OJB Edição 25 - Ano 2018

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 24/06/18

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXVII Edição 25 Domingo, 24.06.2018 R$ 3,20

Fundado em 1901

Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Igreja Batista no interior do Rio de Janeiro alcança a marca de 24 adoções missionárias

União Masculina de Feira de Santana - BA revitaliza pintura de Igreja Batista

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Missões Mundiais

JBB

Campanha estimula oração por países participantes da Copa do Mundo

Juventude Batista em São Paulo adota missionários pela primeira vez na história

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida

UFMBB - Há 110 anos formando discípulos para a expansão do Reino de Deus

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esde o início, as mulheres Batistas do Brasil tinham preocupação com a oração e o estudo da Bíblia, e é o registro da nossa história que nos prova isso. Tudo começou em 1893, quando um grupo de mulheres lideradas pela missionária americana Emma Morton Guinsburg (esposa de Salomão Guinsburg) se reuniu para orar e realizar estudo de missões na Bíblia, no templo da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ. Outras mulheres tomaram conhecimento do sucesso das “senhoras”, como eram chamadas, e em pouco tempo outras sociedades foram organizadas. A história registra ainda mais um raio de luz em 1902, quando iniciou-se um relevante trabalho com crianças, no dia 02 de agosto, na Igreja Batista do Engenho de Dentro, também no Rio de Janeiro. Em 1907, em uma das reuniões da primeira Assembleia da Convenção Batista Brasileira, Emma Guinsburg apresentou o

projeto para a criação de uma organização que reunisse todas as sociedades de senhoras em uma organização nacional. Assim, em 23 de junho de 1908, organizou-se a União Missionária das Senhoras Batistas do Brasil, que em 1963 passou a ter o nome atual - União Feminina Missionária Batista do Brasil. Deus continuou colocando sonhos no coração das mulheres Batistas, que resultaram na criação de duas casas para a formação de vocacionados para a Igreja local e o campo missionário: o Centro Integrado de Educação e Missões - CIEM (RJ), e o Seminário de Educação Cristã - SEC (PE). Essas duas casas de ensino são sustentadas pelas mulheres Batistas do Brasil. Desde o tempo da Sociedade de Senhoras, hoje Mulher Cristã em Missão, muitas mudanças ocorreram. Somos gratas às mulheres pioneiras que ouviram a voz de Deus e persistiram investindo na formação de discípulos - crianças, meninas, jovens e mulheres, com o objetivo de

expandir o Reino de Deus. Ao longo dos 110 anos que se passaram, a missão continuou. Novas lideranças surgiram e têm se empenhado para enfrentar os grandes desafios deste tempo, com o objetivo de continuar expandindo o Reino de Deus, investindo em uma proposta educacional que atende a mulher, a jovem, a menina ou a criança em suas necessidades físicas, espirituais e emocionais. Por meio da sua literatura, a UFMBB tem promovido o ensino de missões, despertando vocacionados e formando discípulos de modo sistemático, com continuidade, e assim ajudamos as mulheres a cumprirem a missão que receberam do próprio Deus. Deus tem abençoado o trabalho da UFMBB. Apesar dos desafios que temos enfrentado, nosso Deus permanece fiel e, como o salmista pediu, nós também pedimos: “Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas

mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos” (Sl 90.17). Daqui para frente, para continuar cumprindo sua missão, a UFMBB deseja alcançar todas as mulheres Batistas das nossas Igrejas. Por isso, nosso apelo a todas é que, assim como Maria, que escolheu a boa parte de estar aos pés do Mestre, desenvolvendo um relacionamento de aprendizado e adoração, possam também priorizar o relacionamento íntimo com Jesus. Nossas ações devem ser resultado desse relacionamento com o autor e consumador da nossa fé. Você que é mulher cristã, jovem, mãe, plena ou singular, saiba que você é separada para ser bênção na vida de outras mulheres. Meninas e crianças, a missão é para todos, vocês também devem ser um canal de bênçãos. Vamos, juntos, continuar a história até que Ele venha! Marli de Fátima Pereira da Silva Gonzalez, Diretora Executiva da UFMBB


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

É

assim que o apóstolo João registra a reação dos discípulos ao verem Jesus conversarcom a samaritana. Além de mulher, não tinha um passado recomendável. A sociedade do tempo de Jesus e Paulo era machista ao extremo. Há apenas uma pequena diferença entre o tempo de Jesus e o nosso. Na época de Jesus e Paulo, a mulher era condenada ao silêncio. No tempo do profeta Oséias era vendida ou trocada no mercado por qualquer mercadoria. A nossa sociedade não evoluiu; os machistas continuam vendo a mulher como objeto de troca e prazer. Sentem-se no direito de escravizá-las,

Falando com uma mulher estuprá-las e menosprezá-las no mercado de trabalho, com salário inferior ao dos homens. Triste é saber que até pastores olham as mulheres cristãs como inferiores. Tolhem suas atuações nas Igrejas, crendo que estão sendo bíblicos. Ledo engano! Jesus não procedeu assim. O Mestre redimiu a mulher exaltando-lhe a fé. Defendeu e salvou a mulher apanhada em adultério, livrando-a do apedrejamento injusto. Parou à beira do poço de Sicar para dialogar com uma mulher estrangeira. Aceitou ser ungido por uma mulher em lágrimas. Permitiu que ela enxugasse seus pés com seus cabelos e profetizou que aquele ato de

amor jamais seria esquecido. Aceitou o sustento que mulheres ricas entregavam para manutenção do seu ministério itinerante. Chamou a atenção dos discípulos para a oferta de uma pobre viúva. Entre os muitos adoradores, Jesus destacou o verdadeiro culto na expressão dessa viúva, sem nome. Foi acompanhado até o calvário por mulheres que choravam o seu sacrifício. Mostrou admiração pela fé revelada por uma mulher siro fenícia, que se contentou apenas com as migalhas do Seu ministério. Sim, Jesus não só redimiu a mulher, como a colocou no mesmo pedestal de igualdade com o homem. Ao comemorar o Dia de Educação

Cristã Missionária, rendemos nossa homenagem e admiração às mulheres que integram nossas Igrejas. Algumas advêm de lares divididos quanto à fé. Enfrentam as objeções de esposos que tudo fazem para tolher-lhes os passos no servir a Cristo. Zelam pelos filhos fazendo o papel de pais ao conduzi-los a Cristo. Há aquelas que são fiéis em dizimar, economizando nas feiras e supermercados, para que não falte o sustento na casa do Senhor. Servem com alegria em todo o ministério desenvolvido pela Igreja. Outras usam o púlpito com maestrias ao apresentar mensagens bem elaboradas, estudadas, excelentes bases

doutrinárias e inspiradas. Elas são maioria nas Igrejas. Sempre atuantes e dinâmicas promovem o Reino de Deus com redobrada alegria. São recompensadas com as bênçãos daquele que um dia parou à beira do poço de Sicar para falar com uma mulher. Nos lares, nas escolas, nos campos de Missões, em diferentes áreas profissionais, a mulher não é uma competidora. Ela sabe que não precisa competir, apenas servir com alegria. Como a samaritana foi capaz de deixar o cântaro junto à fonte para ir a sua cidade e anunciar: Vinde, vede um homem que mudou a minha vida. Este homem é Jesus, nascido de mulher.

Encontro de Jesus com a mulher que ungiu os Seus pés Marinaldo Lima, pastor, colaborador de OJB

Então, qual deles mais amará aquele credor?”

Embora os fariseus perseguissem a Jesus, Alguns deles tinham-lhe alguma admiração. Certa vez, um deles fez um convite ao Mestre, Para ir à sua casa na hora da refeição.

Simão respondeu: “Aquele a quem mais perdoou” Jesus disse a ele: “Tu julgaste muito bem. Vês esta mulher? Entrei aqui, não me lavaste os pés, Mas ela está ofertando tudo aquilo que tem.

Muito educadamente Cristo atendeu ao convite; Entrou na casa dele e à mesa assentou-se. Uma mulher da cidade soube que ali Ele estava E com um vaso de alabastro com unguento aproximou-se.

