ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 27/09/15
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
“Missões se faz com os joelhos dos que oram, as mãos dos que contribuem e os pés dos que vão”
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Ano CXIV Edição 39 Domingo, 27.09.2015 R$ 3,20
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EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
Você é uma bênção para a Nação?
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estas últimas semanas fui impactada por algumas notícias tristes e que fizeram com que eu repensasse a minha conduta como cristã. Recebi a notícia da morte de dois jovens que faziam parte do meu convívio social. Um era cristão, seminarista de música, infartou no momento em que ensaiava o coral de sua Igreja. Já a jovem estava afastada e foi vítima fatal de um acidente de moto. Fiquei abalada por ambos os fatos, principalmente pela idade que os mesmos tinham. Sem questionar o mérito da salvação, gostaria que refletisse comigo a respeito da vida desses jovens. Ouvi muitos depoimentos a respeito. Familiares, amigos, pastores, muitos se pronunciaram quando souberam da notícia. E, nos dois casos, ouvi falar muito bem a respeito da conduta e da forma de tratar o próximo em que os dois tinham. Inúmeros foram os
exemplos que os amigos deram, citando momentos em que haviam passado ao lado dessas pessoas. Cada detalhe foi ressaltado, desde um sorriso, uma palavra, abraço, até brincadeiras. Comecei a refletir e a imaginar o que eu gostaria que falassem sobre mim quando eu não estivesse mais aqui. Como sou cristã - sigo a Cristo – gostaria muito que o nome de Cristo fosse exaltado em tudo o que dissessem. Então pensei: Hoje, com as palavras que falo, a forma como ajo com o que está relacionado ao Reino de Deus, a forma como trato as pessoas, as decisões que tomo, as escolhas que faço, se chegasse o meu dia de partir, Deus realmente seria glorificado? Eu seria lembrada como uma cristã genuína, como uma bênção para minha Nação, ou seria lembrada apenas como uma boa pessoa? O que eu tenho deixado de Cristo, através da minha vida, naqueles que
estão ao meu redor? Qual o legado eu tenho deixado para a minha família, irmãos da igreja, amigos, colegas de trabalho ou faculdade? A Bíblia nos alerta em Gálatas que “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7b). O que significa que se quisermos fazer a diferença na vida daqueles que estão ao nosso redor, precisamos começar de pequenas atitudes. Para sermos bênçãos para nossa Nação precisamos, em primeiro lugar, olhar para dentro de nós e encarar os pensamentos, emoções, vontades que estão em desencontro com a vida de Deus, com a Cruz de Cristo. Antes de falar sobre o amor de Jesus Brasil afora devemos viver esse amor em nós, pois a boca fala daquilo que está cheio o coração. Precisamos abri-lo para que Deus venha tratar, restaurar e transformar aquilo que nos impede de sermos canal de bênção na vida do nosso pró-
ximo, que às vezes está mais próximo do que imaginamos. Para concluir, deixo o trecho de uma música que tem falado muito ao meu coração: “(…) Deixe Ele te falar quem você é. Que a Palavra te desfaça, que te afogue em Tua graça. Só a Cruz esconderá quem você não é”. Somente o Pai conhece as nossas verdadeiras intenções. E quando Ele vê o nosso íntimo e nos mostra o quão sujos e pequenos nós somos o sentimento que flui em nós é de tristeza. Contudo, ainda estamos vivos. E onde há vida, há esperança. Podemos ainda ser transformados para sermos exemplo por onde quer que passarmos. Ainda parafraseando a canção “17 de janeiro”, dos Arrais, que nossa fala hoje diante do espelho seja: “Eu olhei a tristeza nos olhos, e sorri...”. Paloma Furtado, secretária de Redação de OJB
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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches
Jesus não prometeu
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jovem solicitou a intervenção de Jesus para solucionar o litígio entre ele e o irmão. Queria que Jesus decidisse a partilha da herança. A história registra que heranças sempre geraram problemas entre os herdeiros. Uma petição de Jesus resolveria a briga entre os irmãos. Nada mais justo do que recorrer a um bom advogado. Jesus foi e continua sendo um excelente advogado, só que em outra área, diz o apóstolo João em sua primeira carta: “Se alguém pecar temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (I Jo 2.1). A especialidade de Jesus é outra. Por isso respondeu ao jovem suplicante: “Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?”
(Lc 12.14). Embora algumas Igrejas e lideres preguem que Jesus é o advogado das causas impossíveis e que desengaveta processos parados nos Tribunais, a Bíblia diz que esta não é a função e missão de Jesus. Há os que creem que Jesus é o mágico da prosperidade. Você oferta certa quantia para a Igreja e seus líderes, e Jesus é obrigado a compensar a “oferta” com carros novos, importados e com IPVA pago. Quanto maior a oferta, maior o milagre. Jesus devolve com empregos especiais e elevados salários. Apesar da crise que assola o país, Jesus dá um jeito e abre as portas do emprego sem esquecer que Ele faz a empresa prosperar. Jesus devolve com residências luxuosas em bairros nobres. Caso
ocorra alguma enfermidade é só pedir, depois da oferta, é claro, e Jesus cura. Claro que você precisa voltar com nova oferta para agradecer. Não pode esquecer os exames clínicos antigos e os atuais, comprovantes da cura milagrosa. Jesus nunca prometeu tais façanhas. Aos ricos que O procuravam para segui-lO, Jesus mandava vender tudo, repartir com os pobres, e só depois segui-lO, segundo o que está escrito em Lucas 18.22. Jesus não prometeu riquezas materiais aos seus seguidores. Não prometeu vida fácil e facilitada. Prometeu isto sim, inimizades dos familiares, perseguições, prisões e mortes para aqueles que deixassem tudo para segui-lO. Cada seguidor é desafiado a tomar a cruz e
seguir os passos do Mestre, de acordo com Lucas 9.2326. Enganam-se e são enganados aqueles que esperam receber de Jesus o que Ele não prometeu. O Mestre deixa claro que veio ao mundo com objetivo único: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Jesus veio ao mundo única e exclusivamente para ser o Salvador do pecador perdido. Exigir ou esperar de Jesus algo que Ele não prometeu constitui-se em pecado. Você não pode esperar de um profissional, em termos humanos, algo que não integre a sua especialidade. Em termos espirituais é afrontar a Deus tentar comprar favores que Jesus não prometeu e que não faz parte de sua
missão. Claro que Jesus pode dar bens materiais aos seus filhos, curar enfermidades incuráveis, promover justiça, mas, deve ficar claro que esta não é a função precípua de Jesus. Há muita gente enganada esperando receber de Jesus o que Ele não prometeu. Jesus veio ao mundo para oferecer-nos paz, mediante o perdão dos pecados. Oferece alegria aos que O servem com gratidão pela salvação recebida. Jesus veio trazer salvação e novo relacionamento com Deus. Jesus prometeu que aqueles que creem nEle como filho de Deus, o Ungido, receberão vida eterna e jamais perderão a salvação, conforme diz João 5.24. Jesus prometeu e você pode usufruir essa bênção.
Vida poderosa de oração Cleverson Pereira do Valle, colaborador e OJB
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nfelizmente, muitos buscam a Deus em oração quando estão com um grande problema. No momento da dificuldade, quando percebem um perigo à vista, correm desesperados para Deus. Vida poderosa de oração deve ser algo natural para os filhos de Deus. Orar nada mais é do que conversar
com o Pai. Em todos os momentos, não só quando passamos por necessidades, devemos buscar a Deus em oração. Se você está bem, está vivendo de forma equilibrada, agradeça a Deus. Temos muitos motivos para agradecer a Ele. Por exemplo: Cuidado diário, sono tranquilo, porta aberta de emprego, família, saúde, amigos, a salvação eterna através de Jesus Cristo. Uma vida poderosa
de oração começa com agradecimento, não podemos ser ingratos para com Deus. Entendo que a oração é um momento de louvar e adorar a Deus. Na oração louvamos a Ele pelos Seus atributos (onisciência, onipresença, onipotência, amor, justiça, etc. Na oração podemos e devemos confessar nossos pecados a Deus. No cotidiano não agimos sempre da forma que Ele deseja, falhamos muitas
vezes, por isso, é necessário pedir perdão, confessar nossos erros e falhas a Deus em oração. Uma vida poderosa de oração consiste em interceder por outros, não podemos abrir mão da oração de intercessão. É clamar a Deus pela vida do próximo, falar com Deus sobre os problemas que o nosso próximo está passando. Devemos interceder pelas autoridades constituídas, por inimigos,
por amigos, enfim, por todo tipo de pessoa. Temos também o privilégio de pedir a Deus algo que necessitamos, aliás, Deus não tem compromisso com os meus desejos e sim com as minhas necessidades. Os nossos desejos muitas vezes são egoístas, precisamos desejar o que Deus deseja. A Bíblia nos recomenda “Orai sem cessar”. Que possamos então ter uma vida poderosa de oração sempre.
