OJB Edição 34 - Ano 2015

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 23/08/15

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIV Edição 34 Domingo, 23.08.2015 R$ 3,20

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Dia Nacional do Embaixador do Rei

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o dia 25 de agosto de 2015 completamos 67 anos dos Embaixadores do Rei no Brasil (1948-2015). O objetivo da Organização é desenvolver o caráter cristão dos meninos de tal maneira que se tornem crentes ativos e consagrados, dotados de um coração com ardor evangelístico e missionário. Para alcançar o seu objetivo, o Departamento Nacional de Embaixadores do Rei - DENAER -, durante os anos de 2014 e 2015, interagiu com as atividades missionárias dos ER e Conselheiros. Em junho de 2015 o coordenador Nacional esteve presente no I Congresso de Embaixadores do Rei da Associação Batista Sul Litoral e Curso de Conselheiros de Embaixadores do Rei do De-

partamento Convencional de Embaixadores do Rei Capixaba. Esteve presente em diversas programações associacionais e convencionais, tais como as das Associações Caxiense, Iguaçuana e Mageense e Olimpíada Nacional de Inverno dos Embaixadores do Rei, realizada em Brasília; Curso de Conselheiros de Embaixadores do Rei, em Pernambuco; e Olimpíada de Inverno dos Embaixadores do Rei Carioca, no Centro Esportivo Miécimo da Silva, respectivamente. Em outubro estará presente no DCER Unidos do Ceará, DCER Gaúcho e DCER do Pará. O trabalho dos Embaixadores do Rei pelo Brasil está crescendo em ritmo acelerado. Exemplo dessa afirmativa são os estados: Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso

A sábia motivação da Junta de Missões Mundiais Desde que assisti aos vídeos promocionais de 2015 da Junta de Missões Mundiais, da Convenção Batista Brasileira, fiquei com vontade de escrever o que agora estou escrevendo. Gostei de ver! Eles não falam que a Junta está precisando de dinheiro, que a Junta tem dívidas para pagar, que as Igrejas têm o dever de contribuir, eles não reclamam das Igrejas que não participam, eles não falam nada disso. O que vemos e ouvimos então naqueles vídeos? 1 - Eles mostram o trabalho que está sendo realizado com o dinheiro e as orações dos irmãos, membros das Igrejas Batistas do Brasil. 2 - Eles agradecem às Igrejas e seus membros por participarem desse tão importante trabalho. 3 - Eles mostram o quanto ainda há para se fazer, ou seja, quantos povos

do Sul, Mato Grosso, Goiás, Amazonas, Rondônia, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Um dos principais objetivos do Departamento Nacional de Embaixadores do Rei é alcançar meninos para Cristo, ampliando a presença de representantes de Cristo em todo o Brasil. Para isto, além de incentivar as Igrejas através de palestras e cursos de Conselheiros de Embaixadores do Rei, estamos passando por um processo de estrutura organizacional. É de suma importância empreendermos esforços no sentido de reequipar o nosso Departamento. Seja mais um amante desta linda obra missionária, seja um contri-

Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m

ainda não foram alcançados. 4 - Eles pedem as orações de todos. 5 - Eles enfatizam que tudo está acontecendo por causa das orações e ofertas dos irmãos. Repito, gostei. Creio que a Junta de Missões Mundiais

está no caminho certo. A coisa mais triste e inadequada é quando um executivo de uma instituição Batista olha as Igrejas e os pastores de cima para baixo, como se as Igrejas e os pastores fossem empregados dele, como se as

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

buinte e faça a divulgação do PAM Homem Batista, que tem como finalidade o crescimento da nossa organização missionária. Queremos encorajar todos os pastores, missionários e conselheiros de Embaixadores do Rei para o dia 05 de setembro de 2015, às 9h, no Ginásio do Colégio Batista Shepard, na Tijuca - RJ, a participarem conosco de um momento de agradecimento ao Senhor e uma partida de futsal amistosa, organizada pelo Departamento Nacional de Embaixadores do Rei. Garanta já a inscrição do seu time através do telefone: (021) - 3042-7295. Cristiano Nascimento de Medeiros, capelão e coordenador dos Embaixadores do Rei. Igrejas fossem departamentos das referidas instituições e que tivessem que executar suas decisões ou arranjar dinheiro de qualquer jeito para pagar os seus débitos, algumas vezes, resultantes de má administração. E o pior de tudo é que tem gente que ocupa liderança em instituições Batistas e não sabe qual é o papel que desempenha ou que deveria desempenhar. Certa ocasião, em uma reunião de Junta, perguntei a um pastor qual a Igreja que ele pastoreava, e ele respondeu: “Sou pastor de todas, sou o presidente da Convenção”. Será que ainda existe gente que pensa assim em nossos dias? Parabéns à Junta de Missões Mundiais por sua postura sábia em relação às Igrejas e aos pastores. Adriano Pereira de Oliveira, membro da Primeira Igreja Batista de Piedade - SP, pastor da Congregação Batista em Tapiraí - SP


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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches

Amor à Igreja

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a prioridade do a mor, tr ês elementos se destacam na experiência do salvo. Seu amor a Deus, amor à família e o amor à Igreja. Não há como alterar a ordem. Amamos a Deus porque fomos criados a Sua imagem e semelhança. Foi Ele quem nos formou no ventre, assim diz o Salmo 139.14-16. Deus é o Sustentador de todas as coisas. Somos desafiados a retribuir o amor recebido do Pai. Jesus afirma que esse amor não tem limitações. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito para nos redimir do pecado” (Jo 3.16). O segundo elemento para o salvo é a família, instituída por Deus para abrigar sua criatura, oferecendo abrigo contra a solidão, carinho e

companheirismo na caminhada diária. A família, no projeto divino, tem como alvo preservar a raça, oferecendo suporte para o verdadeiro culto a Deus. Livrá-la das máculas do pecado é um dos alvos divinos. “Feliz o lar que não tem máculas do pecado. O leito sem as manchas do pecado é um alvo divino para seus filhos” (Hb 13.4). Ao chamar Abraão para dar início ao seu povo, Deus o fez com o propósito de abençoar todas as famílias da terra, segundo Gênesis 12.3. Famílias abençoadas e equilibradas são bênçãos na expansão do Reino de Deus. E a Igreja? Ocupa lugar especial no projeto redentivo do Senhor. Jesus a instituiu para acolher pecadores salvos por sua abundante graça. Ao fazê-lo, o Mestre desejava

ter na Igreja a numerosa família dos redimidos. O Senhor sabia que o inimigo investiria suas armas malignas para destruí-la. “As portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja” (Mt 16.18b). O amor de Jesus é tão intenso que Ele deu a sua vida para preservá-la. “Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela. Para santificá-la, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem, coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.25b26). O alvo do Mestre para sua Igreja transcende a limitada compreensão humana. Jamais o salvo entenderá a dimensão desse amor. A Igreja é composta por criaturas falhas, pecadores, às vezes rebeldes. Nessa rebeldia, muitos ousam criticar a Igre-

ja, abandonando-a, desprezando a reunião com os demais irmãos. Não conseguem expressar o amor desejado por Cristo à sua Igreja. O verdadeiro salvo revela amor profundo à Igreja. O que ela oferece aos pecadores desafia-nos a amá-la sem restrição. A Igreja acolhe pecadores que, tocados pela graça, reconhecem suas falhas, arrependem-se e buscam o perdão divino. A Igreja não questiona a confissão que o pecador faz de que foi perdoado e aceito por Cristo. Alegra-se em dar-lhe boas vindas. Tudo faz para que a experiência com Cristo seja crescente. Oferece-lhe recursos para que o salvo alcance a estatura de Cristo, como está escrito em Efésios 4.13. O viver na comunidade que compõe a Igreja é um desafio permanente. As pes-

soas são diferentes, agem movidas por emoções diferentes, possuem visão diferente da vida e interpretam os acontecimentos diários mensurando-os por padrões nem sempre agradáveis a todos. Aprendemos a respeitar essas diferenças e amar o irmão como ele é. Isto, às vezes, gera atritos que nos desafiam maior comunhão e dependência ao Senhor da Igreja. Jesus sabia que tais verdades seriam marcas em sua Igreja, por isso recomendou o exercício do perdão sem limites ao irmão que falhou, de acordo com o texto de Mateus 18.21-22. Em nenhuma outra instituição tal prática é possível. A Igreja, família de Deus, merece o nosso amor sem reservas. Amo a Igreja de Cristo, reconhecendo que ela é de Cristo, não de homens.


