OJB Edição 35 - Ano 2016

Page 1

ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 28/08/16

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXV Edição 35 Domingo, 28.08.2016 R$ 3,20

Batistas atuam na Olimpíada Rio 2016

Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Trans Nações alcança mais de 6 mil pessoas na Olimpíada do Rio

Embaixadores do Rei: 68 anos de trabalho efetivo no Brasil

Página 07

Página 08

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Movimento evangelístico alcança muitas vidas nas áreas de competição da Rio 2016

CBPC realiza ação evangelística e social em São João D’Aliança - GO

Página 09

Página 10


2

o jornal batista – domingo, 28/08/16

reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

E a Olimpíada se foi “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” (I Co 9. 24-27)

N

esta semana que se passou chegou ao fim a 361º Edição dos Jogos Olím-

picos, sediado na cidade do Rio de Janeiro. Pessoas das mais diversas nacionalidades chegaram à cidade para participarem; uns como atletas, outros como técnicos, parentes, e outros apenas como espectadores. A cidade ficou enfeitada com novos e modernos meios de transporte, novos caminhos foram abertos; esperamos que eles continuem a servir a população da cidade. Com certeza, muitos saíram deste evento mais que realizados, ostentando suas medalhas; outros nem tanto, mais com algumas marcas alcançadas, que os habilita a novas oportunidades de representação de seus países, e alguns ficaram frustrados

com seus resultados. A verdade é que os que melhor se prepararam receberam a justa recompensa da vitória. Em meio a muitas pessoas envolvidas nos jogos, também encontramos muitos que aproveitaram a oportunidade para anunciar o caminho mais seguro para a vitória. Muitos dos nossos jovens e adolescentes estiveram nas proximidades dos locais de competição testemunhando do amor de Deus e apontando para o verdadeiro “Cristo Redentor”, através de folhetos em vários idiomas, para que todos pudessem ser alcançados. Não sabemos o resultado destas ações; isto não importa neste momento. Tal-

vez, alguns dos que foram alcançados nunca tinham ouvido falar do caminho da mais importante vitória que o ser humano pode alcançar ao receber Jesus Cristo como Senhor de suas vidas. O apóstolo Paulo também pôde anunciar Jesus ao usar esta mesma estratégia, como vemos registrado no texto acima. A olimpíada se foi, mas a nossa ação de ensinar o caminho da vitória continua. Vivamos, pois, levando os que estão ao nosso redor a conhecerem a verdadeira vitória. Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da Convenção Batista Brasileira


o jornal batista – domingo, 28/08/16

reflexão

3

bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

Olimpíada

N

a Grécia antiga, o prêmio ao vencedor era uma coroa de folhas de louro. Como não poderia deixar de ser, só um levava o prêmio. Paulo, ao escrever I Coríntios 9.24 diz que, como salvos, visamos prêmio superior na corrida cristã. Deveríamos nos esforçar mais para consegui-lo. Na Olimpíada moderna, o premio não é mais uma coroa de folhas de louro, mas sim a medalha de ouro. Para consegui-la, em sua modalidade, o atleta se dedica integralmente à conquistá-la. A cada Olimpíada, os atletas superam marcas anteriores. Alguns, as suas próprias conquistas. Significa que cresceram na disputa ao superar os seus próprios recordes. São anos de treina-

mento, abstenção de muitos prazeres, sacrifícios pessoais, da família e dos que creem e patrocinam. São comuns os acidentes e incidentes na busca do prêmio. Um salto em falso resulta na perna quebrada e a eliminação antecipada. A dor não impede o atleta de sonhar e de preparar – se para a próxima. Uma curva, sem respeitar a velocidade sugerida, oferece ao ciclista quatro costelas quebradas. Seus companheiros de competição não desistem. Passam e seguem em frente na busca pelo prêmio. Um soldado ferido não impede a continuação da batalha. É preciso continuar. A mídia destaca aqueles que venceram as mais diversas barreiras. A pobreza,

a cor da pele, a condição social, que orgulhosos beijam a medalha conquistada. Persiste a certeza que nada serve de obstáculo a quem deseja superar todas as mazelas da vida. Até mesmo o selfie de duas jovens coreanas, norte/ sul, separadas pela guerra e ideologias políticas, testifica que no estádio olímpico não há inimizades. Todos os competidores revelam-se amigos. São jovens que creem num mundo melhor, onde a paz reine. É desejo de todos. Nas arquibancadas, os torcedores gritam, gesticulam, aplaudem e deliciam-se com a queda do rival. Brigam e perdem o controle. Destoam dos demais competidores que respeitam os vencidos e se curvam ante os vencedores.

A Olimpíada oferece muitas lições. O preparo do país para sediá-la, as gambiarras, comuns aos brasileiros, que deveriam ser evitadas. Falam de uma cultura que ainda está aquém do desejado. Os mesmíssimos discursos dos políticos que tentam abocanhar simpatia para suas causas escusas e que não deveriam existir. O convívio harmonioso entre os atletas, desafio à convivência saudável. Os prejuízos e lucros que, certamente, virão ao fechar a conta. O vazio que fica ao término da festa. Valeu? Claro, que valeu! Como salvos persiste o desafio paulino ao comentar os resultados das disputas do seu tempo. Os atletas buscam a medalha de ouro. Temos um alvo maior, não ser re-

provado na caminhada cristã (I Coríntios 9.2-27). Nesta busca, todo o empenho é desejável, até mesmo subjugar o nosso próprio eu para que Cristo tenha a proeminência. Abrir mão de interesses pessoais, e sacrificar-se para que a causa do evangelho seja vitoriosa. Comparando o desempenho e atitude dos competidores, somos obrigados a confessar que não são muitos os salvos dispostos a dar mais de si pelo evangelho. Contentamos com a medalha de bronze ou até mesmo com o prazer de competir, mas sem almejar a vitória do reino de Deus. Como atletas de Cristo, o Senhor espera melhor desempenho dos seus servos. Seja um vencedor. A coroa da vida o aguarda.

Aplicativos do bem Genivaldo Antônio da Silva, pastor da Primeira Igreja Batista em Avaré - SP

A

juventude está entre os maiores consumidores de aplicativos para tablet, smartphone e outros. O Brasil é o país que mais tem utilizado esses recursos tecnológicos no mundo. Os mais famosos são Facebook, WhatsApp, Google Maps e Instagram. A revista EXAME.com escreveu um artigo sobre o crescimento de Apps de relacionamentos e destacou o Tinder como preferência dos jovens entre 18 e 24 anos. A grande verdade é que cresce diariamente o uso

dos Apps e a tendência é que existam cada vez mais, e que atendam a todas as necessidades de cada grupo. Muitas escolas e faculdades já inseriram aplicativos no seu programa pedagógico. Justificam isso dizendo que é preciso mostrar meios para que as nossas crianças estudem e aprendam com o mesmo interesse que jogam. E é por isso que mais professores colocam esses objetos como instrumentos de extrema importância em seus planejamentos estratégicos. Mas, ainda existe o outro lado de tudo isso, que é pouco falado: o vício. A coisa é tão grave, que já existem vários estudos sobre a depen-

dência tecnológica: a pessoa não consegue ficar sem seu smartphone, e precisa estar conectada 24 horas por dia. O viciado se irrita e fica violento se tentam reduzir o tempo na internet. Normalmente, tem o hábito de mentir para que os pais não descubram o que está fazendo on-line. O viciado tem sempre a sensação de que está vivendo um sonho e, por isso, constrói um mundo de ilusões possibilitado por um Apps. Deus nos deu inteligência e sabedoria para criarmos e aplicarmos os nossos conhecimentos da melhor forma possível. Atualmente, é muito comum vermos os membros

de nossas Igrejas utilizando os tão famosos aplicativos; muitas vezes em momentos inadequados, como no horário do culto. Isso não é bom. Por outro lado, existem aplicativos que auxiliam na hora do culto, são aplicativos para músicos, regentes, pastores e para os membros da Igreja, tais como: Bíblia JFA, que dispõe de vários recursos de pesquisas, cantor cristão, novo hinário e muito mais. Mas, falta mais! Os filhos da luz precisam pensar em coisas de que os jovens cristãos gostam, e criar Apps que contribuam para o crescimento espiritual e a propagação do evangelho conforme proposto por Jesus.

Se isso atrai tanto o jovem, que está sempre pronto para um novo desafio, que tal a juventude criar um App que desperte a sede por Deus e conhecer a sua vontade? Que tal um aplicativo que seja capaz de virar uma febre e mostre todos os projetos de Deus para o mundo. Tenho certeza de que a juventude cristã é capaz de criar aplicativos que levem a salvação: aplicativos do bem. “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”(Rm 12.2).


4

o jornal batista – domingo, 28/08/16

reflexão

Amar o que Deus GOTAS BÍBLICAS ama e odiar o NA ATUALIDADE que Deus odeia OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Javan Pereira, pastor da Igreja Batista em Bela Vista – SP

É

no mínimo dúbia a expressão “Deus odeia o pecado e ama o pecador”. É inquestionável a verdade bíblica que ensina o amor de Deus para com todos os seres humanos e a sua vontade em salvar a todos, sem acepção de pessoas, por isso deu o seu filho unigênito para morrer pela humanidade, conforme lemos nos evangelhos e nas cartas das Sagradas Escrituras. Porém, a mesma Bíblia não esconde o ódio e a ira de Deus contra aqueles que praticam deliberadamente a maldade e que pervertem os valores do caráter de Deus no ser humano criado para o louvor de sua glória (Provérbios16.16-19; Salmos 5.3-7; Salmos 11.4-7) .

