ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 04/06/17
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXVI Edição 23 Domingo, 04.06.2017 R$ 3,20
Primeiro domingo de junho:
Dia do Homem Batista
Coluna Vida em Família
Missões Mundiais
Leia o artigo: “A graça garante que não há condenação”
“Quatro décadas de amor ao Paraguai”; conheça essa história missionária
Página 06
Página 11
Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista
Veja como foi o Congresso Regional Multiplique Rondônia-Acre
Unificação de duas Igrejas Batistas marca novo tempo em Morro do Coco-RJ
Página 12
Página 13
2
o jornal batista – domingo, 04/06/17
reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA
Exemplo para os demais homens
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo
O
primeiro domingo de junho é separado para comemorarmos o Dia do Homem Batista. Durante toda a história da Igreja, Deus usou a vida de muitos homens para operar milagres, transmitir a Sua Palavra e mudar a história do povo. É assim até hoje. Com certeza você conhece um pastor, missionário, diácono que tenha feito a diferença em sua Igreja. A vida e
ministério desses homens podem marcar para sempre a história de um lugar. Mas o papel do homem Batista e cristão vai além da Igreja, ele deve cuidar da família, como Cristo mesmo ensina através de Sua Palavra. É primordial que o casamento e o relacionamento com os filhos esteja em perfeita ordem, pois isso refletirá em seu trabalho na Casa de Deus. A responsabilidade na criação dos filhos também
é do homem. Muitas vezes, por conta da rotina cansativa do trabalho, muitos pais deixam esse cuidado apenas para as mães. Alguns acreditam que um presente substituirá a atenção que deveria ser dedicada aos filhos. Lembre-se, pai: sua presença é fundamental na criação dos seus filhos. A família precisa ser prioridade! Neste domingo, quando celebramos esta data tão significativa, convidamos
a você, homem Batista, a ser um verdadeiro homem de Deus, um servo leal, um marido amoroso e companheiro; um pai presente e carinhoso; um trabalhador excelente, um amigo fiel, enfim, um exemplo de integridade e compromisso com os ensinamentos de Jesus. Busque mais a Deus, santifique-se ao Senhor e invista em ser cada vez mais parecido com Cristo. Deus conta com você para edificar esta Nação!
o jornal batista – domingo, 04/06/17
reflexão
3
MÚSICA ROLANDO DE NASSAU
Cantos que são de anjos No final de um ano baru(Em memória de Elso Pereira de Britto, de Brasília, DF) lhento e agitado, foi mais uma vez testado um mootivada pelo pas- delo de coro-de-franquia, tor Éber Vascon- com objetivos pragmáticos; celos, a Igreja a novidade era fazer com Memorial Batis- que as crianças cantassem ta - DF oficializou, em 08 “música de entretenimento”, de janeiro de 1969, o Coro em um espetáculo musicado, Infantil, confiando-o a Alciléa para atender a demanda do público por certas mercadoSerafim Silva. Em 1983 escrevemos: “Co- rias destinadas ao segmento nhecemos Igrejas grandes infantil (ver: OJB, 05 junho e prósperas que não dão 2016). Na primeira apresentação oportunidade ao canto das crianças...Os coros de adul- do novo Coro Infantil, “Contos não são melhores por- tos que não são de fadas”, que não procedem de coros logo sentimos a renovação do ambiente; na segunda, infantis”. A propósito de uma das úl- ocorrida em 11 de dezembro timas apresentações do Coro de 2016, o novo ministro de Infantil sob a regência de música da Memorial, Antônio Alciléa observamos que, “En- Henrique Lino Melo e Silva, quanto um conjunto vocal de traçou o roteiro para o Coro: gente grande procurava equi- 1) - receberá, durante o ano librar-se na esfera escorrega- de 2017, instrução musical; dia da desafinação, as vozes 2) - cantará, em espetáculos infantis, como se pertences- musicados, para treinamento sem a um coro extraterrestre, vocal; 3) - participará, reevoluíam no espaço sonoro gularmente, para educação com leveza e candura, pas- cristã, de cultos dominicais. seando na atmosfera rítmica Para essa ocasião, foram ese harmônica, montadas em colhidos cânticos de Natal belas melodias” (ver: OJB, baseados nos Evangelhos. 05 jun 83). Preliminarmente, devemos Por razões alheias ao ideal observar que poetas, tradueducativo, durante quase três tores e compositores tiveram décadas esteve inativo; em que costurar as vestimentas seu lugar, as crianças de 06 de prosa e de melodia para a 12 anos de idade eram im- que se adequassem ao amprovisadamente convocadas biente reverente dos templos. para cantar no Dia da Criança Na Idade Média, as letras dos ou na noite de Natal (ver: cânticos eram classificadas OJB, 03 jan 2016). como “noëls” (França), “ca-
M
rols” (Inglaterra) ou “weihnachtslieder” (Alemanha). Os trovadores surgiram na França para competir com os poetas religiosos. Os mais antigos cânticos natalinos, anônimos, datam do século 11. A poesia dos trovadores não era litúrgica, nem mesmo religiosa; era profana (fora do templo). A partir do século 15, proliferaram os cânticos de Natal que tentaram ingressar na liturgia da Igreja. Uma parte dos “carols”, em língua inglesa, tem um fundo religioso e moral, mas a outra parte é profana e materialista, por ser essencialmente consumista. Fechando este parêntese, esclarecemos que, muito antes da apresentação do Coro, a adolescente Ana Júlia dos Santos Cardoso, filha da ministra de música Rosana Maria, escreveu o poema “A menina e o anjo” (ver: Inspiração para viver, p.49, São Paulo: Garimpo Editorial, 2016), que retrata muito bem sua solidão causada por uma enfermidade, mas que não a impediu de ingressar em um curso universitário; no poema, a solidão é amenizada pela repentina aparição de um anjo, neste diálogo: “Estava sozinha encolhida em um canto na minha, no meu desencanto com medo limpei uma lágrima com o dedo. Então, um clarão eu vi e logo percebi um anjo,
de mim se aproximava - Por que estás a chorar, pequena? Encarei seus olhos verdes brilhantes seu sorriso cativante E respondi - Ficar só é minha sina! O anjo me abraçou e falou - Não mais! Fui enviado por Deus pra cuidar de ti! Eu e meu anjo...Sempre juntos! Rindo e cantando, aprontando! Até o fim!”. A escolha dos cânticos foi apropriada. Os relatos evangélicos a respeito do nascimento de Jesus certamente causam um impacto benéfico na imaginação infantil. Os cânticos de Wyrtzen, Salum, Mohr, Murray e Houston fazem várias referências aos anjos. No início desta segunda apresentação, uma pré-adolescente leu um texto, convenientemente curto, referente ao significado do Natal. Acompanhadas por uma pequena orquestra, as crianças cantaram “Cristãos, regozijai!”, de Don Wyrtzen (1913-1996). Em um cânone de melodia saltitante, as meninas se mexeram muito; isso aprenderam antes da nova orientação. Seguiu-se o “noël” francês “Les anges dans nos campagnes” (Surgem anjos proclamando), traduzido por Isaac Nicolau Salum (1913-1993) em 1942, talvez traumatizado pela dramática situação da França ocupada pelos
nazistas. Ficou evidente a necessidade de intensificar o treinamento coral. O terceiro número foi o conhecidíssimo cântico natalino alemão “Stille Nacht! Heilige Nacht!” (Noite de paz! Noite de amor!), de Joseph Mohr (1792-1848) e Franz Xaver Gruber (1787-1863), em tradução de W.E.Entzminger, executado com boa dicção e vozes afinadas. Seguiu-se “Away in a manger” (Num berço de palhas), “carol” americano do século 19, atribuído a James Ramsey Murray (1841-1905); a letra foi traduzida por Joan Sutton (1930-2015), bem cantada pelas crianças. O quinto item do programa foi “Adeste Fideles”, com letra portuguesa de James Theodore Houston (18471929), conhecida e cantada por católicos, protestantes e evangélicos; teve acompanhamento por 10 flautas-doces (“recorders”). Terminando o concerto, a menina Isabel Neves foi a solista na repetição coral de “Em um berço de palhas”. Foi um repertório próprio para ser ouvido e cantado por crianças, agora aos cuidados da regente Rosângela de Sousa Neves. Os pais e as mães têm um papel primordial, importante e, talvez, decisivo para a continuação dos ensaios e das apresentações do Coro Infantil da Memorial.
