ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 21/07/15
?????
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
1
Ano CXIV Edição 29 Domingo, 21.07.2015 R$ 3,20
Há 114 anos criamos, publicamos, edificamos Mas, para comemorar, contamos com você!
Dia do
OJB
Juntos para fazermos o melhor!
2
o jornal batista – domingo, 21/07/15
reflexão
EDITORIAL
Dia de O Jornal Batista
O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
N
o terceiro domingo de julho celebramos o Dia de O Jornal Batista. Em um Editorial anterior prestei informações sobre a história do nosso Jornal, e disse: “Poder-se-ia colocar no expediente do nosso Jornal sucessor de As Boas Novas e de A Nova Vida e, assim, recuaríamos a data de nossa fundação para 1889. Mas, não criemos problemas históricos e fiquemos mesmo com a data de 10 de janeiro de 1901 e os 114 anos de O Jornal Batista. A Assembleia anual da Convenção Batista Brasileira, realizada em Recife, em 1909, adotou o veículo como seu órgão oficial e estabeleceu o 30 domingo de julho de cada ano como o Dia de O Jornal Batista”. O mais significativo é que,
apesar do tempo e do avanço da tecnologia, este periódico tem se mantido fiel ao seu propósito, ou melhor, ao propósito que a denominação, através dos seus fundadores, teve a visão. O tempo que temos vivido é denominado de “pós modernidade”, que trouxe consigo uma série de transformações ou tentativas das mesmas e, talvez, a área que tem sido mais impactada por essas mudanças neste período é a da comunicação, que traz consigo uma série de respostas céticas, pois, mal acabamos de fazer uma mudança e precisamos mudar de novo. Há também razões pragmáticas para essas mudanças, como o aumento da competição global, que nos obriga a caminhar para processos e procedimentos
mais eficientes, flexíveis e receptivos. A velocidade das inovações tecnológicas leva-nos a descobrir conhecimentos que nem imaginávamos. A integração de países e continentes, a intensa imigração e os efeitos múltiplos da internet e dos empreendimentos da comunicação instantânea nos desafiam a mudar nossas formas de atuação. Se caminhamos nesta direção, não há como não seguir este fluxo do processo de mudança na comunicação. Em uma de nossas recentes edições, em menos de 24 horas após sua publicação digital já tínhamos a informação do alcance de que mais 100 mil pessoas visualizaram aquela edição. Imagino que os nossos antecessores sonharam com o dia em que o nosso Jornal
chegaria a 100 mil leitores. Porém, é improvável que eles imaginariam a velocidade em que isso viesse a acontecer. Bem, se eles não podiam imaginar esta velocidade do processo de comunicação, eles sonharam e fizeram o que podiam para que o conteúdo do nosso Jornal abençoasse muitas pessoas. Por isso, nós continuamos com o propósito do conteúdo de O Jornal Batista manter a visão de abençoar muitas pessoas e, agora, com uma velocidade que parece um sonho. Celebremos com gratidão ao Senhor pela existência de O Jornal Batista. Que Deus nos permita ainda fazer com que muitas outras vidas sejam abençoadas. Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da Convenção Batista Brasileira
o jornal batista – domingo, 21/07/15
reflexão
3
Os dias especiais da denominação Othon Avila Amaral, membro do Conselho Editorial de OJB
O
dia especial de O Jornal Batista foi o único que não foi alterado através dos anos. A criação dos dias especiais foi uma iniciativa do pastor Francisco Fulgêncio Soren que encontrou a simpatia dos 48 mensageiros presentes à 3ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, reunida na cidade de Recife, capital pernambucana, a chamada Veneza brasileira. Publicara ele artigo n´O Jornal Batista no qual tratava de nossas Juntas, ainda bem recentes, e como torná-las mais conhecidas da família da denominação. Elas surgiram em 1907 e, através dos anos, seus membros eram indicados pelos mensageiros credenciados por suas igrejas, bem como a diretoria da Convenção.
Do texto do pastor Francisco Fulgêncio Soren transcrevemos seu pensamento: “Nem todos os crentes batistas têm uma ideia clara do trabalho feito segundo os planos adotados por nossa Convenção, isto é, o que são as diferentes Juntas da Convenção e os deveres de cada uma delas. E, para que a natureza do organismo da nossa Convenção possa ser bem compreendida por nosso povo, é preciso que se lhe explique o que esse organismo é, e é de alta importância que descubramos um meio pelo qual seja esse organismo claramente explicado ao nosso povo, o que daria um resultado aos crentes trabalharem mais alegres e inteligentemente”. Hoje, no Século XXI, vivemos em um contexto diferente. Aquelas Juntas foram sendo dissolvidas e na atualidade parece que só mesmo três mantiveram suas diretorias e
seus Conselhos Consultivos: União Feminina, União de Homens e Juventude Batista. Elas atuam de forma autônoma. Prestam informações ao Conselho Geral. As demais, Missões Mundiais, Missões Nacionais, Seminários do Sul, do Norte e Equatorial, Convicção Editora, Associação Denominada e Convenção Batista Brasileira apresentam seus relatórios ao Conselho Geral da Convenção. Seus antigos executivos são diretores credenciados para administrarem as oito instituições mencionadas. Não obstante, tais mudanças, algo muito importante ainda caracteriza nossas instituições. Seus objetivos, seus princípios, seus programas, suas administrações nos inspiram e nos levam a atender os clamores dos campos missionários; nos levam a dobrar nossos joelhos em favor da obra de educação teológica; nos alegram
por ver a criação de nossa nova Editora, a Convicção Batista, produzindo literatura e atendendo as igrejas no preparo de revistas para a Escola Bíblica Dominical. O desaparecimento das Juntas não afetou a continuidade do trabalho. Temos ainda os chamados Dias Especiais, nos quais são dadas informações do trabalho realizado e dos alvos propostos. O terceiro domingo de julho é o Dia do Jornal Batista. Nossos amados assinantes recebem semanalmente um exemplar do Jornal. Milhares e milhares acessam o Jornal nas publicações via Internet. O Jornal parece que encontrou na atualidade o caminho certo para atender as Convenções Estaduais, atender as igrejas, atender as instituições. Hoje, ao desfolhar as páginas do nosso Jornal nos deparamos com notícias de todas as Convenções Estaduais, de nossos
seminários, de nossas Juntas Missionárias. O Jornal Batista tem recebido manifestações de simpatia partidas de todas as faixas etárias. É um Jornal que congraça o povo batista. Somos gratos a Deus pela equipe que o dirige: pastor Sócrates Oliveira de Souza; jornalista Paloma Silva Furtado; Márcia Valéria Castro e a estagiária Rosane Noeli. Os membros do Conselho Editorial: Celso Aloisio, Guilherme Gimenez, Francisco Bonato, Sandra Natividade e Othon Avila Amaral, autor do artigo que completou no dia 09 de abril 20 anos como membro do Conselho Editorial. Também ele está entre os raros que leram O Jornal Batista desde a fundação em 10 de janeiro de 1901. Foi uma epopeia descobrir, de ano em ano, novidades que jamais envelhecem no coração daqueles que amam a História Batista.
