OJB Edição 27 - Ano 2016

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 03/07/16

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXV Edição 27 Domingo, 03.07.2016 R$ 3,20

Fundado em 1901

Hoje, somos em torno de 13.436 Igrejas e Congregações, que somam aproximadamente 1,7 milhões de Batistas da CBB, o que representa 0,8% da população brasileira. Mas, o que sabemos desta população Batista? Nesta visão, a CBB, em parceria com a JMN, lança o Censo Batista 2016. Ajudenos nesta missão! Página 09 Missões Nacionais

JBB

JMN desenvolve estratégias para alcançar refugiados que vivem no Brasil

Ceará, Sergipe e Espírito Santo se preparam para receber eventos da JBB

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Missões Mundiais

Ponto de Vista

Missionários brasileiros celebram batismos na Espanha

Saiba como construir um templo de acordo com a lei

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

Vivendo a vontade do Senhor “Eis aqui a serva do senhor: ceticismo, o envolvimento cumpra-se em mim segundo com drogas, o crescimento da violência e da imoralia Tua palavra.” (Lc 1.38) dade. Há uma total falta de comsperava-se que século XX fosse o século das promisso, de fidelidade, de luzes, quando a razão honra. Vive-se sem ideal, e a ciência libertariam não há uma ideologia para o homem das superstições e viver. Não podemos deixar o levaria à real felicidade, a de reconhecer a grandiosidaum paraíso terreno. Todavia, de de Deus, sua magnitude, já no terceiro milênio, os sua transcendência, diante indivíduos e a sociedade en- de tantos fatos. É impossível contram-se mergulhados em não reconhecer Seu poder, uma das mais profundas frus- Sua ação misericordiosa na trações e mais confusas que condução de tudo e todos em qualquer outro tempo da que fazem parte da sua Igrehistória da humanidade. As ja. As lições propostas e pospessoas buscam intensamen- síveis de serem aprendidas te soluções para o vazio que neste texto são incontáveis. invade suas almas. Recursos A atitude de Maria expressa materiais, educação, cultura, neste verso, encerra toda satisfação do apetite carnal a disposição em servir ao não bastaram para preencher Senhor; disposição que muesse vazio e, como resultado dou o curso da humanidade desta desesperança, vem o e nos apresenta três lições,

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as quais todos nos servos do Senhor devem praticar. O que o Senhor espera dos seus servos é disponibilidade, disposição e confiança plena. Disponibilidade incondicional - “Eis aqui a serva do Senhor” - Colocou-se ao dispor do Senhor incondicionalmente, mesmo desconhecendo os desafios. Às vezes, deixamos de nos disponibilizar para o serviço do Senhor, porque questionamos nossa capacidade. O Senhor nos usa independente da nossa idade, do nosso saber intelectual, das nossas limitações, pois, para o Senhor, não há limitações. Disposição de ser útil ao Senhor - Cumpra-se em mim o Teu querer. Além da disponibilidade, Maria também se apresentou disposta a ser

usada pelo Senhor. Não basta dizer: “estou aqui”, é preciso também estar disposto a fazer o querer do Senhor. É preciso estar à disposição para qualquer que seja a tarefa. Confiança plena - Não se preocupou com as consequências da sua decisão. A disponibilidade e a disposição para que a vontade do Senhor se cumprisse em Maria não a isentou de muitas e maiores responsabilidades, mas ela não ficou questionando ao Senhor. Ela se dispôs a fazer o querer do Senhor. Que sempre estejamos dispostos a cumprir o querer do Senhor em nossas vidas. Sócrates Oliveira de Souza, pastor, diretor executivo da Convenção Batista Brasileira


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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU

As quatro características de um hino (Dedicado à leitora Laíse Granja e Reis, de Brasília, DF) uando cantamos um hino, será que realmente estamos cantando um hino? Pesquisamos em vários hinários para saber se continham poemas ou cânticos de veneração a Deus. Consultamos hinólogos confiáveis para encontrar exemplos de hinos nas hinódias alemã, inglesa e norte-americana. Segue o resultado de nossas indagações, pesquisas e consultas hinológicas.

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1 - Um hino deve ter estabilidade doutrinária: Johann Jakob Schütz (16401690) em 1675 escreveu o hino “Sei Lob und Ehr dem höchsten Gut” (ver: “Evangelisches Gesangbuch”, nº. 326; Leipzig: Evangelische Verlag, 1994), sobre música composta, em 1653, por Johann Crüger (1598-1662). Schütz era amigo íntimo do teólogo Philip Jacob Spener, a quem sugeriu, em 1680, que criasse as “collegia pietatis” (reuniões de oração), para início do movimento pietista na Alemanha. As denominações na Inglaterra estavam em crise. Em 1990, João Soares da Fonseca, através do inglês, traduziu este hino alemão (ver: “Hinário para o Culto Cristão”, nº. 50). Com a expressão “estabilidade doutrinária” não estamos dizendo que um hino não possa ser ultrapassado pela realidade de uma determinada denominação

religiosa. Mas que o conteúdo e o significado desse hino permanecem no hinário para demonstrar sua fidelidade às Santas Escrituras. Tomaremos duas doutrinas básicas: a guarda do Dia do Senhor e a observância do dízimo. Ainda cantamos, 242 anos depois de escrito por John Newton (1725-1807), o hino “Este é o Dia do Senhor” (HCC-226); será que estamos guardando o domingo como “dia de descanso e de louvor”? Na Inglaterra medieval, havia mais de 100 dias santos. Além dos Puritanos, muitos cidadãos consideravam mais apropriado, entre 1660 e 1688, um descanso semanal. Os Puritanos desaprovavam a prática de esportes aos domingos, mas, Jaime I, em 1618 autorizou-a; um bispo alegou que se os homens não praticassem esportes, haveria o risco de se reunirem para discutir religião ou os sermões atrapalharem as cervejadas para receber dinheiro para a paróquia. Os pastores tiveram ordem para ler o decreto real; um deles determinou que a congregação lesse o Decálogo. Havia profundo ressentimento em relação à entrega do dízimo. A razão era que os dízimos eram devolvidos pelas pessoas insignificantes e pobres; o cidadão rico não pagava. Em 1641, a Câmara dos Comuns votou que seria “Lícito aos fiéis, à sua própria custa, manter um pastor encarregado de pregar todo Dia do Senhor”. A questão dos dízimos

provocou as mais violentas paixões. Depois da Declaração de Indulgência (1687) e a partir de 1690, inspirados pela legislação republicana de Oliver Cromwell (1599-1658), os Dissidentes propugnavam por uma reforma de costumes, para aprovar leis contra o não cumprimento do descanso semanal do domingo, a inobservância da prática do dízimo e a embriaguez. Os Dissidentes (quacres, congregacionalistas, presbiterianos e batistas) apoiavam a promoção da religiosidade; durou pouco tempo; as denominações entraram em uma fase de declínio espiritual. Os Luteranos alemães, mais pragmáticos, criaram um Fundo Eclesiástico; o dízimo era pago na forma de um imposto estatal. Os Protestantes e Evangélicos ingleses ficaram livres para entregar seus dízimos; acabaram vendendo ou alugando seus templos. 2 - Um hino deve ser dirigido a Deus: Com preocupação teocêntrica, Isaac Watts (16741748), contemporâneo de John Bunyan (1628-1688) e de Johann Sebastian Bach (1685-1750), foi considerado “o pai da hinodia inglesa”, por ter estabelecido o padrão do hino congregacional. Em 1714 fez uma paráfrase do Salmo 90, na forma do hino “O God, Our Help in Ages Past” (ver: “The Baptist Hymnal”, 1991, nº. 74), em linguagem solene e sublime, com música composta por William Croft (1678-1727),

que foi usada por Bach e Haendel. Segundo o hinólogo Francis Arthur Jones, este hino “Viverá enquanto a Igreja durar”. Para E.E.Ryden, “Faz o contraste entre a brevidade da existência humana e a eternidade de Deus” (ver: “The Story of Christian Hymnody. Rock Island, Illinois: Augustana, 1959). Em 1702, Anne Stuart subiu ao trono inglês, com o apoio dos Jacobitas (partidários do rei Jaime II), para prosseguir na perseguição aos Protestantes e Evangélicos (Dissidentes) (ver: “Keach virou clichê”, OJB, 03 abr 2016). Nesse ambiente tumultuado foi produzido este glorioso hino, que segue o modelo do canto hebraico: as quatro primeiras estrofes descrevem os atributos de Deus; a quinta, expressa a fraqueza e mortalidade do homem; a sexta, a submissão do homem a Deus. João Wilson Faustini (estrofes 1, 3 e 4) e Werner Kaschel (estrofe 2) traduziram este hino exemplar (ver: HCC-38).