4
o jornal batista – domingo, 04/06/17
reflexão
O encontro de Jesus com Nicodemos
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
Porque Deus amou o mundo de tal maneira Que deu Seu Filho único para ser o Salvador. E todo aquele que confiar nEle não perece; Era noite e as trevas pairavam sobre a cidade Terá a vida eterna ao lado do Redentor. Quando um homem, Nicodemos, foi proCertamente Nicodemos saiu daquele encontro curar Jesus. Era mestre em Israel, mas vivia entre dúvi- Com uma nova visão e bastante impactado. Aquele que se julgava conhecedor de tudo das; Ouviu a voz de Jesus e foi transformado. Precisava encontrar a verdadeira luz. Marinaldo Lima, pastor, colaborador de OJB
Jesus lhe falou: “Tu tens que nascer de novo”. E Nicodemos ficou surpreso com a afirmação. Perguntou se voltaria para o ventre materno; Não entendeu que Cristo falava de salvação. Jesus Cristo, que é o verdadeiro e eterno Mestre Falou sobre nascer da água e do Espírito Santo. Só com este nascimento se tem o Reino de Deus; E foi ainda maior, em Nicodemos, o espanto.
Em outra ocasião estava ele reunido Com os fariseus e os sacerdotes principais. Haviam mandado soldados prender Jesus E ouviram de Nicodemos: “Não é assim que se faz” Pelos judeus, Nicodemos foi hostilizado Perguntaram ao colega se ele era da Galileia. Disseram que lá nenhum profeta nascera; Jesus nascera em Belém e eles não tinham essa ideia.
E quando o Mestre expirou na rude cruz Nicodemos ali estava com José de Arimateia. Tomaram o corpo e o envolveram em lençóis “O que é nascido da carne é carne”, falou E com especiarias sepultaram Jesus da Galileia. Jesus. “Tu és mestre em Israel e não sabes isso?” Colocaram-No em um sepulcro nunca usado, Perguntou ao judeu desejoso de conhecer Perto do Calvário, onde havia um horto. As verdades celestiais trazidas pelo Cristo. Porém, o Mestre de José e Nicodemos Não haveria de ficar para sempre ali morto. O Senhor disse que Moisés levantou a serpente Ao terceiro dia, o Cristo ressuscitou No deserto e falou que Ele seria levantado. Para dar a vida eterna a Nicodemos Era uma profecia sobre a sua própria morte, E a todos nós que pela fé até hoje Pois, em uma cruz de madeira, seria sacrificado. Vamos ao Seu encontro e nEle cremos.
Deus, só por ouvir falar? “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos” ( Jó 42.5).
O
livro de Jó é o mais didático, no sentido de nos revelar a dinâmica do viver em comunhão com Deus. É o que se depreende, quando lemos a confissão final do grande patriarca: “Antes eu Te conhecia só por ouvir falar. Mas, agora, eu Te vejo com os meus próprios olhos” (Jó 42.5). Esta é, em última análise, a mensagem missionária da Bíblia. O desafio espiritual para o ser humano não se resume às práticas litúrgicas e às tradições das religiões. Citar trechos inteiros da Bí-
blia revela cultura literária. Só que a transcendência espiritual das Escrituras supe ra, em muito, os con ceitos desenvolvidos pelas instituições religiosas e suas doutrinas imaturas. Nossa oração, como seres humanos, deve repetir a súplica do cego Bartimeu, quando se encontrou com Jesus. Jó não encoraja nossa confortável posição, do faz de conta, do “gospel show”. Por que vive r de “esmolas” religiosas, quando Cristo nos oferece Sua visão espiritual? Não nos contentemos em “só ouvir falar”. Sejamos os cegos que oram da maneira certa: “Mestre, eu quero ver...” (Mc 10.51). Cristo sempre abre nossos olhos!
Quando o coração não nos arde diante de Jesus Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “E disseram um ao outro: porventura não nos ardia o coração, quando ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras” (Lc 24.32).
U
m coração ardente é aquele que nos leva a reações adequadas diante de algum fato relevante, do qual nos tornamos participantes. Os discípulos de Jesus se censuraram quando Ele, já ressurreto, lhes apare-
ceu caminhando com eles, falando-lhes das Escrituras, e eles não tiveram nenhuma reação diante dEle. Aplicando isso para nós, muitas vezes nossos corações não ardem diante do conhecimento de tudo o que Jesus fez por nós, e continua fazendo. Vejamos alguns exemplos disso: Ao sabermos que Jesus doou sua vida por nós. Todos que chegamos a esse mundo, chegamos em estado espiritual letalmente comprometido pelo pecado, o qual, está inserido na raça humana, sem exceção, desde a deso-
bediência de nossos patriarcas do Éden. O livramento desse comprometimento foi providenciado por Deus, na Pessoa de Jesus, através de Sua missão de vir a esse mundo e oferecer-se em sacrifício para nos salvar desse estado de perdição espiritual. Qual tem sido nossa sensibilidade diante disso? O Evangelho que leva as pessoas a esse conhecimento tem sido pregado vastamente ao mundo, carregado de um veemente apelo ao coração de todos. “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha
palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Ao saber que Jesus aguarda sua decisão de crer Nele e no Pai que O enviou para salvar sua alma, como seu coração tem reagido ou ardido diante disso? Ainda destaco outra forma de insensibilidade diante de Jesus, que é, quando os que já reagiram positivamente ao primeiro apelo de Jesus, crendo Nele como seu Salvador e Senhor, não dão prosseguimento ao desenvolvimen-
to da nova vida espiritual, negando-se a se submeter as necessárias transformações de seu viver como nova criatura constituída por Jesus, ou seja, a prática de: humildade, mansidão, amor, domínio próprio, perdão, honestidade, verdade e fidelidade. “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co 5.17). Que o Senhor te abençoe para que não venha a se lamentar por não ter tido um coração ardente diante de Jesus.
o jornal batista – domingo, 04/06/17
reflexão
5
Há momentos Natanael Cruz, pastor, colaborador de OJB “Por um breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei” (Is 54.7).
H
á momentos em nossa vida que a caminhada é marcada por provas e lutas. Nessa trajetória passamos por vales escuros, de-
sertos áridos, mares revoltos, fornalhas ardentes, abandono, perseguições, traições. Há momentos em que o corpo inteiro dói e os olhos ficam inchados, de tanto chorar. Há momentos em que nossas forças conspiram contra nós mesmos e as circunstâncias nos sufocam e nos desanimam cabalmente. Há momentos em que as tensões emocionais são tão fortes que nos tiram a alegria
de viver. Nesses momentos Deus aparece, dizendo: “Por um breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei” (Is 54.7). Nesses momentos Deus nos diz que fará uma linda obra de restauração em nossas vidas. Enxugando nossas lágrimas, colocando um cântico novo em nossa boca, aliviando nossas dores, dando descanso para as nossas almas.
Então, aprendemos que Deus nos prova, permite que passemos por enormes dificuldades, mas elas são momentâneas, resultando vitórias para cada um de nós. “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (II Co 4.17). Minha ardente expectativa e confiança, nesses momentos, é que Deus está com cada um de nós.
Em suma, no momento certo Jesus aparece, dizendo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mt 11.28-30). Tiremos, pois, lições preciosas desses momentos.
