Edição 39

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 23/09/12

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

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Ano CXII Edição 39 Domingo, 23.09.2012 R$ 3,20

Crescer Missionário 2012

Pela 19ª vez, a IB do Bacacheri, em Curitiba (PR), realizou o congresso Crescer Missionário, visando novamente proporcionar momentos de refrigério para os 110 missionários que participaram do evento. Segundo o pastor Roberto Silvado, um dos objetivos do congresso é “afirmar o valor que os obreiros têm para Deus e sua igreja, como

são amados e importantes no plano de Deus”. Seguindo o exemplo, a PIB de Porto Alegre (RS) realizou pela primeira vez o Crescer Missionário, abençoando 34 missionários que atuam no estado. Na capital gaúcha também houve, além das palestras, atendimento médico e odontológico, massagem e outros serviços (página 7).

FTBP tem seu curso de Mestrado em Teologia reconhecido pelo MEC

O povo batista brasileiro tem mais um motivo para estar em festa. Uma das mais recentes dádivas do Pai Eterno foi a aprovação e recomendação do Mestrado Profissional em Teologia da FTBP (Faculdade Teológica Batista do Paraná) pela CAPES (MEC). É um momento histórico para os batistas brasileiros: o primeiro mestrado de uma instituição batista aprovado e recomendado pelo governo brasileiro (página 8).

50 anos sem você Manoel Avelino de Souza, meu avô Como uma bela homenagem, a primeira neta do pastor Manoela Avelino de Souza, se recorda de momentos especiais com seu avô e reflete sobre seus sonhos concretizados que abençoou e continua abençoando muitas vidas. Além de observar a necessidade atual de se ter pastores com a essência do evangelho puro de Cristo: “Precisamos resgatar mais pastores com a simplicidade e autenticidade de Manoel Avelino de Souza” (página 12).


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EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Paschoal Piragine Júnior DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Macéias Nunes David Malta Nascimento Othon Ávila Amaral Sandra Regina Bellonce do Carmo

EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Rua Senador Furtado, 56 CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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e tem um papel que é fundamental para a Igreja, é fazer missões. Há a necessidade da Igreja de Cristo amar missões, a começar pelo pastor, contagiando e se espalhando por cada membro do corpo. As ações precisam começar com o amor, transformando em atitudes concretas. Fazendo como está em Atos 5.42: “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo”. Cada igreja, como parte do Corpo de Cristo, tem como função explanar as boas novas da salvação. Amar missões é assumir o compromisso de levar o evangelho a toda parte. Como acontece com uma igreja de grande porte em uma capital brasileira, muito rica, com membros in-

fluentes, que intrigou uma visitante que ao entrar no grandioso templo se deparou com uma interminável construção, que já durava meses. O chão ainda sem piso e milhares de cadeiras de plástico improvisadas. A jovem visitante curiosa perguntou ao seu tio, membro da grandiosa igreja: “Porque nunca terminam a construção da igreja? Pela quantidade de membros, dinheiro não deve ser o problema”. A resposta foi uma agradável surpresa: “Nossa igreja tem como meta investir 50% das entradas em missões”. Com esta igreja é possível aprender uma grande lição. Apesar de ter um objetivo grandiosa, construir um templo majestoso, a principal missão da igreja, fazer missões, não ficou para trás, mas se tornou prioridade. Mes-

mo que a obra demore a ser concluída, a mensagem de Deus será anunciada. E este anúncio poderá ser de várias formas, com o investimento financeiro, apoiando um missionário, agindo na própria igreja, promovendo projetos missionários, cuidando da educação cristã dos novos convertidos, incentivando o discipulado. A igreja missionária tem ações ilimitadas. Entretanto, o compromisso em evangelizar deve começar pelo pastor da igreja, que com sabedoria precisa orientar suas ovelhas. Fazer missões começa com o entendimento bíblico do dever do cristão, tal dever ensinado pelo bom pastor. O líder que instrui, investe no reino de Deus, age com compromisso com a Palavra de Deus. Líderes que só incentivam programações, festas e cons-

truções, pensando apenas no agir terreno e esquecem do que vem dos céus, ou seja, da parte de Deus. Mais belo do que ver belos templos, é ver belos e feios templos repletos de pessoas rendidas a Deus. Linda mesmo é a igreja que evangeliza as crianças com uma linguagem apropriada, e que de tanto cuidar com carinho das crianças, alcançam os pais pelo trabalho genuinamente cristão. Linda é a igreja que pensa nas necessidades da comunidade local e investe em cursos profissionalizantes e aulas de língua estrangeira, fazendo assim a missão integral. Linda é a igreja que cuida de pessoas. Sem dúvida alguma a Igreja de Cristo, espalhada por toda a Terra, precisa amar missões em todos os sentidos. (AP)


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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches

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onfesso que não sei. Por mais que tente não consigo compreender e utilizar todos os mecanismos que compõem a oração. Sinto-me, às vezes, frustrado com o meu desconhecimento quanto ao orar. As inúmeras explicações que leio sobre vida de oração não me convencem e tampouco definem com precisão sobre o que é orar, segundo o padrão ensinado e vivido por Jesus. Consola-me a declaração de Paulo ao dizer que o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. O Espírito conhece as nossas fraquezas, sabe que não sabemos orar como convém e por esta razão se dispõe a auxiliar-nos na dificílima tarefa de orar (Rom. 8.26). Tal certeza aumenta a minha incapacidade em compreender o mistério da verdadeira oração. Para que o Espirito exerça o seu papel de intercessor é necessário que a minha oração se encaixe no padrão divino. Não pode ser oração como mera repetição de palavras. Jesus deixou claro que não é o muito falar que produz a oração verdadeira. Não é o repetir a mesma oração de todos os dias. Fazer os mesmos pedidos de sempre, que servirão ao Espírito como instrumento de intercessão. Jesus afirma que Deus sabe o que preciso antes mesmo que o peça. O que dificulta ainda mais a vida de oração. Razão simples, pois me apanho repetindo os mesmos pedidos, os mesmos agradecimentos de sempre. Cada oração para ser válida há que trazer no seu bojo algo completamente novo. O que não é fácil. Entendo o desespero dos discípulos de Jesus ao vê-Lo orar. Havia no semblante do Mestre algo que transcendia ao ambiente. Sua expressão de paz, tranquilidade, alegria e comunhão íntima com o Pai, os impressionaram

de tal modo que desejaram orar como Jesus orava. Surge então o pedido: “Senhor, ensina-nos a orar..” (Luc. 11.1). Estavam cansados das longas orações dos fariseus em pé nas esquinas, nas praças e nas sinagogas. Mas sem resultados mensuráveis para a vida prática. Algumas dessas orações os ouvintes as sabiam de antemão o começo, o meio e o fim. Eram orações que não tinham como objetivo chegar ou saber o querer de Deus para a situação. Visavam o orador e seu bem estar. Estavam inseridas no grupo dos consoladores de viúvas que Jesus condena com veemência. “Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! Pois devorais as casas das viúvas sob pretexto de prolongadas orações” (Mat. 23.14). Orações com objetivos abomináveis são abomináveis ao Senhor. Quando a oração é colocada como moeda de troca entre o peticionário e o Criador, não há resposta. Pois, foge ao padrão divino. Deus não faz troca. Não trabalha com a melhor oferta do mercado espiritual. Não negocia bênçãos e privilégios. Não revela interesse pela importância social de quem ora. É difícil orar livre de todo esse agir humano contaminado pelo pecado. Tal verdade está comprovada na parábola do fariseu e do publicano (Luc. 18.9-14). Ambos oraram. O fariseu pintou um quadro duvidoso da sua dignidade espiritual. Fez comparações e denegriu o publicano diante de Deus. Oração não respondida, pois estava fora do padrão divino. Em forma de “agradecimentos” muitas orações hoje seguem o mesmo protótipo. Sou melhor. Não cometo tais e tais pecados. Sou o maior e pertenço a melhor Igreja do mundo. Creio que Deus derrama uma lágrima e despacha: “oração negada”. O publicano apenas reconheceu seu estado de

miserável pecador. Não pediu nada, apenas misericórdia. Deus escreveu: “Pedido atendido”. Como é difícil orar. Ainda não aprendi, pois não sei orar. Outro fator que dificulta a oração advém quando oro por terceiros. Ao fazê-lo fica claro que desejo o bem da pessoa que é objeto de minha oração. Que ela se converta. Que não case com determinada pessoa, que a fará infeliz. Que o casamento seja restaurado. Que a igreja seja abençoada, diminuindo ou erradicando as picuinhas entre seus membros, entre ovelhas e pastor. Que vidas sejam salvas. Neste caso a minha oração esbarra no muro intransponível do livre arbítrio, que o próprio Deus

deu a cada pessoa. Eu sei que Deus quer o resultado da minha oração em todos os itens. Mas, não pode atender-me. O Senhor apenas diz: “desejo realizar o que você me pede, mas não posso. A pessoa ou igreja objeto de sua oração não quer a minha intervenção. Não posso fazer nada”. A oração fica na fila de espera, caso a pessoa ou instituição mude o seu agir eu atenderei, diz o Senhor. Deus não quebra os seus princípios. A oração perde a sua eficácia. A Bíblia está repleta de exemplos comprobatórios desta verdade. Oro por um genuíno avivamento em terras brasileiras. Mas, será que o povo de Deus quer um avivamento? Canto com sinceridade: “a começar

em mim quebra corações...”. Mas, um exame introspectivo revela que meu coração quer, mas do meu jeito. Sou obrigado a concluir que não sei orar. Não quero aprender a orar. Não estou disposto a gerar as condições para que a oração seja a razão de ser do meu caminhar diário. Minha natureza estigmatizada pelo pecado, má por excelência, não me deixa orar com verdadeiro coração. Eu não sei orar como Jesus orou. Resta-me apenas o consolo da oração dos discípulos: “Senhor, ensina-me a orar”. Ou a oração do publicano: “Senhor tem misericórdia de mim”. Até que eu aprenda a orar como Jesus orou. www.sanches.blog.br


