ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 20/09/15
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
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Ano CXIV Edição 38 Domingo, 20.09.2015 R$ 3,20
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o jornal batista – domingo, 20/09/15
reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.
Edição histórica
Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
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imagem do corpo de uma criança síria que morreu afogada quando sua família e outros refugiados tentavam chegar à Europa a bordo de um barco chocou o mundo. Impossível ficar indiferente diante daquela foto. Os líderes europeus não sabem o que fazer com o intenso fluxo migratório nos últimos meses. A situação é complexa e requer de todos uma atitude proativa de compaixão e graça, especialmente dos cristãos. O Brasil também tem recebido refugiados, e os Batistas brasileiros, por meio
das Igrejas e de suas juntas missionárias, tem acolhido várias famílias. Louvamos a Deus pelo esforço de todos para abençoar estas pessoas. Almocei outro dia com duas famílias sírias que foram acolhidas por nossos missionários e pela Primeira Igreja Batista de Foz do Iguaçu – PR com apoio também de outras Igrejas. Foram momentos preciosos e emocionantes ouvindo-os contar de suas experiências e, no final, com os olhos cheios de lágrimas, declarar: “Pastor Fernando, diga aos Batistas que nós não temos palavras para agradecer o que vocês estão
fazendo conosco. Vocês são pessoas que mostram o amor de Cristo”. Esta edição de O Jornal Batista é histórica, pois nela, querido leitor, você conhecerá os três primeiros pastores Batistas Xerentes que, após mais de meio século de trabalho dos nossos missionários, passaram pelo concílio e foram ordenados no último dia 06 de setembro, em uma manhã de domingo quando iniciávamos a Campanha de Missões Nacionais. É motivo de celebração e gratidão a Deus aos Batistas que investem nesta obra e aos queridos missionários
que atuam entre o povo Xerente em uma jornada épica de proclamação do Evangelho e formação de líderes multiplicadores. Parabéns, missionários e Batistas brasileiros, pela visão e paixão por missões. Lembramos a todos que o Congresso Multiplique em Guarapari no mês de outubro está se aproximando e você não pode perdê-lo. Faça a sua inscrição, pois restam pouquíssimas vagas. Eu amo o Brasil e quero ser bênção para minha Nação! Fernando Brandão, diretor de Missões Nacionais
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Refugiados são amados e acolhidos pelos Batistas brasileiros Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da Convenção Batista Brasileira
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ais uma vez ouvi nos noticiários a informação de novas vítimas de refugiados sírios, que ao tentar atravessar o mar foram tragados pelas ondas. De tanto ouvir estas notícias parecem que já ficamos insensíveis a este drama que vem a cada dia ceifando os povos que tentam escapar da brutalidade das forças que dominam e
invadem seus países. Não há como não se comover diante de tanta brutalidade. Por mais que os noticiários tratem este drama como apenas mais uma informação, quase sempre iniciando a notícia com “Mais um grupo de refugiados...”, nosso coração e nossa mente não podem ser dominadas por este descaso. Ainda que estejamos distantes não podemos ficar inertes. Quando leio o Evangelho de João 3.16, que diz “Que Deus amou o mundo...”, entendo que eu, que nós somos responsáveis também por estas
pessoas, que este amor só chegará a estes refugiados se tivermos atitude para que eles sejam alcançados pelo amor de Deus. Mas a realidade dos Batistas brasileiros é bem diferente do que a mídia anuncia. Talvez nenhum dos meios de comunicação que a cada dia informam novas vítimas informará que as Igrejas Batistas que compõem a Convenção Batista Brasileira estão recebendo, abrigando, acolhendo, alimentando, amando e cuidando de vários destes refugiados através das nossas duas agências
missionarias - Missões Mundiais e Missões Nacionais -, que estão juntas fazendo um trabalho que só a eternidade poderá registrar. Nós temos missionários aqui no Brasil e também fora do país, que atuam de forma eficaz no acolhimento destas pessoas. Já temos casas de abrigo e estamos recolhendo famílias e encaminhando-as para começarem uma nova vida em nosso país. Trabalhamos junto aos órgãos oficias regularizando a situação de cada uma destas pessoas, encaminhamos no que pos-
sível para que eles tenham uma vida digna. Nosso trabalho vai além do abrigo material, pois eles podem reconhecer também o amor de Deus, compreender que tudo o que estamos fazendo é fruto deste amor que não vê barreiras para alcançar as pessoas. Independentemente do que sejam ou de onde estejam, eles estão entendendo e aceitando este amor. Por isso, vamos continuar orando, contribuindo e fazendo com que estas pessoas conheçam o amor que nos move a fazer o que temos feito.
O retrato da humanidade Jeferson Cristianini, colaborador de OJB
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ão gosto de compartilhar imagens sensacionalistas nas redes sociais, mas a foto da criança síria morta chocou o mundo. A imagem do menino morto na praia na costa litorânea da Turquia, que se espalhou na internet, mostra o drama humano. Só o pai sobreviveu. A esposa e o irmão da criança morreram afogados. Mais de 80 refugiados da Síria e Palestina foram vítimas de afogamento no Mediterrâneo tentando chegar à Europa. A crise de imigração mostra várias facetas - que não gostamos de ver - do ser humano. São muitas mortes diariamente. São muitas pessoas fugindo das crises étnicas, religiosas e bélicas do Oriente Médio, além dos africanos, que também fogem da miséria, da pobreza e da fome. A Europa é o destino, porém, por sua vez, se mostra sem saber o que fazer com os refugiados, e não aceita a grande quantidade de pessoas que se aproximam das costas litorâneas dos países europeus. A crise se agrava porque muitos morrem
ao longo do trajeto, alguns morrem de fome, outros ao chegar, ou são presos e/ou deportados. A Europa não sabe o que fazer com esse contingente que procura um lugar ao sol e uma oportunidade de se ter o mínimo para a sobrevivência humana. A ganância humana, aliada a tantos outros fatores negativos do lado mal do ser humano, se revela no pensamento europeu, que mantém uma postura de isenção diante do dilema global. É inadmissível a Europa continuar encastelada desfrutando das benesses que os recursos financeiros podem proporcionar enquanto milhares de pessoas padecem do básico. A Europa desfruta do luxo e da exploração financeira dos países emergentes e dos países pequenos, economicamente falando, e não repartem o básico. A Europa sempre foi vista como o centro do mundo e a grande compradora dos produtos dos países pobres. A foto da criança morta estendida na praia é comovente e me levou à comoção. Meu coração se direcionou na imensidão da dor dos familiares. Que dor! Dor brutal que a desumanidade
tenta dizer que foi mais uma morte. É triste e lastimável que o ser humano está banalizando a vida. São tantas notícias trágicas, que essa foto da criança morta parece ser mais uma. Mas não pode ser assim. A foto da criança simboliza o naufrágio da humanidade, que celebra o egoísmo com deleites hedonistas e almejando uma vida luxuosa. As pessoas estão sofrendo em todos os cantos do mundo, estão em trânsito tentando encontrar um bom lugar para morar e viver; almejam o jardim perdido. A humanidade está em frangalhos, pois só pensa em conquista, poder, acúmulo de capital e conflitos bélicos. Enquanto poucos usufruem do poder e das benesses que a riqueza compra, milhares padecem do mínimo para sobreviver. O fato é que as pessoas estão em trânsito fugindo de problemas provocados pelo próprio homem. O que as pessoas no fundo querem é pertencer a um local onde se viva em paz. Essa imigração globalizada mostra o quanto o ser humano está desesperado à procura da paz e da possibilidade de viver e trabalhar. Na história do povo
escolhido de Deus temos o relato de Moisés levando o povo hebreu cativo rumo à liberdade. A ideia de estrangeiro não é estanha aos cristãos. O sol nasce para todos e todos devem ter as mesmas possibilidades, e isso nada tem a ver com posição política e sim com o cerne do cristianismo. Deus não faz acepção de pessoas, e Jesus mostra que todos nós somos alvos do amor do Senhor. Paulo, o apóstolo, disse que em Jesus “Já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Ef 2.19). Acolher o estrangeiro e peregrino é um ato de humanidade e de fé. Jesus veio “Para proclamar, libertar aos cativos e para pôr em liberdade os oprimidos” (Lc 4.18). A foto da criança nos coloca, como ser humano, na parede e exige respostas. As perguntas são várias. Até quando pessoas perderão suas vidas assim de forma tão banal? A foto me leva a reflexão sobre o valor da vida. Os direitos humanos, que tem suas raízes nos princípios cristãos dizem que a vida deve ser preservada. Jesus, nosso Mestre, diz que
uma vida vale mais do que o mundo inteiro. Mas nós, humanos, estamos mais preocupados com o mundo do que com as pessoas. Essa foto levou-me a pensar na vida, na solidariedade, na compaixão, na dor, no sofrimento, no caos da humanidade e na minha espiritualidade. A vida é valiosa aos olhos do Criador e aos nossos olhos. Toda vida deve ser preservada e cuidada. Que nossa mente seja liberta dessa banalidade e que essa foto possa nos levar a reflexões sobre o valor da vida. Que os nossos ouvidos possam ouvir o grito da humanidade que suplica auxílio. Que nossos olhos contemplem a opressão e que sejamos direcionados na direção dos que sofrem. Que a maldade humana e a violência contra vida não sejam aceitas como normal, mas como uma demonstração do ser humano de Seu Criador. A fotografia é o retrato da caótica sociedade em que vivemos, onde o ser humano se revela selvagem, violento e distante do valor real da vida. A valorização da mesma começa por nossa existência e pela forma como vemos as atrocidades da humanidade. Valorize a vida.