Regou-me os pés com lágrimas, com os cabelos enxugou-os. Não me deste ósculo, mas ela desde que aqui chegou Está beijando meus pés com bastante reverência; Não me ungiste a cabeça, esta atitude eu não vi.

Chegando, regou os pés de Jesus com as suas lágrimas, Enxugando-os com os cabelos e ungindo-os com o unguento. Reverentemente a mulher beijou os pés do Senhor; Cansada dos seus pecados, só nEle encontrou alento.

Porém, ela trouxe unguento neste vaso de alabastro E ungiu os meus pés, com adoração e fervor. Por isto eu afirmo que os seus muitos pecados Agora são perdoados, por que mostrou muito amor. Aquele a quem pouco é perdoado, pouco ama.” Falou Jesus a Simão para ele refletir E ver que, tanto quanto aquela mulher em sua casa, Ele precisava amar a Deus e muito perdão pedir.

Escandalizado, o fariseu falou para si: “Se este fosse profeta saberia que esta mulher Que entrou em minha casa, é uma grande pecadora E se permitiu tudo isto, não sabe quem ela é” Jesus ouviu aquilo e disse ao fariseu: “Uma coisa tenho a dizer-te, meu caro Simão.” O outro respondeu: “Mestre fales, eu escuto.” E assim ouviu de Cristo um bom e curto sermão: “Dois homens tinham dívidas com um certo cidadão. Quinhentas moedas era a dívida do primeiro devedor. O outro devia só cinquenta e ambos foram perdoados,

Depois Jesus dirigiu-se à mulher e disse: “Os teus pecados agora foram todos perdoados.” Os outros convidados, ouvindo aquilo, perguntaram: “Quem é este aí, que até perdoa os pecados?” Contudo, o Mestre com toda a Sua autoridade, Sendo o próprio Deus, benignamente falou Para a mulher, ousada em fé e temente: “Vai-te em paz, pois a tua fé te salvou.”


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Contribuir sem medo

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Se amamos, somos de Deus oão, na sua Primeira Carta, “define” Deus como amor. Logo, nossa natureza, por ser humana e limitada, precisa da intervenção divina para vivenciar o amor, conforme explicitado na Bíblia. “Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (I Jo 4.7). A literatura humana, quando se refere ao amor, usa uma abordagem própria de sentimento, romantismo e intensa relação física. O termo “amor” somente recebe uma descrição mais nobre e altruísta quando se refere à postura dadivosa do “amor materno”.

Mesmo assim, essa atitude de amor se circunscreve aos relacionamentos com os filhos próprios e, não necessariamente, aos filhos pertencentes a outras mães e famílias. No texto bíblico, a definição de amor pertence à descrição do próprio Deus: “Deus é amor” (I Jo 4.16). Ser fiel a Deus, consequentemente, não deve significar uma coerência meramente racional com uma definição teológica. No testemunho de João, “Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele” (I Jo 4.16). “Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro” (I Jo 4.19). Ser cristão é viver o amor que o Senhor nos revelou, dando-nos Jesus Cristo. Eis o ministério para o qual fomos chamados; viver, neste mundo, o amor com que Cristo nos ama.

de que tinham um papel muito importante a representar no âmbito da evangelização. Antes eram apenas espectadores no templo, porém, quando começaram a dar o dízimo e ofertar para Obra de Deus, tomaram consciência da responsabilidade que tinham quanto ao testemunho, quanto à necessidade de levar pessoas a Cristo, ajudando-as e instruindo-as na Palavra. Foram, de fato, tocadas por grande emoção. “Antes da minha viagem à Singapura, em 1974, éramos 134 membros. Depois de cinco anos, a Igreja passou a 300 membros, sem contar as outras Igrejas que surgiram, como já mencionado, e cerca de 200 simpatizantes. O pastor Mulando e sua

Igreja haviam experimentado a verdade de um importante princípio de liderança: ‘Dai, e ser-vos-á dado; medida boa, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também’” (Lc 6.38). Este é o princípio da inversão.” Você crê nisso? Crê que Deus não regateia as Suas bênçãos àqueles que lhe são fieis? É capaz de afirmar como Jacó: “De tudo o que me deres certamente te darei o dízimo”? Se crê, mãos para cima e mãos à obra! Esta é a hora da mudança; a hora de contribuir sem medo. Lamentamos que não temos, mas, na verdade, não temos porque não damos.

“Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” (I Jo 4.7)

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Edgar Silva Santos, pastor, colaborador de OJB

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uitas Igrejas realizam suas campanhas com o escopo de motivar os crentes a exercerem a mordomia. Vivenciamos, em particular no meio Batista, uma realidade angustiante quanto a este tema. Uma Igreja que não pratica a mordomia é sempre uma Igreja em crise, independentemente do tamanho de sua membresia. Acompanhe essa história narrada por John Haggai. Não é uma história recente, mas insere-se no contexto da realidade atual e nos desafia ao enfrentamento de um problema crônico. “A pequena Igreja Batista de Zambia era pobre. Os membros estimavam muito seu pastor, Godfrey Mulando, porém, não podiam pagar seu salário. Este amor era mútuo e o pastor se dedicava por inteiro a guiar sua Congregação, em seu caminhar diário com Deus. Ele tinha sido advertido que não falasse em dinheiro, para não espantar e, até mesmo, afastar as pessoas. Quando Mulando foi à Singapura para um Treinamento de Liderança, focado na evangelização, sentiu-se profundamente comovido

pelo o que ouviu sobre os mandamentos e promessas de Deus acerca de dinheiro e bens. Convenceu-se de que sua Igreja devia inteirar-se da verdade. Ao regressar à Zambia, começou a ensinar às pessoas de sua Igreja, dizendo-lhes que a mordomia é parte do Evangelho e nenhuma pessoa pode, na verdade, ter um conhecimento completo de Deus, a não ser que conheça e pratique o conceito de mordomia. A adoração não estará completa, a menos que demos algo. Quando os sábios foram adorar ao bebê Jesus, levaram-lhe presentes preciosos. Os membros de sua Congregação eram pessoas dedicadas e não se assustaram pelo fato de que Deus houvesse dado um mandamento, por meio do qual era preciso dar. Ficaram realmente impressionados por só ouvirem isso agora e, ademais, sentiram-se envergonhados por sua própria desobediência. Perguntaram ao seu pastor porque ele não lhes havia ensinado estas coisas antes. O pastor viu-se obrigado a admitir que ele mesmo as desconhecia. Pela primeira vez em sua vida, os membros da Igreja Batista de Masala, em Ndola, Zambia, começaram a

dar o dízimo e a fazê-lo com verdadeira alegria. Além de cobrir as despesas da Igreja, aceitaram a responsabilidade de pagar o salário do pastor e o aluguel de sua casa. Compraram ainda para ele uma motocicleta, a fim de facilitar-lhe as visitas e a obra da evangelização, e escreveram para a Sociedade Missionária, dizendo que não enviassem dinheiro mais, somente suas orações e seu amor. Descobriram que Deus lhes devolvia mais do que davam, pois não somente receberam bênçãos em suas vidas pessoais, mas a Igreja toda foi abençoada. Esta cresceu e, ao perceberem os membros que Deus honrava Suas promessas, eles mesmos começaram a compartilhar seu contentamento e também a compartilhar Jesus Cristo com seus amigos, vizinhos e familiares. Começaram a trazer outras pessoas às reuniões da Igreja, de modo que a obra cresceu tanto que tiveram de derrubar as paredes e ampliar o edifício. Fundou-se outra Igreja, filha da primeira, em um lugar onde faltava o testemunho do Evangelho. Logo surgiu outra e mais outra, até chegar-se a um total de cinco Igrejas, onde, a princípio, só havia uma, a duras penas”. Quando minha gente começou a ofertar, deram-se conta


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A Grande Comissão Silvio Alexandre de Paula, colaborador de OJB “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28.19-20)

E

ste texto, conhecido como a Grande Comissão, é a ordem que Jesus deu aos Seus discípulos quando ressuscitou.

