OJB Edição 31 - ano 2016

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 31/07/16

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXV Edição 31 Domingo, 31.07.2016 R$ 3,20

Aniversário da Cristolândia Rio é marcado por batismos, música e a presença de mais de 500 pessoas Coluna Vida e Família

Notícias do Brasil Batista

Confira o texto “Igreja, família e sexualidade”

IB no Guanabara - SP celebra os 71 anos de existência

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Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

PIB em Largo da Ideia - RJ IB Teosópolis - BA realiza comemora Jubileu campanha contra o de Diamante câncer de próstata Página 10

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Adoramos o que conhecemos

Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

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chamado à adoração é universal e eterno; é dirigido a todas as pessoas, em cada geração, nação e tribo. Embora a maioria não atenda a este chamado, esse é o mais elevado que pode ser feito a um ser humano. Deus não somente chama, mas procura verdadeiros adoradores. Portanto, devemos estar atentos e dispostos a esse chamado divino. Se vamos atender ao chamado de Deus à adoração, precisamos entender bem algumas premissas fundamentais sobre adoração. Em primeiro plano, devemos ter claro que a verdadeira adoração tem a sua origem na dignidade de Deus - Ele é digno de toda a adoração. Nós adoramos o que conhecemos, esse é o particular caráter que identifica a verdadeira adoração, diferindo-a da adoração religiosa meramente formal. Ao alcançarmos a visão desta verdade - “Adoramos o que conhecemos” - compreendemos que a verdadeira adoração é obra da Graça de Deus no coração do homem e não se baseia no desempenho humano. É a ação da Graça de Deus preenchendo todos os espaços do coração, da mente e da vida do verdadeiro adorador que, contrito, aceita o chamado divino, permitindo que a ação da graça divina se sobreponha ao desempenho humano. Se dependesse do desempenho humano, jamais atingiríamos o

desejo de Deus de ser adorado em espírito e verdade. Outra compreensão que alcançamos do “adoramos o que conhecemos” é que a verdadeira adoração é resultante do relacionamento interior com Deus, quando o Espirito de Deus flui livremente para o exterior, produzindo obras da justiça de Deus. Enquanto que a adoração meramente religiosa busca estabelecer um relacionamento com Deus a partir de obras exteriores. Na verdadeira adoração, toda honra é dada ao Adorado e não ao adorador. Deus é a razão de toda a honra e de toda a devoção; Ele é o Único, o Excelso. A verdadeira adoração é a resposta ao que Deus já nos proporcionou e não busca alcançar o favor de Deus, é o alegre reconhecimento do que Deus, cheio de amor, já ofereceu, por Sua própria iniciativa, misericórdia e graça. A verdadeira adoração como aceitação agradecida é sempre acompanhada de louvor e culto, capaz de produzir expressões como as do salmista, descritas no Salmos 122.1 “Alegrei-me quando me disseram vamos a casa do Senhor” ou ainda “Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom e sua misericórdia dura para sempre” (Sl 118.1). Uma segunda premissa que necessitamos vivenciar na adoração verdadeira é relativa ao tempo, não falo de quanto tempo

da nossa vida é dedicado à adoração, porque a adoração verdadeira é uma constante, como destacado no Salmos 34.1 “Bendirei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente em minha boca”, mas falo do imediatismo desta atitude. No verso 23 Jesus diz: “A hora vem e agora é (...)” . É necessário que tenhamos urgência em aceitar a chamada divina à adoração verdadeira. Não podemos permitir que as ações do dia a dia da vida, dádiva divina, tomem a primazia do nosso coração. Daí a importância do caráter corporativo da salvação, que se relaciona com a adoração. A individualidade da salvação leva-nos a formação de um corpo, de um povo e a necessidade da adoração conjunta. É a família de Deus reunida em Sua presença para concretizar a unidade do seu povo. A adoração não é um solo, mas um coro, como bem destaca o autor da carta aos Hebreus, “Consideremo-nos também uns aos outros para nos estimularmos ao amor e as boas obras” (Hb 10.24). Esta visão corporativa da adoração é que nos propulsiona para ação de proclamação da Palavra Divina. Desperta e proporciona a outras pessoas a oportunidade de aceitarem o chamado divino. Uma terceira e última premissa que destaco nesta meditação é que o “adoramos o

que conhecemos” nos coloca diante da adoração em espírito e em verdade; isso diz respeito ao caráter do adorador. A verdadeira adoração não é uma sequência de ritos, pois ela flui pela ação do Espírito. No Salmos 24.3, o salmista introduz uma pergunta que todo adorador verdadeiro deve fazer a si mesmo: “Quem subirá ao monte do Senhor? Quem estará no seu Santo lugar?”. Na continuidade, ele apresenta três atitudes indispensáveis ao verdadeiro adorador. Aquele que tem mão limpas - é fundamental que o adorador apresente-se diante do Senhor com mãos limpas, mãos santas, que nenhuma mácula possa empanar a beleza de adorar ao Senhor. A segunda atitude é um coração puro - somente a pureza do coração permitirá que tenhamos uma visão do esplendor da Glória de Deus. E, finalmente, a terceira atitude diz respeito ao uso da nossa língua. Devemos usar nossa língua para glorificar a Deus. Ela pode ser um instrumento para expressar adoração ao Senhor, ou pode ser instrumento para amaldiçoar as pessoas. Se aceitamos a chamada divina para adoramos em espírito e em verdade, devemos cuidar para usá-la somente como instrumento de benção. Sócrates Oliveira de Souza, pastor, diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira


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A Igreja precisa ter uma visão em 3D Juvenal Mariano de Oliveira Netto, colaborador de OJB

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ma das inovações tecnológicas do novo século foi o surgimento das imagens em três dimensões (3D). Apesar de terem sido inventadas há muito tempo, somente nas últimas décadas conseguiram alcançar o desempenho desejado. Apesar da terceira dimensão não ser real, sendo apenas uma ilusão de ótica, ela é capaz de oferecer melhor qualidade nas imagens, tornando-as mais próximas da realidade. Existiu um homem na história antiga, para ser mais preciso 700 anos A.C., que teve uma visão fenomenal e que muito se parece com a descrição desta imagem em três dimensões. Quanto mais se aproximam os dias da volta de Cristo para

buscar os seus, mais urgente se torna o papel a ser desempenhado pela sua Igreja na terra. Para que ela possa cumprir a sua missão é mister que ela tenha uma visão diferenciada, ou melhor, ampliada. Isaías é considerado o profeta messiânico pelas inúmeras vezes em que preanunciou a vinda de Cristo. A Igreja contemporânea tem muito a aprender ainda com este grande homem de Deus. No capítulo seis do seu livro, ele narra uma experiência incrível que teve com o Senhor. Uma visão que abrangia três distintas dimensões. São estas dimensões que a Igreja precisa alcançar nos últimos dias do fim. Primeiro, a imagem da sua visão possuía altura. Ele vira o esplendor de Deus. Teve a sua própria experiência com o Eterno. A Igreja pre-

cisa marchar em direção aos mais terríveis desafios que estão avante não baseadas apenas no que está escrito ou em experiências vividas por outros no passado ou presente. Quanto maior for a altura da imagem, maior será o seu alcance; significa que, quanto maior for o grau de intimidade desta Igreja com o seu Noivo, maiores serão as áreas a serem impactadas por ela e maior será a sua eficácia (Jó 42.5; II Timóteo 1.12). Segundo, a imagem da sua visão tinha profundidade. Ao ser confrontado pela santidade de Deus, ele fechou os olhos para o exterior; fez um autoexame. Sabia que para ir adiante precisava estar preparado. Precisava passar pelo olhar misericordioso, porém, puro do Espirito Santo, dizendo-lhe “Sede santo assim como Eu o sou”. A santidade

para a Igreja não é algo opcional, é condicional e ela só conseguirá chegar neste estágio a partir do momento em que olhar corajosamente para dentro de si mesma. Quanta sujeita, ciúmes, inveja, sentimentos egoístas, mediocridade, maledicências, falta de compaixão e amor poderão ser detectadas, coisas que se tornam obstáculo para o agir do Senhor. Para ser tocada, assim como Isaías foi, é necessário, que esta Igreja enxergue a si mesma de forma corajosa, identifique onde precisa mudar e se arrependa, deixando ser tocada também pela brasa viva do sublime altar do Pai. Terceiro, a imagem da visão do profeta tinha largura; ele viu a humanidade perdida que precisava também experimentar desta mesma graça.

A Igreja não pode ficar acomodada nos templos esperando pelos pecadores, tendo apenas experiências, buscando alimento e cura para si mesma. A sua visão não pode ter apenas altura (ver a Deus) e profundidade (ver a si mesma). Estas duas primeiras partes da visão deverão levá-la para uma terceira dimensão tão importante quanto as anteriores, o mundo perdido onde milhões de pessoas são sentenciadas ao inferno a cada minuto em um caminho sem volta. A visão em 3D que a Igreja precisa ter não deve ser um fim em si mesmo, mas a oportunidade de, assim como Isaías, responder afirmativamente e convictamente diante de um chamado imperativo: “Envia-nos Senhor a todas as nações para que o Teu Reino venha sobre nós”.