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Os Batistas na História PR. CERQUEIRA BASTOS (in Memoriam)
Thomas Helwys, um Batista padrão
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elwys foi o primeiro a escrever sobre a liberdade de consciência na Inglaterra, no seu Livro “Uma Breve Declaração do Mistério da Iniquidade”, em 1612, com dedicatória do próprio punho ao rei Tiago I. De importante família, foi matriculado na escola Gray’s Inn (Londres), academia destinada à nobreza e pessoas de elevada posição sócio-econômica. Completados seus estudos em direito e conhecimentos gerais, retornou à cidade de seu nascimento (Broxtowe Hall), e dedicou-se aos afazeres da família. Casou-se com Joan Ashmore, formando um lar hospitaleiro, onde sempre recebia seus irmãos do “grupo puritano” para longas conversas sobre os problemas do dia a dia. Embora tendo vivido um curto período de apenas 46 anos de idade, sua família experimentou o governo de duas dinastias - Tudors e Stuart, respectivamente, Elizabeth I e Tiago I - nas quais a perseguição religiosa encarcerava os que não comungavam, ora com o catolicismo, ora com a confissão anglicana. Seu encontro com João Smith, pregador formado em Cambridge, ocorreu em Broxtowe Hall e selou uma
profunda amizade pessoal e religiosa, coincidindo com o período da ascensão de Tiago I ao trono inglês (1603), ocasião em que Helwys uniu-se à Igreja separatista de Smith (1606), em Gainsborough. Na sua visão de estadista, Helwys previra que o movimento religioso separatista provocaria uma pesada perseguição da Igreja oficial (anglicana), e, assim, tomou a iniciativa da fuga para a Holanda, sob a orientação espiritual do companheiro Smith. Entre os anos 1607/8 deixaram a Inglaterra e foram para a cidade de Amsterdã, “Onde todos os protestantes eram livres para adorar de acordo com suas próprias premissas”, segundo o escritor Whitley, citado no Livro “Liberdade e Exclusivismo”, de Zaqueu Moreira de Oliveira. Na Holanda, cooperou com o médico João Smith na Igreja separatista que este fundou, a qual tornou-se, segundo documentos da época, em 1609, em uma Igreja Batista, sendo considerada a Primeira Igreja Batista de Língua Inglesa do mundo. Divergências de ordem administrativa, e até certo ponto doutrinárias, levaram Helwys a romper com a Igreja de Smith, trazendo-o de volta a Londres com mais 12 irmãos na fé, em 1612, oca-
sião em que fundaram, em Spitafields, nos arredores de Londres, a Primeira Igreja Batista da Inglaterra, firmada nos seguintes princípios, que até os nossos dias marcam e balizam a nossa trajetória: 1 - Rejeição do batismo infantil; 2 - Batismo só de crentes; 3 - Separação dos poderes terreno e espiritual; 4 - Competência exclusiva da alma em assuntos espirituais; 5 - Consagração de ministros segundo o Novo Testamento; 6 - Independência de igrejas locais; 7 - Supremacia das Escrituras. Deixou vários escritos. Ainda em Amsterdã produziu três obras literárias: Declaração de Fé do Povo Inglês, permanecendo em Amsterdã, na Holanda; Sobre o Decreto de Deus; Uma Advertência (contra os menonitas). Neste escrito, Helwys expõe quatro princípios de valor exponencial ainda em nossos dias como povo Batista: a) - Cristo tomou Sua carne verdadeira, terrena e natural de Maria; b) - O sábado (ou dia de descanso) é para ser guardado santo cada primeiro dia da semana (o domingo); c) - Não há sucessão apostólica, nem privilégios para pessoas nas coisas santas; d) - A magistratura, sendo uma ordenança de Deus, não impede alguém de ser da Igreja de Cristo.
Missões não é... Rogério Araújo (Rofa), colaborador de OJB • Perda de tempo dos irmãos que estão à frente e, muito menos, da Junta de Missões Nacionais ou Mundiais. É algo sério, que tem a ver com o cumprimento do ide de Jesus, mencionado em Mateus 28.18-20, para todo crente; • Ofertar tão somente duas vezes por ano e “esquecer” o restante dos dias. Os missionários pregam sempre. A recomendação de Paulo é “Que pregues a Palavra, instes, a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exor-
tes, com toda a longanimida- próximo de tal forma que tem prazer em “vestir e suar de e doutrina” (ITm 4.2); a camisa” para ver alvos al• Ser omisso, mas estar cançados para honra e glória incomodado com os povos do Senhor; que nunca ouviram a Palavra de Deus. Cada cristão é res• Agracecer a Deus pelo ponsável por falar de Cristo a término do período missionátoda a criatura, seja de longe rio e pelos recursos alçados ou perto; pelos outros, mas fazer uma autoavaliação: “Como parti• Emoção, apenas, quan- cipei de missões este ano?”, do irmãos choram ao ver a e melhorar a cada campanha; realidade em outros países, mas que passa e, mesmo às • Ser indiferente - Paulo lágrimas, não fazem nada diz em II Coríntios 9.7: “Cada para colaborar; um contribua, segundo propôs no seu coração; não com • Egoísmo de cuidar ape- tristeza, ou por necessidade, nas de sua vida e pronto. porque Deus ama ao que dá Pelo contrário, é amar ao com alegria” (II Co 9.7).
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
Se eu tiver que morrer, morrerei “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci” (Et 4.16).
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ouve um complô dos inimigos dos judeus para exterminá-los. Ester, a rainha, de nacionalidade judia, resolveu interceder por seu povo, mesmo que isto significasse sua pena de morte. Eis sua decisão: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acham em Susã e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias... e assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei. E perecendo, pereço” (Et 4.16). Há momentos que podem significar o progresso ou a desgraça, de povos e de pessoas. Há decisões que podem significar o selo de Deus em
nossa história. A judia Ester, mesmo sendo rainha, entendeu que sua posição era menos importante do que a sorte dos seus compatriotas. Por isso, mesmo sem a autorização real, foi à presença do rei e intercedeu pelo seu povo. A providência divina, como sempre, falou mais alto e o rei decidiu não exterminar os judeus. Decisões profundas custam caro. Exigem de nós quebrantamento, jejum sincero e oração com o rosto em terra. Há situações em que sentimos que o Senhor exige de nós nosso melhor. Nossa vida, nossos valores, nosso tudo. O que a Bíblia nos ensina é: quando tais compreensões e decisões fluem como o resultado da nossa convicção, a parte de uma busca definitiva da vontade divina, aquilo que poderia ser tragédia é usado por Deus para a restauração e para a vitória. Tais experiências são do tipo: se eu tiver que morrer, morrerei!
Um exemplo de vida Kleber Rodrigues, membro da Primeira Igreja Batista do Ingá – Niterói - RJ O encontro do salvo por Cristo um dia, quando o fôlego da vida cessa, sente-se a vitória da fé na brusca despedida desta vida. Então, uma luz brilha incessante e a visão do Lar Celestial surge com esplendor inimaginável porque o momento é de recepção inaudita da alma salva por Cristo que se integra aos milhões no Lar Celestial, em regozijo pelo encontro dos que já se foram e gozam da plenitude da graça salvadora que promove a recepção dos que estão chegando e venceram a grande tribulação dos dias em que aqui estivera vivendo felizes. O querido Francisco Cerqueira Bastos aqui deixou o exemplo da vida cristã que fizera de suas palavras nesses mais de 60 anos de testemunho exemplar, um farol para aquelas almas que por ele aceitaram o Senhor Jesus como Salvador e o estão recebendo na eternidade e muitos ainda vivem e se encontrarão com ele naquele dia em que partiremos para, juntos com os que lá estão, louvarmos a Deus Deus seja louvado pelo exemplo de vida que nos deixou!
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6 vida em família
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Quem procura, acha
Gilson e Elizabete Bifano
Carlos Henrique Falcão, colaborador de OJB
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Filhos adolescentes, como lidar com eles?