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PARÁBOLAS VIVAS João Falcão Sobrinho

H Nilson Dimarzio Pastor, colaborador de OJB

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oi muito feliz a Junta de Missões Nacionais na escolha do tema para a Campanha que ora se desenvolve entre os batistas brasileiros. Isto, por enfatizar a um tempo a situação moral e espiritual do país e a missão da igreja. Analisemos, em primeiro lugar, a situação do país, em vários aspectos. O Brasil encontra-se mergulhado em trevas, tanto do ponto de vista intelectual, quanto no aspecto moral e espiritual. No que tange ao nível intelectual do nosso povo, em que pesem os progressos obtidos ultimamente, ainda esbarramos com uma taxa altíssima de analfabetos. São 16 milhões, segundo estatística recente. E além destes, que não sabem juntar duas letras, existem em grande número, os analfabetos funcionais, ou seja, aqueles que leem mal e não entendem o que leem. O nível de escolaridade é ainda muito baixo em grande parte da população, e o ensino deixa muito a desejar, porque o

investimento em Educação é muito pequeno em relação à demanda. Na verdade, o país ainda não se despertou para as grandes possibilidades que uma educação levada a sério proporciona, em termos de progresso e desenvolvimento. E que dizer-se da situação moral? Como é triste ver o nosso querido país constantemente envolvido com falcatruas, mensalões, negociatas e vultosos desvios do dinheiro público! Sendo que esses crimes são praticados por aqueles que deveriam ser um exemplo de honradez para o povo que os elegeu. Tal situação já fora apontada pelo grande político brasileiro Rui Barbosa, ao assim se expressar: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. E, além da desonestidade, muito se poderia dizer sobre o problema da imoralidade campeando

por toda parte, com apoio total da mídia, incentivando o homossexualismo, o amor livre, a prostituição, a infidelidade conjugal. E outro problema não menos grave, e que amedronta a população, é a violência nas escolas, nas estradas, nos bancos e por toda parte, provando que, de fato, o Brasil é um país mergulhado em trevas. São trevas morais e espirituais, decorrentes da ignorância da revelação que Deus faz em sua Palavra, sobre o seu amor que perdoa e redime o pecador que confia em Jesus Cristo como Salvador e o segue e o serve como Senhor. E que o pecador que entrega sua vida a Cristo, pela fé, experimenta o maior milagre, que é a transformação espiritual que Jesus denomina de novo nascimento (João 3.3). Portanto, nem tudo está perdido. Temos uma boa notícia para o Brasil. O quadro tétrico que está diante de nossos olhos pode ser revertido. O Evangelho é boas novas de salvação. E a missão da igreja é proclamar essa mensagem de esperança aos brasileiros, de norte a sul, de leste a oeste. E proclamar a mensagem de salvação é ser luz no meio das trevas. Esta é a missão da igreja, vale dizer, de cada crente, de cada um de nós. Como disse alguém, discorrendo sobre o tema de Missões: “Seja luz onde você estiver cada dia”. Aproveitando as oportunidades que surgem espontâneas, e as que você possa criar, no contato com as pessoas ao seu redor. Valorizando mais o evangelismo pessoal, dedicando tempo para falar do amor de Deus às pessoas sem Cristo e sem salvação, estaremos dando a melhor contribuição para abençoar o Brasil. “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mat. 5.16).

á pessoas que parecem padecer de uma síndrome do pavor. Vivem assustadas, desejando passar para os outros o seu sentimento de pânico. A internet está lotada de internautas apavorados mandando mensagens assustadoras, geralmente contando casos escabrosos. Há pessoas que acreditam piamente nessas histórias e estão sempre à caça de mensagens apavorantes a fim de repassá-las à sua lista de correspondentes. No momento e até dia 21 de dezembro, vamos ter que suportar os terroristas virtuais com mensagens amedrontadoras sobre o fim do mundo, até com depoimentos de cientistas falando coisas como alinhamento do sol com o centro da galáxia, erupções solares, ejeção de “massa coronal” do sol em imensas quantidades, que chegarão à terra em segundos e provocarão terremotos, colapso total na transmissão de energia elétrica em todo o planeta, transbordamento da massa vulcânica do centro da terra provocando tsunamis, incêndios nas cidades e nas florestas, inversão catastrófica dos polos norte e sul, tudo isso ilustrado em vídeos repletos de efeitos especiais produzidos em computador para causar maior pânico. Será tudo tão rápido e fulminante, dizem, que a humanidade será apanhada de surpresa e não terá tempo nem para perceber o que está acontecendo, muito menos para se defender. A data de 21 de dezembro não foi escolhida a esmo, mas é o dia quando termina o “calendário maia”, dando lugar às previsões catastróficas. O pior é que muitos crentes vão acreditar nessas falácias, como muitos acreditaram, anos atrás, que o “alinhamento dos planetas do sistema solar” ia trazer o fim do mundo. Houve até um pastor batista que começou a percorrer as igrejas pregando o apocalipse por conta daquele fenômeno. Alguém ainda se lembra? Depois veio a passagem do milênio, 1999 para 2000. Quanta bobagem rolou na internet, nos púlpitos e na mídia por conta da ignorância bíblica de pessoas que chegavam a dizer: está escri-

to na Bíblia que “a um mil chegará, mas de dois mil não passará”. Esse alarmismo por causa do “calendário maia” é tão ridículo como o do “alinhamento dos planetas”, o da passagem do milênio e de outras invencionices que começaram lá no segundo século, quando Montano, de quem surgiu o movimento herético do Montanismo, marcou dia e hora para o fim do mundo. Os crentes, porém, do mais iletrado ao mais erudito, que confiam na Bíblia e a conhecem, não se deixarão abalar por essa nova onda de terrorismo virtual e seguirão confiando na soberania de Deus sobre todo o universo, inclusive sobre suas vidas. Querida irmã, amado irmão, não se avexe, como diz o nordestino (ou não se vexe, para ficar com Antônio Houaiss), não se deixe dominar pela dúvida nem pelo medo com esses pérfidos anúncios de catástrofes. No momento quando Deus quiser e determinar, este mundo vai mesmo perecer, como lemos em Mateus, em 2 Pedro e em tantas outras escrituras bíblicas, mas os salvos estarão a salvo de todas as calamidades. Pode ser amanhã de manhã, pode ser em 21 de dezembro ou em qualquer outro dia de qualquer outro mês ou ano, mas o dia e a hora, nem cientistas, nem profetas podem saber, pois “o Pai reservou à sua própria autoridade”, como disse o Senhor à Igreja (Atos 1.7). Diante de tantas “profecias” de catástrofes que se avizinham, duas coisas devemos ter em mente: Primeira: Santificação! Busquemos viver um viver santo a fim de estarmos preparados para receber o Senhor vindo sobre as nuvens com poder e glória ou para irmos ao seu encontro. Que ele nos encontre, Igreja, com os trajes da alma lavados no sangue do Cordeiro. Segunda: Proclamação! Enquanto pregamos o evangelho, não somente selamos a porta do inferno para milhares e milhões de pessoas, mas também antecipamos a glória e apressamos a vinda do Amado. Leia sua Bíblia, busque viver em comunhão com o Pai e terrorismo nenhum lhe causará qualquer temor.


