OJB Edição 31 - Ano 2015

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 02/08/15

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXIV Edição 31 Domingo, 02.08.2015 R$ 3,20

o t s o g a e d o 1 doming a t s i t a B e t n e c s e l o d A o Dia d o

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o jornal batista – domingo, 02/08/15

reflexão

EDITORIAL

Deus quer que sejamos diferentes, não esquisitos

O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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á alguns anos, no interior do estado do Tocantins, aproximei-me de um senhor e puxei conversa com o cidadão de média estatura, moreno e já passado dos 40 anos de idade. Procurando compartilhar com ele o Evangelho, comecei a falar do amor de Deus, da pessoa de Cristo, do Plano de Salvação, quando ele me interrompeu e me encarou, e, carrancudo, perguntou-me: “Você é crente?”. E logo depois de minha resposta afirmativa, ele prosseguiu: “Mas, você bebe café?”. Quando respondi que sim, o homem esbravejou: “Então você não é crente coisa nenhuma, porque o crente que é crente mesmo nem café não bebe!”. Nunca mais esqueci aquela experiência inesperada, intrigante e triste. Por que será que tantas pessoas têm tal ideia dos cristãos evangélicos? De onde procede tal perspectiva? Apesar das caricaturas injustas dos evangélicos disseminadas atualmente, parte dessa imagem estranha vêm dos próprios “crentes”. Muitas vezes, porém, tais comportamentos extremistas procedem de pessoas sinceras e que amam a Deus. Como entender tal situação?

A verdade é que Deus ordena que o cristão não ame o mundo (I João 2.15). Por outro lado, o filho de Deus não pode sair do mundo (I Coríntios 5.10) e não deve perder sua liberdade e submeter-se à servidão legalista (Gálatas 5.1). Como lidar com essa tensão? A resposta está na própria atitude de Jesus. Vemos nos evangelhos que nosso Mestre e Senhor sempre esteve no mundo: ele participava de festas (João 2.1-11), foi chamado de comilão e de beberrão (Mateus 11.19) por seu comportamento social comum, foi criticado por estar na companhia de cobradores de impostos desonestos, os publicanos, (Marcos 2.16), aproximava-se dos pecadores (Lucas 5.30) e tinha coragem de conversar com mulheres de má fama, arriscando Sua reputação (João 4.9; Lucas 7.37-39). Apesar disso, Jesus nunca tolerou o pecado (Mateus 21.12), criticou a injustiça (Mateus 6.15), anunciou o juízo de Deus, condenou a hipocrisia religiosa (Mateus 12.34) e pregou uma mensagem muito dura (Mateus 5.20). Parece que muita gente tem achado que um bom cristão deve ser uma pessoa diferente dos outros na sua forma de agir. Quando o cristão é

um alienado, usa roupas estranhas, torna-se isolado, tem cara de bravo e parece que está “chupando limão” o tempo todo, muitos imaginam que aí está um “santo servo do Senhor”. As regras mais estranhas e desconhecidas pela própria Bíblia tornam-se padrão de espiritualidade: Usar gravata no culto, cortar a barba, não usar bigode, não ouvir música “do mundo”, usar penteados específicos, usar instrumentos musicais determinados, a obrigação (ou proibição absoluta) de bater palmas no culto, guardar dias “sagrados”, rejeitar certos alimentos não espirituais, trajes femininos especificados e dezenas de outras “leis” semelhantes. A grande verdade é essas questões pequenas são irrelevantes e nada têm a ver com o ensino de Jesus. Na verdade, trata-se de uma distorção do cristianismo bíblico e representam uma fuga da real responsabilidade do povo de Deus nesse mundo de trevas. É possível tornar-se uma pessoa estranha e esquisita, cheia de maneirismos religiosos, e ainda assim “amar o mundo”. Amamos o mundo quando buscamos poder, pomos o nosso ego como centro da vida e temos como alvo aquilo que as pessoas desse mundo mau tanto

desejam. O fato é que não precisamos ser diferentes das demais pessoas. Devemos agir como seres humanos normais que comem arroz com feijão, ouvem a previsão do tempo, ouvem notícias, conhecem futebol, música, arte, ciência, etc. A diferença deve estar em nossos valores, em nossa ética e em nossa atitude misericordiosa e amorosa. Sejamos diferentes: rejeitemos a imoralidade sexual, condenemos o aborto e a exploração infantil, vamos denunciar e criticar todo tipo de injustiça e de maldade, deixemos de ser consumistas tolos, vivamos para as nossas famílias, perdoemos quem nos odeia e nos prejudica, rejeitemos subornos e propinas, lutemos contra a tentação da riqueza, da ostentação e da vaidade, choremos pelos perdidos. Não seja um sujeito estranho e, ao mesmo tempo, igual aos demais descrentes, meu querido irmão; torne-se, cada dia, bem diferente do padrão desse mundo. Não seja um “alienígena”, pois Deus quer que sejamos diferentes, e não esquisitos. Luiz Sayão, diretor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, pastor da Igreja Batista Nações Unidas - SP


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MÚSICA Rolando de Nassau

“Eclésia” e banda em concerto erudito

(Dedicado ao leitor Luiz Alencar da Silva, de Brasília - DF)

À

noite da quinta-feira, 07 de maio de 2015, o Coral “Eclésia” e a Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro realizaram um excelente concerto erudito. Na série, intitulada “Música de Primeira” e inaugurada em 2009, este foi o 63º concerto, para comemorar o centenário (1915-2015) do Coro da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro. Tivemos o privilégio de conhecer os regentes Daniel Cordes, Egydio Gióia, Arthur Lakschevitz, Regifredo Sarno, Guilherme Loureiro, Levino Alcântara, Natanael Mesquita e Marília Soren. Em 21 de março de 1967 passou a denominar-se “Coral Eclésia” e a regência foi assumida pela maestrina Anna Campello Egger. A Banda Sinfônica foi criada em 30 de outubro de 1896; atualmente é regida pelo maestro capitão Aurimar Bento Donato. A apresentação desses grupos coube ao ministro de música da PIB-RJ, maestro Eduardo Transcoveski Gonçalves. Na primeira parte (30 minutos), a Banda Sinfônica exibiu seu profissionalismo e sensibilidade. 1. “Candide” (abertura), de Leonard Bernstein (1918-1990) Os maiores sucessos de Bernstein foram: no teatro musicado “West Side Story” e “Candide”, e na música

de concerto, as sinfonias esforçando para obter seu “Jeremias” e “Kaddish”. Na estilo. década de 90 assistimos a encenação de sua opereta 4. “A Criação” (recitativo cômica no Teatro Municicom coro, “Terra e Céu”, “Im Anfange schuf Gott pal do Rio de Janeiro. A Himmel und Erde”), de “abertura”, a mais execuJosef Haydn (1732-1809) tada, é uma peça alegre e O tenor Gilberto Silva e o burlesca (ver: OJB, 23 abr coro descrevem “o princí1989). pio”; à voz do solista, ligei2. “Suíte”, opus 28, de ramente suspensa, solene Gustav Holst (1874-1934) por causa do silêncio do amNão conhecíamos essa biente universal, junta-se a “suíte”, composta em 1909. proclamação do coro, diante Holst tocava trombone numa do brusco surgimento da luz, orquestra escocesa e sofreu segundo Gênesis 1.1-3 (OJB, forte influência da música 13 mar 94). folclórica. A obra começa por uma “chaconne”(dança do 5. “Missa de São período barroco), passa por Nicolau” (Gloria), de um “intermezzo”(interlúdio J.Haydn (1732-1809) entre os atos de uma ópeUma vez mais, Haydn esr a ) e t e r m i n a c o m u m a creveu uma missa muito di“marcha”(combinação de ferente de todas as precedenmelodias). tes. Composta rapidamente em 1772, foi executada na Áustria à noite de 06 de de3. “Lo Schiavo” (“Alvorada”), de Carlos zembro, em homenagem ao Gomes (1836-1896) príncipe Nicolau Esterházy. Nessa ópera, estreada em O “Gloria”, interpretado com 1889, alusiva à abolição coro pela soprano Lídia Sanda escravatura, Carlos Go- tana, é envolvido em uma mes demonstrou sua aptidão atmosfera otimista. Neste para a técnica europeia de trecho, começamos a sentir composição sinfônica, sem a falta de um órgão de tubos. desprezar o instrumental Em 1980, quando ouvimos percussivo característico da o órgão tocado em Oxford música de índole brasileira. por Christopher Hogwood, A “Alvorada”, como prelú- acompanhando a execução dio para o 4º. Ato, compos- desta missa, sonhamos com to em Milão (Itália), acaba o da PIB-RJ, que só chegaria expondo a intensa cor local, em 1993. vista pelo compositor pouco 6. “São Paulo” (“Dou depois de ter chegado ao Brasil (ver: OJB, 20 abr 86). graças a Ti, Senhor” – “Ich Um bombeiro músico tocou danke dir, Herr”), de Felix com muita propriedade o Mendelssohn (1809-1847) Este oratório, composto seu trompete. Depois de um intervalo (15 em 1836, foi um marco na minutos), na 2ª parte, duran- história da música coral alete 30 minutos, coro e solistas mã por restaurar a dignidade demonstraram que estão se dessa forma musical. Efi-

