OJB Edição 37 - Ano 2017

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 10/09/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 37 Domingo, 10.09.2017 R$ 3,20

UFMBB

Seminário do Sul

Mensageiras do Rei recebem nova coordenadora nacional

Devoção na Capela marca primeiro mês de volta às aulas do STBSB

Páginas 08 e 09

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Missões Mundiais

Coluna Observatório Batista

Suicídio: quando parece não haver mais esperança

Confira o texto: “A espiritualidade desapareceu da Igreja?”

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o jornal batista – domingo, 10/09/17

reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

Campanha 40 Dias de Oração pelo Brasil

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o domingo, dia 03 de setembro, Missões Nacionais iniciou a Campanha 40 Dias de Oração pelo Brasil. O objetivo é mobilizar os Batistas brasileiros para orar sem cessar pela transformação do país. Serão 40 dias orando e proclamando onde estivermos que Jesus é transformação e vida. A Campanha segue até o dia 12 de outubro, o Dia Batista de Evangelismo Pessoal. Cremos em uma grande colheita! Para conhecer e fazer o download de todo o material de mobilização dos 40 Dias, acesse o site Igreja Multiplicadora (http://igrejamultiplicadora.org.br/espacodolider/) e cadastre-se no Espaço do Líder. Clique em “Arquivos para Baixar” e abra a primeira pasta intitulada “000 - 40 Dias de Oração pelo Brasil”. A Campanha de Mobili-

zação deste ano “Jesus: Transformação e Vida” traz inúmeros testemunhos de vidas antes e depois de conhecerem Jesus Cristo. Esse princípio de transformação também se aplica ao Brasil como um todo. Sonhamos que, pelo Poder de Jesus, um dia o Brasil seja transformado em uma Pátria: • Que ame, adore, obedeça, sirva e proclame o nome do Senhor Jesus Cristo; cujos cidadãos tenham nos princípios e valores cristãos a base para todos os relacionamentos; • Que seja um farol missionário para o mundo; • Em que a Igreja evangélica seja um instrumento relevante de transformação social e um exemplo de integridade e ética; • Em que não tenhamos mais crianças abandonadas nas ruas nem usando

drogas ou fora da escola; • Em que não vejamos mais o câncer da corrupção impregnado nas instituições e na vida dos brasileiros, querendo sempre levar vantagem em tudo; • Em que não existam mais cracolândias, e o consumo de drogas seja erradicado dos hábitos sociais; • Em que não encontremos mais moradores de rua nas cidades; • Em que os índices de violência sejam reduzidos a zero; em que um dia possamos sair pelas ruas de qualquer cidade brasileira sem o medo de sermos assaltados ou mortos por uma bala perdida; • Em que os traficantes de drogas e armas não terão mais clientes; • Cujos cidadãos tenham qualidade de vida, dignidade e respeito;

• Em que os serviços públicos tenham padrão de excelência e os impostos sejam investidos para o bem de todos; • Em que a justiça não sofra influência do poder político e econômico nos seus julgamentos, e que todos sejam verdadeiramente iguais perante a lei; • Em que a liberdade e a democracia sejam valores permanentes; • Em que o número de divórcio caia significativamente; • Que a família será valorizada e respeitada por todos, principalmente pelos que governam, criam as leis e julgam. Junte-se a nós nessa grande mobilização de oração. Reúna sua família, seu PGM, sua Igreja e clame pelo Brasil! Fonte: Site de Missões Nacionais


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

O dom e os dons do Espírito Santo

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Dom do Espírito Santo recebemos no momento da conversão. Na decisão por Cristo somos batizados no e pelo Espírito Santo, que passa a habitar na vida do salvo e jamais o abandona. É o companheiro inseparável na caminhada cristã. Consolador, Amigo, Conselheiro, Orientador que habita em nossas vidas e concede-nos condições para tomar decisões sábias, quando permitimos viver sob Sua direção. Ensina-nos a orar. Nos momentos difíceis, ao buscarmos a orientação do Pai, em oração, é o Espírito Santo que intercede por nós com gemidos inexprimíveis, como descreve Romanos 8.26-27. Quando o nosso viver não corresponde aos alvos propostos por Cristo, o Espírito Santo se entristece,

mas não nos abandona (Efésios 4.30). Isso significa vida cristã frustrada, sem alento, sem alegria, sem resultados positivos para o Reino de Deus. Nesta situação o salvo torna-se agressivo. É o Espírito Santo quem nos concede dons para serem usados na causa de Cristo. A cada salvo é concedido diferentes dons, proporcionando à Igreja condições para realizar ministério frutífero nas lides do Senhor. Os dons são diferentes, mas o objetivo é o mesmo: a edificação da Igreja. O salvo que diz não ter recebido nenhum dom mente e torna o Espírito mentiroso. A recusa em usar o dom recebido coloca o salvo em uma situação de réu perante o tribunal de Cristo (II Coríntios 5.10). Prestaremos contas dos dons que o Espírito Santo nos concedeu e que não foram

usados na promoção do Reino Dele. A variedade de dons concedida pelo Espírito Santo (I Coríntios 12.7) torna a Igreja dinâmica, viva e alegre. O conjunto de salvos, com diferentes dons, expressa a alegria oriunda do fruto do Espírito Santo, que envolve e atrai pecadores a Cristo. Uma Igreja alegre é irresistível. Nela, não há separação por idade ou diversidade social; todos são iguais e influenciados pela dinâmica do Espírito Santo a oferecer a Deus o melhor de cada um. Não há dons da preguiça, de ficar sentado no banco vendo os outros trabalharem, da má vontade em servir, da displicência, da vida cheia de trabalho impeditivo a se dedicar à Causa, do cansaço físico, do vestibular no fim do ano, da crítica ferina ao irmão sobrecarregado, que

tenta suprir a não atuação dos que não usam os dons que receberam. Não há dons da maledicência, que corrói a alegria da vida em comunidade. Tais dons não existem. Essas atitudes são frutos da ação maligna que torna o crente infrutífero e imprestável à causa do Evangelho. Não há dom que rouba membros de outras Igrejas por ausência de ética de falsos lideres. A Igreja do Senhor sempre sofreu e suportou salvos cansados e improdutivos. Prontos a acusar e a agredir, mas sem disposição de serem usados pelo Espírito Santo. Salvos que eliminam a ação do Espírito no seu viver prático, gerando mal estar à Causa de Cristo. Tais pessoas seguem as orientações do inimigo, não a do Espírito Santo (I Tessalonicenses 5.19). Na sua conversão a Cristo,

o Espírito Santo lhe deu pelo menos um dom especifico. Usá-lo para glorificar a Cristo é dever de cada salvo. Escondê-lo ou não utilizá-lo na Igreja do Senhor significa condenação. Não há desculpa para descartar o dom recebido; nada justifica o fato de não ser fiel. O que Deus pede a cada salvo no decorrer da semana é muito pouco, se comparado ao que recebemos a cada dia. O inimigo das nossas almas é sagaz. Usa toda e qualquer desculpa para levar o salvo à improdutividade espiritual. Alegra-se quando vê um salvo negligente a lastimar as “dificuldades” da vida cristã, da falta de tempo para servir a Cristo. Satanás não merece alegrar-se com sua desgraça. Use o seu dom, dádiva do Espírito, para servir a Cristo e a Sua Igreja com alegria.

Anunciando o Reino com esperança até que Ele venha Levir Perea Merlo, pastor, colaborador de OJB “Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações...e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt 28.19a, 20b)

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tema da campanha de Missões Mundiais é muito importante. Podemos afirmar que é um

tema “escatológico”, pois toca em um dos pontos essenciais da fé cristã: a esperança na segunda vinda do Senhor Jesus. Como é público e notório, o mundo está um caos: aumento da violência, maldades, ódio, preconceitos, corrupção e todas as formas possíveis de promiscuidade, enfim, um cenário oportuno para levarmos a esperança através do Poder de Deus aos corações desalentados

que vivem neste mundo, fugindo das guerras, da fome e daqueles que vivem solitários em grandes conglomerados humanos. Uma situação devastadora toma conta de boa parte do planeta. E nesse momento, o que se percebe é que organismos e instituições criadas para promover a paz e a esperança tornaram-se insignificantes e perderam sua força, tornaram-se insuficientes diante dos grandes desafios.

É aí que entra com vigor e na força do Senhor a mensagem que transforma interiormente o ser humano, que é o Poder de Deus “Para salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16). Povos que nesse contexto representam todas as nações. Esperança e fé sempre caminharam juntas; é aquela certeza de que um dia tudo vai mudar para melhor. Essa mudança começa aqui e se es-

tende pela eternidade, quando estaremos para sempre com o Senhor. O texto de Mateus 28.19-20 nos mostra e nos traz essa esperança. Ele está conosco sempre, por isso, jamais deveremos perder ou duvidar dessa promessa. É por essa esperança (Jesus Cristo) que devemos testemunhar, indo aos confins da terra, até que Ele venha de novo ao Seu Reino. Que o Povo de Deus esteja mobilizado nessa gigantesca obra missionária!