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Será que você deseja mesmo “Zoar”? Juvenal M. de Oliveira Netto, 2º coordenador da Escola Bíblica Dominical da Primeira Igreja Batista de São Pedro da Aldeia - RJ

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avia, em um passado bem distante, uma cidade cuja transgressão e promiscuidade eram tamanhas que chegaram ao trono do Altíssimo. Ele, o Justo Juiz, não poderia ficar inerte, insensível àquela tamanha podridão, talvez algo parecido com algumas coisas que presenciamos na sociedade deste tempo. Ele decidiu imediatamente tomar uma atitude, intervir, enfim, com muita tristeza nos olhos, pois a criação é a Sua obra-prima, destruir a cidade de Sodoma com todos os seus habitantes. Mas existia ainda um obstáculo, Ele não poderia destruir o “justo” com os ímpios. Então, Ele resolve enviar Seus mensageiros, os anjos, para alertar apenas uma família, que não era qualquer uma, mas era uma família que tinha um parentesco bem próximo do seu grande amigo, chamado Abraão. O estado daquela cidade era tão terrível que os homens quiseram abusar,

sexualmente, até dos anjos enviados por Deus. O fato mais importante é que Deus tinha um escape, um refúgio, uma solução para Ló e sua família, e a solução era caminhar para Zoar. Em Zoar estariam a salvo, livres, libertos totalmente da ira divina. A cidade de Zoar, para nós, hoje, simboliza a nova Jerusalém, a cidade santa preparada para todos os “justos”, para aqueles que foram justificados pelo sangue do Cordeiro. Infelizmente, a mulher de Ló, apesar da grande manifestação do amor de Deus em enviar os seus anjos para resgatá-los, preferiu “olhar para trás” e fracassou, sendo transformada em uma estátua de sal. A frase “olhou para trás”, em hebraico, significa literalmente “demorou-se”. Para aquela mulher, os desejos, a luxúria de Sodoma foram mais fortes do que o desejo de alcançar a salvação, pois ela “demorou-se” em decidir-se. Existe hoje uma multidão que, infelizmente, está como aquela mulher, “demorando” muito para decidir entre os prazeres, tipificados pela antiga Sodoma, que seriam os prazeres oferecidos pelo mundo hoje, ou a garantia

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia da vitória, do livramento, da libertação total, simbolizada pelo que a Bíblia chama de “céu”. Apesar de não existir na Bíblia a expressão livre arbítrio, podemos perceber isto nitidamente. Deus continua preocupado com a sua criação e continua enviando mensageiros - a Sua Igreja -, para proclamar a todo mundo que Ele não tem prazer na morte de ninguém e, assim como para a família de Ló a direção foi buscar abrigo na cidade de Zoar, para nós, no presente, a saída é buscar “O caminho; a Verdade; e a Vida”, Jesus de Nazaré” (Jo 14.6). Qual a nossa decisão? Sodoma ou “Zoar” (céu), oferecido gratuitamente através do sacrifício vicário de Jesus? A mulher de Ló estava a um passo da vitória, mas preferiu “olhar para trás”. Para aqueles que já decidiram sair de Sodoma, quero aconselhar-lhes a tomar como exemplo a decisão, errônea desta mulher e afirmar-lhes que não há mais como voltar atrás. Jesus afirmou que “Aquele que lança mão no arado e olha para trás não é apto para entrar no Reino dos Céus” (Lc 9.62).

Eu construiria uma arca? “E fez Noé conforme a tudo da pregação”. Loucura é o o que o Senhor lhe ordenara” mesmo que absurdo. A pregação da Mensagem de Jesus (Gn 7.5). é loucura porque Aquele que Bíblia contém uma se apresentou como Salvador coleção de narra- do mundo insistiu em não tivas que, na me- “salvar-se” a Si mesmo, quanlhor das hipóteses, do foi condenado a morrer deveriam ser consideradas na cruz. Fomos chamados para absurdas. Uma delas é a história de Noé, que em plena construir a arca que transregião seca construiu um porta o amor restaurador de navio. Moisés, que registrou Cristo, vivendo no territóo acontecimento, declarou rio ressecado pelo ódio do que a armação da gigantesca mundo. Fomos chamados arca foi ordem de Deus. “E para depender do amanhã de fez Noé conforme a tudo o Deus, na contramão de um que o Senhor lhe ordenara” mundo que adora o dinheiro e o consumismo. Obedecer (Gn 7.5). Seria um desrespeito cha- a Cristo e viver como Seus mar de absurdas algumas discípulos é a “arca” contemordens que o Senhor nos porânea, que, apesar da zomdá? Paulo disse que não! baria dos inimigos, devemos Ao discutir o conteúdo do construir com a coragem que Evangelho de Cristo, o após- somente o Espírito de Cristo tolo usa o termo “A loucura nos confere.

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Compreendendo a Cruz Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

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jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza. Em vão, o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na devida ocasião. O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente

não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho. Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. “Você o tratava mal, agora está arrependido?”. “Não”, respondeu. “Estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava”. A narrativa do escritor Carlos Drummond de Andrade nos leva a concluir que nós viemos ao mundo não somente para comer, beber e dormir. No final dos anos 80, aqui em Presidente Venceslau, fui presenteado com uma camiseta, cuja mensagem dizia: “Qualquer maneira de amar vale a pena!” Algum tempo depois, descobri que a frase era parte de uma canção de Caetano Veloso. Mas, foi

em uma pregação na Igreja que aprendi realmente o que isso significa. Ouvi um sermão recentemente, quando foi explicado porque viemos ao mundo: conhecer Deus. Conhecê-lo é sentir o Seu amor por nós. E muitos têm recusado esse amor. Mas, o que é importante na vida? A proposta de “status” social, de relevância sugere que uma pessoa hoje precisa ter a agenda cheia. Dijanira Silva, locutora de rádio em Portugal, esclarece: “É como se isso fosse garantia de utilidade no planeta. Mas, Deus nos desafia a irmos além. O cristão precisa ter consciência de que não vale pelo que faz, mas sim pelo que é. Se para expressar o amor de Deus às criaturas ele realiza obras neste mundo, ótimo. Conhecemos inúmeros testemunhos de pessoas que se tornaram imortais por seus benefícios expressos em obras. Mas pode observar que as obras considera-

das imortais geralmente têm como base o amor”. Partindo desse pressuposto, o sentido da vida na terra ganha outros contornos: fazer o melhor que pudermos, em qualquer área que atuarmos. Você já pensou nisso? Já deduziu que isso realmente só pode ser feito com amor? O Criador deu a cada um nós uma facilidade. Temos a obrigação de aperfeiçoá-la para o bem comum, com alta ou baixa remuneração. Com fama ou com discrição. Temos que ser, ou pelo menos, tentarmos ser o melhor em algum setor específico. E isso que gera o bem comum. Gera amor. Observe com maturidade a vida de Jesus Cristo. Sua missão não era fácil, mas Ele fez da melhor e da maneira mais inesquecível, para todos. Sublime! Nunca houve evento semelhante ao sacrifício da Cruz. Em um tempo em que não havia rádio, TV, computador e redes sociais, Jesus conseguiu efetuar um gesto que

ficou para sempre na memória da humanidade. Não se desviou um milímetro do seu árduo trabalho de redenção dos homens. Andou pelos rincões da Palestina, demonstrando misericórdia pelas multidões, curando doentes e ressuscitando quem amava. Aí está outro grande ensinamento: devemos lidar com os nossos semelhantes com amor pleno. Sempre! Para isso devemos ser aperfeiçoados espiritualmente, tanto em coisas complexas, como em simples. Em Jesus está tudo que precisamos. E mais: irmãos queridos da Igreja Batista, Deus tem um amor imenso por vocês. Enviou o que Ele tinha de mais precioso, o Seu filho amado, Jesus Cristo, para morrer na cruz em nosso lugar, pelos nossos erros. Ainda que possamos ser, como na narrativa inicial, “girassóis”, Jesus é o nosso jardineiro. Quem realmente está ciente disso, não vive sem a oração. Não faz nada sem antes consultá-lO. É submisso.


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Tenha a coragem de assumir compromissos Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista de Itacuruçá - RJ

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ma das facetas do medo é a falta de coragem para firmar compromissos, como se a vida pudesse ser vivida sem eles. Uma das fontes do medo é a atitude diante da crítica que poderá vir. O medo da crítica mata a ousadia. Por

isso, soa ainda necessário recordar um dos discursos do presidente norte-americano Theodore Roosevelt, em 1910: “Não é o crítico que importa; nem aquele que aponta onde foi que o homem tropeçou ou como o autor das façanhas poderia ter feito melhor. O crédito pertence ao homem que está por inteiro na arena da vida, cujo rosto está

manchado de poeira, suor e sangue; que luta bravamente; que erra, que decepciona, porque não há esforço sem erros e decepções; mas que, na verdade, se empenha em seus feitos; que conhece o entusiasmo, as grandes paixões; que se entrega a uma causa digna; que, na melhor das hipóteses, conhece no final o triunfo da grande conquista e que, na pior, se fracassar,

ao menos fracassa ousando grandemente”. Assim, aquele que sabe que faz parte da família de Deus, e não é mais estrangeiro e peregrino, segundo Efésios 2.19, pode firmar compromissos. Os fortes se comprometem. Os fracos se escondem. O cronista bíblico registra a atitude de Saul. Escolhido rei, quando foi procurado para tomar posse, estava es-

condido entre a bagagem, de acordo com I Samuel 10.22. Há muitas pessoas escondidas na bagagem. Creem em Deus, mas não o suficiente para confiar nEle. Creem em Deus, mas não têm o poder de Deus, porque não o pedem para serem fortalecidos segundo a riqueza da Glória de Deus, como está escrito em Efésios 3.14-16. Que ousar seja o seu caminho. Quem ousa, realiza.

autoridade, quando ela me pede algo contrário à vontade de Deus. Os apóstolos Pedro e João chegaram a dizer: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29). Quando obedecemos a Deus estamos no caminho correto, a nossa obediência agrada a Deus. Quando um pai dá uma ordem para o seu filho, o que ele deseja

é a obediência. Quando um filho desobedece ao seu pai, ele fica triste. Com Deus não é diferente, precisamos entender esta verdade, Deus espera obediência imediata. Jesus foi um exemplo de obediência e submissão ao Pai. Nós devemos seguir o exemplo de Jesus, devemos ser submissos às autoridades e, principalmente, a Deus.