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Os “evangélicos” e o Evangelho Jeferson Cristianini, colaborador de OJB
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Igreja evangélica brasileira está caminhando a passos largos para cada vez mais distante do cerne do Evangelho. O movimento conhecido popularmente como “evangélico” tem desonrado o Evangelho que Jesus nos deixou para anunciarmos. Paulo, maior missionário da história do cristianismo, que levou a Palavra aos gentios, afirmou não se envergonhar do Evangelho. Para Paulo, o ele era o “Poder de Deus para salvação de todo aquele que nEle crê” (Rm 1.16). Nós, como cristãos e discípulos de Jesus, também levantamos a mesma bandeira de Paulo em prol do Evangelho. Não nos envergonhamos, pelo contrário, encontramos nele a esperança da vida eterna, um novo relacionamento de comunhão com Deus e de transformação real de vida e de valores. O Evangelho nos garante acesso à eternidade, traz paz ao nosso coração. Não nos envergonhamos do Evangelho e de sua linda mensagem redentora de Deus, mas nós nos envergonhamos dos “evangélicos”. Os “evangélicos” em nosso país não representam o
Evangelho, não são fiéis a ele e não buscam respostas no próprio Evangelho para os dilemas humanos. Os “evangélicos” pregam outro “evangelho”, que nada tem a ver com o que temos narrados nas Escrituras Sagradas. Os “evangélicos” nem consideram a Bíblia como única regra de fé e prática, alguns até dizem que sim, mas negam essa crença singular com suas práticas. Textos bíblicos são usados fora do contexto e com ênfases que só validam os discursos marqueteiros e dissimulados de uma espiritualidade esquizofrênica, que vê Deus como uma fonte inesgotável de bênçãos materiais. Os “evangélicos” não querem saber da Cruz de Jesus, pois a cruz é escândalo, é uma afronta ao ouvido da geração pós-moderna. A cruz acusa o pecador e exige arrependimento, enquanto os pregadores querem que seus ouvidos sejam agraciados com palavras adocicadas. A cruz fala de salvação, e os pregadores deste tempo só sabem técnicas de venda de produtos religiosos e de oratória. Se preocupam mais com a performance do que com conteúdo. Que triste, lastimável! Barganham o Evangelho. Banalizam a graça e o a salvação oferecida por Deus por troca de carro,
curas, vida próspera e roupas de grife. O conceito de pecado e inferno nem sequer são citados. A segunda vinda de Jesus está fora de moda e, tristemente, a ênfase não está mais no novo céu e nova terra com ruas de ouro e, sim, em uma vida luxuosa aqui nessa terra. Os “evangélicos” são conduzidos por todo vento de doutrina e ensinamentos. A cada tempo um novo pregador surge com ideias novas e as multidões logo o seguem, e o Evangelho fica esquecido. As Bíblias até são levadas, mas quase não são lidas e não são referência. A fé dos “evangélicos” não é nutrida pela pregação da Palavra de Deus e, sim, pela voz do pastor/bispo/apóstolo (E eles gostam de títulos hein!). Os “evangélicos” gostam de shows regados a choradeira e músicas emotivas que mais parecem mantras religiosos. A ênfase sempre recai na esfera sensitiva, aproximando-se do esoterismo. E os gritos dos pregadores atrelados aos períodos de música levam as pessoas às lágrimas e ao clímax emotivo. A emoção toma conta e o culto racional chancelado pela Bíblia é desprezado. É triste dizer, mas o movimento “evangélico” parou no tempo e se estagnou no que há de pior. Não nos envergo-
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
Pedir pressa é permitido pós descrever com imagens vivas e fortes a intensidade do seu sofrimento, Davi acha perfeitamente natural fazer uma oração bem específica, pedindo solução divina: “Tu, porém, Senhor, não fiques distante! Ó minha força, vem logo em meu socorro” (Sl 22.19). O Salmo 22 é reconhecido como “messiânico”. Na Sua agonia na cruz, Jesus grita o mesmo clamor – “Deus meu, por que Me desamparaste?” – No caso de Jesus, o que Deus estava fazendo era exterminar, para a eternidade, tudo aquilo que não se submetesse a Ele. No caso de Davi e, no nosso caso, a ideia de que o Senhor esteja nos desamparando não
passa de uma deslavada mentira de satanás. “Aquele que vier a Mim, de modo nenhum Eu o lançarei fora” (Jo 6.37). A afirmação do apóstolo Paulo pode ser aceita como a resposta definitiva da Bíblia quando perguntamos a razão de sofrermos injustiças e humilhações: “Deus faz contribuir todas as coisas, conjuntamente, para o bem daqueles que O amam, daqueles que foram chamados de acordo com o Seu propósito” (Rm 8.28). Talvez nosso grande problema seja nossa incompetência para entender a lógica da revelação bíblica. Principalmente quando queremos para anteontem aquilo que Deus programou para recebermos amanhã. Enquanto o amanhã de Deus não chega é perfeitamente legítimo clamar como o salmista, “Ó minha força, vem logo em meu socorro!”.
nhamos do Evangelho, mas dos “evangélicos” sim. Não podemos generalizar, mas boa parte dos “evangélicos” nada tem a ver com o Evangelho. Bom mesmo é dizer como Paulo: “Eu sei em quem
tenho crido” (II Tm 1.12). Nós cremos no Deus que nos deu o Evangelho para salvar nossa vida e para compartilharmos essa mensagem. Creiamos, pois, no Evangelho. Isso nos basta!
“Mas tu, Senhor, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me” (Sl 22.19).
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Traídos pela natureza adâmica Juvenal Mariano de Oliveira Netto, 2º coordenador da EBD da Primeira Igreja Batista de São Pedro da Aldeia - RJ
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termo grego no Novo Testamento para carne é sarx, já no hebraico o seu significado é basar. Esta palavra é empregada inúmeras vezes na Bíblia, entretanto, vários são os seus significados, de acordo com o contexto em que for empregada. Ao falar sobre “carne”, especificamente neste texto, empregarei no sentido ético, fazendo referência a natureza carnal, ou a disposição no homem, que é propensa a pecar e que é antagônica a Deus, como relata Romanos 7.18; 8.6-8; I Coríntios 3.3; Gálatas 5.17,19; Colossenses 2.18; II Pedro 2.10,18 e I João 2.16. Muitos cristãos têm sido traídos pela sua natureza hu-
mana, talvez por acreditarem que esta natureza possa ser totalmente redimida durante e após a sua conversão ao cristianismo ainda neste mundo terreno. A única maneira de vencermos a nossa carne ou diminuirmos os seus efeitos sobre nós é através de uma vida de santificação, um processo contínuo e progressivo, segundo Hebreus 12.14. Cabe salientar que esta vitória não é uma vitória cabal, definitiva, ela é diária, vivida e experimentada dia após dia, independente do tempo de conversão ou do conhecimento que se possui acerca de Deus. A Bíblia narra a história de um homem que pagou um preço muito alto por negligenciar a sua natureza adâmica, ou seja, natureza herdada a partir do pecado original. Este homem fora consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe, segundo Juízes 13.5 e a
sua missão era livrar Israel do seu maior inimigo na época, os Filisteus. Ao assistirmos aos filmes com enredos mitológicos, não há como não nos lembrarmos da vida de Sansão. Homem provido de uma força descomunal que fora capaz de rasgar um leão com as próprias mãos e derrotar mil homens apenas com uma queixada de jumento, de acordo com Juízes 14.6; 15.15. Sua fama percorria toda a região, era temido e respeitado por todos, pois sabiam que, quando o Espírito de Deus vinha sobre ele, era simplesmente imbatível. Com a fama e o respeito de todos, veio também o menosprezo pela sua natureza decaída; acreditava que realmente nada poderia derrotá-lo, afinal de contas, ele era um nazireu. Permitiu que a vaidade e o sentimento de independência de Deus inundassem o
seu coração, era o princípio para uma possível queda. Sansão brincou com o pecado e não foi capaz de discernir que toda a sua força era proveniente exclusivamente de Deus. Por detrás daquele corpo forte existia uma natureza carnal, frágil, perecível, totalmente dependente do Senhor. Por sua altivez ou até por ignorância permitiu que a sua “carne” prevalecesse sobre a ação que o Espírito de Deus exercia sobre ele. Um homem que vencera exércitos compostos por guerreiros experientes e profissionais agora se prostra diante de uma frágil, porém, astuta mulher, chamada Dalila. A nossa natureza adâmica jamais se converterá, é como um vulcão adormecido que pode ficar desativado por centenas de anos e até esquecido, todavia, a qualquer momento pode entrar em erupção e causar danos
terríveis. O apóstolo Paulo também pensou que poderia vencer de forma definitiva a sua “carne”, orou, jejuou, se consagrou, enfim, se humilhou, por fim entendeu que esta luta diária contra sua natureza decaída, adâmica, era imprescindível para mantê-lo aos pés da cruz, como diz em II Coríntios 12.7-10, e assim poder obter a sua vitória definitiva na glória com o Pai. Portanto, amados irmãos, não permitamos que a altivez, a arrogância, a prepotência e a autossuficiência sequer se aproximem dos nossos corações, lembrando que Jesus afirmou o seguinte: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Resta então refletirmos sobre quem tem tido supremacia sobre as nossas vidas. A nossa “carne” ou o “espírito”?