Um inconformado persistente Juvenal Netto, colaborador de OJB
A
realidade sombria do nosso país dominado pela corrupção ética, moral e espiritual mostra a face de um grupo considerável de pessoas inconformadas. Desde que haja razoabilidade, o inconformismo pode ser um grande aliado do homem no sentido de tirá-lo da sua zona de conforto e motivá-
-lo a lutar por seus ideais. Sair da inércia deve ser o primeiro passo, não obstante, se deve ter o cuidado de não caminhar na direção errada ou lutar contra inimigos imaginários. A inconformidade parece ser algo latente na vida dos humanos, pois sempre haverá alguém insatisfeito com alguma coisa. Agora, alguns princípios devem ser observados. Primeiro, se é justificável este sentimento,
Convite
ou seja, será que os motivos são autênticos? Em segundo lugar, é ter discernimento e inteligência para fazer algo que realmente venha a contribuir para que alguma mudança aconteça. E, em terceiro lugar, cada um deve perguntar a si mesmo se estaria disposto a ir até as últimas consequências para mudar aquilo que tanto o incomoda, sendo mais claro, se seria capaz de morrer combatendo, mesmo tendo a percepção
A Primeira Igreja Batista de Irajá - RJ convida pastores Batistas para participarem do Concílio que examinará os irmãos William de Menezes Silva, com formação ministerial pelo Seminário Teológico Betel e Leonardo Valeriote, com formação ministerial pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, Campus Nova Iguaçu, visando a Consagração Ministerial Pastoral. Se aprovados, serão ordenados no dia 25 de junho de 2017, às 10h e servirão como pastores na Primeira Igreja Batista de Irajá - RJ Data do Concílio: 24 de junho de 2017 Horário: 09h Local: Primeira Igreja Batista de Irajá - RJ Rua Toropasso nº 47 - Irajá - RJ João Emílio Cutis Pereira Pastor Presidente
de que não poderia mudar tal realidade de um sistema opressor, de uma luta que transcende os limites do visível e do mundo físico ou até mesmo mudar a sua própria natureza. O apóstolo Paulo, ao escrever à Igreja em Roma, os orienta a que sejam inconformados (Romanos 12.2). Inconformados com o pecado, pois o ele é a única coisa que pode nos separar de Deus; nem mesmo os demônios com todo o poder que possuem conseguem por si só nos separar de Deus (Isaías 59.2; Romanos 8.3839). Alguém que se conforma com o pecado está propício à morte (Romanos 6.23; Tiago 1.15). Inconformados com esse sistema, chamado “mundo”, orquestrado por Satanás, que vem ceifando a vida de milhares de pessoas através de suas ardilosas ciladas, utilizando sempre as fraquezas humanas de isca, como, por exemplo, as drogas lícitas e ilícitas, que propiciam prazer e alegria momentâneos, mas, o fim é a escravidão e a morte. A prostituição é outra arma predileta dele, que age em conluio com a nossa natureza adâmica, banalizando o valor do corpo, que a Bíblia
chama de Templo do Espírito Santo, o tornando apenas um objeto de consumo totalmente descartável. O diabo age sutilmente até encontrar uma brecha para atingir os homens com toda a espécie de corrupção, tornando-os amantes de si mesmos e totalmente insensíveis à dor alheia; a violência para ele tem um valor superestimado por ver as pessoas, que são a imagem e semelhança de Deus, destruindo umas as outras e, assim, a vida vai perdendo gradativamente o seu valor. Inconformados com o número de pessoas que carimbam diariamente o seu passaporte para o inferno, pois ignoram a Voz de Deus, que sussurra em seus ouvidos até o último suspiro, dizendo: “Filho, eu te amo e quero te salvar da condenação eterna, basta se arrepender dos seus pecados e creres em mim” (Romanos 10.9). Portanto, é este inconformismo que fará de cada cristão um pregador incansável até a volta de seu Senhor, pois o seu desejo é ver o máximo de pessoas experimentando a mesma graça, o mesmo perdão, o mesmo amor e a mesma salvação.
6 vida em família
o jornal batista – domingo, 04/06/17
reflexão
Gilson e Elizabete Bifano
A graça garante que não há condenação
A
lguém já disse que a vida de qualquer homem ou uma mulher é abençoado (a) ou amaldiçoado (a) conforme a mulher/homem com quem se casa. Uma das histórias bíblicas mais dramáticas foi, sem dúvida, a de Oséias e Gomer. Lendo, conhecendo e estudando a história de casamento deste profeta, podemos, sem dúvida, extrair reflexões importantes sobre o tema deste artigo, a graça que garante que não há condenação. Os escritores bíblicos registraram que uma boa esposa é excelente dádiva para seu marido (Salmos 128.3; Provérbios 31.10-12). Oséias, ao se casar com Gômer, sonhou realizar um casamento
marcado pelo amor, pureza e fidelidade, mas não foi isso que aconteceu. Os estudiosos da Bíblia divergem quanto às interpretações da história conjugal de Oséias e Gômer. Uns acreditam que se trata de pura ficção literária. Outros acham que Oséias 1.2 deva ser interpretado ao pé da letra, isto é, de que Oséias tenha recebido uma ordem para se casar com uma prostituta. O terceiro grupo de intérpretes, o qual tomamos como base, acredita que Gômer não era prostituta quando se casou com o profeta, mas que tenha se tornado após o casamento. Enquanto Oséias contemplava o povo de Israel, liderado pelo rei Jeroboão, no reino do Norte, se afastar de
Deus, sentia também a sua esposa se tornar fria, distante emocionalmente do lar e andando com más companhias. A mesma infidelidade espiritual que via nos seus contemporâneos, Oséias também via na sua própria esposa. Os sentimentos de decepção e tristeza de Deus pelo povo eram semelhantes no coração deste profeta. A história de Oséias e Gômer nos ensina, mostra a importância do lugar da graça na relação conjugal. A primeira delas é que os cônjuges podem provocar feridas mutuamente. No caso de Oséias e Gomes, o adultério. Oséias, apesar do desapontamento, da dor provocada pela infidelidade de sua esposa, ele a perdoou, derramou
sobre a sua esposa o bálsamo da graça perdoadora. Poderia, como dizia a lei, dar carta de divórcio e despedir sua esposa, mas a história diz que ele a perdoou, amou e reconstruíram juntos a história de vida conjugal. A graça não é apenas uma atitude que devemos ter para com nosso cônjuge somente quando há um caso de adultério. Graça, favor imerecido, deve ser algo que devemos ter em abundância em nosso coração e deve ser liberada desde aquela falta pequena, como uma palavra atravessada, até no caso de infidelidade, se isso acontecer, no casamento. Oséias poderia, simplesmente, condenar sua esposa e deixá-la para sempre como escrava, mas não foi isso que
aconteceu. Ele a comprou de volta, trouxe para sua casa e amou, tal como Deus fez com o povo de Israel e faz assim até hoje com cada um de nós (Oséias 3). Todos os dias, no casamento, ora somos como Gômer, que desaponta, que fere o outro com palavras, atitudes e omissões. Ora podemos ser como Oséias, que, para salvar o casamento e a família, será preciso liberar o bálsamo da graça que não condena, mas que diz: “Vamos recomeçar, vamos nos amar novamente!”.
feitos; eles anunciarão os teus atos poderosos” (Sl 145.4). Na realidade, a sabedoria bíblica trata isso como uma responsabilidade, ou seja, a geração atual, que serve ao Deus vivo, deve passar esse conceito de servir a Deus para a próxima geração e a próxima geração deve ser influenciada pela geração atual. É um ciclo em que aqueles que amam ao Senhor reproduzem novos adoradores, que darão continuidade ao Povo de Deus e a expansão do Seu Reino.
Na igreja local, família de Deus, vê-se o entrosamento das várias gerações, mas que se reúnem no mesmo local, com a mesma motivação de adorar o Senhor Deus, e são edificados pela pregação e convivência fraterna, que só a Igreja propicia. É na Igreja local que as gerações se entrelaçam e cada uma delas se beneficia mutuamente. É na Igreja que os idosos investem nas crianças, adolescentes e jovens, e a juventude honra os idosos. Essa família reunida dá testemunho da Glória de Deus.
