ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 18/09/16
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXV Edição 38 Domingo, 18.09.2016 R$ 3,20
Notícias do Brasil Batista
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Fique por dentro das notícias ligadas a UFMBB
CBM oferece capacitação a pastores e líderes Batistas mineiros
Páginas 08 e 09
Página 12
Coluna Vida em Família
Coluna Arte e Cultura
“Como se aprende a viver em família?”; saiba mais!
Nesta edição, conheça Ruben Chama, um ator cristão em Portugal
Página 06
Página 10
Coluna Ação Social
Ponto de Vista
Veja o texto “É melhor votar em um ateu, do que em um cristão mal-intencionado”
“Idosos podem se apaixonar e casar de novo?”; Confira!
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reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo
Até Jesus chegar
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urante a nossa vida somos apresentados a diversos ensinos, práticas e metodologias. Somos inseridos em determinados grupos que, de uma maneira geral, passam a moldar o nosso jeito de viver e o nosso comportamento. Até Jesus chegar, e tudo mudar. Paulo, antes Saulo, prestava serviços ao Império Romano. Homem inteligente e poderoso, perseguia os cristãos e os matava. Difícil acreditar na mudança de vida de uma pessoa assim, não é mesmo? Mas, Jesus chegou e o encontrou no caminho para Damasco. Teve sua vida transformada, passou a viver uma nova história e se tornou um grande mensageiro da Palavra de Deus.
Por que não falar de Zaqueu? Chefe dos publicanos, grupo que era visto com maus olhos pelo povo por causa da falta de caráter. Além disso, roubava a população com cobranças adicionais aos impostos. Muitas pessoas não gostavam dele, justamente por suas práticas ilícitas. Um belo dia, Jesus chegou, e quis repousar na casa de Zaqueu. Jesus sempre nos surpreende. Zaqueu se arrependeu e mais, restituiu, quatro vezes mais àqueles que, de alguma forma foram prejudicados por ele. Podemos lembrar também do caso da mulher adúltera. Encontrada na prática do ato, foi julgada pelos escribas e fariseus, de acordo com a lei de Moisés, e seria apedrejada. Jesus chegou para
ela também e, para surpresa de todos os que ali estavam, exclamou: “Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra” (Jo 8.7b). Os acusadores foram embora, Jesus a perdoou de todo o pecado e, a partir dali, ela passou a viver de outra maneira. Quando Jesus chega em nossas vidas, as coisas mudam drasticamente. Nosso modo de viver em sociedade, na família, na Igreja. O pensamento é outro. Para isso, precisamos renunciar tudo aquilo que nos afasta de Deus e tem o poder de prender o nosso coração. Paulo renunciou um grande cargo, Zaqueu renunciou seus bens adquiridos ilicitamente, e a mulher adúltera decidiu largar toda a imoralidade que
vivia. E você, o que precisa renunciar para Jesus chegar e fazer morada no seu coração e na sua família? “As pessoas que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a natureza humana delas, junto com todas as paixões e desejos dessa natureza. Que o Espírito de Deus, que nos deu a vida, controle também a nossa vida! Nós não devemos ser orgulhosos, nem provocar ninguém, nem ter inveja uns dos outros”(Gl 5.24-26 – NTLH). Nesta edição, você lerá textos que falam sobre transformação de vida, purificação, área conjugal e familiar. Que cada texto fale profundamente ao seu coração, leitor de OJB. Deus abençoe a sua vida, família e ministério!
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Abra um sorriso, pois Deus está te vendo Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB
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orria, você está sendo filmado! Essa frase nos persegue diariamente. As pessoas inseguras e com medo, instalam câmeras de monitoramento em todos os lugares. Ao adentrar em algum estabelecimento já visualizamos a placa “Sorria, você está sendo filmado”. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo. Bom, porque, de certa forma, nos dá a falsa sensação de segurança. As gravações das câmeras têm sido usadas para identificar criminosos e têm sido útil na investigação de vários crimes. É bom porque registra tudo o que se passa no ambiente ou na rua. Mas é ruim porque rouba nossa pri-
vacidade. Se bem que falar em privacidade na era digital é falar ao vento. Quase todas as pessoas que nos cercam possuem smartphones com câmeras e, além disso, hoje as pessoas são viciadas em assistir a vídeos na internet. A facilidade de registrar imagens é grande e logo nossa privacidade é diluída nessa sociedade líquida, como diria o sociólogo Zigmunt Bauman. Essa concepção de que nossa vida está aberta e que muitas pessoas podem ter acesso e saber aonde vamos e com quem vamos é incômoda para nós, mas não deveria. Por vezes, ficamos preocupados com que as pessoas falam sobre nós e nos esquecemos de que o mais precioso é saber que
Deus vê tudo. Essa ideia de que Deus tudo vê está registrada na Bíblia logo nas primeiras páginas. Adão, após desobedecer, ouviu a voz do Senhor no jardim e se escondeu. Deus disse: “Onde estás?”. Talvez essa seja uma das perguntas mais difíceis que devemos responder ao Senhor das nossas vidas. “Onde estás” não diz respeito ao lugar e, sim, ao nosso estado diante de Deus. É óbvio que Deus, em Sua infinita Soberania e Onipresença, sabia qual a moita em que Adão estava. Deus queria, na realidade, que ele assumisse sua desobediência e reconhecesse que na sua relação com Deus Pai a transparência conta muito. Deus queria ver Adão sem máscaras, sem desculpas, sem melindres.
Adão precisou reconhecer que errou. Tudo isso revela que Deus estava olhando ou, na linguagem contemporânea, filmando Adão. Deus estava atento a tudo o que acontecia com Adão. Da mesma forma, o Senhor está nos filmando, nada foge do Seu olhar, tudo está diante dos Seus olhos. O Senhor nos segue com a Sua “bondade e misericórdia”, como disse Davi no Salmo 23. Davi disse que Deus “sonda e conhece” tudo a respeito da nossa vida, sabe os nossos pensamentos e sabe quando assentamos e levantamos. O Senhor sabe do nosso andar e deitar, sabe das palavras dos nossos lábios. Davi reconhece que não pode fugir da presença do Senhor,
mesmo que ele fuja para o abismo ou para os confins dos mares, a mão de Deus e Tua destra nos susterá (Salmo 139). O sábio Salomão disse assim: “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando maus e bons” (Pv 15.3). Isso nos infunde temor e tremor. Agora, cientes de que o Senhor tudo vê e está olhando para nós, podemos dizer como C.S Lewis: “Todos os dias agora são aos olhos de Deus”. Que a certeza do olhar do Senhor nos leve para mais perto do Senhor e que o nosso desejo seja o de agradá-lO com o nosso viver. Que os nossos dias sejam todos para o louvor dEle, na dependência dEle e diante do olhar dEle. Ao Senhor seja a glória para sempre!
Transformados pelo poder do Reino seremos totalmente submissos a Cristo Levir Perea Merlo, pastor, colaborador de OJB
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ão é algo incomum nos depararmos com pessoas que, apesar de terem passado por uma classe de discipulado e terem aprendido sobre a diferença entre a Bíblia ser ou conter a Palavra de Deus, volta e meia questionam textos, como se não fosse palavra totalmente inspirada. O relativismo adotado por uma grande parcela da sociedade parece ter adentrado as portas dos templos,
principalmente quando leem trechos que os confrontem. Tendem a repetir a frase da multidão que seguia a Jesus, narrada por João, no capítulo seis do seu Evangelho: “Duro é este discurso, quem o pode suportar” (Jo 6.60b). Em dias de trevas e de constantes guerras espirituais, se a Igreja pretende vencer o diabo, ela precisa atentar para o que Tiago nos ensina em sua carta. Devemos entender o cenário no qual estamos inseridos. Quanto mais se aproxima o grande Dia da volta do Senhor, maiores serão os
confrontos, mais acirrados serão os combates, mais intensa será a batalha. Contra esses inimigos espirituais, nós, humanos, somos presas fáceis. Por isso, a orientação de Tiago é que a primeira coisa a fazer seria nos submetermos inteiramente a Deus. Ninguém pode dizer que é submisso ao Senhor se não estiver disposto a se subjugar a sua Palavra (João 17.17; II Timóteo 3.16-17). Vencemos o diabo à medida que nos aproximamos de Deus e nos humilhamos perante a Sua face. Com co-
rações abertos, receptivos e sensíveis à Sua Palavra, deixando de lado os questionamentos fúteis e as indagações superficiais e meramente filosóficas que para nada servem, a não ser nos apostatar gradativamente da fé genuína. “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo
em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.” (Tg 4.7-10). Em tempos de guerra, não há lugar para dúvidas ou relativismos. A ocasião requer da Igreja que esteja alicerçada em convicções de fé, mesmo que a classifiquem como radical. O cristão que se submete a seu Deus sempre será um radical, no sentido original da palavra, pois jamais abrirá mão dos conceitos da sua origem, ou seja, todas as orientações, mandamentos e ensinamentos contidos na única profecia selada, as Sagradas Escrituras.