simpática, Haendel atraiu quase todos os judeus de Londres para um teatro em Covent Garden (ver: Christopher Hogwood, Handel, p.208. London: Thames and Hudson, 1988). Depois de uma marcha, o coro executa “A Deus cantai” (“Sing unto 7. “Elias” (“Então, a God”). Tua luz romperá” – Na 3ª parte (15 minutos) “Alsdann wird euer coro e banda executaram Licht hervorbrechen”), de duas das mais importantes e Felix Mendelssohn (1809- conhecidas obras da música 1847) sacra erudita. Composto em 1846, este poderoso coro, quase ope10. Cantata BWV-147 (“És Jesus minha alegria” rístico, no estilo handeliano, – “Jesus bleibet meine finaliza o oratório (ver: OJB, Freude”), de Johann 23 out 1977 e 08 mar 87). Sebastian Bach (1685-1750) O trecho coral pertence 8. “Requiem” (“Os à Cantata “Coração e boca, santos louvam”), de atos e vida” (“Herz und Wolfgang-Amadeus Mund und Tat und Leben”). Mozart (1756-1791) No trecho escolhido, o Os recitativos são baseados “Eclésia” deu uma notável em Isaías 11.1-5 e Lucas interpretação do clima dra- 1:39-56. Finalizando a canmático que cerca esta obra de tata, estreada em Leipzig Mozart; na verdade, somente em 02 de julho de 1723, no “Introitus” e no “Kyrie” a temos o coral cuja melodia é autoria é totalmente dele; as equivocadamente conhecida demais partes foram compos- pelas palavras “Jesus, alegria tas por seu discípulo Franz dos homens”. O “ritornello” Süssmayr (ver: OJB, 14 nov (breve passagem recorrente) assegurou a celebridade da 1957 e 17 set 59). obra; é uma das melodias mais populares de toda a 9. “Judas Macabeus” música erudita (ver: Alfred (“A Deus cantai”Dürr, As cantatas de Bach, “Sing unto God”) de Georg Friedrich Haen- pp. 979-987. Bauru, SP: Edusc, 2015). del (1685-1759). “Messias” (“Aleluia) Em 16 de julho de 1959, Já escrevemos 13 artigos pela primeira vez, ouvimos este oratório que celebra a sobre Haendel e este oratóvitória inglesa, em abril de rio; o mais recente foi pu1746, sobre os escoceses blicado na edição de 03 de que lutavam pela indepen- maio de 2015. Parabenizamos Anna Camdência da Escócia. Haendel começou a composição pello Egger e seus liderados quando certificou-se da vitó- por seu belo exemplo de ria. Um judeu é apresentado idealismo, tenacidade e encomo herói; com esta atitude tusiasmo. cientemente executada pelo barítono Ezequiel Decotelli, a ária foi completada pelo coro no trecho “O Senhor limpará toda a lágrima” – “DerHerr wird die Tränen von allen Angesichtern abwischen”.


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Pare o mundo que eu quero descer, não sou daqui! Jeferson Cristianini, colaborador de OJB

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are o mundo que eu quero descer! Desculpa pela primeira pessoa do singular. Não sou como muitos jovens, sei disso. Sinto-me um velho novo, ou vice-versa, sei lá. A cada dia eu percebo que não sou desse mundo. Não sou alienígena, mas me sinto como se fosse. Sou ser humano como todos os outros, mas ando me sentindo tão deslocado no mundo, aqui na Terra, que, por vezes, a sensação é que não sou daqui. Isso sedimenta minha convicção pessoal através da fé cristã que não estou aqui nessa Terra para passear, para desfrutar do prazer de beber uma Coca-Cola gelada, de ganhar dinheiro, de ter um iPhone, de viajar para Paris, de poder ostentar grana e fama. Estou aqui por uma missão. Deus tem um propósito para minha existência, mesmo antes de nascer. O fato é que tenho me sentido deslocado e estranho aos rumos que a maioria, ou grande parte dos jovens ao meu redor estão dando às suas vidas. Conheço muitos jovens que desprezam as ricas oportunidades da vida para relacionamentos afetivos por conta de um curso, de uma viagem, de um intercâmbio e/ou de uma carreira. Vejo muita gente perdida sem saber o que fazer, o que estudar porque ficou preso àqueles métodos de avaliações vocacionais e não buscaram a Deus em oração para saberem como o Senhor de Suas vidas deseja usá-los. Percebo uma apatia em relação aos

temas importantes da vida humana, um desligamento do engajamento social e/ ou em questões que podem mudar e/ou ajudar a vida das pessoas. Percebo que a vida de muitos é focada em si mesmo, em seus planos, seus sonhos, suas metas, suas vontades, e parece que a vida gira em torno deles, daí me preocupo. Oro por eles. Percebo um enorme contingente de jovens desperdiçando dinheiro ao pagar os boletos da faculdade, pois muitos só querem o diploma. E o que você faz com um diploma hoje? Desperdiçam tempo indo para faculdades, entram quando querem, pedem para o amigo assinar a lista de presença, saem mais cedo para curtir um drink no barzinho badalado da cidade, cancelam as aulas de quinta e sexta para sairem no “rolê” com os amigos. Desperdiçam suas vidas com projetos fúteis e pessoais e nada fazem pensando no próximo, no coletivo, no bem-estar social, na melhora da vida humana. Percebo que somos uma geração narcisista, onde somos avaliados pela quantidade de “curtir” da foto do último post. Narcisistas porque selecionamos a melhor foto e queremos ostentar o que temos, as marcas de grife que usamos, o local que estamos, pois dá status. Queremos ostentar que somos conscientes em relação às discussões ambientais, mas gastamos muito tempo no banho. Queremos vender uma imagem de que somos espirituais, afinal de contas, de vez em quando participamos de um evento religioso, postamos um verso bíblico ou um pensamento cristão.

Percebo que somos imediatistas ao extremo. É redundância falar que nossa geração é imediatista, mas é a verdade. Queremos tudo para ontem, queremos sugar tudo do tempo chamado “hoje”, queremos ser felizes, curtir tudo, aproveitar cada momento, viver intensamente as emoções como se não houvesse amanhã. Queremos viver como se todos os dias fossem sexta e sábado, dias de gandaia, como se todos os dias fossem férias, e como se fôssemos celebridades. Somos imediatistas ao ponto de pensarmos e acreditarmos que seremos felizes e que a qualquer momento uma pessoa linda e maravilhosa cairá em nosso colo. Tão imediatistas que perdemos a noção de que relacionamentos saudáveis, nutridos de afetos, levam tempo, exigem abnegação e dedicação. Pensamos que tudo estará pronto a qualquer momento, a partir de um clique. O mundo (a sociedade) está girando e tomando um rumo, no mínimo, esquisito. Meu diagnóstico é: não sou daqui. Gosto da franqueza de C.S. Lewis, quando disse :“Eu descobri em mim mesmo desejos dos quais nada nesta Terra pode satisfazer. A única explicação lógica é que fui feito para outro mundo”. Não consigo mais me relacionar com coisas fúteis, me distrair com aparatos tecnológicos, me entreter com a agenda contemporânea capitalista. Pare o mundo: quero descer. Não quero seguir o fluxo, quero mesmo é nadar contra a correnteza. Quero ser chamado de retrógrado por querer amar. Ser chamado de sonhador ou utopista,

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Esperança em Deus, com força e coragem “Esforçai-vos, e ele fortalece- Ele mostrou, de modo mará o vosso coração, vós todos ravilhoso, o Seu amor por que esperais no Senhor” (Sl mim” (Sl 31.21). Esperar em Deus consiste 31.24). em fortalecer nossa memória queles que amam de todas as vezes, grandes a Deus, diz Davi, ou pequenas, em que nossas são cercados pelos soluções vieram dEle. Temos inimigos do bem. a tendência de esquecer. Os Como a maldade do mundo problemas vividos no presente é grande e constante, a con- escurecem até nossas alegrias fiança em Deus não deve ser do passado, quando sentimos tímida. Diz o texto: “Sejam a presença do Senhor, em plefortes e tenham coragem, na adversidade. Daí a orientatodos vocês que põem a sua ção do salmista – nosso modo esperança em Deus, o Se- de esperar em Deus deve ser com força e coragem. Ainda nhor!” (Sl 31.24). Esperar em Deus não deve que pareça absurdo, é no meio ser a postura idealista daque- das trevas que a luz de Deus les que são inexperientes. mais nos ilumina; quando nós Deve ser a consequência de deixamos que ela nos guie. É todas as vezes, ainda que neste contexto que o Senhor pequenas, em que o Senhor deu vitórias, durante as fraginos socorreu e nos livrou: lidades de Paulo, afirmando: “Quando os meus inimigos “A Minha força se aperfeiçoa me cercaram e me atacaram, na fraqueza” (II Co 12.9).

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mas quero viver por e com meus amigos. Quero investir tempo nos meus amigos e nas minhas relações afetivas. Quero marcar as vidas que estão ao meu redor. Quero ser marcado por vidas que, de fato, valem a pena ser imitadas, pois refletem a Cristo. Quero lembrar-me todos os dias de que não sou daqui e que meu local de depósito não é o caixa eletrônico e, sim, a eternidade. Quero viver as coisas do alto, onde Cristo está. Que-

ro não perder de vista que não sou daqui, para não viver de forma irrelevante. Quero lembrar que Deus me deu a vida para que eu cumpra Seu propósito. Quero viver intensamente com Jesus, meu Senhor e Salvador, ao ponto de ser sal e luz deste mundo. Enquanto aqui viver, quero viver para Ele, refletindo a imagem dEle e suprir os meus desejos pelo Reino dEle. A Jesus seja a glória para sempre. Amém.