ramenta para que isso aconteça são as redes sociais, pois elas são a maneira mais fácil e rápida de se ganhar “voz”, e assim o que vemos é uma chuva de pessoas tentando chamar a atenção de todas as formas. Com isso, vemos uma decadência das imagens de muitos jovens. E assim cria-se uma geração barulhenta, que está em busca de tudo, mas mal se conhece, fica longe de todo e qualquer silêncio. O que se entende é que temos muito medo do silêncio, pois o evitamos a todo momento, sempre buscamos algo que não nos deixe só. No meio de nossas Igrejas podemos traduzir
isso como uma geração que vive somente de eventos e mais eventos, de músicas que somente expressam os instrumentos, até mesmo de cultos que só fazem barulho e não nos causam reflexão. Óbvio que a crítica não é relacionada ao barulho em si, mas a falta de um pensamento que nos leve a pensar em nós, na vida e, principalmente, em Deus. Temos esse medo do silêncio, pois temos medo de nos descobrir, pois todo o silêncio causa autorreflexão e grande parte desse autoconhecimento pode ser impactante, pois mostra quem realmente somos, o que realmente vivemos,
então preferimos nos esconder atrás das coisas que nos afastam disso. A grande questão é que refletir sobre nossa vida é necessário, ficar um pouco em silêncio é um exercício que deve ser feito por todos nós, o próprio Jesus se retirou muitas vezes e se afastou da multidão para orar ou, simplesmente, para ter o seu momento a sós. Fazendo isso vamos nos conhecer melhor e é muito importante que nos conheçamos, para que, assim, não vivamos somente das imagens que criamos para os outros. Que não tenhamos medo de entrar em nosso quarto, em secreto.
Medo do Silêncio Tales Donizeti Ferro Viana, membro da Primeira Igreja Batista de Rinópolis – SP, seminarista da Igreja Batista Itacuruça - RJ
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ivemos no período da pós-modernidade, quando encontramos características muito próprias deste tempo. E essas peculiaridades naturalmente refletem em todos, as quais podemos destacar o grande pluralismo social e ideológico, com grande diversidade de conceitos políticos, culturais, grupos sociais, entre outros. Com toda essa diversidade, também surge um certo individualismo,
onde tudo é voltado para o nosso eu, para as nossas vontades, somente para as nossas realizações pessoais. Muitas vezes ignoramos as formas que vamos alcançar tais conquistas, o que realmente importa nesse modo de pensar é o ato de conseguir. Com esse individualismo e essa ânsia por status cria-se uma certa busca pela visibilidade, quando muitos fazem de tudo para serem o centro das atenções ou, pelo menos, para que seu nome esteja em evidência. Com isso, a expressão “Falem bem ou falem mal, mas falem de mim” nunca fez tanto sentido; a grande fer-
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Alerta: a colheita multiplicada Paulo Francis Jr., colaborador de OJB
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m um lugar muito distante, quase perdida entre um grande rio e uma montanha, existia a cidade dos insatisfeitos. Ali todos resmungavam por tudo e por nada. No verão reclamavam que estava muito quente. No inverno, porque estava frio. Quando chovia, criticavam porque não podiam sair. Quando fazia sol, reclamavam porque tinham que se proteger do calor. Os pais queixavam-se dos filhos, os filhos, dos pais. Os irmãos viviam discutindo e os vizinhos reclamavam uns dos outros. Todos apontavam defeitos nos outros, mas eram incapazes de ver os próprios. Certo dia chegou à cidade um vendedor com uma carroça cheia de coisas. Ao ver tanta insatisfação parou a carroça e chamou todos os moradores. Começou a dizer: “Estimados moradores desta bela cidade, seus campos estão fartos de trigo, os pomares carregados de frutas, a monta-
nha está coberta por uma floresta e o vale é banhado por um rio límpido. Nunca vi um lugar tão abençoado e abundante. Por que existe tanta insatisfação? Aproximem-se, e eu lhes mostrarei o caminho da felicidade”. Nesse instante todos riram dele, pois o vendedor estava muito mal vestido e com ar sofrido. Como poderia aquele pobre coitado mostrar-lhes o caminho da felicidade? Mas o vendedor não se abalou. Continuou a montar a sua tenda, esticando uma corda entre dois postes da praça. Pegou um cesto e novamente gritou: “Povo desta cidade, quem estiver insatisfeito escreva o seu problema em um pedaço de papel e ponha-o neste cesto. Transformarei o seu problema em felicidade”. Todos ficaram curiosos. Não colocavam muita fé no vendedor, mas mal também não faria. Resolveram arriscar. Homens, mulheres e crianças pegaram os papéis e começaram a rabiscar suas queixas. Depois, jogaram o papel no cesto. O
vendedor ambulante pegou cada papel e pendurou na corda que havia esticado na praça; esta ficou cheia. Então disse: “Agora quero que cada um de vocês retire desta linha mágica o menor problema que encontrar” . Todos correram para ler os papéis e escolher o menor dos problemas. Manusearam os papéis, leram vários deles e, por fim, escolheram o que achavam ser o mais simples. Depois de algum tempo a corda já estava vazia. Para surpresa de todos, cada um segurava o próprio papel que havia colocado no cesto. A partir desse dia, ninguém mais reclamou dos seus problemas e sempre que pensavam em resmungar da vida lembravam-se do vendedor e sua corda mágica. Escrita no Livro das Virtudes II, do americano William J. Bennett, esta narrativa simboliza fielmente a sociedade em que nós vivemos. Não temos problemas ou, quando temos, achamos os mais gigantescos do mundo. Porém, existem, sim, motivos jus-
tos para nossa reclamação. Temos que saber discernir isso. Agora veja: o brasileiro é devoto de um estranho pensamento: “Seja feita a minha vontade, aqui na terra e no céu!”. Nessa filosofia, estamos vendo a podridão se proliferar em todos os setores. Não é somente no setor público ou político que a coisa anda feia. De modo geral, a coisa parece não ter mais jeito em todas as áreas. O cidadão está comendo o pão que o diabo amassou com o pé! Isso vai além de uma simples insatisfação. Quando me encontro insatisfeito, a mudança acontece com a determinação do meu primeiro passo. Como Nação, qual deveria ser o primeiro passo para consertar tudo de errado que estamos vendo? Oração e pranto profundos. Das profundezas do coração. Depois atitude. Uma delas é extirpar os políticos desonestos. Cadeia grande! Quanto maior o canalha, maior o tempo de sua detenção! Depois: confiscar os bens de quem abusou da
nossa confiança, servindo isso como exemplo. A lição: Um quilo de feijão plantado em terra nova, com boa irrigação e adubação pode-se colher mais de 60 quilos desta leguminosa. Segundo os técnicos da área, “São 3 sementes em cada cova. Em cada cova nasce um pé. Cada pé produz, em média, 300 gramas; 70 covas (210 sementes) produziriam aproximadamente 60 quilos. Só que um quilo de feijão tem muito mais do que 210 sementes. Ou seja, produzir-se-iam toneladas de feijão. O ditado não é só “Quem planta, colhe”. O correto é: “Quem planta, colhe multiplicado”. Em grande escala semeamos depravação, corrupção, imoralidades sexuais, pilantragens, impunidades, apostasias e pecados diversos. Assim, a colheita será enorme e obrigatória. Pela fé, olhando de seu trono para o mundo, para o Brasil agora, Jesus está dizendo: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” Tenha misericórdia, Deus.
Deus chama quem Ele quer! Claiton André Kunz, diretor da Faculdade Batista Pioneira e vice-presidente da ABIBET
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eus não chama os capacitados, mas capacita os chamados!”. Quantas vezes já ouvimos esta frase de efeito e, geralmente, acreditamos nela? Eu não teria dúvidas quanto a segunda parte desta afirmação, pois de fato é Deus quem capacita qualquer pessoa que, na Sua soberania, Ele quis chamar para alguma obra ou missão. Mas gostaria de desconstruir uma concepção errada que existe sobre a primeira parte desta frase: “Deus não chama os capacitados”. Será que isso é verdade? É óbvio que ninguém está suficientemente capacitado para desempenhar o chamado de Deus para qualquer obra que seja, mas na formulação desta frase transparece que pessoas com certas capacitações e habilidades não estariam na lista de opções que Deus teria para as Suas tarefas. Decorre daí a ideia de que pessoas que não serviram
para nenhuma outra função ou trabalho servem, então, para o ministério cristão. Não raras vezes ouve-se a expressão: “Não passei em nenhum vestibular, então senti que Deus estava me chamando”. Nestes casos, eu teria a obrigação de perguntar: “Tem certeza que é Deus lhe chamando?”. Gostaria de analisar dois exemplos bíblicos de chamado para fundamentar a minha tese: um deles é Moisés; o outro, o apóstolo Paulo. Não que eles tenham sido as pessoas mais importantes da Bíblia ou as únicas pessoas que receberam chamados especiais, mas juntos representam certamente aqueles que desempenharam as missões mais complexas e amplas em relação ao povo de Deus. Moisés teve que liderar os israelitas na sua formação como povo/nação e conduzir de 2 a 3 milhões de pessoas em um deserto durante 40 anos. Paulo foi aquele que levou o cristianismo de uma pequena expressão local, nos arredores de Jerusalém, a tornar-se uma Igreja que revolucionou e transtornou o mundo da sua época. Como eles conseguiram fazer isso?