Buscar a Deus Edson Landi, pastor, colaborador de OJB “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jr 29.13)

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uscar a Deus de todo o coração é a busca mais profunda do homem. É buscá-lo de forma íntima. Pois essas coisas não se descobrem com o cérebro e, sim, com a entrega do coração. É por isso que há muitas pessoas que frequentam uma Igreja há anos, são batizadas, exercem funções eclesiásticas, mas não mostram mudança de vida. Pois, de fato, nunca

houve uma consagração. Elas leem livros, leem a Bíblia, conhecem centenas de hinos e cânticos, mas pelos seus frutos podemos constatar que as mesmas não têm uma vida de profundidade com Deus. Profundidade com Deus não é emocionar-se em um culto. Não é cantar alto. Não é saber de cor e salteado centenas de versículos bíblicos. É entregar ao Senhor a totalidade da vida. É uma entrega convicta. Quem não entregou a Deus a totalidade da sua vida, com certeza não se preocupará e nem terá forças o suficiente para resistir a um momento de tentação. É um erro pensar que a Glória de Deus se resume

apenas aos cânticos que cantamos na Igreja. Deus é glorificado também através das nossas vidas, caráter e compromisso com Ele. Foi exatamente isso que Jesus nos ensinou em Mateus 5.16: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”. Aquele que não busca ao Senhor de todo coração terá imensa dificuldade em amar o seu próximo ou perdoar aqueles que lhe causaram algum mal. Uma pessoa cujo coração foi entregue a Deus estará disposta a pagar o alto preço para dar um bom testemunho em qualquer lugar

que esteja. Uma vida entregue a Cristo tem prazer em obedecer às Sagradas Escrituras. Pois, “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus” (Jo 8.47). Há crentes que parecem sofrer do transtorno bipolar. Pois um dia cantam: “Tudo entregarei, tudo deixarei. Sim, por ti, Jesus bendito, tudo deixarei”. E no outro dia conseguem cantar: “Restitui, eu quero de volta o que é meu”. Há pessoas que estão na Igreja, mas o coração não. Não houve uma entrega total, pois não houve uma busca a Deus. Há Igrejas cujas maiores preocupações estão em seus programas. Há programas eclesiásticos todos os dias:

reuniões, ensaios, projetos, etc. E, às vezes, não há preocupação em ensinar aos membros a Palavra de Deus, ou falta um cuidado maior com os novos convertidos, que logo são colocados para exercer funções sem ter o devido preparo. Igrejas assim estão repletas de crentes imaturos que não serão capazes de aconselhar aqueles que são mais novos na fé. Em resumo, uma Igreja dessas poderá ter muitas coisas atrativas aos olhos humanos, mas não terá o poder que vem do alto. Pois o poder de uma Igreja se caracteriza na conversão genuína do seu povo e não em seus programas de entretenimento.


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Extraordinário testemunho de fé!

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Batalha interior ecidir viver na dependência de Cristo causa, em nossa vida cristã, duas experiências. A primeira coisa de que temos consciência é constatar, com clareza, que nossa vivência antes de Cristo era de inimizade com as coisas espirituais. Entretanto, quando assumimos a postura da fé em Cristo, Seu poder divino vai aniquilando os efeitos pessoais do pecado, da nossa separação anterior. Sobre isso, escreveu Paulo: “Se o Espírito está em vocês, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito está vivo, por causa da justiça (de Deus)” (Rm 8.10). O capítulo oito da Carta aos Romanos rejeita a teologia oriental de que, no mundo, existem duas entidades autônomas, que lutam entre si e que precisam de nosso apoio para conseguir vitória.

A visão bíblica é de apenas um só poder supremo. Deus não precisa da nossa ajuda para conseguir Sua vitória final. Pelo contrário, dentro da “dimensão” da eternidade, Deus já subjugou o mal. Nesta nossa evolução histórica, Deus decidiu que cada pessoa que aceite Sua soberania, automaticamente passe a se beneficiar do Seu poder vitorioso e eterno. Se é que estamos no grupo dos que aceitam o senhorio de Cristo, o natural é nos tornarmos alvo das “astutas ciladas do Maligno”. Todavia, como afirmam a promessa do Cristo e a vivência do nosso discipulado cristão, sistematicamente somos o campo do poder restaurador do Espírito de Cristo, no decorrer da nossa vida terrena. O final vitorioso de toda esta batalha interior é a vinda prometida do “novo céu e da nova Terra”, descrita em Apocalipse 21. Até lá, nossa missão e privilégio é praticar, diariamente, nossa dimensão do Espírito de Cristo em nós, na qual provamos a vitória do Senhor.

homem de Deus, ele seria curado. Que extraordinário testemunho de fé essa menina nos transmite. E nós, que somos livres e que um dia aceitamos Jesus Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas, que vivemos em um país que dá liberdade para anunciarmos o Senhor que cura a alma, arrancando a lepra espiritual, que é o pecado, temos agido assim, ou temos nos calado, ao assistir os leprosos espirituais se afundando

cada vez mais, sem que anunciemos o Senhor que pode curá-los e restaurá-los? Assim como Deus fez com Naamã, por meio do profeta, tão somente porque uma menina escrava e humilde, que tinha tudo para odiar, simplesmente amou o seu algoz, Ele quer fazer hoje. Que Deus tenha misericórdia de nós, e que usemos nossos lábios para ser benção na vida dos milhares de Naamãs em nosso País. Amém.

“E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.” (Rm 8.10)

D Carlos Alberto Martins Manvailer, pastor da Igreja Batista Nova Jerusalém Porto Velho - RO

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m dia ela disse à sua Senhora: “Se o meu Senhor procurasse o profeta que está em Samaria, ele o curaria da lepra”. (II Rs 5.3). A Síria era uma nação idólatra e poderosa, mas perseguidora, especialmente, de Israel. Detentora de um exército poderoso para a época, tanto numericamente, quanto no aspecto bélico. Em razão disso, impunha respeito e domínio às demais nações. E a expressão maior de força que aquele exército do rei tinha era o seu comandante Naamã. Como o versículo primeiro do capítulo cinco afirma, ele era respeitado e honrado pelo seu Senhor, o Rei. Exatamente, porque sob o seu comando conquistara a vitória para a Síria e, ainda, conforme o versículo acima, ele foi instrumento do próprio Deus para tornar-se vitorioso. E na vitória contra Israel, o comandante Naamã levou consigo uma menina is-

raelita que ficou servindo em sua casa como escrava. Interessante, que sequer o nome desta menina é mencionado no texto. Naamã era o comandante que gozava de prestígio e admiração do seu Rei pela forma competente e diligente com que desempenhava suas missões à frente do exército Sírio. E, consequentemente, também desfrutava do respeito e consideração elevada dos seus conterrâneos. Entretanto, quando chegava em sua casa, ao tirar aquela farda elegante e opulenta, se deparava com a triste realidade que o atormentava: a lepra, doença contagiosa e que não havia cura. Naquele contexto, somente alguém como ele não era discriminado, ou separado do convívio social, como acontecia com aqueles que não pertenciam a uma casta privilegiada. Mas, embora famoso, a sua condição de saúde o afligia. E, certamente, no recanto do seu lar, extravasava toda a dor e a tristeza que o acompanhava, diuturnamente. E aquela menina escrava, sem dúvida, acompanhava o sofrimento e a conster-

nação, não apenas dele, o general, como também da sua senhora, esposa do comandante. E, na qualidade de escrava, por certo, não tinha regalias e nem privilégios naquela casa. A sua situação era de alguém que foi arrancada à força da sua família, da sua terra - Israel -, dos seus amigos, e obrigada a tornar-se uma serviçal, dia e noite, naquela casa. Humanamente falando, aquela menina, em razão da situação em que fora vítima, tinha todas as razões para estar revoltada com aquela família, desejando a ela não o bem, mas, sim, o mal. No entanto, antes de ser a menina escrava, que foi tirada à força dos seus e colocada sob o domínio naquela casa para ser explorado o seu trabalho, ela era uma serva do Senhor. E isso fez toda a diferença! Ela, acompanhando todo aquele sofrimento, mesmo na sua tenra idade, teve uma atitude exemplar de fé e misericórdia para com aquele que, nada mais era do que seu carrasco. Dirige-se então à sua senhora e aponta a solução para aquela triste enfermidade, na certeza de que se o seu senhor fosse ao encontro do


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Mudança radical

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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m I Coríntios 6.9-10, Paulo nos mostra como aquela Igreja era trabalhosa. Mas, será que as Igrejas de hoje são diferentes? Vamos ver algo em comum. A Igreja era rodeada por um mundo extremamente contagioso. E hoje não estamos na mesma situação? Nem é preciso ir em uma balada. Vejam os sinais provocadores daquilo que Paulo menciona como o passado de seus leitores: o grau de perversidade, antes de se converterem a

