ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 16/09/12
?????
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ
1
Ano CXII Edição 38 Domingo, 16.09.2012 R$ 3,20
Paixão pela Juventude
“Paixão pela Juventude é o que queremos ver nos ministérios de juventude das igrejas do nosso Brasil”. Com este ideal se iniciou a edição 2012 da Conferência para Pastores e Líderes de Juventude da JBB. Vá até as páginas 8 e 9 e veja depoimentos como o da Rafaelle Sena, de Mogi
das Cruzes, SP. “.. foi incrível (…) perceber como é libertador entender que tudo de que realmente preciso é Cristo. Agora é pensar mais nas pessoas, menos nas atividades, mais no serviço, menos no status! E buscar viver e trabalhar de modo a agradar o coração do Pai”.
Mobilizadores definem estratégias para Missões Mundiais A equipe de Promoção e Mobilização Missionária da JMM se reuniu de 25 de agosto a 1º de setembro no Rio de Janeiro para um workshop de avaliação e definição de metas para a Campanha 2013. Durante essa semana, os missionários puderam se familiarizar ainda mais com o universo de Missões Mundiais, receber instruções e treinamento. Veja na página 11 todas as definições estratégicas.
10 anos de existência da CIBUC pregando a Palavra Viva A CIBUC (Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará) não para de crescer e se fortalecer no Senhor Jesus. Os batistas do Ceará vivem um momento muito especial. Neste ano celebram 10 anos de Convenção. Foram anos de muitos desafios e batalhas, mas acima de tudo e na graça do Senhor, viveram momentos de grandes vitórias e bênçãos, momentos de colheita. Veja na página 12 o que Deus tem feito neste lugar.
2
o jornal batista – domingo, 16/09/12
reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Paschoal Piragine Júnior DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Macéias Nunes David Malta Nascimento Othon Ávila Amaral Sandra Regina Bellonce do Carmo
EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Rua Senador Furtado, 56 CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
É
fato que boas ideias devem ser espalhas, ainda mais quando se referem a cumprir os mandamentos do Pai. E foi o que aconteceu na última reunião do Conselho Geral da Convenção Batista Brasileira, onde num momento de compartilhar as bençãos de Deus através da Megatrans, o pastor Joel de Oliveira Bezerra, da PIB do Recife, presidente da Convenção Batista de Pernambuco, anunciou a sua ideia: utilizar os acampamentos das convenções estaduais e igrejas para o trabalho de reinserção social das pessoas que saíram das cracolândias. Através desse ato estariam utilizando seus acampamentos de forma produtiva durante todo o ano, abençoando vidas. Há a necessida-
de de se fazer algo para os novos convertidos, ex-usuários de drogas. É preciso continuar o trabalho missionário após a evangelização, é preciso alcançar essas vidas de forma completa, acompanhando-os numa trajetória difícil de suas vidas, a reinserção social. O objetivo é utilizar um espaço das convenções e igrejas batistas, que fica ocioso boa parte do ano, sendo mais utilizado em feriados e datas específicas. Com um acompanhamento, os novos irmãos em Cristo teriam um lugar para morar e trabalho, a manutenção e limpeza do acampamento. Esse seria apenas o primeiro passo para a reconstrução de uma vida profissional, familiar e social. A ideia poderia se estender com outros irmãos doando seu
Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m
As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.21575557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).
tempo e conhecimento para oferecer cursos profissionalizantes aos novos convertidos. Dessa forma os acampamentos batistas não estariam apenas abençoando, mas também sendo abençoados. Esta é uma questão de escolha e compromisso. Fazer missão integral também é fazer ação de forma integral, pensar no pós-conversão, atender as necessidades urgentes. Buscar soluções sociais é fazer como Jesus, que diante de uma multidão que não comia faziam alguns dias, se preocupou com sua necessidade física, o alimento. Mesmo diante da descrença dos discípu-
los, viu no pouco alimento a provisão de Deus. Se Deus abençoou tanto através da Megatrans e dos 100 dias de oração é preciso agora cultivas as bençãos do Senhor e participar da continuidade do agir do Espírito Santo. “Disse Jesus: ‘Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm que comer. E, se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe’. E os seus discípulos responderam-lhe: ‘De onde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto?’” (Marcos 8.2-4). (AP)
ERRATA O Jornal Batista se equivocou na publicação da data na capa da edição 37. Onde se lê “Domingo, 09.07.2012”, leia-se “Domingo, 09.09.2012”. Tributo ao Cantor Cristão • Reportando ao artigo “Carta aos pastores e ministros de música”, de David Pinheiro Soares, em OJB edição 33, de 12/08/2012, parabéns pelo assunto. Tenho 67 anos e estou servindo ao Senhor em igreja batista por 55 anos. Quero também dizer que não sou contra novas músicas, hinetos, etc.. Alguns sim! Mas quero lembrar que tenho saudades de quando as igreja batistas cantavam os belos hinos do CC. No interior, igrejas de sítios, sem instrumentos, à capela. Eram lindos! Saudades do tempo de mocidade, quando em seus congressos cantava-se hinos como: Ó jovens acudi seu brilhante pavilhão (548); Levantai-vos moços crentes para anunciar Jesus (550); Levantai-vos jovens crentes
firmes pela fé (552); Vinde ó mocidade dedicar com todo ardor (555). E os de Missões Nacionais: Minha pátria para Cristo (439); Do vasto Mato Grosso (444); e mais novo, Cristo a única esperança (581). Missões Mundiais: Disse Jesus ide por todo mundo (438); Eis os minhões (443); O mundo vasto e imenso (427); e quantos outros: adoração, evangelísticos, apelos, etc. Quanto ao HCC, não o considero sucessor do CC. O HCC é só mais um hinário. Nada se compara ao Cantor Cristão. Que tal um artigo “Tributo ao Cantor Cristão”? Alessio Cruz Diácono e promotor de missões Igreja Batista Moriá Bairro Sitio Cercado Curitiba, PR
o jornal batista – domingo, 16/09/12
reflexão
PARÁBOLAS VIVAS
3
João Falcão Sobrinho
I
magine a seguinte cena: Vinte e dois jogadores entram em campo acompanhados da equipe de arbitragem. Todos devidamente uniformizados. Perfilam-se, ouvem (alguns cantam) o hino nacional, o juiz tira o toss, todos tomam suas posições. O juiz trila seu apito e os jogadores começam a correr, a passar a bola uns para os outros com técnica e precisão. De repente, um dos jogadores se dirige ao juiz e pergunta: “Seu juiz, não está faltando alguma coisa no campo?” O juiz estende o olhar e descobre: Faltam as traves! É um jogo sem gols. Os jogadores correm prá cá, prá cá, pra cá, prá lá, prá lá, prá lá, suam a camisa, o técnico esbraveja à beira do gramado, mas nada de gols, nada de alvos, nada de metas a alcançar. Esqueceram de colocar as traves!
Assim estão muitas igrejas. Muito ativismo, muitos eventos, muita correria, mas faltam os gols, faltam propósitos. Muitos encontros de casais (nada contra), muitas excursões dos idosos (nada contra), muitos retiros de jovens e adolescentes (nada contra), muitas vigílias (nada contra), almoços, jantares, chás missionários, muitos encontros de planejamento, atividades prá cá, prá cá, prá cá e logo prá lá, prá lá, prá lá, mas estão jogando em um campo sem alvos, sem os reais objetivos da tarefa da igreja. Estão faltando as traves. Correria em vão! O pastor Isaltino trata desse assunto com muito realismo no seu livro sobre a oração sacerdotal de Jesus. Mas nós sabemos qual é o alvo da Igreja. O alvo da Igreja é Cristo. O objetivo da Igreja é Cristo. O propósito da
Igreja é Cristo. Assim, é lógico presumir que, por mais atividades que uma igreja desenvolva, se Cristo não é o seu alvo, essa não é uma igreja de Cristo. Em dois sentidos Jesus é o alvo da igreja: Primeiro, no viver da própria igreja em Cristo, santificada em Cristo. Cristo é o alvo da santificação da igreja, a vida de cada um dos seus membros e frequentadores. Para limpar-lhes os pecados, ele verteu seu sangue sobre a cruz. Ou seja, a igreja é santificada em Cristo e por causa de Cristo. Sem Cristo, a pregação se torna apenas discurso, o ensino religioso se transforma em transmissão de conhecimentos sobre religião, a devoção passa a ser mera “meditação transcendental”, uma espécie de Yoga evangélica inconsequente, sem a real presença de Deus. Em
Hinário para o Culto Cristão
/geograficaeditora
@geograficaed
www geograficaeditora com br www.geograficaeditora.com.br
segundo lugar, Cristo é o alvo da igreja na consciência da sua missão. Se a mensagem da igreja deixa de ter Cristo como alvo, essa não é uma igreja de Cristo. Viver em Cristo é o viver da igreja de Cristo e proclamar Cristo é a tarefa essencial da Igreja de Cristo. Em muitas igrejas, porém, infelizmente, Cristo está do lado de fora da vida dos seus membros e dos seus cultos. Muitos cultos começam e terminam sem que os adoradores tenham consciência real da presença de Jesus, sem que o nome de Jesus seja sequer mencionado, a não ser na fórmula litúrgica das orações quando é de praxe terminar dizendo “Em nome de Jesus”. É a essas igrejas que Jesus manda João escrever: “Eis que estou à porta (do lado de fora) e bato; se alguém (alguma igreja) ouvir a minha
voz e abrir a porta, entrarei, com ele (com a igreja) cearei e ele (a igreja) comigo”. Jesus não deseja uma igreja Marta, estressada com excessivo ativismo, mas uma igreja Maria, aos seus pés, adorando-o de verdade, com real prazer na alma. Quem é o alvo da nossa adoração: Cristo ou o meu ego que precisa sentir prazer, precisa ser lisonjeado, engrandecido? Qual é a meta das atividades da minha igreja: A glória de Cristo na transformação de vidas, na salvação de pecadores ou o prazer da comunhão, o fellowship e a fama da própria igreja? Precisamos de um avivamento que nos faça voltar a ser a igreja que tem Cristo como alvo supremo, constante e final. Por esse avivamento oramos. Não queremos lutar em um campo sem gols, sem alvos, sem propósito.