Moisés normalmente é lembrado como aquele pequeno bebê abandonado a própria sorte nas margens do Rio Nilo. Mas o Moisés que é chamado por Deus é apresentado de uma outra forma na Bíblia. O testemunho registrado no livro de Atos afirma que “Moisés era um menino extraordinário” e que “Foi educado em toda a sabedoria e ciência dos egípcios e veio a ser poderoso em palavras e obras” (At 7.20-22). Este preparo inicial de Moisés durou 40 anos e poderia ser comparado a qualquer das melhores graduações de hoje em dia. Não bastasse isso, seu preparo foi acrescido de uma pós-graduação de 40 anos no deserto. Com certeza e não por coincidência este seria justamente o futuro local de trabalho, onde desempenharia sua tarefa como líder do povo de Israel. É somente depois de tudo isso que Deus se revela a ele na sarça ardente e o chama para sua missão. O outro exemplo não é menos contundente. Antes de ser chamado, Paulo havia sido criado em uma família que preservava todos os costumes e cultura judaicos
e também foi instruído “Aos pés de Gamaliel” (At 26.3), um dos mais renomados professores da Lei do primeiro século. Por outro lado, Paulo foi criado em meio ao mundo helênico (grego). Assim, conhecia a língua falada no mundo todo, bem como os conceitos e filosofias implantadas pelo helenismo. Sua cidade natal, Tarso, era bastante culta e próspera, muito famosa por suas escolas. Além disso, Paulo possuía cidadania romana, o que lhe proporcionava acesso a qualquer parte do Império e lhe garantia alguns direitos especiais, de acordo com Atos 16.37-39; 22.2329 e 25.10-12. Todo este conjunto de habilidades e competências Paulo já tinha quando foi chamado no caminho de Damasco, relatado em Atos 9. Obviamente não podemos esquecer que o Deus da primeira criação (quando nascemos), também é o Deus da nova criação (quando somos regenerados). Podemos tranquilamente crer que, quando Deus nos chama, Ele já tenha trabalhado nas nossas vidas (assim como em Moisés e Paulo) e que aquilo
que já tenhamos realizado (ou cursado) não seja apenas capacidade pessoal. Não estamos dizendo com isso que Deus não chama pessoas menos preparadas. Poderíamos citar vários exemplos de pessoas, como Pedro e João, que estavam longe de uma formação como a de Paulo e Moisés, segundo Atos 4.13 e mesmo assim desempenharam brilhantemente a sua missão, pois foram capacitados por Deus. Também não estamos dizendo que Moisés e Paulo não precisaram ser capacitados por Deus, após o seu chamado. O que queremos dizer é que Deus não chama apenas pessoas “não preparadas”. Há trabalhos específicos que demandam pessoas específicas. Há tarefas grandes que demandam grandes servos e servas, nos quais Deus já trabalhou há muito tempo, muito antes de serem efetivamente chamados. Sim, Deus chama quem Ele quer, pois sabe muito bem como cada missão precisa ser cumprida. Não se esqueça que ao sentir o chamado, provavelmente, sua vida já estava em obras e Deus já estava trabalhando em você há muito tempo.
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missões nacionais
Casa Rosa do Distrito Federal recebe visita do Projeto Brigadeiro de Morango
Momento de oração e consagração
Atividades com alunas
Alunas receberam tratamento de beleza
Alunas durante uma das palestras
Gláucia Beatriz Oliveira, coordenadora do Brigadeiro de Morango no DF
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m uma tarde super alegre, as nove mulheres que atualmente estão na Casa Rosa puderam desfrutar de uma tarde rosa, na qual receberam um carinho todo especial com atendimento de manicure, cabeleireira, curso de artesanato (confecção de bijuterias com miçangas) e muito Brigadeiro de Morango. A ideia de realizar uma tarde de moda e beleza na Casa Rosa surgiu no coração da Radical Priscila Lins, que com toda sua força e coragem convidou parceiras de diversas Igrejas para estarem juntas neste trabalho, e o Brigadeiro de Morango não podia ficar de fora. “Agradecemos a Deus por Ele colocar vocês em nossas vidas para nos trazer esse cuidado que é muito além
de um simples atendimento de manicure, vocês cuidaram da nossa alma, alegraram nossas vidas”, declarou uma das alunas. Após as oficinas de moda e beleza, a equipe do Brigadeiro de Morango explicou o que é o BM e iniciou o culto com louvores, dinâmicas, sorteios e uma bela mensagem sobre a vida de Rute, ministrada pela Aline Rezende, que encorajou cada uma das mulheres a confiar em Deus no meio das adversidades da vida. Incrível ver o quanto Deus ministrou no coração delas; elas louvavam com muito entusiasmo, com aquele primeiro amor de quem foi resgatada das trevas para a maravilhosa luz. Foi uma tarde muito preciosa, que nos fez refletir que a Igreja do Senhor precisa sair das quatro paredes e mostrar que é possível amar com o amor de Jesus.
A programação contou com a parceria de diversas Igrejas do Distrito Federal, como: Igreja Batista Primeiro de Maio, Segunda Igreja Batista do Plano Piloto, Igreja Batista do Núcleo Bandeirante, Primeira Igreja Batista em Arniqueira, Igreja Episcopal Carismática, Igreja Batista em Ceilândia Centro, Igreja Batista Central de Taguatinga, Igreja Batista Fonte de Vida e PIB Paranoá. Brigadeiro de Morango é um projeto da Juventude Batista Brasileira que tem como finalidade desenvolver a identidade feminina cristã. A Casa Rosa do Distrito Federal é uma das unidades do Projeto Cristolândia para mulheres que estão no processo de recuperação contra a dependência química. O acompanhamento espiritual e as laborterapias também fazem parte das atividades que ajudam nessa recuperação.
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JMN é reconhecida como instituição de utilidade pública federal
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Ministério da Justiça concedeu a Certidão de Utilidade Pública Federal para a Junta de Missões Nacionais (JMN). Este documento reconhece a relevância da instituição quanto ao trabalho que presta junto a população. Além do reconhecimento externo, a certidão garante uma série de isenções que beneficiam o investimento
voltado para a obra missionária. “Para a glória de Deus, estamos resguardados até 2016”, celebra Anair Bragança, gerente executiva de ação social, da JMN. Missões Nacionais agradece o apoio de cada parceiro que tem ofertado e intercedido pelos nossos desafios. Essa vitória garante maior investimento para o avanço do Evangelho no Brasil. Vamos avançar!
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notícias do brasil batista
Aldo Miccolis é homenageado no Jubileu de Ouro da ABC
o último dia do 30º Congresso dos Adolescentes Batistas Cariocas (ABC) realizado no período de 21 a 25 de julho, sob o tema “Equilíbrio entre Fé e Razão”, muitos adolescentes, no templo da Igreja Batista de Itacuruçá – RJ, presenciaram a homenagem póstuma feita a Aldo Miccolis, por sua brilhante liderança na ABC, nas décadas de 1960 e 70, durante dez anos consecutivos, quando realizou congressos inesquecíveis que reuniram milhares de adolescentes. Aproveitando a data festiva do Jubileu de Ouro, o atual
coordenador geral da ABC, o jovem Marcos Vinícius Cabral Jr., chamou a família Miccolis, representada pelos filhos Mário José e Rosane Miccolis, para receber a placa de homenagem, entregue pelas mãos do pastor Nilton Antônio de Souza, atual diretor-geral da Convenção Batista Carioca, após proferir palavras de alta consideração ao homenageado, reconhecendo seu papel de liderança marcante não somente na ABC, como também na Associação dos Diáconos Batistas Cariocas (ADBC) e na história do paradesporto no Brasil.
“Na história da humanidade, Deus levantou grandes homens, grandes líderes, e no tempo de vida que Deus deu ao meu pai, Deus fez dele um grande homem, um grande líder, contagiante, e até o final da vida dele (...). Agradeço demais a Deus por Ele ter me permitido ser filha de Aldo Miccolis”, disse Rosane Miccolis, quando agradeceu a homenagem. Alguns líderes que também ajudaram na caminhada de 50 anos da ABC estiveram presentes e, junto a uma plateia lotada de adolescentes, com os filhos Mário e Rosane aplaudida de pé por todos os o momento foi concluído levantando a placa, que foi congressistas.