Não sem causa, há juízo divino e condenação com castigo sobre todos aqueles que não se arrependem e preferem uma vida de desobediência e depravação. Na verdade, Deus não criou o ser humano para a condenação e sim para uma vida de felicidade, por viver segundo a vontade divina, mas o pecado entristeceu a Deus e pôs inimizade entre a criatura e o Criador (Romanos 3.2226 e Romanos 5). Mas, como compreender uma aparente contradição entre o amor para com todos e o ódio do Deus Eterno para com os pervertidos que praticam a iniquidade como estilo de vida? Primeiro: Deus dá prova do seu amor incondicional por meio de Sua graça, manifesta no sacrifício de Jesus Cristo na cruz, revelação máxima e perfeita do amor e misericórdia de Deus; é pela fé no sacrifício de Cristo que

todo aquele que crê alcança salvação e paz com Deus (Romanos 5.1ss). Segundo: sabemos que mesmo arrependido, cada ser humano continua em luta contra a sua natureza carnal e pecadora (Romanos 7.15-15); é esta luta, contra a própria natureza, com o propósito de vida santa que agrada a Deus e evidencia conversão (Galátas 5 e Efésios 5); com tais pecadores Deus tem tolerância, pois são filhos de Deus por meio da fé e Jesus Cristo faz a diferença na vida deles, mas não estão isentos da correção que o Senhor aplica sobre os seus filhos quando eles desobedecem (I Coríntios 11.32; II Timóteo 3.1ss,16,17; Hebreus 12.1ss, 7-12). Penso que o melhor é que aquele que ama a Deus ame também tudo o que Deus ama e odeie tudo o que Deus odeia (Salmos 1).

“Ao descer do monte Sinai com as duas tábuas da aliança nas mãos, Moisés não sabia que o seu rosto resplandecia por ter conversado com o Senhor.” (Êx 34.29)

C

oisas fantásticas aconteceram no Monte Sinai. Na presença de Deus, Moisés recebeu a Lei e, depois de ficar 40 dias na presença do Senhor, seu rosto estava brilhando, sem ele saber. O mesmo deveria acontecer conosco, ou seja, deveríamos refletir a Glória de Deus sem saber, de maneira tão natural como uma criança brincando chama a atenção dos adultos. Refletir a Glória de Deus nunca deve ser algo “forçado”. Nenhum cristão deveria “fazer força” para mostrar que

esteve na presença de Deus. Qualquer atitude forçosa de tentar mostrar que esteve com Deus é digna de desconfiança. Isso porque é difícil ficar igual depois de estar na presença dEle. É difícil sair do mesmo jeito que entramos na presença do Senhor. Algo novo e fantástico sempre acontece ao viver com Deus. É difícil evitar a transformação. Moisés saiu com o rosto brilhando e as pessoas perceberam. As pessoas percebem alguma diferença em você depois do culto, depois da oração, quando você lê a Bíblia, quando perdoa, quando entra em crise? Como você reage na dificuldade? O que os outros dizem sobre você quando sofre por amor a Cristo? Estar com Deus é mais do que passar por Deus. Muitos vivem “passando” por Deus, sem nunca ter vontade de viver com Ele. Felizmente, sempre

“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus”. (Ef 1.1)

A

Bíblia revela um Deus que relaciona-se também com indivíduos pessoais. Nosso Senhor Jesus Cristo pregou que o Pai cuida dos pássaros e das plantas. E que nunca pretendeu ser um Deus distante, inatingível. Por isso, Paulo escreveu: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, aos crentes e fieis em Cristo Jesus, que estão em Éfeso” (Ef 1.1). Existem alguns religiosos que preferem acreditar em um Ser Supremo que, após criar e ordenar todo o universo, deixou o mundo entregue às próprias leis e se retirou para a Sua longínqua eternidade. Esta posição teológica é o deísmo. Ao escrever suas cartas, o apóstolo Paulo há quem anda com Deus. Por- não se declarou deísta. Cada que somente quem anda com uma delas tinha destinatário Deus tem a oportunidade de identificável: membros de ser transformado. Não tem como refletir a glória de Deus Mas por que a glória de de maneira naturalmente clara, Deus diminuía se o mansem viver diariamente com damento de Deus “é santo, Deus. justo e bom”? (Rm.7.12). Refletir a glória de Deus sem O motivo é o pecado. Não viver na Sua presença, é tão existe ser humano bom, pois difícil quanto foi para Moi- “mediante a Lei é que nos torsés manter o rosto brilhando. namos plenamente conscienMoisés cobria o rosto para não tes do pecado” (Rm.3.20b). mostrar que o brilho diminuía. Pela Lei, todo ser humano, Deus manifestava sua gló- inclusive Moisés, adquire ria de maneira incrível. Não certeza de que é pecador e havia povo no mundo que culpado perante Deus. Jesus testemunhasse tantas ma- Cristo veio cumprir a Lei e ravilhas (Êxodo 34.10). O trazer o brilho permanente reflexo da Glória do Senhor da Graça que a Lei não pode estava estampado no rosto dar. Cristo trouxe a luz do de Moisés quando ele saía perdão para o nosso coração da Sua presença. Mas era um em trevas. E a Luz de Cristo brilho temporário. Durava permanece em nós pela fé. pouco e as pessoas sentiam Moisés agia pela Lei (II Comedo. Moisés cobria o rosto ríntios 3.13). Nós agimos porque o brilho enfraquecia pela Graça tendo o rosto (Êxodo 34.30). e o coração iluminados (II

Refletindo a Glória de Deus Vilmar Paulichen, pastor, colaborador de OJB

Aos fiéis em Éfeso Igrejas conhecidas, colegas de pastorado, amigos. A carta destinada à uma certa Igreja, situada na cidade e na região de Éfeso, foi redigida para gente concreta. A Bíblia não é um tratado abstrato de religião, escrito “a quem possa interessar...”. Há convites genéricos que, por sua própria finalidade, ao se dirigir a todo o mundo, revelam, na prática, que não ligam pessoalmente para ninguém. Tipo: venha por sua própria conta... em risco. O Deus da Bíblia, nas suas revelações mais profundas, chama os interessados pelo nome. Saulo, inimigo confesso, quando foi convidado pelo Jesus a quem perseguia foi chamado pelo seu próprio nome: “Saulo, Saulo, você sabe mesmo a razão por que me persegue?”. Foi por isso que Saulo, depois transformado em Paulo, aprendeu que o Senhor se interessa, também, por gente de carne e osso. Caso o exemplo do apóstolo sirva, que tal olharmos com interesse para os “efésios” que estão ao nosso redor? Coríntios 3.18). Pela Graça, vivemos refletindo a Glória de Deus em qualquer circunstância. Quando nos convertemos ao Senhor Jesus, nossos olhos espirituais se abrem (II Coríntios 3.16) e vemos a Verdade (João 8.32). A Lei revelou nossa culpa. A graça nos resgatou da condenação. Pelo sacrifício de Cristo, temos paz com Deus. A cruz é a nossa paz. Quer refletir a Glória de Deus sem cessar? Então viva em constante arrependimento. Arrependa-se sem parar. Nunca pare de se arrepender e perdoar. Não deixe o pecado se acumular. É assim que manifestamos esse maravilhoso e glorioso mistério, “que é Cristo em nós, a esperança da glória” (Colossenses 1.27).


o jornal batista – domingo, 28/08/16

reflexão

5

5 Razões para investir na Juventude de sua Igreja:

4 - Ela é a Força da Igreja Raniere Carvalho, primeiro secretário da JBB, membro da Primeira Igreja Batista do Guará - DF

N

a juventude vemos vigor, vemos o movimento da história através de sonhos que os impulsionam, vemos a vontade de transformar as realidades existentes, vemos a vontade de se inspirar e ser inspirador. Deus escolheu a juventude para ter a força que faz o movimento na Igreja através do Espírito Santo. O apóstolo João escreve, na sua primeira carta: “Jovens, eu lhes escre-

vi, porque vocês são fortes, e em vocês a Palavra de Deus permanece e vocês venceram o Maligno.” (2:14). O mesmo João diz que somente a Palavra de Deus permanecendo é que a juventude pode vencer o Mal; a mesma Palavra que Jesus usou para vencer as investidas de Satanás no deserto. Durante essa fase da vida há uma inquietação que se explica por causa da condição humana. O teólogo Karl Barth explica: “A inquietação - a ansiedade que nos espreita em toda criação não vem desta ou daquela dor, deste ou daquele horror, anseio, ou por alguma falta

de beleza; nem provém da totalidade das coisas imagináveis que lhes possam dizer respeito diretamente, porém, vem da própria condição da criatura. Essa inquietação tem a sua origem no declarado deserdamento da vida direta e na insopitável esperança que a criatura tem” Assim, há uma necessidade de investir no ensino correto da Palavra de Deus para a juventude, um ensino que leva a reflexão profunda da vida e que nos movimenta em direção a uma prática santa. Em tempos líquidos, a solidez da palavra arrebenta os conceitos relativos de uma humanidade

cada vez mais desumana. Trazer a juventude para uma leitura apaixonada da Palavra transforma a realidade da Igreja para lidar melhor com os problemas que cercam o nosso contexto, e nos leva a uma condição de humanidade restaurada para o propósito pelo qual Deus nos criou. Há uma história vivida no século XIX, por um jovem alemão chamado George Müller, que se converteu aos 20 anos de idade, e quatro anos depois foi morar na Inglaterra. Alguns anos depois, ele criou o Instituto de Conhecimento das Escrituras, que existe até hoje. Quando ele tinha 30

anos houve um surto de cólera na Inglaterra que deixou muitas crianças órfãs fazendo-as morar nas ruas. Ao ver, na Palavra, que Deus nos manda cuidar dos órfãos criou um orfanato sem nenhum recurso financeiro, mas, pedindo a Deus que não deixasse faltar os recursos necessários. Começou com duas crianças e o trabalho cresceu tanto que depois teve cinco prédios que ele mesmo construiu e com 2 mil crianças e não faltou nenhuma refeição para cada uma. Investir no ensino da Palavra para a juventude provoca mudanças para a vida toda.