4
o jornal batista – domingo, 21/07/15
reflexão
Fé que não se aliena
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
Reconhecer o que é de Deus Israel Belo de Azevedo, colaborador de OJB
Q
uando era adolescente, li no quadro de uma sala na Igreja Batista da Tijuca – RJ um aforismo para o resto dos meus dias: “Um homem vale pelo que diz,
“Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito” (Gn 45.8).
diz pelo que pensa, Uma das maravilhas da fé pensa pelo que lê”. cristã é que ela desenvolve, Mudei-o para: no dia a dia, a partir de um “Uma pessoa vale pelo que livro, no caso, o Livro. Este diz, Livro não nos aliena, mas uando José surdiz pelo que pensa, nos empurra para o centro preendeu seus irpensa pelo que lê”. da vida, fazendo-nos realimãos, mostrando zar o convite de Karl Barth: que sobrevivera Pode ser que talvez leia- “Pegue sua Bíblia e pegue a uma sucessão de injustimos menos em papel, mas seu jornal. Leia-os, mas inças e perseguições, fez uma ainda leremos, talvez cada terprete os jornais a partir da declaração de profundas imvez mais. sua Bíblia”. plicações teológicas: “Assim, não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus. Ele me tornou ministro do faraó e me fez administrador de todo o palácio e governador de todo PR. CERQUEIRA BASTOS o Egito” (Gn 45.8). O Senhor, ao revelar a Sua vontade através dos escritores bíblicos, nunca se preocupou em defender escolas de teologia. As declarações do Senhor, nas páginas da Bíblia, são restaurações. Quanto a nós, os destinatários das revelações, a Bíblia só apre-
senta duas opções: rejeição ou aceitação. E, diga-se de passagem, nenhuma delas jamais modificou o projeto criador de Deus. O desabafo de José aos seus irmãos é um bom exemplo. O filho de Jacó foi um especialista em sofrer ódio, humilhação, injustiças. Ele tinha todo o direito de condenar a covardia dos seus irmãos e de pagar na mesma moeda, condenando-os à escravidão. Estranhamente, entretanto, o termo “perdão” também não foi usado naquela prestação de contas. A proclamação de José afirmou que a explicação de todo aquele drama estava no Senhor: “Assim, não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus...”. Nós, que neste mundo de maldade temos lá o nosso quinhão daquilo que José sofreu, nunca deveríamos nos esquecer de que temos o mesmo Deus, que sempre deu sentido à sua tumultuada vida. Continua valendo a pena dar a Deus o que é de Deus.
ta Universidade recebeu o título de mestre em Artes), tendo, posteriormente, se formado em Medicina, em Leiden, na Holanda. Chegou a Boston (Massachusetts) no ano 1637, envolvendo-se na prática da medicina e na educação (A história o consagra como fundador das escolas públicas na América). Em face dos conflitos teológicos em Boston entre
deu a Rhode Island a plena liberdade civil e religiosa, com a sua profícua ação de 12 anos de trabalho de verdadeiro estadista junto ao Parlamento e ao rei (A Carta foi aprovada em 08 de julho de 1663). Vale aqui ressaltar a sua formação teológica de profundo conhecedor do Hebraico e do Grego, que lhe forneceu uma cultura sólida na interpretação bíblica das verdades
reveladas nas Escrituras. Os famosos “Quatro Princípios de John Clarke” podem ser assim resumidos: 1- Jesus Cristo é o único Senhor; 2- O batismo bíblico é a imersão em água, mediante a fé em Cristo; 3- A liberdade da palavra profética do crente na ministração da edificação, exortação e consolo; 4- Ninguém tem a liberdade de restringir ou limitar a consciência do outro.
Q
Os Batistas na História
John Clarke, o médico
C
larke foi um dos pioneiros que emigraram para a Nova Inglaterra (Colônia Inglesa), na década de 163040, com o propósito de dar assistência médica e espiritual aos colonos, assisti-los materialmente com alimento, abrigo e educá-los. Seu nascimento ocorreu em Westhorne, Suffolk, Inglaterra, no ano de 1609. Foi educado em Cambridge e Oxford (Nes-
“Obras e Graça”, retirou-se para a ilha de Rhode Island, juntando-se ao advogado Roger Williams, fundador da Colônia. Localizando-se no sul da Ilha organizou a Igreja Batista de Newport (A Segunda na América) da qual foi ministro. Clarke ajudou Roger Williams na consolidação do seu governo na Colônia, conseguindo do rei Carlos II a aprovação da Carta Régia que conce-
o jornal batista – domingo, 21/07/15
reflexão
Amigo presente e nunca ausente Rogério Araújo (Rofa), jornalista e escritor, diácono da Igreja Batista Neves - São Gonçalo - RJ
L
i uma frase um dia desses que dizia: “Amigo é igual parafuso, a gente só sabe que é bom na hora do aperto!”. E não é verdade? Quantos não dizem possuir dezenas de amigos e, depois, quando os problemas vêm, eles se vão?! Alguns amigos são especiais e ocupam uma posição
na vida que supera até mesmo os parentes. “O amigo ama em todo o tempo e na angustia nasce o irmão” (Pv 17.17). Ninguém vive sozinho neste mundo. É preciso ter com quem contar para uma vida mais tranquila e segura. Além de um amigo que nos ouve a toda hora e que cuida 24 horas por dia, o nosso Deus, que do céu é um “Socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1), não hesita em ser chamado quando necessário e está
5
a postos a agir. Quem não permite ou pede ajuda somos nós. E existem, aqui na terra, amigos que são assim: presentes e nunca ausentes. Pode-se contar com eles para o que der e vier, em qualquer situação, não somente boa, mas, ruim, em especial. Na passagem deste dia 20 de julho, Dia da Amizade, aproxime-se de quem gosta de você e saiba quem são os seus amigos sempre presentes e nunca ausentes.