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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
Deus purifica o impuro
Na caverna Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB
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uando Davi escreveu o hino que está registrado em Salmo 57 ele estava fugindo de Saul na caverna; nela foi o seu esconderijo. O Rei Saul desejava matá-lo, para isso foi ao encontro de Davi com milhares do seu exército. O desejo do rei era passar o trono ao seu filho Jonatas; para isso, teria que destruir Davi. Temos o relato da perseguição de Saul a Davi em I Samuel 24. Na caverna, Davi buscou a orientação de Deus, o socorro, a ajuda, o conforto para os momentos difíceis que vivia. O Salmo 57 começa com Davi suplicando às mi-
sericórdias do Senhor: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia ...”. Sabemos que as misericórdias do Senhor não têm fim. Só um Deus misericordioso pode livrar-nos quando estamos em uma caverna. O que seria a caverna para nós? Ela pode ser a falta de recursos financeiros, o desemprego, a doença, a ingratidão dos nossos entes queridos. Quando você estiver dentro da sua caverna, clame pela misericórdia de Deus. O Salmista diz que a sua alma se refugia em Deus, à sombra das asas dEle era o seu abrigo, pois, ao seu lado, é possível enfrentar as calamidades. Lembro dos discípulos durante a tempestade com Jesus
no barco. Apesar do susto, das incertezas, ao saber que Cristo está no barco temos a certeza de que a tempestade vai passar; sairemos da caverna. No verso 2, Davi clama ao Deus Altíssimo, reconhecendo Sua soberania, ciente de que Ele está no controle de tudo. Apesar da caverna, o coração de Davi estava firme e, por isso, ele podia cantar e entoar louvores (Salmo 57.7). Quando você estiver na sua caverna não esqueça de quem pode livrar de lá, deposite sua inteira confiança em Deus. Cante louvores ao Senhor, exalte o Seu nome, faça como Davi, não deixe que seu coração esmoreça, mas fique firme. Você sairá desta caverna.
“E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou.” (At 10.15)
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uando o apóstolo Pedro se negou a obedecer ao Senhor, quanto a comer animais rotulados de impuros pela Lei de Moisés, uma “Voz lhe falou segunda vez – Não chame impuro ao que Deus purificou” (At 10.15). Em vez de nos chamar para uma longa discussão sobre o que é correto e o que não é, a Bíblia nos ensina que aquilo que Deus manda deve ser obedecido. Nosso Senhor não se sente obrigado a nos dar satisfação quanto às Suas decisões. Todas as vezes que os escribas e fariseus questionaram os motivos de Jesus, o Mestre fez questão de mostrar-lhes Sua própria autoridade. E esse, aliás, foi um dos traços que impressionavam as multidões, quando Jesus ensinava: Sua indiscutível autoridade. Não devemos
confundir a longanimidade do Senhor com a realidade do Seu senhorio. Jeová é o Eu sou. Ele é a essência. É o que abre e ninguém consegue fechar. É o que fecha e ninguém consegue abrir (Apocalipse 3.7). Santo e puro é aquilo que Deus ordena. Aquilo que Deus ordena não está aberto a discussões. Diante daquilo que o Senhor manda, só nos resta obedecer. A beleza da obra do Espírito de Cristo em nós é a alegria que Ele nos infunde, quando aceitamos fazer a Sua vontade. À vontade incompreensível de Deus nós damos o nome de absurdo – porque ela desafia nossos critérios humanos de lógica. Ao salto absurdo de aceitar a Cristo, a Bíblia chama de fé. A vida absurda de obedecer as ordens do Senhor recebe da Bíblia o nome de discipulado. A pureza espiritual que trabalha no arcabouço da minha vida nada mais é do que a essência perfumada do Espírito de Cristo que habita em mim.
O que tem moldado a sua vida? Edson Landi, pastor, colaborador de OJB
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erta vez conheci um missionário que havia batizado uma família que vivia no meio da Floresta Amazônica. E, devido às circunstâncias, essa família possuía apenas uma Bíblia em seu lar. Mas todos ali naquela casa queriam fazer a leitura diária da Palavra de Deus. Então, tiveram uma ideia: sortear os
nomes para ver quem leria a Bíblia primeiro e quem a leria depois. Viviam isolados, no meio da floresta. Mas a Palavra de Deus estava ali, sendo valorizada. No meio da Floresta Amazônica havia uma verdadeira família de Jesus. Pois é isso que o Senhor nos ensina em Lucas 8.2021: “Alguém disse a Jesus: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te. Ele lhe respondeu: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que
ouvem a Palavra de Deus e a praticam”. Há crentes que não têm prazer em meditar nas Escrituras. Devido à vida agitada que muitos têm, a desculpa é sempre a mesma: falta de tempo. No entanto, qual é o tempo que muitos crentes gastam com coisas supérfluas, como TV e internet? A grande questão não é a falta de tempo e, sim, a inversão das prioridades. O primordial tornou-se secundário e o supérfluo tornou-se essencial.
É a Palavra de Deus que nos dá substância, firmeza. É através dela que conhecemos a Cristo, o Salvador. É através dela que entendemos a vontade de Deus para as nossas vidas. Você nunca será espiritualmente forte se você não ler a Bíblia, não amá-la e não praticar os ensinamentos que ela nos transmite. Nossas vidas devem ser moldadas pela Palavra de Deus. Há crentes que são pautados pela mídia. É incrível
como muitos cristãos, e até mesmo Igrejas cristãs, têm certa facilidade em copiar o mundo. Muitas delas têm cometido um grave pecado: amoldar o Evangelho ao mundo e dizer que ela é uma Igreja contemporânea. Não existe Evangelho contemporâneo. Só existe um Evangelho, que é o da cruz. Só existe um Jesus, que é o crucificado. E só existe um livro cujo próprio Deus é seu autor, a Bíblia Sagrada.
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DIFICULDADES BÍBLICAS
Ebenézer Soares Ferreira
Diretor-geral do Seminário Teológico Batista de Niterói – RJ
E OUTROS ASSUNTOS
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Onde seria o paraíso adâmico? - II
ela História, verificamos que muitos povos mantinham a tradição de que o homem primitivo estivera em estado de inocência em algum lugar da terra. Os gregos e os latinos falam do Jardim das Hesperíades; os indus referem-se ao Monte Áureo; os chineses tinham os jardins encantados; os babilônicos tinham a tradição de que o Jardim dos Deuses seria achado. A crença das antigas civilizações é um argumento bem forte contra aqueles que tacham o texto escriturístico de alegoria. A epopeia sumeriana da queda do homem O achado do “épico sumeriano do Jardim do Éden” trouxe aos estudiosos muito júbilo. Em muitos passos ele se assemelha à descrição genesíaca, embora esta lhe seja superior. Descreve-se o homem e a mulher em seu estado de inocência. Sem nenhuma razão declarada, Enki, a deusa da água, torna-se descontente com o homem. Por isso, pronuncia sua maldição. Sobre ele sobreviriam as doenças e a morte: “Em Dilmun estava o Jardim dos Deuses, Onde Enke era sua consorte, Aquele lugar era puro, era limpo. O leão não matava, O lobo não arrebatava os cordeiros, O cão não atormentava os cabritos em descanso, Os pássaros não abandonavam seus filhotes,
Os pombos não eram afugentados. Não havia doença nem dor Nem falta de sabedoria entre os príncipes, Nem engano ou malícia”. Por que não foi identificado o local do Éden? Não deu o hagiógrafo indicações ou topografia do jardim? Não diz que ele ficava em Éden? Sobre o vocábulo “Éden”, afirma Arnaldich: “Corresponde ao sumeriado ed’n e ao babilônico edinu, palavras que significam uma campina ao ar livre, a grande planície. Daí se deduz que, ao se falar no texto bíblico de um jardim no Éden, se quer significar que o ‘gan’ era um oásis no meio de um ermo”. Em Ezequiel 27.3, lemos que, entre as cidades que comerciavam com Tiro, está Éden. Entre as inscrições cuneiformes achadas, encontram-se algumas que falam de “Bit Adini” – casa de Éden. De acordo com as indicações dos tabletes referidos, julgam que “Bit Adini” – casa de Éden – seja uma região que se situa ao longo do Eufrates e do Balik.
