído do site da Primeira Igreja Batista em Blumenau - SC

N

o dia 12 de maio tivemos um tempo especial totalmente dedicado à família com atividades e ministrações que alcançaram as crianças a partir de 04 anos; adolescentes a partir de 12 anos e pais, avós e casais preparando-se para o casamento. Neste Dia da Família, contamos ainda com a participação do preletor Giovani Luís Zimmermann Júnior, que nos abençoou com uma palavra

Crianças foram contempladas com momentos de lazer

Famílias ouviram palestras sobre os mais variados temas

do período da manhã e levou as famílias a refletirem sobre sua posição em Cristo e a base para o verdadeiro avivamento. No período da tarde, fomos contemplados com nove te-

tempo preciso de compartilhar e trocar experiência entre as famílias. As crianças foram abençoadas com uma tarde de lazer e entretenimento sob o auxílio e

mas nos workshops que abordavam questões específicas no que se refere à vivência em família, desafios cotidianos e ideias práticas para serem aplicadas com facilidade. Foi um

cuidado de jovens voluntários do CONECTA. Realmente foi um dia de crescimento e aprendizado para as famílias presentes e uma oportunidade de servir uns aos outros.


10

o jornal batista – domingo, 03/06/18

notícias do brasil batista

PIB em São João de Meriti - RJ alcança mais de 700 atendimentos em Dia de Ação Social Tatiana Soares, ministra de projetos especiais da Primeira Igreja Batista em São João de Meriti - RJ

T

odo primeiro domingo do mês de maio nós comemoramos o Dia Batista de Ação Social. Assim, no dia 05 de maio de 2018 foi realizado o Dia de Ação Social da PIBSJM, com funcionamento das 08h às 16h. Este ano conseguimos uma parceria Cerca de 750 atendimentos foram realizados com a Sociedade Bíblica do Ação teve parceria com a Sociedade Bíblica do Brasil Brasil, que nos ajudou tanto no trabalho social quanto no trabalho evangelístico. Foram oferecidos diversos serviços/atendimentos, como aferição de pressão arterial, medição de glicose, exame de vista, orientação nutricional, consulta médica pediátrica, orientação odontológica, atendimento psicológico, teste de alergia, shiatsu, massoterapia, orientação jurídica, isenção para segunda via de documentos, cabeleireiros, revitalização facial, dentre outros. Dia de Ação Social na PIB em São João de Meriti - RJ ofereceu diversos serviços para a população Conseguimos atender 250 pessoas e realizar 750 atenquer bebais, ou façais outra para glória de Deus” (I Co dimentos, além de arrecadar serão direcionados a famí- rabilidade social. “Portanto, quer comais qualquer coisa, fazei tudo 10.31) centenas de alimentos que lias em situação de vulne-

Mães do Núcleo Social em Ijuí - RS são homenageadas com chá da tarde Liane H. Perine, secretária do Lar da Criança Henrique Liebich

O

Núcleo Social de Ijuí - RS, instituição social da Convenção Batista Pioneira, homenageou as mães com um chá da tarde, realizado no dia 16 de maio. O encontro teve a participação de 45 mães. O evento iniciou com a saudação de Leila Corrêa, voluntária e esposa do diretor Executivo do Lar da Criança, Leandro Corrêa, seguida da palavra da assistente social

Natália Brendler sobre “Dicas preciosas para as mães”, baseadas na experiência sobre a rotina do desenvolvimento dos filhos. Após, o coordenador do Núcleo Social, Diego Rodrigo da Silva, agradeceu a todos os presentes, e a programação foi finalizada com o chá. Foi uma tarde alegre e emocionante. Louvamos a Deus pelo envolvimento de empresas e colaboradores, que doaram alimentos ou ofertaram financeiramente, possibilitando a realização do chá.