Este hinário, é o fruto de intenso trabalho, de consulta e pesquisa junto às igrejas e aos ministros de música, maestros, instrumentistas e músicos, que buscam a cada dia, através da música, levar mais e mais pessoas a apresentarem-se diante de Deus com verdadeiro louvor.
4
o jornal batista – domingo, 16/09/12
reflexão
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
que o pregador, o saudoso Nilson Dimarzio Pastor e colaborador de OJB pastor Isaque da Costa Moreira, com a calma que Deus lhe le era comunista. Um deu, respondeu: “Meu caro jovem inteligente e jovem, a Bíblia não é um estudioso, mas comu- conto da carochinha. Ela é a nista roxo. E, como Palavra de Deus. Aqui temos todo comunista, não cria em a revelação de Deus para as Deus, e pensava que os pro- nossas vidas. A Bíblia é a fonblemas do Brasil só seriam te da verdade, e se você ler resolvidos com a implan- a Bíblia, terá a comprovação tação do regime marxista. do que estou afirmando”. A E disso não fazia segredo, seguir, entregou ao Isaías o falando com as pessoas sobre exemplar que estava usando, o assunto que o empolgava. e lhe disse: “Eu lhe dou de Seu nome: Isaías Barcelos. presente esta Bíblia. Leia e Extrovertido e muito falante, verá como Deus vai falar ao gostava de impor suas ideias seu coração”. Recebido o presente, Isacom quem conversasse. Certa vez, num dia de fina- ías passou a ler a Bíblia. dos, Isaías foi ao cemitério de Leu-a com atenção, mediNiterói e notou que próximo tando em seus ensinos. E, a uma sepultura encontrava- à medida que lia a Palavra, -se um grupo de pessoas, o Espírito de Deus passou ouvindo atentamente um pre- a falar ao seu coração, a gador do Evangelho que, de convencê-lo do seu estado Bíblia aberta, anunciava as pecaminoso e da necessiboas novas de salvação. Isa- dade de buscar o perdão de ías se aproximou, passando Deus e a salvação por meio a ouvir a pregação. Mas, em de Jesus Cristo. Com esse dado momento, não se conte- propósito, passou a frequenve e interrompeu o pregador, tar uma igreja batista, onde dizendo-lhe: “O senhor acre- professou a fé cristã, foi dita nesse livro? A Bíblia é batizado e tornou-se um fiel um conto da carochinha”. Ao discípulo de Jesus. Tempos
E
depois, sentindo a chamada divina para ser pastor, cursou teologia e foi consagrado ao ministério pastoral, tendo realizado abençoado ministério à frente da Igreja Batista do bairro de Caramujo, em Niterói. Quando conheci Isaías Barcelos, ele já estava no pleno exercício do ministério pastoral. Tornamo-nos amigos e fomos também contemporâneos no Curso de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Isaías foi para o céu, deixando um rastro luminoso após sua passagem por este mundo, tendo provado em sua experiência pessoal o poder transformador do evangelho, e que “a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4.12). Sem dúvida, uma gloriosa experiência! E o meu caro leitor, já experimentou o poder da Palavra de Deus em sua vida?
O “Mensalão” e a justiça divina “Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido” (Mateus 10.26). Tema: A justiça divina vem no tempo divino.
P
ara grande parte da população, o termo “mensalão” se transformou em mais uma das “fofocas da luta pessoal entre os políticos”.Como os malfeitos ocorreram há anos, a mídia usou seus vídeos para recolocar as coisas em perspectiva. E, também, para comunicar aos cidadãos que, no ritmo natural das nossas instituições, a questão havia chegado ao nível do Supremo Tribunal Federal. Qual é o grande libelo? O documento de acusação
em resumo denuncia que os políticos de um determinado Partido, para garantir benefícios de poder, desviou grandes quantias, canalizando-as para os seus parceiros. Agora, após muitos anos de investigações da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Púbico, o processo ficou pronto e foi aceito para o julgamento de nossa Suprema corte. Este episódio histórico de nossa vida pública comprova a franqueza da revelação bíblica: “Não há nada escondido que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a se tornar conhecido” (Mateus 10.26). Há uma legião de servos de Deus que continua orando pelo Brasil e por seus governantes. Eles realmente creem que a justiça divina sempre triunfa.
o jornal batista – domingo, 16/09/12
reflexão
vida em família
5
Gilson e Elizabete Bifano
C
Pr. Wilson França Missionário Emérito da 4ª IB em Rio das Ostras, RJ
C
erta ocasião, Jesus desejou assistir a uma festa judaica, em Jerusalém. Ele optou por entrar na cidade pela porta chamada “porta das ovelhas” (João 5.2). Próximo desta porta estava um hospital, com cinco enfermarias, todas repletas de doentes, cegos, coxos e paralíticos. Ali existia um tanque famoso, em que anualmente um anjo descia e movimentava a água; e o primeiro enfermo que caísse dentro do tanque era curado de qualquer enfermidade. Jesus resolve entrar em uma dessas enfermarias e se depara com um paralítico que, há trinta e oito anos, esperava por uma oportunidade de ser também curado. O tanque tinha o nome de “Betesda” (João 5.2) que é traduzido “Casa de Misericórdia”. Essa história está no evangelho de João 5.1-15. O diálogo de Jesus com o paralítico foi tão rápido que podemos resumi-lo em
uma pergunta: “Queres ser curado?” (v.6); e depois uma ordem: “Levanta-te! Toma a tua esteira, e anda” (v.8). É interessante saber que o homem, diante da pergunta de Jesus, não esperou que fosse colocado no tanque, porém seus olhos estavam voltados para Jesus. O homem não conhecia Jesus. Não solicitou ser curado por Ele. Não esperou um milagre. Mas respondeu, como quem pedia misericórdia. Sua oração era como um grito de socorro, um pedido de ajuda. O homem queria ser curado: “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque...” (v.7). Esta afirmativa do pobre homem – “não tenho ninguém” – é comovente e é uma realidade, na vida de milhares de enfermos, no hospital de Satanás. Se o homem não entendeu a pergunta de Jesus, podemos citar João 4.10: “Se conheceras o dom de Deus, e quem é o que te pede: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva”. Mas a compaixão de Jesus foi o bastante para dizer: “Levanta-te! Toma a tua esteira, e anda”.
O que o homem paralítico sentiu naquele instante, não sabemos, mas os efeitos foram visíveis. O homem obedeceu e foi restabelecida a sua saúde. O paralítico levantou-se e andou. Enquanto o homem arrumava o seu leito, Jesus desapareceu no meio da multidão. Mas, Jesus não cura parcialmente as pessoas; faltava-Lhe curar integralmente o homem. Foi no templo que Jesus teve o segundo encontro com o ex-paralítico. Aí sim, Jesus completa Seu trabalho. Disse Jesus: “Olha, agora já estás curado. Não peques mais, para que não te suceda coisa pior” (v.14). O homem havia deixado a Casa de Misericórdia pela Casa de Deus e foi aí que Jesus curou-o espiritualmente. Não há lugar melhor para estarmos que a Casa de Deus. É ali que buscamos refúgio para as nossas dores e sofrimento. É ali que buscamos alegria, quando tristes e desanimados. O salmista já dizia: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor” (Sal. 122.1). O rei Ezequias, quando caiu em desespero, rasgou suas vestes reais, vestiu-se de pano de saco e se humilhou, para buscar a casa do Senhor, porque lá o Senhor Deus estava. É assim que devemos estar diante do Senhor: quebrantados. Sem essa de farisaísmos, batendo no peito e dizendo coisas que não agradam a Deus, mas que O agridem. Agora, a atitude do homem curado era outra e, corajosamente, anunciava que fora curado por Jesus. Ele confessou e testemunhou ser uma nova criatura – um novo homem. Que lição de sabedoria e espiritualidade podemos viver também! Não simplesmente imitando, mas vivendo uma vida de submissão e obediência diante do nosso Deus.
omo igrejas evangélicas, temos que pedir perdão a Deus e aos solteiros por nossa omissão, para não dizer negligência, em relação a um ministério constante, bíblico e atuante junto a estas pessoas, ovelhas do Sumo Pastor, Jesus Cristo. Pensando nesta realidade, desejo apontar alguns erros que a igreja evangélica brasileira tem cometido em relação a um trabalho sério com os solteiros. Pecamos por omitirmos de ensinar uma teologia bíblica do celibato Jesus deixou claro que o celibato pode ser uma opção para se dedicar integralmente ao Reino (Mat. 19.12). Muitos dos servos de Deus receberam um mandato para continuar solteiro com o objetivo de se dedicar, de tempo integral, ao Reino. Jeremias, no Velho Testamento (Jer. 16.1) e Paulo, no Novo Testamento (I Cor. 7.8), são exemplos clássicos. Muitos que são casados, não deveriam, jamais, ter casado. Se dedicam tanto à obra de Deus que se esquecem de dar atenção à família. Foi por isso que o apóstolo Paulo alertou sobre o dever do casado em preocupar-se com as coisas do Senhor, mas jamais se esquecer de como agradar ao cônjuge (I Cor. 7.32-35). O celibato não deve ser imposto, como a Igreja Católica faz, mas se for algo comissionado por Deus, deve ser honrado. Pecamos por não canalizar nossas energias para um ministério com solteiro da mesma forma que damos atenção ao ministério com casais O número de pessoas solteiras nas grandes e pequenas cidades cresce cada vez mais. Parece que só a igreja não está dando conta dos números constantemente divulgados pela mídia. Empresas de alimento, construtoras, indústria do turismo estão atentas a este público e sempre estão oferecendo produtos e serviços para atrair os solteiros, mas a igreja ainda não se despertou para esta realidade. Continuemos a investir no ministério com
casais, mas não cometamos o erro de deixar os solteiros sem uma ministração bíblica e relevantes para suas vidas. Pecamos por associar a felicidade somente à vida de casado Casamento não é um passaporte para a felicidade. Conheço pessoas, tremendamente, infelizes na vida conjugal. Mas conheço também pessoas felizes e realizadas na condição de solteiras. A felicidade não está num homem ou numa mulher, mas em Deus. Na Bíblia encontramos os exemplos de Jeremias, Jesus, Paulo (pelo menos durante todo o seu ministério), Marta, Maria e Lázaro que foram solteiros. Em nenhum lugar da Bíblia há menção de que tenham sido infelizes. Jesus, um solteiro, por exemplo, foi a própria felicidade. Pecamos por ridicularizar os solteiros Fico triste quando ouço dos próprios púlpitos piadinhas, neologismos e brincadeiras com os solteiros. Por que usamos o neologismo “solteirão” ou “solteirona” para os solteiros e não usamos o termo “casadão” ou “casadona” para aqueles que são casado? Por que usar termos “encalhados”, “ficar para titia” para os solteiros? Eu acho que Deus se entristece também quando ouve esses e outros tipos de colocações em nossas igrejas. Pecamos por associar a vida dos solteiros a pecados sexuais Um dia desses fiquei triste quando soube que uma igreja querida, no processo de escolha do novo pastor, ao elaborar o perfil do novo obreiro, votou em excluir a possibilidade de se convidar um pastor solteiro. Por quê? Estou cansado de ouvir histórias tristes envolvendo líderes casados. Manter a pureza sexual é questão de caráter e temor de Deus, seja casado ou solteiro. Oro para que a igreja de Cristo no Brasil pense sobre estas verdades e comece já ser uma bênção para os solteiros, como tem sido, na sua grande maioria, para os casados.