Dois motivos Há, pelo menos, dois motivos que podem ser invocados como razão de os homens não identificarem a topografia exata do Jardim do Éden: 1) A expulsão do primeiro casal do Éden – Se assim Deus o fez, é porque não o queria mais ali. E tanto isto é verdade que o autor sagrado declara: “Depois de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins e uma espada que se movia, guardando o caminho para a árvore da vida” (Gn 3.24). Se o homem foi expulso do Jardim e Deus tomou essa providência, conclui-se que Deus não o queria mais ali. Se Deus não queria ali o primeiro casal, muito menos os seus descendentes, pois, de acordo com a teologia paulina, estes herdaram a natureza pecaminosa de Adão e se degradaram ainda mais. Há uma lenda hebraica que diz que Adão quis retornar ao paraíso, mas o anjo lhe interceptou a passagem. Ele chorou amargamente e perguntou: — “Por que não posso entrar? Não era meu?” — “Aqui só poderá retornar – conclui o anjo – se
trouxeres a mesma face que possuías dantes.” E foi impossível, pois suas faces denotavam marcas do pecado. 2) O dilúvio – O dilúvio foi um cataclismo sem precedentes na história da humanidade. Causou grandes modificações na crosta terrestre. Geólogos de grande nota têm ressaltado as modificações verificadas. Só se conhecem dois rios dos quatro indicados. É verdade que “O professor Delitzch encontrou dois rios com os nomes de Pisanu e Guhana, correspondentes aos nomes hebraicos Pison e Gion, citados no Antigo Testamento (Gênesis 2.10-14). Esta teoria, contudo, tem sido passível de dúvida” (Price, Ira Maurice et aliil. The Monuments and the Old Testament, p. 111). Tomás de Aquino (Suma Teológica I, 2, 102, 5) escreve: “Como diz Agostinho, deve-se acreditar que o lugar do paraíso está muito longe do conhecimento dos homens; que os rios cujas fontes se dizem conhecidas afundaram-se, em outras partes, nas terras e, depois de haverem percorrido espaçosas regiões,
prorromperam em outros lugares. Pois quem ignora que isso costuma dar-se com alguns rios?”. O doutor Lonard Woolley (apud T atiord , Fredk A. Is the Bible Realiable?, p. 26), comenta sobre as variadas camadas encontradas em uma escavação feita em Ur dos Caldeus, o que se podia atribuir à ação de um cataclismo como o dilúvio. Parece que é inútil qualquer tentativa de o homem localizar a região do Éden. Não obstante isto, eles sonham encontrá-lo. Quando Cristóvão Colombo atingiu a foz do rio Orenoco, ficou tão deslumbrado que chegou a admitir que suas águas promanavam do Jardim do Éden. As tentativas que fazem os homens para identificar o local onde teria sido colocado o paraíso adâmico, são como que um eco da alma humana, esta que está sempre insatisfeita. Por isso, não terá sossego enquanto não atingir o desiderato. Agostinho tinha razão ao dizer: “Irrequieto estará meu coração enquanto não descansar no Senhor”.
6 vida em família
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Gilson e Elizabete Bifano
Como se aprende a viver em família?
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m nossas viagens pelo Brasil, ministrando à família, sempre costumamos, eu e minha esposa, fazer a seguinte afirmação: “Depois da nossa conversão a Cristo, a decisão mais importante que Deus deseja da nossa parte é um desejo e uma decisão para contribuir pessoalmente para melhorar o casamento e a vida em família”. Viver bem em família é um desejo de Deus para cada um de nós. Por quê? Porque Ele, Deus, é o criador da família e do casamento. Quando Deus vê movimentos para que seus filhos O honrem, procurando viver melhor no casamento e na família, Ele se alegra, agrada o Seu coração. Mas, como podemos agradar ao coração de Deus neste sentido? Primeiro, devemos nos conscientizar de que é da vontade de Deus que maridos e esposas tenham um coração feliz, que pais e filhos vivam em paz e em harmonia. Que sogras e noras se entendam e vivam em paz. Isso é verdade, porque quando abrimos a Palavra de Deus encontramos vários ensinamentos deixados pelos escritores bíblicos, inspirados pelo Espírito Santo, para que isso se torne uma realidade nos lares cristãos. Ao longo da Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, encontramos princípios, histórias de famílias para nos espelharmos e outras, nem tanto, mas que podemos aprender com seus erros. O segundo passo para se aprender a viver bem em família é nos espelharmos nos exemplos positivos de cristãos dos nossos dias. Em nossas Igrejas existem inúmeras famílias ajustadas, casais felizes, que servem de exemplos para nós. Devemos observar esses exemplos, sabendo que não são perfeitos, mas são homens e mulheres, casais, pais e mães que são verdadeiras inspirações para o nosso casamento e família. O terceiro passo é procurar a capacitação nesse sentido.
Quando queremos obter autorização para dirigir, não procuramos capacitação para tal? A mesma coisa é em relação à vida conjugal e familiar. Nesta linha, casais devem participar de programas oferecidos pela Igreja para melhorar a vida conjugal e familiar, no desafio da educação dos filhos. Existem muitos ministérios de apoio às Igrejas no trabalho para uma vida conjugal e familiar melhor. Entre eles, o próprio o Ministério Oikos (www. ministeriooikos.org.br), organizado e dirigido por nós desde 1997. O Ministério Oikos, como tantos outros ministérios com famílias, oferecem às Igrejas vários programas, literaturas de estudos bíblicos, congressos e seminários para melhorar a vida conjugal e familiar dos membros das Igrejas. A leitura de livros sobre casamento, sexualidade, criação de filhos são, também, verdadeiras bênçãos para melhorar a qualidade de vida conjugal e familiar dos cristãos. No Brasil, graças a Deus, temos boas editoras que têm publicado excelentes livros de autores nacionais e estrangeiros sobre o assunto. Por último, existe a possibilidade de contratar profissionais para ajudar a tratar de áreas difíceis no casamento e na vida familiar e que precisam de um profissional habilitado (conselheiro, psicólogo, pedagogo, coach) comprometido com os princípios cristãos, para ajudar as pessoas envolvidas. Sem esquecer-se dos aconselhamentos pastorais. Pense nisto: tome a decisão de viver melhor em seu casamento, na família, na educação de filhos. Vai alegrar o coração de Deus e fará bem a si mesmo e à sua própria família. Gilson Bifano Escritor, palestrante e Coach na área de família, criação de filhos e vida conjugal. gilsonbifano@ ministeriooikos.org.br www.ministeriooikos.org.br
Pequenos casos, grandes problemas Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB
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xistem muitos sites de namoro on-line espalhados na rede, e muitos são usados também por pessoas infiéis aos seus cônjuges ou companheiros. Mas, alguns desses sites se destacam por ter claramente o objetivo de agregar homens e mulheres casados, que tenham vontade de ter um caso extraconjugal. Um deles se apresenta como o líder mundial em encontros secretos para pessoas casadas, e afirma possuir cerca de 30 milhões de utilizadores em todo o mundo. Seu slogan é“Life is short. Have an affair” (“A vida é curta. Curta um caso”). Uma das formas utilizadas por sites de namoro para pessoas casadas, com o objetivo de atrair novos usuários, é vender o serviço como uma excelente oportunidade. O internauta é levado a pensar que ele tem direito a uma escapadinha, e que isso poderá, inclusive, ajudar no seu relacionamento com o seu parceiro. Outros afirmam que a maioria dos utilizadores regressou a casa e ao seu casamento com outra visão do seu relacionamento e, principalmente, do seu parceiro. Isso, além de ser ridículo, é uma armadilha diabólica para as famílias e pessoas que estejam vivenciando alguma crise no relacionamento. Há quem diga que esses sites são seguros e o único perigo é o parceiro não gostar de ver o seu cônjuge ou companheiro se relacionar com uma terceira pessoa. Entretanto, notícias recentes mostraram a fragilidade do sistema de segurança desse tipo de serviço. Um dos principais sites de namoro para pessoas casadas foi invadido por hackers que
