OJB Edição 24 - Ano 2016

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 12/06/16

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXV Edição 24 Domingo, 12.06.2016 R$ 3,20

Segundo domingo de junho:

Dia do Pastor Batista Missões Nacionais

Projeto Amazônia: Veja como foi a formatura da 11a turma dos Radicais Amazônia (Página 07)

Notícias do Brasil Batista

Batistas pernambucanos se reúnem na 43a Assembleia anual (Página 10)

Notícias do Brasil Batista

Congresso da Família encerra programação de maio na PIB Tabuleiro - AL; confira! (Página 09)

Missões Mundiais

Por um novo Haiti sempre:

ore por este povo e invista nesta Nação

(Página 11)


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

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Origem do Dia do Pastor

este domingo, dia 12 de junho, celebramos o Dia do Pastor, uma data que faz parte do calendário denominacional, mas que, todavia, também tem sido celebrada por outras denominações evangélicas no Brasil. Contudo, esta é uma data e celebração criada pelos Batistas brasileiros. E mesmo sendo uma data já consagrada, quando as Igrejas normalmente realizam um culto de gratidão e, de alguma forma, prestam homenagem ao pastor, poucos hoje em dia conhecem a origem deste dia. Assim, decidimos nesta edição, além de contar um pouco da origem, ao mesmo tempo homenagear ao pastor Batista brasileiro, que foi o autor desta ideia. Assim, o Editorial desta edição é a reedição na íntegra do artigo escrito pelo pastor Otávio Felipe Rosa, e publicado na edição de O Jornal Batista de 14 de junho de 1981, nas celebrações do Dia do Pastor naquele ano. “Quem teria instituído o Dia do Pastor? Em 05 de maio de 1955 foi publicado, em O Jornal Batista, um artigo falando sobre o Dia do Pastor. O pedido que se fazia era de uma oferta especial para a Caixa de Socorros para ajudar os pastores aposentados com pequena aposentadoria e outros que nem aposentaria tinham, na Junta de Beneficência. Constando a ineficácia do trabalho, sugeriram que se mudasse o nome “Dia da Junta de Beneficência” para “Dia do Pastor”, visto que tudo girava em torno dos chamados para a obra do Ministério da Palavra de Deus. Como o mês de maio era dedicado às mães, sugeriram que se trans-

ferisse o Dia do Pastor para o 2º domingo de Junho e este, então, seria o mês do Pastor. A ideia foi aceita e, desde então, começaram a promover o Dia do Pastor no 2º domingo de Junho com os seguintes objetivos: Levantar uma oferta generosa para a Caixa de Socorros a fim de que a Junta pudesse ajudar mais e melhor os pastores aposentados de parcos recursos; comemorar o Dia do Pastor em cada Igreja Batista, homenageando o pastor local e os pastores que haviam pastoreado a mesma Igreja; e proporcionar, através de tais comemorações, o despertamento de jovens chamados por Jesus para a obra do Ministério. Temos em nosso poder um recorte de O Jornal Batista de 08 de junho de 1975 com uma nota de autoria de JRP, que assim informa: ‘Quem teria instituído este dia? Parece que a ideia não surgiu nos Estados Unidos, onde os pastores sempre tiveram muita influência. Pelo menos não temos lido nos jornais evangélicos norte-americanos qualquer coisa a respeito de um dia especial consagrado aos pastores. Assim, cremos que a ideia é brasileira e que surgiu entre os Batistas. Indo um pouco mais longe, julgamos que a iniciativa foi da nossa Junta de Beneficência. Nesse caso, então, a ideia é brasileira e Batista. Vamos fazer uma pesquisa e depois daremos o resultado aos nossos leitores’. Tivemos o privilegio de trabalhar na Junta de Beneficência da Convenção Batista Brasileira de 03 de março de 1952 a 31 de agosto de 1974; o cargo que ocupávamos era de promoção e propaganda. Naquela época, a Junta tinha

um dia especial chamado “Dia da Junta de Beneficência”, comemorado do no 2º domingo de maio, sendo esse o “Dia das mães”; sugerimos ao então secretário executivo da Junta, doutor Antonio Neves de Mesquita, que transferisse o dia da Junta para o 3º domingo de maio. Nessa ocasião, escrevemos um artigo para O Jornal Batista, publicado em 05 de maio de 1955, 8ª página, falando sobre o Dia do Pastor. Estando à frente do departamento da Promoção e Propaganda da Junta, sentimos que “Dia da Junta de Beneficência” não era um bom nome, porque naquele tempo a Junta tinha a fama de ser rica e o pedido que se fazia era uma oferta especial para a caixa de socorro para ajudar os pastores aposentados com pequena aposentadoria e outros que nem aposentadoria tinham. Constatando a ineficácia do trabalho, sugerimos ao doutor Mesquita que mudasse o nome “Dia da Junta de Beneficência” para “Dia do Pastor”, visto que tudo girava em torno dos vocacionados para a obra do ministério da Palavra de Deus. Como o mês de maio era dedicado às mães, sugerimos que transferíssemos o Dia do Pastor para o 2º domingo de junho e, este, então, seria o mês do Pastor. O doutor Mesquita sentiu que a ideia era muito boa e aceitou- a integralmente; desde então, começamos a promover o Dia do Pastor no 2º domingo de junho, com os seguintes objetivos: Levantar uma oferta generosa para a Caixa de Socorro a fim de que a Junta pudesse ajudar mais e melhor os pastores aposentados de parcos recursos; comemorar o Dia do Pastor em cada Igre-

ja Batista, homenageando o pastor local e os pastores que haviam pastoreado a mesma Igreja; e proporcionar, através de tais comemorações, o despertamento de jovens vocacionados por Jesus para a obra do Ministério. Diante deste fato, que é um marco histórico na denominação Batista Brasileira, afirmamos com humildade que o Dia do Pastor originou-se de uma sugestão do signatário destas linhas. Esperamos e fazemos votos ao Senhor da Seara que este dia seja cada vez mais vitorioso em todas as Igrejas Batistas do Brasil e, quiçá, do mundo, para o crescimento da gloriosa obra do ministério da Palavra de Deus. Hoje muitas outras denominações estão também comemorando o Dia do Pastor, o que aumenta a nossa alegria cada vez mais em saber e sentir que a obra de Deus prospera mais e mais em todo o universo. Na esperança que o Dia do Pastor seja comemorado em todas as Igrejas da nossa querida Pátria, a fim muitos outros obreiros se levantem para atender a vocação de Deus para a obra do ministério, continuamos no firme propósito de servir a nosso Mestre à frente da querida Igreja Evangélica Batista em Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.” Talvez a melhor data para celebrar o Dia do Pastor no Brasil fosse o dia 20 de junho, data em que foi consagrado o primeiro Pastor Batista brasileiro, Antônio T. de Albuquerque - 20 de junho de 1980. Enquanto isso, vamos agradecer a Deus e celebrar neste domingo o Dia do Pastor. Sócrates Oliveira de Souza, Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

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s filisteus estavam em guerra contra Israel, como podemos ler em I Samuel capítulos 4 a 7. Travada a batalha, Israel foi vencido. Perdido o primeiro combate, Israel tentou descobrir a razão da derrota. Em lugar de se desfazer dos ídolos estranhos que os afastava de Deus, o povo cedeu lugar ao misticismo. Mandou buscar a Arca de Deus, convicto de que com a simples presença da Arca entre os soldados, o inimigo seria vencido. Ledo engano! Quando a Arca chegou ao acampamento ocorreu um momento de efusiva alegria e júbilo. Diz o escritor sacro, que a terra estremeceu (I Samuel 4.5). O alarido do júbilo e louvores chegou ao

arraial dos filisteus. Apavorados com a história de Israel e a presença da Arca no campo de batalha, os filisteus tomaram uma decisão inusitada: “Esforçai-vos, e sede homens, ó filisteus, para que porventura não venhais a servir aos hebreus como eles serviram a vós, sede, pois homens, e pelejai” (I Sm 4.9). Sob o chamado à responsabilidade e ao brio, nova batalha é travada. A Arca é tomada e Israel sofre uma nova derrota. A simples presença da Arca não foi suficiente para oferecer ânimo ao povo de Deus. Os soldados confiaram na Arca em lugar de confiar no Deus da Arca. A vitória ocorrerá após a interferência do jovem Samuel ao convidar e levar o povo ao

verdadeiro arrependimento (I Samuel 7). O texto é rico em lições práticas e aplicáveis aos dias atuais. A vitória está à disposição de qualquer pessoa, seja ela salva ou não. Filisteu ou hebreu. Quando os brios são desafiados, qualquer soldado medroso se transforma em excelente guerreiro. O verdadeiro homem é despertado de sua letargia e se transforma em homem, capaz de lutar por uma causa. Disposto a dar a vida para salvar a própria vida. Não há meio termo, não há gênero, não há covardia que se esconda sob o estupro coletivo, mas sim, a presença do homem íntegro que luta por um ideal nobre. O conceito do que seja ser homem hoje não suporta o

confronto com a espada do inimigo. Poucos têm uma causa nobre para defender. Deixam-se macular pela ação mística do inimigo, que sem alvos definidos é abatido. Israel perdeu a batalha por depositar sua confiança em objetos e não no Deus que está acima dos objetos do culto. Ao deixar-se corromper pelos ídolos vizinhos, o povo fraquejou, perdeu a masculinidade e a capacidade de ser forte; de ser homem no sentido exato da palavra. Para confiar em objetos, mesmo sendo sacros, não se exigia compromisso com a luta. Não era preciso ser homem. Para confiar plenamente em Deus era exigida coragem, fidelidade total e disposição em oferecer a vida por uma

causa. Isso exige integridade de caráter. Ser homem verdadeiro, sem titubear na trincheira ao confrontar o inimigo. Disposição em morrer por Cristo e Sua causa. A sociedade e a Igreja sofrem a carência de verdadeiros homens. Homens que não transigem. Íntegros no agir diário. Livres da mística dos objetos sacros. Homens que não se dão a ação entre amigos, com a desculpa de que a vontade de Deus foi consultada e entendida, mas, que ao final, tem como resultado a derrota da causa de Cristo. Que Deus nos dê homens verdadeiros neste momento tão sombrio vivido pela sociedade e a Igreja. Homens que tenham como lema de vida o Salmo 15.