Cristo era altíssimo. Outras coisas comuns hoje em dia eram: imoralidade, idolatria, adultério, homossexualismo, ladrões, avarentos, alcoólatras, caluniadores. Paulo afirma: assim foram alguns de vocês. Semanalmente falo aos vitimados pela droga, na Cristolândia, em São Paulo. Quando me retiro, fico pensando no desgaste dos nossos obreiros. É preciso muita oração, carinho da nossa parte, ou melhor, dos que pertencem às Igrejas, que não se deparam com um quadro degradante, continuado, 24h horas por dia. Lamento

dizer, dificilmente deparo-me com alguém visitando esses esquecidos heróis. Oxalá, o Amor de Cristo ainda venha a constranger a muitos. A mudança radical é descrita em três palavras: lavados, santificados e justificados. O cristão passou por uma mudança radical, pois, antes da regeneração, a tendência era um gradual aumento de piora da conduta. É o que vemos nos nossos contemporâneos. A destruição dos viciados, por exemplo, é acelerada. Ficam, a cada dia, mais irreconhecíveis. O Brasil é um exemplo disso. Somos

campeões mundiais em degenerescência. Aí está a dengue, a sífilis, e outras tantas doenças, e, no campo moral, a corrupção é assunto preponderante a meses. Agora, regenerados, há de haver um crescimento no sentido contrário. O alvo, após justificados e regenerados, é a santificação. Se antes havia um crescimento em direção à perversidade, agora, a prova de conversão é um progresso em direção à imagem de Cristo. Em Efésios 5.1, Paulo afirma: “Sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo

nos amou e se entregou por nós como oferta de amor e sacrifício de aroma agradável a Deus”. Temos muitos aparelhos para medição, mas não costumamos medir nossa espiritualidade, nosso amor, em um crescimento como o de Cristo, até chegar a categoria de sacrifício. Antes deserdados do Reino de Deus, depois, oferta de aroma agradável a Deus. Que tal medir se sua espiritualidade está em crescimento sempre? Se as antigas práticas prosseguem, é prova de que não houve conversão, e, pior, não somos herdeiros do Reino.

Resgatando o valor da Bíblia Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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ivemos dias em que o número de “evangélicos” cresce, mas, em dias de profundo analfabetismo bíblico, pois desprezam a leitura e estudo sistemático da Bíblia. Esse analfabetismo está enfraquecendo as Igrejas. Há muitos templos, mas pouca pregação. Há muitas reuniões, mas pouco estudo bíblico. A Bíblia é nossa única regra de fé e prática, é nela que encontramos orientações

éticas, conceitos e valores morais, e aprendemos a viver de acordo com os propósitos eternos de Deus. Hoje temos um grande contingente de “evangélicos” que dizem que amam a Deus, mas não separam tempo em suas agendas para nutrir a mente com porções bíblicas. Dizem que amam a Deus, mas não priorizam a leitura devocional após levantarem e antes de sairem para o trabalho e/ou estudo. Dizem que amam a Deus, mas não leem a carta de amor do Senhor. Dizem que amam a

Deus e se convencem de que a religiosidade é melhor do que a espiritualidade. A espiritualidade cristã lança raízes nas páginas da Bíblia e faz das Escrituras uma fonte inesgotável de ensinamentos, orientações e exortações. A Bíblia nos revela o Amor de Deus e o quão grave é o nosso pecado diante da santidade do Senhor Deus. Ela revela o plano redentor do Senhor e como Ele está formando Seu povo para morar e viver com Ele na Eternidade. Martinho Lutero disse assim: “É um

milagre a maneira pela qual Deus tem preservado Seu Livro durante todo tempo. Como é bom e glorioso ter a Palavra de Deus”. Precisamos (re) descobrir o desejo de ler a Bíblia. As Escrituras Sagradas foram preservadas pelo Senhor ao longo dos séculos para lermos, aprendermos, estudarmos e ensinarmos. Mas, um dos problemas da nossa atualidade é a falta de tempo. Nessa sociedade líquida, marcada pelo capitalismo, que diz que valemos o que temos em detrimento do que somos,

ficamos correndo de um lado para outro. Nossa agenda é dominada pelo excesso de compromissos e, muitas vezes, a leitura bíblica e o estudo das verdades bíblicas são deixadas para trás. Que priorizemos a leitura, aprendizado e estudo das Escrituras. Que cresçamos no conhecimento e na Graça do Senhor. Àqueles que vivem à sombra da cruz amam ao Senhor e, consequentemente, amam as Sagradas Escrituras. Ame sua Bíblia, pois esta é uma das formas de demonstrarmos amor ao Senhor.


6 vida em família

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Gilson e Elizabete Bifano

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unca, na sociedade, se falou tanto em sexo como nos últimos tempos. O assunto é tão explorado pela mídia, que até artistas que não são evangélicos estão pasmados diante da enxurrada de cenas de sexo na televisão brasileira. Recentemente, o ator Pedro Cardoso, no programa “Sem Censura”, dirigido por Leda Nagle, teceu duras críticas sobre a nudez na televisão. Mas, como a Igreja de Cristo, que deve ser sal e luz neste mundo de trevas, pode contribuir e ajudar as famílias cristãs para que desenvolvam uma conversa saudável sobre o tema sexo e sexualidade? Quero, neste artigo, apontar alguns caminhos neste sentido. O primeiro deles é construir uma teologia da sexua-

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Igreja, família e sexualidade

lidade. Nós, como cristãos, temos em nossas mãos o maior tesouro para dar uma resposta a esta sociedade decaída, que é a Bíblia, a Palavra de Deus. A Bíblia é a carta do Amor de Deus à humanidade, mas nela encontramos orientações seguras sobre como construir uma sexualidade sadia na família. O segundo caminho é capacitar pais e mães para que o assunto seja tratado sem tabus e preconceitos na família, nas conversas ao redor da mesa, em linguagem sadia e apropriada para cada faixa etária. Existem três temas que quase não se conversa em família. Penso que sejam sobre a morte, dinheiro e sexo. Quando esses assuntos não são conversados no ambiente da família, as crianças e ado-

lescentes aprendem fora de casa de forma, muitas vezes, errada e distorcida do plano original de Deus. Ainda no âmbito da família, os casais (maridos e esposas) são importantes na construção de uma sexualidade sadia na vida dos seus filhos. Marido e esposa não devem passar para os filhos uma sexualidade dissociada de afeto. Filhos sabem, embora não falem, o que seus pais fazem no quarto, de portas fechadas. Até aí, nada de mais. O problema é quando esses mesmos filhos não veem, com seus próprios olhos, demonstrações de afeto, durante o dia, por parte dos seus pais. Não observam seus pais se abraçando, andando de mãos dadas, trocando beijinhos, elogiando e tratando com ternura um ao outro. Filhos que crescem em lares

que os pais não demonstram afeto na sala, crescem com a visão de que sexo é algo dissociado de afeto, de demonstrações de amor. O terceiro caminho, além desses dois, é fazer com que o tema seja debatido também dentro da própria Igreja. Ela tem o nobre papel de ajudar as famílias também nesta questão. Sexólogos, psicólogos, pedagogos cristãos e comprometidos com os princípios cristãos, podem ser chamados para esta tarefa. Nestes programas, a Igreja poderá tratar de temas no campo da sexualidade de forma criativa, bíblica e com fundamentação científica equilibrada e relevante. O tema sexo e sexualidade deve ser tratado, não somente para casais, como temos visto, mas em todas as faixas etárias dos membros. Sexo e

sexualidade não são temas exclusivos para casais. Por último, não devemos, como Igreja e família, nos esquivarmos de temas difíceis como a homossexualidade, abuso sexual e pedofilia. Esses temas podem e devem ser tratados com liberdade, sempre à luz da Palavra de Deus. Buscando esses caminhos, tenho certeza de que daremos uma ótima contribuição à sociedade, que está carente de um farol que a oriente neste mar revolto da sexualidade dos dias de hoje. Gilson Bifano Escritor, palestrante e Coach na área de família, criação de filhos e vida conjugal. gilsonbifano@ ministeriooikos.org.br www.ministeriooikos.org.br

Honrar com os lábios não adianta Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva – RJ “E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens.” (Mc 7.6-7)

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ocê já percebeu como as pessoas são capazes de prometer e não

cumprir? Já percebeu, também, como as pessoas são capazes de dizer que são o que, na verdade, não são? E quando as pessoas falam de Deus, dizem que são de Deus, cantam hinos, demonstram piedade no que falam, mas não têm nada disso no coração? Isso é pior ainda! Coloque uma coisa em sua cabeça: não há compromisso com Deus apenas através de palavras. Honrar a Deus é coisa séria! Quem escolhe viver para Deus, deverá viver de forma piedosa, de forma diferenciada daqueles

que não O conhecem. Viver para Deus é fazer a vontade dEle e não a nossa. Viver para Deus causa espanto às pessoas que não sabem o que é isso. Hoje, há muitos religiosos, frequentadores de Igreja, mas poucos cristãos. O interessante é que no texto citado acima, Jesus falava justamente com religiosos; mas, de que adianta ser religioso? Segundo Jesus, de nada. “Hipócritas”: foi este adjetivo que Jesus usou para eles. Eram hipócritas, falsos, porque honravam com os lábios, mas não com o co-

ração. Em nossos dias não é diferente. Hoje, também, muitos religiosos estão espalhados por aí desonrando o nome de Deus através de suas atitudes. São hipócritas, estão com o coração longe do Senhor, não têm entendimento do quanto isso acarretará em problemas. Creio que alguns erram por falta de conhecimento, mas outros conhecem bem a verdade, porém, agem de acordo com o que querem e não conforme a vontade do Senhor. Honrar com os lábios é honrar em vão. É um culto

que não serve de nada. É até uma afronta ao Senhor. Veja o que diz a Bíblia: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37). Deus não quer palavras, Ele quer nossa vida, todo nosso ser voltado para Ele. Deus quer ser honrado pelo nosso interior e, quando isso ocorrer, nossos lábios manifestarão a mudança que Deus fez em nós. Não O honraremos em vão, nosso coração estará perto dEle e Ele estará conosco.