6

o jornal batista – domingo, 28/08/16

reflexão

Liderar é amar pessoas Jorge Vinicius Vargas Machado, pastor de Jovens e Adolescentes da Igreja Batista Fonte Carioca – São João de Meriti - RJ

N

osso modelo de liderança é e sempre será Jesus. Com base nessa premissa, quero pensar que entre os muitos aspectos que envolvem a liderança, sem dúvida, um dos mais importantes é o amor pelas pessoas. Entendo que podemos ser excelentes promotores de eventos ou bons animadores de auditórios, mas, se exercermos nossa tarefa como líderes de jovens e de

adolescentes sem amor, nada terá sentido. É preciso parar para pensar em quanto tempo investimos em pessoas andando com elas, demonstrando um amor sincero, em vez de apenas planejar eventos e tentar manter uma multidão animada e coesa. Importar-se com o outro, viver a vida juntos, comemorar o que é motivo de festa, viver como Jesus viveu ao lado das pessoas. Ele amava,compadecia-se, era paciente. Nosso exemplo de líder amava de verdade as pessoas com quem convivia. É bem certo que nem sempre as agendas, as programações e as burocracias do dia a dia

da Igreja nos permitem estar tão próximos das pessoas. Precisamos estar próximos o suficiente para que possamos sentir o que sentem. Amar pessoas torna-se uma tarefa ainda mais delicada, quando, apesar de todo esforço, não temos nosso trabalho reconhecido pelas mesmas pessoas a quem dedicamos nosso amor. O apóstolo Paulo passou por isso. E o que ele disse disso tudo? :“Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.” II Co 12:15. Não é demais gastar tempo, recursos e energia para fazer

diferença na vida de alguém. Não é demais empreender todo o esforço possível por aqueles a quem lideramos em amor, mesmo que esse amor não seja recíproco. Em Jesus temos o líder perfeito. Ele amou, importou-se, chorou a morte, celebrou a vida, abençoou, ouviu, aconselhou, perdoou, mas, acima de tudo Ele deu a própria vida por aqueles a quem amava. Não estavam em jogo o status, ou as recompensas. Tudo o que importava para ele era tão somente amar as pessoas e fazê-las entender o que Deus queria da vida de cada uma delas. Nos amou incondicionalmente. Amou

quem não merecia. Amou mesmo aqueles, que apesar de serem dele, não o quiseram receber. O amor sempre foi a base da liderança de Jesus. Líderes bem sucedidos seguem sempre seu Líder maior. E o exemplo que temos dele é a maior prova de amor: a capacidade de dar a vida pelos amigos, já que sua liderança sobre eles a essa altura já tinha passado ao nível de amizade bem próxima. Que a gente faça de tudo o que estiver ao nosso alcance, e que não devamos nada a ninguém, a não ser uma coisa: o amor! Que Deus nos abençoe!

da vida. Assim foi conosco, e assim sempre será, pois Ele é “o caminho, a verdade e a vida”. Seguir a Jesus, na trilha do Reino de Deus, rumo à eternidade, leva-nos a um compromisso intenso e real. Não podemos desfrutar dos benefícios da vida, morte e ressurreição de Jesus e retermos esses benefícios. A Bíblia os chama de Boas Novas. Essa notícia maravilhosa, de que Deus nos ama em Jesus, deve ser anunciada. Devemos bradar que Jesus é o Senhor, e que, um dia, todo joelho e toda lín-

gua confessará que Ele é o Senhor. Assim, como estamos seguindo a Jesus, e aprendendo a ser discípulos, precisamos discipular pessoas também. Ele mesmo nos envia ao mundo, ele não pede ele manda “ide por todo o mundo”. Somos chamados a fazermos discípulos que vivam à sombra da cruz. Aqueles que assim vivem sabem o valor do discipulado e da missão de fazer novos discípulos. Compartilhe o que você aprendeu com Jesus à sombra da cruz! Bom domingo à sombra da Cruz.

Discipulado à sombra da cruz Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

A

queles que vivem à sombra da cruz devem encarnar a missão deixada por Jesus. O discipulado é um projeto de vida. Seguir a Jesus envolve renúncia e obediência. Aqueles que abandonaram o pecado e suas práticas para seguir o Mestre devem tomar a sua cruz e continuar a jornada. Nessa caminhada atrás de Jesus é que desenvolvemos nossas potencialidades e descobrimos nossas vulnerabilidades.

Quanto mais perto estamos de Jesus, mais percebemos nossa inadequação diante de tamanha santidade revelada pelo Mestre e Senhor. Mas, ao mesmo tempo, quanto mais perto estamos de Jesus na caminhada da vida cristã, mais atraídos somos a vivermos os valores do Reino de Deus. E muitos desses valores devem ser aprendidos e automaticamente ensinados. Aprendemos a seguir a Jesus e, assim, temos que ensinar outras pessoas a seguirem o Salvador Jesus. Portanto, o processo de discipulado com Jesus é

um projeto de vida que nos leva a multiplicação. Assim como somos cuidados, amparados e orientados por Jesus, a partir dos referenciais do Reino de Deus, temos que investir tempo e recurso nas pessoas que nos circundam cotidianamente. Há muitas pessoas ao nosso redor, e em nosso contexto social que precisam conhecer o Salvador, Jesus Cristo, e nós estamos com vergonha, receio ou medo de sermos desprezados. Mas, o que deve nos motivar é que, ao conhecer Jesus, as pessoas encontrarão o rumo


o jornal batista – domingo, 28/08/16

missões nacionais

7

Trans Nações 2016 Operação Jesus Transforma impacta vidas na Olimpíada do Rio “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível.” (I Co 9.24-25) Voluntários no Maracanã

Voluntários da Trans Nações 2016 em ação

N

osso time de voluntários entrou em campo para a “Operação Jesus Transforma as Nações 2016”, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, para uma grande disputa: conquistar vidas para Cristo. Coordenada pelo Departamento de Evangelismo União Batista Latinoamericana, a UBLA, a Trans Nações 2016 foi realizada pela Convenção Batista Brasileira e Convenção Batista Nacional. Na primeira etapa, que aconteceu de 03 a 07 de agosto, uma seleção com 60 “atletas” do Reino percorreu as ruas e bairros do entorno do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, na zona norte da Cidade Maravilhosa, levando a mensagem salvadora de Jesus a turistas e cariocas que estavam na cidade para a Olimpíada. Só na primeira fase, foram evangelizadas mais de 6 mil pessoas, das quais 164 se converteram e cinco se reconciliaram com a Igreja. Mais de 11 mil folhetos foram dis-

Mensagens evangelísticas nas ruas do Rio de Janeiro

tribuídos, sementes plantadas no coração de quem precisa de Cristo. Para Vladimiro Neto, da IBN Cristo Rei, em Várzea Grande, Mato Grosso, o período que passou evangelizando nas ruas do Rio foi maravilhoso. Ele conta que a ação evangelística que realizou em uma comunidade do Engenho da Rainha, bairro próximo ao estádio, mudou sua vida. “Essa experiência me marcou muito. Quando falamos de Jesus a cinco jovens que estavam envolvidos com drogas e com o tráfico local, eles se reconciliaram com o Senhor. Entenderam que Cris-

to os amava tanto que enviou pessoas de outros estados e nações para lembra-los disso”, relata Vladimiro que voltou para casa com uma vitória que não é possível medir com ouro e prata, mas marcou pontos como cidadão do Céu. O pastor Egnaldo Pinheiro Santos, da Terceira Igreja Batista em Barra Mansa, também se sentiu impactado com a Trans Nações. Ele acredita que ações como esta são imprescindíveis para o crescimento do Reino. “Missões Nacionais está de parabéns. Que Deus abençoe toda a equipe!”, relata o pastor. A segunda etapa da Trans Na-

Grupo de voluntários evangeliza nas ruas do Rio de Janeiro

ções começou no domingo dia 14 de agosto, com o culto de comissionamento dos 80 novos voluntários, na Igreja Batista da Abolição. Desta vez, nossos “atletas” do Reino percorreram as ruas e bairros do entorno do Maracanã, com ações de compaixão e graça com moradores de comunidades próximas e evangelismo com turistas que se vão assistir aos eventos esportivos no complexo do Maracanã. “Essa é uma experiência muito enriquecedora. Uma grande oportunidade”, ressalta William Santos coordenador das Ações da JMN na Trans Nações.

Segundo o pastor Fernando Brandão, diretor do Departamento de Evangelismo da UBLA e diretor executivo da Junta de Missões Nacionais, a Olimpíada foi uma ótima oportunidade de evangelizar todos aqueles que visitaram o nosso país. “Foi lindo ver essa ação evangelística! Conseguimos alcançar muitos turistas, mas também brasileiros com a mensagem de salvação”, conclui o pastor. Louvamos a Deus pelo envolvimento de cada voluntário e pelo agir do Espírito Santo na transformação de muitas vidas!