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GOTAS BÍBLICAS

A cruz como púlpito Jeferson R. Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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oi no Calvário onde Deus provou Seu amor por nós, como lemos na Bíblia em Romanos 5.8. No Calvário, Jesus cumpriu a Sua missão de salvar e buscar a humanidade perdida. Jesus mostrou, através de Sua fidelidade ao Pai, o quanto somos amados por Deus. O Senhor Criador em Cristo Jesus, na Cruz do Calvário, estava nos adotando, nos aproximando a Ele, nos atraindo com amor Eterno. A cruz mais linda do Calvário foi a de Jesus. A cruz física de madeira era apenas mais uma cruz, apenas duas madeiras, mas para o Senhor Jesus, aquela cruz foi o ápice do Amor do Senhor e que, depois da cruz, ressurgiu com a vitória sobre a morte. Na cruz, Deus nos amou de maneira intensa e profunda.

Intensa, porque Jesus cumpriu cabalmente Seu ministério. Profunda, porque Sua morte nos deu vida em abundância. Do alto daquela cruz, Jesus bradou palavras lindas, pérolas de grande valor para a fé cristã. Foi daquela cruz, que através da linda oração de Jesus - “Pai, perdoa-lhes por que não sabe o que fazem” -, a profundidade e dimensão do Amor de Deus foi demonstrada por nós. Um amor intenso, arrebatador e incomparável. A cruz foi o púlpito em que Jesus proferiu lições maravilhosas. Algumas lições foram verbais nos seus últimos momentos. Mas, algumas lições foram com atitudes. Até o silêncio de Jesus foi uma pregação de amor. Na cruz Jesus colocou em prática todo o Seu discurso maravilhoso sobre amor. “A cruz foi o púlpito onde Deus pregou o amor” - Agostinho. Na cruz, Jesus pregou, com Sua atitude, sobre o perdão

NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Pregação que revoluciona “E, apresentando-os aos mae sobre a vingança. Pregou gistrados, disseram: Estes hosobre a fidelidade aos propó- mens, sendo judeus, perturbasitos Eternos de Deus. Pregou ram a nossa cidade” (At 16.20). que Deus nos amou primeis primeiros crisro. Pregou com suas ações tãos eram de que a Sua prioridade era a nacionalidade implementação do Reino de judaica. Para Deus. Pregou que dependia muitos deles, o cristianismo exclusivamente de Deus. A parecia ser apenas mais uma cruz foi o púlpito usado pelo seita do judaísmo. É preciFilho de Deus para anunciar so ler o texto do livro dos ao mundo o amor do Seu Atos dos Apóstolos tendo em Pai. Jesus pregou através da mente este dado importante cruz e sua mensagem ainda ecoa nos quatro cantos da da história do movimento terra, convocando pecado- cristão. “Levando-os (Paures a se unirem aos anjos lo e Silas) aos magistrados, em louvor e adoração para disseram: Estes homens são todo sempre. A pregação de judeus e estão perturbando Jesus na cruz é cativante e a nossa cidade, propagando envolvente. É uma pregação costumes que a nós, romaque não para, é uma voz que nos, não é permitido aceitar, não silencia, pelo contrário, nem praticar” (At 16.20). só aumenta. A maravilhosa O anúncio sobre a Mensamensagem pregada na cruz gem do Cristo ressuscitapor Jesus é que Deus nos do revolucionou todas as ama e quer que sejamos Seus cidades onde foi pregado. filhos. Amemos a mensagem Mais ainda, a profunda muda cruz!

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dança no caráter e no comportamento dos que aceitavam aquele Cristo sempre incomodava os religiosos, cujas tradições só causavam superstições e medo. Os profissionais das religiões humanas sempre odiaram o poder libertador da Mensagem de Jesus Cristo. Cristãos que não provocam mudanças ao seu redor, devem, urgentemente, questionar a qualidade do seu testemunho. Cristãos que fazem conchavos com os poderosos de plantão e se beneficiam da exploração dos humildes e dos pobres têm que admitir que a sua religião não passa de um arremedo do ensino de Cristo. Cristãos que não remam contra a maré das injustiças humanas reforçam o Evangelho dos anticristos. Viver em obediência a Cristo é a melhor receita para a revolução do Reino de Deus.


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Pastores: vasos de barro Alonso S. Gonçalves, pastor na Igreja Batista Central em Pariquera-Açu - SP

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relação de Paulo com a Igreja em Corinto foi tensa em alguns momentos. O apóstolo sofria constantemente “ataques” por parte da comunidade que tinha preferências por outros líderes e deixava isso bem claro. Em II Coríntios, Paulo enfrenta uma crise ministerial com a Igreja, e podemos dimensionar isso em alguns trechos da Carta. As acusações que faziam ao apóstolo afetavam a sua vida e ministério. Em relação à sua vida, “diziam” que o apóstolo andava com pessoas “mundanas” (II Coríntios 10.2) e o acusavam de não ser de Cristo (II Coríntios 10.7). Quanto ao seu ministério, a sua pregação era questionada e ele passa a ser considerado um “mau” pregador (II Coríntios 11.6). A comparação com Apolo era inevitável e pessoas da comunidade faziam questão de acentuar as diferenças entre os dois. Ainda no capítulo 11

(versículo 16), Paulo é tratado como um louco (a frona einai), ou seja, alguém insano. As críticas são sintetizadas por Paulo (II Coríntios 10.10): “Pois dizem: As cartas dele são duras e fortes, mas sua presença pessoal é fraca, e sua pregação não impõe respeito. Quanto à sua pregação, quando olhamos o texto (grego), o correto seria desprezível (exouqenhmenoz). Não é por acaso que II Coríntios é considerada uma Carta chorosa (II Coríntios 2.4). Quando o apóstolo fala sobre sua condição pastoral, prefere usar o exemplo do barro (4.1-7). Diante de todas as críticas, Paulo se vê como alguém que precisa legitimar o seu ministério e enfrentar os seus acusadores. Isso ele faz e reconhece, como alguém fora de si (capítulo 12), mas percebe que não vale muito a pena. Há pessoas que ignoram argumentos quando eles não corroboram o que pensam. Paulo está lidando com pessoas que não o reconhecem como um “vaso de barro”. Ele

está trabalhando com pessoas que apostam na autossuficiência do apóstolo. Para esses acusadores, o apóstolo não poderia demonstrar fraqueza e Paulo faz questão de mencionar a sua fraqueza (12.5). É indubitável o amor de Paulo pela Igreja. Mas, esse amor não estava alicerçado nas estruturas que alguns da comunidade queriam ver em evidência na vida de Paulo. O amor que Paulo expressa pela Igreja dava-se na comunhão de ideais e, principalmente, na proposta do Evangelho. Ele quer se mostrar com humanidade à comunidade e, para isso, recorre ao tema do vaso, que é feito de barro. O chamado para o ministério, de acordo com Paulo, se dá porque Deus o convoca baseado na Sua misericórdia. Nesse sentido, não se trata de méritos ou diplomas, mas de entender o chamado e atender aos critérios de Cristo. Há uma responsabilidade para tratar o Evangelho, mesmo correndo um sério risco de não ser ouvido, de não ser atendido. Paulo era consciente disso.

