ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 05/07/15
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
“Esforcem-se para viver em paz com todos” Hebreus 12.14a
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Ano CXIV Edição 27 Domingo, 05.07.2015 R$ 3,20
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reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
Posicionamento da Convenção Batista Brasileira nos dias atuais
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Convenção aparece, na experiência Batista, como instrumento para canalizar e dar expressão concreta ao desejo das Igrejas Batistas e do povo Batista de, juntos, pelejarem “Pela Fé que uma vez foi dada aos santos”. Diante dos diversos fatos que vêm ocorrendo nos últimos tempos em nosso país e no mundo, a Convenção Batista Brasileira vai a público para manifestar-se, considerando que é uma de suas atribuições se posicionar perante a sociedade e os poderes constituídos, expor e defender os valores e princípios legitimados pelas Igrejas Batistas que, livremente, se associam para sua formação. A Convenção é uma associação religiosa que tem por finalidade promover o Reino de Deus em todos os seus aspectos, por todos os meios eticamente lícitos. Assim, nesta edição e em algumas próximas, divulgaremos algumas
ações e iniciativas da nossa liderança, bem como pensamento e posicionamento dos Batistas a respeito de assuntos, como as manifestações dos defensores do homossexualismo, da intolerância religiosa, da separação da Igreja e Estado, entre outros. Nesta publicação você lerá, na íntegra, a exposição feita pelo presidente da CBB em audiência no Supremo Tribunal Federal, pastor Vanderlei Batista Marins, no que diz respeito a legalidade ou não do ensino religioso nas escolas públicas e a forma como o mesmo será ministrado. Também publicaremos artigos produzidos por diversos colaboradores deste centenário Jornal, que manifestam seus posicionamentos sobre temas relevantes, tais como a guerra de poder declarada por cristãos e diversos outros setores da sociedade, assim como as ofensas ao cristianismo através de ações que trilham uma linha tênue entre
Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m
As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).
o desrespeito e a liberdade de expressão, como vistas na 19ª Parada do Orgulho LGBT, em São Paulo. Assim como, o posicionamento de alguns cristãos que expressaram repúdio pela classe LGBT através do boicote a uma determinada campanha publicitária. Trataremos também do tema preconceito e racismo, através da Coluna Vida e m Família, do pastor Gilson Bifano. E trazemos também uma matéria sobre intolerância religiosa e liberdade de crença, onde narra-se a manifestação que reuniu centenas de pessoas no Rio de Janeiro junto à menina Kaillane, que levou uma pedrada ao usar roupas que expressavam sua fé. Dentro de todas essas abordagens, expomos que nossa posição consiste em agir tal como Jesus Cristo, com amor. Sentimento e decisão essa que não nos permite ser pessoas omissos ante às mazelas da nossa sociedade
como um todo, porém, nos faz demonstrar, na prática, o que é viver o Evangelho da Cruz, ensinado por Jesus e deixado como instrução em Sua Palavra, a Bíblia. Repudiamos qualquer discriminação e temos consciência de que nossa missão é transformar o cenário atual em que vivemos através da renovação, em primeiro lugar, da nossa mente, como Cristo nos ensina. Seguir Jesus é negar-se a si mesmo por amor ao próximo. Se não amamos a quem vemos, como amaremos a Deus, a quem não vemos? Precisamos olhar para fora das quatro paredes e demonstrar o amor que Cristo concede a nós todos os dias, ao ponto de enviar o Seu único filho para morrer por nós, pecadores. Ele não desiste de nós e, como Batistas, firmados na Palavra, não desistiremos dos valores ensinados por Jesus e da sociedade que o Senhor nos deu o privilégio de amar.
Vence pelo amor!
recendo imitar Jesus. Será que o Mestre agiria como eles? Certamente, não. Irmãos, há um hino em nosso Cantor Cristão, onde, em um dos trechos, lemos o seguinte: “Não te dê por insultado, mas responde com agrado. Vence pelo amor!”. Graça e Paz!
Amados irmãos, alguns religiosos dizendo-se cristãos católicos, espíritas e evangélicos estiveram na Câmara Federal para protestarem contra, segundo eles, um ato praticado por uma transexual na “Parada Gay”, que ocorreu em São Paulo. Na ocasião, ela se amarrou a uma cruz, pa-
Eber Soares de Souza, Primeira Igreja Batista de Niterói – RJ
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MÚSICA Rolando de Nassau
Cânticos contemporâneos – II (Dedicado à jovem leito- rítmicos tornar-se-ão amenira Ângela Christina Corrêa zados e suas primitivas assoS.P.Néris, de Brasília) ciações profanas serão menos lembradas” (ver: “Rethinking stivemos, em 1966, na Church Music”). Em meados da década de linha de frente contra a “Contemporary Chris- 60, Larry Norman (1947tian Music” - música 2008), quando trabalhava cristã contemporânea - (ver: nos grupos de “rock” (“The Doors” e “The Who”) e com OJB, 19 jun e 25 set 1966). Na época, como ainda Janis Joplin e Jimi Hendrix, hoje, percebemos que um tinha uma visão muito munestilo que aproveita instru- dana a respeito da música. mentos e ritmos da música Isso não impediu que fosse o profana não é adequado ao pioneiro do chamado “Rock Gospel” (roque santeiro) e culto de uma Igreja Cristã. lançasse, em 1969, o álbum Quais são as características “Upon This Rock”. Também, em 1969, o roda chamada música contemporânea que se diz cristã? queiro John Lennon (19401980) firmou-se na música 1. Contemporaneidade – é de “rock” ao lançar o disum argumento frágil: vale co “Plastic Ono Band”, e o somente para uma determi- compositor batista Mylon Le nada geração; estará sempre Fevre (1944), na tentativa de se referindo à moda musical; misturar letra cristã e música as canções de 1970, passa- profana, ao produzir o álbum dos 25 anos (uma geração), “We Believe”. O historiador John Thompatualmente são consideradas “antiquadas”; os jovens son (ver: “Raised by Wolves: de 2015 não gostam, pelo The Story of Christian Rockmenos nos EUA e na Comu- -and-Roll”, 2000) observou nidade Britânica, dos cân- que “Larry Norman está para ticos de 1990, mesmo que a música cristã o que John tenham entrado nos hinários Lennon está para o rock”, oficiais das denominações. no uso de seus instrumenEm 1959, o escritor Paul tos característicos (guitarra, Wohlegemuth, que acredita- bateria, teclados, piano e va no poder da propaganda, sintetizador). O crítico Gerald Clarke, teve uma excepcional percepção ao escrever: “A dé- nessa época, constatou que cada de 60 verá a aceitação as letras cristãs não atenuada música influenciada pelo vam o caráter profano das ‘rock’, em todos os níveis da músicas (ver: “New Lyrics for ‘música-de-igreja’. O estilo the Devil’s Music”, TIME, 24 de ‘rock’ será mais aceitável junho 2001). Evidentemente, pelas pessoas; seus excessos na década de 60, os jovens
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estavam mais atraídos pelo tipo de música que mais se executava em sua geração: o “rock”;
oradores, instrumentistas e ouvintes era a menos formal possível; não estavam em salas de concerto ou templos, mas no desconforto das ruas 2. Origens da prática mu- e praças das cidades; sical - Os comentaristas da 6. Simplicidade das letras CCM não se lembram, ou omitem o fato de que esse - As canções eram simples, estilo de música teve origem sem rima, de fácil memorizanas passeatas e nos comícios ção, por serem muito repetipromovidos pelo “Jesus Mo- das, de conteúdo doxológico vement”; em seguida, nas e carismático, superficial; reuniões de jovens de Igrejas Pentecostais ou Carismáti7. Ritmo das músicas - As cas. Não era executado nos melodias regionais tinham cultos de Igrejas Protestantes ritmo sincopado e dançante; ou Evangélicas. Era música de entretenimento para os 8. Natureza dos “shows” jovens que enfrentavam as - Ainda mais reforçada nos manifestações do “Peace dias a tuais, devido ao cresMovement”; cimento pentecostalista, as apresentações tinham clara 3. Recursos musicais - Os natureza carismática; músicos de ambos os mo9. Produto importado vimentos de opinião (pacifistas e religiosos) recorriam - Quando, na década de aos instrumentos da música 60, começaram a chegar popular (violão, guitarra, te- ao Brasil, alegava-se que os clados, percussão, atabaque, cânticos eram para supleagogô) que deveriam tocar mentar os hinos das denominos mais altos níveis de som, nações. Recebiam traduções pois o objetivo era chamar cheias de erros gramaticais. a atenção e sensibilizar as Para evitá-los, estimulou-se massas de jovens; a imitação local das letras estrangeiras, mas os erros 4. Perfil cultural - Os jo- continuaram; vens que participavam das 10. Ubiquidade - A bateria, passeatas, comícios, manifestações, reuniões, festivais e timidamente, foi admitida cultos tinham uma formação na sala dos jovens. Algum musical e literária profana, tempo depois, penetrou no que pouco ajudava na pro- santuário da Igreja. Se for colocada dentro de paganda religiosa; uma redoma de vidro, talvez 5. Postura dos participan- continue a fazer barulho. O tes - A postura dos cantores, baterista quer entrar no “Nir-
vana”, com a rapidez de Michael Mangini e a energia de Neil Peart? Seu malabarismo é sinal de que quer ser visto. Sua contumácia é porque não se importa, se perturba o ambiente. Seu martelo vibra, mesmo quando é cantado o hino “Descansando nos eternos braços”. Não sabe que dominar o andamento lento é mostrar maturidade, e que é o regente quem dita a velocidade e a intensidade do volume sonoro; 11. Mesmice - Os hinários contêm várias dezenas de boas peças literárias, produzidas nos últimos 400 anos, sobre muitos assuntos, mas no atual repertório de cânticos (com 120 “corinhos”) os temas são poucos, o que resulta termos a mesmice musical para ser usada nos cultos de nossas igrejas. Em apenas meio século (1965-2015) os cânticos contemporâneos estão chegando à exaustão. Não esqueçamos que a CCM tem suas raízes no movimento “hippie” da década de 60; não surpreende que tenha avançado para o “hip hop” e o “punk”. Em 20 anos, contradizendo o seu “voto de pobreza”, logo se tornou uma lucrativa indústria cultural, baseada em Nashville, Tennessee, USA. Atualmente, em muitos casos, aos cânticos contemporâneos faltam originalidade e profundidade; são meras imitações da música popular profana.