8

o jornal batista – domingo, 28/08/16

notícias do brasil batista

Embaixadores do Rei, uma Organização produtiva! Foto: Acervo Memória ER

Departamento Nacional de Embaixadores do Rei

Foto: Lucas Tavares

E

m 2016, a Organização Embaixadores do Rei completa 108 anos de existência, sendo que há 68 anos realiza um efetivo trabalho junto aos meninos que participam das Igrejas Batistas no Brasil. Temos muito a agradecer ao Senhor pela existência da Organização Embaixadores do Rei em solo brasileiro, pois há décadas ela tem servido como um celeiro de pastores, missionários, líderes, homens íntegros, comprometidos com o Evangelho, com a obra missionária e a Igreja local. Uma Igreja que investe no trabalho com Embaixadores do Rei, investe na nova geração e tem um retorno certo em lideres comprometidos e que servem ao Senhor Jesus. Se você ainda não conhece, saiba um pouco sobre a nossa Organização. O que é a Organização Embaixadores do Rei? Embaixadores do Rei é uma Organização Batista em que as atividades visam o desenvolvimento físico, moral e espiritual dos meninos de 09 a 17 anos. É uma Organização missionária que procura conduzir os seus membros na participação ativa de Missões. Seu programa abrange: Missões, Mordomia, Evangelização, Recreação e Acampamentos. Como surgiu a Organização ER? Em 1908, os Batistas do Sul dos Estados Unidos se despertaram para a necessidade de criar nas Igrejas um ambiente mais apropriado para meninos de 09 a 16 anos. Sentia-se uma carência de melhor atendimento aos interesses e necessidades específicos dessa faixa etária. Da ideia, originou-se a Organização Embaixadores do Rei. Porque o nome Embaixadores do Rei? Um Embaixador é aquele que representa o seu governo

Davi Gomes com os primeiros ERs

em outro país. A tarefa do Embaixador é interpretar a atitude do seu povo para com o povo de outras Nações. Esta ideia é fundamental na organização Embaixadores do Rei. Um verdadeiro Embaixador do Rei zelará pelos interesses do seu Rei Jesus aqui na terra, e procurará, por todos os meios, mostrar aos outros o que significa ser cristão. O nome Embaixadores do Rei (Royal Ambassador) foi inspirado no hino Mensagem Real (The King’s Businers). Foi recomendado e aceito como nome oficial para essa Organização em maio de 1908. O nome Embaixadores do Rei é usado em vários países. Como a Organização ER chegou ao Brasil? Embaixadores do Rei teve o seu início no Brasil em 1948, graças ao pioneirismo do incansável missionário William Alvin Hatton. A Organização contou, inicialmente, com o auxílio da União Feminina Missionária Batista do Brasil, passando desde fevereiro de 1950 a ser promovida pela JUERP (Junta de Educação Religiosa e Publicações) da Convenção Batista Brasileira e, a partir de 1978, pela UHBB. Deus tem abençoado sobremaneira a Organização Embaixadores do Rei, que cresce ano após ano. O progresso deve-se principalmente aos conselheiros de todos esses anos. Em nossa história, tivemos a oportunidade de ser conduzidos por diversos líderes, servindo como nossos coordenadores, entre eles: Pastor Willian Alvin Hatton, pastor Edson José Machado, Ronald Rutter, Misael Gomes, pastor Almir Bernardes, Paulo de Azevedo, pastor José Carlos

ANVER 2013

Quintanilha, Samuel Gonçalves e Cristiano Medeiros. Outros líderes se destacam na escrita desta linda história: Rubens Silva, Dirceu Amaro, Saulo Pazzini (São Paulo), irmã Elvira (Sergipe), Joria Nascimento, pastor Lourival (Goias), pastor Helio Medeiro (Ceará), Helio Nunes (Paraíba), pastor Tiago Nunes e tantos outros. Objetivo da Organização: O objetivo dos Embaixadores do Rei é desenvolver o caráter cristão dos meninos de tal maneira que se tornem crentes ativos e consagrados, que tenham um espírito intensamente evangelístico e missionário. E para alcançar esse objetivo, a Organização oferece o seguinte: Um sistema de postos atraente e prático, que ajuda os meninos a conhecerem mais a Bíblia e a obra missionária; um programa de atividades próprias para os Embaixadores do Rei como Serviço Real, acampamentos e excursões; vários tipos de reuniões, em uma programação agradável e variada. Tema e divisa O tema e a divisa da Organização Embaixadores do Rei foram extraídos da II Epístola de Paulo aos Coríntios. O tema: é “Somos Embaixadores por Cristo”, e divisa: “De sorte que somos Embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamos-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus” (II Co 5.20). Hino Oficial O primeiro hino oficial dos Embaixadores do Rei foi “Mensagem Real”; e inspirou o nome “Embaixadores do Rei”. Todavia, a música do

Hino 207 do Cantor Cristão contém algumas notas muito graves e outras demasiadamente agudas, o que o torna impróprio para vozes de adolescentes. Em 1963 foi composta uma nova música para ser cantada com a letra do hino Mensagem Real, o que ajudou bastante. Em 1967 foi composto o hino “Firmando Propósitos”, inspirado no significado das cores da Organização Embaixadores do Rei, para ser o hino oficial do Acampamento Nacional dos ER, realizado em Recife. A pedido de alguns líderes, este hino foi, em 1970, oficializado como Hino Oficial dos Embaixadores. Sítio do Sossego Quem é Embaixador do Rei sempre sonhou em conhecer o Sítio do Sossego. Situado no município de Casimiro de Abreu, no interior do estado do Rio de Janeiro, foi adquirido pelo nosso pioneiro, pastor Willian Alvin Hatton, com intuito de realizar acampamentos para os meninos. A propriedade foi adquirida em 1950, sendo o 1º Acampamento de ER foi realizado em 1951, quando os acampantes vinham de trem do RJ, desciam na estação em Rio Dourado e subiam na velha caminhonete do pastor Alvin até o sítio. O Acampamento Nacional de Verão de Embaixadores do Rei (ANVER) é realizado anualmente, no mês de janeiro, onde os meninos são divididos por suas faixas etárias, e participam de atividades bíblicas, missionárias e esportivas. Historicamente, sempre foi realizado no Sítio do Sossego. No passado, também foi realizado em outros estados, mas hoje é realizado somente no Sossego.

Campanha “De volta pra casa” Trata-se de um projeto de revitalização do Sítio do Sossego. A Campanha será gerida e administrada pela CBB, na pessoa do pastor Sócrates Oliveira (Diretor executivo da CBB e gestor da UMHBB), e pelas Comissões de Administração do Sítio do Sossego e de Gestão da UMHBB, composta pelos irmãos: pastor Felipe Oliveira, irmão Raphael Sobrinho, irmão Igor Andrade e irmão Fabiano Lessa. Por dificuldades administrativas e de gestão, o Sítio do Sossego foi interditado pela Convenção Batista Brasileira e pelo poder público da cidade onde está situado. O mesmo só poderá ser reaberto após a realização de diversas obras de reformas e manutenção. Os projetos estão orçados em R$ 500 mil. A Campanha está a todo vapor; foram produzidas camisas para venda, e as doações já estão acontecendo, e você pode também participar, basta acessar o site www.sempreembaixador.com.br, ou no Facebook www.facebook. com/sempreembaixador e saiba como você pode se envolver neste projeto. Não existe estrutura ministerial que não comporte a Organização Embaixadores do Rei. Uma Igreja que quer crescer com uma visão missionária e de crescimento espiritual investe na Organização Embaixadores do Rei. São 68 anos participando da construção do trabalho Batista no Brasil, investindo efetivamente em missões e construindo meninos para não remendar homens. Dia 25 de agosto, Dia do Embaixador do Rei. “Uma vez Embaixador?! Sempre Embaixador do Rei!”


o jornal batista – domingo, 28/08/16

notícias do brasil batista

9

Movimento de evangelização ganha as ruas do RJ no período dos Jogos Olímpicos Fonte: Site da Convenção Batista Carioca*

A

Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, é um dos pontos de concentração do Movimento Braços Abertos (MBA). Com o Parque Olímpico do bairro, é possível alcançar muitas vidas com o Evangelho. As ações aconteceram quase que diariamente, com apresentações artísticas, esportivas e abordagens diretas. Na sexta-feira e sábado, dias 12 e 13, além das ações de evangelização, aconteceu a Conferência Missões e Esporte, na Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca - RJ. O evento foi uma realização da Convenção Batista Carioca, em parceria com os Atletas de Cristo e o MBA. Momentos de adoração, treinamento e prática, testemunhos de atletas e mensagens focadas nas necessidades de evangelização do Brasil e do mundo, com ênfase na utilização da linguagem esportiva. Uma das atletas que testemunharam no evento foi a Ciça Maia, um ícone do Karatê que coleciona vitórias em três Campeonatos Mundiais, quatro Jogos Pan-Americanos, cinco Campeonatos Sul-Americanos, 20 Campeonatos Estaduais e 20 Campeonatos Brasileiros. A atleta lembrou o período de sua conversão e a carência emocional que tinha. “Meu conceito sobre amor e sentimentos era muito diferente do verdadeiro amor. Por isso namorei muitos rapazes, na busca por ser amada e aceita. Foi quando um dia, mergulhada em meio a muitos problemas pessoais e drogas, fui apresentada a Jesus. Um amigo da família me convidou para participar de uma reunião de jovens na Igreja. Em janeiro de 1991 entrei pela primeira vez em uma Igreja evangélica. Aos poucos tive uma completa libertação quando descobri o verdadeiro amor: o amor incondicional de Deus”. Ciça é o que chamamos de “atleta-missionária”, fa-

Culto foi realizado na Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca - RJ

lando abertamente de Cristo e preocupando-se com o bom testemunhos de suas atitudes e desempenho no esporte. Apesar da idade, possui o vigor da juventude e a certeza de que sua carreira como atleta está associada ao legado espiritual que vem desenvolvendo na nova geração de caratecas. Apoio local O apoio da Primeira Igreja Batista da Barra ao Movimento Braços Abertos veio através do pastor de jovens e adolescentes Hugo Sampaio. Para ele, o foco missionário do movimento por si só já merece apoio e, além disso, a presença da Igreja local é um facilitador ao processo de discipulado dos novos crentes que surgirão como resultado dessa operação. “Sinalizar um local para o crescimento e convívio das pessoas que

querem caminhar no Evangelho é super válido. Eles acabam encontrando e tendo a PIB da Barra como referência”, afirma. Ele lembra ainda que a Igreja também acredita na força do esporte como ferramenta de evangelização. Apesar de não existir um ministério esportivo específico, a PIB da Barra realiza jogos semanais de futebol com jovens e adultos. E isso já tem gerado resultados. “Esse grupo já está gerando algum relacionamento com a comunidade. Novas pessoas começam a vir por conta do futebol. O pai já traz o filho e aos poucos eles começam a se incluir no convívio da Igreja. As bases estão sendo firmadas e é um pouquinho do que o esporte agrega na evangelização”. José Maria de Souza, pastor titular da PIB da Barra, acre-

Diversos pastores e Igrejas apoiaram o evento

dita que “Toda a semente semeada certamente tem a probabilidade de produzir frutos, mas, sem semearmos, nada podemos colher”. Durante a conferência missionária, ele intercedeu por esta mobilização que seguiu até o fim da Olimpíada: “Que os gestos produzam resultados de amor e graça na vida das pessoas. Que Deus utilize cada experiência, cada convite, cada sorriso, cada aperto de mão, cada folheto… e que cada um tenha uma grande experiência com o Senhor e que, através deles, haja salvação e reconciliação. E que Deus utilize isso para a glória e honra de Seu nome”.