6
o jornal batista – domingo, 16/09/12
Pr. João Edesio de Oliveira Junior “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência à experiência, e a experiência a esperança” (Romanos 5.3-4).
A
palavra experiência é um das mais discutidas e difíceis de nossa tradição ocidental. Vamos analisar essa palavra numa perspectiva essencial que nos permite articular Deus como experiência dentro de nossa história pessoal e coletiva. A etimologia da própria palavra ex-peri-ência nos fornece a primeira chegada à sua compreensão. Experiência é a ciência ou conhecimento que o ser humano adquire quando sai de si mesmo (ex) e procura compreender um objeto por todos os lados (Peri). A experiência não é um conhecimento teórico ou livresco. Mas é adquirido em contato com a realidade que não deixa penetrar facilmente e que até se opõe e resiste ao ser humano. Por isso, toda a experiência existe um quociente forte de sofrimento e de luta. A experiência resulta do encontro com o mundo, num vai-e-vem incessante, encontro que nos permite construir e também destruir representações que havíamos recebido da sociedade ou da educação. O conhecimento que resulta desse embate é precisamente o que chamamos de experiência. Ela constitui uma riqueza que só quem passou por ela pode comunicar. Ela lhe confere auto-ridade, precisamente a autoridade de uma pessoa ex-perimentada. O saber é um saber verificável que se fez verdade
concreta e vital. Abertura, despojamento de pré-conceitos e de ideias-feitas são condições indispensáveis à experiência. Fechar-se à experiência é negar-se ao questionamento, à chance de enriquecimento e revela atitude dogmática e fundamentalista, portanto manifesta um saber não verificável, que não sub-siste nem re-siste em contato com a realidade experimentada. Para conhecermos Deus é preciso termos experiência. Experiência que nos possibilita um olhar para fora de nós mesmo. A palavra ex-peri-ência, em si mesmo nos diz muitas coisas. A palavra peri - que em Latim quer dizer “ao redor de”, “em torno de”, nos informa que a experiência não
reflexão
resulta de uma percepção isolada, mas constitui a síntese de muitas combinações reunidas. Pela experiência Deus se faz cada vez mais presente dentro de quem quer conhecê-lo, na medida em que ele se abre mais e mais a Deus ele compreende sua vontade. Vamos analisar uma preposição da palavra experiência. Que é a preposição ex. Ex é uma preposição da língua latina que significa “estar orientado para fora”, “exposto a”, “aberto para”. Temos, por exemplo, as palavras ex-clamação, ex-posição, ex-istência. Neste sentido, ex exprime uma característica fundamental do ser humano como ex-istência. Ele é um ser que ex-iste voltado para fora, em diálogo e em co-
munhão com o outro, ou com Deus. Eu só consigo ter ex-periência com Deus quando eu afasto de mim mesmo e começo a olhar para o próximo, amando-o com o mesmo amor que Deus me ama. Essa é a ex-periência que Deus quer que tenhamos, uma ex-periência que nos afasta de nós mesmos para chegarmos ao outro. Hoje as igrejas estão querendo ter experiências com Deus, mas querem dentro de quatro paredes, não se jogando ao mundo, não olhando para o peri “ao lado de, em torno de”. As igrejas estão centradas em si mesmo, vendendo uma indulgência, vulgarizando um Deus bondoso e caridoso. Deus espera mais de sua Igreja, Ele acredita que sua Igreja
nunca vai se contaminar com o mundo, e nem se envolver com meretrizes e donzelas que se disfarçam para enganar os fieis. As igrejas estão formando crentes que têm in-periência, uma experiência voltada para seu próprio ser e necessidade. Somos medíocres e avarentos, pecadores conscientes de nossa mediocridade e avareza. É hora de nós crentes, regenerados pelo Cristo crucificado, levantarmos e tomarmos uma decisão séria e coerente de olharmos para fora de nós mesmos tendo de fato uma ex-periência com Deus. Experimentar Deus é isso, olhar para além de si mesmo e sair ex, e olhar em torno peri. Pois só assim conseguiremos ter de fato e real experiência com Deus.
o jornal batista – domingo, 16/09/12
missões nacionais
7
Multiplicação simples e eficaz JMN estimula crescimento e multiplicação de igrejas a partir de princípios bíblicos do livro de Atos ticos e sem condições de prosseguir no cumprimento de sua missão no mundo. Através da aplicação de valores encontrados no Novo Testamento, é possível experimentar um grande avivamento espiritual. São eles: oração, evangelização, ações de compaixão, discipulado, formação de novos líderes e a multiplicação dos salvos. Esses aspectos da missão são tratados de maneira bem detalhada nos Congressos de Igrejas Multiplicadoras. O pastor Cirino Refosco, gerente estratégico de Igreja Multiplicadora, explica que nesse ano, além dos congressos focados nos pilares do Novo Testamento, haverá em outubro a Conferência Nacional de Igreja Multiplicadora. Segundo ele, a programação “trará conferencistas de igrejas que estão experimentando um grande crescimento, que abordaram atividades relevantes dentro dos pilares. Teremos ainda oficinas que ajudarão a desenvolver o trabalho na igreja local”. Falar de multiplicação é falar daquilo que a JMN vem
Pr. Cirino Refosco, gerente estratégico de Igreja Multiplicadora
fazendo nos últimos anos. A aplicação dessa metodologia nos campos permitiu um avanço sem precedentes. No norte do país, apesar do grande desafio geográfico, com comunidades de difícil acesso, já alcançamos a marca de 82 missionários. Reconhecemos a necessidade de triplicar esse número para o alcance de toda a região, mas cremos que, a julgar pela sede de vidas para Cristo e pela aplicação do conceito de multiplicação, em pouco tempo daremos respostas ao clamor do Norte. No Centro-Oeste, 33 obreiros estão dedicados à plantação de novas igrejas e no Sudeste, que concentra boa parte da população brasileira, 265 obreiros estão atuando para atender à explosão demográfica. No Sul, 101 missionários estão propagando a luz de Cristo aos estados dominados por seitas espíritas. Esses grupos foram um contingente de 676 servos de Deus que carecem de orações e sustento para o desenvolvimento de seus ministérios.
Confira as datas e locais dos próximos Congressos de Igrejas Multiplicadoras 18 a 20/10 PIB de Araguaína/TO Líderes de SP participando do Congresso IM
Redação de Missões Nacionais
O
que aconteceria se cada crente evangelizasse e realizasse o discipulado de ao menos uma pessoa por ano? O Reino de Deus desfrutaria de um crescimento de 100% e cada geração teria condições de alcançar sua própria geração. Poderíamos gastar mais tempo orando e fazendo relacionamentos, resultando assim numa formação mais sólida de novos fiéis. Essas constatações levaram Missões Nacionais a formular uma estratégia de discipulado que vai levar sua igreja a desfrutar novos horizontes ministeriais. Com base totalmente bíblica, a visão de Igreja Multiplicadora mostra que é possível fazer parte de um
processo ímpar de evangelização e, consequentemente, crescimento. Não se pretende com isso que as igrejas fiquem inchadas, mas que plantem novas igrejas, alcançando novas localidades para Cristo, dentro de uma área-alvo, permitindo que cada pessoa tenha a oportunidade de conhecer Jesus pessoalmente. Mas como desenvolver na igreja uma forma ao mesmo tempo simples e eficiente de multiplicação? Essa discussão é tratada nos Congressos de Igrejas Multiplicadoras, que há cerca de dois anos inspira líderes a avançarem na conquista da Pátria. Madalena Silva é presidente da Igreja Batista Memorial de Altamira, no Pará. Após participar do congresso realizado na PIB de Altamira, ficou maravilhada com a visão
e as experiências compartilhadas por grandes plantadores de igrejas do Brasil. “Foi riquíssimo este congresso aqui em Altamira. As experiências vividas por pastores da JMN e missionários são de deixar cada irmão com o coração profundamente alegre”, disse Madalena. “Fico muito agradecida em nome de todos da região Xingu pelo presente da JMN. Em nome da Cobapa, na pessoa do nosso presidente, pastor Jose Carlos, e do nosso secretário executivo, pastor Ruy Gonçalves, e em nome de todos os conselheiros agradeço a cada irmão que se esforçou para estar presente.”, concluiu. A visão Igreja Multiplicadora não se aplica apenas à plantação de Igrejas, mas também trata das que se encontram em momentos crí-
22 a 24/10 PIB de Teresina/PI 25 a 27/10 Conferência Nacional da Visão Igreja Multiplicadora PIB Atibaia 29 a 31/10 IB Esperança – Manaus/AM 09 a 11/11 IB da Liberdade - Porto Velho-MS 23 a 25/11 IB Nova Jerusalém- Dourados/MS
8
o jornal batista – domingo, 16/09/12
notícias do brasil batista - jbb
Paixão que inspira a liderança Rafael Curty Coordenador Área de Liderança JBB
P
aixão pela Juventude é o que queremos ver nos ministérios de juventude das igrejas do nosso Brasil. Com este ideal se inicia a edição Paixão Pela Juventude 2012 – Conferência para Pastores e Líderes de Juventude da JBB – Juventude Batista Brasileira. De 31 de agosto a 2 de setembro, recepcionados pela JUBESP no Acampamento Batista em Sumaré, SP, realizou-se
a primeira conferência na região Sudeste, com aproximadamente 270 líderes e pastores do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O PPJ, como já é denominado desde 2010, foi impactante para os participantes da conferência desde o material de inscrição contendo um livro e um CD com esboços, vídeos e sugestões, a inovação do cenário até chegar ao programa que foi desenvolvido em cinco pilares principais: Paixão (Inspirar), Movimento (Agir), Mudança (Reagir), História (Marcar) e
Desafio (Consagrar). Seguindo essa sequência em suas sessões, os preletores Tallita Barros (PIB Curitiba - PR), Alexandre Robles (Comunidade Batista em Sorocaba SP) e Rainerson Israel (Igreja Batista Central da Barra da Tijuca - RJ), deixaram claro que o mais importante é viver por e para as pessoas, submetendo-se ao Senhorio de Cristo, obedecendo as suas ordenanças e guiado pelo Espírito Santo para a transformação de vidas expandindo o Reino de Deus. A edição 2012 trouxe também momentos onde os lí-
deres puderam compartilhar e trocar ideias em um tempo e espaço reservados tais como: Pequenos grupos, discutindo “Ideias em Movimento”, grupos com assuntos específicos em “Roda de Conversa” e “Multiplex entre Líderes”, com desdobramentos sobre o que tem acontecido nas JUBAES – Juventudes Batistas Estaduais. E como se não bastasse, essa liderança ainda usou de sua criatividade para realizar um Sarau na última noite com uma diversidade de apresentações de teatro, música e poesia.