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“Demonstração de força” Carlos Henrique, colaborador de OJB
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time forte é aquele que consegue ganhar os jogos. Até algumas semanas, Marcelo era o treinador vitorioso do Cruzeiro, time da capital mineira. Conquistou vários títulos nos últimos anos e bateu o recorde de permanência como técnico na história recente do futebol brasileiro. Marcelo foi dispensado porque o Cruzeiro começou a perder. Ficou fraco. Vivemos em uma guerra declarada pelo poder, e não é de hoje. Os discípulos de Jesus, seguindo o padrão do mundo, buscaram poder no futuro ministério do possível governador de Jerusalém. Criam que Jesus restauraria o governo a Israel, mas o Israel da terra. Jesus chamou os seus discípulos ao lado e disse: “Vocês estão certos! No mundo os governantes dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas” (Mt 20.25). Seguindo este padrão mundano vemos muitos crentes em busca do poder, apenas para demonstrar a sua força. Há algumas semanas “O Boticário”, desejando aumentar as vendas no “Dia dos Namorados”, incluiu na propaganda casais homossexuais. Logo surgiram “crentes”, “evangélicos”,
“cristãos” (não sei como chamá-los), que levantaram uma campanha para boicotarem a marca deixando de comprar seus produtos. Um dos textos incentivando o boicote dizia para se “descurtir” a campanha e assim mostrar a força “do povo de Deus”. Na sexta, dia 05 de junho, havia mais que o dobro de “força” curtindo a campanha no Youtube, contra menos da metade de “força” “descurtindo” a campanha. Ao medir força com o mundo, no seu terreno, do jeito que eles sabem fazer, não é preciso esperar para saber quem vai sair vitorioso e quem será envergonhado. Lembra que Jesus falava sobre a força com os seus discípulos? Jesus disse que eles pertenciam ao Reino de Deus e que a atitude deles não seria igual às pessoas do mundo. No Reino de Deus, tem força aquele que serve (diácono). Se alguém quiser ser grande no Reino de Deus, seja o escravo (doulos). Jesus completa dizendo que ele mesmo veio servir e dar a Sua vida para resgatar as pessoas, segundo Mateus 20.26-28. Como poderemos servir esta geração adúltera e pecadora? Buscando uma resposta na Palavra que Deus organizou e deixou para orientação dos salvos, escolhi dois
itens para meditar. Paulo orienta os crentes a viverem intensamente a salvação, de tal forma que Deus tenha a liberdade de operar nos corações, tanto o querer, como o fazer, para que os servos do Reino possam brilhar como verdadeiros astros, vivendo de forma pura, irrepreensível, sem culpa, bem no meio desta geração corrompida e depravada, como está escrito em Filipenses 2.12b-15. Não é para medir força com o mundo. É para viver o Evangelho no mundo. Outra intervenção no mundo foi orientação de Jesus antes de subir aos céus. Ele disse para os seus discípulos irem ao mundo e pregarem o Evangelho a todas as pessoas, de acordo com Marcos 16.15. Este Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê e a manifestação da justiça de Deus, como relata Romanos 1.16-17. Aliás, para viver e pregar, Jesus não procurou pessoas com grande força. Procurou os fracos para o mundo, mas que se fortalecem obedecendo e vivendo o Seu Evangelho, segundo I Coríntios 1.27-28. Desta forma, se precisarmos expressar alguma glória, que seja por vivermos em Cristo, e não de alguma demonstração de força, como a Bíblia diz em I Coríntios 1.31.
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
Respeitando as diferenças “E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre” (At 15.39).
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ão existem dois seres idênticos. Quando muito, encontramos algumas semelhanças entre pessoas. Só que, na prática, a pessoa só é semelhante, porque possui algumas diferenças. Nos relacionamentos humanos, o grande problema não reside nas possíveis coisas iguais, mas nas diferenças existentes. E é neste ponto que se torna importante a virtude da tolerância. Isto é, como conviver com diferenças, de modo a não permitir que elas nos separem? Com relação a João Mar-
cos, Paulo foi tão intolerante com relação à sua imaturidade, que chegou a brigar com Barnabé. “Houve tal desavença entre eles, que vieram a separar-se” (At 15.39). Nos relacionamentos humanos espera-se que os mais maduros tolerem as fraquezas dos imaturos. Não no sentido de pactuar com os erros, mas no sentido de compreendê-los e ajudar o inexperiente a evoluir. Não há relacionamento humano que resista à intolerância. Casais que adotam a filosofia do “bateu, levou” não conseguem viver em harmonia, não conseguem crescer juntos. Ser tolerante não é ser fraco. Mas, o resultado de pessoas que aprendem a cultivar o amor bíblico e a viver com cooperação.
Sobre fé ofendida Mateus Oliveira Mello, pastor auxiliar da Igreja Batista Boas Novas Presidente Prudente - SP
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eu nome é Viviany Beleboni. Ela é transexual e causou polêmica com o protesto da crucificação na Parada do Orgulho LGBT no dia 07 de junho de 2015. Ela disse ao site G1: “Nunca tive a intenção de atacar a Igreja. A ideia era protestar contra a homofobia”. Dentre tantas formas de protesto, ela se utilizou do episódio da crucificação de Cristo para passar sua mensagem, e completou: “Usei as marcas de Jesus, que foi humilhado, agredido e morto. Justamente o que tem acontecido com muita gente no meio GLS, mas com isso ninguém se choca”. Se ela tinha ou não tinha a intenção de atacar a Igreja, a fé cristã, os cristãos, isso eu não sei, mas ficou claro que muitos cristãos se sentiram atacados e, desde então, as
mais diversas opiniões vieram à tona; discussões intermináveis, cristãos revoltados nas redes sociais e pessoas de todos os lados expressando seu ódio e ameaças uns contra os outros. A imagem mais antiga da crucificação data do início do século II. É uma sátira romana em que Jesus é representado por um homem com cabeça de burro e crucificado, enquanto outro homem aparece ajoelhado diante dele. O rabisco foi encontrado nas paredes de um quartel do exército no monte Palatino, em Roma, com a legenda: “Alexamenos adora seu deus”. Protestos satíricos ou sátiras que protestam, zombarias representadas, desenhadas ou faladas fazem parte da história cristã desde que Jesus se manifestou como Senhor e Mestre de alguém. Portanto, o que se viu na chamada Parada do Orgulho LGBT não foi novo e não foi único, nem lá, muito menos na história da Igreja.
Aí eu vejo e escuto: “Então fazemos o que, pastor? Ofenderam minha fé! ‘Tiraram’ uma com o meu Jesus. Isso é blasfêmia! Vamos ‘entrar’ na política, vamos colocar fogo na próxima Parada Gay. Vamos detonar esse povo!”. E eu respondo a todos os ofendidos de fé com uma pergunta: O que Jesus mandou você fazer diante de ofensas? A resposta está na oração do Senhor: “Pai nosso [...] perdoe as nossas ofensas como perdoamos aqueles que nos têm ofendido...” (Mt 6.12). Ela ainda se complementa com: “Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam” (Mt 5.44). Aí você acaba de ler essas palavras de Jesus e, talvez, pense: “Mas isso não resolve nada; o que resolve é espada neles. O que resolve mesmo é colocar fogo na próxima Parada Gay”. Mas essa filosofia revolucionária baseada na força
era o fundamento do partido dos zelotes nos tempos de Jesus, não o ensino do próprio Jesus. Cristo disse: “Guarde a espada. Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão” (Mt 26.52). A reação violenta foi a proposta de João quando Jesus e seus discípulos foram impedidos de se hospedar em um povoado samaritano e Jesus o reprovou dizendo: “Vocês não sabem de que espécie de espírito vocês são, pois o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los” (Lc 9.55). “Então, vamos ‘entrar’ na política com o deputado Marco Feliciano, o senador Magno Malta e o pastor Silas Malafaia e ‘meter a boca’ nesse pessoal. Vamos mudar a política no Brasil votando em crentes. Vamos processá-los por essa blasfêmia!”. Porém, a esperança na política era uma das características do partido dos saduceus nos tempos de Jesus, não o ensino do próprio Jesus. Nosso
Mestre disse: “Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus” (Mt 16.6). “Tá, então vamos sair apontando o dedo na cara desse povo da Parada Gay dizendo a eles o quanto não são de Deus!”. No entanto, essa atitude era tomada por muitos fariseus nos tempos de Jesus, não pelo Cristo. “O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens...’ (Lc 18.11a)”. Então, meu querido irmão ou irmã em Cristo, quer saber o que fazer? Perdoe, ore e ame! Desprezar o perdão, a oração e o amor, enquanto se abraça as atitudes e filosofias expostas acima é ofender sua própria fé. A fé em Jesus nos faz perdoar, amar e orar pelo próximo. Quanto a Jesus, nada diminui a imensidão de Sua glória. Ele permanece o mesmo: perdoando, intercedendo e amando todos os pecadores, incluindo eu.
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A “Parada Gay” e os crimes contra o sentimento religioso Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB
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o dia 07 de junho de 2015 aconteceu na cidade de São Paulo a 19ª Parada do Orgulho LGBT, popularmente chamada de “Parada Gay”. Segundo a notícia do Correio Braziliense, o presidente da Associação LGBT, responsável pelo evento, teria dito que recebeu recursos da Prefeitura de São Paulo, Governo do estado de São Paulo, Caixa Econômica Federal e, até, da Petrobrás. O total aplicado chegou a dois milhões de reais, dos quais 1,3 milhão teria sido repassado só pela Prefeitura de São Paulo. As imagens do evento mostram que houve uma verdadeira afronta aos cristãos. Há quem diga que ficou clara a prática de crime contra o sentimento religioso (artigo 208 CP), não somente por escarnecer publicamente dos cristãos, como também por vilipendiar publicamente os atos e objetos de culto religioso. Entretanto, políticos e religiosos de várias partes do Brasil estão se manifestando, demonstrando repúdio ao que consideram crime contra a fé religiosa, e também por causa do mau uso do dinheiro público. Eles têm razão. Como podem empresas estatais e órgãos da administração pública bancarem ou patrocinarem atos públicos de escárnio e ultraje ao sentimento religioso, que discriminam cristãos e promovem a intolerância religiosa, em um país regido
por uma Constituição que, no título “Dos Direitos e Garantias Fundamentais”, afirma que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante proteção aos locais de culto e suas liturgias (Art. 5º VI)? Como podem desperdiçar milhões de reais, em um tempo difícil como este, com o desemprego batendo na porta de milhares de brasileiros, as nossas crianças estudando em escolas precárias, os jovens impossibilitados de conseguirem financiamento para os seus estudos, e os hospitais colocando os pacientes em corredores imundos porque faltam recursos para aplicar na educação e na saúde? É simplesmente lamentável! Durante a “Parada Gay”, enquanto uma transexual seminua desfila “crucificada”, profanando o ato da crucificação de Cristo, outros faziam gestos obscenos com uma cruz afrontando os cristãos. A baixaria foi total. Até a eucaristia católica foi desrespeitada pelos manifestantes. Um deles representou a hóstia sagrada com uma “camisinha”. Os atos praticados foram vergonhosos e as explicações dadas pouco convincentes. Fato é que a coisa foi tão feia e pegou tão mal que até alguns homossexuais repudiaram a manifestação. Sabemos que a nossa sociedade sofre com a violência. Homens e mulheres de todas as raças, idades e religião têm sido vítimas de preconceitos e agressões. Dentre essas vítimas, logicamente, existem
homossexuais. Mas qual a razão para transformar o debate sobre a causa gay, se o consideram tão relevante, em um carnaval de obscenidade e imoralidade? Se as pessoas que participam desse movimento lutam tanto para serem respeitados, por que não agem de forma respeitosa? Por que não apresentam seus argumentos de forma ordeira e responsável? Por que afrontar as famílias e pessoas de bem, com obscenidades em praça pública? Seria uma espécie de vingança pelo fato dos cristãos pensarem diferente (segundo a Bíblia) a respeito da homossexualidade? Então a filosofia gay ensina que os diferentes, quando são cristãos, devem ser condenados ao escárnio público, e seus objetos de culto vilipendiados no meio da rua? Tempos atrás, durante um Seminário LGBT no Congresso Nacional, um ativista gay defendeu a desconstrução da cultura judaico-cristã e a construção de estratégias para implantação do kit gay nas escolas. Referiu-se ao termo casamento como uma “desgraça de palavra eivada de sentimento cristão”. Também mostrou a Bíblia e insinuou que o que ela diz não é a verdade. Ao final, ameaçou até pegar em armas para defender seus ideais. Lamentável. Penso que esse não é o caminho mais adequado para se defender uma causa. Agora, mais recentemente, a “Rede Globo de Televisão”, depois das críticas ao gay “crucificado”, voltou-se com mais fúria contra os cristãos
e a Bíblia através da novela Babilônia, onde personagens de “referência” argumentam que é incoerente alguém que segue a Bíblia não concordar com o homossexualismo. Envolveram na trama até uma atriz mirim para transmitir essa mensagem. Na novela também foi encenado um debate sobre o homossexualismo entre um prefeito mau caráter e um advogado boa gente. Estranhamente o argumento bíblico-teológico foi defendido pelo político mau caráter. Isso é um absurdo. Repudiar e afrontar o cristianismo para atender as conveniências de movimento homossexual não trará bênçãos para o país. A Bíblia diz: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo ao qual escolheu para sua herança” (Salmo 33.12). É inegável a contribuição que as Igrejas Cristãs têm dado ao longo dos tempos. Os batistas brasileiros, por exemplo, criaram as “Cristolandias”, um trabalho social que visa recuperar pessoas jogadas no “lixo” das grandes cidades, por causa do crack e outras drogas que causam dependência e destroem o ser humano. Sem falar dos milhares de instituições evangélicas que atendem crianças abandonadas ou vítimas de abuso. E como esquecer a importância do trabalho social da Igreja Católica, que alcança presidiários, drogados, crianças desnutridas e outros em uma dimensão, talvez, muito maior. Até mesmo um homossexual, quando se cansa da vida que leva, procura abrigo em uma Igreja Cristã, por ser um am-
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biente seguro que propicia a sua restauração espiritual. É o único lugar onde eles realmente encontram amparo quando necessitam, pois muitas vezes nem as próprias famílias os recebem de volta. De certa forma tudo o que está acontecendo não é novidade para os cristãos. Há dois mil anos o apóstolo Paulo já escrevia ao jovem Timóteo: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos (…) Soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis (…) Obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as Sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (II Tm 3.1-5; 8-9; 14-17).
