ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 05/06/16
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXV Edição 23 Domingo, 05.06.2016 R$ 3,20
Primeiro domingo de junho:
Dia do Homem Batista
“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino” I Coríntios 13.11
Missões Nacionais
Missões Mundiais
Cuidando das nossas crianças
Orações para alcançar muçulmanos durante Ramadã
Projetos de Missões Nacionais focam no auxílio a crianças em situação de vulnerabilidade social. A realidade da infância no país é assustadora: Cerca de 30 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos no Brasil, segundo o último levantamento realizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), divulgado em 2013. (Página 07)
Em 2016, o Mês do Jejum, como o período é popularmente conhecido, começa no dia 06 de junho e se estende até 06 de julho. Vamos reservar cada dia do mês sagrado dos muçulmanos para orar por um motivo específico, apresentado em nossas mídias sociais. (Página 11)
2
o jornal batista – domingo, 05/06/16
reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo
Q
uando tinha 75 anos, Abraão cria que o fim de sua vida era chegado e que não havia mais nada para se fazer. Deus o surpreendeu de uma maneira maravilhosa, determinando que ele saísse de sua terra e parentela. Ele atendeu prontamente, demonstrando fé, obediência e curiosidade por aquilo que o Senhor desejava efetuar por ele e através dele. Depois de sua saída, ele viveu os melhores cem anos de vida. Pois foi este exatamente o acréscimo que Deus lhe deu. Certamente que a mudança ocorrida mexeu e muito com seus conceitos
Abraão e o seu planejamento familiar e planejamento. Ele agradeceu a Deus o privilégio de experimentar excelentes coisas quando achava que nada mais tinha sentido ou surpresas. Ao chegar em Canaã, consciente de que seu maior ministério era o de abençoar vidas e famílias, procurou de imediato manter contato com as pessoas, criando relacionamentos duradouros. Durante sua caminhada, entendeu que deveria renovar seu amor por Deus, pois Ele era a razão de tudo. Amá-lO acima de todas as coisas e pessoas era indispensável. Abraão decidiu voltar a se apaixonar novamente por Deus, demonstrando que
não há idade para viver esta realidade. Ele também entendeu que deveria voltar a se apaixonar pela vida, não atentando para a sua idade, pois ela não era nenhum impedimento e muito menos um motivo para não se alegrar de novo com todas as coisas que podia fazer sob o poder do Eterno. Todos nós precisamos renovar nosso amor pela vida, sendo profundamente apaixonados por ela. Cuidemos com carinho deste bem tão precioso. Abraão também renovou seu amor pela família. Que coisa extraordinária e cativante. Um homem de sua idade encontrar novos motivos para amar sua família de
uma maneira mais madura e racional, desfrutando momentos maravilhosos, olhando de modo diferente para aqueles que já conhecia há tantos anos. No nosso planejamento de vida familiar jamais estacionemos, pois Deus ainda tem coisas a fazer por nós e através das nossas vidas. Estejamos abertos ao chamado divino, dizendo “sim” para Ele, como fez Abraão, entendendo que os melhores anos de vida o Senhor quer nos apresentar. Doronézio Pedro de Andrade, pastor da Primeira Igreja Batista em Guarapari - ES
o jornal batista – domingo, 05/06/16
reflexão
3
MÚSICA ROLANDO DE NASSAU
Coro de franquia (Dedicado ao leitor Ben-Hur Viza, de Brasília - DF) o final do século 20, na Grã-Bretanha, em Kiddleydivey, Sally Murphy idealizou uma organização social, sem objetivo de lucro, destinada a criar coros de crianças, por meio de franquias, para promover a inclusão social, o lazer e a educação musical, cantando peças de música profana. Depois, foram criados coros para execução de música litúrgica. Essa experiência, fora do ambiente restritamente eclesiástico, foi imitada pela American Choral Directors Association (Associação Americana de Regentes Corais). Algumas Igrejas copiam o método anglo-americano, que conhecíamos desde 2006, e temíamos que chegasse ao Brasil, desembarcado no Rio de Janeiro, na Praça Mauá. No artigo anterior (Ver: OJB, 03 jan 16), delineamos um método de trabalho musical com crianças, inspirado por missionários Batistas americanos (Bennie May Oliver, Bill Ichter e Joan Sutton) que algumas Igrejas adotaram nas décadas de 80 e 90. Esse método era estruturado em um coro infantil, composto de crianças de 06 a 08 anos de idade, pertencente ao ministério de música. Além da função de instruir, o coro infantil tinha a de educar, a fim de incutir na mente das crianças a missão do canto coral na Igreja.
N
A característica daquele método era serviço pessoal, permanente e regular, prestado pelas crianças durante cultos previamente escalados, como parte de um processo educativo, na execução da hinodia evangélica e do canto religioso erudito. As Igrejas não aceitavam música profana. No método antigo e tradicional, o maior número possível de crianças na Igreja seria objeto dos cuidados do ministério de música. É mais interessante gastar recursos humanos e financeiros, durante um ano, aplicando-os no ministério de música, para que as crianças e os jovens cantem o verdadeiro louvor. A finalidade do antigo método é desenvolver nos participantes o senso de que existem diversos coros na Igreja. É um método notadamente social; as crianças perceberão o que cantam. Cremos que o ensino e a educação musical das crianças e dos jovens cabe ao ministério de música; em geral, o ministério das crianças e o ministério da juventude não têm o pessoal tecnicamente capacitado. Às vezes, a juventude não sabe escolher os que participarão musicalmente dos eventos. No método anglo-americano, as atividades artísticas (musicais, teatrais, coreográficas) são concentradas no ministério das crianças. Uma ou duas vezes por ano as crianças cantam, principalmente, música-de-entre-
tenimento, com objetivos pragmáticos. Neste método, o Natal, por exemplo, é visto como produto, sob a ótica do “marketing” (mercado), para atender a demanda do público por certas mercadorias (“merchandising”) destinadas ao segmento infantil. Este novo método funciona pelo “franchising” (licenciamento) de marcas. A “franchise” (franquia) é a autorização concedida a alguém para vender ou distribuir bens ou serviços de um produtor. O nome do produto, sob o qual uma série de subprodutos é distribuída ou vendida, às vezes é mais conhecido do que o do produtor. Os promotores dos eventos, que se interessam não pela música-de-culto, mas pela de entretenimento, além de ampliar o seu mercado interno (os membros da Igreja), querem oferecer subprodutos ao mercado externo (membros de outras Igrejas), coisas que possam ser doadas às crianças como “presentes de Natal” (CDs, DVDs, livros com textos e diálogos dos personagens do “musical”), ou compradas por pessoas que lidam com sonorização e iluminação; cenários; logística de palco, etc. Supomos que uma grande equipe de voluntários trabalha na elaboração de instruções, a fim de planejar minuciosamente as tarefas atinentes à execução do espetáculo musicado (“musical show”); todos cedem gratuitamente os direitos de
autoria à Igreja patrocinadora do evento. A comercialização costuma ser proibida; entretanto, nos projetos é incluída a comercialização, na fase de distribuição dos subprodutos. A preocupação com o “marketing” torna-se mais evidente quando o roteiro é justificado pela necessidade de fornecer aos interessados orientação para reprodução do “musical”, especialmente em outras igrejas. Essa preocupação denota a ideia expansionista dos entusiastas do método. É razoável crer que os promotores do novo método sempre pretenderão vendê-lo para convenções, igrejas batistas, e escolas de outras denominações evangélicas. Algumas Igrejas promovem excursões temerárias para cantar no exterior. Pouquíssimas Igrejas no Brasil têm condições de utilizar a metodologia e tecnologia necessárias à execução deste caríssimo empreendimento artístico. Elas não sabem o custo. As Igrejas, ainda interessadas na conservação de suas tradições teológicas, doutrinárias e musicais não quererão cooptar o novo método, que despreza as suas tradições. No método antigo e tradicional, o maior número possível de crianças na Igreja seria objeto dos cuidados do ministério de música. Pelo novo método, é formado um pequeno grupo “selecionado” para participar
da gravação de áudio em estúdio; no dia da apresentação, as outras dezenas de crianças fingirão que estão cantando, porque será tocado um “play-back” enganoso. Os pais das crianças privilegiadas assinarão contratos cedendo os direitos autorais de voz e imagem das crianças. Isso significa que as crianças não são donas de suas vozes quando cantam “em louvor a Deus”. Neste tipo de espetáculo “infantil” quem mais participa são os adultos. Até os protagonistas são ventríloquos, mas com direitos autorais. Recrutar tanta gente, durante metade do ano, para apresentar um único “musical show”, a fim de entreter os membros da Igreja, é gastar dinheiro em um projeto com pouco retorno no desenvolvimento musical; poucas crianças serão instruídas e educadas a prestar um culto racional; ver é pensar, mas os espectadores verão o “show” irracional sem razão para refletir. O coro infantil entoa hinos durante os cultos; embora seja importante, é desprezado por muitas Igrejas. Com a ajuda da parafernália de luzes e sons, o coro de franquia se exibe num “show” para obter um produto. O método moderno, que recorre à franquia e à cultura de resultados, deve ser tecnicamente eficiente; ao tradicional, que se apoia nas orações da Igreja, basta que seja espiritualmente eficaz.