A equipe da JBB já está se preparando para a realização de mais 4 conferências ainda este ano, nas regiões Centro-Oeste de 28-30 de Setembro, Nordeste de 5-7 de Outubro, Norte de 9-11 de Novembro e Sul de 23-25 de Novembro. Se você perdeu a conferência Sudeste ou ainda não se inscreveu, não perca a oportunidade de compartilhar e vivenciar a motivação e a inspiração da Paixão Pela Juventude. Veja outras informações no hotsite www. juventudebatista.com.br/ paixaopelajuventude.
o jornal batista – domingo, 16/09/12
notícias do brasil batista - jbb
Depoimentos O PPJ foi uma experiência singular em que eu refleti e decidi sobre questões relacionadas à minha paixão pela juventude: não desistir dela e ter Jesus como centro de qualquer ação, pois, ao contrário, será só mero movimento e ativismo. Aline Zeeberg Igreja Batista Central de Nova Odessa, SP
O Paixão Pela Juventude Sudeste me impactou de uma certa forma incrível, onde pude sentir a presença de Deus totalmente e a cada palavra que foi ministrada naquele local eu fui impactada em todo tempo, onde Deus foi confirmando seus propósitos e sonhos para minha vida. Jéssica Barraqui Primeira Igreja Batista no Bairro São Teodoro, NI, RJ
Foi uma honra para mim ter essa oportunidade de participar do Paixão Pela Juventude. Aprender novos valores, trocar experiências, ver o que mais posso fazer pela minha juventude e ratificar o verdadeiro sentido do que estou fazendo como líder. A Conferência me ajudou a ser um líder mais apaixonado por Jesus e por minha juventude. Matheus Resende Igreja Batista Central em Timóteo, MG
Ah, foi maravilhoso!! Apesar de tantos anos lendo a mesma Bíblia foi incrível me dar conta de que viver o novo testamento é absolutamente insano, louco e revolucionário!! Bem como perceber como é libertador entender que TUDO de que realmente preciso é Cristo!! Agora é pensar mais nas pessoas, menos nas atividades, mais no serviço, menos no status!! E buscar viver e trabalhar de modo a agradar o coração do Pai! Rafaelle Sena Apoio na liderança de jovens da Igreja Batista em Braz Cubas, Mogi das Cruzes, SP
O Paixão foi o início de um novo tempo no ministério que o Senhor me deu. Um momento de retorno à essência. Cada Palavra que recebi ali estão guardadas no coração e ainda estou aprendendo, porque sempre me vejo recordando o que foi ensinado ali. Tive o privilégio de fazer novas conexões, fazer amigos, que já são queridos e especiais. Como pastor, fui muito edificado! Obrigado JBB pela excelência no trabalho realizado! Vamos impactar a nação! Pr. Ciro Freitas Auxiliar SIB Búzios, RJ
9
10
o jornal batista – domingo, 16/09/12
Sem. Wenderson de Assis Rodrigues Pr. Nilton Clemente de Oliveira Ministério de Discipulado da PIB Mineiros – GO
A
realização do Culto10 em nossa Igreja foi algo maravilhoso e tremendo, principalmente na relação entre Igreja e Deus, e entre a Igreja e o não crente. Na relação Igreja e Deus foi uma relação de fé e perseverança em oração, isso devido o grande desafio que o Culto10 proporcionou em nossas vidas, pois deveríamos orar por 10 amigos durante 3 meses sem cessar: pela saúde, família, profissão e para que Deus preparasse o coração de todos os nossos amigos para que fossem ao Culto10. E na relação Igreja e o não crente foi muito interessante, porque aproximou a Igreja do não crente de
notícias do brasil batista
Culto10 em Mineiros
forma tal que fortaleceu o relacionamento. Em Portelândia - GO
No dia 27 de julho, sexta-feira, realizamos o Culto10 na cidade de Portelândia no templo da Igreja Batista em Portelândia (congregação da PIB Mineiros), que contamos com 11 membros, onde temos como missionária a irmã Raquel Maria e família. Tivemos mais de 50 visitantes, o templo ficou lotado, e os irmãos que foram de Mineiros para apoiar o trabalho, tiverem que ficar em pé, pois estava tomado de pessoas. Foi uma noite maravilhosa, pois vimos nos olhares das pessoas o desejo de conhecer a Jesus. O pastor Gilberto foi o instrumento de Deus, levando a mensagem de salvação para aquelas pessoas, mais de 20 pessoas entregaram suas vidas a
Pr. Nilton Clemente e Pr. Gilberto Penido
Pessoas aceitando a Jesus
Jesus e muitas delas já estão crentes para participarem do recebendo estudos bíblicos Culto10, e tivemos nessa noite mais de 800 pessoas que em suas casas. convidamos e que oramos por elas. Foi maravilhoso, Em Mineiros - GO pois sentimos que Deus usou O Culto10 foi realizado cada parte do culto para tradia 28 de julho, na quadra balhar na vida das pessoas, do Colégio, pois acreditamos foi um culto rápido, pois não que não iria comportar todos queríamos cansá-los, tivemos os convidados nos templos louvor, oração e pregação e da PIB e SIB de Mineiros por fim foi feito o apelo de juntas. E de fato isso aconte- entrega de vidas ao Senhor ceu, convidamos aproxima- Jesus, e para nossa alegria damente 1500 pessoas não tivemos 115 pessoas que
entenderam a mensagem e abriram seus corações para Jesus Cristo. Na semana posterior ao Culto10, o ministério de Discipulado da Igreja organizou e direcionaram aos discipuladores todas as pessoas que desejaram receber estudos bíblicos em suas casas. E que o Senhor nos abençoe no trabalho de discipular e cuidar de todas essas pessoas e em nome do nosso Senhor Jesus Cristo não iremos perder ninguém.
IB em Novo Parque celebra a posse de seu novo pastor Ciro Mendes Freitas Pastor Auxiliar na SIB Búzios, RJ
O
dia 10 de agosto de 2012 ficará marcado na história da Igreja Batista em Novo Parque, Cachoeiro de Itapemirim/ES, pois neste dia tão especial e festivo a Igreja deu posse ao seu novo presidente, o pastor Leonardo Davi Crespo Santana. Formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil em 2009, e estudante do último ano de Psicologia na UNES (Faculdade do Espírito Santo). O pastor Leonardo Davi é natural de Morro do Coco (12º distrito de Campos dos Goytacazes/RJ), onde na PIB em Morro do Coco começou a dar seus primeiros passos (literalmente) ainda quando o pastor Osvaldo Reis do Amaral Barros ali estava. Após sua consagração ao ministério pastoral, o jovem pastor Leonardo Davi atuou como pastor auxiliar, ao lado
Pr. Davi e sua família
dos pastores Isaías Lopes Pinheiro e Reginaldo Campos da Motta na Igreja Batista Memorial do Mallet, em Realengo, no Rio de Janeiro. Como bem disse o irmão Helton Rohr Scheidegger (vice-presidente da Igreja Batista em Novo Parque), dirigente do culto de posse: “Enquanto passávamos por um momento de lutas no ano de 2009, o Senhor trouxe o pastor Leonardo Davi e o entregou a Larissa (que é natural de Cachoeiro) e ali eu já vejo que era o próprio de Deus agindo e começando a responder as orações da Igreja”. Após concluir um cuidadoso processo de sucessão pastoral, que durou quase dois anos, a Igreja escolheu por unanimidade caminhar com o jovem obreiro que, acompanhado de sua esposa, Larissa Fontes Germano Santana, assumiu com disposição seu primeiro ministério como pastor titular. O pastor Leonardo Davi, juntamente com uma Igreja repleta de alegria, recebeu
na ocasião a presença de cerca de 20 colegas pastores, quando por pregador ocasional trouxe a mensagem bíblica naquela noite especial o pastor Vanderlei Batista Marins, da PIB em Alcântara, São Gonçalo, RJ e 2° Vice-Presidente da CBB que, com uma inspirativa reflexão bíblica acerca do relacionamento entre Jesus e seus discípulos impactou todos os presentes. O ato de posse foi marcado por muita emoção, quando após fazer a oração de posse, o pastor Osvaldo Reis do Amaral Barros, da PIB do Turf Club, em Campos, RJ, revelou que desde criança, o menino Leonardo Davi dizia que seria pastor. Estava respondida como nunca a pergunta feita nos primeiros dias de vida: “O que virá a ser esse menino?” (Luc. 1.66). Sua mãe, irmã Joadélia Santana lembrou com muita gratidão a Deus que desde o ventre consagrara seu filho ao Senhor Jesus Cristo. O ato de posse foi abrilhantado
Pr. Sebastião, Pr. Davi e Larissa e Pr. Ciro
por um solo da esposa do pastor Leonardo Davi, Larissa Santana, cantando uma linda canção, chamada “O pedido de Salomão”. A emoção tomou conta da Igreja que não teve como conter as lágrimas. Muito emocionado, o novel pastor assumiu a palavra com entusiasmo e já desafiando a congregação a avançar na obra da evangelização. Foram homenageados ainda os vice-presidentes, Helton Rohr Scheidegger e José Mário Duarte, que acompanhados das esposas, Maria da Penha Scheidegger e Marleci Duarte, até ali conduziram a Igreja de forma cristã e comprometida com a Bíblia Sagrada. Perguntado acerca das expectativas à frente do rebanho, o pastor Leonardo Davi diz: “Trata-se de uma Igreja que nos recebeu com muito carinho e que foi conduzida nos últimos anos por uma liderança séria, comprometida com o Reino de Deus e com os princípios batistas. O processo de sucessão
Pr. Osvaldo Reis faz oração de posse
pastoral ocorreu de forma prudente e sem embaraços. Eu e Larissa estamos muito felizes! Há muito potencial para o crescimento do Evangelho aqui no bairro. Agora é trabalhar!”. Por fim, uma grande confraternização na área externa do templo permitiu se evidenciar ainda mais o ambiente festivo e de comunhão de todos os presentes. Certamente, o começo de um ministério frutífero e fiel às Sagradas Escrituras, que abençoará o rebanho de Cristo e que será instrumento de Deus para a expansão do Evangelho de Jesus Cristo a começar por Cachoeiro de Itapemirim. Louvado seja Deus!