Juventude Batista Regional em São Luiz o do Norte – GO realiza o 23 Congresso Marcos José Rodrigues, seminarista da Igreja Batista Israel - GO
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conteceu entre os dias 05, 06 e 07 de setembro de 2015 na cidade de São Luiz do Norte - GO, o 23º Congresso da Juventude Batista Regional , o CONJUBAR, com o tema: “Pare a demanda, não se cale!” e tendo como base o texto bíblico de Atos 18.9, onde diz: “E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales” (At 18.9). Os jovens das Igrejas Batistas da Associação Centro Norte Goiano – JUBAR realizaram, como de costume, mais um Congresso abençoado no feriado de 07 de setembro abordando uma temática urgente e carente de atenção. A liderança da JUBAR impactou e desafiou a todos a refletirem sobre uma importante área da vida cristã, a sexualidade. O evento contou com a presença de dezenas de jovens e líderes de mocidades de várias Igrejas Batistas e de outras denominações. Através de método claro e objetivo, com exposições simples, mas com conteúdo de qualidade e aprofundado, a programação se desenrolou de modo inteligente e edificante, caindo na graça de todos. As ONGs Makanudos de Javeh e Clube Love participaram do 23º CONJUBAR e enriqueceram muito a programação trazendo esclarecimentos, pesquisas e estudos sobre a
temática geral: sexualidade e pornografia. Os palestrantes foram: irmão Samuel Camargos Gomes, irmão Thiago Boca, pastor Regis Vieira (JMN) e Thiago Torres (presidente da ONG Makanudos de Javeh). Além dos estudos, tivemos momentos maravilhosos de cultos de louvor a Deus, tarde esportiva e uma alimentação maravilhosa; parabéns as irmãs da cozinha. Sediado este ano em ponto estratégico da região, na cidade de São Luiz do Norte, localidade que centraliza a área de abrangência da Associação Centro Norte Goiano, o evento apresentou, pelo menos, quatro motivos para se falar sobre sexo na Igreja: 1 – O mundo falará ao povo de Deus de alguma forma, se o diálogo não ocorrer em casa, na família e, principalmente, na Igreja. Podendo incorrer no erro de não reconhecer o sexo como uma bênção e como plano de Deus para a humanidade, e perpetuar o olhar do sexo como algo sujo; 2 – É preciso abrir os olhos e quebrar a falsa visão romântica de que todos os jovens se preservam, única e exclusivamente, por
consciência do significado de uma relação sexual saudável somente após o “sim” no altar. Mas agir com sinceridade, reconhecendo, infelizmente, que essa não é a realidade. Todos sabem que o sexo está presente na vida da juventude, existe gente viciada em pornografia; gente que se prostitui. E ainda acredita-se que se falar sobre sexo na verdade é fomentar o assunto e provocar “desejos carnais”. Não é assim. O povo precisa de ajuda e em alguns casos de tratamento. 3 – A pornografia tem se tornado a “droga” da pós-modernidade, tem atingido todas as faixas etárias e destruído muitas vidas. A indústria pornográfica é uma das que mais produz no mundo e o Brasil é o país que mais consome conteúdo pornográfico na atualidade. 4 – Diante da polêmica que se cria em torno do assunto e, da carência de informação sobre a matéria, não se cale! Omissão é entender e enxergar uma necessidade específica para determinado público e não lhe suprir isso. Quem sabe fazer o bem e não o faz, comente pecado (Texto modificado
de Matheus Machado. Fonte: Minha Vida Cristã). O Congresso também serviu para profundas reflexões sobre a prática do amor e da comunhão. E, sobretudo, para capacitação e formação de discípulos integralmente submissos a Cristo. A culminância ocorreu no dia 07 com a eleição e posse da nova diretoria. Foi eleito para presidência da JUBAR ano-base 2015-2016 o irmão Pablo, da Primeira Igreja Batista de Ceres. A programação contou com a colaboração e o apoio de várias Igrejas coirmãs e instituições governamentais, dentre outras: a Igreja Batista em São
Luiz do Norte, Primeira Igreja Batista em Ceres; secretaria Municipal de Educação de São Luiz do Norte; secretaria Estadual de Educação e Esporte de Goiás. E, tantos outros, aos quais dedicamos nossos agradecimentos. Cabe destacar ainda: Nossos agradecimentos, em primeiro lugar, ao Senhor que nos salvou e nos fez participantes de Sua Obra através de Sua infinita graça. Ao presidente da JUBAR, o professor Antônio Neto Machado. À Igreja Batista em São Luiz do Norte e a família pastoral: Pastor Dilson, a esposa Amália e ao filho Israel. Deus seja Louvado!
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PIB em Rio Novo – MG celebra 18 anos e relembra momentos históricos Aloízio Alex de Barros Alves, pastor da Primeira Igreja Batista em Rio Novo - MG
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Primeira Igreja Batista em Rio Novo - MG comemorou 18 anos de organização no dia 23 de agosto. Na ocasião, celebrou também os 31 anos da presença dos Batistas na cidade. O tema foi: “Igreja: Quem ama, alimenta e sustenta – PIB RN, há 31 anos nutrindo vidas!”, e a divisa “Ninguém odeia sua própria carne; pelo contrário, a nutre e dela cuida, como Cristo faz com a Igreja” (Ef 5.29). Foram quatro dias de programações intensas, que
seguiram do dia 20 até o dia 23 de agosto: Na quinta-feira teve uma palestra do SENAC Minas sobre relacionamento familiar e criação de filhos, com 46 participantes inscritos; na sexta-feira, culto
promovido pelos jovens com mensagem da irmã Silvia da Costa Alves; no sábado à tarde foram várias atividades para crianças: Cantinho da leitura, tênis de mesa, pula-pula, algodão doce, teatro
evangelístico, músicas, e à noite o culto contou com a presença de várias Igrejas da cidade. No domingo pela manhã aconteceu uma Escola Bíblica especial com o pastor Décio Luís da Silva, membro da Igreja Batista Central de Olaria - RJ, que compartilhou algumas de suas experiências com o trabalho Atitude Radical. E o culto à noite foi coroado com batismos. O pastor Décio também foi o preletor de sábado e domingo. Fizemos questão de relembrar um pouco da história da Igreja e destacamos três fatores importantes: a chegada da irmã Ana Santana, vinda da cidade de Tocantins - MG; o primeiro pastor
Batista a chegar à cidade a convite da irmã Ana Santana, o pastor José Cândido Rodrigues, que na época estava na cidade vizinha de São João Nepomuceno (Hoje o pastor Cândido está aposentado e vive em Papucaia - RJ); e o apoio da Igreja Batista Central de Olaria – RJ, que abraçou o trabalho, mais tarde o passou a Junta de Missões Nacionais e continuou sustentando-o até a organização da Igreja. Lembramos ainda, com carinho, dos outros pastores: Silas Duarte, Ronaldo Nascimento e Walter Gonçalves. Louvamos a Deus pelas vidas de todas as pessoas que contribuíram para a existência desta Igreja.
Igreja Batista em Catete – RJ: 79 anos de glórias
Maria de Oliveira Nery, colaboradora de OJB “Celebrai com júbilo ao Senhor todos os moradores da terra servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a Ele com canto” (Sl 100.1-2).
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Igreja Batista em Catete - RJ em 13/06/2015 completou seus 79 anos de aniversário e para celebrar foi realizado um culto de gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. O culto foi abrilhantado com a mensagem muito consagrada do pastor Carlos Elias de Souza Santos, da Primeira Igreja Batista de Campo Grande – RJ, que veio acompanhado de uma linda orquestra e coro sob a regência da professora Maria Angélica Santos, entoando os mais belos hinos de louvor. Participou também do culto a nossa querida dona Edla Lins de Oliveira, que na época tinha 106 anos de idade e pôde prestigiar esta come-
moração com uma oração de agradecimento a Deus, e assim emocionou a todos os presentes, pastores, irmãos em Cristo e visitantes. Após o culto, a Igreja ofereceu aos convidados uma recepção com um lindo bolo de aniversário. Pastor Eraldo Sena Campos é pastor titular desta Igreja há 37 anos. Em 03/04/2015 ele foi homenageado pelos membros da Igreja com um culto de gratidão. E para transmitir a Mensagem da Palavra de Deus foi convidado o pastor Antônio Galvão, missionário muito dedicado a Missões Mundiais. Pastor Eraldo nestes 37 anos dedicados a Igreja tem o privilégio de ter ao lado em seu ministério a sua querida esposa Erluce Maria Campos, pianista, diretora de música, professora de EBD e muito dedicada a MCA (Mulher Cristã em Ação); sua filha, doutora Semirames Edla, é a regente do coro da Igreja, que leva o nome dona Edla Lins de Oliveira; seu filho,
doutor Eraldo Eliezer Campos é muito dedicado as comunicações da Igreja e colabora muito com o pai. Participa também deste ministério do pastor Eraldo, a sua cunhada, senhora Edise Oliveira, muito dedicada como organista; e também tinha ao seu lado participando dos cultos da Igreja a sua sogra, dona Edla Lins de Oliveira, que foi esposa do pastor Eliezer Corrêa de Oliveira, que por muitos anos foi pastor desta Igreja. A Deus toda honra e toda glória pela Igreja Batista em Catete. O pastor Eraldo Sena Campos é formado pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, na turma de 1970, e foi consagrado a pastor em 01/01/1971, há 44 anos exercendo o seu ministério pastoral. É um pastor muito consagrado que conserva os ensinamentos bíblicos com muita reverência pastoral. Com suas mensagens sábias já ocupou vários cargos de destaque na denominação
Batista Brasileira. É pastor há 37 anos na Igreja Batista em Catete, foi presidente da Convenção Carioca e foi presidente da Juerp. No STBSB exerceu a função de professor e presidente da Junta do Seminário. Foi também um professor muito dedicado no Seminário Teológico Batista de Niterói. Pastor Eraldo também participa sempre das Assembleias da Convenção Batista Brasileira e outros congressos e reuniões de pastores. Participa também de vários Congressos da Aliança Batista Mundial (BWM) e este ano de 2015 ele teve o privilégio de participar do Congresso da BWM na África. Pastor Eraldo como radialista mantém na rádio El Shaday o programa evangélico Gotas no Oceano, que vai ao ar todos os sábados de meia-noite até 01h, transmitindo Mensagens da Palavra de Deus, e hinos de louvor. Este ano o pastor Eraldo foi entrevistado pela Senhora Helga Kepler Fanini no pro-
grama Reencontro TV Brasil, quando transmitiu mensagem sobre o Dia do Pastor. A Igreja Batista em Catete este ano de 2015 nos dias 25 e 26 de Abril foi prestigiada com a presença do ilustre do pastor Fausto Aguiar de Vasconcellos, que promoveu pregações sobre avivamento bíblico. Foram também dias de glória com suas mensagens sobre evangelismo mundial. O pastor Fauto A. Vasconcellos ocupa um lugar de destaque nos EUA como diretor do Departamento de Evangelismo na BWM . Sua presença e de sua família foi motivo de muita alegria. Essa programação contou com a presença de muitos pastores e irmãos em Cristo. A Deus demos glória pelo pastor Eraldo e sua família pelos 79 anos da Igreja Batista em Catete-RJ. “Louvai ao Senhor, louvai o nome do Senhor, louvai servos do Senhor os que assistem na casa do Senhor, nos átrios da casa do nosso Deus” (Sl 135.1-2).