Submissão às autoridades

Cleverson Pereira do Valle, e federais, senadores, professores, policiais, juízes, colaborador de OJB promotores, líderes espiriPalavra de Deus tuais, marido/esposa, pais, ensina que toda etc. Quando obedecemos às autoridade é constituída por Deus. autoridades, obedecemos a É Ele quem coloca as au- Deus. A Bíblia, em Romanos toridades em nossas vidas. 13.1, diz que devemos ser Exemplos de autoridades: submissos às autoridades, prefeito, governador, presi- pois elas foram constituídas dente da República, verea- por Deus. Eu não devo obedores, deputados estaduais decer às autoridades só por

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medo da punição, mas por amor a Deus. Quando entendemos que Deus está no controle, não é penoso ser submisso às autoridades. Deus, na direção, nos tranquiliza. Será que devemos obedecer sempre às autoridades? Será que nunca as autoridades devem ser questionadas? Há apenas uma situação em que se deve desobedecer a uma


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Conversa preocupante Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

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onversando com um novo convertido, no objetivo de avaliar seu progresso espiritual, em um tom de desânimo afirmou: “Tenho dois filhos, um especial, e outro que trabalha no comércio. Este está enfrentando um problema sério. Ele trabalha em uma loja de um shopping. Tirava três mil reais de comissão,

hoje não consegue além de 800 reais”. E foi me informando coisas das quais eu não sabia. Em São Paulo, há uma região que ficava lotada de compradores, principalmente nos feriados prolongados. Hoje, há lojas fechadas. Contive minha desagradável descoberta. No retorno à residência, refleti. Como as Igrejas Batistas vão enfrentar essa crise? Imediatamente fiz outra pergunta: Como agiriam as Igrejas do Novo Testamento?

Vamos a outra pergunta: Qual igreja já constituiu um colegiado para acompanhar as famílias em dificuldades? Será que não chegará a hora de acompanhar as famílias em suas dificuldades visando comunicar-lhes amor quando as coisas ficarem irremediáveis? Por acaso não compartilhamos com amigos e irmãos em Cristo os dias especiais de nossas vidas? Então, por que não compartilharmos dificuldades? Repartir sobras, a

maioria dos ímpios também repartem! Outra pergunta: O que acontecerá se o esperado espírito de piedade não aflorar em nosso meio? Duas respostas: O mundo que nos rodeia nos condenará. O mundo dos dias apostólicos opinaram assim: “Vejam como se amam!”. Será triste ouvir não cristãos afirmarem: “Eles são piores do que nós”. Conclusão: Não existe nada neste mundo que aconteça sem um propósito

de Deus. Esse propósito é a manifestação da Glória de Deus. Eles quer que seu Reino se manifeste na terra. Jesus nos ensinou a pedir: “Venha a nós o teu Reino”. É isso que ele deseja para este mundo, antes da vinda definitiva de seu Reino. Que os nossos olhos possam ver muito, muito além dos acontecimentos presentes. Por mais difíceis que sejam os nossos dias, Deus quer agir neles, através de nossas vidas e atitudes.

Pai e que concede tudo que precisamos. Essa espiritualidade não nos leva para os altares, para o centro dos holofotes evangélicos, mas nos leva para o quarto. É no quarto que a espiritualidade detox, de fato, desintoxica os discípulos de Jesus. No quarto, a sós com Deus, não há muitas palavras, há quietude. Não há pedidos, há momentos intensos de contemplação e adoração. No quarto Deus olha para o nosso interior e nos leva a repensarmos nossas motivações, nossos preconceitos e nossas dificuldades. No quarto oramos sinceramente, sem usar expressões que demonstram nosso saber teológico. No quarto oramos como crianças conversando com o Pai. No quarto falamos e estamos diante de Deus em secreto e Ele nos vê em secreto, e em secreto trabalha em nós,

a fim de saírmos do quarto quebrantados e contritos a sermos como Jesus Cristo, o Filho amado. No quarto não nos exibimos, oramos. No quarto lemos as Escrituras como uma criança come sem etiquetas. No quarto nos lambuzamos com a Palavra de Deus, que é mais doce do que favo de mel, segundo os textos de Salmo 19.10, Salmo 119.103 e Pv 16.24. Jesus nos leva para o quarto para a desintoxicação, para esmagar nosso egoísmo, para limparmos nosso coração e mente dos valores seculares, para realinharmos nossas vidas ao centro da vontade de Deus, para assim sermos sal e luz desse mundo. Viva a espiritualidade detox proposta por Jesus e sinta o agir de Deus em sua vida. A espiritualidade detox não é uma dieta com prazo de validade, mas é um estilo de vida cristã.

Espiritualidade detox Jeferson Cristianini, colaborador de OJB

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expressão detox está na moda. Detox vem do inglês, que, literalmente, significa desintoxicação. As receitas e as dietas são muitas. Há cápsulas detox, há dietas que combinam alimentos que dizem limpar o organismo das toxinas, sucos que fazem uma “faxina”. Algumas propagandas dizem que os sucos detox secam barriga, eliminam celulites e fazem a pele ficar melhor. Homens e mulheres, motivados pela ditadura da beleza, buscam todas as maneiras de manter a forma e emagrecer. Todos querem ter um corpo escultural à semelhança das capas das revistas. Assim como as celebridades começaram a tomar os sucos e fazer as dietas detox, logo essa

expressão se popularizou e muitas pessoas passaram a copiar as celebridades e a comprar produtos com esse nome. Detox é uma expressão que abarca vários sentidos e já é usado para que clientes comprem produtos quando o nome detox está estampado nas embalagens. Detox virou uma marca das pessoas que almejam o padrão fitness e, para muitas, virou um “estilo de vida” mais saudável e regrada. Assim como as dietas e sucos detox prometem eliminar as toxinas do corpo e promover emagrecimento, a espiritualidade detox tem a proposta de eliminar as toxinas da religiosidade. A espiritualidade detox é uma proposta de intensa e profunda relação com Deus e com um realinhamento das nossas vidas ao centro da vontade do Senhor. Jesus, nosso maior modelo,

ensinou Seus discípulos a viverem uma espiritualidade sadia e equilibrada. Ele sempre se posicionou contra a espiritualidade farisaica de Sua época, que valorizava os estereótipos, os rótulos religiosos, os rituais vazios de devoção e um desempenho exibicionista. A espiritualidade detox ensinada por Jesus é uma proposta de esvaziamento de si mesmo, é uma busca da vontade de Deus, é uma vida centrada no Evangelho. Essa espiritualidade detox elimina as nossas ansiedades e nos leva a reflexão e constatação de que Deus é quem cuida de nós; assim sendo, nós não precisamos viver ansiosos, mas precisamos descansar na provisão divina. Essa espiritualidade nos leva a priorizarmos o Reino de Deus, e Sua justiça nos leva a eliminar nossas preocupações diárias, sabendo que Deus é o nosso


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missões nacionais

Missões em Paraisópolis - SP

Formatura da primeira turma de Líderes Indígenas Xerente

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Coral da Missão Batista Underground anunciou o Evangelho em evento secular

Redação de Missões Nacionais

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s missionários Leandro e Vânia Poçam têm alcançado vidas na comunidade conhecida como Paraisópolis, em São Paulo. Embora na liderança da Missão Batista Underground, eles contam que o trabalho tem sido realizado mais nas ruas do que entre as quatro paredes da Igreja. “Notamos que 70% de nossas atividades funciona nas ruas da comunidade, anunciando a Palavra do Mestre, cumprindo a Grande Comissão. Estamos cada vez mais empenhados e com a agenda apertada, por conta de projetos que estão em execução visando resgatar vidas”, relatam os obreiros. Recentemente, eles tiveram a oportunidade de anunciar o Evangelho, por meio da música, em um evento secular chamado Sarau Paraisópolis. Na ocasião, o pastor Leandro também pregou e levou o coral da Igreja para que se apresentasse. Outra importante oportunidade foi um culto realizado em uma casa de recuperação apoiada pela Missão. Os membros da Missão Batista Underground também participam de pequenos grupos multiplicadores, nos quais têm a oportunidade de se aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus, sendo firmados a

cada dia em Jesus. Atualmente, são cinco grupos, porém, há previsão para que mais dois sejam iniciados neste mês e outros 10 até o fim de ano. Outros projetos têm contribuído para que os membros prossigam dentro dos princípios da fé cristã. O “Resgatando Vidas”, projeto social que inclui a distribuição de sopa, tem retirado pessoas das ruas. “Uma delas, que tinha se desviado da Igreja, estava usando crack nas ruas de Paraisópolis. Ele nunca tinha sido internado em uma casa de recuperação e tivemos o privilégio de encaminhá-lo para uma casa parceira”, conta pastor Leandro. Pessoas que sofrem em função de outros hábitos também têm sido acolhidas e apoiadas pela Missão Batista Underground. “Celebrando a Recuperação funciona todas as terças e tem sido uma oportunidade para que as pessoas possam vencer os maus hábitos, incluindo dependência emocional, sexual, química, e outras mais”, explicam os missionários. Interceda pela obra missionária que tem sido realizada em Paraisópolis, a fim de que mais vidas sejam impactadas e transformadas pelo Evangelho de Cristo. Para apoiar este projeto por meio do PAM Brasil, acesse o site www. missoesnacionais.com.br e tenha outras informações.

Missionários com formandos do curso de capacitação de líderes indígenas

Evento aconteceu no Colégio Estadual Batista de Tocantínia

Pastor Valdir (à esq.) com os missionários Guenther e Wanda Krieger

Pastor Rinaldo de Mattos

Redação de Missões Nacionais

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o Tocantins, houve culto de gratidão pela conclusão do Curso de Capacitação de Líderes Indígenas da Igreja Xerente. A reunião aconteceu no salão nobre do Colégio Estadual Batista, em Tocantínia - TO, com presença dos missionários que atuam entre os indígenas, bem como o pastor Valdir Soares, gerente nacional para a evangelização dos povos indígenas, e representantes de Igrejas da Convenção Batista do Tocantins, e também da Igreja Batista Flamboyant, de Campos dos Goytacazes - RJ, que foi parceira de Missões Nacionais para a realização do curso.