Vontade de Deus Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

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ada vez que leio os Evangelhos fico maravilhado com os ensinos de Jesus; admiro a sua dependência do Pai. No Getsêmani, um pouco antes de ser preso e levado à Cruz, Jesus Cristo foi orar ao Pai para que, se possível, passasse dele aquele cálice. Precisamos aprender com Jesus a aceitar a vontade de

Deus em nossas vidas. Ele expressa-se da seguinte forma, em sua oração: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice. Todavia, não seja como eu quero, e sim, como Tu queres” (Mt 26.39b); no verso 42 ele diz: “Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a Tua vontade” (Mt 26.42b). Quando Jesus ensinou os seus discípulos a orar em Mateus, ele disse: “Venha o Teu

Reino; faça-se a Tua vontade, assim na terra, como no céu” (Mt 6.10). A oração dEle traz para nós a necessidade de dependermos do Pai e aceitarmos a vontade de Deus. A vontade dEle deve prevalecer sempre, não podemos exigir nada. Quando Paulo escreveu aos Romanos no capítulo 12, ele disse: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente para que experimenteis qual seja a boa,

agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Quando entendemos que a vontade de Deus para nós é sempre boa, agradável e perfeita, nos submetemos com alegria. Deus sempre deseja o bem para os seus filhos. Quando observamos alguns líderes do século XXI que pregam uma mensagem totalmente diferente da que Jesus ensinou, ficamos com pena dos seguidores. Infelizmente, muitos têm ensinado

que é necessário exigir de Deus, ensinam que não devemos orar e usar a expressão “Seja feita a Tua vontade”, porque demonstra falta de fé. Quanta ignorância bíblica! O Novo Testamento deixa bem claro que precisamos ser submissos a vontade de Deus. Que possamos olhar e observar nas Escrituras como Jesus viveu, sua dependência do Pai em tudo e, ao ler, que possamos colocar em prática em nossas vidas também.


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Vinte reais Carlos Henrique Falcão, colaborador de OJB

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uisa iniciou a sua mensagem no mês dos jovens do ano passado alertando à Igreja que era uma dinâmica para ilustrar a sua palavra. Ela tirou da Bíblia um pequeno envelope azul e perguntou: “Quem quer comprar o meu envelope por R$ 20,00 (vinte reais)?”. Fez uma pequena propaganda: “É bonitinho, novinho, não se parece com aqueles envelopes brancos que você posta dos Correios e você não vai se arrepender”. Silêncio. Ninguém se aventurou. Ela insistiu até o Aristeu, seu pai, se levantar e comprar o envelope azul pelo valor pedido. Ela enfatizou que não poderia

desfazer a compra e avisou a todos que ele não sabia do que se tratava. Quando abriu o envelope diante da Igreja ele viu que dentro havia R$ 50,00 (cinquenta reais). A reação da congregação foi imediata: “Se eu soubesse teria comprado o ‘envelope azul’. Luisa pregava sobre a experiência de Moisés no deserto ao contemplar a sarça que não era consumida pelo fogo. Para se aproximar e verificar o que estava acontecendo Deus pediu que ele tirasse as sandálias porque aquele lugar era santo. A sandália indicava que Moisés era o senhor e não o servo. Era a sua segurança para andar nas areias quentes e em lugares pedregosos. Deus tinha um novo projeto e queria que

Moisés participasse comandando tudo. Então Deus pediu a confiança de Moisés: “Tire a sandália e confie em mim”. Usando a ilustração da Luisa, Deus disse a Moisés: “Eu tenho um envelope azul que vai custar a sua sandália. Você não poderá desfazer o acordo e terá que ir até o fim. Você aceita?”. Como saber o que estava dentro do envelope? Como explicar às pessoas o conteúdo do envelope? Esta foi a luta da Deylsa. Saiu de casa com vinte reais dado pelo esposo com a recomendação de não gastar com qualquer coisa. Como chegar em casa sem os vinte reais e com um envelope azul e convencer o Rogério de que fez um bom negócio? Não dá pra saber o que está no envelope de

Deus. Ele também diz: “Você aceita? Eu tenho dentro dele muito mais do que você pode imaginar. Você não vai se arrepender do que irá ser. Mas, você precisa confiar em mim e se entregar completamente a mim”, diz Deus. Foi assim com Abrão. Deus disse: Tenho um envelope que se chama Canaã, você aceita? Terá que deixar a sua terra, a sua parentela e partir para a terra que te mostrarei. Vou fazer de você um grande povo. Ele aceitou. Foi assim também com o medroso Gideão; com Davi, o homem segundo o coração de Deus; Eliseu, o profeta que aceitou o convite de Deus feito por Elias, e muitos outros que aceitaram o convite de Deus sem ter a segurança de saber o resultado. Maria quase

perguntou para o anjo: “O que tem dentro do envelope?”. No lugar da pergunta, disse: “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a Tua Palavra”. Foi o que Jesus fez com Simão e André durante uma pescaria: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens”; e o grande Saulo? O perseguidor dos cristãos, foi conduzido pela mão para dentro de Damasco em obediência à voz sobrenatural de Deus. Aceitar o envelope de Deus indica ter confiança nEle. É saber que a vida dedicada ao serviço de Deus é gloriosa e sem volta. Não é possível se desfazer desta vida. Você está disposto a aceitar o envelope de Deus? Aceite e saberá o seu conteúdo. Não vai se arrepender.

O tempo das respostas de Deus Celson de Paula Vargas, pastor da Igreja Batista Monte Moriá - Volta Redonda - RJ “Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o filho do homem está sendo entregue” (Mt 26.44-45).

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resposta de Deus a seu filho Jesus, finalmente veio após longa noite de orações desse, pedindo que, se possível, o livrasse dos sofrimentos da cruz e de ter sobre Si nossos pecados. A perseverança de Jesus em oração nos ensina que assim devemos fazer em nossas petições ainda não respondidas pelo Pai, porque: 1) O tempo de Deus não é o nosso tempo - Somos, por natureza, precipitados e ansiosos. Não gostamos de esperar. Isso

pode nos levar a obter algo que ainda não necessitávamos em prioridade ou ainda não estávamos preparados para tê-lo, ou ainda querendo o que Deus não quer para nós. O Senhor nos responderá a Seu tempo, como fez a Jesus, mediante nossa perseverança em oração. 2) A oração perseverante prova nossa fé - Quando insistimos em algo é porque acreditamos naquilo. Deus contempla isso em nossas orações. Nossa perseverança em orarmos por algo não atendi-

do é vista pelo Senhor como prova de nossa fé, no seu poder e justiça. “E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis” (Mt 21.22). 3) A oração perseverante revela uma autêntica comunhão com o Pai - Oração é o completo diálogo com Deus. Falamos com Ele e, paciente e confiantemente, aguardamos Sua resposta. Na constância de oração se estampa: nossa humildade e limitações, nossa dependência do Pai, nosso reconhecimento de que Sua

vontade é a melhor para nós. Nela obtemos a paz, consolo, orientações, curas, perdão e salvação. Oração não é reza ou ladainha, vãs repetições, lengalenga por mediação de santos, mas, sim, diálogo dinâmico e direto com Deus em nome de Jesus. “...Em verdade, em verdade vos digo que tudo que pedirdes a meu Pai, em meu nome, Ele vos dará” (Jo 16.23). Ore, nunca desista de pedir ao Pai aquilo que você crê que seja uma necessidade sua. Há o tempo das respostas de Deus, creia nisso.

Príncipe e princesa Eusvaldo Gonçalves, colaborador de OJB

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om o passar dos séculos a vida humana tem passado por mudanças radicais. Desde que me conheço por gente, há mais de 70 anos, o conceito de família era outro. A modernização se encarregou de fazer mudanças em todas as áreas em torno do indivíduo. Nos tempos bíblicos, os pais procuravam casamento aos filhos, como no caso de Isaque, com as recomendações para que não houvesse casamentos mistos entre o povo de Israel. Com o passar do tempo esses costumes deixaram de ser válidos, como vemos no caso de Sansão, que casou com uma moça do povo inimigo, que resultou em sua própria morte.

Também nos tempos bíblicos era costume a mãe apresentar os filhos a Deus para o uso dos seus propósitos e vontade; foi o caso de Ana, que entregou a Deus o seu Samuel, que não cuidou dos filhos que não foram aceitos como líderes. A medida que evoluímos, as famílias diminuem, os propósitos deixam de ser a prioridade espiritual e as consequências são inevitáveis; na falta de dedicação, à dúvida da salvação e, tantas outras. E por se multiplicar a ciência, na filosofia, na religião, na hipocrisia, na incredulidade e no cumprimento bíblico, o amor de muitos esfriará. Davi, o grande Rei, tinha um reinado maravilhoso até que o deixou ocioso, e o pecado da incontinência o alcançou, ele cometeu adulté-

rio, e um crime com a intensão de matar. São exemplos que temos nas Escrituras e no mundo que nos leva a ver até onde vai a extensão do pecado de Adão. Paulo diz que todos pecaram e foram separados da Glória do Pai. Noé, que achou graça aos olhos de Deus, que preservou ele e sua família, após as águas baixarem fez um altar, glorificou a Deus, plantou uma vinha e embebedou-se, amaldiçoando o filho menor; e o ser humano continua enganando e sendo enganado pelo diabo em todos os tempos. Mas, fico feliz quando vejo o amor se propagando entre os seres humanos, como na história do casal que veio estampado na Revista A Pátria para Cristo com uma história emocionante, de vidas sendo resgatadas das mãos do diabo por anos e anos.

