OJB Edição 24 - Ano 2015

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 14/06/15

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIV Edição 24 Domingo, 14.06.2015 R$ 3,20

Segundo domingo de junho

Dia do Pastor

Pastor David Malta foi para os braços do Senhor Faleceu no último domingo, dia 07 de junho de 2015, o pastor David Malta Nascimento, que completou 96 anos no dia 22 de maio, data em que também foi internado e diagnosticado com pneumonia. Baiano de nascimento e carioca de coração, David Malta foi pastor da Igreja Batista de Barão da Taquara - RJ por 42 anos e 10 meses, até 1998. Formado em Direito, Filosofia e Teologia, prestou grandes serviços à Causa do Reino de Deus por meio da denominação Batista, exercendo diversas funções na liderança denominacional, como reitor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil de 1972 a 1983. Dessa conceituada instituição de Ensino Teológico, em que também se formou, recebeu o título de Reitor Emérito. Pastor David Malta foi uma referência para os Batistas brasileiros. A Convenção Batista Brasileira, em nome dos Batistas de todo o Brasil, agradece a Deus por sua vida, seu empenho e legado deixado a nós. Rogamos a Deus que o Senhor conforte a família enlutada. Na próxima edição faremos uma publicação especial em homenagem a vida desse grande ícone Batista.


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reflexão

EDITORIAL

Ser Pastor

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

“Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus” (I Co 4.1).

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o segundo domingo de junho celebramos o Dia do Pastor, ou melhor, é o dia em que, entre tantos outros, separamos como Batistas para celebrar gratidão a Deus por aqueles que aceitaram o chamado dEle para o exercício do ministério pastoral. Ninguém ingressa nesse ministério sem que tenha a sua vontade direcionada, trabalhada e persuadida para o mesmo. Esse direcionamento da vontade é fruto da chamada de Deus; isto é fator decisivo para o ministério da

Palavra. Se alguém caminha em uma direção contrária a essa, pode até um dia, através de uma Igreja, ser submetido a um concílio examinador, ter as celebrações de uma consagração pastoral, mas não o será pastor. O atendimento ao chamado pastoral não é uma decisão fácil, não é uma decisão sem renúncia, sem crises, mas uma decisão que transforma profundamente a forma de atuar. A Declaração Doutrinaria da Convenção Batista Brasileira diz no capítulo 11 sobre o ministério da Palavra, que “Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o Seu Reino, na medida dos talen-

Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

tos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo. Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial, para o serviço distinto, definido e singular do ministério da Sua Palavra. O pregador da Palavra é um porta-voz de Deus entre os homens. Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo”. Sem a convicção inabalável da incumbência divina, ninguém deve entrar no serviço ministerial. Com a certeza da sua vocação, a experiência do poder do Evangelho em sua vida, amor ao povo e o desejo ardente de servir

como embaixador de Cristo, o pastor terá prazer no estudo das Escrituras, no preparo dos sermões para a orientação de conforto espiritual do seu povo e o desenvolvimento da sua igreja no cumprimento da missão. Celebramos a Deus neste domingo por todos os que têm atendido ao chamado de Deus para o ministério e vida pastoral. Deus os abençoe mais e mais a cada dia. Por isso, nesta data, rendemos graças ao Senhor por todos os que foram chamados, ouviram a voz de Deus, aceitaram o desafio e vivem intensamente a vocação de ser pastor. Sócrates Oliveira de Souza, diretor-executivo da Convenção Batista Brasileira

Temos uma estrutura, mas questionar é imediatamente será que temos um sistema? abafado em nome da “harmonia”, é o ou não pastor Lourenço?! Graça e paz! A primeira ação seria defiVi com alegria e esperança o artigo “Temos uma estru- nir a real importância, ação tura, mas será que temos e responsabilidade de cada um sistema?”, do pastor organização, corajosamente Lourenço, pois no históri- encerrando as atividades daco administrativo da nossa quelas sem sentido e depois denominação somam-se su- definindo uma governança cessivos fracassos: editora corporativa para cada uma falida, convenções inefica- das remanescentes. A goverzes, faculdades às moscas, nança corporativa é um tema associações sem sentido e da moda nas organizações e sem atuação, organismos de seu objetivo é implementar departamentos fora da reali- uma metodologia de admidade, etc. nistração que esteja acima Na minha opinião, essa dos gostos e ingerências de incapacidade administrativa pessoas. Respondendo a perse dá pelo simples fato da gunta do final do artigo, eu ausência de administradores. topo o desafio, pastor LouTodas as organizações são renço! conduzidas por pastores que, por sua vez, são fiscalizados Rafael Duarte, por comissões de ovelhas, pastor da Igreja Batista ou seja, sem poder de fiscaem Parque Jandaia – Carapicuíba – SP lização. Qualquer que ouse


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reflexão

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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches

O amor perturba

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arece um contrassenso, mas é verdade. O amor é perturbador. Gera reações descontroladas e contraditórias em muitas pessoas. Os que nunca receberam amor, não sabem amar. Têm dificuldades em expressar o amor genuíno. Sentem-se constrangidos quando veem alguém expressando amor sem esperar recompensa ou reconhecimento. Pessoas que amam pelo simples prazer de amar. Pouco importa se o objeto amado vai compreender ou retribuir com a mesma intensidade. Importante é expressar amor e vê-lo gerando frutos que transcendem o momento presente. Pessoas que não receberam amor, que não foram educadas em um ambiente de amor, são frias e egoístas. Aguardam sempre o pipocar do ódio, as agressões infantis, os resultados negativos com seus devastadores frutos. Como são infelizes, não conseguem amar e acreditar no amor. A ausência do amor gera a inveja com seu veneno mortal. Veneno que mata, não o invejado, mas o invejoso. É a velha fábula do sapo que desejava ser igual ao boi. Após inspirar ar e mais ar, explodiu. O “plof” do estouro não alterou a calma do boi, que pastava lentamente à

beira do lago. Aliás, o boi desconhecia a existência do sapo. O mesmo ocorre com o invejoso. Morre envenenado com a acidez da inveja e ninguém comparece ao funeral. Conheço pais que invejam os filhos obedientes e estudiosos dos outros. Ficam aguardando quedas ou deslizes que comprovem que ninguém consegue gerar e educar filhos equilibrados. Precisam da desgraça alheia para justificar seus fracassos. Há membros de igrejas invejosos. Aguardam a derrocada ou escândalos com a presença da polícia para justificar seu ódio ao trabalho que a igreja vizinha desenvolve. Desconhecem a verdade que a Igreja é una. Embora local, com suas peculiares características, todas integram o Corpo de Cristo. Amadas pelo Senhor, com ministérios diferenciados, a buscar o mesmo objetivo: glorificar a Cristo. Quando uma igreja fracassa no exercício do ministério que lhe foi confiado, o Reino de Deus, na sua totalidade, sofre os resultados negativos. Por isso, criticar uma igreja porque fracassou em algum momento, ou realiza ministério não padronizado com a nossa “aprovação” significa ausência de amor. Ficar aguardando e torcendo por seu fracasso é ar-

timanha maligna., que dá certo na vida dos que desconhecem o amor de Cristo, jamais no viver do salvo. Conheço pastores e líderes que se regozijam com o fracasso de um colega de ministério. Sentem-se superiores. Coitados! Desconhecem a sublime verdade bíblica que adverte: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (I Co 10.12). Quem já está prostrado não tem mais aonde cair. Mas o que está em pé basta um empurrãozinho de satanás, e a queda ocorre. O orgulhoso e o que desconhece a primazia do amor é alvo fácil do inimigo. Quando um ministro fracassa, nós, pastores, fracassamos um pouco com ele. Talvez tenha lhe faltado um amigo. E este amigo poderia ter sido eu, e não fui. Deixei de cumprir o meu dever. Portanto, fracassei duas vezes. Por não ajudá-lo a não cair e por regozijar-me com sua queda. É a mesma situação de uma igreja receber membros feridos das refregas do inimigo; significa ótimo negócio. É fácil encher o aquário com pescado alheio. Difícil é pescar. Mais difícil ainda é auxiliar os feridos, pensar-lhes as feridas e reintegrá-los no aprisco original. Tal proceder exige amor em dobro. Mas, a

sugestão do inimigo atua ao contrário. Vamos organizar uma “nova” igreja. Alimentar o ódio. Crescer. Expandir o “reino”, não de Deus, mas o reino humano, que desconhece o fruto do verdadeiro amor. Sair da igreja para outra, em vez de solucionar as dificuldades de relacionamentos é mais prático. Postar-se à distância esperando o incêndio é cômodo e até covardia. Não há necessidade de perdão. Não se exige amor. A vaidade e a maldade humana tudo justifica. Igrejas abortivas ou nascidas por fórceps não estão nos planos do Senhor para o Seu Reino. Basta um dissidente e você tem uma “nova” igreja. No processo normal do amor aos perdidos uma nova igreja exige maior dedicação e consagração. O amor é perturbador. Exige renúncia. Capacidade de dar-se. De chorar as misérias do irmão, inclusive, a sua incapacidade de amar e devolver amor. Lamentar, sem condenar ou julgar os “erros” do passado, requer amor em dobro. Crer na supremacia do amor de Deus, que perdoa sempre, restaura e acolhe com o abraço fraterno o pródigo que volta, exige experiência com Cristo. Jamais critique os que tentam amar, até mesmo quem não de-

seja ser amado. Não se delicie com as desgraças dos que fracassaram. Não fique a espreita de novas hecatombes. Não se delicie com a desgraça dos que naufragaram na caminhada cristã. Caíram nas artimanhas do inimigo. Desviaram-se e foram desviados. Estão feridos, Arruinados espiritualmente. Sem alento e sem coragem para reingressar no Reino de Deus. Carecem de amor. Não amor de palavras, amor de braços cruzados ou até mesmo sem braços, mas do amor empatia, que se identifica com o objeto amado. Capaz de descer às sarjetas do fracasso para soerguer o que sobrou do objeto amado. Quando a sociedade e o governo nos acenam com a etiqueta do fracasso, convictos que nas possíveis e incontáveis crises dos esforços humanos experimentaremos tragédias insolúveis, precisamos mudar o foco. Temos um desafio: Viver o amor em toda a sua intensidade. Comprovar pela força do amor constrangedor de Cristo, como relata II Coríntios 5.14, que somos vitoriosos. Somos mais do que vencedores pela força invencível do amor, segundo Romanos 8.37. Você é convidado a vivenciar esse amor que perturba, que jamais falha.