Gilson Bifano é palestrante, escritor e Coach de casais e pais. É diretor do Ministério OIKOS. oikos@ministeriooikos.org.br
Família reunida: encontro de gerações - Parte II Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB
A
Igreja, como Família de Deus, reflete a glória dEle. Essa família vive unida e celebra o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo. A família cristã vive unida e reunida como comunidade de fé, celebrando o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. É uma família unida ciente de que “Há somente um corpo e um Espírito (...) há um só Senhor, uma só fé,
um só batismo, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4.4-5). A família cristã, a Igreja, é um reflexo da pluralidade de gerações. Na Igreja, no mesmo culto, se tem um idoso com cabelos brancos e um adolescente cantando a mesma canção e ouvindo a mesma pregação. Vovô e netinho adoram e servem na mesma congregação; isso é quase impossível fora do contexto eclesiástico e familiar. Aprendemos na Igreja a amar
as gerações que nos legaram o Evangelho, e a ter zelo para deixar uma marca positiva para a geração emergente que está surgindo no seio da Igreja, que, como família cristã saudável, integra todas as gerações no serviço cristão, e valoriza as potencialidades de cada uma delas, a fim de que todas possam adorar e servir a Deus com o melhor de sua geração. A Bíblia fala sobre uma geração que influencia a outra. “Uma geração contará à outra a grandiosidade dos teus
o jornal batista – domingo, 04/06/17
missões nacionais
M
issões Nacionais está avançando no sertão do Brasil! O Espírito Santo tem dirigido a obra missionária no semiárido nordestino e a cada dia mais sertanejos são alcançados e convertidos pelo Evangelho de Cristo. Além disso, estamos trabalhando arduamente na implantação do Novo Sorriso do Sertão, projeto que já tem dado lindos resultados na Amazônia. A pregação do Evangelho tem avançado e, por meio dos relacionamentos discipuladores, podemos ver a multiplicação de discípulos. Igrejas têm sido plantadas em comunidades afastadas, antes nunca alcançadas por missionários cristãos. Uma nova liderança autóctone tem sido formada. Líderes sertanejos têm sido capacitados e formados em sua própria terra para amar e alcançar o seu povo para Jesus. As carências do povo sertanejo têm possibilitado manifestarmos Compaixão e Graça de diversas formas. Onde o mundo enxerga um enorme problema, podemos ver um rio de oportunidades para a manifestação do Amor de Deus! O Projeto Novo Sorriso do Sertão está trazendo muita
7
Um novo sorriso para o sertão nordestino
alegria ao povo sertanejo, não só com o cuidado físico, mas também espiritual, através do Evangelho de Cristo. Um novo sorriso está chegando para eles! Estamos trabalhando na implantação do projeto com objetivo de erradicar a cárie na popula-
ção das comunidades onde atuam missionários e radicais da Junta de Missões Nacionais. Nossos missionários André e Germana Matheus, coordenadores do Novo Sorriso da Amazônia, em parceria com o Instituto Água Viva,
estão viajando pelas comunidades sertanejas, fazendo atendimentos à população e treinamento dos Radicais na área de saúde bucal. Os moradores das comunidades têm recebido visitas dos missionários radicais, que oram com as famílias e
têm a possibilidade de criar um relacionamento intencional, baseado na visão da Igreja Multiplicadora. Dessa forma, nossos missionários, dia a dia, podem semear a Palavra de Deus e presenciar vidas fazendo sua decisão pessoal por Jesus.
8
o jornal batista – domingo, 04/06/17
notícias do brasil batista
ABIBET realiza Assembleia Geral Ordinária em Belém - PA Anazilda Santos Cruz, segunda secretária da ABIBET
N
o dia 19 de abril deste ano, na cidade de Belém - PA, na Primeira Igreja Batista da cidade, aconteceu a Assembleia anual da ABIBET, quando representantes das diversas Instituições de Ensino Teológico filiadas à nossa Instituição estiveram presentes. O orador da Assembleia foi o doutor Claiton André Kunz, da Faculdade Batista Pioneira, que abordou a temática: “Heranças da Reforma e Identidade Batista”, destacando o marco dos 500 anos da Reforma Protestante.
Reunião aconteceu durante a 97ª Assembleia da CBB
Durante a Assembleia foi recebida mais uma instituição para compor o rol das filiadas a ABIBET. Após realização de visita in loco e apresentação de relatório, foi deliberado o recebimento do Centro Batista de Formação Ministerial,
localizado na cidade de Imperatriz-MA. Foi apresentado no decorrer da Assembleia o andamento da construção do Manual da ABIBET, em vistas a servir como norteador para as instituições filiadas e novas candidatas a ingresso.
Um dos itens do Manual será o Projeto Pedagógico de Teologia (PPT), desenvolvido pela Comissão de Educação Teológica da Convenção Batista Brasileira e aprovado na última Assembleia da CBB em Belém-PA. Após a eleição, a nova diretoria para o biênio 20172019 ficou assim constituída: presidente: Vanedson Ximenes dos Santos (Faculdade Batista de Minas Gerais); vice-presidente: Claiton André Kunz (Faculdade Batista Pioneira); 1º secretário: Linaldo de Souza Guerra (Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil); 2ª secretária: Anazilda Santos Cruz (Seminário Teológico Batista Sergipano).
A ABIBET, organizada em 16/04/1970, vem durante todos esses anos contribuindo com as Instituições Batistas de Ensino Teológico, prosseguindo rumo a excelência acadêmica, fortalecendo a denominação e cumprindo a Grande Comissão deixada por Jesus Cristo. Conta hoje com 48 instituições distribuídas nas regiões: Norte (03), Nordeste (12), Centro-Oeste (05), Sudeste (25) e Sul (03). Louvamos a Deus por aqueles que neste tempo tem se colocado a disposição do Senhor, somando esforços na construção de mais um capítulo na história da ABIBET, na história do Povo de Deus.
Testemunhos marcam Acampamento de Missões em São Paulo
Fotos: Selio Morais/CBESP
Guilherme Soares, voluntário da CBESP
E
ntre os 12 preletores presentes no 31º Acampamento de Promotores de Missões de São Paulo, encerrado no domingo, dia 07 de maio, cinco deram seus testemunhos de conversão, histórias de vida e ações missionárias. Eles ministraram oficinas e compartilharam experiências de evangelização e conhecimento de outras religiões. Hoje missionário entre os árabes no Brasil, o ex-terrorista e ex-muçulmano Abdallah contou experiências de sua vida como radical islâmico. Ele falou sobre as semelhanças entre o Alcorão e a Bíblia, e como o nome de Jesus é citado no texto islâmico quase 100 vezes, com mais referências do que o próprio criador do islamismo. Abdallah mostrou ainda a importância de se conhecer profundamente a religião antes de começar o trabalho missionário. “É preciso conhecê-los para trazê-los à Luz”, afirmou. “A Bíblia é o único livro
Foram dias de compartilhar histórias e ensinamentos
em que o autor sempre está presente quando você lê.” (Abdallah) O missionário árabe apontou cinco fundamentos para os promotores seguirem em meio ao trabalho de missões. “O obreiro deve ter a fé da sua conversão e na do próximo. Deve ser sábio como foi Abraão, corajoso como foi Davi, e paciente como foi Jó. O promotor deve ter a Palavra, conhecê-la e confiar no que ela prega”. Reginaldo Moreira, ex-pai de santo e hoje doutor em Teologia e Divindade, também foi um dos preletores que testemunharam sobre seu trabalho e caminho na vida cristã. Usando passagens bíblicas com temas como
feiticeiras e contatos divinos, Reginaldo pregou sobre suas experiências e como o espiritismo consegue atrair pessoas. “Há muito espiritismo ‘gospel’ por aí. Temos que tomar cuidado. Deus não irá responder se não buscar diretamente a Ele, assim como não respondeu a Saul, que o procurou por meio de feiticeiras”, disse Reginaldo, fazendo referência ao texto de I Samuel 28. Testemunha de Jeová dos 12 aos 23 anos de idade, Ângelo Andrade, hoje membro na Igreja Batista Central em Santo André - SP, testemunhou sobre suas experiências e pregou sobre os diferentes métodos de evangelização.
Ângelo Andrade pregou sobre evangelização na noite de sábado
Mesmo perdendo contato com familiares ao abandonar sua antiga religião, Ângelo destaca que é importante conhecer os caminhos adequados para espalhar o Evangelho. “O trabalho do promotor é receber a Graça e passá-la aos outros, não simplesmente entender a doutrina pregada.” (Ângelo) A missionária Silvia Regina e o ex-padre católico Barbosa Neto também testemunharam e praticaram oficinas com os promotores durante o evento. Houve também a presença de palestrantes que apresentaram os ministérios entre os Hispânicos, Rastafáris, e trabalhos em presídios e capelanias hospitalares.
Entre os cerca de 250 promotores e promotoras de Missões em Sumaré, Reginaldo Teixeira disse que o Acampamento serviu para lhe desafiar e também lhe dar direção. “Foi bom saber que existem religiões que se esforçam mais que a gente. Agora temos que tomar consciência que Deus deixou esse trabalho para nós. Essa é a visão que eu ganhei no Acampamento”, afirmou o promotor de Missões na Segunda Igreja Batista de Osasco - SP. Para adquirir vídeos e áudios das pregações, testemunhos e palestras, entre em contato com o Portal Água Viva pelos números (16) 99766-3248 e (16) 3371-0818.
