ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 24/09/17
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Missões Nacionais
Fundado em 1901
Ano CXVI Edição 39 Domingo, 24.09.2017 R$ 3,20
Notícias do Brasil Batista
CBESP organiza Concerto Preletor oficial da para comemorar Conferência Multiplique 500 anos da fala sobre sua vinda Reforma Protestante ao Brasil Página 07
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Notícias do Brasil Batista
Seminário do Sul
Conferência marca novo momento entre pastores cariocas
Seminário do Sul é bem avaliado pelo Ministério da Educação
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reflexão
EDITORIAL
Manter o rumo
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo
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ssa expressão é muito usada pelos navegadores e também vem sendo utilizada pelos praticantes de corridas de carros e adeptos ao “motocross” como sendo a melhor forma de alcançar uma vitória ou chegar ao destino correto. Neste contexto usarei o termo para falar um pouco sobre a doutrina da mordomia, que é a “Doutrina bíblica que reconhece Deus como Criador, Senhor e Dono de todas as coisas. Todas as bênçãos temporais e espirituais procedem do Senhor e, por isso, os homens devem a Ele o que são e possuem. O crente pertence a Deus porque Ele o criou e o remiu em Jesus Cristo. Pertencendo a Deus, o crente é mordomo ou administrador da vida, das aptidões, do tempo, dos bens, da influência, das oportunidades, dos recursos naturais e de tudo o que Deus lhe confia. Há algum tempo o departamento de Mordomia da Convenção Batista Brasileira (CBB) produziu um texto com o título “Manter o rumo” e que reproduzo a seguir na esperança de que Deus nos ajude a cada dia a sermos fiéis a Ele. “Um jogador de golf sabe como é importante perma-
necer na pista, fora do mato. Um piloto sabe a necessidade de manter o plano de voo previsto para evitar uma possível colisão. Um capitão de um navio mantém cuidadosamente o rumo projetado, a fim de chegar ao seu destino com seus passageiros e sua carga. Manter o rumo também é importante para a Igreja. Cada Igreja neotestamentária tem um rumo divino projetado na Grande Comissão (Mateus 28-18-20). Há vários fatores que ajudam a manter uma Igreja no seu rumo e no centro desses fatores está o contribuir. Deus é supremo na arte de dar-se, pois Ele fez a dádiva suprema (João 3-16). Sua dádiva - Seu Filho - deve ser compartilhada com todo o mundo. O dar começou com Deus, foi supremamente expressado em Jesus e há de ser a expressão viva de cada crente. Richard B. Cunningham diz que ‘É teologicamente profundo e absolutamente correto dizer que nós não podemos ser completamente humanos nem cristãos sem descobrir e praticar a arte de nos darmos a nós mesmos em favor dos outros’. A exortação em I Coríntios 16.2 esboça uma maneira prática de levantar recursos para atender ministérios da Igreja e para expressar comunhão cristã. Mas as
instruções de Paulo sobre o dar são apropriadas para nós também. Dar-se a si mesmo era a principal preocupação de Paulo e deve ser de igual importância para nós hoje. Como placas de trânsito, Paulo deixou três dicas sobre a contribuição, que nos ajudarão a manter o rumo. Deus conhece a natureza humana. Nós precisamos de um plano sistemático e regular para contribuir. Ele sabe da dificuldade que nós teríamos em dar na mesma proporção somente uma vez por ano. Ele sabe da nossa tendência em contribuir esporadicamente ou em resposta a um apelo fervente para uma campanha especial. Além disso, o dar deve ser uma expressão de culto, louvor a Deus e também deve ser frequente. Um plano regular e sistemático é boa disciplina para o contribuinte e, ao mesmo tempo, ajuda a Igreja a ficar financeiramente forte e no rumo certo em seus ministérios locais. Os crentes são conhecidos pelo amor com que contribuem. Assim, participação universal é uma expectativa racional. Quando Paulo diz “Cada um de vós ponha de parte”, ele inclui o rico e o pobre, o velho e o jovem, o novo convertido e o crente de muitos anos. Contribuir
é uma responsabilidade pessoal. Ninguém mais pode fazer isso por nós. Dar não é matéria eletiva, opcional. Ser cristão envolve viver de forma sacrificial em espírito e na prática. Submeter-se a Cristo como Senhor inclui o Seu senhorio sobre mim e sobre tudo o que é meu. Dar é um elemento indispensável na vida cristã e uma necessidade para os ministérios da nossa Igreja. Cada real recebido deve ser administrado para Deus. A Bíblia diz: “Do Senhor é a terra e a Sua plenitude” (Salmos 24.1). Isso explica o relacionamento de Deus com todas as coisas. Pela graça, a nós foi dada a responsabilidade de administração de tudo o que Deus nos confia. Paulo persuadiu cada crente a contribuir ‘conforme tiver prosperado’. Isso quer dizer que a nossa maneira de dar para Deus deve ser proporcional à maneira como Deus nos tem dado. Contudo, que proporção é essa? Paulo não sugere uma porcentagem, como, por exemplo, o dízimo. Portanto, se a ênfase de Paulo sobre o dar sacrificialmente for levado a sério (II Coríntios 8 e 9), o seu ensino vai muito além do dízimo. Dar 10% é um modelo bíblico, mas não é necessariamente tudo o que o crente deve dar”. SOS
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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES
A Pátria dos meus sonhos
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a poesia “A Pátria”, o poeta Olavo Bilac convidava: “Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança, não verás nenhum país como este! Olha que céu! que mar! que rios! que floresta! A natureza, aqui, perpetuamente em festa, é um seio de mãe a transbordar carinho...”. A poesia integrava o livro de leitura da terceira série primária, usado para a interpretação do texto e da poesia. Ao estudá-la, o sentimento patriótico era fixado no coração do aluno. O amor à Pátria era realçado e gerava orgulho e o desejo de contribuir para o engrandecimento do País.
Havia o desejo de crescer e trabalhar para manter a Pátria amada. As verdades naturais continuam as mesmas, embora poluídas, gerando terra arrasada. Os rios cederam seus encantos à ganância humana, agora contaminados por dejetos que os tornam insuportáveis, quanto ao seu odor. As florestas foram dizimadas para suprir o anseio por riquezas perecíveis. Do que sobrou, o governo tenta negociá-las para cobrir o desequilíbrio financeiro da administração irresponsável. O mar está prestes a cumprir a palavra apocalíptica do velho apóstolo João: “O mar já não existe” (Ap 21.1b). Transformou-se em rota de
tráfico, além de poluído. Sobrou o céu, que estarrecido vê os homens a usá-lo para lançar suas ogivas mortais sobre si mesmos. A natureza, combalida pela agressão dos seus habitantes, continua, mesmo enferma, a transmitir carinho. Os sonhos do menino que declamava a poesia do falecido poeta tentam encontrar uma explicação para a desnaturada destruição. O poeta se foi, antes de ver o seu anseio de plantar no coração de cada brasileiro, o verdadeiro amor à Pátria. Se fosse vivo hoje, não conseguiria sobreviver à onda de violência que assola a Nação. Choraria ao ver a coisa pública sendo ad-
ministrada por homens corruptos, que não se comovem com a miséria, a dor, a morte prematura, a desnutrição e o suplicar por pão, em uma terra generosa que tudo tem para ser próspera. Nem sempre é fácil manter os sonhos de criança, quando tudo conspira para destruí-los. Persistem os desafios de não se deixar levar pela revolta e ser resposta aos seus próprios sonhos: ver a Pátria sendo a mãe gentil, que nos acolhe com amor. A solução oferecida pelo poeta não é suficiente. É preciso mais! Algo que transforme o coração de cada brasileiro em verdadeiro patriota. Só Jesus Cristo é capaz de re-
alizar esta façanha. Uma vez salvo, perdoado, justificado, o homem consegue amar a Pátria, respeitar o seu semelhante e cuidar da natureza que o viu nascer. O salvo mantém seu ambiente limpo e zela pela preservação da vida. Não há outra solução. O salvo Zaqueu devolveu quatro vezes mais o que havia roubado. Não precisou da Lava Jato. O impacto gerado por Jesus Cristo fê-lo ver o que é ser íntegro, patriota, capaz de servir ao próximo e não usurpá-lo. A Pátria dos meus sonhos continua a ser idealizada mediante a pregação e vivência do Evangelho de Jesus Cristo.
