ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
Dia de O Jornal Batista
3° domingo de julho
Promotores de Missões
Entenda por que é importante que os promotores de Missões se preparem para a Campanha Missionária. Um
legado
Batistas capixabas prestam homenagem ao Pr. Diego Bravim por sua trajetória na Convenção Batista do Estado do E.S.
Ação evangelística
Itapebi - BA recebe projeto “Jesus Transforma Minha Cidade” promovido pela Junta de Missões Nacionais.
Saber ouvir
Pr. Ailton Desidério explica que a principal habilidade do conselheiro cristão deve ser escutar o outro.
EDITORIAL
Por que O Jornal Batista tem duas datas no calendário da CBB?
O calendário anual da Convenção Batista Brasileira (CBB) sempre apresenta duas datas comemorativas para O Jornal Batista: uma em janeiro; a outra, em julho. E muita gente nos procura para perguntar o motivo desta, à primeira vista, ambiguidade. Fique tranquilo! Vamos te explicar o motivo.
A primeira data, em janeiro, é o dia 10 de janeiro. É a data de fundação de O Jornal Batista. Sua primeira edição foi publicada em 10 de janeiro de
1901. Ele era produzido nos fundos do antigo templo da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro - RJ, na Rua de Sant’Anna, 77. Seu primeiro redator foi W.E. Entzminger.
Já o terceiro é uma alusão à domingo de julho 3ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira (CBB), em 1909, na cidade do Recife - PE, quando O Jornal Batista passou a ser órgão oficial da CBB. “A Convenção adotou
“O Jornal Batista como seu órgão oficial. Ele não tinha sido reconhecido
oficialmente. Agora é órgão não só das Igrejas, mas da Convenção que representa todas as Igrejas. Todas as juntas da Convenção vão desde agora ocupar nele espaço permanente para notícias dos seus trabalhos” (OJB, 15 de julho de 1909).
Além disso, o terceiro domingo de julho foi criado com a finalidade de as Igrejas falarem sobre OJB, orarem por ele, ofertarem e aumentar o número de assinantes. “... que o terceiro domingo de julho de cada ano seja observado
nas Igrejas como o dia de O Jornal Batista, no qual se fale dele e ore por ele, se tire uma coleta a favor dele e se procure aumentar sua lista de assinaturas” (OJB, 15 de julho de 1909). Agora, já que você conhece mais sobre a história de OJB, que tal falar e orar por ele em sua Igreja? Você também pode ser um assinante. Envie e-mail para jornalbatista@batistas.com e fique mais bem informado sobre o trabalho Batista no Brasil. n
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB
FUNDADOR
W.E. Entzminger
PRESIDENTE Paschoal Piragine Jr.
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SECRETÁRIO DE REDAÇÃO
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(Reg. Profissional - MTB 0040247/RJ)
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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.
DIRETORES HISTÓRICOS
W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946);
Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)
INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).
ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA
Fundamentos da legalização e Estatuto Eclesiástico - Requisitos essenciais do Estatuto Eclesiástico (15)
Jonatas Nascimento
Particularmente, defendo a ideia de uma redação de estatuto enxuta para as organizações religiosas, que regule apenas o estritamente essencial descrito nos seis incisos do artigo 46 do Código Civil, quais sejam:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
Acontece que, embora não figurem como requisitos essenciais, o artigo 54 do mesmo diploma legal, que trata das associações, traz dois incisos que
merecem lugar nos estatutos eclesiásticos, a saber:
Inciso III - os direitos e deveres dos associados (neste caso, membros);
Inciso IV - as fontes de recursos para sua manutenção.
Porém, nada impede que a Igreja contemple em seu estatuto artigos que não são exigidos por lei, mas que agregam muito valor, tais como a adoção do Conselho Fiscal, previsão de divergências doutrinárias, blindagem patrimonial, blindagem contra grupos ideológicos ou ativistas com viés antirreligioso, regime financeiro e contábil, bem como observância e obediência a outras leis e normas, tais como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD); o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); o Estatuto do Idoso (EI); Estatuto da Cidade (EC) e a lei que rege os Direitos Autorais (ECAD - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).
Muitas Igrejas adotam estatutos quilométricos que misturam assuntos estatutários e regimentais. O Estado não quer saber qual será a disciplina que a Igreja vai aplicar ao membro que não fechou os olhos para orar. Assuntos comezinhos não merecem lugar
nem mesmo no Regimento Interno, que é uma ferramenta que não deve ser desprezada por nenhuma Igreja, pois ele pode esclarecer pontos cruciais do estatuto e não necessidade de registro público. Vou dar um exemplo de redação para um ponto muito sensível do estatuto, que diz respeito ao perfil do candidato a membro:
Art. xxxx - A Igreja compõe-se de pessoas crentes em nosso Senhor Jesus Cristo, sem discriminação de sexo (claro e evidente que masculino e feminino), nacionalidade, cor, condição social ou política, desde que aceitem voluntariamente as doutrinas e a disciplina da Igreja, por ela recebidas unanimemente em assembleia geral, com bom testemunho público, batismo em águas por imersão, tendo a Bíblia Sagrada (sugiro eleger as versões aceitas pela igreja ou denominação) como única regra infalível de fé normativa para a vida e formação cristã.
§ 1º. Havendo votos contrários à aceitação do candidato, não haverá necessidade de justificativa de quem os proferir.
disciplinados pelo Regimento Interno. O baixo número de laudas de um estatuto já de cara faz a Igreja economizar no cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas. As regras mais elaboradas de funcionamento podem ficar para o Regimento Interno, que pode até mesmo ter força semelhante ao estatuto por determinação desse. O mais importante é que as regras da Igreja façam sentido para os seus membros e sejam respeitadas por todos. Anote e nunca diga que eu não te falei: a meu ver, e salvo melhor juízo, o Código Civil de 2002 aboliu a ideia de “estatuto social” e deu lugar a três tipos de estatuto, a saber: Estatuto organizacional = para organizações religiosas;
Estatuto associacional = para associações; e
Estatuto fundacional = para fundações. n
Jonatas Nascimento, diácono. Coautor da obra Nova Cartilha da Igreja Legal. WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasnascimento@hotmail. com DICAS DA IGREJA
§ 2º. Casos especiais não constantes no caput deste artigo serão
Você leva mesmo a sério a sua fidelidade a Deus?
Roberlan Julião pastor Extraído do site www.adiberj.com.br
Quando o Senhor começou a falar por meio de Oséias, o Senhor lhe disse: “Vá, tome uma mulher adúltera e filhos da infidelidade, porque a nação é culpada do mais vergonhoso adultério por afastar-se do Senhor” (Oséias 1.2).
Chegamos ao livro do profeta Oséias. O SENHOR mandou que este profeta se casasse com uma mulher de prostituições, a qual poderia gerar filhos de outros homens. Estes fatos são símbolos da apostasia de Israel, que foi infiel a Deus. A mulher dele não se conteve e se envolveu com a imoralidade, causando-lhe muita dor. Ele, em vez de rejeitá-la, cuidou dela, amorosamente, como um bom mari-
do. Quando podia, Oséias a mantinha em casa. E quando ela escapava, ele a buscava novamente!
Há discussões em torno do livro, devido à dificuldade do texto. Deus mandaria um profeta, um homem santo, casar-se com uma prostituta? Ou ela se desencaminhou depois de casados? Caso ela tenha sido prostituta cultual ou adúltera antes do casamento, o livro narra uma história que aconteceu, mesmo, ou narra uma novela? Embora muitas sejam as pesquisas e discussões bíblicas e teológicas, deve ser muito doloroso amar alguém que se entrega sexualmente a outra pessoa. Que tal nos lembrarmos disso quando não formos fiéis a Deus? Qual tem sido o nosso adultério espiritual? Adulteramos no tempo, no dinheiro, no comportamento, nas palavras, na devoção, nos pensamentos ou em outra área? Somos fiéis em tudo?
pastor & professor de Psicologia
Humilde como uma criança
“Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4.10).