Pr. Vanderlei entre o casal, Pr. Davi e Larissa
o jornal batista – domingo, 16/09/12
missões mundiais
11
Mobilizadores definem estratégias para Missões Mundiais Willy Rangel Redação de Missões Mundiais
A
equipe de Promoção e Mobilização Missionária da JMM se reuniu de 25 de agosto a 1º de setembro no Rio de Janeiro para um workshop de avaliação e definição de metas para a Campanha 2013. Durante essa semana, os missionários puderam se familiarizar ainda mais com o universo de Missões Mundiais, receber instruções e treinamento, e trabalhar e definir estratégias para divulgar a obra missionária mundial entre os crentes brasileiros. Além do coordenador dos missionários mobilizadores, pastor Adilson Santos, participaram o diretor executivo da JMM, pastor João Marcos Barreto Soares, e os gerentes de Missões, pastor Lauro Mandira, e Administrativo-Financeiro, André Amaral, e ainda o coordenador dos Voluntários sem Fronteiras, pastor Fabiano Pereira, entre outros convidados. Em sua palestra, André Amaral destacou o papel que o missionário mobilizador tem quando visita uma igreja. “Você tem a oportunidade de tirar dúvidas”, destacou o gerente Administrativo-Financeiro. O pastor Fabiano Pereira apresentou o projeto Voluntários sem Fronteiras e enfatizou que o desafio dos missionários mobilizadores é levantar vocacionados. “Continue fazendo Missões sempre. Deus vai honrar sua caminhada”, afirmou. Ainda sobre os Voluntários sem Fronteiras, o pastor Adilson Santos disse que é grande a responsabilidade do mobilizador ao apresentar qualquer projeto, pois as pessoas tomam decisões após ouvi-los. “Só fazemos esse apelo porque é algo de Deus”, afirmou.
Equipe de missionários mobilizadores visitou as instalações do Seminário do Sul, no Rio
A missionária Analzira Nascimento também apresentou o JMM Jovem, que trabalha o conceito de vocação, e apresentou um vídeo sobre o SIM, Todos Somos Vocacionados, evento que aconteceu em junho e reuniu mais de 1.500 em São Paulo. “Vocação é descobrir sua participação na missão de Deus no mundo”, declarou. O pastor João Marcos antecipou aos mobilizadores algumas novidades sobre os rumos da JMM, falou da importância do trabalho deles para a obra missionária mundial e deu sugestões sobre como podem desenvolver melhor o trabalho. Também comentou sobre sua expectativa para a Campanha 2013. “Nós queremos fazer uma campanha realmente fantástica porque sabemos que o desafio é enorme. Vamos precisar de gente, e Deus mandará mais
Missionário mobilizador para a Região Sul, Pr. Cláudio Andrade ora pelo Pr. Fabiano Pereira
O mobilizador Nill Soares pessoas e mais recursos”, (AM/AC/RO/RR) disse que o disse. workshop permitiu à equiMissionários mobilizadores pe trocar experiências e ver o que está dando certo ou comentam O missionário mobilizador errado na mobilização das Adriano Borges (PE/PB/RN) igrejas. “Nós pegamos um destaca que o workshop per- pouco da realidade de cada mite uma maior comunhão um e agregamos ao nosso entre a equipe e atualização trabalho”, declarou. com novas informações. “Eu Momento de despedidas entrei em abril e não conhecia O workshop também toda a equipe. O que eu destaco aqui é a interação”, disse. marcou a despedida de três Para o mobilizador Luiz missionários mobilizadores: Henrique Carvalho (PA/AP), David Pina (BA), Sebastião o encontro teve a nítida inter- Augusto (RJ) e Reinaldo Júvenção de Deus. “Uma coisa nior (SP). O pastor Adilson que ficou muito clara para Santos falou durante o enmim é que nós chegamos contro que David Pina é um aqui com ansiedades e ex- dos mobilizadores mais anpectativas muito específicas. tigos e que parte da equipe A maneira como cada pales- foi treinada por ele. Sobre o trante vai sendo utilizado, a pastor Sebastião, destacou o maneira como cada relacio- tempo que serviu à JMM e namento, conversas pontuais a amizade que tinha com o aqui nos fazem receber de ex-diretor executivo da JMM Deus as nossas necessida- pastor Waldemiro Tymchak. O mobilizador Reinaldo Júdes”, falou.
Pr. João Marcos fala aos missionários mobilizadores
nior também deixou a equipe em agosto. “Tive a alegria de começar a trabalhar na JMM quando ainda era seminarista. Muitos dos grandes momentos da minha vida eu vivi na JMM e vou continuar vivendo”, disse David Pina em sua despedida. “Eu dou minha vida por Missões, mas o meu problema é que estou fazendo meu trabalho com muita dor”, disse o pastor Sebastião ao explicar o motivo de sua saída: dores na coluna. “O pastor Tymchak que me convidou para fazer parte deste time, e foi uma honra porque sempre tive um desejo grande de ser missionário”, acrescentou o pastor da SIB Búzios/RJ, onde continuará com o Ministério da Palavra. Pela internet, Reinaldo Júnior disse que deixa a JMM com muita gratidão pelo tempo que serviu como missionário mobilizador.
Pastores Sebastião Augusto, Adilson Santos e David Pina
12
o jornal batista – domingo, 16/09/12
notícias do brasil batista
10 anos de existência da CIBUC pregando a Palavra Viva 2 – Primeira Igreja Batista no Conjunto Siqueira – Organizada em 21/01/2012 com 35 membros – Pr. Antonio Ponciano da Silva 3 – Igreja Batista Parque Betânia – Organizada em 14/03/2012 com 55 membros Seminários: Foram momentos de gran- – Pr. Jonas Ferreira Martins de inspiração através de A XI Assembleia da CIBUC mensagens profundas aos nossos corações, através dos contou com a presença da preletores nos seminários JMN, Pr. Eber Vasconcelos com os temas: As Necessi- - um dos nossos preletores e dades do Sertão Nordesti- Pr. Manoel Moreira – Coord. no (Pr. Cesário de Paula); Nordeste; JMM, Pr. André Como Evangelizar Crianças Silva – promotor de Missões de Modo Criativo (Doraci Mundiais em nosso estado. Monteiro); Superando Con- Contamos com o maior núflitos no Relacionamento mero de inscritos, 239, duranPastor/Igreja (Pr. Marcos te esses 10 anos de existência Monteiro); Um Novo Olhar da CIBUC. A XI Assembleia Sobre o Chamado para Mis- foi recebida pela Igreja Batista sões (Diogo Militão); A Im- Nova Vida, pastor Etevaldo portância da Igreja no Meio Serqueira de Oliveira, Igreja Ambiente (Enílima Braid); que durante o evento estava Liderança Ministerial (Pr. comemorando 17 anos de existência, e já tem 477 memPaulo Roberto Seabra). bros batizados, 85 congregados e 125 crianças sendo preNovas Igrejas: Deus tem acrescentado no- paradas para ser uma futura vas igrejas junto à Convenção. igreja evangelizadora. Além da Assembleia, duran1. Igreja Batista Alvorada (Aldeota) – Organizada em te o mês de agosto, contamos 06/04/1986 - Pr. Daniel Almi- mais uma vez com os missionários construtores norte no Ledesma 2. Igreja Batista Alvorada americanos através do seu (Eusébio) Organizada em líder pastor Eddy Hallock, da 20/04/2004 – Pr. José Ailton Igreja Batista Tallowood no Texas, USA. Já completamos Lemos de Souza 3. Igreja Batista Betel – Or- 5 anos construindo 9 capelas ganizada em 06/05/1984 – Pr. em nosso estado. A mais reJoaquim Andrade de Oliveira cente foi a capela da Primeira 4. Primeira Igreja Batista em Igreja Batista do Siqueira, Lagoinha – Organizada em e Fortaleza, CE. Não temos 11/02/2005 – Ir. Johnata Lima palavras para agradecer aos 5. Primeira Igreja Batista em missionários dos Estados UniLimoeiro do Norte – Orga- dos da América. Nossos agradecimentos a nizada em 17/02/1966 – Pr. Jadiel Brandão de Almeida outras s parcerias: CIBUC E TALLOWOOD (interino) 6. Igreja Batista Parque BAPTIST CHURCH, TEXASBetânia – Organizada em -USA. Na Construção de 09 14/03/2012 – Pr. Jonas Fer- capelas em nosso estado Equipe do Pr. Eddy Hallock. reira Martins A PIB CENTRAL NOS ES7. Primeira Igreja Batista em São Cristóvão – Organizada TADOS UNIDOS - Texas, Pr. em 24/07/2004 – Pr. Darlan Ebenezer Carlos dos Santos. No Projeto PEPE em São BeMenezes Abrantes 8. Primeira Igreja Batista nedito –CE. IESB – INSTITUTO DE em Senador Pompeu – Organizada em 26/11/2011 – Pr. EDUCAÇÃO SUPERIOR DO Raimundo Nonato Figueiredo BRASIL. Apoio no congresso 9. Primeira Igreja Batista no Desperta por Amor a Missões, Conjunto Siqueira – Orga- ofertas para aquisição de ternizada em 21/01/2012 – Pr. renos, na construção de capelas – Pr. Antônio Ponciano e Antônio Ponciano da Silva 10. Primeira Igreja Batista Edithe da Silva. IGREJA BATISTA PRAIA DA em Tabuleiro do Norte – Organizada em 29/03/2007 – Pr. COSTA - Pr. Evaldo Carlos Jadiel Brandão de Almeida dos Santos. Oferta para ajudar na compra de terrenos, na (interino) construção de capelas. COMUNIDADE BATISTA Igrejas organizadas: 1 – Primeira Igreja Batista OCEÂNICA, Niterói, RJ. Irem Senador Pompeu – Orga- mãs Georgia Costa & Patti nizada em 26/11/2011 com LaCarter, oferta para ajudar 41 membros – Pr. Raimundo na compra de terrenos, na construção de capelas. Nonato Figueiredo esta Convenção. Que Deus nos abençoe com a Graça do Senhor Jesus, o Amor do Eterno Deus e a presença de seu Santo Espírito.