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Caminhos da Mulher de Deus

Zenilda Reggiani Cintra Pastora e jornalista, Taguatinga, DF

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ndo esses dias envolvida com tudo o que diz respeito ao casamento da minha filha. Linda, como só os olhos de uma mãe podem ver, Fernandinha experimenta todas as emoções deste momento, que também são vividas por mim, em parte, e digeridas, algumas com certa dificuldade, diante da presença do Senhor. Lógico que, como todas as mães às quais me sinto unida nesta hora, recordo-me

dos momentos significativos que tive com ela até aqui, a começar de sua gestação, durante a qual andava com muita alegria nas ruas de Pirassununga, SP, onde tivemos o nosso primeiro ministério. Foi lá que comecei a interceder por sua vida e a imaginar o que seria o seu futuro e a suplicar a Deus que a sua bênção a acompanhasse. Ela cresceu, estudou, enfrentou suas próprias dificuldades para amadurecer, formou-se e, paralelamente, habilitou-se, também, para louvar a Deus por meio da dança com cursos próprios

na área. Que alegria é para nós, os seus pais, vê-la adorar ao Senhor com o seu corpo, usado para glória de Deus! Uma das minhas grandes alegrias foi quando ela e seu noivo, o Vitor, colocaram em seu convite de casamento o mesmo versículo que eu e o Fernando, seu pai, usamos no nosso há quase 25 anos atrás: “E lhes darei um mesmo coração, e um só caminho, para que me temam todos os dias para seu bem e bem de seus filhos, depois deles”(Jeremias 32.39). Com todas os problemas naturais de um casamento, e os sobrenaturais, Deus tem

Hinário para o Culto Cristão

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nos sustentado com a sua graça e o amor. Embora muitos usem o versículo quase como um talismã, sempre foi para nós um compromisso e uma promessa. O compromisso é o de sempre buscarmos ao Senhor e a promessa de que, fazendo isso, ele nos daria companheirismo, objetivos comuns, abençoaria o nosso lar com a sua presença e também nossas vidas como casal e a nossa descendência. Que maravilhosa essa graça de Deus sobre nós! Ver a mesma fé brotando no coração dos nossos filhos nos traz muita alegria e certeza de que Deus os abençoará

e, em certa medida, sopra um novo fôlego para as etapas futuras que virão em nossos próprios casamentos, renovando os nossos compromissos e as promessas de Deus. Expressando o amor de seus corações, minha filha e seu noivo têm usado algumas vezes um trecho de um poema de Myrtes Mathias, que o Fernando declamou em nosso casamento. “Só pode ser Deus/ que a esta altura do caminho/ deu-me você, inteirinho,/ só para amar e querer bem/ Tão na medida exata/ que no meu abraço/ não sobra espaço para mais ninguém”. Que assim seja!

Este hinário, é o fruto de intenso trabalho, de consulta e pesquisa junto às igrejas e aos ministros de música, maestros, instrumentistas e músicos, que buscam a cada dia, através da música, levar mais e mais pessoas a apresentarem-se diante de Deus com verdadeiro louvor.


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Macéias Nunes Membro do Conselho Editorial de OJB

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om relativa frequência, numa saudável prática jornalística que vem dos primórdios, O Jornal Batista publica correspondência de leitores discordando de afirmações ou opiniões deste ou daquele autor, fato que em última análise milita a seu favor como o centenário órgão oficial de uma denominação que prima pelo respeito aos valores democráticos, no conjunto dos quais se destaca o direito à livre expressão, à ampla defesa e ao contraditório. Não há texto imune a críticas, ainda mais quando se trata de opinião. Ainda

Pr. Araúna dos Santos Vitória, ES “Esperei com paciência no Senhor e Ele ouviu o meu clamor...” (Salmos 40.1).

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aracterísticas de nosso tempo, facilidades na vida e rapidez de resultados têm sido a busca dos seres humanos, controlados pelo desejo de bem-estar e a pressa em sua obtenção. O corre-corre diário na realização de objetivos mediatos projeta-se para outras experiências da vida, e comportamentos ansiosos são verificados até mesmo na dimensão religiosa do viver. Deus se transforma em pessoa mágica que traz “bênçãos prodigiosas” em tempo recorde e a fé se manifesta como palavra poderosa, por meio da qual se decreta a materialização de sonhos. Afastar infortúnios para longe de si, evitar os males e aflições do mundo e sobrepujar as “hostes malignas” que lutam contra a prosperidade humana se apresentam como objetivos do Evangelho e “promessas de Deus” para felicidade de

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que o jornal tentasse um amplo consenso com base na provável convergência da média dos leitores na direção de um suposto pensamento único sobre a totalidade dos temas abordados, é claro que isso ainda ficaria no campo da utopia. Tentar agradar a todos, como é notório, é o primeiro passo rumo à perda da autodeterminação e da respeitabilidade, para dizer o mínimo. O Cardeal de Richelieu se gabava de encontrar, se necessário, num texto de sete linhas no máximo, abordando genericamente um tema inócuo qualquer, crimes suficientes para mandar o autor para a forca. Dependendo do ponto de vista pessoal, dos interesses em jogo e do pano

de fundo ideológico, tudo que se diga ou se escreva é passível de contestação. É essa uma das razões pelos quais o direito à livre expressão precisa ser defendido a todo custo, considerando que qualquer um, por mais “politicamente correto” que seja, pode ser alvo de críticas quanto ao que expressa. Sendo assim, todos tem, no mínimo, o mesmo direito de serem criticados, ainda que mais não seja pelo fato de se considerar que o que foi dito está abaixo de qualquer crítica. A fórmula voltaireana de discordar do que se diz garantindo o direito de dizê-lo não é pura retórica. Não é suprimindo o pensamento que não me agrada que combaterei melhor os

argumentos que o definem, assim como não é retirando a pessoa da fotografia, no estilo stalinista, que apagarei sua presença da vida e da história. No caso de OJB – e provavelmente de outros órgãos confessionais – não raro o leitor que tem garantido o seu direito democrático de discordar é o mesmo que, em virtude dessa mesma discordância, sugere cassar o direito do eventual oponente a ser publicado. Em geral, essa atitude deriva da noção ingênua de que há, no nível das ideias, consensos obrigatórios que precisam ser preservados de todo e qualquer questionamento. Acontece que seja qualquer for a posição sobre um tema qualquer, ela pode ser ques-

tionada. Mais: ela precisa ser questionada, até pelo fato de que sem isso acaba perdendo em significação e relevância. Pior do que ser contestado é ser ignorado. Entre todos os valores e direitos humanos que se deve defender a pleno risco, a liberdade paira soberana. Na democracia real, a liberdade de expressão não tem preço. Ela é a garantia de que as demais liberdades serão preservadas, pelos simples fato de que, focalizadas por ângulos diferentes, as coisas acabarão sendo vistas como realmente são e que só assim se poderá perceber também “a diferença entre o justo e o ímpio; entre quem serve a Deus e quem o não serve”(Mal. 3.18).

seus filhos, aqui e agora. A vida cristã, assim entendida, é um grande negócio. O homem entra com a fé, e tão somente a fé, e Deus faz tudo o que este deseja para o seu bem-estar, imediatamente. Parece ter sido diferente a experiência do salmista, segundo seu testemunho no livro de Salmos 40. Ele diz: “Esperei com paciência no Senhor...”. E o escritor aos Hebreus, de forma semelhante, afirma: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova do que se não vê” (Heb. 12.1). Também as experiências de Abraão e Moisés apontam para uma atitude de confiança e um comportamento coerente de esperança, fortalecimento e descanso nas promessas de Deus e seus propósitos para além de suas vidas e interesses pessoais. Heróis da fé ao tempo da Antiga Aliança, Abraão e Moisés souberam esperar anos e anos a fio, até que a palavra de Deus se cumprisse em suas vidas. E isso não os livrou de dificuldades, problemas, adversidades e tudo o mais que a vida no mundo nos reserva, como esclareceu Jesus Cristo,

o Messias: “No mundo tereis aflições...” (João 16.33). A crença de que a vida tem que nos reservar apenas o bem, o bom e o belo e fazer-nos experimentar essas “bênçãos” o mais rápido possível, o mais intensamente, e tantas vezes mais, essa crença, não tem fundamentação bíblica nem prática. O ensino das Escrituras Sagradas do Cristianismo é que a vida no mundo contaminado pelo pecado traz sofrimentos e aflições. E as experiências de autênticos heróis da fé,

seguidores de Jesus Cristo e homens tementes a Deus (leia Hebreus 11), revelam que na dor, no sofrimento, na angústia, na enfermidade, nas carências, nas injustiças – enfim nos “males” da vida – há também um Bem a ser vivenciado, uma “Benção” a ser experimentada, uma Presença a ser sentida e um Crescimento Pessoal a ser atingido. Suportar a dor, o sofrimento, é também um ato de fé e não somente extirpá-los, afastá-los, bani-los da experiência (leia a

confissão de Paulo em II Cor. 12.1-10). A promessa maior da Palavra de Deus é: “...e Eu estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mat. 28.20). A presença de Deus, por seu Espírito Santo, na vida de Seus filhos, os faz fortes, animados e esperançosos em todas as circunstâncias, mesmo em meio a grandes tempestades. “Esperei com paciência no Senhor e Ele ouviu o meu clamor...” em Seu Tempo, segundo Seus Propósitos.