Encontro reuniu 45 mães


missões mundiais

o jornal batista – domingo, 03/06/18

11

Voluntários evangelizam mais de 400 crianças em Moçambique Marcia Pinheiro - Redação de Missões Mundiais

É

tempo de se alegrar com o que Deus está fazendo em Moçambique por meio dos voluntários brasileiros que foram para lá no dia 15 de maio. São seis irmãos em Cristo que se inscreveram no programa Voluntários Sem Fronteiras e até o dia 30 de maio usaram seus dons e talentos para abençoar vidas na África, sob a coordenação da missionária Jacqueline Matos. Eles levaram à comunidade ações sociais e evangelísticas. Veja o que eles realizaram só na primeira semana: • 407 crianças já foram evangelizadas. • 23 mulheres receberam orientação sobre saúde da mulher. • 18 pessoas receberam informação sobre saúde mental. • 04 pessoas receberam treinamento para o ministério esportivo. Moçambique O país foi colonizado por

durou 16 anos, terminando em 1992. Até hoje a bandeira moçambicana tem uma AK47 e uma enxada, como se ainda fosse regido por uma guerrilha. Quando o governo comunista tomou o poder, os feriados religiosos foram erradicados de Moçambique. Lá, o Natal, por exemplo, é o “Dia da Família”. Os demais feriados, como a Páscoa, não são festejados. Desde 1970, Missões Mundiais está presente neste país que tem o terceiro pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo. Nossas ações desenvolvidas principalmente nas áreas de nutrição, saúde, educação e esportes levam esperança à população moçambicana, sempre com um objetivo maior: apresentar a salvação eterna através do Grande EU SOU. Se você também deseja abençoar um de nossos campos missionários doando seus dons, talentos e tempo, participe do programa Voluntários Sem FronPortugal e se tornou indepen- comunista. Muitas ruas da transição que se estabele- teiras. Mais informações e dente só em 1975, quando capital Maputo têm nomes de ceu uma das mais sangrentas inscrições: voluntarios@ foi estabelecido um governo líderes comunistas. Foi nesta guerras civis da África, que jmm.org.br.

Radical Latino-Americano incentiva a cultura da ajuda Gabriel Targino, integrante da turma Radical LatinoAmericano

U

m grupo formado por cinco integrantes da 12a turma do programa Radical Latino-Americano está atuando na Fundação PARE (Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança), no centro de Medellín, na Colômbia. O PARE ajuda moradores de rua e pessoas que desejam deixar a dependência química e a prostituição. Em maio, a Fundação PARE realizou o “Culto da Multidão”, abrindo suas portas a

visitantes. A maioria dos participantes era moradores de rua convidados para ouvir a Palavra de Deus. Em um desses encontros, o jovem Willmer Monterrosa (21) participou do culto e ajudou a um morador de rua com deficiência auditiva a entender a mensagem de Deus ministrada pelo Radical Murilo Maia, através da Linguagem de Sinais Colombianos (L.S.C.). “Ao perceber que o jovem era deficiente auditivo, sentei-me ao lado dele e comecei a traduzir a mensagem. No começo foi difícil, pois não traduzo há muito tempo. Porém, fui relembrando os gestos

e consegui traduzir o que foi dito”, conta o jovem. Willmer começou um curso de linguagem de sinais, porém, não terminou e buscou vídeos na internet para aprender. Atualmente, o rapaz está em busca de emprego e agora está disposto a, sempre que possível, traduzir o “Culto da Multidão” para aqueles que necessitam. Ore por minha turma Radical na Colômbia. Peça a Deus para que eu e meus amigos de projeto - Hadassa Jacosan, Murilo Maia, Priscila Souza e Raquel Silva - sejamos usados e guiados pelo Senhor em tudo Jovens do Radical Latino-Americano estão na Colômbia apoiando o que fizermos. programa de reabilitação de dependentes químicos


12

o jornal batista – domingo, 03/06/18


13 Multiplique Bahia 2018 tem foco em pessoas e na multiplicação de discípulos de Jesus notícias do brasil batista

o jornal batista – domingo, 03/06/18

Lidiane Ferreira, jornalista da Convenção Batista Baiana

“F

oi um tempo de experimentar o sobrenatural de Deus. A multiplicação de discípulos tomou o coração dos irmãos da Bahia”. As palavras do pastor Flavio Lucius expressam um pouco do que foi a quarta edição do Congresso Regional Multiplique Bahia, realizado na Igreja Batista da Graça, em Salvador, entre os dias 18 e 20 de maio. O evento superou as expectativas e reuniu mais de 600 inscritos de diversas Igrejas e cidades do estado. Gente que buscava conhecer ou aprender mais sobre a visão de Igreja Multiplicadora para aplicar em seus respectivos ministérios. Pessoas de Salvador, região metropolitana e até mesmo de municípios mais distantes como Barreiras, no oeste da Bahia. Os congressistas foram impactados pelo testemunho da missionária em formação Silvia Regina, da Junta de Missões Nacionais. Ela experimentou uma grande transformação