Na ocasião, certificados foram entregues para as oito pessoas que concluíram o curso ministrado no Centro de Ensino Médio Indígena Xerente (CEMIX), em Tocantínia. Os participantes têm sido acompanhados ao longo dos anos pelos missionários e atualmente são líderes de Igrejas das aldeias Waktõhu, Mrãiwahi, Mrãizakrdi, Mrãzawrerê, Nrõzawi, Kâwahânisdu, Kripre e Nrõzawi. Os alunos são todos adultos e já casados, tendo em média 30 anos de idade. O curso teve início em janeiro de 2014 e foi ministrado em quatro etapas de 10 dias nas férias e 12 encontros mensais de um final de semana. A grade curricular foi montada pelo pastor Guenther Krieger, de acordo com

a realidade da Igreja Indígena Xerente. Ele e pastor Rinaldo de Mattos são missionários de Missões Nacionais junto aos xerentes há mais de 50 anos, e foram responsáveis pelas aulas na língua xerente. As outras disciplinas foram ministradas em português pelos missionários Wanda Braidotti Krieger, pastor Mário Luiz Gomes Moura, pastor Claudio Luís Barroso Viana e Suelí Leopoldina de Souza Moura. O maestro Rafael Bastos Oliveira ficou responsável pelas aulas de música. Interceda para que, por meio da formação de líderes, o número de indígenas alcançados pelo Evangelho aumente a cada dia. Ore pela saúde física e pela família dos missionários da área indígena.


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Organização Embaixadores do (25 de agosto d

Lucas Tavares, curador do Projeto Memória ER

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Organização Embaixadores do Rei comemora, em 2015, 67 anos de existência no Brasil. Preparamos uma matéria especial que conta um pouco da história dos Embaixadores do Rei no Brasil e no mundo.

O Início nos Estados Unidos (1883) Tudo começou em 1883. Um grupo de rapazes de 12 a 14 anos, da cidade de Owesboro, Kentucky, nos EUA, costumava se reunir para estudar missões e orar pelos missionários. Pensando assim em missões, o grupo resolveu custear as despesas de uma estudante na escola dirigida pela grande missionária Lottie Moon, em Tengchow, na China. Em outubro de 1907, a União Feminina Missionária da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos montou um Comitê de Trabalho Missionário para meninos. Fannie Heck, presidente da União Feminina Missionária, era a presidente do comitê, a senhorita Heck era outro membro do comitê. A senhorita Elizabeth Briggs assistiu a uma conferência missionária para jovens em Asheville (Carolina do Norte). Lá, elas ouviram a canção “The King’s Business” (Mensagem Real), que falava sobre embaixadores cristãos. Então, a senhorita Briggs sugeriu o nome “Embaixadores” (Ambassadors) para uma organização missionária para meninos, e a senhorita Heck acrescentou o “do Rei” (Royal). Na 20ª reunião anual da União Feminina Missionária da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, em maio de 1908, membros da União Feminina Missionária votaram para patrocinar uma organização de missões para meninos de 09 a 16 anos, cujo nome seria “Royal Ambassadors”. Uma mensageira, senhora W.M. Petway, estava tão animada com a nova organização que foi correndo para sua Igreja formar a primeira embaixada, que rece-

1 beu o nome de Embaixada Carey Newton, da Primeira Igreja Batista de Goldsboro, Carolina do Norte. Por volta de 1909, havia 45 embaixadas envolvendo centenas de meninos, na Convenção Batista do Sul. Em 1915, havia 500 embaixadas com mais de 4.500 embaixadores. Também foram incluídos materiais para a organização, com outros materiais editados para outras organizações. Os Embaixadores do Rei celebraram seu 25º em 1933. Havia 4.369 embaixadas com 41.864 embaixadores.

2 Em 1943, o trabalho ER havia crescido ao ponto que a Convenção precisa de um secretário de Embaixadores do Rei em tempo integral. A União Feminina Missionária convidou J. Ivyloy Bishop para ocupar a posição. Bishop já havia trabalhado como secretário dos ER no Alabama, Mississippi, e Carolina do Sul. Tendo ele aceitado o desafio, serviu até setembro de 1953. Outro grande evento na história dos Embaixadores Rei dos EUA foi a criação da Revista Ambassador Life, uma revista estritamente para Embaixadores do Rei. A primeira edição surgiu em junho de 1946. Em 1949, a circulação havia subido para 35.897 exemplares. Em 1997, a NAMB (Norte American Mission Board), equivalente a Junta de Missões Nacionais dos Estados Unidos assume o trabalho dos Embaixadores do Rei com o desafio de reorganizar e reformular o trabalho da organização. Foi a NAMB que coordenou a celebração dos 100 anos de Organização Embaixadores do Rei nos Estados Unidos, no ano de 2008.

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Em 2012, a WMU (Woman’s Missionary Union), União Feminina Missionária de lá, assume novamente o trabalho dos Embaixadores do Rei nos Estados Unidos e tem o desafio de manter uma organização que seja relevante para o Reino. História dos Embaixadores do Rei no Brasil (1948-2015) “Alvin, não deve existir um campo missionário no mundo maior e mais maduro do que o Brasil. E meninos... tem milhares. Os Batistas brasileiros estão precisando de Embaixadores do Rei e, pelo menos, alguns missionários e pastores mostraram bastante interesse nesse tipo de trabalho”. Com essas palavras proferidas por J. Ivyloy Bishop, líder nacional dos Embaixadores do Rei nos Estados Unidos, o pastor Willian Alvin Hatton e o próprio Bishop pensaram, sonharam juntos. “Nova vida num país de outra língua, outros costumes...”. Oito meses depois dessa conversa, precisamente em 04 de março de 1948, pastor Alvin Hatton e sua esposa, dona Katie, viajaram da cidade Van Buren em Arkansas para Nova York e, de lá, embarcaram para o Brasil. Após 16 dias de viagem, finalmente chegaram ao Rio de Janeiro. Desde o dia 31 de março até o começo de maio foi formada uma comissão para discutir o trabalho de E.R., traduzir e adaptar o material para um Manual simples. A comissão reuniu-se durante duas ou três horas por dia, uma vez por semana. A irmã Waldemira Almeida trabalhou bastante na tradução. Fizeram parte da comissão: Miss Minni Landrum, W. E. Allen, Tiago Lima e Alvin Hatton. Assistiram a algumas reuniões: Paulo Spurgeon de Paula, Hélcio Lessa e Katie Hatton.

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Em julho, do material traduzido, já havia cópias mimeografadas, que foram apresentadas na reunião da Missão Batista do Sul do Brasil. A Missão votou a favor da proposta de Miss Landrum, pedindo da Junta de Richmond Us$ 5.000,00 para começar o trabalho de E.R. e aprovação de Alvin Hatton como obreiro dos E.R.


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Rei completa 67 anos no Brasil de 1948-2015)

Em 07 agosto do ano de 1948 houve a primeira reunião com os E.R. da Igreja Batista da Tijuca - RJ e a organização foi apresentada para os adolescentes do Colégio Batista de Itacuruçá. Pela Graça de Deus, em 04 de setembro do mesmo ano houve a primeira reunião da Embaixada de Itacuruçá. Duas semanas depois, os E.R. desta Embaixada e os E.R. da Embaixada da Igreja Batista da Tijuca passearam em um lugar chamado Alto da Boa Vista. Oficialmente, a primeira embaixada no Brasil chama-se William Buck Bagby, da Igreja Batista da Tijuca, no Rio de Janeiro (hoje Primeira Igreja Batista do Andaraí – RJ), que foi organizada em 25 de agosto de 1948. Pastor David Gomes era o pastor na época, e deu todo o apoio ao trabalho ER. Foi o pastor Davi que, em 18 de setembro de 1948, levou a Embaixada de jipe para um passeio no Alto da Boa Vista. Além de produzidos 5.000 folhetos sobre os trabalhos dos E.R., foi iniciada a tradução do Guia dos Embaixadores do Rei, sendo formada uma comissão com os seguintes membros: Miss Minni Landrum, W. E. Allen, James Musgrave, Tiago Lima e Alvin Hatton.

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Em agosto de 1949 foi realizada a primeira reunião de reconhecimento de postos - Embaixadas da Igreja Batista da Tijuca e Itacuruçá, no templo da IB da Tijuca. Em 1950 foi redigido um acordo entre a antiga JUERP e a União Feminina a respeito do treinamento e da educação missionária dos juniores, então foi criado o Departamento de Embaixadores do Rei. Em agosto de 1950 foi comprado o Sítio do Sossego e, no período de 26 de fevereiro até 01 de março de 1951, foi realizado o 1º Acampamento dos Embaixadores do Rei no Sítio do Sossego, com 18 acampantes e três Igrejas representadas. O 2º Acampamento dos Embaixadores do Rei no Sítio do Sossego foi realizado em julho do mesmo ano, com 35 acampantes e oito Igrejas de três estados representadas. A partir de janeiro de 1978, com a criação da União Masculina Missionária o Departamento de Embaixadores do Rei, foi transferido para esta entidade. O primeiro secretário-geral, eleito em 1979, foi o irmão Dirceu Amaro. No Livro “Sempre Embaixador – 50 anos com os Embaixadores do Rei”, de autoria de William Alvin Hatton, são narrados os fatos mais importantes da Organização, de 1948 a 1981 (quando o livro foi escrito. Neste livro, Alvin Hatton destaca a atuação de alguns conselheiros de ER que o ajudaram no trabalho dos Embaixadores do Rei no Brasil, dentre eles estão Misael Gomes (Conselheiro de ER na Primeira Igreja Batista em Coelho da Rocha – RJ), que foi coordenador da região do Grande Rio. Outro grande colaborador foi o pstor Edson José Machado, autor do Hino Oficial dos Embaixadores do Rei. Ele foi braço direito de Alvin Hatton anos a fio na UMMBB, além de Samuel Rodrigues (hoje pastor), que foi líder Nacional dos Embaixadores do Rei e teve importante participação na história da Organização.