Transformação e vida nova através do Reino - Jesus! Levir Perea Merlo, pastor, colaborador de OJB “Porquanto a Graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.” (Tt 2.11)
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estes tempos de crise moral e espiritual, a única saída para o Brasil e o mundo não está nos políticos e muito menos em regimes militares ou ditatoriais, ou qualquer outra solução que se apresente.
A saída está em uma profunda mudança de mente e coração. A Campanha da nossa Junta de Missões Nacionais, que abrange todo o território nacional, é uma tentativa de inspirar, motivar e arrecadar recursos materiais para a continuação do sustento de homens e mulheres - missionários que têm a grande missão de falar, de anunciar com intrepidez e ousadia o Evangelho do Senhor Jesus Cristo, o Poder de Deus para
transformar e dar nova vida aos famintos e sedentos do Senhor. A abrangência desse Evangelho é total e independe de raça, cor e posição social; todos os que ainda não receberam essa mensagem gloriosa de libertação, alegria e paz verdadeira precisam ouví-la. Não tem nenhum sentido alguém se declarar cristão, sem que haja mudança profunda na vida - mudança para melhor - e o desejo de servir com alegria e gratidão
na Obra do Senhor. É assim que Paulo mostra em II Co 5.17: “Se alguém está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram, e eis que tudo se fez novo”. O texto de Tito é muito claro e o verso 12 elucida essa questão: “Educando-nos para que renegadas as impiedades e as paixões mundanas, vivamos no presente século, sensata, justa e piedosamente”. Não é possível alguém se declarar cristão sem novidade de
vida. É farsa, é joio, que mais cedo ou mais tarde se revelará. Vidas transformadas pelo poder do Reino de Deus, renegando as impiedades e o mundanismo, que é indicado pelo Senhor Jesus no Evangelho de Mateus 15.12. Conclamamos o Povo de Deus a uma maior dedicação e cooperação nessa obra missionária a serviço do Reino de Deus. Um grande abraço a todos!
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Tomamos decisões e vivemos consequências Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB
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stava lendo a revista “Universo Marvel”, edição número 9, que mostra o duelo entre Thanos e Hulk e encontrei a interessante frase: “Tomamos decisões e vivemos consequências”. Leio quadrinhos desde a infância. Minha mãe presenteava-me com revistas e foi aí que comecei a ler. Dos quadrinhos pulei para o jornal, depois os livros. O hábito de ler incorporou-se à minha vida. A leitura, além de trazer cultura, ajuda-nos a falar e a escrever melhor. “Tomamos decisões e vivemos consequências”. Uma grande verdade! Realidade na vida de todos. Diariamente temos que decidir. O que comer? Dizem que você é o que você come. Quais amizades terei? “Diga-me com
quem andas, e te direi quem és”. Com quem vou me relacionar? “Antes sozinho do que mal acompanhado”. O que vou comprar? Dívida não é de Deus. Somos desafiados a decidir e as consequências virão. O que você tem decidido na sua vida? É você quem toma as suas decisões ou os outros decidem por você? Já se arrependeu de alguma decisão? Decidir é difícil, mas faz parte da vida. Deus não nos poupa dessa circunstância. Na dúvida, como fazer? Um psicólogo disse: “Na indecisão, decida pelo não”. Deus nos promete sabedoria se O buscarmos. Tiago, no capítulo 1, versículo 5, inspirado por Deus, disse: “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
concedida”. Explicando o texto: Deus sabe o que não sabemos. Ele não cobra para nos ensinar, o faz livremente, com amor, paciência e boa vontade. O que você precisa fazer é consultá-lO. A oração e a Bíblia são mecanismos para isso. Espero que as suas consequências sejam positivas, que o fruto seja benéfico, que a colheita seja viçosa. Para tanto, suas decisões devem convergir corretamente. Na Igreja, você encontra homens e mulheres sábios que podem lhe ajudar. Um bom conselho vale a pena! Procure seu pastor, os diáconos da sua congregação, seu líder de célula. Abra-se e peça orientação. Eles serão usados por Deus para iluminá-lo. “Basta uma decisão para o líder perder sua liderança. Portanto, decida corretamente”.
O mal vencido pelo bem “Não te deixes vencer do é a de causar o máximo de mal, mas vence o mal com o prejuízo àqueles que nos machucam. A postura do perbem.” (Rm 12.21) dão é alheia ao ambiente do esde a antiguida- convívio social. A Lei de Tade, prevaleceu no lião deve até ser considerada Oriente o princí- como um aperfeiçoamento pio da Lei de Ta- ético, no inferno das relações lião: “Olho por olho, dente humanas. Paulo foi o resultado do Espor dente”. O apóstolo Paulo, ao focalizar o princípio pírito de Cristo, atuando nas bíblico de justiça, contradisse emoções e nos raciocínios. a tradição secular, propondo A pregação do Cristo foi a o ensino do livro de Provér- de amar os inimigos e a de bios, e finalizou declarando: fazer bem àqueles que nos “Não se deixem vencer pelo feriram (Mateus 5.43- 44). mal: vençam o mal com o Jesus já nos disse que Ele venceu o mundo. Por isso, bem” (Rm 12.21). A natureza humana é vin- ter comunhão com o Cristo gativa. Na realidade, quando é o único jeito de vencer o podemos, nossa tendência mal com o bem.
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O valor da amizade Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB
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le era vítima dos famosos “cinco minutos”. Todos se afastavam dele. No interesse de evangelizá-lo, logo que iniciei o trabalho na repartição, tomei meus cuidados. Era inteligente. Iniciou dois cursos em uma Universidade Pública, mas, por discordar dos professores, não conti-
nuou nenhum. Era filho de um fazendeiro. No terceiro colegial, por antipatia ao seu comportamento, uma professora deixou-lhe de segunda época. Quando foi fazer novas provas, informaram-lhe que já estava aprovado. Não se deu por satisfeito, foi tirar satisfações. A professora lhe respondeu: “Nelson, eu estava num dos ônibus quando, na estrada, o rio transbordou. Os passageiros
que caiam no rio, chocavam-se com a ponte e, só não morreram, porque você, exímio nadador, os salvou. Arrependi-me de não tê-lo compreendido. Hoje, você é um dos meus heróis”. O tempo passou, e um dia agrediu minha crença religiosa dizendo que admirava que eu cresse na existência de Deus. E, para contestar minha fé, afirmou: “Se Deus existe, por que há tantos ce-
gos, aleijados, surdos, e foi enumerando. Quando terminou, perguntei: “Quantos deficientes de nascimento você conheceu pessoalmente?”. Contou uns 15. Agora, continuei, “Diga-me quantos sadios você conhece”. Olhando-me nos olhos, afirmou: “Reverendo (essa era a forma de me tratar), nessa você me pegou”. Nossa terceira filha nasceu durante nossa amizade.
Foi nos visitar. Dias depois, comovida, sua mãe, que era cristã, telefonou-me dizendo que era a única vez que praticava esse gesto. E completou: “Quero agradecer-lhe ter mudado meu filho”. Aprendi uma preciosa lição: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5.7). Experimente isso e sua vida será rodeada de verdadeiros amigos.