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Pastor segundo o coração de Deus Rogério Araújo (Rofa), jornalista, diácono da Igreja Batista Neves - São Gonçalo - RJ

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astor segundo o coração de Deus exerce seu ministério com os olhos voltados para os irmãos à sua frente e em volta, sem desviar-se do alto de onde vem a força, o poder e a graça divina para sua vida. Pastor segundo o coração de Deus não convence ninguém pela força, mas pela autoridade derramada dos altos céus sobre sua vida. Pastor segundo o coração

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

de Deus não toma nenhuma decisão por razões pessoais, mas somente depois de consultar e entender a vontade do Sumo Pastor: Jesus Cristo. Pastor segundo o coração de Deus é um canal de bênçãos do Senhor por onde elas passam, deixando um rastro de dádivas divinas em si mesmo e em suas ovelhas. Pastor segundo o coração de Deus não se importa com os rendimentos financeiros que receberá e, sim, os espirituais que têm valor muito maior. E como o próprio Jesus disse: “Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida

pelas ovelhas” (Jo 10.11). E o nosso Deus disse no Antigo Testamento: “Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com ciência e inteligência” (Jr 3.15). No segundo domingo de junho, Dia do Pastor, lembremos de todos os pastores que, ontem ou hoje, nos exortam, consolam e afagam. É um ótimo momento para meditar sobre como está o nosso relacionamento com o Senhor, que é o nosso Pastor e nada nos deixa faltar. Parabéns aos pastores pelo dia! Que Deus revista-os de Suas bênçãos, sabedoria e graça.

Pastores de Deus Israel Silva, colaborador de OJB, membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro Ó pastor divino que estais no céu Escuta o rogo destes Teus pastores Que estão na terra evangelizando Procurando almas distantes de Ti Pois muitas ovelhas vêm se afastando Do Teu grande rebanho aqui neste mundo Saindo do aprisco e do Teu redil Estão preferindo correr o risco De serem apanhadas pelo lobo arisco Estão precisando da Tua ajuda Para ir na frente para procurá-las Pois creem em Ti com toda firmeza E porque bem sabem que Tua Igreja Não pode perder quem já conheceu A Tua palavra de libertação Que está contida na Bíblia Sagrada E que fora de Ti não há salvação... Não as deixe sós; dá-lhes teu apoio Elas são Teu trigo e não mais o joio Foram separadas para Te servirem Mas, infelizmente, foram enganadas Pelo inimigo e saíram da Tua estrada Porque fraquejaram na Sua fé Mande Teus anjos para ajudá-los A reencontrá-las onde estiverem E que elas, Pai, não desesperem E em Ti confiem se Te invocarem

E quiserem Pai voltar para casa Para Te louvarem como antigamente... Esses teus pastores são vasos de ouro Que foram por Ti mui bem cuidados Por Ti separados para o Teu serviço Sei que eles sabem do seu compromisso Evangelizar, curar os doentes Expulsar demônios em Teu santo nome Mui fortalecidos nessa fé que peço Que muito aumentes nos seus corações... Dá-lhes as palavras; tua direção Como antigamente davas aos teus profetas Como a Isaías; também a João, o evangelista; Jeremias; Ezequiel Coloque em suas bocas as brasas do céu Aquele livrinho com gosto de mel Faça com que digam com sinceridade: Eis-me aqui Senhor; envia-me a mim! Reforça Senhor Teus ensinamentos Os que estão contidos na Bíblia Sagrada; No Novo Testamento: Mateus 4.18-22; 7.15-23; 10; 21; 18 a 22; 23 e 24; 28.16-20; Lucas 5.1-11; 6.12-16; 8.115; 9. 1-9; 10.1-24; 21.5-37; João 10.1-21; 15; I Pedro 4.12-19; 5.1-12; No Velho Testamento: Ezequiel 34. Faça o Senhor Pastores de Deus; cheios de unção Para lhes falar e trazê-las - De Volta Para a Congregação – dos Santos!

Por que precisamos diminuir? “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas” (Jo 3.20).

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esus não economizou elogios quando descreveu João Batista e sua missão. Ele foi classificado como o maior de todos os profetas. À vista deste contexto de avaliação do valor espiritual do precursor é de suma importância o ponto de vista do próprio João Batista, no que se refere ao Cristo: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.20). Quando o Senhor vocacionou o Batista, fez-lhe revelações que foram essenciais para seu ministério de “nivelar o caminho do Senhor”. Por isso, João Batista tinha certeza de que sua pregação não deveria focalizar sua pessoa, mas a Pessoa de Jesus. Fazer menos do que isso seria negar sua missão.

Ele tinha tudo para causar um impacto até maior do que o profeta Elias. Ao transferir para Jesus toda a importância da sua pregação, o filho de Zacarias realmente preparou sua geração para receber a mais importante pessoa da história cósmica da criação: o Messias. A lógica espiritual seguida por João Batista não poderia ser mais realista e funcional, no contexto de um discípulo de Jesus. Ela é completamente contrária à estratégia de satanás, quando convoca seus ministros, entre os discípulos de Jesus: “Se me adorares, tudo será teu” (Lc 4.7). Quantos líderes religiosos chegaram à fama e à riqueza, simplesmente fazendo o contrário de João Batista. Quando nós crescemos e Cristo é diminuído, desviamos do caminho do Senhor almas humildes e sinceras. Cristo prometeu punição para aqueles que assim procedem (Lc 17.1-2).

Grandes líderes Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

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osto de ler sobre a vida de grandes líderes. Ultimamente estou lendo sobre o estilo de liderança de Steve Jobs. Já li sobre Jack Well (Ex CEO da General Electric). Encomendei o livro “Sonho Grande”, que conta a história de sucesso de três executivos brasileiros: Jorge Paulo Lemann, Beto Sucupira e Marcel Teles. Enfim, em todas as histórias de grandes executivos uma expressão sobressai: sonhar grande. Esses grandes líderes são homens e mulheres visionários, não têm uma visão míope, mas enxergam muito bem, têm visão de futuro. Outra característica de grandes líderes é o investimento em treinamento de novos

líderes. Steve Jobs gostava de trabalhar com os melhores, ele investia nos melhores. Sabia que o retorno para as suas empresas era certo e garantido. Quando lemos nas Escrituras a história de José - filho de Jacó -, descobrimos que ele foi um grande líder. José foi governador de todo o Egito e sua característica era a sua fidelidade a Deus. Líderes cristãos precisam viver como José. Aprendemos muito com a sua história de vida. José sempre prosperou porque o Senhor era com ele. Grandes líderes tementes a Deus farão toda a diferença. Vale a pena investir em causas sociais, projetos que devolvem a dignidade das famílias. Líderes sem ousadia, sem determinação, sem convicção, não chegarão a lugar algum.


reflexão

Levir Perea Merlo, pastor da Primeira Igreja Batista em Belo Jardim – PE

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astoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória” (I Pe 5.2-4). É fácil, mas, ao mesmo tempo, extremamente difícil falar sobre o tema: Pastores integralmente submissos a Cristo. Em várias partes do Antigo Testamento temos

5 Pastores integralmente submissos a Cristo: pastores segundo o coração de Deus o jornal batista – domingo, 14/06/15

registros de alerta contra os falsos obreiros. O capítulo 34 de Ezequiel fala sobre os pastores infiéis de Israel, não se tratava de cuidadores de animais, mas de sacerdotes ou líderes religiosos com responsabilidade sobre vidas. No entanto, o Senhor sentencia: “Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor Deus” (Ez 34.15). Nos tempos de Jesus não era diferente, e Ele alerta: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mt 7.15). Pela Graça de Deus temos as coordenadas bíblicas de um autêntico pastor servo do Senhor Jesus Cristo. O texto de I Pedro 5.1-4 e tantos outros nos dá o parâmetro para

definir um pastor segundo o coração de Deus: 1) - Desempenha a Obra do Senhor não por constrangimento (obrigação), mas de boa vontade, ou seja, com grande alegria, com muita gratidão e, acima de tudo, com espontaneidade, como o Senhor deseja. 2) - Não faz a Obra de Deus por torpe ganância. Vejamos o alerta para verdadeiros pastores, registrado em I Timóteo: “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao

dinheiro é raiz de todos os males; e alguns nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (I Tm 6.7-10). Em I Coríntios temos: “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o Evangelho que vivam do Evangelho” (I Co 9.14). Viver do Evangelho é viver dignamente, não construir, ou fazer fortunas. A verdade é que quem deseja as riquezas desse mundo não podem ser verdadeiros pastores. 3) - Não como dominadores. Naqueles dias e nos dias atuais, quantos são “obreiros da iniquidade”, arrogantes, verdadeiros ditadores, “donos de igrejas”, com verdadeiros e gigantescos conglomerados de massas humanas que não sabem discernir a mão esquerda da

direita, sem entendimento bíblico profundo; muitos estão como ovelhas sem pastor, completamente dominados por falsos profetas. Mas, pastores integralmente submissos a Cristo e segundo o coração de Deus devem ser modelos de vida no amor, na alegria, na humildade, no zelo, na gratidão e no desprendimento, verdadeiros ministros e despenseiros de Cristo, de acordo com I Co 4.1-2, sabendo que o prêmio maior é o reconhecimento do Pastor Supremo, que dará o justo galardão. Pensemos nisso. E parabéns, queridos pastores, por mais um ano de vida sempre com a presença constante do Pastor e Bispo das nossas vidas. Que o Senhor nos ajude sempre nessa caminhada gloriosa.