Tiago nos mostra qual deve ser nossa atitude espiritual ao nos apresentarmos em culto ao Senhor Jeová: “Humilhem-se diante do Senhor e Ele os colocará em uma posição de honra” (Tg 4.10). O objetivo do ensino apostólico é nos mostrar como não funciona o culto que é
Se você já traiu alguém, sabe que a culpa e a vergonha são inimigos difíceis de vencer. Se você já foi traído, deve saber que a dor, a humilhação e a desconfiança vão embora, mas insistem em retornar. Se nenhum dos dois lhe aconteceu, você deve saber que o ciúme e a imaginação estão tentando minar seu relacionamento, uma vez ou outra. Lembre-se disso antes de ser infiel a Deus. Pense na dor!
feito por mero tradicionalismo.
A Bíblia nos ensina qual é a postura própria de quem confessa ao Senhor sua indignidade religiosa e, por isso, pede perdão: “Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador... Foi este homem que voltou para casa em paz com Deus. Porque quem se engrandece será humilhado e quem se humilha será engrandecido” (Lc 18.13-14).
Que, em vez de gastar energia procurando defeito nos outros, façamos um exame em nossa própria consciência, a fim de verificar se realmente amamos a Deus e se realmente levamos a sério a nossa fidelidade a ele. Fuja do teatro dissimulado dos traidores, que fingem ser o que não são e que espalham sofrimento e dor. Que Deus nos ajude! n
Autoestima e Autoimagem
Marcelo Aguiar
pastor Extraído
do site www.adiberj.com.br
É comum observarmos pessoas com uma imagem distorcida de si mesmas. Algumas se consideram melhores do que realmente são. Conta-se que certra vez uma pulga morava na orelha de um elefante. Certo dia, enquanto o paquiderme atravessava uma ponte de madeira, ela estalou e balançou com o peso. Depois que chegaram ao outro lado, a pulga, toda
orgulhosa, disse ao elefante: “Puxa, você viu como a ponte tremeu quando nós passamos?”
Entretanto, o mais frequente é que as pessoas tenham um senso de valor muito baixo, desenvolvendo uma autoimagem negativa. Aquilo que muitas vezes pensamos ser um “complexo de superioridade” geralmente não passa de uma tentativa de compensação para um sentimento de inferioridade. O indivíduo deseja que os outros reconheçam seu valor porque ele mesmo não está convencido
de que valha alguma coisa.
A autodepreciação não se alinha com o princípio bíblico da humildade. Ao dizer que deveríamos amar o nosso próximo como a nós mesmos, (Mateus 22.39) Jesus ensinava que o amor próprio, na medida correta, constitui-se no referencial correto para o nosso amor aos outros. Uma autoimagem negativa não é obra de Deus. Pelo contrário, quando permitimos que um senso de inferioridade se instale, passamos a duvidar do amor do Criador.
Tanto o orgulho quanto o sentimento de inferioridade podem ser usados por Satanás para nos afastar do Senhor e dos Seus planos para nós. A solução está em nos enxergarmos da mesma maneira como Deus nos enxerga. O Pai celestial não despreza os seus filhos, pelo contrário, Ele os ama e acompanha, apesar de suas limitações e falhas. Quando descansamos na bondade do Criador, formamos uma autoimagem saudável, e começamos a vencer. n
José Manuel Monteiro Jr.
pastor, colaborador de OJB
Sabemos que o Salmo 52 foi escrito pelo poeta, músico e escritor Davi. Ele o escreveu antes de ser coroado rei em Israel. O rei Saul, enciumado com a popularidade de Davi, promove uma perseguição cruel no intuito de eliminar aquele que se constituía para ele uma grande ameaça.
Forçado pelas circunstâncias, Davi viveu parte de sua vida como um foragido. Ao perceber a intenção homicida de Saul, tratou de fugir. Doegue, um dos servos de Saul, viu nesta situação uma oportunidade para uma ascensão, por isso, age de forma maledicente e diz ao rei Saul que Davi estava em conluio com os sacerdotes para lhe tirar do trono.
Doegue informa a Saul que Davi está na cidade sacerdotal de Nobe com o sumo sacerdote Aimeleque. Saul, cego de ódio, decidiu que Aimeleque e todos os sacerdotes fossem mortos. Ordenou que seus guardas pessoais cumprissem o mandato de morte. Porém, eles não o fizeram. En-
tão, encontrou alguém que cumpriria sua ordem sem problema, o próprio Doegue (I Samuel 22.18).
Este é o contexto do salmo 52. Davi o escreve para retratar o quanto a língua é uma navalha afiada (Salmos 52.2). A língua maledicente gera morte e destruição. A maledicência de Doegue causou a morte de 85 sacerdotes inocentes. Nos versos iniciais deste salmo, o salmista vai elencar brilhantemente como se caracteriza aqueles que tem a língua como navalha afiada. Em primeiro lugar, tem prazer na maldade (Salmos 52.1). A palavra maldade se refere ao mal que arruína e destrói. Aqueles que tem a língua como navalha afiada tem um prazer mórbido de arruinar e destruir o outro. Doegue foi capaz de traspassar tantas pessoas inocentes com a lâmina afiada de sua língua. Tiago, em sua epístola, informa que a língua é um mundo de iniquidades. O teólogo Simon Kistamaker, ao retratar o poder da língua, diz: “Ela conta mentiras, difama o nome de alguém, alimenta o ódio, cria discórdia, incita a luxúria e, em resumo, dá origem a muitos peca-
dos. São poucos pecados nos quais a língua não está envolvida. Por causa de sua tendência para o mal, a língua corrompe todo o ser humano”.
Em segundo lugar, provoca prejuízo alheio (Salmos 52.2). Pessoas que tem a língua como navalha, como no caso de Doegue, vê as pessoas como descartáveis e, desta forma, podem prejudicá-las sem que se sintam constrangidas por terem destruído a reputação alheia. A maldade habita na mente e no coração destes que, a ponto de maquinar a destruição do outro. O comentarista Champlim faz um questionamento interessante: “Porém, haverá no mundo algo mais potente para o bem ou para o mal do que as palavras?”.
Em terceiro lugar, mostra o caráter perverso do homem (Salmos 52.3). Davi expressa o caráter perverso de Doegue ao dizer que ele prefere mentir do que falar a verdade e viver na retidão. O que a pessoa é no coração ela manifestará em palavras e posturas. Não haverá cura para a língua se não houver cura para o coração. O coração de Doegue era um coração perverso,
pois Davi deixa claro que ele amava o mal. Nas palavras de Spurgeon, Doegue se sentia mais à vontade na mentira do que dizendo a verdade. A boca do perverso profere mentiras e semeia contenda. O reverendo Hernandes Dias Lopes diz: “Por onde anda, o homem mau semeia contendas, destrói relacionamentos, joga uma pessoa contra outra, cria inimizades, abre feridas nos corações e levanta muros, em vez de construir pontes”.
Em último lugar, é nociva (Salmos 52.4). Apesar de Doegue ter usado sua espada para matar 85 sacerdotes inocentes, Davi enfatiza que língua é a arma mais perigosa que o homem usa. A língua deste homem estava a serviço da desonestidade e da violência. Quero finalizar com as palavras do pastor Leandro Peixoto: “Gente assim ama o mal; fica o dia todo remoendo maldade e tramando massacres; acha prazer em perfurar os outros com a língua para vê-los sangrar; alimenta-se do sangue dos outros e por isso mentem, distorcem a verdade, contam vantagem, vangloriam-se de ser grandes coisas”. n
E o seu curativo, como está?
Jeferson Cristianini pastor, colaborador de OJB
Tenho um amigo que sofre com uma ferida há algum tempo. Devido à oscilação da diabetes em seu organismo, ele enfrenta dificuldades no processo de cicatrização, e sempre surgem feridas em sua pele. Ele trata com rigor as enfermidades e seu corpo, mas de tempos em tempos, sofre com as feridas e curativos. Um dia desses, fui visitá-lo e orar com ele, mas não estava em casa. Estava na unidade de saúde fazendo curativo. Ao chegar, ele me ligou e pediu para eu retornar a sua casa, e lá eu fui. Conversamos muito, oramos por suas demandas de saúde, e ele se alegrou profundamente. De forma bem natural, ele quis me mostrar a ferida. Ele mostrou a excelência do trabalho da enfermagem na confecção do curativo, mas queria mostrar a evolução da cicatrização. De fato, estava bem melhor do que da outra vez que eu vi, mas ainda não estava curada. As demais feridas que foram curadas, deixaram marcas na pele desse seu amigo. As cicatrizes mostram o processo concluído de cura, mas deixa sua marca.