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Um remédio chamado missões Haroldo Rosendo Rico, pastor da Igreja Batista em Cidade IV Centenário - SP “...Mas recebereis poder do Espírito Santo e ser-me-eis testemunhas...até os confins da terra.” (At 1.8)

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Igreja é um corpo, o Corpo de Cristo. Tal comparação, oportuna e clara, nos ensina que a Igreja é, antes de tudo, um organismo vivo. Para ter poder, o organismo precisa ser saudável. Triste é constatar que há Congregações enfermas, adoecidas espiritualmente. Em muitos casos procura-se animá-las com programas atraentes, procura-se vitalizá-las com recursos midiáticos, promessas fraudulentas de bênçãos materiais; procura-se contextualizá-las com formas de culto mais ao gosto dos pecadores; procura-se fazê-las atraentes por meio do cartaz e de popularidade de “artistas” ou grupos famosos. Além do mais, as opções para vitalizar as Igrejas estão abertas à criatividade dos líderes que desejam ver templos lotados a qualquer custo. Todos esses recursos, e tantos outros mais que possam inventar não passam de “placebos espirituais”, paliativos enganosos e inócuos e que jamais contribuem para a salvação das almas. Para uma Igreja enferma há apenas um remédio: Espírito Santo agindo com poder. E poder para testemunhar de Cristo. Há um lema missionário anônimo que merece ser citado: “O melhor remédio para a Igreja enferma é pô-la em dieta missionária”. O poder do Espírito Santo é o santo remédio para uma Igreja combalida por enfermidades espirituais. Quando uma Igreja se deixa conduzir pelo Espírito de Deus, Jesus Cristo é glorificado e,

em razão disso, a motivação para testemunhar da salvação acontece naturalmente. Quanto mais de Cristo desfrutamos, mais de Cristo desejamos compartilhar. Neste Mês de Missões Nacionais, temos sido postos frente a frente com a nossa responsabilidade pessoal e individual. É como se novamente ouvíssemos aquela pergunta: “Acaso sou eu guardador do meu irmão?” (Gn.4.9). Deus espera a sua resposta. O doutor A. B. Simpson escreveu: “Cem mil almas todo o dia, passam uma a uma sem alegria, culpadas, sem Cristo, em melancolia; sem raio de esperança ou iluminação, na noite infinda da futura escuridão. Sim, passam para a condenação”. Querido irmão, querida irmã, filho e filha de Deus, o que você está fazendo? O que você tem feito? Como poderá encarar esses milhões? Pode suportar tal pensamento? Há a Grande Comissão, clara, cristalina e enfática, bem como a espantosa necessidade que lhe é exposta aos olhos todos os dias. No entanto, jamais levanta a sua mão ajudadora. A bandeja de ofertas tem passado por você, ou o gazofilácio jaz à sua frente em cada culto, e quase com indiferença você lança ali alguma oferta, e assim deu por terminado o seu dever para com Missões? No entanto, em uma semana você gasta muito mais consigo mesmo. Que Deus tenha misericórdia de você! Se sua vida espiritual perdeu a força, se o seu coração está enregelado pela indiferença, se a carreira cristã já não o empolga mais, você pode recuperar pleno vigor de alma. Aplique-se à obra missionária e perceba o poder do Espírito se apoderar de você novamente, como nunca antes. Você verá que o remédio para uma Igreja atraente é missões.

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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

O que vos é necessário “Não vos assemelheis, pois, O problema da absoluta a eles; porque vosso Pai sabe soberania de Deus nunca o que vos é necessário, antes foi considerado “problema”, de vós lho pedirdes.” (Mt 6.8) pelos escritores bíblicos. Teólogos e filósofos humanos, esntes de ensinar a candalizados pelo fato de que conhecida oração a Bíblia não reduz a realidade dominical, popular- do Senhor às limitações da mente conhecida lógica humana, sentiram-se como “Pai Nosso”, Jesus resol- na obrigação de ridicularizar veu “dar o seu ao seu dono”. o papel da “fé”. Foi preciso Isto é, o Mestre nos ensinou a força da redação de um que os resultados positivos jovem dinamarquês para que da oração não dependem do o debate sobre a “graça de poder humano, mas do poder Deus” se libertasse das amarda graça divina. Criticando ras racionalistas do Ocidente. os “pagãos”, Jesus declarou: A postura do “salto da fé”, “Não sejam iguais a eles, por- proclamada por Kierkegaard, que o seu Pai sabe do que conseguiu nos demonstrar vocês precisam, antes mesmo que Deus é uma questão de coração e, não, de cérebro. de o pedirem” (Mt 6.8).

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Aí, a pergunta provocante, existencial, passou a ser: “Bem, se Deus sabe aquilo de que nós precisamos, antes até de o pedirmos, então, para que orar?”. Porque orar nunca deveria ser uma desmoralizante lista de petições. Orar é comungar com Deus, reconhecendo-O como “Pai nosso que estás nos céus”. Há um limite para comer “o pão nosso de cada dia”. Na Oração Dominical não há limite para pedirmos a comunhão amorosa com o Pai, “Assim na Terra, como nos Céus”. No fundo, no fundo, para que pedir se temos, na prática da oração, a prática do amor?


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Eu estou aqui! Vinicius Vargas, pastor de Jovens e Adolescentes da Igreja Batista Fonte Carioca - São João de Meriti - RJ

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lguns dos maiores jogadores de futebol do mundo, quando desequilibram o jogo em campo, costumam virar para a torcida e para as câmeras de TV e dizer: “Eu estou aqui!”. E desse jeito reafirmam sua importância para o time. Afinal, eles fazem aquilo que outros não fariam, e o time consegue feitos que, sem eles, não seriam possíveis. Parece prepotente, apesar disso, é uma verdade. Grandes jogadores fazem diferença quando estão em campo e quando ausentes deixam o time com maiores dificuldades. Há tempos tenho pensado nessa frase, sobretudo,

porque é polissêmica, isto é, ela pode ser vista a partir de diversos enfoques. Se a observarmos não mais sob a perspectiva do futebol, e a olharmos sob a perspectiva da nossa vida cristã, podemos percebê-la sob três pontos de vista: a nossa disponibilidade em dizer “Eu estou aqui” para o Senhor e para aquilo que Ele nos vocaciona; a nossa prontidão em dizer ‘Eu estou aqui’ para o próximo, naquilo que eles precisam; e a segurança em saber que Deus não nos abandona e sempre em meio as nossas dificuldades, podemos ouvir Sua voz, dizendo: “Não se preocupe, Eu estou aqui!”. É o que percebo no texto de encerramento do Evangelho de Mateus, em seus três últimos versos, onde lemos: “Toda autoridade me foi dada no céu e na Terra. Portanto

Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado, e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mateus 28.18-20). No texto, cada um dos versos traz em si a afirmação: “Eu estou aqui!”. O verso 18 precisa ser lido à luz de Filipenses 2.5-11. No texto de Paulo, Cristo é exaltado soberanamente e recebe autoridade total sobre as realidades físicas e espirituais. Nas palavras de Mateus, Cristo recebe toda autoridade no céu e na Terra. No entanto, o texto do Evangelho trata apenas da exaltação de Cristo, enquanto Paulo diz que o Cristo foi exaltado porque abriu mão de Sua glória, esvaziando-se, assumindo a forma de servo

obediente, levando Sua humildade e obediência a Deus até as últimas consequências. Jesus entregou-se a Deus para servir; não havia outro para cumprir essa tarefa. Ele não quis invocar Suas prerrogativas divinas para escapar da tarefa, antes, Jesus disse: “Eu estou aqui”. E o que isso nos implica? Paulo nos lembra em Filipenses 2.5: “Tenham em vocês, o mesmo sentimento!”. Quando Deus nos desafiar a uma missão, nossa única resposta deve ser a mesma resposta de Cristo: “Eu estou aqui!”. No verso seguinte, Mateus 28.19, temos o nosso comissionamento pessoal de irmos em direção aos outros. Ir até os perdidos, discipular os que não conhecem Jesus, integrá-los ao Corpo de Cristo através do batismo e ensinar a essa socieda-

de carente de valores quais os princípios do Reino de Deus. Nossa resposta precisa ser vista na nossa ação em direção aos outros. Quando fazemos pelos pequeninos, o Senhor assume a dívida para si e nos recompensa (Mateus 25.35-45). As pessoas andam desgarradas e errantes. Precisam de alguém que delas se compadeça e diga: “Eu estou aqui!”. Por fim, temos uma certeza que conforta e encoraja: Deus não nos deixa sós. Ele garante: “Estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.20b). Todo dia, no cumprimento da missão, desde quando aceitamos o desafio, temos o Senhor ao nosso lado. Ele nos orienta, fortalece nossos passos e nos diz todos os dias pra sempre: “Eu estou aqui!”. Que Deus nos abençoe!

mas o significado dado a elas a partir do contexto primitivo do seu uso. Uma vez que organizações e palavras não são elementos estáticos, congelados, é importante que se saiba o que se tornaram e o porque do significado que ganharam, no máximo de contextos possíveis. Se houver conhecimento de ambas as partes do que vem a ser Igreja e Batista, encontraremos elementos comuns à busca de afinidade, para, a partir daí, afinar caráter, valores e motivação, bem como eleger prioridades, objetivos e metas específicas. Sem conhecimento da natureza do empreendimento, clareza das finalidades e disposição para subordinar-se

a eles, o sucesso da trajetória torna-se mais incerto. Portanto, diria que um primeiro passo para quem se propõe a liderar uma Igreja Batista é certificar-se de que líderes e liderados sabem e aceitam o que é ser Igreja Batista e suas finalidades. Se houver entendimento em torno disso, as probabilidades de acerto nos demais elementos aumentam significativamente. Se não só a Igreja é a cara de seus líderes, mas também os líderes são a cara da Igreja é fundamental que conheçamos bem nossa história, missão, visão e valores, a fim de que a liderança represente o que de melhor desejamos para o nosso futuro.