o jornal batista – domingo, 04/06/17
notícias do brasil batista
9
Trabalho missionário avança em Jaburuna - ES Matheus Ramos, jornalista da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo; Keiny Moreira, coordenador de Missões da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo
U
nir o social com a evangelização tem sido a principal estratégia utilizada pelo pastor Isack Mariano, missionário de Missões Estaduais, no bairro Jaburuna, em Vila Velha, região Metropolitana do Espírito Santo. Assim que chegou, em dezembro de 2012, o missionário percebeu que atender as demandas sociais dos moradores do bairro seria uma oportunidade única para se aproximar das pessoas. Uma estratégia utilizada é a realização de ações sociais no bairro, oferecendo para a comunidade corte de cabelo, aferição de pressão e glicose, distribuição de rou-
Trabalho ajuda na geração de renda dos moradores
pas e alimentos, recreação para crianças, dentre outras coisas. Essas ações partem de uma parceria de Missões Estaduais e o Instituto Samaritano, projeto criado pelo pastor Isack Mariano. Escolinha de futebol Para diminuir o tempo ocioso das crianças da comunidade e, consequentemente, apresentar o Evangelho de Cristo, o missionário Isack Mariano inciou, em parceria com a Escola Municipal de Jaburuna, um projeto de escolinha de futebol, que visa proporcionar para as crianças
Todo material foi recebido através de doações
momentos de lazer e de refle- obras já estão em fase de acaxão na Palavra. bamento e, em poucos meses, ela será inaugurada. “Estamos preparando tudo Cooperativa de biscoito Outra estratégia é a coo- com muito zelo, temos feito perativa de biscoito, uma várias reuniões com possíveis ferramenta para abençoar a fornecedores, pois queremos comunidade do Jaburuna, que de fato a cooperativa promovendo geração de funcione como uma fonte de renda para as famílias de Jarenda para os moradores. Muitas pessoas já tem cola- buruna”, conta o pastor Isack borado com doações que viabi- Mariano. Tanta demanda gera a nelizem a implantação desse projeto. A cooperativa já tem um cessidade de um meio de espaço e todo o maquinário transporte para servir a Igreja necessário, tudo isso conquis- e, por isso, a congregação tado por meio de doação. Nos do Jaburuna está engajada últimos meses, a construção da em uma campanha para a cooperativa tem avançado, as compra de uma Kombi.
Uma das ações que a Igreja tem realizado é a venda de marmitex. Em um só domingo, cerca de 150 refeições foram vendidas, e toda a renda arrecadada foi revertida para a compra da tão sonhada Kombi. Você também pode colaborar para a realização desse sonho. Para saber como, ligue para (27) 98122-6658. O avanço do trabalho Com o avanço do trabalho, novas demandas surgem e torna-se necessário a preparação de líderes, como conta o pastor Isack: “Iniciamos em 2017 uma escola de liderança, hoje nossa missão já tem 10 líderes preparados que poderão disseminar o que aprenderam dando prosseguimento ao Ide de Cristo”. Todo esse trabalho já tem gerado frutos. Após seis anos de trabalho, a Igreja hoje possui 32 membros, e ainda este ano cerca de seis pessoas serão batizadas.
Pastor Israel Pinto Pimentel celebra Bodas de Ouro de Ministério Pastoral Marcos Monte, membro da Igreja Batista Betel - Maceió - AL
N
a noite do dia 13 de maio, no templo da Igreja Batista Betel, em Maceió - AL, significativo grupo representando a denominação Batista alagoana agradeceu a Deus os 50 anos de consagração ao ministério pastoral do pastor Israel Pinto Pimentel. A celebração No culto, iniciado às 20h, foram entoados hinos do Cantor Cristão e do H.C.C. da predileção do amado pastor. A irmã Euliene Santana, da Igreja Batista Memorial de Aracaju - SE, que veio especialmente participar da festividade, declamou belíssima poesia de autoria de Josilton Omena Passos. Textos bíblicos, especialmente selecionados para o culto, foram
Jornalista Sandra Natividade e pastor Israel Pimentel
Pastores Irland Azevedo e Israel Pimentel
Irmã Zelina Conceição e pastor Israel Pimentel
lidos pela congregação. A mensagem gratulatória foi proferida pelo pastor Irland Pereira de Azevedo, pastor emérito da Primeira Igreja Batista de São Paulo - SP, e teve como tema “Ministério Pastoral e Graça”, onde destacou os seguintes pontos: 1. A graça salva; 2. A graça chama; 3. A graça capacita; 4. A graça consola; 5. A graça habilita a conhecer mais de Deus; 6. A graça leva-nos a amar os irmãos e não guardar mágoas e 7. A graça faz-nos agentes da reconciliação. Ao final do
culto, quando franqueada a palavra, pastores do campo alagoano e pernambucano, diáconos e ovelhas que foram apascentadas pelo pastor Israel puderam demonstrar toda alegria e contentamento pelo acontecimento. Destacou-se a presença da irmã Zelina Conceição (Igreja Batista Memorial de Aracaju-SE), representando a Convenção Batista Sergipana, que entregou uma placa expressando a gratidão daquele campo. A jornalista e escritora Sandra Natividade (Primeira Igreja Batista
de Aracaju-SE), do Conselho Editorial de O Jornal Batista, também fez uso da palavra. Dados do pastor Israel Israel Pinto Pimentel nasceu em 29 de abril de 1942, em Palmeira dos Índios, sertão alagoano. Sua conversão se deu aos 14 anos de idade na Igreja Batista daquele município, sendo batizado no dia oito de dezembro de 1957 pelo saudoso pastor Zacarias de Barros Almeida. Seu ingresso no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, onde
cursou Teologia, se deu em fevereiro de 1963. Casou-se em 23 de setembro de 1965 com Maria Madalena Chaves Pimentel, sendo frutos do casamento Irland, Irisson e Irene. Sua consagração ao ministério da Palavra de Deus aconteceu no dia 13 de maio de 1967. Pastoreou em Alagoas as Igrejas Batistas de União dos Palmares, São José da Laje, Ipioca, Passo de Camaragibe, PIB no Tabuleiro, Memorial Calvário, Marechal Deodoro, Monte das Oliveiras, Rio Largo, Graciliano Ramos, PIB da Gruta e CB em Santos Dummont. No vizinho estado sergipano teve a oportunidade de presidir as Igrejas Sete de Setembro e Castelo Forte, ambas na capital. A Deus tributemos honras e glórias pela vida do amado pastor Israel, que por meio século de vida tem levado a graça salvadora em Jesus Cristo a muitas vidas.
10
o jornal batista – domingo, 04/06/17
o jornal batista – domingo, 04/06/17
missões mundiais
11
Quatro décadas de amor ao Paraguai
Carlos Alberto e Lidia Klava da Silva nomeados missionários em 1977
Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
Q
uando foram nomeados nossos missionários, em 1977, Carlos Alberto e Lidia Klava da Silva seriam enviados para a Venezuela. No entanto, o casal seguiu temporariamente para o Paraguai, enquanto aguardavam o visto de residência da Venezuela, mas ele foi negado. O jovem casal entendeu que Deus tinha outros planos, e o tempo mostrou que o Paraguai era a vontade do Senhor para suas vidas. Logo de início, algo que chamou a atenção dos missionários foi a idolatria, “Uma realidade que ia muito além da nossa imaginação”, segundo Lidia, pois “Não era nada fácil romper a barreira do entendimento das pessoas nessa questão. Hoje, a idolatria continua, mas há abertura para o diálogo”. E uma dificuldade foi viver na primeira cidade onde atuaram, no interior do Paraguai. “Ali se falava 20% em espanhol e 80% em guarani, e nos sentimos ‘analfabetos’ por muito tempo”, recorda o pastor Carlos Alberto da Silva, que lembra também a restrita liberdade religiosa naqueles tempos por causa da ditadura de Alfredo Stroessner. “Naquela época, muitos brasileiros estavam emigrando para o Paraguai e, de certa forma, eram vistos como invasores, e nós, enquanto missionários, éramos chamados pejorativamente de ‘evangelhos’ (evangélicos)”, conta Carlos Alberto. No Paraguai, atuaram em lugares como Hernandarias,