4
o jornal batista – domingo, 05/06/16
reflexão
Homens cristãos em ação Ozeas Camelo, pastor da Primeira Igreja Batista em São Raimundo Nonato - PI “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino” (I Co 13.11).
I
nspirado na tão conhecida MCA, (Mulheres Cristãs em Ação), e observando o quanto elas são bênçãos na vida da Igreja, chamo-vos a atenção para HCA (Homens Cristãos em Ação), não querendo propor uma mudança de termos, pois seria muita ousadia da parte deste caminhante da vida cristã; buscamos com isto, simplesmente, um posicionamento cristão do homem Batista na sociedade. Com isso em mente, vejamos os desafios que os termos acima referidos nos trazem no mundo atual. 1. O desafio de ser homem O que é ser homem? Não pense que ser homem é apenas o contrário de ser mulher. Ser homem é o contrário de ser menino, já diz o versículo acima transcrito. Ser homem é mais que ter órgão genital masculino e se vestir com trajes masculinos, pois hoje esses padrões e referenciais já não existem. Você se torna um homem de verdade quando deixa para trás as características de uma criança. E, pensando assim, Quantos homens, marmanjos, estão se comportando como crianças, se aborrecendo com pequenas coisas, na família e na Igreja? Hoje estamos convivendo com o desvirtuamento do modelo de homem de algumas formas. A primeira é o de homens efeminados, homens cujos trajes refletem a cultura de um outro tempo. Vivemos em uma época em que os modelos e a moda em si são essencialmente femininos, pois são frutos de uma sociedade que procura se distanciar da homofobia e acaba caindo em outro extremo, por outro lado, quem faz a moda, e os modelos que se deve usar são homens femininos, se é que existe o termo.
O outro extremo é o de machão que muitos criaram para fugir do modelo acima, e o pior é que isso tem criado homens cruéis, valentões, o super-homem, o insensível; ser homem de verdade é um desafio, eis aqui o que entendemos ser um modelo de homem equilibrado: Assumir seu papel masculino de responsabilidade, de liderança, de caráter; Para ser homem não basta apenas se comportar de modo masculino, mas também estar disposto a trabalhar duro, controlar os sentimentos e assumir responsabilidade por suas ações, como está escrito em I Coríntios 13.11. Em outras palavras, você prova que é um homem de verdade à medida que substitui atitudes infantis por atitudes maduras na maneira de pensar, falar e agir. Então, Deixemos de ser meninos e sejamos homens.
O homem cristão precisa estar em ação na Igreja, na família e na sociedade, pois ele é: • É exemplo de fé para a esposa e filhos (A família admira e procura imitá-lo); • É sacerdote do lar (Responsável pela vida espiritual da família); • Líder da sua família (Cumpre sua missão e sua mulher é realizada em ser liderada por ele); • Ativo nos ministérios da Igreja (Participa ativamente da Igreja exercendo seu dons e talentos). Compartilho abaixo o que entendo ser um homem cristão em ação. Meu desejo é que você faça disto o seu alvo, inclusive é apresentado em forma de sugestão para que em cada dia do mês se busque pôr em prática um item, tendo como objetivo levar cada homem a cumprir seu papel na Igreja, na família e na sociedade.
O homem cristão em ação… 1. É o líder de sua casa; 2. É responsável pela vida espiritual da família; 3. É comprometido em realizar o culto doméstico, pelo menos, uma vez na semana; 4. É um fiel dizimista 5. É participante ativo de um pequeno grupo multiplicador; 6. Ora e evangeliza uma família, esforçando-se para conduzi-la a Jesus; 7. Compromete-se em ajudar a esposa em casa naquilo que ela necessitar; 8. Cuida bem da sua esposa, amando-a, honrando-a e respeitando-a; 9. Realiza, pelo menos, um programa especial com a esposa saindo para um jantar especial com ela; 10. Participa com sua família de, pelo menos, uma reunião de oração da Igreja por mês; 11. Adota um jovem do sexo masculino para acompanhá-lo, mentoreá-lo e patrociná-lo para um congresso ou retiro; 12. Adota um dos projetos missionários de sua Igreja, enviando uma oferta especial durante o ano; 13. É um aluno da Escola Bíblica Dominical; 14. Apoia as programações 3. O desafio de ser homem da União Masculina; 15. Realiza durante o mês cristão em ação 2. O desafio de ser homem cristão Lamentavelmente, muitos chamados cristãos não têm se comportado assim, em vez de serem cristãos, criam um novo modelo, são os “tristões”, pois o testemunho entristece o coração e marca negativamente a Igreja. Mas o que é um homem cristão? Seguindo fielmente ao termo é aquele que é parecido do com Cristo. Eis aqui o que poderia ser chamado de o perfil do homem cristão: • Identifica-se com Jesus Cristo (Em palavras, ações, pensamentos, sentimentos, etc.); • Vida pautada na Palavra (Lê, estuda, medita, e pratica a Palavra de Deus); •Visão correta da Igreja (Ele é Igreja, e identifica, apoia, defende, ama, contribui com a Igreja); • Bom testemunho na sociedade (Sinceridade, honestidade, transparência integridade, um homem de confiança). Dez estilos que devem ser evitados e reprovados pelo homem cristão: O incrédulo; o mentiroso; o playboy; o caloteiro; o viciado; o vagabundo; o narcisista, o abusador; o crianção e o controlador.
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
Jesus e a minha profissão “E ele lhes disse: Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes” (Jo 21.6).
P
edro foi um bem-sucedido profissional da pesca. Jesus entendia de carpintaria, mas nunca foi conhecido como pescador eficiente. Apesar disso, Pedro, naquela noite, mesmo usando tudo o que aprendera na sua longa experiência, e sem nada pescar, aceitou a orientação profissional de Jesus. Para a surpresa geral, a rede quase se rasgou, de tanto peixe, após a orientação de Cristo ter sido aceita. “Jesus lhes disse: Lançai a rede para a banda direita do barco e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam retirar, pela multidão de peixes” (Jo 21.16). Qual é a relevância da orientação de Jesus Cristo, quando se trata de fazer direito os requisitos do meu uma visita a um enfermo ou alguém que necessite; 16. Reserva um tempo em sua agenda para sentar e conversar com os filhos; 17. É correto em suas transações, fiel em seus compromissos, tornando-se padrão para a sociedade; 18. Procura ajudar outros irmãos que estejam precisando de auxílio em qualquer área; 19. Se interessa e trabalha para ir aos congressos promovidos pela denominação; 20. Durante o ano visita, pelo menos, uma Congregação de sua Igreja; 21. Se esforça para ler a Bíblia inteira durante o ano; 22. Ora e visita seu pastor pelo menos uma vez ano; 23. Descobre seu dom espiritual e utiliza-o; 24. É integrado em um minis-
ofício profissional? Qual a autoridade do Mestre, no meu laboratório de engenharia da produção, quando enfrento um grande desafio e todos esperam que eu apresente o caminho que será a “Salvação da lavoura”? De que maneira devo orar sobre meus desafios profissionais, na esperança de que Cristo irá me orientar? A coisa é complicada, mas é muito simples. Leve seu problema profissional ao Senhor. Não tente dar lições tecnológicas a Ele. Medite na leitura bíblica que fizer. E, quando sentir a orientação do Espírito de Cristo, jogue com convicção sua rede, mesmo achando que a mensagem do Senhor pareça um tanto ridícula ou absurda. Em tempo: Acima de tudo, a ajuda do Senhor é qualitativa. Nem sempre nosso êxito espiritual dependerá do aumento da nossa produção. Sempre, porém, dependerá da nossa postura humilde de obedecer as orientações do Senhor. tério da Igreja; 25. Contribui financeiramente e de outas formas para que sua União Masculina alcance seus objetivos; 26. Adota uma família da Igreja para orar todos os dias; 27. Participa dos encontros esportivos e recreativos do ministério; 28. Se esforça durante o ano para pagar suas contas e ter o nome limpo; 29. Ama e defende a Igreja, como sua família; 30. Se assim não for, você pode ser qualquer coisa, menos homem cristão em ação, pois homem cristão ativo precisa ser assim. Sejamos assim para a Glória de Deus e para que essa sociedade veja que ainda existem homens de verdade!