O grande valor das amizades no envelhecer Samuel Rodrigues de Souza, gerontólogo, pastor dos Idosos da Igreja Batista de Água Santa – RJ
O
mundo terá cerca de 2 bilhões de idosos em 2050. O doutor Alexande Kalache, brasileiro notável na ciência do envelhecer, coordenador do Centro de Longevidade, da Organização Mundial de Saúde, orienta que para viver bem no envelhecer é preciso cuidar bem cedo da saúde, manter uma atividade intelectual, preservar o capital social, isto é, a arte de ter amigos, atividades, e hobbies. Vários fatores têm colaborado para essa fantástica expansão da velhice no Brasil e em todo o mundo, dentre eles, o capital social. Tem gente que passa a vida inteira sem acumular esse capital. Coloca tudo em seu trabalho e, quando se aposenta, veste o pijama e fica lendo jornais, vendo televisão, etc. Não dá. É preciso sair do ambiente de trabalho, criar laços, interesses, fazer trabalho voluntário, se precisar e conseguir, até aprender um novo trabalho para complementar a renda. A Palavra de Deus nos orienta: “É melhor ter companhia do que estar sozinho
(…). Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se (…). Um homem sozinho pode ser vencido, mas, dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade” (Ec 4.9-10-12).“Como poderia um só perseguir mil, e dois fazerem fugir dez mil (...)?” (Dt 32.30). Lyndon B. Johnson declarou que “Não há problema que não possamos resolver juntos, e poucos os que podemos resolver por nós mesmos”. Amigos devem juntar suas luzes para se tornarem farol de Cristo. Amigo é um canal de confiança tão forte a ponto de ser a pessoa com quem se compartilha pedidos de oração, dificuldades, confessa pecados, compartilha experiências; verdadeiros amigos em Cristo irão se suportar durante a jornada. Jesus Cristo, nosso Salvador amado é nosso exemplo na área de amizades.“Eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu pai eu lhes tornei conhecido” (Jo 15.15b). 1 - Jesus tinha muitos amigos próximos e íntimos e amou-os até o fim (Jo 13.1); 2 - Um círculo de 70 homens abraçaram Sua vida e missão, círculo bem íntimo de 12, círculo bem íntimo de três, e o discípulo que ele amava;
3 - Tinha amizades especiais com mulheres, que permaneceram ao lado da cruz e foram ao túmulo após a crucificação; 4 - Jesus atraiu as criancinhas com Sua bondade e amor. Não importa a tempestade que você venha a enfrentar: se você estiver com O amigo, sempre haverá um arco-íris à sua espera. De acordo com Stu Weber, as marcas da amizade são: aceitação, afirmação, acompanhamento, autoridade espiritual e aceitação. É preciso ter aceitação, mais que isso, compreensão. Muitas vezes somos mal compreendidos, mas, sempre há um amigo pronto a nos ouvir e oferecer o seu apoio, em um ambiente de graça, amor e aceitação para podermos crescer como uma flor, que precisa de sol, água e boa terra. Em ambientes desprovidos da graça, conforme nos orienta Argyris, predomina a desconfiança, conflito, rigidez, pouca capacidade de resolver problemas. Em alguns ambientes sentimos a graça, mesmo sem compreendê-la (banhado pelo poder curativo, no ambiente onde o amor é derramado, como se preenchesse os espaços entre uma e outra pessoa). Quais são os resultados de um ambiente amigo,
repleto de respeito, valorização e estímulo, cheio da graça? Pessoas se sentem seguras, crescem, confiam umas nas outras, vivem de forma autêntica, celebram unidas, riem muito e produzem mais resultados do ambiente da graça. Pessoas se sentem capacitadas, sentem que não há problema em ser quem são, mesmo que estejam cientes de que se espera mais delas. Na afirmação, o amigo edifica um ao outro por meio de palavras de interesse e doses regulares de encorajamento. Acompanha, faz um check-up um do outro, regularmente, nas áreas chaves da vida pessoal e crescimento espiritual. Se estiver ao alcance, pode até ser mentor e discipulador do seu amigo idoso, para isso é necessário de autoridade espiritual: reconhecer e relembrar, um ao outro, a autoridade suprema de Deus e Sua Palavra. O rompimento de laços pessoais, solidão e interações conflituosas são as maiores fontes de estresse, enquanto relações sociais animadoras e próximas são fontes vitais de força emocional, vemos isso em Gironda & Lubben. Os amigos verdadeiros dos idosos caminham lado a lado com eles e os sustentam nas dificuldades.“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos” (Sl 133.1). Idosos devem ser amigos
de seus filhos, netos, conhecidos, irmãos de igreja, mas a teoria da seletividade socioemocional, de Laura L. Carstensen e outros (1991), esclarece que os idosos escolhem seus amigos, preferindo aqueles que têm alguma contribuição a dar-lhes, que possam lhes fortalecer, em vez de ficar somente sugando-os infinitamente, até a última gota da vida. É preciso ter muito cuidado com filhos, parentes e amigos exploradores. A teoria defende que os idosos moldam seu ambiente social de modo a maximizar seu potencial para sentir afetos positivos e para minimizar os afetos negativos. Isso representa o cumprimento de metas úteis ao alcance de uma velhice bem-sucedida, informa-nos o Tratado de Geriatria e Gerontologia (SBGG, 2011). Dicas para o idoso viver melhor: Ter amigos (capital social), melhorar autoconfiança, descobrir talentos, habilidades e êxitos já alcançados, deixar de adivinhar dificuldades e de recear o futuro, pensar na solução e não no problema, transformar dificuldades em oportunidades, sonhar, transformar sonhos em metas e começar a realizá-las. Ouse, ore, cresça até a maturidade em Cristo Jesus. Que Deus lhe abençoe.
6 vida em família
o jornal batista – domingo, 21/07/15
reflexão
A importância do perdão
Gilson e Elizabete Bifano
Filhos adultos
U
m dia desses estava conversando com minha esposa. Ledo engano quando pensamos que quando casamos nossos filhos as preocupações diminuirão. Filhos continuam sendo filhos, mesmo quando se casam, têm seus próprios filhos e até se tornam avós. Filhos se casam e formam suas famílias, mas as preocupações dos pais continuam e até aumentam. Agora nos preocupamos com os genros ou noras e com os netos. Como disse o pastor Israel Belo de Azevedo em um dos encontros promovidos pelo Ministério OIKOS, “Ser pai ou mãe é uma tarefa inacabada”. Mas, se as preocupações continuam ou até aumentam, precisamos desenvolver alguns conceitos e tentar, mesmo que sejam difíceis, vivenciá-los. O primeiro deles é que, embora sejam nossos filhos, eles já são adultos e precisamos deixá-los tomar suas próprias decisões. Quando eram pequenos, nós decidíamos que roupa usar, onde passar as férias, que passeio fazer e o que podiam e o que não podiam fazer. Mas, a verdade é que os filhos crescem e já passam a ser donos do próprio nariz, como diz o adágio popular. Um dia desses um colega pastor me procurou e compartilhou algumas de suas preocupações com sua filha. Então eu perguntei a idade da menina. Ele me disse que já tinha completado 21 anos. Falei com este colega que, como pais, podemos sempre orar pelos filhos adultos, orientar, aconselhar, ponderar, mas, a decisão de certos rumos da vida estão em suas próprias mãos. Os filhos devem ser alertados pelos pais sobre as consequências de suas decisões,
Natanael Menezes Cruz, pastor da Primeira Igreja mas devemos deixar que eles Batista em Jaboatão - PE próprios as tomem e arquem com as referidas e consequ“Então, Pedro, aproximanências. Filhos adultos são, do-se dele, disse: Senhor, como o próprio nome diz, até quantas vezes pecará adultos. meu irmão contra mim, e Como pais de filhos adul- eu lhe perdoarei? Até sete? tos devemos, também, crer Jesus lhe disse: Não te digo que as sementes lançadas que até sete; mas, até setenta em seus corações e mentes, vezes sete” (Mt18.21-22). quando eram pequenos e adolescentes, ainda estão lá. erdoar é esquecer, É hora de confiar nos ensinaé lançar para trás mentos que foram ministratoda ofensa, toda dos por anos a fio. mágoa, tudo o que Em minhas palestras aos tortura. Quando Jesus disse pais, muitas vezes sou per- “Setenta vezes sete, e não guntado sobre como os pais somente sete”, Ele quis didevem proceder com os fi- zer que o perdão deve ser lhos adultos que moram na ilimitado. Às vezes a gente casa dos pais. acha que perdoar uma, duas É claro que, se o filho adul- vezes é o suficiente, se não to ainda está morando com obter a resposta se deixa os pais, estes tem a primazia para lá. Esse não é o ensino sobre as normas básicas. Mas pedir que um filho adulto chegue todos os dias as 21 horas, acho um pouco de exagero. Por outro lado, filhos adultos devem participar do sustento doméstico. É muito cômodo para muitos filhos adultos trabalharem, terem seus salários, mas, não participarem das despesas. Assim é fácil. Por isso que temos, nestes tempos, a chamada “geração canguru”. É a geração que gostou de ficar em casa no aconchego da casa dos pais, adiando a decisão de se casar e se aproveitando das benesses da casa paterna. Se resolvem ter os seus próprios espaços, que assumam integralmente com os ônus da decisão. Na dá, por exemplo, morar no seu próprio AP (apartamento) e levar a roupa para lavar na casa dos pais ou passar todos os dias para pegar a comidinha feita pela mamãe. Precisamos capacitar pais e mães para que saibam lidar com os filhos adultos de forma saudável e madura, para o bem de toda a família.