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PIB de São José da Coroa Grande PE festeja aniversário de 51 anos
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Primeira Igreja Batista em São José da Coroa Grande – PE, litoral Sul de Pernambuco, celebrou nos dias 22 e 23 de agosto, 51 anos de trabalho Batista na cidade. As festividades iniciaram às 15h do dia 22, com o batismo de novos decididos, sob direção local do pastor interino Severino Etelvino. Ainda na noite do dia 22 de agosto foi celebrado ao nosso Deus um culto festivo, com a presença do pastor Manoel Araújo, vice-presidente da Associação Batista da Mata Sul de Pernambuco, além da presença de caravanas da PIB Rio Formoso – PE, PIB Tamandaré – PE, PIB Sirinhaém – PE e Igreja Batista Emanoel em Tamandaré – PE.
Na ocasião, foi empossado como presidente da PIB São José da Coroa Grande, o missionário Willamy Feitosa, o qual já atua na Igreja auxiliando o pastor Severno Etelvino no período de 1 ano e 5 meses, em que preside a Igreja como interino. “A PIB
em São José da Coroa Grande passa por um novo momento de expansão e crescimento. Deus tem nos feito multiplicar, diante de tantas lutas e metas”, disse o missionário Willamy Feitosa. Para encerrar as festividades, no dia 23 foi celebrado
a Ceia do Senhor, e a despedida do pastor Severino Etelvino, o qual estará exclusivamente a serviço da PIB Rio Formoso. Foi proferido o sermão pelo missionário, já empossado como moderador: “Jesus é a Água Viva”, e o louvor ficou sob
comando do ministério de louvor Dádiva da Cidade do Sirinhaém. Na ocasião também foram inaugurados os novos banheiros da Igreja, e observou-se também reformas na faixada do templo, com novas janelas, e portas de vidro.
PIB Mongaguá - SP: gratidão e inauguração Donizetti Dominiquini, pastor da Primeira Igreja Batista Mongaguá - SP
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o sábado, dia 25 de julho de 2015, celebramos com gratidão a Deus, nosso Provedor, mais esta vitória. Inauguramos a unidade educacional, salão e conjunto de banheiros masculino e feminino. O pastor Donizetti Dominiquini fez o histórico da Igreja, fruto do Projeto Adensamento, desde a fundação em 13 de fevereiro de 1982. Falou sobre a importância de manter responsavelmente a documentação da Igreja organizada com os devidos registros de cartórios e Receita Federal sempre atualizados. Disse também que na dependência total da ação de Deus, nesses 42 meses de ministério com muito trabalho, toda a documentação foi colocada em ordem. Também falou sobre a necessidade de construir salas, salão e banheiros - hoje inaugurados - que atendessem as necessidades dos membros, visitantes e comunidade local atendidas nas oficinas de artesanatos pelo Projeto Criar. Apresentou projeto futuro em que serão construídos mais três salas, galeria
e modificações nas áreas externas do templo. Pediu que os representantes das Igrejas presente orassem pelos projetos que incluem a aquisição de uma propriedade e um veículo para locomoção dos moradores distantes da PIB Mongaguá. A noite festiva teve continuidade com participações musicais de Gabriel Bernardes, da Igreja Batista Cidade Ocian; Grupo Adoração, da PIB Mongaguá; Conjunto Masculino, da Igreja Batista Cidade Ocian; coral da IBPq. Bitarú e Antonio Segura Sanches, com solo de gaita. O louvor congregacional ficou por conta da PIB Mongaguá. Fomos privilegiados com a Palavra de Deus, que o preletor pastor Genivaldo
Andrade de Souza, da Primeira Igreja Batista Itapema e presidente da CBESP trouxe no Livro de Gênesis 26.1-25, desafiando a PIBM e os demais presentes com o seguinte tema: “Atitudes que nos ajudarão a viver vitoriosamente em 2015”: 1- Incluamos Deus - Em nossos projetos, empreendimentos e escolhas; 2- Trabalhemos! Mesmo que tenhamos que desafiar prognósticos pessimistas; 3- Enfrentemos os inve josos – e toda a oposição sem azedar o osso coração; 4- Não tenhamos medo de reabrir antigas fontes, mas tenhamos coragem de cavar novos poços!; 5- Tiremos os entulhos dos Filisteus para a água de Deus jorrar em nossas vidas.
Encerramos as atividades agradecendo carinhosamente aos presentes, seguindo com a benção apostólica pelo pastor Pedro Gonçal-
ves. Para finalizar, foi apresentado aos convidados as áreas inauguradas e o momento social. Deus, nosso Provedor, seja louvado!
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Analzira Nascimento falará sobre vocação em Bauru - SP Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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ocê quer servir a Deus com sua vocação e não sabe por onde começar? Você tem dúvidas sobre como poderia servir ao Senhor no campo? Você tem medo de ser missionário? Pensando em responder a essas perguntas, Missões Mundiais realiza a próxima edição do “Quem tem medo de ser missionário?”, que acontecerá na Primeira Igreja Batista de Bauru - SP no dia 10 de outubro. Promovido pelo Com.Vocação, de Missões Mundiais, o Congresso “Quem tem medo de ser missionário?” tem como principal objetivo reunir pessoas com os mesmos anseios de servir a Deus neste mundo, dando esclarecimentos sobre a carreira missionária e ajudando-as a tomar uma decisão. “Andando por esse Brasil, ouço muitas brincadeiras dos jovens do tipo: ‘Eis-me aqui,
Senhor. Envia o meu vizinho’. No dia 10 de outubro, nós estaremos em Bauru para responder a essas perguntas”, diz a missionária Analzira Nascimento, coordenadora do Com.Vocação. “As pessoas têm tantos questionamentos sobre carreira, vocação e medo de entregar a vida para Deus. Tem gente que tem medo de fazer aquela oração maravilhosa: ‘Senhor, aqui está minha vida nas tuas mãos’”, ressalta. Carlos Moraes, líder do ministério de música da Igreja Batista Vila Nova Esperança, em Bauru, está com grande expectativa pelo evento promovido por Missões Mundiais. “Minha motivação é conhecer a obra maravilhosa que o Espírito Santo realiza através dos cristãos para que o Evangelho de Jesus Cristo seja proclamado nos quatro cantos desta Terra”, afirma Carlos. “Espero que o Congresso me ajude para eu saber a importância de missões e entender os tipos ou manei-
ras de realizar missões, para que eu esteja mais próximo deste ‘mundo missionário’”, acrescenta. A PIB Bauru, através de seu pastor titular, Jeferson Rodolfo Cristianini, afirma estar de portas abertas para o evento, pois o envolvimento da Igreja, bem como das demais da região central do estado de São Paulo vai além da contribuição com as campanhas de Missões Mundiais, mas visa também despertar vocações para que a obra de Cristo seja expandida.