Já o curativo mostra o processo de cura em curso.
Através desta visita, lembrei de uma das frases do C.S Lewis: “Devemos deixar que Deus cuide da ferida e parar de espiar por baixo do curativo”. É evidente que cremos na cura do Evangelho, pois é “o poder de Deus” (cf. Rm 1.16). Ele cura e liberta. Ao nos rendermos ao Evangelho, nos submetemos aos cuidados de Deus que deseja curar nossas feridas, nossas demandas do passado e nos mostrar como reescrever nossa história à luz das Boas Novas. Ele cura as feridas de alma, do caráter e da personalidade. Não é um curativo paliativo e, sim, a cura. A cura do Evangelho deixa as cicatrizes, para que saibamos o quão grande foi o poder de Deus em nós, nos restaurando ao padrão divino e nos esvaziando da velha natureza pecaminosa. É natural que nossa tendência seja olhar a ferida por baixo do curativo, ao invés de pedir e celebrar a cura que só Deus efetuar em nós. Olhar para o passado ao invés de sonhar com o futuro que Deus tem para nós é olhar por baixo do curativo. Viver murmurando ao invés de celebrar a vida e as bençãos espirituais recebidas é olhar
por baixo do curativo, sem entendermos que Deus tem cuidado de nós nos mínimos detalhes por meio de Sua misericórdia. Guardar mágoas, rancores e dissabores sem desfrutar da cura que o Evangelho promove em nossos relacionamentos é como admirar a ferida ao invés de celebrar a cura. Quanto mais nos sentimos curados pelo Evangelho, mais desfrutamos da vida abundante oferecida por Jesus, que nos coloca diante de Deus como filhos justificados, onde somos inseridos na família de Deus para gozarmos de relacionamentos saudáveis marcados pelos valores do Reino de Deus, ganhamos novos propósitos e uma nova cosmovisão de vida que nos leva para o centro da vontade de Deus.
Em Cristo, nossa alma é curada, pois Jesus preenche os espaços de nosso ser com Sua graça e perdão ao restaurar tudo, de acordo com os padrões eternos de Deus, ou seja, uma vida santa que glorifica o Pai. Em Cristo, nossa personalidade e nossas emoções são equilibradas e redimidas pelo poder da misericórdia que nos leva a termos a mente de Cristo. Em Cristo, nosso caráter deturpado pela corrupção do pecado e da iniquidade é restau-
rado e somos moldados de acordo com os valores do Reino de Deus, e nosso caráter é marcado pela nova vida em Cristo Jesus, que exalta a Deus, revela a santificação e visa a glorificação. Se você está se aproximando de Deus agora, saiba que ele curará suas feridas enquanto você confessar que Ele é O Senhor, é Deus e é o Médico dos médicos. Viva com suas cicatrizes, mas sem curativos, mas, quando alguém perguntar sobre os curativos, diga que Deus já curou as suas feridas e que agora goza da paz sem fim, a paz que excede todo entendimento. A paz de ser filho (a) de Deus. Diga que está vivendo bem caminhando rumo a nova pátria que está nos céus, que está celebrando a vida vitoriosa oferecida por Jesus, que está desfrutando da lapidação do Espírito Santo que te consola e está moldando sua vida nos padrões de Jesus, O Filho de Deus. O curativo faz parte da parte do processo, do cuidado de Deus, mas o que fica desse processo é a gratidão e louvor. Que as cicatrizes sinalizem o agir cuidado e terapêutico de Deus na sua vida, e reflita a glória do Senhor! Todo louvor ao Senhor que nos cura com Seu Evangelho! n
Recentemente, eu e minha esposa, fomos a um restaurante num lugar muito aprazível, em São Pedro da Aldeia - RJ, próximo a uma bela praia, tendo um mar calmo à nossa frente e árvores frondosas nos oferecendo uma refrescante sombra.
Mas, para nossa infelicidade, o garçom nos levou até uma mesa em que estava uma família com uma criança de uns quatro anos. Até aí, tudo bem. Trabalhamos com famílias e nada melhor do que sentar-se próximo de uma. No entanto, por trabalhar com este público, criamos o hábito de observar as pessoas. Isso acontece nos aeroportos, restaurantes e por onde passamos. Não sei se você já se sentou numa cadeira e observou as pessoas em famílias. É muito interessante.
Mas, voltando ao restaurante, o que nos chamou a atenção foi que, das cinco pessoas daquela família, quatro estavam utilizando celulares. Sendo que, a criança assistia aqueles joguinhos infantis, e com o som bem alto.
Não vimos, em nenhum momento, os pais pedirem para baixar um pouco o volume.
Com a chegada da refeição, qual foi a reação da criança? Simplesmente não quis comer e preferiu ficar com o celular. Incomodados com a situação, pedimos ao garçom para trocar de lugar, sem que a família, aparentemente, se desse conta dessa nossa atitude. Estamos vivendo dias complicados para viver em sociedade. As pessoas, na praia, por exemplo, querem ouvir, no mais alto volume, sua música preferida. O pior ainda é a qualidade dessa música. Nos restaurantes, há uns 20 anos, o aparelho de televisão está espalhado por todos os cantos impedindo de se ter conversas ao redor da mesa.
Celular é importante, mas será que não dá para guardá-lo na hora sagrada das refeições à mesa, especialmente quando estamos na companhia de outros e ainda mais com os familiares?
Um amigo meu instituiu (não sei se ainda continua), a caixinha do ce-
Família, crianças e celulares
lular. Quando suas filhas, genros e netos iam almoçar em sua casa, todos colocavam o aparelho numa caixa e só era permitido ter de volta com sua autorização.
Eu me lembro que quando nossas filhas eram pequenas (naquele tempo os celulares não eram tão populares como nos dias de hoje) e íamos a um restaurante, levávamos caneta e enquanto a refeição não chegava, ficávamos brincando de “jogo da velha” e de “forca”.
Hoje, fazemos o mesmo com nosso neto, Theo. Todas as vezes, quando vamos almoçar juntos, num restaurante, procuramos dar-lhe atenção brincando dessas mesmas brincadeiras.
Um desafio para os pais hoje é administrar o uso de celulares nas mãos dos seus filhos. Eu noto isso quando estou com minha filha, genro e neto. É uma luta! Mas, um grande passo são os próprios pais serem exemplos nesse sentido.
Não surgirá muito efeito, numa mesa de restaurante, por exemplo, um
pai ou uma mãe pedir para uma criança desligar o celular se eles mesmos não largam o aparelho, ou se não estão dispostos a brincarem de “jogo da velha”, de “forca” ou “adedonha”. Além de gastarem tempo para selecionar os canais de Youtube que os filhos podem ou não ver.
Dá trabalho? Sim, dá muito trabalho. Mas, como eu e minha esposa afirmamos: “Criar filhos não é tão difícil, mas dá muito trabalho”.
O maior problema hoje, na criação de filhos, é que os pais não querem ter trabalho. n
Gilson Bifano Diretor do Ministério OIKOS (Ministério Cristão de Apoio à Família). Escritor, palestrante e coach de casais e famílias. Siga-o no Instagram: @gilsonbifano www.ministeriooikos.org.br Contato: oikos@ministeriooikos.org. br Youtube: gilsonbifano
do amor do Salvador, amigo sempre perto.
Do mal, que arrasta a vida em lodaçal incerto, fui escravo e refém, cumpri o refratário papel do pecador distante do sacrário, qual Jacó, fugitivo, andando no deserto.