tiveram acesso aos dados pessoais de milhares de pessoas que tinham ou pretendiam ter um caso extraconjugal. Mas, em minha opinião, os danos vão além. Deve ser colocado na balança também os danos espirituais, psicológicos, emocionais, financeiros e patrimoniais que o usuário e sua família sofrerão, caso ocorra uma separação. O Portal “Exame.com” fez uma matéria apresentando o custo financeiro de uma separação. Os dados apresentados indicam que separar é muito caro. Os custos listados foram: 1) - Custos judiciais ou emolumentos cartorários; 2) - Impostos na partilha; 3) - Registros para transferência de imóveis ou empresas; 4) - Honorários advocatícios. Além disso, as despesas aumentam se o casal tiver filhos menores de idade e quando não estão casados em separação total de bens. Há de se levar em conta também que a infidelidade conjugal, além de ser pecado contra Deus e ao próximo, e gerar graves prejuízos espirituais, produz a culpa conjugal e civil, ofende a lei jurídica, e gera indenização por dano moral. A prática da infidelidade desrespeita o artigo 1.566,Ie Vdo Código Civil (2002), que impõe a fidelidade recíproca e o respeito e consideração mútuo como dever dos cônjuges. Então, não se trata de uma simples escapadela, mas de um completo fracasso pessoal e familiar. E, depois, não há nada que indique que esse tipo de coisa seja segura. Na verdade, uma das coisas mais inseguras deste mundo é a infidelidade. Alguém disse que a mentira tem a perna curta e a infidelidade piso escorregadio. É realmente lamentável que sites dessa natureza estejam faturando milhões em cima da desgraça dos outros. Agora,
pior do que montar um site com esta finalidade, é sustentá-lo à custa do desgosto das pessoas amadas ou, pelo menos, daquelas que deveríamos no mínimo respeitar. A Bíblia diz: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará” (Hb 13.4). Estranhamente (aqui já estou sendo irônico, pois na verdade já não se estranha mais essas coisas), nenhum grande portal de notícias fez qualquer menção sobre o perigo que este tipo de serviço representa para a família e para as pessoas casadas. Por outro lado, pude ler pelo menos três matérias de um mesmo portal de notícias, de grande projeção, sobre uma nova rede social cristã, dando-lhe uma conotação negativa, insinuando ser preconceituosa por ter finalidade cristã e por proibir certos abusos, toleráveis em outras redes sociais. Percebe-se, claramente, que há uma inversão de valores. Enfim, usar as redes sociais exige cada vez mais responsabilidade, principalmente de quem é servo de Deus, é casado e cuida de uma família. Precisamos ser mais seletivos nos nossos acessos e relacionamentos através da Internet. Sites de pornografia ou que estimulem infidelidade, adultério, prostituição e pedofilia devem ser evitados. Eles podem ser um bom negócio para os proprietários, mas não para o usuário. Algumas fontes pesquisadas: http://exame.abril.com.br/ seu-dinheiro/noticias/quanto-custa-se-divorciar http://cursoconversionhero. com/homepage/ http://www.ambitojurídico.com.br/site/index. phpn_link=revista_artigos_ leitura&artigo_id=2535
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missões nacionais
Movimento Viver
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a noite de lançamento da Campanha 2016, na Primeira Igreja Batista em Pavuna - RJ, a Junta de Missões Nacionais e a Rádio 93 FM, do Grupo MK, assinaram um Termo de Compromisso, firmando uma aliança na propagação do Movimento Viver – Programa de Prevenção ao Uso das Drogas. “Esse é um momento muito importante para nós. Assinamos um compromisso, acima de tudo com Deus. Estamos honrados por fazer parte deste ministério, pois a transformação na vida destas pessoas é a nossa meta”, declarou o deputado Federal Arolde de Oliveira, idealizador do Grupo MK. Também em apoio ao Movimento Viver, a cantora Fernanda Brum vestiu a camisa e assinou o Manifesto do Projeto. A cantora, que convidou o Coro da Cristolândia para cantar com ela, ficou comovida com o relato dos alunos. “Onde o poder público não pode chagar, a Igreja se mostra presente. Este trabalho é fundamental para resgatar os perdidos”.
JMN e Rádio 93 FM assinam aliança na divulgação do Movimento Viver
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Festa na Sul do Brasil - Mais uma Congregação Cristolândia é inaugurada na Cidade Batista no Serra Gaúcha Rio de Janeiro
N Culto de Inauguração da Nova Congregação Batista em Nova Petrópolis
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ouvado seja Deus por mais uma Congregação iniciada na Serra Gaúcha, na cidade de Nova Petrópolis, no dia 27 de agosto. Já houve uma multiplicação dos Pequenos Grupos Multiplicadores. Hoje, a nova Igreja conta com um PGM de adultos, um de jovens e um de crianças. Até o final deste ano teremos, pelo menos, cinco PGMs, para glória do Senhor Jesus! O Rio Grande do Sul é considerado o estado com maior índice de suicídio no Brasil e, neste mês, em que a Associação Brasileira de Psiquiatria faz uma campanha de prevenção ao suicídio, o “Setembro Amarelo”, ter uma nova congregação Batista no estado, é a constatação da fidelidade e do Amor de Deus sendo multiplicado entre os gaúchos. É Tempo de Avançar... Multiplicando o Amor de Deus!
a comemoração do aniversário de dois anos da Cristolândia Cidade Batista, no Rio de Janeiro, foram inaugurados o Espaço Digital, em parceria com a Editora Impetus, do nosso irmão e grande parceiro, o juiz Federal doutor William Douglas, e uma sala para o curso de elétrica predial, em parceria com a Igreja Batista Atitude - RJ, que será coordenado pelo irmão Luiz Marcello Carvalho, dono de uma escola preparatória e membro da IBA. Essas ações contribuem diretamente com o trabalho de reinserção dos nossos alunos à sociedade. Além desses espaços, a cozinha e copa foram reformadas. Louvado seja o Senhor pela vida dos nossos parceiros! Conheça mais sobre a Cristolândia e o desafio da reinserção na sociedade em nosso site: www.missoesnacionais. com.br.
Inauguração da sala de Elétrica Predial na Cristolândia Cidade Batista no Rio de Janeiro
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UFMBA realiza congresso para reforçar a importância do serviço cristão
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União Feminina Missionária Batista do Acre (UFMBA) realizou, nos dias 11 e 12 de março de 2016, seu IX Congresso, com o tema: “Mulheres Transformadas Servindo a Deus”. A Coordenadora de Cursos da UFMBB, Marli Pereira Gonzales, foi a oradora do evento. De acordo com Judite Higino de Medeiros, Secretária Executiva da UFMBA, o evento reuniu um número expressivo de crianças, jovens, mulheres e de homens, para a glória de Deus. O encontro impactou vidas por meio da semeadura de uma boa palavra e comunhão. A importância de servir na obra de Deus foi enfatizada por meio da genuína transformação redentora, que só é possível pela mensagem da cruz.
Fotos: IX Congresso da UFMBA, março de 2016
UFMB Sul Maranhense organiza MCA da Igreja Batista Central
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m Divinópolis, no Estado do Maranhão, o trabalho das Mulheres Cristãs em ação (MCA) continua avançando. No dia 25 de agosto de 2016 foi organizada a MCA na Igreja Batista Central e realizada a 24ª organização da UFMB do Sul Maranhense. A Secretária Executiva do campo, Antônia Soares Barros, contou que a nova organização reúne doze mulheres, número que chamou a atenção de todas.
Fotos: Organização da MCA na Igreja Batista Central em Davinópolis, MA
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PROGRAMAÇÃO ORADORA OFICIAL: Profa. Peggy Smith Fonseca, RJ PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: Ksenija Magda – Presidente do Departamento Feminino da Aliança Batista Mundial CONFIRA ALGUNS DE NOSSOS TEMAS: Capacitação para Jovens Cristãs, Jovens Senhoras e Mensageiras do Rei com as Coordenadoras Nacionais VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – Profa. Janaina Eler de Carvalho Souza – RJ COMO LIDAR COM A QUESTÃO HOMOSSEXUALIDADE – Profa. Lucia Cerqueira Coelho De Souza, RJ TRANSFORME SEUS TALENTOS EM UM NEGÓCIO COM PROPÓSITO – Profa Adriana Silva Valente – SP QUANDO A EMOÇÃO VIRA LESÃO – Dr. Jorge Miranda – ES A VERDADEIRA ADORAÇÃO E FLASH MOB – (Oficinas para MR) – MM Jilza Feitosa De Araújo, RJ EU NASCI EM UMA FAMÍLIA DISFUNCIONAL – Profa Janaina Eler de Carvalho Souza – RJ FINANÇAS NA VIDA DA MULHER CRISTÃ – Pr. Valmir Vieira COORDENAÇÃO MUSICAL: Jilza Feitosa de Araújo e a equipe de músicos da PIB de Moça Bonita, RJ INSCRIÇÕES – Direto através do site ou pelo telefone (21) 3031-4756 ou 2570-2848
PROMOÇÃO ESPECIAL Parcelamento em até 10 vezes sem juros no cartão de crédito
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Ruben Chama, um ator cristão em Portugal
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dos leitores, o que é uma honra muito grande!