o jornal batista – domingo, 05/06/16
reflexão
5
“Não andaram pelo caminho dele” Genivaldo A. da Silva, pastor do Primeira Igreja Batista em Avaré-SP
A
maior alegria de um pai é ver seus filhos tornarem-se homens e mulheres de bem; como em uma corrida, esperamos que vençam. No atletismo, a corrida de revezamento é uma das provas que mais exige treino e dedicação. A origem dessa corrida se deu no Império Persa, no ano 559 a.C. Ciro mandou construir cavalariças ao longo das estradas, a fim de poder receber rapidamente as correspondências dos correios da Pérsia e do Egito. Cartas que continham informações importantes. Um mensageiro viajava o dia todo, a toda velocidade,
e passava imediatamente a correspondência para outro mensageiro descansado. Assim a mensagem chegava ao rei. Na corrida de revezamento, a parte mais difícil é passar o bastão para o próximo corredor. Samuel já estava velho, tinha treinado seus filhos e os ensinado sobre a importância do sacerdócio. Deu-lhes atribuições de grande importância e fez deles juízes sobre Israel: “Porém seus filhos não andaram pelo caminho dele; antes, se inclinaram à avareza, e tomaram presentes, e perverteram o juízo” (I Sm 8.1-3). Samuel falhou? Será que ele foi incapaz de levar seus dois filhos a um compromisso sério com Deus? Será que ele cometeu os mesmos erros de Eli? Será que foi
omisso? A Bíblia não informa nada relevante e revelador sobre o tipo de educação dada por Samuel a seus filhos. Mas uma coisa era certa: Seus filhos não seriam os próximos mensageiros; eles não estavam aptos para liderar aquela Nação. Às vezes, precisamos lembrar que filho de crente não é crente, e filho de pastor não é pastorzinho. Pode até ser que seja, e isso é muito bom. Conheço muitos homens de Deus cujos filhos e filhas não andam pelo caminho dos pais. É triste! Desesperadamente triste, pois a sensação é de total incapacidade de “convertê-los” e de culpa, por vê-los tão longe de Deus. Uma nova geração não poderá ir à frente, quando não são reconhecidos como repre-
sentantes legítimos de Deus. Estão na Igreja somente para agradar os pais, amigos, tios e parentes, apenas de corpo presente. Isso não é de todo ruim, pois na Igreja temos a esperança que se convertam ao Deus da nossa salvação. Que caiam em si, e antes que seja tarde, digam, “...Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho” (Lc 15.21). Tenho certeza que Samuel, como pai, ficou envergonhado diante dos anciãos de Israel. Embora desejasse que seus filhos fossem os próximos sacerdotes e profetas, ele sabia que não estavam em condições de assumir tão sublime atribuição. Ensinem seus filhos no Caminho certo, vão com eles e sejam o exemplo para eles.
Tenham cuidado com o que vocês estão ensinando para seus filhos. Quando não se leva os filhos à Igreja, passa-se a eles a ideia de que não sentem prazer e necessidade de estar com seus irmãos em Cristo em um grande culto de adoração. Quando mentem, estão dizendo que não têm temor; quando não dão dízimo, estão ensinando seus filhos a serem desonestos; quando priorizam o lazer e a educação de seus filhos, mas não os acordam cedo para a Escola Bíblica Dominical (EBD), estão comunicando que as outras coisas são mais importantes do que o Reino de Deus. Será que quando chegar a hora de passar o bastão, seu filho estará preparado? Estará ele no Caminho? Espero que sim.
em nossos lares? Oramos com fervor pelo presente e futuro dos nossos filhos, entregando-os nas mãos de Deus? Empenhamo-nos em obedecer aos nossos pais no Senhor, sabendo que isso é uma exortação bíblica? Amamos, respeitamos e cuidamos do nosso cônjuge seguindo os princípios bíblicos para o casamento? O texto bíblico também afirma que se o Senhor não guardar a cidade, todo esforço será inútil. Deus cuida do nosso lar e da socieda-
de. Seu poder guardador é dispensado sobre a nossa família e nossa cidade. Infelizmente, nossa sociedade tem estado aquém das Sagradas Escrituras. Algumas leis que estão sendo criadas e aprovadas pelos nossos governantes desagradam ao Senhor e são contrárias aos valores familiares. A sociedade não quer Deus. Todavia, as nossas famílias não devem ser assim. Que possamos fazer de nossos lares aquilo que Paulo diz sobre Áquila e Priscila em
Romanos: “Saudai a Áquila e Priscila... e a Igreja que está na casa deles” (Rm 16.3-5). Que as nossas casas possam ser autênticas igrejas. Que Cristo seja o principal membro de nossas famílias. Sem Deus não adianta nosso esforço. Sem Deus toda batalha para constituir uma família abençoada e abençoadora é inútil. Pois o bom andamento de um lar depende de amor, perdão, fidelidade, cuidado e sabedoria. E é em Deus que encontramos essas coisas.
Deus, o edificador do lar Edson Landi, pastor da Igreja Batista no Guanabara - Campinas - SP “Se o Senhor Deus não edificar a casa, não adianta nada trabalhar para construí-la. Se o Senhor não proteger a cidade, não adianta nada os guardas ficarem vigiando” (Sl 127.1 – NTLH).
A
Bíblia na Nova Tradução na Linguagem de Hoje traz duas vezes a expressão “não adianta” no
primeiro versículo. Sendo assim, entendemos que sem a bênção de Deus o trabalho humano está destinado à ruína. No texto hebraico, a palavra “casa” é “beith” (Cujo significado é mais que construção; é o lar, a família, a descendência). E a Palavra de Deus então nos ensina que o nosso labor para construir a casa (lar, família, descendência) será dispensável se Deus não a edificar. Compreendemos isso? Temos praticado essa verdade
6
o jornal batista – domingo, 05/06/16
reflexão
Pais que escalam a montanha Edgar Silva Santos, pastor da Primeira Igreja Batista Jardim Mauá - Manaus- AM
P
odemos entender a vida como uma montanha deslumbrante que nos impõe obstáculos e desafios e nos reserva muitas surpresas. Com nossos filhos escalamos esta montanha, dia após dia, de forma cadenciada ou não, mas, ininterruptamente. Bom é imaginar que não estamos carregando os nossos filhos nas costas. Eles seguem lado a lado conosco. Ouvem nossas palavras, nossos conselhos, mas, acima de tudo, observam nossas ações. Na verdade, e em primeiro lugar, devemos reconhecer a obrigação que temos de instruí-los para que eles possam adotar e interiorizar os princípios divinos da Santa Escritura. “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e
andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.” (Dt 6.6-9). A história hebreia revela que o pai devia ser diligente em ensinar a seus filhos os caminhos e as palavras do Senhor, para seu desenvolvimento moral e espiritual. Era uma responsabilidade intransferível, que o apóstolo Paulo acentua, quando escreve: “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4). Ou seja, em vez de fomentar nos filhos maus sentimentos, por via de severidade extrema e injustiça, é mister criá-los “Na doutrina e admoestação do Senhor”. Singularmente importante é ensinar também pelo exemplo. Conhecida é a frase: “Não se ensina o que se sabe, nem o que se diz, ensina-se o que se faz”. En-
quanto subimos a montanha da vida com os nossos filhos, eles estão olhando para nós. Davi, todos sabemos, foi um bom rei, um bom poeta, um bom músico, um bom combatente, mas foi um mau pai, como fica claro no registro bíblico. Seu desempenho como pai não correspondeu a bem-sucedida história da sua vida, nas demais áreas. R.C. Sproul, em seu Livro “Objetion Answered”, conta de um jovem judeu que viveu na Alemanha, há muitos anos. O menino tinha um profundo sentimento de admiração por seu pai, que procurava conduzir a família na direção de várias práticas religiosas. O pai levava-os à sinagoga sempre. Durante a adolescência daquele garoto, a família se viu obrigada a mudar-se para outro povoado, na Alemanha. Neste povoado não havia sinagoga, senão uma pequena Igreja luterana. A vida da comunidade girava em torno da Igreja luterana;
as melhores pessoas pertenciam a ela. De repente, o pai anunciou à família que todos iam abandonar as tradições judias e unir-se à Igreja luterana. Quando a família, pasmada, perguntou a razão, o pai explicou que isto beneficiaria seus negócios. O jovem ficou perplexo e confuso. À sua profunda desilusão seguiu-se a ira e uma amargura intensa passou a atormentar-lhe a vida. Dias mais tarde, o jovem foi estudar na Inglaterra. Todos os dias ia ao museu britânico. Aí, ia dando forma às suas ideias para estruturar um livro. Neste livro introduziu uma visão de mundo inteiramente nova e concebeu um movimento, cujo propósito era mudá-lo. Descreveu a religião como “O ópio dos povos”. Levou as pessoas, que o seguiram, a assumir o compromisso de viver uma vida sem Deus. Suas ideias se converteram em uma norma que regeu por algum tempo a quase metade dos governos
do mundo. Seu nome era Karl Marx, o fundador do Movimento Comunista. A história do séc. XX, e talvez a posterior, foi afetada de maneira significativa, porque um pai destorceu seus valores. Lamentavelmente, fechamos os nossos olhos, tantas vezes, para a necessidade de nos colocarmos como modelos para os nossos filhos. Não quer dizer isso exemplos de perfeição, mas, exemplos de consagração, apontando sempre para Jesus, que é o nosso modelo supremo. “Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”. Por isso, afirmou A. W. Pink: “O maior erro cometido pela maioria dos cristãos é ter a esperança de descobrir neles mesmos aquilo que só se encontra em Cristo”. Vamos todos, então, subir a montanha da vida com os nossos filhos, em um movimento ascensional exitoso, “Olhando para Jesus, Autor e Consumador da nossa fé”.