Convocação Para Reunião Ordinária do Conselho da UMHBB Na qualidade de presidente da União Missionária de Homens Batistas do Brasil - UMHBB, em cumprimento ao que preceitua o Estatuto da União Missionária de Homens Batista do Brasil, convoco a diretoria, membro do conselho, presidentes e diretores executivos das Uniões Missionárias de Homens Batistas estaduais para a reunião ordinária do conselho da UMHBB, a ser realizada no dia 13 de outubro de 2012, às 19h30, no templo da Congregação Batista em Vitória do Jarí no Amapá. Dailson Oliveira dos Santos Presidente da UMHBB


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missões nacionais

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Crescer Missionário 2012 Demonstração de amor pela obra

Ana Luiza Menezes Redação da JMN

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ela 19ª vez, a IB do Bacacheri, em Curitiba (PR), realizou o congresso Crescer Missionário, visando novamente proporcionar momentos de refrigério para os 110 missionários que participaram do evento. Segundo o pastor Roberto Silvado, um dos objetivos do congresso é “afirmar o valor que os obreiros têm para Deus e sua igreja, como são amados e importantes no plano de Deus”. De fato, os obreiros sentiram-se valorizados e revigorados após os dias em que receberam cuidados especiais por meio de palestras, momentos de lazer, atendimento odontológico, entre outros. “Foi uma ótima oportunidade para aliviar as tensões do dia a dia e para refletir sobre nosso trabalho e atividade. Pudemos trocar experiências com missionários e absorver atividades que serão úteis em nosso campo”, afirmou Andrea Kozoroski Flores, missionária em Blumenau (SC). O congresso também tem sido válido para que os membros da igreja não percam a visão mais realista de quem são os missionários, “pessoas de carne e osso com necessidades e potencial como eles”, destacou o pastor Silvado, acrescentando que outro objetivo dessa iniciativa da IB do Bacacheri é estabelecer v í n c ul os c om m is s io n ários a fim de que os irmãos orem, se comuniquem com eles, visitem os campos e contribuam com o sustento. Seguindo o exemplo dos irmãos de Curitiba, a PIB de Porto Alegre (RS) realizou pela primeira vez o Crescer Missionário, abençoando 34 missionários que atuam no estado. Na capital gaúcha também houve, além das palestras, atendimento médico e odontológico, massagem e outros serviços. “Os missionários que participaram, saíram motivados a continuar na obra de evangelização do Rio Grande do Sul”, afirmou o pastor Walter Azevedo, coordenador regional de Missões Nacionais no estado. Ainda de acordo com ele, todos os participantes voltaram revigorados, estimulados e com as “ba-

Missionários da JMN na PIB de Porto Alegre

Durante o culto na IB do Bacacheri

Soraia, coordenadora da Cristolândia, deixou uma palavra para a igreja

Missionárias em uma das oficinas oferecidas na capital gaúcha

terias recarregadas” para o campo. Concordando, o pastor Fernando Oliveira, missionário que atua em Pelotas (RS), declarou: “No Crescer, pude sentir o cuidado de Deus sobre a minha vida.” O pastor Robson Scardini, missionário em Flores da Cunha – cidade situada na serra gaúcha, definiu o Crescer como uma oportunidade de recuo estratégico: “Os missionários, em sua maioria, estão fora de sua terra natal. O missionário é um ser humano e é bom que, como qualquer outra pessoa, possa em meio às lutas tirar um tempo para ver que não está só no mundo, no sentido de ver que existem irmãos que se preocupam com ele enquanto um ser humano”. Além de receberem cuidados por parte das igrejas de Curitiba e Porto Alegre que os acolheram, os obreiros aproveitaram também para fazer promoção missionária e participaram do culto de lançamento da campanha 2012 de Missões Nacionais em ambas as igrejas. Para somar à celebração na IB do Bacacheri, o Coral Cristolândia esteve presente no lançamento, que teve mensagens desafiadoras e irmãos dispostos a serem luz em meio às trevas. “Foi a primeira vez que recebemos este coral abençoado por Deus. A missionária Soraia Machado trouxe uma palavra desafiadora e os integrantes do coral, com suas histórias de vidas transformadas pelo poder de Deus, eram manifestações encarnadas do poder de Deus na vida de todo aquele que crê”, declarou o pastor Silvado. Ainda de acordo com ele, a presença dos missionários e do coral Cristolândia no culto aumentou ainda mais a paixão da igreja pela obra missionária. O pastor Daniel Eiras, gerente regional de Missões Nacionais para o Sul do Brasil, definiu o Crescer como um instrumento de apoio à família missionária, e destacou que a expectativa de todos é que mais igrejas, em outras regiões do país, sintam-se estimuladas pelo exemplo da IB do Bacacheri, deixando-se serem bênçãos para que mais missionários sintam o cuidado do Senhor por suas vidas.


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Convenção Batista Carioca realiza abençoada Assembleia em clima de paz, esperança e gratidão

Walmir Vieira Diretor Geral da CBC

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Convenção Batista Carioca realizou, de 24 a 27 de julho de 2012, de terça a sexta-feira, com sessões às 14h (reuniões deliberativas) e às 19h (reuniões inspirativas), no templo e dependências da Primeira Igreja Batista em Jacarepaguá, sua 108ª Assembleia anual. A Assembleia teve 320 inscritos, mas cerca de 1.500 líderes cariocas marcaram sua presença em, pelo menos, uma das suas oito sessões. A Assembleia foi realizada sob a égide do novo Estatuto que reestruturou a Convenção, dando maior integração, segurança e dinamicidade, tanto à sua estrutura quanto às suas organizações cooperantes. O orador oficial foi o pastor Eraldo Sena Campos, pregando significativo e desafiador sermão, sob o tema: “Ser como Cristo, praticando a Bíblia”. Pregaram também o pastor Nilton Antônio de Souza, da Junta de Missões Nacionais, eleito novo Diretor Geral da Convenção Batista Carioca, que tomará posse no dia 25 de setembro de 2012, e o pastor Elias Werneck, pastor titular da Igreja hospedeira, que come-

morava 90 anos de fundação e ofereceu a CBC uma recepção de alto nível. Estiveram presentes à Assembleia, trazendo palavras e representando suas organizações: Pr. Sócrates de Oliveira (Executivo da CBB), Pr. Fernando Brandão (JMN), Pr. Antonio Galvão (JMM) e Profa. Nancy G. Dusilek (Diretoria da CBB). As sessões da Assembleia foram todas abrilhantadas com ótimas, variadas e edificantes participações musicais das diversas igrejas batistas cariocas, convidadas pela Associação de Músicos Batistas Cariocas (AMBC). A Convenção Carioca está ampliando seu trabalho de Missões Urbanas, agora com 12 capelães e 200 voluntários atuando em capelania (pastoral) hospitalar, prisional, portuária, e nas duas novas áreas dos enlutados (cemitérios) e esportiva. Está reorganizando e tomando as providências necessárias para preservar e dinamizar seu Colégio Batista Shepard, além de consolidar a integração e o aprimoramento das demais instituições e investir fortemente na capacitação e união de suas igrejas cooperantes. A Assembleia recebeu seis novas igrejas totalizando, agora 492 igrejas e 118 congregações cooperantes. O Rio

Pr. Eraldo Sena Campos orador oficial da 108ª Assembleia

Plenária com o Pr. Nilton Antônio de Souza no canto esquerdo

Pr. Edson Peterle Vieira dá posse à nova Diretoria

CBC homenageia PIB de Jacarepaguá

de Janeiro é a maior cidade do mundo, em número de igrejas batistas. Entretanto, a Assembleia relacionou oito igrejas que se encontram com acentuados problemas de princípios e doutrinas, divergentes da prática batista; estas igrejas serão acompanhadas durante o novo ano convencional e haverá um parecer sobre a sua permanência no rol de igrejas cooperantes, na próxima Assembleia.

Os trabalhos foram conduzidos pelo Presidente pastor Edson Peterle Vieira. A diretoria eleita para o novo ano convencional (agosto de 2012 a julho de 2013) ficou assim constituída: Presidente: Pr. Dejalmir da Cunha Waldhelm; 1º Vice-Presidente: Pr. Eraldo Sena Campos; 2º Vice-Presidente: Pr. Antonino Melo Santos; 3º Vice-Presidente: Pr. Josué da Silva Andrade; 1ª Secretária: M.M.

Ilazy Ildefonso de Oliveira; 2º Secretário: Dc. Miquéas Antônio dos Santos; 3º Secretário: Pr. João Fraga Filho. A liderança batista carioca sente-se feliz por estar vivendo um novo momento e com a perspectiva de experimentar um novo tempo de maior santidade, comunhão, cooperação e realizações para a glória de Deus, na maravilhosa e necessitada cidade do Rio de Janeiro.