O nome “Grande Comissão” não aparece na Bíblia, mas não é errado. Comissão quer dizer um comitê ou um grupo de pessoas que se unem para fazer algo em comum e/ou cumprir uma ordem dada por alguém. Deus deu a Jesus a autoridade no céu e na terra e, com base nessa autoridade, Ele ordenou que os Seus discípulos fizessem mais discípulos e pregassem as Boas Novas a todos. E essa ordem continua. Jesus ainda ordena que evangelizemos outros e façamos deles novos discípulos de Cristo e embaixadores do Reino. Jesus morreu pelos pecados

dos homens de todas as nações. Portanto, devemos ir e conquistar novos discípulos, seja em nossa vizinhança (casa e Igreja), seja em nossa família ou em outro lugar dentro de nosso país ou fora dele. O fato é que as nações precisam ser alcançadas com a mensagem da salvação. Evangelizar não é uma opção, mas uma obrigação de todos que servem ao Senhor Jesus. Todos recebemos dons necessários para ajudar a realizar essa grande obra e fazer parte desta Grande Comissão. Em Mateus 24.14, Jesus afirmou que: “E este Evangelho do

Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”. Precisamos fazer nossa parte, pois a volta de Cristo está próxima e a responsabilidade neste tempo é nossa. Jesus falou sobre o fim dos tempos e o juízo final, para mostrar a Seus seguidores a urgência de pregar a mensagem da salvação a todos os povos. Necessário lembrar também o que disse Jesus em Mateus 9.37-38: “Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas pouco são os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros

para a sua seara.” Jesus olhou para todos os que o seguiam e comparou-os a um campo pronto para a colheita. Muitos estão prontos para entregar a sua vida a Cristo, mas é preciso que alguém lhes mostre como fazê-lo. Portanto, precisamos estar preparados para que Deus use-nos para mostrar a outras pessoas o caminho que a Ele conduz: Jesus Cristo. “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” At 1.8

“Preservando os relacionamentos através da Igreja” Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB “Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.” (At 1.14)

A

pós um período intenso vivido pela Igreja, com a traição de Judas e a morte traumática de Jesus, todos os crentes continuavam reunidos. Maria acompanhou o cortejo da crucificação de perto e esteve ao pé da cruz até o fim. Acompanhou o espanto e a alegria da ressurrei-

ção de Jesus e agora estavam todos unidos para oração aguardando os acontecimentos anunciados por Jesus. A Igreja estava no processo de formação naquele tempo, mas aprendemos exemplos preciosos com Maria sobre relacionamentos após um período difícil da Igreja. Maria dá exemplo do amor e pertencimento enquanto se reunia para orar com a Igreja. A Igreja é o corpo de Cristo (Efésios 1.23). Paulo diz que o “corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo” (I Co 12.12). A figura

usada por Paulo deixa bem claro a ideia de que somos membros que pertencem uns aos outros formando o corpo. O que dá sentido a este pertencimento é o amor de Deus em cada coração. Durante o tempo que acompanhou o ministério de Jesus, Maria construiu uma compreensão diferenciada do Evangelho. Desde o início, ela meditava nas palavras vindas de Deus, acompanhando os fatos que aconteciam na vida de Jesus (Lucas 2.19). Ela estava junto com todos em oração obedecendo a palavra de Jesus após a Sua ressurreição (Lucas 24.49). Jesus mesmo já havia

dito: “Vocês serão meus amigos se fizerem o que eu vos ordeno” (João 15.14). Obedecer a Sua palavra é obedecer ao próprio Jesus, o Verbo eterno. Maria e os outros crentes estavam unidos em obediência à palavra de Jesus. Maria mostrou que era dirigida pelo poder de Deus. O poder que receberiam para serem testemunhas “até os confins da terra” (Atos 1.8). O poder que Deus usou para ressuscitar Jesus, exaltá-lo e unir a sua Igreja (Efésios 1.20,22,23). Um poder capaz de unir pessoas diferentes em torno do mesmo propósito: obedecer a Jesus. Não impor-

tava o quão difícil foi os dias que antecederam este momento. O importante e mais glorioso era obedecer e, por isso, estavam unidos. Em alguns momentos na vida, o crente precisará destes “elementos Igreja” para manter a estabilidade dos relacionamentos na Congregação. Somente no corpo de Cristo podemos nos pertencer por compreender a Palavra de Jesus e ser dirigido pelo Seu poder. Através do exemplo deixado por Maria saiba que é possível preservar os relacionamentos na Igreja e experimentar o poder de Deus em sua vida.


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Liderança: sem submetê-la a Cristo, será sempre uma atividade de oposição a Deus e Seu Reino! Genevaldo Bertune, pastor, colaborador de OJB “Então, voltando-se Jesus para os chefes dos sacerdotes, os oficiais da guarda do templo e os líderes do povo que haviam chegado para prendê-lo, inquiriu-lhes: ‘Viestes contra mim com espadas e varas, como se Eu estivesse liderando uma rebelião?’” (Lc 22.52).

É

até extraordinariamente interessante notar que todos que se dirigiram a Cristo para prendê-lo, com o fim de matá-lo, eram representantes máximos da religião judaica: “chefes dos

sacerdotes, oficiais da guarda do templo e os líderes do povo”; e, depois, será a vez do sumo sacerdote se juntar a eles. É importante ressaltar que estes líderes foram chamados para fazer a obra de Deus, mas estão exatamente lutando contra Deus e Sua obra. No decorrer da história do judaísmo e do cristianismo, todas as vezes que um movimento de renovação espiritual, um avivamento, um retorno aos princípios do coração de Deus surgiram, foram “líderes institucionais”, representantes da “religião oficial”; mas que perderam a conexão com o coração de

Deus, com Seu projeto original, que se levantaram para massacrar e se opor tanto a Ele como a Seus fiéis. Temos exemplos em abundância no Antigo Testamento, com seus reis e falsos profetas, como nos avivamentos provocados pela fidelidade de Ezequias, onde os próprios sacerdotes não estavam preparados; Elias e sua luta contra Acabe, Jezabel e seus profetas; as lutas enfrentadas por Isaías; mui especialmente por Jeremias em seu tempo contra a religião oficial para comunicar a verdadeira vontade do Senhor, dentre tantos outros.

Na era da Igreja de Cristo não foi diferente; basta conhecer Sua história, desde Seu nascimento. No Concílio de Jerusalém já temos uma primeira amostra de como as coisas seriam; esta “liderança de oposição” voltou a se manifestar todas as vezes que os seguidores de Cristo quiseram optar pela pureza e simplicidade da Palavra de Deus, como em tantas ocasiões; mas, especialmente, na implantação do cristianismo e na Igreja cristã primitiva, bem como nos séculos seguintes, mas, especialmente, no período que antecedeu a implantação da Reforma e em seus desdo-

bramentos posteriores, com seus inúmeros mártires assassinados “pela Igreja oficial”. Líder, sem uma rendição completa e incondicional a Deus; sem estar em uma absoluta harmonia com seu coração; sem intimidade a ponto de perceber suas diferentes formas de agir no decorrer dos séculos; sem a sensibilidade para que seu coração pulse em harmonia com o coração de Deus até que Cristo volte, de acordo com o contexto e momento do seu grande projeto de redenção da humanidade, você correrá o risco de se encontrar lutando contra Deus.

O que forma um líder?