ziu este hino “Deus Sábio, Invisível, Perfeito, Imortal” (HCC-13), dando uma “contribuição pioneira” à hinodia brasileira (ver: Rolando de Nassau, Ultimato, setembro de 1977). 4ª - Um hino deve ser reverente: Fanny Jane Crosby (18201915), poetisa metodista norte-mericana, cega, em 1875 escreveu o hino “I Am Thine, O Lord” (ver: “The Baptist Hymnal”, no. 290). Fanny é considerada a mais importante hinógrafa de canções evangelísticas (“gospel songs”) na América, tendo produzido cerca de 9.000 textos, muitos dos quais foram musicados por Bradbury, Lowry, Root, Doane e Sankey. A música, também em 1875, foi elaborada pelo compositor batista William Howard Doane (1832-1915). Em 1890, em sua segunda viagem ao Brasil, o missionário Henry Maxwell Wright (1849-1931) traduziu o hino “Meu Senhor, Sou Teu” (ver: HCC-361) (ver: Henriqueta Rosa Fernandes Braga. “Música Sacra Evangélica no Brasil”. Rio de Janeiro: Kosmos, 1961). Crosby e Wright evitaram a familiaridade no trato com a pessoa de Deus Pai. Tenhamos esses quatro hinos como parâmetro no canto congregacional em nossas Igrejas.

3 - Um hino deve ser objetivo: Walter Chalmers Smith (1824-1908), em 1867, escreveu a letra do hino “Immortal, Invisible, God Only Wise” (ver: “The Baptist Hymnal”, nº. 6). O hinólogo Robert Guy McCutchan (ver “Our Hymnody”, Nashville, Tennessee: Abingdon, 1937) opinou que os hinos de Smith possuíam (Fonte: Christopher Hill, “Riqueza de pensamento e O Século das Revoluções vigor de expressão”. (1603-1714), São Paulo: EdiEm 1969, Faustini tradu- tora UNESP, 2012).


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Vendo-nos GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE como obra de Deus OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Celson de Paula Vargas, pastor, colaborador de OJB “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que de modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem.” (Sl 139.13-14)

M

uitas vezes nos vemos de acordo com o que nos acontece nos diversos momentos do nosso viver. Se estamos bem-sucedidos, nos valorizamos e até nos enaltecemos. No contrário disso, nos desvalorizamos e, às vezes, até nos maltratamos. Nosso Criador quer que nos valorizemos, vendo-nos como obra especial dEle, isto é, obra admirável, como descrito pelo salmista, no texto acima. Como nos ver como Obra de Deus: 1) - Reconhecendo a forma extraordinária pela qual Deus nos criou: As demais obras da criação foram criadas pela voz de Deus. “Disse Deus: haja e houve”. Nós,

entretanto, fomos criados por Suas mãos; utilizando-se do pó da terra, nos formou e nos deu vida através de seu sopro divino, com o detalhe de sermos ainda dotados de sua imagem e semelhança, ou seja, Sua natureza de eternidade (Gênesis 1 e 2). Fomos assim projetados por Ele, antes da formação do mundo: “Assim nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo.” (Ef 1.3-4). 2) – Valorizando-nos devidamente: Isto é, na medida certa, sem exageros ou vaidades, sempre exaltando nosso Criador. Jamais reclamarmos de como somos, do que somos ou alcançamos na vida profissional, com dignidade; do que obtivemos com dignidade para nossa sobrevivência; dos momentos de adversidades. Temos tendências contrárias em tudo isso, por exemplo, olhar para o espelho e querer mudar algo que pessoalmente não gosta-

mos. Devemos lembrar que somos obras das mãos de Deus, portanto, maravilhosas, como diz a Bíblia. Não temos que querer nos mudar, mas sim nos preservar com os devidos cuidados. Nesses descontentamentos, Satanás age nos induzindo a meios ilícitos criados por ele, para alterar momentaneamente, o aparente estado que desaprovamos em nós. Esses meios são todos os tipos de drogas existentes; adultério, porque não gosto do que tenho em casa; sexo ilícito, porque não gosto do criado por Deus; desejar o que é do outro, porque não estou satisfeito com o que tenho, etc. Finalizo, dizendo da mais alta forma de valorização de nosso ser: Buscar a justificação de nossa alma, condenada à morte espiritual, pelo pecado que todos somos portadores. Essa, está em Jesus, enviado por Deus para que O busquemos para isso. “Porquanto Deus enviou o Seu filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas que o mundo fosse salvo por Ele (Jo 3.17). Valorize-se como você é. Você é um amado do Senhor!

Três vezes Egito “E esteve lá, até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: ‘Do Egito chamei o meu Filho’.” (Mt 2.15)

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plano do rei Herodes foi o de matar o menino Jesus, antes de Ele tornar-se um perigo para o seu trono. Para abortar a maquinação do rei, o Senhor mandou José e Maria, com Jesus no colo, fugirem para o Egito. Esta estratégia já fora profetizada por Amós, séculos antes. “E assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: ‘Do Egito, chamei o Meu Filho’.” (Mt 2.15). No tempo das experiências dolorosas de José, o agora poderoso primeiro ministro explicou sua convicção: “Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês” (Gn 45.5). Depois de José, veio Moisés. Foram quatro séculos de ser-

vidão no Egito. Nesta altura, o Senhor decidiu que o povo hebreu já havia aprendido o suficiente com os egípcios. Por isso, preparou na própria corte do faraó, o líder hebreu Moisés, através de quem toda a legislação do povo hebreu foi outorgada. Depois de muitos e muitos séculos, com o objetivo de preservar a missão do Seu Unigênito Filho, o Pai usou o Egito outra vez. Bem, antes que alguém chegue à conclusão apressada de que a terra egípcia merece estar acima de qualquer outro povo, é importante dizer que nação nenhuma tem mais merecimento que qualquer outra. Cada uma, de acordo com o projeto divino, tem o potencial de ser usada como instrumento útil por Deus. Quando se trata de fazer Sua vontade, o Senhor usa o povo que bem lhe parecer: egípcio, berlinense, carioca ou sergipano. A nós, cabe a aceitação da incompreensível soberania e providência do nosso Pai. Seja no nosso bairro, no Egito ou na China.