com alegria que vos trago a nossa primeira entrevista internacional! Trata-se de um dos nossos irmãos Batista talentoso de Portugal. O conheci por ocasião da minha segunda visita ao Continente Europeu. Meu novo amigo, Ruben Chama. RM - Fale para nós um pouco sobre você...Mame, família, formação, Igreja. RC - Olá, irmãos do Brasil! Que bom é saber que tenho família do outro lado do Atlântico, unidos pelos mesmos laços de sangue, o de Jesus! Essa é a mais importante parte da minha identidade, ser de Jesus. Depois vem o meu nome: Ruben Chama. Tenho 27 anos e sou ator profissional há 11 anos. Formei-me em teatro e estudei canto lírico durante um ano, a par de uma temporada no Seminário Teológico Batista. Sou membro de uma querida comunidade, que o irmão Maranhão teve a oportunidade de conhecer, chamada Igreja Baptista de Queluz. Foi através desta que conheci o plano de amor e redenção que Deus tinha e tem para a minha vida, e é com esta que me congrego e sirvo mais regularmente. RM - Como nasceu seu amor pelas artes dramáticas e arte em geral? RC - Creio que como com quase toda a gente: na família. Comecei desde cedo a fazer teatrinhos para a família. Depois na escola, em seguida em grupos de teatro amador e, enfim, surgiu um casting para uma peça profissional em 2005, o “Depois de Julieta”, de Sharman Macdonald (mãe da Keira Knightley). Depois de lá fui eu para a Escola Profissional de Teatro de Cascais. RM - Quais os espetáculos que você já participou? RC - É sempre estranho falar do que já fizemos, porque aparenta sempre autopromoção. Mas devo dizer que agradeço a Deus a rique-
za de oportunidades que tive. Já participei em uma ópera, já encenei outra, já fiz ‘Shakespeare – “Muito Barulho Por Nada”’, um monólogo a partir do “MobyDick” do Herman Melville, o “Som e a Fúria”, a partir da obra homónima do William Fawlkner, entre tantas outras menos sonantes, mas também desafiantes, passando pelo teatro musical infantil e não só, espetáculos de esgrima artística, leituras encenadas, anúncios, um longa-metragem, uma telenovela e dobragens (dublagens). RM - Como você definiria o uso das artes no meio cristão? RC - Eu definiria o uso das artes no mundo cristão como sendo pouco. Nós, protestantes, por reação à idolatria do catolicismo abandonamos muito o poder da imagem , e nos focamos principalmente na música. Tínhamos muito a ganhar se investíssemos na arte, não só dentro das Igrejas, mas como Igreja e enquanto indivíduos, se cultivássemos o gosto e cultura das artes. Dessa forma, criaríamos um terreno fértil para comunicar com e na sociedade e com os artistas. Aprenderíamos também a desfrutar do belo, criado por Deus, e que se manifesta livremente,
também para lá das paredes das nossas Igrejas. E, desse modo, seríamos sal e luz de mais uma forma e com muito impacto – porque as artes são veículos de grande poder, no que toca à comunicação de valores, ideias e sentimentos. RM - Quais os valores culturais portugueses que você conhece? Como poderiam ser usado para a glória de Deus? RC - Se percebi bem a pergunta, posso dizer que Portugal é um povo tipicamente mediterrânico. Gosta de uma boa gargalhada. Tem uma tradição no que toca a teatro, em um registo muito popular. Já vi coisas feitas por irmãos meus na fé muito competentes nessa comunicação e aproveitamento dessa tradição. É um povo cuja tradição é católica, logo, não é um povo que tenha uma relação com a palavra (porque não tem uma relação com a Palavra), mas sim com a imagem. A arte pode e deve usar isso. RM - Quais os seus projetos futuros? RC - Por agora são casar, daí estar a par das dobragens (dublagens) e publicidades que aparecem, a trabalhar em uma livraria – livros, outra das minhas paixões. Se voltarei aos palcos profissionais?
Não sei. Tenho aprendido a não lidar com o Teatro com ansiedade, não o tornando um ídolo. Um amigo, uma vez disse-me que os dons dados por Deus não têm só o poder de ser uma bênção, mas também o de serem uma provação. Não é ser ator que me define, mas ser amado por Deus, dono de todos os dons. Sinto, no entanto, uma saudável inquietação para continuar a servir o Senhor nas Igrejas de várias formas. O último projeto foi a direção de atores em um projeto amador com pessoas de várias Igrejas, chamado “Terra Prometida”, onde, homenageando, falávamos as vítimas da perseguição nazi e fuga para Israel, e apresentávamos a revelação bíblica sobre o Messias, que é Jesus. Este espectáculo esteve em vários pontos do país, em teatros profissionais e com um nível de excelência próprio de um espetáculo profissional. Nas poucas apresentações que fizemos chegamos a mais de 2 mil pessoas, crentes e não crentes, o que na realidade de Portugal é muito bom! É possível que volte a esse espetáculo. Entretanto, estou também a participar com a Sociedade Bíblica de Portugal na gravação áudio do Antigo Testamento, como diretor de atores e como um
RM -Deixe uma mensagem para os artistas do Brasil e internacionais. RC - Que o Senhor nos lembre sempre que somos seres criativos porque fomos feitos à imagem e semelhança do Criador! Temos todos necessariamente que nos envolver com artes, mesmo que não sejamos nós os artistas. Na medida da nossa possibilidade, àqueles que forem artistas profissionais, somos profetas da Verdade nesse meio tão caído e carente da Luz. Honremos esse privilégio. Não esqueçamos as nossas comunidades e a necessidade que temos delas. Sirvamo-las, para sua e nossa edificação com os nossos dons. Aproximemo-nos do Senhor e discipulemo-nos uns aos outros. É bom encontrar algum artista e partilhar com ele as nossas dificuldades, alegrias e desafios. Ainda que a visão secular e romântica do gênio que é o artista e que tem desculpa para ser e fazer o que quiser sem dar contas a ninguém e, é individualista, ao contrário disto, o artista cristão é um seguidor de Cristo, antes de tudo, por isso, em tudo procura se assemelhar a Ele. Um abraço humilde de alguém que está na mesma caminhada que vocês, carente da mesma graça e misericórdia e alegre na certeza de que somos amados e, por isso, usados pelo Rei dos Reis. É isso ai! Espero que tenham gostado da nossa primeira entrevista internacional. A nossa visão de promover o bom uso da arte e do esporte no meio cristão Batista vai de Jerusalém, até aos confins da terra. Conte para nós o que Deus tem feito na sua vida através dos seus dons e talentos. Estamos te aguardando. Escreva para Arte e Cultura CBB, Roberto Maranhão: marapuppet@ hotmail.com / WhatsApp (11) 94980-7808.