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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m Atos 6 estava acontecendo uma murmuração entre as viúvas dos helenistas contra as viúvas dos hebreus. As refeições diárias não estavam sendo bem distribuídas. Diante deste fato, os doze apóstolos convocaram uma assembleia e disseram: “Não é razoável que nós abandonemos a Palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios

do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.” (At 6.2-3) Temos três características importantes para exercer a liderança: boa reputação (não ser acusado de nada), homem íntegro, honesto, respeitado por todos. A outra qualificação era que deveria ser cheio do Espírito Santo, homem que vivia na presença de Deus, falava e ouvia a voz de Deus. E, por fim, cheio de sabedoria, saber discernir entre o certo e o errado. O vice-presidente de Expansão do Instituto Haggai Internacio-

4ª - Capacidade - O líder nal, P.K.D. Lee, escreveu sete características a respeito de um tem um conhecimento adquilíder, que menciono a seguir: rido que lhe dá confiança e determinação. Por ser instruído, 1ª - Atitude - O líder é uma as pessoas desejam segui-lo. pessoa cuja atitude, diante das circunstâncias, vida e pessoas, 5ª - Compromisso - O líder é diferente das outras. é aquele que deseja utilizar seu tempo e recursos dispo2ª - Convicção - O líder é níveis para a causa na qual uma pessoa que acredita no acredita. que faz. Essa convicção leva à coragem, determinação e 6ª - Caráter - O líder é digresultados. no de confiança. As pessoas aprendem a confiar nele por3ª - Chamado - O líder tem que ele vive o que fala. Em I um chamado que direciona Samuel 3.19 está escrito que suas funções. “O Senhor era com ele, e

nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra.” 7ª - Carisma - O líder é capaz de motivar e de se relacionar bem com as pessoas. Todos gostam de trabalhar com ele. Concordo com P.K.D. Lee nestas sete características. O líder é formado por sua atitude, convicção, chamado, capacidade, compromisso, caráter e carisma. Se você é um líder em potencial, coloque-se à disposição para exercer a liderança.


missões nacionais

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PIB do IPS investe na plantação de Igrejas e completa 24 parcerias com Missões Nacionais

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m Lucas, capítulo dez, versículo dois, Jesus fala “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos”, e completa dizendo “Rogai, pois, ao Senhor da plantação que mande obreiros para fazerem a colheita” (Lc 10.2). É isso que Missões Nacionais tem feito e, por isso, o trabalho missionário no Brasil tem avançado, devido à parceria de Igrejas que desejam fazer parte desta colheita. E entre essas Igrejas missionárias em nosso país, está a Primeira Igreja Batista do IPS, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Sob liderança do pastor Pedro Salvador, a Igreja, que tem 53 anos de organização, hoje é parceira de 24 projetos de plantação de Igrejas pelo país. São dez em Rio Verde, no estado de Goiás; dez entre as convenções Batistas do Piauí e Maranhão; duas no Ceará e mais duas em Minas Gerais. As duas últimas, uma em Juazeiro do Norte e outra em Minas Gerais, foram acertadas no início do mês de junho, em visita do missionário de Alianças Estratégicas, pastor Exequias Cerqueira, e do missionário Nunes, que planta Igrejas por Missões Nacionais no estado mineiro.

Missionários de Missões Nacionais junto ao pastor Pedro Salvador

“Eu sempre senti a vocação missionária, mas como não consegui ir para o campo, logo descobri que através da Igreja eu poderia realizar a obra que o Senhor nos deixou”, conta o pastor Pedro, que pastoreia a Igreja há 25 anos. Ele usa uma metáfora e diz que a Igreja serve como um porta-aviões na guerra, mas, em vez de servir de base para as aeronaves, serve de apoio para as organizações missionárias. Enviando, as-

Pastor Exequias Cerqueira com missionário Nunes em última visita à Igreja

sim, ofertas, orações e missionários para o campo. Tudo isso começou em 2006, quando a Igreja determinou um alvo de implantar 60 Igrejas nos próximos anos. Então, mesmo já sendo parceira de Missões Estaduais, Nacionais e Mundiais, resolveu investir na multiplicação de Igrejas pelo país. Com isso, além das 24 parcerias com a JMN, a PIB do IPS também implantou 13 novas Igrejas em sua cidade, que sem contar

com as Congregações ainda em fase de organização totalizam 37 Igrejas, faltando agora apenas 23 unidades para alcançar a meta. “Sabemos que é um grande desafio, mas acreditamos que a prioridade da Igreja de Cristo é a prioridade do Cristo da Igreja. E a prioridade de Jesus é ide, pregai o Evangelho, evangelizai e fazei discípulos”, diz o pastor que já planeja um novo alvo e completa dizendo, “Essa é só uma pequena

parte, mas oramos para que através de nós outras Igrejas se mobilizem em prol desta multiplicação de discípulos e assim os céus sejam cada vez mais povoados”. Faça como a Primeira Igreja Batista do IPS, seja parceiro de nossos projetos e se torne parte do mover de Deus em todo o Brasil. Acesse o link e multiplique discípulos conosco: https://www.atos6.com/ missoesnacionais/projetos/ junta-de-missoes-nacionais.


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notĂ­cias do brasil batista


notícias do brasil batista

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23 DE JUNHO | DIA DE EDUCAÇÃO CRISTÃ MISSIONÁRIA 23 23 DE DE JUNHO JUNHO || DIA DIA DE DE EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ CRISTÃ MISSIONÁ MISSIONÁRIA RIA 23 DE JUNHO | DIA DE EDUCAÇÃO CRISTÃ MISSIONÁRIA

Invista Invista no no preparo preparo Invista no de vidas para viver de vidas parapreparo viver ee de vidas para de viverDeus e anunciar oo reino anunciar reino de Deus anunciar o reino de Deus ALVO: ALVO: ALVO: ALVO:

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notícias do brasil batista

Batistas do Litoral Paranaense promovem festa social em Antonina - PR

Programação teve música, dança e campeonato de futebol Festa aconteceu no feriado do Dia do Trabalhador de areia

Claudynei Pires, pastor, coordenador dos Batistas do Litoral Paranaense

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omo Igreja do Senhor Jesus, temos a responsabilidade social para com o ser humano de forma inte-

gral. Cumprir o IDE de Jesus não é somente se importar com o indivíduo, mas envolver-se de forma voluntária na reconstrução da dignidade humana. Pensando nisso, os Batistas do Litoral Paranaense realizaram, no dia 01 de

maio de 2018, a 19ª Festa Social em Antonina - PR. Neste ano, contamos com 06 instituições sociais, que foram beneficiadas com os recursos da festa. Ao todo, foram 35 barracas divididas entre Igrejas, Congregações, Instituições e particulares

Antonina, cidade escolhida para receber evento, tem pouco mais de 18 mil habitantes

e 300 voluntários que trabalharam antes e durante a festa. Louvamos a Deus pelo resultado expressivo na arrecadação. Neste ano, pudemos arrecadar mais de 15 mil reais, que foram distribuídos igualmente entre as entida-

des. Agradecemos a Deus pelas Igrejas, Congregações, Instituições e particulares que não mediram esforços nesta obra social. Que Deus continue despertando em nós e em cada Igreja a responsabilidade social.

União Masculina de Feira de Santana - BA realiza projeto de pintura na Igreja Batista Estrela da Manhã - BA Mauricio de Santana Dias, presidente da União Masculina de Feira de Santana - BA

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urante os dias 04 a 09 de junho aconteceu o Projeto de Pintura na Igreja Batista Estrela da Manhã, em Feira de Santana - BA (IBEM). A ação foi realizada pela União Missionária de Homens Batistas Feirense (UMHBF), com apoio da Associação Batista Feirense (ASBAF). Foram pintados, aproximadamente, 815 m 2 de paredes. A parte interna do templo recebeu aplicação de selador, massa corrida acrílica e tinta. A área externa recebeu aplicação de selador e tinta. Três salas de aula e demais dependências da IBEM e os muros, portões, portas e janelas também foram pintados. Nos dias 08 e 09 foram oferecidos serviços de corte de cabelo, hidratação e foliação de mãos e pés, aferição de pressão arterial, além de evangelismo e agendamento de estudo bíblico para pessoas que residem próximos da Igreja.

Culto da Vitória serviu para agradecer a Deus pela conclusão da obra

Partes interna e externa da Igreja Batista Estrela da Manhã, em Feira de Santana - BA, receberam nova pintura

Foram distribuídos materiais evangelísticos para as pessoas presentes durante a Ação Social. Ao todo, 70 pessoas foram atendidas.