Braços Abertos. Na Praça do Ó encontrou vidas destruídas pelas drogas e as enxergou como alvos do Amor de Deus. “Eu estava com uma roupa bastante atrativa para crianças, mas, quando vimos adolescentes usuários de drogas e percebemos que estavam ali para vender, tivemos a iniciativa de ir até eles”, lembrou a voluntária. Sem temor, ela, acompanhada da missionária Marilena Ribeiro (Capelania Prisional – Missões Rio), compartilhou o Plano de Salvação e, para sua surpresa, todos os cinco adolescentes aceitaram a Cristo como Senhor de suas vidas. “Foi um momento muito edificante. Se tivesse que vir aqui apenas para isso, para falar com aqueles adolescentes, já teria valido a pena. Foi impactante vê-los se rendendo aos pés do senhor Jesus”. Acompanhe as ações de evangelização do MBA através do site www.mba2016. com.br ou pela fanpage facebook.com/movimentobracosabertos.

Foco em ganhar vidas Rosana Bernardino, da Igreja Batista Central em São João de Meriti-RJ, aceitou um * Adaptação Redação de convite de última hora para a participação no Movimento OJB


10

o jornal batista – domingo, 28/08/16

notícias do brasil batista

CB do Planalto Central promove ação evangelística em São João D’Aliança - GO Pastor Carlos Silva, gerente de desenvolvimento da CBPC

A

conteceu, na cidade de São João D’Aliança - GO, de 8 a 10 de julho, uma ação evangelística promovida pela Convenção Batista do Planalto Central. Essa cidade fica a 170 km de Brasília e tem uma população de aproximadamente 12 mil habitantes, incluindo seus moradores da zona rural. Pela manhã, foram enviadas dez equipes de evangelismo, com o objetivo de passarem por todas as ruas da cidade, visitarem o máximo de residências para a leitura bíblica e para a oração. Muitos moradores convidaram as equipes para entrar em suas residências. A população foi muito receptiva e demonstrou interesse em ouvir a Palavra de Deus.

Como resultado dessa ação, o Senhor Jesus nos abençoou com 19 conversões, 468 casas visitadas e 1.325 pessoas evangelizadas. Também foram realizados kids games, campeonato de futebol e prestados à comunidade atendimentos de ação social com os seguintes serviços gratuitos: • Clínica Geral • Verificação de pressão arterial • Teste de hepatite C • Glicose • Teste de sífilis • Óculos de leitura • Limpeza de pele • Bazar • Corte de cabelo • Advocacia. A CBPC agradece às 25 igrejas representadas e a Cristolândia Distrito Federal, com um total de 116 voluntários, inclusive

Moradores receberam com alegria as Boas Novas de Salvação

os voluntários dos Estados da Paraíba e do Paraná. Também registramos agradecimentos à Primeira Igreja Batista em São João D’Aliança e à professora Lindinalva Ayres, diretora da Escola Municipal Selecina Domingues de Freitas, que serviu de alojamento e local de refeição para os participantes.

“Agradeço a Deus pelo projeto Amor Que Faz” e também a todos aqueles que têm ajudado direta e indiretamente através das orações e da participação nas viagens missionárias”. pastor Paulo César, Coordenador do AQF – Evangelismo. “Quero pessoalmente externar minha profunda alegria pelo que

Deus tem realizado através de tantas expressões poderosas do Seu amor. O “Amor Que Faz” tem sido uma dessas expressões e cada um de vocês, brilhantes na coroa de salvação que o Senhor tem posto sobre o Planalto Central”. pastor Robério Soares, Diretor Executivo da CBPC. Amor que faz - Evangelismo acontece com a cooperação de um grande grupo de voluntários organizados através de plataformas sociais de acesso como enfermeiros, médicos, advogados, entre outros, para comunidades específicas urbanas ou não, com a ênfase evangelística como expressão do amor que opera ações práticas da misericórdia divina. Na paz de Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador! Anunciar a graça é missão de todos nós.

Conheça o Centro Batista de Acolhimento Social, em Canoas - RS

Maurício Reis, membro da Igreja Batista Central de Canoas – RS

“fui estrangeiro, e vocês me acolheram” (Mateus 25-35)

E

m 2014, recebemos os primeiros imigrantes haitianos na Igreja Batista Central de Canoas – RS; o ano encerrou e eram apenas 10. Todos estavam empregados. No ano seguinte encerramos com quase 100 imigrantes acolhidos. Esse ano, tudo mudou: o número quase dobrou em relação ao anterior, passamos a atender mais de 180 pessoas. Foi preciso muita oração para que voluntários pudessem ser tocados a participarem do projeto. O que era quase uma aula particular de português virou um projeto de uma escola, onde são ministradas duas turmas, para mais de 60 novos alunos, às terças-feiras, das 19h30 às 21h30, e uma nova turma, às quartas-feiras, será aberta para atender a demanda dos últimos imigrantes que chegaram ao nosso país. Este ano é o ano divisor de águas. O que era um projeto, que começou em 2013, com um apoio à comunidade ca-

Turma do início do ano de 2016, contando com o apoio da voluntária Rita Luz

rente, está se tornando uma associação, uma pessoa jurídica, para que possa buscar, junto à iniciativa privada e pública, recursos para manter o projeto. Hoje, contamos apenas com doações, mas a necessidade é maior do que a oferta, por isso precisamos alargar nossos celeiros e cremos que vem de Deus a direção para organizarmos uma associação,que levará consigo não só os princípios batistas de ser, mas batista em sua própria razão, o que possivelmente a tornará a primeira associação batista no estado do Rio Grande do Sul, organizada por uma Igreja da Convenção do Rio Grande do Sul, o Centro Batista de Acolhimento Social. Temos orgulho de sermos cristãos e orgulho maior de sermos Batistas, e é por isso que divulgamos o projeto, pois en-

tendemos que o compromisso de mantê-lo, não é só da Igreja Batista Central de Canoas e tão pouco das igrejas Batistas e Congregações de Canoas, mas é um compromisso e chamado para toda Igreja Batista do nosso estado e quem dera do nosso país, pois, entre tudo, é uma resposta de amor ao cuidado do estrangeiro, conforme vemos em Mateus 25.35:“fui estrangeiro, e vocês me acolheram” Com a chegada do inverno em meados de maio, fizemos uma grande campanha, juntamente com o lançamento da nova página do facebook (www.fb.com/centrobatista), para doação de roupas. Recebemos muitas doações, de diversas pessoas e instituições. Pudemos doar muito calor para os imigrantes e comunidade que chegam até nós sem nada,

e como diz o pastor Ivo Zils: “a lojinha está cheia e o estoque da lojinha também” Nesse sentido, encerramos a campanha de doação de roupas e iniciamos uma campanha para doação de alimentos, visto a necessidade daqueles que chegam não conseguirem um emprego (devido a dificuldade com o idioma e a crise no país). Eles chegam até nós e pedem comida, mas, muitas vezes, não conseguimos atender toda essa demanda. Por isso contamos com o apoio dos batistas para arrecadarmos “Uma tonelada de amor” na campanha de doação de alimentos, que vai além da doação, pois é mais uma resposta ao Evangelho de Jesus, que disse ter fome e que nós o havia alimentado. Cabe a nós essa decisão, mas é também uma resposta de amor, para aqueles que vieram até nós, em busca de esperança e uma vida, no mínimo, digna. Para conhecimento da Igreja batista, muitos desses imigrantes são batistas em seus países de origem; então, temos dois compromissos assumidos com estes que professam dos mesmos princípios que nós. Seremos um local de acolhimento (Centro Batista), mas um local para que

eles possam chamar de família (Igreja Batista Central de Canoas). Nas reuniões dominicais recebemos de 40 a 60 imigrantes por culto de adoração e somos sempre surpreendidos com os cânticos em francês, onde todos cantam, louvam, seja em francês ou em português, pois muitos dos cânticos fazem partem do nosso hinário, que, de certa forma, é uma retomada ao nosso passado, um passado que nos trouxe até aqui. Já percorremos um longo caminho, mas ainda temos muitos desafios pela frente e convidamos você, Batista, a estar conosco nessa caminhada, seja ofertando, trabalhando ou divulgando o projeto e, principalmente, orando, pois entendemos que antes de tudo ele nasceu no coração de Deus e tem sido uma benção para nós e pode ser uma benção para todo povo batista do Rio Grande do Sul. Contatos: Diretora: Rosa Zils (51) 8134 8559 / Maurício Reis (51) 8408 8856 Página: www.facebook.com/ centrobatista Endereço: Av. Venâncio Aires, 2775, Canoas, RS


o jornal batista – domingo, 28/08/16

missões mundiais

11

Analzira Nascimento volta à Angola

Dia da Beleza foi uma das ações promovidas

Templo da Primeira Igreja Batista em Huambo

Encontro com a juventude

Bíblias e livros doados a pastores de Angola

Márcia Pinheiro – Missões Mundiais

E

m uma parceria inédita com a Faculdade Teológica Batista de São Paulo, Missões Mundiais organizou uma viagem missionária a Angola, liderada pela missionária Analzira Nascimento, que dedicou grande parte da sua vida à pregação do Evangelho nesse país africano durante um período de guerra civil. Quatro irmãos em Cristo embarcaram nesta missão de servir ao povo angolano, participando da ação de Deus no mundo. Foram eles: Ana da Ava Câmara Silva, pastor Itamir Neves, Leonildo Aquino e Lídia Atanaka. A experiência transcultural aconteceu de 12 a 25 de julho. O desafio começou ainda no Brasil, quando Analzira desafiou a Primeira Igreja Batista de Bauru - SP a enviar alguém nesta viagem. Ela conta que o pastor Jeferson abraçou a ideia e a Igreja indicou o irmão Leonildo, deficiente visual, que entrou para a equipe na reta final. A burocracia para conseguir o visto dele de entrada em Angola foi demorada. E quem não pôde embarcar nesta viagem, participou através de doações e orações. Analzira fez questão de re-

gistrar seu agradecimento à PIB de Copacabana, IBM de Alphaville e Igreja Batista da Água Branca. Estas Igrejas doaram Bíblias de Estudo, Comentários Bíblicos e livros para serem entregues aos pastores angolanos. Elas também enviaram muitas roupas. Apesar do grande número de bagagens, não precisaram pagar por excesso e não houve violação das malas em Angola, o que costuma ser comum. Todos os presentes foram entregues. Mais um cuidado de Deus. Logo na chegada à capital, Luanda, o grupo foi recebido por irmãos angolanos com um banquete e muita alegria. Analzira desfruta de um grande respeito junto à liderança batista daquele país.