Todos estes problemas têm, como causa, pelo poder público, como social; pela medicina, doença; pela filosofia, evolução; pela religião, desconhecimento; mas, a Bíblia chama de pecado. Paulo relata no primeiro capítulo de Romanos que não só os que praticam, mas também os que consentem. O profeta Isaías, no capítulo 59 diz que o pecado separa como uma parede o ser humano de Deus, como castigo da incredulidade de Caim, que seguiu por caminhos que não são os caminhos de Deus. Mas, quando chegamos a uma encruzilhada dos nossos caminhos e a vontade de Deus, temos que fazer uma escolha. Lucas nos conta a parábola do filho pródigo que, ao sentir-se nesta encruzilhada, recebe do Espirito Santo uma

força para levantar-se e tomar esta atitude de ir ter com o Pai. Quando isso acontece, nos sentimos como apenas um jornaleiro do rei, mas o Pai nos põe um anel no dedo, nos veste com roupas reais e no céu é feito uma festa pelos anjos, por um filho que se arrepende. Tudo isso aconteceu na minha vida há mais de 50 anos, e o jornaleiro que foi feito príncipe vem falando do amor do Pai, que continua olhando ao longe, esperando que outros filhos venham. Abordamos o amor longânimo de Deus, esperando a volta de pessoas resgatadas como Lodemir e Eliene, que foram recebidos como uma família. Agora, não são mais aqueles dependentes, são filhos do Rei, são príncipe e princesa, para o louvor da Sua graça, glorificando ao Reis dos Reis.


6 vida em família

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Gilson e Elizabete Bifano

Árvore genealógica

P

or ter entrado com o meu pedido de reconhecimento de cidadania italiana, por ser bisneto de italiano, tenho me dedicado a estudar as origens dos meus antepassados. Não somente estudar, mas buscar em vários cartórios certidões de nascimento, casamento e óbito. Lendo as certidões a gente conhece as “causas mortis” e o tempo que viveu cada antepassado. Do meu neto Theo, hoje com três aninhos, até o mais longínquo antepassado Bifano vivido na cidade de Torraca, na Província de Salerno, já cheguei, em minha árvore genealógica, a oito gerações. Quando vejo os nomes dos meus antepassados que já morreram fico a pensar na brevidade da vida e o legado que podemos deixar para as futuras gerações. No futuro, meus descendentes terão em suas mãos minha certidão de óbito. Por mais difícil que seja escrever isso, é a pura verdade. Se não é possível evitar o óbito, o que podemos fazer para que sejamos uma boa lembrança para aqueles que nos sucederão? O maior legado que podemos deixar, sem dúvida, é a fé. Deus quer que cada um de nós deixemos para a próxima geração o bastão da fé cristã. Como em uma corrida de revezamento 4x10, em que cada atleta passa o bastão para o atleta seguinte, devemos também ser diligentes nesta tarefa. Isso, infelizmente, não aconteceu na geração que sucedeu a Josué, quando o povo de Israel entrou na terra prometida. Diz a Bíblia: “E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel” (Jz 2.7-12).

Muitos se preocupam e se desgastam tanto para deixar bens materiais, que estes tendem a se perder, no máximo, na terceira geração, quando não na segunda. Fazendas, apartamentos, carros, dinheiro, barras de ouro, ações não irão conosco para a eternidade. Somente vidas, alcançadas pela Graça de Jesus é que entrarão no céu. Outro esforço que devemos fazer é deixar um legado moral. Minha fé em Cristo foi transmitida por minha mãe, que já está nos céus. Dos Bifanos herdei o legado da honestidade. Não há, em nenhum antepassado meu, histórias que denigrem quando o assunto é, por exemplo, integridade financeira. Este é um outro legado que devemos deixar para os nossos descendentes. Este foi o mesmo legado que Jó deixou para os seus filhos. Em Jó 1.1, a Bíblia diz que este patriarca era um homem justo, íntegro e que se desviava do mal. A terceira preocupação que devemos deixar, na minha opinião, é a herança de apego às instituições, como do casamento, por exemplo. Não vi, em nenhum dos meus antepassados, história de divórcio, por exemplo. Está comprovado, através de genogramas, que os descendentes, inconscientemente, copiam as histórias dos seus antepassados. Em famílias em que há história de divórcios, a tendência é repetir este modelo nas gerações seguintes. O mesmo se aplica em relação a dependência de álcool, adultério, imoralidade sexual. Tenhamos estas verdades em mente para que os nossos descendentes só tenham de que se orgulhar de nós, que um dia deixaremos este mundo e entraremos para a história da nossa família. www.ministeriooikos.org.br

reflexão

Ideologia de Gênero Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27).

G

ênero é aquilo que identifica a identidade sexual das pessoas. Existe o gênero masculino e feminino, e isso é determinado com o nascimento da pessoa. Entretanto, a “Ideologia de Gênero”, como disse o papa emérito Bento XVI em um discurso à cúria romana em 2012, o uso que estão fazendo da palavra “gênero”, pressupõe uma “nova filosofia da sexualidade”, ou seja, o gênero é tratado como se não tivesse qualquer relação com o sexo da criança que nasceu. A Ideologia de Gênero, portanto, é a “Ideologia da Ausência de Sexo”, uma crença, segundo a qual os dois sexos, masculino e feminino, são considerados construções sociais e culturais. O que pretende essa ideologia? Primeiro, pretende transferir para o Estado o direito de ensinar valores morais para as crianças, independente da opinião dos pais, o que é bastante conveniente para os propósitos seguintes. Depois incluir nos planos de educação nacional, estadual e municipal os princípios dessa ideologia, conferindo-lhe certa legalidade. Para, finalmente, incutir na cabeça dos nossos filhos

a ideia de que eles podem escolher ser menino ou menina, independente do seu sexo biológico. Segundo essa ideologia, o sexo deixa de ser um elemento dado pela natureza e passa a ser um papel social escolhido pelo indivíduo. Do ponto de vista religioso, veja o que disse a socióloga alemâ Gabriele Kuby: “A Ideologia de Gênero é a mais radical rebelião contra Deus: o ser humano não aceita que é criado homem e mulher, e por isso diz: ‘Eu decido! Esta é a minha liberdade!’ - contra a experiência, contra a natureza, contra a razão, contra a ciência. É a perversão final do individualismo: rouba ao ser humano o que lhe resta da sua identidade, ou seja, o de ser homem ou mulher, depois de se ter perdido a fé, a família e a nação. É uma ideologia diabólica: embora toda a gente tenha uma noção intuitiva de que se trata de uma mentira, a Ideologia de Gênero pode capturar o senso comum e tornar-se em uma ideologia dominante do nosso tempo”. Do ponto de vista jurídico, como bem explicou Beatriz Kicis, advogada e procuradora do Distrito Federal, em um vídeo postado nas redes sociais, o Congresso Nacional, ao tratar do Projeto Nacional de Educação, afastou completamente qualquer referência à “Ideologia de Gênero”. Também falou do Tratado de São José (Convenção Americana de Direitos Humanos),

norma supra legal, que prevê no seu artigo 12 inciso IV, o seguinte: “Aos pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito a que seus filhos e pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções”. Também citou a nossa Constituição Federal; no artigo 229 diz que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores. Ainda fez menção ao artigo 1634 do Código Civil Brasileiro, que diz que compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores, dirigir-lhes a criação e educação. Assim sendo, não cabe ao Estado ocupar o lugar da família na educação das crianças. Como disse Mário Sérgio Cortella em um vídeo no Youtube, não podemos confundir educação com escolarização. A educação é a formação de uma pessoa, e ela cabe aos pais. A escolarização é uma parte da educação que cabe ao Estado no sentido de ajudar os pais na educação dos filhos, mas nunca substituí-los. Portanto, o papel do Estado na educação é secundário e deve respeitar os limites da lei para não ferir o princípio constitucional da legalidade (Art. 37 caput da CF/88). Referências http://sofos.wikidot.com/ideologia-de-genero https://www.youtube.com/ watch?v=RHaXF7ryyhw https://www.youtube.com/ watch?v=FNEN3eJ8_BU


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missões nacionais

Saiba mais sobre o Projeto Missionário entre os indígenas Kaingang

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Missionários no Ceará recebem caravana de Igreja do Rio de Janeiro