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missões nacionais

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Aniversário de cinco anos da Cristolândia Rio é comemorado com uma grande festa

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aniversário de cinco anos da Cristolândia do Rio, no dia 16 de julho, foi uma festa do céu na Terra! Marcada por dois cultos de gratidão a Deus, um pela manhã e outro à tarde, a festa contou com a presença de mais de 500 pessoas, além da participação especial do Coro da Cristolândia do Rio. Os missionários pastor Exequias Teixeira e Maria Helena Leão, que comandaram a Cristolândia carioca durante três anos e meio, passaram o bastão para o pastor Aider Gouveia, que passa a coordenar todo o trabalho do Projeto no estado. O casal recebeu uma placa em homenagem ao belo trabalho realizado neste período. “A festa foi muito abençoada por Deus. Foi além das nossas expectativas. Ficou tudo muito bonito. Foram 20 alunos batizados e acolhidos pela Cristolândia, que é um trabalho dos Batistas brasileiros”, afirma o pastor Exequias, que vai assumir o cargo de gerente de alianças estratégicas do estado do Rio de Janeiro junto com a esposa Maria Helena. “Agora, estamos assumindo um novo desafio, vamos dedicar todo o nosso tempo na captação de recur-

Coro da Cristolandia com 70 vozes

Pastor Raphael batizando Gerson, aluno da Cristolândia Alcântara

Pastor Exequias e sua esposa Maria Helena com a placa em homenagem ao belíssimo trabalho à frente da Cristolândia Rio

Grupo de missionários que atuam na Missão Cristolândia Madureira

sos humanos e financeiros para ampliarmos os projetos missionários no Brasil”, conta o pastor. Anair Bragança, gerente executiva de Ação Social de Missões Nacionais, agradeceu o apoio dos Batistas ao Projeto Cristolândia e falou sobre o VIVER – Programa Nacional de Prevenção ao Uso de Drogas. “O VIVER é o braço da Cristolândia que faltava. Precisamos trabalhar para impedir que mais pessoas sejam tragadas por esse maldito vício das drogas. Nós

podemos alcançar a nossa nação com a prevenção”, ressalta Anair. O ponto alto da festa foi o batismo de 20 alunos das unidades da Cristolândia do Rio. Os presentes se emocionaram com as histórias de superação dos alunos, que tomaram a ceia pela primeira vez após o batismo. “É algo extraordinário ver pessoas que estavam afundadas no pecado, renascerem com Cristo”, afirma o pastor Raphael Scotelaro, coordenador da Cristolândia em Alcântara,

em São Gonçalo - RJ. Raphael batizou três alunos. Um deles já passou pelo Projeto outras sete vezes, mas, desta vez, teve um encontro real com Jesus. “Muita gente pensa que nosso trabalho é em vão, mas diante de casos como o do Gerson, sabemos que nada foi em vão. Por várias vezes, tirei este rapaz do lixão, mas em vez de se afundar no lixo, hoje, ele desceu às águas do batismo, lavado pelo Sangue de Jesus”, declara o pastor. Além dos batismos, houve

a apresentação dos corais da Cristolândia e da Igreja Batista Barão da Taquara. “A Cristolândia Rio agradece a Deus assim, cantando com muita alegria na presença do Senhor!”, comentou Anair Bragança. Louvamos a Deus por este momento e desafiamos as Igrejas bBtistas a serem parceiras do Projeto que tem transformado as cracolândias em Cristolândias para Glória de Deus. É Tempo de Avançar, multiplicando o Amor de Deus!


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Igreja Batista Getsêmani – MA dá posse e boas vindas aos novos pastores

Pastora Tânia Sobreira assinando o termo de posse

Tânia Sobreira, pastora da Igreja Batista Getsêmani – MA

N

o dia 02 de julho foi realizado o culto de posse dos pastores Scott e Tânia Sobreira, na Igreja Batista Getsêmani, em São Francisco do Maranhão – MA. Entusiasmado, o irmão Raimundo, presidente em exercício, deu as boas vindas e contou a todos o motivo do culto. Em seguida, a irmã

Família Pastoral

Lusderenes Lopes, membro da diretoria da Igreja Batista Getsêmani (IBG), declamou duas poesias que exaltam o serviço no Reino de Deus e o chamado de uma pastora. Amigos dos pastores marcaram presença no culto, entre eles, a missionária e cantora Virginia Santana, que impactou a todos os presentes através de sua homenagem à pastora Tânia Sobreira, a quem ofereceu palavras de apoio, ressaltando a influência da pastora em sua vida.

Momento da oração de posse

Ela também fez uma homenagem em forma de música. Outra homenagem que trouxe muita emoção foi da Maria Nildete Carneiro, irmã da pastora Tânia. Ela garantiu a Igreja que eles estavam recebendo uma mulher de Deus, de oração e uma pastora que ama as suas ovelhas e leva o Reino de Deus a sério. A ministração da Palavra ficou sob a responsabilidade da pastora Diana Flávia. Todos foram edificados e desafiados através da Palavra ministrada.

Igreja estava cheia para receber os novos pastores

Os irmãos da liderança e do ministério de louvor da Igreja Batista Maná de Teresina - PI prestigiaram o evento e presentearam a Igreja entoando lindos louvores. O amigo, discípulo e pastor Dorivaldo Lopes foi o escolhido para fazer a oração de posse; um momento de muita emoção e alegria. Já empossada, a pastora Tânia assinou o termo de posse e trouxe uma palavra de gratidão e esperança aos convidados e membros da Igreja. Com

uma oração de exaltação ao Senhor, reafirmou a sua confiança no amor e cuidado de Deus por lhe abençoar com o ventre que a gerou; pelos avós maternos, que a educaram; seus irmãos, cidades que a acolheram até ali e o seu marido, pastor Wagner Scott, por todo o amor demonstrado e todo o sacrifício em prol do Reino. Ela ainda louvou a Deus pela vida dos seus filhos e por eles acreditarem e contribuírem para o seu ministério.

IB Nova Jerusalém – MA investe na evangelização através do coro infantil Maria José Ribeiro Barbosa, pedagoga

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á 15 anos, a Igreja Batista Nova Jerusalém em São Luis do Maranhão – MA tem trabalhado com coral infantil. O projeto iniciou na gestão do pastor Eliezero Rodrigues Medeiros, e culminou na participação do crescimento da membresia, agregando novas crianças na Escola Biblica Dominical (EBD), trazendo seus pais para participarem do culto evangelístico à noite, e cumprindo a ordem de Jesus, “Ide e fazei discípulos” (Marcos 28.19). A equipe de trabalho é composta por: Maria José Ribeiro Barbosa e Brenda. Missão na escola secular: Essa é uma estratégia eficiente e necessária para a vida da nossa Igreja, pois através do cântico infantil e coreografias

Momento de louvor e adoração dos pequeninos

O grande número de crianças é fruto do trabalho do Coro Infantil

todas participam, de forma descontraída, envolvendo-se com o trabalho cristão ou comunhão uns com os outros e com a Igreja. A Bíblia traz referências que fortalecem os trabalhos com os infantes: “Deixai vir a mim as criancinhas, pois das tais é o Reino dos céus” (Mc 10.14). Coral Infantil: As reuniões acontecem Essa ferramenta fortalece a aos domingos no período da comunhão das crianças, pois tarde, na casa das crianças,

evangelizando com os pais, em referência ao que diz Atos 2.46. É uma estratégia de aproximação fazendo com que o indivíduo sinta-se valorizado. O nosso principal objetivo é alcançar crianças do Bairro de Fátima e Vila dos Nobres, através de músicas, coreografias e dramatizações, assim como alcançar crianças afastadas da Igre-

temos a capacidade de atingir as pessoas do nosso tempo. Os pais das crianças, amigos e parentes são alcançados através desse projeto, proporcionando, com isso, condições adequadas às práticas da vida cristã e comunhão espiritual e social entre as pessoas.

ja e não evangélicas. Cada criança fica responsável em convidar seus familiares para participar dos cultos. A missão do Coral Infantil Jóias de Cristo é cuidar, acompanhar a criança até a maturidade cristã, formar novos grupos de discipuladores e ensinar ou produzir mensagens evangelísticas através do louvor e adoração na escola, em casas ou lares das crianças.