“Teremos o prazer de sediar esse evento e proporcionar aos jovens um direcionamento sobre vocação ministerial”, diz o pastor Jeferson Cristianini, cuja expectativa é que a equipe de Missões Mundiais seja usada pelo Senhor para que a programação seja um marco na vida dos jovens que participarão do Congresso na PIB Bauru. “Espero ver vários jovens se colocando à disposição do Reino de Deus através de suas vidas e carreiras. Espero
um tempo de despertamento missionário no centro do estado de São Paulo, para que sejamos uma região próspera não somente nas ofertas missionárias, mas no oferecimento de jovens para a obra”, completa. O evento em Bauru é o quarto da série de eventos “Quem tem medo de ser missionário?”. Em maio, aconteceram edições na Igreja Batista Nova Jerusalém (Montes Claros - MG), Igreja Batista Memorial Alphaville (Barueri - SP) e Primeira Igreja Batista Curitiba – PR. O “Quem tem medo de ser missionário?” da PIB Bauru acontece no sábado, 10 de outubro, a partir das 16h30. O endereço é Rua Virgílio Malta, 749, Centro, Bauru - SP. Não é necessário se inscrever. Você pode obter informações sobre o evento com o missionário mobilizador Erik Rafael pelo telefone (13) 99766-0033 ou e-mail com.vocacao@jmm.org.br. Participe e envolva-se com Missões Mundiais!
Itália: esperança para refugiados
Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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s países europeus estão passando por um período difícil com a chegada de milhares de refugiados todos os dias. Eles vêm principalmente de nações africanas e do Oriente Médio fugindo da fome, da perseguição e regimes opressores. Na Itália, nossos missionários em Milão, pastor Fernando e Ione Pasi, têm unido suas forças à Igreja local para oferecer ajuda a refugiados que chegam até essa, que é uma das principais cidades italianas. “Consciente das necessidades desse povo, a Igreja
Bíblica Batista de Milão, nossa Igreja, está apoiando uma casa de refúgio em Milão, situada no bairro Gratosoglio, onde estão abrigadas mais de 230 pessoas – superlotação –, a maioria jovens”, conta o pastor Pasi. “Com essas pessoas, desenvolvemos o projeto Nova Vida, através do qual estamos ajudando na obtenção de documento, trabalho, alojamento, realizamos um mutirão de limpeza da praça e também levamos a mensagem salvadora de Jesus”, explica o missionário da JMM. Como a unidade se encontra superlotada, alguns rapazes estão dormindo do lado de fora, ao relento, em
uma praça que fica em frente ao abrigo. Nesse grupo, o pastor Pasi encontrou quatro cristãos. No entanto, a maior preocupação neste momento é a aproximação do inverno no Hemisfério Norte, época em que as temperaturas ficam muito baixas. “Sabemos que Deus quer nos usar nesse contexto, e a nossa Igreja se mobilizou arrecadando cobertores, agasalhos, roupas de cama, travesseiros e material de higiene pessoal. Todos os sábados realizamos um culto ao ar livre, na praça, e muitos têm participado. Também estamos levando alimento a refugiados que não têm o passe para refeições”, conta.
Ônibus do Projeto Missão Móvel também atende refugiados Um dos ônibus do Projeto Missão Móvel, da Igreja Bíblica Batista de Milão, tem ficado estacionado próximo a uma rua muito movimentada do Centro da cidade, sempre nos horários de almoço e saída do trabalho para a maioria das pessoas. Alguns refugiados também pararam e foram alcançados por esta iniciativa. Quem entra no ônibus do Missão Móvel se depara com folhetos em vários idiomas, com frases de efeito e palavras-chave que cativam e chamam a atenção. Também existe um espaço para conversar com o missionário.
Há ainda literatura em vários idiomas, inclusive árabe, língua falada por grande parte dos refugiados que tem seguido para a Europa. A maioria dos refugiados é oriunda de zonas de conflito no Norte da África e Oriente Médio, regiões predominantemente islâmicas. Assim, é muito comum encontrar ali muçulmanos que têm dúvidas sobre a fé ou até que questionam a fé cristã. Um material preparado em árabe busca responder as dúvidas mais frequentes, e nossos missionários estão preparados para ajudar quem precise. Segundo eles, a estratégia tem dado certo e sido ricamente usada por Deus.
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Congresso leto é realizado na serra catarinense
Benjamim William Keidann, presidente da Associação Batista Leta do Brasil
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ulho de 2015, época de inverno, quando normalmente é tempo de muito frio, com possibilidade de neve, os Batistas Letos subiram a Serra Catarinense para o seu Congresso anual. Do dia 16 até o dia 19 de julho, em Urubici - SC, aconteceu o 66º Congresso da Associação Batista Leta do Brasil, e o povo sofreu com as baixas temperaturas? Pelo contrário, Deus nos permitiu passar dias de pouco frio e muito calor espiritual. Reuniões no salão de um clube no centro da cidade para os cultos à noite e refeições em conjunto, preparadas com muito carinho na cozinha da Igreja Batista, possibilitaram um clima de comunhão e confraternização para os 500 congressistas. Houve também a oportunidade de muitas visitas aos belos lugares turísticos da região por gente vinda de sete estados do Brasil e da missão Batista Rincón Del Tigre, da Bolívia. Como tradicionalmente acontece, a parte musical contou com um grande número de participantes nos Coros: Misto Reunido, Masculino, Feminino e dos Jovens, além da Orquestra com piano, teclado, acordeon, violinos, violão, flautas e os bandolins. Destaque para variedade de Regentes e de acompanhantes, inclusive diversos jovens instrumentistas dedicados em suas Igrejas, que apresentaram lindas melodias em solos e piano a quatro mãos. Louvado seja Deus pelos novos valores que estão surgindo
na área da música de qualidade, assim como o expressivo número de novos pastores e seminaristas nas Igrejas e Grupos Letos no Brasil. Dessa forma vamos atingindo os nossos desafios para que a Associação reúna os Letos e seus descendentes não apenas para o resgate histórico e momentos de encontros, mas para relembrar sempre o nosso alvo, que é alcançar mais obreiros para as “Missões e Vocações”. O tema do Congresso impactou a todos: “Mais Deus e menos eu”, com base em João: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). O preletor, com seus intérpretes, foram usados por Deus para oferecer profundos ensinos e lições práticas para a vida cristã. Peteris Eisans, pastor em Riga, capital da Letônia, usou em suas mensagens exemplos da vida do profeta Jonas em cada culto. Vera Leimann Kruklis, professora na cidade de Giruá - RS, edificou as mulheres no programa do departamento Feminino com lições práticas da matemática tanto quando há ganho, adição, como em tempos de subtração. Saímos todos com a certeza de que o melhor é buscar “Mais Deus, muito mais de Deus, e muito menos eu”. Encerradas as atividades, lembramos a todos que “A Obra continua” e convidamos aos Batistas brasileiros para orarem pela ABLB. Se Deus permitir, que estejamos juntos no próximo Congresso, dias 14 a 17 de julho em Nova Odessa - SP, nas comemorações dos 80 anos da Segunda Igreja Batista. Forte abraço, no amor de Cristo Jesus!