O casal de missionários celebra o avanço do Evangelho entre esse povo

Redação de Missões Nacionais outros”, conta o missionário. Pastor Ray e sua esposa, Lupastor Ray Miller, ciana da Conceição, trabalhamissionário en- ram durante muitos anos entre tre os indígenas os indígenas Kaingang no Rio Kaingang no Sul Grande do Sul. Durante sete do Brasil, participou de um anos, eles revitalizaram uma evento da Coalizão Brasileira Igreja e plantaram outra Igreja. de Esportes, em parceria com Neste ano de 2015, eles receos Atletas de Cristo. Ele conta beram o desafio de plantarem que tem trabalhado o esporte novas Igrejas entre os indígenas dentro da reserva indígena que estão em Santa Catarina. “Estamos aqui desde janeiro Condá, em Chapecó - SC. Três indígenas participaram de 2015, mantendo relacionado treinamento com o pastor mento com este povo que tem Ray, em Porto Alegre - RS. a mesma etnia com a qual tra“Foi uma oportunidade re- balhamos no Rio Grande do levante para estes indígenas. Sul. Apesar dos desafios, teTodos foram capacitados nes- mos um bom relacionamento te treinamento e receberam com eles e estamos apresencertificado de conclusão de tando a eles a Bíblia do Velho 60h, podendo assim treinar Testamento, na língua deles. E

O

isto tem sido um ponto positivo. Estes três indígenas que fizeram o curso moravam em Nonoai - RS e eu já vinha trabalhando com eles. Eles se mudaram para esta aldeia de Chapecó e estão sendo uma ‘porta de entrada’ para nós”, relata pastor Ray. A esposa dele, Luciana, planeja entrar com o Evangelho na escola indígena. Interceda por esta obra missionária, a fim de que mais vidas sejam alcançadas pelo Evangelho. Os missionários receberão, entre os dias 11 e 18 de outubro, a Trans Crianças Indígenas, que será uma grande oportunidade para evangelização das crianças e de todo o povo desta aldeia.

Uma das atividades que foi realizada com as crianças nos bairros de Varjota, Jacarecanga e Tatumundé

Redação de Missões Nacionais

U

ma caravana da Igreja Batista Memorial da Tijuca - RJ impactou vidas em Fortaleza - CE, onde estão os missionários Izaías Emídio e Ariene Machado. A Igreja é parceira deste missionário, por meio do PAM Brasil, há mais de 25 anos. A caravana realizou diversas atividades sociais e

evangelísticas para adultos e crianças das três frentes missionárias nos bairros de Varjota, Jacarecanga e Tatumundé. Louvamos a Deus porque, mais uma vez, o apoio da IBMT contribuiu para que o Evangelho alcançasse vidas no campo missionário. Interceda para que os frutos deste trabalho permaneçam firmes e para que cada vez mais Igrejas visitem os campos missionários.


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notícias do brasil batista

Adolescente Batista Carioca (ABC)

Marcus Vinicius Cabral, coordenador executivo de Adolescentes da Convenção Batista Carioca Nossa História Segundo dados históricos, o Departamento dos Adolescentes Batistas Cariocas (ABC) realizou o primeiro “Congressão” em 1963. Antes mesmo de se tornar um departamento ou uma divisão organizacional da nossa Convenção Batista Carioca (CBC), já haviam diversas atividades que eram desenvolvidas pelos adolescentes e coordenadas por irmãos, que muito contribuíram para a formação, progresso e consolidação deste departamento. A organização dos Adolescentes Batistas Cariocas foi oficializada apenas em 1965, quando nasceram as cinco primeiras Associações de Adolescentes: Diamante, Prata, Ouro, Rubi e Topázio, porém, organizada somente no ano de 1980 como um departamento do Conselho de Planejamento e coordenação da Convenção Batista Carioca. A sua liderança e a Diretoria de Atividades eram eleitas de dois em dois anos, sempre na ocasião do Congresso Geral - “Congressão”. Em 1990, por decisão da Assembleia da Convenção Batista Carioca, tornou-se uma divisão da Juventude Batista Carioca, e em 1999, voltou a ser um departamento independente. Hoje com a UFMBC,

UMMBC e JBC, os Adolescentes Batistas Cariocas fazem parte do departamento de Educação Cristã e Missionária, que é uma organização interna da CBC. O departamento dos Adolescentes Batistas Cariocas hoje é composto por 11 Associações na cidade do Rio de Janeiro: Diamante (Oeste Carioca), Esmeralda (Nordeste), Jaspe (Sinai), Ouro (Norte), Pérola (Jacarepaguá), Prata (Centro-Oeste, Oeste e Suburbana), Rubi (Leopoldinense), Safira (Ilha do Governador), Ônix (Zona Sul), Real e Topázio (Centro). Essas Associações são formadas pelos adolescentes da Regional Carioca, totalizando 615 departamentos de Uniões de Adolescentes distribuídos em 503 Igrejas e 112 Congregações (filhas das Igrejas), o que abrange aproximadamente 10 mil adolescentes no campo Batista carioca. Hoje em dia Hoje o departamento Adolescente Batista Carioca é um dos poucos, se não for o único, departamento de Adolescentes independente Batista no Brasil. É apoiado pela Convenção Batista Carioca, possui um coordenador executivo responsável pelo departamento, o qual é eleito pelo diretor executivo da CBC, que unem suas forças, visando o crescimento e o melhor desenvolvimento do campo carioca em seu todo. Acreditamos no trabalho específico, direcionado e importante para nossos adolescentes, focando nos jovens de amanhã. Esse trabalho precisa de amor, compreensão, visão, investimento de tempo, acreditar que eles farão a diferença, prepará-los para próxima organização, quando se começa o processo de amadurecimento, englobando suas escolhas: maior responsabilidade, novos relacionamentos com compromisso, outros horizontes profissionais, e por que não vislumbrar futuros pastores, missionários, ministros, líderes etc? O campo é vasto e nossos ceifeiros precisam estar preparados. O departamento ABC tem sua agenda anual de atividades com propósitos definidos: Janeiro - Luau1000, que reúne mais de mil adolescentes em uma praia do Rio de Janeiro, com intuito de promover a integração e comunhão entre os adolescentes. Propósito - É uma estratégia para sinalizar

aos adolescentes que o ano começou e que as Associações Regionais de Adolescentes estão em plena atividade; Abril - Acampamento da ABC. Propósito - Promover um desenvolvimento espiritual e de restauração. Neste acampamento, na parte da manhã, os adolescentes participam de pequenos grupos para falar sobre família e a sua importância, nos quais temos tido resultados muito positivos, ao ponto desses grupos permanecerem se reunindo após o acampamento; Julho - Copa ABC entre todas as Associações Regionais de Adolescentes ou o Congressão da ABC (alternado por ano). Propósito - Manter o relacionamento e a comunhão entre os novos amigos em Jesus; Outubro - Acampa-dentro (Eleição da equipe de adolescentes que ficarão responsáveis pela organização e preparação dos eventos do ano seguinte). Propósito - Relembrar os assuntos, avaliar os momentos que tivemos durante o ano; Dezembro - Nosso último culto, quando celebramos o Natal e finalizamos as atividades. Em que acreditamos A ABC tem por finalidade coordenar e desenvolver o trabalho cooperativo das Associações Regionais de Adolescentes e das Uniões de adolescentes das Igrejas da CBC, orientar e instruir os adolescentes no crescimento e desenvolvimento da vida cristã, realizando atividades espirituais, culturais, sociais, esportivas e recreativas. A ABC

entende que esse desenvolvimento junto ao adolescente precisa ser instruído na Palavra de Deus, com um bom conteúdo e, de forma atualizada, pois vivemos em uma sociedade onde os adolescentes chegam à faculdade e são confrontados com “outras ciências” que por vezes abalam sua fé. Precisamos preparar bem nossos adolescentes, eles são muito mais que o futuro de nossas Igrejas, são pessoas cristãs, com a marca de Cristo, com potencial para influenciar nossa sociedade. Precisamos orientar e criar meios que atraiam mais os adolescentes para as Igrejas do que a sociedade consegue atraí-los para o mundo. Com o avanço da tecnologia e acesso à informação, nossos adolescentes estão mais atualizados e influenciados por teorias e opiniões diversas, bem diferente das gerações anteriores. A ABC entende que acompanhar e orientar essa geração com base bíblica sólida e de maior profundidade fará toda diferença. Desta forma, temos desenvolvido cursos para líderes de adolescentes, formando parceria com instituições que ajudem nesse processo, como o Movimento Vida Relevante, que tem o pastor Ulisses Torres como responsável, que, junto da ABC, desenvolve um pré-vestibular, capacitando o estudante para o testemunho cristão nesse novo ambiente acadêmico tão desafiador, com o lema “Cada universitário Cristão um Missionário”. A ABC também conta com o apoio e parceria da JBB através da diretora executiva Gilciane Abreu, e o seminarista Luiz Rodrigues, que é o respon-

sável pela coordenadoria de Adolescentes, com o apoio da JBC (Juventude Batista Carioca) através do executivo seminarista Ronan Lima. Contamos, portanto, com uma rede de pessoas que amam trabalhar para Jesus e levar seu amor ao coração de jovens e adolescentes. Assim a ABC se desenvolve e se torna mais relevante e atuante do que seria apenas se realizasse só eventos. Durante todos esses anos de história da ABC há inúmeros testemunhos de conversão de adolescentes, de confirmação de ministérios, adolescentes que se tornaram pastores e que hoje podem dizer como a ABC foi importante em sua decisão. Há também inúmeros casais que se conheceram na ABC, casaram e hoje constituem famílias abençoadas. São tantas bênçãos, que é uma grande honra poder hoje coordenar o departamento Adolescente Batista Carioca e poder realizar nesse ano de 2015 o 30º Congressão da ABC, e comemorar os 50 anos de história proclamando o Evangelho de Jesus. Este evento comemorativo será realizado na Igreja Batista Itacuruçá, entre os dias 21 a 25 de Julho, com dormitório no Colégio Batista Shepard, que é outro grande parceiro da ABC, através do diretor, pastor Walmir Vieira. Teremos oficinas de evangelismo criativo com o JV na Estrada, um ministério da Missão Jovens da Verdade que tem como objetivo evangelizar; Fórum sobre o tema Maioridade Penal, muito relevante para o adolescente hoje, com os debatedores pastor Rafael Rocha, pastor de Jovens na Igreja Batista Monte Tabor; pastor André Decotelli, pastor de Crianças da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro e Ronilso Pacheco, interlocutor social na empresa Viva Rio. São grandes os desafios da ABC, como a incredulidade dos tempos atuais, frente às opções de uma sociedade que oferece vários atrativos. Mas, com muita oração, dedicação a uma sólida comunhão com Deus temos a certeza de estarmos no centro da Sua vontade, e não existe melhor lugar para se estar. Amém.