FTBP tem seu curso de Mestrado em Teologia reconhecido pelo MEC Pr. Dr. Jaziel Guerreiro Martins Diretor da Faculdade Teológica Batista do Paraná

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povo batista brasileiro tem mais um motivo para estar em festa. Deus tem nos abençoado de muitas maneiras, o que nos tem alegrado muito. Uma das mais recentes dádivas do Pai Eterno foi a aprovação e recomendação do Mestrado Profissional em Teologia da FTBP (Faculdade Teológica Batista do Paraná) pela CAPES (MEC). É um momento histórico para os batistas brasileiros: o primeiro mestrado de uma instituição batista aprovado e recomendado pelo governo brasileiro. Foram inúmeras as lutas: as exigências governamentais, a preparação, a contratação de doutores em Teologia, a planilha orçamentária, o projeto, a visita da comissão da CAPES, a expectativa do resultado, e assim por diante. Apenas quem trabalha com educação e se engaja em um grande projeto como esse

é que conhece a extensão de todas as circunstâncias que envolvem um programa de Mestrado reconhecido pelo MEC. Durante a visita da Comissão ouvimos elogios dos conselheiros da CAPES que estiveram aqui em Curitiba por três dias. Manifestaram apoio total e inconteste, o que se verificou no relatório por eles enviado ao MEC, o que ocasionou a aprovação do programa. Não houve nenhuma recomendação adicional à Faculdade Teológica Batista do Paraná em mudar qualquer item do projeto. Sabemos que temos muita coisa a desenvolver e a melhorar, pois agora nos serão exigidas várias coisas que não são exigidas para um curso de graduação, como por exemplo, um corpo docente composto de um bom número de professores doutores em teologia de tempo integral e muita produção acadêmica dos professores em nível nacional e internacional. A FTBP também precisa apoiar seus docentes em Congressos, Conferências

no Brasil e no Exterior, bem como um investimento maior e mais específico em termos de biblioteca. E, para tudo isso precisamos de dinheiro! Solicitamos oração e apoio dos batistas brasileiros para que a gestão tenha muita eficácia em conduzir a instituição, especialmente no início do curso, que exige muito da questão financeira. Aqui fica manifesta a gratidão à Convenção Batista Paranaense através de seu Conselho Educacional, que aprovou as medidas necessárias solicitadas pela direção da Faculdade. Também não se poderia esquecer do nosso povo batista brasileiro, em particular os pastores, especialmente do campo paranaense, que oraram incessantemente pela aprovação desse projeto. Também agradecemos às diversas lideranças da denominação em nível nacional, especialmente ao pastor Paschoal Piragine Junior, presidente da Convenção Batista Brasileira e ao pastor Sócrates Oliveira, diretor geral da CBB, bem

como ao pastor Roberto Silvado, presidente da Convenção Batista Paranaense, que sempre tiveram o sonho de ter uma casa batista preparando seus mestres. Agora os batistas podem optar por uma instituição confessional batista para fazerem seu mestrado. Também não se pode deixar de agradecer ao Pr. Dr. Antônio Renato Gusso, coordenador do projeto e agora do curso aprovado, pelo empenho, dedicação, visão e trabalho incessante. Acima de tudo e, sobretudo, a Deus toda a glória, honra e louvor. Sem ele e sem os dons com os quais Ele nos habilita, jamais teríamos conquistado esta vitória. Do Mestrado Profissional em Teologia o MEC exige o mesmo nível acadêmico e científico de um mestrado oferecido por toda e qualquer universidade brasileira. A diferença do Mestrado Profissional é a forma em que ele é oferecido: ao invés de termos aulas semanais ou quinzenais durante o semestre todo, temos aulas em sis-

temas modulares por duas ou três semanas (em março e em agosto). Há necessariamente um acompanhamento dos professores com os alunos via sistema midiático, para maior interação aluno-profesor-instituição-programa. A reflexão em um Mestrado Profissional, segundo o MEC, é sobre a praticidade, vamos ter duas linhas de pesquisa: 1) Leitura e Ensino da Bíblia, que enfatiza a Hermenêutica, a Exegese, a Homilética e o Ensino; 2) Organização e Cuidado Pastoral, que enfatiza o Ministério Pastoral e suas várias vertentes. Pedimos ao povo batista brasileiro que esteja sempre em oração por nós e por este novo ministério que exerceremos a partir de agora, preparando mestres para os nossos seminários e faculdades teológicas. Queremos servir ao Brasil Batista dando a contribuição que Deus, neste momento histórico, exige de nós. Aos interessados, dentro de alguns dias, surgirão novas informações no site www.ftbp.com.br .


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Em Minas Gerais Embaixadores do Rei em Ação Pouso Alegre com a participação de 09 alunos representando 09 igrejas, pela graça de Deus estamos vendo o trabalho com os Embaixados Embaixadores res do Rei ressurgir no Sul de do Rei de Minas Minas. Gerais tem feito um trabalho in- Encontro de Embaixadores do Rei na IB Canaã tensivo e produtivo, conheça em Montes Claros agora as ações desenvolviDia 28 de julho aconteceu das. um encontro de Embaixadores do Rei na Igreja Batista Apresentação dos Canaã em Montes Claros Embaixadores do Rei com a participação de 40 na 81ª Assembleia da Convenção Batista Mineira meninos. Dia 28 de julho de 2012 os Nova embaixada na Embaixadores do Rei fizeram cidade de Santa Vitória uma apresentação na 81ª Mais uma Embaixada em Assembleia da Convenção Batista Mineira, em Divinó- funcionamento na cidade de polis, com a participação de Santa Vitória. O missionário 65 meninos representando 5 pastor Givanildo começou um projeto com meninos igrejas. numa escola próximo a conEncontro de Coordenadores gregação e pela graça de Deus Dia 04 de agosto, nas de- os meninos e os pais já comependências do Sítio do Irmão çaram a frequentar os cultos, a José Luiz em Santa Luzia Embaixada está ajudando no realizamos um encontro de processo de implantação da coordenadores de associação igreja na cidade. para avaliação do andamento do trabalho dos ER no estado Encontro de Embaixadores e elaboração do calendário do Rei na IB Monte Moriah em Montes Claros 2013 com a participação de Dia 04 de agosto aconteceu 11 líderes representando 6 um encontro de Embaixaassociações. dores do Rei na IB Monte Moriah, em Montes Claros, Caminhada ecológica com a participação de 70 no parque Sapucaia meninos. em Montes Claros Dia 14 de agosto a EmbaiCapacitação para xada da IB Canaã, em Montes Conselheiro de ER na Claros, realizou uma camiPIB de Juiz de Fora nhada ecológica no parque Dia 10 e 11 de agosto reSapucaia em Montes Claros. alizamos mais um curso de capacitação de conselheiros Mini Olimpíada nas dependências da PIB de em Divinópolis Dia 02 de junho realizamos Juiz de Fora. uma Mini Olimpíada nas Novidades dependência do Batalhão Mais uma vez Minas Gerais do Corpo de Bombeiros da cidade de Divinópolis, com saiu na frente. A UMHBM a participação de 60 pessoas comprou um veículo para representando 04 igrejas. Foi uso do ministério dos Emo primeiro evento na ação de baixadores do Rei, esse será revitalização do ministério na utilizado para dar suporte associação OESTE de Minas. ao ministério na realização de eventos e para visitas do missionário nas igrejas e asCapacitação para sociações do estado. Portanto Conselheiro de ER agora a CBM é a primeira no CBM-BH Dia 1 a 16 de junho rea- Convenção a ter um casal de lizamos mais um curso de missionário com tempo intecapacitação para conselheiro gral dedicado ao ministério de Embaixadores do Rei nas com os ER e um veículo para dependências do CBM – BH dar suporte ao trabalho. Vale a pena investir na Orcom a participação de 18 alunos representando 07 igrejas. ganização Embaixadores do Rei, e se a sua igreja ainda não tem uma Embaixada Capacitação para você poderá gastar muito Conselheiro de ER tempo remendando homens. em Pouso Alegre Dia 22 a 24 de junho re- Por isso o lema da organizaalizamos outro curso de ca- ção continua atual: “Conspacitação para conselheiros truindo meninos, para não nas dependências da PIB de Remendar homens”. Pr. Edemilson Benedito de Oliveira Coordenador Estadual dos ER MG

O

Entrada na Convenção em Divinópolis

Apresentação na Convenção

Entrada do Parque na caminhada ecológica

Final da Caminhada

Reunião de Coordenadores

Alongamento 6h30 manhã

Juramento as Bandeiras

Hora do almoço

Estudo da Biblia

CICER Pouso Alegre


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IB Central em Abolição celebra Jubileu de Ouro

Nilo Tavares Silva Pastor, Ministro de Evangelismo da IB Central em Abolição, RJ

“Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum” (Atos 2.44).