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Duas estruturas Eusvaldo Gonçalves, colaborador de OJB
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odemos dizer que a inércia tem substituído a nossa participação na missão. Falamos muito em Igreja missionária, multiplicadora e etc. A Igreja deve se organizar de tal maneira que expresse o seu auto-entendimento, suas estruturas devem refletir a sua teologia, especialmente a sua dupla identidade, quer se reúna em uma catedral, em uma escola, auditório, salão ou em uma casa. Afirmamos a nossa fé quando saímos e nos colocamos com simpatia amorosa nas dúvidas de quem tem dívidas, nas questões de quem questiona, e na solidão daqueles que perderam o rumo. Porém, essa entrada custosa no mundo de outras pessoas, não deve ser realizada à custa da nossa integridade cristã. Somos chamados para manter os padrões de Jesus Cristo. Ele nos enviou ao mundo como Ele foi enviado. Penetrar no mundo dos outros como Ele penetrou no nosso mundo, nos nossos pensamentos, para compreender
os falsos conceitos a respeito do Evangelho; no mundo dos sentimentos, da humilhação social, da pobreza, da falta de teto, do desemprego, da descriminação, das promiscuidades, isso é o que afirmou Michel Ransey, quando escreveu sua crítica à teologia secular. Raras vezes a Igreja, na sua longa história, tem conseguido preservar a sua dupla identidade de santidade no mundo, dada por Deus. Ao invés disso, tem oscilado entre os dois extremos, em uma excessiva ênfase à santidade, afastando-se do mundo e negligenciando a sua missão. Outras vezes, no mundanismo, conformando-se e assimilando-se as opiniões e aos padrões e valores do mundo, assim negligenciando a santidade. A missão brota da doutrina bíblica da Igreja no mundo. Se não somos Povo de Deus santo e distinto, não temos compromisso e não estamos comprometidos. Se, por outro lado, somos chamados para sermos santos e estarmos no mundo, ao mesmo tempo com uma teologia equilibrada, nunca cumpriremos a nossa missão.
O erro mais comum é ser Igreja estruturada para santidade e não ser para o mundo, simplesmente para adorar e ter comunhão em si mesma e não para missões. Uma Igreja missionária não está preocupada consigo mesmo, é uma Igreja para os outros, seu centro está fora dela, vive de maneira excêntrica. Temos que reconhecer que nossas Igrejas têm se desenvolvido em lugares que esperam e supõem que as pessoas devem ir até elas. Podemos dizer que essa estrutura corre o risco de perpetuar, substituindo a estrutura do que Jesus ensinou e ordenou: Ide. Ninguém jamais manifestou o significado de uma Igreja santa no mundo do que o próprio Jesus Cristo. Sua encarnação é a perfeita concretização. Por um lado, veio a nós em nosso mundo, assumiu a plena realidade da condição humana. Ele se fez conosco em nossa fragilidade diante das tentações e do pecado, Se identificou com as nossas dores, nossos pecados e a nossa morte. Por outro lado, ao se misturar com pessoas como nós, nunca sacrificou
e nem comprometeu Sua própria identidade. Ele foi a perfeição de santidade no mundo. Nossas Igrejas precisam compreender a sua teologia; temos muitas que mal conseguem ficar em pé, com sua falsa imagem. Sabemos da importância da saúde espiritual da Igreja, tendo uma imagem precisa; o que vale para a pessoa vale para a Igreja, que é a única sociedade cooperativa que existe no mundo para o beneficio das pessoas, no trato mútuo, segundo o que diz o Novo Testamento (Mateus 7.12). Amemo-nos uns aos outros, consolem-se uns aos outros, levem as cargas uns aos outros, entretanto, a nossa maior responsabilidade é a adoração a Deus e a nossa missão no mundo. Não vivemos um cristianismo sem religião, não é egocentrismo eclesiástico. O conceito de um cristianismo sem religião implica em confundir adoração com missão, adoração é a Deus e missão é ao mundo. A Igreja foi chamada para sair do mundo para adorar e devolvida ao mundo para testemunhar,
servir. A Igreja é santa, separada para pertencer a Deus em adoração, mas é enviada ao mundo em uma missão, portanto, é santa, distinta do mundo, mas está nele, não para assimilar-se aos seus padrões e valores. Na vida da Igreja no mundo, o Evangelho pode assumir várias formas, desde o jeito como Jesus ofereceu a Água Viva à mulher samaritana, até como Filipe assentou-se ao lado do Etíope e lhe falou das Boas Novas, havendo oportunidade para o evangelismo pessoal em espírito de humildade, compartilhando com as pessoas a salvação em Cristo. Em um primeiro argumento, Pedro nos informa que e Igreja é o sacerdócio real para oferecer sacrifícios espirituais a Deus, isto é, adoração como nação santa, semeando pelo mundo a santidade, louvores e testemunho. Essas responsabilidades implicam uma a outra. De Deus para Deus, essa é a nossa missão como Igreja missionária. Cada uma que recebeu o Evangelho deve passar adiante, sem perder a sua integridade e sem se comprometer com o mundo.
apenas a sede do seu corpo, mas a sede de sua rigorosa alma. Ela experimenta da “água viva”, oferecida gratuitamente por Jesus, o Nazareno. Ela agora sai pela cidade a anunciar aos quatro ventos da terra acerca daquele que conseguira suprir toda a sua carência e dar sentido a sua existência (João 4). Assim como aquela mulher, existe uma multidão sedenta, insaciável e que vive na rotina dos anódinos, sem saber qual seria a solução ou onde estaria o fundamento para a sua felicidade. Portanto, Jesus, sendo Deus, é o único que pode preencher o vazio de nossa alma; Ele é a
fonte, a origem de tudo aquilo que o homem necessita. “O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados; o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele.” (Cl 1.13-17)
O que buscais? Juvenal Netto, colaborador de OJB
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uitas pessoas caminham todos os dias em busca de uma fonte que lhes sacie a sede de sua alma. Parece fácil, mas não é. A nossa alma costuma ser muito exigente, enquanto o corpo se contenta com um simples copo d’água, com uma singela refeição; uma noite de sono é o bastante para recuperar o cansaço depois de um longo dia de trabalho pesado. Já a alma apresenta necessidades muito mais profundas e complexas e o grande desafio é con-
seguir encontrar a fórmula para a tão sonhada felicidade; o prazer prolongado; a paz que perdure; o descanso que alivie; a solução para a carência e a baixa autoestima que parecem insaciáveis. Muitas vezes, as pessoas ao tentarem encontrar a fonte certa, o que acabam encontrando são paliativos que se revelam na forma de relacionamentos, entretenimentos, atividades, etc. Tudo isso é válido e pode até ser muito saudável, entretanto, na prática, essas coisas não são a origem de tudo aquilo que a alma do homem precisa. Citarei o exemplo de uma mulher anônima que havia
colocado toda a sua expectativa de felicidade nos relacionamentos, pois já havia tido cinco maridos. Não se sabe detalhes da vida dela, mas, o que se pode deduzir de uma pessoa assim é que deveria ser mal vista na vizinhança, ser uma pessoa frustrada e infeliz com uma alma ávida por algo que nem mesmo ela saberia descrever o que era. Um belo dia, ela saiu para cumprir a sua rotina de pegar água no poço e se encontrou com um Homem-Deus que mudaria para sempre a sua história. Ela é surpreendida com uma água muito mais refrescante que saciaria não
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Clamando por mais obreiros para a seara Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB “A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande mais trabalhadores para sua seara.” (Mt 9.37-38)
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ssas palavras de Jesus são atualíssimas. Ele disse a dois mil anos atrás ao contemplar as multidões padecendo de cuidados. Na realidade, Jesus, ao percorrer todas as cidades, povoados e aldeias
teve contato com o povo sofrido e assim viu as multidões “como ovelhas que não têm pastor”, pois estavam “aflitas e exaustas”. Jesus teve compaixão das pessoas e nós, como seguidores dos Seus passos, também devemos ter compaixão das pessoas que estão ao nosso redor. As multidões ainda padecem e ainda são “como ovelhas sem pastor”. As multidões do nosso estado precisam ouvir os ensinamentos e a voz de Jesus, o nosso Bom e Supremo Pastor. A preocupação de Jesus é a grande
necessidade e a carência de obreiro. Há uma urgência das pessoas da multidão e uma carência de pessoas para cuidar da mesma. Jesus revela a urgência do avanço da Obra de Deus, com a divulgação do Evangelho e assim diz que a “seara é grande”, ou seja, há muito trabalho. A Igreja, a comunidade dos salvos, é o celeiro no qual Deus vai levantar obreiros para Sua obra. É na Igreja que estão os obreiros que Deus deseja levantar para suprir as carências de mão de obra para a grande obra da divul-
gação do Evangelho. Jesus nos ensina a orarmos ao “Senhor da seara”. Jesus afirma que o Deus Pai é o Senhor, ou seja, o Supremo Dono da Seara, o Administrador da Obra do Reino. Jesus nos mostra o contraste do Reino de Deus: grande quantidade de pessoas a serem alcançadas pelos sinais do Reino e poucas pessoas dispostas a se engajarem como obreiros do Reino. Jesus nos ensina a rogar, ou seja, clamar intensamente, pedir incessantemente e clamar com perseverança. Jesus nos
ensina a sempre orar para que Deus levante mais obreiros. Olhando para a imensidão do tamanho e do desafio do nosso grande estado de São Paulo, para a grande região de Bauru, para o Centro da cidade de Bauru, devemos dobrar os nossos joelhos em oração e clamar por mais obreiros. A compaixão de Jesus pela carência das pessoas e as ovelhas que não têm pastor devem ser vivenciadas nos momentos de oração. Precisamos clamar por mais obreiros, por compaixão pelas pessoas perdidas.