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difícil lidar com adolescentes? Provavelmente sua resposta será sim. Por quê? Você já parou para pensar nisto, por que é tão difícil entender, concordar, conversar, conviver com o adolescente? Se você tem um adolescente por perto deve saber da sua alteração de humor, da sua implicância com o irmão menor, de só viver em grupo ou de só viver isolado, das horas dependurado ao telefone, da mania de fechar portas, etc. Houve um tempo em que podíamos pegá-los pela mão e levá-los aonde queríamos. Agora não. O tempo passou (depressa) e ele (a) cresceu. Duvida disso? Olhe para ele. Olhe para ela. É preciso admitir que não é mais nosso menininho ou menininha. Muitas vezes, para os pais, é difícil admitir que seu filho cresceu e está se tornando uma pessoa, um indivíduo, que está amadurecendo e formando suas próprias opiniões e conceitos. Não deveríamos ficar felizes com isso? Em trabalhos com o Ministério OIKOS, nas Igrejas, encontramos pais atônitos, ansiosos, frustrados, enraivecidos, exigentes com seus filhos adolescentes. Na maioria das vezes estão tentando lidar com eles, fazem o que podem, mas não conseguem um bom relacionamento. Precisamos entender o adolescente. Precisamos entender que o crescimento físico acelerado pode fazer com que ele fique desastrado e meio desajeitado; que a ebulição dos hormônios lhe traz acne, alteração do humor, excitação sexual; que a companhia de outros adolescentes lhe dá segurança e identificação; que sua perspectiva em
relação a vida adulta lhe traz curiosidade e medo; que ora sabe o que fazer e age como “gente grande” e ora não sabe o que fazer e age como “gente pequena”. Nós, como pais de adolescentes, precisamos compreender que esta é mais uma das maravilhosas fases da vida. Não importa que gerações passadas não tenham dado a mesma importância que hoje se dá às fases do crescimento humano. Temos que viver com o que é importante aqui e agora. E o que é importante aqui e agora é o fato de você ter um (a) adolescente e conviver com ele (a) em harmonia e amor. Os pais precisam, e sempre vão precisar, de respeito, consideração e valorização. Os adolescentes precisam, e de agora em diante sempre precisarão, de respeito, consideração, valorização, amor e espaço para crescer. Desde cedo, temos a obrigação de ensinar nossos filhos a terem responsabilidade no que fazem, coragem para enfrentar os medos, amor próprio para não se deixarem ser maltratados, ânimo para encarar os desafios da vida. Exigir deles o que nunca lhes ensinamos é complicado, não? O que fazer? Em toda circunstância, conversas, diálogo. Não funciona? Em toda circunstância, amor (falado e demonstrado), compreensão e paciência. Ainda é hora de estabelecer um relacionamento de amor com seu adolescente. Coragem! Não deixe que o tempo aumente a distância entre vocês. Fico aqui torcendo para que consigam e, para tanto, que Deus lhes abençoe. Juntos pela família, Gilson Bifano ministeriooikos.org.br
oi isso que Jesus ensinou: “Qualquer um que procura, acha” (Mt 7.8 - Bb Viva). Neste caso, é importante saber o que você está procurando. Também é importante saber onde procurar. Se estiver à procura de Deus, por que não satisfaz o que você encontra? Por que continua com a dúvida: “Veio de Deus?”. O profeta Isaías é enfático ao mostrar a necessidade de procurar a Deus. Disse: “Busquem ao Senhor enquanto podem achar” (Is 55.6 - Bb Viva). ‘A frase enquanto se pode achar indica que a demora em aceitar a Graça Salvadora do Senhor pode ser fatal’ (Crabtree, A profecia de Isaías). Como os ouvintes desta profecia, há muitos crentes gastando energia física e emocional, dinheiro e tempo com “Aquilo que não satisfaz” (Is 55.12). Se você desejar ouvir algo que pensa ser apropriado para resolver o seu problema, é só começar a procurar de culto em culto que algum pregador dirá “O que você quer ouvir”. Mas, como diz Isaías, é um esforço que não satisfaz. Pode ser que você encontre o que está procurando, mas continuará sem segurança espiritual. Com certeza eu e você procuramos Deus. Onde pro-
curá-lo? Jesus ensina que é preciso buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, conforme diz Mateus 6.33. A vida onde a prioridade não é o Reino de Deus é tomada pela ansiedade de conseguir sobreviver. A vida onde a prioridade é o Reino de Deus tem a segurança do cuidado divino e fica liberto da ansiedade pelas necessidades da vida. Você que já ressuscitou com Cristo deve buscar as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus, segundo Colossenses 3.1. Se você procurar soluções e orientações da terra você vai encontrá-las, mas não encontrará soluções celestes e sua vida orbitará em torno daquilo que você pensa que deu certo ou pensa que não deu certo. Vai ficar com aquela sensação: “Deus permitiu!”. O que encontramos quando buscamos a Deus? Você vai encontrar a segurança do cuidado divino. Jesus reconhece o seu valor em comparação com as flores do campo, que são muito mais frágeis e diz que Deus fará muito mais por você, de acordo com Mateus 6.30. Apenas dê prioridade a ele em sua vida. O salmista Davi, que já vivia a segurança do cuidado divino, disse que em toda a sua vida, até quando se tornou velho, “Nunca viu o justo desamparado, nem
seus filhos mendigando o pão” (Sl 37.25). Disse Jesus que ao buscar o Senhor você “Encontrará descanso para a sua alma” (Mt 11.29). Você faz tanta força para encontrar soluções diante das dificuldades, que vive “cansado e sobrecarregado”. É neste momento que Jesus convida para O buscarmos, como relata Mateus 11.28. Se você está cansado e não encontra solução, não ponha a responsabilidade no tamanho do seu problema, apenas busque a Jesus e encontrará descanso, porque “O seu jugo é suave e o seu fardo é leve” (Mt 11.30). Paulo afirma que ao buscar a Deus em oração você encontrará “A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardando o seu coração e a mente em Cristo Jesus” (Fl 4.7). Aqui você percebe que cessam todos os conflitos internos, e a ansiedade existente em busca de proteção desaparece. Jeremias disse que ao buscar a Deus de todo o coração você O encontra. Pode ser que a sua dificuldade seja ver Deus na solução que você deseja. O que você precisa é encontrar o Deus da solução e descansar nEle. Por mais difícil que seja praticar isso, não procure solução, procure Deus. Encontre Deus e tenha cuidado, descanso e paz.
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Carta Missionária - Pastor Caleb & Rebeca Mubarak
O Drama dos Refugiados! “(…) Eram pobres, perseguidos e maltratados. Andaram como refugiados… (…) O mundo não era digno deles!” (Hb 11.37b-38 - NTLH). Norte da África, setembro de 2015.
(Paz seja convosco!) Há alguns meses, um diplomata de uma nação europeia declarou: “Essa gente é uma ameaça a toda Europa em termos de terrorismo e outros crimes mais, além de colaborar para a crise econômica que devasta nosso continente”. Ao utilizar o termo “essa gente”, o dito diplomata se referia aos imigrantes ilegais que estão arriscando suas vidas em travessias desumanas no mar Mediterrâneo, na tentativa de chegar à Europa. Lembrando que entre eles está um público bem vulnerável: crianças, mulheres e anciãos.
Um tratamento desumano “Essa gente”, completamente indefesa, é tratada como se não fossem seres humanos. E para as três maiores religiões (abraâmicas) do mundo, o racismo é algo intolerável, assim como a Declaração Universal dos Direitos Humanos deixa bem claro a necessidade do exercício do princípio contra a intolerância. E isso tem acontecido justo na Europa, continente que se destaca mundialmente na luta pelos direitos universais. Mas, ao que parece, não interessa se esses “desprivilegiados”, os mesmos que estão fugindo de seus países miseráveis ou dos regimes ditatoriais e radicais que tanto os assolam, desejam ter a mesma oportunidade de uma vida digna como a de seus homólogos europeus. Sendo vistos como aqueles que só trazem problemas aos países que os poderiam receber, poucos enxergam nessas pessoas indivíduos com uma alma, uma vida, com sonhos e esperanças. A maioria possui família que pode ou não estar com eles nessa jornada tão perigosa e, sendo assim, o fato de estarem tentando uma vida melhor deveria ser, pelo menos, considerada e analisada.
Entre “essa gente”, muitos são cristãos Não é nenhuma novidade que entre esses milhares, que se arriscam diariamente em travessias extremamente perigosas, há minorias étnicas e religiosas que estão fugindo de suas nações devido à perseguição. É o caso das minorias que hoje fogem das atrocidades do ISIS no Oriente Médio e Norte da África, e também de alguns países africanos onde grupos terroristas com ligação com ISIS levam o terror sem deixar nenhuma opção de permanência. Estatisticamente, o número de cristãos entre “essa gente” (os refugiados) é extremamente significativo, os quais juntos com outras minorias, têm sofrido muito na tentativa de chegar ao Velho Continente. Há alguns meses, em uma embarcação lotada, muçulmanos identificaram cristãos no meio deles e os lançaram ao mar os deixando à deriva, e o saldo foi a morte de muitos.
Como seria se estivéssemos no lugar “dessa gente”? Nosso desafio com essa carta é que você tente se colocar no lugar desses refugiados: Será que você gostaria de ter o asilo negado enquanto foge de homens com armas em punho em perseguição a você e à sua família? Gostaria de ser insultado e até mesmo abusado, por tão somente querer sustentar sua família? Gostaria de ser deixado à deriva no Mar Mediterrâneo, porque governos de nações desenvolvidas desejam enviar uma mensagem a outros que queiram arriscar-se na mesma travessia? Como você se sentiria se você fosse insultado, maltratado e tivesse negado o direito a uma vida digna só porque você nasceu em um país menos privilegiado? Não podemos esquecer que somos sempre responsáveis por nossos atos individuais. Testemunhar alguns deixando de demonstrar o respeito necessário para a vida humana não significa que nós devemos apoiar ou nos omitir. Todo ser humano é valioso e merece o nosso respeito e se não conseguirmos fazer isso, nos lembremos que somos responsáveis por nossas próprias ações. Afinal, a mensagem que nos impulsiona a seguirmos em frente é e deve ser aquela impulsionada pelo perdão, pela reconciliação, pela aceitação, pela inclusão e pelo amor, como diz João 3.16. Outra coisa que queremos destacar é que entre “essa gente” estão verdadeiros heróis da fé, igualmente como aqueles descritos na galeria do livro aos Hebreus, verdadeiros servos do Eterno Deus. Já ouvimos relatos de que alguns deles, mesmo sendo pobres, perseguidos, maltratados e andando como refugiados, não têm perdido a oportunidade de serem autênticas testemunhas durante essa árdua peregrinação. O que nos leva à conclusão que de fato, o mundo não é digno deles! Que belo testemunho!