Mais de 600 inscritos participaram do Congresso

Painel sobre a Importância do Discipulado

de vida, saiu das ruas da cracolândia, encontrou e aceitou Jesus Cristo como Senhor e Salvador e, hoje, estuda no Seminário, preparando-se para alcançar vidas. “Se você tiver fé, segurar na mão Dele [Deus] e não olhar pra trás, você vai pra frente”, declarou ela. “A multiplicação de discípulos começa com o nosso relacionamento com Deus”, destacou o pastor Fernando Brandão, diretor executivo da JMN, em sua mensagem na sexta-feira (18). “Igreja Multiplicadora é um movimento do Espírito Santo e que só pode acontecer na vida de pessoas que estão buscando a Deus, é coisa para gente espiritual”, completou. O pastor Flavio Lu-

Relacionamento Discipulador e Supervisão Eficaz de PGM. Além dessas, foram realizadas outras duas: Escola Bíblica Discipuladora, com Meg Matos, e Movimento Viver, com o pastor Raphael Scotelaro. Várias participações musicais animaram os presentes durante o Multiplique. Além do ministério de louvor da Igreja Batista da Graça, a anfitriã, também ministraram o cantor Edson Levi, o coral da Igreja Batista da Reconciliação, em Salvador, coral da Cristolândia Bahia, banda do Projeto Metanóia e a dupla Paloma e Everton. Foram dias memoráveis, não apenas para quem esteve no evento, mas também para

cius, também orador do Congresso, destacou a importância do relacionamento com Deus e dos relacionamentos discipuladores e o pastor William Salgado, também preletor, ministrou sobre o poder da oração. No final da manhã de sábado (19), o pastor Erivaldo Oliveira, secretário-geral da Convenção Batista Baiana e dirigente do Congresso, moderou um painel sobre A Importância do Discipulado, com os pastores Silvio Lamego, Flávio Lucius e William Salgado. Esses três últimos também foram facilitadores nas oficinas que aconteceram no mesmo dia, no período da tarde, respectivamente: Pequeno Grupo Multiplicador, Raízes - Elementos do

quem acompanhou ao vivo a transmissão através da página da CBBA no Facebook. Toda honra e glória a Deus por tudo que Ele fez no Multiplique. Pessoas muito especiais foram usadas por Deus para a realização do evento. Por isso, agradecemos aos funcionários da Convenção Batista Baiana, aos representantes e preletores da Junta de Missões Nacionais, aos voluntários da Igreja Batista da Graça e também de outras Igrejas, aos participantes do Congresso, e a todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente. Afinal, nosso negócio é gente. Vamos multiplicar discípulos para Jesus Cristo na Bahia e no Brasil.

Primeira Igreja Batista de Bauru - SP promove torneio de futebol evangelístico Jeferson Cristianini, pastor da Primeira Igreja Batista em Bauru - SP, colaborador de OJB

A

Primeira Igreja Batista de Bauru - SP há mais de 10 anos usa a sua chácara para alcançar a vida dos meninos através do futebol. A Escolinha de Futebol é uma das estratégias evangelísticas para evangelizar os meninos que vem jogar futebol e assim aprendem sobre a Palavra de Deus. A PIB tem mantido esse trabalho social/evangelístico com o desejo e motivação de ver vidas sendo salvas. O contexto dos garotos que frequentam a escolinha é de vulnerabilidade social, e a Igreja oferece corte

Projeto acontece há mais de 10 anos e já alcançou muitas vidas para Cristo

de cabelos, alimentação, assistência às famílias através de ações sociais, discipulado e ensino da Palavra. A Escolinha conta com uma equipe de voluntários (as) da Igreja e é coordenada pelo diácono Silvino Amorim, ligado ao esporte, com o suporte do ministério de Missões sob a liderança do irmão Adão. Dessa

forma, no dia 01 de maio, Dia do Trabalhador, nossa equipe trabalhou para promover um Torneio Evangelístico de futebol; devido ao feriado, as demais Igrejas e times da região puderam participar. Com a participação de mais de 20 times e com a presença de mais de 300 pessoas, a equipe de louvor e evangeli-

zação fizeram o trabalho do Senhor, e assim as famílias prestigiaram um dia na chácara, os rapazes jogaram futebol e a PIB cumpriu mais uma ação evangelística. Desse projeto com os meninos já temos vários batizados e um grupo de discipulado com a frequência semanal de 20 pessoas. Assim, avançamos e pedi-

mos estratégias ao Senhor da Seara. Foi Jesus que disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). Dessa forma, nós somos chamados ao cooperar com a obra do Senhor, e a PIB, no Dia do Trabalhador, trabalhou para que o Evangelho chegasse a mais algumas vidas. Louvado seja o Senhor!