Só quando do terror da morte fui liberto por Cristo, lá na cruz do monte do Calvário, eu pude então sentir o gozo libertário
Tal era a ingratidão nos gritos e nas vozes da turba que comeu do pão multiplicado e agora, em algazarra, imita cães ferozes,
que ao contemplar, na cruz, o Cristo pendurado, e o alvoroço em vão daqueles seus algozes, senti, no coração, que Ele era o preso errado. n
Por que é importante que o promotor de Missões se prepare para a Campanha Missionária?
Redação de Missões Nacionais
Antes de realizar um culto, as pessoas não escolhem as músicas que serão tocadas pelo ministério de louvor? Um pastor não estuda a mensagem que vai pregar? Da mesma forma, para o promotor de Missões também é preciso preparo!
Ele precisa conhecer o tema e a divisa, ouvir testemunhos… O promotor se prepara para glorificar a Deus, sendo um instrumento para mobilizar a Igreja a se envolver ainda mais com a obra missionária. Essa tarefa não é feita do dia para a noite. Ela requer dedicação e, é claro, muito amor pelos campos missionários.
Você sabia que Missões Nacionais realiza anualmente o Acampamento Nacional de Promotores de Missões 2024? Aqui estão algumas razões para você participar dessa programação:
• Fazer novas amizades com pessoas que também mobilizam suas Igrejas e vivem o mesmo propósito;
• Conhecer mais sobre o trabalho missionário;
• Aprender estratégias para a realização da Campanha;
• Viver um tempo com Deus focado no seu ministério como Promotor de Missões.
Se você é promotor de Missões, não perca a oportunidade de se capacitar para servir ainda melhor no Reino de Deus, abençoando a sua Igreja e muitas vidas no Brasil e no mundo! Juntos, viveremos algo incrível na presença de Deus. Aprenderemos sobre a nova Campanha Missionária, conhe-
ceremos novos testemunhos, louvaremos ao Senhor e compartilharemos do nosso propósito: anunciar que Jesus Transforma.
Será de 2 a 4 de agosto, no Acampamento Batista em Rio Bonito - RJ. Inscreva-se para participar presencialmente em: www.e-inscricao.com/jmn/
acampamentopromotorrj24. Haverá transmissão ao vivo no YouTube de Missões Nacionais. n
Juventude Batista no Cone Leste Paulista promove o “Conexão Jovem”
Encontro é dividido por regiões.
Elias Rivelle de Freitas jornalista, membro da Igreja Batista no Jardim Maricá - SP
A Juventude Batista no Cone Leste Paulista (JUBACOLESP), ligada à Associação das Igrejas Batistas do Cone Leste Paulista (AIBACOLESP), promoveu no dia 29 de junho o encontro “Conexão Jovem”, na sede da Igreja Batista Memorial de Taubaté - SP.
O evento foi voltado à 2ª Região da JUBACOLESP (Taubaté, Pindamonhangaba, Campos do Jordão, Tremembé) e teve participações de adolescentes e jovens, incluindo as Igrejas Batistas nas regiões do Vale do Paraíba. Programação teve um tempo de adoração a Deus, momentos de comunhão, reflexões bíblicas, louvores e cânticos espirituais, bem como interações da Juventude a nível regional.
Siga a JUBACOLESP no Instagram: @somosjubacolesp n
Juventude Batista do Estado de Goiás apresenta novos representantes e um passo para um novo tempo
Modelo de trabalho é inspirado na Juventude Batista Brasileira.
Jônatas Castro pastor, coordenador estratégico da Juventude Batista do Estado de Goiás
No dia 13 de abril, a Juventude Batista do Estado de Goiás (JUBEG) deu um passo crucial em sua jornada, reunindo-se para a escolha de cinco representantes do Conselho Mobilizador da JUBEG. Essa iniciativa histórica, realizada de forma virtual, contou com a inscrição de 148 jovens de todas as regiões do estado, demonstrando o grande engajamento e entusiasmo da comunidade.
Os novos representantes, escolhidos através do voto, assumem a importante missão de mobilizar a juventude em suas respectivas regiões. Mais do que isso, serão responsáveis por propor projetos e estratégias inovadoras, além de
Novos representantes votados para mobilizar a juventude em todas as regiões de Goiás
estreitar os laços entre os jovens, unindo-os em prol do Reino de Deus.
A JUBEG expressa sua profunda
gratidão a todos que participaram da reunião, seja votando ou sendo votados. Agradecemos também aos pas -
tores e líderes que incansavelmente apoiam a organização e contribuem para o seu fortalecimento.
Parabenizamos os novos representantes:
Átila Dietz - Região Centro Norte
Samuel Duarte - Região Metropolitana
Letícia Lima - Região Vale do Araguaia
Joyce Sardinha - Região Sudoeste
Rafaela Borges - Região Sul
Com a criação do Conselho Mobilizador, a JUBEG entra em um novo capítulo. Inspirados pela reestruturação nacional da Juventude Batista Brasileira (JBB), estamos prontos para dar os passos necessários para fortalecer e impulsionar a juventude Batista em nosso estado.
Juntos, construiremos um futuro ainda mais abençoado! n
Batistas Capixabas agradecem a Deus pela trajetória do Pr. Diego Bravim
Após 10 anos, pastor assume a direção da Convenção Batista Fluminense.
Ministério de Comunicação da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo
Em clima de emoção e gratidão a Deus, aconteceu na 103ª Assembleia da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES), realizada na Primeira Igreja Batista de Vitória - ES, nos dias 27 a 30 de junho de 2024, a despedida do pastor Diego Bravim, que deixa a CBEES para assumir a função de diretor-Executivo da Convenção Batista Fluminense, a maior Convenção Estadual da América Latina.
Uma mistura de gratidão e tristeza dominou a todos. Gratidão, porque estávamos nos despedindo daquele que aprendemos a respeitar, que teve uma trajetória brilhante à frente dos Batistas Capixabas, e que estava nos deixando, no tempo de Deus e por sua própria vontade, sem qualquer constrangimento entre ele e a Convenção. Tristeza, porque aprendemos a amá-lo e a sua família, e agora estávamos efetivamente nos despedindo dele, como nosso diretor Geral, da irmã Gleiziany, sua esposa, e da Elisa e Alice, suas filhas.
Autoridades civis e eclesiásticas, amigos da família Bravim e Batistas de todo o estado do Espírito Santo, lotaram o templo da Primeira Igreja Batista de Vitória, para honrar a trajetória de 10 anos do pastor Diego Bravim à frente da Convenção.
O governador do estado, Renato Casagrande, entregou uma placa de honra ao mérito, destacando a preciosidade da vida do homenageado como patrimônio dos Batistas Capixabas. O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, Marcelo Santos, e o deputado Danilo Baiense, entregaram a maior honraria concedida pelo parlamento capixaba, a Comenda “Domingos Martins”. A Câmara Municipal de Serra, através dos vereadores José Artur Oliveira Costa e Anderson Muniz, juntamente com ex-prefeito de Serra, Audifax Barcelos, concederam uma distinção honorífica. O prefeito de Vitória e a Câmara Municipal de Vitória, na pessoa do vereador Davi Esmael, entregaram mais
um título honorífico. O Fórum Evangéli co de Cariacica, na pessoa de Eduardo Lima, destacou a importância do pastor Diego, entregando-lhe uma placa.
gens o pastor Amilton Vargas, atual diretor-Executivo da CBF, que registrou em nome do campo Batista Fluminense sua palavra de gratidão a Deus pela vida do pastor Diego e pelo “precioso presente” que os Batistas Capixabas concederam aos Batistas Fluminenses.
A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil Seção Espírito Santo (OPBB-ES), através do seu diretor-Executivo, pastor Sant’Clair Dias de Souza, e presidente, pastor Ednan Santos Dias da Silva, entregou uma placa de honra ao mérito, em reconhecimento por sua dedicação ao povo Batista Capixaba.
Estiveram também presentes os pastores Sócrates Oliveira de Souza, chanceler da Convenção Batista Brasileira e Paschoal Piragine Júnior, presidente da CBB.