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Samuel J. Gonçalves

Paulo de Azevedo

Misael Gomes

Logo dos 50 anos dos Embaixadores do Rei no Brasil, 1998

Pr. Samuel Rodrigues

Pr. Edson Machado

Logo dos 60 anos do ER no Brasil, 2008

Em 1998, a Organização Embaixadores do Rei completou 50 anos. As celebrações aconteceram no Sítio do Sossego - RJ por ocasião do Acampamento Nacional de Verão de Embaixadores do Rei, e se estendeu até a Primeira Olimpíada de Inverno de Embaixadores do Rei (ONIER), realizada na cidade de Rio das Ostras - RJ. Nesta época, o coordenador Nacional era Paulo de Azevedo, que foi Conselheiro da Embaixada Apostolo Paulo, da Igreja Batista do Fonseca, em Niterói - RJ, coordenador do DAER Niteroiense e coordenador Nacional na década de 1990. Em 2008, sob a coordenação de Samuel José Gonçalves, o Departamento Nacional realizou uma grande mobilização evangelística na Praça Floriano Peixoto, localizada na Cinelândia, no Rio de Janeiro, onde na escadaria da Câmara de Vereadores realizou um grande culto evangelístico. Em 2013, ainda sob a coordenação de Samuel, o Departamento Nacional, em parceria com o Departamento de Embaixadores do Rei da Convenção Batista Carioca, e o Departamento de Embaixadores do Rei da Associação Batista Gonçalense (São Gonçalo - RJ), promoveram a celebração dos 65 anos dos Embaixadores do Rei no Brasil na Igreja Batista em Itacuruçá - RJ, no dia 24 de agosto. Samuel José Gonçalves foi Conselheiro de ER da Igreja Batista Central em Campo Grande - RJ. Também foi coordenador do DCER Carioca, e exerceu o cargo de coordenador nacional de Embaixadores do Rei entre os anos de 2003 e 2011.

Hoje, a Organização Embaixadores do Rei enfrenta grandes desafios, como o de realizar atividades e ter um programa atraente em um mundo pós-moderno, que se modifica a todo instante. É fundamental que a organização seja relevante na Igreja local e que os Departamentos em todos os níveis invistam em treinamento de liderança e se voltem para o trabalho de essência de uma embaixada: ganhar almas para Jesus Cristo, promover o crescimento cristão, realizar discipulado, servir, evangelizar e fazer missões. _____________ Crédito / legenda das fotografias: 1. As primeiras embaixadas nos Estados Unidos contaram com o apoio da União Feminina (Woman’s Missionary Union). Repare na foto a presença de uma irmã da União Feminina. Foto: Divulgação / Convenção Batista do Texas, Estados Unidos. Sem Data. || 2. Primeira Convenção dos RAs, Atlanta, Georgia, agosto 1953. Foto: NAMB / Divulgação || 3. J Ivyloy Bishop, com Embaixadores do Rei que completaram os postos. Foto: NAMB / Divulgação || 4. Pastor William Alvin Hatton. Foto: Arquivo Pessoal || 5. Laiz Lessa, Conselheiro de ER da primeira embaixada, realiza passeio com os primeiros ERs em 1948. Fotos: Acervo Memória ER || 6. Embaixadores do Rei praticam educação física na quadra de basquete do sítio do sossego - RJ. Sem Data. Foto: Acervo Memória ER


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Projeto Memória ER

Resgatando a história da Organização Embaixadores do Rei

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á algum tempo, um grupo de líderes de Embaixadores do Rei decidiu reunir informações e dados sobre a história da Organização no Brasil ao longo desses 67 anos de existência. A ideia logo se transformou em um projeto de amplitude nacional, firmado no desejo de resgatar a história e a memória dos Embaixadores do Rei em nosso país – tendo em vista sua relevante contribuição para a denominação Batista, não apenas na formação do caráter cristão dos seus membros, mas também no treinamento e discipulado de crianças e adolescentes que anos depois vieram a se

Foto: Lucas Tavares

tornar adultos comprometidos com o Evangelho, pastores, mestres, missionários e ministros atuantes nas mais diversas áreas da Igreja brasileira. Em apenas quatro anos de

existência oficial, o Projeto Memória ER já conta com mais de 500 fotografias, 100 negativos, 50 dispositivos (para projeção de slides), além de documentos, áudios, víde-

os e publicações. A equipe, que conta com o apoio institucional da denominação, está otimista e pretende executar, além da digitalização de todo o acervo disponibilizado em doações e empréstimos, sua restauração, acondicionamento devido, e estuda a viabilização da implementação de um centro de memória para a guarda de todo o acervo físico doado ao Projeto. A equipe prevê que o acervo digitalizado seja, depois de um tempo, disponibilizado para consulta na base de dados online do Projeto. A chamada “Base Alvin” permitirá a qualquer líder, Embaixador do Rei, pastor ou membro de Igreja no Brasil,

ou qualquer outra pessoa, ter acesso ao acervo do Projeto. O conselheiro Lucas Tavares é o coordenador da equipe, que conta hoje também com o apoio de diversos irmãos integrados ao coletivo. Para entrar em contato, contribuir com o acervo, obter material de divulgação, juntar-se à equipe ou simplesmente obter informações, escreva para memoria@embaixadoresdorei. org ou telefone para 21-41244777 (Rio de Janeiro - RJ). Junte-se à equipe. Contribua. Divulgue. Participe. O Projeto Memória ER conta com você! www.embaixadoresdorei. org/memoria www.fb.com/memoriaer

DAER Gonçalense realiza Acampamento para mais de 300 ER Lucas Tavares, coordenador do DAER Gonçalense - RJ

Foto: Lucas Tavares

Foto: Thiago Campos

Foto: Junior Moraes

Foto:Lucas Cordeiro

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os dias 10 a 12 de julho deste ano, o DAER Gonçalense (Departamento de Embaixadores do Rei Gonçalenses) realizou seu acampamento no Sítio do Sossego, em Casimiro de Abreu – RJ, com mais de 300 acampantes e 25 Igrejas da Associação Batista Gonçalense (Convenção Batista Fluminense) representadas. Na sexta-feira à noite, o acampamento contou com a participação da Banda Anúncio e a preleção de Hugo Campos, presidente da Juventude Batista Gonçalense. Já no sábado pela manhã, os Embaixadores do Rei participaram de gincanas bíblicas, quando foram testados os seus conhecimentos e aqueles que tiveram melhor desempenho foram premiados. No sábado à tarde foram realizadas as oficinas. Em uma delas, o DAER Gonçalense contou com a participação de Marcelo Eco, artista cristão reconhecido internacionalmente, que pode trocar ideias sobre sua experiência de conversão e influenciar de maneira positiva a vida dos meninos ali presentes, sobretudo na experiência diária com Deus em oração, além de deixar um presente no sítio: sua intervenção artística (grafite) na parede externa próxima a piscina. Também foi realizada a oficina de fotografia, ministrada pelos fotó-

grafos Lucas Tavares, Thiago Campos, Lucas Cordeiro e Junior Moraes, que, juntos, também realizaram o ensaio fotográfico com pó colorido, além de fazerem a cobertura fotográfica do evento - para ter acesso ao vídeo da oficina de fotografia, acesse a página oficial do DAER Gonçalense (www.fb.com/ daerg). O pastor Antonio Marcos, da Igreja Batista em Jardim Glaucia, em Belford Roxo - RJ, também marcou presença no Congresso; re-

alizou um treinamento com líderes de Kids Games e aplicou os jogos para os juniores no Acampamento. No sábado à noite, foi realizado o culto com a participação da Banda Atitude Certa e a preleção de Pedro Tristão, capelão do Colégio Batista Shepard. No domingo, foi realizado pela manhã um culto especial, pois aconteceu a chamada “manhã da decisão”, quando os meninos reconheceram publicamente Jesus Cristo como único e

suficiente Salvador, e quando alguns Embaixadores do Rei aceitaram o desafio e reconheceram um chamado para o ministério pastoral e missionário. Somos gratos a Deus pelos momentos vi-

vidos neste acampamento. Nosso desejo é que possamos cada vez mais viver os propósitos do Senhor para nós, como diz o tema do ano do DAERG, vivendo “Pelo Rei e Pelo Reino”.


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missões mundiais

Conseguimos algum fruto

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Lyubomyr Matveyev – missionário Especial da JMM na Ucrânia