P
de Jesus, que mostra que o perdão deve ser ilimitado. Sempre oportuno, necessário e atual. Não há hipótese alguma, circunstância qualquer que justifique a falta de perdoar. E aí então eu faço a seguinte pergunta: Qual tem sido o limite do seu perdão? Quem sabe se você tem uma mágoa de alguém e está com dificuldades em perdoar, ou se alguém lhe ofendeu e você ainda não o perdoou? Todo pecado cheira mal, e toda ofensa dói. Por isso deve ser perdoado. Todo cristão deve trazer na alma a grandeza do perdão. Por maior que seja o pecado, mais sublime é o perdão. Apreciemos as palavras de Jesus, conforme escreveu Mateus: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos
nossos devedores” (Mt 6.12); “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14-15). Ver-se, portanto, que na teologia de Jesus, o perdão é recíproco. Isto é, perdoando que se é perdoado. Você tem perdoado o seu próximo? Perdoemo-nos uns aos outros e seremos abençoados. O perdão é feito para pedir e todo pecado é para ser perdoado, porque “Por maior que seja o pecado, mais sublime é o perdão”. Todos nós, como já falei, queremos o perdão de Deus. Então, perdoemos nossos irmãos. Todo pecado cheira mal, e toda ofensa dói, por isso deve ser perdoado.
o jornal batista – domingo, 21/07/15
missões nacionais
7
Mais uma vida restaurada através do Projeto Cristolândia Redação de Missões Nacionais Projeto Cristolândia, em Santana - SP, ela foi encaminhada ais uma aluna para a segunda fase, onde fez d o C e n t r o d e todo o pré-natal e concluiu Formação Cristã sua gestação. Em novembro de Campinas - SP de 2014, seu bebê nasceu e volta para casa. Marcela Go- recebeu o nome de Nicolly. Atualmente, Marcela e suas mes Vieira chegou ao Projeto Cristolândia no dia 25 de duas filhas experimentam uma março de 2014. Naquela épo- nova vida. Em junho de 2015 ca, ela estava grávida de dois elas voltaram para o convívio meses e estava acompanhada da família, visto que Rute, tia pela filha Vitória, de três anos. de Marcela, e seu primo, pasApós um período na pri- tor Jason, foram buscá-las. “Tudo isso é para a glória de meira fase de recuperação do
M
Deus”, declara a missionária Geane Campos, coordenadora do CFC Campinas. Ela também afirma que o apoio dos parceiros e igrejas são essenciais para o sustento desta obra de resgate, restauração e reinserção das alunas. Interceda para que Marcela e suas filhas guardem a Palavra do Senhor, que foi ministrada a elas, a fim de que a vida de Cristo continue abundante nelas e para que elas continuem prosperan- Marcela junto com sua família se despedindo da missionária do nos caminhos do Senhor. Geane Campos
Visão de Igreja Multiplicadora é implementada no Norte Fluminense Redação de Missões Nacionais e Graça, alcançando mais de 300 pessoas com o Evangelho, Igreja Batista Parque demonstrando o amor de Cristo Rio Branco, no Rio por meio de ações gratuitas de Janeiro, tem traba- como cortes de cabelo, atendilhado com a visão de mento médico e odontológico, Igreja Multiplicadora. “Imple- palestras para a comunidade e mentamos os Pequenos Grupos programação para crianças. Nesta semana eles lançaram Multiplicadores e temos levado a Igreja a vivenciar os cinco a 4ª turma de especialização princípios”, explica o missioná- em Turbo Gerador, um curso bastante requisitado para o rio João Marcos Mury. Recentemente, a Igreja rea- mercado de trabalho offshore. lizou um Dia de Compaixão Vidas estão sendo abençoadas
A Uma das aulas da 4ª turma do curso de especialização, oferecido pela Igreja Batista Parque Rio Branco - RJ
Balé do Projeto Novos Sonhos, de Missões Nacionais, é destaque no SPTV
Redação de Missões Nacionais foram destaque em reportagens de diversas emissoras de televilém de compartilhar são, e em sites, em função do o Evangelho por meio bom desempenho delas. Recendos seus missionários, temente, elas foram destaque o Projeto Novos So- em uma reportagem exibida nhos tem oferecido diversas pelo SPTV, da Rede Globo de atividades, como balé, jiu-jistu Televisão. Missões Nacionais louva ao e aulas de música para crianças e adolescentes do entorno da Senhor pelas vidas que têm sido região da cracolândia, em São ajudadas e alcançadas para Cristo por meio do Projeto Novos Paulo. Algumas alunas do balé já Sonhos. Este Projeto faz parte
A
por meio destas aulas, e assim estão vendo a relevância social e espiritual da Igreja. Em janeiro, a Igreja enviou voluntários para a operação Jesus Transforma (Trans) Rio Grande do Sul, e agora se prepara para enviar voluntários para a Trans Sertão. Outras ações da Igreja foram dois meses de Jornada de Oração, treinamento de liderança, entre outras atividades de Compaixão e Graça.
do ministério da Cristolândia, de São Paulo. Agradecemos também a cada parceiro que tem sido levantado pelo Senhor para ajudar na manutenção dos trabalhos missionários, por meio de orações e ofertas. Faça parte deste Projeto: ore, contribua financeiramente, seja um voluntário. Muitas vidas serão transformadas! Seja nosso parceiro através do PAM BRASIL. Turma do Projeto Novos Sonhos com bailarinos do Balé Bolshoi
8
o jornal batista – domingo, 21/07/15
notĂcias do brasil batista
notĂcias do brasil batista
o jornal batista – domingo, 21/07/15
9
10
o jornal batista – domingo, 21/07/15
notícias do brasil batista
Vivendo a vocação artística “Eu escolhi Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade artística para desenhar e executar trabalhos em ouro, prata e bronze, para talhar e esculpir pedras, para entalhar madeira e executar todo tipo de obra artesanal. Além disso, designei Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, para auxiliá-lo. Também capacitei todos os artesãos para que executem tudo o que lhe ordenei” (Ex 31.2-6 - NVI).