Não fale mal do pastor Mariélia Fernandes, educadora religiosa, membro do Conselho da UFMBB

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prática da murmuração tem sido comum na vida de muita gente. Normalmente as pessoas são reclamadoras, murmuradoras, inconformadas. Reclamam de tudo: do frio, do calor, da chuva, do trânsito, estão sempre insatisfeitas. O pensamento geral é que ser crítico é ser atual, bem informado, inteligente. É certo que não podemos ser “Maria vai com as outras”, ou não ter opinião própria; porém, reclamar de tudo é desagradar a Deus, o qual espera que sejamos gratos em todas as situações. “Em tudo dai graças...” (I Ts 5.18). No meio evangélico um tipo de murmuração muito comum é a prática de reclamar do pastor ou líder que está à frente da igreja. Moisés é o exemplo de um líder que sofreu muito com as críticas e murmurações do povo que estava sob sua direção. Durante a travessia do povo de Israel no deserto, todos os problemas que ocorriam como: falta de água, falta de

comida ou doenças, a culpa era lançada sobre Moisés. Até mesmo Miriam e Arão, seus irmãos, que conheciam toda a história de Moisés, desde o seu nascimento e o seu milagroso resgate das águas do Nilo, e que também testemunharam diretamente os acontecimentos e as maravilhas que Deus realizou através das mãos dele, foram capazes de se levantar contra o líder fazendo críticas e comentários negativos. No entanto, Moisés era realmente um homem escolhido por Deus para a tarefa que lhe fora confiada. Em todo tempo demonstrou fidelidade e intimidade com o Senhor, todavia, quanto aos seus murmuradores e críticos já conhecemos qual foi o resultado final . É muito perigoso levantar comentários maldosos contra os pastores. A Palavra de Deus nos orienta em Hebreus 13.17 a zelar por eles. Há igrejas em que são formados grupos para falar mal do pastor. Muitas famílias cristãs desenvolveram um hábito muito negativo. Mal saem do culto e ao chegar a suas casas sentam-se à mesa para fazer a refeição, sendo que o prato de entrada é a vida do pastor.

Isso faz com que as crianças e adolescentes aprendam a não respeitar o pastor e não aceitar os seus ensinos, mesmo que este pastor seja um homem de Deus, que use o seu tempo em meditação da Palavra; que passe tempo em comunhão e oração buscando sabedoria para conduzir o seu rebanho; que seja um homem realmente escolhido por Deus para o desempenho do seu ministério; homem com autoridade na Palavra porque não fala segundo o seu intelecto ou interesse pessoal, mas falam com a autoridade do Espírito Santo de Deus. Uma igreja que murmura contra o seu pastor é uma igreja que não cresce nem em número, nem em espiritualidade. É uma igreja que abre as portas para a atuação do diabo, porque se torna maledicente, murmuradora, causadora de intrigas e confusões. Estas práticas não agradam a Deus e tudo o que não Lhe agrada é prato cheio para satanás. É certo que existem pastores que não estão dando bom testemunho, não estão agindo como verdadeiros ministros de Deus e precisam ser corrigidos. São homens

que não estão obedecendo aos ensinos da Palavra, como recomenda o apóstolo Paulo em Colossenses 4.17 e II Coríntios 6.3-4. Quando ocorrer esses casos, essa questão deve ser levada pela igreja em oração para que o Senhor da Obra tome as providências necessárias. Em vez de se formar grupos para comentários e murmurações, a igreja deve formar grupos sinceros de oração e, desta forma, Deus disciplinará o pastor da maneira adequada, corrigindo ou removendo-o. Não se deve idolatrar o pastor, porém, é preciso lembrar-se de Davi que temeu ir de encontro a Saul porque ele era ungido de Deus. Davi clamou ao Senhor entregando-lhe a causa e Deus mesmo deu a sentença de Saul. Sustentar o pastor em oração é missão de uma igreja forte, abençoada e santa. O inimigo de nossas almas é adversário de Deus e os pastores são alvo constante dos seus ataques. Paulo sentiu necessidade de ser reforçado em oração e pediu que a igreja orasse por ele para que a Palavra de Deus fosse forte na sua boca. Feliz o pastor que possui um ministério de intercessão que está orando

enquanto ele está no púlpito transmitindo a Palavra. Na história de Moisés o povo de Israel estava em batalha e Moisés no alto da montanha mantinha os braços estendidos em direção ao exército. Quando os seus braços ficavam cansados e ele os arriava, o exército começava a ser derrotado; quando ele os erguia, o exército começava a vencer. Dois jovens, portanto, seguravam os braços de Moisés e o exército de Israel era vitorioso. A igreja deve possuir um ministério de intercessão para orar firmemente pelo pastor e não para criticá-lo. Não temos dúvidas de que estamos vivendo os dias do fim. Precisamos ter igrejas fortes, santas, comprometidas com a Palavra de Deus e inimigas do pecado. Precisamos de pastores íntegros, humildes, comprometidos com a Verdade; pastores que preparem suas igrejas para se encontrar com o Senhor. Não gastemos o nosso tempo com reclamações, murmurações. Antes, desenvolvamos a prática de uma vida de oração, intercessão e comunhão, e teremos igrejas fortes e pastores segundo o coração de Deus.


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reflexão

Homenagem ao pastor Silas Alves Falcão

Elide Falcão Machado e Enilda Falcão Lins, filhas

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o dia 13 de junho do presente ano, o pastor Silas Alves Falcão, nosso pai, completaria 100 anos. Ele nasceu em 13 de junho de 1915. Não poderíamos deixar passar em branco essa data tão significativa para nós, em que nossos corações se enchem de gratidão a Deus pela vida dele, pelo exemplo que ele foi de esposo dedicado e de pai amoroso e zeloso, que sabia muito bem exercer o sacerdócio do lar, nos deixando o precioso legado da Palavra de Deus, que frutificou e, até hoje, frutifica na vida dos filhos, netos e bisnetos. Hoje, toda a sua família serve a Jesus poque ele, tão cuidadosamente e com toda diligência nos apresentou, para honra e glória de Deus. Quantas saudades nós sentimos dos nossos cultos domésticos, toda a família reunida. Lições de vida que nós guardamos até hoje e que nos preocupamos em passar para nossos filhos, netos e bisnetos. Ele era um homem de oração. Várias vezes tivemos a oportunidade de encontrá-lo em seu gabinete, de joelhos, orando. Era um homem manso, e um conselheiro sempre disposto a ajudar, não só aos seus filhos, mas, a todos que estivessem necessitando de uma palavra amiga. O pastor Silas Alves Falcão formou-se em teologia pelo Seminário Teológico Batista

do Norte do Brasil (STBNB) e também fez o Curso de Letras Clássicas, na Faculdade de Filosofia Manoel Nóbrega, em Recife - PE. Foi consagrado ao ministério em 06 de setembro de 1937, aos 22 anos de idade. Pastoreou várias Igrejas no Nordeste do Brasil, no estado de Pernambuco, da Paraíba, Ceará e Alagoas. No interior de Pernambuco ele pastoreou Igrejas em São Jose de Serigy e Arco verde; na Paraíba, a Primeira Igreja Batista de Campina Grande; no Ceará, a Primeira Igreja Batista em Fortaleza; em Sergipe, a Primeira Igreja Batista de Aracaju e, em Maceió, a Igreja Batista do Farol. Ele era um pregador conhecido e muito querido nesses lugares em que pastoreou e nos lugares em que fazia conferências. Os seus sermões eram fortes e eloquentes. Com sua mansidão, ele sabia também ser firme na sua posição de servo do Deus Altíssimo. O pastor Silas Alves Falcão também se destacou como escritor. Ele publicou vários livros: “Meditações em Filipenses”, “Meditações em Colossenses”, “Visão Perfeita da Vida” e “Panorama do Velho Testamento”, Volume I e II. Era um pastor dinâmico e de visão. Fundou as Igrejas Batista em Patos, no sertão da Paraíba e a Igreja Batista em Currais Novos, no sertão do Rio Grande do Norte. Em Recife, pastoreou a Igreja Batista da Encruzilhada, hoje denominada Igreja Batista Belém. Na área educacional se

destacou como professor do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, do Seminário de Educação Cristã, além de ter sido também professor do Colégio Americano Batista, e do Colégio Batista Alagoano, quando exerceu a função de diretor. Foi um dos fundadores do Colégio Batista Santos Dumont em Fortaleza, assumindo a direção do mesmo. Casou-se com Elze Andrade Falcão, que cursou a Escola de Trabalhadoras Cristãs, hoje denominada de Seminário de Educação Cristã. Era uma grande ajudadora no seu ministério. Tiveram cinco filhos: Elcy, Elide, Euler, Edelweiss e Enilda. Silas ficou viúvo, vindo posteriormente a casar-se com a professora Zenathe Morais Feitosa. Desse casamento nasceram dois filhos: Silas e Silvano. Finalmente, temos a dizer que ele era um pai, marido, e avô exemplar. Homem manso e humilde, e que se parecia com Jesus. Homem segundo o coração de Deus. Viveu o que pregava: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20). Em 09 de dezembro de 1968, com apenas 53 anos, Deus convocou nosso amado pai para estar com Ele lá na glória. Saudades, papai! Um dia nos encontraremos lá na casa do Pai!