Liderar e ser liderado em Igreja Batista Edvar Gimenes de Oliveira, pastor, colaborador de OJB

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iderar é um processo de interação entre perfis de quem lidera e de quem é liderado. Não é algo que depende somente da suposta capacidade de alguém tido como líder, mas também das qualidades de quem é liderado. Os resultados da ação de um grupo dependem, portanto, da afinidade entre duas partes - líderes e liderados - em quesitos como caráter, valores, motivação, conhecimento e finalidades. Um líder, então, pode ser extremamente bem sucedido em um contexto e não em outro. Pode ver resultados

do seu trabalho florescendo rapidamente em um lugar e, lentamente ou até não vê-los, em outro. Os fatores de cada circunstância determinam o sucesso do empreendimento. Isso significa que quem ocupa cargos ou funções de liderança precisa conhecer não somente a missão, visão estratégica, valores, cultura, enfim, da organização, mas também o caráter e a motivação dos liderados. Claro que, em uma situação concreta, os elementos que compõem o palco no qual a história vai desenrolar-se nem sempre são claros. Geralmente, pelo contrário, são um emaranhado que exige muito tempo de obser-

vação e reflexão da parte de quem tem a responsabilidade de liderar. No caso de uma Igreja Batista, quando um processo de caminhada entre líderes e liderados tem início, isso não acontece a partir do nada. O próprio nome Igreja Batista serve de indicador prévio. Ele aponta dois pressupostos: 1) - somos Igrejas; 2) - somos Batistas. É a partir desses dois elementos que tudo se desenvolverá. Tanto a palavra Igreja quanto a Batista tem uma história. Daí, uma condição essencial para o sucesso na caminhada entre líderes e liderados na Igreja é conhecer história. Não somente a história, a etimologia dessas palavras,


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Um líder segundo o coração de Deus Genevaldo Bertune, pastor, colaborador de OJB

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se dirigiram a João e lhe disseram: ‘Rabi, aquele que estava contigo do outro lado do Jordão, de quem tens dado testemunho, está batizando, e todos estão indo ao encontro dele’. Ao que João esclareceu: ‘Um homem não pode receber coisa alguma, a não ser que lhe tenha sido dada do céu’. Vós mesmos sois testemunhas do que vos disse: ‘eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor. O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que lhe serve e o ouve, alegra-se grandemente por causa da voz do noivo’. Portanto, essa satisfação já se cumpriu em mim. É necessário que Ele cresça e que eu diminua. Quem vem das alturas está acima

funcionando. Ele é feliz de todos; aquele que vem mado era fazer exatamen- 3. Seu alvo maior é promover a Glória de Deus, a expanda terra é terrestre e fala da te o que estava fazendo: em dizer: “Eu sou da terra, terra; quem veio do céu está “Promover o ministério são do Seu Reino; e não mas tenho uma missão do acima de todos. Ele testifica o de Cristo; e nisso ele havia o próprio crescimento ou céu!” (v. 31). que tem visto e ouvido; mas tido sucesso!” (v. 26-27). ministério. Nesse proces5. Não entra em crise quando ninguém aceita o seu teste- 2. Não vê na liderança cristã so, muitas vezes terá que não aceitam seu testemumunho. Aquele que aceita o se humilhar para que a um campo para a disputa de nho, suas palavras, sua seu testemunho, certifica que Glória de Deus seja visível poder, para a concorrência; mensagem e liderança: Deus é verdadeiro, pois o enou se manifeste. Pensando mas se alegra em realizar continua servindo ao céu em muitos líderes hoje, em viado de Deus fala as palavras seu papel, ainda que seja assim como Jesus o fez! muitos ministérios, não de Deus, porque Deus não tão somente exaltar, pro(v.32). deveria ser fácil para João dá o Espírito com limitações. mover um outro ministério - de repente -, olhar e ver 6. Seu ministério se concenO Pai ama o Filho, e todas para a Glória de Deus; reseus discípulos passando as coisas entregou em suas tra em promover, dar tesconhece os limites do seu a seguir um outro líder. mãos. Quem crê no Filho tem temunho do caráter de ministério e, muitas vezes, Realmente, ele possuía o a vida eterna; aquele que não Deus e da veracidade da se alegrará exaltando e recaráter que estava manicrê no Filho não verá a vida, Sua Palavra, recebida da conhecendo o ministério de mas a ira de Deus permanece festando em suas palavras boca daquele que foi por outros servos que recebesobre ele.” (Jo 3.26-36). (v.30). Ele enviado, no Poder do ram de Deus uma comissão 1. Sabe, reconhece que toda ou campo de influência 4. Aceita sua humanidade, Espírito Santo (v. 33-34). sua autoridade, ministério, mais amplas. William Carey suas limitações. Não entra 7. Como tem consciência da dons, influência, necessiTaylor comentando este em crise pessoal ou misua identidade, está pretexto, que diz: “O maior tam ter origem no coração, nisterial diante delas; pelo parado para o sofrimento homem nascido de mulher na vontade e comissão de que não precisa usar máse oposição (v. 35). promovendo o ministério Deus; pois, caso contrário, caras, fingir, usar truques do maior homem nascido será obreiro de si mesmo. e malabarismos para apa- 8. O foco máximo da sua missão é promover o plade Deus”. Não é glorioso, O que Deus havia dado a rentar aquilo que não é, ou isso? (v. 28-29). João, seu dom, seu chapara manter seu ministério no redentor do Pai (v. 36)


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missões nacionais

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Setembro: mês de Missões Nacionais O desafio de alcançar mais de 207 milhões de brasileiros com o Evangelho

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o fim do mês de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma estimativa de 207.660 milhões de habitantes para a população brasileira. Para Missões Nacionais, esse número representa o desafio de continuar avançando para alcançar todos os brasileiros com o Evangelho. No mês de setembro, convidamos os Batistas brasileiros a se envolverem nessa missão: multiplicar discípulos. Nosso desejo é que esse envolvimento não fique restrito ao mês de setembro, mas se torne parte da rotina pessoal de cada um, com a evangelização, os relacionamentos discipuladores e a compaixão e graça. O pastor Fernando Brandão, diretor executivo da JMN, enfatiza a importância de seguirmos o Ide de Cristo. “A situação é realmente muito complexa. Entretanto, temos uma grande oportunidade para demonstrar, por meio do nosso testemunho diário, o poder transformador de Cristo Jesus na vida de uma pessoa. Ele é a nossa esperança. Ele vive! Deus estará sempre no controle de todas as coisas. Ele também nos confiou a missão de manifestar o Seu amor ao mundo. Enviou-nos para ministrar compaixão e graça”, afirma o pastor.

Crianças ribeirinhas com pulseira do Plano de Salvação

Os relatórios apresentados nas Câmaras Setoriais de Missões nas últimas Assembleias Nacionais mostram que apenas 40% de nossas Igrejas estão investindo na Obra Missionária realizada pelos Batistas brasileiros. A gerente de Alianças Estratégicas de Missões Nacionais, Fabíola Molulo, faz uma reflexão sobre o envolvimento necessário de todos. “É claro que muitas Igrejas não estão conosco, mas estão de algum modo investindo

também na transformação do Brasil. Mas imaginem o que é que nós não faríamos se juntássemos forças?! Ações de transformação poderiam ecoar mais forte e pujante em cada cantinho deste imenso Brasil de tantas dificuldades e oportunidades”. Na Campanha 2017, queremos levar a todo o Brasil a mensagem de que Jesus é transformação e vida! O material foi enviado para todas as Igrejas Batistas e, em nosso site (<https://www.missoesna-

cionais.org.br/>), é possível encontrar todo o conteúdo necessário para mobilizar sua Igreja. Missões Nacionais conta com todos os Batistas brasileiros para essa ação nacional. “O tema da Campanha de Missões Nacionais este ano é uma mensagem de esperança ao Brasil: “Jesus, transformação e vida”. É também um clamor ao Povo de Deus para não perder o foco na missão, continuar orando, dedicando suas vidas no serviço do Senhor e investindo na obra missioná-

ria. Não podemos desistir da nossa Pátria. Vamos continuar cantando “Minha Pátria para Cristo”. Deus já tem operado grandes coisas em nosso meio e continuará usando sua Igreja para abençoar o Brasil. Você faz parte disso!”, convoca o pastor Fernando Brandão. Ore, invista em missões e seja um agente de transformação e vida em sua comunidade e em todo o Brasil. Juntos alcançaremos os mais de 207 milhões de brasileiros com o Evangelho de Cristo!