Q
uem te capacitou para ser artista? De acordo com a Palavra de Deus, tudo vem dEle, é Ele quem escolhe quem deve receber. Ser escolhido por Deus, ser cheio do Espirito de Santo de Deus e receber a capacitação artística é um presente que devemos usar para a Sua glória. De acordo com o texto acima, todos os artistas foram capacitados para criar a ornamentação da arca da aliança e de todos os utensílios da Tenda de Encontro. Somos o templo do Espirito
Santo, logo, as nossas obras devem contribuir para manter este templo sempre com as portas abertas, tendo culto 24 horas por dia. A Palavra ainda nos diz que o mundo verá as nossas obras e que, através delas, glorificarão ao nosso Pai Celeste. Fico maravilhado todas as vezes que visito um Museu de Artes e posso contemplar, com um tempo de qualidade, as obras expostas. E você? Qual foi a última vez que foi a um museu de artes? Quero desafiá-los a glorificar a Deus pelo Seu poder Criador e pelo privilégio de poder receber Dele o dom de ser artista. Mas, lembre-se que se o fruto do seu trabalho artístico não refletir a glória de Deus, por mais complexa e magnífica que seja a obra, não terá valor algum na dimensão espiritual. Quero convocar você a compartilhar a sua história de vida através da arte. Não perca esta oportunidade de dar glórias a Deus através de suas experiências artísticas. Escreva para Roberto Maranhão, do Departamento de Arte e Cultura esporte e recreação da CBB, através do e-mail: marapuppet@hotmail.com.
o jornal batista – domingo, 21/07/15
missões mundiais
JMM celebra 108 anos
Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
A
Junta de Missões Mundiais completou 108 anos no dia 27 de junho, e para marcar a data, realizou no dia 07 de julho, na capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, um culto de gratidão a Deus pela existência da agência missionária dos batistas brasileiros. Com a presença dos colaboradores da sede, de missionários que estão no Brasil, dos mobilizadores e também de irmãos que vieram prestigiar este momento histórico
da JMM, o culto foi dirigido pelo pastor Antonio Galvão, missionário há mais tempo em atividade. O culto também relembrou momentos marcantes de Missões Mundiais, como músicas de Campanhas anteriores e também com a exibição de um vídeo contando um pouco da história da JMM e do avanço do Evangelho pelo mundo. A Mensagem foi trazida pelo diretor executivo da JMM, pastor João Marcos Barreto Soares, que apresentou o desafio que ainda existe de alcançar milhares de povos não alcançados pelo Evangelho de Cristo em todo o mundo.
“São 108 anos fazendo a vontade de Deus. São 108 anos anunciando a mensagem do Evangelho com esforço, dedicação, muitas vezes com sacrifício. Mas tem valido a pena”, disse o pastor João Marcos. “Estamos crescendo. Já temos presença em 86 países, mas se contarmos os países onde já entramos e de onde saímos, esse número está em torno de 100 nações onde Missões Mundiais está abençoando ou já abençoou”, afirmou o pastor João Marcos. “São 108 anos de histórias, 108 anos de conquistas, e está chegando perto do fim. Nós não temos mais muitos anos
pela frente. Se Deus quiser, nós não vamos comemorar 150 anos da JMM. Jesus vai voltar antes. Porque nós vamos realizar isso (testemunhar o Evangelho), mas não porque sejamos capazes ou ousados, mas porque Deus está conduzindo assim”, acrescentou o diretor executivo. Entre os missionários presentes ao culto, Sárala Kumar (Sul da Ásia) disse se sentir emocionada por estar entre os colaboradores da sede e seus colegas de ministério. “Em diversos momentos, chorei com os hinos que me lembraram da dedicação de minha vida a missões, lembranças dos trabalhos feitos
11
nas igrejas por onde passei antes de ir ao campo. Minha cabeça viajou sem sair do lugar em agradecimento a Deus por tudo”, disse Sárala. Pessoas de várias partes do Brasil também participaram do culto em agradecimento a Deus pelo aniversário da JMM. É o caso de Valeria Barros, promotora de missões da Igreja Batista Nova Sião, em Belém - PA. O pastor Iomael Sant’Anna, da Primeira Igreja Batista em Mesquita - RJ, também participou do culto, fazendo inclusive a oração final. O culto terminou com toda a congregação cantando a música oficial da Campanha deste ano, “Um Chamado”.
Mobilizadores unidos para ser voz de Deus às nações Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
D
e 06 a 08 de julho, os mobilizadores da Junta de Missões Mundiais se reuniram na sede da agência missionária, no Rio de Janeiro, para um encontro de alinhamento de ações, esclarecimentos de dúvidas e capacitação, entre outras atividades. Organizado pelo Setor de Promoção e Mobilização da JMM, o evento também aproximou os mobilizadores dos colaboradores da sede, além de coincidir com o culto em agradecimento a Deus pelos 108 anos de Missões Mundiais. Em três dias de encontro, os mobilizadores tiveram uma programação intensa, com várias frentes de reflexão nas áreas ministerial e relacional. Também tiveram a oportunidade de ouvir testemunhos de missionários que estão visitando a sede da JMM e se aprofundar em temas seculares que, de uma forma ou de outra, influenciam a atividade missionária
no exterior, como flutuação cambial, crise econômica e liberdade de expressão. Em sua palavra aos mobilizadores, o diretor executivo da JMM, pastor João Marcos Barreto Soares, descreveu o momento pelo qual passa a agência missionária em seus 108 anos de existência. “Muito já foi feito ao longo desses 108 anos, mas ainda não é hora de pendurar as chuteiras. Entrar em campo, ser voz de Deus às nações, levar esperança a um mundo em caos e alcançar os não alcançados só será possível
se todo o Brasil batista se unir em oração, ofertas e envio”, afirmou o executivo. O pastor Israel Belo de Azevedo, da Igreja Batista Itacuruçá – RJ foi convidado para ministrar aos mobilizadores sobre o tema “Ética no âmbito do indivíduo”, aplicando os Dez Mandamentos a conflitos e situações vividas no ministério e exercício da mobilização missionária. Os mobilizadores aprovaram a realização do encontro, no qual se abasteceram de várias informações úteis à missão da mobilização de
igrejas e membros de igrejas. “O desafio é fazer com que o campo se aproxime da igreja local e que as informações que vêm de lá cheguem com qualidade, sem distorção, sobretudo as informações do resultado do investimento de cada irmão, de cada igreja”, destaca o pastor Luiz Henrique Carvalho, missionário mobilizador para os estados do Pará, Amapá e Tocantins. “Tentamos cada vez mais apresentar as possibilidades de acesso à informação do campo missionário para que toda boa informação da obra
do nosso Deus desenvolva um impacto de edificação na igreja e maior envolvimento dos irmãos na obra”, acrescenta o mobilizador. “Quando o mobilizador faz a ponte entre igreja e campo, as coisas funcionam e passam a ideia de que missões é algo que dá certo, de que se pode investir e que haverá retorno”, ressalta o mobilizador Deivid Raasch, do estado do Espírito Santo. “O mobilizador vai e mostra à igreja o que é o campo, como funciona, qual é o papel da JMM como mediadora entre a igreja e o campo. Assim, a igreja abraça o trabalho e investe mais em missões”, acrescenta Deivid, que fez parte da oitava turma do Radical África, servindo na Guiné. Para saber quem é o missionário mobilizador da sua região, entre em contato com nossa Central de Atendimento pelos telefones 21221901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-7091900 (demais localidades) ou escreva para promocao@ jmm.org.br.