Razões ainda maiores para amar este povo - comunidade LGBT Genevaldo Bertune, Igreja Batista da Família em Higienópolis - SP
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i algumas imagens do movimento LGBT como resultado da última “Parada Gay”. São realmente chocantes e, se não reagirmos como verdadeiros cristãos, mais uma vez acabamos naquelas intermináveis discussões e acusações que nada produzem para o “Reino de Deus”, a não ser mais ódio e afastamento daqueles que tanto queremos ganhar para Jesus. Com certeza esse é um país de hipócritas, inclusive a mídia, que fala tanto em direitos humanos, justiça social, repúdio à violência e a qualquer tipo de discriminação. Quando acontecem cenas como as
ocorridas e que todos viram - inclusive esta mídia, que vive falando em direitos e respeito às diferenças -, onde estavam e estão tais vozes de apelo aos direitos humanos? Vocês já imaginaram algum movimento ou líder evangélico produzindo tais agressões aos “injustiçados” LGBT? Estaríamos todos sendo execrados por toda a mídia e pelo movimento LGBT. No entanto, nossa reação deve ser outra. Deve ser a de Cristo. Ele mandou “Andar a segunda milha”; “Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra”; “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem”. Quando o crucificavam e praticavam todas as atrocidades e injustiças contra ele, ele não
devolveu impropérios, acusações, mas orou pelos seus algozes. Não queremos nós ser “bem-aventurados”? Está aí uma excelente oportunidade para “Nos alegrarmos e nos regozijarmos” por sermos “perseguidos e insultados” por causa do nome de Cristo. Não precisamos que ninguém nos defenda. Muito pelo contrário, são mais razões para amar, orar e evangelizar este povo; pois somente o amor e o poder de Deus farão diferença na vida deles. Muitos se converterão. Paulo diz que “Nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (Ef 6.12 – NVI).
Quando olhamos para textos da Palavra de Deus, como em Gálatas: “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.78); bem como Romanos: “Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça. Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu
coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si” (Rm 1.18 -19; 21-22; 24), quando somos lembrados que esta depravação já faz parte do castigo divino, uma vez que ultrapassaram aquela linha divisória da tolerância divina; então, mais ainda temos razões para orar por este povo, amar, ter compaixão e evangelizar. Uma coisa muito importante a ser lembrada, é que Jesus sempre reagiu com rigor para com os “ímpios religiosos”, da sua época; mas com muito amor, compaixão e misericórdia para com os “ímpios ignorantes da Palavra de Deus”.
6 vida em família
o jornal batista – domingo, 05/07/15
reflexão
Gilson e Elizabete Bifano
Racismo e preconceitos
Males a serem atacados a partir da família
A
família, como principal instituição social, pode e deve desempenhar um importantíssimo papel no processo de erradicação desse mal que tantas mortes e desigualdades tem causado. O Dicionário Aurélio define “preconceito” como sendo uma “Opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; ideia preconcebida; intolerância; ódio irracional ou aversão a outras raças, credos e religiões”. Atitudes práticas devem ser vivenciadas no cotidiano familiar para que estes males diminuam consideravelmente em nossa sociedade. 1 – Mostre que Deus não faz acepção de pessoas e que Jesus jamais foi preconceituoso e racista Na Bíblia existem, pelo menos, nove passagens que falam diretamente sobre o erro que se comete ao fazer acepção de pessoas. Leia para os seus filhos textos bíblicos que tratam diretamente do assunto, como por exemplo: Deuteronômio 10.17; 16.19; Jó 32.21; Malaquias 2.9; Atos 10.34; Romanos 2.11; Efésios 6.9; Colossenses 3.25 e Tiago 2.9. Mostre para os seus filhos que Jesus, nosso Mestre e Salvador, como judeu, diante de uma oportunidade de cultivar o racismo e o preconceito, assim não procedeu, como exemplificado em João 4.1-9. Ao ir para Galileia, passou por Samaria e, na cidade de Sicar, conversou com uma mulher e mostrou que Deus ama a todos, não importando a raça, o credo e o sexo; 2 – Procure dar o exemplo “Um bom exemplo vale mais do que mil palavras”. Procure não fazer comentários depreciativos a respeito de pessoas de outra raça, de religião diferente da sua família, de pessoas do outro sexo, de idosos. Procure transmitir para os seus filhos que embora não concordamos com doutrinas dos amigos e conhecidos, devemos amar e respeitá-los;
e pessoas de diferentes credos, sexo, idade e portadoras de deficiência física deram para a humanidade Existem muitos exemplos nesse sentido, tanto para a realidade brasileira, como para a humanidade em geral. Esses exemplos podem ser extraídos dos esportes, da política, das ciências, das artes e das religiões. Fale acerca de grandes desportistas como, por exemplo, de Pelé, que tantas alegrias trouxe ao povo brasileiro e como o seu nome tem projetado o Brasil no exterior. Fale de Gandhi, o líder indiano que pregou e morreu pela paz entre as pessoas. Fale de Nelson Mandela, o líder sul-africano que ficou preso injustamente por vários anos, mas jamais incentivou a violência entre seus patrícios. Fale de Madre Tereza, que sempre se preocupou em dar uma vida melhor para as pessoas marginalizadas da sociedade. Fale do missionário David Livingstone, que ajudou a combater o tráfico de escravos, entre outros; 4 – Combata os estereótipos em relação às pessoas e povos Mostre para os seus filhos o quanto é errado cunhar frases do tipo “Os judeus são pão-duros”, “Os cariocas são preguiçosos”, “Todo flamenguista e corintiano são violentos”, “Os nordestinos são grosseiros”, “Os sulistas são insensíveis”, “As pessoas que moram em favela são desordeiras”, “Os ‘velhos’ não prestam para mais nada”, “As mulheres são péssimas motoristas”, “Os deficientes físicos não sabem fazer nada”, “Os americanos só pensam em dinheiro”, etc;
5 – Incentive os seus filhos a se relacionarem com crianças de outras raças, credos e classes sociais Isto é muito saudável. Através destas atitudes, seus filhos construirão amizades que poderão durar toda uma vida com pessoas de outras raças, religiões e classes sociais. Convide crianças de diferentes raças e condições sociais para passearem com sua família. Demonstre a sua 3 – Mostre-lhes as contri- tristeza e converse com seus buições que as diversas raças filhos que conflitos como do
Livros de colorir e espiritualidade
Oriente Médio, entre judeus e árabes; na Irlanda do Norte, Jeferson Rodolfo Cristianini, entre católicos e protestantes, colaborador de OJB jamais têm aprovação de Deus e só prejudicam a hars livros de colorir monia entre povos e pessoas; estão na moda. Sumiram das 6 – Promova ocasiões de prateleiras das encontro com pessoas de livrarias, onde os mais provárias faixas etárias curados são os livros para Através desses encontros, colorir voltados para os adulmostraremos, principalmente tos. Com a imensa procura e para os mais novos, que os enorme venda desses livros, idosos podem nos ajudar em muitas reações surgiram. muitas coisas com as experi- Muitos editores não acham ências acumuladas ao longo que tais livros para colorir dos anos. Convide uma pes- devam estar na lista dos mais soa idosa para passar um dia vendidos, uma vez que os com sua família e diga para livros só possuem traços. os seus filhos o quanto é Alguns esbravejam e dizem importante amar, valorizar e que livro é livro e os tais respeitar essas pessoas; para colorir não deveriam ser considerados livros. Essa dis7 – Fale para os seus filhos cussão vai longe, assim como sobre o que foi o holocausto, vai longe a lista das opções o horror das guerras étnicas destes, que estão chegando e religiosas ao mercado. Em poucos dias, Por mais que seja doloroso, os tais se tornaram uma “fenão podemos, como humani- bre”, e os esquecidos lápis de dade, esquecer os exemplos cor voltaram a vender bem. tristes do que foi o holocausA proposta, por mais que to e das guerras étnicas e o comércio esteja lucranreligiosas que aconteceram e do muito com isso, é boa. ainda acontecem no mundo. Os livros de colorir emergiDê de presente para o seu ram no nosso contexto para filho adolescente o “Diário combater o estresse, que é de Anne Frank”. Assista em um dos maiores transtorfamília, e depois converse nos de nossos dias. Estamos com seus filhos, filmes que todos estressados. Diante tratam do holocausto. de tantas coisas para fazer, Através de atitudes como es- das propostas a atender, das sas, praticadas no interior do expectativas sobre nós, das nosso lar, nos capacita, como metas a serem batidas, da famílias, a dar uma grande agenda lotada e pouco temcontribuição às gerações fu- po, o estresse vai aumenturas, onde brancos e negros tando. Tudo ao nosso redor tenham as mesmas chances provoca estresse nesse caos no mercado de trabalho e urbano em que vivemos. Esnas nossas universidades; tamos correndo e correndo e onde protestantes, católicos, a quem pensa em parar parece despeito de suas crenças, po- que vai ser atropelado por derão, como cristãos, ajudar a tantas coisas que são lançaconstruir um mundo melhor, das diante de nossos olhos onde jovens e idosos unirão para fazer. A pressão para a força e a experiência para a vivermos na correria é imenconstrução de uma sociedade sa e desumana. Vivemos mais ordeira; onde homens sobre intenso estresse, que e mulheres serão parceiros tem sido a porta de entrada para o bem comum. Então, para doenças e desencadeia poderemos sonhar com um várias dificuldades no nosmundo onde os nossos netos so cotidiano. Os livros de não assistirão cenas, como colorir suprem a demanda por exemplo, de crianças de uma sociedade estressasendo apedrejadas, de cristãos da. Diante de pessoas tão sendo perseguidos. A tarefa é informadas, os livros mais árdua e os seus resultados são vendidos são os que não de longo prazo, mas também têm conteúdos, têm apenas é urgente. A semente deve traços, e o conteúdo é proser semeada agora, sem mais duzido pela pessoa que pindemora. ta. É uma pintura carregada
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de cor, de estética e beleza. Esse é o conteúdo. A grande quantidade nas vendas dos livros para colorir demonstra que há um grande contingente de pessoas cansadas e sobrecarregadas com suas rotinas alucinantes, e que desejam ter um momento de calmaria. Para uma sociedade estressada, ansiosa e depressiva, os livros para colorir e os lápis de cor “caíram como uma luva”. As vendas a todo vapor mostram que as pessoas querem e precisam de um tempo para relaxar, um tempo para desconectar da agenda cotidiana, precisam parar e sentar. Os livros de colorir trazem à tona a época da infância. Para nós, cristãos, o alvo é nos tornarmos crianças. Jesus disse que devemos nos converter como criança. As crianças gostam de lápis de cor e de desenhar, gostam de pintar. Pintar é coisa de criança, e ser criança é coisa de cristão. Os seguidores/discípulos de Jesus devem se tornar como crianças; assim os livros de colorir podem ser uma terapia diante de tanta correria e ser um momento de fé e devoção. Com o lápis de cor nas mãos você se concentrará nas cores, nos tons e nos traços, ao mesmo tempo em que orará ao Senhor pedindo que ele use sua vida para colorir o contexto onde você estuda e trabalha. Com o lápis de cor nas mãos você poderá ficar em um estado de quietude e oração. Se você está com seu livro de colorir em mãos, pare a correria do cotidiano, aponte os seus lápis, aquieta-se em volta da mesa, comece a colorir seu livro e ore. A oração é o melhor remédio para o estresse de cada dia, e os livros de colorir podem ser boas companhias. Volte a ser criança orando de forma singela e transparente e use as cores para embelezar o seu livro. Para uma sociedade triste e em trevas devemos mostrar que o brilho da luz de Jesus nos dá vida e alegria, e para uma sociedade agitada devemos mostrar que temos em quem confiar em oração. Pinte e ore. Volte a ser criança!