Coração de pastor Sônia de Medeiros Pinto, membro da Segunda Igreja Batista em Limeira - SP Um bom pastor, A exemplo do próprio Cristo, Possui um coração de amor. De outro modo, como poderia acolher... Ouvir, ensinar, compreender...? Como poderia doar, perdoar... Perceber para abraçar? Demonstrar qualquer doçura Ao velho e à criança, Ainda que muitas vezes a vida seja dura? Por isso, Senhor, sou tão grata Pelo pastor Adeilson, Para quem trago este poema Tecido com minha ternura. Lamento que o tempo esculpa Vagas formas de distância; Mas será imarcescível Em minh’alma sua lembrança. Não tem a mão encolhida Por causa de preconceitos; Generoso, o bem partilha Com as gentes, mesmo as que “não têm jeito”. Por ser semelhante a Jesus Ensina que o amor deixa ir, No entanto, busca incessante. Quanto em suas palavras No trato com todos, no gesto, A ação do Oleiro se mostra. Evidência de graça, ele sabe, Tem a tantos abençoado Porque o Bom Pastor Escolhe vasos de barro. Recebeu esse tesouro E em seu ministério executa Suave, constante, A tessitura marcante De um coração de pastor.

Pastor Humberto Viegas Fernandes: 45 anos pastoreando ovelhas! José Alberto Drummond Borges, filho do pastor Fernando Machado Borges

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este dia dedicado aos pastores, vale relembrar uma experiência minha, vivida em 1974 para celebrar esta relação de amor e amizade entre pastores como Humberto Viegas Fernandes e algumas de suas ovelhas, como eu experimentei. Certamente, através deste texto, muitos poderão agradecer a Deus por terem conhecido pastores que fizeram a diferença. Era julho de 74, o clima era muito frio, a cidade muito grande, desembarcava em São Paulo um jovem carioca, nos seus 20 anos, meio assustado, meio nervoso, mas cheio de sonhos, cheio de planos. A noiva, a família, os amigos, a Igreja, sua vida, tudo havia fi-

cado para trás. Seu desejo, sua meta, seu objetivo apertavam o seu peito: voltar, nunca mais! Como seria essa nova vida? Como seria viver livre e sozinho? Era o filho caçula, o menor dos irmãos, protegido por todos, enfim, o reizinho. Não estava acostumado a tomar decisões. Sentiu-se perdido e olhou ao redor. As pessoas passavam correndo e ninguém percebia que ele estava só. Trabalhou como um louco, trabalhou, trabalhou, e todo fim de semana viajava para o Rio, para reencontrar sua gente, fosse de carro, avião, trem noturno ou cometa. Foi vivendo essa vida, mas não estava contente. Quase um ano depois, sem querer esperar, convenceu sua noiva, resolveu se casar. A data escolhida foi 19 de julho. Já não mais viajar, começar outra vida. Sua família

em São Paulo o recebeu com amor, mas faltava algo mais, mantinha-se o vazio que, às vezes, crescia, transformando-se em dor. Faltaria o seu pai, conselheiro e amigo, companheiro fiel, seu exemplo maior? Um pastor de ovelhas, do rebanho querido, faltaria o seu ombro, seu carinho e amor? Sim; era esse o vazio. Ele havia perdido a melhor referência de alguém que, de forma suave, exercia, desde quando menino, a maior influência. Desistir, ou lutar e vencer? Decidir, ou ser maduro e crescer? Ir em frente, caminhar,

conquistar? Ou voltar, retomar seu lugar? Percebeu o seu erro ao lutar, solitário. Sem ao menos orar, esqueceu que o Deus de seu pai, que o Deus da história. Poderia, pela misericórdia, conceder-lhe a vitória. Aí clamou a esse Deus de Abraão, suplicou um caminho de paz e de luz, pois lembrou que é promessa divina, proferida e assinada, com seu sangue, pelo próprio Jesus! A resposta de Deus não tardou como sempre ocorre, pois a quem clama com sinceridade, Ele sempre socorre. Deus lhe deu, através do seu primo, uma Igreja, um pastor: Humberto Viegas Fernandes, que durante muitos dias felizes, sempre foi muito mais que um amigo. Fez-me sentir como um filho, deu-me um ombro e também seu amor. Adotou minha esposa, meus filhos,

como sua família, a quem quer muito bem. Mas a vida quis levá-lo para longe, me fazendo perdê-lo também. Mas o tempo passou e, agora, 30 anos após, Deus na sua vontade perfeita devolveu nosso anjo para nós. Ao comemorar os 45 anos do seu pastorado, apesar de não ser sua ovelha e de não estar ao seu lado, quero aqui declarar meu orgulho, minha satisfação, meu amor, pois Humberto, você será sempre, como um pai, meu amigo e pastor! E o mais importante de tudo e que me traz muita paz é que eu tenho certeza de não perdê-lo jamais, pois, se agora não estamos juntos, se a distância se interpõe entre nós, é só uma questão de tempo e oportunidade, pois na glória viveremos felizes, toda a eternidade! Parabéns meu pastor, meu amigo!


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missões nacionais

Cristolândia Criança é inaugurada em Guarulhos - SP

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Redação de Missões Nacionais

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s drogas não vencerão as crianças do nosso país”. Motivados por este desafio, os batistas brasileiros, através da Junta de Missões Nacionais, inauguraram a primeira Unidade Cristolândia Crianças, em Guarulhos - SP. O culto de celebração, que foi transmitido ao vivo, contou com a presença da liderança batista, irmãos de diversos estados e autoridades públicas. “Deus mandou a Igreja Batista para nos ajudar. A semente está sendo lançada em Guarulhos, uma experiência nova que, com certeza, trará benefício à nossa cidade. Neste espaço, a criança encontrará lar, carinho e o amor que ela ainda não encontrou”, declarou Sebastião Almeida, prefeito de Guarulhos, destacando os resultados que a cidade já alcançou com a Missão Batista Cristolândia. O presidente da Convenção Batista Brasileira, pastor Vanderlei Marins, falou sobre a importância das ações de compaixão e de não ficarmos indiferentes diante das necessidades do próximo. “Dou graças a Deus porque nós, batistas, somos movidos à compaixão e desejamos ser instrumentos para abençoar vidas”. Louvando e expressando a liberdade que agora vivem, integrantes do Coral da Cristolândia São Paulo e alunas

Descerramento de Placa na Cristolândia Criança

do balé do Projeto Novos Sonhos também fizeram parte da programação. “Estamos imbuídos na luta contra as drogas e elas não vencerão as crianças do nosso país. Hoje é um momento histórico para todos os batistas brasileiros, pois estamos vivendo um fruto do trabalho da sociedade e do mover de Deus. Nossa gratidão ao Senhor, às autoridades, às igrejas e a cada parceiro que ama esta obra”, agradeceu pastor Fernando Brandão, diretor-executivo da JMN. Ressaltando a história de trabalhos desenvolvidos por Missões Nacionais com crianças e adolescentes, Anair Bragança, gerente-executiva de Ação Social da JMN, apresentou as ações estratégicas e os serviços de apoio espiritual e psicossocial que serão desenvolvidos. Também destacou as fases, custos e necessidades do Projeto para que ele aconteça. “Esta é a primeira etapa do processo em que fortaleceremos vínculos com as crianças e as famílias delas. Queremos ver

crianças transformadas pelo poder de Deus aqui neste lugar”, afirmou. A equipe de missionários, profissionais e voluntários que trabalhará na Cristolândia Criança e será coordenada pela missionária Joana Machado, foi apresentada e consagrada ao Senhor. São vidas que se colocam a disposição e na linha de frente deste grande desafio. Durante o culto, doutor Iberê de Castro, juiz da Vara e da Infância da Juventude de Guarulhos, que solicitou à denominação batista a abertura de uma unidade Cristolândia para atender crianças do município, foi homenageado pelas alunas do Projeto Novos Sonhos e recebeu do pastor Vanderlei Marins, presidente da CBB, e do pastor Sócrates Oliveira, diretor-executivo da CBB, uma placa de gratidão pela preocupação e comprometimento com a dignidade das crianças do nosso país. “O que se faz hoje é fundamentalmente um sopro de vida para essas crianças. Eu agradeço o empenho de todos que estão aqui e este é

Prefeito de Guarulhos – SP - foi homenageado pela diretoria executiva da Convenção Batista de São Paulo

Líderes batistas, irmãos de diversos estados e autoridades públicas estiveram presentes na inauguração da Cristolândia Criança

o primeiro de muitos outros envolvidas com o consumo passos que daremos juntos”, de drogas no município. Os declarou doutor Iberê. batistas somam esforços com a Vara da Infância e da JuvenCristolândia Criança tude e demais autoridades do município para abençoar as A Unidade nasceu da visão crianças do nosso país. de homens inspirados por Para nós é uma honra fazer Deus e contará com o apoio parte da mudança que muitas de especialistas como psicó- pessoas do Brasil viverão por logos e assistentes sociais, meio deste Projeto. Seja você além do acompanhamento também um parceiro desta espiritual dos nossos missio- grande obra e contribua com nários. Será um projeto pio- um futuro de salvação, soneiro no trabalho de recupe- nhos e esperança de crianças ração de crianças que estão do nosso Brasil.