cada um para servir ao seu país. Analzira foi convidada a voltar e realizar um congresso mais amplo, aprofundando o tema sobre missão e vocação. Outro destaque foram as aulas no Seminário Teológico Batista de Huambo. O pastor Itamir Neves pôde ministrar aulas de Teologia do Antigo Testamento e percebeu o interesse dos alunos por maior conhecimento da Palavra de Deus. Já Analzira ministrou aulas aos professores, atendendo uma solicitação do corpo docente de atualização em diferentes temas. O grupo esteve ainda na Igreja Batista do Calvário, na Primeira Igreja Batista e na Terceira Igreja Batista do Huambo. E participou também de atividades em Luanda, onde tiveram um encontro com o presidente da Convenção Batista de Angola. Foram realizados três encontros em Angola: Fazendo missões em tempos de crise, Visão profética do pastor diante dos movimentos teológicos dos últimos tempos e Vocação e Missão. Na capital, eles participaram de cultos na PIB de Benfica, na IB da Paz e na IB da Nova Aliança.

Em ação Na cidade de Huambo, o grupo realizou diversas atividades, entre elas: encontro com a juventude, aulas no curso de Teologia, oficina sobre TV e mídias sociais, oficina de música, orientação sobre higiene bucal, dia da beleza e atividades com deficientes auditivos. O encontro com a juventude contou com um bom núDesafios mero de jovens de várias IgreProfissional de TV e memjas de Huambo. Eles puderam ouvir e refletir sobre vocação, bro da PIB de Copacabana, e como Deus pode usar a Ana de Ava disse que esse foi

um tempo de rico aprendizado e reflexão. “Conhecer pessoas que superaram adversidades não apenas com muito medo, porém com a determinação de chegar do outro lado da história, como construtores de uma nova realidade pessoal, social e política foi muito gratificante”, disse. Uma das coisas que mais chamou a atenção de Ana de Ava foi a necessidade de um trabalho a ser desenvolvido com crianças e jovens portadores de deficiência auditiva. “Há que se pensar num investimento direcionado para este trabalho. Estivemos em uma comunidade repleta de jovens que precisam deste acompanhamento, falta no entanto um sustento para aqueles que já apoiam este trabalho. Voltei com o firme propósito de buscar apoio em minha igreja local. Eu sou muito grata pela oportunidade de participar desta viagem”, comentou Ana de Ava. Agradecimentos Para Analzira a viagem também foi tempo de resgatar lembranças dos 17 anos em que foi missionária em Angola. “Fomos muito bem recebidos em todos os lugares por onde passamos. Tive a oportunidade de rever ex-alunos e fui apresentada aos novos.

Percebemos também que o povo angolano tem sede de conhecer mais profundamente a Deus. A experiência de cada encontro e cada ministração mostrou que vale realmente investir nestas vidas”, disse Analzira. Sobre o Seminário Teológico Batista de Huambo, a missionária destaca que ele continua sendo um marco na região. Ela ora para que nossas Igrejas batistas no Brasil mantenham a visão de investimento em formação e capacitação de liderança local. “Hoje, os milhares de jovens de Huambo precisam de líderes ousados, visionários e preparados para uma capacitação que os leve a ser sal e luz, numa realidade conturbada e com poucas perspectivas. Para isso precisamos continuar apoiando, investindo e nos envolvendo”, declara. Em reuniões com a Convenção Batista Provincial de Huambo e conversas com lideres locais, surgiu uma proposta de parceria entre o Seminário de Huambo e a Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Analzira segue em oração para que Deus direcione esta questão. “Retornamos ao Brasil com coração grato a Deus por tudo o que Ele fez ali nestes dias”, encerra.


12

o jornal batista – domingo, 28/08/16

notícias do brasil batista

Quarteto Vocal Batista “Mensagem da Vida” completa 53 anos Maria Nery, colaboradora de OJB

L

ouvai ao Senhor. Louvai os servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito o nome do Senhor desde agora para sempre Sl 113.1,2. O mês de junho é muito significativo. A Denominação Batista Brasileira, através de suas Igrejas comemoram o Dia do Pastor e o Dia do homem batista. E neste mês,no dia 16/06/1963 nasceu, na Igreja Batista de Madureira RJ, o Quarteto Vocal Batista Mensagem da Vida, onde fez sua primeira apresentação com os quatro cantores fundadores. São eles: 1º Tenor: Elias da Silva Lopes; 2º Tenor Delcio Ximenes; Barítono: Oraldo Rangel dos Santos e o Baixo, Adilson dos Santos. Com o decorrer do tempo, alguns cantores foram substituídos e, atualmente, os cantores são: 1º Tenor: Celio Barbosa, da Igreja Batista Jardim da Prata em Nova Iguaçu - RJ; 2º Tenor: Silvio da Hora Alcantara, da Igreja Batista em

Primeira formação do Quarteto Mensagem de Vida

Padre Miguel - RJ; o Barítono, Dilne Cezar C. Malaquias, da Igreja Batista em Boa Esperança, Belford Roxo - RJ e o Baixo, Elton Silvestre, membro da Igreja Batista Jardim Carioca em Realengo - RJ. Participa do quarteto, como relações públicas e técnica de som, a srª Eliana da Silva Dias Alcantara. Eliana é esposa de Silvio Alcantara, que é também é cantor lírico do coral do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. O quarteto, nestes

53 anos de existência comemorou o seu Jubileu de Prata (25 anos), de Esmeralda (40 anos) e de Ouro (50 anos). As suas apresentações são sempre muito significativas, não só pela sua consagração no louvor a Deus, mas também como servos do Senhor, evangelizadores, promovendo as boas novas do Evangelho. Suas apresentações são admiráveis nas Igrejas Evangélicas de vários Estados do Brasil, principalmente nas Igrejas

Segunda geração do Quarteto

Batistas Convenção Batista Brasileira, congressos e outras comemorações. O Quarteto também participa de várias comemorações civis e militares, como no Exército Brasileiro (Comando Militar do Leste - RJ), no Instituto Militar de Engenharia, na Urca - RJ, Palácio da Justiça - RJ em comemoração ao Dia da Justiça, Assembléia Legislativa em comemorações especiais, e outras Repartições Públicas e reuniões sociais.

A Deus demos glória pelas apresentações tão abençoadas do Quarteto Mensagem da Vida e seus cantores, que também transmitem o seu louvor através dos seus CDs os mais belos hinos. “Cantarei ao Senhor enquanto viver. Cantarei louvores ao meu Deus enquanto existir. A minha meditação lhe seja agradável enquanto me alegro no Senhor” (Sl. 104.33,34). E o povo de Deus diz: Amém.

Primeira Igreja Batista em Natividade - RJ celebra 103 anos Pastores presentes no evento

Silaine Terra, membro da Primeira Igreja Batista em Natividade - RJ

A

Primeira Igreja Batista em Natividade - RJ completou 103 anos no dia 27 de julho. E para celebrar a data, a Igreja realizou um culto comemorativo, que contou com a participação do Grupo Hágios e do pastor Rafael Antunes como preletor. Formado há 30 anos, em Campos dos Goytacazes, o

Grupo Hágios

Grupo Hágios apresentou louvores como “Ele é Jesus”, “Carvalhos de Justiça”, “Razão da minha fé” e “Ladrão de Sepultura”, entre outros. Samuel Hudson, vocalista do Grupo Hágios, destacou a importância da igreja para a comunidade de Natividade. “É com muita satisfação que estamos hoje aqui, em Natividade, minha cidade. Fiquei muito feliz quando recebi o convite do pastor para estar aqui. Os nossos votos é que a Igreja continue sempre firme e constante,

sempre abundante na obra do Senhor”, disse o vocalista. A Igreja recebeu muitos pastores de outras denominações e visitantes de toda a comunidade. O preletor da noite, Rafael Antunes, pastor da Primeira Igreja Batista em Casemiro de Abreu RJ, agradeceu o fato de estar participando do aniversário da Igreja.“É bom estar aqui com vocês em um momento tão importante para a vida da Igreja, que completa 103 anos, pois vocês estão testificando da

Público que compareceu à igreja

vida de Jesus, sendo usados nessa cidade. Fazer parte da Igreja de Cristo é surpreendente, cada dia Deus nos faz experimentar novas alegrias. Fiquei muito feliz em perceber que nessa reunião celebrativa o povo evangélico está reunido aqui entre várias denominações diferentes”, destacou o preletor. Já o pastor da Primeira Igreja Batista em Natividade, Rafael Peixoto, ressaltou que o culto superou suas expectativas, pelo fato de ser realizado durante a semana

e, ainda assim, ter o templo lotado de visitantes. “Eu me sinto honrado pelo fato de em tão pouco tempo de ministério fazer parte de uma Igreja centenária, e a minha oração é que ela seja referência no município de Natividade e que almas possam se render a Cristo. Agradeço a todos que participaram, aos pastores, amigos e visitantes em geral”, lembrou o pastor. Logo após o culto, no pátio da Igreja, foi servido um bolo de aniversário.


