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O estatuto prevê a transferência

Eis que tudo se faz novo

Valdevan Lucas

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pastor, coordenador Regional da JBB no Nordeste

Entre tantas garantias que o Senhor, por pura graça e misericórdia nos dá, existe a garantia de que todos nós viveremos um momento de renovação, algo que começa aqui e agora e que se estende aos últimos dias. Jesus nos ensinou isso com a própria vida. Ele mesmo viveu o fim para nos mostrar que o renovo é algo real. Ele morreu, mas ao terceiro dia ressuscitou. E essa é a prova de que o Senhor renova todas as coisas, pois nem mesmo a morte foi capaz de lhe fazer parar. Deus pode tudo, e isso inclui proporcionar novos momentos e novas oportunidades a cada um de nós. Em tudo somos desafiados. Nos relacionamentos, na vida profissional, em nosso chamado, vocação, propósito e, inclusive, em nossa fé (e aqui entenda fé como a nossa capacidade de confiança). Logo, o que fazer ou pensar diante de cada um deles? A resposta é: buscar no renovo do Senhor a força para recomeçar. Tenha sempre a certeza de que quando os relacionamentos chegam ao fim, Deus pode fazer recomeçar. Ou, se a vida profissional parecer não existir, o Senhor da provisão abre portas. Quando nosso chamado, vocação ou propósito de vida estiver na fase do “é impossível dar certo”, o Deus que nos chamou se mostra como o grande arquiteto que planejou tudo e sabe exatamente o dia e a hora em que cada coisa deverá acontecer. E quando a barra estiver tão pesada, ao ponto de você duvidar que o Senhor soberano está do seu lado cuidando de tudo, o seu Espírito, que intercede por nós, será a nossa paz e o nosso alívio, proporcionando em nós o reacender da chama que parecia ter se apagado. Esse é o Deus que nós servimos, o Deus que renova todas as coisas e que nos faz recomeçar, mesmo quando tudo parece ter chegado ao fim.

Recomeçar é viver a ação de Deus em nós. É permitir que a graça dele, que se manifestou salvadora a todos os homens, atue em nossa vida em todas as circunstâncias, inclusive nas nossas falhas e pecados. “A cada manhã as misericórdias se renovam”, e é por isso que estamos de pé ainda hoje. A nossa existência é a expressão do recomeço de Deus em nós. Peça ao Senhor que lhe faça sensível ao renovo que Ele quer fazer em sua vida.

Leitura recomendada: Apocalipse 21. 1-8 | Mateus 28. 1-10 | João 21. 1-25 | Romanos 8.18-25 n

Olavo Feijó

pastor & professor de Psicologia

As Cidades De Refúgio

Josué 20:4 - E fugindo para alguma daquelas cidades, por-se-á à porta dela e exporá a sua causa aos ouvidos dos anciãos da tal cidade; então o tomarão consigo na cidade; e lhe darão lugar, para que habite com eles.

A Lei Mosaica providenciou possibilidade de um recomeço de vida para aqueles que, sem intenção criminosa, se viram na situação de ter que matar alguém. “Disse o Senhor a Josué – Diga aos israelitas que designem as cidades de refúgio, como lhes ordenei por meio de Moisés, para que todo aquele que matar alguém sem intenção e acidentalmente possa fugir para lá e proteger-se do vingador da vítima” (Josué 20:23).

A doutrina jurídica da “cidade de refúgio” foi uma grande exceção, na tradicional cultura da Lei de Talião, do “olho por olho e dente por dente”. O conceito da “intenção não dolosa” constituiu um grande avanço na prática antiga da justiça. Não somente o homicida sem dolo adquiria o direito de se explicar, como lhe era concedido um foro de julgamento sem suspeição. Mais ainda, uma vez provada sua real motivação não homicida, ao refugiado era concedida a chance de recomeçar sua vida, morando entre vizinhos destituídos de preconceito contra ele. Quando a Bíblia afirma que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23), a declaração é universal, sem fazer nenhuma referência a dolo. O que quer que nos separe de Deus é a essência do pecar. Por isso, não existe meio pecar ou pecar inteiro: separado é o que não está unido. A superioridade essencial da justiça divina é que, com ou sem intenção, quando pecamos, a nós é dada uma oportunidade de superação da infração cometida: trata-se do processo do reconhecimento da falta, do arrependimento, do pedido de perdão e o de um começo novo de viver. Já agora debaixo do senhorio do Cristo Redentor, pela força espiritual do Espírito Santo. Mais do que apenas algumas cidades de refúgio, o mundo inteiro é o local de nossa recuperação pelo poder universal de Jesus o Cristo, não importando nossa cultura, o grau de nossa culpa ou o tamanho dos estragos causados por nós.

Recomeçar a jornada (João 21.1-17)

Vinicius Vargas

coordenadoria de Capacitação da Juventude Batista Brasileira

O cenário ali era bem conhecido: o mar de Tiberíades era o mesmo mar da Galileia, onde algum tempo antes, Jesus havia chamado Pedro, André e os dois filhos de Zebedeu, Tiago e João (Mateus 4.18-22). Os quatro estavam novamente no mesmo lugar. Mas haviam vacilado feio: eles deixaram Jesus no Getsêmani. À exceção de João, ninguém estava na cena da crucificação, Pedro havia chegado ao extremo de negar conhecer Jesus. Agora, eles estavam no barco. De novo.

Impossível ir até àquela praia e não lembrar de quando foram chamados. Impossível não rever a cena na cabeça e lembrar de como a vida mudou depois daquilo tudo. De quantas aventuras participaram e de quantos milagres e manifestações poderosas foram testemunhas. Mas parece que tudo tinha terminado. Jesus tinha ressuscitado, venceu a morte e tinha sido visto por muitos desde então. Mas, não iria querer assunto com aqueles homens. Pelo menos era isso que eles devem ter pensado, tanto que retomaram seu antigo ofício. Voltaram ao mar. Não pescam nada. Jesus os chama e faz a incômoda pergunta: “Tem peixe aí?”. Sete homens experientes, uma noite toda no mar. Nenhum peixe. Apenas frio, vergonha e fome. Jesus ordena e eles pescam. Muito. Chegam até a praia e o que veem? Pão e peixe na brasa. Certamente tinham muitas desculpas e vergonha do que fizeram. De terem abandonado o Mestre, de terem voltado a pescar. Jesus deixou claro que sem Ele, eles jamais seriam bons pescadores de novo. Eles haviam deixado as redes. Não deveriam voltar para lá. Não era ali o seu recomeço. Vamos recomeçar? Na mesma praia, o mesmo Mestre, os mesmos homens. - Você me Ama? - Amo. - Então, faz exatamente aquilo que Eu te mandei fazer.

Jesus os encontrou no mesmo lugar para dizer que o chamado ainda é o mesmo. Do mesmo Deus às mesmas pessoas. Era por ali que deveriam recomeçar. n

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