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notĂ­cias do brasil batista


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Convenção Batista Brasileira Missão: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas batistas no cumprimento de sua missão como comunidade local”

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2015 Às Igrejas Batistas filiadas à Convenção Batista Brasileira Prezados irmãos, Com muita alegria a Convenção Batista Brasileira, por seu Diretor Executivo, Pr. Sócrates Oliveira de Souza, vem através deste comunicado prestar algumas informações importantes na área de EDUCAÇÃO RELIGIOSA. Em primeiro lugar, agradecemos as inúmeras correspondências, e-mail e telefonemas que temos recebido das Igrejas de todos os estados, dando conta de como estão sendo atendidas. Ainda estamos aperfeiçoando muitas áreas para alcançar a excelência no atendimento de todas as Igrejas. Ao longo dos anos, a Convenção vem atuando de forma intensa no cumprimento da sua missão, que inclui entre outras produzir o conteúdo de nossa literatura e publicá-lo para atender às Igrejas em todo o Brasil, visando o crescimento e fortalecimento de todos os crentes. Como os irmãos sabem, estamos vivenciando algo muito especial e singular na forma da produção e distribuição de toda nossa literatura através da CONVICÇÃO EDITORA, a editora da CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA. A partir do dia 01 de junho de 2015, já estarão disponíveis mais uma nova série do material completo para a ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL que contempla todas as faixas etárias, na edição do aluno e professor, com planos de aula para dinamizar o estudo da Bíblia, indicação de recursos visuais, metodologia e outras informações que vão auxiliar o professor no desempenho de sua missão. Estas são as revistas com as suas respectivas idades: • BRINCANDO – para criancinhas de 0 a 2 anos de idade (na edição do professor) • CRESCENDO – para crianças de 3 e 4 anos (edição do aluno e do professor) • CAMINHANDO – para crianças de 5 e 6 anos (edição do aluno e do professor) • APRENDENDO – para crianças de 7 e 8 anos (edição do aluno e do professor) • VIVENDO – para pré-adolescentes de 9 a 12 anos (edição do aluno e do professor) • DIÁLOGO E AÇÃO – para adolescentes de 12 a 17 anos (edição do aluno e do professor) • ATITUDE – para jovens de 18 a 35 anos (edição do aluno e do professor) • COMPROMISSO – para adultos a partir de 36 anos (edição do aluno e do professor) • REALIZAÇÃO – para terceira idade, a partir de 60 anos (edição do aluno, podendo usar a edição do professor de Compromisso) Além destas revistas para a EBD, a CONVICÇÃO EDITORA também edita revistas especiais para a liderança da igreja nas áreas específicas como: • ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA – para o pastor e administrador da igreja • LOUVOR – para quem lidera a música na igreja • EDUCADOR – para educadores religiosos e diretores de organizações da igreja Os irmãos podem agora mesmo fazer o seu pedido de literatura que preparamos especialmente para serem trabalhadas nos próximos meses do 3º Trimestre de 2015. A mais recente informação é que agora as Igrejas podem adquirir e escolher diretamente no site da CONVICÇÃO EDITORA – www.conviccaoeditora.com.br. Onde os irmãos encontrarão todas as condições de aquisição. Para mais informações E-mail: literatura@conviccaoeditora.com.br Tel.: 21 2157-5567 - 0800 009 5599 Agradecemos as orações, o apoio e a confiança que temos recebido de todas as Igrejas e lideranças e nos colocamos ao inteiro dispor no que for necessário. Em Cristo, Sócrates Oliveira de Souza Diretor Executivo Convenção Batista Brasileira

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notícias do brasil batista

Presidente da CBB visita BH e lança desafio aos Batistas

Equipe de comunicação da CBM - Redação de Litza Alves

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m mais uma data memorável, a Convenção Batista Mineira (CBM) recebeu na manhã do dia 28 de maio representantes das convenções e líderes que participaram de uma reunião com o presidente da Convenção Batista Brasileira, pastor Vanderlei Marins. O encontro foi transmitido pela Rádio CBM e pela TV Batista, que está em fase de teste. Com cânticos e oração do pastor Roberto Macharet foi iniciado o momento solene. Conduzido pelo pastor Marcio Santos, secretário-geral da CBM, o pastor Vanderlei

Marins fez a entrega de uma placa ao pastor Arlécio Franco Costa, em homenagem aos 30 anos de ministério à frente da Igreja Batista do Barro Preto e pelos anos em que exerceu o cargo de presidente da CBM. Após a veiculação do vídeo de Missões Estaduais e os desafios do estado mineiro foram convidados, pelo pastor Marcio, a tomar lugar à mesa os pastores José Renê Toledo, diretor- executivo da OPBB / MG; Nilton Antônio de Souza, diretor-executivo da Convenção Carioca; Sócrates de Oliveira, diretor-executivo da CBB; Valdo Romão, diretor-executivo de SP; Edgar Barreto, secretário da CBB; Fernando Brandão,

diretor-executivo de Missões Nacionais; professor Valseni Braga, diretor-geral do SBME e o presidente da CBB, pastor Vanderlei Marins. Marins iniciou o pronunciamento expressando gratidão a Deus, aos colegas e à CBM pela oportunidade, e expôs algumas diretrizes que serão a base de sua gestão nos próximos anos. “Acreditamos que a obra batista não pode ser feita de maneira dicotômica, cada um fazendo sua parte. Precisamos entender que o trabalho de Deus é realizado por Deus e por nós de forma conjunta”, declarou o presidente. De acordo com o pastor Vanderlei, para que a Convenção Batista Brasileira seja

relevante é necessário investir em algumas áreas, das quais ele destacou a Ação Social, que é realizada de forma eficaz pelos batistas, no entanto, não é dada a publicidade devida para que o trabalho seja conhecido. Ele destacou também como um dos principais objetivos de sua gestão, investir em comunicação, interligando as convenções do país. Segundo o presidente, no último encontro em Gramado, uma equipe foi organizada para trabalhar estratégias com o desejo de tornar possível essa realidade e, para isso, nomeou o pastor Marcio Santos como coordenador deste trabalho no Brasil. A expectativa é que, até setembro, a

rádio e a TV da CBB estejam em pleno funcionamento. Ele falou ainda sobre o planejamento que atenda as demandas de Educação Religiosa e da formação teológica única no Brasil para padronizar a forma de ensino e acabar com o liberalismo praticado por algumas instituições. Por último, o pastor Vanderlei enfatizou a urgência de buscar diálogo com a juventude e concluiu dizendo que é necessário trabalhar a sinergia entre as convenções estaduais, palavra que foi reforçada pelo pastor Marcio, que acrescentou o termo simbiose, fazendo alusão ao cuidado maternal e desafiando os batistas a se dedicarem com amor a esta grande obra.

Primeira Igreja Batista Leta em Bozano RS - completa 120 anos de história

Créditos das fotos: Daniel de Almeida Fotografias.

Ilton Flores, pastor da Primeira Igreja Batista Leta em Bozano - RS

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ocê já participou do aniversário de alguma Igreja com 120 anos de atividades ininterruptas? Pois bem, os irmãos e irmãs, aproximadamente 300, que estavam na Linha 11, em Bozano – RS, no dia 29 de março deste ano, reunidos sob a lona de circo do Acampamento Batista Pioneiro (ABP), instalada no pátio da Igreja, participaram com muito entusiasmo de um culto muito especial. No mês de junho de 2014 aconteceu a primeira reunião de planejamento para o culto e festa do aniversário de 120 anos da Igreja Batista Leta da Linha 11. Surgiram então as primeiras ideias, os preparativos, a escolha da data, como fazer e o que fazer. Ao longo dos nove meses seguintes, através de muita oração e trabalho, foi tudo sendo preparado com muito carinho, e toda

Igreja se empenhou muito para que esse grandioso dia acontecesse. Sabíamos que Deus estava cuidando de cada detalhe, porque queríamos que tudo saísse perfeito para honra e glória do nosso Deus. No dia 29 de março do corrente ano, em torno de 300 pessoas estiveram presentes, louvando e prestando culto ao nosso Deus por todos esses anos em que a Igreja semeou a Palavra do Senhor, transformando vidas e fazendo a diferença na linha 11 do município de Bozano (antigo distrito de Ijuí – RS), onde está localizada. O prelúdio ao som de violino e violão, tocados por Mateus Bigolin e João Bigolin, que são pai e filho, levou os presentes a entrarem em clima de reverência no início do culto. A saudação de abertura foi feita em leto pelo irmão Reinaldo Arais, que é descendente de imigrantes, traduzida pela irmã Lisiane Flores. O pastor Ilton Flores deu continuidade ao culto, enfatizando

a tamanha alegria que a Igreja estava em receber a todos, e dirigindo a programação. Tivemos a participação da Associação dos Batistas Letos do Brasil, que encantou a todos com duas lindas músicas cantadas em leto. Na mesma oportunidade, o pastor Benjamin Keidann, que é o presidente da referida associação, cantou com sua esposa uma música acompanhada de gaita (acordeom). Após, ele fez um relato da história da Igreja, lembrando fatos desde sua fundação com os Pioneiros Letos chegando à localidade, suas dificuldades iniciais, e a fé dos seus primeiros membros que, acima de tudo, nunca esmoreceram, sendo que os frutos estão sendo colhidos ainda hoje, através dos descendentes dos primeiros membros, que estão espalhados por todas partes do Brasil. Contamos também com a presença de várias Igrejas irmãs, que mandaram seus representantes, dos quais muitos deram sua palavra no mo-

mento do culto, enfatizando a importância da Igreja no meio em que ela está, e sua trajetória tão significativa até então, alcançando os 120 anos. O quarteto da PIB de Ijuí participou apresentando as músicas com vozes abençoadas, e ministrando o momento de louvor a todos os presentes. A mensagem do culto foi trazida pelo pastor Samuel Esperandio que, em nome da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil, saudou aos presentes e entregou ao pastor Ilton o “Livro do Centenário”, intitulado “Os Pioneiros: 1910 – 2010”, como presente à Igreja em lembrança pela data e pelo fato de ser parte significativa da história ali escrita. Foi usado o texto de Mateus 16. 18-19, dizendo que a Igreja prevaleceu até hoje, sendo o passado muito importante pela história que fez, mas que temos que olhar o futuro, sempre pensando no que Deus quer para nossas vidas, pois “O nosso futuro é maior que

o nosso passado”. Para encerrar o culto, tivemos a participação especial com mais um louvor liderado por equipe local. Após a celebração, todos se dirigiram ao ABP para confraternização com um saboroso churrasco gaúcho. Foram momentos de muita comunhão e de reencontros, que se estendeu quase até o final da tarde. Todos puderem ver a exposição de fotos que foi montada relatando, através das imagens, um pouco da história da Igreja. Deixamos aqui registrado nosso mais profundo sentimento de gratidão, primeiramente a Deus, que nos presenteou com um dia maravilhoso; aos membros que incansavelmente trabalharam, e a todos os presentes que fizeram desse dia um dia tão especial. Com certeza todos partilharam de nossa alegria e puderam ver e sentir que “...Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Sl 126. 3).