Dois efeitos extraordinários da graça tão sensíveis para ele; devido o seu passado e, consequentemente, como poderia ser “Mas, pela Graça de Deus, seu futuro. Em que aspectos sou o que sou. E a sua graça podemos verificar essas verpara comigo não foi inútil; dades? antes, trabalhei mais do que Primeiro: em se tratando todos eles; todavia, não eu, mas a Graça de Deus que do seu passado, foi o grande vive em mim.” (I Co 15.10) milagre de aceitar o perdão de Deus. Eu sei que, mencristão dos nossos talmente, intelectualmente, dias tem muita pela razão, não é difícil aceidificuldade em tar esse fato, depois que comviver pela graça, preendemos a doutrina da especialmente em duas áre- salvação, da justificação pela as centrais do discipulado fé, dos efeitos do sacrifício cristão: o passado e o futuro. vicário de Cristo. No entanto, No entanto, ao olhar para mesmo apesar de todas essas este versículo que resume a verdades doutrinárias, muitos biografia do grande apóstolo crentes não conseguem dePaulo, podemos constatar cretar a morte do seu passado que esta graça operou dois emocionalmente e psicologigrandes milagres, exatamente camente; sempre há um rannessas duas áreas da vida - ço, uma sobra de culpa para Genevaldo Bertune, pastor, colaborador de OJB
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ser paga através de obras, sacrifícios, expedientes, onde o que muitas vezes o que conta é aquilo que chamamos de “síndrome do desempenho”; ou seja, eu valho pelo que faço; sou aceito e amado por Deus dependendo do meu desempenho no reino, da eficiência ou quantidade do meu trabalho; e, assim, muitos crentes caem em uma verdadeira armadilha, onde querem alcançar a Justiça de Deus, Seu amor e favor através da sua própria justiça, dos seus próprios esforços, anulando, tal como fizera os judeus no passado, a Justiça de Cristo: “Entretanto, Israel, que buscava uma lei que trouxesse justiça, não a alcançou. E porque não? Porque não a buscava pela fé, mas como que por meio
das obras. Eles tropeçaram na ‘pedra de tropeço’, “Porquanto, se é pela graça, já não o é mais pelas obras; caso fosse, a graça deixaria de ser graça” (Rm 9.31-32; 11.6). Viver pela graça é aceitar o perdão de Deus e enterrar o passado como fez Paulo. Segundo: Mas, também, significa viver, estabelecer um novo futuro, baseado, fundamentado nesta mesma graça. Foi exatamente isso o que aconteceu com o apóstolo Paulo. Já que, agora, não são mais minhas obras, minha capacidade de trabalho, meu desempenho que determinam o Amor de Deus por mim, minha aceitação por Ele; então, estou livre para oferecer, não mais aparências, motivações er-
radas; mas um trabalho cuja força motriz, propulsora, não é minha própria capacidade e desejo de autorrealização, mas a ação desta própria graça em mim; uma vez que eu sei que somente aquilo que é fruto da própria ação dessa Graça, é, verdadeiramente, obra cristã e trabalho cristão. Assim, já não mais desperdiço energia; pois, somente faço aquilo que é fruto de um contentamento e gratidão por tudo o que Cristo fez por mim: “Fui crucificado juntamente a Cristo. E, desse modo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E essa nova vida que agora vivo no corpo, vivo-a exclusivamente pela fé no Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim.” (Gl 2.20)
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David Platt, preletor oficial da Conferência Multiplique, fala sobre sua vinda ao Brasil
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edição 2017 da Conferência Multiplique está se aproximando. O evento, que tem como tema “Um chamado para morrer; um chamado para viver” acontece dos dias 17 a 20 de outubro, em Águas de Lindóia - SP. As vagas ainda estão abertas para pastores e líderes que desejam aprender mais sobre a visão de Igreja Multiplicadora e participar desse momento nacional de confraternização e compartilhamento do que Deus tem feito nas Igrejas do nosso país. A Conferência contará também com a participação musical do cantor Asaph Borba, autor dos clássicos “Alto Preço” e “Jesus, em Tua presença”. Durante os dias do evento, os presentes ainda poderão participar de oficinas e ouvir o testemunho de pastores de todo o Brasil que estão sendo abençoados pela visão de Igreja Multiplicadora em suas Igrejas. Além disso, os que se hospedarem no Hotel Magestic, sede do evento, irão desfrutar da infraestrutura do local. O pastor David Platt, que será o preletor oficial do evento, falou a Missões Na-
Pastor David Platt é o preletor oficial do Multiplique 2017
Sobre o que você falará? cionais sobre sua expectativa para a vinda ao Brasil. Leia O que um pastor ou líder pode esperar ouvir na Conabaixo. ferência? Como está sua expectativa “À luz do tema da Confeem vir ao Brasil para a Con- rência “Um Chamado para Viver, Um Chamado para ferência Multiplique? “Estou muito animado com Morrer”, falarei sobre evana vinda ao Brasil para esta gelismo, discipulado, missão Conferência. Louvo a Deus global, e a oportunidade que pela ênfase do evento em fazer cada crente tem de cumprir discípulos, e já estou orando a Grande Comissão. Em um para que Deus aja de forma mundo de tanta necessidade extraordinária no coração do espiritual e material, Deus povo durante os poucos dias quer que todo seguidor de em que estaremos juntos”. Cristo se envolva ativamente
na Grande Comissão e que toda Igreja faça discípulos em seu contexto, e a partir dali até os confins da terra”. David Platt é o presidente do International Mission Board (IMB) e tem servido líderes de Igrejas nos Estados Unidos e no mundo ao compartilhar sobre suas grandes paixões no ministério: fazer discípulos e ensinar como a Palavra de Deus se aplica no dia a dia. Ele é o autor dos livros “Radical”, “Radical Together”,
“Follow Me” e “Counter Culture”. David também é o fundador do Radical, um ministério dedicado à disseminação de recursos para fazer discípulos, para que o Evangelho possa ser conhecido nos confins da terra. Você que é pastor, líder ou interessado em aprender mais sobre a visão de Igreja Multiplicadora, não deixe de fazer sua inscrição e garantir a sua vaga. Acesse o site <igrejamultiplicadora.org. br> e inscreva-se.