Mas se o vaso é de barro, há pessoas que gostam de esmagar potes Há pessoas que se apegam às estruturas e tornam a vida de seus pastores difíceis, não acompanhando o pastor na condução da Igreja por diferentes razões, algumas delas Paulo enfrentou em Corinto, como preferir a companhia de pessoas que ainda estão “fora” da comunidade ou até mesmo recusar a instrução pastoral por meio da pregação bíblica. Pastor é feito de barro Uma pesquisa realizada pelo pastor Lourenço Stélio Rega (Diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo) alguns anos atrás (Não há intenção aqui de atualizar os dados), trouxe números preocupantes sobre o Ministério Pastoral. Destacamos alguns aspectos dessa pesquisa: • 16% o treinamento recebido no seminário pouco tem servido no ministério; • 8% se pudessem deixaria o ministério e procuraria outro meio de sobrevivência; • 13% acreditam que o

exercício do pastorado empobrece a vida familiar; • 78% não estão satisfeitos com a autodisciplina no uso do tempo; • 77% não estão contentes e satisfeitos com o tempo que investem na vida devocional; • 51% têm de 1 a 5 amigos de verdade (49% não têm?); • 9% não têm nenhum amigo de verdade; • 38% não têm desenvolvido uma perspectiva de vida para daqui a cinco anos; • 30% se sentem mais inferiorizados hoje do que no passado. Se pudessem voltar atrás mudariam muita coisa na vida e ministério; • 10% afirmam que a Igreja já foi responsável por desastres na família do pastor; • 88% têm facilidade em perdoar os que ofendem Esses dados revelam que pastores não são feitos de ferro ou de aço, mas de barro. O vaso de barro quebra, racha, mas se reconstrói, se refaz nas mãos de Deus (à exemplo do profeta Jeremias). O barro demonstra a fragilidade do pastor e evoca compreensão das ovelhas para com o seu pastor.

de bens, riquezas e facilidades. Tais pregadores não são obrigados a alcançar os que conhecem as Escrituras. Escolhem um texto que se enquadra em uma analogia, e pronto. Um pregador que fala a um público que está interessado em “revelação”, nem precisa abrir a Bíblia. Se a abre, é só para pretexto. Os ouvintes saem empolgados com suas “revelações”. Entre o que ele falou, e o que estava no texto que ele leu, não faz sentido nenhum. Esse é o público que gosta de ser manipulado. A maioria hoje gosta de ser manipulado, mesmo nas Igrejas chamadas tradicionais. Esse tipo de pregador provoca muita emoção, mas ninguém vai conferir suas “revelações”, aguardam ansiosamente as emoções das

“revelações” das próximas mensagens. Há pregadores que fazem uso de instrumentos da arte. Minha esposa exclamou admirada de como o povo de Israel começou a adorar um manto, como se ele fosse um deus. Perguntei: “Depois de milhares de anos de tal prática, de poderes mágicos em objetos e roupas, você se admira do que vemos na TV?”. Vamos à análise da fé evangélica de hoje. Não estamos, pelas estatísticas, entre 40 a 60 milhões de evangélicos? Se o Evangelho transforma vidas, tornando-as espirituais e éticas, por que o Brasil não mudou? Pelo contrário, parece que piorou, em vez de melhorar. E quantos políticos denominados evangélicos estão envolvidos? Nos anos 70, em virtude

das mudanças de costumes, denominadas de nova moralidade, pós-modernidade, mundo líquido, com relacionamentos e valores perdendo a consistência, instituições como casamento, família e as Igrejas começaram a investir no resgate de tais instituições ou valores. Não bastaria apenas o alcance da pregação? Finalizando, passemos a tratar do que queremos chamar de alcance. Pensemos no que Cristo pretendeu no seu ministério terreno, antes de ser crucificado. Ele pretendeu transmitir ensinos que causassem mudança nas pessoas. Os milagres realizados de formas diferentes. Qual a razão? Cristo pretendia transmitir um ensino, não apenas cura. Ele falou a pecadores, a pobres, ricos, religiosos, autoridades civis, homens,

mulheres, jovens e idosos. Qual foi o resultado? Sua mensagem alcançou a todos. A mudança causada na vida de 12 homens (Lembremos: Paulo substituiu a Judas), foi suficiente para chegar até nossos dias. O alcance significa que não é o número o importante, mas o resultado. O pregador precisa apresentar uma mensagem que todos entendam, e cause mudança e transformação em todos. É isso que está faltando, apesar dos recursos de comunicação, que nenhuma geração passada teve a possibilidade de ter ao seu dispor. Vidas transformadas transformam, e isso é que perdemos de vista hoje, em nossas pregações. Alcance é mensagem que transforma. Se não houve transformação não houve alcance.

Alcance Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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pregador de uma Igreja, alguns anos atrás, tinha um alcance limitado. Hoje, o alcance está diversificado. Temos diversas formas de comunicação; jornais e revistas já não são mais necessários. A internet, que possibilita a transmissão do culto a quem estiver interessado, aumentou o alcance tanto dos ouvintes como dos pregadores. O alcance pode ser quantitativo, como pode ser em qualidade. Um pregador de TV tem seu público igualado. Se ele for divulgador da Teologia da Prosperidade, terá que adequar sua mensagem àqueles que estão interessados em um Deus distribuidor


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Pastores tipo José Eimaldo Vieira, pastor Emérito da Igreja Batista Nova Jerusalém – Cabo Frio - RJ Quem não gostaria de ser um pastor tipo José? Desde a adolescência aquele menino revelava qualidades desconhecidas das pessoas comuns. Quais seriam aquelas virtudes que faziam de José do Egito uma pessoa tão fora de série?

Menino ingênuo - Talvez apresentasse na meninice um único defeito, se é que podemos chamar de defeito aquela sua pura ingenuidade, quando contava para os irmãos seus extravagantes sonhos. Na verdade, não eram quaisquer sonhos. Eram verdadeiras revelações do que havia de suceder com o menino, sua família e seu povo muitos anos mais tarde.

reflexão Bom filho - Recebendo tarefa muito desconfortável, a de tomar conta dos irmãos mais velhos, obedecia ao pai sem murmurar. A própria túnica multicolor oferecida pelo pai, embora bastante questionada do ponto de vista da psicologia moderna, indicava tratar-se de um filho muito especial. Quando elevado ao cargo de governador do Egito, tudo fez para levar o pai para onde se encontrava, garantindo a melhor qualidade de vida àquele que o considerava morto há muitos anos. Homem espiritual - Seu temor a Deus e sua espiritualidade ficam evidentes. Primeiro, no caso de resistência diante do assédio da mulher de Potifar, especialmente se tratando de um jovem, solteiro, sem família e desertado. Qualquer aventura pareceria melhor que seu viver solitário. Segundo, porque não fez da

prisão e dos açoites motivo de revolta, negligência nos deveres e outras atitudes negativas, como tentativa de fuga ou suicídio. Pelo contrário, fazia tudo prosperar em suas mãos. Terceiro, porque só um caráter altamente espiritual poderia explicar o perdão concedido aos irmãos que o venderam como escravo, ao ocupar agora a posição de governador, com a chance de vingar-se de todos. Sua espiritualidade foi maior que tudo. Consciência messiânica Muito mais que por razões de cidadania ou patriotismo, seu último pedido - que seus ossos fossem levados com o povo de Israel -, fala muito bem da certeza de que seu povo um dia sairia do Egito para a terra prometida ao bisavô Abraão para receber Jesus Cristo, o mais honrado descendente. Essa consciência era tão importante para

os patriarcas de então, como é a volta de Jesus Cristo para os pastores e ovelhas de hoje. Por tudo isso e muito mais, podemos dizer que José foi um verdadeiro tipo de pastor, um autêntico exemplo de caráter e nobreza de espírito, um modelo de liderança, um homem quase perfeito, não fosse por uma fraqueza, que muito tem a nos ensinar: Esqueceu-se de preparar sucessores junto ao trono de Faraó. E por essa lacuna, sua fama e seu nome mergulharam no esquecimento, ao ponto que houve um rei que não conheceu a José. Isso fez uma enorme diferença, pois, se o tivesse conhecido, a história que temos seria totalmente outra. Isso não significa o ingresso de pastores na política partidária. Mas, Façamos sucessores espirituais de tal nível, que, por eles, não sejamos esquecidos das futuras côrtes e gerações.

Um homem que amava a Deus Edson Landi, pastor da Igreja Batista no Guanabara Campinas - SP

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números personagens bíblicos são referenciais para as nossas vidas. Neles encontramos preciosas lições de fé, obediência, devoção e amor a Deus. A Bíblia é tão maravilhosa que nela podemos aprender até mesmo com os erros dessas pessoas. Ela não os oculta. São centenas de personagens. Homens e mulheres que têm muito a nos ensinar. Contudo, apenas um foi considerado pelo próprio Deus “O homem segundo o Meu coração” (I Samuel 13.14; Atos 13.22). Esse foi Davi. A grandeza desse homem me encanta. Sua intimidade com o Senhor me fascina. Seu nome é um dos mais importantes da história de Israel e do cristianismo. Quando Bartimeu, o cego, chama a Jesus de “Filho de Davi” (Marcos 10.47), é a pri-

meira vez que aparece essa expressão no Evangelho de Marcos. É um título messiânico. Jesus era descendente de Davi, o que ocuparia o trono. Bartimeu, o cego e mendigo, no limite de sua miséria humana e espiritual, foi usado por Deus para trazer para o Evangelho de Marcos o cumprimento de Ezequiel 37.24-25. Deus realmente usa pessoas que não imaginamos. Pensemos nisso. Mas a grandeza de Davi não para por aqui. Depois do nome de Jesus, o primeiro nome que aparece no Novo Testamento é o de Davi (Mateus 1.1). O último nome a aparecer nas páginas do Novo Testamento, antes do nome de Jesus, é Davi (Apocalipse 22.16). O Novo Testamento se inicia e se encerra falando de Davi. Depois de Jesus Cristo, o nome de homem mais citado na Bíblia é Davi. E desde que ele surge na Bíblia, boa parte da Escritura passa a orbitar ao redor

dele. Pois é dele que viria o Messias. Além da relevância histórica e teológica, há também a importância da devoção de Davi. Ele era um homem que amava a Deus. Quando lemos os muitos Salmos que foram escritos por ele constatamos sua intimidade e submissão diante do Senhor, e um coração aberto ao arrependimento, quando havia algo errado em sua vida. Ele usava palavras que realmente expressavam seus mais profundos sentimentos. Era um homem que amava a Deus. E essa mesma sensibilidade ainda toca os nossos corações. Quem nunca foi abençoado lendo algum Salmo de Davi? Quem nunca foi tocado pela beleza dessas palavras? “O Senhor é meu pastor e nada me faltará.” (Salmo 23.1); “Esperei com paciência no Senhor, e Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.” (Salmo 40.1); “Alegrei-me quando me disseram:

Vamos à Casa do Senhor.” (Salmo 122.1); “Senhor, Tu me sondaste, e me conheces.” (Salmo 139.1); “Eu te amo, ó Senhor, força minha.” (Salmo 18.1). Essas são apenas algumas palavras escritas por Davi. Aproveito para desafiar você a ler o livro de Salmos com o coração aberto, meditando em cada verso. Sem dúvida alguma será uma leitura muito proveitosa. Pois são palavras que tocam os nossos corações; trazem-nos edificação. Levantam-nos em um momento de tristeza. Acalmam a nossa alma em um momento de angústia. Orientam-nos em um momento de indecisão. Assim era Davi, um homem com suas falhas e pecados, gente como a gente. Assim era Davi, uma pessoa de Deus, assim como nós. Davi era, acima de tudo, um homem que amava a Deus. Um grande exemplo a todos os homens Batistas.

Bênção apostólica Cirene Furtado Serpa, membro da Igreja Batista Boa Esperança – Parnaíba - PI Quando mãos santas se erguem, Abençoando a Igreja, Os céus dos céus se estremecem E anjos dizem: “Assim seja”. Divina bênção impetrada, Em nome do Deus Trindade: De Cristo, a graça outorgada, Cheia de paz e bondade. O amor do Pai ofertado Unge a congregação. Todo crente é consolado, Pelo Espírito de unção. E o povo da aliança Imbuído da missão: Leva ao mundo esperança, Em singela submissão.


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missões nacionais

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Bacacheri - PR a bordo do Projeto Amazônia: “Ser radical é falar do “O Missionário” Amor de Deus na Simplicidade de Jesus”

Dentista voluntário cuida de criança Ribeirinha Participantes da 11ª Turma de Radicais Amazônia

N Caravana no Barco “O Missionário”

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ma caravana da Igreja Batista de Bacacheri, em Curitiba – PR, embarcou no último dia 13 de maio para uma viagem missionária no barco “O Missionário”, que atende às comunidades Ribeirinhas na Amazônia. Foram 31 membros da Igreja, entre médicos, dentistas, profissionais de saúde e outros voluntários desejosos de levar as Boas Novas para esta população. O

pastor Luiz Roberto Silvado, presidente da Igreja, também estava a bordo. O grupo foi à cinco comunidades da cidade de Maracapurú – AM, e uma de Manaus, capital do estado, que ficam às margens dos Rios Negro e Solimões. Interceda pela obra realizada entre os ribeirinhos. Mobilize sua Igreja para visitar um campo missionário. Envie um e-mail para: barco@missoesnacionais.org.br.

o dia 21 de maio aconteceu a formatura da 11ª turma dos Radicais Amazônia. Foram 14 jovens que concluíram o curso de três meses, no Centro Formação Missionária da Amazônia, e agora estão preparados para levar a palavra de salvação às comunidades Ribeirinhas daquele estado. O culto de gratidão foi realizado na Igreja Batista Ebenézer, em Manaus - AM. Ore para que Deus dê força e sabedoria a esses jovens para levarem a palavra de salvação aos moradores que vivem às margens dos rios amazonenses. Abaixo, o testemunho do radical Ednardo Neves, sobre sua experiência no treinamento. “Hoje é o grande dia! Depois de três meses de um treinamento intensivo, momentos que marcaram minha vida, Deus me reconstruiu.

Doeu, porque quando Deus chama ele transforma por completo! Caráter, pensamentos, vontade. Muitas lágrimas, alegria, amizades, renúncias, saudade, crescimento espiritual, mas sempre Deus mostrou que era necessário aprender, para poder falar do Seu amor com excelência. Hoje, tenho convicção do meu chamado. Deus me chamou para levar seu amor aos Ribeirinhos da Amazônia! Por Amor a Deus, eu entreguei minha vida por essa missão! Sou grato a Deus por tudo que eu passei, por cada lágrima! Sou grato aos meus pais por acreditarem no meu chamado. Agradeço aos meus líderes, que nunca desistiram da minha vida, meu pastor António Carlos Ramos Portela, porque acreditou em minha vida. Irmã Eliuze Bezerra Correa com seus conselhos. Irmã

Ediney Silva com toda sua compaixão e graça. Ao pastor Donaldo Melo Santos junto com sua esposa Marinalva por serem exemplos de líderes e me mostrarem o que é ser uma grande missionário. Ao Emerson Felipe, que sempre estava junto mostrando o caminho certo. Natalino Filho com sua sabedoria da palavra, mostrando o que Deus tinha para fazer, à irmã Rosivalda Lima, por toda dedicação. E aos coordenadores pastor Renato Ouverney e Alexandre Fernandes, de Missões Nacionais, por sempre levar o melhor para nós, e a todos os que passaram em minha vida nessa jornada. Obrigado. No meio da floresta Amazônica...entre árvores, rios, cidades, vilas, lendas e contos... existe um povo... que precisa de Jesus. Eu amo o Brasil e quero ser bênção para minha Nação!”


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Os idosos precisam dos cuidados dos Batistas brasileiros Elaine Freitas Alves Nolding, assistente Social do Lar Batista do Ancião -RJ “Levantem-se na presença dos idosos, honrem os anciãos, temam o seu Deus. Eu sou o Senhor.” (Lv 19.32) Grandes são os desafios que o idoso tem a enfrentar neste período de pós-modernidade, apesar dos avanços na garantia de direitos e defesas dos idosos com a Lei 10.741/03 – Estatuto do Idoso. As políticas públicas ainda são ineficientes para proporcionar aos idosos brasileiros uma vida com

dignidade e respeito. Outra dificuldade atual sofrida é o empobrecimento nas relações sociais, onde o mundo está acelerado, a comunicação baseada nas redes e mídias sociais, levando o idoso a permanecer ainda mais à margem, caso ele não se inclua e se adéque a esse novo formato. Esses são os desafios em um contexto geral, mas há os desafios da individualidade de cada idoso, tais como: A doença que retira a autonomia, o sentimento de inutilidade, a solidão, e outros. A expectativa de vida tem aumentado, porém, as

doenças também. Isso reflete em todo o contexto social e econômico, deixando muitas famílias sem saber como lidar com o envelhecimento do seu idoso, aumentando a sua inserção nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI´s), antigamente chamadas de asilo. O Lar Batista do Ancião da Junta de Ação Social Carioca não tem fins lucrativos e para realizar seu atendimento integral ao idoso necessita de um quadro funcional composto por médico geriatra, enfermeira, cuidadores, assistente social, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional,

técnicos de enfermagem, cozinheiros, profissional para limpeza, lavanderia, manutenção, porteiro e motorista (E não temos todos esses profissionais), e mais despesas de consumo, ambiente físico totalmente adaptado, pisos antiderrapantes, e descarte apropriado do lixo. Essa estrutura está prevista na resolução da diretoria colegiada (RDC) 283/05 da ANVISA, que normatiza esse serviço a idosos, onde estamos passíveis de fiscalização. Diante dessa estrutura funcional complexa e onerosa, como socorrer um idoso independente de sua con-

dição econômica, com escassos recursos e também com baixa cooperação das Igrejas? É um grande desafio de fé e cooperação. Nós, Batistas, precisamos visionar essa necessidade aos nossos idosos. Precisamos decidir se queremos realmente os Batistas prestando um serviço cristão de qualidade a quem Deus pede para honrarmos, independentemente de qualquer contribuição financeira. Acreditamos, como servos do Senhor Jesus, que devemos socorrer aos que necessitam de auxílio. Por isso, Igreja do Senhor, despertemos para essa necessidade e realidade.