Na noite do dia 09 de junho, às 19h, foi realizado o Culto da Vitória, no qual rendemos gratidão a Deus por ter concluído essa grande obra que o Senhor

confiou aos Homens Batistas Feirense. O tema do culto foi “Homens Edificadores”, e a divisa se encontra em Neemias 2:20a.O preletor nesta ocasião

foi o pastor Israel Guimarães, 2º vice - Presidente da Associação Batista Feirense (ASBAF) e pastor da Igreja Batista Betel, em Santa Bárbara.


missões mundiais

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Entre em Campo: 32 dias de oração Redação de Missões Mundiais

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rinta e dois países, 32 dias e 32 motivos para orarmos. Desde o dia 14 de junho, os olhos do mundo estão voltados para o maior evento esportivo do mundo. A Copa da Rússia nos mostra mais do que seleções em campo. Para nós, ela é evidência de que o campo é o mundo. Por isso, diariamente Missões Mundiais tem usado as redes sociais para apresentar motivos para você orar pelos países participantes do torneio. Até o fim da competição, em 15 de julho, serão 32 dias de oração. E direto da sede do mundial, um grupo de voluntários estará até o dia 05 de julho com um objetivo bem diferente da maioria das pessoas que estão por lá neste período: anunciar o grande Eu Sou às nações. Daqui do Brasil, todos seguimos unidos em oração para que o mundo conheça Àquele que é o verdadeiro vencedor: Jesus Cristo. Até 15 de julho publicaremos em nossas redes sociais motivos de oração que mostram o quanto os países participantes da Copa precisam se render a Cristo. Você acom-

S

panha exemplos de como ainda é grande a pobreza material e, principalmente, a pobreza espiritual no mundo. Compartilhe esta ideia. Ao visualizar nossas publicações, curta, comente e compartilhe com outras pessoas usando as hastags: #32diasdeoração #entreemcampo Assim como os brasileiros costumam reunir a família e os amigos para ver os jogos, reúna pessoas para orar. Faça deste um momento de comunhão. Busque mais dados sobre os países. Faça parte! Queremos incentivar a cultura de oração diária pelas nações para que o povo brasileiro veja que não só o Brasil, que hoje conta com mais de 40 milhões de evangélicos, segundo o IBGE, mas o mundo precisa conhecer Aquele que é o único caminho, a verdade e a vida. Nestes 32 dias enfatizaremos os países da Copa. Mas, ao final, você está convocado a separar alguns minutos do seu dia para pesquisar informações de um determinado país e dobrar seus joelhos diante de Deus em oração. Entre em campo com Missões Mundiais!

Poder pra libertar Esperança aos não alcançados

eguimos no trabalho para que os mais de 250 povos no Sudeste da Ásia, formado por mais de 100 milhões de pessoas que nunca ouviram do Evangelho, ouçam e conheçam do Amor de Jesus. Sim, é um grande desafio, mas sabemos que será superado pela promessa que há na Palavra de que toda raça, povo, língua e nação será achado diante do Cordeiro no último dia. No entanto, essa certeza e fé de que o desafio de levar Cristo aos povos não alcançados será superado, não pode nos levar à inércia. Nossos braços não podem estar cruzados. Precisamos dos seus joelhos dobrados e da sua fidelidade no sustento, ao mesmo tempo em que nós agimos nos campos.

Uma das ações é a abertura de uma escola para o treinamento de obreiros locais, para que alcancem as minorias étnicas dentro do país, o qual não citamos o nome por questão de segurança. Junto com um pastor local, planejamos esse centro de treinamento e ainda este ano queremos iniciar o seminário. Esse nosso amigo pastor lidera uma Igreja em uma região estratégica, que possui mais de 12 etnias diferentes. Eles se reúnem em uma cidade cercada por pequenas vilas que abrigam vários povos não alcançados. A batalha espiritual é real na região dele. Pessoas ouvem espíritos, falam com eles e temem ser prejudicadas por forças malignas. Por isso, mesmo tendo interesse pelo Evangelho, acabam dando

um passo atrás no compromisso por pressão da família ou medo. Ele contou sobre uma jovem nova convertida que apanhou dos pais e parentes várias vezes na tentativa de fazê-la desistir da fé em Jesus. A alegação é que ela havia trazido desgraça à família. Por não aguentar mais a situação, ela pediu ajuda. Então, o pastor e sua família acolheram aquela jovem na casa deles. Na noite em que a jovem foi para a casa do pastor, eles ouviam barulhos de batidas nas portas, quando verificavam se havia alguém lá fora, não encontravam ninguém. Barulhos de pegadas no telhado da casa e passos do lado de fora também eram ouvidos, e depois de checar várias vezes e perceberem

que não havia ninguém nas redondezas. Entenderam que a única forma de lidar com a situação era por meio de oração. Assim, a opressão, a batalha e os barulhos foram vencidos. Quando o pastor nos contou, fez questão de dizer que não foi uma situação pontual, era algo comum e corriqueiro em seu ministério. Levar o Evangelho a povos que estão aprisionados aos espíritos por séculos requer muita oração, discernimento e poder do Espírito. Por favor, junte-se a nós em oração por este pastor e sua família, pedindo graça e poder do alto para lidar com tamanho desafio. Ore para que consigamos abrir esse seminário para treinar missionários para os trabalhos entre esses

povos que nunca ouviram do Evangelho. Precisamos de muita graça, porque, como você bem sabe, vivemos uma situação em que a Igreja e todas as suas atividades são proibidas. Iniciar um projeto como este requer muita intercessão. Ore também para levantarmos mais adotantes para esse projeto, a fim de que consigamos os recursos necessários para abrir esse seminário e sustentar os obreiros locais. Mobilize mais pessoas em sua Igreja para se juntar a nós em oração e sustento por essa iniciativa. E juntos seguirmos levando o grande EU SOU até os confins da Terra. Ael Oliveira Missionário no Sudeste da Ásia


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vias da cidade. Não importa Amnom Lopes, coordenador da Juventude Batista Brasileira o modelo de cidade em que você habita, é certo que “Você, porém, deve ir e você vai se encontrar ou, anunciar o Reino de Deus.” pelo menos, se esbarrar com alguém. Mas será que você (Lucas 9.60b) compartilha a Vida nesses abe o que é curioso? momentos? É por isso que Todos os dias acon- v o l t a m o s a t r a b a l h a r u m t e c e m e n c o n t r o s e tema do nosso cotidiano: O desencontros pelas Reino na Cidade.

S

O Reino na Cidade revela o desejo que temos de ver e viver uma juventude avivada, que busca a Deus de maneira intensa e demonstra isso na vivência com o outro. A cidade continua sendo o grande desafio da Igreja; é lá que precisamos mostrar a nossa força e criatividade.

Montamos um site com sugestões de atividades, estudos, reflexões e desafios a serem vividos nos âmbitos pessoal e coletivo em sua comunidade. Basta acessar: www.mesdajuventude. com.br Cristo é o nosso modelo sempre! Pense no Mestre, um jovem de 33 anos que

m udou o m undo a par tir do Seu estilo de vida. Será que podemos impactar nossas cidades com o estilo de vida que temos? Fica aí o nosso desafio. Vamos ocupar todos os espaços da sociedade civil e manifestar o Reino de Deus em todas as esferas.