Como ofertamos? Francisco Mancebo Reis, pastor, colaborador de OJB

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ecordemos um pouco do muito que o apóstolo Paulo ensina sobre a maneira correta de ofertar, fazendo uma avaliação da nossa prática. Como procedemos? Com prontidão? Da Macedônia, o zeloso e sensível apóstolo elogia: “Bem sei a vossa prontidão, pela qual me glorio de vós perante os macedônios” (II Co 9.2a). Prontidão

é rapidez, desembaraço, agiliCom regularidade? Entre dade. Palavra usada também os crentes mencionados em para o soldado em serviço. I Coríntios 16.2, oferecia-se a oferta “no primeiro dia Com voluntariedade? Con- da semana”. Há membros forme II Coríntios 8.3, as de Igreja que recebem saIgrejas da Macedônia oferta- lário semanalmente, mas a ram espontaneamente. E isso maioria recebe após 30 dias. fizeram “acima de suas pos- Uns e outros podem ofertar ses”, declara o texto. Houve regularmente. A omissão um sacrifício voluntário. Em dessa entrega pontual dificulsetores seculares não têm ta a Igreja diante dos vários faltado voluntários que doam compromissos mensais. Por dinheiro e tempo, abenço- exemplo: dar (ou pagar ou ando vidas. Que exemplos entregar) o dízimo uma vez dignos de imitação! ou outra, causa desequilíbrio

e transtorno. Imaginemos um coração e o bolso. funcionário não embolsando Na parábola do mordomo seu salário com regularidade. infiel, Jesus exorta seriamente os cristãos ao referir-se à Com proporcionalidade? censura do rico ao mordomo Observe-se ainda I Coríntios acusado de desperdiçar seus 16.2: “conforme tiver pros- bens: “Presta conta da tua perado”. É uma questão de mordomia; porque já não pojustiça. Tremenda injustiça des mais ser meu mordomo” é quem ganha mais dar me- (Lc 16.2). O desperdício com nos, ou quem ganha menos o supérfluo (o melhor carro, dar mais. Lamentável seria a melhor casa, a melhor rouconstatar Igrejas e a obra pa, o melhor passeio, etc.) é missionária serem sustenta- capaz de consumir recursos das pelos mais pobres, e os suficientes para reduzir camais abastados fechando o rências diversas.


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Buscar a Deus Edson Landi, pastor da Igreja Batista no Guanabara - Campinas - SP “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jr 29.13)

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uscar a Deus de todo o coração é a busca mais profunda do homem. É buscá-lO de forma íntima. Pois essas coisas não se descobrem com o cérebro e, sim, com a entrega do coração. É por isso que há muitas pessoas que frequentam uma Igreja há anos, são batizadas, exercem funções eclesiásticas, mas não mostram uma mudança de vida, pois, de fato,

nunca houve uma consagração. Elas leem livros, leem a Bíblia, conhecem centenas de hinos e cânticos. Mas, pelos seus frutos, podemos constatar que as mesmas não têm uma profundidade com Deus. Profundidade com Deus não é emocionar-se em um culto. Não é cantar alto. Não é saber de cor e salteado centenas de versículos bíblicos. É entregar ao Senhor a totalidade da vida; uma entrega convicta. Quem não entregou a Deus a totalidade da sua vida, com certeza não se preocupará e nem terá forças o suficiente para resistir a um momento de tentação. É um erro pensar que a Glória de Deus se resume

apenas aos cânticos que cantamos na Igreja. Deus é glorificado também através das nossas vidas, caráter e compromisso com Ele. Foi exatamente isso que Jesus nos ensinou em Mateus 5.16: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. Aquele que não busca ao Senhor de todo coração, terá imensa dificuldade em amar o seu próximo ou perdoar aqueles que lhe causaram algum mal. Uma pessoa cujo coração foi entregue a Deus estará disposta a pagar o alto preço para dar um bom testemunho em qualquer lugar que esteja. Uma vida entre-

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a infância, lá nos nossos primeiros anos de ensino pedagógico, aprendemos a usar a régua. A professora explica escala de medida, e mostra as múltiplas formas de usá-la. Ela pode servir para escrever tudo certinho, para cortar folhas, para fazer um traço reto, para provocar o amigo (a) da frente. A régua é útil nos desenhos e pode ser uma linda metáfora sobre medida. Além da régua, aprendemos no dia a dia a medirmos tudo que nos cerca. Aprendemos a medir distâncias com polegadas, palmos, jardas, quilômetros, passos, etc. Para os cristãos, a cruz é o símbolo do Amor de Deus. Foi na cruz que Jesus demonstrou o quanto somos

amados pelo Criador Deus. A cruz de Jesus no Calvário é central para a fé cristã. Na cruz, Jesus destruiu o poder da morte e ofereceu perdão à humanidade. Na cruz, Jesus disse “está consumado”, ou seja, está pago. Jesus pagou as nossas ofensas, nossos pecados e nossa desobediência. A cruz, somada à ressurreição, se tornaram a maior mensagem do mundo: o Evangelho, que é o “Poder de Deus para salvação a todo o que crê”. O Evangelho fala da boa notícia de que Deus nos ama, e que Jesus triunfou sobre a morte. O sacrifício de Jesus aniquilou o poder da morte para os que creem no poder redentor e salvador de Jesus, como o Filho do Deus Vivo; Jesus é o Messias de Deus que na cruz oferece perdão, misericórdia e graça. A cruz é a nossa régua de

etc. E, às vezes, não há uma preocupação em ensinar aos membros a Palavra de Deus. Ou falta um cuidado maior com os novos convertidos que, logo, são colocados para exercer funções sem ter o devido preparo. Igrejas assim estão repletas de crentes imaturos que não serão capazes de aconselhar aqueles que são mais novos na fé. Em resumo, uma Igreja dessas poderá ter muitas coisas atrativas aos olhos humanos, mas não terá o poder que vem do alto. Afinal, o poder de uma Igreja se caracteriza na conversão genuína do seu povo e não em seus programas de entretenimento.

Foi por amor

Cruz: a régua de amor Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

gue a Cristo tem prazer em obedecer às Sagradas Escrituras. Pois, “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus” (Jo 8.47). Há crentes que parecem sofrer do transtorno bipolar. Pois um dia cantam: “Tudo entregarei, tudo deixarei. Sim, por ti, Jesus bendito, tudo deixarei”. E, no outro dia, conseguem cantar: “Restitui, eu quero de volta o que é meu”. Há pessoas que estão na Igreja, mas o coração não. Não houve uma entrega total, pois não houve uma busca a Deus. Há Igrejas cujas maiores preocupações estão em seus programas. Há programas eclesiásticos todos os dias: reuniões, ensaios, projetos,

medida. A cruz é a medida do amor ágape do Senhor. A cruz é a medida de Jesus por nós, pois Ele mesmo disse que “Nos amou até o fim”, conforme está escrito em João 13.1. Ele nos amou até as últimas consequências no caminho ao Calvário e na cruz. A cruz é a medida do amor. Ela é a régua, não para medir o amor, mas que revela que o Amor de Deus está além da explicação humana. Amor que se doa em amar, que se entrega. Amor relacionado à ação, ao resgate, e à redenção. Amor que só focaliza o objeto do amor: o pecador. Amor sem fim, que se revela, mas não se explica. Amor que constrange quem é amado. Amor que nos leva a amar. Amor que muda as nossas vidas. Que nossa vida seja pautada pela régua do amor, a cruz de Jesus!

Joaquim, membro da Primeira Igreja Batista de Cacoal – Rondônia - RO (Dedicada ao pastor Ebenézer Soares Ferreira) Um dia, abatido, tristonho e ferido Peito dolorido, gemendo de dor Olhei minha história, pesares e glórias E fui questionar o meu Mestre e Senhor E fiz-lhe a pergunta de adolescente que se sente ancião Pensando ser sábio, honrado e sóbrio Fui lhe indagar Por que tu tornaste eu, pobre e pecador, em filho Teu? Por que tu tornaste eu, pobre e pecador, em um servo Teu? Porque tu tornaste eu, pobre e pecador, em um pai de família honrado e feliz? E a resposta foi esta Sem meias palavras O Criador do universo Jesus, o Senhor Me respondeu Foi por amor


6 vida em família

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reflexão

Gilson e Elizabete Bifano

Que vergonha!