Senhor e Salvador Jesus Cristo. Que durante os próximos anos, como Corpo de Cristo e segundo a orientação do “Com efeito, grandes coisas Senhor, possamos continuar, fez o SENHOR por nós; por segundo a justa cooperação isso, estamos alegres” (Salmo de cada parte, pregando o Evangelho que transforma 126.3). vidas, por todo o Ceará. CIBUC (Convenção Palavra do Secretário das Igrejas Batistas Executivo: Pr. Unidas do Ceará) Etevaldo Serqueira não para de crescer Sinto-me altamente hone se fortalecer no Senhor Jesus. Vivemos momentos rado em ter sido convocado muito especiais! Neste ano, pela CIBUC para assumir celebramos os 10 anos de como Secretário Executivo de nossa Convenção. Foram nossa Convenção. Tenho seranos de muitos desafios e ba- vido ao Senhor por 10 anos talhas, mas, acima de tudo e na Igreja Batista em Nova na graça do Senhor, vivemos Vida, muito abençoados. Sempre tive a consciência momentos de grandes vitórias e bênçãos, momentos de dos grandes desafios que temos pela frente, neste enorcolheita. Ao olharmos para o pas- me estado do Ceará, o qual sado, vemos um pequeno vem se desenvolvendo cada grupo de cerca de 20 igrejas, vez mais. Certamente tenho, fundando uma pequena Con- também, a convicção de que venção, com um orçamento o Senhor nosso Deus me deu apertado e um grande desafio esta oportunidade de servi-Lo pela frente: alcançar o nosso nesses 4 anos com alegria, Ceará com a pregação do prazer e dedicação. No dia Evangelho. E assim, ao longo 24 de abril de 2008, aceitei dos anos, temos trabalhado este convite, o fiz com a mais para alcançar novas vidas absoluta convicção de que com o poder transformador esta era a vontade de Deus, tanto para CIBUC, quanto da Palavra de Deus. Hoje somos, aproximada- para minha vida e de minha mente, 120 igrejas, congre- família. Peço ao bondoso gações e frentes missionárias. Deus, que me informe a hora E continuamos com o mesmo certa de entregar. Nesta data da XI Assemdesafio: pregar o Evangelho por todo o nosso estado. Ao bleia da CIBUC, aproveito longo dos 10 anos, tivemos o momento para agradecer especial expansão missioná- ao Pai celeste, em primeiro ria na região da Serra Grande lugar, à minha família e a e do Sertão. Além disso, nos todo povo Batista Unidos últimos anos, temos recebi- do Ceará. Bem como, quero do novas igrejas em nossa pedir que cada colega, amigo e irmão ore por minha vida Capital. Louvamos ao Senhor por e de minha família, para que tudo que Ele tem feito em Deus nos abençoe ao longo nosso meio. Louvamos ao desta caminhada. Nas áreas de projetos, atraSenhor por cada nova igreja, congregação e frente missio- vés das coordenadorias, vanária. Louvamos ao Senhor, mos dar continuidade ao que de forma muito especial, por já está sendo executado e cada vida e por cada família estabeleceremos novas metas transformada e abençoada e planejamentos, verificando pelo Senhor através de nos- as verdadeiras e reais necessas igrejas, congregações e sidades para a CIBUC. Peço licença para usar as palavras frentes missionárias. Dez anos se passaram.... já ditas: A CIBUC não têm muitos outros ainda virão pela missionários, os missionários frente, até a volta do nosso são das igrejas que formam Pr. Eduardo Guimarães de Cerqueira Presidente da CIBUC
A
GÊNESIS PERFUMES DISTRIBUIDORA LTDA. Oferta para compra de terrenos, construção de novas salas em algumas capelas e doação de pisos para 8 capelas já construídas. ARTMÉDICA – Produtos Hospitalares Especializados. Ajuda na compra de terrenos para construção de capelas. JUNTA DE EDUCAÇÃO DA CONVENÇAÕ BATISTA MINEIRA. Ajuda na compra de terrenos e baldrame em Aracoiaba e Cascavel. CHUTYS. Sua parceira com a CIBUC, tem um objetivo direto em sustentar missionário no campo cearense em Boa Viagem-CE. PASTOR ROBERT HEFNER. Nossos agradecimentos a este grande missionário que tem nos ajudado com Kits de implantação de igrejas (cadeiras, caixas de som microfones e pedestais). RENAS. É uma realidade de apoio na área de Ação Social. Ajuda de despesas em capacitação de missionário. A CIBUC, através dos pastores de todas as igrejas, frentes missionárias e congregações, sente-se agradecida pela presença das igrejas na evangelização do estado do Ceará. Agradecemos, à JMN, JMM e o apoio constante da Convenção Batista Brasileira, através de sua diretoria e seu executivo, pastor Sócrates de Oliveira. Diretoria da CIBUC para o Biênio 2012 A 2014 eleita em 19/08/2012: Presidente: Pr. Eduardo Guimarães de Cerqueira – IB em Henrique Jorge. 1º Vice Presidente: Pastor Carlos Eduardo Santiago Lins – IB Edson Queiroz. 2º Vice Presidente: Pr. Fernando Silva Paz – Pib em José Walter. 3º Vice Presidente: Pr. Paulo Henrique Estevão Salustiano – PIB em Tianguá. 1º Secretária: Doraci Aparecida Cavallari Monteiro – PIB de Fortaleza. 2ª Secretária: Irismar Nobre de Sousa Barbosa – IB Nova Vida. 3ª Secretária: Antonia Elizabete Belo da Costa - IB Nova Vida.
o jornal batista – domingo, 16/09/12
notícias do brasil batista
13
Homenagem ao Sr. José Antonio de Moura Maria Nery Colaboradora de OJB e membro da PIB em Niterói, RJ “Bem aventurado o homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer. A sua descendência será poderosa na terra, a geração dos justos será abençoada. Prosperidade e riquezas há em sua casa, e sua retidão permanece para sempre” (Salmos 112.1 – 3).
O
Sr. José Antonio de Moura é brasileiro, nascido em Bom Jardim, estado do Rio de Janeiro, foi casado com a senhora Celsa Ferreira de Moura, foram felizes por 60 anos de casados e desta união nasceram seus filhos: José Luiz, Luiz Carlos, Eunice, Ezequiel e Celso, depois vieram os netos e bisnetos, uma família feliz servindo a Deus e a igreja. Sua querida esposa e grande mulher virtuosa e de grande valor está descansando na morada do Senhor nosso Deus. Sr. Moura é dos mais antigos membros da Primeira Igreja Batista de Niterói, onde o pastor atual é José Laurindo filho e sua esposa Loyde Laurindo. Este ano a Igreja comemorou 120 anos de glória, e o Sr. Moura participou das comemorações dando seu testemunho e o seu consta no livro de centenário da história da Igreja. Ele é um servo
do Senhor muito consagrado e apesar dos seus 92 anos bem vividos, Deus dá a ele o privilégio de conservá-lo com boa saúde mental, completamente lúcido, para que ele possa frequentar e participar dos cultos da Igreja e das atividades. Ele gosta muito de cantar louvores a Deus, e assim é muito dedicado a Deus, a Jesus Cristo, a Igreja e a denominação batista. Na Igreja ele ocupou alguns cargos de destaque como, diácono muito dedicado, membro ativo da união de treinamento, professor de escola dominical, pregador (evangelista) e na música cantor (corista), participou de vários corais da Igreja. Herói da fé é aquele homem que deposita em Deus toda sua fé e esperança em tudo que deseja realizar, porque pela fé sempre encontra uma luz divina, no caminho para chegar onde deseja. Assim é o Sr. Moura no seu viver junto a Deus, e a sua família como esposo fiel e pai amoroso, e a Igreja, o seu lar espiritual, e o Brasil sua querida pátria. Herói da Pátria O Sr. José Antonio de Moura é militar, pertence ao Exército Brasileiro, reformado como 2º Tenente, ex-pracinha da FEB (Força Expedicionária Brasileira) participou da 2ª Guerra Mundial (aliados), viajou com as tropas brasileiras para a Itália, e ao voltar desta missão ele e todos que participaram foram conside-
rados heróis da Pátria. Nessa missão também participou o pastor João Filson Soren, ao voltar desta missão assim se expressou: “A guerra é uma disputa de valores, é incompreensão entre os povos, não tem vencedores e derrotados, todos são vitoriosos porque o que é fundamental é a paz com Deus que governa todos os povos e nações do mundo”. No mês de agosto, dia 25, o Exército Brasileiro comemorou o dia do soldado, os quartéis fizeram uma festa para prestigiar aqueles que são os protetores da nossa Pátria. A eles os nossos agradecimentos por serem homens de valor e valentes soldados. Ao Tenente Moura parabenizamos por ser um herói da Pátria. Um militar que sente o orgulho de ter servido o Exército Brasileiro, suas lembranças são inesquecíveis, ele gosta muito de contar fatos de sua carreira e convivências com seus comandantes e companheiros. É um militar muito respeitado e estimado. O Tenente Moura é um homem alegre, muito simpático, gosta da vida e de participar das atividades da igreja, está sempre presente nos cultos e nas reuniões festivas sua presença é muito agradável, é muito querido, gosta de contar histórias de experiências de sua vida. Ora ao Deus eterno agradecendo pelas bençãos recebidas e pela força no dia a dia.