Palavra do coordenador

Carta aos Líderes de Jovens

Atenção! O dono da obra é Ele! “Pois nós somos cooperado- ou para o mestre da obra: ‘Eu quero quebrar a parede que res de Deus.” (I Co 3.9a) divide a sala do quarto e faá estamos no meio do zer tudo um salão só. Vamos ano, já percebeu?! Eu sei pintar as paredes de azul e o que, muitas vezes, o can- piso será de madeira’. (Não saço, estresse e o de- sei se essas coisas combinam, sânimo estão batendo, mas é só um exemplo - risos). Daí, lembre-se do conselho ante- você fica uma semana fora, e rior: “Sê valente”. Mas quero quando retorna para ver o anconversar com você sobre damento da sua empreitada, algo que tenho visto nesses observa que, em vez de uma últimos dias. Em determina- parede quebrada e uma sala dos momentos, o motivo do maior, os construtores dividinosso cansaço se dá por fa- ram a sala em dois ambientes, zermos coisas que não deve- a cor das paredes é amarelo ríamos fazer, e nosso desgaste e o piso não é de madeira. acontece porque levamos o Você chega ao mestre da obra nosso grupo por um caminho e fala: ‘O que houve? A obra que ninguém quer percorrer, não foi feita da forma que a não ser a gente. Então, se eu queria’, e ele diz: ‘Ah, a liga, hein! O dono da obra gente achou que ia ficar mais bonito assim. Agora, você tem é Ele. Existe um exemplo que ouvi mais cômodos e o amarelo certa vez e sempre o repro- deu uma clareada’. A sua fala duzo: “Imagine que você fará aos construtores seria algo do uma obra em sua casa. E aí tipo: “A obra é minha! Vocês você diz para os pedreiros trabalham na obra, mas ela é

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minha!”. Já percebeu aonde queremos chegar, né?! Em muitos casos, agimos como se nós fossemos os mandantes da obra, mas nós somos apenas cooperantes do Pai neste processo. E o que isso quer dizer na prática? Vamos pensar em dois vieses. O primeiro é a humildade. Quando entendemos que a obra é Dele, estamos menos propensos a termos sentimentos como soberba ou orgulho demasiado. Além disso, vemos que não somos o suficiente para tudo em nós mesmos e isso nos faz observar mais a coletividade e levar as opiniões dos outros mais a sério. Em um segundo caso, quando percebemos que somos comissionados a missão Dele, temos menos chances de errar. Porque vamos justamente buscar em Deus o que precisamos fazer e como fazê-lo.

Entretanto, é claro que isso não nos isenta da nossa própria responsabilidade e nem impede que entendamos a vontade de Deus de forma errada, mas posso te assegurar que é melhor orar, buscando em Deus ideias, do que vir com as ideias todas prontas apenas pedindo para o Pai as abençoe. Lembre-se que Ele é o dono da Obra, e não o contrário. Vou contar um exemplo muito corriqueiro. Por muito tempo militei liderando o ministério de louvor da Igreja. Eu era o responsável também pelas ordens de culto e, por vezes, idealizava tocar uma canção que era do meu gosto pessoal. Porém, em muitos casos, era uma música que apenas eu gostava - e não estou dizendo que precisamos fazer as coisas ao gosto das pessoas -, mas, por um capricho meu, a prática ministerial

era chata e o culto a Deus era ao meu agrado. Se naquela época eu entendesse que nem tudo deve acontecer da forma que eu quero, evitaria muitas chateações e discussões pelo fato de “eu ser o líder” e perceberia que é possível escutar a voz de Deus no grupo. Para finalizar, há uma oração que a missionária Analzira sempre nos lembra. Quando você acordar, pergunte a Deus: “Pai, o que é que senhor está fazendo? Mostre-me como eu posso entrar no Teu movimento”. A obra é Dele; que seja feita assim na Terra como no Céu. Que Cristo seja sempre a nossa razão. Qualquer coisa, é só procurar; estamos à disposição. Amnom de Souza S. Lopes, coordenador da Juventude Batista Brasileira


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JUBESP passa a adotar jovens missionários Radicais na Amazônia e no Haiti Nicholas Bié, diretor Executivo da Juventude Batista do Estado de São Paulo

Foto: Acervo pessoal

Foto: Acervo pessoal

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pelo caminho de Missões que a Juventude Batista do Estado de São Paulo (JUBESP), ao completar 99 anos em 19 de maio de 2018, busca fortalecer sua atuação junto aos jovens das mais de 1670 Igrejas e Congregações Batistas do Estado de São Paulo, engajando-se no trabalho para que a Instituição seja reconhecida como promotora de Missões, dentro de uma das ações características de seus pilares de trabalho: proclamar o Evangelho. Para Jonatas de Melo Oliveira, presidente da JUBESP e membro da Congregação Batista no Jardim Elena, “Não há como ter seriedade em um trabalho denominacional com juventude, quando a organização que deve realizar ações com esses jovens, não está engajada em todas as frentes onde esses atuam; e os programas missionários Radical Amazônia e Radical Haiti são excelentes oportunidades para

Juli Helen dos Santos, tem 24 anos, membro da Igreja Batista Paraíso do Sol em São José dos Campos, é a primeira missionária Radical Amazônia, da Junta de Missões Nacionais, adotada pela JUBESP

a investirmos intencionalmente em campos missionários que contam com jovens das Igrejas e Congregações do nosso estado.” Através dos Programas de Adoção Missionária (PAM) das Juntas de Missões Nacionais e Mundiais, a Organização adotou como seus primeiros missionários oficiais de que se tem registro, os jovens Gustavo Pedrinho Barbosa, de 24 anos, membro da Primeira

Gustavo Pedrinho Barbosa, tem 25 anos, membro da Primeira Igreja Batista de Taiuva, é o primeiro missionário Radical Haiti, da Junta de Missões Mundiais, adotado pela JUBESP

Igreja Batista de Taiúva - SP e Juli Helen dos Santos, de 25 anos, membro da Igreja Batista Paraíso do Sol, em São José dos Campos - SP. Juli incentiva sobre a consciência e importância do apoio a missões: “A necessidade do missionário não está só na parte financeira, mas também na necessidade de adoção espiritual, no fortalecimento da divulgação dos trabalhos aos jovens do estado, eviden-

ciando àqueles que saíram das nossas Igrejas e Congregações e foram para um campo distante, motivar a todos para esse trabalho, desde nossas comunidades.” Gustavo acredita que “Essa ação da JUBESP necessita ser contínua, mesmo que o missionário adotado retorne definitiva ou temporariamente do campo de trabalho, pois, sempre há um jovem missionário a espera de auxílio dos corações

incomodados por Deus, para o sustento da obra de evangelização dos povos, ainda mais, dentro do estado com maior população e densidade de Igrejas Batista do nosso país. A JUBESP começou um belo caminho, e oramos a Deus que seus líderes permaneçam nesse compromisso!” O intuito da JUBESP é, com o tempo, engajar os jovens das Igrejas e Congregações Batistas do estado de São Paulo em realidades missionárias de trabalho efetivo em campo, mobilização, apoio e campanhas de levantamento de recursos através de suas programações. São ações que buscam pensar o papel da juventude neste tempo, permitindo ao jovem da Igreja local e juventudes associacionais - JUBA’s perceberem que o foco do jovem cristão atual precisa ser proclamar o Amor de Cristo a todos que estão à sua volta, não necessariamente em um campo distante, mas em sua comunidade, na sua Igreja local, JUBA, escola, trabalho e, principalmente, na sua família.