o jornal batista – domingo, 28/08/16

notícias do brasil batista

13

Ministério Esportivo “O mestre na bola” celebra sete anos de existência em culto de ações de graças Estevão Júlio, membro da Primeira Igreja Batista em Nova Aurora – RJ

E

m clima de Jogos Olímpicos, o Ministério Esportivo “O mestre na bola” realizou no dia 11 de agosto um culto em ações de graças pelos sete anos de atividade do Projeto. O local escolhido para a celebração foi a Igreja Batista em Vila Entre Rios, localizada em Belford Roxo – RJ, comunidade que abraçou a causa desde o início. Ninguém imaginava que um trabalho de conclusão de curso da Faculdade de Teologia se tornaria um projeto tão importante para a Igreja e para a comunidade ao redor dela, nem mesmo Clayton Cândido, idealizador do trabalho e líder até hoje. Pais relatam melhora na conduta dos filhos após ingressarem nas aulas, que acontecem às quartas-feiras, no período

da manhã e da tarde, em um campo de grama sintética próximo ao templo da Igreja, que mantém o aluguel em parceria com a Primeira Igreja Batista em Parque São Vicente, também em Belford Roxo. O culto contou com a presença de membros da Igreja, alunos e ex-alunos do Projeto e pessoas que apoiam e tem um carinho especial pelo projeto esportivo e missionário. Clayton Cândido ao saudar os presentes agradeceu o apoio prestado pela Igreja durante todo esse tempo. Para ele, “Ela tem sido um ponto de apoio para que vidas conheçam e sejam parecidas com Jesus”. “A credibilidade desta Igreja proporcionou que crianças como estas e meninos que já se tornam homens continuem caminhando na presença de Deus”, disse. Há três pilares fundamentais em “O mestre na bola”. A

Foto: Elisabete Gonçalves

Alunos do Projeto também homenagearam o líder e sua família

prática esportiva propriamente dita, com aulas de futebol; a ação social que tem como objetivo tirar os meninos da rua, livrando-os da marginalidade; e a evangelização, através de orações e uma reflexão após os treinos. Também há uma parceria com o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) de Belford Roxo, que dispo-

nibiliza a alimentação para os alunos. Para trazer a reflexão, foi convidado Matheus Guerra, ex-aluno do projeto, e que hoje é um dos monitores. Ele se lembrou da primeira vez que pregou, e foi justamente em um evento do projeto. Relatou, também que durante todo o período em que está no ministério, tanto

como aluno e monitor, teve uma mudança radical em sua vida. Segundo ele, a ajuda, o foco e a certeza de que tudo daria certo foram essenciais para o sucesso da iniciativa. Já no fim do culto, Clayton e sua família foram homenageados pelos monitores do projeto. Eles exibiram imagens de todo o período de existência do ministério. Viagens, ex-alunos e projetos foram lembrados. O líder ainda declarou “O que a gente quer, na verdade, é que todos esses meninos conheçam Jesus e sejam parecidos com Ele; enquanto eu tiver ar, enquanto eu estiver respirando, a nossa luta será para que isso aconteça”, afirmou Clayton. Durante esses sete anos, alunos ingressaram na faculdade, novos líderes foram formados, meninos batizados (a média é de três por ano) e muitas vidas foram transformadas.

Templo da Igreja Batista Memorial de Brasília passa por revitalização Foto: Rosber Neves Almeida

Roberto Torres Hollanda, colaborador de OJB “De repente virá ao Seu templo o Senhor, a quem vós buscais, e o anjo do pacto, a quem vós deseja.” (Ml 3.1)

N

o café da manhã de sábado, 06 de agosto, estávamos eu e Nieda, minha esposa, relembrando o dia em que, em 1961, fomos visitar as obras do Templo Memorial Batista pela primeira vez. Tudo começou com o diácono e empresário batista norte-americano Walton Maxey Jarman: ao saber, em 1958, que estava sendo construída a nova capital do Brasil, doou 300 mil dólares para a edificação de um templo Batista em Brasília. Dona Otaídia, viúva do pastor Éber Vasconcelos, certa vez recordou que “Jarman deu o templo, mas os crentes construíram a Igreja”.

Culto no templo da Igreja Batista Memorial de Brasília

De linhas arquitetônicas modernas, foi desenhado pelo arquiteto paulistano João Walfredo Thomé; sua construção durou 31 meses; foi inaugurado em 15 de dezembro de 1962. Depois de 50 anos de uso, o templo deu sinais de que estava precisando ser reformado. Em outubro de 2012, a Igreja Memorial aprovou a ideia da recuperação do templo. Em 03 de março de 2013, foi lançada uma campanha financeira para restauração do Templo Memorial, com as seguintes metas: 1) trocar o forro, as instalações

elétricas e a iluminação; 2) trocar a bancada; 3) instalar ar-condicionado; 4)abrir saídas de emergência. Então, foram feitos novos projetos de engenharia. Mas inesperados problemas administra-tivos foram procrastinando a execução da revitalização. Em 09 de junho de 2013 foi mudado o local de cultos e reuniões para o Auditório “Éber Vasconcelos”, atrás do templo. Para nossa grande alegria, o pastor Francisco Carlos Soares de Menezes, atual coordenador da equipe ministerial, terminado o culto da manhã de 07 de agosto,

convidou a congregação a transferir-se para o templo, onde seria realizada breve reunião, à qual compareceram cerca de 500 pessoas, que há mais de três anos não podem cultuar a Deus no templo. Na plataforma também estavam os pastores Ivanildo Ferreira Chagas Filho (ministro de Juventude) e Jair Sousa Pereira (ministro de Missões), e o ministro de Música Antônio Henrique Lino Melo e Silva. O dirigente da reunião explicou aos cultuantes saudosos o objetivo: mostrar o atual estado em que se encontra o edifício. Em seguida, cantou-se o significativo e reflexivo hino “Temos por lutas passado” (CC-454, HCC-502), escrito por Manuel Avelino de Souza, depois que um forte vendaval quase totalmente destruiu a obra de construção do templo da Primeira Igreja Batista de Niterói, e

um grupo extremista de perseguidores da Igreja queimou a bancada. O diácono Jetro Neves Almeida, 1º vice-presidente, no exercício da presidência da diretoria da Igreja, prestou informações sobre a nova fase do projeto de revitalização. O diácono José Gonzaga de Souza, 2º vice-presidente da Igreja, orou a Deus rogando sabedoria para os responsá veis pela obra. Estava presente o irmão Joran Corrêa Castro, rela tor da Comissão de Engenheiros e Arquitetos da IMB. Para finalizar a reunião, foi cantado o hino “O estandarte desta Igreja” (CC-456). Ficamos, eu e Nieda, profundamente emocionados, decorridos 55 anos, pelo fato de podermos ver novamente em obras o templo da Igreja Memorial Batista, que amamos, sem perder de vista o ensino de Jesus: “Ele é maior do que o templo” (Mt 12.6).


14

o jornal batista – domingo, 28/08/16

ponto de vista

Santidade

S

antidade é um substantivo que revela a condição do santo, daquele que foi separado por Deus para viver uma vida de obediência, renúncia e serviço abnegado a partir de Cristo. A santidade de vida é uma experiência de prevalência do caráter de Cristo em nós. Experimentar a santidade é viver uma vida cristificada, ou seja, semelhante a Cristo. É andar como Ele andou (1º João 2.6). É viver o fruto do Espírito (Galátas 5.22,23). Quanto mais deixo de ser eu mesmo para viver a vida de Cristo, aí experimento a santidade, que é essencial para agradar ao Senhor e testemunhar o evangelho de Cristo aos homens. A santidade é condição essencial na vida do cristão autêntico. Como assinala J. C. Ryle, “a fé em Cristo é a raiz de toda a santidade; que o primeiro passo em direção a uma vida santa é confiar em Cristo; que, enquanto não cremos, não temos o menor sinal de santidade; que a união com Cristo

mediante a fé é o segredo tanto do início como da continuação na santidade; que a vida que vivemos na carne deve ser vivida pela fé no Filho de Deus; que a fé purifica o coração; que a fé é a vitória que vence o mundo; que pela fé os antigos obtiveram bom nome” – são verdades que um crente bem-instruído jamais pensaria em negar. Mas, as Escrituras certamente nos ensinam que para seguir a santidade, o verdadeiro crente precisa exercer o esforço pessoal e trabalho tanto quanto a fé. O mesmo apóstolo que diz: ‘Esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus’, disse também em outra passagem: ‘Assim corro ... assim luto ... esmurro o meu corpo’. Em outros trechos, ele diz: ‘Purifiquemo-nos de toda impureza ... esforcemo-nos, pois, por entrar ... desembaraçando-nos de todo peso’ (Gl 2.20; 1 Co 9.26; 2 Co 7.1; Hb 4.11 e 12.1).1

A santidade não é para ser vivida simplesmente na mente, mas no coração. Ela não está dissociada da vida de frutos. O cristão que experimenta a santidade tem prazer na lei de Deus e nela medita dia e noite (Salmos 1.3). Ele possui um compromisso com a santidade do Senhor e a consequente pregação do evangelho bíblico. Santidade não é um clichê evangélico, mas uma profunda experiência com Cristo na Sua vida, Sua morte e Sua ressurreição (Romanos 6.1-11). O evangelho de Cristo Jesus é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê (Romanos 1.16). A mensagem do evangelho é a da salvação, santificação e glorificação. O homem em Cristo é salvo, santificado e glorificado. O mesmo Cristo que salva é o mesmo que santifica no Espírito Santo. A glória do cristão, a sua segurança, vem somente de Cristo Jesus. Quanto mais santos, mais nos parecemos com Jesus. 1 RYLE, J. C. Santidade. São José dos Viver em santidade de vida Campos, SP: Editora Fiel, 2010, p. 15.