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Conferência marca novo momento entre pastores cariocas Tiago Monteiro, redação da Convenção Batista Carioca
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s pastores Batistas cariocas vivem um novo tempo. Essa afirmação seria apenas uma frase de efeito se não fosse a boa representatividade de líderes Batistas na última conferência da OPBB Carioca, realizada na Igreja Batista do Meier - RJ, no dia 26 de agosto. Foi uma manhã de reflexões e diálogos sobre o tema “Liderança e Saúde Emocional”, que contou com a participação de mais de 300 inscritos. Nomes como Vitor Valente (PIB Copacabana), Ailton Desidério (PIB Lins) e David B. Riker (PIB Pará) inspiraram mentes e corações com informações preciosas. Os limites da liderança, inteligência emocional e o poder da visão foram as respectivas ênfases de suas mensagens, que po-
Novos pastores filiados à OPBB Carioca
dem ser acessadas na íntegra pelo site www.batistacarioca. com.br . Pastor Vitor Valente foi um dos líderes que ressaltaram esse momento ímpar vivenciado pelos Batistas cariocas. “Tem sido um tempo de bênção! Um tempo em que Deus tem falado aos nossos corações. Tem sido, e creio que está sendo, um novo tempo muito aben-
çoador. Eu quero desafiar você a participar também e se juntar a nós nesse mover de Deus maravilhoso e poderoso”. Para o pastor da PIB da Barra e presidente da Convenção Batista Carioca, eventos dessa relevância promovem a unidade denominacional. “Vejo que a Convenção Carioca tem vivido, com esses eventos extraordinários dos
pastores, um momento de grande unidade. Estamos orando por isso, pedindo a bênção de Deus e crendo que ela está chegando”. O pastor da Igreja Batista do Méier e vice-presidente da CBC, João Reinaldo Purim Jr., comentou que existe, entre os pastores, essa grande necessidade de reciclagem e aprofundamento. Por isso agradeceu, em nome da Igreja, a oportunidade de receber o evento. “Retomar o caminho de qualidade, de excelência no exercício pastoral foi um presente para todos nós. Essa geração precisa de pastores preparados e os pastores precisam aprofundar os valores. Em nome da Igreja, agradeço a oportunidade de ceder o nosso espaço para receber estes líderes”. Um dos pilares da OPBB Carioca para este tempo é a geração de projetos com foco em edificação ministerial. Essa proposta, que faz parte
do plano de revitalização conduzido pelo novo coordenador executivo, pastor Romulo Borges, visa trazer novos ares para a Organização”. “Está em curso a 1ª etapa do Plano de Revitalização, que trará um novo fôlego para nós. O nosso presidente, pastor Josué Andrade, e toda a diretoria e conselho estão motivados e determinados com o que Deus está fazendo em nosso meio”, ressaltou o coordenador. Sobre o que esperar da OPBB Carioca nos próximos dias, uma coisa é certa: “Os encontros dos pastores serão marcados por inspiração, encorajamento, capacitação e devoção. Queremos que os pastores saiam com vontade de voltar”, concluiu pastor Romulo. Fique atento às oportunidades! Elas são veiculadas pelo site e Facebook (facebook.com/ convencaobatistacarioca) da Convenção Batista Carioca.
Concerto em São Paulo comemora 500 anos da Reforma
Fotos: Chico Junior / CBESP
Chico Junior, jornalista da Convenção Batista do Estado de São Paulo
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Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP) organiza um evento especial para celebrar os cinco séculos do protestantismo. Com entrada gratuita, o Concerto da Reforma será realizado em 02/11, às 19h, na Sala São Paulo, na Capital. A apresentação contará com orquestra e coral formados por mais de 250 pessoas. Haverá também participação de vozes do Coral Cristolândia. Uma prévia do concerto comemorativo foi apresentada no encerramento da 109ª Assembleia, em julho, na cidade de Guarulhos - SP. Para o presidente da Convenção, pastor Manoel Ramires, a “amostra” foi “coroação” na última noite do encontro convencional. O evento foi
Músicos e vozes compuseram orquestra e coral na prévia do Concerto da Reforma durante a 109ª Assembleia da CBESP
transmitido ao vivo na ocasião pelas mídias sociais da CBESP. A celebração artística de novembro será dividida em três partes. Na primeira, haverá a apresentação do Coral Cristolândia. Na sequência, a execução da Sinfonia nº 5, do compositor alemão Felix B. Mendelssohn. Essa peça musical é considerada a “Sinfonia da Reforma”. A parte
final contará com o Grande Coro da Reforma para um medley inédito de hinos e músicas de compositores e conteúdo reformista. A regência será do maestro Roberto Minczuk. O Concerto da Reforma é elaborado em parceria também entre a ONG Visão Mundial e a Associação dos Músicos Batistas do Estado de São Paulo (AMBESP). A ho-
menagem marca os 500 anos da Reforma Protestante, encabeçada por Martinho Lutero, em 31 de outubro de 1517. Esse assunto histórico foi o tema principal da Revista Batistas SP (BSP), publicação oficial da CBESP. A revista bimestral chega a quarta edição e é distribuída por todo o estado de São Paulo. Ela substitui o Jornal Comunhão, que foi
descontinuado no início do ano. A versão digital da BSP está disponível gratuitamente para download no site da CBESP. A publicação traz ainda destaque para a adesão paulista ao Plano Cooperativo, em 1958. “Leia, reflita e participe do que Deus está fazendo no nosso estado”, sugeriu o pastor Adilson Santos, diretor executivo da Convenção.
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Inscrições para o Pés no Arado 2018 estão abertas. Confira as informações!
Comunicação JBB
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e você deseja cumprir a missão do Rei, gosta de fazer amigos, quer conhecer uma cidade cheia de desafios, oportunidades e belezas, experimentar realidades profundas de compaixão e misericórdia, deseja servir através de ações que mostrem os valores do Reino, então você já tem um compromisso marcado no Projeto Pés no Arado, entre os dias 05 e 15 de janeiro de 2018 no estado do Rio de Janeiro. O Projeto sócio missionário tem o objetivo de levar a Palavra e o Amor de Deus através de simples atitudes. Anualmente, O Pés, como é conhecido entre os participantes, é realizado em um estado, a fim de abranger todo o território nacional, ao longo dos anos. Nesta edição, o evento tem como tema “Compartilhando a Esperança” e divisa: “Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia
as Boas Novas” (Isaías 52.7). A programação abrange adolescentes a partir de 16 anos e jovens até 40 anos, que sejam membros de alguma Igreja Batista filiada à Convenção Batista Brasileira (CBB). Uma informação importante, para efetivar a participação dos adolescentes (16 e 17 anos), é necessária uma autorização do responsável por escrito que apresentarão no dia do evento. O valor da inscrição é de R$ 130,00 para moradores do estado do Rio de Janeiro e de R$ 100,00 para moradores de outros estados. A inscrição pode ser feita pelo site do evento (http:// pesnoarado.com.br/) e o pagamento através do PagSeguro (débito, transferência, cartão de crédito, boleto). Os participantes precisam estar atentos aos prazos, pois as vagas são limitadas e a inscrição só será efetivada após a confirmação do pagamento, sem possibilidade de reserva de vagas. De acordo com a organização, o obje-
tivo é ter a participação de 300 voluntários divididos em 25 equipes pelo estado do Rio de Janeiro. Algumas pessoas que já participaram do evento em outros anos ficaram impressionados com a queda no valor das inscrições. Segundo os organizadores, a diferença no preço se dá pela parceria que tem sido realizada com as Igrejas locais, que receberão as equipes de missionários e ajudarão a custear a estadia deles no local. “Queremos o máximo de pessoas possíveis para evangelização e discipulado daqueles que transitarem no estado do Rio de Janeiro durante o período de evento. Esse valor dará direito ao Kit do participante, alimentação, hospedagem econômica e translado da Igreja base para os locais de trabalho. Para aqueles que virão de outros municípios, estados ou países, ainda teremos transporte no aeroporto e na rodoviária para a Igreja
base”, afirma a direção do projeto. O treinamento e culto de comissionamento acontecerá nos dias 05 e 06 de janeiro na Igreja Batista do Tauá, na Ilha do Governador - RJ. Durante os dias 07 e 14 os participantes estarão divididos em bases por todo o estado. No dia 15, o encerramento com o culto da vitória será novamente na Igreja base, a IB do Tauá. Em meio a um caos social no Brasil, o Estado do Rio de Janeiro é um exemplo da ausência de Deus. Em meio ao desemprego, a ausência de segurança, pessoas desanimadas e sem esperança, conclamamos a juventude Batista do Brasil a investir 10 dias das suas férias para compartilhar a esperança no estado do Rio de Janeiro. Em 2018, o Pés no Arado será organizado pela Juventude Batista Brasileira em parceria com a Convenção Batista Carioca (CBC) e Convenção Batista Fluminense (CBF), que estarão unidas
com a finalidade de proporcionar uma experiência de qualidade em Missões Urbanas para todo adolescente e jovem cristão que quer dedicar parte de seu tempo para evangelizar, discipular e compartilhar a esperança com todos que estiverem no Rio de Janeiro no período do Projeto. “O Pés no Arado foi um dos maiores instrumentos que Deus usou para despertar em meu coração a certeza de que não estamos no mundo por acaso, que existe uma grande missão a ser cumprida e é um privilégio maravilhoso ser participante dela. O Pés de 2012 em Fortaleza foi minha primeira viagem missionária e depois dessa experiência eu nunca mais fui a mesma, voltei a participar em 2014 em Santa Catarina e em 2018 estarei participando na minha cidade, para Glória de Deus.”, declara Náthaly Claudino, membro da Igreja Batista do Éden, em São João de Meriti - RJ.