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missões nacionais
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Congresso Multiplique 2015 Fabrício Freitas, pastor, gerente executivo de Evangelismo de Missões Nacionais O que é o Multiplique? Multiplique é um movimento intencional de multiplicação de discípulos e igrejas, baseado na visão de Igreja Multiplicadora. O Multiplique tem avançado a cada dia entre os Batistas brasileiros! Como Convenção Batista Brasileira, somos gratos a Deus pelas Convenções, Associações, Igrejas e pastores, cuja cooperação tem permitido que o movimento se espalhe pelo país por meio de Congressos e Seminários da visão de Igreja Multiplicadora. Desde março de 2014, o Multiplique realizou 136 encontros com 11.680 participações, sendo 2.713 de pastores (até 8/5/15). Muitas igrejas nas cinco regiões do Brasil estão implementando a visão de Igreja Multiplicadora. Para a glória de Deus, já avistamos grandes resultados em toda a nação. É hora de mais um grande ajuntamento do povo Batista brasileiro para celebrarmos a multiplicação que, pela ação graciosa de Deus, já está acontecendo em todo o país. Faça parte do Multiplique 2015! Como foi ano passado? Em 2014, fomos acolhidos pelos batistas paranaenses na Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba, e outras Igrejas cooperantes da Convenção Batista Paranaense. Mais de 500 líderes das cinco regiões
do Brasil foram grandemente épocas da história da Igreja abençoados. temos notado isso acontecer, quando homens e mulheres Qual será a temática do colocaram a Grande ComisMultiplique 2015? são como prioridade em suas Este ano, o tema será o vidas e realizaram grandes Relacionamento Discipula- obras para a glória de Deus. Ultimamente, grande parte dor. Abordaremos o valor do discipulado relacional e deste movimento é fruto da como podemos desenvolver influência dos Navegadores esta caminhada um a um. Na (The Navigators - www.navisão de Igreja Multiplicado- vigators.org), que teve início ra, o Relacionamento Disci- na década de 30 por Dawpulador é o relacionamento son Trotman. O objetivo dos intencional entre um discí- Navegadores era espalhar pulo multiplicador com outra as Boas Novas de Cristo por pessoa visando torná-la outro meio de relacionamentos indiscípulo multiplicador. Ele tencionais com vista ao crescompreende o convívio, o cimento espiritual dos novos acolhimento, a intercessão, o discípulos através da Palavra zelo pela pessoa, o ensino e a de Deus e à sua multiplicasolicitação de contas. ção. O fundamento desse O Relacionamento Disci- movimento é II Timóteo: “O pulador não é um conceito que ouviste de mim, diante novo, mas um resgate do que de muitas testemunhas, transnós, como Batistas brasileiros, mite a homens fiéis e aptos vivenciamos nas décadas de para também ensinarem a 70 e 80, influenciados pelas outros” (II Tm 2.2). literaturas e capacitações reaOs Navegadores tinham lizadas pela Junta Publicadora como base o cuidado individe Educação Religiosa da dual modelado por Barnabé Convenção Batista Brasileira, para com Paulo e por este a JUERP. Dois livros do doutor para com Timóteo, Tito e tanWaylon Moore, “Integração tos outros. Dawson Trotman Segundo o Novo Testamento” destacava a importância de e “Multiplicando Discípulos”, passarmos horas com novos influenciaram uma geração, crentes, individualmente e pois são verdadeiros manuais em pequenos grupos em bussobre como cuidar bem dos ca de ensiná-los a obedecer a novos discípulos. Bíblia e a orar e encorajá-los Essa ênfase de cuidado de a se multiplicar. pessoas uma a uma, de se Esse movimento influenrelacionar intencionalmen- ciou os batistas americanos te com alguém objetivan- e inúmeras outras denomido levá-lo a conhecer mais nações e instituições, include Cristo e a se multiplicar sive a Cruzada Estudantil tem suas origens na própria Profissional para Cristo, com caminhada de Jesus com Bill Bright. Essa influência seus discípulos. Em todas as chegou até nós, batistas bra-
sileiros, através dos livros do doutor Waylon Moore, que é um dos homens treinados pelos Navegadores e que tem vivido vive estes princípios em sua história de vida. Segundo mencionado na história dos Navegadores, Billy Graham convidou Dawson Trotman para ajudá-lo a capacitar discipuladores para atender aos milhares de pessoas alcançadas pelas suas cruzadas evangelísticas. Durante esse tempo, tornaram-se amigos próximos, a ponto de Billy Graham ser o pregador em seu funeral, em 1956, quando testemunhou: “Creio que ele tocou mais vidas do que qualquer outra pessoa que já conheci. Nós hoje representamos milhares de pessoas tocadas por esse grande homem”. No Multiplique 2015, teremos a oportunidade de ver como um dos preletores, o doutor Waylon Moore, muito conhecido como mestre de discipulado na igreja local. Treinado por Dawson, Trotman tornou-se um grande praticante do discipulado um a um, dedicando-se ao relacionamento intencional com novos cristãos para levá-los à maturidade e à multiplicação. Veja o que o doutor Moore já nos ensinava aos Batistas Brasileiros na década de 80 através do seu livro “Multiplicando Discípulos”, lançado pela JUERP: “Os líderes eclesiásticos, por toda parte, estão começando a perceber o vasto potencial que existe na abordagem feita a pequenos grupos, e especialmente no discipula-
do um a um, para conseguir a multiplicação efetiva” p. 5. “Se o pastor, ou missionário, começar um ministério individual, um a um, com um ou dois discípulos, todavia todo o processo de multiplicação poderá ter lugar bem rapidamente” p. 6. “A medida que o discípulo recebe treinamento individual (por um discípulo mais maduro), ele se torna capaz de multiplicar-se. Um multiplicador tem treinado um ou mais discípulos, que alcançaram outras pessoas. Um edificador de multiplicadores treina outros multiplicadores” p. 32. “A formação de liderança deve ser a prioridade no ministério do pastor. Ele deve começar a discipular os seus oficiais e seus diáconos e deve reunir-se também regularmente com um ou dois leigos” p. 119. “Qualquer discípulo pode multiplicar sua vida em Cristo, aplicando os princípios bíblicos a sua Igreja local. De sua igreja, Deus enviará homens e mulheres que farão discípulos de todas as nações” p. 129 e 130. “O discipulado no nível pessoal, um a um, é a maneira mais rápida que conheço para se desenvolver líderes espirituais que podem multiplicar outros discípulos” p. 134. “Tanto o relacionamento quanto os resultados parecem mais duradouros no discipulado individual” p. 134. *Na página 16, você encontrará mais informações
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Pela liberdade de crença
Tiago Monteiro, jornalista da Convenção Batista Carioca
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ma manifestação contra a intolerância religiosa e o preconceito, realizada no dia 21 de Junho, marcou a cidade do Rio de Janeiro. A ação, que contou com a presença de representantes de várias religiões, teve início com uma concentração no Largo do Bicão, na Vila da Penha, seguida de uma passeata em direção ao local onde a menina Kaillane Campos foi apedrejada na cabeça. Cerca de mil pessoas participaram do ato de repúdio à violência que chocou o Rio. Entre os representantes religiosos, era expressiva a presença dos evangélicos, que empunhavam cartazes em favor da paz. Um dos primeiros a chegar foi o irmão Sinval Viana, da Segunda Igreja Batista de PetrópolisRJ. Ao ouvir o comunicado de que haveria a manifestação, decidiu apoiar essa causa em fazer da liberdade de fé e da paz. Enquanto aguardava o início da manifestação, conversava e tirava foto ao lado de representantes do candomblé, mostrando que ser cristão é ser representante do amor. “Hoje temos um fundamentalismo que praticamente exala uma violência que não coaduna com o povo batista e com nenhum cristão. Principalmente não coaduna com os ensinamentos de Jesus Cristo. Então eu acho muito válida essa manifestação, esse ato público. Vi que teria esse ato não em defesa de Deus porque Deus não precisa de defesa, mas que nos reuníssemos para colocar nossa indignação frente a essas questões”, afirmou Sinval. A menina Kaillane chegou ao local da concentração por volta das 11h. Caminhava entre sua mãe, que é evangélica, e sua avó, também do candomblé. O turbante em sua cabeça escondia parte do curativo colocado para tratar da ferida em sua cabeça. Ferida esta que continua aberta na mente de todos que defendem a liberdade de culto. “A pedrada da Kaillane foi em todo mundo, foi no Brasil, foi em toda pessoa do bem. Essa pedrada não foi só na Kaillane. Ela foi o veículo para que a gente possa gritar e exigir que achem esses culpados, e eles sejam condenados como bandidos. Eles não são religiosos”, disse Katia Marinho, avó de Kaillane Campos. O pastor da Primeira Igreja Batista de Vila da Penha, João Luiz Sá Melo, teve a oportunidade de falar ao público presente. Sua Igreja tem sido fundamental nesse momento. Após ter sido procurado pela mãe de Kaillane, Karina Marinho, pastor João tem aconselhado a família e aproveitou a oportunidade para pedir desculpas em nome dos evangélicos. “A mãe da menina
Fotos: Tiago Monteiro
é evangélica e nos procurou. Estivemos inclusive com a menina, pedindo perdão por conta da agressão dessas pessoas que não são evangélicas, são agressores. E nós, como igreja batista, sempre lutamos pela liberdade religiosa para que entendam que nós respeitamos a religião dos outros. Repudiamos qualquer ato de intolerância e anunciamos um Deus que é paz e amor. Nossa presença aqui é para passar a mensagem de que somos de Cristo, somos da paz, contra a violência e contra a intolerância porque Jesus jamais ficaria dentro das quatro paredes… ele estaria perto das pessoas que falam de paz. É ali que ele estaria e é por isso que estamos aqui”, afirmou pastor João. Para o babalaô Ivanir dos Santos, interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, intolerância é um fato que acontece todos os dias no país. Ele ressalta que o apedrejamento sofrido por Kaillane foi expressão facista, condenável por uma sociedade que prega a liberdade de culto. “Isso não é uma atitude bem-vinda para ninguém em uma sociedade democrática como a nossa. Primeiro vão nos perseguir, mas depois virão os outros. Não quero acreditar que isso é uma postura da maioria dos cristãos porque não é, mas o silêncio da maioria faz com que esses grupos se coloquem da forma como tem se colocado”, explicou Ivanir. Segundo o representante do candomblé, tão fundamental quanto a identificação dos criminosos que apedrejaram a menina, é a identificação de doutrinas que pregam o ódio e o preconceito aos fiéis. “Do ponto de vista religioso isso é uma blasfêmia porque existe o livre-arbítrio. Essa pedra foi muito mais longe do que a gente possa pensar. Ela não foi só na menina, foi na sociedade brasileira, na democracia”. Outros representantes da Convenção Batista Carioca (CBC) marcaram presença na manifestação, entre eles Ronan Lima, executivo da Juventude Batista Carioca, e o presidente da CBC, pastor Dejalmir da Cunha Waldhelm. Para eles, esta é uma oportunidade que não pode ser perdida, como explica o presidente: “Entendemos como CBC que não poderíamos ficar de fora para manifestar nosso posicionamento com respeito a essa intolerância, essa atitude que foi tomada contra essa menina. Nós, Batistas, sempre levantamos essa bandeira, no sentido de que cada um possa ter a sua liberdade. Colocamos aqui nosso posicionamento de que não aceitamos essa violência e que propagamos a paz de Cristo. Pra mim é importante participarmos desse momento histórico aqui na cidade do Rio de Janeiro.