Lar doce lar Jeferson Cristinini, pastor, colaborador de OJB
Q
uem tem um lar deseja sempre voltar logo para casa, para celebrar a unidade familiar. Nada é mais gostoso do que voltar após um dia de trabalho ou estudo para o aconchego do nosso lar. Saímos de casa para nossas atividades pensando na hora de voltar, para o “lar doce lar”. Lar tem que ser doce, ser feliz, ser alegre, ser acolhedor, ser um lugar de paz e amor.
Lar é construído com relacionamentos de amor e afeto. Nosso lar deve ser nosso ninho de amor, carinho e cuidado, onde esses elementos não podem faltar de maneira nenhuma. Quando estamos fora do nosso lar, o único desejo que temos é voltar para o nosso aconchego, para nos relacionarmos com nossos queridos (as). Nosso lar deve ser nosso abrigo, aonde sentimos e investimos nas relações de amor, onde somos amados e amamos de forma incondicional. É no lar que nossa
autoestima é forjada, nossa saúde física e emocional são nutridas. É no lar que somos forjados a lidarmos com essa sociedade injusta e desumana. É no lar que aprendemos como lidar com as pressões sem ceder nossos valores, como lidar com as tentações de forma bíblica, como lidar com as injúrias desse mundo. É no lar que aprendemos que nosso valor nada tem a ver com a roupa que usamos, com a marca do celular e do tênis que usamos, aprendemos que nosso valor nada
tem a ver com a escola onde estudamos ou na lanchonete que frequentamos, mas o que vale mesmo é que somos amados por Deus e por nossos familiares. É no lar que aprendemos que as coisas mais importantes da vida não estão à venda. É no lar que aprendemos a valorizar afeto e amor, em vez de sucesso e grana. É no lar que aprendemos que a gentileza abre todas as portas e que a educação nunca sai de moda. É no lar que aprendemos a servir as pessoas queridas
que Deus coloca ao nosso redor, na convivência diária. É no lar que aprendemos a respeitar os mais velhos, as hierarquias como expressão do nosso temor a Deus. É no lar que aprendemos que nosso sucesso na vida está relacionado ao nosso zelo pelo princípio bíblico “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Ex 20.12). Invista em seu lar e goze da paz do Senhor sobre sua família.
o jornal batista – domingo, 05/06/16
missões nacionais
7
Cuidando das nossas crianças
O
Projetos de Missões Nacionais focam no auxílio a crianças em situação de vulnerabilidade social
Brasil tem hoje, aproximadamente, 61,4 milhões de crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos). A realidade da infância no país é assustadora: Cerca de 30 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos no Brasil, segundo o último levantamento realizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), divulgado em 2013. Nós, como Igreja de Cristo, não podemos ficar alheios a essa realidade. Assumindo a missão deixada por Jesus, a Junta de Missões Nacionais desenvolve projetos para atender, evangelizar e discipular crianças em situação de abandono e vulnerabilidade social. Os Lares Batistas F.F. Soren, localizado em Porto Nacional - TO, e David Gomes, em Barreiras - BA, abrigam crianças e adolescentes com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, encaminhadas pelo Juizado da Infância e da Juventude e Conselho Tutelar. Em ambiente seguro e acolhedor, são assistidas de forma integral, preparando-as para a vida futura e buscando sua reinserção aos lares de origem ou adoção por família substituta. Projetos em diversas áreas temáticas são desenvolvidos com o apoio
Foto: Sergio Vanalli
Missionários e crianças do Lar Batista F.F. Soren
Ballet do Projeto Novos Sonhos, da Missão Batista Cristolândia, se apresenta na Assembleia da UFMBB em Santos – SP
Lar Batista David Gomes
Brinquedoteca do Lar Batista David Gomes, em Barreiras - BA
de parceiros, incluindo Igrejas, universidades, empresas, instituições de saúde e profissionais voluntários. As ações da JMN para a infância e adolescência não se limitam aos lares Batistas. A primeira Unidade Cristolândia Crianças foi inaugurada em Guarulhos - SP, em maio de 2015, em resposta a solicitação feita pelo Juiz da Vara e da Infância da Juventude de Guarulhos. A nova frente de
trabalho atua na recuperação de crianças que estão envolvidas com o consumo de drogas, seguindo a proposta já adotada nas Cristolândias para adultos. Coordenada pelo pastor Anderson Pedersolli e Aline Imaculada, a equipe oferece semanalmente atividades esportivas para as crianças da Comunidade São Rafael e acompanham 25 crianças indicadas pela vara da infância do município. Em
2015 foram realizadas ações sociais para 250 crianças. O Projeto Novos Sonhos, por sua vez, foi inaugurado em 2010, como uma ação preventiva, que atende em média duzentas crianças da comunidade do Moinho, no Centro de São Paulo, próximo à região denominada cracolândia. A proposta para prevenção ao uso de drogas na comunidade do moinho utiliza ferramentas como dan-
ça e esportes para superação de questões sociais, favorecimento da noção de disciplina, autocuidado e fortalecimento de vínculos familiares. Estamos confiantes de que Deus permanecerá no sustento dos Projetos e dos queridos missionários que se dispõem nestas obras. Nesta certeza, alcançaremos mais crianças para Jesus abrindo portas para novos e abençoados sonhos.
8
o jornal batista – domingo, 05/06/16
notícias do brasil batista
Cobapa em ação, mais de Cristo no Pará Assessoria de Comunicação Cobapa Fonte: Cobapa.org.br
A
Convenção Batista do Pará continua avançando! Nos dias 26 e 27 de abril de 2016, a Cobapa realizou a primeira viagem missionária ao município de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó - PA, com o objetivo de conhecer e estudar a cidade, firmar contatos com moradores, para dar início ao projeto de plantação de uma nova Igreja Batista na referida cidade. Em clima de confiança em Deus e esperança de dias melhores, a Cobapa cumpre cabalmente o slogan: Mais de Cristo no Pará. A Ilha do Marajó é uma Ilha brasileira do estado do Pará, localizada na foz do Rio Amazonas, no Arquipélago do Marajó. Com uma área de aproximadamente de 40.100 km², é a maior Ilha do Brasil e também a maior ilha fluviomarítima do mundo. A cidade de Belém situa-se a sudeste do canal que separa a
ilha do continente. Possui 17 cidades com mais de 500 mil habitantes. Tem se tornado um grande desafio missionário para todos os Batistas paraenses. A equipe missionaria que visitou a cidade estava composta pelo casal pastor Ruy Gonçalves Ferreira, diretor Executivo da Cobapa, e sua esposa, Cristina Gonçalves; pelo casal pastor Lennon Borges, missionário coordenador da Regional Marajó, e sua esposa, Clélia Borges; missionário Wagner Felismino da S. Souza, coordenador da Regional Metropolitana II e coordenador de Missões Estaduais; pastor Edson Penha, missionário coordenador da Regional Metropolitana III e coordenador do Projeto Radical Cobapa; e pelo casal Carlos Silva e Eliene Silva, casal que está em processo de contratação para o projeto de plantação de Igreja. A equipe de missionários fez o reconhecimento caminhando por várias partes da cidade, passo importan-
tíssimo para a implantação. Foram feitos vários registros fotográficos e de vídeos para que os Batistas paraenses das outras regionais conheçam a cidade e os desafios da mesma. Para potencializar as ações evangelísticas no município de Ponta de Pedras, a Cobapa enviará o projeto missionário Radical Cobapa à cidade no período de 20 à 30 de julho de 2016. O projeto dispõe de mais de 100 missionários voluntários das Igrejas Batistas do Pará. Mais informações com o pastor Edson Penha através do telefone (91)-3222-0307 das 09h às 15h. Por isso, a Cobapa precisa contar com o apoio de crentes fiéis, que acreditam e atendam ao chamado de sermos Mais de Cristo no Pará. Um dos Pilares da Campanha de Missões Estaduais da Cobapa é a oração. Contamos com o apoio e a oração por esses projetos missionários de grande envergadura e alcance da nossa Convenção.