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notícias do brasil batista

Adolescentes Batistas Cariocas discutem equilíbrio entre fé e razão

ardo Aguiar

Fotos: Selio Moraes e Edu

Tiago Monteiro, redação da Convenção Batista Carioca

O

s Adolescentes Batistas Cariocas (ABC) realizaram nos dias 21 a 25 de julho, na Igreja Batista Itacuruçá - RJ, mais um congresso anual. Sob o tema “Equilíbrio entre a Fé e a Razão”, estimularam moças e rapazes a se posicionarem frente aos desafios da vida cristã. A ideia é de preparação para um futuro com base sólida em Cristo para que os confrontos que possam acontecer não os retirem do caminho. Como não poderia deixar de ser, o evento teve uma informalidade típica, mas carregada de intenções sérias e propósitos definidos. Isso contribuiu para que os participantes se sentissem à vontade para trocar experiências de vida, tratar de problemas ligados à fé e os medos com relação ao que o futuro lhes reserva. Paloma Tavares de Araújo, da Igreja Batista da Abolição - RJ, é uma das participantes que têm um elo forte com a ABC. Desde os 11 anos se relaciona com a instituição carioca e, embora não seja mais adolescente (20 anos), suas palavras não escondem o carinho e a gratidão pela existência de uma organização que contribuiu com seu crescimento cristão e com

sua identidade doutrinária. “A atuação da ABC é importante porque a gente está sempre envolvida em eventos de ação social, missões e essas coisas despertam em nós o desejo de participar de tudo. Desde pequena sempre estive à vontade para estar ligada à ABC e hoje abro mão de trabalhar para estar aqui”. Marcus Vinícius Cabral Jr., coordenador dos Adolescentes Batistas Cariocas, explica que o Congresso faz parte de uma das linhas de atuação da instituição: a edificação do adolescente. A outra seria a evangelização de pessoas que estão nessa faixa etária. Segundo o coordenador, este evento faz parte de uma estratégia que busca resultados duradouros e não imediatos. Ele revela que, para o próximo ano, a ideia é abordar o tema maturidade, dando continuidade às etapas que vão fortalecer a vida cristã dos adolescentes. “Desde o momento que ele alcança equilíbrio, ele precisa buscar a maturidade. E, se tudo der certo, a meta é para o terceiro ano já levá-los um degrau a mais no crescimento espiritual”, afirma Marcus. Um dos grandes momentos da programação foi a celebração dos 50 anos da ABC, com direito a homenagem feita aos líderes que marcaram a vida da instituição. Um reconhecimento importante em uma época de

pouca valorização histórica. As mensagens dos pastores Henrique Araújo, Fernando Pinto, Cleudair Godoi e Raphael Chedid também contribuíram para o fortalecimento da visão equilibrada acerca do testemunho de fé em uma sociedade que a cada dia parece condenar os valores do Reino. Missões Rio, o departamento missionário da Convenção Batista Carioca, também deu uma palavra sobre o Movimento Braços Abertos, que vai promover ações de evangelização durante os Jogos Olímpicos paralelamente ao fortalecimento de Igrejas. O tom dado pelo coordenador, pastor Ulisses Torres, foi de convocação: “A gente precisa voltar a acreditar que nossa Igreja local é a esperança para o mundo. A gente pode dar essa oportunidade de transformação para o mundo”. O Congresso acabou, mas o desafio de caminhar investindo na adolescência batista continua. O sucesso dessa missão dependerá da intensidade do investimento das Igrejas responsáveis por estas vidas. A ABC está à disposição para treinar, ir e mobilizar, bastando apenas que os interessados entrem em contato através da Convenção Batista Carioca, ou pelo endereço eletrônico: https://www.facebook.com/ adolescentebatistacarioca.


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Departamento de Ação Social da CBB

Os Batistas, a corrupção e o Ministério Público Federal: entre lados opostos! Remy Damasceno, coordenador do Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” (Mt 5.6).

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o suceder dos relatos bíblicos percebe-se a preocupação de Deus com o bem-estar da humanidade. A terra foi criada com condições para que o homem pudesse desenvolver vida digna. O ser humano foi dotado com recursos para desenvolver tecnologias, relações comunitárias e senso moral. E não só, o homem foi despertado para usufruir a beleza, o prazer, as amizades e a companhia divina. E, mesmo após a queda, há a presença, mesmo que en-

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fraquecida, dessa realidade. Deus sempre manteve condições para que o ser humano usufruísse de uma vida digna. Após as consequências da queda, Deus orientou a humanidade, por meio do povo de Israel, para o modo de viver coerente. Para tanto, Deus forneceu mandamentos que constituem ordens de vida. Tais propostas orientam para o viver coerente, viabilizando o relacionamento com Deus e com as demais pessoas. Como Jesus nos ensinou, os mandamentos e o senhorio divino objetivam beneficiar o homem, segundo o que está escrito em Marcos 2.2728. Nada mais lógico, se Deus é o Criador da vida e ama Suas criaturas, Seu desejo é que elas vivam bem. Diante dessa realidade, tudo aquilo que compromete a

vida será rejeitado por Deus e tudo o que a favorece será desejado por Ele. Essa compreensão nos ajuda a compreender porque Deus orienta sobre tantas questões do cotidiano. Entre tantas, Ele condena a corrupção e defende a justiça. Entre várias orientações sobre a justiça, lemos em Jeremias 22.3: “Assim diz o Senhor: ‘administrem a justiça e o direito; livrem o explorado das mãos do opressor. Não oprimam, nem maltratem o estrangeiro, o órfão ou a viúva; nem derramem sangue inocente neste lugar [palácio do rei]” (Jr 22.3). Por defender a justiça, Deus condena, por meio do profeta Amós, aqueles que “Oprimem o justo, recebem suborno e impedem que se faça justiça ao pobre nos tribunais” (Am 5.12).

Exatamente por compreender o mandamento divino da busca por fomentar uma sociedade mais justa – desdobramento lógico do amor por todos os injustiçados – a Convenção Batista Brasileira (CBB) tem se pronunciado na condenação da corrupção. Por considerar serem coerentes, a CBB manifestou integral apoio às medidas propostas pelo Ministério Público Federal (www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/10medi­ das/10medidas), no sentido de combater a corrupção no Estado Brasileiro, conforme pode-se ler no “Manifesto Referente à Operação ‘Lava Jato’”, assinado pelo presidente da CBB, pastor Vanderlei Marins (http://batistas.com/ images/000EDUCACAORE­ LI­G IOSA/O%20MANIFESTO%20A%20NACAO%20 BRASILEIRA_LAVAJATO.

pdf), publicado no Portal Batista (www.batistas.com) na seção Mais Notícias, do dia 17 de abril. A intenção é que as Igrejas Batistas, caso concordem, sigam o que foi feito pela CBB e assinem a carta de apoio ao MPF contra a corrupção. E, ainda mais importante, que os seus membros assinem a lista de apoio ao projeto de lei de iniciativa popular “10 medidas contra corrupção”, promovida pelo MPF. Provavelmente esse é um meio, entre vários outros, de cumprirmos a orientação de Jesus para sermos sal e luz em uma sociedade distante dos desejos divinos, de acordo com Mateus 5.13-16. Oportunidade para darmos visibilidade ao amor que dizemos ter e à santidade que buscamos viver.