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Presidente da CBB representa denominação em audiência pública no STF
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o dia 15 de junho deste ano, pastor Vanderlei Batista Marins, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da CBB e pastor José Mello Salgado, segundo vice-presidente, participaram no Supremo Tribunal Federal, em Brasília, de uma audiência pública convocada pelo ministro Luís Roberto Barroso a fim de discutir a inserção do ensino religioso nas escolas públicas e a forma como o mesmo será ministrado. Para completar a mesa de debates, outros 31 representantes de entidades religiosas ou ligadas à Educação também estiveram presentes. Confira abaixo, na íntegra, o pronunciamento dos Batistas, através das palavras do presidente da denominação, pastor Vanderlei Marins: “Excelentíssimo Senhor Ministro do STF, Dr. Luis Roberto Barroso, Para melhor comunicação sobre o assunto, objeto de minha presença nesta honrosa e mais destacada instituição de Justiça no País, representando a Convenção Batista Brasileira, como seu presidente, dividi a minha palavra em quatro pontos básicos, a saber: I - Apresentar os Batistas; II - Destacar dois princípios indispensáveis à liberdade religiosa; III - Compartilhar a nossa posição sobre o assunto em tela; IV - Reconhecimento e agradecimentos.
dos servos de Deus; As ordenanças: símbolos da salvação e não atos conferidores de graça e a cooperação entre Igrejas Batistas. Estamos no Brasil há cerca de 155 anos da seguinte forma: 1 – No dia 21/05/1860, chega em nossa Pátria o primeiro missionário Batista, Thomas Jefferson Bowen, egresso dos Estados Unidos da América do Norte Aqui permaneceu até 09/02/1861. Este fato foi noticiado pelo jornal do Império, o Diário do Rio de Janeiro, conquanto tenha sido uma notícia veiculada mais pelo viés denunciatório de sua presença; 2 – No início do ano de 1866, “começaram a chegar os emigrados na região de Santa Bárbara, São Paulo. As famílias foram se fixando na terra, pela aquisição ou arrendamento de propriedades destinadas à lavoura”. Preciso dizer, também, que entre as duas datas (1860 e 1866) outros chegaram ao Brasil; 3 – Em 10/09/1871, é organizada em Santa Bárbara, São Paulo, a Primeira Igreja Batista em solo brasileiro, há 144 anos, com 29 membros; todos colonos norte-americanos, tendo como seu primeiro Pastor, Richard Raticliff; 4 – Mas, em língua portuguesa, uma Igreja que a partir dela, avançasse para alcançar os brasileiros, com um projeto de expansão em evangelismo, missões, educação e na área social, ocorreu com a organização da Igreja Batista em Salvador, Bahia, em 15/10/1882. Daí, a obra de Deus realizada pelos Batistas expandiu-se por todo o Brasil. Hoje somos cerca de 3 milhões e 100 mil Batistas; em 8 mil e 400 Igrejas e 4 mil e 700 missões, num total de 13.100 templos em todos os Estados da Federação. Temos 130 Colégios Batistas, mais de mil missionários no exterior, em todos os continentes e 750 missionários em nossa Pátria, atuando em lares para crianças, para anciãos, e em 34 Cristolândias (Reabilitação em dependência química), dentre outras ações. Sendo tudo isto, com esforço, amor e dedicação deste nobre povo, chamado Batista. Sem investimento financeiro do Estado, ou seja, de nenhum dos Entes Federativos.
I – Quanto à apresentação Os Batistas constituem em grupo de servos de Jesus Cristo ao longo da história do Cristianismo. São ardorosos defensores da liberdade religiosa, por entenderem a competência do indivíduo, vendo-o como um ser livre e capaz de relacionar-se com Deus, consigo mesmo e com os seus semelhantes. Esse povo chamado Batista, desenvolve suas ações cristãs, extremamente voltado para o conteúdo da Palavra de Deus, a Bíblia, sua única regra de fé, conduta e prática; bem como, para os princípios basilares de sua fé: Autoridade das Escrituras; a competência do indivíduo; o livre exame e a livre interpretação da Bíblia; O Espírito Santo em cada crente no ato da conversão; salvação pela graça e não pelas obras; II – Quanto aos princípios liberdade religiosa; separação indispensáveis à Liberdade entre Igreja e Estado; A Igreja: Religiosa. Uma associação voluntária de 1 – Separação entre Igreja crentes; autonomia da Igreja e Estado Local; o ministério: Os servos Jesus edificou a sua Igreja
para que ela fosse um referencial de vida, expressão do seu Reino, promotora da graça divina e coluna da verdade (l Tm 3.15). Sua essência é divina e não humana, sua natureza é espiritual e não política, e o seu campo de atuação é o gênero humano e não a militância político – partidária. Não me refiro aqui às prerrogativas do cidadão e suas liberdades individuais. O Estado, que é de natureza social e política, não deve ter religião e nem promover nenhum dogma, credo ou doutrina. Quando me refiro à igreja não ter militância político-partidária ou face de Estado, trago a lume, a diferença entre as suas finalidades e a distinção de suas naturezas. O Estado deve zelar pelos direitos e liberdade do cidadão em escolher e proferir a sua confissão religiosa como bem lhe convier, para tanto, deve se utilizar dos mecanismos constitucionais para impedir a intolerância, a intransigência e qualquer forma de desrespeito ou abuso. Ao passo que a Igreja deve preparar o ser humano para cumprir seu papel em qualquer segmento da sociedade com dignidade, decência e honradez. Vale ressaltar, que Jesus não aprovou a união da igreja com o Estado, pelo fato de criticar o culto oficial e nunca ter manifestado interesse em estabelecer uma nova religião estatal. 2 – Laicidade O princípio do Estado Laico ou Secular, indica que o País não é Teocrático, não tem religião oficial e não deve cuidar de Educação Religiosa ou Ensino Religioso em nenhum dos modelos: confessional, interconfessional e não-confessional. A sua posição deve ser de neutralidade e imparcialidade no âmbito religioso. O Estado deve concentrar os esforços para melhorar a qualidade do ensino como um todo, erradicar o analfabetismo e investir na qualificação dos profissionais da Educação e, deixar que as igrejas e as famílias cuidem do ensino religioso dos seus filhos ou integrantes. Para nós Batistas, religião é religar a Deus. E muito mais do que uma releitura para entender o fenômeno religioso e o papel das religiões na formação ou estruturação da sociedade. Mas, o governo através do seu setor competente, para justificar a inclusão do ensino religioso na matriz curricular nacional, muda a expressão religar para reler,
uma ingerência que altera a concepção histórica da religião. Atitude que além de agredir a Constituição Federativa do Brasil é incompatível com a realidade de um Estado Laico. E preciso parar de dar ou encontrar jeitinhos! III – Quanto à nossa posição Entendemos que o ensino religioso nas escolas públicas é uma herança da Colonização e da Monarquia. Onde o Poder Público financiava as escolas e a religião administrativa como se fosse sua. Nota-se aqui, uma inadequação na postura de tratar e respeitar as distinções entre público e privado. Com advento da República, essa prática não foi substituída por uma ação inovadora de política educacional. Sendo assim, o assunto continuou latente, sendo debatido, ocasionando reflexões apaixonadas, com espaço para pressões; estando o tema presente nas constituições. Em especial na de 1988, que admitiu o ensino religioso de matrícula facultativa, com disciplina nos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental (Art. 210 § 1°). Senhor Ministro, Dr Luiz Roberto Barroso, nossa esperança é que o Estado se posicione, deixando o ensino religioso na esfera da religião. E que não continue adotando uma posição acanhada, como quem se dobra aos interesses de terceiros, ou segmentos religiosos. A adoção do modelo não-confessional, salvo melhor juízo, é continuar dando JEITO para “compatibilizar caráter laico com ensino religioso nas escolas públicas”. Porque essa função não é de competência do Estado! Iniciar ou aperfeiçoar alguém numa determinada religião é tarefa da família e da igreja. Mas, se a família quer transferir ou reafirmar o credo que confessa ou tem simpatia para uma instituição de ensino, então deve procurar uma escola confessional para matricular os filhos. Há uma gama enorme de credos religiosos em nossa sociedade. Como atender e satisfazer a toda essa clientela? Unificar-se-á o discurso de todos os credos religiosos? Caso isso venha a acontecer, todos seremos ou nos sentiremos violentados nas questões mais íntimas da alma - a nossa fé. A medida que unificamos o discurso religioso, falsificamos os dogmas ou as doutrinas que confessamos. Se o ensino religioso for para a competência do Estado,
como o mesmo inspecionará aquilo que está sendo feito em cada escola? Haverá pessoal capacitado para ministrar as aulas? Para supervisionar essas escolas? Dessa forma o Estado não subvencionaria os credos religiosos? Isso agride a Constituição Federal em seu artigo 19. Ademais, o ecumenismo violenta a fé e fere o princípio das liberdades individuais, com suas identidades próprias. Diante do exposto, com base na Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira, nos Princípios Batistas que lecionam a separação entre Igreja e Estado e na Constituição Federal que preceitua o Estado é laico, secular, não religioso e nem teocrático. Nós, os Batistas, filiados à CBB, somos contrários ao Ensino Religioso nas Escolas Públicas, em quaisquer dos modelos. Entendendo, que esta medida corrige distorções históricas, coloca o Estado no seu lugar e deixa com os segmentos religiosos o cuidado da educação religiosa ou do ensino religioso dos seus integrantes. IV – Quanto ao reconhecimento e agradecimentos Como Batistas Brasileiros, reconhecemos a atitude nobre do STF, na pessoa de seu ilustre integrante, sua excelência, o ministro Dr Luís Roberto Barroso, em ouvir os segmentos da sociedade sobre questões tão significativas, de entendimentos dispares, configurando-se como polêmicas e que envolvem sentimentos, crenças ou preferências. Reconhecemos que vivemos num Estado Democrático de Direito, que somos livres para nos expressarmos, para exerceremos a nossa fé, as nossas opções, com responsabilidades e respeito. Reconhecemos que todos somos iguais perante Deus, que cada um dará conta de si mesmo a Ele, que a Lei deve ser igual para todos, que o Estado deve ser imparcial no trato da coisa pública e que o exercício de prestação jurisdicional deve ser com justiça, independência e coerência, motivando esperança e fortalecimento a democracia. Agradecemos ao STF, ao Ministro Dr. Luís Roberto Barroso pelo convite à CBB para participar deste momento”. Muito obrigado! Vanderlei Batista Marins Pastor da Primeira Igreja Batista em Alcântara-RJ Presidente da Convenção Batista Brasileira
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notícias do brasil batista
Atitude com inspiração: uma breve passada pelo “Atitude 2015”
Coordenadoria de Comunicação da JBC
“G