A pedido do pastor Diego, a oração de envio foi feita pelo pastor Addison Caio Magalhães Cintra, o diretor-Executivo mais longevo do campo Batista
Ele! Chegou a hora de mudar de campo, de respirar novos ares! Particularmente, quero agradecer a Deus e a você, a oportunidade de ter te conhecido e trabalhado juntos por algum tempo. Espero que você continue recebendo as ricas bênçãos de Deus no seu novo campo, juntamente com a sua família, em todos os dias do seu viver!”.
Ao assumir a direção executiva da CBEES, pastor Diego encontrou enormes desafios: um cenário de perdas materiais, éticas, divisão, retenção na cooperação. Ao deixar a direção executiva, o cenário é de prosperidade: todas as contas sanadas, Acampamento Batista Capixaba (ABC) revitalizado, projetos missionários em execução, Centro de Educação Teológica do Espírito Santo (CETEBES) avançando com oito unidades, centenas de pastores recebendo encorajamento e capacitação através da Academia da Alma. A credibilidade e o orgulho interno da comunidade Ba-
tista Capixaba voltou! Hoje, pela graça de Deus e pelo esforço de 800 Igrejas presentes nos 78 municípios e 90 mil Batistas no estado do Espírito Santo,
te! Como o profeta Samuel, podemos afirmar com absoluta convicção: “Até aqui o Senhor nos ajudou!”.
Concluída a homenagem, pastor Diego Bravim, profundamente emocionado, agradeceu a direção de Deus, o apoio da sua família, da sua equipe, dos ex-presidentes da Convenção e de todos os Batistas Capixabas. “Paulo plantou, Apolo regou, mas foi Deus quem deu o crescimento!”, afirmou o pastor, que se despediu beijando o púlpito, que para ele naquele momento representava a denominação Batista Capixaba.
Os Batistas Capixabas louvam a Deus pela vida preciosa do pastor Diego, pelo legado deixado a nós, e ao mesmo tempo rogam ao Senhor da seara que seja uma bênção no campo Batista Fluminense, assim como foi bênção no campo Batista Capixaba! Os desafios continuam. Ainda há muito por fazer. A ordem de Deus é que marchemos! n
Mensageiras do Rei do Litoral
Fluminense realizam 10° Congresso
Participantes refletiram sobre o tema “Meu Brilho é Real”.
Tempo de crescimento durante 10º Congresso das Mensagens do Rei Litorâneas, realizado no sítio Maranatha, em Araruama - RJ
Rodrigo Zambrotti pastor, coordenador de Comunicação da Convenção Batista Fluminense
Nos dias 5 a 7 de julho, o Sitio Maranatha, em Araruama - RJ, recebeu com entusiasmo o Congresso das Mensageiras do Rei Litorâneas, um evento direcionado a meninas entre 8 e 17 anos, sob o tema “Meu Brilho é Real”. A iniciativa, idealizada com o intuito de promover o fortalecimento da fé, a construção da identidade em Deus e o desenvolvimento de valores cristãos, proporcionou às participan-
tes uma experiência imersiva e transformadora.
Com um programa cuidadosamente elaborado, o congresso contou com a presença dos seguintes preletores: pastor Assis Borges Xavier, missionária Grazielle Reis, pastora Irineira Pinheiro e Bianca Meirelles. Através de palestras e workshops dinâmicos, os preletores abordaram temas relevantes para o público-alvo, tais como autoestima, relacionamentos interpessoais, vivência em consonância com os princípios bíblicos e a busca por um propósito autêntico na vida.
Para além das palestras, o congresso ofereceu uma gama diversificada de atividades interativas, proporcionando momentos de integração, descontração e aprendizado. Entre os destaques, podemos citar jogos, dinâmicas, momentos de louvor e adoração, e a gravação do Game Real, uma disputa bíblica transmitida pela TV Batista, da Convenção Batista Fluminense, que colocou à prova o conhecimento das participantes sobre as Escrituras Sagradas.
O evento culminou com o tradicional “Banho de Perereca”, um momento
de confraternização e alegria que marcou o encerramento das atividades. As meninas celebraram a fé, a amizade e a experiência enriquecedora que vivenciaram durante o congresso.
O Congresso das Mensageiras do Rei Litorâneas se consolidou como um marco na vida das participantes, transcendendo a mera transmissão de conhecimento e valores. Sem sombra de dúvidas, o congresso deixou um legado inspirador que continuará a influenciar positivamente a trajetória das meninas por muitos anos. n
Convenção Batista Cearense lança Campanha de Missões Estaduais 2024
Outros oito lançamentos serão realizados em todo o Ceará.
Sâmia Oliveira de Castro coordenadora de Missões da Convenção Batista Cearense
A Convenção Batista Cearense (CBC), realizou o lançamento oficial de sua Campanha de Missões Estaduais 2024, no dia 11 de maio, no Auditório do Colégio Batista Santos Dumont, localizado no bairro da Aldeota, em Fortaleza - CE.
Durante o dia, recepcionamos nossas Igrejas com várias atividades que envolveram o tema desse ano. No período da tarde, recebemos muitos promotores de Missões para o treinamento. Na ocasião, receberam o kit da Campanha (cartazes, revista, pen drive com o material e camisa). Também conheceram o trabalho desenvolvido no município de Jaguaribe, onde puderam interceder pelo campo e nossos desafios. A Feirinha Missionária contou com inúmeros stands de serviços oferecidos a todos os presentes. O Culto de Missões aconteceu à
Convenção Batista Cearense lança sua campanha de Missões Estaduais “Eu me rendo ao Seu amor” durante celebração
noite, onde todos conheceram nosso tema, divisa, hino oficial e os campos de trabalho. O tema escolhido pela CBC para a sua Campanha esse ano foi: “Eu me rendo ao seu amor”, baseado na divisa de João 13.34-35 que diz: “(...) Como Eu os amei, vocês devem amar uns aos outros. Deste modo todos saberão que são meus discípulos (...)”. Buscando chegar a todo o estado do Ceará, a CBC realizará ao todo oito
lançamentos de Campanhas, chegando as regiões do Vale do Jaguaribe, Cariri, Centro-Sul, Sertão Central, Vale do Caju, Grande Fortaleza e outras localidades. O objetivo é que nossas Igrejas participem de todas as Campanhas missionárias e juntos, possamos chegar aos 184 municípios de nosso estado.
O Ceará não é somente um estado repleto de belezas naturais, mas, de um povo que carece conhecer o
Deus de Missões. Que conta com o povo Batista para prosseguir no Ide do Grande Pai.
Quando me rendo, eu confio...
Quando me rendo, eu descanso... Quando me rendo, eu entrego... Quando me rendo, eu avanço. Quer conhecer o nosso trabalho um pouco mais e ajudar o campo missionário? Nos acompanhe pelo Instagram: @convencaobatistacearense e ajude o nosso Ceará. n
Jamile Darlen jornalista em Missões Mundiais
No Poder do Espírito, Vamos Completar a Missão (Atos 1.8), esse é o tema da campanha de 2024 de Missões Mundiais. E, se você ainda não mobilizou a sua Igreja a se envolver com a obra missionária mundial, queremos te convidar a fazer parte disso, hoje!
Para te ajudar, separamos os principais materiais de 2024, para que você possa utilizar na sua congregação para um período de duas semanas ou quem sabe um pequeno congresso missionário de três dias?! Acesse a pasta “Faça a Campanha” através do QR Code
Mas, afinal, por que realizar a campanha?
Neste século 21, temos um desafio urgente e vital diante de nós: completar a missão de evangelizar o mundo. Essa missão foi dada por Jesus Cristo a seus discípulos (Mateus 28.18-20), e continua sendo relevante e necessária atualmente. Mas, como podemos cumprir essa tarefa monumental?