O Sr. Moura participou dos cultos em comemoração a missões mundiais sempre se apresentando com sua farda oficial do Exército, muito elegante e feliz levando a bandeira do Brasil, e assim ele prestigiou os missionários na sua missão de ganhar o Brasil e o mundo para Cristo. Entrevista de Maria Nery com o Tenente Moura MN – Quem é Deus para o senhor? TM – Deus é poder, é o nosso sustentador. O homem sábio deve estar sempre em comunhão com Deus através da oração, diariamente. Deus fez o homem bom e ser bom é um privilégio.
companheiros são inesquecíveis.
MN – O que o senhor falaria para os jovens hoje? TM – Creia em Deus e em Jesus Cristo, leia a Bíblia, ore ao Senhor diariamente, ame ao seu próximo, ajude aqueMN – O que significa a les que precisam de ajuda, igreja? se você fizer isso, será um TM – A igreja é o nosso jovem feliz. lar espiritual, os crentes são a igreja, é preciso semear a Ao Tenente José Antonio Palavra de Deus em qual- de Moura, ofereço esta menquer lugar e assim ela vai sagem bíblica em Provérbios florescer e dar bons frutos e 3.13 – 17: “Bem-aventurado todos terão o privilégio e a o homem que acha sabedooportunidade de encontrar o ria, e o homem que adquicaminho da salvação. re conhecimento; Porque é melhor a sua mercadoria do MN – O que o Exército que artigos de prata, e maior significa para o senhor? o seu lucro que o ouro mais TM – O Exército Brasileiro fino. Mais preciosa é do que foi uma grande experiência os rubis, e tudo o que mais na minha vida, principalmen- possas desejar não se pode te quando ainda era jovem, comparar a ela. Vida longa as portas do quartel se abri- de dias está na sua mão direiram para mim. A disciplina, ta; e na esquerda, riquezas e os ensinamentos de amor honra. Os seus caminhos são a Pátria, o convívio com os caminhos de delícias, e todas meus comandantes e os meus as suas veredas de paz.
Irmã Ilstena Klukowski Dina Siomara Rehn
N
o dia 17 de junho de 2012 o pastor Carlos Alberto Rehn, da PIB de Assis Chateaubriand, Paraná, realizou o batismo de cinco adultos. Até aí, nada de mais, a não ser o fato de que uma das batizadas tem 103 anos. A irmã Ilstena Klukowski, que apesar da idade e de falar português mistura-
do com ucraniano, tem muita saúde, faz serviços caseiros e se move com facilidade. Sua irmã, que tem apenas 78 anos e que é quem cuida dela, também foi batizada. A Igreja toda se emocionou com o fato de Deus ter permitido à irmã Ilstena viver tanto tempo para poder conhecer o Senhor Jesus como seu salvador e compartilha com os leitores do Jornal Batista.
14
o jornal batista – domingo, 16/09/12
F
iquei encantado com o livro Tempo de gangorra, de Saïd Farhat, que é “uma visão panorâmica do processo político-militar no Brasil de 1978 a 1980”, como indica o subtítulo. Foi difícil comprá-lo. Em Macapá não há livrarias. Fui procurar fora do estado (se não há livraria em Macapá, muito menos no resto do estado) e custei a encontrá-lo por que o livro tem sido boicotado. Um vendedor de uma rede de livrarias, em S. Paulo, me disse claramente que eles não venderiam o livro. Alguns democratas liberais são muito patrulhadores. Comprei-o na Cultura, na Av. Paulista, em Sampa. Farhat sabe escrever. Um português castiço, escorreito, que compensa o tanto de maltrato que o idioma sofre hoje. Como doem o gerundismo, o “mim fazer”, o “previlégio” e “O Brasil ele é um país”, o triste sujeito pleonástico popularizado pelo maranhense-amapaense Sarney, não sei
ponto de vista
Tempo de gangorra como é da Academia Brasileira de Letras! Na obra, abundam frases em latim, francês, citações literárias e bíblicas, que enriquecem o livro e mostram que Saïd é um erudito. O relato é subsidiado por vasta documentação, que lhe dá credibilidade. É objetivo e histórico (não pelo viés marxista de reescrever a história). Seu teor lembra muito Castello Branco, o presidente reformador, de John Dulles, editado pela Universidade de Brasília. Os militares têm sido execrados na mídia e as forças armadas têm sido enxovalhadas por conta de excessos da linha dura (que Farhat reconhece ter agido, mas que foi contida por Geisel e Figueiredo). Fala-se muito das torturas e mortes que o regime causou. Lamentáveis, diga-se. Como o são as que o poder civil causou e tem causado. Basta ver o livro Falta alguém em Nuremberg, de David Nasser, denunciando as torturas na ditadura civil de Getúlio, o “ditador pai dos pobres” (ditadores adoram ser
pais e mães de alguma coisa). E também os assassinatos nunca solvidos de Toninho do PT e Bruno Daniel, por questões políticas. Satanizar os militares e canonizar os civis não é a melhor política. Os mesmos erros de um grupo estão no outro. São inerentes a homens caídos que ambicionam o poder. Não desejo emitir juízo de valor sobre o regime militar. O que me chamou a atenção no livro é que Saïd mostra muito o senso de missão e de dever impregnados na cultura militar. Eles são orientados a servirem a pátria, e não a se servirem dela. Na obra O celeste porvir - a inserção do protestantismo no Brasil, Antonio Mendonça sociologiza sobre os nossos hinos e alude aos que têm teor militar, que ele chama de “protestantismo guerreiro”. Cristo é Comandante, General, Capitão e os fiéis são chamados a se alistar e a lutar contra o inimigo e seus batalhões. Eles refletem uma época, uma determinada cultura. Produto de uma visão
militar do reino de Deus. Mas me parece que são de uma época em que havia disciplina, ideais e disposição de servir por parte de quem os cantava. Hoje os cânticos falam de ser adorador, uma atividade que é desempenhada com as pessoas levantando os braços e fazendo cara de quem está sentindo dores de cálculo renal. Engajamento, autodoação, desprendimento, disciplina na vida, estas coisas hoje não se cantam. Quem fala delas é visto como anacrônico, anticultural, fundamentalista (algo semelhante a come bebês com sucrilho no café da manhã). Acho que quando tínhamos visão militar nos cânticos tínhamos mais seriedade porque tínhamos mais senso de dever. A ausência deste sentimento de compromisso em grande parte dos crentes, hoje, me surpreende. Isto me intriga. Após meio século como membro de igreja (batizado que fui na entrada da adolescência) vejo uma grande diferença entre a igreja em que ingressei e a
que vejo hoje. Não se trata de saudosismo. Há coisas muito melhores hoje. Mas a diferença a que aludo é a falta de compromisso e de dadivosidade atuais. As pessoas querem receber e não se doar. Querem benefícios e não servir. Parcela considerável dos crentes não tem ideais, mas uma lista de desejos materiais. Ler Farhat me fez ver que a visão de compromisso e de serviço sem almejar benefício pessoal é uma virtude militar. Que nós, crentes em Jesus, tínhamos. Isto me impressionou muito, quando me converti, porque eu procurava uma causa pela qual lutar. E, me parece, muitos de nós não temos mais. Infelizmente. Tivesse a erudição de um Gouveia, iria sociologizar sobre isso: os cânticos do protestantismo guerreiro falavam de serviço. Os de hoje são abstratos e esotéricos. Há gente voando nas asas do Espírito, mergulhando e bebendo dos rios, mas escasseiam-se os servos e os amantes da igreja. Que pena!
Árvores na perspectiva da Eco Teologia Pr. David Winter Diretor do Acampamento Batista Pioneiro, em Bozano, RS
A
s árvores estão presentes por toda a Bíblia e na vida de todo mundo. Criadas por Deus, administradas pelo ser humano, e isso significa que são plantadas, cultivadas, derrubadas e serradas em diversos pedaços de acordo com a sua finalidade. Já na criação, Deus ordenou que a terra produzisse árvores frutíferas que dessem frutos segundo a sua espécie. No Jardim do Éden duas receberam grande destaque, a árvore do conhecimento do bem e do mal e a árvore da vida. No dilúvio a arca de Noé foi feita com madeira de cipreste, e enquanto Abraão descansava na sombra dos carvalhais de Manre o Senhor apareceu a ele para lhe falar que dali a um ano Sara iria conceber um filho. No deserto Deus fala com Moisés através de uma sarça ardente, mais tarde o Senhor ordena a Moisés que lance uma árvore nas águas que estavam amargas a fim de se tornarem doces e ordena que parte do tabernáculo e a
arca da aliança sejam feitos de madeira de acácia. No Salmo 1 os justos são comparados com uma árvore plantada junto a correntes de águas que dão muito fruto, e nos evan gelhos Jesus Cristo lembra Árvores do Acampamento Batista Pioneiro que toda árvore boa produz fruto bom, Ah! Se as árvores pudessem mas toda árvore ruim produz falar! Se pudessem contar tofruto ruim, esta será cortada das as maravilhosas ações e lançada ao fogo. Para ensi- de Deus, tudo o que viram e nar sobre o reino de Deus é ouviram. Iriam sem dúvida citado a árvore que produz o dizer que Deus existe, que foi grão de mostarda e que chega Ele que nos criou, que devea cinco metros de altura. Za- mos procurar por esse Deus, queu foi encontrado por Jesus devemos adorá-lo porque Ele nos galhos de um sicômoro, é bom e sua benignidade dura Natanael foi por ele visto para sempre! Não seria maradebaixo de um pé de figuei- vilhoso ter esse testemunho ra. Na crucificação de Jesus das árvores? Bem, na verdade Cristo, ele foi pendurado em isso já aconteceu, as árvores já uma árvore morta transforma- falaram e ainda falam, e muito. da numa cruz. Encerrando a Conforme o Salmo 19.1-4: “Os revelação de Deus, no Apoca- céus proclamam a glória de lipse de João a árvore da vida Deus, e o firmamento anuncia é oferecida como prêmio aos as obras das suas mãos. Um vencedores, árvore que está dia discursa a outro dia, e uma na cidade de Deus, junto ao noite revela conhecimento a rio da água da vida. outra noite. Não há lingua-
gem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho”. Trata-se da revelação geral de Deus que pode ser vista em toda a natureza, em tudo que foi criado. Cada árvore, portanto, é uma placa dizendo “existe um criador, ele é maravilhoso, é sábio, é todo-poderoso” e quando vamos comer um fruto colhido de uma árvore também podemos ouvir “ele te ama, pois quer cuidar de você!”. Portanto, ao vislumbrar uma árvore, cada pessoa deveria se perguntar por Deus e ir além, buscar até encontrar o Criador de todas as coisas. Paulo também fala a respeito dessa revelação encontrada na natureza em Romanos 1.20: “Porque os
atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis”. Com essa afirmação o ser humano torna-se indesculpável. Ou seja, não restou absolutamente nenhuma desculpa que seja possível livrar o ser humano da condenação caso ele não procure por Deus. Por isso, devemos tratar com sabedoria cada árvore que encontramos, e ao cortarmos uma árvore, pelo menos lembrar que é criação de Deus e existe para demonstrar o seu eterno poder e sua glória. E, se ficarmos alguns minutos parados diante da árvore a ser cortada meditando em como Deus é maravilhoso e cuida de nós, pensaremos duas vezes antes de derrubar o que Deus com tanto carinho criou. Esta perspectiva na árvore é que nos impulsiona no esforço em manter a reserva de mata nativa e reflorestamento da área do Acampamento Batista Pioneiro, perto de Ijuí, no noroeste do Rio Grande do Sul.