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missões nacionais
Radicais Amazônia falam sobre atividades nas comunidades ribeirinhas
Redação de Missões Nacionais
O
s Radicais que estão no Amazonas têm o desafio de evangelizar e discipular os moradores das comunidades ribeirinhas. As radicais Nubia Albuquerque e Joene Cavalcante estão na comunidade Fátima e relataram que houve celebração pelo primeiro mês dos Pequenos Grupos Multiplicadores que elas lideram. Na ocasião, duas pessoas se converteram a Cristo e uma moça que tinha desistido de participar do estudo bíblico pediu para ser acompanhada novamente a fim de compreender o Plano de Salvação. “Essa moça se chama Milena e ela deseja vir para o Projeto radical. Estamos muito felizes por podermos levar a Palavra de Deus”, conta Nubia. O jovem Diago Diniz também é radical e está na comunidade do Vasco, no município de Manacapuru, onde houve programação especial para as crianças. Ele também está realizando estudo bíblico com algumas famílias e assim tem conseguido criar e aprofundar relacionamentos na comunidade. “Na próxima semana iniciaremos um Pequeno Grupo Multiplicador na casa de uma família com quem temos nos relacionado e orado”, conta Diago. O Projeto Radical Amazônia permite que seus participantes passem por três meses de treinamento no Centro
Radicais durante o estudo bíblico com jovem que deseja fazer parte do Projeto Radical Amazônia
de Formação Missionária da Amazônia (CFMA), e depois permite que os radicais tenham a oportunidade de se tornarem missionários em formação, servindo por um total de quatro anos, concluindo este tempo como missionários formados também com o curso de Teologia. Dessa forma, teoria e prática estarão unidas na realidade dos alunos. Após a vivência no campo, o Radical Amazônia poderá trabalhar entre os ribeirinhos, tornando-se um missionário em formação. O missionário em formação estudará enquanto estiver plantando Igrejas nas comunidades. Nosso objetivo é alcançar 10 mil comunidades ribei-
Programação para crianças na comunidade onde está o Radical Diago
rinhas. O Projeto Radical Amazônia já alcançou 24 comunidades. Para alcançar os ribeirinhos ao longo do Rio Amazonas estão sen-
do estabelecidas 10 bases missionárias em cidades-polo. Em cada base haverá missionários que atenderão as comunidades ribeirinhas,
utilizando barcos com motor 40 HP. Estes missionários contarão com o apoio dos Radicais, que irão até os ribeirinhos. Cada missionário será como um mentor para o Radical. O Projeto Amazônia é uma das ênfases da campanha de mobilização deste ano. O trabalho missionário entre os ribeirinhos é um dos focos do projeto no norte do Brasil. Por meio da iniciativa chegamos a comunidades isoladas, sedentas do amor de Deus. A Região Norte tem 15,8 milhões dos habitantes em uma extensão territorial de 3,2 milhões de Km²; é a maior do país. Estima-se que haja cerca de 30 mil comunidades ribeirinhas, muitas delas vivendo em isolamento com pouco ou nenhum acesso a serviços de saúde, educação e desenvolvimento social. Interceda pela firmeza das vidas já alcançadas, pelos radicais e para que mais pessoas se rendam a Cristo nesta região. Se você tem interesse neste Projeto, participe do Congresso Radical Brasil, que acontecerá de 02 a 04 de outubro deste ano, na Pousada Vale dos Sonhos, em Saquarema - RJ. O objetivo é despertar vocações entre jovens e adultos, profissionais ou estudantes, que queiram tomar uma atitude radical, dedicando suas vidas durante um ou dois anos no campo missionário. Para fazer sua inscrição, visite o site http://www. jmn.com.br/jmn/projeto. aspx?url=congressoradical.
o jornal batista – domingo, 20/09/15
missões nacionais
Projeto Etnias no Brasil apoia refugiados sírios Crédito: Associated Press (AP)
“(...) Fui estrangeiro e me acolheste” (Mt 25.35).
Imagens do pequeno Aylan encontrado morto, e carregado por policial, chocaram o mundo
Redação de Missões Nacionais
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a primeira semana de setembro uma imagem feita por um fotógrafo da Reuters, agência britânica de notícias, chocou pessoas em todo mundo. A foto mostra uma criança síria morta por afogamento após tentativa fracassada da família de navegar para a Ilha grega de Kos. Aylan Kurdi, seu irmão e sua mãe estavam entre os 12 sírios que morreram afogados no Mar Mediterrâneo. Tudo isso por tentar fugir da violência dos conflitos armados que ameaçam a vida da população em seu país. Assim como esta família, muitas vivem a dor de perda. Os Batistas brasileiros, por
meio da Junta de Missões Nacionais, têm desenvolvido o princípio da Compaixão e Graça com os refugiados de guerra que chegam em nosso país. Coordenado pelo pastor Marcos Calixto, o Projeto Etnias no Brasil tem ajudado sírios, haitianos e outros estrangeiros através do Evangelho. Após a foto do menino Aylan, publicada em diversos jornais e revistas, o drama dos refugiados ganhou ainda mais destaque. Os conflitos na Síria têm sido um dos motivos da população arriscar a vida para tentar conseguir moradia em outros países. Karim Slamanye, hoje missionário em formação da JMN, veio para o Brasil para tentar fugir dessa realidade em seu país e foi abrigado pelo Projeto Etnias no Brasil,
Pastor Calixto, Karim e alguns outros refugiados apoiados durante reportagem da TV Globo no Paraná
coordenado pelo pastor Marcos Calixto. Karim e outros refugiados foram entrevistados pela equipe de jornalismo do programa Paraná TV 2ª Edição, da Rede Globo, e puderam falar sobre as dificuldades que enfrentaram antes de chegarem ao Brasil. “Muito podemos fazer. Deus nos abençoou através de pessoas e de algumas Igrejas a trazermos um bebê com sua família. Estou recebendo contato da Alemanha, Estados Unidos, e de outros lugares do Brasil perguntando como ajudar”, conta o pastor Calixto. O bebê, Pegore Carajian, é filho de Sona Markeian e Garbis Carajian. Essa família tem sido apoiado pelo Projeto Etnias no Brasil, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
Sona e Garbis, bem como o pequeno Pegore, foram destaque em uma matéria publicada no site Gazeta do Povo. A matéria contou a trajetória da família, enfatizando que eles poderiam ter tido o mesmo fim trágico da família de Aylan. “Poderia ter sido ele. Quando se vive em um ambiente terrível de guerra você tem dificuldade até para dormir porque pode amanhecer morto. Podia ser qualquer outro menino sírio, como tantos que morreram. Em nosso bairro, uma criança foi atingida por estilhaços de bombas e um ferro atravessou a sua cabeça. Aquela imagem assustadora permanece em nossa mente”, afirmou Sona, em entrevista ao jornalista Oswaldo Eustáquio, da Gazeta do Povo. “Não podemos deixar de
abrir os nossos olhos e ver que diante da soberania de Deus eles estão aqui, para de uma forma ou outra, sermos instrumentos de compaixão, de graça e da revelação da mensagem salvadora de Deus. Nosso trabalho missionário com etnias tem uma amplitude bem diversificada. A chegada dos sírios fez-nos promover mudanças estratégicas profundas para acolhermos como povo de Deus os refugiados, pois muitos vêm fugidos da guerra, pedindo socorro ao Brasil. Alguns vindo por causa da perseguição religiosa e outros por causa da guerra em si. Com apoio de Igrejas e parceria com a missão MAIS, estabelecemos três casas de passagem (de refúgio) para acolhê-los”, declara pastor Calixto. Interceda pelas mulheres, homens e crianças que diariamente se lançam ao mar em busca de novas terras para fugir da violência de seu país. Conheça mais sobre o trabalho de Etnias no Brasil, acessando http://www. etniasnobrasil.com.br/ e ajude a atender famílias que necessitam de abrigo e, acima de tudo, de Jesus Cristo. Acesse também o site www.missoesnacionais.com.br e através do PAM Brasil abrace este causa.
Indígenas são consagrados ao ministério pastoral no Tocantins Redação de Missões Nacionais
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m Tocantínia - TO, a manhã do domingo, dia 06, foi marcada por momentos de muita gratidão e emoção pela consagração ao Ministério da Palavra dos primeiros pastores xerentes, após 57 anos de trabalho missionário. O concílio aconteceu na noite de sábado, dia 05, formado por 13 pastores, dos quais três indígenas (das etnias Ticuna, Terena e Bakairi) foram os examinadores. Interceda pelo pastor Pedro Waîkainĕ, da Igreja Batista Xerente da Aldeia Nrõzawi; pastor Silvino Sirnãwĕ, da Igreja da Aldeia do Salto; e pastor Sinval Waîkazate, da Igreja Batista Xerente em Tocantínia. Louvamos a Deus pela visão dos Batistas brasileiros em sustentar este trabalho e avançar na conquista da Pátria para Cristo!