Com o poder do Espírito Santo, cada cristão é capacitado a contribuir
Faça a Campanha 2024
Ael e Bel Oliveira missionários no Sul da Ásia
“Ouvimos falar de uma vila de leprosos diferente, a ‘Vila da Graça’. Na verdade, o nome da vila é outro, mas estava acontecendo algo diferente por ali e, por isso, a ‘vila de leprosos da grande montanha Yao’ (nome oficial) estava sendo conhecida como ‘Vila da Graça’ (que por sinal soa muito melhor, concorda?). Ouvir desperta a curiosidade e nesse caso era uma santa curiosidade, portanto, junto com mais alguns amigos, decidimos visitar esse local isolado no meio das altas e verdes montanhas da nossa província. Como você pode imaginar, essas vilas são de difícil acesso e as pessoas que lá estão, não são autorizadas a sair. Para ter contato com quem lá está é preciso decidir entrar e estar disposto a ir até um local isolado pela distância física e social. Lembrei do nosso mestre Jesus, que nos ensina que o amor do Pai não isola pessoas, não evita os marginalizados. O nosso Senhor abraçou os leprosos e tantos outros que foram deixados de lado. Assim, motivados pelo amor, fomos visitar a ‘Vila da Graça na montanha Yao, a mais alta da cidade, cujo pico está a mais de 900 metros acima do nível do mar.
Depois de várias horas dirigindo pelas estradas montanhosas, chegamos ao nosso destino e percebemos
nessa obra missionária. Ao reconhecer a urgência da missão, buscar intimidade com Ele, compartilhar nosso testemunho pessoal e cooperar com outros crentes, podemos cumprir nossa parte nesse grande empreendimento.
A Palavra de Deus nos convoca a proclamar o Evangelho a todas as nações, pois sabemos que Jesus voltará
em breve. E é através de nossa resposta e dedicação que veremos vidas transformadas e o Reino de Deus estabelecido na Terra. O mundo está cada vez mais necessitado da esperança e salvação encontradas em Cristo, e nós somos o canal pelo qual Jesus pode ser conhecido por aqueles que ainda não o possuem em seus corações.
A Vila da Graça
duas peculiaridades naquela vila: a primeira, era que a maioria das pessoas ali são da minoria Yao, um dos povos não alcançados que temos investido tempo e recursos para levar a mensagem da Graça; a segunda foi saber que havia mais de 30 pessoas morando ali e dessas, trinta mais de dez eram nossos irmãos em Cristo Jesus! Logo, entendemos o porquê daquela vila ser conhecida como ‘Vila da Graça’, pois esse foi o nome que nossos irmãos deram àquele lugar. Mesmo em meio ao sofrimento, isolamento e todo o estigma em que eles vivem, aqueles irmãos decidiram ser conhecidos e se fazer conhecidos pela Graça e não pela falta dela!
O Senhor nos abençoou com uma tarde de louvor, alegria e testemunhos. Aqueles irmãos nos proporcionaram
um momento ímpar, pois estávamos literalmente mais perto do céu, nas montanhas, celebrando e louvando o Senhor da Graça que não faz acepção de pessoas e que estende a mão de bondade e conforto a todo aquele que confessa Seu nome e confia em Seu amor.
Depois de entregar alguns presentes para todos os residentes da vila e comer com eles, nos despedimos, com o coração humilhado e agradecido diante da fé e alegria daqueles irmãos, testemunhas vivas de que Ele nunca abandona, isola ou esquece.
Por favor, nos ajude a interceder por aquelas pessoas, para que haja cura física, emocional e espiritual. Para que todos os residentes da Vila da Graça encontrem o Senhor, e para que nossos irmãos permaneçam fir-
Para que isso seja possível, precisamos de você!
Missões Mundiais tem levado Deus às nações através de projetos de desenvolvimento comunitário, proporcionando educação às crianças, acolhendo refugiados, compartilhando o DNA Missionário, plantando Igrejas e distribuindo Bíblias porque você apoia a obra através das suas orações e ofertas. Portanto, envolva-se, mobilize e realize a campanha 2024 na sua Igreja. Não fique de fora do que Deus está fazendo no mundo através de Missões Mundiais! n
mes no testemunho de que aquela vila é lugar de Graça, é lugar de Boas Novas, é lugar de louvor e é lugar de cura”.
Este testemunho foi escrito pelo nosso obreiro da terra, o pastor Huang, que conosco atua entre os povos não alcançados da nossa região, fazendo viagens a regiões remotas, dando treinamento e pastoreando obreiros que vivem em vilas distantes e trabalham com esses povos.
Uma das nossas principais tarefas é apoiar obreiros como o pastor Huang com treinamento, cuidado e sendo essa ponte entre o que o Pai tem feito aqui e você, que nos apoia em intercessão. Pastor Huang sofre com a perseguição e restrições que encontramos por aqui, mas assim como tantos outros, não tem medido esforços para ver o nome do Senhor ser exaltado entre aqueles que antes nunca ouviram falar dEle.
Portanto, pedimos que lembre do pastor Huang e da sua família (a esposa e as três filhas adolescentes) durante as suas orações. Além disso, celebre conosco aquilo que o Pai tem feito por meio de obreiros como o pastor Huang, obreiro de Missões Mundiais entre os Povos Não Alcançados do Sul da Ásia. Mas antes, como está escrito: “Hão de vê-lo aqueles que não tinham ouvido falar dele, e o entenderão aqueles que não o haviam escutado” (Rm 15.21). n
Jubileu de Ouro: Pr. Josué Da Silva Andrade completa 50 anos de ministério pastoral
Conheça a trajetória ministerial e denominacional do pastor.
Zilda Andrade Lourenço dos Santos irmã do pastor Josué da Silva Andrade
Josué da Silva Andrade, nasceu em Monte Senir, Distrito de Barra de São Francisco - ES, no dia 25 de junho de 1946. Na sua infância, procurava imitar a função de um pastor, entre seus irmãos mais novos. Simulava batismos, realização de ceia e cultos, pregando como se fosse um pastor! Foi batizado em 1959, pelo pastor Jalyr Chaves de Menezes. Em 1962, seus pais passaram a viver na cidade de Barra de São Francisco, para continuidade dos estudos dos filhos.
Na igreja, Josué teve a oportunidade de auxiliar o líder dos Embaixadores do Rei e, em 1964, assumiu a liderança. A partir de 1967, novamente, a necessidade de ampliar os estudos resultou na mudança para a Grande Vitória - ES. Ao iniciar sua participação na igreja Batista de Campo Grande, aceitou o compromisso do cargo de conselheiro dos Embaixadores do Rei, e passou a integrar a diretoria da Igreja, como secretário. Em 1969, entendeu que Deus estava dirigindo sua vida para o preparo específico do ministério. Em 1970, foi enviado ao Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, por meio da Igreja Batista de Campo Grande - ES.
No seu primeiro ano de seminário, Josué participou na PIB de Ipanema, liderada pelo pastor Antônio Neves de Mesquita, assumindo a função de conselheiro dos Embaixadores do Rei. Em 1971, foi convidado pelo pastor William Alvin Hatton, missionário americano, para ser coordenador de Acampamentos do Departamento Masculino de Atividade Missionária.
Na sequência de suas participações, atuou como diretor Assistente da Imprensa Batista Brasileira. Em
1980 e nesse período, foram realizadas obras de reforma do templo e ampliação das dependências. A membresia inicial era de 18 componentes e foi ampliada para 95 integrantes da Igreja. Foi adquirido um terreno para construção do local de reuniões do ponto de pregação, no bairro de Titioca.
Logo após sua consagração, Josué casou-se com Elza Sant’Anna do Valle Andrade, no dia 13 de julho de 1974. Começaram juntos o ministério pasto-
e construção do templo para organi zação da Congregação, com a nova designação: Igreja Batista de Jardim Anhangá, em Duque de Caxias - RJ.
No ano de 2000, Josué e Elza aceitaram o desafio de uma nova fase no ministério, que se realizou na Igreja Batista de Vargem Pequena - RJ. Josué, na função de advogado, atuou em um processo em que o terreno, onde estava localizada a Igreja, seria vendido em hasta pública. No decorrer do pro-
cesso, orientou a Igreja e administrou a aquisição dos direitos hereditários de todos os herdeiros, totalizando uma área de 8.300m², tendo a conclusão do processo em 2009. Na compra da área citada, foi fundamental a ajuda de muitos colaboradores pertencentes a outras Igrejas. Naquele período, também foi adquirida uma propriedade para reunião da Congregação iniciada no município de Itaguaí - RJ.