onde uma Igreja foi organizada e o templo foi construído. Em Assunção, a Igreja Batista La Buena Nueva (“A Boa Nova”, em português) também foi pastoreada por nossos missionários, que também passaram por Luque, Naranjal e Ciudad del Este. Durante todos esses anos, Carlos Alberto e Lidia participaram sempre de congressos denominacionais com treinamento para obreiros, o que é especialmente percebido atualmente através do PEPE na América do Sul. Em 40 anos, os missionários ressaltam que muita coisa mudou: valores, aumento da criminalidade, intensificação dos vícios e imoralidade, mas também veio o desenvolvimento, indústrias, melhores hospitais. “Também no campo da evangelização, a mensagem do Evangelho é a mesma, mas as ferramentas através das quais alcançamos as pessoas têm sido diferentes”, diz Lidia. “Por exemplo, quando chegamos ao Paraguai, o único meio para pregar o Evangelho era através do contato pessoal e distribuição de literatura. A liberdade religiosa era muito controlada, e reuniões realizadas fora do templo eram consideradas suspeitas”, lembra a missionária. Lidia conta que, quando qualquer pessoa queria fazer uma reunião, religiosa ou não, deveria comunicar à polícia indicando hora, local e número de participantes. “Com o fim da ditadura, a liberdade de culto passou a ser irrestrita, permitindo, inclusive, o uso dos meios de comunicação em massa. Hoje continuamos pregando
Carlos Alberto e Lidia Klava da Silva completam 40 anos de JMM em 2017
o Evangelho através do contato pessoal, mas também usando outros meios, como o esporte, grupos de evangelização, encontros nos lares para estudar a Bíblia, além do serviço social prestado à comunidade através do PEPE, que tem transformado a visão da Igreja na sua estratégia de evangelizar”, diz o pastor Carlos Alberto. A partir de 2002, o campo missionário se expandiu para outros vizinhos latino-americanos, ficando mais restrito à América do Sul nos anos mais recentes. Foi quando Lidia Klava da Silva passou a apoiar e depois coordenar o programa socioeducativo promovido por Missões Mundiais na região, onde quase 6 mil crianças são beneficiadas em 289 unidades espalhadas por sete países (Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Venezuela). Para a coordenadora do PEPE Internacional, missionária Terezinha Candieiro, compartilhar do ministério com Carlos Alberto e Lidia é algo que lhe traz muita alegria. “Nesses 15 anos que servem no PEPE, somos testemunhas da dedicação e da força mesmo em meio a situações adversas, da disposição no serviço em incontáveis viagens e dos frutos da salvação e edificação na vida de tantas crianças, famílias e comu-
nidades”, afirma Terezinha. “Tudo isso nos inspira a prosseguir servindo com amor ao Senhor. Parabéns, queridos irmãos e companheiros de ministério”, completa. O coordenador regional de Missões Mundiais para a América Latina, pastor Ruy Oliveira Jr., também expressa sua gratidão a Deus pelas vidas de Carlos Alberto e Lidia. “Nossos queridos missionários nos inspiram com seu testemunho e com o seu amor pelas vidas, principalmente dos pequeninos que têm sido alcançados para Jesus. O Paraguai tem sido impactado pela vida de oração, dedicação e esforço em demonstrar o Amor de Cristo ao povo paraguaio. O casal tem participado ativamente na expansão do PEPE. Somos gratos a Deus pela vida dos nossos queridos missionários”, declara o pastor Ruy. Em quatro décadas, certamente houve momentos de tristezas e frustrações, mas também de muita alegria e superação. É o que relatam nossos missionários. “Ao olhar para esses 40 anos de campo, nossa maior alegria é ver vários jovens que levamos a Cristo e foram chamados para se preparar em seminários e que continuam atuantes no Reino de Deus, trabalhando como pastores e missionários”, diz o pastor Carlos Alberto.
“Outra grande alegria é ver como Deus escreve novas histórias na vida de crianças e suas famílias que participaram do PEPE e hoje têm seus nomes escritos no Livro da Vida. Várias dessas famílias hoje têm perspectivas e novas alegrias que seguramente alegram o coração de Deus e o nosso também”, afirma a missionária Lidia Klava. O casal expressa também sua gratidão aos Batistas brasileiros, que durante esses 40 anos o apoiam em todas as áreas para que o Reino de Deus possa crescer e vidas sejam restauradas e transformadas. E agora, 40 anos depois, o casal revela que, naquela época, chegou a fazer a seguinte oração: “Senhor, não sabemos se vamos para a Venezuela. Envia-nos para qualquer lugar do mundo que serviremos com todas as nossas forças e todo o nosso coração, desde que não seja o Paraguai”. “Mas creio que Deus deve ter olhado e dito: ‘É para lá que eu quero vocês’”, conta o pastor Carlos Alberto da Silva. “Hoje entendemos que esse país era o lugar correto onde Deus queria usar nossas vidas. Já poderíamos ter ido à Venezuela ou outro país, mas entendemos que este é o lugar que Deus preparou para que estivéssemos todos esses anos”, conclui.
12
o jornal batista – domingo, 04/06/17
notícias do brasil batista
Porto Velho - RO recebe Congresso Multiplique Rondônia - Acre José de Andrade Cunha, pastor, diretor Executivo da COBARO
P
orto Velho - RO recebeu nos dias 10 a 12 de março de 2017 o Congresso Regional Multiplique Rondônia-Acre. A visão da Igreja Multiplicadora foi profundamente esplanada pelos preletores pastor Fabrício Freitas, gerente de Evangelismo da JMN, e pastor Márcio Tunala,
responsável por Pequenos Grupos na Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba - PR. Foi um Congresso abençoador, que cremos poder ser um divisor de águas em nossa Convenção, resgatando a unidade das Igrejas. E o melhor, uma unidade em torno da missão de fazer discípulos de Jesus. O evento foi organizado e realizado pela Convenção Batista de Rondônia, na liderança do pastor Andrade, diretor Executivo, e Márcia
Ferreira, diretora do Departamento de Envagelismo e Missões (DEVAM-RO). A direção musical ficou sob a responsabilidade da equipe da Primeira Igreja Batista de Rondônia, conduzida pela ministra de Música Ezenice Bezerra. Mais de 200 congressistas, vindos de várias cidades de Rondônia e Acre, incluindo um casal indígena da etnia Karitiana, Fernando Karitiana e Cecília Karitiana, participaram da programação.
Juventude Batista do Noroeste Baiano realiza Treinamento de Líderes 2017
Juventude Batista Noroeste
N
o sábado, dia 22 de abril, no templo da Igreja Batista Nova Jerusalém em Capim Grosso-BA, aconteceu o Treinamento de Líderes da Juventude Batista
Noroeste (JUBANO) 2017, que teve como tema “Líderes da Nova Geração” e foi realizado. O curso foi ministrado por Polliana Ramos, membro da Primeira Igreja Batista de Gandú e integrante da Equipe Envisionar, que com muita desenvoltura e de maneira
bem dinâmica fez com que todos os participantes saíssem maravilhados do evento devido ao conteúdo aprendido. A diretoria da Juventude Batista Noroeste faz questão de agradecer à Juventude Batista Baiana (JUBAB), à Convenção Batista Baiana
UFMBF
União Feminina Missionária Batista Fluminense
(CBBa), à Associação Batista Noroeste (ASBAN) e à Igreja hospedeira, por terem sido braço forte para o sucesso deste evento e pelo carinho e atenção dispensados à nossa equipe. Também queremos dirigir nossos agradecimentos a todos os que participaram deste treinamento, fazendo-os lembrar que o conhecimento ali adquirido deve ser multiplicado, para que novos apaixonados pelo ministério
de juventude possam surgir. Mas nosso agradecimento mais que especial se dirige ao Senhor dos senhores, que além de toda bondade e graça que nos foi dispensada, nos conduziu para o momento mais especial de todos: ver o semblante de alegria e motivação nos rostos daquela gente linda! Vamos seguindo JUBANO, para sermos cada vez mais uma juventude forte e vibrante a serviço do Rei Jesus.
Organização da Convenção Batista Fluminense __________________________________________________________________________________
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fl. 4.13).
CONVOCAÇÃO Na qualidade de presidente da União Feminina Missionária Batista Fluminense, em cumprimento ao que preceitua o Artigo 21, inciso I do seu Estatuto, convoco as representantes credenciadas pelas organizações filiadas, para a realização da 102ª Assembleia Anual Ordinária, a ser realizada no dia 15 de julho de 2017, no Hotel Fazenda de Raposo, localizada na Avenida Augusto Maria Martines, 224 – Raposo, Rio de Janeiro. O programa terá início às 08h30 com término previsto para as 16h.
“Líderes da Nova Geração” foi o tema do Treinamento
Niterói, 10 de junho de 2017.