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notícias do brasil batista

Mulher Cristã em Missão cumpre o ide “Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.” (1João 3.18) Jovelina Ferreira da Silva Aguiar

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o dia 1 de julho, desembarcamos em Manaus, eu e mais 14 voluntários vindos de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraná e Minas Gerais para fazer tudo o que viesse a nossas mãos, conforme nossas forças, para levar compaixão e graça a um povo até então desconhecido – os Ribeirinhos, por meio da Operação Jesus Transforma Saúde Mais. Independentemente de nossa formação ou habilidade, nossa missão naquele solo era fazer com que o amor de Deus fosse palpável através das maravilhas que Deus iria fazer em nós e através de nós. Desde que pisamos no solo manoara, experimentamos esse amor, através do casal coordenador do Projeto Novo Sorriso da Amazônia, André e Germana, que exalam compaixão e graça, dos missionários Edagar e Oneide, Rose e Sandro, e dos jovens Radicais, que abriram mão dos seus sonhos para viver o sonho de Deus para eles.

Navegando pelo rio Negro e seus afluentes, conhecemos os ribeirinhos, sentimos suas carências, visualizamos a desigualdade social do nosso País, multiplicamos o amor de Deus e tomamos conheci-

mento do número de pessoas que precisam ser alcançadas pela Graça Salvadora de Jesus. Pessoas necessitadas não só de um “cuidar do fisico”, mas de um “cuidar de gente”. Tornamos palpável o amor de

Deus em cada atendimento, abraço, oração, decisão, testemunho dos Radicais, em cada batalha espiritual, em cada compartilhar. Como Mulher Cristã em Missão, voitei da Amazônia

com uma certerza – ainda há muito a fazer, e um aprendizado – existem coisas que podemos e devemos fazer. O resultado de tudo isso certamente ecoará na eternidade. #NovoSorrisodaAmazonia.

SOU MAIS

UFMBB Fatima Medeiros, Caratinga/MG Um departamento abençoado, pois trata de assuntos concernentes à causa do SENHOR. Pregando o evangelho, ensinando, amando, aconselhando, enfim, sendo bênção para o nosso dia a dia. Os estudos da revista são ótimos, todo o conteúdo, os assuntos tratados, as sugestões de eventos, de comemoração de datas especiais, amo muito tudo!

Zilma Rodrigues, Rio de Janeiro/RJ Há mais de 100 anos levando o Evangelho de Jesus Cristo ao nosso Brasil, através de Mulher Cristã em Missão! Mulheres comprometidas com o Reino de Deus aqui na terra! Deus seja louvado! Maria Lucia Klesse, Mogi Mirim/SP Louvo a Deus por esta organização, que tem sido bênção para muitas vidas. Como líder, gosto muito de usar as revistas. Que Deus continue derramando bênção sobre bênção na vida das mulheres cristãs em missão.

Olga Figueiredo, Salvador/BA Agradeço a DEUS por participar de Mulher Cristã em Missão. Tenho muitos motivos para agradecer. Sou assídua em todas as reuniões, tenho aprendido muito. Só peço a Jesus Cristo que derrame bênçãos sobre todas as participantes de Mulher Cristã em Missão. Deus esteja com todas vocês! Onilia Alves, Itaguaí/RJ Uma agência de Deus comprometida com a Palavra do Senhor. Divulgada em todo mundo.


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Relevância da Bíblia na vida do educador cristão - Parte 3 Modela nosso relacionamento com Deus e nos dá autoridade para ensinar a Palavra Dra. Maria Bernadete da Sil- no pensamento e nas ações) va – Diretora do CIEM e desejos mundanos. Adam Clarke, em seu comentário educador cris- bíblico, define impiedade cot ã o p r e c i s a mo “todas as coisas contrárias de sabedoria a Deus: o que quer que nos para ensinar; leve a duvidar de seu Ser, mas também que nega qualquer dos seus precisa ter seu ensino legiti- atributos essenciais, ou a sua mado por Cristo para dar sen- providência ou governo do tido ao texto bíblico. Se ele mundo, e sua influência nas não tiver autoridade, pouco almas dos homens.” Impieirá influenciar as pessoas para dade também inclui qualquer uma mudança. E a autoridade coisa que se opõe à verdadeié outorgada por Deus à medi- ra adoração de Deus; ateísmo da que as Suas palavras vão teórico e prático, deísmo e sendo escritas nas tábuas do não-religião em geral. coração. A segunda coisa que a graça Ao orientar seu discípulo Tito, nos ensina a dizer não é às numa missão de fortalecimen- paixões mundanas. A palavra to da igreja de Cristo na ilha “mundana” quer dizer desde Creta onde o havia deixa- te universo como um sistedo, Paulo o instruiu dizendo ma ordenado que sempre se que a essência e o escopo opõe à vontade de Deus e é dessa graciosa salvação atra- controlado por Satanás com vés da manifestação de Cristo suas ideias, seus alvos, seus é altamente instrutiva para métodos e seu caráter, chaa vida cristã e é totalmente mado também o deus deste oposta à natureza, aos valores mundo. Ele se opõe a Deus, à e aos propósitos deste mun- Sua Palavra, à Sua graça, e aos do. Uma compreensão da Seus propósitos. Esse sistema salvação de Deus no passado, mundano é usado por Satanás no presente e do que será no para seduzir os homens para futuro, instrui os cristãos nu- longe de Deus e contaminar ma direção diferente da deste suas vidas com os seus sistemundo, com resultados per- mas e valores satânicos. O manentes. A graça de Deus objetivo final desse sistema é personificada em Cristo traz a eliminação da dependência aos que nele creem maturi- e confiança em Deus, em sua dade espiritual para assimilar Palavra, em Sua graça através o caráter de Deus e a própria da pessoa e obra do Salvador essência de Sua obra salvado- Jesus. E, por último, é anular, tanto quanto possível, o imra em Cristo nas suas vidas. pacto da igreja na humanidaSegundo o texto de Paulo (Tide, contaminando-a com seus to 2.11-15), a graça revelada valores. de Deus – Jesus Cristo – nos ensina a dizer não – ou seja, a O apóstolo Paulo continua nos afastar, a rejeitar, a retirar dizendo que, por outro lado, tudo o que destoa da imagem a graça de Deus nos ensina de Deus, isto é: toda a im- a ”a vivermos vidas autoconpiedade (falta de reverência troladas, corretas e piedosas para Deus, que se expressa nesta era presente.” Devemos num completo desrespeito notar que estes advérbios

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refletem três mudanças em nossas vidas: 1. Autocontrolado, sensato – pela salvação, somos libertados para aprendermos com a graça revelada (Jesus Cristo) a vencer ou a rejeitar os padrões dominantes da carne e a assumir o padrão dominante de Deus. 2. Correto, justo – essa forma de viver está relacionada com o relacionamento com os outros ou com nosso próximo, sendo corretos, íntegros, honestos e verdadeiros. 3. Piedoso – viver piedosamente implica num relacionamento com Deus no qual a vida é centrada nEle como o objeto de adoração e na Sua vontade e nos Seus propósitos.

Missiologia pelo Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM), Raquel, natural do Rio Grande do Sul, é casada com Alexander Soares dos Santos. Agradecemos ao Senhor a preciosa contribuição de Celina durante todo o tempo servindo ao Senhor conosco e desejamos a Raquel um tempo abençoador e próspero junto com toda a equipe da UFMBB.

E

Filipenses 3.14

Esse é o caminho para que todo aquele que ensina a Palavra de Deus: ensinar com autoridade. – Fala essas coisas, exorta e repreende com toda autoridade. Ninguém te menospreze” (Tito 2.15).

m 2012, ingressei no Seminário de Educação Cristã (SEC), no curso de Educação Cristã com habilitação em Missiologia. O SEC ampliou meus conhecimentos e ajudou a confirmar meu chamado, que se consolidou devido ao currículo que a Casa Formosa, como é conhecido o SEC, oferece aos seus alunos.

CONCLUSÃO Assim sendo, a relevância da Bíblia não se resume ao exercício do ministério do educador cristão, mas, primeiramente, à construção da sua própria vida, como aquele que é instruído por Deus, torna essa instrução seu modo de viver e aceita a convocação para estar a Seu serviço instruindo outros na Sua Palavra.

Durante o curso, descobri algo que não imaginaria fazer – trabalho com crianças. Aprendi a amar e a valorizar os pequeninos. As aulas de Metodologia me ajudaram muito neste sentido. Logo no início do curso, fiz um projeto relacionado ao Culto Infantil nas igrejas. Na minha igreja (Primeira Igreja Batista em Caetés I) não existia Culto Infantil e este foi meu primeiro desafio – implantar um culto específico para crianças de 4 a 10 anos com uma mensagem infantil adequada. Para a honra e glória do Senhor, hoje temos esse culto todos os domingos e agradeço aos professores que me incentivaram a iniciá-lo.

Ao terminar seu ensino, conhecido como Sermão do Monte, Jesus maravilhou as multidões “... porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Mt 7.28-29). Que Deus ajude a cada educador cristão a ser como o Mestre!

É gratificante ver o crescimento espiritual das crianças, isso mostra que o trabalho implantado não foi em vão, como dizem as Escrituras em 1 Coríntios 15.58.