No ano de 2019, Josué retornou ao pastorado da Igreja onde iniciou seu ministério. A antiga Igreja Morro do Céu, atualmente, é designada de Igreja Batista Filadélfia. Os desafios são de grande dimensão, pois a Igreja foi desapropriada pela Prefeitura de Niterói - RJ e está no processo de mudança. Um terreno de 2.200m² já foi comprado e pago. A próxima etapa será a construção do Novo Templo.
Ministério Denominacional
Foi membro do Conselho Geral da Convenção Batista Carioca e da Junta de Educação da CBC. Foi presidente da CBC, por dois mandatos. Contribuiu com Assessoria Jurídica Parlamentar, no conselho e nas assembleias da CBC. Trabalhou nas reformas dos Estatutos e Regimentos da OPBB e CBC. Em âmbito nacional, colaborou com a Convenção Batista Brasileira, como assessor jurídico parlamentar da mesa diretora em Assembleias. Foi relator do GT de nome Batista. Exerceu o papel de relator da comissão de Renovação de Conselhos. Atuou como presidente da Junta de Missões Nacionais. Exerceu a função de presidente da Associação Denominada Evangélica do Rio de Janeiro.
Gratidão a Deus por esses 50 anos de lutas e vitórias! n
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Itapebi - BA recebe ação
“Jesus
Transforma Minha Cidade”
Membros da Igreja passaram por treinamento de evangelização.
Uilisnei Lima
pastor da Igreja Batista da Fé, em Itapebi - BA
No dia 29 de junho, a ação evangelística “Jesus Transforma Minha Cidade” chegou à cidade de Itapebi - BA. A Igreja Batista da Fé promoveu treina-
mento para os evangelistas membros da Igreja, que após semanas de oração e muito empenho foram para ruas da cidade proclamar que Jesus pode transformar as realidades e perdoar pecados.
Além do impacto na vida da Igreja, que cada vez mais tem se voltado ao
cumprimento da Grande Comissão, glorificamos a Deus, pois vidas se entregaram a Jesus e a semente do Evangelho foi lançada nos corações das pessoas que transitavam pelas ruas da cidade na manhã ensolarada do sábado.
Damos graças aos Senhor pelos recursos disponibilizados pela Junta de Missões Nacionais (JMN). Com isso, tanto os treinamentos, quanto as abordagens foram muito mais efetivos, dando clareza na apresentação do plano de Salvação. Cremos que Deus pode fazer muito mais e nós somos os instrumentos do Senhor. n
Nova sede da Convenção Batista Mineira traz mais um marco histórico para os Batistas mineiros
Kátia Brito
jornalista da Convenção Batista Mineira
A Convenção Batista Mineira (CBM) vive um momento de transformação e avanço significativo com a decisão de construir uma nova sede, um marco que promete elevar ainda mais a eficácia e o impacto de suas atividades. Após décadas ocupando a sede histórica na Rua Plombagina, nº 50, a instituição reconheceu a necessidade de um espaço mais moderno e funcional para atender às demandas crescentes de seus ministérios e colaboradores.
Desafios da sede antiga
A antiga sede, apesar de carregada de história, apresentava uma série de problemas estruturais. Entre os desafios, destacavam-se os problemas hidráulicos e elétricos, infiltrações e a necessidade de substituir completamente o telhado. Além disso, questões de segurança, como a existência de uma única entrada e saída, feriam a legislação de prevenção de incêndios. A falta de acessibilidade e de espaços adequados para diferentes ministérios, como a União Feminina Missionária, a União Missionária de Homens e os
Obra da nova sede da CBM terá a duração de três anos.
Preparação para a construção de uma nova sede da Convenção Batista Mineira (CBM)
jovens, também comprometia o funcionamento da CBM.
A decisão de realizar uma reforma completa esbarrou em impedimentos legais devido ao pré-tombamento do prédio, levando a CBM a optar por um novo endereço. A nova sede, além de resolver esses problemas crônicos, será um símbolo de progresso e uma herança valiosa para as futuras gerações de Batistas.
Impacto da nova sede
A construção da nova sede começou em maio de 2024, com previsão de conclusão em julho de 2027. Este novo espaço não é apenas uma mudança física, mas também uma
renovação da missão da CBM. “A nova sede refletirá a excelência dos ministérios já existentes, funcionando como um ‘cartão de visitas’ que demonstrará a organização e o compromisso da CBM com a comunidade”, afirma o pastor Marcio Santos, diretor-executivo da CBM.
Arquitetura moderna e funcionalidade
O projeto arquitetônico da nova sede combina modernidade com os valores conservadores característicos dos Batistas. Com uma estética clean e harmoniosa, o edifício será imponente, mas discreto, integrando-se perfeitamente ao bairro. O prédio terá cinco
andares, estacionamento no subsolo, uma loja para publicações, auditórios, banheiros em todos os andares e salas de reuniões e trabalho adequadas para cada ministério.
Diante desse novo desafio e avanço para os Batistas mineiros, o diretor-executivo da CBM, pastor Marcio Santos, faz um apelo aos mais de 100 mil Batistas do estado para que se envolvam ativamente neste projeto histórico. “Não será apenas um edifício, mas um legado que esta geração deixará para a próxima. Por isso, peço que orem, para que a construção ocorra sem incidentes e que, em três anos, os Batistas mineiros possam celebrar a inauguração deste presente para Belo Horizonte e para todos os Batistas”. n
Genilson Souto pastor, secretário Geral da Convenção
Batista Baiana
Quando o Senhor Jesus Cristo chamou Seus primeiros seguidores, deixou claro para eles que Sua intenção era prepará-los para uma tarefa global: pregar o Evangelho a toda criatura, indo até elas mundo afora. Obviamente, para que isso acontecesse, era necessário que eles se aprofundassem no conhecimento de Jesus, desenvolvessem suas virtudes e seguissem seu comportamento, com a finalidade de imitá-lo. Após a Sua ressurreição, Jesus Se encontrou com Seus discípulos e deu-lhes a missão que ficou conhecida como a Grande Comissão. Essa ordem foi dada ao colegiado imediato de discípulos de Jesus, mas também
Eu vou discipular!
extensiva a todos os cristãos ao longo da história, até hoje. A importância da Grande Comissão para os cristãos reside no fato de que ela expressa o coração de Deus e a razão pela qual Jesus veio ao mundo: salvar a humanidade, mediante a fé nEle, e estabelecer um relacionamento pessoal e eterno com cada um de nós. Além disso, estabelece o discipulado como uma prática central da fé cristã.
O objetivo principal do discipulado de Jesus era formar seguidores comprometidos com a obediência aos Seus ensinos, dispostos a pregar o Evangelho a outras pessoas e ensiná-las a fazerem o mesmo com outras pessoas.
Em termos práticos, o discipulado é uma relação intencional, em que um cristão mais experiente investe tempo,
energia e recursos no aprimoramento da vida espiritual de outro crente, com o propósito de formar e capacitar novos discípulos, tendo em vista o cumprimento da Grande Comissão ordenada por Jesus (Mateus 28.16-20).
O discipulado deve ser compreendido como um processo contínuo e dinâmico de crescimento espiritual e transformação pessoal, que envolve: Tempo de oração : a oração é a base do relacionamento com Deus. Antes de iniciar o processo de discipulado, ore pedindo orientação, sabedoria e discernimento. Ore pedindo a Deus para abrir seu coração e mente para os ensinamentos e experiências que virão.
Estudo da Palavra de Deus: o estudo da Bíblia é imprescindível no processo de discipulado. Dedique tempo
regular para ler, meditar e aplicar a Palavra de Deus em sua vida. Desenvolvimento de relacionamentos autênticos: o discipulado envolve relacionamentos genuínos e transparentes. Estabeleça e nutra novos contatos com pessoas por quem você já está orando. Seja intencional.
Serviço ao próximo : lembremos que Jesus nos chamou para servir aos outros e compartilhar o amor de Deus. O serviço é uma parte importante do discipulado e ajuda a colocar em prática os ensinamentos de Jesus.