COMUNICADO Comunicamos a quem interessar possa, que, por um equívoco da redação de OJB, a CONVOCAÇÃO abaixo descrita, teria que ter sido inserida em nossa Edição 09-2016 (28/02/2016), cumprindo seu Estatuto, de forma que possa registrar seus demais documentos.
EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA A 87ª ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA UNIÃO FEMININA MISSIONÁRIA BATISTA CARIOCA - UFMBC
Na qualidade de presidente da União Feminina Missionária Batista Carioca – UFMBC, em cumprimento ao Artigo 6º do Estatuto da União feminina Missionária Batista Carioca, convoco as mensageiras das Organizações Femininas das Igrejas Batistas deste Município para a realização da 87ª Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 02 de abril, sábado, a partir das 08h30m, na PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE MOÇA BONITA, situada à Rua Tirana, 28 Padre Miguel – RJ, para eleição da Diretoria 2016/2017, bem como analisar e deliberar sobre assuntos gerais de interesse da União. Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2016 Márcia Fernandes Kopanyshyn Presidente - União Feminina Missionária Batista Carioca
o jornal batista – domingo, 05/06/16
notícias do brasil batista
9
Posse do pastor Levir na Igreja Batista Monte Horebe – AM: De volta para casa
Levir Perêa Merlo, pastor da Igreja Batista Monte Horebe – Manaus - AM
O
dia 14 de maio de 2016 foi de grande significado para a Igreja Batista Monte Horebe, em Manaus-AM. Nessa data, ano da Graça do Senhor Jesus Cristo, foi empossado nesse ministério o pastor Levir Perêa Merlo, casado há 35 anos com a professora e assistente Social Marta Regina Marambaia Merlo, mesmo tempo de ministério pastoral somente pela Graça do Senhor, com
quem possui uma filha, Lívia Merlo Costa, casada com o músico saxofonista Romualdo Costa, e residindo em Campo Grande - MS. Depois de 18 abençoados anos pastoreando no Nordeste do Brasil, notadamente em Pernambuco, terra querida, nas seguintes Igrejas: Igreja Batista em Três Carneiros (1980); Primeira Igreja Batista em Águas Belas, organizada por nós em 1982 (Centenário dos Batistas do Brasil); Primeira Igreja Batista em Barreiros (1984-86); Primeira Igreja Batista em São Caetano (2008 a 2014); Igreja Batista
Emanuel em Caruaru (interino - 2009); Primeira Igreja Batista em Belo Jardim (2014 a 2016). No Amazonas, nossa terra de origem, o Senhor deu o privilegio de implantar e organizar a Primeira Igreja Batista em Tabatinga (1986-88), sendo missionário da Junta de Missões Nacionais associado com a CBA. Em seguida, assumiram a Igreja Batista Monte Horebe, em Manaus (1989-2004), quase 16 anos. De 2004 a 2007 Assumiram a histórica Primeira Igreja Batista em Codajás-AM, organizada por Eurico A. Nelson; foi um privilegio para mim!
Hoje, depois de 12 anos, a Igreja Batista Monte Horebe chama-os para continuar o ministério pastoral. No dia da posse, que foi uma festa de gratidão e alegria dedicada ao Senhor, tivemos a participação de Igrejas co-irmãs, amigos pastores e queridos visitantes, que são amados por nós. O mensageiro da noite foi o amigo, diretor-Executivo do Campo Amazonense, pastor Teodório Soares de Souza, que trouxe profunda Mensagem do Senhor. O Grupo ADA também adorou ao Senhor com músicas muito significativas e também tivemos a participa-
ção especial do meu amigo e irmão pastor Raimundo de Oliveira, interpretando belíssimas canções. Sem esquecer da participação dos irmãos da casa; quem entregou uma belíssima Biblia ofertada pela Igreja foi o pastor João Lúcio, vice-presidente da Ordem dos Pastores. E a oração de posse foi feita pelo lendário pastor Darciso Medeiros. A diaconisa Maria Marly Fernandes entregou um buquê de flores para a esposa do pastor. O que queremos mais? Só as orações do povo de Deus em todo o Brasil e no mundo afora.
10
o jornal batista – domingo, 05/06/16
notícias do brasil batista
Comissão Predial Batista comemora 100 anos
Acom CBPE
A
Comissão Predial Batista completa neste ano de 2016, 100 anos de atuação. Para comemorar o centenário, diversas atividades foram programadas. Pela manhã, houve uma sessão solene na Assembleia Legislativa de Pernambuco. “O deputado estadual André Ferreira propôs uma homenagem à Comissão Predial Batista pelos 100 anos de existência, enfocando o lado do crescimento dos Batistas do Nordeste, como também no seu lado social”, uma vez que diversas instituições também foram beneficiadas, tendo como “Crescer no seu patrimônio e nas suas atividades”, explica o diretor Executivo da CPB, Apolônio Ataíde. Na parte da tarde, houve uma assembleia regular para apresentação dos relatórios administrativos e financeiros, como também, a aprovação dos novos membros e, por fim, a eleição da nova diretoria. À noite, na Igreja Batista da Capunga, um Culto de Gratidão foi celebrado. Na ocasião, a Predial prestou
homenagens a diversas instituições. Entre elas, a Convenção Batista de Pernambuco, representada pelo seu presidente, pastor Emanuel Alírio de Araújo; o vice-presidente, pastor Alberto Freitas; secretário Geral, pastor João Marcos Florentino; e o coordenador da Área de Missões Estaduais, pastor Neilton Ramos. “Uma instituição importante, estratégica, para a expansão do Reino, que ao longo desses 100 anos tem contribuído para a construção, edificação de prédios em todo o Nordeste”, destaca o Presidente da CBPE. Funcionários, ex-funcionários, executivos gerais das Convenções estaduais e organizações como a Convenção Batista Brasileira e Missão Batista do Norte do Brasil também receberam deferências. O preletor oficial foi o ex-coordenador da CPB, pastor Michael Stone, da Igreja Batista em Lynn Lane, Oklahoma, nos EUA. “Uma grande benção para mim estar aqui com irmãos vendo o que o Senhor está fazendo através da Comissão Predial Batista”, reforça o pastor Stone. Na ocasião, também houve o lançamento do Livro do Centenário da Comissão,
com a presença da escritora Glaucília Perucci, homenageada e organizadora da obra literária. O destaque foi para a Primeira Igreja Batista em Moreno, primeira Igreja a receber o apoio financeiro da Predial e que tem sua fachada estampada na capa do livro. “A Igreja se sente honrada em participar dessa história, que abrilhanta toda a nossa comunidade Batista”, enfatiza o pastor Alexandre Trindade, da PIB Moreno. O momento também foi de emoção para o presidente do Centenário, pastor Ney Ladeia, que deixou o cargo. “Os seis estados particularmente atendidos pela Predial têm sido muito abençoados por esta obra; muitas Igrejas têm sido edificadas e o trabalho tem crescido muito [...] é muito gostoso conduzir um colegiado muito agradável, muito comprometido com o crescimento do Reino de Deus”, reitera pastor Ney. Em seguida, houve a posse da nova diretoria, cujo presidente é o diácono Lyncon Araújo. “Eu louvo a Deus pela Comissão Predial. Já estive aqui em outros momentos. Sinto que, cada vez mais, a Comissão tem conseguido credibilidade junto às
Igrejas na forma de trabalhar, com muita transparência e, principalmente, com muita segurança”. O pastor Alberto Freitas, primeiro Vice-presidente da CBPE e relator do Conselho Fiscal eleito, também fala da alegria de contribuir com esta obra. “Sinto-me honrado em reassumir o assento entre os seus membros exatamente na celebração de seu centésimo aniversário. E ao ser indicado para a relatoria do Conselho Fiscal, temos, por um lado, a responsabilidade de acompanhamento do dia a dia das operações realizadas, a fim de responder diante da assembleia em referendo aos atos realizados pelos que fazem o seu escritório executivo, mas, por outro lado, a tranquilidade que nos é apresentada pelo histórico de bons serviços prestados por essa equipe”. Foi uma noite de louvores e agradecimentos ao Senhor pela data comemorativa. Encerrando as celebrações, houve o corte do bolo e um momento de confraternização.