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Emoção entre um dos pastores consagrados e o pastor Gunther, missionário da JMN que há anos dedica a vida na Evangelização dos índios Xerentes
Os pastores Xerentes impetram a bênção apostólica sobre os missionários de Missões Nacionais (pastor Rinaldo, pastor Cláudio, pastor Mário e pastor Guenther)
Pastores Xerentes consagrados ao Ministério da Palavra
Missionários pioneiros, pastor Guenther e pastor Rinaldo, passando a borduna aos novos pastores das Igrejas
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“O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito abatido, virá a secar os ossos” (Pv 17.22).
notícias do brasil batista
Coração alegre
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arcus Felipe e Cristiane são meus novos amigos. Por isso, é com grande alegria que compartilho com os amados o nosso bate papo. Confira a entrevista! Qual o nome completo de vocês? Marcos Felipe de Medeiros (Tio Louda) e Cristiane Cará P. Medeiros (Nêny). Qual a formação de vocês? Marcos: Superior em Administração de Empresas / Cristiane: Gestão de Negócios. São membros de qual Igreja? Igreja Batista do Morumbi – SP. Vocês têm filhos? Sim, temos um casal de filhos: André Felipe, de 30 anos; e Natália, de 25 anos. Como foi sua conversão, Marcos? Aos 10 anos de idade me converti através do ventríloquo Tio Bellan, pai do pastor Rogério, em uma Escola Bíblica de Férias (EBF) na Igreja Batista doTauá – RJ. Como e quando começou a chamada para o mundo das artes? No final dos anos 80 fiz duas viagens missionárias pelo interior do Brasil levando a Mensagem. Nessas viagens tive o privilégio de trabalhar com o meu padrinho e amigo, pastor Rogério Bellan, com vida a Sua palavra registrada quem aprendi muita coisa. em Joel 2.28, que diz que “No final dos tempos os joQual ministério artístico vens terão visões e os velhos você desenvolve agora? sonharão”. Como passei dos O nosso Ministério Mis- 50, já estou sonhando (risos). sões com Alegria nasceu no Nesse sonho Deus me moscoração de Deus, pois eu trou uma cena em que estátrabalhava na área de louvor vamos agachados, brincando e minha esposa com expres- com algumas crianças, vestidos são corporal, em nossa Igreja. de palhaços. Naquele momenQuando descobrimos que a to a ficha caiu, e acreditei na minha Cris havia contraído cura dela e que iríamos trabaum linfoma no pulmão (cân- lhar para Ele, com crianças. cer) fiquei arrasado, pois o Raspei o cabelo, o que foi fácil, quadro era assustador. Cho- pois não tenho muito. Contei o rei bastante e sempre ora- sonho para ela, e partimos para va perguntando a Deus o um tratamento muito sofrido, porquê dessa doença nela e que durou um ano e nove menão em mim ou em outros. ses entre quimioterapia, quiUma semana depois Deus mio de resgate e, por último, falou comigo através de um o autotransplante de medula, sonho, cumprindo na minha com a radioterapia.
Neste meio tempo fiz um curso de palhaço e montei o personagem Tio Louda, e batizei a minha esposa de Nêny. Hoje ela está curada e atuamos em igrejas, escolas, creches, orfanatos, hospitais, com muita música e brincadeiras. Estamos prontos para trabalhar onde Deus mandar.
Nos colocamos à disposição das Igrejas para programações infantis e, quem sabe, implantar um ministério de clowns para trabalho com crianças. Nossos contatos são: (11) 99649-1331 (WathasApp), Email: tiolouda@gmail.com ou Facebook: Ministério Missões com Alegria.
Deixe uma mensagem motivadora para os nossos artistas e admiradores: Nossa oração é para que Senhor levante outros tantos clowns, e os capacite para fazer a Sua obra. É muito gratificante ver a reação das pessoas e, principalmente, as Como ajudam as Igrejas crianças, quando entramos e qual a melhor forma de em cena fazendo o trabalho. contatá-los? Em todas as programações Quais os projetos futuros? Além das programações que temos feito, queremos fazer discípulos da arte de clowns e bonequeiros, para expandir este ministério a fim de levar Mensagem do Evangelho às pessoas.
fazemos um apelo e sempre há conversões, como aconteceu comigo quando era criança. Nunca pensei que seria usado por Deus desta forma, e Ele mudou o rumo da minha vida, e deu outro sentido, literalmente. Deixe o Senhor te usar, mesmo que pense que não tem jeito para a coisa, pois quando Ele escolhe alguém para a seara, Ele mesmo o capacita. Que o Senhor nos abençoe e guarde. Que sejamos sempre um canal de bênção para os que estão necessitados e a caminho do Evangelho Roberto Maranhão Arte e Cultura - CBB Envie sua matéria para marapuppet@hotmail.com
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missões mundiais
Alegria e esperança no Senhor Roberto Carmona, pastor, missionário da JMM em Botsuana
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emos visto grandes coisas em/e através das nossas vidas ao passo em que continuamos a servir ao Senhor. Nessa caminhada temos visto igualmente o quanto é necessário manter o foco na decisão de servir unicamente ao nosso Pai Celeste. Queremos compartilhar um pouco sobre o lado pessoal do nosso ministério. Para quem não sabe, em 2010 sofremos um baque por conta de um problema sério de saúde que acometeu minha esposa, a missionária Edna Carmona, resultando em momentos de apreensão e angústia por ser algo que poderia lhe ter tirado a vida. Foram três aneurismas cerebrais, dos quais um havia sangrado. Graças ao Senhor pudemos voltar ao Brasil, onde durante dois anos e meio, com muita perseverança e fé na ação
do Pai, vi Edna ser tratada com segurança e pudemos praticar a esperança na cura do seu problema, ainda que tivéssemos que desistir de continuar na África, pois estávamos nos preparando para mudar de campo, da África do Sul para Moçambique. Sim, em algum momento pensamos que Deus poderia estar nos dizendo que nossa caminhada na obra missionária se findava naquele momento e teríamos que permanecer no Brasil
para garantir a segurança da saúde de Edna. Manifestamos ao Senhor o nosso desejo em continuar servindo-O em qualquer situação e sentimos paz no coração pela decisão. Porém, algo falava mais forte em nosso coração. O Senhor havia nos dado uma coisa para que firmássemos nossa esperança: nosso chamado para Sua obra. Sentíamos que ainda havia muito por fazer, e assim ousamos pedir ao Senhor que nos enviasse de volta à África.
Foi então que os médicos no Brasil disseram, ao verificar os exames pós-operatórios, que não viam necessidade de mudança de vida por causa deles, apenas que tivéssemos o cuidado de estar em locais com o mínimo necessário para cuidados médicos de urgência de acordo com a seriedade do ocorrido, o que não é algo fácil. Então, desde agosto de 2013 estamos em Botsuana, por ser próximo à África do Sul, onde existem bons hospitais e possibilidade de realização de exames delicados para a nossa necessidade. Hoje, passados dois anos de volta à África, em uma avaliação médica realizada em agosto, exame este que é invasivo, com inserção de cateter e contraste no cérebro, queremos compartilhar com você nossa alegria por ver o quanto Deus se agrada da nossa fé quando genuína e dentro de Seus propósitos. Entendemos assim pelo fato de termos nos submetido às Suas
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orientações através de nossa liderança e dos médicos. Nesse mais recente exame, os médicos informaram que a situação é a melhor possível. Os aneurismas de fato sumiram, os procedimentos de intervenção com peças dentro das artérias foram bem-sucedidos, e os médicos não veem nenhuma objeção para que Edna volte à vida normal, incluindo prática de exercícios físicos, desde que não exerçam pressão arterial, o que nos alegrou muito. Quanto ao exame de rotina a cada dois anos, também uma boa notícia. Agora, ele não precisa ser mais invasivo, mas sim uma tomografia cerebral para apontar a possibilidade de algum problema futuro, o que cremos, pela fé que temos no Senhor, que não ocorrerá. Nós nos alegramos assim com você, que tem nos acompanhado nessa caminhada e nos apoiado em oração e sustento. Estamos juntos nela com a bênção do Senhor.
Deus está agindo na Itália de um modo miraculoso Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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m campo com grandes desafios de evangelização, que tem sido alvo de investimentos de Missões Mundiais há 16 anos e onde resultados surgem a cada dia: este é a Itália, onde segundo o pastor Manoel Florêncio, missionário da JMM nesse país europeu, “Deus está agindo de um modo miraculoso”. “Estamos sentindo de Deus que devemos agir com senso de urgência e aproveitar todas as oportunidades que nos são apresentadas e entrar por portas que nos são abertas”, afirma o pastor Manoel Florêncio, que ao lado da esposa Raquel está desde os anos 1990 levando esperança aos italianos. No momento, o casal Manoel e Raquel tem se concentrado em três frentes missionárias: a Congregação de Vigevano e as Igrejas de Mântova e Casorate Primo. “Vigevano está crescendo e requer uma intervenção mais audaciosa e corajosa”, destaca o pastor Florêncio, que compartilha a história de Rosy. “Depois de muitos anos afastada dos caminhos do Senhor, ela estava pedindo a Deus que a colocasse
em uma Igreja conforme a Sua vontade. Ela e o filho nos encontraram, e este também tem manifestado grande interesse na Palavra. São pessoas como Rosy e o filho que agora estão sendo assistidas, evangelizadas e discipuladas”, conta o pastor Florêncio. Em Mântova, a Igreja tem passado por momentos difíceis, porém, continua firme, sem perder de vista a evangelização, a expansão do Reino e plantar igrejas-filhas, segundo explica o pastor Florêncio. “O grande desafio atual é encontrar um pastor efetivo”, destaca o missionário. “A Igreja Batista de Mântova clama por um obreiro que possa conduzir seu rebanho. A assistência que damos a Mântova como pastor interino implica em viajar quase 200 Km só de ida por semana. Apesar do cansaço das viagens, nos regozijamos por tantas bênçãos que temos recebido e nos alegramos em servir ao Senhor da seara que nos tem dado vitórias”, afirma. Quanto a Casorate Primo, o missionário explica que a Igreja chegou a um ponto no qual precisa partir para a estratégia de pequenos grupos, para atender as necessidades das pessoas que buscam ajuda material, emocional e espiritual.