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missões mundiais

Novos missionários da JMM são comissionados

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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m um clima de muita gratidão a Deus, Missões Mundiais formou mais uma turma de missionários. Em breve, esses 13 novos obreiros seguirão para os campos. Eles foram comissionados em um culto realizado no dia 30 de maio na Igreja Batista Itacuruçá, na Tijuca, bairro na zona norte no Rio de Janeiro. A participação dos missionários em todos os momentos foi uma das marcas do culto, que contou com a presença de familiares, amigos e membros de suas igrejas de origem. “Estamos aqui para agradecer ao Senhor pelas grandes coisas que Ele tem feito no nosso meio, agradecer também pela conclusão do curso de capacitação missionária e para juntos louvar e glorificar a Deus pelos momentos em que estivemos juntos”, declarou o novo missionário Yan, na

abertura do culto. “Temos a certeza de que o Senhor que nos sustentou até aqui continuará nos sustentando hoje e sempre”, acrescentou. A mensagem foi trazida pelo pastor Luiz Sayão, da Igreja Batista Nações Unidas, em São Paulo, e reitor do Seminário do Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), no Rio de Janeiro. Ao citar a passagem bíblica de Marcos 6.30-44, na qual é relatado o milagre da multiplicação de pães e peixes para alimentar a multidão, o pastor Sayão destacou o versículo 34: “E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles…” (Mc 6.34) e, dirigindo-se aos novos missionários, disse que o povo de Deus deve ser sensível às necessidades das pessoas. “Vocês serão fonte de bênçãos para as pessoas com quem conviverão”, disse o pastor Sayão aos novos missionários. “Deus faz questão que as boas novas aconteçam por meio de indivíduos, porque a

Obra do Senhor começa na sua vida e no seu coração”, acrescentou. Em um sermão de tom aconselhador, o pastor Sayão concluiu explicando que o problema daquele momento dos discípulos, a quem Jesus tinha dito “Dai-lhes vós de comer”, era lidar com a multidão que teriam que alimentar, a ponto de eles não se importarem com as pessoas que lá estavam. “A dor da multidão não alcança os discípulos, e se os alcança, não mexe com eles”, explicou. “Porém o maior desafio é manter o coração de amor, misericórdia e sensibilidade por esse povo que Deus quer que vocês venham a alcançar”, concluiu. O momento do comissionamento foi conduzido pelo pastor Guy e Helena Key, missionários da International Mission Board (IMB, agência missionária da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos). Antes da entrega dos certificados e oração de comissio-

namento, o pastor Guy Key destacou alguns pontos de aconselhamento aos missionários, como flexibilidade consigo mesmo, que ir para outro país não significa que deixou de amar sua própria nação e povo, entre outras dicas. Também ressaltou a importância de continuar com o coração aberto para aprender coisas novas, uma vez que essa, segundo o pastor Guy, é uma das turmas mais receptivas a novidades, e que isso ajudará bastante os novos missionários nos campos. Em seguida, o pastor Guy se dirigiu às igrejas dos missionários representadas no culto, destacando algumas responsabilidades que passam a ter a partir do envio dos obreiros para o campo. Oração, correspondência com os missionários, visitas ao campo, participação no sustento são os pontos levantados pelo pastor Guy, que lembrou da importância de continuar orando para que outras pessoas possam responder ao chamado de Deus e

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também cumprir o ide de Jesus. Para a oração de comissionamento, todos os pastores presentes foram à frente e impuseram as mãos sobre os novos missionários, que se alinharam à frente no púlpito após receberem os certificados de conclusão do treinamento da JMM. Um casal da nova turma de missionários fez a oração final em uma língua falada na Papua Nova Guiné, o primeiro campo da JMM na Oceania. E você também já pode ser um parceiro de Missões Mundiais adotando nossos novos missionários. Para saber como interceder e contribuir com o ministério dessa nova turma, entre em contato com nossa Central de Atendimento nos telefones 2122-1901/27306800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades). O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, exceto feriados, sempre das 7h às 19h (horário de Brasília).

DNA de pastor Ael Oliveira, pastor, missionário da JMM na Ásia

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pós vários anos resistindo à vocação ministerial e depois de atingir estabilidade financeira, ter quatro filhos e ter a tranquilidade de uma vida confortável, não pude mais lutar contra a convicção da vocação. Com essa convicção e muitos me chamando de louco, parti com a família para o seminário e nunca mais olhei para trás”. “Um dia amanhecemos com a despensa quase vazia, quatro crianças para alimentar e só o café da manhã para servir. Não nos restava nada a fazer além de orar. A hora do almoço se aproximava e o coração apertava. Sem muita pretensão, mas na esperança de uma solução, saí de casa e, alguns metros depois, encontrei um diácono que, um tanto sem jeito, me cumprimentou e disse que não sabia o motivo, mas sentiu que Deus o havia mandado ir ao supermercado

comprar mantimentos e levar para a minha família”. “Meu filho, hoje você vai dormir no nosso quarto, uma irmã veio da tribo indígena para tratamento médico. Precisamos hospedá-la”. “Durante essa campanha de missões, o desafio da nossa família será entregar o dízimo e dos outros 90%, vamos entregar 70% para a obra missionária”. “Acabei de voltar de uma viagem ao interior do Maranhão. Viajamos 6 horas de carro, 4 horas de barco e mais 3 horas de trator. Chegamos a um vilarejo para celebrar a ceia e um culto evangelístico. Deus é bom! Várias pessoas se entregaram a Cristo. O desafio e as dificuldades são grandes, mas Deus segue fiel!”. “Meu filho, enviar você e sua esposa para o campo missionário é a realização de um sonho”. As frases e histórias resumidas acima são do meu pai, o pastor José Oliveira dos Reis (atualmente pastor da Igreja

Tabernáculo Batista, em São Luís - MA) e me vieram à mente sem muito esforço quando me sentei para pensar sobre a influência pastoral na minha caminhada missionária. Essas memórias estão vivas em meu coração e moldaram minha visão e amor pela missão. Muitas dessas histórias foram ouvidas na mesa do café da manhã, nas conversas com outros pastores amigos, nas reuniões de oração. É verdade que na época eu não dava a devida atenção ou entendia completamente o peso das mesmas, pois comecei a ouvi-las desde minha infância. A compreensão veio depois de entender a vocação de Deus para minha vida e decidir deixar uma universidade federal para ir ao seminário; ou quando fiquei sem lugar para morar e vi o Pai respondendo a minha oração levantando irmãos para abençoar minha vida e oferecerem suas casas; ou ainda, quando já no campo missionário, eu e minha esposa vimos uma amiga ucraniana

sem ter para onde ir e oferecemos abrigo em nossa casa por tempo indeterminado; ao não vacilar em aceitar diversos desafios financeiros em prol do Reino. Diante dessas situações, tenho clareza de que aqueles exemplos e histórias de fé da minha infância estão enraizados como profundos ensinos do agir de Deus na vida daqueles que se entregam em obediência à vocação dEle em suas vidas, daqueles que decidiram pagar o preço de abraçar a vocação pastoral. É comum entre filhos de pastores ou de missionários, ter-se um grande temor de seguir os passos sofridos e penosos dos nossos pais. Sabemos das dores, lutas, angústias e do preço que nossos pais pagam ou pagaram. Ao mesmo tempo, refletir sobre os ministérios dos nossos pais é lembrar-se de vitórias, exemplos de superação, milagres e das vidas transformadas por Deus por meio da vida de nossos “paistores”. Hoje eu e minha esposa estamos no Sudeste

da Ásia tendo o privilégio de compartilhar da graça dEle a povos de outras línguas, bem como compartilhar com famílias de obreiros da terra nosso testemunho como filhos de pastores. Alguns líderes locais também já foram abençoados com as histórias dos nossos pais e nossos pastores. Algo muito comum de ouvirmos dos nossos irmãos na Ásia é: “Que desafio crescer em uma família pastoral, mas que grande privilégio poder crescer testemunhando dos milagres e graça de Deus no dia a dia, não é mesmo?”. Sim, é um grande privilégio poder crescer em uma família pastoral, um grande privilégio e uma grande escola ministerial. Louvamos ao Senhor pelas vidas de tantos servos fiéis, que seguem combatendo o bom combate, firmes na Palavra, marcados pelas santas cicatrizes do ministério pastoral e, acima de tudo, que seguem firmes por amor e obediência ao Pastor de suas vidas e Senhor de suas vocações.


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Multiplique! Aunir Carneiro e José Carlos, pastor, missionário local, respectivamente

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Igreja Batista Memorial de Macaé – RJ, que tem como pastor presidente o doutor Aunir Pereira Carneiro, voluntariou no dia 30 de maio de 2015 alguns irmãos para multiplicar o amor de Cristo através da compaixão e graça na Cristolândia Central do Brasil - RJ, onde foram realizados trabalhos sociais como: corte de cabelo, banho nos moradores de rua ou dependentes químicos, assistência na distribuição de alimentos, entre outros. O mais importante foi quando a Palavra de Deus foi esplanada através de muito louvor, pois houve quebrantamento de coração, e almas foram convertidas ao Senhor Jesus. Segue a lista dos voluntários da Igreja Batista Memorial de Macaé: Aslan Jones, Eleilton, Gilçara Carvalho, Glauber Almeida, Leandro Cardoso, Lívia Labre, Marcelo Alves, Maria Carolina, Marianna Rangel, Pedro Paulo, Patrícia Moura, Raquel Rosas e Thalys Souza. A Igreja Batista Memorial de Macaé - RJ demostra com este ato o carinho e amor pelas almas perdidas.

notícias do brasil batista


o jornal batista – domingo, 14/06/15

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OBITUÁRIO

Irmão Claudionor perseverou até o fim José Albino de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Inhapim - MG “Aquele, porém, que continuar firme até o final será salvo” (Mt 24.13).