Fotos: Acom CBPE
Norte do Brasil, sem fins lucrativos, a Organização busca, através da cooperação, auxiliar as Igrejas Batistas da região Nordeste nos seus processos de reforma, construção, ampliação e aquisição de bens imóveis, para melhor exercer suas atividades eclesiásticas. Como também, ser fiel depositário gratuito dos bens e propriedades dessas Igrejas. A CPB oferece duas modalidades de serviço: Poupança e empréstimos. A atuação da Comissão está nos estados da Bahia, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e na sua sede em Pernambuco. Nova Diretoria da CPB Presidente: Diácono Lyncoln Aráujo Vice-presidente: Pastor Fernando Rocha 1º secretário: Pastor José Carlos Rocha 2º secretário: Pastor Alcides Neto
Conselho fiscal 2016 Pastor Alberto Cristiano de Freitas (Relator) Pastor Reginaldo Campelo dos Santos Sobre a Comissão Pastor Arnaldo Ferreira dos Predial Batista Fundada através do patro- Santos Samuel Pequeno (Suplente) cínio da Missão Batista do
o jornal batista – domingo, 05/06/16
missões mundiais
11
Peru: Projeto Quero Viver completa 13 anos salvando vidas Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
A
principal missão do Projeto Quero Viver, organizado por Missões Mundiais em 2003 em Arequipa, sul do Peru, é atuar na recuperação de pessoas que estejam precisando de ajuda para se libertar do vício das drogas. Depois de 13 anos de funcionamento, completados em maio, o Quero Viver cresceu tanto na capacidade de atendimento quanto em estrutura, segundo destaca o doutor Victor Tovar Castillo, desde 2012 à frente do Projeto. Doutor Victor, psicólogo de formação e missionário da terra peruano, trabalhou durante sete anos no Quero Viver até ser convidado a assumir a direção do centro de reabilitação. Ele destaca que, nos últimos anos, o Projeto tem experimentado o favor de Deus através de Missões Mundiais e das Igrejas brasileiras que apoiam o centro de recuperação com ofertas e envio de voluntários. “Em 2013 e 2014, recebemos apoio financeiro e presencial de muitos irmãos brasi-
leiros que nos acompanharam na reconstrução”, destaca o doutor Victor. Todo esse envolvimento permitiu ao Quero Viver oferecer uma melhor infraestrutura, com a reforma do centro de reabilitação e as áreas comuns, facilitando o trabalho da equipe, composta por dez pessoas.
“No aspecto espiritual, temos ciência de que nossa principal missão é pregar o Evangelho de salvação e, assim, nos últimos três anos, batizamos 12 pessoas que chegaram ao centro e temos outras quatro se preparando para o batismo. Temos dois irmãos que vão para o semi-
nário para serem pastores”, conta o doutor Victor. Novos desafios O Projeto Quero Viver agora tem novos desafios, pelos quais a equipe e os internos estão orando. Por exemplo, a construção do segundo piso permitirá dobrar a capacidade
de atendimento, de 30 para 60 internos. Outra meta é criar um centro de reabilitação especializado e com internação de mulheres. Também se planeja construir uma quadra para enriquecer a terapia esportiva, realizar capacitações familiares em massa sobre vícios e com a pregação do Evangelho. Outro objetivo é criar oficinas para o aprendizado de diferentes ofícios nas áreas de eletricidade, soldagem, idiomas, carpintaria, informática, entre outras. “Damos sempre graças a Deus, nosso Pai, por contar com irmãos como os brasileiros que nos ajudam na apresentação do Reino de Deus a nossa cidade e, melhor ainda, a pessoas especiais e difíceis de chegar”, conclui o doutor Victor. Para participar deste Projeto, entre em contato com Missões Mundiais através do e-mail centraldeatendimento@ jmm.org.br e telefones 21221901/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800-709-1900 (demais localidades), nos dias úteis, das 07h às 19h (horário de Brasília). Também estamos no WhatsApp, no número (21) 98216-7960.
Orações para alcançar muçulmanos durante Ramadã Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais
M
issões Mundiais desafia os Batistas brasileiros a orar pela conversão de muçulmanos ao Evangelho de Cristo durante o Ramadã, mês sagrado do islamismo. Em 2016, o Mês do Jejum, como o período é popularmente conhecido, começa no dia 06 de junho e se estende até 06 de julho. Nos últimos anos, cristãos de todo o mundo se unem nesta ação para ver os seguidores de Alá libertos e salvos por Cristo. Os resultados testificam o poder da oração: Muçulmanos de todas as partes do mundo têm se rendido ao poder do Evangelho e se transformado
em testemunhas do verdadeiro Deus entre seu povo. Em nossas mídias sociais, divulgaremos motivos para você orar com a gente por estas pessoas que acreditam que foi neste período que o profeta Maomé recebeu de Alá a revelação dos primeiros versos do Alcorão, o Livro Sagrado do islamismo. Vamos reservar cada dia do mês sagrado dos muçulmanos para orar por um motivo específico, apresentado em nossas mídias sociais. Os muçulmanos formam uma multidão de cerca de 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo. E durante a chamada “Noite do Poder”, a 27ª noite do Ramadã, buscam uma revelação de Alá. Oremos para que nessa bus-
ca, o verdadeiro Deus possa se revelar a eles. Eles precisam entender que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que só o Seu sangue nos purifica do pecado. A religião islâmica tem Jesus Cristo apenas como um dos seus cinco
principais profetas, ao lado de Abraão, Noé, Moisés e Maomé. O islamismo dá maior relevância aos ensinamentos de Maomé (Que teria vivido entre os anos 570 e 632 d.C.), que acreditava ter vindo ao
mundo completar a Mensagem de Jesus e dos demais profetas. Nossa missão é promover o encontro dos muçulmanos com o Senhor Jesus, o Messias. Nossa missão é fazer com que o povo de Deus se sinta profundamente tocado pelo compromisso de orar pela libertação espiritual dos povos muçulmanos, que também precisam de esperança. Fique atento ao nosso site www.missoesmundiais.com. br e nossas mídias sociais (youtube.com/canaljmm / facebook.com/missoesmundiais /@missoesmundiaisoficial - Instagram). Motivos não faltam para orarmos e participarmos efetivamente de ações para alcançar muçulmanos para Cristo.