Participe da Trans crianças São Gonçalo - RJ

“Por amor...não me calarei, por amor... não descansarei enquanto a Sua justiça não resplandecer como a alvorada e a Sua salvação como as chamas de uma tocha acesa.” (Is 62.1). Jesus transforma Há dois anos, a liderança do ministério infantojuvenil (DEPIN) da Primeira Igreja Batista do Rocha, em São Gonçalo – RJ, tem buscado oportunidades para realizar atividades evangelísticas com foco em crianças e suas famílias, nas comunidades ao entorno da PIB do Rocha, mas inúmeras adversidades surgiram em um cenário nada favorável. Contudo, no ano de 2015,

surgiram as oportunidades que tanto esperávamos; enfim, o tempo do Senhor havia chegado, e que veio a se fortalecer com a resposta da Junta de Missões Nacionais (JMN) da Convenção Batista Brasileira, favorável a realização da Trans Crianças São Gonçalo – RJ, tendo a PIB do Rocha como sede deste projeto. Porém, a confirmação só se deu em janeiro de 2016. Desde então, realizamos atividades evangelísticas nestas comunidades. A Igreja não pode mais permanecer apática diante da realidade que à cerca. Cremos que somente Jesus Cristo tem o poder para transformar e mudar o rumo da história

de vida destas crianças e de suas famílias. Mas, para isso, a Igreja precisar cumprir sua missão, e isso implica fé, tempo, doação, envolvimento, e crescimento espiritual. Nos ajude e participe desta ação missionária urbana, que durante oito dias impactará oito comunidades de São Gonçalo. As inscrições já estão abertas para a Trans Crianças São Gonçalo – RJ, que acontecerá de 02 a 09 de Outubro/2016. Acesse o site www.missoesnacionais.com. br e inscreva-se. O valor do investimento é de R$ 60,00, que será revertido em kit do voluntário e material evangelístico. O voluntário não terá custo com alimentação.


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Congresso da Família encerra programação de maio na PIB Tabuleiro - AL Joseane S. Oliveira, jornalista Considerado o Mês da Família, maio foi um período de intensa movimentação na Primeira Igreja Batista no Tabuleiro – Maceió - AL. Desde o primeiro dia, várias atividades alusivas à família foram desenvolvidas com o objetivo de fortalecer e edificar ainda mais essa importante instituição, planejada e criada por Deus. Pensando nisso, nada melhor do que investir no seu fortalecimento com iniciativas como a realização do Casamento Coletivo, dia 14; evento para casais, dia 21, intitulado “Família Edificada”; e no Congresso da Família. Este último aconteceu entre os dias 27 e 29, fechando a programação com chave de ouro.

De acordo com o pastor Anderson Nunes, líder espiritual há nove anos na PIB Tabuleiro, toda essa programação visa edificar e observar o que a Palavra de Deus recomenda para as famílias. Anderson ressalta que em tempos de crise, principalmente de relacionamentos, não há crise maior do que aquela que se instala na família. “A família foi o primeiro projeto de Deus, bem como o primeiro alvo do ataque do inimigo, porque ela é a base do indivíduo. Fundamental para promover o ajuste e bem-estar do ser humano”, disse. A nona edição do Congresso da Família terminou dia 29, com um culto celebrativo. Foram três dias de reflexão do tema “Família, projeto de Deus”. Dois pastores se revezaram na explanação

do assunto, fundamentados no trecho bíblico que diz: “Criou Deus homem e mulher à sua imagem e os abençoou. E viu que tudo ficou muito bom” (Gn 1.27a, 28a e 31a). Na abertura do evento, o pastor convidado foi Roberto Amorim, da Igreja Batista do Farol; sábado e domingo, a reflexão foi com o pastor Flávio Germano, de Pernambuco. Para criar um clima de adoração e exaltação ao nome do Senhor, várias atrações musicais foram convidadas como a Orquestra de Música do Corpo de Bombeiros de Alagoas, O grupo “Até sermos um”, o cantor Valdério Nascimento e a participação especial do Coral PIB Tabuleiro. Após o culto matinal, no domingo, foram realizadas cinco oficinas temáticas,

abordando assuntos de interesse geral como: “Educação sexual na família dentro dos padrões de Deus”, por Aline Gameleira; “Vida saudável na terceira idade”, por Dileide Amaral; “Como vencer

em tempos de crise”, por Clodoaldo Nascimento; “A juventude e seus desafios”, por Samuel Azevedo; e a Oficina Kids, conduzida por Juliana Pimentel. Todas gratuitas e abertas ao público.

Um nome bem conhecido entre os Batistas: Othon Ávila Amaral Iomael Sant´Anna, pastor Othon Ávila Amaral é um nome bem conhecido entre os Batistas do Brasil. Muita gente ainda não o encontrou pessoalmente, mas já leu seus livros e artigos, viu e ouviu seu nome em diversas ocasiões. Jornalista cristão, que vai fundo à busca da história e dos feitos evangélicos, mas, principalmente, dos marcos Batistas brasileiros. Como diz o doutor Ebenézer: “Othon é pesquisador beneditino”. Aliás, dos resultado de suas pesquisas, ele escreveu e publicou “Marcos Pioneiros dos Batistas”, e “Roteiro Histórico dos Batistas Fluminenses”. Sua organizada biblioteca de quase quatro mil livros e seus arquivos bem ordenados têm respondido às inquirições de vários estudantes na elaboração de trabalhos acadêmicos. Othon nasceu em 17 de maio de 1936, em Valença, cidade do interior do Rio de Janeiro. Seus primeiros estudos aconteceram sob direção de frades franciscanos. Dedi-

cado à leitura e com pendores para a escrita, iniciou uma carreira de jornalista em sua cidade natal. Passou depois para O Jornal Batista, onde serviu durante muitos anos como secretário. E, hoje, mesmo aposentado, participa do Conselho Editorial desse Órgão Oficial da denominação. Foi redator de “O Escudeiro Batista”, dos fluminenses, e continua pesquisando e escrevendo, inclusive para um grande projeto ainda inédito entre nós. Othon converteu-se na Campanha Nacional de Evangelização de 1965 - “Cristo, a Única Esperança” -, sendo batizado em 03 de julho de 1966, na Igreja Batista de Valença, pelo pastor Manoel Bittencourt. Em 1970, transferiu-se para Nova Iguaçu, onde se casou com Jane, filha do pastor João Teixeira de Lima, tornando-se membro ativo e um dos líderes da Igreja Batista Betel de Mesquita. Do casamento vieram os filhos André Luiz (Pastor e gerente Financeiro de Mis-

sões Mundiais da CBB), Marcus César (Músico, produtor Fonográfico e professor) e Alice Cristina (Professora). Fazem a alegria dos avós corujas (Othon e Jane) os netos André Gabriel, Júlia, Ana Letícia, Pedro, Ana Gabriele, Emanuelle e Esther. Convidados ao Culto de Ações de Graças pelo octogésimo aniversário de Othon, na noite de 17 de maio, se reuniram familiares, membros da Igreja Batista Betel de Mesquita, de outras Igrejas, pastores, amigos e vizinhos, em um culto espiritual e agradável, que se deu com louvores, leituras da Palavra, orações, e pregação pelo pastor André Luiz Teixeira Ávila Amaral, filho de Othon e Jane. O pregador baseou a mensagem no Salmo 1.3 e, de forma bem-humorada, comparou a vida humana a uma árvore plantada que cresce, dá flores, frutos, sombra, etc. Othon é uma árvore frondosa que o Senhor plantou para abençoar pessoas, Igrejas, instituições, a deno-

Foto: Izabele Gomes

minação como um todo e o Reino de Deus. Acima de tudo, ele é um homem de Deus que honra a Cristo, e empenha seus esforços na causa do Evangelho. Othon foi secretário nas Convenções Brasileira e Fluminense. Foi orador oficial na Assembleia da Estadual (realizada em Nova Friburgo), presidente da Associação Iguaçuana por oito vezes e executivo durante vários anos, fundador e presidente da Associação Mesquitense. Aqui, em nossa cidade, ajudou na criação da Academia de Letras e Artes de Mesquita, sendo seu presidente em dois mandatos. Ao final do culto, foram exibidos vídeos com teste-

munhos e saudações emocionantes do filho Cesar, da filha Alice e dos netos. Eles vivem no Paraná e em Santa Catarina, e não puderam ir para o culto. De longe, emocionaram pais e avôs, os familiares, e a todos nós, naquele encontro abençoado e abençoador. Tocou-nos bastante a palavra de Alice Cristina no vídeo, quando disse que seu pai sempre foi um evangelista, ao levar a mensagem de salvação a várias pessoas, de diversas maneiras, na pregação, nas conversas, na distribuição de literatura cristã, etc. Saímos todos daquele culto realmente gratos pela vida de nosso irmão, discípulo de Jesus, Othon Avila Amaral.