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o jornal batista – domingo, 27/09/15
ponto de vista
Jesus, o nosso modelo de servo * Uma reflexão baseada em doação. Ele amou doze hoJoão 13.1-17 mens, Seus discípulos, aos quais chamou como homens a vida nós temos comuns para um trabalho d o i s t i p o s d e extraordinário. Ele os formou pessoas: as que com o Seu exemplo. Ele os servem e as que ministrou a serem corretos, não servem e apreciam ser íntegros, coerentes, mordoservidas. Jesus Cristo é o nos- mos, servidores, solícitos, so modelo de servo. Quan- liberais em repartir, econômido Ele é o nosso Salvador cos e conscientes da missão e Senhor servir não é algo do Reino de Deus. pesado, sofrível e nem meEle foi para cruz por nos lancólico, mas prazeroso. amar. Sim, como demonsNa experiência do lava-pés tração do amor de Deus, Ele nós temos Jesus e os Seus morreu por nós sendo nós discípulos, inclusive Judas ainda pecadores, como diz Iscariotes, o traidor. Aquele Romanos 5.8. Ele levou sobre momento foi de profunda Si as nossas culpas, enferreflexão. Quando Jesus to- midades, dores, amarguras, mou a toalha e se cingiu ressentimentos, inimizades, dela creio que eles ficaram disputas, ódio, rejeição, preboquiabertos. Certamente, conceito, maldade, injustise eles tivessem feito uma ça, mentira, egoísmo, etc. leitura apurada do ministério Levou sobre o Seu corpo do Mestre, o que Jesus fez as nossas mazelas e as nosnão lhes causaria surpresa. sas imundícies. A cruz é a Jesus é o nosso modelo de demonstração da veemente diácono amoroso. Ninguém rejeição de Deus ao pecado serviu tão bem quanto Ele. e, ao mesmo, a prova do Seu Devemos orar e trabalhar amor por nós. Ele deu o Seu para sermos a comunidade único Filho para nos redimir dos servos de Jesus Cristo, de nossas maldades. O Pai que O servem com amor, tomou a iniciativa da reconservindo às pessoas. ciliação conosco em Cristo Jesus, como relata II Coríntios Ele é o Servo que 5.18-21. ama - Jo 13.1-5 Há uma relação de amor A natureza de Jesus é amar, entre Jesus e os Seus discísegundo João 15.13-14. O pulos. Eles estavam sempre amor de Jesus é terapêutico. juntos. Comiam juntos. AnÉ o amor pedagógico, que davam como um só homem ensina. O Seu amor não é até a manifestação de Judas. platônico, isto é, não vive no Cearam conjuntamente no nível do sonho, da idealiza- Cenáculo. Eles tinham tudo ção mental, de uma simples em comum. Por amá-lO, eles racionalização. O Seu amor se submetiam ao Seu ensino é vivencial, palpável. Ele é diário. A justiça do Mestre a Palavra que se fez carne e estava neles. Jesus os ensinou habitou entre nós em amor a serem mansos e humildes sublime, conforme diz João de coração, conforme diz 1.14. Ele é o Servo que a Si Mateus 11.29. O amor de mesmo se deu por nós em sa- Jesus por Seus discípulos os crifício vicário, substituto. O motivou ao amor mútuo, a Seu amor gera em nós amor. repartirem o coração, o pão É o amor que perdoa, doa, e as tarefas. Jesus andou por toda a parte fazendo o bem, serve e encoraja. O seu ministério foi marca- de acordo com Atos 10.38. O do pelo amor e consequente amor do Mestre é constante,
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infalível e contagiante. O Senhor amou os Seus discípulos até o fim. Ele não desistiu deles. Não devemos desistir uns dos outros. À mesa da celebração e do serviço, o diabo já havia posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, que traísse Jesus (Jo 13.2). O Salvador levantou-se da mesa para servir os discípulos sabendo que o Pai lhe entregara tudo em Suas mãos, e que viera de Deus e para Deus estava voltando (Jo 13.3). O Mestre cingiu-se com a toalha da diaconia centrada no Pai. O serviço sempre foi a marca bem visível em Jesus, como está escrito em Mateus 20.28. O prazer do nosso Senhor era servir em amor. Ele lavou os pés dos discípulos. Ele exerceu a função diacônica no ambiente da Ceia que celebrou a Sua morte e a Sua ressurreição. Ele os ensinou o significado do pão (O Seu corpo) e do suco de uva (O Seu sangue). Ele viveu como o Servo Sofredor, como o Médico ferido, conforme Filipenses 2.5-9. Ele se cingiu com a toalha do serviço abnegado e despido de reconhecimento alheio. A Sua vida foi sacrificada na cruz em nosso lugar. Paulo ensina que “Nenhum de nós vive para si, e nenhum de nós morre para si. Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De modo que, quer vivamos, quer morramos, somos do Senhor. Porque foi com este propósito que Cristo morreu e tornou a viver: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos” (Rm 14.7-9).
permitindo que o Senhor lavasse os seus pés, dizendo: “Nunca me lavarás os pés” (Jo 13.8). Esta é a atitude da natureza humana, de Adão. Não entende o que é servir. Tem dificuldades com a função diacônica. O Senhor Jesus foi muito claro: “Se eu não te lavar os pés, não terás parte comigo” (Jo 13.8b). Há um comprometimento entre o discípulo, o Mestre e o serviço. O discípulo não é maior do que o seu mestre. A diaconia é uma marca distintiva do seguidor de Jesus. O Reino de Deus é um reino de diáconos. Pedro agora está disposto a obedecer. Na verdade, ele aprende a obedecer pela confrontação do Senhor. Ele compreendeu a profundidade da diaconia cristã. De que o Filho do Homem veio para servir em humildade. O Senhor Jesus sempre foi obediente ao Pai. Ele disse: “Senhor não se faça a minha, mas a tua vontade” (Mt 26.39-42). Jesus declarou em alto e bom som: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, e sim a vontade daquele que me enviou” (Jo 6.38). Para o Senhor Jesus era essencial se submeter ao Pai: “A minha comida é fazer a vontade do Pai e completar a Sua obra” (Jo 4.34).
Ele é o Servo que age com humildade - Jo 13.12-17 O Senhor Jesus faz uma pergunta pertinente: “Compreendeis o que vos fiz?” (v.12). A partir do versículo 13, o Senhor traz lições muito preciosas para o nosso dia a dia: Primeiro, a relação entre a confissão de Jesus como Mestre (Aquele que ensina com autoridade, Mt Ele é o Servo que 7.28) e Senhor (Aquele que enfrenta oposição, mas é lidera com amor) (v.13). O obediente - Jo 13.6-11 A indagação de Pedro tem discípulo é o que aprende implicações sérias. Ele ques- com o Mestre, submetendotionou a ação de Jesus, não -se à Sua liderança amorosa
e servindo de forma abnegada. Segundo, Jesus é o nosso exemplo de diácono que serve com amor (Jo 13.14-16). Terceiro, seremos felizes se praticarmos os Seus ensinos, de acordo com Jo 13.17. Foi isto que Jesus ministrou no final do Sermão do Monte: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática será comparada a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. E a chuva caiu, os rios encheram, os ventos sopraram e bateram com força contra aquela casa; contudo ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha (Mt 7.24-25). A figura é impressionante, pois trata da firmeza do cristão que pratica e obedece a Palavra de Jesus. O seu estilo é o do compromisso com Cristo às raias da morte. Jesus é o nosso modelo de servo. Devemos ser uma comunidade de servos, daqueles que servem, ajudam, compartilham com profundo amor. Ser discípulo de Jesus é ser diácono. Não somos maiores do que nosso Senhor. Se Ele serviu e deu a Sua vida por nós, por que fazemos corpo mole? Como servos, o Senhor deixou dons e talentos para que os multiplicássemos dentro e fora da comunidade de fé. O que estamos fazendo? Não é mais fácil permanecermos na zona de conforto? Não é isso que o Senhor quer. Ele deseja que oremos e trabalhemos com amor, com prazer e com contentamento. Devemos ser a comunidade dos servos que imitam a Cristo, o Servo Sofredor e ferido, que deu a Sua preciosa vida por nós. Ele é a nossa motivação. Razão da nossa esperança e da nossa fé. Não há tempo a perder. Paulo considerou tudo como perda para ganhar a Cristo.
o jornal batista – domingo, 27/09/15
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observatório batista LOURENÇO STELIO REGA
Todo mundo tem ética...
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em dúvidas essa é uma afirmação que nem sempre as pessoas aceitam. Aliás, é comum ouvirmos a expressão “fulano não tem ética” quando pratica algum crime ou malandragem. As questões no campo da ética sempre se fazem presente na agenda de discussões por toda parte, desde uma conversa entre pessoas comuns, até nos principais meios massivos de comunicação do mundo. Uma grande rede de TV brasileira lançou no passado um programa semanal noturno com o título “Na moral”, que pretendia ser um fórum de diálogo especialmente sobre questões éticas ou morais. Na publicidade durante
o dia o programa convidava ao debate e à reflexão, mas nada disso fazia, pois impingia, manipulava e dominava os telespectadores a acreditarem que a posição tão bem conhecida da emissora era a pura e cristalina verdade. Não havia discussão, não havia especialistas que debatessem os fundamentos do tema, que discutiam os prós e contra. Mas voltando ao tema, todo mundo de fato tem ética? Talvez você possa estranhar, especialmente depois do julgamento dos “mensaleiros” pelo STF e hoje pelo andamento das investigações do “Lava Jato”. Aproveitando a ocasião, vamos utilizar esse agrupamento de acusados para provar que todo mundo
tem ética. A ideia aqui é provar que o ser humano, por natureza, foi criado como um ser ético, isto é, a natureza humana inclui a eticidade. O ser humano foi criado como um “ser que decide”, um ser volitivo e responsável, portanto. Sempre decidimos, mesmo que você afirme que ainda não decidiu nada a respeito de algo, na realidade decidiu não decidir, pois uma não-decisão é uma decisão (a de não decidir). Veja que todo mundo então tem ética ou é ético em termos de sua própria natureza humana – como ser volitivo e que toma diariamente decisões e não-decisões. A questão não é esta, mas qual a fonte, os referenciais, os fundamentos da ética de
cada um. Os “mensaleiros” e os “petroleiros”, por exemplo, e ao que tudo indica, se valeram da ética utilitarista em que os fins justificam os meios. Se votos podem ser obtidos por “doação” de dinheiro, então assim que se faça. Se concorrência pode ser ganha pagando propina, assim que se faça. Na ética utilitarista tudo o que dá certo é certo e, portanto, deve ser feito. Claro que se você segue referenciais cristãos terá uma ética cristã. Os existencialistas terão uma ética existencialista, etc. Assim, sempre há ética, o mais importante é o seu atributo, isto é, qual a sua fonte de verdade. Infelizmente, tem sido crescente a ideia de que não
devemos priorizar a reflexão e, sim, a ação. A vida é muito curta para ser vivida sob o manto da abstração etérea do pensamento? Então o que se tornou comum é fazer primeiro e pensar depois (se der tempo!). Como cristãos necessitamos ter a Bíblia como nossa fonte de verdade não apenas doutrinária, mas também ética, nossa fonte de verdade para nossas decisões diárias, simples ou complexas. Temos diante de nós um grande desafio: “Para que vos tornei irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus, inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros do mundo, preservando a palavra da vida...” (Fp 2.15-16).