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seminário do sul
Seminário do Sul está entre as melhores instituições de ensino confessional do país
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Instituição Batista acaba de receber conceito 4 no curso de Teologia. A vistoria técnica aconteceu nos dias 29 e 30 de agosto, realizada por uma comissão do MEC/INEP. O resultado indica que o Seminário está entre os melhores de educação confessional no país. Segundo a secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari, o requisito 4 é “bastante elevado”, já que a nota máxima é 5. A qualificação abre portas para que, em breve, cursos de pós-graduações stricto sensu (mestrado e doutorado), sejam não só oferecidos como reconhecidos pelo MEC/CAPES no Seminário do Sul. Para o pastor Valtair Miranda, professor e coordenador Acadêmico do Seminário, “O resultado não poderia ser melhor: os avaliadores entenderam que o Curso caminha para a excelência, e atribuíram a nota 4. Entre os itens avaliados, o destaque ficou para o Corpo Docente, com professores com ampla capacidade em suas respectivas áreas de atuação. Além
disso, os avaliadores também ressaltaram a Biblioteca de mais de 50 mil volumes, as salas de aula recentemente reformadas e climatizadas, e a autoridade de uma Casa de Profetas que há mais de 100 anos forma obreiros vocacionados para o ministério cristão”. Filipe Ribeiro, aluno do primeiro ano, entende “Que a Obra do Senhor deve ser
feita com excelência e nada mais justo do que buscar uma Instituição que seja excelente no ensino teológico. Escolhi estudar no Seminário do Sul por essa razão. O academicismo tem sua importância de mãos dadas com a piedade e no Seminário encontrei tudo isso. Essa nota 4 do MEC confirma o que todos os alunos e professores já sabem: o Seminário do Sul é excelente”.
Todos os anos, instituições de ensino superior têm a sua qualidade avaliada pelo Ministério da Educação através do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que avalia três principais aspectos: a Instituição, os cursos e o desempenho dos estudantes. O Conceito Preliminar de Curso (CPC) é um indicador oficial, e de acordo com o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do MEC responsável pelas avaliações, um dos focos prioritários é orientar o estudante na busca por formação de excelência. Todos os esforços e investimentos destinados a recuperar e fortalecer a Instituição realizados nos últimos meses começam a apresentar resultados. O desempenho só foi alcançado pela cooperação de todos os alunos, professores, reitor e equipe. O reitor do seminário, Fernando Brandão, recebeu a notícia sobre a avaliação do curso de Teologia, emocionado e grato ao Senhor, certo de que esta história centenária continuará sendo escrita com obstinação. São depoimentos como o do ex-aluno Almir Araujo Dias, que estudou entre 1978 e 1982, que reforçam o compromisso com a formação de líderes vocacionados para o ministério cristão: “O STBSB voltará a ser grande. Uma referência no ensino teológico e demais áreas. Vamos para o alto e avante”!
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missões mundiais
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Uma experiência para toda a vida
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urante a Assembleia da Convenção Batista Brasileira realizada este ano na cidade de Belém - PA, o pastor João Marcos Barreto Soares, diretor Executivo de Missões Mundiais, lançou um desafio aos pastores: embarcar em uma viagem de oração aos nossos campos no Oriente Médio. Um dos pastores tocados pelo chamado foi o pastor João Melo, da Primeira Igreja Batista em Vila da Penha, no Rio de Janeiro - RJ. “O convite feito pelo pastor João Marcos era para que nós pudéssemos ir ao campo missionário, especialmente ao Oriente Médio, e conhecer de perto a realidade de nossos missionários e de refugiados naquela região. Na mesma hora senti meu coração bater mais forte por missões”, diz o pastor João Melo. Os dois pastores conversaram e o pastor João Melo voltou ao Rio e apresentou à PIB de Vila da Penha o seu desejo de seguir em uma viagem voluntária de Missões Mundiais. “Imediatamente, toda a Igreja declarou seu apoio e levantou os recursos necessários ao meu envio”, conta. Uma experiência que ele poderá levar por toda sua vida como homem, como pastor e como um apaixonado por missões. Experiência esta que também motivou a Igreja a fazer mais pela expansão do Evangelho no mundo. “Uma coisa é ouvir falar, outra é viver a realidade do mundo muçulmano. Para mim foi um divisor de águas. Esta viagem mudou a minha visão e só aumentou a minha paixão por missões”, declara. O pastor se disse muito incomodado com tudo o que viu e motivado a levar sua Igreja a fazer muito mais pela obra missionária. Além do idioma, da cultura e do comportamento social, algo que chamou a atenção do pastor foi ver o amor dos nossos missionários pelo povo árabe. “Foi um fator muito positivo poder conhecer os nossos missionários. Quando a gente fala de missões, não
tem como você não olhar para o missionário, para sua família. E eu fiquei feliz ao ver nossos missionários, o empenho deles, a paixão que eles têm por missões... Eu chorava o tempo todo”, comenta o pastor. Conhecer aquela realidade o fez refletir sobre como nós, brasileiros, não valorizamos a liberdade que temos para cultuar a Deus. No Oriente Médio, os integrantes da caravana viram o quanto é desafiador para os nossos missionários falar do Evangelho de Cristo. Os pastores
aprenderam que, para falar de Cristo a um muçulmano, primeiramente é preciso conquistar a sua amizade. E as amizades conquistadas até então permitiram o desenvolvimento de vários projetos, entre eles, um que chamou muito a atenção do pastor João Melo, que é o trabalho com surdos. “Este projeto me marcou muito, porque na PIB da Vila da Penha nós temos um ministério com surdos muito forte”, disse. Os voluntários viram como na cultura muçulmana o sur-
do é tido comum um cidadão de terceira categoria, desvalorizado e tido como amaldiçoado. O projeto com 100 surdos que hoje estão sendo inseridos no mercado de trabalho. São muçulmanos que começam a conhecer a Cristo, ganhando a visão de uma nova possibilidade de vida. A viagem ao Oriente Médio também deu aos voluntários a chance de conhecer um pouco mais sobre a Igreja sofredora e passar por lugares históricos citados na Bíblia.
“Lá eu pude estar com muçulmanos, com israelenses, com beduínos...Pude ter a experiência de dormir no deserto, na tenda de um beduíno, de jantar com eles. Foi algo sensacional. Se você é um servo de Deus, seja você um pastor, um profissional liberal, visite um campo missionário. Sua vida será impactada”, encerra. Para obter mais informações sobre como seguir em grupo ou individualmente em uma viagem voluntária, escreva para voluntários@ jmm.org.br.