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Batistas pernambucanos se reúnem em Assembleia anual

Acom CPE

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43ª Assembleia Anual da Convenção Batista de Pernambuco aconteceu nos dias 12, 13 e 14 de maio de 2016, na Igreja Batista da Capunga, bairro da Boa Vista, no Recife - PE. O tema deste ano acompanhou a visão da Convenção Batista Brasileira: “Transformados pelo Poder do Reino de Deus” e a divisa “Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder” (I Co 4.20). O evento atende a uma determinação do Estatuto e Regimento Interno da Organização e objetiva dar transparência e legitimidade democrática às decisões e ritos da denominação religiosa. Nos três dias de realização foram feitas apreciações e aprovações de relatórios e orçamentos anuais da Convenção e suas organizações, eleições dos seus membros, além de decisões sobre o andamento das atividades da denominação no estado, balanços financeiros e administrativos. O evento também foi uma grande oportunidade de congraçamento entre Igrejas, pastores e irmãos, que, juntos, de forma democrática e à luz da Palavra de Deus, tomaram decisões importantes para a denominação Batista do estado. “É um momento singular na vida dos Batistas, significativo, pelos aspectos espirituais, mas também pelos aspectos de responsabilidade social,

de transparência perante a denominação e perante a sociedade”, reforça o pastor Sócrates Oliveira Souza, diretor Executivo da CBB – Convenção Batista Brasileira. Quem se fez presente foi amplamente abençoado pelas reflexões e mensagens. O orador oficial foi o pastor Izaias Querino, diretor Geral da Convenção Batista Paranaense. O orador substituto foi o pastor Gileade Florêncio de Souza Júnior, pastor auxiliar da Igreja Batista Concórdia, no Recife-PE. O presidente da CBPE, pastor Emanoel Alírio de Araújo também trouxe uma reflexão aos mensageiros. “Existe um espírito de cooperação muito forte entre as Igrejas, então, o pacto cooperativo entre os Batistas é que nos traz a reuniões como estas”, e assim planejar “como sermos um povo coeso e afinar os nossos princípios doutrinários”, diz pastor Izaias Querino. Momentos de louvor e adoração também marcaram a Assembleia Anual Na ocasião, novas Igrejas foram recebidas pela CBPE. São elas: Igreja Batista da Vitória; Igreja Batista Getsêmani, em Igarassu; Primeira Igreja Batista em Curcurana; Primeira Igreja Batista em Vila dos Palmares e a Segunda Igreja Batista em Paudalho. Para o secretário Geral da CBPE, pastor João Marcos Florentino, “Quando a Igreja participa, vem se envolver, ela tem a consciência de que nós estamos em um grande pacto para cooperarmos com

o avanço do Reino de Deus”. Nas Assembleias, as mais de 480 Igrejas enviam mensageiros para as representarem e, assim, todos pensarem no futuro da denominação. “É o momento que definimos os caminhos da nossa Convenção. Evidentemente, que pautados nas Sagradas Escrituras. A participação das Igrejas nas nossas Assembleias é relevante, importante e estratégica, pelo fato de que, o que é decidido aqui é influenciado para todas as demais Igrejas”, finaliza o presidente da CBPE, pastor Emanuel Alírio de Araújo. Campanha de Missões Estaduais 2016 Dentro da programação da Assembleia Anual, houve a Noite de Missões, coordenada pela Área de Missões Estaduais – AME. Na ocasião, foi feita a abertura oficial da Campanha de Missões Estaduais 2016. O tema é: “Eu me importo: Anúncio Cristo ao Agreste. A Convenção Batista de Pernambuco convocou os missionários para juntos desafiarem os Batistas pernambucanos a se envolverem com a obra missionária. A divisa está em Lucas 8.39b: “Então, foi ele anunciando por toda a cidade todas as coisas que Jesus lhe tinha feito”. O alvo financeiro é de R$520 mil e o dia da oferta especial será 31 de julho de 2016. O preletor oficial da noite foi o pastor Hélio Morais, da Igreja Batista San Martin. Ao todo, 137 missionários são mantidos pelas Igrejas conveniadas. A Campanha

tem como objetivos a conscientização do povo de Deus para fazer novos discípulos, a consolidação dos projetos missionários existentes no estado, ampliação de recursos financeiros para o sustento dos campos, a capacitação continuada, a melhoria dos locais de culto e templos e o fornecimento de materiais de evangelização e ensino. Para tanto, o trabalho tem sido realizado por região. A Metropolitana e a Zona da Mata já foram os alvos principais. Este ano, a ênfase será no Agreste pernambucano. O foco está na plantação e no fortalecimento de Igrejas, como também da visão de Igreja Multiplicadora. “Eu quero acreditar que cada Batista pernambucano vai, através dessa Campanha, renovar seu compromisso de, não somente orar e ir, mas também de ofertar (...) e assim participar da manutenção e da mobilização do trabalho missionário no nosso estado”, reforça o Coordenador da Área de Missões Estaduais da CBPE, pastor Neilton Ramos. Sobre o agreste O Agreste é formado por 71 municípios, em uma área de aproximadamente 24.400 km², inserida entre a Zona da Mata e o Sertão. Representa 24,7% do território pernambucano e conta com uma população de cerca de 1,8 milhão de habitantes. A região possui ampla tradição religiosa oriunda do catolicismo. Um detalhe é o surgimento de outros grupos religiosos, como a mesquita

islâmica que está construída em Belo Jardim. Fora isso, a população agrestina sofre com o alcoolismo, forte dependência financeira dos órgãos públicos, os jovens têm bastante dificuldades para entrar no mercado de trabalho e o isolamento de boa parte da população que vive nas áreas rurais. Nova diretoria da Juventude Batista de Pernambuco Já no dia 14, encerramento da Assembleia Anual, a Juventude Batista de Pernambuco realizou uma celebração especial. O pregador da noite foi o pastor. Daniel Oliveira, do Projeto ARCA (Ação de Rua e Cultura Alternativa), que falou sobre a importância de a juventude ir além e levar o Reino a todas as camadas da sociedade. Na ocasião, houve a posse da nova diretoria da Jubape, que tem como presidente o irmão Douglas Travassos, da Primeira Igreja Batista em Brasília Teimosa, no Recife PE. A eleição aconteceu no dia 11 de maio, no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, e contou com a presença de um bom público jovem. “Serviremos a juventude de Pernambuco com empenho, dedicação, fé e muito trabalho. Guiados unicamente pelo Espírito da verdade, dedicaremos cada ação da Jubape a Glória de Jesus Cristo, a salvação dos perdidos e a edificação dos jovens”, finaliza Douglas Travassos.


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Compromisso com a proteção à criança Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais O risco de exploração e maus-tratos a crianças e adolescentes é uma triste realidade que há tempos faz parte de sociedades ao redor do mundo. Ciente disso e baseada em estudos e nos impactos que a violência causa nas pessoas, Missões Mundiais vem aplicando desde o ano passado sua Política de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA). É um documento no qual a organização declara seu compromisso com a proteção ao público infanto-juvenil e orienta sua força de trabalho (Missionários, mobilizadores, colaboradores da sede, entre outros) sobre condutas recomendadas para a prevenção de situações de violência nos âmbitos institucional e da missão. A missionária Terezinha Can-

dieiro, coordenadora do PEPE, é uma das redatoras da PPCA e diz que o documento “Vem fortalecer a visão que a JMM tem com relação ao ministério com crianças e adolescentes”. “Alguns aspectos com relação a normas e procedimentos

são novos, porém, representa a formalização de muitas ações que já realizamos”, destaca Terezinha, que durante dois anos com Doris Nieto (Coordenadora de Recursos Humanos) e o pastor Ruy Oliveira Jr. (Coordenador da JMM para

a América) contribuiu para a elaboração da PPCA. “Mais do que um compromisso, a justificativa desse documento é bíblica”, ressalta. O PEPE, programa socioeducativo promovido por Missões Mundiais em 25 países na América Latina, África e Ásia, já possui sua política própria de proteção à criança desde 2007, o que veio a inspirar Missões Mundiais a adotar atitude semelhante. “Queremos ser excelência na maneira de servir a Deus nos campos. Será que estamos atendendo aos padrões de proteção da criança e do adolescente? Para construir a PPCA, pesquisamos vários materiais, observamos experiências de outras organizações internacionais até que, olhando para nosso contexto, chegamos ao documento final”, lembra a missionária.

Terezinha diz também que princípios bíblicos nortearam a redação da PPCA, simplesmente “Tudo o que Jesus já fazia nos tempos do Novo Testamento. E vários princípios já existem desde o Antigo Testamento”. “Só que para nossa sociedade, parece algo novo, mas estamos ressignificando, dando novos nomes. O desafio agora é agirmos com esperança de que é possível transformar as realidades com a graça de Jesus desenvolvendo nossos ministérios com excelência, a fim de que se reduzam e minimizem os casos de violência contra a criança e o adolescente”, concluiu. Você pode conferir a íntegra da Política de Proteção à Criança e ao Adolescente da JMM, acessando: www.missoesmundiais.com.br/download.

cerias como esta com o Cadi. Desde o terremoto de 2010, Missões Mundiais já enviou pelo menos duas caravanas voluntárias ao Haiti por ano. A maioria dos voluntários envolvidos era das áreas de saúde e construção civil. “O Senhor tem direcionado o trabalho de Missões Mundiais aos lugares mais necessitados do mundo, seja para os povos não alcançados e não contatados, seja para os bolsões de pobreza da humanidade. Trabalhar no Haiti de maneira que possamos fazer mais através da otimização dos recursos financeiros é um dos objetivos desta ação. Temos a convicção de que Deus

está atuando naquela Nação, e por meio do compromisso das Igrejas Batistas do Brasil com a obra, poderemos ver o Reino de Deus sendo manifesto no sorriso de cada criança e na alegria renovada de cada família”, diz o pastor Alexandre Peixoto, gerente de Missões da JMM. Segundo Maurício Cunha, diretor Executivo do Cadi, a situação do Haiti traz à tona a responsabilidade da Igreja, seu compromisso humanitário e papel como agência de transformação integral. “Com quase metade da sua população participando de Igrejas evangélicas, a Nação permanece estacionada em

um sistema opressor e perpetuador da miséria, alimentando as injustiças históricas impetradas contra o povo haitiano e a ‘indústria’ da ajuda humanitária”, comenta Maurício Cunha. “É urgente o empreendimento de iniciativas que fomentem a emancipação das comunidades, rompendo com paradigmas assistencialistas de ajuda e o perfil ‘colonizador’ da evangelização. Não é possível, como Igreja brasileira, receptora da diáspora e do desespero haitiano, ignorar a grave situação do país”, enfatiza o diretor do Cadi.