“A Igreja está enfrentando uma grande crise financeira. No entanto, não tem perdido a visão de evangelizar, de expandir, de alargar a visão de plantar novas Igrejas”, ressalta. As pressões e opressões são bastante sentidas, segundo o pastor Florêncio, mas o agir de Deus e as orações daqueles que apoiam missões são, para o missionário, um dos fatores determinantes para se obter a vitória. E que este é o momento para traçar novas metas e alcançar os grandes objetivos que se apresentam e requerem urgência. Um reforço nesse sentido foi a recente visita do pastor Paulo Pagaciov, coordenador da JMM para a Europa, que incentivou e orou com os missionários. “Deus está nos chamando para um novo tempo. E queremos convidar você para vir conosco viver esse novo
tempo”, convoca o pastor Florêncio. O missionário deixa pedidos de oração pela Itália, por ainda haver um campo muito vasto para evangelizar; pela evangelização de todos os povos que se encontram na Itália; por reavivamento da União Batista da Itália e suas Igrejas; pelo despertamento espiritual da Igreja de Casorate Primo, para que tenha paixão por missões e evangelização. “À medida que intensificamos a evangelização, a Igreja é atacada e ameaçada. Ore
também pela unidade, santificação e o chamado da Igreja para cumprir a missão”, destaca o pastor Florêncio. O missionário também pede que você interceda pela Congregação de Vigevano, pela conversão das pessoas que ouviram o Evangelho, para que possam ser tocadas e chamadas pelo Espírito de Deus; pela Igreja de Mântova, pela unidade, sabedoria e discernimento da Igreja na escolha do pastor. Ore também pelos missionários Manoel e Raquel Florêncio, pela saúde deles e proteção nas viagens.
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notícias do brasil batista
Missionários paulistas relizam “Projeto Abrace” em Alagoas
m grupo de 21 missionários da Terceira Igreja B a t i st a d e Ma rília - SP, liderado pelo pastor Venilson Rezende, realizou em Maceió, no bairro de Ponta da Terra, o “Projeto Abrace” Alagoas. Durante 15 dias, eles alcançaram 3.560 pessoas com ações evangelísticas, esportivas e sociais. O Projeto foi desenvolvido em parceria com a Congregação Batista Boas Novas, ligada a Igreja Batista Betel, e é situada na Rua Santo Ferraz, Ponta da Terra. “O Projeto visa aplicar a Missão Integral da Igreja para alcançar a pessoa em todas as áreas de sua vida, tanto espiritual, quanto social. Nosso alvo é crianças, adolescentes, jovens,
adultos, famílias e pessoas necessitadas em geral. É a terceira vez que vamos a Alagoas para desenvolver as ações do Projeto. “O Abrace” nasceu na
TIB Marília, Igreja que atualmente tem em torno de 1.500 membros. Várias cidades paulistas e de outros estados brasileiros já foram alcançadas pelo Projeto
em períodos distintos do ano, principalmente nas férias escolares de janeiro e julho. Todas as ações são mantidas com recursos próprios da Igreja.
A finalidade do Projeto é despertar na Igreja local o seu papel na sociedade, que envolve ações sociais, espirituais e humanitárias. As principais ações são peças teatrais sobre a influência espiritual no cotidiano; ações sociais diversas, como corte de cabelo, chapinha, maquiagem, manicure, doações diversas, aplicação de flúor, aferição de pressão, atendimento psicológico, etc., kids games - atividades esportivas educativas para crianças e adolescentes, estudos bíblicos e discipulados, atividades circenses como malabares, pirofagia, mágicas educativas, artes cênicas, visitação nas casas, escolas e hospitais, dentre outras. A Deus toda honra e toda glória!
PIB Missionária em Parque das Missões realiza ação social em comunidade carente de Duque de Caxias - RJ Elias Gomes de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Missionária em Parque das Missões - Duque de Caxias - RJ
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Primeira Igreja Batista Missionária em Parque das Missões em parceria com o Centro de Assistência Humanitária Emanuel (CEASHUEL) realizou uma grande ação social na comunidade carente do Trevo das Missões, em Duque de Caxias - RJ, com objetivo de arrecadar verbas para Campanha de Missões Nacionais. Essa região é uma comunidade de aproximadamente 8 mil habitantes com infraestrutura precária e com deficiência nos meios de saúde e educação. Possui um sério problema de pessoas envolvidas com dependência química e outros problemas sociais. O mal social tem fim, dentro de uma sociedade cristã que tem o governo Cristocêntrico e não humanista. O projeto que temos, até mesmo no nosso meio, às vezes fica impossibilitado sem poder avançar por falta de visão e ação na área social da Igreja. Que Deus nos guarde
Pastor Elias Gomes de Oliveira (terceiro da esquerda para direita) e irmã Rosa Campos (quarta da direita para esquerda), responsável pela ação social
de uma falsa conversão que, no dia do juízo final, será provada pela ausência de atos de bondade em nossas vidas, de acordo com Mateus 25.41-46. Por entender que essa é uma área que precisa de ajuda por parte da Igreja, os membros se mobilizaram para tentar ajudar um pouco os moradores desta região com auxílio de outros órgãos competentes para auxiliar os moradores com ações voltadas para ajuda ao próximo. Entendemos que a Igreja tem que se envolver com as questões sociais do nosso bairro e não somente voltados para a parte espiritual. Com isso, muitas famílias podem ser beneficiadas e também pode
surgir uma oportunidade para evangelizarmos pessoas e fazermos missões. Houve a participação de vários órgãos conceituados da nossa sociedade como a Defesa Civil do município de Caxias, a Cruz Vermelha e a Fundação Leão XIII. Esses órgãos trabalharam com palestras sobre acidente doméstico e fazendo gratuidade para segunda via de certidão de nascimento, óbitos, casamentos e carteira de identidade. No momento teve a distribuição de brindes e promoções para o instituto de beleza Houtrée, em comemoração ao Dia das Mães. Na ocasião, o ateliê afro artes ajudou com tranças para meninas do local de forma gratuita.
Ação realizada em frente a Igreja Missionaria
A pregação da Palavra de Deus foi feita por meio do evangelismo pessoal e da divulgação de folhetos que mostravam a Graça de Deus para salvação de todos aqueles que creem em Deus. Foi realizado convite às pessoas para participar em um de nossos cultos. Aproveitamos também para orar pela vida das pessoas deste local a fim de receberam a restauração para suas vidas espirituais. Que Deus abençoe nossas vidas para transformarmos nossa geração pela mudança do nosso pensamento. Agradecemos a Deus pelo Minis-
tério de Ação Social da nossa Igreja e pelo apoio de todas as pessoas envolvidas pela ação neste dia. Continuemos a trabalhar para ajudar pessoas a saírem da miséria, oferecendo uma oportunidade para melhoraria de vida com Deus. Peço também a ajuda de quem puder fazer através da doação de alimentos ou roupas para continuar mantendo frequentemente trabalhos deste porte na comunidade do Parque das Missões. Deus abençoe. Contato: gomesoliveira_elias@yahoo.com.br ou 021 – 988792417 (Watsapp)
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notícias do brasil batista
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OBITUÁRIO
Jacy França e Silva: uma serva fiel Marcos Monte, colaborador de OJB, membro da Igreja Batista Betel - AL
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manhã do domingo 16 de agosto foi iniciada com uma notícia triste. A página da Igreja Batista Betel no Facebook, denominada “Betel é Amor”, informava a todos o falecimento da irmã Jacy França e Silva na noite do dia anterior, em decorrência de um infarto. Jacy França e Silva nasceu no dia 30 de julho de 1930, na cidade de São Miguel dos Campos, em Alagoas. Antes de seguir para a cidade do Rio de Janeiro, em 1970, foi membro das Igrejas Batistas do Farol e 5 de Maio, em Maceió. Na capital carioca foi membro da Igreja Batista da Esperança. Em 2007 retornou a Maceió, passando a fazer parte da Igreja Batista Betel - AL, onde lecionava na classe das senhoras na EBD, auxiliando também na direção dos cultos de oração às quartas-feiras. Tinha participação efetiva na organização Mulher Cristã em Ação, da qual era vice-coordenadora. Com seu sorriso espontâneo, sua simpatia contagiante, seu forte abraço, conquistava a todos. Estava sempre pronta a orar por seus irmãos na fé, sempre dispensando uma grande atenção. O culto de gratidão a Deus pela vida de Jacy foi realiza-
do no referido domingo, no templo da IB Betel, bairro de Jaraguá, Maceió - AL. Iniciado às 14h, sob a direção do pastor Ney Morgado Vieira Filho, da Congregação Boas Novas, contou com significativa participação da membresia, dos pastores Luiz Carlos Moraes Barreto (IB do Farol), Evilásio Rodrigues Prado (IB do Vergel), Amaury Souza (SIB do Tabuleiro) e Alcides Martins Neto (da Junta de Missões Mundiais) e de parentes
da saudosa irmã. A mensagem gratulatória foi proferida pelo pastor auxiliar da Igreja, André Luiz Coelho Chaves, que destacou cinco marcas deixadas por Jacy: Desistir jamais; alegria; disponibilidade para o serviço; superação e o ser. Encerrando a cerimônia, emocionada, a irmã Eliane Lyra leu a mensagem enviada pelo pastor Társis Wallace Rodrigues Lemos, titular da Igreja Batista Betel, que se encontrava na cidade do Sal-
vador - BA. Transcrevemos, na íntegra, o texto: “Obrigado, Senhor, pela vida de Jacy; obrigado, Jacy, por ter sido da família Betel. ‘Ouvi uma voz do céu: Escreva isto: Bendito são aqueles que, de agora em diante, morrem no Senhor; é uma bênção morrer assim! Sim, diz o Espírito, bendito é o descanso de seu trabalho árduo. Nada do que fizeram será em vão, no fim. Deus os abençoará por tudo que fizeram’ (Ap 14.13). Para se morrer no Senhor é preciso viver no Senhor. Viver com a vitalidade que o Senhor dá. Viver com a alegria que só o Senhor tem para oferecer: ‘Deixo com vocês uma alegria que ninguém poderá tirar’ (Jo 16.22). Viver com a qualidade da vida abundante que flui tão somente do Senhor Jesus: ‘Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância’ (Jo 10.10). Jacy encarnou tudo isso e muito mais, e vamos sentir falta dessa vitalidade que a identificava de maneira tão singular. Vamos sentir falta da sua força, da sua alegria, da sua determinação, da sua disponibilidade e da sua paixão pela vida. Foram muitas as lições deixadas por ela como desafio para nós que ficamos para uma outra etapa da viagem de volta à casa do Pai. Em um espaço de uma semana perdi duas pessoas
“Quero oferecer flores para minha bisavó” Iran de Medeiros Lopes, filho mais velho, membro da Primeira Igreja Batista do Grajaú - RJ
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ste foi o pedido da minha neta Haylla, de cinco anos, ao chegarmos ao cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita - RJ, para o sepultamento da minha mãe, Laura de Medeiros Lopes, que descansou no Senhor aos 90 anos. Ela fez questão de ser a primeira a colocar o buquê de flores em cima da urna da bisa, em uma atitude que nos surpreendeu e emocionou. Nascida na Região do Seridó Ocidental Paraibano, no ano de 1925, mamãe se
casou em 1944 com o mineiro Sebastião Lopes, que conheceu na cidade de Campina Grande - PB. Ali, papai estava servindo ao Exército brasileiro, como convocado para a Segunda Guerra Mundial. Este casamento durou 65 anos, até seu falecimento em 2009, aos 87 anos. Coincidência ou não, mamãe faleceu e foi sepultada na mesma data e dia da semana da morte de papai – 29 de agosto, sábado, seis anos depois. Mamãe se converteu em 1962, na Primeira Igreja Batista em Vilar dos Teles, sendo batizada pelo pastor José de Sá. Graças ao seu testemunho, esposo, filhos e outros familiares foram se convertendo.