Lindomar Ferreira da Silva Presidente da UFMBF
Participantes saíram do evento maravilhados
o jornal batista – domingo, 04/06/17
notícias do brasil batista
13
Unificação de duas Igrejas Batistas marca novo tempo em Morro do Coco-RJ Michel Malaquias, pastor da Primeira Igreja Batista e Igreja Batista Memorial em Morro do Coco - Campos dos Goytacazes - RJ
E
ntre tantas pressões e desafios, a Igreja de Cristo prossegue por séculos. Já está firmado no trecho de Mateus 16.18 a seguinte fala de Jesus: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). É verdade que o mal não pode prevalecer contra Igrejas que focam no genuíno Evangelho e trabalham baseadas exclusivamente na Palavra de Deus. No entanto, diante de um contexto contemporâneo, é comum observar Igrejas divididas, membresias separadas por divergências, e denominações afetadas pela falta de unidade. Não somente o testemunho cristão perde com tais rupturas, como também os membros, que são os mais abalados com as divisões. Mas no meio desse cenário preocupante, duas Igrejas apresentaram um exemplo ímpar. Após anos de divisão, voltaram a se unir, fazendo com que o trabalho de dois ministérios voltasse a ser unificado. O fato aconteceu na região fluminense e tem sido motivo de alegria entre os Batistas brasileiros. Na cidade de Campos dos Goytacazes - RJ, no distrito de Morro do Coco, a Igreja
Batista Memorial e a Primeira Igreja Batista de Morro do Coco estão vivendo uma nova história. No dia 10 de fevereiro de 2017 aconteceu o Culto de Unificação das duas Igrejas com a presença de várias Igrejas coirmãs e vários membros das diretorias da nossa denominação. O pastor Vanderlei Marins, pastor da Primeira Igreja Batista em Alcântara - RJ, e na época, presidente da Convenção Batista Brasileira, esteve presente como pregador da noite. Também contamos com a presença do presidente da OPBB, pastor Éber Silva; do vice-presidente da Convenção Batista Fluminense; do presidente da OPBB - Subsecção Planície; do presidente da Associação Batista da Planície, pastor Marcos Rodrigues - representante da AEC, outros líderes religiosos e 23 pastores da cidade de Campos dos Goytacazes e de Bom Jesus. O clima foi de celebração com um público de mais de 500 pessoas, acomodadas na rua em frente ao templo da PIB de Morro do Coco. Queima de fogos oferecida pela comunidade e muita oração marcaram a ocasião em que o pastor Michel Malaquias “recebeu o cajado” como pastor de um só rebanho. “Após tantas lutas, Deus tem me honrado, honrado a minha família e agora minha Igreja”, relata pastor Michel Malaquias. Desde dezembro de 2016, as duas Igrejas passaram a cultuar em um só local, transferindo todo o
Pastor Michel Malaquias e família recebem o cajado das mãos do pastor Marcos Rodrigues, representante da Associação Evangélica de Campos (AEC), em cerimônia dirigida pelo pastor Pedro Salvador
trabalho e membresia para a Primeira Igreja Batista. O culto do dia 31 de dezembro de 2016 representou uma virada de ano e de trajetória das duas congregações, que nunca mais se reuniram separadamente. Esta boa notícia repercutiu Brasil afora e ainda entre outras denominações. Pastor Michel Malaquias tem conduzido o processo de unificação das duas Igrejas: “Para que termos duas Igrejas, se Morro do Coco pode ter uma Igreja forte, sem rachaduras ou “picuinhas”, mas cheia do Poder de Deus? O desejo do meu coração foi deixar um legado pastoral de união e não de divisão. Sei que agora o Senhor nos fará multiplicar e não dividir. Deus é bom o tempo todo, o tempo todo Deus é Bom”, conclui Michel Malaquias, pastor da união.
do um grupo de irmãos saiu da PIB de Morro do Coco por insatisfação diante de alguns procedimentos e decidiu filiar-se a SIB de Morro do Coco. Em 2004, o próprio pastor orientou que o grupo formasse uma congregação da Igreja. E assim foi feito. Durante um período, a congregação formada caminhou sem pastor de tempo integral até que o pastor Demerval assumiu o pastorado, vindo a falecer em 2008. Mais uma vez, aquele grupo se viu em uma situação difícil, lembrando que o ex-pastor tinha o desejo de que a congregação fosse filha da Igreja do Parque Lebret. No mesmo ano de 2008, o grupo se desfiliou da SIB e passou a ser Igreja organizada e filha da Igreja Batista do Parque Lebret em 2010, tendo um novo pastor e passando a se chamar Um pouco da história Igreja Batista Memorial. Em Tudo começou entre os 2012, a Igreja voltou a ficar anos de 2002 e 2003, quan- sem um líder e buscou apoio
do pastor Pedro Salvador, que assumiu como pastor interino, mas iniciou uma fase de sucessão pastoral. Ainda em 2012, o pastor Michel Malaquias foi convidado para liderar a campanha do Mega Trans e criou uma grande empatia com a Igreja. Tornou-se seu pastor auxiliar e em 2013 foi empossado como pastor principal. “Assumimos o desafio com 39 membros. Vidas foram sendo restauradas, outras batizadas, famílias que não mais frequentavam os cultos passaram a voltar para a Igreja. Deus foi nos dando graça diante da comunidade”, relembra pastor Malaquias. Mesmo depois de estabilizados, pastor Michel Malaquias relata que ainda faltava algo. “Deus nos queria para fazer a diferença em nossa denominação e localidade”. A Igreja começou a orar e um grupo de irmãos sentiu o desejo de interceder para que a formada IB Memorial retornasse para a PIB, o que só seria possível com a intervenção divina. Em agosto de 2016, o pastor Márcio Pereira Adão decidiu deixar o pastorado da PIB. Durante o processo de sucessão, pastor Michel Malaquias marcou uma reunião com o pastor Márcio Adão, pedindo para participar do processo. O pedido foi aceito pelo mesmo e toda sua Igreja. Ele tomou posse em dezembro de 2016 e anunciou o desejo da unificação das duas Igrejas, que foi aceita por todos.
14
o jornal batista – domingo, 04/06/17
ponto de vista
Voluntariado: um desafio para idosos dinâmicos Samuel Rodrigues de Souza, dos, onde o apoio pode ser mobilizado, onde a rapidez jornalista, colaborador de nas respostas atue contra a OJB confiança excessiva em pros serviços voluntá- gramas governamentais. A Help Age Int’l é uma alianrios fornecem opções para a vida ça de aproximadamente 40 do futuro aposen- agências atuantes na área do tado e das pessoas idosas que envelhecimento. Inicialmente, queiram continuar prestando a preocupação era com os idoserviços à comunidade. Mui- sos em campos de refugiados tos, diante do espaço vazio por entender que este grupo aberto pela aposentadoria, não era adequadamente atendesenvolvem condutas pre- dido e, tendo em vista, este judiciais. Entre as mulheres, grupo ser muito menos apto a por exemplo, é comum a absorver os impactos da perda alimentação excessiva. Nos da casa, família, país, amigos, homens observa-se o aumen- enfim, de todos os referenciais to no uso de bebidas alcoóli- próximos e queridos. De acordo com Christopher cas. De qualquer forma, com o passar do tempo, a maioria Beer, desta preocupação inidos idosos desenvolve várias cial, a Help Age voltou-se a patologias que podem estar muitos outros aspectos do associadas às perdas causa- atendimento ao idoso. Muitos das pela aposentadoria e por dos nossos membros, diz ele, situações mais frequentes na estão envolvidos na promosua faixa etária, como a de- ção de moradias e acomodapressão. É comum também ção para aqueles com condio recurso desnecessário a ções de viver independentes. Outros membros estão envolinúmeros medicamentos. Quando se fala de trabalho vidos em promover moradia voluntário, não se pode omi- e acomodações para aqueles tir a importância das Organi- idosos mais debilitados e dezações Não Governamentais ficientes (muitas vezes com (ONG’s) pelos serviços de, serviço de enfermagem em entre outros, apoio aos ido- tempo integral). Outras agênsos, que do contrário seriam cias concentraram suas ateninadequadamente desenvol- ções no desenvolvimento de atendimento comunitário e, vidos ou ausentes. A existência do volunta- muitas vezes, desenvolveram riado é particularmente útil conceito sobre o papel dos onde o contexto humanitário centros-dia e atendimento doé crítico, onde a inovação e a miciliar em países onde estas experimentação são adequa- ideias são novas e inovadoras.