12
o jornal batista – domingo, 05/06/16
o jornal batista – domingo, 05/06/16
ponto de vista
13
Eu não deixei de usar o armário Marinaldo Lima, pastor da Igreja Batista em Sítio Novo – Olinda - PE
D
urante aproximadamente quatro anos dividi o armário do local de trabalho com um colega homossexual. Contudo, como cristão, e mais ainda como pastor Batista, sempre deixei bem claro o que penso sobre o assunto. Se tivesse que fazer qualquer concessão, não teria dividido o armário com o colega. A crescente aceitação da homossexualidade nestes tempos pós-modernos não é motivo para nos calarmos ou nos omitirmos. De fato, a crescente aceitação da homossexualidade e a condenação de quaisquer críticas sobre este comportamento é uma das marcas mais expostas desta nova
era, simbolizada pela globalização. A globalização, conjuntura sociocultural e econômica que tomou corpo vertiginosamente no final do século XX e início do século XXI e que tem na pós-modernidade sua mais característica vertente ideológica, tem se tornado a época na qual o texto de Isaias 5.20 mais fez sentido na História. E embora a homossexualidade não seja uma novidade, modernamente seus adeptos ganharam força para encetarem ações afirmativas que os tem levado a orgulharem-se cada vez mais. Entretanto, o que é tido como prática aceitável e até mesmo inquestionável é condenado pela Bíblia. É isto mesmo, a Bíblia condena a homossexualidade. Para entender esta verdade é preciso voltarmos às origens da
criação divina, conforme o relato de Sua Palavra: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27). No versículo 28 a ordem é para homem e mulher procriarem, frutificando e multiplicando-se. E para cumprir esta função, Deus os conscientizou sobre o sexo, conforme Gênesis 2.24: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Quão maravilhosa foi a criação, tendo Deus a feito com propósitos bem definidos. Ao criar o ser humano à Sua imagem, Deus desejou que esta sua criatura pudesse relacionar-se com Ele, tornando-se filho. Como nas demais espécies, Deus criou o ser humano com a complementaridade do sexo
oposto. Dotado de espiritualidade, de moralidade e da capacidade e necessidade de relacionamento, o homem encontra complementaridade na mulher e vice-versa. E outro propósito bem definido por Deus na criação, está a preservação da espécie. Homem e mulher foram formados complementando-se mutuamente para procriarem e darem continuação à Obra de Deus. A homossexualidade afronta os princípios do Criador, conforme vários textos das Escrituras: Levíticos 18.22; 20.13 e Romanos 1.24-28. E no parágrafo 4º do Manifesto à Nação Brasileira lançado pela Convenção Batista Brasileira em 2007, lemos: “Cremos que Deus criou o ser humano, macho e fêmea, com direitos iguais e diferenças sexuais. Essas diferenças
se baseiam na constituição física, na forma de ser, de perceber o mundo, de reagir e de relacionar-se. Deus criou macho e fêmea, para que se completem e cooperem com ele na criação e na formação da humanidade”. Então, quando afirmamos que a homossexualidade é pecado, não estamos com um preconceito. Pelo contrário, estamos afirmando um conceito. E um conceito sério, pois é bíblico. Quanto o meu colega, passou em outro concurso público e mudou-se para outra região do estado. Continuo orando pela sua conversão ao Senhor Jesus e pela sua libertação da homossexualidade. E quanto ao armário, agora o utilizo sozinho, guardando nele uma fotografia da linda mulher que Deus me deu: A minha esposa.
Governo sem impedimento Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB
T
enho a impressão de que a política brasileira está se especializando na arte de impedir o governante de exercer o seu mandato. Assistimos com o ex-presidente Collor e agora com a presidente Dilma. Vez por outra vemos alguns prefeitos também perderem seus mandatos. O mais interessante no processo de Impeachment que acabamos de assistir é que tanto os acusadores como os defensores usaram a mesma Constituição para suas justificativas e declararam que estavam defendendo a Democracia. A realidade é que o impedimento está quase no fim, e o que tudo indica, já está definido. Isso mostra a fragilidade dos projetos humanos e que a força dos governantes é passageira. Reinos se levantaram,
dominaram e passaram. Mas existe um Reino que não vai passar, nem quando o mundo todo for destruído pela ganância dos homens. Todo salvo pertence a este Reino, que está crescendo e se fortalecendo. O Reino de Deus não é visível e não está limitado a um espaço geográfico. Jesus diz que muitos dirão: “Aqui está o Reino!” Mas Ele adverte: “Não acredite, porque o Reino de Deus está dentro de vocês” (Lc 17.21). Este Reino não pertence a este mundo (João 18.36), isto é, não está sujeito às leis do mundo, mas ao próprio Deus. Jesus mostrou na prática como funciona o Reino de Deus. Dois discípulos queriam ministérios importantes no novo reino, mas Jesus disse que é diferente. “No mundo, os governantes das nações dominam e as pessoas importantes exercem poder sobre
elas” (Mateus 20.25). Mas no Reino de Deus, aquele que deseja ser “Importante deverá ser o servo, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo. Façam como Jesus que veio servir e dar a vida em resgate dos pecadores” (Mt 20.26-28). Enquanto a presidente Dilma discursava melancolicamente para os seus correligionários dizendo que a luta não acabou, Jesus disse para ficarmos animados no Reino, porque “Ele venceu o mundo” (João 16.33). Enquanto os reinos do mundo buscam a vitória com luta, nós já possuímos a garantia da vitória através da morte de Jesus. Por isso Jesus disse: “Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino” (Lc 12.32). Este Reino está preservado desde a fundação do mundo pelo próprio Deus como herança celeste aos fiéis (Mateus 25.34).
No reino do mundo as promessas feitas aos súditos têm por objetivo fortalecer a posição do governante. A presidente Dilma prometeu uma economia segura e ela ruiu. O atual presidente também fez promessas, mas agora ficamos desconfiados: “Será? Vamos ver!”. Mas no Reino de Deus a verdade é revelada aos súditos através do Evangelho que pertence ao Reino onde Jesus governa (Marcos 4.10-11). Para entender que este Reino não sofre nenhuma intervenção humana, Jesus contou a história do homem que plantou uma semente e foi pra casa dormir. No dia seguinte, sem saber como, percebe que a planta começa a nascer (Marcos 4.26-29). Também ensinou através da Parábola do Grão de Mostarda que o Reino tem início de forma simples, pequeno, mas o crescimento está garantido pelo poder de Deus e terá um final glorioso
(Marcos 4.30-34). Vindo de Deus e sem intervenção humana, este Reino nunca será destruído; será eterno (Daniel 2.44; Isaías 9.7). Os poderes deste mundo passaram, estão passando, e passarão, mas o Evangelho do Reino nunca passará (Mateus 24.35). Não há segurança em qualquer sinal de poder ou autoridade no mundo. Mas em Jesus sim, há segurança. Ele foi exaltado acima de todos os poderes existentes e exerce domínio sobre eles porque todos estão sob os seus pés (Efésios 1.20-22). É gratificante saber que pertencemos ao Reino que não pode ser interrompido, será eterno. “Dessa maneira, Deus nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas nos tornemos participantes da natureza divina e fugíssemos da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça (II Pedro 1.4).
14
o jornal batista – domingo, 05/06/16
ponto de vista
Família pastoral sob pressão
Elias Gomes de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Missionária em Parque das Missões Duque de Caxias - RJ
S
abemos que viver segundo a vontade de Deus não é fácil. Ainda mais quando temos que zelar pela nossa família: A pastoral. Ouvir frases do tipo: “Mas não é o filho do pastor?”, torna-se algo comum. A afirmação sobrevive como um forte argumento para vários membros de Igrejas evangélicas. O esposo (a) não escapa, pois se a cônjuge do pastor der um passo em falso, rapidamente é submetido ao julgamento informal em
algumas comunidades ditas “evangélicas”. Essa realidade tem gerado grandes problemas na vida de muitas famílias pastorais. Considero as cobranças direcionadas à família pastoral, injustas, afinal, o esposo (a) e os filhos não têm o compromisso que o pastor da Igreja tem. Muitos filhos de pastores que eu conheço acabam se distanciando da Igreja por esse tipo de cobrança. Os desafios para manter uma vida saudável em família são diversos – um deles é a itinerância pastoral. A vida com muitos trabalhos e atividades ministeriais faz com que o ministro sonhe com um lugar maior e melhor para sua família.
É essencial que uma Igreja saudável esteja submetida à oração em todas as áreas, principalmente a família pastoral para se manter firme em seu propósito, apesar de desafios, pressões e renúncias. Por falar em renúncias, o pastor precisa renunciar aos pequenos encontros em família, realização de sonhos e perspectivas de vida em prol do seu chamado. Por isso, acredito que o primeiro ministério de um pastor é sua família e depois o ministério propriamente dito. A liderança precisa mostrar à Igreja que o pastor tem família, tem necessidades, tem sonhos, como qualquer outra pessoa. Tenho visto muitos colegas
serem pressionados a tal ponto de esquecerem sua família biológica e adotar sua família espiritual. Observo também não muito raros colegas ministeriais perderem suas famílias por ter o outro lado averso às condições da família pastoral. O pastor muito identificado com Paulo em II Coríntios 6.4-10, quando relata o seu sofrimento no exercício do seu ministério. Por várias ocasiões, o apóstolo relata aos gentios as suas feridas, dores e angústias. Por causa de Cristo, no exercício do seu ministério, ele sofreu abandono, perseguição e agressões das mais variadas. Vale lembrar que antes do pastor ser líder, ele é espo-
so e pai de filhos. Somente Deus para ter misericórdia daqueles que não possuem lealdade com seu pastor e sua família. A Bíblia diz que Deus é o nosso Refúgio e Fortaleza, socorro bem presente na angústia (Salmos 46.1-10). O poder do Seu Filho se aperfeiçoa em nossa fraqueza (II Coríntios 12.9-10). Jesus, que é manso e humilde de coração, tem prazer em cuidar de cada de nós. Sim, Ele que tem um amor incomparável e insubstituível (João 15.13-14). Portanto, que as famílias pastorais sejam estruturadas e abençoadas a cada dia pelo Sumo Pastor que entende toda e qualquer situação.