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ai e filhos envolvidos no roubo de milhões de dólares de uma empresa ligada à Petrobras. Segundo a mídia informou nas últimas semanas, pai e filhos se uniram para surrupiar mais de 75 milhões de reais.É triste ver uma família inteira envolvida em algo sujo, vergonhoso e pecaminoso. Muitas vezes, falando para as famílias, sempre ressalto a importância de se cultivar a cumplicidade no ambiente familiar, desde que esta cumplicidade seja para o bem comum, para as coisas aprovadas por Deus e que glorificam o nome de Jesus e reforça o bom nome do cristão. Os pais não podem, de forma alguma, exigir que os

filhos se envolvam em coisas escusas. Se um filho, por exemplo, recebe a proposta de um pai para fazer algo errado, este filho, especialmente se é cristão, tem toda a autoridade de dizer “não” e confrontar o pai chamando-lhe à responsabilidade de ser fazer as coisas certas. Ananias e Safira podem servir de exemplo para este meu pensamento. A história está narrada em Atos 5. Ananias e Safira arquitetaram um plano para fraudar a Igreja Primitiva. A iniciativa foi de Ananias, mas sua mulher, Safira, ao ficar sabendo poderia, com toda autoridade, confrontar o marido, dizendo, por exemplo: “Isto que você está fazendo é er-

rado, contraria o coração de Deus e é uma mentira. Se você quiser levar a cabo seu plano, que vá sozinho, mas não conte comigo.” A história termina nos informando que os dois foram mortos de forma fulminante perante toda a Igreja. Ananias e Safira entraram para a história da Igreja cristã como o casal que usou a cumplicidade para o mal, para fazer algo errado. Na família, muitas vezes, alguém pode ter uma falha no caráter e comprometer a todos. Mas, se queremos manter a integridade familiar, é preciso que alguém da própria família confronte o transgressor e o chame à razão. Se insistir no erro, que este pague isoladamente pela transgressão.

A Bíblia diz que filhos devem ser submissos aos pais (Efésios 6.1). O mesmo diz em relação às esposas (Efésios 5.22). Mas, somente em coisas que não contrariam os princípios cristãos, a vontade de Deus é registrada em Sua Palavra. Vivemos dias difíceis na economia, é verdade. O desejo de ganhar dinheiro para proporcionar tranquilidade à família é enorme, mas de forma alguma, podemos abrir brechas na nossa conduta ético-cristã para ganhar dinheiro. O nome da família não pode entrar na história por atos ilícitos, sejam eles que envolvam pequenas ou grandes somas de dinheiro. No caso da família que a mídia noticia, o valor é

elevadíssimo. Como poderia ser um valor pequeno. O que importa é o princípio ético quebrado, a Nação lesada. Dinheiro que poderia ser aplicado na própria empresa para novos investimentos, gerando empregos e beneficiando milhares de famílias. Que os pais cristãos sejam exemplos positivos para os filhos e os tenham perto de si para o bem comum e para a glorificação do nome de Jesus. Gilson Bifano Escritor, palestrante e Coach na área de família, criação de filhos e vida conjugal. gilsonbifano@ ministeriooikos.org.br www.ministeriooikos.org.br


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missões nacionais

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O mundo dentro do Brasil - Trabalho com refugiados é desafio para Missões Nacionais Helder Ticou Didoff, pastor, coordenador dos missionários de IM e etnias no estado de São Paulo (Adaptado pela Redação de Missões Nacionais)

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os últimos anos, o fluxo imigratório tem se multiplicado e o clamor de apoio aos refugiados tem sido um desafio para as nossas Igrejas. Por isso, Missões Nacionais tem desenvolvido várias estratégias evangelísticas para alcançar os diversos povos estrangeiros que vivem no Brasil. Em Belo Horizonte, estratégias de plantação de Igrejas com povos chineses têm se multiplicado intensivamente,

Batismo de uma cigana na Tenda Batista Nômade, em São Paulo

desenvolvendo líderes entre a população dessa cultura milenar. Em Assaí - PR, nossos missionários têm uma Igreja plantada entre os japoneses. Também no Paraná, nossos missionários têm alcançado o povo árabe e refugiados sírios que encontram amor e receptividade entre o nosso povo Batista, para firmarem moradia. No estado de São

Paulo, encontramos a maior quantidade e a maior variedade de etnias do nosso país. Os povos africanos, em números oficiais, constam 18.000, mas, na realidade, o número é muito maior. Muitos chegam iludidos com as perspectivas de sucesso, frustram-se e são aliciados no transporte de drogas e acabam presos.

Igreja Africana em São Paulo

Os hispanos somam uma população de 500 mil habitantes e as condições com que trabalham e moram são desumanas, muitos são submetidos a trabalho forçado. Nossa missionária tem acompanhado toda a dificuldade com amor, dedicação e compartilhamento do Evangelho, criando relacionamentos discipuladores e formando

Pequenos Grupos Multiplicadores, com muitos da mesma família. Alcançamos também o povo cigano, um povo nômade que mora em acampamento, com traços culturais bem marcantes, mas que tem sido alcançado através dos nossos missionários. Invista, conheça e seja um parceiro desses projetos com etnias.

Santa Catarina avança na visão de Igreja Multiplicadora

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astor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, e o pastor Fabrício Freitas, gerente-executivo de Evangelismo da JMN, participaram, no mês de junho, do Congresso da Ordem dos Pastores Batistas do estado de Santa Catarina. Em sua mensagem, o pastor

Fernando desafiou os presentes a seguirem em frente na implementação da visão de Igreja Multiplicadora no estado. O pastor Fabrício, por sua vez, compartilhou com os pastores catarinenses as maravilhas que o Senhor tem feito no Brasil através da visão de I.M. A sua Igreja também pode adotar este

jeito bíblico de viver como Igreja. Vários eventos sobre o tema serão realizados no Brasil e no exterior, nos próximos meses. Consulte a agenda completa dos eventos e saiba mais Pastor Fabrício Freitas, gerentesobre a visão de IM no site: executivo de Evangelismo da Junta http://www.igrejamultiplica- de Missões Nacionais dora.org.br/

Pastor Fernando Brandão, diretor executivo da Junta de Missões Nacionais


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JBB

Paixão Pela Juventude vai para o Espírito Santo e Ceará

ra nós, capixabas, o PPJ 2016 é motivo de alegria e resposta de orações. A temática da Conferência é sobre algo que precisamos refletir mais. Por um lado, ouvimos dizer que nosso estado é um dos mais evangelizados do país. Por outro lado, temos números que retratam realidades sociais muito tristes. Somos o estado com a maior taxa de homicídios de mulheres e uma das maiores taxas de homicídios de jovens e adolescentes. Esses são dois exemplos entre várias questões que fazem parte da realidade do estado do Espírito Santo. Precisamos refletir sobre até que ponto temos sido luz como a Igreja de Cristo deve ser. Mesmo no meio dessa realidade triste temos motivos pra ter esperança. Sabemos que Deus tem líderes separados segundo o coração dEle, e esses são peças-chave para o despertamento da Igre-

ja. Por esse motivo, o PPJ é muito especial! Tenho fé que Deus vai abençoar os nossos jovens e adolescentes através do despertamento e da capacitação dos líderes e pastores

de juventude. É também com grande alegria que a Juventude Batista Unida do Ceará (JUBUC) terá a honra de receber o PPJ 2016, uma Conferência para líderes,

que visa alcançar pessoas que querem assumir o desafio de cuidar da juventude, entendendo que essa faixa etária é fundamental para a vida da Igreja e da sociedade. Esta é a segunda vez que o Ceará recebe um evento nacional da JBB. O primeiro foi o projeto missionário “Pés no Arado”, que aconteceu em 2012, tanto na capital quanto no interior, e trouxe grande crescimento para a juventude do nosso estado. Com a temática “Utilidade Pública”, o Congresso tem como fim motivar essa geração a ser mais parecida com Jesus, buscando integridade em seus atos, posicionamentos e pensamentos, tendo convicção do seu papel em levar os valores do Reino, preparando uma juventude para desenvolver sua vocação, sendo relevante no mundo em que vivemos. Como juventude estadual, cremos que o Paixão Pela Juven-

tude será divisor de águas para muitos jovens e adultos que trabalham ou desejam trabalhar com jovens e adolescentes em suas Igrejas locais. Será um tempo de crescimento, despertamento, confirmação de chamados e reavivamento para muitos dos que aqui estarão. Estamos esperançosos de que este evento impulsionará e amadurecerá a juventude do nosso Ceará e dos estados que aqui se farão presentes. Temos ciência de que um evento em si mesmo, não transforma ninguém. Por isso estamos em oração para que o “Paixão” não seja só um “point de encontro”, mas que seja uma ferramenta de Deus para incomodar a liderança, tirar pessoas das suas zonas de conforto, capacitar aquelas dispostas a servir e tornar a juventude nordestina e brasileira cada vez mais parecida com Cristo, em sua totalidade. Será um tempo de benção!