O
Alguns membros desenvolveram programa de treinamento para os assistentes sociais, atendentes, pessoal médico e auxiliares em geral, que estão trabalhando junto com a população idosa. Um esforço considerável foi colocado em ação nos programas de combate à cegueira – particularmente cataratas – que usualmente ocorre em pessoas de idade e é uma das causas mundiais de cegueira com possibilidade de prevenção. Aquelas pessoas corajosas que se esforçaram para formar uma agência voluntária em circunstâncias difíceis – na Àsia, África ou América Latina, experimentaram o que agora pode ser de grande valia para aqueles na Europa engajados em operações similares, como iniciar atividades voluntárias do nada. Agências voluntárias não são imunes a franquezas internas e dificuldades. Aqueles que tanto tem trabalhado para agências voluntárias quanto as governamentais, sabe que as estruturas dos corpos de voluntariados podem, às vezes, impedir o seu próprio desenvolvimento. Por outro lado, a beleza das ONG’s está na possibilidade de mover-se rapidamente, sem recorrer a longos e burocráticos processos decisórios. A Help Age do Reino Unido deu grande atenção ao desen-
volvimento de um maior entendimento público da nova legislação de atendimento comunitário. O Eurolink Age, no nível Europeu, produziu valiosa documentação para seus membros a respeito dos idosos na Comunidade Européia e a dimensão social da comunidade depois de 1992. Trinta anos depois de sua fundação a Help Age da Inglaterra continua produzindo documentos e folhetos com fotos que demonstram a forma como a população britânica está se tornando mais velha, as características dos componentes idosos na sociedade e sugestão para o desenvolvimento de políticas. Todas essas iniciativas podem incrementar o perfil da entidade e, ao mesmo tempo, aumentar o entendimento do público nos assuntos relacionados a idosos. Entendimento conduz ao crescimento. Em cada sociedade, em cada país, existirão desenvolvimentos que podem ser benéficos aos idosos, os quais as agências voluntárias podem demonstrar e explorar. Procure também se engajar em algum trabalho voluntário. Sua ajuda é necessária nos multiministérios da Igreja, casas da amizade, hospitais, escolas, orfanatos, grupos de convivência de idosos, centros-dia, asilos, visitas e auxílio a demenciados, famílias carentes e em ocasiões trágicas.
Muitos idosos estão internados sem qualquer assistência de familiares ou amigos; discriminados por uma sociedade que privilegia a juventude. Os velhos são obrigados a viver em doloroso compasso de espera da chegada da morte. A normatização das atividades diárias, a uniformização, e a disciplina caracterizam as instituições asilares, não permitindo ao indivíduo, muitas vezes, preservar sua singularidade e seu espaço. Somente na cidade do Rio de Janeiro há cerca de 80 asilos. De forma predominante não há atividades programadas de lazer e entretenimento para o idoso asilado. Cada pessoa aproveita o tempo da forma que quiser, assistindo televisão, fazendo trabalhos manuais, tomando sol, etc. Eventualmente são realizadas festas (Natal, Dia das Mães), ou, de forma mais rara, passeios. Bem poucas instituições dispõem de terapia ocupacional. Os internos permanecem ociosos a maior parte do tempo, seja porque não lhe são oferecidos alternativas ou porque já não se interessam por mais nada. Que tal traçarmos um plano de ação sistemática junto a esses tão necessitados de cuidados e atenção? “Então, enquanto temos oportunidade, façamos bem a todos” (Gl 6.10).
o jornal batista – domingo, 04/06/17
ponto de vista
15
Por que participo da Igreja? Edvar Gimenes de Oliveira, pastor, colaborador de OJB “Enquanto isso, uma grande multidão de judeus, ao descobrir que Jesus estava ali, veio, não apenas por causa de Jesus, mas também para ver Lázaro, a quem ele ressuscitara dos mortos. Assim, os chefes dos sacerdotes fizeram planos para matar também Lázaro, pois, por causa dele, muitos estavam se afastando dos judeus e crendo em Jesus” (Jo 12.9-11).
L
embro-me de que, em 2005, quando assumi o pastorado da Igreja Batista da Graça, fiz uma pesquisa através da qual procurava identificar o que havia motivado as pessoas a escolherem essa Igreja para se congregarem. Após classificação, em torno de 70 motivos foram identificados. A IB da Graça não é exce-
ção, nem a constatação, uma novidade. Isso já acontecia com a multidão que seguia Jesus. Quem não se lembra desta narrativa de João: “Quando o encontraram do outro lado do mar, perguntaram-lhe: ‘Mestre, quando chegaste aqui?’. Jesus respondeu: “A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais milagrosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos” (Jo 6.25-26). No texto inicial, o que aconteceu na vida de Lázaro foi tão extraordinário que quando os judeus souberam da presença de Jesus eles se dirigiram ao local não por Jesus, mas por Lázaro. Esse tipo de comportamento, portanto, é comum. O problema é quando nós, dirigentes da Igreja, sabendo disso, não apenas criamos iscas para atrair pessoas, mas, pior, transformamos iscas em um fim em si mesmas.
Não seria exagero dizer que uma parcela significativa de Igrejas sobrevivem de iscas. Como a sede humana por novidades é insaciável, elas fazem coisas do arco da velha para manter seus templos cheios e seu público excitado. A isso, Simon Sinek, em seu livro “Por que?”, chama de manipulação. A Igreja descobre do que as pessoas gostam e pouco se importa com o significado mais profundo daquilo que realiza. A atividade ganha um fim em si e o ativismo reina. O pior é quando, na ânsia de garantir público, Jesus se torna apenas um detalhe à Igreja. Assim, ela perde a razão de sua existência, torna-se mais uma empresa prestadora de serviços no mercado e o mundo afunda-se cada dia mais em seu vazio existencial, em sua falta de sentido, em sua desesperança.
Olhando, porém, a parte final do texto, podemos seguir em outra direção. Se é verdade e até inevitável que Jesus não seja o motivo primeiro de alguns estarem na Igreja, é verdade também que a Igreja, fiel à sua missão, ao seu compromisso com Jesus, não perderá de vista a razão de sua existência e trabalhará incessantemente para que todos os que com ela cooperam foquem em Jesus e saibam que é a confiança nEle, como Senhor e Salvador, e o compromisso com a ética dEle em todas as dimensões da vida humana que dá à sabor de esperança, solidariedade, amor, justiça, enfim, salvação, no sentido mais amplo da palavra e não apenas escatológico. Você e eu não temos poder para controlar o motivo das pessoas cooperarem com a Igreja, mas podemos e devemos querer que o meu e o seu motivo seja Jesus de Na-
zaré. Aconteça o que acontecer, esse foco deve ser mantido e diariamente alimentado. Nisto reside nossa saúde e a maturidade espiritual: que somos Igreja para servir, por sermos amados e amarmos a Jesus e não para sermos servidos. Somos crentes em Jesus e não clientes dEle e da Igreja. É claro que, como João narrou, o preço de manter um compromisso assim com Jesus tem um preço. Mas, diante de seus efeitos no presente e no porvir, tudo o mais perde valor, todo desafio pode ser enfrentado. Se sua participação na vida da Igreja depende de um pastor, de um programa de eventos, de um estilo de liturgia, de uma estratégia de marketing, enfim, você será a mais infeliz de todas as pessoas, pois não terá se encontrado com o logos de Deus, o sentido da vida, o Senhor Jesus de Nazaré.
Você não é deste mundo! Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva – RJ
J
á ouvi esta frase algumas vezes: “Você não é deste mundo!”. As pessoas que me falaram isso estavam certas e nem sabiam. Calma! Não estou dopado, não estou pensando que sou de algum planeta que não seja a Terra, que tenho uma anteninha na cabeça e sou verde. Não é isso. “Então, de que você está
falando?”, você pode me perguntar. Vou responder agora. Não sou deste mundo porque Deus não me criou para ficar nesse mundo. A Bíblia diz: “Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma” (I Pe 2.11), “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram
que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (Hb 11.13). Deu para entender? Sou “forasteiro” e “peregrino” neste mundo. Minha estadia aqui é temporária, estou aqui de passagem. Minha pátria é o céu. Não é pura coincidência o fato de não concordar com as imoralidades que nos rodeiam e recebem a aprovação popular. Sou servo de Deus, tenho Cristo como Senhor, sou nova criatura, o Espírito Santo vive em mim e, sendo
assim, reprovo o que Deus reprova. Sendo de outra pátria, não consigo me adaptar aos pecados da pátria terrena e influenciada fortemente pelo diabo. Sou criticado, chamado de bobo, muitos acham que eu não “curto” a vida, mas o que é curtir a vida para eles? Viver de forma desregrada, satisfazer todos os prazeres da carne, não ter a menor preocupação com princípios divinos? Tenho que orar por eles.
Minha pátria é o céu! “Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade” (Hb 11.16). Como os servos do passado desejavam uma pátria melhor, eu também desejo: a celestial. Meus olhos estão contemplando o futuro e, sabe de uma coisa? Não sou deste mundo mesmo!
“Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações...” MATEUS 28.19-20
o re • m o b i l i z e • o f e r t e • v á • www.missoesmundiais.com.br •