Jovens Batistas de Aracaju - SE são impactados com o Conjubacap 2018 Sheyla Morales, jornalista, membro da Primeira Igreja Batista Aracaju - SE

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enti o mover do Espírito no Manaim e que a Palavra falava diretamente a mim; certamente, os preletores e a liderança foram usados pelo Pai; Deus agiu naquele lugar, moveu e quebrantou corações como o meu”, esse foi o sentimento da jovem Denise Miranda, da Igreja Batista do Orlando Dantas que participou entre os dias 25 e 27 de maio de 2018 do Congresso da Juventude Batista da Capital (Conjubacap). O tema do Encontro foi “Uma só voz” e registrou a participação de mais de 100

Conjucap 2018 teve participação de mais de 100 jovens

jovens, membros das diversas Igrejas Batistas da capital aracajuana. O evento, que foi realizado no Acampamento

da Piba - Manaim, contou com a participação musical de Felipe Magalhães e como preletores os pastores Davi

Lago e Hygor Junker. O sentimento de renovação e agir de Deus partilhado pela jovem Denise Miranda foi o mesmo do organizador do evento, Júnior Tyjuka, presidente da Juventude Batista da Capital (Jubacap) e membro da Primeira Igreja Batista de Aracaju (Piba), na qual ocupa a presidência do ministério de Juventude. “O Congresso foi um renascimento. Graças a Deus, depois de oito anos conseguimos planejar e executar o Conjubacap 2018. Podemos afirmar, com toda a certeza, que esse Congresso foi um milagre, pois diante de todas as dificuldades, principalmente a financeira, Jesus supriu todas as necessidades. A Ele seja dada toda honra, glória

e louvor para todo sempre”, disse Júnior Tyjuka. O evento superou as expectativas e os jovens que participaram saíram do Manaim maravilhados com tudo que Jesus falou naquele lugar, durante todo o Congresso. Todos foram confrontados a viver verdadeiramente um cristianismo autêntico e desafiados a fazer a diferença no Brasil, que tanto clama por ajuda. “O objetivo do Conjubacap foi levar aos jovens a ideia de uma unidade verdadeira, adorando e engrandecendo juntos ao único Deus, que é digno de ser louvado. Graças a Deus, a mensagem através dos preletores foi passada com muita sabedoria”, completou o presidente da Jubacap, Júnior Tyjuka.


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ponto de vista

Vivendo o Reino de Deus “Mas buscai primeiro o Seu reino e a Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6.33)

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esus assinala quatro parábolas para ensinar a relevância do Reino de Deus. Na primeira, Ele retrata a convivência entre o trigo e o joio, o cristão e o não-cristão (Mateus 13.24-30). Em nossas Igrejas, eles vivem juntos. Só o Senhor Jesus pode fazer a separação e isso acontecerá na Sua volta. Na segunda, é a semente de mostarda, a menor das sementes, mas que dá um arbusto que agrega as aves do céu, hospedando-as e protegendo-as (Mateus 13.3132). Na terceira, é o fermento (Mateus 13.33-34). Aqui Ele enfatiza a importância do crescimento do Reino. Na quarta, Ele ensina o valor incalculável do Reino; ele é um tesouro muito precioso. Precisamos renunciar as outras coisas para vivermos o Reino de Deus, o grande tesouro, com intensidade. O Reino é semelhante a uma rede de pesca com todo o tipo de peixe (Mateus 13.4753). Aqui há um ensino sobre a volta de Cristo e Seu juízo. Então, o Reino de Deus é relacionamento, acolhimento e proteção, crescimento, um tesouro de valor incalculável e o juízo da parte de Deus por meio de Cristo. Devemos viver estas realidades do Reino de Deus aqui e agora. No texto de Mateus 6.33, o Senhor Jesus Cristo é preciso em sua exposição acerca da relevância do Reino de Deus quando o coloca em relevo diante da sobrevivência, dos bens materiais e de outras preocupações dos homens.

A ordem do Mestre no verbo buscai está relacionada com a prioridade do Reino de Deus, do domínio de Deus no coração do homem. Há uma promessa de provisão em todo o contexto do ensino de Jesus (Mateus 6.25-34). Viver o Reino de Deus significa que ele é central na vida dos súditos ou discípulos de Jesus Cristo. Sabemos que as outras coisas têm ocupado o lugar do Reino. Chamamos isso de ordem inversa. Esta ordem inversa produz desordem nas várias áreas das nossas vidas. Mas aqueles que reconhecem, adoram, amam e obedecem ao Senhor como único Deus vivo e verdadeiro constituem o Seu Reino, vivendo-o dia após dia pela fé. O Reino é a luz e a vida do mundo, é o sal mediante o qual é preservado. É a semente e o fermento que denotam vida e crescimento (Mateus 13.31-33). Reunir Seu povo nesse reino, e conduzi-lo à sua consumação é o propósito de todas as dispensações de Deus, e o propósito para o qual Seu eterno Filho assumiu a nossa natureza (João 1.14). Por essa razão Ele viveu, morreu e ressuscitou para que fosse Senhor de todos os que foram pelo Pai dados ao Filho na eternidade (João 6.39; Efésios 1.1-14). É muito inspirador o conceito paulino acerca do Reino de Deus: “Porque o Reino de Deus não consiste em comer e beber, mas em justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). O Reino não é legalismo e nem paganismo. A natureza do Reino é espiritual, pois produz cidadãos comprometidos com a comunhão e com a ética de Deus, Senhor

da História. O Reino de Deus é o domínio soberano de Deus em todas as esferas da vida. Há textos que fundamentam essa verdade: “Falarão da glória do Teu reino e confessarão o Teu poder; o Teu reino é eterno; o Teu domínio subsiste por todas as gerações” (Sl 145.11-13); “O Senhor estabeleceu seu trono nos céus, e seu reino domina sobre tudo” (Sl 103.19). No judaísmo posterior, o Reino significa o domínio ou soberania de Deus. Este é o melhor ponto de partida para compreender-se os Evangelhos. A palavra basileia é traduzida pela versão inglesa “reinado” ou “poder real” (Lucas 19.12; 23.42; João 18.36; Apocalipse 17.12). Viver o Reino significa viver sob o governo soberano de Deus em todas as áreas da vida. Isso significa priorizar o Senhor e Sua Palavra na vida pessoal (devocional), familiar (culto doméstico), eclesiástica (compromisso com a Igreja de Jesus), no trabalho e ambiente acadêmico (testemunho eficaz). Na verdade, é o ensino de Jesus quanto a sermos sal da terra e luz do mundo ou a fazermos diferença em todo o tempo, em cada oportunidade (Mateus 5.13-16; Efésios 5.15-16). O Reino é presente. Jesus considerou o Seu ministério como um cumprimento da promessa do Antigo Testamento na história, próxima da consumação apocalíptica. Isso manifesta-se de modo particularmente claro em duas passagens: Isaías 61.1-2 e Lucas 4.21. A profecia de Isaías se cumpre na vida de Cristo e Ele a revela em uma leitura

pública na Sinagoga de Nazaré. A afirmação mais forte se encontra em Mateus: “Mas, se é pelo Espírito de Deus que expulso os demônios, então o Reino de Deus chegou a vós” (Mt 12.28). Um dos milagres mais característicos de Jesus foi o exorcismo de demônios. Jesus deixou o povo maravilhado porque, através de Suas ordens, os homens foram imediatamente libertos da escravidão satânica. “E logo a Sua fama se espalhou por toda a região da Galileia” (Mc 1.28). A vinda do Reino pelo qual oramos no Pai Nosso significa que a vontade de Deus seja feita na terra, isto é, que o Seu domínio seja plenamente realizado (Mateus 6.10). O reino que Jesus designou para os Seus discípulos (Lucas 22.29) é “ordem de honra real”. Pedro vai nesta mesma direção em sua primeira carta quando utiliza o termo “sacerdócio real” (IPedro 2.9-10). A expressão “O Reino dos céus” aparece apenas em Mateus, onde é mencionada cerca de 34 vezes. “O Reino dos céus” é uma expressão semítica na qual o vocábulo “céus” é um termo usado em substituição ao nome “divino” (Lucas 15.18) (Ladd, pp. 60.61). A nossa Declaração Doutrinária da CBB, discorrendo sobre o Reino de Deus, diz: “O Reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus e é eterno (Daniel 2.3744; Isaías 9.6-7). É também o domínio de Deus no coração do homem que, voluntariamente, a Ele se submete pela fé, aceitando-O como Senhor e Rei. É, assim, o reino invisível nos corações regenerados, que opera no mundo e se ma-

nifesta pelo testemunho dos seus súditos (Mt 4.17; Lucas 17.20; João 18.36; Mateus 6.33; I Pedro 2.9-10)”. À luz dessas verdades, quando vivemos o Reino significa que o nosso coração está nele. As nossas ações e reações estão submissas aos seus princípios. É com Jesus que aprendemos a viver o Reino de Deus (Mateus 11.29). A consumação do reino ocorrerá com a volta de Jesus Cristo, em data que só Deus conhece, quando o mal será completamente vencido e surgido o novo céu e a nova terra para a eterna habitação dos remidos com Deus (Mateus 25.31-46; I Coríntios 15.24; Apocalipse 11.15). Há plena segurança neste Reino. A vida do Reino tem a palavra fiel e a segurança do Rei. Por isso, Paulo deixa claro: “Pois tenho certeza de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem autoridade nem dos celestiais, nem coisas do presente nem do futuro, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.38-39). Viver o Reino de Deus significa uma experiência segura de descanso na fidelidade daquele que tudo pode (Filipenses 4.13). Temos um Rei provedor e protetor. Então, devemos viver o Reino de Deus como a nossa prioridade, o nosso contentamento, tendo a absoluta convicção de que Ele suprirá todas as nossas necessidades em Cristo Jesus, Salvador e Senhor nosso, para o testemunho do Evangelho e o louvor da Sua Glória (Filipenses 4.19.20).