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enho algo que levaremos conosco para o futuro: almas que se decidiram ao lado de Cristo e foram batizadas. Na verdade, estamos no período de verão, entre maio e agosto. Isso quer dizer que estamos na época de muitos acampamentos ao ar livre ou nas tendas (para todas as idades) na beira de lagos ou rios, nos bosques. O clima permite estar mais perto da natureza e de Deus. Além disso, preenchemos esses acampamentos com as programações evangelísticas ou com estudos bíblicos. Como resultado, temos tido muitos frutos em decisão e também alguns em batismos. No nosso contexto, os batismos estão ficando cada vez mais raros, infelizmente. O solo do coração das pessoas fica cada vez mais duro. Isso, assim como no caso do apóstolo Paulo em Romanos: “E não, quero que ignoreis, irmãos, que muitas vezes propus visitar-vos, mas até agora tenho sido impedido, para conseguir algum fruto entre vós, como também entre os demais gentios” (Rm 1.13), cria um “impedimento”, uma barreira, o desafio enorme para a pregação da Palavra. Por isso, quando chega a hora da colheita espiritual (que aqui geralmente acontece no verão), encontramos um, três, cinco, dez frutos – e estes são a razão da nossa satisfação, alegria e vitória. Quando o apóstolo Paulo escreve “Conseguir algum

fruto entre vós”, ele tem em mente “Colher uma colheita”, como encontramos em outras passagens bíblicas, por exemplo em João 4.36, Filipenses 1.22 e Colossenses 1.6. A palavra paulina “fruto” serve como metáfora para dizer “pessoas”. Paulo tinha amor enorme pelas pessoas e salvação das mesmas. “Os frutos”, isto é, “as pessoas” são a maior força motivadora que nos faz ir ao seu encon-

tro. E não há qualquer “impedimento” que possa nos faz parar ou desistir de amar as pessoas, ir ao seu encontro e levar-lhes a Palavra salvadora de Cristo Jesus. Assim, entre tantos outros batismos nas mais diversas Igrejas na Ucrânia pelas quais passamos e realizamos programação de acampamento e evangelismo, também tivemos a maior alegria em batizar duas pessoas na Igreja

que pastoreamos, em Kiev, a capital ucraniana. Os batismos foram celebrados no lago perto da Igreja no dia 02 de agosto. Os batismos serviram como um instrumento de evangelismo para muitos não crentes que vieram ou foram convidados (inclusive pelos candidatos ao batismo, cujas famílias são da religião ortodoxa tradicional, muito forte aqui. E um deles aceitou a Jesus na

hora do apelo) para assistir aos batismos por imersão. Mais sementes foram lançadas no solo dos corações humanos. Resta a nós orar e pedir a Deus que faça germinar a semente da Palavra e que ela frutifique 30, 60 ou 100 por cento. Aí “Conseguiremos mais algum fruto” na Ucrânia, Armênia, Azerbaijão ou em qualquer outro lugar deste campo chamado mundo!

Uma viagem à selva amazônica no Equador Fabiane Farias – Radical Latino-Americano

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omo poderíamos imaginar que no meio de uma vasta selva, o Senhor Deus levantaria um povo temente a Ele em tão curto prazo? Deus sempre nos surpreende! Nossa primeira visita a Kuamar, uma comunidade do povo indígena shuar, no Equador, foi em meados de junho deste ano. Fomos em equipe formada pelos três integrantes da décima turma do Projeto Radical Latino-Americano que está no Equador (eu, Jesse James Fernandes e Ariel Onorio) e mais dois casais da Igreja em que servimos em Quito, a capital. Ao chegarmos, encontramos uma comunidade sem

trabalho cristão estabelecido, apenas com histórias de missionários americanos que passaram por lá fazia muito tempo. Assim, pregamos a Palavra de Deus a homens, mulheres e crianças, e passamos dias tendo comunhão com eles, fazendo coisas simples como tirar fotos, jogar fute-

bol, comer juntos, conversar e fomos embora. Cerca de um mês depois, retornamos à comunidade de Kuamar. Dessa vez, eles nos esperaram no início do longuíssimo caminho a percorrer até a aldeia e nos ajudaram a levar a bagagem, as caixas de Bíblias doadas por um dos casais que foram

conosco e roupas doadas por pessoas da Igreja. E mais uma vez, passamos dias lindos junto a eles. Só que dessa vez, o Senhor havia preparado uma surpresa! A Palavra ministrada na vez anterior, como uma semente lançada em terra boa, germinou, e mais de 30 pessoas haviam tomado a decisão de

entregar suas vidas a Jesus, clamando para serem batizadas. Três dias depois na nossa chegada, realizamos o batismo dessas pessoas junto aos membros da Igreja Batista Vida Eterna, de Quito, que foram conosco nessa viagem. Também foi celebrada a primeira Ceia do Senhor na comunidade, assim como foram lançados os pilares da Igreja que está se edificando neste lugar. Como equipe Radical Latino-Americano no Equador podemos dizer que foi uma grande bênção do Senhor em nossas vidas poder participar de um momento histórico como esse no meio da selva amazônica de difícil acesso. Realmente não há barreiras intransponíveis para o Evangelho do nosso Senhor.


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notícias do brasil batista

Batistas baianos unidos e fortalecidos em Ipiaú - BA

Comunhão e posicionamento sobre o cenário atual da sociedade marcam a 92a Assembleia da Convenção Batista Baiana Lidiane Ferreira, comunicação Batista Baiana

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“É tempo de colher. Eu vou!” O tema da Campanha de Missões Estaduais 2015 da CBBA foi o tema da mensagem do pastor Edivaldo Santiago (Pastor emérito da Primeira Igreja Batista em Una-BA), orador oficial no dia 30/07. No dia seguinte, foi a Noite da Juventude, com o colegiado da Juventude Batista Baiana e representantes das associações. O orador foi o missionário Marcos Grava (JMM). A Noite da Responsabilidade Social (02/07) contou com a mensagem do pastor Petrônio Borges Jr. (Primeira Igreja Batista em Catu-BA). Foram prestadas homenagens a Eliete Moraes (Associação Recriar); ao pastor Otacílio Lopes (in memoriam), que foi pastor da Primeira Igreja Batista em Santo Antônio de Jesus - BA; e ao pastor João Felix e família, pelo tempo como gerente de Expansão Missionária da CBBA.

scolher o melhor momento da 92ª Assembleia Anual da Convenção Batista Baiana é tarefa difícil para quem participou da reunião, que englobou o período de 29/06 a 04/07. No dia 29/06, à noite, um culto evangelístico ocorreu no templo da Igreja. Nas manhãs (01 a 03/07), os convencionais participaram de cultos na Primeira Igreja Batista Rio Novo - BA, com mensagens do pastor Roberto Amorim, da Igreja Batista do Farol, em Maceió-AL, e de seminários: “Saúde emocional da família”, com o pastor Eufrásio Araújo - PE; “Ministério com pequenos grupos multiplicadores”, com o pastor Diogo Carvalho (JMN); “Legislação e parâmetros jurídicos / contábeis para as Igrejas”, com o professor Carta de Ipiaú Ubiratã Pereira (UFBA) e “MulDurante a Assembleia, os tiplicação de líderes servos e saudáveis”, com o pastor Josué convencionais elaboraram a Carta de Ipiaú, documento Campanhã (Sepal). no qual fazem uma declaração pública acerca do cenáMúsica Os educadores cristãos par- rio atual de intolerância no ticiparam do Congresso da país. Leia na página ao lado Associação dos Educadores o texto na íntegra. As comemorações do cenCristãos Batistas da Bahia, com a presidente da Asso- tenário da PIB de Rio Novo ciação no Brasil, Samya So- (31/10) começaram dia 02/07, ares. Os músicos estiveram quando 16 pessoas foram batino XX Congresso de Artes e zadas. À noite, a história da IgreAdoração da Associação dos ja foi contada por seus membros em uma bela apoteose. Músicos Batistas da Bahia.

Na Noite de Missões (03/07), os missionários da CBBA destacaram o tema da campanha deste ano e contaram testemunhos entre ciganos e indígenas. As crianças do Congresso Infantil fizeram uma bela apresentação. O culto teve como orador o missionário Abdallah, que contou seu testemunho, de homem-bomba a missionário que fala do poder do Evangelho. Afeto No sábado (04/07), a Juventude Batista Baiana, a União Feminina Missionária Batista da Bahia e a União Missionária de Homens Batistas da Bahia realizaram suas respectivas reuniões anuais. As sessões deliberativas da 92ª Assembleia ocorreram com diferentes opiniões manifestas em clima de respeito. Estudos bíblicos, oficinas e músicas de qualidade aliados ao empenho de todos da CBBA contribuíram para a realização da Assembleia. As noites do evento contaram com cerca de 2100 pessoas. “Cremos que tudo isso, somado, sobretudo à boa vontade dos mensageiros, contribuiu para que a última Assembleia pudesse ser chamada de assembleia do afeto”, opina o pastor Edvar Gimenes, presidente da CBBA. Em 2016, a 93ª Assembleia Anual da CBBA será realizada em Valença-BA, de 28/06 a 02/07.