O maior congresso de adolescentes vem com tudo em Sergipe e você não pode perder! Silas Brito, jornalista

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á pensou em fazer parte de um acampamento com adolescentes de todo o Nordeste? E se esse acampamento tivesse música, esporte, adrenalina, Palavra de Deus e muita, mas muita diversão? Então não perca mais tempo, oxê! Faça já a sua inscrição no maior congresso de adolescentes que você já viu, o Teen Brasil 2016! No início do ano, o Congresso foi realizado no Rio de Janeiro e dezenas de vidas foram impactadas. Agora é a vez do estado de Sergipe, que de 25 a 27 de novembro, vai receber, com muito carinho, caravanas de todo o Nordeste que vão presenciar “Uma história de amor incrível”, baseada no texto de João 3.16. A Convenção Batista Sergipana (CBS) e sua Juventude acreditam que o Congresso fortalecerá e despertará a vida dos adolescentes e da sua comunidade, além de contribuir em seu processo de crescimento e amadurecimento para a vida. “Cremos que os adolescentes

serão despertados para a obra missionária e um maior comprometimento em suas Igrejas”, disse Marivaldo Queiroz, diretor executivo da CBS. A Juventude Batista Sergipana (JUBASE) tem desenvolvido um trabalho fundamental na realização do evento. “Estamos trabalhando em todo processo de organização, visitação nas Igrejas e divulgação através das redes sociais. Nos dias do Congresso, estaremos envolvidos com uma equipe para ajudar em tudo que for necessário”, afirmou Raquel Barreto, presidente da JUBASE. E já que o Congresso é de adolescentes, nada melhor do que perguntar pra eles. Por que participar do Teen Brasil? “Porque o Teen é um momento ímpar de conhecer outras pessoas e em comunhão poder adorar a Deus, com muita alegria, pureza e diversão com uma temática bem a cara da juventude”. A estudante Ione Caroline, espera que o Congresso seja um divisor de de como entraram. “Que seja pendimento e cura. Que seja águas e que todos os adoles- um evento abençoado, repleto o mover de Deus sarando e centes possam sair diferentes de união, comunhão, arre- transformando os adolescentes

do Nordeste”, acredita a estudante. Os adolescentes têm divulgado o Congresso em suas Igrejas e convidado amigos que conheceram em outras edições do Teen a realizarem suas inscrições. Além disso, estão buscando o total apoio dos pais e líderes locais. “Estamos animados! Sempre mostro a eles a importância do evento para a área espiritual da nossa vida e em conjunto com nossas Igrejas”, disse Antonio Magno, 17 anos. Mas, quem pode participar do Teen Brasil 2016? Para participar do Teen Brasil, você precisa ter entre 12 e 19 anos. E onde vai ser esse Congresso, moço? Na Chácara Paraíso do Faisão - Rua José de Silosa, 2011- São Cristóvão - Aracaju- SE Então, eu não posso perder e tenho que levar meus amigos. Como faço para me inscrever? Acesse: http://www.teenbrasil2016.com/


notícias do brasil batista

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Convenção Batista Brasileira realiza o Censo Batista 2016

m 2016, a CBB realizará o I Censo Batista, que será um retrato de corpo inteiro da denominação Batista com o levantamento do perfil e características das Igrejas, ou seja, ele nos dirá quantos somos, como somos e onde estamos. As questões que serão investigadas no Censo Batista 2016 são produtos de amplas consultas e debates com representantes da Convenção Batista Brasileira, sendo a Junta de Missões Nacionais o articulador deste processo. Hoje somos aproximadamente 13.436 Igrejas e Congregações, que somam aproximadamente 1,7 milhões Batistas da CBB, o que representa 0,8% da população brasileira. Mas... • O que sabemos desta população Batista? • Qual é o perfil e a localização dessas Igrejas? • Qual é a distribuição da faixa etária dessa população? • Qual a visão de crescimento? • Qual é o perfil do pastor e suas formações? • Qual trabalho tem sido desenvolvido com crianças, surdos, estrangeiros, etc? • Qual é o envolvimento missionário de cada Igreja Batista?

• Quais têm sido as ações 2000 e 2010 aumentaram em de compaixão de graça? 779,2% ou de 8,7 vezes (de 1.048.487 para 9.218.129). O Censo de 2010 do IBGE Neste mesmo censo, dimirevelou que a população nuiu o número dos que se evangélica no Brasil passou declararam católicos ao longo de 15,4% em 2000 para da última década e aumentou 22,2% em 2010. Destacado o número dos que dizem não por Cardoso em 2011 em ter religião, quintuplicando de uma matéria para Revista “Isto tamanho entre 1980 e 2010, É” sobre “O novo retrato da grupo este heterogêneo comfé no Brasil”, o crescimento posto por agnósticos, ateus assustador dos que se decla- e, sobretudo, por indivíduos raram “evangélicos sem Igre- que passaram a declarar não ja”, classificados pelo IBGE dispor de filiação religiosa, como evangélicos sem vín- não necessariamente por desculo institucional, que entre crença.

Diante desta realidade histórica, o que tem acontecido com as nossas Igrejas e Congregações? Os dados que serão coletados neste Censo Batista são de suma importância para visualizarmos o cenário atual dos Batistas da CBB. Com essas informações será possível traçar metas e objetivos mais precisos para avanço da denominação e tomada de decisões. Os resultados do Censo serão utilizados, principalmente, para:

• Criar uma base de cadastros única e íntegra das Igrejas e Congregações Batistas da Convenção Batista Brasileira; • Mapear o real cenário Batista; • Conhecer a estrutura e a força do trabalho Batista em cada município brasileiro; • Traçar metas e objetivos mais precisos para o avanço da denominação; Mais informações: (21) 2107-1814 (Thalita Monteiro)


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Departamento de Ação Social da CBB

A importância dos idosos Remy Damasceno, pastor, coordenador do Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira

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urante o 9° Encontro Nacional Batista de Ação Social, realizado durante a Assembleia da Convenção Batista Brasileira em Santos - SP, foi tratado o tema do idoso. Como fruto das discussões, foram elaboradas propostas práticas para o aprimoramento do trabalho realizado em benefício dos idosos em nossas Igrejas. Se você seguir essas orientações práticas, seus idosos serão mais valorizados e abenço-

ados no cotidiano de sua Igreja. Vejamos as sugestões: O ponto inicial é o cadastramento dos idosos. É preciso saber quantos são, onde moram, com quem moram. Junto a esse passo, será possível perceber quais as suas necessidades: saúde, finanças, companhia, etc. Não podemos esquecer que todo ministério realizado na Igreja tem o objetivo de glorificar a Deus abençoando pessoas. Para tanto, é fundamental conhecer o que elas necessitam. O próximo passo será sentar com eles para ouvir suas sugestões para o trabalho. Quando ouvimos as pessoas nós as valorizamos e motivamos. Além de ser o caminho

mais fértil para perceber as melhores ações para o ministério. Visando sua plena participação, será necessário entender o que dificulta o acesso deles aos cultos regulares e demais programações. Se o desejo é abençoá-los, o conhecimento de eventuais empecilhos poderá ensejar alterações na prática cotidiana da Igreja (horário do culto, a velocidade das leituras bíblicas, a altura das músicas, etc.). Outra questão prática refere-se ao fornecimento de transporte para o culto, na hipótese de haver alguém que não possua condições físicas para ir sozinho à Igreja. Se tivermos os idosos em