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notícias do brasil batista
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OBITUÁRIO
Brasilino Meneses Blair Celso Aloisio Santos Barbosa, membro do Conselho Editorial de O Jornal Batista
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á se vão 70 anos de conhecimento mútuo e de boa e sincera amizade, agora desfeitos com a partida definitiva para a eternidade do meu amigo e irmão na fé Brasilino Meneses Blair. Conhecemo-nos e logo nos tornamos amigos, no longínquo ano de 1947 quando, com a família, desembarquei, do navio do Loyde Brasileiro, nominado “Duque de Caxias”, na cidade de Santarém, no Pará, após 27 dias de longa viagem do Rio de Janeiro até aquela cidade. Ali residia Brasilino Meneses Blair. Esse tipo de acontecimento em nossa vida - da perda de um verdadeiro amigo - sempre deixa marcas de permanentes saudades e, por vezes, até de perplexidades, quando nos vimos sem a presença amiga que sempre nos alegrou e nos animou a melhor viver. Quando nos conhecemos, nossa amizade se estreitou, e muito, pois além da convivência como adolescentes na Igreja Batista local, passamos a ser íntimos colegas, diariamente, no curso primário do Instituto Batista de Santarém - recém-criado. Até nos desfiles cívicos da cidade marchávamos juntos, desfilando pelo Instituto Batista. Passamos a ser assim, além de “amigos”, “colegas” de estudo na mesma escola primária, onde nos sentávamos para ouvir as gostosas e sábias aulas
Brasilino é o segundo da esquerda para direita. Batismo no Rio Tapajós - 1949
de nossa hoje saudosa professora Onésima Pereira de Barros, conhecida irmã de Sóstenes Pereira de Barros, líder pastor Batista local, também irmã do doutor Ophir Pareira de Barros, líder Batista nacional. Nossa convivência de amigos passou a ser próxima e intensa, além de muito amistosa, como se fôssemos irmãos carnais. E assim permaneceu até que Brasilino com sua família rumou para São Paulo e meu pai deixou de servir, como militar, na bela Santarém, retornando com a família para o Rio de Janeiro. Dos acontecimentos em Santarém que mais nos aproximaram, vale citar nossa Profissão de Fé diante da atual Primeira Igreja Batista local e o consequente batismo, nas belas e azuis águas do Rio Tapajós, majestoso afluente do conhecido, no mundo, Rio Amazonas. Em nosso batismo, que aconteceu em ensolarada e bela tarde daquela cidade, em 24 de abril de 1948, eram dez os adolescentes que totalizavam
os que se batizaram. O tempo passou, nossa amizade cresceu e providências para o viver foram tomadas. Acontecimentos novos nos alcançaram e a vida nos exigiu novos rumos, como já referido. Emergiram planos nas famílias e tivemos que nos separar: a família Blair - de Brasilino - deixou Santarém e buscou a grande metrópole de São Paulo. Logo depois, minha família também deixou Santarém e retornou ao Rio de Janeiro. Mas a nossa amizade continuou, já agora através de cartas e esparsos eventuais encontros, com viagens Rio-São Paulo. Cada um de nós tomou seu rumo - Brasilino em São Paulo e eu no Rio de Janeiro. E o tempo foi passando. Eis que agora, no dia 12 de agosto deste 2017, Deus levou para Si Brasilino Meneses Blair. Ele era filho do diácono Brasilino Blair Maciel e senhora Carmélia Menezes Maciel, que se casaram em 31/12/1932. Em 1979 o velho Diácono - pai de Brasilino - deixou este
mundo e dona Carmélia, após festejar seu centenário em 20/04 passado, seguiu também para o céu. O casal foi pródigo em receber de Deus nove filhos: Elienai, Ester, Brasilino, João, Carmelo, Maria Izabel, Raimundo, Eliester, e Elcineide. Antecedendo seu falecimento, meu amigo Brasilino foi alcançado por enfermidade que o impediu até de locomover-se, além de lhe impor outras limitações. Visitei-o em 16/04/2016 indo do Rio e Janeiro a São Paulo, com minha esposa, Mali Barbosa, e minha irmã, Audiva Sanches, que reside em Sorocaba - SP. Foram momentos intensos de recordações. Almoçamos juntos e passei a conhecer de perto a família atual e Brasilino: sua esposa Neide Blair, os filhos Norton Luiz, Lilian e Andrea, os netos Norton Luiz, Matheus e Gustavo, os genros Marcos e Alexandre e a nora Eliane. Brasilino atualmente residia em Itapevi, local afastado do Centro da cidade de São Paulo - Estrada do Pau Fura-
do, em bonito Condomínio titulado Vila Verde. Tomei conhecimento do falecimento do meu amigo Brasilino ao telefonar para sua casa, quando seu corpo ainda estava lá, aguardando ser conduzido para o Cemitério da Paz - São Paulo. Tudo se desenrolou sob o consolo de Deus. Foram 81 anos de vida de Brasilino. Ficam registradas estas minhas lembranças de Brasilino, mergulhadas em saudades da convivência desde a nossa infância. No velório de Brasilino, como despedida da família, foi lido belo texto, do qual extraímos a parte a seguir citada: “Brasilino nasceu em Santarém - Pará - onde viveu sua infância e teve sua formação religiosa e de cidadão na Igreja Batista, onde fez um grande amigo: Celso Aloísio. Amizade - este sempre foi o sentimento que todos os que tiveram o privilégio de fazer parte de sua vida têm por ele. Brasilino, aquele garoto que veio de Santarém - Pará de navio, casou com pessoa maravilhosa há 57 anos: 3 filhos, netos que cresceram no caminho do bem, observando princípios como honestidade, humildade e ser verdadeiro. Enfim, um grande homem que cumpriu o seu dever de cidadão, pai, avô e amigo - o nosso BRASA!!!”. Vale terminar esta rememoração com a mensagem bíblica de Apocalipse 14.13, que afirma - “Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor para que descansem de seus trabalhos.” (Ap 14.13)
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ponto de vista
O que estamos fazendo com o Evangelho de Cristo? Atos 20.24; I Coríntios 9.16; Romanos 1.16 A proclamação do Evangelho é inseparável do chamado ao arrependimento e à fé. Pelo fato de Deus já atuar, convida-se os homens a deixarem seu pecado e voltarem-se a Ele. Sem arrependimento e fé não pode haver participação nas bênçãos da nova era. 1 No preâmbulo de sua carta ao Romanos (1.1-6), Paulo descreve objetivamente a sua intenção ao escrever a epístola. A nossa indagação no tema nos leva à reflexão acerca do que estamos fazendo com a missão que o Pai nos deu. Examinaremos três textos paulinos e tiraremos lições muito preciosas. Sabendo que ele é gracioso e precioso (Atos 20.24). Para Paulo, o Evangelho Cristo - era mais importante 1 PADILHA, Rene. Missão Integral. Ensaios sobre o Reino e a Igreja. São Paulo: FTL-B Temática, 1992, p. 77.
do que a Sua própria vida. O apóstolo tinha consciência do valor do Evangelho da Graça de Deus. O velho apóstolo afirmou categoricamente: “Para mim o viver é Cristo e o morrer, lucro” (Fp 1.21). A Timóteo, o apóstolo disse: “Eu sei em quem tenho crido e estou bem certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia” (II Tm 1.12). Christopher Wright responde a uma pergunta que ele mesmo faz: “O que é evangelho para Paulo?”. Ele é histórico e também eclesiástico, ou seja, inclui fatos da história de Cristo e a realidade de uma nova humanidade em Cristo. Ele é fé e obediência. Ele é uma mensagem que deve ser ouvida e uma vida que deve ser vista. Ele é pessoal e cósmico. Ele é, acima de tudo, ‘O Evangelho de Deus’ - a Graça de Deus, a Promessa de Deus, a Fidelidade de Deus, a salvação vinda de Deus, o Filho de Deus, o
O velho apóstolo afirmou: Povo de Deus e a Glória de “Porque não me envergonho Deus. 2 do Evangelho de Cristo... (RoEle o é para você? manos 1.16). Meditando sobre Tendo consciência de que este versículo, A. W. Tozer diz ele é um imperativo (I Corín- o seguinte: “O maior e mais importante evento da história tios 9.16). Podemos fazer aqui um foi a vinda de Jesus Cristo ao paralelo entre o “Ai de mim”, mundo, para viver e morrer de Isaías 6.5, com “Ai de pela humanidade. O segundo evento mais importante foi a mim”, de I Coríntios 9.16. Isaías e Paulo tinham consci- “saída” da igreja para personiência e temor da ordem, urgên- ficar a vida de Cristo e transcia e necessidade de se pregar mitir o conhecimento da sua salvação por toda a terra”. 3 o Amor de Deus ao povo. “Como os irmãos, que foram Pedro e João, pressionados dispersos, iam por toda a parte pelo Sinédrio judaico, disseanunciando a Palavra”, (At 8.4). ram: “Não podemos deixar À semelhança de Paulo, de falar do que temos visto Jason e outros irmãos em Tese ouvido” (At 4.19-20). Jesus salônica e Beréia, Atos 17.1-7. deixou essa verdade muito Não nos esqueçamos de clara em três textos clássicos: que devemos ser fiéis até à Mateus 28.18-20; Marcos morte (Apocalipse 2.10). 16.15 e Atos 1.8. Pois, “Enquanto houver neste mundo homens em Sabendo que ele deve ser trevas, sem Deus e sem miseproclamado com coragem ricórdia, há de durar a tarefa (Romanos 1.16). missionária da Igreja Cristã.