C

ompletamos 50 anos. Quantas coisas aconteceram. Quantas vidas passaram pela IBCA, e ainda passarão! Celebremos a Deus por todas essas bênçãos. Dizem que a verdadeira arte da memória é a arte da atenção, então compartilho com os leitores um breve histórico da Igreja Batista Central em Abolição no Rio de Janeiro. Queremos recordar a história a partir do trabalho dos batistas no Brasil, e em especial no Rio de Janeiro. A Primeira Igreja Batista no Rio de Janeiro foi organizada em 1884; ela por sua vez organizou em 1911, a Primeira Igreja Batista em Madureira. Os irmãos de Madureira organizaram então a Igreja Batista em Osvaldo Cruz no ano de 1922. Já em 1928, a Igreja Batista no Tauá foi organizada pelos irmãos de Osvaldo Cruz. Por fim, Tauá organiza a Primeira Igreja Batista em Inhaúma no ano de 1933. Inhaúma organizou em 1942 a Igreja Batista de Abolição em Pilares, sendo interinamente pastoreados pelo pastor Walfrido Monteiro, da Igreja de Inhaúma. Pastor Walfrido, além de interinamente pastorear a Igreja Batista de Abolição, em 1962 participou da or-

ganização da Igreja Batista Bom Pastor, que em Ata da Sessão Regular de 10 de fevereiro de 1963, passa a adotar o nome de Igreja Batista Central em Abolição. Recordamos também, ainda que de maneira breve a história dos pastores que deixaram sua marca na Igreja. O pastor e professor Walfrido Monteiro, eleito como pastor provisório quando da inauguração da Igreja, o pastor Jogli Alves Feitosa, pastor Eliasir Rodrigues, Ovidio Rodrigues Dantas, Jocelino Antonio de Proença, Ademar José Barbalho da Silva, Joaze Gonzaga de Paula, tendo na atualidade como pastor da Igreja Batista Central da Abolição, o pastor Sergio Leite dos Santos, atuando há 28 anos na denominação batista, além de ser um dos conselheiros da Convenção Batista Carioca. Destaco também outro ilustre pastor que faz parte da membresia da Igreja: O pastor Adilon Joaquim da Silva. A Igreja têm em fidelidade a Palavra de Deus anunciado aos moradores da Abolição que “Só Jesus Cristo Salva”. Através de seus 30 membros, a diaconia, o anúncio, a comunhão, e o testemunho têm sido conhecidos naquele bairro tão tradicional do grande Méier, na Cidade do Rio de Janeiro. Em 2011, chega um reforço para a obra evangelística na igreja da Abolição: O pastor Nilo Tavares Silva, oriundo da Igreja Batista em Praça do Carmo, numa relação de amor e parceria que só as igrejas Batistas sabem fazer dando continuidade

a obra evangelística para Glória de Deus. Em 2012 celebramos 50 anos com: Motivação, Disponibilidade, Investimento e Perseverança, sabendo que muito trabalho ainda precisa ser feito no bairro da Abolição, e contamos com as orações de todo povo batista, por essa pequena igreja cinquentenária em relação a seu tamanho, e membresia, mas igreja gigante, usada de maneira poderosa quando olhamos pela ótica espiritual, pela ótica de Deus.

Convocação de Concílio e Ordenação ao Ministério Pastoral A Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ, sediada à Rua Ferreira Borges, 54 – Campo Grande – RJ, em Assembleia Geral Ordinária, decidiu por unanimidade convidar os pastores e igrejas para o concílio Examinatório com vistas ao ministério pastoral do irmão HÉRISSON SIMÕES GONÇALVES. O Concílio Examinatório está convocado para o dia 06 de outubro de 2012 (sábado) às 9 horas, na sede da Igreja. Sendo aprovado o candidato, a sua ordenação ao ministério pastoral ocorrerá no dia 21 de outubro de 2012 às 9h45min, no mesmo endereço. Contando com a presença de todos, antecipadamente gratos, nos despedimos. Em Cristo Jesus, Pr. Carlos Elias de Souza Santos Presidente


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missões mundiais

Missões Mundiais no ar

Igreja Portuguesa do Cabo

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Casal missionário Pr. Cléber e Gleicimara Balaniúc

golanos, portugueses vindos Ailton de Faria Redação de Missões Mundiais da Ilha da Madeira, moçambicanos, xhosa, afrikaners (esses a África do Sul exis- dois últimos são das etnias tem 11 idiomas re- sul-africanas) e brasileiros. conhecidos oficial- Os cultos são em português mente e dentre eles com tradução para o inglês e não está a língua portuguesa. os louvores são cantados em Na Província do Cabo, apesar diferentes idiomas. Outros missionários brasida população portuguesa ser expressiva, não há progra- leiros que por ali passaram mas nessa língua nos veículos conseguiram, por um período de comunicação. É na Igreja de sete anos, manter um proPortuguesa do Cabo que o grama de rádio de 15 minutos casal missionário Pr. Cléber semanalmente. Nesse períe Gleicimara Balaniúc desen- odo muitas visitas de líderes volve seu trabalho de Missões batistas brasileiros – como Pr. Mundiais. Esta é uma igreja Clemir Fernandes e Nancy multirracial, formada por an- Dusilek – passaram pela rádio

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deixando a Palavra de Deus ao povo de expressão portuguesa. No entanto, no início de 2011, a rádio passou por modificações e tiraram do ar vários programas, incluindo o do casal Cléber e Gleicimara que, nesse período, alcançou muitas famílias. Sabendo da abrangência desse programa, os missionários estão em negociação para retomá-lo com mais tempo no ar. Outra grande necessidade na África do Sul é o treinamento de liderança batista. O casal missionário já trabalhou com várias turmas, plantando a semente do Evangelho em

diferentes terrenos. Também há um grupo bom de crianças e jovens que são desafios para nossos missionários. Segundo o Pr. Cléber, os jovens crentes têm sido bombardeados com teorias, filosofias e doutrinas que vão contra o que cremos. Com isso, eles procuram responder, através da Palavra de Deus, a razão da nossa fé. “As lutas são constantes, mas as vitórias conquistadas em Cristo nos levam a continuar firmes, semeando e divulgando a Palavra de Deus”, disse o missionário. Muitas pessoas já passaram pela Igreja Portuguesa do

Cabo e a maioria, por não ser da África do Sul, sempre está indo de um lugar para o outro. Nos últimos quatro anos, muitas famílias angolanas que fugiram da guerra, retornaram para Angola. Com isso, a média de frequência nos cultos tem sido de 80 pessoas. “Na igreja trabalhamos com multiministério, treinamento de liderança, ministério com casais e juventude. Estamos preparando nossos irmãos e líderes batistas locais para continuar levando a mensagem de Cristo, a Paz que liberta”, finaliza o Pr. Cléber Balaniúc.

Coordenadores para a África visitam a Libéria

Redação de Missões Mundiais

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o dia 3 de setembro, os coordenadores de Missões Mundiais para a África, pastores Ruy Oliveira e Marcos Peres, além do coordenador do PEPE (programa socioeducativo) para a África Ocidental, missionário José Ricardo Nascimento Santos, visitaram a Libéria, onde se encontraram com a liderança da convenção batista do país africano. Os coordenadores foram recebidos pelo presidente da convenção batista liberiana, Pr. Olu Q. Menjay, que visitou a sede da Junta de Missões Mundiais, no Rio de Janeiro, em maio. A visita, em retribuição à ida de Menjay ao Brasil, serviu para firmar parcerias em apoio evangelístico e possível implantação do PEPE no país. O grupo de brasileiros expressou alegria por estar na Libéria, um lugar com grandes oportunidades para se apresentar o amor de Jesus. Os liberianos, por sua vez, se mostraram muito

Pr. Olu Q. Menjay visitou JMM em maio

interessados no PEPE, programa socioeducativo e evangelístico promovido por Missões Mundiais em parceria com igrejas em comunidades carentes. O PEPE contribui para a formação emocional, social, educacional e espiritual de crianças de 4 a 6 anos atendidas pelo projeto. O Pr. Menjay, que também é vice-presidente da Aliança Batista Mundial, apresentou um projeto de construção de uma gráfica para impressão de material para escola bíblica e publicações informativas, educativas e inspi-

rativas, o que também ser- Missões Mundiais visitou a Libéria no início de setembro viria como mais uma fonte de renda para a convenção liberiana. Quando esteve no Brasil, em maio, o Pr. Menjay falou sobre o Ricks Institute, escola fundada em 1887 e mantida pelos batistas liberianos. A instituição, considerada uma das melhores de toda a África, atende 625 alunos atualmente. O Pr. Menjay também ficou impressionado com o trabalho desenvolvido pelos batistas brasileiros e agradeceu a Junta de Missões Mundiais pela ajuda na Missionário José Ricardo Nascimento apresenta o PEPE à líderes evangelização da Libéria. da Convenção Batista Liberiana


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50 anos sem você Manoel Avelino de Souza, meu avô Sua 1ª neta - Silvia Regina Prado de Souza Dias Membro da PIB de Niterói, RJ A essência não pode se perder...

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m 27 de setembro de 1962 meu avô querido partiu para a eternidade e sua meta aqui na Terra quase se concretizou totalmente – a construção de um novo templo da Primeira Igreja Batista de Niterói. Os diáconos da época e outros membros da nossa Igreja resolveram inaugurar o Salão Nobre no segundo andar, que já estava quase totalmente pronto, com o seu corpo presente. Nunca havia presenciado uma cerimônia tão grandiosa, embora triste. Quantas coroas enfeitavam aquele Salão, quem estiver vivo e que presenciou, se lembrará do que estou falando. Fui submetida a uma cirurgia cardíaca agora em agosto em um hospital em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, bem em frente à Quinta da Boa Vista e ali pude pensar muito no meu avô e lembrar que por lá ele havia passado muitas vezes, ora de bonde, ora de ônibus, indo em direção ao Seminário Teológico

Pr. Manoel Avelino

do Sul do Brasil, na Tijuca, onde era professor de várias matérias, ou também para ir à Casa Publicadora Batista na Praça da Bandeira. Fiquei chorosa e me lembrando de tantas coisas que meu avô fazia e o contato pessoal que só eu pude aproveitar, pois estava na adolescência e também estudava no Colégio Batista de Niterói, instituição de ensino que nasceu por desejo do meu avô, que era diretor geral. Quantas pessoas estudaram lá! Quantos conheceram a Cristo através daquele colégio. Ah! Que saudade! Estando ali naquele hospital pude voltar ao passado e recordar vivências com o meu avô Avelino, que me batizou. Por ter que ficar de repouso aproveitei para assistir alguns programas evangélicos e fiquei desapontada e observando que quase já não há mais pastores que pregam a essência do Cristianismo. Hoje se vê muito o “evangelho da prosperidade” e muita coisa material. Não podemos deixar a essência do evangelho puro de Cristo se perder no meio do trabalho televisivo. Precisamos resgatar mais pastores com a simplicidade e autenticidade de Manoel Avelino de Souza.