consideração, todo projeto de obra da Igreja levará em consideração a acessibilidade dos idosos. E não somente deles, mas de cadeirantes, crianças e deficientes visuais. Uma proposta considerada central no bom trato aos idosos em nossas Igrejas refere-se à inclusão da condição do idoso nos sermões. Como destaque, privilegiar a relação entre pais e filhos. Tendemos a centrar nossa preocupação somente quando envolve crianças, mas essa relação constitui um desafio permanente em todas as faixas etárias. Outra sugestão, é a criação de grupos pequenos destinados aos idosos. O que

fomentaria comunhão, evangelização e tematização de assuntos particulares a eles. Por fim, cabe ressaltar que a valorização do idoso em nossas Igrejas indica um caminho necessário de coerência. Não há como negligenciarmos dificuldades e sofrimentos de quem se encontra tão próximo a nós, diante do discurso incisivo de Jesus sobre o amor. Mas julgo que a maior necessidade são dos não-idosos. Eles precisam com urgência aprender sobre uma espiritualidade paciente, perseverante, calma e com clareza de prioridades que idosos têm condições de ensinar com palavras, atos e histórias.


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missões mundiais

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Fatos sobre o Ramadã Paulo – Missionário no Norte da África “Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos verdadeiros sábios e entendimento aos que buscam discernir e conhecer. Revela mistérios profundos e enigmas ocultos; conhece o que jaz nas trevas, e a luz habita nele em todo o seu esplendor” (Dn 2.21-22).

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a região onde estamos, o Norte da África, o mês do Ramadã começou no dia 06 de junho, segundo o calendário islâmico. A palavra Ramadã tem origem na palavra árabe “ramida” (‫)ناضمر‬, que significa “ser ardente” e, segundo os muçulmanos, esse período é considerado um bom momento para se queimar os pecados. O Ramadã marca também o início da revelação do Alcorão ao profeta Maomé e é praticado durante o mês saudável, isto é, o nono mês do

Durante o Ramadã, muçulmanos jejuam durante o dia e intensificam suas orações a Alá

calendário lunar islâmico. Se os muçulmanos devem jejuar, é porque no Alcorão, Alá diz que o jejum é obrigatório. A data do Ramadã muda de ano em ano e é calculada com base na posição da lua, o que varia em cada país. Essas datas são definidas pelas autoridades muçulmanas de cada Nação. Segundo a crença muçulmana, o Ramadã é um dos cinco pilares do islamismo. Este é um período de con-

templação durante o qual os muçulmanos não têm o direito de comer, beber, fumar ou ter relações sexuais do amanhecer ao pôr do sol. Apenas os doentes, as mulheres que estão em período menstrual, as grávidas, as que estão amamentando, os idosos, os pré-adolescentes e as crianças não são obrigados a cumprir o jejum. Assim, os muçulmanos têm o dever de orar, refletir sobre o lugar da fé em suas vidas

e sobre como desenvolver as qualidades humanas, tais como a paciência, a gentileza, a compaixão e a humildade. Finalmente, eles praticam a caridade, que é pagar, pouco antes do final do Ramadã, uma taxa obrigatória para que a mesquita possa ajudar pessoas que passam por necessidades. Ao cair da noite de todos os dias do Ramadã, os fiéis se reúnem com a família e amigos para comer uma refeição festiva. Laylat al-Qadr ou Noite do Destino (em árabe: ‫ )ردقلا ةليل‬é uma das noites do fim do Ramadã, considerada abençoada entre os muçulmanos, pois creem que foi durante essa noite que o Alcorão foi revelado a Maomé pelo anjo Gabriel. Segundo a tradição, foi também durante esta noite que Maomé teria viajado a Al-Quds (‫)سدقلا‬, onde viveu a ascensão e conheceu muitos profetas em cada céu. De acordo com o islamismo, a prescrição de oração foi encomendada por Deus

a todos os muçulmanos. Inicialmente, 50 orações diárias foram prescritas para os fiéis, mas o profeta Maomé subiu várias vezes ao céu para pedir a Deus que reduzisse o número de orações. Finalmente, as cinco orações diárias foram prescritas, mas elas têm o valor de cinquenta. Temos no mundo hoje mais de 1,5 bilhão de muçulmanos. Um relatório do Instituto Americano Pew divulgou que 22,9% da população mundial é seguidora do islamismo. A entidade mapeou o mundo islâmico por três anos e constatou que a maior parte dos muçulmanos está na Ásia, mas que já representam uma porcentagem pequena no Ocidente. Ore pelos povos do Oriente Médio e Norte da África que estão passando por grandes dificuldades. Que nesse período, Deus revele a eles todos os mistérios mais profundos da graça e da paz que excedem todo entendimento. Que eles possam sentir o verdadeiro amor do nosso Deus eterno.

Batismos na Espanha Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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ais pessoas estão entregando suas vidas a Cristo e tornando pública e sua fé no Filho de Deus. É o que tem acontecido na Espanha, onde dez pessoas foram batizadas nos últimos dias em Málaga, no sul do país, e também em Madri, a capital. Na Igreja Batista de La Luz, em Málaga, nosso missionário Marcos Vinícius de Araújo celebrou o batismo de duas pessoas: a adolescente Valeria, de 15 anos, e Alejandro. “Como se diz por aqui, a Igreja estava em festa”, conta o pastor Marcos Vinicius, segundo quem, na Espanha, celebrar batismos é um ato de vitória, pois “É muito difícil para um novo convertido completar todo o processo de discipulado e chegar a confirmar sua decisão através do batismo, sobretudo se a família não é evangélica”.

Pastor Adoniram Pires celebrou batismos na igreja em Madri

Pastor Marcos Vinicius realiza batismo em Málaga

Porém, o batismo de Valeria e Alejandro aconteceu em um clima de muita alegria e gratidão a Deus, além de ter sido uma excelente oportunidade para que eles convidassem amigos e familiares. “As pessoas têm muita curiosidade de saber como é isso de batizar adultos”, diz a missionária Sylvia de Araujo, esposa do pastor Marcos Vinícius, ao se referir ao batismo do catolicismo, religião bastante comum na Espanha

e que costuma batizar crianças com poucos meses de vida. A missionária conta que Alejandro se aproximou do Evangelho por meio da esposa dele, com quem tem um filho que por muito tempo frequentou a Igreja Batista La Luz, mas que, hoje, está afastado. Mesmo assim, Alejandro levou o filho e um casal amigo para assistir ao batismo. A adolescente Valeria é filha de pais crentes e também

teve a oportunidade de levar parte da família para compartilhar esse momento tão especial em sua vida. “A sua experiência de conversão foi muito forte, pois se deu em um tempo em que ela estava sofrendo bullying na escola e começou a entrar em depressão. Seus pais, recém-convertidos, começaram a orar e pedir oração por ela. Foi quando em um desses momentos de muita angústia que ela entregou sua vida a Cristo”, conta Sylvia.

Na capital, a Igreja Evangélica Batista Três Cantos foi abençoada recentemente com a celebração de oito batismos. Segundo o pastor Adoniram Pires, nosso missionário na Espanha, “A maior felicidade é ver como o Senhor continua salvando vidas para seu Reino”. “Foi um dia muito feliz, quando toda a Igreja celebrou os batismos. O templo estava lotado, e tivemos muitos familiares dos que se batizaram e que, pela primeira vez, assistiam a um culto evangélico”, conta Adoniram. O missionário fez a mensagem e falou sobre o Evangelho. As profissões de fé foram emocionantes, chegando até a embargar a voz de alguns dos batizandos. “Por trás de cada vida que descia às águas, a revelação do amor e da vitória de Cristo se fazia presente”, destaca. Louve a Deus por nossos novos irmãos em Cristo e pelo testemunho público da fé que abraçaram.