MENSAGEIRAS DO REI RECEBEM NOVA COORDENADORA NACIONAL Após 41 anos de serviço ao Mestre como Coordenadora Nacional das Mensageiras do Rei, Celina Veronese passa esta grande responsabilidade para Raquel Brum Zarnotti dos Santos, que foi sua auxiliar nos últimos cinco anos. Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Católica de Pelotas e graduada em

Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

Hoje sou Educadora Cristã da Primeira Igreja Batista em Caetés I, porque a mesma me enviou há cinco anos, para que meu aperfeiçoamento e aprendizagem pudessem enriquecer a Educação Cristã da igreja. Dou graças a Deus por minha igreja e pelo SEC, instituição que visa formar vocacionados para a obra do Senhor.

Evaneide Maria da Silva Chaprão Educadora Cristã da PIB de Caetés Abreu e Lima PE


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seminário do sul

Devoção na Capela marca primeiro mês de volta às aulas do Seminário do Sul

Reuniões são momentos de devoção e celebração

Pastores convidados trazem a palavra para alunos

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lunos e corpo docente do Seminário do Sul voltaram a se reunir semanalmente na Capela da Instituição para momentos de devoção, agradecimento e celebração a Deus. Os encontros foram marcados pela participação de pastores de todo o estado, que, no mês de agosto, abordaram o tema “Vocação”. Os cultos se tornaram uma oportunidade para que todos os frequentadores da Colina possam aprender mais e se confraternizar, e deve se tornar uma tradição do Seminário. Abrindo o mês de agosto, o pastor João Emílio, da Primeira Igreja Batista de Irajá - RJ levou o tema “Vocação de ouro: vocacionado de barro”. O culto também contou com a participação musical da Orquestra de alunos e do solista Jefferson Lessa. No dia 15, mais um momento de Devoção na Capela teve como tema “Não esqueça do seu cha-

Cultos no Seminário do Sul acontecem semanalmente, às terças

mado”, na mensagem do pastor Carlos Elias, da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ. Nos dias 22 e 29, quem prestigiou os alunos foram

os pastores Juracy Bahia, da Segunda Igreja Batista de Petrópolis - RJ, e Vander Gomes, da Igreja Batista do Recreio - RJ. Os cultos também receberam a Banda dos

Alunos, o Conjunto de Sinos da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ e o Coro do Seminário. Setembro, mês de Missões Nacionais, já tem uma pro-

gramação especial definida para os cultos de Devoção na Capela. O tema da Campanha “Jesus: transformação e vida” será abordado por missionários da JMN: irmã Maria Helena Leão, pastor Fernando Brandão, pastor Cirino Refosco e pastor Ralison Medeiros. Para o mês de outubro, em que é celebrada a Reforma Protestante, o Seminário preparou uma série de mensagens especiais sobre as 5 Solas. Os cultos são abertos ao público e o Seminário convida pastores, ex-alunos e amigos para participarem das reuniões, toda terça, às 19h30, na rua José Higino, 416, Tijuca - RJ. Moradores de outras cidades também podem acompanhar as celebrações através da transmissão online no canal do YouTube. Para assistir, basta acessar o link a partir das 19h30 da terça-feira. <https://www.youtube.com/ seminariodosul>


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missões mundiais

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Suicídio: quando parece não haver mais esperança Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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ão suporto mais essa dor. Só desejo morrer”; esta confissão tem sido declarada reiteradamente e com resultados trágicos. Segundo especialistas em suicidologia, a pessoa que contempla o suicídio não quer morrer, apenas deixar de viver da forma que está vivendo. Se não recebe ajuda, ainda que seja uma palavra de esperança, como superar tanta dor? Neste 10 de setembro, Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, reforçamos nossos pedidos de apoio a ações desenvolvidas junto a pessoas que pensam em tirar a própria vida. Os dados alarmam e mostram que a prática é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que classifica o suicídio como um “fenômeno global”, uma vez que 800 mil pessoas eliminam a própria vida todos os anos, uma impressionante e triste média de uma pessoa se matando a cada 40 segundos, de acordo com os dados mais recentes divulgados no portal da entidade. Tudo isso sem contar as tentativas não consumadas de autoeliminação, o que aumentaria as estatísticas. No Uruguai, o Ministério da Saúde vê o suicídio como um “problema crônico”. No país sul-americano, onde a eliminação da própria vida tem grande peso nas estatísticas de mortalidade, tornando-o um dos líderes mundiais no desolador ranking do suicídio, a última estatística disponível mostra que a taxa de suicídio ficou em 18,55 a cada grupo de 100 mil habitantes, o que significa quase duas pessoas tirando a própria vida por dia. É um número altíssimo, e embora o suicida veja na autoeliminação a solução para os seus problemas, a morte dessa pessoa repercute nas pessoas mais próximas a ela, sobretudo na família. “A maioria dos uruguaios tem algum parente, amigo,

Clélia, à direita, ministrando palestra sobre prevenção do suicídio

Clélia, em pé, durante curso de aconselhamento

Clelia durante ligação telefônica de ajuda a pessoas que querem cometer suicídio

vizinho ou conhecido que se matou. Isso gera uma situação delicada, porque muitas vezes o suicida é tido como uma pessoa valente e um exemplo a ser seguido”, conta Clélia Oliveira, que ao lado do marido, pastor Daniel, serve desde 1996 como nossa missionária no Uruguai. Nos últimos quatro anos, o casal, sobretudo Clélia, começou a atuar mais especificamente em prevenção e intervenção do suicídio. Como voluntária, tem se envolvido pessoalmente em um projeto na área. Uma das ações é prestar ajuda por telefone a pessoas que ligam pedindo socorro.

“Aprender sobre a conduta suicida me levou a ficar mais atenta aos sinais de alerta emitidos por uma pessoa que está pensando nisso”, destaca Clélia, que percebeu isso um dia quando voltava para casa, em Montevidéu. “Era uma noite agradável, estávamos juntos em família entrando em casa. Notei que em frente ao prédio ao lado, havia uma senhora vestida de camisola. Aproximei-me, me apresentei e perguntei se estava tudo bem. Ela desconversou, comentou que estava ali porque tinha ido se despedir de uma amiga. Coloquei-me à disposição caso precisasse de alguma coisa e me despedi”, relata.

Na semana seguinte, Clélia reencontrou a vizinha, desta vez toda arrumada. “Cumprimentei-a e perguntei sobre a amiga. Ao que ela respondeu: ‘Não havia nenhuma amiga. Eu tinha descido para me despedir da vizinhança. Estava com um problema muito grave, não via saída e não via ninguém que se importasse comigo. Então decidi terminar com minha vida. Juntei todos os remédios que tinha e deixei tudo preparado. Desci para me despedir e, de repente, você apareceu me perguntando se estava tudo bem. Percebi que sim, pois alguém se preocupava comigo, ainda

havia esperança em mim’. Nesse momento, chegou o táxi que ela esperava e nunca mais tive contato com ela”, narra Clélia. Os missionários destacam que têm buscado unir esforços no Uruguai para a divulgação e capacitação na prevenção do suicídio através de palestras e seminários em diferentes âmbitos da sociedade. “Com um grupo de profissionais cristãos de diferentes áreas, participamos de uma organização não governamental através da qual temos tido acesso a âmbitos governamentais que antes não tínhamos. Criamos um site e disponibilizamos um número de telefone como começo de um possível canal de atenção aos que sofrem com a ideia do suicídio”, diz Clélia. “Estamos na etapa de preparação e capacitação de uma equipe de profissionais cristãos para atender à exigência desse trabalho”, completa. Suicídio, porém, não se limita apenas ao ato extremo em si e sua prevenção, mas também engloba intervenção e pós-intervenção, no cuidado com a pessoa que tentou se matar e cuidado das pessoas que sofrem a repercussão de um suicídio na família ou várias tentativas de autoeliminação. “Creio que não é só no Uruguai que urge a necessidade de se preparar, adquirir ferramentas para entender e poder ajudar aqueles que padecem dessa ‘dor da alma’. Também todas as nações compartilham dessa mesma dor”, frisa Clélia, que finaliza com pedidos de oração. “Que possamos olhar com compaixão para aqueles que estão sofrendo, orar pelos familiares e amigos que sofrem as repercussões do suicídio de um ente querido, que o Espírito Santo nos dê sensibilidade para perceber as pessoas que estão passando por situações de crise e pelo flagelo do pensamento suicida e que o Senhor rompa com toda resistência frente a esse tema e nos use como agentes de vida”, conclui.