Por um novo Haiti sempre Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

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ntes mesmo de um forte terremoto deixar cerca de 200 mil mortos e milhares de órfãos no Haiti em 2010, Missões Mundiais já voltava suas atenções para esta, que é a Nação mais pobre das Américas. Atualmente, 60% da população haitiana vive abaixo da linha de pobreza, ou seja, com pouco mais de dois dólares por dia. É neste contexto que desenvolvemos o Projeto “Por Um Novo Haiti”, através de dois casais missionários e duas missionárias, todos brasileiros, além de obreiros da terra e voluntários. Nossas ações por lá têm levado educação, discipulado, educação, saúde e muitos outros benefícios aos haitianos. E o mais importante, tem aproximado esta nação, tradicionalmente ligada ao vodu, da graça de Deus. E o trabalho continua avançando. Recentemente, firmamos uma parceira com o Centro de Assistência de Desenvolvimento

Integral (Cadi), com o objetivo de fortalecer a atuação missionária nas áreas de ajuda humanitária e desenvolvimento. Para isso, estamos elaborando um Programa Integrado de Evangelismo, a fim de aumentar a eficácia e os resultados do trabalho dos missionários naquele país. O programa contemplará uma série de ações na área social, incluindo a implantação de casas-lares para atendimento a crianças órfãs ou em situação de risco, ações de desenvolvimento comunitário, formação de lideranças e apoio ao estabelecimento e à qualificação de escolas de educação infantil. Todas essas iniciativas serão empreendidas em parceria com Igrejas locais. O coordenador do programa Voluntários Sem Fronteiras, Claudio Elivan, lembra que a agência missionária da Convenção Batista Brasileira para os povos estrangeiros tem o compromisso constante pela excelência da ação missionária no mundo. Isso é que nos faz aprimorar nossas ações no Haiti, buscando par-


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OBITUÁRIO

Nemésio Fernandes de Carvalho: Um pastor e homem Batista

Ater Mattos, membro da Primeira Igreja Batista do Bairro ideal – Realengo – RJ, neto

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este mês em que comemoramos o Dia do pastor e do Homem Batista, gostaria de fazer uma homenagem póstuma a uma pessoa muito especial que se enquadra nestas duas datas significativas: Pastor Nemésio Fernandes de Carvalho, meu avô. Nascido em 19 de junho de 1910, cidadão Caxiense, congressista; figura ímpar no cenário Batista nos anos de 1950, 60, 70 e 80.

Durante todo este tempo inúmeras foram as experiências vistas e vividas sobre este líder espiritual a serviço do Rei Jesus. O conheci dirigindo uma Rural Willis, onde, por vezes, ao final do culto nos deixava na Igreja e ia levar alguns irmãos, algumas de suas ovelhas em casa, para depois nos buscar. Hoje, vejo isso como prova de amor incondicional. Ainda sobre suas ovelhas, as conhecia pelo nome, bem como, seus familiares e suas realidades. Uma pessoa de coração e alma muito grande e pura. Com sua esposa, vó Zéfa,

este casal fez da adoção sua marca. Com isso, familiares, filhos e netos se multiplicavam, inclusive, minha mãe. Sem distinção, orgulhava-se, à sua maneira, de todos e tinha-os com o mesmo amor. Em vida, sua casa era constante em visitas e alegrias.

Políticos, pastores, discípulos, amigos e ovelhas eram figuras comuns todos os dias. Muitos foram os momentos e experiências. Uma delas, já em avançada idade, mas sem se cansar de pregar o Evangelho. Encontrei meu avô pregando, ele sorriu para mim, e abriu a Bíblia em Gênesis 1.1. E de um único versículo fora um verdadeiro passeio pela Palavra. E, suas últimas palavras, naquele culto que servira para mim até hoje, foram: “Já está ficando tarde, vou fechar a minha Bíblia, porque do contrário, Deus não vai parar de falar ao meu coração”. Quando Deus o chamou,

em 08 de Julho 1994, em seu culto fúnebre na Primeira Igreja Batista de Duque de Caxias - a mesma que pastorou por quase 40 anos-, nunca a vi tão cheia e tão grata. Autoridades e gente humilde agradecendo ao Criador e fazendo homenagens póstumas, a um ser que dedicou sua vida inteirinha a pregação do Evangelho e ao resgate de almas aos pés de Cristo. De legado vitorioso, que fez a diferença nesta terra, agradecemos a Deus pela vida desse que, por muito, foi um instrumento, um pastor e homem Batista, em uma justa homenagem.

Clint Kimbrough (1932-2016)

Rolando de Nassau, colunista de OJB

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epois de uma longa enfermidade, faleceu, no dia 24 de maio, em Boone, North Carolina, USA, Clint Kimbrough. Ele graduou-se na Stetson University e no Southwestern Theological Seminary (Forth Worth, Texas, USA). Foi missionário-músico da Junta de Missões Internacionais da Convenção Batista do Sul dos

Estados Unidos da América, sediada em Richmond, Virginia, USA, chegando ao Brasil em 1967, acompanhado de sua esposa, Dolores Ann Hancock Kimbrough. Dirigiu o departamento de música da Convenção Batista Fluminense, em Niterói; lecionou hinologia no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro; e regência no Instituto Batista de Educação Religiosa (IBER). Na Junta de Educação Religiosa e Publicações (JUERP)

da Convenção Batista Brasileira, no Rio de Janeiro, foi redator da revista de música “Louvor” e superintendente de música, até 1990 (Ver: Rolando de Nassau, Nassau – Dicionário de Música Evangélica. Rio de Janeiro: 1994). Em 1984, movidos pelo idealismo e apreço por Johann Sebastian Bach, para comemorar o terceiro centenário do seu nascimento, escrevemos o texto “Bach: Vida e Obra Sacra”. Submetemos o manuscrito a Clint.

Recebemos uma carta desse obreiro, na qual ele opinou, entre outras, com as seguintes palavras: “No momento, a JUERP não está em condições financeiras para publicação deste livro. Sinto-me triste por não ser possível publicá-lo”. (Ver: Rolando de Nassau, Memórias. Brasília: 2011). Em 1985, o barítono John Thomas Blizzard e sua esposa, a cantora Leigh Kimbrough Blizzard, filha de Clint, realizaram vários concertos

de canto em várias cidades do Brasil (Ver: O Jornal Batista, 11 agosto 1985). Clint era um exímio pianista e entusiasmado professor que, por meio de clínicas de música, contribuiu para o desenvolvimento técnico da execução nas Igrejas Batistas do Brasil. Um culto de louvor a Deus em gratidão pela vida de Clint foi realizado no domingo, dia 05 de junho, na Igreja Batista “Laurel Springs”, em Deep Gap, North Carolina, USA.


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ponto de vista

Série: o caráter do cristão – As bem-aventuranças (V) São bem-aventurados, mais “Bem-aventurados os misericordiosos, pois alcançarão que felizes, felicíssimos, os misericordiosos. Por que ramisericórdia.” (Mateus 5.7) zão? Pois alcançarão miseomos filhos de um ricórdia. À medida que agiDeus cujas misericór- mos com misericórdia, nós dias não têm fim e no- a semeamos e, certamente, a vas são a cada manhã, colheremos em nossa expericonforme a Bíblia diz em ência cristã. Os misericordioLamentações 3.22. A mise- sos têm prazer em agir assim. ricórdia é um atributo moral Em um mundo tão frio, insende Deus. Todas as misericór- sível, alienado, desfocado dos dias do Pai estão em Cristo valores primordiais da vida, Jesus, o suficiente Salvador. a misericórdia é uma grande Misericórdia significa que o benção da parte de Deus. O coração de Deus está voltado samaritano da parábola conpara a nossa miséria. Só vive- tada por Jesus viu um homem mos por Sua graça e por Sua caído e, movido de íntima misericórdia. Os salmistas compaixão, o socorreu e tradeclaram a misericórdia de tou dele (Lucas 10.25-37). Deus como uma experiência Os misericordiosos têm a sensibilidade do Deus miseprofunda em suas vidas.