12
o jornal batista – domingo, 21/07/15
notícias do brasil batista
OBITUÁRIO
Maria Lúcia Nolasco de Abreu “Senhora Missões Nacionais” Izilda Portela de Miranda Santos, jornalista, membro da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ
A
ssim ela foi identificada por uma criança, membro da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ, quando passeava em um shopping da cidade. Eu a chamaria senhora “Missões Urbanas”, “Missões Estaduais”, “Missões Nacionais”, “Missões Mundiais”. Ela nunca foi nomeada por nenhuma de nossas Juntas. Nunca deixou o seu país para ir à terras distantes em uma missão especial. No entanto, conhecia os campos missionários como poucos. Conhecia porque se interessava por eles; porque estudava sobre eles; porque amava o povo sem salvação e amava os missionários espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Conheci dona Lúcia no ano de l981, quando cheguei à PIB de Niterói. Logo percebi o seu ardor missionário e com os seus objetivos me envolvi. Passei, assim, a conviver mais de perto com ela e, desta forma, fui aprendendo a amá-la pela pessoa linda que ela era. Sua beleza interior era notável e cativante. Ela tinha a simplicidade e a inocência de uma criança pura. Dona Maria Lúcia nasceu na cidade de Laje de Muriaé,
norte do Rio de Janeiro, sendo filha única de Laurindo Nolasco e Maria de Lourdes Bastos Nolasco. Foi difícil a sua sobrevivência na gestação, o que obrigou a sua mãe permanecer no leito a partir do sexto mês. Nasceu franzina e com a saúde precária, o que exigiu cuidados especiais até os dois anos de idade. Maria Lúcia foi diaconisa da PIB de Niterói, de onde era membro desde os seus oito anos de idade. Pertencia à Escola Bíblica Dominical desde pequena e foi professora por mais de 60 anos. Ela foi presidente da então chamada União Intermedi-
ária, União de Mocidade e Sociedade de Senhoras por longos anos. Ela dirigiu a área de missões e o ministério de Missões da PIB de Niterói por 30 anos, deixando ali a sua marca de amor e dedicação sem igual. No âmbito estadual e nacional foi membro de Juntas, notadamente das Juntas Executivas da União Feminina Estadual e Nacional. Deu a sua valiosa colaboração como escritora de programas especiais e matérias para revistas da nossa denominação. Foi preletora de vários eventos, como congressos, acampamentos, etc. Foi também, por alguns anos, professora
do Seminário Teológico Batista de Niterói. A irmã Maria Lúcia faleceu no dia 16 de junho deste ano, aos 85 anos, na cidade de Niterói, deixando um legado de serviço e fidelidade a Deus. Dona Maria Lúcia era alguém que amava a Deus sobre todas as coisas e a Ele servia com prioridade máxima. Alguém ímpar, especial, a quem eu me referia como “do céu”; diante de situações críticas, as suas atitudes me revelavam que ela não era para este mundo. Alguém que amava a casa do Senhor; por isso um dos seus versículos preferidos era o Salmo 27:4 “Uma coisa
pedi ao Senhor: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida”. Ela foi atendida neste pedido e até quase o seu fim era assídua nos trabalhos da PIB de Niterói, mesmo com toda a sua fragilidade. Alguém que conhecia e vivia a Palavra de Deus como poucos e por muitos anos foi professora de uma das maiores classes da nossa EBD. Alguém que amou o trabalho feminino em nossa Igreja e, desde a sua juventude, dedicou-se a ele, sendo presidente da “Sociedade de Senhoras” ainda muito jovem. Alguém que amava missões de todo o coração e se dedicou a esse ministério com ardor. Sim, dona Maria Lúcia Nolasco de Abreu é, para mim, exemplo de vida cristã; alguém a quem eu sempre procurei imitar e que continuará sendo o meu exemplo até o dia em que vamos nos encontrar no Céu, onde para sempre vamos adorar o Deus da vida, que há de ressuscitá-la para uma vida incorruptível. Dona Lúcia não morreu. Ela recebeu a vida verdadeira dentro do plano da eternidade que Jesus foi preparar quando disse: “Para que onde eu estiver, ó Pai, eles estejam comigo” (Jo 17.24a). Dona Lúcia já está na casa do Pai.
notĂcias do brasil batista
o jornal batista – domingo, 21/07/15
13
14
o jornal batista – domingo, 21/07/15
ponto de vista
Departamento de Ação Social da CBB
Por uma cultura de paz e bons tratos às crianças e adolescentes Terezinha Candieiro, mestre em Desenvolvimento Integral da Criança, consultora do Programa Claves - Prevenção à violência sexual de crianças e adolescentes e coordenadora geral do PEPE Internacional – Junta de Missões Mundiais da CBB
J
esus é o nosso maior exemplo de amor e proteção contra qualquer ato de violência. Ele nos ensina a amar, a valorizar e a proteger as crianças. Ele as incluiu todo o tempo em seu ministério, reconhecendo-as como pessoas dignas, como sujeitos de direitos, que precisam crescer e se desenvolver de maneira saudável, sob a orientação de seus responsáveis. O compromisso com o Reino de Deus, um reino de justiça, igualdade e paz tem relação direta com a valorização das crianças, bem como com sua proteção contra qualquer forma de maus tratos e violência. Como seguidores de Jesus, defendemos os princípios de valorização e respeito às crianças e adolescentes, em meio a uma sociedade que muitas vezes não compartilha desta visão. Jesus agiu assim quando, diante da ideologia de sua época, trouxe um ensino revolucionário colocando a criança como nosso referencial de entrada no Reino dos Céus, de acordo com Mateus 18.3. Servindo no campo missionário através do Pepe - Programa Socioeducativo promovido pela Junta de Missões Mundiais em campos estrangeiros e, no Brasil, promovido pela Junta de Missões Nacionais e ABIAH – Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem -, trabalhamos em contextos de pobreza, com crianças em situação de vulnerabilidade e risco social e em contextos onde muitas são vítimas de violência nas mais diversas categorias. Isto não significa que maus tratos e violências aconteçam apenas em contextos de pobreza. Talvez eles tenham maior visibilidade. Os maus tratos e a violência contra as crianças e adolescentes ocorrem em todas as camadas sociais e em todos os lugares que não ofereçam condições de segurança para elas.