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o dia 04 de maio de 2015 o Senhor chamou para o descanso eterno o nosso querido irmão Claudionor Martins de Moura, mais conhecido como “Sô Nego”. Nosso querido irmão viveu 79 anos aqui na terra, deixando muitos amigos por onde passou. Por muitos anos foi político influente

na cidade de Inhapim, representando a comunidade de Pedra Bonita (distrito de Inhapim). Deixou saudades na sociedade, na Igreja e na família. Servo do Senhor Jesus, homem que tinha prazer em servir em qualquer circunstância, uma pessoa do povo que dedicou sua vida a ajudar os necessitados. Serviu ao Senhor Jesus por muitos anos, e deu testemunho de vida cristã, como membro da Igreja Batista em Pedra Bonita. Eu, pastor José Albino de Oliveira, tive o privilégio de pastoreá-lo por 14 anos. Ti-

vemos um ótimo relacionamento como pastor e ovelha. No dia 03 de maio, domingo, um dia anterior a sua

morte, fui visitar uma de nossas Congregações na zona rural em Jerusalém (distrito de Inhapim), que pertence a Primeira Igreja Batista de Inhapim e, no momento em que estava saindo da Igreja com a Kombi da mesma, o irmão Claudionor se aproximou e disse que gostaria de acompanhar-me naquela pequena viagem, o que me alegrou muito e atendi prontamente o seu pedido. Por onde passamos visitando os irmãos fomos muito bem recebidos e todos ficavam alegres com a presença do “Sô Nego” comigo. No momento do

culto na Congregação, ao meio dia, estávamos felizes em uma grande celebração, onde sentimos o agir de Deus em nosso meio. No final, após a mensagem que preguei sobre perseverança, pedi que dois irmãos orassem ao Senhor, foi quando o nosso irmão Claudionor fez uma linda oração de júbilo, encerrando assim: “Senhor, eu quero perseverar até o fim”. No outro dia ele foi chamado para junto do Pai, para o descanso eterno preparado para aqueles que perseveram até o fim. A Deus toda honra e toda glória.

Pastores e familiares perderam uma grande amiga e irmã Sergio Paulo Pinheiro Der Torossian, filho

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m 17 de abril 2015 faleceu Noemy Pinheiro Der Torossian. Sua história começou com um grande diferencial, pois era filha do pastor Emidio José Pinheiro que, com seu “jeito Pinheiro de ser”, em aproximadamente 1930, em busca da poesia, música e de entender o significado de Deus em sua vida, adentrou de batina (padre na época) em uma igreja evangélica e, ali, para saciar seu coração, se libertou da religiosidade, idolatria, dogmas e amarras. Se não bastasse, Noemy casou-se com João Der Torossian, filho de Gre-

gório e Rosa, na época, membros Primeira Igreja Batista de São Paulo, cuja família sempre teve sua casa aberta a todos os pastores, missionários e imigrantes armênios. Depois mudaram-se para Presidente Prudente. Aprendeu desde cedo a viver na alegria, na tristeza, na fartura e na necessidade. Lá permaneceram na Primeira Igreja Batista (pastor Isaias), onde foi superintendente da Escola Dominical, líder das Mensageiras do Rei, entre outros. Depois de 17 anos mudou para Santos, onde permaneceram membros da Primeira Igreja Batista de Santos. Toda sua trajetória foi marcada por lealdade, proteção, respeito, defesa aos pastores,

extremo cuidado com seu esposo e familiares. Quando presenciava injustiças e injúrias logo saia em defesa deles. Grandes nomes sempre tiveram muito carinho por ela, como por exemplo: doutor Tertuliano, pastor Irland, Isaias, Daniel Burt, Marcos Reader, Eliseu Chimenes, Aridio, Paulo, Cesar Thome, Domingos Gioia, The, Lisanias e seu filho adotivo Edy Rene. Com ela aprendemos que problemas, sofrimentos e frustações são parte da vida e que não é possível evitá-los, mas, sim, sofrê-los com sabedoria. Deixa seu marido João Der Torossian, três filhos, sete netos, três bisnetos e muitas saudades.


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o jornal batista – domingo, 14/06/15

ponto de vista

Pastores caçadores

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ico impressionado com pastores que saem por aí caçando modelos, formas e métodos de crescimento da Igreja. Buscam novidades como os filósofos atenienses da Grécia antiga. Homens mais preocupados em encher o templo, do que pastorear o rebanho e cuidar amorosamente do povo de Deus. Eles estão mais centrados na multiplicação de membros e religiosos do que na pregação do Evangelho de Cristo, poder de Deus para a salvação de todo o que crê, que produz nascidos de novo, regenerados para fazerem toda a diferença no mundo, de acordo com Romanos 1.16. Alguns têm se tornado especialistas em garimpar modelos dos mais diversos. Aliás, iniciam um modelo, vão atrás de outro mais interessante. De modelo em modelo deixam o povo perdido. Há uma concorrência entre líderes, de quem faz mais e melhor, quem produz mais e enche mais o santuário. Na verdade, estão mais focados no crescimento quantitativo do que no crescimento qualitativo. Mais voltados para os números do que com a santificação dos crentes, sem a qual ninguém verá o

Senhor, segundo Hebreus 12.14. Considero com muita preocupação os modelos pragmáticos, absolutamente mais comprometidos com os resultados “bem-sucedidos” do que com o testemunho genuíno do Evangelho. Há pastores que fazem um “tour” pelas igrejas que estão “bombando”, produzindo resultados fantásticos. Quando estes pastores se encontram o assunto é sobre a quantidade de membros que suas igrejas possuem. Contam cabeças e deixam de se regozijar na mudança dos corações. Há até igrejas que vendem o “know-how”, suas técnicas, sua tecnologia de crescimento espantoso e rápido. Vendem livros, revistas, CDs, vídeos, material infantil, etc. Seus líderes são convidados e bem pagos para “contarem” o segredo do “sucesso”. Os caçadores de modelos e formas são ávidos por tecnologias novas de crescimento da Igreja. Investem ou levam suas igrejas a investirem em congressos, conferências e se esquecem de sua comunidade com suas características peculiares. Ficam olhando o campo dos outros e se esquecem do seu campo, sua comunidade, suas necessidades, sua realidade tupiniquim. Esses pastores

geralmente não estudam com profundidade as Escrituras, pregam mensagens light e são especialistas em fazerem o povo rir. São bons comunicadores de piadas, estórias, ilustrações e se esquecem do alimento mais importante que é a Bíblia, de que é necessário lê-la, interpretá-la e aplicá-la no dia a dia. Como pastores, precisamos estudar com seriedade a Palavra de Deus, os dicionários bíblicos, enciclopédias bíblicas, léxicos, comentários saudáveis; meditarmos na letra dos hinários antigos e outras fontes de conhecimento bíblico-teológico; pregarmos a Palavra de Deus no poder do Espírito Santo, na total dependência do Pai; orarmos pela Igreja diariamente e conhecermos profundamente o povo de Deus, que Ele remiu com o Seu sangue e nos deu o privilégio de pastorear. As orientações de Paulo aos pastores de Éfeso são uma joia do cristianismo autêntico, como descreve Atos 20.17-38. O apóstolo exorta os pastores a terem cuidado do rebanho, a se prepararem para enfrentar os lobos, os heréticos e todos os que atacam e depredam os remidos do Senhor Jesus Cristo. Voltemos o nosso coração para o crescimento qualita-

tivo da Igreja. Busquemos nas Escrituras os exemplos de crescimento equilibrado. Aprendamos com Jesus e os apóstolos como cuidar do povo de Deus, como promover a comunhão e a expressão da fé em Cristo Jesus. Alimentando muito bem o rebanho com a Palavra de Deus, veremos as ovelhas se reproduzindo de forma fantástica. O Senhor não se agrada quando queremos implantar modelos rasos e largos. O que Ele deseja verdadeiramente é que nós tenhamos o estilo de vida do Seu Filho Jesus, de acordo com o que diz Efésios 5.12. Não podemos negociar a nossa convicção na ação do Espírito Santo. Não podemos substituir a operação do Espírito Santo por métodos meramente pragmáticos. O Senhor requer de nós um pastoreio amoroso, sincero, digno, despido de interesses financeiros, despidos de status e pódio. Nós, pastores, devemos ser mansos, humildes e amorosos como Jesus. Ele exige de nós fidelidade na exposição da Sua Palavra. Aprecio muito o ensino de Paulo aos irmãos em Corinto: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento” (I Co 3.6). O crescimento da Igreja não é competência

humana, mas ação exclusivamente de Deus em nosso testemunho. Essa é a verdade bíblica. Precisamos orar, trabalhar duro e depender totalmente de Deus, pois Ele é responsável pelos resultados. O crescimento equilibrado, natural da Igreja, é resultado de uma parceria bem-sucedida: Deus, seus líderes e suas Igrejas. Há muitos pastores de igrejas pequenas que são humilhados por obreiros de igrejas maiores e megaigrejas. Vivemos um tempo de pragmatismo, narcisismo, consumismo, estilismo e elitismo por parte de muitos líderes. Formam o grupo dos “bem-sucedidos” e se esquecem dos seus companheiros de ministério. Tenho pena desta gente. Homens sem nenhuma sensibilidade, voltados para empreendimentos religiosos que os projetam como modelo de gigantismo e sucesso. Considero que o nosso tempo é um tempo de reflexão sobre os caminhos pelos quais estamos trilhando. À luz do ministério do Espírito Santo precisamos examinar o nosso pastorado, nossa liderança e nossa prática. Reflitamos: Estamos glorificando o nosso Deus nos ministérios que recebemos dEle?