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missões mundiais
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Conhecimento da glória de Deus
Kelson Franco – Missionário pouco apavoradas e aumenta o risco de brigas. Foi o que Mobilizador aconteceu quando eu e o urante o Rama- grupo com quem eu estava dã (mês sagrado seguíamos para almoçar na d o i s l a m i s m o ) , casa de uma família cristã fiz uma viagem convertida do islamismo. Sumuito especial ao Oriente bindo a rua, fomos obrigados Médio. Como atuo com mo- a parar, pois dois homens se bilização de Igrejas durante engalfinharam na frente do essa época do ano, tinha nosso carro a ponto de rolatudo a ver conhecer essa rem pelo chão. E tudo provorealidade do mundo muçul- cado pela falta de alimento e mano. Eu já conhecia o país a crise espiritual que aquelas que visitei, porém, conhecer pessoas vivem. No fim do dia, as pessoas um país islâmico quando a população está vivendo o estavam esgotadas. Imagine clima espiritual do Ramadã ficar o dia inteiro sem comer, é completamente diferente. beber água e nem engolir a saPude ver pessoalmente as liva! A opressão é muito forte. No almoço em outro dia, coisas das quais ouvia falar, como o aumento da violên- uma terça-feira, não tinha um cia, sobretudo quando está restaurante aberto, apenas chegando a hora da quebra uma lanchonete com uma do jejum. No Ramadã deste cortina na frente, e como os ano, no Oriente Médio, em funcionários eram cristãos, junho e julho, o sol se punha foi tudo mais fácil, porém, por volta de 19h45 (hora chamou a atenção o fato de local). E depois das 17h, o não ter ninguém comendo. Outro dia, voltando a uma fluxo de pessoas na cidade aumenta, pois elas estão vol- cidade, já eram 14h30 e não tando para casa, e taxistas só aguentávamos de fome, e aceitam algum passageiro se fomos obrigados a parar em este estiver indo para pró- um drive-thru. O interessante ximo de casa. O transporte é que o lanche veio, e eu fui coletivo é deficiente, então o primeiro a comer. Estávaas pessoas se mostram um mos em uma van, e o senhor
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Mobilizador esteve no Oriente Médio durante o Ramadã
que nos atendeu ficou muito chateado. Depois, outro integrante do grupo comeu, e no carro que estava atrás do nosso, dois homens soltaram todo tipo de impropério a nosso respeito e fizeram gestos. O veículo deles tomou outra direção, e pudemos perceber o que nossos missionários nessas regiões passam e como é educar filhos nessa realidade. Ao cair da noite, quando o jejum foi quebrado, participamos de todo o ritual, e as pessoas se mostravam muito disciplinadas, obedientes à espera de um Deus que possa ouvir seus gritos e anseios. E
aí descobrimos qual o nosso papel. No texto bíblico, a partir de Marcos 6.34, podemos extrair algumas verdades e aplicá-las em nossa vida. O povo estava ali desesperado, sem orientação. Entendemos que Jesus resolve todo o desespero do homem, vendo que não podemos enxergar, como o corpo físico clamando por alimento e a alma necessitada. A segunda verdade nesse texto é a urgência da obra, pois Jesus diz que a multidão se comportava como ovelhas que não têm pastor. E começou a ensinar. Precisamos en-
tender que essa necessidade é para ontem. Conversei com missionários nessa viagem, e eles me disseram: “As pequenas oportunidades são as grandes chances que Deus nos dá para a gente revelar de alguma forma o amor do Senhor por eles”. A terceira coisa que mais me toca nesse texto é a transferência de responsabilidade. Quando os discípulos falam para Jesus despedir o povo, pois este precisa ir para buscar algo para comer, eles estão dizendo que não são os responsáveis por isso. Porém, eles recebem uma palavra de Jesus que os traz de novo para a história e faz vir a minha consciência a minha responsabilidade: “Dai-lhes vós de comer”. Multidões precisam tomar conhecimento da glória de Deus, pois é ela que vai mudar tudo o que vimos e vemos. A missão é anunciar o Evangelho, fazer cumprir o chamado de Jesus, pois Ele estará conosco todos os dias até que Cristo venha para levar os seus (Mateus 28.1920). Só a glória de Deus pode preencher o vazio do ser humano.
Esperança através da ajuda ao próximo Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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trabalho com crianças tem sido um dos principais focos do casal missionário Cleber e Gleice Balaniuc na missão de levar o Evangelho de Cristo a comunidades na África do Sul. Eles estão em fase de preparação para seguir a um novo campo, mas isso em nada diminui o empenho nas ações atuais. Em agosto, o casal somou forças a outros voluntários na reforma e pintura de duas creches no bairro Wallacedene, na Cidade do Cabo. Apesar de não oferecer apoio financeiro, as autoridades locais fazem exigências quanto à estrutura destes espaços. Uma das creches chegou a ser notificada por estar com uma das salas com infiltração e sem o forro no teto. “Se ela não cumprisse as
Pastores Julius e Cleber Balaniuc durante construção de dormitório para orfanato
exigências até o fim de agosto, a licença seria cancelada. Graças a Deus conseguimos pintar toda a creche por fora, reparar e pintar a sala que estava com os problemas”, diz o pastor Balaniuc. “Continue orando pelo trabalho com as creches, pelas professoras e pelas crianças, que possam vir a conhecer o amor de Deus”, acrescenta. Outra bênção aconteceu no orfanato Unakho, mantido pelo projeto Sementes. O missionário conta que, no ano passado, a instituição recebeu uma oferta vinda do
Brasil, que permitiu construir o quarto dos meninos. E, este ano, outra doação, desta vez vinda da própria Cidade do Cabo, permitiu levantar mais um dormitório. “O quarto já está quase pronto, faltando o acabamento interno. Temos visto Deus operar no meio do seu povo, suprindo as necessidades”, afirma o missionário. O orfanato Unakho tem hoje 32 crianças e tem sido administrado pelo casal de sul-africanos pastor Julius e Irene. “E se tudo continuar bem, cremos que no início de de-
Cleber e Gleici Balaniuc ajudaram na reforma de creche
zembro será nossa mudança para o Togo, na África Ocidental. Um dos grandes desafios que teremos será o aprendizado do francês. Ore por isso”, conclui o pastor Balaniuc. Deseja saber mais sobre o ministério deste casal missionário ou sobre outros campos de Missões Mundiais? Acesse as cartas missionárias por meio do site www.missoesmundiais.com.br/relacionamento, escolha a opção “Canal de relacionamento”, em seguida selecione “Cartas missionárias”. Depois é
só clicar na inicial do seu missionário, selecionar o nome dele e escolher o mês referente à carta que deseja ler, copiar e/ou compartilhar. Em breve, cada adotante de Missões Mundiais também receberá a carta missionária diretamente no e-mail informado no momento do seu cadastro. Por isso, é importante que mantenha seu cadastro atualizado. Ligue para nossa Central de Atendimento: 2122-1901/27306800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades).
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Após dois anos, Convenção Batista de Rondônia dá posse ao novo diretor executivo Cindi Carvalho, auxiliar de Administração/ Comunicação da Convenção Batista de Rondônia
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epois de dois anos, a Convenção Batista de Rondônia (COBARO) deu posse ao seu novo diretor executivo, pas-
tor José de Andrade Cunha. A cerimônia aconteceu no dia 31 de julho de 2016, nas dependências da Igreja Batista Memorial de Porto Velho - RO. O pastor Andrade está em Rondônia desde o dia 05 de julho de 2006. Nesse período, pastoreou a Primeira Igreja Batista de Presidente Médici e a Primei-
ra Igreja Batista de Ouro Preto do Oeste. É casado com Eliete Muniz da Silva Andrade e tem três filhos: Marcos Paulo (18), Arthur Henrique (15) e Déborah Évelyn (12). Iniciou seu curso de Bacharel em Teologia na Faculdade Teológica Batista Mineira, em 1983, e concluiu no Seminário Teo-
lógico Batista Goiano, em 1986. Foi ordenado ao ministério no dia 05 de julho de 1986, na Primeira Igreja Batista de Inhumas-GO. Cursou dois anos de Letras na Ulbra de Ji-Parana-RO; é graduado em Liderança Avançada pelo Seminário Nacional Haggai, sendo também capacitado como docente local.
CBM oferece capacitação e treinamento para pastores e líderes Batistas mineiros
Diversos pastores e líderes participaram do evento
pastor Marcio Santos - Diretor Executivo da Convenção Batista Mineira
Participantes do segundo módulo da Academia Pastoral
pastor Irland Pereira de Azevedo
Ilimani Rodrigues, coordenador de Comunicação da Convenção Batista Mineira
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os dias 15 a 19 de agosto, aconteceu, no Acampamento da Mocidade para Cristo (MPC), o segundo módulo da Academia Pastoral deste ano. Esta capacitação é uma iniciativa da Convenção Batista Mineira, em parceria com a Faculdade Batista de Minas Gerais e a Ordem dos Pas-
tores Batistas, seção MG, que visa promover, de forma totalmente gratuita, capacitação de qualidade para pastores e líderes Batistas do nosso estado. Neste módulo, o enfoque dado foi a vida do pastor e seus principais desafios no campo espiritual, ministerial, pessoal e familiar. Para tratar desses assuntos, a CBM convidou pastores e líderes que são referência em cada uma dessas áreas, para que os presentes pudessem receber capacitação completa e enrique-
cedora. Para o pastor Marcio Santos, diretor executivo da Convenção Batista Mineira, promover uma capacitação como esta é um grande desafio, mas também uma grande realização. “Estamos sensíveis as necessidades dos nossos pastores e líderes. Muitos não teriam condições de arcar com uma capacitação como esta, e é neste momento que a Convenção Batista Mineira atua, trazendo especialistas em diversas áreas para uma capacitação de altíssimo nível”, comemora.