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ricordioso. Têm prazer em servir em nome de Jesus. Todas as suas atitudes e ações estão na direção de levantar o caído, passar o balsamo no ferido, encorajar o desencorajado, levar esperança aos desesperados, pregar o Evangelho aos perdidos, alimentar os famintos, visitar os presos e os doentes; vestir o nu; agasalhar o que está com frio, hospedar o maltrapilho e levar a dignidade do Evangelho de Cristo aos indignos. Muito felizes são os que agem com misericórdia. O seu prazer está em abençoar os carentes, ouvir os aflitos e levar amor aos rejeitados pela sociedade espartana. O Senhor quer a nossa misericórdia mais

do que o sacrifício. O apóstolo Tiago em sua epístola ensina que “A misericórdia triunfa sobre o juízo” (2.14). Foi assim que Jesus agiu com a mulher adúltera (João 8.1-11). Os misericordiosos sabem ouvir, falar e atuar no momento oportuno. Eles têm uma altíssima sensibilidade. O seu coração é prazeroso em repartir, em doar motivados pelo amor de Cristo. John Stott diz que “Ser manso é reconhecer diante dos outros que nós somos pecadores; ser misericordioso é ter compaixão pelos outros, pois eles também são pecadores”. O Senhor Jesus sempre agiu com misericórdia. Ele amou as prostitutas, os publicanos e os párias da sociedade. Curou

leprosos, cegos, aleijados; libertou os endemoninhados; ressuscitou mortos; perdoou a mulher adúltera flagrada em adultério. Ensinou aos Seus discípulos a agirem sempre com o coração misericordioso e compassivo. Ele andava por toda a parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus era com Ele (At 10.38). Ordenou aos Seus discípulos ontem e nos ordena hoje, a ajudarmos os outros nas suas múltiplas necessidades (Mateus 10.5-8). O Senhor é o nosso modelo de misericórdia. Ajamos fortemente como filhos do Deus misericordioso.

O amor é cego, surdo e mudo?! sua aparência. Quantas vezes Rogério Araújo (Rofa), jornalista, colaborador de OJB olhamos para um casal e falamos: “Não sei o que ele/ela m famoso adágio viu nele/nela!” Mas, existem popular diz que belezas que ultrapassam as “O amor é cego”. físicas. Se o amor for cego Este deve se re- e ignorar certas atitudes em ferir à condição em que a beneficio do relacionamento pessoa age emocionalmente pode até ser muito bom! pelo coração e parece deixar O amor é surdo e inaudível a razão de lado. Por isso, quando não ouve o que é farefere-se ao “amor cego”. lado pela anestesia do “estar O amor verdadeiro é capaz apaixonado” e leva a uma de deixar qualquer um de relação a dois sem profundicabeça para baixo, agindo dade. Tapar os ouvidos como como nunca agiu e desco- se não quisesse escutar não é nhecendo a si mesmo. Mas, a melhor solução e não ajuda nem por isso passa a ser cego em nada. Se o amor é surdo e como se nada enxergasse e faz com que palavras entrem vivesse no escuro da ignorân- e saiam para melhor viver, é cia, não pensando. uma grande virtude. O ditado pode ser, ainda, O amor é mudo e nada fala ampliado: “O amor é cego, quando apenas um pode exsurdo e mudo”. Agora com- pressar sua opinião como um plicou tudo! Onde estão os monólogo, que muito difere sentidos mais elementares de uma relação saudável. da pessoa no que se refere ao E como existem casais que amor? Será que a mudança é um fala demais e o outro fica tão profunda assim? muito quieto, o que acaba O amor é cego de modo um dia dando problemas. Se obscuro quando deixa de ver o amor é mudo e consegue tudo que o outro faz de erra- segurar certas palavras que do, por exemplo. Ou, como é muito melhor que não sedizem, também quando um jam ditas, será uma grande está com o outro ignorando dádiva.

U

O que mais importa é que o amor faça bem à vida. E quando duas pessoas se relacionam por intermédio do amor e não apenas de maneira carnal, físico, que ele

possa ser, sim, cego, surdo e mudo, desde que obtenha resultados com as atitudes. Porque, como disse Leornardo Da Vinci, e que confirma toda essa avaliação: “As

mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”. Feliz Dia dos namorados! E que todos os dias seja “Dia de Amar”!

CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA CNPJ 39.056.627/0001-08 Missão: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas batistas no cumprimento de sua missão como comunidade local”

AVISO IMPORTANTE Prezados irmãos Mensageiros Informamos que os mensageiros da Assembleia Extraordinária da Convenção Batista Brasileira a realizar-se no dia 09 de julho de 2016, no templo da Igreja Batista de Maripe – Vitoria – ES, devem apresentar carta de recomendação de suas Igrejas como definido no Regimento interno da Convenção nos seguintes termos: Art. 6º – A Assembleia Geral, poder supremo da Convenção, é constituída dos mensageiros credenciados pelas Igrejas filiadas, mediante o preenchimento de formulário próprio fornecido pelo Conselho Geral. § 2º – O mensageiro só poderá ser credenciado pela Igreja da qual é membro, se maior de 16 (dezesseis) anos, obedecidas as disposições preconizadas pelo Código Civil Brasileiro. § 3º – Cada Igreja filiada poderá enviar 5 (cinco) mensageiros por sua condição de ser Igreja e 1 (um) correspondente a cada grupo de 50 (cinquenta) membros ou fração. Não haverá taxa de inscrição. Os mensageiros deverão se inscrever no local apresentado, com a carta de recomendação devidamente assinada pelo presidente da Igreja. Rio de Janeiro, 06 de junho de 2016 A Diretoria


o jornal batista – domingo, 12/06/16

ponto de vista

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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

Estudos sobre a Igreja – (6)

Discipulado – A estratégia de ação e vida da Igreja! (Parte I)

M

uitas são as alternativas de atividade utilizadas no desenvolvimento do trabalho da Igreja: Cultos nos lares, Escola Bíblica Dominical, cultos ao ar livre, cruzadas evangelísticas, operação do tipo “Traga o seu vizinho, colega de escola ou do trabalho”, etc., e podem ser até eficazes. Outras levam o crente a alterar o seu papel de testemunha para ser como que um “conviteiro” de amigos a assistirem ao pregador “especialista” em plano de salvação. Na linha do tempo fomos construindo Igrejas orientadas por estruturas, eventos e programas, que acabam se tornando fim em si mesmas. “ser Igreja” foi sendo substituído por “ir à igreja”, que, em muitos casos, se tornou “ponto de encontro” de final de semana com muita agitação, mas que nem sempre representa real celebração aos pés do Mestre. Muito movimento, mas nem sempre deslocamento em

influência diante deste mundo caótico em que vivemos. Não há dúvida de que temos realizado boa mobilização missionária e evangelística, e isso é altamente positivo, mas é necessário muito mais do que isso. Que influência efetiva temos concretizado no mundo? Temos cumprido a missão profética como luz e sal? Onde estão os “modelos de Igreja” tão em voga entre meados da década de 90 e a década passada? Quantas Igrejas foram divididas por conta da tentativa da implantação daquelas estratégicas? Quantos pastores e líderes acabaram sentindo-se desanimados por causa daquelas tentativas infrutíferas, em diversos casos? Sempre imaginei que, para alguns líderes, os modelos de Igreja pareciam mais “tábuas de salvação” para mobilizar uma Igreja acomodada e fazê-la “decolar”. Mas, afinal, o Novo Testamento fala sobre alguma estratégia específica que a

Igreja deva adotar? Como já demonstramos em artigos anteriores desta Coluna, esta estratégia é o discipulado. Infelizmente, tem se tornado comum no meio evangélico a introdução do discipulado como mais uma opção para o trabalho da Igreja. Há quem pense que sejam encontros para estudos bíblicos e/ou oração, ou mesmo encontros para testemunhos de fortalecimento mútuo e amadurecimento de crentes. Afinal, o que é discipulado, qual a sua importância do discipulado? O que é discipulado? Em primeiro lugar, o discipulado não é mais uma opção de trabalho na Igreja. É a estratégia que Jesus ordenou que adotemos. Podemos aprender isso em Mateus 28.19, o texto magno da Grande Comissão, cuja tradução em nossas Bíblias precisa ser explicada, pois nem sempre o tradutor tem condições de transpor para o

nosso idioma toda profundidade do texto grego original do Novo Testamento. Lamentavelmente, a Grande Comissão, por muito tempo, ficou centralizada na equivocada interpretação de que o imperativo estava no verbo ir, que no original não é imperativo, de modo que ficou centralizada na ênfase missionária e evangelística. Assim, quem não se sentia “vocacionado” a ir, pelo menos deveria contribuir e, assim, o tema ficava resolvido. Uma tentativa de tradução poderia ser assim: Tendo ido (Particípio aoristo no grego e não imperativo), façam discípulos (Imperativo no grego) de todos os povos. Assim, o imperativo não está no verbo ir, mas em fazer discípulos. Isso significa dizer que, como cristãos, ao vivermos no cotidiano, sendo modelos de vida como novas criaturas (II Coríntios 5.15-17), temos o desafio de testemunharmos do Evangelho em nosso ambiente (Atos 1.8), levando

pessoas a Cristo e delas fazermos discípulos. A Grande Comissão é exatamente isso - fazer discípulos -, pois o ir já representa a vida que estamos vivendo. O interessante é que para participarmos em estruturas, programas, eventos, etc., não nos é requerido necessariamente que sejamos modelo de vida, basta ir e fazer o trabalho, cumprir calendário, envolver pessoas, etc. Para discipular é fundamental ser exemplo de vida, ter maturidade emocional, espiritual, saber lidar com as dificuldades da vida, ter equilíbrio no falar, no relacionamento. Então, parece-me que substituímos a transformação de vidas, pela ação pelo ativismo de final de semana. Desta forma, podemos perceber que discipulado não envolve apenas a evangelização e a ministração do ensino aos crentes após a sua conversão, envolve também a transformação de vidas que serão transformadoras de outras vidas.



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