14

E

o jornal batista – domingo, 03/06/18

ponto de vista

Onde estão os Timóteos do século 21?

sta indagação tem inquietado o meu coração. Tenho visto baixa qualidade no ministério pastoral hoje. Há muita gente no ministério que não é séria. Estamos no século 21 e precisamos de pastores comprometidos com o ministério delineado e fundamentado nas Escrituras. Segundo John Stott, o apóstolo Paulo faz a Timóteo um apelo tríplice: apelo ético, apelo doutrinário e apelo vivencial. O velho líder, morto em 27 de julho de 2011, foi muito sábio nesta abordagem. Temos notado problemas muito sérios nessas três áreas. Aliás, elas são vitais no exercício do ministério concebido na Palavra de Deus. Fazem parte do DNA do ministério pastoral. Timóteo, discípulo de Jesus ensinado por Paulo, era um jovem pastor comprometido com o caráter de Jesus Cristo, pronto a perder a vida pela missão que o Senhor lhe havia confiado apenas por graça. Quando examinamos a questão ética, ficamos estarrecidos. Há elementos com deformação de caráter exercendo a atividade ministerial. Elementos que usam de mentira, fazem do povo massa de manobra, não são sinceros

em suas manifestações, não sabem liderar com mansidão, não honram seus compromissos financeiros, gastam mais do que ganham; usam de vaidade, aspiram uma vida confortável e o pódio; desejam carros sofisticados, gostam de roupas de grife, transitam em lugares impróprios, maltratam a família, buscam se aproveitar do povo para fins lucrativos, exigem salários altos, não honram compromissos de agenda e pregam sermões dos outros como se fossem seus. Estão longe da ética do Reino de Deus, não têm intimidade com o Senhor por meio da oração e da Palavra, não fazem o culto doméstico. Vivem de forma mundana, sem autoridade espiritual. Sabemos que a Igreja é como o seu pastor. O apelo doutrinário está ligado ao compromisso com as doutrinas bíblicas, com a ortodoxia Batista (em nosso caso). Timóteo estava visceralmente ligado à verdade das Escrituras. Essas eram centrais em sua experiência como cristão e pastor. Paulo o orientou a combater o combate da fé. O apóstolo lembra a Timóteo e a Tito a verdade revelada. O velho pastor ensinou-os a amar a Palavra, a tradição oral e escrita da parte de Deus por

meio do Seu Espírito. A doutrina dos apóstolos e profetas estava enraizada em Tito e Timóteo. O pastor é aquele que está comprometido com a apologética, com a defesa da fé; um homem versado nas Escrituras, cuja vida está pautada nelas. Stott indica que devemos defender, proclamar e ensinar a Sagrada Escritura com toda a fidelidade. Timóteo devia manejar muito bem a Palavra da Verdade (II Tm 2.15). Paulo o orientou à leitura pública das Escrituras, à exortação e ao ensino (II Tm 4.13). A exortação de Paulo a Timóteo é clara: “Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nessas coisas. Dessa forma, salvarás tanto a ti mesmo com os que te ouvem” (I Tm 4.16). O pastor genuíno, chamado por Deus como homem comum para um trabalho extraordinário, deve amar as Escrituras, estudá-las com dedicação e zelo. Ensiná-la com convicção. O último apelo de Paulo a Timóteo é o vivencial. A partir de uma vida íntegra (ética), um compromisso com a Palavra de Deus (doutrinário), temos a prática no dia a dia. Vida mais Escritura nos levam à vivência, ao testemunho fidedigno, absolutamente comprometido