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OBSERVATÓRIO BATISTA

Relativismo e valores éticos na hipermodernidade

LOURENÇO STELIO REGA

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ada época tem suas características próprias, sejam positivas ou negativas. Não é diferente para a Modernidade e mesmo para a Hipermodernidade (também chamada Pós-Modernidade). Antes da Modernidade, ainda que houvesse certo desenvolvimento na vida, havia, em geral, obscurantismo e forte segregação e desrespeito à vida, especialmente das classes menos favorecidas; o cidadão comum estava preso às amarras da superstição e da religiosidade obscurantista. Com a Modernidade, o ser humano se descobre como gente, que sabia pensar e descobrir o mundo e as coisas. Veio a idade da razão, o Iluminismo, depois o Pragmatismo, as Revoluções Industriais, o tecnicismo e a sofisticação da vida. Após as duas Grandes Guerras, a valorização e o significado da vida foram reduzidos drasticamente. Surgiu terreno

fértil para o Existencialismo (que não tinha tido este mesmo solo fértil na época de Kierkegaard, no Século XIX), só que na versão ateia com Sartre. Não há como reconhecer que a vivência humana teve maior valorização em seu aspecto existencial, mas a sua trajetória acabou fortalecendo o individualismo. Nesse período foi descoberta a pílula anticoncepcional, liberando a sexualidade da procriação apenas e dando às pessoas a possibilidade de vivê-la fora do matrimônio. A configuração da dinâmica do lar começa a se alterar, pois a mulher se descobre como gente e que também tem papel como sujeito histórico e pode participar da vida além do âmbito doméstico. A esperança que muitos nutriam pelo Socialismo é sepultada com a queda do muro de Berlim. A partir deste episódio não apenas o mundo acadêmico, mas diversos setores da sociedade e intelectualidade fi-

cam órfãos das questões que até aquele momento eram levantadas da esperança socialista de um mundo novo - uma utopia. Então, as pessoas começam a voltar-se para dentro de si na esperança de buscar respostas, no mesmo estilo do movimento existencialista sartreano pós-Segunda Guerra. O existencialismo buscava o significado da existência e, agora, busca-se a significação da vida à parte de Deus e da religião. O filósofo Nietzsche é encontrado como o fornecedor da (i-)lógica e (ir-) racionalidade para esta busca. Assim, o individualismo e a busca pelo elevado estado (“além-humano” de Nietzsche) do ser humano passam a ser o indicador de um novo rumo. A situação ampliou-se nas últimas décadas e o ser humano passou a ser o próprio arquiteto de sua vida, trazendo para si todo o poder de escolher o que bem lhe convier como sua verdade absoluta

pessoal. Temos aqui a ditadura da subjetividade e do “eu” a partir dos instintos e vontade naturais de modo que Deus se torna desnecessário e é declarado morto, depois redescoberto para poder servir de garçom às pessoas para que possam ter um projeto de vida boa e agradável, dando origem à Teologia do Mercado e da Prosperidade. Assim, o que podemos ver é o mais profundo estado da autonomia e relativismo humano. Por isso é que Gilles Lipovetsky chama o atual momento de Hipermodernidade, em vez de Pós-modernidade. A versão atual do relativismo é diferente do que já pudemos ver na história, pois não é mais um relativismo conceitual em que se podia discutir e justificar os motivos de uma escolha individual e não de outra escolha. O relativismo de hoje é não-linear, não conceitual ou propositivo. Basta apenas dizer como aquela

canção do “filósofo” brasileiro Zeca Pagodinho: “Fiz o que o meu coração mandou...”; ou mesmo, “Quando a gente se dá conta, já rolou”; “Não há como resistir a natureza”; “Se isto te faz feliz” (o criminoso também fica feliz em cometer seus crimes!?), etc. Assim, o relativismo está tomando conta da vida cotidiana e, até mesmo, da Igreja, colocando em risco a saúde da convivência familiar, semeando a permissividade, individualidade, o egoísmo e desprezo à convivência saudável no ambiente doméstico. A verdade bíblica, portanto, está sendo substituída pela vontade do indivíduo, e também de suas emoções, paixões e desejos pessoais. Isso dá saudades dos crentes de Bereia, que foram reconhecidos como nobres por conferiam nas Escrituras tudo que ouviam para conferir se poderia ser aceito como verdade (Atos 17.11).

Missionários Batistas em ação Israel Pinto da Silva (D`Israel), colaborador de OJB Os missionários Batistas não perdem de vista Quem está precisando seguir a Jesus, Necessitados da Sua verdade Que está contida na Bíblia Sagrada, O Livro dos livros, espada afiada Que tem Seu perfume, a Sua justiça Que vai lá no fundo da alma cansada, Necessitada do Amor de Deus. Como está escrito em Hebreus 4.11-13, Aquela que livra, liberta o homem do vil pecado, Das fortes correntes do inimigo - o passarinheiro, Que sorrateiro busca atacar o desavisado Que não tem orado para ser protegido Pela doce mão do Senhor Jesus. O enfraquecido na fé em Deus Por aquelas palavras que nos dão vitória certa Que a todos indica a porta do seu paraíso Pra todos aqueles que querem entrar Com corações puros, lavados, arrependidos De todos pecados aqui cometidos. Palavras que nos incentivam a amar a Deus Que nos fortalece no Seu caminho e amá-lO

E se conhecermos a verdade, ela nos libertará E que Seus filhos são aqueles que fazem A Sua vontade (João 8.31-47) Que devemos dar frutos na Sua seara. Como citado em João 15 antes que venha o grande machado Para cortar as árvores que não estão dando frutos Como em Mateus 3.7-12; 21.18-20; 7.15-23 Os missionários Batistas vão ensinando como seguir II a Jesus, o Cordeiro de Deus E como fazer discípulos (João l; Lucas 14.25-27; Os missionários Batistas praticam o discipulado Como fez Felipe atendendo ao chamado - de Deus Mateus 4.18-22) Ao pegar seu arado e ir falar com o eunuco IV Da rainha de Kandace, sem olhar para trás, Como está escrito em Atos 8.26-40 Sim, os missionários Batistas estão em ação Saíram com as suas Bíblias nas mãos III E com as suas palavras na boca E dentro dos seus corações Os missionários Batistas cumprem a ordenança Saíram com seus celulares: entraram até em lupaDe Mateus 28.19-20 e Marcos 16.15-20 nares Avisando a todos que Jesus voltará Para pregarem a Palavra - de Deus! E que no final dos tempos o amor no mundo Foram iluminar os seus ambientes buscando somente Esfriará, como anunciado em Mateus 24 Cumprir a Sua ordenança: ir por todo mundo para Segundo Timóteo 3.1-9 e Apocalipse 22 pregar Avisando que quem Nele crer será salvo Mas o que não crer já está condenado (João 3.16-17) O Seu Evangelho a toda criatura! Sobre todas as coisas E amar ao nosso próximo como a nós mesmos A não amontoar riquezas na terra Mas amontoar riquezas no céu A só adorar a Deus em espírito e em verdade Porque Ele é o único intermediador Entre Deus e os homens.



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