o jornal batista – domingo, 16/09/12
ponto de vista
15
Teologia Prática
Isaias Andrade Lins Filho Pastor da IB dos Mares Salvador, Bahia “E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas e, outros para pastores e mestres, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4.11 e 12).
A
partir deste artigo de teologia prática, nós estaremos apreciando e analisando os dons ministeriais, dons esses que são inquestionavelmente assim denominados e classificados pelo Apóstolo Paulo na Carta aos Efésios, porque são dons específicos, que estão sem dúvida alguma ligados a convocações e a chamados específicos do Senhor, para muitos dos seus amados filhos e discípulos, dentre os quais eu também me incluo. Se observarmos atentamente, iremos notar que a compreensão sobre este assunto, começa a partir do início do capítulo 4 de Efésios, quando Paulo nos ministra algumas lições, destacando alguns detalhes que são fundamentais para a vida cristã, sobretudo o aspecto da unidade que deve ser a mola mestra da vida dos servos e servas que integram o corpo de Cristo, que é a Igreja do Deus vivo. Da mesma forma que existe “um só Senhor”, e esta é uma confissão de fé que não podemos olvidar, haja vista que esta expressão deve ser entendida e vivida pelos discípulos, vez que nos transmite a ideia e o esteio de que a obra de redenção que Jesus realizou na cruz do Calvário, é uma obra perfeita, suficiente, e por causa de ter sido absoluta, não admite nenhum outro redentor ou mediador para nos assegurar a completa salvação. Pois bem, é com este entendimento e compreensão, que em vista do crescimento do Corpo e do desenvolvimento das atividades no seio da Igreja, digo sem sombras de erros, que o Senhor da Obra tem falado aos corações de muitos desde o início da Fé, e, tocados, chamados, convocados pelo Senhor
muitos vocacionados têm atendido ao apelo que se evidencia no coração e na mente daquele ou daquela que pelo Pai é separado para uma obra específica ministerial na seara do Mestre. Daí, a necessidade imperiosa dos dons ministeriais. Ademais, para falar sobre os dons ministeriais, temos ainda de considerar algumas coisas e, é importante que comecemos por uma definição simples e fácil ao entendimento de todos. Quando vamos analisar os vocábulos de acordo com o Novo Testamento Grego, nos deparamos com expressões distintas que definem tanto os “dons espirituais”, quanto os “dons ministeriais”. Para definir os “dons espirituais” encontramos e fazemos o uso do vocábulo charisma, no singular, e charismata, no plural, e por sua vez, para definir os “dons ministeriais” encontramos o vocábulo doma, no singular, e o vocábulo domatos, no plural. Portanto, antes de adentar no âmago do assunto, quero salientar “verbi gratia” duas simples evidências de diferenciação de dom ministerial, bem como de dom espiritual, que a própria Palavra de Deus nos traz em narrações de Lucas, em Atos 21.8 a 10, quando mostra perfeita diferença dessas capacitações e presentes do Senhor que agem no aperfeiçoamento dos santos. Ao citar Filipe o evangelista no verso 8, de imediato encontramos a comprovação do doma, e, no verso 9 ao se referir às moças donzelas, filhas de Ágabo, já nos deparamos com a evidencia do charisma, vez que aquelas moças eram profetizas. Tudo isto, sem falar ainda no texto de Lucas 2.36, quando o escritor bíblico fala de Ana, a profetiza “charisma”, filha de Fanuel, da tribo de Aser. De tudo isso, se pode deduzir que um doma é uma pessoa, é alguém que o próprio Senhor Jesus convoca, chama e doa, presenteia, concede à Sua Igreja, com objetivos específicos, com o fim de aperfeiçoar os santos, para realização da Obra do Ministério e para a edificação do Corpo de Cristo de acordo com Efésios 4.12, e, por tudo
isso posso esclarecer que um doma é um presente de Deus! Os dons ministeriais não são dons espirituais sobrenaturais, são sim, aqueles que o Espírito Santo concede as pessoas, irmãos em Cristo, discípulos de Jesus, que chamados pelo Senhor da Igreja exercem um papel extremamente relevante na obra do Senhor e, especificamente na Igreja de Cristo. Pelo fato de que é sem sombra de dúvida, do relacionamento existente entre os variados ministérios que depende o sucesso do Reino de Deus e, do Corpo de Cristo como um todo, harmônico e solidificado em bases doutrinárias fortes. Na epístola aos Efésios, notamos de maneira singular o ensino sobre os referidos dons ministeriais, os quais são concedidos pelo Senhor para o exercício do seu ministério. Escrever sobre os dons ministeriais requer logo de início que tenhamos um esclarecimento e uma compreensão sobre o que seja “ministério”. Ministério é a atividade global e holística, resultante do exercício dos dons e funções, operadas pelo Espírito Santo de Deus através de homens ou mulheres, servos e servas, divinamente chamados e vocacionados por Deus, os quais, nas atividades do Corpo de Cristo que é a Igreja, exercem funções e desempenham tarefas especiais. Todo o trabalho do Ministério visa a expansão do reino e só atinge os seus mais elevados objetivos quando é exercido por pessoas que são movidas pelo Espírito Santo de Deus. Assim, pois, pode-se dizer que os Dons Ministeriais
visam, sobretudo “o aperfeiçoamento dos santos, até que cheguem à unidade da fé e ao pleno conhecimento do Filho de Deus e a estatura completa de Jesus Cristo” (Ef. 4.12-13). Quero, portanto, apresentar aos distintos leitores, uma classificação dos dons ministeriais, e o faço didaticamente, estribado na própria Bíblia Sagrada, pois quem nos dá esta classificação, é a própria Palavra do Senhor, no texto de Efésios 6.11, enumerando as cinco categorias, quais sejam: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres. É de bom alvitre trazer ao entendimento de todos, que em I Coríntios 12.28, no capítulo que discorre sobre os dons espirituais, encontramos a menção dos dons ministeriais acima referidos, com exceção apenas de Evangelistas, mas se destaque tais dons não são sobrenaturais como os dons do Espírito Santo, são dons ministeriais, que alcançam servos e servas do Senhor, verdadeiramente chamados para a Sua obra e para realizar as tarefas que o Senhor deseja que sejam realizadas. A Palavra de Deus nos confere uma prova muito clara do cuidado, da atenção, da provisão e do carinho do Senhor para com todos aqueles que Ele chama para a sua obra. Do Antigo ao Novo Testamento, o Senhor tem corroborado esta assertiva através das vidas dos seus servos, como por exemplo, Abraão, Samuel, Isaias, Moisés, Arão, Pedro, Paulo, etc (Gênesis 12; I Samuel 3; Êxodo 3; Atos 9; Isaias 6; Hebreus 5; Hebreus 11
etc.). Se nota claramente que todos os servos e servas que são chamados para a obra, o Senhor os chama direta e pessoalmente. O vocacionado para o exercício do dom ministerial é respaldado por Deus e, isto se evidencia de maneira inquestionável, pois até no sustento, quem é chamado por Deus não pode claudicar em nenhum momento, porque o Senhor quando chama, Ele provê. Nosso Deus é sim, Aquele de quem se diz: Javé Jirê. Lamentavelmente encontramos as casas teológicas hoje em dia, Seminários e Faculdades, repletas de pessoas na maioria cursando teologia e filosofia, julgando que apenas o preparo intelectual em tais instituições lhes garantirá realizar excelente ou, no mínimo, um bom ministério. Mas é aí que reside o ledo engano, pois se não tiverem o dom ministerial, o chamado do Senhor, não subsistirão por muito tempo enganando o Povo de Deus. É por este motivo que aí estão tantos ministérios estragados. No início eram tão alvissareiros, todavia, com o passar dos anos se perderam na caminhada, porque lhes faltava a graça, a unção e a chamada do Senhor da Obra, para que fosse o dom ministerial exercido. Não adianta apenas ouvir um “psiu”! A diretriz para a atuação dos que exercem ministérios tem que vir do Alto, pois o Senhor com propriedade afirmava: “Roguemos ao Senhor da Seara, que envie obreiros para a sua Seara”. Vamos à análise nos próximos estudos, de cada uma das cinco categorias dos Dons Ministeriais.
PIB ENGENHO PEQUENO ORDENAÇÃO AO MINISTÉRIO No dia 06 de outubro de 2012 será examinado o irmão Ailton Gonçalves Mendonça, Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista de Niterói, turma 2011, com vistas ao Ministério Pastoral. Se aprovado, no dia 13 será ordenado. Izaquiel Rosa de Moraes Pastor-Presidente