lórias a Deus, por mais esse Congresso!”, com certeza essas foram as últimas palavras do diretor executivo da JBC, Ronan Lima, e de toda a equipe no fim do Congresso Atitude 2015, realizado entre os dias 04 e 06 de junho. Foram três dias de grande aprendizado e tremenda motivação, muito bem vividos ali na Primeira Igreja Batista da Penha, zona Leopoldinense do Rio de Janeiro, onde os jovens foram convidados a tomarem uma atitude diferente já no início, entregando um quilo de alimento não perecível ou um litro de leite na entrada do evento. O primeiro dia foi iniciado com um fórum sobre “Maioridade Penal”, realizado em parceria com a Juventude Batista Brasileira, com a participação de mais de 100 jovens e as contribuições de Thaiz Nascimento, nossa representante do COJUERJ; Pedro Gabrois, filósofo pela UERJ; e pastor Everton Willian, da Junta de Ação Social Carioca (JASC), representando a Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS). Não tinha como não imaginar que ele traria, além de conhecimento espiritual, um despertamento de uma atitude perante à sociedade. Louvores inexprimíveis foram entoados por cada ministério musical que ali esteve. O Ministério de Louvor da Juventude Batista Leopoldinense (JBL), a banda MusicAviva e o Louvor JBC foram responsáveis por momentos
marcantes e dignos de muita recordação no coração de cada pessoa que ali esteve. Tinham que desempenhar o papel dos homens de frente de um exército, dando início a um culto desafiador - afinal essa era a proposta do tema -, além de desempenhar um papel transitório, em que saímos do momento de reflexão e fomos ao momento de desafio. Neste ano tivemos uma novidade: cada celebração noturna tinha dois momentos para a palavra, chamados “Reflexão” e “Desafio”. Os preletores da primeira parte, “Reflexão”, trouxeram palavras de despertamento e motivação, através de atitudes que eles já têm tomado para transformar o cenário social carioca. Foi notório o movimento de Deus. Gente de qualidade, como pastor Everton Willian, da JASC, missionário Pablo, do Projeto IDE Missões e Arte, e Fabinho Fernandes levaram cerca de 400 jovens à reflexão sobre “Mazelas sociais da juventude”, “Mundo de Oportunidades” e “Juventude Inspiradora”, respectivamen-
te. Cada mensagem foi especial e transitória para o momento do “Desafio”. Muito além dos jovens, cada pessoa ali presente sentiu-se desafiada a fazer algo para mudar a realidade em que vivemos. Você já pensou em “Os desafios da pós-modernidade”, ou em “Quem te inspira hoje?”, ou sobre como “Inspiração gera ação”? Temas altamente desafiadores que foram abordados e tratados com maestria, dignidade e base bíblica pelo pastor Henrique Araujo, da CB Vida, André Myshilin, do SKATEologia, e Pedro do Borel. No sábado à tarde, último dia do Congresso, foi realizada a eleição do novo conselho e diretoria 2015-2016. Foi também a despedida da diretoria 2014-2015 e de alguns conselheiros. Nosso conselho recebeu 14 novos membros eleitos pela Assembleia, que também elegeu Matheus Machado, da Primeira Igreja Batista Cosmos, como presidente; pastor Ciro Vinícius, da Primeira Igreja Batista Sulacap, como 1º vice-presidente; Thiago André, da Igreja Batista Liberdade,
como 2º vice-presidente; Stella Leão, da Primeira Igreja Batista de Irajá, como 1ª secretária; Élida Aquino, da Primeira Igreja Batista Parque Anchieta, como 2ª secretária; e Gustavo Barreto, da Igreja Batista Tauá, como 3º secretário. Que o Pai conduza a caminhada de cada um e haja um lindo movimento nesta juventude. Sem dúvidas, o Atitude 2015 nos inspirou, nos despertou e nos gerou o desejo de viver em ação. Agradecemos a equipe Primeira Igreja Batista da Penha, que abraçou esta iniciativa, e também ao pastor Vitor Hugo, que nos deixou à vontade em sua “casa”. Fica um gosto de quero mais, de desejo mais, uma vontade maior de querer ser jovem batista carioca relevante. E que venha o Teu Reino, que o Soberano cumpra seus propósitos através desta geração.
mais compaixão com aqueles que não conhecem a Deus, e fazer mais para que a Sua Palavra e o Seu amor cheguem a essas vidas. Foi muito bom ver como Deus trabalha através da vida de algumas pessoas, fazendo coisas incríveis. Agora é ter atitude e colocar em prática tudo aquilo pelo qual Deus nos chamou”. Rebeca Vieira, 18 anos, estudante. “Desde o primeiro dia de Congresso, Deus martelou a minha cabeça, me mostrando que eu preciso ser mais luz para quem ainda não viu a Luz, mais relevante em todos os lugares. Refletir tudo que Deus quer mostrar através de mim”. Estevão Sampaio, 26 anos, professor de educação física. “Foi uma aventura eu chegar até a Igreja, mas foi meu sábado foi mega edificante. Foi algo que me trouxe o real sentido da palavra atitude = A Ti tudo, conforme o Depoimentos de jovens homem de Deus, Pedro do que participaram do Borel, revelou. Espero ter a Atitude 2015: oportunidade de participar “Deus falou muito comigo mais e mais. Deus os abene falou exatamente o que eu çoe!”. Pamela Messias, 27 precisava ouvir, sobre ter anos, designer gráfica.
Departamento de Ação Social da CBB
Casa de Lázaro: traduzindo o Evangelho para quem mora na rua Marcelo Jaccoud da Costa, assistente social da Primeira Igreja Batista Campo Grande - RJ
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ente imaginar o que precisaria acontecer em sua vida para que você fosse morar na rua. Já fiz esse exercício e percebi o quanto pode ser assustadora essa situação. Teria que brigar com minha esposa, pais, irmãos, tios, primos, amigos. E precisaria perder meus dois
empregos. Depois de romper com tudo e todos ao meu redor, só sobraria a rua para mim. O Evangelho é a Boa Nova da reconciliação do homem com Deus. E reconciliação é o que as pessoas que moram na rua mais precisam. Por isso, só pode entender o que é reconciliação com Deus, quem experimenta o que é reconciliação com quem está próximo dele. Para quem mora na rua, o Evangelho pregado por alguém que não se torna seu
próximo, que não cuida de suas feridas, que não caminha junto com ele o caminho inverso da sua trajetória de perdas que o levaram para a rua, não fará sentido. É como um pregador explicando o Evangelho em português para quem não entende a língua. A Casa de Lázaro é um albergue noturno - funciona entre 20h e 07h - que acolhe homens entre 18 e 59 anos para auxiliá-los a seguir seus caminhos para a saída das
ruas. Mantido pela Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ, com apoio da Associação de Igrejas Batistas do Oeste Carioca, a Casa tem espaço para receber até 30 homens. Os hóspedes têm uma cama e um armário, um endereço de referência, jantar, café da manhã, atendimento social e, principalmente, um ambiente acolhedor, que lhe dá perspectiva de que é possível sair dessa situação. Assim, garantindo meios para
que quem mora na rua se reconcilie consigo mesmo, com sua família e a sociedade, a Casa de Lázaro é uma ferramenta importante para que o Evangelho seja entendido por essa parcela da população. Funcionando desde novembro de 2013, 38% das 95 pessoas que já passaram pela Casa de Lázaro conseguiram sair das ruas, o que tem nos encorajado a seguir em frente. Colabore com essa iniciativa e faça-nos uma visita.
o jornal batista – domingo, 05/07/15
missões mundiais
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Elton e Mirian Rangel: culto marca 40 anos dedicados a missões Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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uatro décadas sendo voz de Deus às nações. Assim, o casal Elton e Mirian Rangel tem levado a mensagem do Evangelho de Cristo a países como Paraguai, Portugal e Espanha. E para agradecer ao Senhor por essas vidas, Missões Mundiais realizará um culto de gratidão pelo ministério desses missionários no dia 29 de julho, às 19h30, na Igreja Batista Itacuruçá, no Rio de Janeiro. A cerimônia marcará a despedida do casal dos campos missionários. Nomeados para a JMM em novembro de 1975, os missionários Elton e Mirian Rangel contribuíram com o crescimento do Reino de Deus no Paraguai a partir do ano seguinte. Casados e com quatro filhos – o mais novo na época com apenas sete meses –, seguiram para o campo com confiança, alegria
e conscientes de que estavam cumprindo o ide de Jesus. Quando chegaram ao Paraguai, pastor Elton e Mirian foram atuar na cidade de Concepción, no centro do país, para somar forças com a equipe da JMM que já estava por lá. Foi na região de Concepción que o casal viveu suas experiências mais marcantes, que ainda dão saudades a nossos missionários, deixando igrejas plantadas, realizando batismos e alcançando famílias inteiras com o Evangelho de Cristo. No final dos anos 1970, o casal Elton e Mirian seguiu para os Açores, um arquipélago português no Oceano
Atlântico. Em 1978, pastor Elton e Mirian foram para a cidade de Ponta Delgada, e ali desenvolveram vários trabalhos, dentre os quais, cultos na praça pública. Os cultos semanais realizados ali atraíam mais pessoas do que cabia na igreja. Diante disso, os missionários levantaram uma oferta para a compra de um novo templo para a Igreja de Ponta Delgada. Ainda em Portugal, o casal foi para um novo desafio: Braga, norte de Portugal, ficando ali de 1984 a 1991. Foi nessa época que a missionária Mirian atuou como presidente da União Feminina Portuguesa e o pastor Elton foi presi-
dente da Junta de Missões Nacionais portuguesa. Após um ministério abençoado nos Açores e em Portugal continental, o casal voltou ao Brasil e assumiu o ministério na Primeira Igreja Batista de Moça Bonita, no Rio de Janeiro, permanecendo ali até 1997, quando retornou ao campo, desta vez para a Espanha. Em solo espanhol, pastor Elton e Mirian estão à frente da Igreja Evangélica Batista de Sevilha há quase 20 anos, e muitos frutos desse ministério têm sido produzidos. A irmã Mirian tem aconselhado os adolescentes da Igreja sobre o batismo, congregações, congressos missionários com crianças, música, classes da Escola Bíblica Dominical, envolvimento com a denominação, entre outras atividades. A Igreja cresce a cada ano, e os batismos são prova disso. Durante todo esse tempo como missionários da Junta de Missões Mundiais, o pastor El-
ton e Mirian demonstraram sua gratidão a Deus por servi-Lo na extensão do Seu Reino aqui na Terra. A mesma gratidão também se estende aos crentes e igrejas do Brasil que apoiaram desde o primeiro momento esse abençoado ministério, com orações e sustento. “Outra grande bênção que recebemos do Senhor foram nossos filhos, Rawlinson, Rawlianne, Rawderson e Elton Jr. Sempre estiveram conosco. Nunca nos deram nenhuma preocupação porque eles sabiam que missões era a tarefa que o Senhor tinha dado à nossa família”, afirma o pastor Elton. Hoje, Rawderson é missionário da JMM no Chile, e Elton Jr., em Cabo Verde. O casal faz parte da história de Missões Mundiais, que convida você para o culto de gratidão a Deus pela vida e ministério destes missionários Elton e Mirian Rangel, no dia 29 de julho, às 19h30, na IB Itacuruçá (Praça Barão de Corumbá, 49, Tijuca – Rio de Janeiro).