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Teológica realiza o 2º Encontro para Pastores No dia 06 de maio deste ano, a Teológica realizou o 2º Encontro, em parceria com a Ordem de Pastores, tendo a participação de cerca de 80 pastores. O objetivo principal é dar suporte aos pastores nas áreas pessoal, familiar e ministerial de suas vidas. Tivemos duas palestras: 1) - “A saúde emocional do pastor e família: prevenção e cuidados” - doutora Patrícia Pazinato (Psicóloga e professora da Teológica); e, 2) - “Dinamizando o ministério e a Igreja em tempos de mudanças” - pastor Vagner Vaelatti (pastor da Igreja Batista Boas Novas - SP - especialista em liderança). Teológica lança concurso do logotipo dos 60 anos No dia 01 de março de 2017, a Teológica completará 60 anos de vida e está lançando um concurso para a criação do logotipo comemorativo. No site da Teológica (www. teologica.br) você obterá mais informações. Esperamos a sua participação! Inscrições abertas para o segundo semestre Bacharelado em Teologia, enfatizando ministério, estudo da Bíblia/ Teologia e vida cristã Inscrições até 25 de julho. É um curso com ênfase na formação ministerial, bíblico/teológica e na área pessoal da vida do aluno por meio da aplicação de uma pedagogia integral de for-

notícias do brasil batista

Notícias da Teológica mação de líderes (forma inédita de ensino). Tem a duração de quatro anos, oferecido durante a semana, de segunda a sexta, das 19h30 às 22h45. Capacita para o exercício do pastorado e liderança na Igreja em diversas áreas. É um curso reconhecido pelo MEC. Pós-graduação – especialização em aconselhamento Inscrições até 25 de julho. Curso que capacita para o aconselhamento de pessoas com dificuldades na vida. Ensina técnicas e estratégias de aconselhamento e como identificar causas dos problemas pessoais. Curso oferecido as segundas e terças, das 19h30 às 22h45 (Apenas no primeiro semestre também oferecido às quartas-feiras, no mesmo horário). Também reconhecido pelo MEC. Pós-graduação – exposição e ensino da Bíblia Inscrições até 25 de julho. Este curso tem como objetivo levar o aluno a conhecer melhor a cultura e o contexto externo do texto bíblico; mostrar mensagem dos diferentes livros da Bíblia; sintetizar os principais aspectos da teologia bíblica; desenvolver capacidade de análise do texto bíblico; avaliar e utilizar os diferentes instrumentos auxiliares dispo-

níveis para a pesquisa bíblica; capacitar a comunicação pública do texto bíblico; debater os temas e hermenêuticas atuais a respeito do texto bíblico; além de discutir temas interdisciplinares relacionados ao estudo bíblico. Reconhecido pelo MEC. As aulas ocorrem a cada 15 dias às sextas à noite e sábado pela manhã e tarde. Ministério de louvor e de artes na Igreja Inscrições até 25 de julho. É oferecido em dois dias da semana (segundas e quartas), no período da noite. O curso tem como objetivo preparar líderes de louvor e adoração e também que atuam no ministério de artes da Igreja. É um curso especialmente modelado para atender a necessidade da Igreja local na área de adoração e do momento do culto, dando aos líderes ou futuro líderes desta área, condições de aprender práticas musicais e artísticas, com equilíbrio doutrinário e bíblico. No curso, também terá a oportunidade de trocar experiências com professores e participantes. Entre os professores, temos: Nelson Bomilcar, Sidney Costa e Luiz Sayão. Aulas as segundas e quartas, das 19h30 às 22h15. Estude a Bíblia e Educação Religiosa sem sair de

casa – para líderes e membros da Igreja A Teológica oferece dois cursos de extensão livres, por EAD (ensino a distância), em plataforma moderna com multimídia e texto, que você poderá fazer onde estiver, bastando um computador, tablet ou smartphone com acesso à internet. Os cursos foram preparados por mestres e doutores com experiência nos temas abordados. Ao final do curso. o aluno, sendo aprovado, recebe certificado de conclusão na modalidade livre. 1) - Programa “Teologia – curso básico”, com o objetivo de oferecer formação básica no campo da Bíblia/Teologia com cinco módulos (Antigo Testamento, Novo Testamento, Doutrinas Bíblicas, Interpretação Bíblica, Exposição Bíblica). Cada módulo tem 13 lições e pode ser utilizado trimestralmente na Escola Bíblica da sua Igreja, como uma classe para cinco trimestres. Veja que grande oportunidade sua Igreja terá. 2) - Introdução à Educação Cristã em nove lições, abrangendo os fundamentos bíblicos, históricos e metodológicos da Educação, além de formulação de objetivos educacionais, como envolver o aluno na aula, a utilização de recursos de multimídia e audiovisuais, etc. Informações:

www.teologica.br ou e-mail ead@teologica.br. Tenha em sua Igreja um núcleo da Teológica Tenha um núcleo de estudos da Bíblia/Teologia e Educação Cristã em sua Igreja. É muito fácil, pois utiliza a estrutura do Programa de Ensino a Distância (EAD) mencionada acima. Forme classes em sua Igreja por meio destes núcleos e ela será muito beneficiada pelo treinamento com qualidade e os resultados serão logo visíveis. A Teológica já está atendendo diversas Igrejas. Aproveite esta oportunidade entrando em contato com professor Lucas Merlo (lucas@ teologica.net). Cursos de extensão aos sábados e novos cursos Veja no site da Teológica os cursos (Capacitação Teológica, Bíblia e Louvor/Adoração) e diversos temas que serão oferecidos aos sábados (Grego não é grego, Apocalipse, Ministério e Saúde) e durante a semana (Aconselhamento em destaque). Contato com a Teológica pelo site www.teologica.br, pelo e-mail secretaria@teologica.br ou pelo telefone (11) 3879-3600 (seg-sex das 14h às 20h30)


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ponto de vista

Um homem chamado Aristides Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

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uando cheguei para a região onde vivo, lá pelos anos 70, conheci um irmão e amigo chamado Aristides. Não havia cursado uma faculdade que o deixasse cheio de si, era humilde, gostava de evangelizar, estava sempre alegre, com aquele sorriso que lhe era peculiar. Certa vez, alguém lhe disse que ele não sabia evangelizar. Ele sorriu e continuou o seu trabalho, na sua simplicidade. Era um homem valoroso, pai de família, servo fiel, intercessor, responsável na Obra do Senhor, compromis-

sado com Cristo e com sua Igreja, a qual ele amava. Estava sempre preocupado com o crescimento das Igrejas, era visitador, atencioso com a necessidade dos irmãos. Tive o privilégio de trabalhar com ele em várias cidades na evangelização. E cada viagem era uma oportunidade para descrever tudo em forma de poesia. Nossas conversas eram sempre em torno para Palavra, a respeito da Igreja e do ministério pastoral da evangelização. Ao comando do então missionário José Onécio, iniciamos a Igreja sob rodas. Em cada cidade visitada era uma benção, mas nem sempre

o nosso dinheiro dava para tudo, ou pagávamos o pedágio, colocávamos gasolina ou almoçávamos, o que quase sempre era pão, mortadela e suco. Certa vez, lá em Piedade, uma mulher esbravejava contra Deus, possessa, e então ele chegou com calma, falou em nome de Jesus e orou. Em poucos minutos estávamos dentro da casa dela, mostrando o caminho do céu e apelando para aquele coração sedento. A equipe foi desfeita aqui, mas ele aguarda nossa chegada, não mais para evangelizar, mas para desfrutar da presença do nosso Mestre, Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Um servo chamado Aristides: Que de Jesus recebeu aprovação, Era humilde de coração, Conquistou sempre amigos, Era apaixonado por Cristo, Foi transferido em 27 de novembro, Não tinha muita instrução, Para receber a eterna consolação. Somente fé e amor no coração, O seu dom era criar versos, Era de um talento impressionante, Evangelizar o seu objetivo, Trazia na alma e no peito um coração, Aos mais novos aconselhar, Era um homem simples e bom, Aos mais antigos compartilhar. Amoroso, amigo e confiante Tudo que fazia era com amor, Era sincero, fiel, trabalhador, Falava de Cristo com cada pecador, E em suas poesias exaltava ao Senhor Esse era o meu amigo Aristides