O que estamos chamando de maus tratos e violência? “De maneira geral, os maus tratos são ações, omissões, tratamento negligente, não acidental, que privem uma pessoa de seus direitos e bem-estar...” (Manual metodológico do Programa Claves Brasil). Segundo Viviane Guerra (2005), a violência contra crianças e adolescentes é uma forma de violação dos seus direitos essenciais, enquanto pessoas. Muitas vezes a violência contra crianças e adolescentes é mantida em segredo, mas, precisa ser combatida. A violência está diretamente relacionada ao conceito que se tem da vítima, como se esta fosse um objeto. Mesmo nos dias atuais, em muitos lugares, a concepção de criança nos é apresentada como “ainda não”, ou seja, ainda não é uma pessoa completa, desenvolvida. Se ela ainda não é, ela não tem tanto valor quanto aquele que o é, o adulto. A historiadora Mary Del Priori (1999) escreveu diversas obras nas quais afirma que o papel da criança na história do Brasil foi negligenciado. Por muito tempo foi considerada como um adulto reduzido e foi muito desvalorizada. A sobrevivência das crianças era incerta devido a vários fatores. As taxas de mortalidade eram altas. Elas estavam expostas e vulneráveis àqueles que exerciam o poder. As estatísticas gerais da violência doméstica, aquela que ocorre no espaço doméstico, são alarmantes. As agressões no ambiente doméstico constituem a principal causa de mortes de crianças e jovens entre 05 e 19 anos. O UNICEF estima que diariamente 18 mil crianças e adolescentes são espancados no Brasil. A Organização mundial de saúde reconhece a gravidade que o fenômeno de violência tem causado no mundo. Este é um problema de saúde pública também. Portanto, maus tratos e violência são uma problemática complexa, com uma teia intrincada de aspectos históricos, culturais, sociais, econômicos e outros.
cípios em que se baseia a Declaração Universal dos Direitos da Criança. De acordo com esta Declaração, a criança precisa de cuidados e proteção especial. Em seu Princípio 9º está escrito: “A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração. Não será jamais objeto de tráfico, de qualquer forma”. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA Lei Nº. 8069/90), que dispõe sobre a proteção integral da criança e ao adolescente, nos diz o seguinte: Art. 4 - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à profissionalização, à cultura, ao esporte, ao lazer, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Art. 5 – Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Recentemente, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei 13.046, de 02 de dezembro de 2014, que tem por objetivo regulamentar a obrigação das entidades públicas e privadas que trabalham com crianças e adolescentes a terem pessoal capacitado para reconhecer e reportar maus-tratos de crianças e adolescentes. A capacitação de pessoal, que é compulsória, deve ser séria e permanente. Este deve ser um dever legal não só dos cidadãos, mas agora das entidades públicas e privadas. A legislação brasileira no que se refere à proteção à criança e ao adolescente é uma das mais avançadas. Porém a legislação, por si só, não interrompe o ciclo de violência à criança e ao adolescente. Até que ponto a legislação está sendo aplicada e sendo de fato um instrumento para a proteção das crianças e adolescentes em todos os espaços? Muitas vezes as próprias famílias e instituições que O que a legislação nos diz deveriam zelar pela proteção sobre a proteção à criança e destas crianças e adolescenao adolescente? tes são os maiores agressores A proteção é um dos prin- e permitem que estas crian-
ças e adolescentes estejam vulneráveis a todo tipo de acesso. É preciso um conjunto de atores e de uma rede de proteção para que se aplique a legislação e ela seja positivada. A igreja está dentro desse universo de instituições que trabalha com crianças e adolescentes e precisa estar alerta para não ser um espaço que promova maus tratos, mas sim um espaço de segurança onde elas estarão protegidas e possam desenvolver o potencial que lhes é dado por Deus de maneira saudável. A igreja deve considerar a necessidade de aprender sobre violência contra crianças e adolescentes, como forma de prevenção e aplicação dos princípios bíblicos. Em nossa experiência temos visto muitas crianças e adolescentes sofrendo. Nós nos sentimos comprometidos em promover a sensibilização e capacitação de pessoas das igrejas locais, em relação à proteção das crianças e adolescentes, a fim de que seus membros sejam capazes de lidar com estas questões no desenvolvimento de seus ministérios. Estamos alegres porque, em meio a tantos desafios, igrejas e organizações têm procurado ser agentes de paz e proteção, por meio de ações
práticas que promovem a capacitação de seus membros e colaboradores para a prevenção de maus tratos e violência contra crianças e adolescentes. Nesse intento o Pepe Rio de Janeiro, com o apoio da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ, Espaço Voar, Campanha Bola na Rede de Renas, Junta de Missões Nacionais e Mundiais, promoverá a Oficina de Capacitação para a Construção de Política de Proteção às crianças e adolescentes, especialmente para igrejas e organizações. O objetivo é capacitar as lideranças cristãs a identificarem os sinais de maus tratos e violência, conhecerem procedimentos básicos e essenciais para encaminhar os casos e construir um documento interno e norteador que a ajudará a lidar com estas questões em seus espaços. Os interessados em participar dessa Oficina devem fazer contato com Geima Galgane, coordenadora do Pepe Rio de Janeiro, conforme cartaz abaixo. As crianças e adolescentes são pessoas de direito, precisam crescer num ambiente que lhes proporcione a segurança que necessitam. Esta é uma forma de permitir que as crianças vão a Jesus e sejam abençoadas.
o jornal batista – domingo, 21/07/15
ponto de vista
15
Joio, eu?