o jornal batista – domingo, 05/06/16
ponto de vista
15
Os Tiagos Celso Aloisio Santos Barbosa, membro do Conselho Editorial de OJB
D
epois que ultrapassei meus setenta e tantos anos de existência, perturbado com o intenso e maluco tráfego de veículos da cidade do Rio de Janeiro, entendi que estava na hora de deixar o volante, que era meu companheiro há muitos anos. Possuí vários automóveis zero quilômetros, novos, mas havia chegado o momento de parar e buscar mais conforto ao sair de casa. Logo vendi o último automóvel e de imediato adotei costume de só me deslocar de táxi. Estou agora usufruindo desse conforto, em companhia alegre sempre da esposa em uma cidade - o Rio de Janeiro - onde abundam táxis em demasia. Logo conheci um taxista especial, “expert” no volante, conhecedor singular da cidade do Rio de Janeiro e que se tornou meu amigo. Se nome é Mário Carlos Saldanha da Gama Filho. No diálogo quase que diário com o senhor Mário, logo o entendi como pessoa que se interessa pelas verdades espirituais e me parece simpático ao pensamento espiritista. E seguimos sempre nossas viagens em que pontifica o tema espiritual. Ofereci-lhe dois livros de minha autoria “Pedro de Betsaida” e “Paulo, o Homem de Tarso” - o que tem motivado nosso diálogo espiritual. Ultimamente, o senhor Mário tem me questionado muito sobre o mome de Tiago, do Novo Testamento, sobre quem era, qual o seu relacionamento com os apóstolos e com Jesus, se era parente de Jesus, ou mesmo seu irmão, e assim tem colocado suas dúvidas. Prometi-lhe ver de perto o assunto e dar-lhe uma notícia. Mas, em meio a nossas viagens de táxi no Rio de Janeiro, o senhor Mário me tem detalhado a beleza e modernidade de nossa cidade,
que se atualiza diariamente. Nossa cidade se embeleza com a modernidade - novas ruas, novos túneis, novas alamedas, novas pontes e desaparecimento do velho, do obsoleto, do antigo em favor de tudo o que é novo. Viajando quase que diariamente com o senhor Mário, me desvaneço com a paisagem carioca que me renova diariamente o espírito. E em meio a nossas viagens, retorna o diálogo sobre as cousas espirituais, coisas bíblicas a que o senhor Mário vem se aproximando. Ultimamente, nosso tema bíblico tem sido “Os Tiagos no Novo Testamento”, o que prometi abordar de perto, para o que escolhi agora O Jornal Batista para fazê-lo. As dúvidas do senhor Mário consistem em quantos eram os Tiagos e se algum deles - talvez o principal, dos mais tratados dentre os leitores bíblicos - tinha algum parentesco com Jesus, como se lê habitualmente “Tiago, irmão do Senhor”. De início, nos fixaremos em Tiago, filho de Zebedeu, como se informa nos textos bíblicos: “E passando mais adiante viu outros dois irmãos - Tiago, filho de Zebedeu e seu irmão João…” e “Tiago, filho de Zebedeu e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa Filhos do Trovão”. Nada se sabe do seu nascimento, da sua família nem dos antecedentes de sua vida. Ocupava-´se então esse Tiago do serviço de pescador no Mar da Galiléia, com Pedro e André : “...Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão (Pedro) e André” o que parece indicar que residiam por ali perto. Pelos textos a seguir, que tratam da morte de Jesus, os analistas entendem que sua mãe se chamava Salomé e era irmã da mãe e Jesus: “Também estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus...entre as quais Maria Madalena, Maria,a mãe de Tiago e de José…”. Tam-
bém estavam ali olhando de longe entre elas Maria, Madalena, Maria mãe de Tiago, o Menor, sua mãe e a irmã de sua mãe e de José, e Salomé”. “Ora passado o sábado, Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem ungi-lo”. “E estavam em pé, junto à cruz de Jesus,. e Maria, mulher de Cleopas, e Maria Madalena. Concluem assim os analistas pela análise acurada dos textos, que Tiago era primo de Jesus, pertencendo igualmente à linhagem de Davi. Fixemo-nos a seguir no Tiago, filho de Alfeu. É comum entender-se que Tiago, filho de Alfeu, foi um dos apóstolos de Jesus. Eis os textos bíblicos mais comumente analisados: “Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: Filipe e Bartolomeu, Tomé e Mateus, o publicano: Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu”. “André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu “. “E, entrando, subiram ao Cenáculo onde permaneceram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão o zelote e Judas, filho de Tiago. Nada mais se diz a seu respeito. É natural supor que o Tiago mencionado em outros textos seja este mesmo Tiago e, neste caso, tem ele o sobrenome de “menor”, talvez por ser de pequena estatura como esclarece Marcos 15.40: “Também ali estavam algumas mulheres olhando de longe, entre elas Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, o Menor, e de José , e Salomé”; É possível ainda identificar a Maria, mulher de Clôpas, mencionada em João 19.25: “ Estavam em pé, junto à Cruz de Jesus, sua mãe e a irmã de sua mãe, e Maria, mulher de Clôpas, e Maria Madalena”, com a Maria mãe de Tiago. E, portanto, irmã de Maria mãe de Jesus. De acordo com esta combinação, Tiago, filho de Alfeu, deve ser primo-irmão
de Jesus. Todos esses raciocínios não são muito seguros e não encontram base firme nos fatos bíblicos. Finalmente, fixemo-nos em Tiago, irmão do Senhor, figura saliente na Igreja de Jerusalém, nos tempos apostólicos. Eis alguns textos bíblicos sobre este personagem. Ele é mencionado nominalmente duas vezes nos evangelhos: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?”. “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E não estão aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se dele”. Mas os traços gerais de sua vida só os podemos encontrar nas relações com as notícias sobre “Os irmãos do Senhor”, que constituem classe distinta, tanto em vida do Senhor, quando em vida dos que não criam nele: Pois nem seus irmãos criam nEle, como depois de sua ressurreição, quando se encontram no meio dos discípulos em Jerusalém: Todos esses permaneceram unanimemente em oração, com as mulheres e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dEle”. As exatas relações destes irmãos” com o Senhor Jesus têm dado lugar a muita discussão. Alguns identificam-nos com os filhos de Alfeu, seus primos-irmãos. Pensam outros que estes irmãos do Senhor vêm a ser filhos de José por um primeiro casamento. Como eles sempre aparecem em companhia de Maria, morando com ela e acompanhando-a em viagens e mantendo relações tão íntimas, não é para duvidar que eles sejam realmente seus filhos e verdadeiros irmãos de Jesus: “Enquanto ele (Jesus) ainda falava às multidões, estavam do lado de fora sua mãe e seus irmãos, procurando falar-lhe”. “Vieram, então, ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se dele por causa da multidão”. “ Depois disso desceu a Ca-
farnaum, ele, sua mãe e seus irmãos, e seus discípulos: E ficaram ali não muitos dias”. Como o nome de Tiago é o primeiro que aparece na enumeração dos irmãos de Jesus, é de supor que fosse ele o mais velho. “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? É provável que ele tenha participado da descrença dos seus irmãos: “Pois nem os seus irmãos criam nEle”, e sem dúvida também dos de segurança de sua vida: “Chegaram então sua mãe e seus irmãos e, ficando da parte de fora, mandaram chamá-lO”. Não se sabe quando Tiago passou a acompanhar seu irmão Cristo, mas se tem notícia que no início da Igreja de Jerusalém que o nome de Tiago aparece à sua frente: “Mas ele (Pedro), acenando-lhes com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão, e disse: Anunciai a Tiago e aos irmãos. Quando o apóstolo Paulo visitou Jerusalém, depois de convertido, declara ter estado com Tiago, sinal evidente de que ele estava à testa da Igreja: “Mas não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor”. Os visitantes que iam a Jerusalém dirigiam-se, em primeiro lugar, a Ele. Paulo chegara em Jerusalém, e diz o texto: “E chegando nós a Jerusalém os irmãos nos receberam alegremente. E, no dia seguinte, Paulo foi em nossa companhia ter com Tiago e compareceram todos os anciãos. A história profana informa que Tiago sofreu o martírio por ocasião de motim dos judeus no interregno entre a morte de Festo e a nomeação de seu sucessor em 62 AD. Hoje, modernamente, contamos com o belo livro do grande teólogo W. C. Taylor “A Epístola de Tiago, cujo propósito é doutrinar a consciência do povo de Cristo.