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Batistas pernambucanos promovem Multiplique Regional e Encontro Pedagógico

Fotos: Acom CBPE

Formatura do Curso de Liderança Ministerial, em Serra Talhada

Acom CBPE

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Convenção Batista de Pernambuco (CBPE), através das Áreas de Desenvolvimento de Educação Cristã (Adec) e Missões Estaduais (AME), promoveu nos dias 15 e 16 de julho de 2016, o Congresso Multiplique Regional Pernambuco e o Encontro Pedagógico. O evento aconteceu na Igreja Batista da Capunga, em Recife, e teve como objetivos a disseminação da visão de Igreja Multiplicadora, que tem sido hoje desenvolvida pelas Igrejas Batistas, visando cumprir a Grande Comissão, através da construção intencional de relacionamentos discipuladores; como também, “Capacitar lideranças para uma atuação estratégica na Educação Cristã da Igreja local”, explica

Participantes capacitaram-se para melhor atuar na Igreja local

a professora Aparecida Diniz, coordenadora da Adec. “A visão de Igreja Multiplicadora lembra que cada discípulo de Jesus precisa alcançar outros discípulos, que cada um precisa se multiplicar”, enfatiza pastor Neilton Ramos, coordenador da AME, que reforça: “Não existe Reino de Deus sem liderança (...) a formação de liderança é algo crucial no desenvolvimento da Igreja”. Os preletores oficiais foram a missionária Jaqueline da Hora e o pastor Diogo de Carvalho, ambos da Junta de Missões Nacionais (JMN). A professora Jaqueline falou sobre a importância do Relacionamento Discipulador (RD) no ministério Infantil. “Quanto mais cedo a gente começa a trabalhar com a criança os aspectos da vida cristã, os fundamentos da fé, mais sólidos esses conceitos vão se formar”,

explica a missionária. Devemos “Olhar para essa criança como um potencial gigantesco dela se tornar um seguidor de Jesus”, diz. Já o pastor Diogo tratou do RD nos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs). Ele informa que a visão de Igreja Multiplicadora vem “Para nos lembrar de princípios que precisamos colocar em prática com mais efetividade nas nossas Igrejas locais”, e relaciona os cinco pilares básicos: “Oração, evangelização discipuladora, formação de líderes, plantação de Igreja e compaixão e graça”. O evento foi voltado para pastores, líderes ministeriais e demais membros que buscam capacitação para uma atuação mais relevante na sua Igreja local. Na ocasião, os congressistas puderam participar de grupos de interesse que ofe-

Pastor Neilton Ramos, professora Aparecida Diniz, pastor Diogo de Carvalho e professora Jaqueline da Hora

receram métodos e técnicas de ensino por faixa etária. Foram eles: Relacionamentos Discipuladores (RDs) nos Ministérios Infantil, para Adolescentes, Jovens, Adultos e Terceira idade; RDs nos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs); Objetivos Educacionais Gerais e a prática de currículos na Escola Bíblica Dominical; Novos convertidos; Como desenvolver o Ministério com surdos; Como desenvolver o Ministério de comunicação na Igreja. Brenda Riedel, da Igreja Batista Memorial em Jardim Paulista Baixo, em Paulista, fez a capacitação do ministério Infantil para crianças de 07 a 08 anos, e aprovou a iniciativa. “Eu acho maravilhoso como aprender a ensinar. Eu sou professora da EBD e eu pretendo aplicar tudo o que eu aprendi aqui”, finaliza.

Curso de Capacitação de líderes em Serra Talhada O Curso de Capacitação para Líderes dos Ministérios com crianças, adolescentes, jovens, música e ação social, promovido pela CBPE, através da sua Área de Desenvolvimento de Educação Cristã (Adec), teve sua conclusão no dia 02 de julho de 2016, com a realização de Culto em Ação de Graças. Iniciado em 03 de outubro de 2015, a capacitação teve duração total de oito meses e carga horária de 120h. O objetivo foi preparar pessoas com chamado específico e, assim, desenvolver habilidades e competências para uma atuação eficiente em suas Igrejas locais. Os treinamentos aconteceram na Igreja Batista Ágape em Serra Talhada, Sertão pernambucano.

Igreja Batista no Guanabara – SP celebra 71 anos de amor e serviço a Cristo Edson Landi, pastor da Igreja Batista no Guanabara Campinas - SP “Pois eu estou certo de que Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que ele esteja completo no dia de Cristo Jesus.” (Fp 1.6)

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o dia 09 de julho, no templo da Igreja Batista no Guanabara, em Campinas - SP, foi celebrado um culto de gratidão a Deus pelo 71º aniversário da Igreja. Na história desse povo encontramos elementos que estão presentes na vida de uma verdadeira Igreja cristã. Em seus 71 anos

Membresia da Igreja Batista no Guanabara - SP

de existência, essa Igreja vivenciou momentos de grande alegria e momentos de intensa luta. Voltando os olhares para o passado, enxergamos uma linda história de amor de um povo para com Jesus Cristo. Um povo que amava a Cristo e Sua Igreja. E foi esse o legado que esses queridos irmãos nos

deixaram. Pois, através de uma conversão genuína, surgiu a disponibilidade na Obra de Deus. E, assim, esses irmãos foram instrumentos nas mãos do divino autor para que Ele escrevesse uma linda história. E posso fazer uso das palavras de Paulo ao me referir a nossa Igreja: “Pois eu estou certo de

que Deus, que começou esse bom trabalho...” Hoje o retrato da Igreja somos nós. Deus nos têm concedido esse privilégio. O amor que temos pela nossa Igreja é resultante do nosso amor a Cristo. O nosso compromisso com a Igreja é uma consequência da nossa entrega total a Ele. Pois Igreja é um grupo de pessoas que experimentou a Graça de Deus na pessoa de Jesus Cristo, creu nEle, e se comprometeu com Ele na transformação deste mundo. São pessoas que conheceram Jesus Cristo, tiveram uma experiência de salvação com Ele e assumiram um compromisso. Uma comunidade de salvos engajados, é isso que nós somos.

Prosseguiremos, porque ninguém pode interromper a obra que Deus está realizando. Cresceremos em todos os aspectos, porque o nosso Deus é grande. Ganharemos muitas vidas para Cristo, porque Ele nos tem chamado e capacitado. Iremos avante, porque o povo de Deus, confiante em Seu poder, nunca recua. Que Deus abençoe, capacite e use a todos nós, que somos a Igreja Batista no Guanabara. Temos um lindo passado, vivemos um belo presente e orando para que Deus nos conceda um maravilhoso futuro. Pois o Deus que começou esse bom trabalho “Vai continuá-lo até que ele esteja completo no dia de Cristo Jesus”.