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ponto de vista

CARTA DE IPIAÚ

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As Igrejas Batistas da Bahia, reunidas em sua 92ª Assembleia da Convenção Batista Baiana, na cidade de Ipiaú, nos dias 30/06 a 04/07, fazem uma declaração pública em resposta ao cenário de intolerância vivido em nosso país. SOBRE O CENÁRIO CONTEMPORÂNEO O Brasil está vivenciando um período crítico extremamente preocupante: crise econômica e política, falta de um projeto político nacional, falta de estadistas, lideranças políticas medianas, falta do senso de bem comum e a prevalência dos interesses pessoais e privados sobre o interesse comum. Há tensões de toda ordem: gênero, gerações, étnicas, regionais e religiosas que tem produzido toda forma de violência, inclusive homicídios. Há violências, conflitos sociais, étnicos, abusos de drogas. O medo parece comum e a resposta violenta que imponha mais medo parece a resposta mais óbvia e a única solução. Exemplo mais visível dessa cultura de imposição de uma força mais bruta e de mais violência é a proposição da redução da maioridade penal no Congresso Nacional. Lideranças, inclusive religiosas, incitam a agressão, o fundamentalismo, o fanatismo, o ódio, a demonização do outro. As religiões muitas vezes são utilizadas para obtenção de poder econômico ou político, desviando-se completamente do seu propósito original. Vivemos, no Brasil, em uma jovem democracia. A redemocratização política tem menos de 30 anos. Ainda há necessidade de políticas públicas de gênero e etnia em um claro reconhecimento de que há ainda desigualdades entre pessoas de gênero e etnias diferentes, ou seja, ainda não vivemos uma democracia plena, madura. Em um Estado democrático religião é assunto do indivíduo e seu Deus e não do Estado. A jovem democracia brasileira só passa a experimentar essa realidade a partir da década de 50 do século XX e só chega às religiões mais excluídas na metade da década de 70, quando deixa-se de exigir das religiões de matriz africana a obrigatoriedade de licença junto às autoridades policiais para realização dos seus cultos. Portanto, também no campo da tolerância religiosa ainda somos aprendizes e por certo temos grandes desafios, mas temos que ter a firme convicção de que não queremos retroceder ao tempo da religião oficial onde os desafetos eram apedrejados e aprisionados. Todavia, apesar do avanço democrático, há claramente um retrocesso que se revela preocupante. Há um ressurgimento de preconceitos que julgávamos mortos e sepultados. A famosa “cordialidade brasileira” parece dar lugar a um espírito beligerante. Há guerras e intolerância num nível que julgávamos superados. É bom lembrar que por trás de toda intolerância há sempre disputa de poder. A intolerância é ainda uma das formas de opressão contra os mais fragilizados por sua condição econômica, religiosa, étnica e sexual. A intolerância via de regra, produz um imperialismo social onde o diferente não é tolerado estabelecendo-se uma ditadura. Diante desse cenário, agravado pela fala de supostos representantes do segmento evangélico, nós, os Batistas baianos, decidimos manifestar publicamente e oficialmente sobre este tema. CONSIDERANDOS Os princípios Batistas consideram que “cada indivíduo foi criado à imagem de Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e dignidade infinita”; que “cada pessoa é competente e responsável perante Deus nas suas próprias decisões e questões morais e religiosas”; que “cada pessoa é livre perante Deus em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como testemunhar sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros”. Diante disso, é correto afirmar que cremos que o indivíduo pode se relacionar com Deus sem a imposição de credos, interferência de mediadores ou intervenção do governo civil. Tendo sido, nós, Batistas, vítimas da intolerância e perseguição religiosas ao longo da nossa história de 400 anos, desenvolvemos uma paixão pelo tema da liberdade religiosa. Já em 1612 foi escrito por Thomás Hellwys o primeiro apelo em língua inglesa em favor da completa liberdade religiosa. Neste documento ele reafirma sua lealdade ao Estado, mas declara o que acredita ser a delimitação do poder do Estado e o princípio da liberdade religiosa para todos os indivíduos: “quer sejam eles heréticos, turcos, judeus ou o que quer que sejam, não compete a qualquer poder terreno puni-los...”. Os Batistas fundamentaram sua crença na liberdade religiosa em verdades extraídas da própria Bíblia Sagrada. O Deus soberano criou seres livres. Impedir o uso da liberdade de seres criados à imagem e semelhança de Deus é aviltar a criação de Deus e intentar contra a sua mais sagrada criação. Impor uma religião ou impedir o exercício da fé de alguém é impedir o exercício de uma fé autêntica, visto que esta só é fé se for livre. Aquele que é o nosso Senhor e Mestre conviveu em um mundo semelhante ao atual, permeado por cosmovisões diferentes da sua, tais como gregos, cananeus, discípulos de João e até pseudodiscípulos seus e em diversas ocasiões, mesmo incitado a exterminá-los ou impedir de exercerem a sua fé, recusou-se a fazê-lo: “Não sabeis de que espírito sois?” E “não os impeçais”. Os Batistas ensinam que a salvação é pessoal, a fé individual e relacional, não ritual e que a conversão se dá mediante convicção dos próprios pecados, arrependimento e confiança na graça salvadora de Deus, na pessoa bendita de Jesus. Portanto não convém ao Estado, nem mesmo a qualquer religião impor a sua verdade como única. DECLARAÇÕES O ser humano deve ser considerado o valor mais elevado da vida (Salmo 8) e disto decorrem quatro declarações: SOMOS VEEMENTEMENTE CONTRÁRIOS À CULTURA DA VIOLÊNCIA E ADEPTOS DO RESPEITO À VIDA E A CULTURA DA PAZ Toda forma de violência cometida ou ensejada, mesmo e, principalmente, em nome de Deus não apenas é repudiada, mas negada como procedente de Deus que é o Autor da vida, Reconciliador, que para pacificar a relação com o ser humano foi capaz de realizar o sacrifício supremo de entregar o Seu próprio Filho (João 3.16). Dentre as formas de violência descritas genericamente acima podem ser incluídas: ódio, egoísmos, inveja, rancor, discriminações, opressão, indiferença e desrespeito à liberdade do outro. SOMOS DEFENSORES DA SOLIDARIEDADE E COOPERAÇÃO ENTRE AS PESSOAS Denunciamos como antidivinas a cultura do egoísmo e toda ordem econômica que destrói os recursos naturais e explora o indivíduo, que alimenta a corrosão social e aumenta o fosso que separa os ricos, cada vez mais ricos, dos pobres, cada vez mais pobres (Isaías 58). Valorizar a pessoa humana como idealizada por Deus implica em construir uma sociedade mais justa e fraterna com uso racional dos recursos naturais, onde os que governam o façam para todos, onde instituições sirvam as pessoas, onde os direitos prevaleçam independentemente do poder econômico dos envolvidos e onde a resistência seja sempre pacífica. Para isso defendemos em nosso país as grandes reformas estruturais iniciando com uma ampla reforma política, que independentemente do modelo se paute pelos valores acima descritos. SOMOS FAVORÁVEIS À CULTURA DE PARCERIA E DIREITOS IGUAIS ENTRE OS SERES HUMANOS INDEPENDENTEMENTE DO GÊNERO Criados à imagem de Deus, homem e mulher são iguais em valor e dignidade. Todavia temos experimentado milhares de anos de exclusão, opressão e dominação injustificáveis e condenáveis de um sexo sobre o outro. Defendemos que a espiritualidade bíblica conduz a uma relação de respeito mútuo, de tolerância, de reconciliação e de amor entre os gêneros. SOMOS DEFENSORES DA CULTURA DO DIÁLOGO, DA TOLERÂNCIA E DO RESPEITO A DIVERSIDADE Estamos comprometidos historicamente com a plena liberdade, não apenas a mera tolerância. Queremos e lutamos pela liberdade de todos os indivíduos ou instituições/religiões, mesmo para aqueles com os quais temos posicionamentos diametralmente opostos. Como disse o pensador: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-las”. O diálogo é a via humana desejável para o entendimento, mesmo entre opositores ferrenhos. Dialogar é fundamental para evitar ou resolver conflitos que ameacem a vida em qualquer das suas dimensões e onde a solução não seja possível com a decisão de apenas uma das partes. “Se não conversarmos uns com os outros agora, atiraremos uns nos outros amanhã”. O diálogo não produzirá um pensamento uniforme, nem uma religião única, mas possibilitará a coexistência, a convivência e por fim a “diversidade reconciliada” e a diferença suportada. Bibliografia utilizada direta ou indiretamente

Shurden, Walter B. As Quatro Frágeis Liberdades: resgatando a identidade e os princípios batistas. Recife: MLK-B, 2005. 137p Moltmann, Jürgen. EXPERIÊNCIAS DE REFLEXÃO TEOLÓGICA: caminhos e formas da teologia cristã. São Leopoldo/RS: UNISINOS, 2004. 295p Princípios Batistas http://batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=16&Itemid=16 Kung, Hans. Declaração do Parlamento das Religiões do Mundo.

Salvador, BA, 04 de julho de 2015 Comissão de redação: Pr. José Roberto Amorim – relator Pr. Francicláudio Gomes da Silva Ivone Santana Marília Ceo Porto Pr. Petrônio A. Borges Jr.

Diretoria da Convenção: Pr. Edvar Gimenes de Oliveira, presidente Pr. Carlos Cesar Januário, 1º vice Pr. Edson Carmo da Silveira, 2º vice Pr. Matheus Guimarães Guerra Gama, 3º vice Margareth Gerbase Gramacho Fadigas, secretária Pr. Daniel Costa Pereira, 1º vice Pr. César Santos de Brito, 2º vice


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o jornal batista – domingo, 23/08/15

ponto de vista

Pensar, sentir e agir em Cristo Jesus!

P

ensar em Cristo é ter a mente renovada, arejada e criativa. É refletir acerca de Sua vida e Obra. Quando pensamos em Cristo Jesus, nossas mentes são revigoradas. “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é puro, tudo o que é justo, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, se há algum louvor, ocupe a vossa mente” (Fp 4.8). Pensar em Cristo Jesus é dialogar com amor, respeito e ternura. Raciocinar em Cristo é ter uma mente ajustada, energizada, descansada e renovada. É pensar radicalmente com a verdade do Evangelho de Cristo, que é o “Poder de Deus para a salvação de todo o que crê” (Rm 1.16). A mente em Cristo confia, é verdadeira, inteira e visionária. Não pensa em si mesma, mas no próximo. Tem prazer em servir à semelhança de Cristo, “Que não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos” (Mt 20.28).