é colocar dons e talentos a serviço do Mestre. O cristão santificado não faz questão em ser servido, mas em servir (Mateus 20.28). Há, também, um grande amor no seu coração. Este amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta (I Co 13.4-8). É o amor em atitudes e atos. Santidade tem a ver com compaixão, solidariedade, justiça, verdade, longanimidade, fé, mansidão e a coerência entre o que se pensa, sente, fala e age. A coerência de Cristo deve ser sempre a aspiração do cristão. Num mundo de relativismo ético e moral, devemos viver sobre os fundamentos sólidos da doutrina cristã tão claramente ensinada nas Escrituras. O Sermão do Monte, ensinado por Jesus (Mateus 5,6 e 7), é um modelo de uma vida santificada. O cristão genuíno, não nominal, está comprometido com a verdade. Ele rejeita todo tipo de erro e imoralidade. O seu prazer é viver uma vida de pureza, santidade às raias da morte.

Paulo testemunhou: “Para mim o viver é Cristo e o morrer, lucro” (Fp 1.21). A santidade de vida só existe a partir da conversão genuína, da mudança do coração, quando o Espírito Santo convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (João 16.8-11). A vida do cristão é separada do mundo, não sofre as influências do mundo, mas o seu testemunho e a sua influência são notórios no mundo. A vida cristã autêntica é uma vida de santidade, profunda piedade e integridade a toda prova. A qualidade da santidade está ligada ao fruto, ao testemunho fidedigno que deixa as suas marcas profundas. O Senhor é Santo e ordena que sejamos santos em todo o nosso procedimento (Levítico 11.44; 19.2; I Pedro 1.16). Somos filhos de um Deus que é Santo, perfeitamente Santo, Justo em todos os Seus caminhos e benigno em todas as Suas obras (Salmos 145.17). Quando vivemos uma vida de santidade, Deus, o nosso Pai, é glorificado (Mateus 5.16). Que assim seja!

Firmes contra as ciladas Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB

N

as considerações finais, Paulo fala aos crentes de Éfeso para “fortalecerem-se no Senhor e no seu forte poder. Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo” (Efésios 6.10,11). Os dicionários definem a palavra “cilada” como “artifício usado para atrair ou atacar alguém” ou “ação para surpreender o inimigo”. É exatamente isso que Paulo nos avisa. É preciso estar fortalecido e esperto, porque o inimigo armará várias ciladas contra nós. O fortalecimento em Cristo é vestir a armadura que nos prepara para a luta

contra o inimigo e ainda nos capacita para ficarmos firmes. Se lermos os versos de 14 a 17 veremos que a armadura é a proteção da mente, coração, espírito e nos permite caminhar na verdade e justiça de Jesus. São nossas armas de luta a fé, o Espírito Santo e a palavra de Deus. Posso dar como exemplo dois fatos que aconteceram comigo para entendermos exatamente o que é uma cilada. Estava aguardando em casa um sobrinho de Goiânia. Certo dia, o telefone toca e o número tinha o prefixo de Goiânia (062). Atendi, e a ligação era a cobrar. Atendi porque temos parentes em Goiânia. Uma voz se apresentou como o sobrinho mais querido que estava chegan-

do. Caí na cilada. Só acordei quando ele pediu pra fazer um depósito em dinheiro para resolver um problema na estrada e conseguir chegar em minha casa. Uma outra cilada causou prejuízo no computador. Após uma negociação com o gerente da minha conta pessoal no banco Bradesco, recebi um email dizendo que era o documento do acordo que havia feito com o meu gerente. Cliquei sem maiores observações e instalei um vírus no computador. Nem observei que o logotipo era do banco Santander e não do Bradesco. No primeiro caso permaneci firme, estava preparado. No segundo, vacilei. Não estava devidamente fortalecido. A Bíblia nos convida para uma vida alerta e vigilante,

porque o inimigo anda ao nosso redor, como um leão, procurando a quem possa seduzir com uma cilada e destruir (I Pedro 5.8). Como devemos viver hoje sabendo que tudo será desfeito pelo fogo? Devemos viver de maneira santa e piedosa aguardando o dia do Senhor (II Pedro 3.11). Nós, que aguardamos o dia em que viveremos em novos céus e nova terra, onde habita a justiça de Deus, somos exortados a fazermos todo esforço para sermos encontrados por Jesus em paz, sem mancha e sem culpa causadas pelo pecado (II Pedro 3.13,14). Paulo faz um forte apelo para que vivamos de maneira digna da vocação que recebemos em Cristo (Efésios 4.1). Parece que todos estão dizendo:

“Cuidado! Esteja preparado para não cair em ciladas do inimigo!” Toda cilada está de acordo com alguma coisa do nosso interesse. É cilada exatamente porque nos seduz, mas é mentira. É cilada porque é familiar, mas o seu fim é o pecado. É cilada porque parece gostoso, mas tem gosto amargo. Tiago diz que é feliz aquele que está fortalecido e consegue vencer a cilada. Diz que este crente foi aprovado e receberá a coroa da vida, aquela que Deus prometeu aos que o amam (Tiago 1.13). Então, prepare-se, porque a intensão do inimigo é seduzir os distraídos para destruir. Esteja sempre fortalecido em Cristo. Esteja sempre vigilante. Não se distraia.


o jornal batista – domingo, 28/08/16

ponto de vista

15

OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

Estudos sobre a Igreja (11)

A Igreja como comunidade terapêutica

A

o levar em conta que a missão (finalidade pela qual existe) fundamental e principal que Deus tem dado à Igreja é viver para o Seu louvor e glória, isto é, levar as pessoas a viverem em harmonia e amor com Ele, consigo mesmas, com o próximo e com a própria natureza criada, conforme já escrevemos em artigos anteriores desta série, será necessário descrevermos a Igreja também como comunidade recuperadora da vida das pessoas que vierem a se converterem aos pés do Mestre Jesus. A frase do famoso hino pode ser bem lembrada aqui “... eu venho como estou...”. Ao nos arrependermos de nossos pecados e aceitarmos a Jesus como nosso recuperador, salvador de nossas vidas, estamos vindo no estado em que estamos, com diversos aspectos e hábitos louváveis, mas, também, com possíveis dificuldades que necessitam ser tratadas e reparadas à luz dos princípios bíblicos aplicados a uma vida cristã saudável. Muitas vezes necessitaremos ajustar nosso tem-

peramento destemperado, nosso falar - que pode nem sempre ser agradável -, nossa maneira de conviver com as pessoas à nossa volta; nem sempre poderemos vencer as tentações ou as práticas e hábitos que não são sintonizados com a maneira bíblica de se viver, etc. Vamos lembrar que o Novo Testamento nos ensina sobre os diversos níveis de maturidade na vida cristã (I Coríntios 2.14-3.3; Hebreus 5.126.1ss). O texto de Hebreus até cita que os crentes daquela Igreja; pelo tempo decorrido, já deveriam ser mestres, mas ainda eram juvenis em seu desenvolvimento de vida e maturidade cristã. Além disso, o mundo é mobilizado e impulsionado pelo Maligno (I João 5.19), tornando-se um mundo sem paz, que somente se consegue num relacionamento saudável com nosso Mestre Jesus (João 14.27). Paulo demonstra aos filipenses que vivemos num mundo corrompido e pervertido, e, nesse ambiente temos o desafio de vivermos uma vida saudável e influente, como que luzeiros (Filipenses 2.15,16). Paulo ensina muito mais ainda quando,

aos crentes de Corinto, menciona que “se uma parte do corpo sofre, todo corpo sofre. (I Coríntios 12.26). Num ambiente assim, como viver em harmonia, amor e comunhão com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com a natureza criada – viver para a glória de Deus – se há imperfeições em nossa vida? Sem dúvida poderemos necessitar de ajuda, de apoio e, algumas vezes, até de uma ação mais intensiva promovida por um trabalho intensivo, por exemplo, de aconselhamento. Assim, a Igreja é como um hospital, em que um cuida do outro. Se não houver esse cuidado, poderá se transformar num orfanato ou mesmo em agência de eventos e atividades sem fim que mais ocupam e desgastam a vida, sem o seu devido desenvolvimento. Aqui entra o que podemos chamar de Igreja como comunidade terapêutica e, neste sentido, podemos destacar, resumidament,e alguns processos que são necessários ser desenvolvidos como aspectos terapêuticos da vida da Igreja: • Solidariedade (I Coríntios 12.26).

• Cuidado de uns para com os outros – “os membros tenham igual cuidado uns dos outros” (I Coríntios 12.25). • Fazer o bem, especialmente aos domésticos da fé (Gálatas 6.10). • Uns aos outros ... Esta expressão de reciprocidade “allelon” (uns aos outros) ocorre dezenas de vezes no Novo Testamento. • A c e i t a ç ã o ( R o m a n o s 15.7). • Comunidade do perdão (Efésios 4.32; veja também Colossenses 3.13 e sobre a confissão de pecados - Tiago 5.16). • Admoestação (Colossenses 3.16). • Amor (I Tessalonicenses 4.9; veja também Hebreus 10.24 - estimular ao amor; I Pedro 1.22 - amor ardente). • Consolo (I Tessalonicenses 4.18). • Exortação (I Tessalonicenses 5.11; veja também Hebreus 3.13). • Manter a comunhão entre os irmãos (Hebreus 10.25). • Promoção de autoimagem equilibrada (Romanos 12.3).

• Dom do aconselhamento que aparece como “exortar” do grego “parakaleo” que significa “chamar ao lado para consolar, animar e fortalecer’ (Veja Romanos 12.8). Neste sentido temos grandes desafios para o desenvolvimento da Igreja como comunidade terapêutica, que faz parte do cumprimento de parte da missão que Deus tem lhe dado. Como disse Philip Brooks: “Não devemos esperar por tempos fáceis, mas por líderes fortes de caráter. Não devemos esperar por tarefas iguais ao nosso poder, mas por poder igual às nossas tarefas. ” Finalizamos com o refrão de Francisco de Assis: Senhor ... “... faça-me um instrumento de sua paz ... onde houver ódio, que eu semeie a paz; onde houver injuria, perdão; onde houver dúvida, fé; onde houver desespero, esperança; onde houver trevas, luz; onde houver tristeza, alegria ...”



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.