Compartilhamento da fé: à medida que você for desenvolvendo os novos relacionamentos, compartilhe sua fé com as pessoas. Testemunhe sobre as mudanças que Deus fez na sua vida e o valor que o discipulado tem para você até hoje. n
Paulo Eduardo Gomes Vieira Extraído do site www.adiberj.com.br
“…lembrando-vos de que, por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um.” (Atos 20:31)
Em sua terceira viagem missionária, estando em Mileto, Paulo convoca os presbíteros da Igreja de Éfeso para estarem com ele. Dirigindo-lhes então a palavra, o apóstolo menciona que no transcorrer de três anos, com lágrimas, lhes ensinou, admoestou, como parte de suas funções apostolares.
O tempo não foi capaz de esvaziar de paixão o coração de Paulo. A rotina não pôde fazê-lo exercer o seu ministério “mecanicamente”. Em seus olhos havia lágrimas; em sua alma havia inesgotável ardor pelo Evangelho no qual ele cria e pregava; o seu coração estava permanentemente encharcado de amor pela Igreja do Senhor Jesus plantada na cidade de Éfeso. Isto por si só se constitui em valiosíssima advertência para todos nós. Para nós, que exercemos ministério à frente da Igreja de Cristo, a fim de que jamais o façamos profissionalmente, motivados apenas pelo senso de obrigatoriedade ou por algum
possível ganho pessoal. Mas também para todos os crentes, a fim de que não permitam que a experiência com Cristo se transforme em rotina religiosa, “fria”, ressecada de ardor, carente de fervor.
Infelizmente, esta é a realidade de muitos cristãos. Permitiram que seus corações se distanciassem do primeiro amor, e com o passar do tempo, habituaram-se à vida eclesiástica, marcada pela assistência aos cultos dominicais e pelo envolvimento em algumas atividades rotineiras, que para muitos, não significam nada mais que cumprimento de obrigações litúrgicas.
Alguém já disse que mais difícil do que a conversão ao Evangelho de Jesus, é permanecer no Evangelho do Senhor Jesus. Eu diria que, depois de experimentarmos o momento de conversão ao Senhor Jesus, temos o imenso desafio de, mesmo com o passar do tempo, nos mantermos ardorosos, fervorosos, emocionalmente envolvidos com o reino de Deus; mesmo depois de habituados à igreja, ainda assim sermos capazes de chorar pela causa de Deus aqui na terra.
Se não tem sido assim com você, “Lembre-se, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras…” (Ap. 2.5). n
Aconselhar não é blá-blá-blá
Pr. Ailton Desidério
Muito embora o aconselhamento tenha um caráter mais diretivo, o conselheiro cristão deve evitar a precipitação de falar o tempo todo. É importante que tenha gravado em sua mente as palavras do sábio: “Responder antes de ouvir além de tolice é pura grosseria” (Pv 18.13 - Bíblia Mensagem). A principal ação do conselheiro cristão precisa ser escutar, escutar e escutar.
Já atendi algumas pessoas que chegaram ao gabinete pastoral muito mobilizadas emocionalmente e falaram por mais de uma hora a fio. Em algumas dessas ocasiões, a minha atitude foi ouvir empaticamente e orar no final. Tempo depois, já ouvi as seguintes palavras de algumas dessas pessoas: “pastor, muito obrigado por suas palavras naquele aconselhamento”. Digo pra mim mesmo: “Mas eu não falei nada” (rs). O poeta e escritor francês Pierre Marivaux (1688 - 1763) disse que: “Saber ouvir quase que é
responder”.
Cito mais uma vez o sábio, quando ele diz: “Tens visto um homem precipitado no falar? Maior esperança há para um tolo do que para ele” (Pv 29.20). Etimologicamente a palavra precipitação vem de precipício: abismo, perdição, ruína. Heródoto, importante historiador grego, disse que “a precipitação é a mãe do fracasso”. Quantos aconselhamentos fracassam justamente pela precipitação do conselheiro em falar antes de escutar. O que quero ressaltar e enfatizar aqui é que o aconselhamento não é blá-blá-blá. Afirmo, sem medo de errar, que o conselheiro que não sabe escutar não está preparado para aconselhar.
Mas em que reside a dificuldade do conselheiro em escutar o que o outro tem a dizer? Em alguns casos na falta de preparo e orientação adequados. Alguns conselheiros acham de modo totalmente equivocado que precisam dar uma resposta certeira para todo e qualquer problema que lhe é apresentado. Por isso, ficam presos aos deta-
lhes concretos da fala do aconselhado, deixando de lado a escuta empática.
Mas a falta de preparo não é uma questão meramente técnica. Pode ser uma questão inerente à vida emocional do conselheiro, que num movimento inconsciente acaba embolando a história pessoal com a história apresentada pelo aconselhado. Quando os conteúdos emocionais do conselheiro se misturam com os conteúdos emocionais do aconselhado, ele acaba falando de modo compulsivo, sem se dar conta disso. Tal atitude acaba prejudicando o aconselhamento e em alguns casos a melhor decisão é não continuar.
Um outro aspecto muito importante a ser considerado é o esgotamento emocional por parte do conselheiro. Ainda mais no caso do pastor, que em geral escuta muitas pessoas, mas não busca um espaço para ser escutado. Ǫuem só escuta o outro, mas não é escutado, torna-se pesado e sobrecarregado emocionalmente. Infelizmente, muitas pessoas e profissionais que
atuam em áreas assistenciais acabam desenvolvendo a síndrome de burnout, ou síndrome do “fósforo queimado”, por se doarem tanto esquecendo-se de si mesmas. É preciso ter em mente que o ato de aconselhar envolve reafirmar a importância crucial da escuta empática e da preparação emocional do conselheiro, especialmente em contextos cristãos e pastorais. O aconselhamento é um exercício de humildade e paciência, em que o conselheiro cristão deve priorizar a escuta atenta sobre o impulso de oferecer respostas imediatas. É ouvir atentamente reconhecendo que uma ajuda efetiva só pode ser alcançada através da empatia e da compreensão profunda do outro. n
Ailton Gonçalves Desidério Psicólogo e pastor da Primeira Igreja Batista do Lins – RJ Instagram: @ailton_desiderio E-mail: desiderioailton@gmail. com WhatsApp (21): 98899-3492
“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal” (Mt 6.34).
Um apagão na cidade em que moramos, nos deixou por longas horas sem energia elétrica. A falta de luz levou consigo sinais de telefonia, Internet e todo tipo de comunicação. Ficamos
ilhados! Nesse momento, eu refletia sobre como um aparente problema técnico pode mudar drasticamente a rotina e a vida de muitas pessoas, na verdade uma cidade inteira. Foi então que comecei a perceber que neste dia, a vida pareceu desacelerar. A cidade estava silenciosa e não havia tanto movimento nas ruas, afinal, de nada adiantava correr, pois tudo estava parado. As comunicações passaram a ser verbais e pessoais, pois a tecnologia se tornou, por um instante, obsoleta em plena era tecnológica; não havia a energia “vital” para fazê-la funcionar.
até mesmo o ser mais organizado e preparado do planeta, mas nunca surpreenderá o Criador. Mais do que isso, nunca será capaz de impedir nossa comunicação com Ele, que da eternidade se fez presente na humanidade e veio ao nosso socorro. Como nosso coração é falho! Precisamos aprender a arte da desaceleração. Penso que algumas vezes o Senhor nos “tira da tomada” para que possamos parar, respirar e recomeçar. Portanto, meu irmão, não fique ansioso por nada, pois tudo está no perfeito e absoluto controle do Senhor. n SAÚDE DE CORPO E ALMA
De repente, me dei conta de o quanto nossas agendas, tão cheias e ocupadas, podem tornar-se vazias de sentido. Pois, no silêncio, ainda é possível falar com o Criador e sentir Sua doce presença. Na ausência da tecnologia, ainda podemos abrir nossas Bíblias físicas - de papel -, algumas um tanto empoeiradas, e ouvir sua voz falando conosco. Percebi que a energia vital não está na modernidade, ela vem da eternidade, ela é o sentido da vida, ela tem nome: Jesus Cristo. Uma simples pane pode mudar a agenda do mundo inteiro e surpreender