Um desabafo da filha de um pastor Ângela Garcia Pedrosa, membro da Primeira Igreja Batista no Barreiro – BH

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ou feliz por ter nascido em uma família que me ensinou o melhor caminho que eu poderia seguir: o caminho de Deus. Aprendi a como ser uma cristã fiel pelo exemplo dos meus pais, inclusive quero agradecê-los e dizer o quanto me orgulho de ser filha deles. Obrigada! Nos meus quase 19 anos vivi muitas experiências que vocês não imaginam. Decidi seguir a Cristo ainda muito nova. Agora, mais velha, posso dizer que compreendi, de fato, o porquê de eu estar aqui e o porquê de a Igreja existir. Eu toco teclado no ministério de música da Igreja há sete anos e, no ano de 2014, eu vivi algo diferente nessa tarefa. Isso está relacionado a questões espirituais; percebi

o quanto minha vida espiritual, meu relacionamento com Deus pode influenciar outras vidas. Hoje consigo enxergar uma guerra espiritual claramente, luz contra trevas. O quanto o inimigo fica furioso quando as coisas que fazemos para Deus vão para frente, funcionam e atingem pessoas que antes andavam na escuridão. Depois de participar de muitos projetos missionários e de orar muito, eu comecei a ter essa percepção diferente das coisas. Tudo mudou. Quando estou no púlpito, no momento do louvor posso ver os rostos de cada um, posso ver a adoração, o brilho nos olhos das pessoas, o amor que elas têm em estar na presença de Deus, mas também posso ver o desânimo, o desamor. Na minha Igreja, ultimamente, eu vejo frieza nos olhares, desânimo, desespero. Não vejo luz nas pessoas

e confesso que vendo isto de cima do altar, eu sinto um pesar sobre minha vida, sinto como se estivesse captando os maus olhares e lutando contra isso. Lutando para que meus pensamentos se conectem apenas em Deus e que a Glória dEle em minha vida seja maior que esses sentimentos, e que eu possa passar isso para as pessoas que estão frias lá embaixo. Deus não está morto! Mas, sinto que a Igreja a qual pertenço está morta. Uma Igreja que não adora, que não ama os perdidos, que não se importa com os caídos pelas calçadas ao redor do templo onde se reúnem, que critica os planos que Deus tem para Igreja, que não ora, que não tem interesse em estudar a bíblia na EDB, mas que adora uma discussão, que só fica no “eu não concordo”, mas não faz nada para mudar, que massacra pes-

soas, que não sabe acolher, que magoa líderes e famílias inteiras, que não tem espiritualidade, que não ouve a voz de Deus, que pensa nos próprios prazeres, que não ama o próximo, que fofoca, que age com falsidade por traz, que falta sinceridade, que tem donos, mas se esquecem que o dono da Igreja é Jesus, que não respeitam autoridades, que não sabem sorrir para as pessoas, nem se quer abraçá-las, que não apoia o pastor, que discrimina os pobres, que fica cheia de soberba, que não sabe se diminuir para que Deus cresça, está morta. Enfim, são muitos problemas e, claro, somos humanos, pecadores errantes, mas, não podemos aceitar que uma Igreja que diz ser de Cristo viva “morta” dessa forma. Precisamos olhar pra Cristo porque quando olhamos pro Autor da nossa fé tudo isso

cai, tudo isso desaba, não fica nada para contar história, todos esses problemas que vemos com olhos carnais, com os olhos da fé somem e enxergamos somente os campos que precisamos sair para colher. Quando deixamos nossas próprias vontades começamos a ver qual é a vontade de Deus e tudo que é humano se vai. Toda soberba se vai. Todo desamor se vai. Só sobra espaço para o que é bom. Hoje eu não sei até quando eu e minha família permaneceremos aqui, mas sei que eu ainda acredito em mudanças, eu ainda acredito que Jesus transforma, eu ainda acredito na união do povo de Deus, eu ainda acredito no amor. Eu acredito em transformação de vidas. Eu acredito no meu pastor. Eu acredito que somos capazes. Eu acredito na união. Deus não está morto, aviva a Igreja do Senhor!


o jornal batista – domingo, 14/06/15

ponto de vista

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observatório batista LOURENÇO STELIO REGA

Abortamento (2) Quando se origina a vida?

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esde a edição anterior desta Coluna (Edição 21 – 24/05/15) discutimos neste espaço um tema que vem mobilizando a sociedade brasileira: a prática do abortamento. Estimativas mais pessimistas dão conta de que, todos os anos, até 4 milhões de jovens e mulheres praticam a interrupção forçada da gravidez neste país. Se o abortamento se constitui na interrupção da vida, é natural que a primeira questão a se colocar seja: quando, afinal, se inicia a vida? A resposta, necessariamente, deve contemplar abordagens médicas, psicológicas, jurídicas e teológicas. Temos as teorias genético-desenvolvimentistas: (a) teoria da nidação, isto é, a vida se origina quando o ovo (óvulo já fecundado) se implanta na cavidade intrauterina; (b) teoria da organo-

gênese, isto é, ocorre com a formação dos órgãos vitais do novo ser. Antes disso, portanto, não haveria vida – apenas um conjunto de tecidos; (c) teoria da formação dos rudimentos do sistema nervoso e sinais vitais como circulação sanguínea, ondas celebrais etc. Teorias concepcionistas que podem ser compreendidas em dois sentidos como teoria da singamia e teoria da cariogamia: a vida se inicia com a fertilização do óvulo pelo espermatozoide. A contar da fusão das células germinais (masc/fem) há uma continuidade na manutenção da identidade genética por toda a vida do indivíduo - zigoto–mórula– blastócito. Essa transformação é auto impulsionada e autogovernada pelo próprio embrião. Da fertilização (espermatozoide + óvulo) até zigoto (concepção), quando há a identidade genética, há

Pai Nosso, o Senhor é o meu Pastor Romario Rende, membro da Primeira Igreja Batista de Teresópolis - RJ Salmos 23.1-6 e Mateus 6.9-13 (Compilação, adaptação e edição baseadas nas passagens acima).

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ortanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome; venha o Teu Reino, seja feita sempre a Tua vontade, assim na terra como no céu; aquilo que precisamos hoje nos dá; porque o Senhor é o meu Pastor, nada me faltará. Tranquilizas-me e guia-me serenamente por caminhos de paz. Acalma a minha alma e me conduzas através da jus-

tiça, por amor do Teu nome. E perdoa-nos as nossas falhas, assim como nós perdoamos aos que falham conosco. Exalte o Teu nome na minha vida na presença dos meus inimigos, encha-me de tantas bênçãos de maneira tal que meu cálice transborde. E não nos permita cair em tentação, mas livra-nos do mal; porém, ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a Tua correção e a Tua proteção me consolam. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na Casa do Senhor para sempre. Porque Teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre, amém.

cerca 12 horas de lapso de tempo entre a fertilização e a concepção. Assim, estas duas teorias focalizam: singamia, a fertilização, e a cariogamia a concepção. Se entendermos que o ser passa a existir após ter uma identidade, então, aceitaremos a cariogamia. Ainda há a abordagem psicossocial com a teoria da afetividade, e aqui o início da vida somente ocorre quando o ser é aceito e amado por seus semelhantes. Mas, neste sentido, um questionamento é inevitável: o que seria daquelas pessoas geradas a partir de uma gestação inesperada ou mesmo fruto de um ato adulterino? Neste caso, não seriam considerados como seres vivos? O que seria também dos não amados? Já do ponto de vista teológico e filosófico, a alternativa adotada sobre a origem da alma ou vida espiritual de-

terminará se o abortamento é lícito, embora um materialista, por exemplo, não venha a se preocupar com isso. Assim, em termos gerais, é possível considerar três alternativas: o pré-existencialismo de Platão, segundo o qual a alma de uma pessoa já existia desde a criação do mundo, antes mesmo dela nascer; o criacionismo, preconizado por Jerônimo, Pelágio e Calvino, entre tantos outros, para quem a alma é criada por Deus para cada pessoa ex-nihilo, isto é, Deus criaria uma alma para cada corpo que é gerado; e o traducianismo, defendido por pensadores cristãos como Tertuliano e Lutero, que afirma que a alma é originada por propagação natural. Assim, essa transmissão seria um processo orgânico, de modo que a alma seria adquirida no momento da concepção, assim como acontece com o código genético. Neste

caso, a posição médica acima da cariogamia estaria mais compatível com este modo de pensar. Em geral, o abortamento não poderá ser admitido por quem aceita o traducianismo, pois isso seria interromper uma vida já iniciada desde os primeiros momentos em que o espermatozoide se encontra com o óvulo. Particularmente, tenho mais facilidade em aceitar o traducianismo/cariogamia, pois, do ponto de vista teológico, é a alternativa que menos dificuldade traz em relação à doutrina da degeneração total da raça humana. Embora não seja uma alternativa que resolva todos os dilemas teológicos, é a que mais atende às questões teológicas do cristianismo. Na próxima edição, iniciaremos o tratamento dos argumentos filoabortistas, isto é, os argumentos favoráveis ao abortamento. Até lá.

Ser pastor Myrtes Mathias (In Memoriam) Ser pastor é oferecer o barquinho da própria vida para Jesus usar, para que o mundo, sofredor e aflito, possa do Pastor bendito encontrar a bênção de sorrir, cantar. Ser pastor é ser escolhido, para levar a Grande Comissão. É ser abençoado, submisso, forte, é não temer a morte, é ser outro Simão. Ser pastor é ter o privilégio, o grande privilégio dado por Jesus: Levar a paz onde existe guerra,

Levar riqueza aos pobres da terra onde há choro, o riso, onde há trevas, a luz. Ser pastor é ser humilde e santo, imitando o Mestre, o Divino Pastor; é dar pelas ovelhas, sua própria vida, é morrer na lida, é morrer de amor. Ser pastor é receber a graça de aqui no mundo a todos ajudar, e, enfim, vencida a última carreira, encontrar feliz, na hora derradeira, o Mestre e as ovelhas na praia de outro mar



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