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Veja como foi o VI Congresso de Educação Cristã da AERCBC do ativismo e da secularizaEliete Celestino S. Rodrigues, ção no aspecto do avanço ministra de Educação do Reino? Fundamentados Cristã na PIB em Mesquita na fala de Jesus (João 17), - RJ; coordenadora do ICER o cristão está inserido no (Instituto Carioca de Ed. mundo, mas não pertence Religiosa – polo Mesquita) a este mundo. Sendo as/ Priscila Mariano da Silva sim, isso nos remete para Mota, educadora Religiosa; a necessidade de trabalhar, membro da IB Nova Canaã estudar, socializar-se, mas -RJ; presidente da AERCBC; Programação foi baseada no tema: “Educação Cristã na não exclui a responsabilidaprofessora do ICER (polo construção de uma teologia prática” de de viver comprometidos Padre Miguel e Bangu) com o Reino. Portanto, não trução e consolidação de uma municação; é responsabilidade da EBD Associação de Edu- conduta cristã significativa e 4. A desqualificação teológica equipar esse indivíduo para cadores Religiosos prática. Participaram desta e técnica do professor; que ele seja capaz de parCristãos Batistas Ca- oficina pessoas diretamente 5. Tempo insuficiente para ticipar da propagação do riocas (AERCBC) re- envolvidas na coordenação, aplicação do estudo. Evangelho, aproveitando alizou, no dia 20 de fevereiro direção e execução da EBD, bem as oportunidades que de 2016, na Primeira Igreja que contribuíram para anáPartindo desses indícios, tem? Batista da Fundação - RJ, o VI lise, por meio de amostra- cremos ser pertinente questioCongresso de Educação Cris- gem, da realidade vigente do nar e analisar os itens acima 4. Sendo o professor um facilitador da aquisição do tã, com o tema: “Educação processo educacional que as citados: conhecimento bíblico, seria Cristã na construção de uma Igrejas da Convenção Batista 1. Como atender os diversos ele o único responsável teologia prática”. Reuniram-se Carioca vivenciam. Mediante interesses que perpassam pelo índice de frequênneste evento, professores, di- as considerações feitas na por condições diferenciacia na EBD? Não estaria retores, pastores, educadores discussão e análise do quesdas como faixa etária e reo aluno esquivando-se de e líderes em diversas áreas no tionário aplicado aos conalidade sociocultural, por sua responsabilidade em âmbito eclesiástico, e foram gressistas participantes desta exemplo? dar o suporte necessário as tratados assuntos relevantes oficina, algumas inquietações 2. Não seria prudente partirlimitações do outro? Quem ao exercício de uma liderança abordadas trouxeram à tona mos do princípio de que capacita não é Deus? Haveeficaz e contextualizada. possíveis indícios das razões Deus tem um currículo prória um menos capacitado Entre os assuntos aborda- pelas quais temos hoje um prio para construção e condo que o outro no serviço dos, realizou-se a oficina esvaziamento nas classes dosolidação de uma conduta cristão? A escolha do pro“Igreja na EBD – Como é minicais, são eles: cristã significativa e prática? fessor prioriza o dom que possível?”, conduzida pela 1. A desmotivação decorrente Talvez, o que seja necessáele recebeu ou o talento ministra de Educação Cristã de um currículo que não rio é estudar a Bíblia com que ele possui? Eliete Celestino Rodrigues, atende as necessidades e mais atenção aos princípios da Primeira Igreja Batista de que desperte interesse nas nela revelados para orienta- 5. Conforme discutido na oficina, nem sempre aquele Mesquita-RJ, com objetivo de pessoas; ção em todos os aspectos, que é equipado pedagogidiscutir e avaliar a realidade 2. O ativismo e a secularizaem todas as circunstâncias, camente exercerá a docêndo relacionamento da Igreja em todos os assuntos e em ção; cia no ambiente eclesiáscom a Escola Bíblica Domini- 3. O conhecimento adquirido todo tempo. tico de modo satisfatório. cal e sua relevância para consatravés do avanço da co- 3. Quais as reais implicações

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Bom seria equilibrar dom e talento, conhecimento e espiritualidade, mas se não for possível, qual critério é prioritário? Sem talento (técnica) podemos equipar através de cursos, e sem o dom, o que fazemos? 6. Tempo sem administração é “caos”. Existe tempo suficiente para uma aula onde o professor não administra o tempo para apresentação do conteúdo? Será que no processo de ensino aprendizagem, professor e aluno conseguem definir os objetivos específicos de modo que conduza as discussões no tempo estabelecido de forma produtiva? Ainda que o tempo de aula fosse maior do que o habitual (entre 40 e 60 minutos), se o professor não administrar o tempo, ele nunca será suficiente. Com certeza é possível que outros índices sejam considerados relevantes ao que tange às razões referentes ao esvaziamento na Escola Bíblica Dominical. Porém, a partir desses apresentados, já é possível realizar uma análise critica dos conceitos e valores que precisam ser desconstruídos para que possamos reconstruí-los. Que Deus nos esclareça o caminho a seguir para a contínua edificação e evangelização através da Escola Bíblica Dominical.

PIB em Largo da Ideia - São Gonçalo - RJ comemora Jubileu de Diamante Gilson Souza Silva, pastor da Primeira Igreja Batista em Largo da Ideia - RJ

A

lcançamos o favor e a Graça de Deus por estes dias tão especiais que vivemos neste Jubileu em que ouvimos homens tão honrados e dignos que nos fizeram refletir no grande e insondável Amor de Deus. Desta forma, fomos impactados por mensagens que nos levam para mais perto de Deus e do seu grande amor.

Foram três dias de muitas conquistas; conquistas essas espirituais, de rever e repensar nosso lugar no mundo. No domingo, 10 de julho, pela manhã, ouvimos o pastor Raphael Scotelaro e o Coro da Cristolândia de Alcântara São Gonçalo - RJ. No mesmo dia, à noite do mesmo dia ouvimos o pastor José Roberto Martins, da Primeira Igreja Batista em Ponte Nova - MG. Seguimos para a segunda-feira, com a participação dos ministérios da Igreja local, quando cada um se expres-

Foto: Sélio Morais

Dias de alegria e e gratidão a Deus por 75 anos de existência

sou com louvor e adoração ao nosso Deus e a Palavra foi ministrada pelo pastor Gilson Souza Silva, pastor local. Caminhamos para a terça, o último dia, e Deus ainda nos surpreenderia com uma palavra abençoadora do pre-

sidente da Convenção Batista Brasileira, pastor Vanderlei Batista Marins. Nos bastidores, pessoas apaixonadas por Deus se revezavam em nos proporcionar um ambiente agradável e salutar.

Uma Igreja que completa seu Jubileu de Diamante é uma Igreja que ama Jesus e seus líderes, têm o desejo de, juntos, buscar mais a presença Santa do Senhor Jesus; como diria o apóstolo Paulo: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2:20 - NVI). É dessa forma que marchamos seguindo as pegadas do Senhor.


11 Dia mundial contra o tráfico de seres humanos o jornal batista – domingo, 31/07/16

missões mundiais

A cada 30 segundos, uma As punições a este tipo de crime só cabem a Deus e às pessoa se torna vítima do tráfiautoridades, mas nós pode- co sexual, boa parte delas são crianças, sendo que apenas dia 30 de julho mos atuar na prevenção. 1% a 2% são resgatadas por foi escolhido pela Organização das O que é o tráfico humano? ano. Esta é apenas uma das O recrutamento, o trans- cinco finalidades do tráfico Nações Unidas para lembrar uma grande porte, a transferência, o alo- humano mais praticadas por necessidade da população jamento ou o acolhimento de criminosos. As outras são: mundial: o combate ao tráfico pessoas recorrendo à ameaça, adoção ilegal, remoção de humano. Missões Mundiais ou uso da força, ou a outras órgãos, trabalho escravo e trabalha para levar ao mundo formas de coação, ao rap- casamento forçado. Essas são a verdadeira esperança, que to, à fraude, ao engano, ao informações da própria ONU, é Cristo, e com ela oferecer abuso de autoridade, ou à que também relata que vítio mínimo de dignidade à hu- situação de vulnerabilidade, mas deste tipo de crime são manidade até a volta de Jesus. ou à entrega ou aceitação de de 152 nacionalidades e estão A designação do Dia Mun- pagamentos, ou benefícios espalhadas por 124 países. A missionária Luiza reflete dial contra o Tráfico de Seres para obter o consentimento Humanos teve como objeti- de uma pessoa que tenha au- sobre a passagem de Isaías vo chamar a atenção para a toridade sobre outra para fins 32.17, “E o efeito da justiça será paz, e a operação da problemática do tráfico de de exploração. justiça, repouso e segurança pessoas e encorajar os cipara sempre”. Protocolo de Palermo dadãos do mundo inteiro a “A cada dia escuto histórias Existem, atualmente, mais adotarem ações no combate escravos no mundo do que de vítimas de abuso sexual a esse crime. Nossa missionária Luiza em qualquer outra época ou vítimas de trabalho escratem como missão abrir os da história. Dados oficiais vo que não têm forças para olhos do mundo para este dra- apontam que 45 milhões de acreditar nesse repouso que ma do tráfico humano. Hoje, pessoas são traficadas por lhes espera nos braços do muita gente, principalmente ano em todo o mundo. O Pai. Quando lhes conto que mulheres e crianças, tem caí- tráfico humano movimenta os leitores de minhas cartas do nas mãos de traficantes por mais de US$ 150 bilhões oram por elas, não conseguem acreditar que isso seja falta de informação e cuidado. por ano. Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

O

possível, que alguém que não conhecem tome um tempo para falar bem delas a Deus”, diz Luiza. A missionária lembra que são pessoas que sofreram tanto que apagaram das suas mentes as palavras repouso e segurança, acordam à noite com medo, caminham desconfiadas até da sombra, não confiam em abraços ou palavras de amor. São pessoas machucadas na alma. “A paz, o repouso e a segurança não vêm como por mágica. Eles vêm quando praticamos a justiça. A justiça deve sim ser praticada por governantes, polícia e demais autoridades, mas principalmente pela Igreja de Cristo”, alerta. A missionária lembra que nós como família, de forma

particular, devemos ser sal e luz em um tempo da história onde a injustiça quer reinar. “Peço oração pela minha vida. Estarei envolvida com várias atividades sobre este tema até o mês de setembro, acreditando que, como Igreja, podemos promover justiça e que Deus outorga paz, repouso e segurança”, diz Luiza. Você também pode e deve fazer parte desta missão. Somente juntos conseguiremos levar esperança às vítimas do tráfico humano. Sabemos que para o nosso Deus nada é impossível. Cremos na conversão de pensamentos e corações maus. A oração pode muito em seus efeitos. Ore com a gente, caminhe com a gente. Há esperança. Entre em contato com Missões Mundiais.