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Missão Batista Bom Clima Macedo comemora aniversário

Irmãos de diversas igrejas batistas comemoram o 2º aniversário da Missão

Pr. David e Barbara Araujo Missionários na Missão Batista Bom Clima Macedo, Guarulhos, SP

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o domingo, 19 de agosto de 2012, às 17h, alegramo-nos na presença de Deus, comemorando o segundo aniversário da Missão Batista Bom Clima Macedo em Guarulhos, SP. Foi um culto memorável e maravilhoso. Tivemos a presença de algumas igrejas batistas de Guarulhos repre-

sentada por vários irmãos: IB da Vila Barros - Coral dirigido pelo Pr. Maurício; IB Central - Coral dirigido pelo Pr. Benjamin; Ministério de Louvor da IB Ponte Grande - dirigido pela irmã Suelen. Ouvimos palavras de saudação dos pastores: Pr. Luiz Carlos (Executivo da Associação Batista de Guarulhos e cidades vizinhas), Pr. Nilton Antunes (PIB de Guarulhos - Igreja Cooperadora), Pr. Luiz Antônio (IB Central de Guarulhos - Igreja Cooperadora), Pr. Arsênio Lima

Coral celebra junto com a Missão

(IB Ponte Grande - Igreja Cooperadora), Pr. Maurício (Dirig. do Coral da IB Vila Barros), Pr. Benjamin (Dirig. Coral da IB Central). Hinos e cânticos elevaram nosso coração ao trono da Graça de Deus. Pr. Arsênio de Lima nos trouxe a mensagem oficial. Os Missionários, Bárbara e Pr. David, receberam emocionante homenagem das igrejas representadas e cooperadoras e Missão. Alguns visitantes de primeira vez ouviram a Palavra do Senhor. Ape-

sar de não termos tido representante da PIB Penha, SP, a mesma tem sido uma das cooperadoras com a Missão Batista Bom Clima. Que benção a ajuda dos irmãos Gilberto e Sérgio, documentando nosso culto. Após o lindo culto, houve a confraternização de todos, e saboreamos um delicioso bolo confeccionado pela irmã Zulmira, participante da Missão. Entendemos que a obra missionária é feita através de cooperação mútua entre

igrejas batistas, com a Frente Missionária, e não a vemos como “miojo” (instantâneo). Este culto foi mais um belo exemplo de amor e cooperação das Igrejas com a Missão Batista Bom Clima Macedo. Valeu muito a presença de todos os irmãos, por se alegrarem conosco. Deus os abençoe em suas lidas, famílias, ministérios. Precisamos que continuem orando por nós. Muito obrigado queridos irmãos Batistas por esse apoio que temos recebido de vocês.


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emos constatado seja pela mídia ou pelas informações de irmãos de confiança e pastores sérios, o enriquecimento de elementos que estão na liderança pastoral, profética ou da Palavra. Parece-me contraproducente este tipo de coisa. A história do ministério profético revela o chamado da parte de Deus e a seriedade dos homens chamados, que serviam ao Senhor na Sua total dependência. Eram pastores e profetas extremamente ricos porque a riqueza deles era Cristo. Tozer foi muito sábio ao dizer que “não é absolutamente mais feliz aquele que tem Deus mais alguma coisa do que aquele que só tem o Senhor”. Os ministros ricos são os que recebem o seu sustento digno, sem explorar o povo, cuidam muito bem da família e não acumulam bens. O seu bem maior é o Senhor. Os levitas não possuíam terras, mas o Senhor. Confiavam na suficiência do Senhor

P

or algum tempo enfatizamos que nossa única missão era evangelizar o mundo perdido. A política, como outras atividades cotidianas relacionadas à vida material ficaram de lado. Parece-me que o assunto tem se invertido em alguns círculos evangélicos. Fala-se até na existência de uma espécie de loteamento eleitoral. Os mais afoitos falam em currais eleitorais, coronelismo evangélico, uma reprise evangélica do mundo eleitoral do nordeste. Precisamos retomar o assunto lançando alguns referenciais para que o povo

ponto de vista

em quaisquer circunstâncias. Paulo deixou, ao morrer, os seus pergaminhos (II Tim. 4.13). Os pastores ricos deixam a herança espiritual/ ética para os seus filhos. O seu legado espiritual é visível pelas ovelhas, sua esposa e seus filhos. Os homens de Deus são abnegados, desprendidos, liberais em contribuir, amorosos, solidários e que buscam a profundidade da vida de Cristo pela Palavra. Eles estão mortos para si mesmos e vivos para Deus, o Pai que os supre sempre. O apóstolo Paulo era um homem rico porque a sua confiança não estava em bens, mas no Senhor. Outro obreiro valoroso foi Hudson Taylor, médico-missionário na China, quando disse: “A obra de Deus, feita à maneira de Deus tem o sustento de Deus”. Eles não estavam focados no acumulo de propriedades, mas no resgate de vidas preciosas. Não viam cifrões, mas pessoas valiosas. Não estavam preocupados

com a fama, mas com a herança de um testemunho fiel. Os pastores pobres, por sua vez, são medíocres. Vivem explorando o povo com altíssimos salários, mordomia, carros sofisticados, casas luxuosas e contas bancárias extravagantes. Vivem viajando. Não cuidam do povo. Não cheiram as ovelhas de Cristo. É triste ver elementos no ministério que fazem do povo fonte de lucro para o seu bel prazer e da sua família. Elementos egoístas, avarentos e comprometidos com o ter como um fim em si mesmo em detrimento do ser em Cristo Jesus. Os pastores pobres o são de amor, solidariedade, cuidado, afeto e confiança no Senhor. Eles acumulam bens para a sua “aposentadoria”. Conheço companheiros de ministério que têm várias propriedades. Deviam ser empresários, donos de imobiliárias e fazendeiros. Eles buscam a glória pessoal e não a glória de Deus. São ditadores im-

placáveis. Na verdade, mandam na Igreja. Não dialogam com o povo. A Igreja que lideram não é de Jesus, mas deles. Como diz Paulo, “são inimigos da cruz de Cristo e o fim deles é a perdição; o deus deles é o estômago; e a glória que eles têm baseia-se no que é vergonhoso; eles se preocupam só com as coisas terrenas” (Fil. 3.18,19). São pessoas comprometidas com a teologia da prosperidade e com a imagem pessoal. São megalomaníacos. Usam de vaidade. Eles têm um palavreado típico de gente que não está nem aí para as necessidades dos outros. São profissionais de púlpito. Talentosos na comunicação. São elementos sem coração, sem fé e sem discernimento espiritual. Vivem de aparência. Não pregam a Palavra, mas suas palavras, suas convicções ou seus achismos. E a família vive em crise profunda porque basta dar conforto. Judas nos dá a medida certa desses elementos pobres: “Ai

deles! Pois seguiram pelo caminho de Caim, e por causa de lucro se lançaram ao erro de Balaão e foram destruídos na rebelião de Coré. Eles são rochas ocultas e participam de vossas refeições comunitárias, banqueteando-se convosco, sem escrúpulos. São pastores que apascentam a si mesmos. São como nuvens sem água, levadas pelos ventos. São como árvores sem folhas nem fruto, duplamente mortas, cujas raízes foram arrancadas. São como as ondas bravias do mar, espumando suas próprias indecências, estrelas fora de curso, para as quais a escuridão das trevas tem sido reservada para sempre” (Judas 11-13). Esta é a pura realidade dos pastores pobres. Só serão tornados ricos pela manifestação do Senhor em suas vidas a partir de um profundo arrependimento e mudança radical de vida. Que o Pai seja glorificado nos homens comuns chamados por Ele para um trabalho extraordinário.

evangélico brasileiro possa se conscientizar de sua real posição na participação da vida política de nossa nação. A igreja está separada do Estado, mas como cidadãos vivemos inseridos num contexto político do qual não podemos fugir e não há como negligenciar essa nossa responsabilidade ética. Alguns critérios práticos para a escolha de nossos candidatos neste próximo pleito eleitoral: 1. PROMESSAS DOS CANDIDATOS. É comum o dito “político promete, mas não cumpre”. Muitas promessas são mirabolantes e não pas-

sam de frases publicitárias para conquistar o eleitor. Avalie a compatibilidade das promessas com a sua capacidade de realização. 2. VIDA PESSOAL DO CANDIDATO. Considere a história do candidato, suas realizações, seu relacionamento familiar. Qual valor o candidato dá ao indivíduo? Como ele convive com o poder - é autocrático, frouxo, democrata? Dialoga ou é cratomaníaco, megalômano? É oportunista só lembrando dos eleitores na época da eleição? 3. CANDIDATOS EVANGÉLICOS. “Crente sempre

vota em crente!?!?” Será que isso sempre vale a pena? Confessemos, estamos cansados de votar em candidatos evangélicos e geralmente nenhuma influência cristã exercem. Aliás, tem havido muito escândalo. Sem dúvida nossa prioridade deve ser votar em candidatos evangélicos, mas também deles exigir pronta e efetiva atuação parlamentar dentro dos padrões bíblicos. Chega de ingenuidade e demagogia política. 4. ESTATÍSTICAS. Não podemos nos enganar com os dados estatísticos que nos dão uma falsa ilusão de que a maioria sempre tem a razão.