Nos primeiros dois dias, os presentes puderam ouvir o pastor Irland Perereira de Azevedo, pastor Batista com mais de 50 anos de ministério, que tratou de um assunto relevante e atual: “Problemas pastorais, como equacioná-los e resolvê-los?”. De uma forma bem humorada e leve, pastor Irland tratou assuntos conflituosos na vida de todos aqueles que exercem o ministério pastoral. Perguntado sobre o que seria problema, ele respondeu: “São situações difíceis que o pastor
tem que enfrentar, ligadas, muitas vezes, à sua própria personalidade, seu caráter, e relacionamentos na Igreja, a questões administrativas, questões morais, à presença de dissensões ou heresias no seio da Igreja, e outras ligadas ao próprio labor pastoral”. No terceiro dia, o preletor foi o pastor Gilson Bifano, do Ministério Oikos, que abordou o lado familiar do pastor, trazendo reflexões sobre os cuidados que os pastores devem ter para que a rotina do dia a dia não os atrapalhe de enxergar o seu ministério primordial: sua família. Para o pastor Gilson, “Até a década de 60 tínhamos uma sociedade a favor da família. A partir desta década passou-se a ter uma sociedade contra a família. Então aí se insere o trabalho da Igreja, que precisa se despertar, se levantar para ajudar as famílias neste presente século”, analisa. O quarto dia foi marcado pela brilhante preleção dos pastores Marcelo Aguiar e doutor Elias de Macedo. Eles trabalharam a difícil tarefa de se alcançar o equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual dos pastores, que além de lidar com seus próprios problemas, muitas vezes se vê envolvido com os problemas alheios. Se você perdeu este módulo da Academia Pastoral, fique atento aos próximos. Em breve divulgaremos a data e também o local.
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Pastor Lusitano Vicente da Silva Couto comemora 20 anos de ordenação Elaine de Castro Sampaio, líder da Juventude da Primeira Igreja Batista do Rocha - RJ
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pastor Lusitano Vicente da Silva Couto, da Primeira Igreja Batista do Rocha, em São Gonçalo - RJ, promoveu um culto de celebração e gratidão pelos 20 anos de ordenação ao Ministério da Palavra no dia 04 de agosto. O culto foi bem representativo e contou com boa parte da membresia da Igreja, bem como muitos convidados se fizeram presentes, dentre eles 37 pastores, que compareceram para abraçar o estimado obreiro. A mensagem foi apresentada pelo pastor Emerson Soares, da Primeira Igreja Batista de Largo da Ideia, integrante da Associação Batista Gonçalense. Pastor Lusitano nasceu em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. O quarto filho de uma família modesta, de poucos recursos financeiros, mas firmada em conceitos morais bem sólidos e de honestidade irretocável. Com 18 anos de idade, co-
nheceu uma jovem, crente, filha de pastor. Com muita dificuldade, compareceu à Igreja da moça. Depois de algum tempo, o namoro tornou-se inevitável. Com o tempo, ele se converteu ao Evangelho. O interessante é que o pastor Lusitano, então com 19 anos, veio a ser batizado pelo futuro sogro, pastor João Gonçalves, na Igreja Memorial de Nova Friburgo. Na esfera secular, o pastor Lusitano trabalhava na indústria, como torneiro mecânico. A jovem namorada, Jacqueline, sentindo-se vocacionada para melhor servir à Causa na área da música, foi para Niterói, e ingressou no Seminário Batista de Niterói. Matriculou-se no Curso de Música Sacra. Com muito esforço, concluiu o curso em 1991. Com o passar dos dias, o relacionamento amoroso se firmou cada vez mais. Com 23 anos de idade, chegou o dia tão esperado; o sonho tão acalentado pelos dois jovens. O casamento aconteceu no dia 18 de janeiro de 1992. Posteriormente, o esposo, da mesma forma, sentiu o chamado para o ministério pastoral. Matriculou-se no
Culto foi marcado pela presença de diversos pastores
mesmo Seminário, e colou grau no Curso de Bacharel em Teologia, turma de 1996. Pastor Lusitano continuou seus estudos, e graduou-se em um curso de Pós-graduação em Teologia, com especialização em Novo Testamento, pelo mesmo Seminário. Mais tarde, também em Mestre em Teologia, pelo Seminary Biblical International, Insc, EUA. Pastoreou a Igreja Batista em Fazenda do Campo, no município de Duas Barras. Igualmente, a Igreja Batista em Euclidelândia. Por vários anos, a Primeira Igreja Batista em Cantagalo.
Todas na Região Norte do Estado do Rio. Na Região de Nova Friburgo, exerceu vários cargos de liderança na área denominacional. Primeiro, na juventude. Mais tarde, já como pastor, foi o 2º vice-presidente da Associação Batista Serrana. Atuou também na frente da presidência da Ordem dos Pastores Batistas. Foi sempre um obreiro bem integrado na denominação, participando ativamente das Assembleias da Convenção Batista Fluminense e da Convenção Batista Brasileira. Convidado, assumiu o pastorado da Primeira Igre-
ja Batista do Rocha, em São Gonçalo, no dia 06 de outubro de 2007, e, na sua liderança, se encontra até a presente data. Não tardou muito, e logo se integrou com facilidade aos seus colegas gonçalenses. Hoje, é bem conhecido na seara Batista da cidade, sendo o presidente da Ordem dos Pastores Batistas de São Gonçalo. Costumeiramente, é convidado para o concílio de exame de novos obreiros, figurando como um dos examinadores. Exerce o ministério na PIB do Rocha com excelente firmeza doutrinária, mantendo um bom relacionamento com a membresia. Na vizinhança, o pastor Lusitano é bem receptivo, mostrando-se bem-querido por vários moradores. A esposa Jacqueline e as filhas Quésia e Queila igualmente são bem-queridas, estimadas e bem integradas no seio da Igreja. Parabéns, pastor Lusitano, pelos 20 anos de consagração ao ministério da Palavra. Que Deus continue a abençoá-lo ainda mais, dando-lhe muitos anos de vida e de atuação frutuosa na Obra do Evangelho.
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ponto de vista
Departamento de Ação Social da CBB
É melhor votar em um ateu, do que em um cristão mal-intencionado Marcelo Dutra, jornalista, professor universitário
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lá vamos nós para mais uma eleição. Não sei se todos perceberam mas, desde o dia 26 de agosto, as emissoras de rádio e televisão transmitem a propaganda eleitoral gratuita para que os candidatos a prefeito e vereador em todo o país possam expor suas propostas. Bom, pelo menos é isto que está proposto na Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nº 13.165/2015 que alterou a Lei nº 9.504/97) que reduziu o período da propaganda de 45 para 35 dias. Benção de Deus (dirão alguns, eu entre esses). Os canais de rádio e televisão agora reservam dois blocos de dez minutos cada, duas vezes por dia, de segunda a sábado, no caso de campanha para prefeito, pois a nova Lei acabou com a propaganda eleitoral em bloco para vereador. O que causa ainda um enorme desconforto para quem não possui um canal por assinatura e, com isso, não pode se manter livre desse assédio. Dirão alguns que assim é a democracia. Não sei... Apesar da menor exposi-
ção, estão lá todos os tipos que nos acostumamos a ver no show de horrores que é a política brasileira: cômica e trágica. Os atores, e seus personagens, salvo raríssimas exceções, não mudaram. Do doutor ao analfabeto “orgulhoso” (aquele que faz questão de ressaltar os erros de português em seu discurso, para criar uma certa identificação com o povão), do pipoqueiro ao empresário, há de tudo, passando pelo ateu e, finalmente, chegando ao que nos interessa neste artigo, os pastores e irmãos em Cristo. Algemados pelo fundamentalismo religioso, que lhes impossibilita dialogar com os vários segmentos da sociedade, estes defendem um discurso moralista, contrário ao aborto em qualquer circunstância (mesmo para o caso das mulheres que sofreram violência sexual), redução da maioridade penal, combate a projetos que pretendam ampliar os direitos de segmentos cujo comportamento discordam (caso claro dos homossexuais). Em tese, tudo para sustentar a defesa da família. Tenho cá minhas dúvidas se essa seria a agenda de Cristo, mas esse é assunto para outro artigo.