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Igreja Batista em Vila Natal - SP comemora 35 anos de organização Cleverson Pereira do Valle, pastor da Igreja Batista em Vila Natal - Mogi das Cruzes - SP

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os dias 26 e 27 de agosto de 2017 foram celebrados dois cultos de gratidão a Deus pelos 35 anos de organização da Igreja Batista em Vila Natal -Mogi das Cruzes - SP. Na noite de sábado, dia 26, participaram o Coral e o Conjunto de Louvor e Adoração da própria Igreja. O pregador foi o pastor Manoel Ramires Filho, presidente da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP). Contamos também com a presença de muitos visitantes, entre eles, autoridades do município. O presidente da Associação Batista da Grande Mogi (Abagram), pastor Jair Braz, fez questão de dar uma palavra de apreço à Igreja. O culto foi abrilhantado com os depoimentos em vídeos dos membros fundadores; quatro deles estavam

Visitantes e autoridades prestigiaram o aniversário da Igreja

Festa contou com diversas participações musicais

presentes e foram à frente para que os convidados os conhecessem. São eles: irmão Evaristo e Benedita Prosdocimi, Juarez Barreto Xavier e irmã Virgínia Aparecida Lucia. Os irmãos também puderam ouvir dos líderes sobre o que tem acontecido nos departamentos da Igreja. Os representantes do ministério de Serviço, Valdir Braz; ministério de Adoração, Caio Santos; e ministério de Educação Cristã, Marcelo Santos, deram destaque às suas respectivas áreas.

da Igreja Batista Cesar de Souza, em Mogi das Cruzes - SP e autoridades políticas locais. Os líderes dos ministérios de Missões, irmão Austelino Pinheiro Matos; ministério de Evangelismo, irmão José Mauro Pereira, e ministério de Comunhão, irmão William Paulo de Oliveira falaram a respeito do trabalho que têm realizado através de cada área. Mais dois vídeos foram apresentados à congregação, um de um membro fundador e o outro com fotos histó-

No domingo, dia 27, o pregador da noite foi o pastor Adilson Ferreira dos Santos, diretor Executivo do CAM-CBESP. Contamos com a presença do Conjunto da Igreja Batista Braz Cubas, da solista Renata Alves e do Coral da Igreja Batista em Vila Natal. A Igreja também recebeu uma homenagem da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo das mãos do deputado Estadual Marcos Damasio. A Igreja estava repleta de visitantes, entre eles, Osmar Teles Dias, Pastor Emérito

ricas de várias épocas da Igreja, com um depoimento do pastor Cleverson Pereira do Valle no final. Tivemos também a participação musical do ministério Infantil e do nosso Coral no encerramento da programação. Louvamos a Deus por todas as irmãs que trabalharam na preparação dos lanches e bolo de aniversário, todos que ajudaram na recepção, na preparação da programação, os irmãos da multimídia e a participação de toda a Igreja. A Deus toda a honra e toda a glória!

Igreja Batista Betel de Italva - RJ completa mais um ano de serviço ao Senhor Wanderson Miranda de Almeida, colaborador de OJB

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o dia 12 de agosto, a Igreja Batista Betel de Italva - RJ completou mais um ano de serviço ao Senhor. E para celebrar, foram realizados dois cultos em ação de graças a Deus. No sábado, dia 12, recebemos a Igreja Batista Morada do Engenho, de Natividade - RJ, e seu pastor, Josimaldo de Souza, como mensageiro da noite. Foi um culto muito inspirativo, com a participação do ministério de Louvor da Igreja e com a pregação da Palavra, na qual o pastor Josimaldo falou sobre Jesus, dizendo: “Está consumado!”. Ainda na data, recebemos o pastor Jerry Adriane Soares

Da esquerda para a direita: irmão Samuel (diácono da Igreja Batista Central de Italva) e sua esposa, irmã Ilva Miranda de Almeida; pastor Manoel Messias de Almeida (pastor da Igreja local, com sua esposa); pastor Mário Silva com sua esposa, irmã Eva

Gandra, pastor da Igreja Batista de Cachoeiro, em Cardoso Moreira - RJ, e presidente da Associação Batista do Norte Fluminense (Abanflu); sua esposa, Patricia Estef Magalhães Gandra, e sua filha, Isabela Magalhaes Gandra. Também tivemos a presença

do pastor Felipe Miranda Mota, vice-presidente da Ordem dos Pastores da Abanflu. No domingo, dia 13, continuamos agradecendo ao Senhor pelas bênçãos recebidas e contamos com a participação do pastor Mário Silva, membro da Igreja Ba-

Da esquerda para a direita: pastor Felipe Miranda Mota, pastor Jerry Adriane Soares Gandra e sua esposa, Patricia Estef Magalhães Gandra; Ilva Miranda de Almeida (esposa do pastor da Igreja Batista Betel de Italva) e pastor Manoel Messias de Almeida (pastor da Igreja Batista Betel de Italva); Cristiana Velasco Brum de Souza (esposa do pastor Josimaldo) e pastor Josimaldo de Souza

tista Central de Italva - RJ. Ele falou sobre a comunhão e a Ceia do Senhor, da qual participamos após a mensagem. Foi um momento de reflexão e contrição.

Agora marchamos para mais um ano, sabendo do compromisso que temos com Deus de anunciar Sua mensagem até que Ele venha. Que Deus nos abençoe!


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EBF promovida pela Igreja Batista Plenitude - MA reúne 150 crianças Na hora da diversão, esperada com grande expectativa todos os dias, o destaque foi para as brincadeiras com material reciclado, como caixas de papelão, meias, etc. E isso não fez a menor diferença para as crianças acostumadas com os eletrônicos. “Uma das partes que eu mais gostei da EBF foram as brincadeiras. Foi muito legal”, lembra André Klohn, 06 anos.

Mariluce Ferro, líder do ministério de Comunicação da Igreja Batista Plenitude - MA

A

s crianças voltaram para a escola repletas de conhecimento bíblico, pelo menos, as crianças que participaram da Escola Bíblica de Férias, promovida pela Igreja Batista Plenitude, em São Luís - MA, de 29 de junho a 03 de julho deste ano. Com o tema “A Grande Descoberta”, o ministério Infantil organizou a programação que contou com muita história bíblica, momento missionário, música e brincadeiras. A parceria com a Aliança Pró-Evangelização de Crianças (APEC) garantiu a diversidade da animação na parte lúdica do evento. Ao todo, 150 crianças, de 04 a 11 anos, aproveitaram bem a oportunidade de aprender de Deus e brincar. “Percebemos que muitas crianças tiveram um primeiro encontro com a Palavra de Deus; isso é o mais gratificante. Admiramos o empenho

Templo virou um grande centro de recreação cheio de alegria

das crianças da Igreja em trazer coleguinhas não crentes para participar. E, sobretudo, ter o grande envolvimento da Igreja para que tudo acontecesse da melhor maneira possível. Estamos muito agradecidos por tudo o que o Senhor fez por nós”, reconhece Lúcia Chaves, coordenadora da EBF. A Grande Descoberta O ápice da EBF foi a exposição da história bíblica. Para esse momento, as crianças foram divididas por faixa etária, em dez turmas comandadas

por dois professores em cada sala. A Igreja Batista Plenitude - MA trabalhou mais uma vez com o material da APEC. Com os recursos do kit da Grande Descoberta, as crianças aprenderam que Deus fala por meio da criação; do seu filho, Jesus; da Bíblia; e que, portanto, precisam ouvir e obedecer Sua Palavra. “Foi muito legal. Nós aprendemos que podemos usar até a natureza para falar de Jesus para os nossos amigos. Deus nos quer pertinho Dele. Eu amo a EBF”, disse Júlia Silva, 09 anos.

Além das crianças Esta foi a terceira edição da Escola Bíblica de Férias, na Igreja Batista Plenitude. Para o pastor da Igreja, Eduardo Cerqueira, o investimento no ensino e evangelização das crianças segue o exemplo deixado por Jesus. “É com muita alegria que a EBF é uma das nossas estratégias para ensinar a Palavra de Deus às nossas crianças e alcançá-las e também as famílias que ainda não ouviram falar de Jesus”, comemora. A prova de que o alcance da verdade ensinada na EBF vai além das crianças participantes

pode ser conhecida no relato da mãe da pequena Isadora, de 05 anos: “Aprendizado, brincadeiras, comunhão, conhecimento bíblico e amor, muito amor de todos os envolvidos. O cuidado no preparo da EBF, que a cada ano se torna melhor e mais abençoada, me constrange e me faz refletir acerca da importância dos estudos e ensinamentos bíblicos para minha filha. Assim, não somente ela cresce na Palavra e é abençoada, mas eu também, pois me vejo querendo ler mais e conhecer mais a Bíblia”, confessa Renata Cavalcanti. As crianças que participaram da Escola Bíblica de Férias levaram para casa o ensinamento do versículo tema desta edição da EBF, de que podem dizer como o salmista: “Abre os meus olhos para que eu possa ver as verdades maravilhosas da Tua lei” (Sl 119.18). “Espero que nossos filhos tenham o prazer de viver essas verdades na volta às aulas, no parquinho, em casa, na família, em todos os lugares”, resume Celso Silva, pai do Felipe, 06 anos.