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Construindo um templo Amurabe Farel Bernardes de a lógica parece não existir. Sou arquiteto. Minha graAndrade, Arquiteto duação aconteceu em 1978 Contato: amurabe. pela Faculdade de Arquitetuandrade@gmail.com ra e Urbanismo da Universiuando se pensa dade Gama Filho, no Rio de em comprar um Janeiro. Tive oportunidade imóvel residen- de atuar em diversos segmencial, o mercado tos da profissão, no entanto, apresenta uma série de pos- projetar templos religiosos é sibilidades. Essas possibili- atividade que me fascina e dades crescem na proporção que me acompanha desde o direta da capacidade de pa- começo de minha formação. Nessa caminhada depareigamento de quem compra. Em qualquer bairro de -me com situações que fogem qualquer cidade existirá da lógica e normalidade do sempre um imóvel usado mercado. Essas coisas sempre à venda. Pequeno, médio, resultam em problemas futugrande, mais simples, mais ros e, por esse motivo, devem sofisticado, com ou sem vaga ser evitadas ou remediadas o de garagem, enfim, muitas mais rápido possível. A repetição dessas situaalternativas. Imóveis novos sempre serão um pouco mais ções problemáticas, ao longo restritivos. Por vezes, pela do tempo, me leva a entender falta de oferta, por vezes pelo que vale a pena tornar públicos alguns casos mais copreço. Em qualquer transação muns e suas consequências, imobiliária, o comprador para que, de algum modo, e o vendedor precisam se- eles sirvam de alerta para as guir alguns procedimentos Igrejas que estejam em situapara que a compra e ven- ções semelhantes ou mesmo da se estabeleça. Da parte tentando evitá-las. Vamos separar por tópicos, do vendedor, este terá que demonstrar, através de do- procurando preservar a Igreja cumentos legais, que é o em questão: legítimo proprietário do bem e que o mesmo está livre e Terrenos para construção Igrejas com maior capacidesembaraçado para a venda. De sua parte, o comprador dade de lugares normalmenterá que comprovar capacida- te são construídas em mais de financeira de adquirir esse de um lote de terreno. Isso bem. Se for por meio de recur- acontece com frequência em sos próprios bastará combinar bairros residenciais, onde é as datas para pagamento. Se preciso juntar três ou quadepender de financiamento tro desses lotes de terreno deverá apresentar documen- padrão para poder construir tação do agente financeiro um templo. A mesma coisa acontece com os condomíautorizando a transação. De qualquer forma, essa nios verticais que, às vezes, negociação só pode ser con- ocupam quarteirões inteiros. A primeira preocupação siderada concretizada quando, depois de celebrada uma neste exemplo é que todos os escritura de compra e venda, lotes que vão compor o terreesta for levada a registro para no da Igreja estejam regularser feita a averbação e, conse- mente registrados no nome quente, transferência legal e dela. Esses lotes precisarão definitiva do bem do vende- ser remembrados em um único lote de terreno e esse novo dor para o comprador. Simples? Lógico? É. Mas, lote resultante deverá atender nem sempre funciona assim. às restrições da legislação Quando se trata de Igreja e urbana para o local. Começam aí os problemas. construção de templo, então,

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Conheço algumas Igrejas já construídas há alguns anos que não conseguem a aceitação da sua obra e o consequente “habite-se” da prefeitura, porque existem pendências no remembramento dos terrenos que constituem sua propriedade. Então, atenção: Vai construir? Certifique-se que o terreno ou o conjunto de terrenos onde será feita a construção tem escritura de compra e venda e estão averbados no registro de imóveis em nome da Igreja. O projeto de remembramento, também conhecido como “projeto de remembramento e desmembramento” de terrenos, é aprovado pela secretaria de urbanismo da prefeitura local, separadamente do processo de construção. Teoricamente, o remembramento deveria ser condição para a licença inicial de construção. Isso evitaria embaraços futuros. Mas nem sempre isso acontece, por esse motivo não devemos pular etapas. Primeira etapa, terrenos legalizados. Segunda etapa, remembramento para transformar esses terrenos em um só. Terceira etapa, licença de construção. Mas, tem uma pegadinha. Consultou a legislação urbana do local onde vai ser construído o templo?

o nome de Legislação Urbana e de Uso do Solo. É preciso consultar a legislação de uso do solo da cidade para saber o que pode ser construído em cada bairro e em cada rua, mais especificamente. Nas grandes capitais, a legislação prevê bairros inteiros exclusivamente residenciais, por exemplo, onde a atividade de culto religioso é proibida. Então, atenção: Vai construir? Certifique-se que para o local escolhido a atividade de culto religioso é permitida ou, ao menos, tolerada. Não faça campanha para compra de terreno em sua Igreja sem ter certeza que será possível aprovar um projeto de construção de templo religioso no local. Legislação Urbana 2 Resolvida a primeira etapa, terreno liberado, remembrado e em local próprio para construção de templo religioso, vamos considerar a etapa do projeto. Vamos partir de uma premissa: Qualquer construção, para qualquer finalidade, deve atender os limites estabelecidos pela legislação de uso do solo. Essas restrições, limites, ou parâmetros, são divididos em gerais e específicos:

Gerais Legislação Urbana 1 • Taxa de ocupação – ExisUm grande exemplo de te um limite máximo de cidade planejada que todos ocupação para o terreno, conhecem é Brasília; cidaconforme sua localização. Uma taxa de ocupação de de projetada em formato de 70% significa que podeavião, distribuída em setores residenciais, hoteleiros, comos ocupar com a consmerciais, etc. trução, no máximo, 70% Em escalas variadas, todas da área do terreno. as cidades têm um planeja- • Índice de aproveitamento da área – Este índice vai mento de desenvolvimento e estabelecer a área máxima crescimento, natural em boa da construção dentro do parte e estimulado em alguns terreno. Um índice igual a segmentos. Esse planejamen“3,5”, por exemplo, indica to resulta no surgimento de que podemos construir, no uma legislação que controle máximo, três vezes e meia e organize a ocupação das a área do terreno. áreas. A essa legislação se dá

• Índice de permeabilidade do terreno – Indica a área mínima de jardins e áreas permeáveis, isto é, por onde a água pode escoar para o solo. Um índice de 20% significa que a soma dos jardins e áreas permeáveis deve ser igual ou superior a vinte por cento da área do terreno. Específicos • Gabarito – Altura máxima da edificação; • Iluminação e ventilação; • Acessibilidade; • Áreas mínimas dos ambientes; • Laudo de exigência do corpo de bombeiros; • Impacto ambiental; • Impacto viário; • Vagas de garagem. Esses são alguns dos parâmetros estabelecidos pela legislação e que precisam ser respeitados para que o projeto seja aprovado. Então, atenção: Vai construir? Certifique-se que o projeto atende a todas as restrições da legislação urbana e dos órgãos ambientais. Não inicie uma construção sem ter essa certeza. O risco é não ter a aceitação da obra ao final da mesma e não poder utilizá-la ou, o que é pior, funcionar na ilegalidade. Recomendação: Procure cercar-se de profissionais competentes. • Um bom advogado pode ajudar na análise e verificação dos documentos e das certidões comprobatórias da legalidade de um imóvel; • Um bom arquiteto vai procurar desenvolver o melhor aproveitamento do terreno restringindo-se à legislação. Um templo religioso não pode ser construído de forma a depender de favores políticos ou exceções para funcionamento. O terreno está legalizado? O projeto está encaminhado e vai ser aprovado? Então, vamos começar a pensar na construção.



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