Novas turmas missionárias com inscrições abertas Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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issionários são pessoas a quem Deus vocaciona para a missão especial de testemunhar de Cristo. São homens e mulheres qualificados espiritual, física, intelectual e emocionalmente. Se este é o seu chamado, Missões Mundiais tem um lugar reservado para você. Estão abertas as inscrições para as novas turmas de missionários de longo termo e para os projetos Radical Latino-Americano e Radical Luso-Africano. Missionários de longo termo Se você tem o desejo de servir o Reino de Deus como missionário no campo por tempo indeterminado ou conhece alguém com esse chamado, a única forma possível de inscrição no processo seletivo de Missões Mundiais é através do e-mail crh@jmm. org.br, da Coordenadoria de Recursos Humanos da JMM. Para se candidatar a essa categoria missionária, o interessado deve se preparar para
atuar por 12 anos sucessivos (quatro períodos trienais) ou mais, de acordo com os projetos da JMM. O primeiro período de quatro anos é de experiência, e somente a partir do segundo quadriênio é que o vocacionado passa a ser considerado missionário de longo termo. Os campos de atuação são definidos de acordo com o
planejamento estratégico de Missões Mundiais. Uma categoria similar e para a qual também estão abertas as inscrições é a de missionário de tempo determinado, na qual o vocacionado segue ao campo por um período de três anos para apoiar o missionário de longo termo. Ele também é sustentado pelo Programa de
Adoção Missionária (PAM), e somente após o término do período de três anos é que o vocacionado pode solicitar a efetivação. Um missionário enviado ao campo pode atuar em vários projetos e frentes, concentradas principalmente nas modalidades pastoral-ministerial, profissional e empresarial.
Novas turmas do Radical Estão abertas também as inscrições para a décima primeira turma do Radical Latino-Americano e para a quinta do Radical Luso-Africano. Se você quer sinalizar o Reino de Deus de uma forma diferente em países da América Latina ou nações de língua portuguesa na África, esta é a sua chance. Escreva para crh@jmm.org.br. Para participar do processo seletivo do Radical Latino-Americano e do Radical Luso-Africano, é necessário ser solteiro e membro atuante de uma mesma Igreja Batista por, no mínimo, dois anos. Quanto à escolaridade, Ensino Médio completo é requisito mínimo para candidatos de ambos os Projetos. O tempo de duração varia de acordo com cada Projeto, desde 11 meses para o Radical Latino-Americano até 17 meses para o Radical Luso-Africano; incluindo o treinamento no Brasil. Mesmo que este não seja o seu chamado, pode ser o de alguém do seu relacionamento. Compartilhe estas informações com amigos, familiares e igreja. Para mais informações, acesse www. missoesmundiais.com.br/va.
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o jornal batista – domingo, 05/07/15
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Carta Missionária - Pastor Caleb & Rebeca Mubarak
Entendendo os avanços do Estado Islâmico (ISIS)! “Ele salva o orpimido da espada […]”. (Jó 5.15a). Norte da África, junho de 2015. ! (Paz seja convosco!)
As proezas militares do Estado Islâmico (ISIS) seguem sendo um mistério para observadores ocidentais. Jornais internacionais afirmam que nações com suas tropas de elite militares falham em entender como seus exércitos fortemente treinados e equipados perdem terreno tão rapidamente para o que eles consideram ser um “time” tão pequeno, desorganizado, pobremente equipado e com seus soldados incultos e iletrados. O ISIS se tornou enormemente rico, segue conquistando refinarias de petróleo e com isso tem privado tanto a Síria quanto o Iraque não só do uso de suas fontes de riqueza, mas também da permanência de seus antigos regimes no poder regional. Eles têm poupado dinheiro em armamento e equipamento, pois aproveitam aqueles deixados para trás pelos exércitos em fuga. Fontes do sucesso do ISIS A primeira fonte de sucesso é sua forte ideologia e um sistema de comunicação eficiente, profissional e habilmente executado. A segunda tem a ver com a motivação de seus soldados, suas convicções e seu desejo por morrer em nome de uma paixão, aspectos esses que levaram à criação de uma base de poder de proporções incalculáveis. Em terceiro lugar, seus homens operam em um território familiar e entre pessoas que eles consideram como seus amigos e vizinhos. A quarta fonte diz respeito ao fato de que os comandantes do ISIS foram treinados pelos exércitos de potências ocidentais, as quais ajudaram a desestabilizar regimes autoritários na região; e também contam com antigos membros das polícias secretas de alguns países da região, os quais foram fortemente treinados em técnicas de inteligência, luta de rua, tortura e resistência. Em quinto lugar, ao contrário do que pensa a maioria dos ocidentais, o ISIS não opera em um ambiente hostil; muitas pessoas estão apoiando e dando garantias para que o grupo terrorista seja capaz de importar e exportar bens, petróleo, armas, soldados, e inclusive esposas para os soldados. A sexta fonte diz que o ISIS tem se aproveitado dos benefícios monetários de uma poderosa rede de apoio financeiro. E, em último lugar, é possível afirmar que a omissão de uma comunidade internacional dividida, apática, medrosa, hesitante, e parcialmente cúmplice só faz colaborar diariamente para o avanço do ISIS. Sua Força Motriz Cerca de um milhão de soldados em toda a Síria e Iraque apoiados pelos exércitos mais poderosos do mundo têm recuado sistematicamente sob a pressão de alguns outros milhares que lutam do lado do ISIS e estão espalhados em cinco países. Qual seria essa força motriz que os impulsionam? Eles afirmam que é Allah. E tendo o “todo-poderoso” ao seu lado, eles não precisam temer nada e a ninguém. Os perigos desse avanço Está claro que vencer uma batalha não é o mesmo que vencer a guerra. Porém, as batalhas vencidas pelo ISIS seguem trazendo terror de maneira cruel e brutal (decapitação de prisioneiros, apedrejamento de mulheres até a morte, meninas oferecidas como troféus a seus guerreiros, queima de bibliotecas e destruição de autênticos monumentos do patrimônio mundial). Por isso, cada vitória, não importando o quão pequena e breve ela seja, para eles já significa muito. Um erro fatal seria pensar que o ISIS não veio para ficar, ou que só espera que forças aliadas formem um forte exército para derrotá-los. A cada dia que passa e essa força revolucionária sobrevive, se tornando mais forte, com cada vez mais recursos e ganhando mais terreno, será cada vez mais difícil acreditar que de fato os povos que hoje vivem aterrorizados poderão ser um dia livres de tanta opressão! Ainda bem que a Bíblia, nosso Livro Sagrado assegura que Ele salva o oprimido da espada. Ore conosco! Pelos milhares de cristãos e outras minorias étnicas e religiosas que já sofreram e ou seguem sofrendo horrores nas mãos do Estado Islâmico (ISIS); Pelos milhões de refugiados que tiveram que deixar suas casas e países, e hoje vivem em condições precárias em campos de refugiados ou escondidos em alguns países da região; Pelo despertar da Igreja Ocidental, que de fato ela entenda que o Senhor salva o oprimido utilizando Seus Filhos.
EDITAL DE CONVOCAÇÃO A Sociedade Batista Patrimonial, CNPJ 28.892.735/0001-96, por seu presidente e nos termos que dispõe o art. 4º e 18 do Estatuto Social vem pela presente CONVOCAR a todos os associados para ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA a ser realizada no dia 31/07/2015 às 17h30 na Igreja Batista em Leandro, localizada na Estrada do Mazomba, 43 – Leandro – Itaguaí – RJ, tendo como assuntos da pauta: 1. REFORMA DO ESTATUTO 2. ELEIÇÃO DA DIRETORIA 3. MUDANÇA DA SEDE 4. RATIFICAÇÃO DE DOAÇÕES Pr. Júlio Cláudio Corrêa. Presidente da SOCIEDADE PATRIMONIAL
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OBITUÁRIO
Necrológio Dionina Mara Vasconcelos (1955-2015) Rolando de Nassau, colaborador de OJB
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ascida em 11 de abril de 1955, na cidade de Bauru - SP, era a filha primogênita do pastor Éber Vasconcelos (falecido) e de Otaídia (Ida) Couto Vasconcelos; irmã de Denise Maria Vasconcelos Camargo, que é viúva do pastor Gérson Monteiro Camargo (falecido); sobrinha do pastor Íber Vasconcelos; prima do pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos. Chegou a Brasília, na companhia dos seus pais, em 27 de fevereiro de 1963. Em 30 de maio de 1968 deu profissão de fé, sendo batizada em 09 de junho desse ano. Em novembro de 1968, o pastor Éber anunciou que estava estudando a organização da atividade musical na Igreja Memorial Batista. Começou
dando trabalho à sua filha Dionina Mara: seria pianista acompanhadora do canto congregacional e do coro. Em 1972, Mara ingressou como pianista da Memorial. Para melhor servir à Igreja, Mara iniciou o curso técnico na filial do Conservatório Brasileiro de Música, em Brasília. Sua primeira missão importante foi a de pianista, ao lado da organista Betty Antunes de Oliveira e sob a regência do maestro Albano Sílvio de Freitas, na execução da cantata “Maior Amor”, de John Peterson, em 18 de abril de 1976 (ver: OJB, 30 maio 1976). Nos primeiros 16 anos em Brasília, foi uma das melhores “performances” musicais a que tive o privilégio de assistir e comentar, dentro ou fora do ambiente evangélico. No repertório erudito, Dionina Mara, sob a direção do primeiro ministro de música
da Igreja Memorial Batista, Jabus Dolph Bateson, foi convocada para tocar trechos do oratório “Messias”, de Georg Friedrich Haendel, em 25 de dezembro de 1977 (ver: OJB, 29 jan 1978). Nas comemorações natalinas de 1978, dirigidas provisoriamente por Elias Couti-
nho do Nascimento, Dionina Mara, de maneira eficiente, acompanhou o Coro da Memorial na apresentação da cantata “Pastores, venham celebrar!”, de John Floyd Wilson, em 25 de dezembro (ver: OJB, 21 jan 79). Nas décadas de 80 e 90, bem preparada por seu pai para as tarefas rotineiras nos cultos dominicais, Mara foi pianista acompanhadora de cantores solistas, do Coro Memorial (regentes Tasso Brasileiro do Vale, Paulo Roberto Mandarino, Paulo Souza da Silva e Anderson Silveira Motta) e do Coro “Mensageiros da Paz” (criado por Albano Sílvio de Freitas, em sua ausência substituído por Kenneth James Litton, Eduardo Carvalho e Ronnie Monroe Parker). Durante 42 anos (19722014) prestou serviço relevante nos cultos da Igreja;
sua última participação foi em 08 de fevereiro do corrente ano. Distinguiu-se pelo alto senso de responsabilidade, pontualidade e eficiência; por isso, a Igreja, em 1994, resolveu que o seu curso livre de música seria denominado em homenagem à Mara Vasconcelos. Desde 1986, era sócia da Associação dos Músicos Batistas do Brasil. Por quase três meses, a Família Memorial esteve em angustiante sofrimento, solidária com a enfermidade de Dionina Mara Vasconcelos, que veio a falecer em 04 de junho deste ano. Junto à sepultura, na tarde do dia seguinte, o pastor Íber Vasconcelos, a propósito do canto do hino “Terra feliz” (CC 508), um dos favoritos de Mara, adiantou que ela adentraria ao Céu afirmando: “Tocarei nesse lindo país belos hinos ao meu Salvador!”.