Novo presidente da Aliança Batista Mundial (BWA) é eleito

oi eleito no sábado, dia 25 de julho, em Durban, na África do Sul, o novo presidente da Aliança Batista Mundial (BWA), Ngwedla Paul Msiza, da África do Sul. Ele é o primeiro africano a ocupar o cargo desde William Tolbert, da Libéria, que serviu como presidente da BWA de 1965-1970, e que, mais tarde, foi eleito presidente da Liberia, em 1971. Na mesma solenidade, tomou posse como vice-presidente

da BWA o brasileiro Luiz Roberto Soares Silvado, pastor da Igreja Batista do Bacacheri – PR, e que foi presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB) no período de 20122014. Ngwedla Paul Msiza sucede John Upton, dos Estados Unidos. Msiza foi vice-presidente da Aliança Batista Mundial de 2010-2015, tem participado ativamente na BWA desde 2000, servindo em seus órgãos e várias comissões. Ele foi presidente da

Associação Batista da África, uma das seis regionais da BWA, no período de 2006 -2011, foi secretário-geral da Convenção Batista da África do Sul (BCSA), de 20012010. Também presidiu o Comitê de Organização Local para o Congresso realizado em julho de 2015 em Durban. Msiza presidirá o Congresso da Aliança Batista Mundial, que será realizado no Novo presidente da BWA, Paul Msiza, da África do Sul, recebendo Brasil em julho de 2020, na os cumprimentos do ex-presidente John Upton e do secretário cidade do Rio de Janeiro. geral Neville Callam


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missões mundiais

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Vamos iluminar o mundo

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

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Despertar 2015 acabou, mas a missão de iluminar a cidade, o Brasil e o mundo continua. O próximo Congresso já tem local definido; em 2017, a Juventude Batista Brasileira se encontrará em Natal - RN. Enquanto isso, tudo o que os mais de mil jovens viveram durante o evento realizado de 15 a 18 de julho em Campo Grande - MS precisa render resultados para o Reino. “Deus, não me deixe de fora do que o Senhor está fazendo no mundo” é a frase que a missionária Analzira Nascimento tem usado para levantar vocacionados. No Despertar não foi diferente. “O mundo clama e há uma responsabilidade da nossa

nação. Precisamos de profissionais que possam seguir para países fechados ao Evangelho”, disse Analzira durante sua mensagem no último dia de Congresso. A missionária falou sobre o Projeto Meninas da Índia e sensibilizou o ministério Brigadeiro de Morango, um Projeto da Juventude Batista Brasileira (JBB), que tem como finalidade desenvolver a identidade feminina cristã. O Meninas da Índia também recebeu a adesão de vários congressistas, jovens que decidiram investir suas finanças e orações para ajudar a resgatar garotas de áreas de prostituição no Sul da Ásia, dando-lhes uma realidade próxima ao ideal de família. Outra causa abraçada pelos jovens do Despertar foi o combate ao tráfico humano. O tema foi levantado

pela missionária Luiza, que em breve atuará em um país da Ásia ou do Leste Europeu. “Eu tenho aprendido que para Deus não existe tamanho de pecado. Tenho aprendido que a Graça de Deus é suficiente para qualquer um de nós, incluindo as prostitutas, os travestis, os estupradores, os traficantes. A Graça de Deus é suficiente para salvar através de nós. Minha oração é para que Deus te incomode tanto, a ponto de você não conseguir fazer nada em paz se não obedecê-Lo”, disse Luiza. E muitos já começaram a ser incomodados. Durante o apelo feito pela missionária Analzira, cerca de 200 jovens se apresentaram como vocacionados. Uma alegria para a missionária mobilizadora da JMM em Mato Grosso do Sul, Marcia Carrilho. Ela mo-

bilizou pastores e voluntários locais a se envolverem com o evento. O resultado foi muito gratificante. Foram quatro dias de uma programação criativa, que encorajou jovens a desenvolverem uma amizade profunda com Cristo. Jovens dispostos a iluminar não só a cidade, como propôs o tema do Congresso, mas todo o mundo. A diretora executiva da JBB, Gilciane Abreu, comentou que ao pensar em toda a celebração, em tudo o que viveriam nesses dias, nessa Conferência, nesse ajuntamento, pediu a Deus as medidas. “Porque a gente não quer só juntar pessoas, a gente não quer só juntar jovens de todos os lados. A gente quer juntar corações. Gente que vai sair apaixonada pelas cidades, gente apaixonada

por aquilo que Deus tem para fazer nessa geração. A gente começou a pedir a Deus as medidas para os dias do Congresso, para esses momentos”, disse a executiva. Ela lembrou que o pastor João Marcos Barreto Soares, um dos palestrantes do Despertar 2015, é fruto do trabalho com a Juventude. No Despertar de 2001, ele era o presidente da JBB e, hoje, é o diretor executivo da Junta de Missões Mundiais. “Missões Mundiais acredita na Juventude Batista Brasileira. Muitas coisas que a JBB realiza, nossas ações missionárias, é porque a JMM acredita em nós, disse Gilciane. Com a presença da missionária Analzira Nascimento em sua diretoria, Missões Mundiais quer investir ainda mais na juventude, estreitando o relacionamento com a JBB.

Crises e oportunidades na Guiné Sárala Kumar – Missionária da JMM

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izem que toda crise gera oportunidades. Ana Lúcia Rosa Pereira, nossa missionária em Forecariah, na Guiné, sabe bem disso. Enfrentando problemas como o vírus ebola, analfabetismo, desemprego, a falta de perseverança de muitos e embargos culturais à plena vivência do Evangelho, ela enxerga as dificuldades da vida com os olhos de quem tem fé em Deus. “Apesar da presença do vírus ebola em solo guineano, nós sabemos que Deus é soberano e que todas as coisas estão debaixo dos Seus pés. Por isso, guerreamos em oração, mas descansamos em Seu agir”, afirma Ana Lúcia, com a plena convicção de quem já teve muitas

experiências de orações respondidas. A missionária soube há pouco tempo da existência de um novo foco de ebola próximo ao local onde funciona uma unidade do PEPE (programa socioeducativo). Para evitar a exposição das crianças, as aulas foram suspensas. As crianças, porém, conseguiram chegar ao final do ano letivo com bom rendimento. Ana Lúcia conta que observou um despertar nas crianças sobre a eficácia da oração. Ela pede a Deus que os líderes saibam lidar com as crianças com sabedoria e sensibilidade espirituais na implantação de novas unidades do PEPE, pelo fim da epidemia de ebola e pela salvação dos alunos do programa socioeducativo, bem como dos familiares dos pequeninos. Um pedido de oração recorrente de Ana Lúcia é o da

transformação da realidade espiritual, social e econômica da Guiné. Seu anseio é o de que as autoridades do país “Sirvam ao povo com temor, amor, justiça e verdade” - desejo difícil de ser realizado em quase todas as nações do mundo. Outra grande dificuldade enfrentada pela Igreja na região é o desemprego, ou mais difícil ainda, empregos que permitam aos membros participarem dos cultos e da contribuição financeira para expansão do Evangelho, tanto na Guiné, quanto no mundo. Os guineanos e as missionárias precisam de saúde física, emocional e espiritual. Elas pedem oração pelo povo “Para que tenha amor à verdade, tranquilidade, respeito às normas e às autoridades; pelas igrejas, por plenitude do Espírito, relevância em tempo de crise, trabalho e fidelidade dos

crentes”, artigos raros em uma sociedade tão moralmente corrupta. Há ainda a preocupação com questões culturais, quanto a casamentos irregulares e de jovens solteiros se casarem com verdadeiros servos do Senhor. Uma outra questão é a difícil decisão entre resistir às pressões das imposições familiares e culturais contrárias à Palavra de Deus. No âmbito eclesiástico, Ana Lúcia fala da dificuldade na formação de líderes comprometidos. Além da companhia de outra missionária da JMM, Marizete Cezário, ela conta com a ajuda de Ana Maria, jovem guineana “Muito talentosa e com potencial para o ministério infantil e musical”, e Moisés, que demonstrou o desejo de se preparar para servir ao Senhor na pregação da Palavra.

A família de Ana Maria, porém, é muçulmana. Sua mãe era a única cristã na família, mas já faleceu. Ela é casada com um muçulmano a quem conduziu a Jesus. Um tio dela entregou às nossas missionárias a autoridade sobre ela, algo muito importante na cultura e que demonstra a confiança depositada nela. Elas aceitaram o desafio, crendo que Deus lhe dará sabedoria e sensibilidade no preparo dessa jovem para atuar no ministério. Moisés aguarda uma oportunidade de se dedicar aos estudos e o desafio do momento é que ele persevere em fé e paciência no processo de definição quanto aos próximos passos. A missionária pede oração por eles e por mais vocacionados que trabalhem com elas buscando a salvação do povo da Guiné.


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Igreja Batista Israel – GO realiza EBF com o tema “Criança amada por Deus”

Marcos José Rodrigues, seminarista da Igreja Batista Israel - Anápolis - GO

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notícias do brasil batista

ma das mais tradicionais programações do período de férias escolar entre as Igrejas Batistas é a realização da Escola Bíblica de Férias (EBF). A programação visa levar a Mensagem de Jesus Cristo às crianças através de histórias bíblicas, músicas, brincadeiras, e muitas outras estratégias de ensino. Em geral, toda Igreja é envolvida e colhem-se muitos frutos. Entre os dias 02 a 04 de julho deste ano a Igreja Batista Israel, em Anápolis - GO, pastoreada pelo pastor Saulo Batista do Nascimento, re-

alizou mais uma edição da Escola Bíblica de Férias, que teve como tema: “Crianças amadas por Deus”. Utilizando vasto material para EBF, entre eles alguns da Junta de Missões Nacionais, a irmã Ozélia Ventura, esposa do pastor Geraldo Ventura da Silva, liderou as atividades com uma equipe valorosa de irmãos em Cristo. Com uma programação muito bem elaborada, marca registrada dos trabalhos coordenados pela irmã Ozélia, a EBF se desenrolou de modo muito tranquilo e com riqueza de detalhes no ensino da Mensagem do amor de Deus. As atividades ocorriam sempre no período vespertino, a partir das 14 horas e término às 17h.