Revitalização de Igreja no Canadá Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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Igreja Batista Olivet fica na cidade de Toronto e foi fundada no fim do século XIX, porém, começou a fazer parte da história de Missões Mundiais nos anos 1970, quando um casal foi enviado ao Canadá para apoiar o ministério em língua portuguesa. Essa frente de trabalho foi criada com a visão de alcançar imigrantes nesta, que é conhecida como uma das cidades mais multiculturais do planeta, onde são falados cerca de 140 dialetos e idiomas. Contudo, até bem pouco tempo, a Igreja corria o risco de fechar as portas. E no esforço para evitar que isso acontecesse, o casal Diego e Stella Lopes foi transferido da África do Sul para o Canadá com a missão de atuar na revitalização da Igreja em Toronto. Já são quase quatro anos na Igreja Batista Olivet, e bênçãos têm sido derramadas nessa agência do Reino ali no Canadá, um país rico materialmente, porém, necessitado em

Fachada do templo Igreja Batista Olivet, em Toronto

termos espirituais. “O Senhor tem trazido almas para o seu aprisco através do estudo da Palavra e do Evangelho simples e puro, pregado e ensinado em nosso meio através do púlpito e dos pequenos grupos de estudo nos lares, assim como na Escola Bíblica Dominical”, conta o pastor Diego. Atualmente, funcionam cinco grupos de estudos bíblicos, dos quais um é na língua inglesa e cuja maioria dos participantes não é cristã, porém, muito interessada e entusias-

mada por aprender sobre a Bíblia. Segundo o missionário, a comunidade de língua portuguesa tem crescido, seja através das pessoas que aceitaram a Cristo na Igreja e também membros de Igrejas no Brasil e em Portugal que se uniram à Igreja em Toronto. O ministério infantil também cresce e tem sido abençoado. As crianças já têm contato com histórias bíblicas desde a primeira vez que vão à Igreja. “Todos os domingos recebemos crianças de 03 a 08 anos

de idade, além de adolescentes, que estão estudando a Bíblia de forma cronológica. No fim do ano passado, nós já tínhamos estudado a Bíblia inteira em três anos, e as crianças receberam um certificado de encorajamento e participação”, conta o missionário. “Este ano, nós iniciamos o novo ciclo cronológico da Bíblia, no qual todas as histórias têm uma conexão com o Evangelho”, acrescenta. Ainda com as crianças, foi criado o Kids Club, no qual elas aprendem através de jogos, trabalhos manuais e músicas sobre princípios e lições bíblicas. “Sempre ouvimos testemunhos dos pais e famílias das crianças sobre como seus filhos têm aprendido e como isso reflete na vida deles durante a semana em casa, na escola, entre outros lugares”, conta a missionária Stella Lopes. O ministério feminino teve o primeiro encontro no mês de maio, com a participação de 19 mulheres e compromisso de oração umas pelas outras. “Algumas das participantes não são crentes, e esse encon-

tro se tornou mais um meio de proclamação do Evangelho em nosso ministério”, ressalta Stella. E, no ano passado, quando Toronto recebeu os Jogos Pan-Americanos, a Igreja Batista Olivet serviu como base para a caravana de 40 voluntários do Conexão Canadá, de Missões Mundiais. A passagem dos brasileiros por lá deu uma injeção de ânimo na membresia e no ministério de nossos missionários. A Igreja em Toronto realiza sempre dois cultos, um em português e outro em inglês. E o culto em língua inglesa é motivo de oração, pois “Precisa de fortalecimento”, segundo o pastor Diego. Você pode apoiar nossos missionários no Canadá e outros países com suas orações e/ou ofertas. Para isso, entre em contato com nossa Central de Atendimento nos telefones 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades), nos dias úteis, das 7h às 19h (horário de Brasília). Participe e envolva-se com Missões Mundiais.


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Campo sergipano recebe mais uma agência do Evangelho

A partir da direita, pastor Robson, diretoria da Igreja, pastor Paulo Sérgio e diaconisa Raquel Silva

Sandra Natividade, membro do Conselho Editorial de OJB

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conteceu, no dia 21 de maio, o Concílio que organizou a Congregação do bairro Bugio em Igreja. Trata-se da 30ª Igreja organizada pela Primeira Igreja Batista de Aracaju e a 76ª Igreja da Convenção Batista Sergipana. O campo, portanto, regozija-se com gratidão a Deus pela dádiva de mais uma Igreja em seu rol. A Primeira Igreja Batista de Aracaju (PIBA) tem se notabilizado; é a Igreja centenária da denominação em Sergipe, e a que constituiu maior número de Igrejas no estado. A organização, no Conjunto Assis Chateau-

Pastores e líderes convidados para a celebração

briand, conhecido popularmente como bairro Bugio, tem uma história. Era um Igreja frutífera, organizada em 06 de outubro de 1984, com 42 irmãos. Como era um populoso núcleo habitacional, inaugurado pelo governo do estado de Sergipe, havia o fluxo de centenas de famílias, entre essas, muitos evangélicos. Assim, sua organização contou com membros pertencentes, até então, da Igreja mãe - PIBA e de Igrejas da capital, como a Igreja Batista Memorial e a Igreja Batista Brasileira, que se apresentaram para fazer parte da novel Igreja. O tempo passou, e essa Igreja foi desligada da denominação pela prática de desvios doutrinários. Até 2012,

o campo perdeu seis Igrejas por causa de princípios e doutrinas divergentes. Deus é fidelíssimo e a exclusão de Igrejas não intimidou o campo, que continuou célere, propagando a boa semente do Evangelho de Cristo com ousadia. Quando aconteceu o desligamento da Igreja, a PIBA, através do seu pastor, Jabes Nogueira, atualmente aposentado, abrigou os membros remanescentes e alugou um imóvel para receber a Congregação. Assim, no ano de 2003, nascia a Congregação Batista no Bugio, liderada, nos primeiros seis meses, pelo pastor Paulo Sérgio dos Santos, atual pastor da PIB de Aracaju e também pelo pastor Rafael Alves, no período

Jabes Nogueira, pastor da PIB em Aracaju

de 2003 a 2007 e, finalmente, pastor Robson Santos, de 2008 até os dias atuais, e conta com o auxílio de sua esposa, a pastora Edmar Bezerra Santos. É dessa história que se organiza, com alegria, mais uma Igreja Batista. O pastor Paulo Sérgio dos Santos, da Primeira Igreja Batista de Aracaju, presidiu o Concílio de Organização com a significativa presença de pastores e líderes do campo Batista Sergipano. Entre eles, estava pastor José Carlos A. Rocha - 1º vice-presidente da Convenção Batista do Sergipe (CBS) - representando, na ocasião, o presidente pastor Josias A. de Oliveira e o pastor Marivaldo Queiroz - diretor executivo do campo sergipano. A Igreja Batista no

Bugio foi organizada com 74 membros fundadores e edificada em imóvel próprio. A construção do prédio contou com a cooperação voluntária e indispensável do engenheiro doutor Josafá de Oliveira Filho, diácono da PIB de Aracaju, entusiasta de grandes edificações no estado de Sergipe. A ele e a tantos outros dedicados servos do Senhor, que ajudaram em todas as áreas com o objetivo de implantar, novamente, uma Igreja Batista naquele núcleo habitacional, sejam imputadas sempre, as mais ricas e incontáveis bençãos do Deus altíssimo, por tudo que fizeram e certamente continuarão em proveito e engrandecimento do Reino de Deus.

IB Teosópolis - BA realiza campanha de prevenção contra o câncer de próstata Onalgisio Pinheiro, membro da Igreja Batista Teosópolis, em Itabuna BA

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Igreja Batista Teosópolis, em Itabuna -BA, realizou nos dias 18 e 19 de junho a Campanha “Exame de próstata é coisa de cabra macho sim senhor!”. A programação foi organizada pelo ministério de Ação Social da Igreja, com o objetivo de prevenir o câncer de próstata em homens a partir dos 50 anos. Essa foi a 4ª edição anual do evento. Foram realizados 644 atendimen-

Homens deixaram o preconceito de lado e priorizaram a saúde

tos, com exames de sangue e toque, com total gratuidade aos beneficiados. A ideia de usar a figura nordestina do “cabra macho” é exatamente para

quebrar o preconceito que existe em torno do assunto, mostrando que todo homem deve fazer o exame de próstata, na idade indicada.

O câncer de próstata é o mais comum entre os homens

A programação começou às 19h30 do dia 18 com uma palestra de conscientização. Às 5h do domingo (19), começaram os exames de sangue e, em

seguida, os de próstata. O evento contou com mais de 100 voluntár ios, entre eles, seis urologistas e diversos profissionais de saúde.