com o caráter de Deus Pai. Paulo ordenou a Timóteo a tomar posse da vida eterna. Esta vida eterna está bem exposta em João 17.3: “Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. Esta vida eterna foi-lhe dada quando ele creu na suficiência da obra de Cristo Jesus na cruz e na ressurreição. O Senhor Jesus é o modelo de vida do pastor. Ele é o Bom Pastor que dá a Sua vida pelas ovelhas (João 10.11). Deus, nosso Pai, tinha prazer na vida de Jesus Cristo, Seu Filho. Como pastores, devemos dar prazer ao nosso Senhor, Àquele que nos vocacionou. Que ao olhar para nós Ele veja ética, amor à Palavra e obediência. Que cada pastor siga e sirva a Jesus Cristo, com alegria e singeleza de coração, sendo o exemplo para o rebanho. Os Timóteos de hoje, do século 21, precisam testemunhar como Paulo, quando da despedida dos pastores de Éfeso: “Mas em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contato que eu complete a carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da Graça de Deus” (At 20.24). Preso em Roma, o velho após-

tolo declara em sua carta a Timóteo: “Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé. Desde agora a coroa da justiça me está reservada, a qual o Senhor, Justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos quantos amarem a Sua vinda” (II Tm 4.7-8). Os Timóteos do século 21 estão conscientes do equilíbrio entre ética, doutrina e vivência. O Senhor Jesus, nosso Pastor supremo, sabia muito bem da coerência entre ética, doutrina e vida. John Stott pergunta: onde estão os Timóteos do século 21? Ele responde: “Eles procuram ser leais não só a um ou outro desses apelos, mas para toda a revelação bíblica, sem pinçar o que lhes agrada mais. Eles buscam a retidão, combatem o combate da fé e tomam posse da vida eterna - tudo isso ao mesmo tempo”. Deus é glorificado na vida dos ministros comprometidos com os Seus propósitos em Cristo Jesus. Louvado seja Deus pelos Timóteos do século 21! Que mais e mais obreiros assim sejam chamados, busquem a excelência no preparo e trabalhem arduamente para a salvação de vidas e a edificação da Igreja lavada pelo Sangue de Jesus Cristo até que Ele volte!

Convocação Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

F

oram convocados os 23 jogadores para a Copa do Mundo. A missão é jogarem futebol em alto nível e trazerem o hexacampeonato para o Brasil.

Ser convocado para jogar um mundial é um privilégio. Ganhá-lo, é uma bênção. Diariamente também somos convocados para variadas missões. Sermos ótimos para os nossos familiares, produtivos no trabalho, agregadores nos relacionamentos, frutí-

feros na Igreja, na Obra de Deus. Assim como os atletas buscam o alto índice, a melhor perform ance, também precisamos dar o melhor de si. Teremos chances de conquistarmos bênçãos, vitórias. Cada crédito torna a nossa

vida melhor; somos valorizados, tornamo-nos peças importantes. Estimo o melhor para o futebol brasileiro, mas hoje tenho preferência em torcer para outra seleção por questão de descendência. Desejo também o melhor para você. A cada oportu-

nidade, não desperdice. Se a bola bater na trave, tente novamente. O gol é certo, é só uma questão de aprimorar aquilo que você desenvolveu e recebeu de Deus. Que você levante a taça sempre; essa é a minha expectativa.


o jornal batista – domingo, 03/06/18

ponto de vista

15

Entendimento da Lei Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB

U

m dia vou dizer que estive presente e vi o fenômeno do “Entendimento da Lei”. O Juiz entende que o réu é culpado baseado nas provas levantadas. Por sua vez, o réu entende que é inocente e que não há provas contra ele. Então, vamos pedir à Corte Suprema para decidir. Metade dos magistrados entenderam que a pena não deve ser aplicada. A outra metade entendeu o contrário. É lindo ver o discurso de pessoas que estudaram tanto e dizem: “No meu entendimento...”. Esse comportamento se espalha rapidamente e a sociedade começa a aplicá-lo em suas questões.

No entendimento do motorista, o carro é potente, novo, a estrada é um tapete e ele tem o direito de exceder à velocidade. O guarda, por sua vez, entende que a lei deve ser aplicada. O crente entende que o pastor não fez o devia fazer e diz: “Ele perdeu a autoridade pastoral sobre a minha vida!”. O pastor entende que agiu correto até ali e não há mais nada pra fazer. O aluno agride o professor porque entende que a nota dada na prova foi injusta. É perseguição do professor. A mãe entende que é permitido abrir um iogurte no supermercado porque o filho está com fome, mesmo ouvindo no alto-falante que não é permitido. O aluno entende que pode colar na prova porque paga caro a sua faculdade e preci-