O período foi bem utilizado e dividido em partes: na abertura, entoaram a música oficial; recitaram o tema, e divisa: “Nem a altura, nem a profundidade, nem a largura ou outra criatura nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.39), seguidos de corinhos infantis bem animados. Em seguida, houve a divisão em classes por faixa etária, com turmas de 04 a 06; 07 a 08; 09 a 10 e 11 a 12 anos de idade. Nas classes, as professoras desenvolviam as tarefas e atividades didáticas voltadas para o seu público específico, seguindo a ênfase do dia, dentro da temática da programação. No 1º dia ensinou-se que “O

mundo foi criado em amor”. As crianças aprenderam que foi Deus quem criou tudo. Aprenderam o versículo do dia: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito (...)” (Jo 3.16a). No 2º dia as crianças conheceram que “O amor de Deus é pra mim e pra você”. Aprenderam o versículo do dia: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que Nele crê (...)” (Jo 3.16b). E o 3º dia teve como subtema: “Eu digo sim a Jesus”. As crianças aprenderam todo o versículo do dia: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo

aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna” (Jo 3.16). Durante os três dias da EBF cerca de 150 crianças, fora os adultos, participaram da programação. O mês de julho, que, normalmente, devido às férias escolares sofre uma diminuição na frequência dos cultos e atividades da Igreja, teve uma grande mudança. Dezenas de pessoas afluíram ao templo para aprender de Jesus e participar do Plano de Salvação em Deus. Louvado seja Ele que desperta e capacita diversas pessoas, de todas as idades, para trabalharem em Sua obra e abençoar muitas vidas.


notĂ­cias do brasil batista

o jornal batista – domingo, 02/08/15

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Joílton Oliveira, membro da Igreja Batista do Méier – RJ, mestre em Gerontologia, especialista em Geriatria e Gerontologia

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oje, desponta um novo tempo, pois os idosos têm uma vitalidade grande para viver projetos futuros (a curto prazo), contribuir na produção, participar do consumo e intervir nas mudanças sociais e políticas. Os gerontologistas não encaram mais o “declínio mental, por exemplo, como necessariamente natural”. Sendo que essa situação é vista como resultado de um estilo de vida sedentário, reforçado por estereótipos negativos sobre o envelhecimento, que nos condiciona a esperar o declínio físico e mental nos últimos anos de nossa vida. Quando se chega à Terceira Idade é um novo momento, o de começar uma nova etapa, iniciar novos caminhos, novas conquistas, compartilhar experiências dos caminhos já percorridos

e nunca dizer “já percorri por todos eles”. Os caminhos continuam, porém, com brilho diferente, pode acreditar. Basta seguir em frente e vislumbrar as novas possibilidades, novas amizades, os novos momentos. Junte-se a milhares de pessoas maduras que têm descoberto grandes realizações e vencem desafios, mesmo quando não julgavam não ter mais capacidade para recomeçar. Faça novos amigos e enriqueça os novos relacionamentos: Não segregue em grupos fechados, onde as únicas pessoas com quem têm contato são da mesma idade e compartilham de igualdades raciais, condições sociais, níveis econômicos e crenças políticas. Essa é uma receita para a estagnação. Se a diversidade é o tempero da vida e você passou seus primeiros 60 anos convivendo com todos os tipos de pessoas, de todas as idades, por que agora você ia querer passar o resto da vida rodeado apenas de pessoas parecidas com você?

ponto de vista

Não tenha medo de envelhecer: Aceite a sua velhice, assuma tranquilamente, pois essa aceitação sem inquietude lhe proporcionará um novo período de vida feliz e abençoada; Nunca é tarde demais para começar a se exercitar: Adote hábitos saudáveis e colher os frutos desses benefícios. Os estudos têm mostrado que as pessoas de 60, 70 e 80 anos que começam um programa regular de exercícios pela primeira vez na vida ganham tanto quanto as pessoas mais jovens: massa muscular aumentada, mais vigor e flexibilidade, persistência aperfeiçoada, perda de peso, energia e apetite aumentados e até mesmo uma mente mais ágil; Crie expectativas para o amanhã: Ter uma vida de projetos – na Bíblia, em Isaías 32.8, diz que só tem projetos nobres quem tem a mentalidade nobre. Quem não tem mentalidade de nobreza, não tem projeto para nada; Tenha sonhos: “Quem não ousa sonhar, e sonhar

Momento de começar uma nova etapa, não importa a idade

grande, nunca conhecerá o caminho da excelência e a alegria de ser um campeão na vida”. Certa vez, disse Martin Luther King: “Eu tenho um sonho!”. Os nossos sonhos são a matéria-prima das nossas realizações. Qual é o tamanho dos seus sonhos? Como você tem projetado seu futuro? Tudo o que existe primeiro existiu como um sonho, um projeto na mente, no coração. Reconheça que há muito o que fazer: ancião, coroa, idoso, terceira idade, experiente, aposentado, sênior, máster, veterano ou velho, não importa. O que importa é que só se torna velho quem vive e vive bem até envelhecer; Tenha uma alimentação saudável: Coma porções generosas de frutas, verduras e legumes frescos, carnes magras, peixes, cereais integrais e nozes naturais. Todos esses alimentos contêm as vitaminas, os minerais, os óleos essenciais e os fito nutrientes de que você precisa para manter corpo e mente ativos;

Descanse o suficiente: Nosso corpo precisa mesmo de oito horas de sono por noite. O descanso o ajuda a recuperar-se do exercício, restitui a energia, a concentração, e reforça o sistema imunológico. Torne sua mente ágil e aguçada: Tenha em mente que você pode retardar ou mesmo prevenir a perda das habilidades mentais apenas fazendo o cérebro trabalhar como o faria com o bíceps. Se trabalhar a mente todos os dias e procurar sempre o aprendizado de coisas novas, as experiências científicas e humanas revelam que você poderá ter um raciocínio aguçado por mais tempo. Quatro pilares da vida saudável (Semana da vida saudável promovida pelo Hospital Português): 1º Boa alimentação e bom sono; 2º Fazer exercícios; 3º- Higiene do corpo e mente; 4º - Disciplina, equilíbrio, confiança, evitar o estresse.


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“Crer também é pensar” Juvenal M. de Oliveira Netto, segundo coordenador da Escola Bíblica Dominical da Primeira Igreja Batista de São Pedro da Aldeia - RJ

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ma das coisas que nos distinguem dos animais irracionais é a capacidade que possuímos de pensar, raciocinar. O filósofo francês René Descartes ficou famoso pela seguinte frase: “Penso, logo existo”. A mente é a parte do corpo humano mais complexa e difícil de ser estudada e, apesar dos avanços tecnológicos do século XXI, ainda há muitos mistérios que a envolvem e dentre este emaranhado de coisas desconhecidas estão também a capacidade de

crer, ou acreditar que é uma capacidade nata do ser humano. Todos acreditam em alguma coisa, seja visível ou não, apalpável, fazendo parte do presente ou futuro, perto ou distante; fácil ou difícil; enfim, se formos realizar uma entrevista que alcance toda a população da terra, chegaríamos à conclusão de que, na verdade, todos creem em alguma “coisa”. É importante salientarmos que ninguém consegue crer em qualquer coisa, por mais insignificante que pareça ser, sem antes ordenar esta “crença” através de pensamentos ordenados que o levem a chegar onde deseja. O escritor da Carta aos Hebreus afirma no versículo 3,

do capítulo 11, que pela fé, entendemos, quer dizer, raciocinamos que o universo foi formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. Paulo escrevendo aos Romanos no versículo 3 do capítulo 11 afirma que o nosso culto deve ser racional, que mesmo buscando a um Deus invisível, que é Espírito, devemos fazê-lo consciente usando a capacidade que Ele mesmo nos deu do raciocínio. A fé bíblica não é algo louco, irracional, sem fundamentação, sem objetivos, mesmo sendo ela invisível, abstrata. Pelo contrário, no capítulo 11, na parte b do primeiro versículo da Carta aos Hebreus dá a seguinte definição de fé: “É a

convicção de fatos que não se veem” (Hb 11.1b), sim, invisíveis, mais fatos. Traz a ideia de ordem de pensamentos organizados, que sabem aonde quer chegar, que tem um alvo, um objetivo, portanto, uma racionalidade. Crer não é apenas pensar positivo como muitos acreditam. Acham que é o simples poder da mente que realiza coisas extraordinárias (no sentido de sobrenatural). Não, não entendemos desta maneira. Quando afirmo que “Crer é também pensar”, quero dizer o seguinte: Para que a minha fé não seja tola, ou até tida como louca é preciso tê-la na mente de forma organizada através do pensar, não meramente como um pensamento

positivo, ou uma energia, mas levando-a cativa ao senhorio de Cristo, pois Ele é o Autor e Consumador da fé que possuímos. Vale a pena, não apenas pensar, pois o pensar é apenas o início e não o fim, ou ainda, um método para se chegar a um fim único, mas acreditar naquele que é poderoso para operar infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós, de acordo com Efésios 3.20. Portanto, que saibamos utilizar corretamente a nossa fé, com objetivos bem definidos, usando-a a nosso favor e de outrem, mas, principalmente, para glorificar o nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.



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