Juvenal M de Oliveira Netto, segundo coordenador da Escola Bíblica Dominical da Primeira Igreja Batista de São Pedro da Aldeia – RJ
C
omo é frustrante alguém que luta por um objetivo a vida inteira e emprega toda a sua energia, se abdica de outras coisas e, muitas vezes de forma despercebida, é pego de surpresa, não conseguindo alcançar o seu alvo. Para ilustrar bem esta realidade citarei uma frase popular bastante empregada, que diz assim: “Nadar, nadar, nadar e morrer na praia”. A verdadeira Igreja de Cristo é invisível aos olhos dos homens, apesar de crermos na confissão a Cristo como Senhor e Salvador e o arrependimento pelos pecados cometidos como sendo imprescindíveis para que os homens venham a alcançar a salvação, quer dizer, morar por toda a eternidade no céu. Só podemos ter a certeza da nossa própria salvação, ninguém pode ter certeza acerca da salvação do outro, mesmo que esta pessoa afirme ser cristão, exerça cargos de destaque e congregue por anos a finco em uma Igreja, isto por si só não será a garantia para a sua salvação, pois nós vemos apenas o exterior, mas Deus vê além, Ele vê o coração, ou seja, a autenticidade de tudo aquilo que tentamos mostrar por atos vistos exteriormente. A Bíblia diz que conhecemos a boa árvore pelos seus frutos, por aquilo que ela vem produzindo no decorrer de sua vida, pois uma boa árvore, consequentemente, produzirá bons frutos, enquanto que uma árvore ruim, mesmo sendo vistosa, bonita, e venha a oferecer uma sombra que nos proteja do sol e do calor, será conhecida pelos frutos podres, inservíveis, que não alimentam a ninguém, nem animais e muito menos os seres humanos, como está escrito em Mateus
7.16-23. Este é apenas um parâmetro que a Bíblia revela para que tenhamos uma ideia de quem na verdade somos. Porém, não tem como chegarmos a uma conclusão definitiva acerca de quem seria realmente salvo ou não, a não ser o próprio Deus. Nosso Mestre conta uma parábola narrada no Evangelho de Mateus, capítulo 13, a partir do versículo 24, intitulada como: “A Parábola do Joio e do trigo”. O trigo (triticum spp.) é uma gramínea cultivada em todo o mundo. Globalmente, é a segunda maior cultura de cereais e tem sido fundamental para alimentar milhares e milhares de pessoas pelo mundo inteiro, ou seja, ele contribui fortemente para manter uma sociedade saudável, ele é uma bênção de Deus para todos nós. Já o joio, conhecido também pelo nome de cizânia, que como a maioria das espécies do gênero é uma planta anual, de talo rígido, que cresce até um metro de altura. Morfologicamente muito parecida com o trigo, é considerada uma erva daninha desse cultivo. A semelhança entre essas duas plantas é tão grande que em algumas regiões costuma-se denominar o joio como “falso trigo”. O joio é frequentemente infectado por um fungo, produtor de toxinas. Por ser uma erva daninha comum entre o trigo susceptível a infecção fúngica, em diversas línguas europeias a planta tem nomes que remetem para a embriaguez. Jesus afirma que é comum na plantação do trigo nascer outra planta idêntica a ele, que se chama joio. Eles são tão parecidos que só serão identificados por ocasião da colheita, pois somente o trigo produzirá alimento sadio. Ele se utiliza desta parábola para afirmar que nem todos que se dizem cristãos, o são verdadeiramente, segundo Mateus 7.21; que essas pessoas estão tão juntas e são tão parecidas que somente
na hora da colheita, isto é, no julgamento final realizado pelo próprio Deus, é que elas serão identificadas e separadas uma para o gozo eterno (céu) e a outra para o fogo eterno (inferno). Neste momento surge uma pergunta que não quer calar: Somos trigo ou joio? Lógico que se fizermos esta pergunta tenho a certeza que a resposta será unânime, todos afirmarão serem trigo. A Bíblia oferece parâmetros para realizarmos uma autoanálise e, consequentemente, chegarmos a uma conclusão acerca dessa pergunta. Pela importância que o assunto traz, diria que todos nós, cristãos, deveríamos parar por algum tempo, fechar os nossos olhos externos, deixarmos de olhar e julgar os erros do nosso próximo e olharmos para dentro de nós mesmos a fim de fazermos um autoexame. Não levando em consideração o nosso tempo de igreja, a nossa assiduidade as reuniões, os cargos que já ocupamos ou até mesmo se já evangelizamos alguém que esteja firme na fé até hoje, mas, principalmente, quais tem sido os nossos frutos, não de forma isolada, mas como um todo. Infelizmente, falo isso com muita tristeza no meu coração. No meio da igreja, mesmo sendo a minoria, existe o joio, isto é fato. Existem pessoas falsas; extremamente egoístas em que tudo deve ser do jeito delas para satisfazerem o seu superego; pessoas invejosas, que se alegram com o tropeço do seu irmão, têm sempre em mente o “quanto pior melhor” para a igreja local, pois adoram um burburinho e sentem prazer em assistirem ao espetáculo de verem “o circo pegar fogo”; mentirosas; fofoqueiras, que destroem inúmeras vidas com as suas línguas afiadas; maldizentes, chegando até o absurdo de fazerem “orações contrárias”, do tipo: “Mata ele (a) Jesus”, “Tira o emprego dele (a)”, “Coloca
uma enfermidade nele (a) para ver se ele (a) aprende”; criadoras de intriga; perversas; pecam descaradamente, sem se sentirem culpadas, afinal de contas o que lhes importa é a sua imagem perante o pastor e a igreja; não tem a menor preocupação com as pessoas que ainda não foram evangelizadas, o mais importante é que elas se sintam seguras e salvas e isto lhes basta; utilizam continuamente um linguajar profano e outras palavras de baixo calão, como exemplifica Efésios 5.3-21; fazem acepção de pessoas; ficam de “mal” com irmãos lhes negando, inclusive, a fala; banalizam os cultos a ponto de ficarem o tempo todo conversando e acessando as redes sociais pelos dispositivos móveis; não temem a Deus; são constantemente motivos de dor de cabeça para os pastores e por muitas vezes são vistas como pessoas “altamente problemáticas”; insubmissas, adoram mandar, mas detestam se submeter a qualquer tipo de autoridade, lembrando que a Bíblia traz a insubordinação a pé de igualdade com o pecado de feitiçaria e que todas as autoridades foram instituídas pelo próprio Deus, de acordo com I Samuel 15.23 e Romanos 13.1; são dominados pelo dinheiro, sendo avarentos ao extremo; praticam relações sexuais ilícitas, isto é, fora do casamento; trocam de parceiros como se troca de roupa, Jesus afirma que o único motivo justificável para o divórcio é no caso de haver adultério, se fizermos uma pesquisa grosso modo, chegaremos à conclusão de que a maioria das separações não é por este motivo, segundo Apocalipse 22.12-16 e I Coríntios 6.9-10. A parábola do joio e do trigo traz uma ideia de que quem é joio ou trigo sempre o serão e ponto final. Porém, prefiro interpretar a Bíblia como um todo, vendo-a de uma forma mais ampla. No
decorrer da história vemos uma sucessão de erros por parte do povo de Deus, vemos isto com muita clareza no livro de Juízes. Deus está sempre pronto a nos perdoar e a dar-nos uma segunda chance, basta apenas que nos arrependamos sinceramente e mudemos a nossa maneira de viver, como relata II Crônicas 7.14. “Arrependei-vos” foi e será sempre a palavra-chave falada tantas vezes pelos maiores evangelistas de todos os tempos para definir o Evangelho de Cristo. O joio traz inúmeros prejuízos para toda a comunidade eclesiástica, pelo seu mal testemunho, que acaba nivelando a Igreja de Cristo por baixo, prejudicando o seu crescimento e o cumprimento de sua missão, contudo, o maior prejuízo é para o próprio “joio”, pela condenação a ser recebida no fim de tudo. Se começamos a ler este texto, talvez até por curiosidade, constatamos que as características que ajudam a definir quem é joio estão intrinsecamente ligadas à nossa maneira de viver, este é o tempo para nos arrependermos e mudarmos a nossa trajetória, a fim de não corrermos o risco de nos privarmos parcialmente dos prazeres do mundo, sem, contudo, obtermos a salvação da nossa alma, que deve ser o nosso maior objetivo. Portanto, o Senhor Jesus deseja que nós nademos, sim, nademos muito, empregando toda a nossa energia a todo o tempo, mas no fim de tudo, venhamos a alcançar o porto seguro, sendo reconhecidos não como joio (lembrando que a escolha de ser joio é totalmente nossa), mas como trigo, tendo como consequência a estadia definitiva e eterna no paraíso com o nosso Pai Celeste, Criador dos céus e da terra. Não tenhamos mais dúvida, decidamos ainda hoje a sermos trigo, sermos uma bênção, pois foi para isto que Deus nos chamou e nos separou do “mundo”.