Mas ela só pode completa-la quando permanece poderosamente cônscia de ter, elas mesma, participado das mesma treva e alienação e que desde então é chamada a proclamar aos outros os feitos maravilhosos do Deus de luz, comunhão e misericórdia. Não existe outra ‘teologia de missão’ e outro oráculo a não ser este”. 4 O que estamos fazendo com o Evangelho de Cristo? O que estamos fazendo com a maior, melhor, poderosa e eterna mensagem que recebemos do Senhor? Imitaremos Paulo, Pedro, João e os irmãos de Tessalônica? Sairemos por toda a parte proclamando Cristo ou ficaremos sentados e sossegados? Ele nos deixou a Grande Comissão. Nós vamos transformá-la na Grande Omissão? Qual será a nossa resposta a este mundo cada vez mais caótico e desesperador? 2 WRIGHT, Christopher J. H. A 3 TOZER, Aiden Wilson. Bíblia Cristo é a única esperança. Missão do Povo Deus – Uma teologia bíblica da missão cristã. São Paulo: Edições Vida Nova e Betel Brasileiro. 2012, p. 237.
com Anotações de A. W. Tozer. Meditação sobre Romanos 1.16. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 1340.
4 BLAUW, Johannes. A Natureza Missionária da Igreja. São Paulo: Aste, 1966, p. 136.
A Igreja dos meus sonhos Leila Matos, ministra de Educação Cristã, membro da Igreja Batista Vida em Niterói - RJ
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onho com uma Igreja onde as pessoas vivam o Amor de Deus. Servos do Senhor que sirvam uns aos outros com alegria e dedicação. Uma Igreja que viva o “Ide de Cristo”, que assuma o compromisso da Grande Comissão, onde cada crente assuma sua missão e pratique seu dom!
Uma Igreja que viva o relacionamento “um com o outro”, tanto na comunhão da Igreja, quanto além dos muros do templo. Uma Igreja que viva o Evangelho integral, atuando na comunidade com a Palavra transformadora de Deus e com ações. Uma Igreja que adore verdadeiramente com suas vidas, e onde todos possam sentir-se integrados e participantes independentes da idade, sexo, posição social,
estado civil ou nível de escolaridade. Uma Igreja educadora, que ensina a Palavra que leva a vida abundante, e onde haja avidez por estudar, compartilhar e colocar em prática os ensinos bíblicos. Uma Igreja onde cada crente seja um discípulo/discipulador, tendo Cristo como essência, modelo e alvo. Que tenha amor pelas vidas sem Cristo! Sonho com uma Igreja onde se sinta a presença de
Deus, uma comunidade acolhedora, que busque a restauração dos perdidos, um espaço de alívio ao oprimido e cansado e onde possamos todos viver a Paz de Deus, que excede todo o entendimento. Uma Igreja movida pela oração, comunhão, adoração, discipulado, serviço, missões, fé e pelo estudo da Palavra de Deus. Uma Igreja viva, que pulse, atue, que tenha coração, mente e o Espírito de Deus.
A Igreja somos nós. A Igreja sou eu. Sonho comigo mais compromissada com Cristo; com uma vida que faça diferença em outras vidas, obediente ao meu Deus e cumprindo a missão que Ele me deu. Sonho de Igreja, sonho de vida, não é utopia! A Bíblia diz que “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23), mas também nos incita a pôr a mão no arado (Lucas 9.62). Se crermos (e trabalharmos), “Veremos a Glória de Deus” (João 11.40).
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ponto de vista
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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA
E
Não foi minha intenção!!!???
ssa frase já se tornou comum nos relacionamentos humanos. Uma determinada pessoa se comunica, seja por meio oral, escrito ou mesmo pelas redes sociais, emite a sua opinião sobre algo, deixa de selecionar adequadamente as palavras, se expressa de forma agressiva, ácida, destemperada e depois vem a reação quando alguém a questiona, especialmente ao mencionar que a palavra utilizada foi um julgamento ou até mesmo uma agressão desnecessária. Aí vem a famosa desculpa: “Ah, mas não foi esta a minha intenção!”. É importante que lembremos de alguns detalhes chaves na comunicação humana: • A utilização de adjetivos deve ser cuidadosa, pois poderemos emitir, indevidamente, juízo de valores contra alguém. Vamos lembrar que ninguém é perfeito. Além disso, o Mestre Jesus ensinou que não nos cabe julgar ninguém (Mateus 7.1; Lucas 6.37); • Se não é possível dizer
de modo “temperado”, é melhor não dizer. O apóstolo Paulo também nos ensinou que nossa palavra deve ser como que temperada com sal: “Que a sua palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que você saiba como se deve responder a cada pessoa” (Cl 4.6); • Então, a atitude ou intenção vem antes da comunicação. É neste sentido que o sábio Salomão ensina, no livro de Provérbios, que “A palavra branda desvia o furor, mas a palavra dura produz a ira” (Pv 15.1); • Isso indica que temos dever em ter um “dicionário” de palavras “proibidas” na comunicação, isto é, ter conhecimento de palavras que provocariam juízo de valor, teriam conteúdo “ácido”, agressivo, ofensivo, ou mesmo que tenham sentido dúbio (na academia chamamos de palavra com sentido “polissêmico”). Palavra / expressões, tais como, “falha”, “erro”, “isso é besteira”, “você está exagerando”, “você tem problemas”, “isso
tem que ser melhor”, etc., geralmente provocam reações, pois dão o sentido de julgamento e até mesmo desconsideram algum esforço que foi feito diante de algum evento ou ação; • Vamos ainda lembrar que as palavras possuem o significado que possuem e, quando eu digo “Não foi minha intenção”, quero dar novos sentidos às palavras ou até mesmo me desviar do meu descuidado em tratar com meu próximo e em emitir minha opinião. Por exemplo, se eu disser a alguém “isso é uma falha”, o significado é esse mesmo. Mas se eu utilizar uma comunicação “temperada”, agradável, colaborativa, poderia talvez substituir esta expressão por outra, tal como: “Vejo que poderemos aperfeiçoar isso... Como eu posso ajudar?”; • Alguém poderia dizer “A verdade tem que ser dita!”. De fato, tem que ser dita, mas para a pessoa certa, no momento certo e da maneira certa. “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é
a palavra dita a seu tempo” (Provérbios 25.11). • A comunicação humana não é feita apenas por palavras, mas também por tons de voz, gestos, olhares, expressões corporais, etc. Então, nem é necessário falar muito sobre isso, pois há pessoas que poderiam até se valer das palavras certas, mas com tons de crítica, de soberba, de sarcasmo, etc. E aí imaginem os resultados! Vamos lembrar que nos relacionamentos toda ação tem uma reação. O líder tem como desafio buscar elevadas respostas às suas ações. Se agir com dureza, aspereza, terá como resposta a ira, ódio e vingança; imagine as raízes de amargura (Hebreus 12.15) que surgirão por conta disso. Se, contrariamente, agir com brandura, delicadeza, germinará elevados ideais de convivência, colaboração e alegria no ambiente,. E tudo isso não depende apenas de treinamento, vem do interior do indivíduo. Se ela tem um espírito rancoroso, amargo, arrogante ou algo
semelhante, sua comunicação seguirá como fruto dessa natureza. Aliás, novamente, o sábio Salomão nos ensina a não nos associarmos com pessoas iradas para que não nos tornemos iguais a elas (Provérbios 22.24-25). Pessoas assim são ácidas e de difícil convivência. Temos aqui então algumas ideias para que se evite que a imagem de quem lidera, ou não, seja denegrida. Em vez disso, fica o desafio para que demonstremos maturidade na convivência e comunicação. É em uma hora de tensão que provamos quem de fato somos. Tanto Jesus (Mateus 26.41), quanto o apóstolo Pedro (I Pedro 5.8) nos incentivam à vigilância, à sobriedade e isso nos motiva a sempre estar atentos em como nos comunicamos com as pessoas, como apresentamos nossas opiniões. Vale aqui uma reavaliação de vida e ver quantas vezes você já teve que se valer da desculpa: “Ah, mas não foi minha intenção!”.