Para os nove filhos (uma já falecida), 15 netos e cinco bisnetos, dona Laura deixou muitos exemplos: amar a Deus sobre todas as coisas; trabalhar sem desfalecer em meio a circunstâncias adversas; e priorizar o cuidado familiar. Mamãe, a senhora foi incansável, cuidadosa e exemplar: como cristã, esposa, mãe, avó e bisavó. Agora, em meio às nossas lágrimas de saudade, ficamos no aguardo daquele dia glorioso, quando se cumprirá a promessa: “O último inimigo a ser destruído é a morte” (I Co 15.26). Então, com corpos imperecíveis, viveremos com Cristo eternamente. Louvado seja Deus!
muito importantes na minha vida: pastor Samuel Santos e, agora, Jacy. Fico na expectativa dos substitutos que Deus providenciará, tanto para mim como para os que, comigo, estão sentindo a presença sofrida dessas ausências que nos entristece. No entanto, a palavra de gratidão a Deus pela vida de Jacy ocupa o primeiro lugar na administração dos sentimentos. Pelo que ela foi e fez como cidadã do Reino de Deus, sempre com a de uma qualidade inquestionável. Em uma cultura que descarta o ‘compromisso’, ela o afirmou sempre e sempre. Sua presença entre nós a partir de agora será através da evocação, pois nossos mortos amados nunca morrem em nós. Iremos nos alimentar das lembranças, dos momentos bons, das alegrias conjuntas, de tudo aquilo que a entrelaçou com os laços do amor de Deus. Vamos nos reencontrar um dia? Com certeza, pois andamos no caminho chamado Cristo, na verdade que é Cristo e na vida que é Cristo. Cristo, que matou a morte pela ressurreição, fazendo dela a porta que nos permite a travessia para sermos acolhidos pela Palavra do Pai que já disse a Jacy: ‘Bem está, serva boa e fiel, entre no gozo do teu Senhor’ (Mt 25.21). Com saudade e esperança, pastor Társis”.
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ponto de vista
Departamento de Ação Social da CBB
Violência doméstica contra mulheres: uma realidade em nossas Igrejas! Remy Damasceno, pastor, coordenador do Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira
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lgumas informações, dado o seu desconforto, geram desconfiança, quase a incredulidade. Quando não há como negá-las tendemos a localizá-las longe de nós. Conseguimos com facilidade deslocar o mal e situá-lo nos outros. Apesar de sabermos da existência do pecado em nós, olhar para nós mesmos constitui uma das ações mais complexas e difíceis. Com essa postura conseguimos “acreditar” que entre nós, em nossas Igrejas, não há males graves, tais como violência sexual contra crianças e adolescentes, racismo, corrupção, abandono de idosos e violência contra mulheres.
Certamente, há muitas belezas em nossas Igrejas. Mas também há males desprezíveis. Realizamos ações que dignificam a Deus, mas também produzimos algumas que O envergonham. Se não confrontarmos o que somos e fazemos, não conseguiremos agir na tentativa de sua superação, nem permitiremos que Jesus lance sua luz transformadora em nossas comunidades. Visando proporcionar alguma visibilidade sobre um mal presente em nossas Igrejas, foi realizada uma pesquisa sobre violência contra mulher em Igrejas Batistas, localizadas em três regiões distintas do nosso país: Belo Horizonte – MG; Marabá – PA e Teresina - PI. Duzentas e dezoito (218) mulheres Batistas responderam a essa pesquisa. Os dados não são animadores e nos confronta sobre a neces-
sidade de desenvolvermos ações pastorais e missionárias junto às mulheres. Antes dos dados, façamos uma definição sobre os tipos de violência doméstica cometidos por companheiros contra as mulheres: 1Física. Tentativa, ameaça ou ação que gera lesão externa, ou interna; 2 - Psicológica. Ação ou omissão que pretende causar dano à autoestima e ao desenvolvimento da mulher; 3 - Sexual. Quando o parceiro obriga, por meio de violência física ou psicológica, a mulher a práticas sexuais indesejadas; 4 - Moral. Quando o parceiro difama, calunia ou profere injúrias contra a mulher; 5 - Patrimonial. Quando o parceiro impede que a mulher consiga obter ganhos financeiros (ameaças, guardando bens e documentos, inviabilizando a obtenção de algum direito
et.). Vamos a alguns dados. Quando perguntadas se conheciam alguma mulher, membro de uma Igreja Batista, que sofre violência praticada pelo companheiro, 96, das 218, disseram conhecer. Ou seja, 44% das mulheres. Diante da pergunta “Você já teve um companheiro que cometia violência contra você?”, 71 delas disseram que sim. E um dado muito triste para nós como Igreja: dessas 71 mulheres, 49 frequentavam alguma igreja evangélica durante o tempo em que sofriam violência por parte de seus companheiros. A Igreja parece não favorecer significativamente na superação da violência doméstica. Das 218 mulheres Batistas, 39 afirmaram que atualmente sofrem violência por parte do seu companheiro, portanto, quase
18% das mulheres que responderam a pesquisa. Entre as mulheres que sofrem ou sofreram violência, apenas 18 procuraram ajuda junto à liderança da Igreja. Apenas o dobro daquelas que buscaram ajuda junto à polícia e um pouco mais das 14 que procuraram apoio jurídico. Pelo visto, as mulheres não se sentem seguras e confortáveis para recorrer ao auxílio pastoral. Esses dados revelam que a violência doméstica contra as mulheres constitui um mal presente em nossas Igrejas. E em silêncio. Afinal, elas não percebem a liderança da Igreja como pessoas capazes de ajudar. Igrejas e pastores precisam ser opções para o acolhimento de mulheres que sofrem. Não temos como negar, nosso silêncio e indiferença favorece a continuidade dessa triste realidade.
Qual é o limite da crueldade? Paulo Francis Jr, colaborador de OJB
C
ada vez mais torna-se redundante, cansativo - humilhante até - a exposição da indignação que sentimos ouvindo e testemunhando pelos noticiários gestos bestiais de violência que constatamos não somente no Brasil, mas em todo planeta. O eternizado dia 11 de setembro de 2001 parecia o ápice do desvario dos homens. Todavia, há uma persistência na ilimitada crueldade, que se tornou nossa companheira, seja pelos meios de comunicação, seja pela triste vivência de episódios desgraçados. Mas por que isso ocorre? Porque não queremos perder o controle, o poder sobre quaisquer situações. Olhos arregalados e veias estufadas são os sintomas de uma explosão de demência que pode provocar danos perma-
nentes em nossas vidas. Este ano de 2015 demonstra que isso pode ocorrer na França, ou seja, na Europa, na Ásia, na África e, principalmente, aqui na América. Se tomássemos por base o Brasil veríamos que até os animais são vítimas de truculência e de insanidade inexplicáveis. No Rio, as câmeras flagraram alguém suspendendo uma cachorrinha pelas patas traseiras e arremessando ao solo. Em Guaxupé, cidade de Minas Gerais, alguns ladrões amalucados mataram dois bezerros Red Angus, da Fazenda Ipê, “além de levarem 12 carneiros e três cavalos puro-sangue que foram declarados sumidos”. A informação extra, que estava na Coluna “Terceiro Tempo” do jornalista esportivo Milton Neves, ainda complementa: “Um outro boi VPJ Black Angus foi esfaqueado no pescoço”, com certeza, deixado agonizante na mangueira. Quem poderia fazer estas
coisas? O noticiário vindo de fora parece ainda mais apavorante. Angustiante. Em uma selvageria ilógica um piloto jordaniano foi queimado vivo em uma jaula. Jornalistas americanos e japoneses foram decapitados. Execuções sumárias coletivas. Radicais islâmicos estão engendrando barbáries que nem ateus convictos sabem como realizar. Lembro que cerca de 150 mil cristãos são assassinados por ano em todo o globo por opositores ao Evangelho. Os atentados suicidas também não param. Tudo isso ainda vira um macabro espetáculo. O cinema americano está retratando a vida de um atirador de elite de nome Chris Kyle, que foi convocado quatro vezes para “servir” no Iraque. “American Sniper” traz a brutalidade de alguém que tem de tomar decisões rápidas e executar opositores. Matou 160 pessoas! Muito mais do
que qualquer outro soldado americano. Ele atirou até em um menino que recebeu uma granada da mãe. Depois, matou a mãe que pegou a granada na mão do filho e veio na sua direção. Ouvi um sermão no final do ano que tenta nos explicar os mecanismos da violência. O pastor disse que é costume a gente olhar para uma pessoa e dizer: “Essa pessoa tem índole violenta”. Mas, muitas vezes nos enganamos. Gente de bom caráter, calma, também pode cometer atrocidades. Prosseguiu dizendo que “Houve um tempo em que o Rio de Janeiro tinha paranoia com relação aos arrastões. Dois rapazes foram confundidos com bandidos e mortos dentro de um ônibus”. Disse ainda que alguém gritou “ladrão, ladrão” e criou-se um clima de linchamento. Ambos foram surrados. Uma das pessoas que foram matar esses jovens era uma senhora de 70 anos. Com um cabo
de vassoura, a idosa estocou os dois olhos de um dos rapazes. Na manhã seguinte, descobriu-se que ambos não eram bandidos; nunca haviam sido presos. Não tinham passagens pela polícia. Eram trabalhadores registrados e com boa família. Neste dia, o bairro onde foram assassinados acordou desnorteado. A pergunta é: como aquela senhora, vovó, teve sangue frio para furar os olhos daquele jovem? Entre as respostas aparece o estranho sentimento de vingança, do qual eu e você não estamos livres. O espaço de que faço uso aqui é curto, mas ainda que pareça algo inconcebível, devemos pedir perdão ao Criador por ter pensamento tão estúpido. Peçamos a compaixão e misericórdia de Deus, porque como seres humanos somos possuidores da mesma natureza das pessoas que cometeram essas sanguinárias atrocidades. Perdoa-nos, Senhor!