PIEB Pinda - SP trabalha retomada de atividades com a Juventude Elias Rivelle, jornalista, membro da Primeira Igreja Evangélica Batista em Pindamonhangaba - SP

D

esde julho de 2017, a Primeira Igreja Evangélica Batista em Pindamonhangaba - SP (PIEB Pinda) tem trabalhado pela retomada oficial das atividades com a juventude. No decorrer das votações da Assembleia Geral Ordinária, realizada no referido mês, a Igreja ratificou a nova liderança do ministério de Jovens e Adolescentes, composta pelo jovem casal Matheus Salgado e Jéssica Marinho. Na noite do dia 29 de julho, ocorreu o Encontro Mensal de Juventude. O evento teve a presença da Juventude Batista no Cone Leste Paulista (JUBACOLESP), somando cerca

de 60 pessoas reunidas em louvor e adoração ao Senhor Deus. A preleção ficou a cargo do pastor Ésio Moreira, ministro titular da PIEB Pinda. Os louvores foram conduzidos pela Banda JUBACOLESP. Já no mês de agosto, jovens e adolescentes da PIEB Pinda estiveram presentes em diversos eventos regionais, como a Celebração do Mês dos Jovens e Adolescentes Batistas com JUBACOLESP e Juventude Batista no Estado de São Paulo (JUBESP) na Primeira Igreja Batista em Taubaté - SP; evento de Juventude na Segunda Igreja Batista em Moreira César (Pindamonhangaba - SP); 48º aniversário da AIBACOLESP, na Primeira Igreja Batista em Guaratinguetá - SP; e Encontro de Juventude da PIEB Pinda. Durante a celebração noturna do dia 06 de agosto, a PIEB Pinda recebeu o pastor Daniel

Juventude da PIEB Pinda - SP

Saad como palestrante, o qual fez a pregação da Palavra de Deus em uma linguagem mais voltada para os jovens. No dia 26 de agosto foi realizado um Encontro de Juventude. O tema da celebração - e que será contínuo para as atividades com jovens e adolescentes - foi “Living Truly”, que na língua portuguesa pode ser traduzido como “Vivendo Verdadeiramente”. Nesta ocasião, a liderança promoveu

reflexão bíblica e exibição de conteúdos, enfatizando a postura de cristãos diante da sociedade e vice-versa, inclusive abordando o despertamento de jovens e adolescentes em meio aos desafios atuais. A programação contou com louvores conduzidos pela juventude local e com a visita de irmãos da Primeira Igreja Batista em Moreira César e da Igreja Assembleia de Deus. Vale salientar que a cele-

bração noturna do dia 27 de agosto ficou sob a incumbência dos jovens e adolescentes da PIEB Pinda. Na oportunidade, o pastor José Maurício, ministro titular da Primeira Igreja Batista em Lorena – SP, foi o preletor da mensagem bíblica e a juventude local conduziu os louvores com ministério de Louvor e Coral Jovem. Cabe também ressaltar que em setembro está prevista a eleição de novos nomes para cargos de direção da Juventude da PIEB Pinda, com a finalidade de dar prosseguimento as atividades com jovens e adolescentes. Diante dos fatos, o desejo da Primeira Igreja Evangélica Batista em Pindamonhangaba, do pastor Ésio e dos membros é que a juventude continue em constante crescimento e cada vez mais fortalecida nos caminhos do Salvador Jesus.


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iderar é a arte de dividir tarefas, descentralizar, acompanhar, aperfeiçoar e colher os frutos. Não combina com a centralização e nem com o despotismo. Não pode ser fundamentada na vida do líder. Não é personalismo, mas pessoalidade. Liderar é fazê-lo por princípios e não por opiniões viciadas, voltadas para vantagens pessoais. Liderança significa pensar no bem comum, no sucesso como fruto de compartilhamento na organização. É buscar a excelência no trato com as pessoas. É contribuir para a unidade na instituição. É promover “A participação de todos no esforço de cada um”. Contudo, o tempo que vivemos é estigmatizado pelo hedonismo, pragmatismo e narcisismo. São três anomalias que adoecem qualquer liderança. A liderança egocêntrica é marcada pelo personalismo dos que estão compactuados com vantagens e glória meramente pessoais. Pensar de si e para si é uma característica bem definida da liderança marcada pelo egoísmo, que

ponto de vista

Liderança egocêntrica busca freneticamente o reconhecimento dos liderados. Gosta do pódio. Exerce uma filosofia maquiavélica, isto é, se utiliza de meios convenientes para gerar resultados. Na cabeça da liderança egocêntrica está a megalomania ou mania de grandeza. Esta turma gosta de colocar fotos na parede. É muito triste ver em nossas comunidades, em nossas organizações filantrópicas, elementos comprometidos com a adulação, bajulação e reconhecimentos visando o fortalecimento do cargo que exerce. Os conchavos são a sua especialidade. A liderança egocêntrica não aprecia cargas, mas cargos. Não gosta de servir, mas de ser servida. Não facilita, mas problematiza. Essa liderança não tem coração. Ela é platônica, ou seja, vive no mundo das ideias. Pensa nas vantagens pessoais a partir do seu umbigo. A liderança egocêntrica se vale do cargo para se promover. Geralmente é uma liderança insensível em relação às necessidades dos seus liderados e produz medo. Não está afeita ao companheirismo e

nem a liberdade para críticas construtivas, visando o bem da organização. Essa liderança é despida de misericórdia em relação aos que sofrem. Ela beneficia os apadrinhados, os companheiros que rezam na mesma cartilha. Exclui ou despreza os que têm boas ideias, os que podem contribuir para melhorar o serviço da instituição. Geralmente, em uma liderança exercida por líderes egoístas, as pessoas que pensam não são bem-vindas. Esses líderes têm medo dos que podem revolucionar. A liderança egocêntrica é apequenada, medíocre e sofrível. Tenho pena das pessoas que são lideradas por elementos assim. Liderar de forma egocêntrica é um grande prejuízo para a organização ou instituição. É uma liderança dominadora ou ditadora, maldosa e doentia. Ela é impessoal, pois está mais focada em coisas do que em pessoas. Valoriza ações e não pessoas. Só sabe cobrar resultados, mas não investe sabiamente nos seus liderados. Não tem amizade com a sua equipe, a sua liderança é fria, formal e interesseira.

Elimina os que pensam de forma diferente; não há diálogo, interatividade e companheirismo. A liderança egocêntrica beneficia familiares e amigos (muitas vezes incompetentes) em detrimento dos que não são familiares e não são amigos, mas são competentes. A liderança egocêntrica está na contramão do bom senso e de todo o ensino de Jesus Cristo, o nosso modelo de liderança amorosa, altruísta, saudável, sinérgica e revolucionária. A única maneira de combatermos a liderança egoísta é substituí-la pela liderança comprometida com os valores cristãos. Essa está voltada para as pessoas, o seu bem-estar, premia o trabalho criativo, encoraja, forma caráter, distribui tarefas e colhe resultados. Está atenta às críticas e sugestões que venham melhorar substancialmente o trabalho da liderança e, consequentemente, da organização em sua função diacônica ou em seu serviço. Só é possível libertar o homem ou a mulher de sua maneira egocêntrica de liderar aplicando os princípios do Mestre no Sermão do Monte,

tão excelentemente expostos em Mateus, capítulos 5, 6 e 7. Aqui está o código de ética do Reino de Deus, que deve ser aplicado ipsis litteris na vida da liderança para que haja mudanças profundas e saudáveis na organização. Exercer a liderança altruísta é valorizar pessoas e não coisas. Sabemos que quando valorizamos as pessoas, estas cuidam muito bem das coisas e de suas tarefas. A verdadeira liderança tem interesse em servir, comungar e acompanhar com interesse. Ela não é exercida infringindo medo, mas despertando coragem para participar do processo de gestão responsável e produtiva. Que Deus nos livre de uma liderança egocêntrica, interesseira, fria, calculista e descomprometida com valores éticos e morais do Reino. Que Deus seja glorificado em nossa liderança amorosa, servidora, catalisadora e empreendedora. Que os nossos alvos sejam: glorificar a Deus e tornar os que lideramos em pessoas altruístas e servidoras, sempre fazendo o bem, à semelhança de Jesus em Sua caminhada.

Quanto vale uma alma? Paulo Cezar Vieira dos Santos, membro da Igreja Memorial Batista de Brasília - DF

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missionário coordenado pela Convenção, por intermédio de suas Juntas de Missões Nacionais e Mundiais. Quero abordar uma dessas formas: contribuir. Para manter o gigantesco trabalho de evangelizar o país e o mundo, nossas Juntas necessitam de vultosos recursos. As Igrejas têm respondido aos apelos feitos anualmente nas campanhas com o levantamento e o envio de ofertas especiais, que devem ser mantidas e fortalecidas. Mas também existe outra forma de contribuir, já adotada por muitos voluntários: a adoção missionária - PAM. O Brasil conta - dados oficiais de 2016 - com 8.753 Igrejas Batistas e 4.944 Congregações filiadas à CBB. Nelas estão arrolados 1.706.003 membros.