sa passar. Muitos seriam os exemplos de entendimentos que inocentam os culpados e desautorizam as autoridades. Os fariseus entenderam que Jesus estava errado ao sentar-se com os pecadores para uma refeição. Jesus repreendeu os fariseus dizendo que eles deveriam entender o que quer dizer “desejo misericórdia, não sacrifícios”. Jesus explica: “Não vim chamar justos, mas pecadores” (Mt 9.10-13). Um grupo de pessoas entendeu que eram discípulos de Jesus quando profetizaram, expulsaram demônios e ainda realizaram milagres. Jesus dirá: “Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês que praticam o mal” (Mt 7.22-23). No Reino de Deus não se aplica o princípio do “enten-

dimento da lei” usado pelo mundo. No Reino, o culpado é culpado apesar do entendimento. Pecado é pecado, apesar do entendimento. Há grupos religiosos que estão pregando um ambiente “sem discriminação” por entenderem que Deus aceita todos os pecados. Mas Deus ensinou ao seu povo lá no deserto: “Deus é paciente e grande em fidelidade (…) Mas não deixa o pecado sem punição” (Nm 14.18). Mais tarde, o profeta Naum repete: “O Senhor é paciente, mas não deixará impune o pecado” (Naum 1.3). Durante o seu ministério, Jesus ensinou aos seus discípulos: “Se alguém ouve as minhas palavras, e não lhes obedece, eu não o julgo. Há um juiz para quem me rejeita e não aceita as minhas pala-

vras; a própria palavra que proferi o condenará no último dia” (Jo 12.47-48). Não sei se pode ser mais claro. Diante de Deus não importa o seu entendimento, mas sim o que Deus disse. Não importa o seu entendimento das palavras de Jesus, mas a palavra proferida irá julgá-lo porque é vida eterna (João 6.68). Os salvos têm a vantagem da presença do Espírito Santo no coração para evitar entendimento pessoal. Disse Jesus que o Espírito Santo guiará o salvo “em toda verdade” porque falará o que ouvir do Pai (João 16.13). No Reino existe apenas um entendimento, aquele que vem de Deus. Fora dele não há verdade. Então, peça ao Espírito Santo para lhe trazer o entendimento divino da verdade.

Carência universal de intercessores Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei” (Ez 22. 30).

A

Nação de Israel se deteriorava espiritualmente diante de Deus: conspiração dos profetas, sacerdotes transgressores, profanidade no lugar santo, governos corruptos. Diante disso, os olhos do Senhor procurava

um intercessor que pudesse colocar-se na brecha espiritual aberta nos muros daquela Nação criada para ser povo de Deus. Mas, não encontrou, tendo então que puni-la severamente, subjugando-a ao cativeiro. Nosso mundo vai de mal a pior, também nesses mesmos aspectos. Estou certo de que os olhos do Senhor estão à procura de homens verdadeiramente espirituais para se colocar nas brechas abertas pelos sistemas malignos que operam com poder neste mundo, por exemplo, para enfraquecer e acabar com as famílias, através

da vulgarização dos relacionamentos. Temos hoje muito mais ajuntamentos ilícitos do que casamentos, como Deus estabeleceu. Os seres humanos, não os animais, se entregaram a desonra de seus próprios corpos, sem nenhum pudor. Homem e mulher deixam sua natureza própria e se inflamam sexualmente por pessoas do mesmo sexo, desonrando-se. Os filhos estão cada vez mais entregues a terceiros, como creches ou babás humanas e eletrônicas (jogos, celulares e outros), porque as mães pontuam mais trabalhar para os

outros do que na criação e educação de seus filhos, missão dada a elas e aos pais pelo Criador. Os pais, por sua vez, nunca têm tempo para perder com crianças, mas o encontra para reuniões, seminários, palestras, redes sociais e rodas de amigos nas mesas de churrascos, bebidas e pecados. Líderes religiosos, que usam o nome de Deus e a Bíblia para surrupiar dinheiro das pessoas, atraindo-as para um “deus” que lhes proporcione prosperidade secular e nunca para o Deus que quer primeiro libertá-las da condenação do pecado através de Jesus e

garantir-lhes um tesouro no céu. “As mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas, semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição de seu erro” (Rm 1.26-27). “Os seus sacerdotes transgridem a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; entre o santo e o profano não fazem diferença” (Ez 22.26). O Brasil e o mundo precisam de quem se coloque em suas brechas. Sejas um desses.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.