Além de pensarmos em Cristo Jesus, precisamos sentir nEle. Paulo exortou aos irmãos em Filipos: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo” (Fp 2.5). Esse sentimento se caracteriza pela humildade, renúncia, amor, obediência, entrega, mansidão e generosidade. Devemos sentir com o coração do Mestre, cheio de compaixão pelo perdido. Empático à pária da sociedade, despido de qualquer interesse pessoal, egoísta. Ele possuía sentimentos absolutamente puros, alinhados à vontade do Pai. Sentimento que O levou a chorar como Ele chorou por Lázaro, como está escrito em João 11.35. Que O levou a lamentar a situação espiritual de Jerusalém. Ele nos ensinou a “Amar os nossos inimigos, a bendizer os que nos maldizem e orar pelos nos perseguem (Mt 5.43-48). A vida de Jesus sempre foi de puro sentimento voltado para as necessidades do homem perdido, morto nos seus

delitos e pecados. Quando meditamos na Palavra de Cristo, quando O buscamos de todo o coração e desejamos fazer a Sua vontade, Ele age poderosamente em nossa capacidade de sentir. Passamos a sentir como Ele. Então, o pensar e o sentir em Cristo Jesus nos levam a agir como Ele. Ele desafiou homens a segui-lO e servi-lO. Treinou-os com amor e disciplina. Diante de várias situações, o Senhor Jesus sempre buscou o homem, o alcançou nas suas mazelas. Ele perdoou os que O ofenderam. Confrontou Zaqueu, Nicodemos, o jovem rico e a mulher adúltera e condenou veementemente a postura dos escribas e fariseus, que viviam uma religião aparente, incoerente e hipócrita, marcada pelo legalismo implacável. Ele agiu ressuscitando mortos, curando enfermos e dando um código de ética do Reino aos Seus discípulos, segundo Mateus 5, 6, e 7. Diz Lucas que “Jesus andou por toda a parte, fazendo o bem e curando todos os oprimidos

pelo diabo, porque Deus era com Ele” (At 10.38). Jesus saiu dos níveis do pensamento e do sentimento para o nível da ação. Não basta que pensemos e sintamos, mas é necessário e urgente que ajamos sempre em Cristo Jesus, no Seu caráter, de acordo com os Seus ensinos. João, em sua belíssima primeira carta, diz: “Quem afirma estar nEle também deve andar como Ele andou” (I Jo 2.6). Devemos viver como Ele viveu. Fazer como Ele fez. O Seu estilo de vida deve ser imitado por nós. O Seu pensar e o Seu sentir O levaram a agir com simplicidade, eficiência e eficácia. O Mestre possuía uma mente simples. Devemos viver de forma simples. Como nos ensina Tiago: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17). Que sejamos tomados pelo exemplo de Jesus Cristo. Vivamos os Seus ensinos, façamos como Ele fez a partir dos pensamentos e sentimentos centrados nEle. Que

o nosso coração tenha prazer em fazer “A vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2). Sejamos absorvidos pelo amor de Cristo Jesus. Vivamos este amor em nossos relacionamentos. Façamos de nossas famílias e Igrejas habitats da graça derramada e do amor “Que tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta; que jamais acaba” (I Co 13.4-8). Que oremos pelo perdido. Que o busquemos com o amor de Cristo Jesus. Tenhamos paciência uns com os outros. Que dons e talentos sejam exercidos no caráter de Cristo Jesus. Imitemos o apóstolo Paulo, quando disse: “Mas em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24). Se os nossos pensamentos (razão), sentimentos (emoções) e ações (prática) estão em Cristo Jesus, o Pai é glorificado!

A estratégia do Cavalo de Troia Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB “Fiquem atentos, pois falsos irmãos se intrometerão e entrarão secretamente no meio de vós. Haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou. A eles nós não devemos ceder, para que prevaleça sempre a verdade do Evangelho” (Gl 2.4-5; II Pe 2.1).

O

Cavalo de Troia foi um grande cavalo de madeira que, segundo a lenda, foi usado pelos gregos durante a Guerra de Troia, como um estratagema decisivo para a conquista da cidade fortificada deTroia. Os troianos tinham o cavalo como um símbolo de vitória, por isso foram facilmente enganados. Entusiasmados, levaram o monumento para dentro das muralhas, sem saberem que em seu interior se ocultava o inimigo. À noite, os guerreiros que estavam dentro do cavalo saíram e dominaram as sentinelas, possibilitando a entrada do

exército grego, e levando a cidade à ruína. Apesar da origem em uma lenda antiga, a ideia do Cavalo de Troia está nas bases de uma avançada tecnologia, que torna indispensável o uso de antivírus no computador. Foi desenvolvido um programa malicioso de mesmo nome, que age tal como na história do Cavalo de Troia, entrando no sistema do computador e criando uma porta para uma possível invasão. Mas o que poucos sabem é que esse método de infiltração também é usado na atualidade por engenheiros sociais, que trazem ideologias não muito claras, travestidas de “boas intenções” para adentrar aos muros da família e da religião, abrir brechas em suas fortalezas para, finalmente, eliminar a sua influência junto à sociedade. Daí surge novamente a ideia do Cavalo de Troia como uma estratégia de invasão, agora do sistema religioso e cultural. Isso mesmo! Os engenheiros sociais de gênero, através de apelos atrativos, e “nobres” discursos em prol das minorias, pretendem apoderar-se do sistema religioso, contaminá-lo e criar

“portas de invasão” para facilitar a implantação do neototalitarismo, promover a morte da família e moldar o Estado com uma visão antirreligiosa, e não apenas laica. Esse é o motivo do surgimento de tantas comunidades que têm aparência de religiosidade, mas que no fundo defendem valores, princípios e doutrinas totalmente estranhas às Escrituras Sagradas. Seus frequentadores se identificam como seguidores de Cristo, mas andam bem longe d’Ele, tão longe quanto aqueles que usam a religião para obtenção de riquezas. Alguns de seus líderes usam o colarinho clerical próprio de padres e pastores, e ousam interpretações esdrúxulas do texto da Bíblia, com a finalidade de acomodá-la às suas inclinações carnais. A proposta da verdadeira Bíblia segue na contramão disso. Ela é a regra de fé e conduta do cristão. Não pode ser adaptada aos nossos desejos carnais, mas nós é que devemos nos adaptar a ela, abandonando o que ela condena e fazendo o que ela ordena. A Bíblia diz: “Não

vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele” (Rm 12.2). A bem pouco tempo, tomamos conhecimento pela mídia sobre o lançamento da Bíblia Gay. Com o nome de “Queen James” (Rainha James), ela foi adaptada para impedir interpretações contrárias à prática homossexual, que é condenada nas versões originais das Escrituras. Augustus Nicodemus, teólogo e escritor, comentando o assunto afirmou que a proposta dessa nova Bíblia revela claramente um caráter ideológico, e que todas as versões da Bíblia conhecidas inverteram passagens como Levíticos 18.22 e Romanos 1.26-27, de modo a dar a entender que o que está sendo condenado é exatamente as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. “Sabemos os nomes e as qualificações acadêmicas de seus editores, mas isto não aparece na ‘Bíblia Queen James’”, diz ele. A sua análise

é apresentada no portal “The Christian Post”. Assim como foi criado o antivírus para combater os programas maliciosos de computador, a verdadeira doutrina cristã é a arma mais poderosa para se combater a ideologia de gênero e outras que visam a morte da família. A Bíblia diz: “Na presença de Deus e de Jesus Cristo, que julgará todos os seres humanos, Eu ordeno a você com toda firmeza, o seguinte: pregue a Mensagem e insista em anunciá-la, seja no tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda, anime e ensine com toda a paciência. Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir. Essas pessoas deixarão de ouvir a verdade para dar atenção a falsos ensinos. Mas você seja moderado em todas as situações. Suporte o sofrimento, faça o trabalho de um pregador do Evangelho e cumpra bem o seu dever de servo de Deus. (II Tm 4.1-5).


o jornal batista – domingo, 23/08/15

ponto de vista

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observatório batista LOURENÇO STELIO REGA

Abortamento (7) Abortamento terapêutico

O

abortamento terapêutico é aquele recomendado como recurso extremo para salvar a vida da gestante. Há diversas situações em que a manutenção da gravidez poderá colocar em risco a vida da gestante, tal como uma grave cardiopatia. O Código Penal (Art. 128, I) permite esse tipo de abortamento. Temos também a gravidez ectópica. Neste caso, em vez da gravidez ocorrer no útero, o local próprio para isso, está ocorrendo em outro local. Um exemplo disso é a gravidez tubária. As trompas são o conduto para o caminho do ovo (óvulo

já fecundado) ao útero para ali implantar-se (nidar) e desenvolver-se durante o processo gestacional. Se o ovo ficar retido fora do útero não terá estrutura apropriada para o seu desenvolvimento. Em geral, a gravidez tubária é descoberta nos primeiros meses da gestação, quando já não há mais nada a fazer. Se houver a manutenção da gravidez, o feto morrerá, provocando grave distúrbio no organismo da gestante de modo a levá-la a óbito. Nestas intercorrências no período gestacional, que colocam em risco a vida da mulher, há perguntas que precisam ser respondidas, tais como: 1- Qual o nível

de risco de vida da gestante no caso da manutenção da gravidez?; 2 - O caso de elevado nível de risco, qual a vida deve ser preservada? 3 - Se a gestante tiver elevado risco de óbito adiantaria manter aquela gravidez, se nem poder-se-á garantir a manutenção de vida do bebê? Aqui temos que considerar o que já falei em artigo anterior, sobre o princípio do “duplo efeito”, isto é, se uma decisão, entre duas opções, for seguida, causará um efeito positivo e outro negativo. Mas, se por outro lado, a outra opção for seguida, também poderá causar um efeito positivo e outro ne-

gativo. Assim, se optar pela vida do feto, poder-se-á levar a gestante ao óbito, e se optar pela vida da gestante, o feto é que estará condenado. Nesta linha de raciocínio, é possível considerar duas situações: No caso da gravidez ectópica temos um elemento fundamental - a morte do feto é certa. Neste caso, particularmente, eu indicaria a manutenção da vida da gestante. Além disso, temos em outros casos que considerar o nível de risco de vida da gestante, pois sabemos que a medicina de hoje está avançada de modo a manter uma gravidez em diversos níveis de risco. Mas há níveis eleva-

dos de risco que não se pode dar garantia de vida à gestante. Assim, será necessário que uma junta de médicos possa indicar com certo nível de segurança o risco de vida da gestante. Se o nível de risco ultrapassar, digamos cerca de 70%, poderia haver a indicação para o abortamento, pois para mim a vida da gestante, neste caso, tem precedência sobre a vida do feto e ela poderá ter outra chance de gravidez. Mesmo assim, será preciso considerar que a decisão será da gestante e de sua família, não estando aqui dispensada a sua fé, mas os fatos clínicos também precisam ser considerados.



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