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É preciso migrar
Rubin Slobodticov pastor, colaborador de OJB
Dia 19 é marcado como o Dia do Migrante; dia 18, o Dia da Imigração Japonesa; dia 20, o Dia Mundial dos Refugiados e o dia 25 como o Dia dos Imigrantes. Então, em uma só palavra: migrar foi preciso. Emigração e imigração sempre foram movimentos sociais importantes, porque com a entrada e saída de pessoas de seus países, sua gente vai à busca de melhores condições de vida.
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É preciso lembrar que migrações até animais e aves a fazem em razão de mudanças cíclicas ambientais e de sobrevivência.
O mundo sempre conheceu movimentos migratórios. Algumas das causas são por razões atmosféricas, sociais e econômicas entre outras. Assim, qualquer movimentação pode ser entendida como tipos de migração. Um desses é identificado como migração pendular, isto é, é a que ocorre diariamente como o vai-e-vem do ir e vir da escola, ao supermercado, ao trabalho etc. Outro tipo é a sazonal, isto é, a que acontece nalgumas épocas do ano como nas épocas das colheitas na agricultura ou nas estações quando pessoas migram para seus passeios e regressam para o local de origem.
Entretanto, já ocorreram migrações de refúgio, isto é, as feitas por multidões fugindo de guerras e catástrofes e comumente podem ser identificados até como “refugiados” ocorridas por fenômenos os mais variados como guerras políticas, crises econômicas dentre outras.
Diferentemente, mas tipificados como movimentos migratórios, são o êxodo urbano, intraurbano, inter-regional e nomadismo. Nestes movimentos ocorrem migrações urbanas para o campo; entre cidades especialmente em regiões metropolitanas; entre moradores de estados diferentes características entre regiões; as migrações contínuas de um local para o outro comuns e reconhecidos como “povos nômades”; como, de resto as migrações sazonais como as que ocorrem por ocasião de plantios típicos em determinadas regiões com o afluxo de pessoas de uma região para outra.
As Escrituras Sagradas dão con- ta das migrações identificadas como diásporas como as que ocorreram com os antigos hebreus quando saíram do antigo Egito, tempo em que migraram de um lugar para outro, percorrendo várias regiões. Esta, bem poderia ser equiparada como migração por motivos políticos e não por motivo econômico motivado pela seca que dominou a terra primitiva fazendo-os saírem de sua terra e irem ao Egito, e, depois retornarem, cessadas as razões da migração. Plenamente justificável a migração por motivo de trabalho causado pelas crises econômicas e financeiras.
Não raro, os céus se movem para promover migrações com objetivos mais nobres, como o de fazer o povo entender a soberania divina sobre tudo e todos como quando os céus, a terra e os mares balançam fazendo povos inteiros a migrarem por reconhecer o poder soberano do Criador como tem ocorrido nos terremotos, nas enchentes e tsunamis.
É preciso migrar como fizeram os japoneses, os refugiados das pequenas e grandes guerras mesmo independente das ideologias, e como continuam a fazer os imigrantes por motivos nobres e os migrantes dentro do próprio país |à busca de melhores condições de vida.
A Palavra dá conta de um movimento migratório espetacular que causou espécie para a família patriarcal de Terá, quando um de seus filhos, o Abrão, recebe um comunicado sui gêneris da Divindade Suprema de sua vida que lhe assoprou na alma o desejo de deixar a casa de seus pais e migrar para uma terra que ainda desconhecia, e, assim o fez.
É preciso migrar quando Deus fala ao coração, isto é, sair de um tipo ou estilo de vida e viajar para outro estilo de existência. Abrão entendeu o recado, como a voz divina lhe falou ao coração: “o SENHOR disse a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção” (Gn 12.1-2). Então, que tal migrar para ir ao encontro de Jesus, o Salvador e reconhecer um novo estilo de vida e uma nova sociedade? n