Noé Ramos Pinheiro: o virtuoso Celso Aloisio Santos Barbosa, membro do Conselho Editorial de OJB
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pós longo e doloroso período de internação hospitalar, no dia 19 de maio passado, Deus levou para si o virtuoso irmão na fé Noé Ramos Pinheiro, membro da Igreja Batista do Méier - RJ. Esse doloroso período de enfermidade foi intensamente acompanhado por muitos membros da Igreja Batista do Méier, que o visitaram diariamente e lhe deram conforto e ajuda para vencer os difíceis e doloridos dias da internação. Noé não tinha familiares no Rio de Janeiro, cidade de sua residência. Seus mais íntimos residem em Pernambuco, ultimamente na cidade do Recife. Noé Ramos nasceu em Caruaru - PE, em 29 de janeiro de 1943 e era filho de Antonio Pinheiro da Silva e Nila R. Ramos Magalhães. Foi batizado pelo pastor José de Oliveira Filho, na Segunda Igreja Batista de Caruaru - PE. Chegou na Igreja Batista do Méier, de onde ainda era membro, em 07 de setembro de 1969 e veio para essa Igreja por carta de transferência da Igreja Batista da Pavuna - RJ. Noé era vocacionado como exímio organista/pianista da Igreja Batista do Méier e ajudava no culto de outras Igre-
jas quando não escalado para atuar em sua Igreja. Dominava as teclas dos órgãos e pianos como quem brincava com brinquedos infantis. Dedilhava as teclas com simplicidade e sabedoria. Todos se enlevavam e enchiam os olhos de lágrimas advindas das emoções que enchiam a alma dos ouvintes participantes dos cânticos que subiam aos céus, amparados pela música que Noé Pinheiro sempre nos trazia. Meu irmão e amigo particular; considero-me privilegiado por ter tido, no dedilhar de Noé Pinheiro, o acompanhamento em fundo musical durante toda a cerimônia do meu casamento na Igreja Batista do Meier em 02 de junho de 2001. Seus recursos musicais sabiam enlevar seus ouvintes da ocasião, inclusive os pastores do cerimonial do meu casamento – Rev. Washington Rodrigues e Rev. Julio Oliveira Sanches. Vocacionado, voltado para a Música Sacra, Noé Pinheiro amava intensamente o musical do Cantor Cristão - Hinário das Igrejas Batistas do Brasil -, conforme registro de 1963, da Casa Publicadora Batista. Seu amor por suas músicas era tanto, que se dedicou a produzir discos (tamanho CD - pequeno) com somente músicas do Cantor Cristão, sob o som dos seus dedos, especialmente. Em particular possuo toda a
coleção desses discos, produzidos por Noé Pinheiro, que me invadem periodicamente a alma, enchendo-a de alegria e saudade, como batista que sou desde 1949. Foi Noé Pinheiro quem organizou e produziu discos e gravações da cantora evangélica Mariuza Míccolis, do Rio de Janeiro, hoje viúva do seu grande amigo Aldo Míccolis. Noé também a acompanhou musicalmente, tendo ficado assim registrada sua permanente e global participação na produção musical de Mariuza Míccolis. Ultimamente, Noé Pinheiro me havia convidado para eu dar texto para publicação em capa e discos em que gravaria, com seu órgão, a música desconhecida de hinos de pequeníssima letra, do Cantor Cristão, de que nosso hinário é pleno, apesar de letras e músicas desconhecidas do nosso público. Seria algo diferente e muito útil para divulgação e aprendizado
do nosso povo. Mas não lhe restou tempo para seu sonho e Deus o levou de todos nós. Hoje, tristemente, o órgão, instrumento musical ocupado por Noé Pinheiro, na Igreja Batista do Méier, encontra-se sem a sua pessoa. Olhando para ele, nosso coração pulsa de saudades e nossos olhos se enchem de lágrimas. Certamente que os Gideões no Brasil estarão também sentindo saudades de Noé Pinheiro, pois deles era organista oficial e se comprazia também em acompanhar a voz do famoso cantor batista Feliciano Amaral. Certa vez, participei com Aldo Míccolis, amigo particular de Noé Pinheiro, de um acampadentro - um retiro de Carnaval realizado internamente no templo da Igreja Batista do Méier – Rio. Durante os três dias de Carnaval havia estudos, palestras e toda a parte musical era dirigida e produzida por Noé Pinheiro - uma inspiração. Durante certo período, Noé Pinheiro dirigiu, na Igreja Batista do Méier - RJ, o coral feminino de nome Nila Amos - que era o nome da progenitora de Noé Pinheiro. Era uma alegria e uma satisfação para ele. Durante o culto funerário, que se realizou no dia 20 de maio na sua Igreja – Batista do Méier – ouviu-se inspiradora e bela mensagem do seu pastor Purin Junior. Entre as flores e
mensagens expostas no salão de cultos da Igreja, postava-se uma especial, vinda do longe Recife - PE, com bela despedida do virtuoso Noé Pinheiro. Vale o registro de que o musicista Noé Pinheiro vinha oferecendo ultimamente apoio à Associação de Diáconos Batistas Cariocas, dando aulas de música a seus componentes, além de tocar na ajuda das apresentações do Coral da referida Associação. Nessa ambiência carioca, vale o registro de que Noé Pinheiro possuía o título de Cidadão Carioca com que foi agraciado publicamente em época especial de sua vida. Por sua inteligência e capacidade, Noé Pinheiro frequentava o lar de muitos crentes afinando órgãos e pianos e os consertando também, sempre que necessário. Ultimamente Noé Pinheiro me desafiou a escrever e publicar livro agora sob o título “João, o Apóstolo do Amor”, completando meu trabalho sobre Pedro de Betsaida e Paulo de Tarso que já publiquei. Prometi a ele escrever, mas até agora me faltou tempo. E se o fizer, dedicarei o livro a sua memória, como meu desafiante e motivador. Para a Igreja Batista o Méier resta agora a saudade de Noé Ramos Pinheiro, com sua marcante e permanente ausência nos cultos de nossa Igreja.
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o jornal batista – domingo, 05/07/15
notĂcias do brasil batista
15 Tudo o que dizemos e fazemos deve ter como ponto principal a edificação do outro o jornal batista – domingo, 05/07/15
ponto de vista
onde muitos eram apóstolos Carlos Alberto dos Santos, pastor da Segunda Igreja em e evangelistas. O caráter dos mestres é Pilar - Duque de Caxias - RJ uma preocupação para TiaCuidado com as palavras! go, pois esses lidavam com a personalidade humana, “Meus irmãos, somente tinham a tarefa de cuidar e poucos de vocês deveriam zelar pelo ensino e prática se tornar mestres na igreja, das Escrituras. “Todos nós sempre cometepois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos mos erros...” (Tiago 3.2). Como julgados com mais rigor do seres humanos, algo que todos nós fazemos é errar, pois somos que os outros” (Tg 3.1). limitados e não acertamos semm um contexto ju- pre. E uma das maneiras mais daico, os mestres se- comuns de errar é através das riam os rabinos, mas, nossas palavras. Constantemeno contexto de Tiago te erramos ao falar de maneira faz referência à Igreja Cristã, apressada, usando palavras quando os mestres seriam duras e impensadas. Por isso, pessoas que se destacavam o seguidor de Cristo deve prono conhecimento e ensi- curar cuidar para não tropeçar no das Escrituras, que assu- em suas palavras. O cuidado com o que se miam autoridade sobre os demais. Como os rabinos na dizia era algo muito sério sinagoga, esses mestres eram dentro das comunidades crisos líderes em suas igrejas, tãs primitivas. A “Didaquê”,
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uma espécie de manual de conduta das Igrejas Primitivas dos primeiros séculos da era cristã, diz o seguinte: “Corrijam-se mutuamente, não com ódio, mas com paz, como vocês tem no evangelho. E ninguém fale com nenhuma pessoa que tenha ofendido o próximo; que essa pessoa não escute nenhuma palavra de vocês, até que se tenha arrependido”. Esse texto da “Didaquê” demonstra que a comunhão era algo básico para a sobrevivência da comunidade naquela época, a tal ponto que se existisse alguém que ferisse essa base tinha de ser isolado do contato até o arrependimento. Com certeza a comunhão entre os irmãos deve ser mantida e devemos trabalhar para que isso aconteça, e tomar o devido cuidado com as nossas palavras, a fim de que não
sejamos pedra de tropeço para ninguém. No versículo 4, Tiago usa algumas ilustrações: O freio, que controla os cavalos, e o leme, que controla os navios. Nossas palavras devem ser bem aplicadas a fim de que possam colaborar para a edificação de todos, ao nosso redor. A maledicência, a fofoca só serve para destruição das pessoas, e isso não deve fazer parte de nosso estilo de vida. Algo que eu e você devemos ter em mente é que tudo o que dizemos e fazemos deve ter como ponto principal a edificação do outro. Quando Tiago fala sobre o “timoneiro”, ele ilustra o fato de que o próprio individuo é quem pode usar a língua corretamente ou abusar de seu uso. O timoneiro representa cada um de nós, representa o impulso íntimo que se baseia
no grau de responsabilidade que cada um tem que ter com o bem-estar de cada um. A palavra é uma ferramenta poderosa e por isso devemos tomar cuidado com o que dizemos e a maneira como o dizemos. Pois podemos usar nossas palavras tanto para edificar como para destruir a vida das pessoas ao nosso redor. Nossas palavras nascem em nosso coração e mente. Sendo assim, tenhamos uma mente e um coração que amem a Deus e favoreçam o próximo. Para finalizar, faço das palavras do pastor Martin Luther King, em seu discurso memorável, as minhas: “Sonho que os homens levantar-se-ão, um dia, e compreenderão enfim que foram feitos para viver juntos em comunhão”. (Orar com Martin Luther King, p.60). Atenção irmãos, “Juntos somos mais e melhores”.