Temas como a ampliação das leis de defesa do Meio Ambiente, contenção da violência que sangra o país, ampliação e eficiência da rede pública de saúde ou mesmo de estratégias de combate à miséria, combate a corrupção, desemprego em escala recorde, só para citar algumas das demandas sociais urgentes no Brasil, não passam nem perto da agenda dos políticos cristãos. Ah! Desculpe, já ia cometendo uma enorme injustiça. Um dos projetos criados pela bancada evangélica no Congresso, a PEC 99/2011, deseja que uma série de Igrejas sejam incluídas na lista de entidades com prerrogativa de propor ações diretas de inconstitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal (STF). Hoje, isso só é prerrogativa de partidos políticos, chefes do Executivo e Legislativo e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outros. No ano passado, a mesma frente parlamentar evangélica já articulou a aprovação do aumento da isenção tributária para igrejas e permitiu a anistia de multas aplicadas pela Receita contra igrejas – o valor passava de 300 milhões de
reais. Nada como legislar em causa própria. Diante deste cenário, percebemos que a religião evangélica se encontra sob uma grande flexibilização ética, que permite toda sorte de práticas distantes do Evangelho, acompanhada por amplo conservadorismo que elegeu a defesa da família, dos bons costumes como seu caminho ético. Tal descompasso entre prática e discurso leva ao que Cristo chamou de hipocrisia. Hipocrisia é uma palavra forte mas que cabe, a meu ver, como uma luva para cobrir as mãos sujas de uma parte significativa da classe política. Pois senão vejamos: Na contramão da moralidade e dos bons costumes, a chamada bancada evangélica (uma das maiores do Congresso com quase 200 deputados e senadores), não titubeou ao apoiar a candidatura do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - que estava em vias de ser cassado até a data da publicação deste artigo - para presidir a Câmara Federal, em fevereiro do ano passado. Eleito, o sujeito em questão, para o qual um número enorme de líderes
evangélicos pediram voto, é investigado por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Cabe lembrar que Cunha foi aliado de outros políticos notoriamente evangélicos. Com esse e outras centenas de exemplos em mente, eu concluo que essa história de que “Irmão vota em irmão” é, no mínimo, uma atitude irresponsável. É claro que há políticos evangélicos honestos, assim como políticos ateus honestos, espíritas, budistas e por ai vai. Então o mais lógico não seria desconsiderar a opção religiosa do indivíduo, e decidir seu voto pela capacidade do candidato? Se essa for sua opção, eu sugiro acrescentar à oração uma outra ferramenta capaz de realizar “milagres”: o Google. Pesquise, busque informações e não se deixe levar pelo papo furado, ou mesmo a opinião deste ou daquele amigo. Se você, assim como eu, crê que a Nação precisa melhorar, mudar em todos os aspectos, mude de atitude. Não repita sua rotina pré-eleitoral e espere um resultado diferente. Essa é a definição de insanidade. Um abraço companheiro.
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Idosos podem se casar de novo? Samuel Rodrigues de Souza, especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, pastor de Idosos
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grande arquiteto brasileiro, Oscar Niemayer, falecido em 2012, aos 104 anos, teve que se casar escondido, aos 98 anos, com sua secretária, Vera Lúcia Cabreira, pois parte de sua família não aprovava. Do primeiro casamento com Annita, teve uma única filha, quatro netos, 13 bisnetos e cinco trinetos. Apesar da resistência da filha, a dona de galeria de arte Ana Maria, também já falecida, o arquiteto, às vésperas de completar 99 anos, oficializou a relação com sua secretária, Vera Lúcia, de 60 anos. O neto de Oscar Niemeyer, Kadu, de 52 anos, na época, recebeu a ligação do avô, com a seguinte notícia: “Me casei com Vera Lúcia”. Kadu, apesar de ter conhecimento do relacionamento de Niemeyer com a secretária, confessou que ficou surpreso: “Eu nem consegui fazer pergunta nenhuma. Mesmo sabendo que o relacionamento tem mais de 20 anos, fiquei meio surpreso”. Kadu contou que o seu avô estava muito feliz e que esse casamento era um desejo de muito tempo. “Ele tem que fazer o que quer. Não é o momento de questionar se a união é válida ou não. É o desejo dele”, disse o neto que se considera filho de Niemeyer. “Ele, na verdade, sempre foi meu pai, nunca meu avô. Meu avô é um homem lúcido, que sempre gostou de ajudar os amigos e parentes”. Sobre o casamento, Kadu disse: “A gente tem que admirar a disposição dele e torcer pela felicidade dos dois.” Para parabenizar a união, Kadu Niemeyer enviou o seguinte telegrama: “O amor pelos traços e pelas mulheres se concretizou com o seu casamento silencioso, com a mulher amada que lhe acompanha e escolheste como eterna”.
a amar e ser amados. Você sabia que temos em nosso país 1,1 milhão de idosos namorando? Pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular revela que 1,1 milhão de brasileiros acima de 60 anos estão namorando. O resultado do levantamento, realizado no primeiro semestre de 2013, acaba refletindo no comércio de Fortaleza, principalmente, durante o mês dos namorados. Independentemente da idade, casais e namorados buscam se presentear nesta data. De acordo com Cibele Lucena, proprietária da Alexia Flores, em Fortaleza, a demanda de pessoas com mais de 60 anos está cada vez maior, principalmente, neste período.“Todos os dias recebemos pedidos de pessoas com mais idade. Durante o mês dos namorados, esse fluxo chega a crescer até 20%”, diz. Namorar faz bem Viver um amor, em qualquer fase da vida, faz bem e dá prazer. Mas na terceira idade, o desfrute de uma relação afetiva pode trazer ganhos extras para os que se amam. “Relacionar-se nessa fase é um dos elementos mais importantes para manter a vontade de viver e a sensação de ser amado e querido. Isso alimenta a saúde emocional e física e até minimiza problemas de saúde”, explica a psiquiatra Carmita Abdo. Recomendações para resgatar a vida afetiva – Reative a sua vida social e treine a paquera e a sedução em encontros, como festas e congressos da terceira idade, viagens, aniversários, encontros; – Manter o bom humor é fundamental, a alegria desperta a curiosidade das pessoas, elas querem ser felizes e precisam aprender com quem realmente são; - Permita-se a, pelo menos, conhecer e fazer novas amizades; são novos laços, novos aprendizados, novas experiências.
pessoas se sentem sós. Acham que a solidão é algo que se instala, sem perspectiva de mudança em suas vidas. A solidão é um sentimento que está dentro das pessoas, fazendo-as não enxergarem dentro de si próprias, não amando nada nem ninguém. Uma coisa é certa: quem ama alguma coisa ou alguém nunca está sozinho. O único remédio para a solidão é o amor, devemos nos amar e jamais nos sentiremos abandonados. Na terceira e quarta idades, a solidão parece ser marca registrada, na qual as pessoas têm que sofrer, queixando-se o tempo todo, ao mesmo tempo que fogem da convivência sadia com outras pessoas. O fato de muitas vezes perderem seus companheiros ou companheiras, os fazem viver exclusivamente voltados à memória daquele que morreu. São criaturas que matam os vivos e vivem com os mortos. Mas quando resolvem acordar e voltar a conviver com as pessoas que as rodeavam, percebem que todos se afastaram e, então, começam a se sentir incapazes de se comunicar. A importância de se ter amigos é justamente essa, pois, qualquer relacionamento está baseado na troca de experiências, no saber pedir e no saber doar. As pessoas se doam e recebem na medida daquilo que oferecerem. Para não sentir solidão é preciso reencontrar o amor. É preciso, muitas vezes, ressurgir das cinzas rejuvenescido. A vida pode e deve ser mais do que uma luta pela sobrevivência. Pode ser, independentemente da idade, uma experiência muito alegre e gratificante, cheia de amor. Mas, para tanto, é necessário entrar em contato com o prazer de estar vivo e procurar ser uma pessoa inteira, em vez de esperar que os outros a tornem feliz. É preciso decidir novamente pela vida, abandonar preconceitos e comodismos, para então traçar seu caminho. Parece difícil, mas não é.
Novas possibilidades Devemos ter a mente aberta, Casar de novo De acordo com Maria de experimentar nos abrirmos para Idosos podem amar Assim tal qual Oscar Nie- Los Angeles Fallero Amoroso, a vida, para o prazer e para o mayer, idosos têm direito doutora em psicologia,“Muitas amor; bastando para isto, gostar
de si mesmo, o que significa autoaceitação lúcida e realista do que realmente somos. Amando-nos a nós mesmos, se tivermos autoestima, provavelmente também abriremos nossos corações e nossos espaços para outras pessoas. Se as coisas do coração e os encontros afetivos lhe parecerem lembranças remotas de outros tempos, é necessário recuperá-las. O importante é que nos lembremos que depender de outros para se obter satisfação e felicidade é sobrecarregar aqueles a quem amamos, retirando a alegria dos nossos relacionamentos com essas pessoas. É preciso que estejamos abertos para a vida, para as coisas que nos rodeiam e até para o casamento.
Uma senhora de 70 anos estava em um ateliê de costura experimentando seu vestido de casamento. Acreditava na vida e no amor e, para ela, o fato de se casar não era simplesmente a assinatura de um documento, mas, sim, uma tomada de consciência, uma mudança de atitude, um novo estado de espírito e um compromisso, agora consciente, de dividir sua vida com outra pessoa, com a proposta de permanência. Se você redescobrir a capacidade de se amar, jamais estará sozinho e, ao final da jornada, se surpreenderá ao verificar que as pessoas que encontrou pelo caminho são hoje, para você, muito especiais. Fonte: Portal G1
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