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ponto de vista

Fator confissão Natanael Cruz, pastor, colaborador de OJB

N

este texto faço três abordagens no que diz respeito à relevância da confissão. A primeira é feita pelos padres da Igreja Católica. Na prática do catolicismo, o confessionário é o lugar onde o padre ouve a confissão, e onde se leva o confessando a contrição, arrependimento e, consequentemente, ao “perdão dos pecados”. Existem sugestões na teologia católica para que a confissão seja feita periodicamente, isto é,

semanal, quinzenal, mensal ou diariamente. A segunda abordagem é a Bíblica Teológica, a qual está inserida na doutrina bíblica do sacerdócio universal de todos os crentes (I Pedro 2.5-9); (Apocalipse 1.6; 5.10). Tal realidade desautoriza o conceito de se fazer uso de um confessionário, além disso, servos e servas de Jesus Cristo creem que o perdão dos pecados vem pela confissão feita diretamente a Jesus Cristo, o qual perdoa e purifica nossos pecados no ato do arrependimento e da fé (Colossenses 1.13-14; I João

1.7-9). “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl 1.13). Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (Jo 1.8). “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (jO 1.9). A confissão também pode

ser mútua, conforme está escrito no livro de Tiago: “Confessai os vossos pecados uns aos outros” (Tg 5.16). Quando há mutualidade na confissão, não é necessário uma classe superior de pessoas competentes para ouvir a confissão dos outros. A confissão mútua não tem caráter expiatório, e sim didático, terapêutico e pedagógico. Todavia, a confissão mútua não deve inibir a confiabilidade. Não é para simples informação, nem para incriminar, é, sobretudo, para somar o amor, dividir a alegria e diminuir tristezas; é livrar-se do senti-

mento de culpa. Quem não pratica a confissão ignora a doença que tem, e adoece quem vive ao seu lado. A falta de comunicação pode se tornar uma doença. Em suma, a confissão é importante porque aumenta o conhecimento de si mesmo e do próximo, desenvolve a humildade, fortalece o caráter cristão, beneficia a consciência, enriquece o espírito, amplia a comunhão e produz frutos dignos de arrependimento. Deste modo, existe importância na confissão. Se você não a pratica, deve praticá-la de agora em diante.

Ordem e Progresso

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

O

rdem e Progresso é o lema que está escrito no centro da Bandeira do Brasil. Ordem, de

acordo com o dicionário, é a “Boa organização das coisas, sequência na qual as coisas seguem”. Progresso “É o movimento para frente, avanço”. Sonhamos com um Brasil bem organizado e que avance em todos os sentidos.

Ordem e Progresso não podem ser apenas um lema estampado na Bandeira Nacional, mas devem ser o desejo de todos os brasileiros. Sonhamos com um país em ordem e constante avanço. Cabe a cada um

de nós fazer a sua parte. A mudança no país começa a partir de mim, a partir de você. Gosto de um versículo bíblico que Paulo citou e está registrado em I Coríntios: “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Co 14.40).

Claro que o contexto deste versículo bíblico diz respeito à Igreja e a necessidade de ordem no culto, mas, como cristãos, devemos ser ordeiros em tudo. O apelo do apóstolo Paulo continua atualíssimo. Faça-se tudo com decência e ordem.


o jornal batista – domingo, 31/07/16

ponto de vista

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Construindo um templo - II Amurabe Farel Bernardes de Andrade – arquiteto, colaborador de OJB

A

bordamos, na edição do dia 03 de julho, a questão da regularização do terreno para construção. Levamos em consideração, também, a necessidade de verificação da legislação urbana para o local onde se pretende construir um templo. Então, agora, partindo do pressuposto que o terreno está completamente livre, desembaraçado, registrado em nome da Igreja, e que, para esse terreno foi projetado um templo que respeite os limites estabelecidos pela legislação para o local e que

atenda às necessidades da Igreja, analisaremos outros aspectos importantes: O projeto de arquitetura tem como objetivo traduzir para o papel o atendimento às necessidades do cliente, no caso, a Igreja. Define o uso dos espaços, as circulações, o fluxo de pessoas, a insolação e o dimensionamento dos ambientes. Define, também, a volumetria e a plástica da edificação. Servirá ainda de base para a elaboração de todos os outros projetos necessários para a construção de um templo: • Projeto estrutural; • Instalações elétricas; • Instalações hidro sanitárias; • Acústica e som; • Telefonia e dados;

• Prevenção de Incêndio e escape. Para cada item mencionado existe um conjunto de projetos envolvido, todos desenvolvidos por profissionais especializados em cada uma dessas áreas indispensáveis para a construção. Cada um desses projetos vai possibilitar saber o quantitativo de materiais a serem empregados. Por exemplo: no caso da hidráulica, desde a captação de água no hidrômetro da concessionária, passando pelos reservatórios de acumulação, até chegar aos pontos de utilização, as torneiras, todo o material necessário é dimensionado a partir do projeto. Com base nessas planilhas detalhadas de materiais de

cada área, será possível elaborar o orçamento geral da obra. O orçamento é peça fundamental para a programação da obra. Jesus utilizou esta ilustração narrada em Lucas, como requisito para ser Seu discípulo: “Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’” (Lc 14.28-30). A base para um orçamento bem feito, bem detalhado e com margem de segurança é dispor de projetos auxiliares feitos com o máximo rigor

técnico e detalhamento primoroso. Portanto, se vai construir, contrate profissionais competentes para desenvolver os projetos da sua Igreja. Todos os projetos são muito importantes para definir bem os custos e o cronograma de execução da obra. Prepare-se! Nota: Outros assuntos serão abordados neste espaço, como a preocupação com reúso de água, geração de energia com fonte eólica e solar. No entanto, persistindo dúvidas quanto aos temas aqui abordados, ou mesmo outras dentro do tema construção, utilizem este contato de e-mail: amurabe.andrade@gmail.com

“Seja Brasileiro!” Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB

N

o dia 03 de julho, Gabriela falou da sua participação no projeto missionário entre os refugiados, na Jordânia, organizado pela Missão Desafio. Na conclusão, enfatizou três pontos. Um deles foi: “Seja Brasileiro!”. Ou melhor: “Seja um cristão brasileiro!”. Nós, que crescemos evangelizando com métodos de massa, como “ar-livre”, “distribuição de folhetos”, “série de conferências”, “senso missionário”, “visitante na Igreja”, estranhamos uma ênfase dessas: “Seja Brasileiro!”. Na experiência de Gabriela não foi a mensagem poderosa que impactou as pessoas; não foi o fogo que desceu do céu e queimou

os pecados. Foi o abraço, o chorar junto, o ouvir, acolher, fazer parte. Os nossos irmãos árabes e futuros irmãos precisam de missionários que ouçam, abracem e ajudem a curar as feridas do coração, feitas pelos horrores da guerra e da perseguição dos radicais islâmicos. Essa foi a gratidão de um dos jovens à Gabriela e a toda equipe de brasileiros presentes no Projeto: “Obrigado por nos ouvirem!”. Com certeza, não foi difícil esta atitude, porque o brasileiro é especialista em acolher. Por isso, foi importante a presença do grupo de brasileiros entre os refugiados na Jordânia. A Junta de Missões Mundiais escreveu na Revista “A Colheita”, de maio a agosto de 2016, um artigo com o seguinte título: “Amizade: o

caminho para alcançar refugiados”. Vou reproduzir o trecho do artigo de Anna Thaís: “Para a cultura oriental, a amizade é para toda a vida. Não importa o que acontece, amigo é para sempre. Para alcançarmos o refugiado, precisamos ser seu amigo, lembrando que nossa motivação deve ser o Amor a Deus e ao próximo como a nós mesmos. Não devemos buscar começar uma amizade e ajudá-los se a intenção é a de que ele esteja na Igreja no domingo seguinte. O que irá atraí-lo a ir à Igreja é conhecer o Jesus que você reflete em cada momento que o está ajudando, seja conversando, tomando café ou jogando futebol. Você está sendo observado em tudo; as suas ações falam mais alto do que palavras.

Estas atitudes podem dar início a uma grande amizade e, assim, levar esperança aos corações sofridos”. Você pode não estar em contato com um refugiado hoje. Já são mais de sete mil no Brasil, com 66% deles concentrados na região Sul. Mas, o método da amizade é uma necessidade hoje para firmarmos relacionamentos e conseguirmos pregar o Evangelho. O mundo hoje está violento. Pessoas matam e morrem pelas mais diferentes razões. Na França, estavam preocupados com o homem-bomba na celebração cívica da Queda da Bastilha, quando surge um caminhão e atropela e mata tantas pessoas. Aqui, nós temos a “bala perdida”; na França existe o “caminhão perdido”. O certo é que aqui

também existem muitas pessoas sem esperança por causa da política desastrosa, da alta inflação e da corrupção. Então, o apelo faz sentido para você hoje: Seja brasileiro no Brasil; seja brasileiro na sua família, no seu emprego, entre seus amigos, e até na sua própria Igreja. Há muitas pessoas sem esperança e que precisam do Amor de Deus. Talvez você não consiga pregar em público ou ser um evangelista eficaz, mas, com certeza, sabe amar. Paulo disse que “A esperança (conseguida em Cristo pela fé) não nos decepciona, porque Deus derramou Seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que Ele nos concedeu” (Rm 5.5). Então, seja um cristão brasileiro: ame, acolha, abrace, ouça e transmita o Amor de Cristo.



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