o jornal batista – domingo, 20/09/15
ponto de vista
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Passos para a incriminação da fé religiosa Retirar os símbolos sagratêm o direito de abraçar ou rejeitar a religião, bem como dos das Instituições Públicas de testemunhar sua fé reliTempos atrás foi ampla“Então os presidentes e os giosa, respeitando os direitos mente divulgado pela imprensa que houve uma ação príncipes procuravam achar dos outros. do Ministério Público Feocasião contra Daniel a resIncentivar a intolerância deral de São Paulo pedinpeito do reino; mas não podo a retirada de símbolos diam achar ocasião ou culpa religiosa Uma das formas de incen- religiosos de repartições alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum tivar a intolerância religiosa públicas federais no Estado. erro nem culpa. Então estes é usar de falsas notícias para O argumento é que os objehomens disseram: Nunca desacreditá-la, provocar rea- tos ofendem a liberdade de acharemos ocasião alguma ções violentas da população crença e sua permanência contra este Daniel, se não a contra as seitas e grupos reli- fere o princípio do Estado acharmos contra ele na lei do giosos, ou mesmo promover laico. Não se enganem, esse discórdia entre eles. Recen- é apenas o primeiro passo seu Deus” ( Dn 6.4-5). temente, vimos o sensacio- para transformar o “Estado Tratá-la como se fosse uma nalismo que a imprensa fez laico” em um estado antircom o caso da menina que religioso. ameaça para o Estado As Igrejas cristãs reconhe- levou uma pedrada ao sair de Impedir exemplares de cem que deve haver total se- um culto de candomblé. Foi paração entre Igreja e Estado, quase anunciado que estava livros religiosos nas bibliomas em nome da laicidade havendo uma guerra entre o tecas públicas Na mesma vertente do MP estatal, os opositores da re- candomblé e os cristãos. Atos ligião tratam a fé religiosa deste tipo aqui no Brasil não de São Paulo, a Prefeitura de como uma forte ameaça tem procedência religiosa. Florianópolis também entrou à sociedade e ao próprio Nenhuma religião promove com uma ação contra a lei Estado. Isso ficou bem claro a violência e outros tipos de que obriga escolas a manteem um discurso contra a fé práticas que não estejam de rem exemplares da Bíblia em cristã e judaica durante um acordo com a lei, a moral e suas bibliotecas. A alegação Seminário LGBT em 2012 os bons costumes. Os casos é de que a lei fere o princípio no Congresso Nacional, onde isolados, é claro, não repre- de “Estado laico”. O Estado se pregou a necessidade de sentam as Igrejas e precisam laico é aquele que não tem um credo oficial, nem permidesconstrução da cultura ser tratados no rigor da lei. te que a religião o conduza judaico/cristã e sua teologia, Negar a natureza religiosa ou subjugue. Tenho sérias inclusive “Pegando em armas dificuldades para entender se preciso for”. Se foi apenas do ser humano O ser humano é essencial- que uma biblioteca pública “força de expressão”, não sei. O que sei é que a religião foi mente religioso, e ainda que não possa ter um livro como tratada como uma ameaça o Estado seja laico, ele deve a Bíblia em suas estantes, garantir o direito de qualquer sendo ela uma importante para o Estado. pessoa de praticar a sua fé obra literária. Reprimir a liberdade reli- livremente, sem sofrer qualCriar restrições quanto a quer tipo de retaliação por giosa A liberdade religiosa é parte do Estado e de seus propagação da fé religiosa Ainda não chegamos a esse uma garantia constitucio- órgãos em função disso. ponto com muita clareza, nal, assim mesmo ela está Considerá-la uma forma de mas logo veremos o Estado, fortemente ameaçada pelos novos conceitos absorvidos discriminação e preconceito não apenas querendo ditar Os opositores da fé reli- normas que invadem a intipelo Estado sob o pretexto de ser laico. Ora, o Estado giosa tentam, a todo custo, midade familiar, para tamé laico, mas não pode abrir diminuir ou menosprezar as bém restringir a propagação mão de proteger as Igrejas crenças e princípios religio- da fé religiosa nas ruas e praque se constituem em uma sos sob a alegação de que são ças públicas, e ditar normas de suas maiores parceiras. O discriminatórios e preconcei- internas para os cultos relique seria do Estado se não tuosos, quando, na verdade, giosos. fossem as Igrejas? Assim, a querem eliminar barreiras Associar líderes religiosos liberdade religiosa precisa para implantação de ideoser protegida. Creem as Igre- logias políticas prejudiciais a homens fora da lei Essa é uma das mais perjas cristãs que cada pessoa é ao Estado e à população. A livre perante Deus em todas Ideologia de Gênero é uma versas estratégias dos que são inimigos da fé religioas questões de consciência e delas. Antonio Pirola, colaborador de OJB
sa, com o claro objetivo de comprometer a imagem do líder religioso em geral, para desacreditá-lo perante a sociedade. A imprensa, por exemplo, só faz o povo ver aquilo que não condiz com a reputação de um líder espiritual e, ao mesmo tempo, esconde estrategicamente a verdade a respeito dele. A vida de um líder religioso, seja ele padre ou pastor, é mais difícil do que se pode imaginar. Divulgar falsas notícias ou fazer sensacionalismos para provocar desentendimentos entre as religiões Nenhuma religião promove a violência e outros tipos de práticas que não estejam de acordo com a lei, a moral e os bons costumes. Promover ideologias que se contrapõem aos bons princípios religiosos Recentemente, por ocasião da aprovação dos planos municipais e estaduais de educação, houve uma verdadeira batalha para impedir que o conteúdo escolar e a própria rotina das escolas fossem orientadas ou contaminadas pela ideologia de gênero, que nega a diferença biológica entre meninos e meninas, e incentiva a homoafetividade, até mesmo nas crianças pequenas sem o conhecimento e aprovação dos pais e suas respectivas famílias. Tornar oficialmente os ensinos bíblicos e os atos de culto, práticas ilícitas ou ilegais Esse é o ponto onde realmente querem chegar os inimigos da fé religiosa, torná-la prática criminosa ou que se opõe a lei. A tentativa de incriminar o que se chama de “homofobia” é apenas um primeiro passo para acabar com a liberdade religiosa, promover o enriquecimento sem causa de alguns e tratar
padres, pastores e sacerdotes em geral como criminosos. Nesse ritmo não vou estranhar se derem um jeitinho para acomodar objetivamente ou subjetivamente ideias como essas na Constituição Federal, apenas para favorecer a implantação de um sistema antirreligioso no Estado brasileiro. Recentemente, duas notícias mostraram a força do ativismo gay nos EUA. No estado de Kentucky, por exemplo, os pastores que servem como conselheiros voluntários no departamento prisional estão proibidos de chamar de “pecado” o comportamento homossexual dos transgêneros. Aqueles que não se submeterem às novas regras, não poderão mais realizar esse tipo de trabalho em órgãos estaduais. Não são apenas os pastores que fazem trabalhos voluntários que estão sofrendo sansões. O ativista Mikey Weinstein, presidente da Fundação Exército Livre de Religião, entrou com um processo junto ao comando militar dos EUA. Seu desejo é que todos os capelães que se opõem à visão de homossexualidade como natural sejam desligados de seus cargos. Porque ao fazerem isso, contrariariam uma ordem do comandante-chefe das Forças Armadas, Barack Obama, um ativo defensor da causa LGBT. Podemos citar também o caso do pastor David Wells, que foi desligado do quadro de conselheiros de uma instituição de internação de menores infratores. Em sua defesa, a ONG jurídica cristã Liberty Counsel alega que “Tirar a Bíblia das mãos de um pastor é como remover o bisturi das mãos de um cirurgião. Sem ela, eles não podem trazer a cura” (http://noticias.gospelprime. com.br/pastores-proibidos-chamar-homossexualismo-pecado/).