Devemos ter plena consciência em quem estamos votando, isto deve ser a baliza principal. Devemos votar num candidato não pela sua posição nas estatísticas, mas pelas suas qualidades. Sejamos sensatos! Enfim, além de tudo, devemos orar antes de votar. Devemos também orar depois de votar, seguindo a admoestação de Paulo: exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade (I Timóteo 2.1-3).


o jornal batista – domingo, 23/09/12

ponto de vista

Pr. Araúna dos Santos Vitória, ES

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omos servos de Deus, cooperadores, pelo Espírito Santo, na extensão de seu Reino na terra. A partir do alistamento e envolvimento de outros homens, cujos corações se abrem para a Sua Palavra que pregamos, concede-nos o Senhor da Seara o privilégio de sermos úteis à Sua causa, o que nos traz alegria espiritual. Tenho pensado, ao avaliar a vida eclesiástica e denominacional, que é exatamente nesse fazer a obra de Deus que, de maneira sutil, o Diabo – nosso adversário – tem logrado algumas vitórias em suas batalhas contra o reino de nosso Senhor. Diante de certos expedientes utilizados, iniciativas e atividades e programas e realizações, já me surpreendi a pensar: Isso é obra de Deus ou manobra de homens? Eis a questão! Aprecio a teologia de Henry Blackaby com quem tive o prazer de estudar a Bíblia, du-

rante uma semana inteira, em Glorieta, no Acampamento da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos. Autor do divulgado livro de estudos devocionais “Conhecendo Deus e Fazendo a Sua Vontade”, Blackaby alerta para o fato de que é o próprio Deus quem convida a nos juntarmos a Ele para fazer, junto com Ele, a Sua obra no mundo, do jeito que Ele mesmo faz, simplesmente seguindo-O, passo a passo, por onde nos conduzir. E é nisso que está a nossa dificuldade ou a tentação do Diabo. Somos apressados. Somos orgulhosos de nossa “capacidade”. Temos conhecimento dos métodos, a ciência, a tecnologia. Só precisamos mesmo é da “bênção de Deus”. E Ele nem sempre é tão apressado quanto nós pelos resultados imediatos – “...um dia para o Senhor é como mil anos ...”, já ensinava o apóstolo Pedro aos ansiosos pela vinda do Senhor (II Ped. 3.8). É preciso aprender a esperar em Deus, como o salmista (Sal. 40.1). É dEle ainda a iniciativa em

tudo o que diz respeito ao Seu reino. Ele é “O Deus que Age” a seu tempo, segundo Ernest Wright, e “não anda por atalhos”, de acordo com Júlio Sanches de Oliveira. A fé nos faz esperar em Deus. A submissão a Ele como “O senhor da Seara” nos faz seguir suas orientações. Quando reflito sobre igrejas e obras denominacionais, desfilam diante de mim algumas lembranças: quantas iniciativas, quantos programas, quantos projetos, quantas decisões que mais parecem ser manobras de homens do que obras de Deus – ação entre amigos. É preciso ter muito cuidado ao empregar o nome do Senhor Deus em certos empreendimentos e expedientes que têm chegado a ser motivos de vergonha para o Evangelho. O Senhor é capaz de fazer a Sua obra sem a nossa “ajuda”. Custa-nos crer nessa verdade bíblica em razão de nosso orgulho, estrelismo e ativismo. Mas, graças a Deus que Ele faz a Sua obra apesar de nós. Há diferenças visíveis

entre as obras de Deus e as manobras dos homens. Estas “massageiam o ego”, glorificam instituições e projetos humanos, destacam “personalidades”, enquanto aquelas honram apenas o Pai, o Filho e o Espírito Santo – a plenitude da Deidade. “Porque dEle e por Ele e para Ele são todas as coisas. Glória, pois a Ele, eternamente. Amém” (Rom. 11.36). Vale a pena lembrar a direção continuada do Senhor na histórica libertação do povo de Israel da escravidão do Egito. Ele, o Senhor, conduzia o povo, indo adiante deles, durante o dia através de uma nuvem e à noite através de uma coluna de fogo (Êxodo 13.17-22). Deus determinava o ritmo da longa caminhada, não a pressa do povo. E Ele os conduziu pelo caminho mais longo, mais demorado, sem buscar atalhos para chegar a Canaã. Os fins não justificam os meios. Deus, o Senhor, sabe das coisas! Precisamos estar alertas para distinguir a real motivação de tantos “eventos” que

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buscam nossa adesão e cooperação. Precisamos aprender a perguntar: “Obra de Deus ou Manobra de Homens?”. E a resposta deve acontecer à luz da própria Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – que deve ser nossa única regra de Fé e Prática. Ela tem os registros que caracterizam as obras divinas, a verdadeira obra do Espírito Santo. Para nos ajudar em diferenciar as ações puramente humanas das ações de inspiração divina, recomendo a leitura do texto bíblico em Tiago 3.13-17 (entre outros), onde ficam bem caracterizadas a sabedoria que vem da carne, do Diabo, e a sabedoria que vem do Espírito de Deus. A primeira manifesta amarga inveja e ambição egoísta, a outra, a sabedoria que vem do alto, é pura, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera. Depois, é só conferir na prática eclesiástica e denominacional para se ter a resposta à indagação: obra de Deus ou manobra de homens???

Departamento de Ação Social da CBB

Mauro Jaques Pastor Geral da PIB em Alvorada, RS

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ala-se muito hoje sobre o termo acessibilidade. Jornais, revistas tem noticiado e incentivado sobre a importância do tema e sua relevância. A lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.

Sou deficiente físico há 40 anos. Já entrei em igrejas normais, projetadas para pessoas “normais”. Percebi em todas vezes que pela busca da estética muitas são adornadas com pisos lindos, caros, mas totalmente escorregadios; banheiros lindíssimos, mas sem rampa e entrada para cadeiras de rodas. Não se imagina que um dia um deficiente físico pode ali resvalar e sofrer um sério acidente. Trabalhamos na perspectiva de que a igreja é projetada para a maioria, com duas pernas saudáveis, que talvez nunca necessitarão se sentir uma exceção, que no fundo não é bem vinda. Pensar no que a referida lei implica dentro dos arraiais

da igreja leva a sérias reflexões sobre aquilo que, como instituição, declara como importante. Quando se fala em evangelismo se faz com base na normalidade. Nossos cultos, templos, bancos, banheiros são projetados para receber pessoas que possam usufruir de forma natural, sem necessidade de ajustes. Olhar para a Palavra do Senhor e ver o quanto Jesus se importou com as minorias, nos leva a uma tomada de atitude. É claro que não é bom ser deficiente físico, seria melhor andar com as duas pernas, segurar com os dois braços, enxergar, ouvir, mas com as mais variadas formas que temos para inclusão e que continuam se

desenvolvendo, com o apoio das pessoas cada vez mais conscientes, acima de tudo com respeito e justiça, podemos ter uma vida digna, de pessoas que mesmo com todas as lutas enfrentadas no dia a dia podem se alegrar com cada pequena vitória. A mais triste das deficiências não é a cegueira, nem a surdez, nem as deficiências físicas ou intelectuais, a mais triste das deficiências para a condição da existência humana é a deficiência emocional. Como é triste a pessoa que não é capaz de se comover com as lutas e dificuldades do seu semelhante. Vivemos em uma sociedade de pessoas solitárias, que mesmo vivendo no meio da multidão se sen-

tem sós e sem nenhuma boa perspectiva de vida. Pensar em acessibilidade é pensar de maneira nobre, bíblica, sentindo por aqueles que vivem de batalha em batalha um amor parecido com o que Cristo teve pela humanidade. Não pode existir prazer maior do que ver alguém com alguma necessidade especial entrar em nossos templos, acompanhar os cultos, entregar a vida para Jesus e frutificar. Isso ainda é um tabu para nós, mas creio profundamente que é possível. O deficiente não procura pessoas que sintam pena dele, mas procura pessoas que criem meios para que possam viver uma vida normal e digna.



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