Bíblia pergunta: “De que vale ganhar o mundo todo e perder a alma?” (Mc 8.36). Vê-se aí que alma não tem preço. Mas para ser resgatada custou preço que nem o mundo todo convertido em valor monetário poderia pagar. Preço quitado com o sangue imaculado e precioso derramado na Cruz do Calvário. Jesus morreu por todos, logo, quer a todos salvar. Comissionou-nos, sem exceção, para a tarefa de comunicar a verdade salvadora aos bilhões ainda não alcançados. E existem variadas formas de cumprir o encargo glorioso: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda 1 - O que significam R$ criatura” (Mc 16.15). Uma delas é fortalecer o trabalho 20,00 para você? A multipli-

cação de 1.706.003 por R$ 20,00 dá o montante significativo de R$ 34.120.006,06. Se cada Batista brasileiro se dispuser a contribuir mensalmente com apenas R$ 20,00 para o PAM, nossa Convenção terá a seu dispor, anualmente, a quantia mais que considerável de R$ 409.440.070,00. 2 - Agora convido você a sonhar junto comigo. O que significam R$ 100,00 para você? Um jantar a dois em restaurante duas estrelas qualquer? Um tanque de combustível de carro pequeno? Uma camisa (não de grife)? Relativamente pouco para muitos, concorda? Mas podem significar muito na contabilidade de Deus em termos de difusão do Evangelho. A multiplicação de R$ 100,00 por 1.706.003 resulta no montante significativo de R$ 170.600.300,00. Se cada Batista brasileiro as-

sumir o compromisso de contribuir mensalmente com R$ 100,00, em favor do PAM, nossa Convenção disporá, anualmente, da quantia superlativa de R$ 2.047.203.600,00. Quem terá condições de aquilatar o significado disso na evangelização do Brasil e do mundo? Quantos novos missionários poderão ser enviados? Quantos hospitais serão construídos? Quantas escolas, universidades e seminários serão implantados? Quantas novas Igrejas serão organizadas e templos edificados? Quantas almas, cada uma valendo mais que o mundo todo, poderão ser salvas para o Senhor? Que tremenda possibilidade, baseada em tão pouco! Sei que muitos, em qualquer região do Brasil, poderiam arcar com esse valor mensal sugerido a guisa de sonho e de exemplo, sem compro-

meter suas finanças pessoais e familiares. Sei também que outros somente poderão participar com valores menores. Por exemplo, R$ 20,00. 3 - O ideal é que haja adesão maciça do Povo de Deus a esse objetivo. O valor que o Senhor colocar em cada coração será o apropriado. Para Deus, números não têm em si mesmos um significado maior. Lembre-se da oferta da viúva pobre. Convido você a pensar seriamente nisso, e a tomar atitude proativa a respeito. Com urgência, não sabemos o dia em que o Rei voltará. Deus quer mudar nosso mundo! 4 - Em e-mail a respeito de Pavel Kuczinski, ilustrador e cartunista polonês, li a seguinte frase: “Já perguntei a Deus por que Ele não fazia coisa alguma para mudar isso. ‘Já fiz’, Ele respondeu. ‘Fiz você’”.


o jornal batista – domingo, 10/09/17

ponto de vista

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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

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A espiritualidade desapareceu da Igreja?

os últimos artigos procuramos demonstrar a necessidade de redescobrir certas verdades fundamentais do Cristianismo e, especialmente, ligadas à vida espiritual e eclesiástica. Hoje vamos tocar em um outro importante tema para aprofundar mais a abordagem. O percurso histórico do Cristianismo, das denominações, Igrejas e da própria construção do pensamento teológico e das prioridades tem passado por transformações, o que influência diretamente tanto a vida do cristão, quanto da própria Igreja. Por um bom tempo o enfoque foi no campo da Teologia, em que as discussões palmilhavam na busca da uniformidade da interpretação doutrinária da Bíblia. Assim, as Igrejas e os crentes possuíam uma identificação doutrinário-teológica, em uma linguagem simples. Havia uma “etiqueta identificadora” do crente e da Igreja. Ao se transferir para outra cidade, por exemplo, um crente procurava uma Igreja da “mesma fé e ordem” para ali se fixar como membro. Um dilema neste enfoque é que o Cristianismo se reduziu a um conjunto de proposições e conceitos. Até o Plano

da Salvação ficou como um conjunto de proposições, em vez de demonstrar um novo estilo de vida ao aceitarmos a Jesus, de modo que se a pessoa que estava sendo evangelizada aceitasse aqueles conceitos estaria salva. Ser crente, então, passou a ser aceitar certos conceitos e proposições teológicas. Já, há um bom tempo, a vida do crente tem sido validada, tendo em vista o seu empenho operacional no trabalho da Igreja. Temos aqui o foco no verbo fazer. Não há dúvida em que Deus tem dado dons de serviço para que cada crente possa participar no desenvolvimento da vida da Igreja, no empenho à obra do Reino de Deus, na propagação e ensino do Evangelho, no aconselhamento, na obra social, etc. Portanto, também é um enfoque legítimo. O dilema é que, com a herança recebida dos nossos precursores, que vieram de uma cultura essencialmente pragmática, podemos ter reduzido o Cristianismo a atividades, programas, eventos e estrutura. Isso tem levado ao desenvolvimento de intenso “ocupacionismo” e gerado alguns equívocos na compreensão não apenas da doutrina da Igreja, mas na sua vivência prática. Domin-

go, dia de celebração e de descanso, tem se tornado em dia de cansaço, de modo que ser crente em sete dias da semana torna-se, na prática, um Cristianismo em um dia da semana. É o Cristianismo funcional, programático e agitado de fim de semana, em que o culto da Igreja torna-se um ponto de encontro. No momento, é possível notar que tem crescido o movimento de um tipo de autoajuda gospel, onde circulam freneticamente nas redes sociais frases de motivação, onde Deus se coloca à disposição da pessoa como um “garçom”, pronto para servir e, custe o que custar, a sua vida vai dar certo. Paralelamente, também segue um Evangelho de troca, em que se você for “crente bonzinho” Deus vai lhe “premiar” com dezenas de bênçãos, um verdadeiro mercado da fé onde o Evangelho tornou-se mercadoria. Mas também é possível notar o crescimento de um tipo de “adoracionismo”, em que o culto acaba se tornando em uma espécie de “show”, regado com intensa “aeróbica gospel”. E isso tudo sem se importar em como foi o relacionamento com Deus e com a espiritualidade durante a semana.

Não é possível negar que o Cristianismo é teologia/ doutrina, é atividade, precisa de programas, eventos, que Deus é o nosso socorro bem presente na hora da angústia. Mas onde anda a espiritualidade essencial que deveria ser o grande motivador e impulsor de tudo isso? Em levantamento de dados que fizemos recentemente entre pastores Batistas no Brasil foi possível notar que 77% demonstraram não estarem satisfeitos com a sua vida devocional e 62% não possuíam culto doméstico em seu lar. É possível também notar que quando colegas pastores se encontram em algum evento, o cumprimento envolve em geral perguntas quantitativas (quantos membros sua Igreja tem?, quantos batismos por mês?, quanto é o orçamento?, etc.), não incluindo perguntas tais como quantos lares possuem culto doméstico, se os membros da Igreja são discipuladores ou discipulados, se tem havido separação de casais em sua Igreja, se os jovens estão se preocupando com o estudo da Bíblia, se há grupos de oração, etc.? O Cristianismo é essencialmente introspectivo, é primeiro voltado para dentro, e depois para fora. Isso

requer o investimento prioritário em um estilo “místico” de vida pessoal. Aliás, esta palavra - místico - fugiu do vocabulário dos teólogos, talvez com receio da subjetivação. Mas essa vida mística envolve situações tais como Jesus ensinou sobre nos trancarmos em um quarto secreto para ali dialogar com Deus, ouvir a Sua voz e derramar nosso coração. Neste sentido, talvez estejamos confundindo culto público, acreditando que é desnecessário o desenvolvimento de um relacionamento pessoal, profundo e diário com Deus, meditar diariamente em Sua Palavra e ter uma vida pessoal de oração. Uma vida de solitude, de silêncio para ouvir a voz de Deus e aí estarmos preparados para agirmos como cristãos na vida cotidiana, exercer nossos dons e no mundo ser o suave aroma de Deus, em vez de exalarmos o ácido odor de Satanás na convivência (veja meu último artigo “Estou magoado com você?!”). Assim, estamos estimulando que você tenha uma espiritualidade ativa, mas também introspectiva. Daí a pergunta inicial, “onde está a espiritualidade na Igreja?” E aí como você reage a essa questão?

Ataque terrorista em Barcelona Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB

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stamos sentidos pelas vítimas da ação terrorista na Espanha. Recentemente, uma van atropelou centenas de pessoas, deixando 15 mortos e 130 feridos. Dentre eles, um brasileiro. Um terrorista matou o condutor de uma van, pegou o veículo e avançou sobre inúmeras pessoas

que caminhavam nas ruas de Barcelona. O terrorista conseguiu fugir, mas, recentemente, foi encontrado por unidades policiais. Houve confronto e ele foi morto pela polícia espanhola. A Procuradoria de Justiça da Espanha indiciou quatro homens por envolvimento com este atentado. Pessoas que orquestraram o mesmo e estão presos sem direito a fiança.

As células terroristas têm agido na Europa. Países como França e Inglaterra também já sofreram atentados. O fanatismo religioso leva as pessoas a fazerem interpretações erradas da religião, achando que serão recompensadas se cometerem atrocidades. Inúmeras medidas preventivas estão sendo tomadas para conter o avanço deste movimento.

Devemos clamar para que tais agruras sejam dissolvidas. Que o mundo seja cheio de paz, amor e alegria. Jesus é a fonte dessas riquezas para os homens. A obscuridade da religião não é recente. O homem faz isso desde a época de Cristo. Os fariseus tinham duro trato com aqueles que não seguiam sua religião. Por ocasião da inquisição, quem professava uma visão diferen-

te da estabelecida era preso, torturado e morto. O diálogo entre os povos deve acontecer! Nisso inclui o diálogo inter-religioso. Precisamos ouvir quem pensa diferente, e se fazer ouvir pelos que tem um credo que não seja o nosso. O amor cristão é o viés que nos dará acesso para conviver pacificamente com os que vivem uma outra espiritualidade. “O líder promove a paz coletiva”.



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